T4507 - Revista do IRB - Outubro de 1956_1956

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N. 99

OUTUBRO DE 1956

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DERESSEGUROS DO BRASIL


S U M A R I O Politica penal do seguro; Liiiz Mendonfa. col. 3 — Avaliagao de navios: ]ose Cruz Santo.'i, col. 7 — O dircito

do seguro tcrre.stre: David Campixta Filho. col. 15 — Atividndes do I.R.B. na preven?ao e protegao contra 'ncen-

dio.s: Mario Trindadc, col. 29 — A evolu^ao da cobertiira automaiica tit

Mais uma vez. em novembro do ano em curso. estarao

ramo incendio: Cello O. Nascentc.^.

reunldos cs seguradores dos paises americarzos com o fim de

col. 33 — Ainda o .seguro global de

analisarem. cm conjunto. os problemas comar:s atmentes ac exercTCTo de suaa atividades. Tera hgar. nessa ocasiao a VI Conferencia Hemisferica de Seguros. conclave qae desta feita se realizara na bela e acolhedora cidade de Buenos A,res.

bancos; J. A. M. W'egerinck. col. 45 — Considera?6es sobre a e.scoiha de urn navi'o de carga; Giulio Tartari.

col. 51 — Cooperacao; Herminio A-

A sede do primeiro desses certamcs foi a cidade de Nova York no ano de 1946. Desde entao. e sem solugao de canty nuidade. os seguradores de todas as Americas vim mantendo

Faria. col. 59 — O ensino das openINO XVII

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Coes de carga: Cmfe. C. L. 5aijcrb/ef-

col.,67 — Dados Estatisticos. col. 77

— Tradugocs e Transcr'^oes; Probabilidade e acaso: /oao Lyra Madeira, col. 95 — Seguro de despe.sas hospi-

REVISTA

I

Ora num. ora noutro pais. tais reunioes per:od^cas a.nda tern

talares: C. Walker, col, 129 — Se

piciar um melhor e mais intimo conhectmento mutuo dos segura-

guro da indiistria atomica; Ambrose B.

dores dos diferentes mercados americanos.

As primeiras conferencias realizadas constitniram uma espyie

A ped,a A ,o,ue par. a Aia.A constilu^Ho. em crater Af.a,tJ de um orpaaismo iateraacion.J capaz de tora.r-ac mslrumento

sobre a atividade seguradora em Por

iNSTnUTO oe hesseguros do BRASIL PiPSiOPnlc; Auguslo Xavicr do Lima

tugal e no Brasil: /?ui /. da S. Ramos.

de estudos coletiuos dos seguradores amer,capos, para a soiafao

col. 165 — Consultorio Tecnico. col. 179 — Boletim do I.R.B., col. 183 — Noticiario do Pais, col. 211.

As seus problemas eomuns. A ercper,erremJeda demoustrou resutlados Liscufmelmente [aooraueis a td ,A,a E coube prccsameute aos seguradores brasdeiros a ia.caja.a de proper um auteprojeto de eslatuto para uma eutidade dessa ordem antepro,eto esse que contoo coo. a aprooafSo plem dos part.c.pantes do ult.mo

JOSE ACCIIXY DE SA ALBERTO MARTINS TCWRES

CCNSELHO

ANOEIO MARIO Ot MORAES CERNE

lECNiCO

ARTHUR AUIRAN fHANCO DE SA

oonclave, leuado a efeito no Rio de /ancro. Hole a primitiva ideia concretizou-sc em magnifica realidade. sendo o 'vindouro certame de Buenos Aires o primeiro que se

MANOEL FRANCISCO MEIRFLES RAUL TELLES RUDCE

CONSllHoi '"-BEHTO VICiRA SOUTO (Pi«,il.Me) FISCAL

de materias da maior atualidadc e interisse pam suas operagoes.

^stentado. por forga dessa rotatividade. a. grandeyutude de pro-

^elly. col. 145 — Alguns elemcntos

I

.nm benefico intercambio de ideias e experienaas A cada do,s anos, tim-se reunido para um amplo e proveitoso debate em torno

realizara apos a constituigao definitiva das Conferenctas Hcm,s-

MOACYR PEREIRA OA SILVA RUBEM VIEIRA MACHADO

fericas de Seguros. O I.R B. que invarikvelmente tern apoiado a ideia participando de todos os conclaves, nesta oportunidade

DA REVISTAl

envia u'a mensagem de Iraternidadc e estinmlo aos Conferencistas

StHVICO DE DOCUMENTACAO eO(FtCiO Joio CAS10S-VIT41 NlOA MSBEriHAL CAMARA CAiXA POSTAL 1.440 ~ TEL. 32-80&5

.de 1956.

\(

1.^

A O

REVI TA, DO I. R. B.


1

Polftica penal do secure

Nao houve, porem, uniformidade de pensamento quanto aos sistemas de controle, que podem ser divididos em tres tipos distintos: O normative, o de

"^Ta poli'tica do seguro e de indis^ cutivel importancia o setor penal.

I• I

A isso atenta. a legislagad patria hoje contem adequadas disposigoes com

sao previstos especificamente

pelos

Este ultimo, sem

cante ao ilicito penal, conseguiu ainda

e vigilancia, e hoje vigente na maioria

corrigir a omissao legislativa que tanto

dos paises, inclusive no Brasil.

dificulta o combate as fraudes de se-

Como se vc, a intervengao estatal

atinencia a materia.

O ilicito penal como o civil

diivida o que permite maior controle

material do estado.

5ecre(afio do Presidents do I-R.B.

monial.

Codigos, que fixam as respectivas e adequadas punigoes. E saliente-se. en passant, que nem todo pais, no to-

publicidade, o de autorizagao e inspegao

Luiz Mendonpa

repressao desse tipo de crime patri

gurados.

na atividade seguradora teve o exclu

Estamos, pois, armados do aparelha-

sive objetivo de elidir a fraude do segurador; e os sistemas leg.ais criados

mento legal necessario. Acontece apenas que esse mecanismo ainda nao

e possivel tomar conhecimento pelos estudos vindos a publicidade, mesmo textos que as referem, textos que dao

realmente permitiram-lhe a realizagao

funcionou com ■ pleno aproveitamento

do fim visado.

do-seu potencial corretivo. Ha nume-

nas v^ias e excelentes revistas tec- curso a um tradigao escrita realmente interessante e digna de curiosidadB-"

O mesmo nao ocorre no reverse da

O assunto, porem, nao tem sido blico, na verdade tinham o objetivo

objeto da divulgagao que/por. obvias razoes. seria necessario dar-lhe. Raros sao. a seu respeito, os trabalhos e

premeditado de lesa-Io.

De ocorrencias de tal especie hoje s6

rosas dificuldades de ordem pratlca a remover, tarefa que seria grandemente

nicas do meio segurador nacional.

medalha. Salvo em um ou outro pais,

Maior disseminagac de conhecimen- Foram tais ocorrencias que contribuitos acerca desse relevante capitulo da ram para a criagao de um ambiente instituiqao do seguro constitui, por hostil ao seguro. Impunha-se combatecerto. fator primacial para a reduqao las e extermina-las, preservando'se a das [raudes contra o seguro, cometidas instituigao seguradora, da qual muitos em muifos p.aises numa escala de que e proveitosos frutos era de esperar em o publico nem sequer suspeita. Pur favor do bem-estar economico e socisl

® bem pouco o que se tem feito no

facilitada, como no inicio deste artigo

sentido de combater com sucesso a

foi salientado, se houvesse, entre nos,

"5

divulgagao maior a respeito da relefraude do segurado. vancia que em verdade assumem, na Entre nos, por exemplo, por muito Politica do Seguro, as questoes de fsmpo nem ao menos tivemos, na legis-

laqao penal, um dispositive a base do

ordem penal da atividade seguradora.

outre lado, cssa difusao teria a vir- das comunidades civilizadas.

lual se punissem os crimes de tal

Nem se diga que entre nos escas'

tude^ de remover as incompreensoes e

natureza.

Nao foi outro, senao esse, c funda'

reagoes provocadas, em muitos circulos, mento da intervengao estatal na ativi-

Hoje a lacuna esta preenchida. D estatuto penal vigente dispQe sobre ® fraude contra o seguro (art. 171, de enriquecimento ilicito. Como em § 2.0, n.® V), estabelecendo sangoes outros paises cujas fraudes contra o

pelo teabalho de entidades que, como dade seguradora. Comegou essa inter'

o I.R.B., procuram colaborar na repressao a essa forma da criminalidade.

vengao na segunda metade do seculo

passado, quando se editou o primeiro

Em teoria. nos delitos praticados com diploma legal traduzindo a disposi?S® a ideia de obter-se vantagem ilicita da estatal de vigilar as operagoes opcragao de seguro, o sujeito ativo seguros, na defesa dos interesses tanto pode ser o segurador como o

seiam os delitos C091 que segurados procuram desnaturar a operagao de seguro, para transforma-la em fonte

^ntre os crimes patrimoniais. Com

seguro ocupam freqiientemente o noticiario da nossa imprensa, aqui tais de litos atingem incidencia que nao e de

^feito, era necessario dar-lhe configu-

modo algum despicienda.

PCrtinentes.

O delito teve capitulagao a parte,

publico.

scgurado.

Isso tevc lugar nos Estados Unidos A fraude do segurador constitui, da Amm:ica do Norte, sendo Massa' oje, quase uma simples reminiscencia chusetts o estado pioneiro. Nao tardoU hist6rica. Sua mais freqiiente e impor- a irradiar-se a novidade, universal'

^a?ao propria, pois de outra maneira,

tante modalidade consistia na organi- zando-se a doutrina do controle indi'

zagao de emprlsas que, a pretexto de oferecer protegao securatorla ao piS- reto do Estado sobre as operagoes de

Para que a nossa bem orientada poli,.

como nos Codigos anteriores, nao

tica penal do seguro produza resul-

haveria enquadramento para tal figura

tados positivos, basta acrescentar, as

delituosa.

conquistas de ordem juridico-fegal j&

Ja nao temos deficiencias legisla- obtidas, a extingao da impunidadc dos tivas que nos deixem inermes p,3ra a delinqiientes. So isso. "

seguros.

No 99 - OUTUBRO DE 1955 REyiSTA DO I. R. 8. .4k.


10

AvaIia9ao de navios Jose Cruz Santos Cepitdo de Mar e Gucrra

Engenheiro Naval

OMERCAD0 internacional de navios, ^jo centro e "incontestavelmente

a Europa. esta atualmente muito ativo, encontrando-se ps pregos no mais alto

tribuem suplementos com informa^oes

pagando-lhes a diferenga entre o preno de construnao no estrangeiro e o preno

aos possiveis fregueses.

domestico; esse arranjo nao atinge

gira em torno de navios cargueiros

todos OS armadores, muitos dos quais nao somcnte constroem fora, como

navios • de passageiros, rebocadores' e

tambem,

freqiientemente,

navios

sob

outras

Naturalmente o grosso do mercado

mas. ha sempre navios

de

pescat

registram

outrOs tipos de embarca^oes que estao

bandeiras,

continuamente mudando de armadorv Estabelece-se assim um determinad'6

nivel ja registrado em epocas consideradas normais.

mundial, que e altamente favoravel aos

especialmente o Panama e a. Liberia,

•armadores.

cujas leis parecem ser favoraveis a tal

Nos ultimos tres anos houve uma

dos

nos estaleiros de seu proprio pais,

seus

possa atingir mais fortemente um deter-

descrigao sucinta

navios a venda e, continuamente, dis-

mas esse fato nao altera a situagao

A elevagao de pregos, ainda que

pre^os, .com

dinoes e exigencies, subvenciona. arma dores nacionais para • que construam

entendimento.

valor para cada navio no mercado mundial, num certo momento. £sse

valor pode variac continuamente ou pode manter-se estacionario duranta

minado tipo de navio por circunstan-

alta de cerca de 30 % a 50 % nos

• £ interessante observer que, apesar

cias espedais, e um fenomeno que pregos dos navios de segunda mao,

de ser a mao de obra americana a mais

geralmente afeta toda a industria, uma

tendo sido assim sobrepujados os

elevada do mundo, com o salario medic

prenos atingidos durante a guerra da

superior a 340 dolares per mes, o pre^o

periodos apreciaveis, do mesmo modo que qualquer' outra mercadoria sujeita

Coreia que, ate agora, eram os-raais altos que ja haviam sido registrados.

de certos produtos nao e, em geral,

A oscila^oes de mercado.

vez que corresponds a maior demanda, que, no moraento, nao e compensada

por maior oferta. Os estaleiros, cheios

de encomendas, sobrecarregando sens

A atitude dos Estados Unidos da America do Norte acerca de sua Marinha Mercante 6 um estranho fator

comparativamente tao elevado, gragas ao admiravel rendimento com que a

niao de obra e empregada nas indus tries de grande volume de produgao

O

valor

relative

dos

diferentes

navies cargueiros baseia-se principalmente em certas caracteristicas que

ornecedores com pedidos e predsando atrair ^mao de obra adicional, dilatam pregos e prazos de entrega, ao passo que OS navios prontos sac disputados

no mercado mundial de navios.

fato, como a operagao dos navios sob

Contudo a construgao naval, mesmo

malores forem a sua velocidade e a

pelos compradores.

a bandeira norte americana e muito

com a utlliza^ao dos mais modernos

capacidade de carga e quantO mais

por causa dos vencimentos ■ Nao e diferente o problema no caso edispendiosa vantagens concedidos a suas tripudas outras comodidades, observando-se entretanto que, ainda que haja ele- lanoes, o preno dos navios para vendas

processes, nao se presta facilmente a padronizagao, o que acarreta a elevagao

novo for o navio, tanto maior sera o seu valor em rela^ao aos outros navios.

de pre^os que foi mencionada.

Ha, porem, outros fatores de impoi-

De

mentos ponderosos que, de certo modo, «americanas» e bastante menor que o valor que os mesmos navios obtem no manipulam o mcrcado de fretes, o fato permanece claro e evidente que ha mercado mundial. De modo semelhante, como nos esta ®uita carga para os cascos atualmente .em uso.

• Tal declara?ao, evidentemente, diz respeito ao mercado de fretes como um

leiros americanos o preno de construnao

e muito elevado, nenhum

armador

tende hoje a colocar suas encomendas nesse pais;.pelo contrario, verifica-se

padronizada.

Tambem, como e sabido, o Governo

tancia secundaria mas que, nao obstan-

Americano possui milhares de navios

tc, precisam ser tornados em conside-

niercantes cuidadosamente conservados,

ra^ao para que possa ser feita uma avaliagao correta.

cuja venda so pode ser efetuada por •neio de lei do Congresso, o que impede o lan^amento desses navios no mercado,

ricano em situagao toda especial, ao passo que, na Europa, as transa?6es

tecnicas que essencialmentc o encare-

sao em geral livres, atraves de corre-

cem: em alguns casos tal caracteristica podera levar ate a instalagao de duas maquinas, em vez de uma como e o

assim

protegendo os

estaleiros

ao

niesmo tempo que, desse modo, e mantida uma prodigiosa reserva para

inaplicavel.

caso de emergencia.

Por exemplo, ha no momento grande falta de carga dos Estados Unidos para o Brasil, dadas as restri?oes impostas pelo Governo Brasileiro a im

de outros paises, nos quais, muitas vezes, ha interesses financeiros de companhias ou particulares dessa nacionalidade.

Verdade e que o Governo dos portances a serem pagas cm dolares, Estados Unidos, mediantc certas con-

Assim, quanto menor f6r o «calado» do navio quando carregado, tanto mais valioso sera c navio porque, desse modo, ele podera entrar em pottos de menor profundidade. Alias, a constru^ao e projeto de navios de pequeno calado relatiVamentc ao seu tamanho apresenta dificuldades

todo porque, como e bem conhecido, ha pontos especiais em que ela e que muitos armadores norte americanos encomendam seus navios a estaleiros

lepresentam a sua capacidade de transportar carga e a sua idade. Quanto

Ssses fatos colocam o mercado ame-

tores de renome internacional que, anualmente, publicam suas listas de

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n

caso geral.

Isso sucede quando o Os navios tanques em geral nao sao calado e tao pequeno em relagao a muito diferentes em pregos dos navios potencia necessaria para atingir a de carga seca correspondentes, mas os velocidade desejada, que um unico pequenos navios tanques sao ligeirahelice, de diametro limitado pelo ca- mente muis caros e os navios grandes lado, nao pode absorver toda essa po sao ligeiramente mais baratos do que tencia. Nesse caso. alem do aumento

Gcralmentc admite-se que os navios

grosseiramente cerca de 12 % do valor

O tipo de maquina propulsora e o combustivel empregado influem tambem no pre?o dos navios. Os navios mo-

queosquequeimamoleo. No caso de motores diesel, aqueles de baixa ro-

tagao, que sao mais duraveis e exigem menor .atengab. atcaem melhor pre?o para o navio do que os motores de alta

aumenta muito o valor de um navio

^aso 0 porao se destine apenas a cargas

resfriadas* {cerca de 4° C) o au mento de valM nao e tao grande como

zeiros .

do raodo como sao conservados e ope-

encontra um candidate a compra de um navio no estrangeiro sao muito grandes,

fi de observer que as dificuldades que

quer na obten^ao do cambio, quet na satisfagao das exigencies regulamenta-

e o seu prego por tonelada de «dead-

di?oes ha a considerar a influencia das

weight».

res dos diversos brgaos com que pre-

obras realizadas ao ser feita a avaliasao do navio. Contudo, nao deve ser con-

cisa tratar.

(O «deadweight» de um

navio representa todos os pesos que nele podem ser carregados, excetuando o seu equipamento propriamente dito) . Hoje, o valor de um navio novo,

fundido o que e «reparo» com o que pode ser considerado como «recons-

tru^aos ou «modernizagao».

O «re-

paro» apenas concorre para manter o

navio operando em boas condi^oes e,

12 nos de velocidade, e aproximada-

nssim, evitar deprecia^ao excessive por

mente 93 libras esterlinas por toneladas"

lalta de conserva^ao, mas nao altera a

deadweight, o que representa o valor

base de idade para a avaliaQao do

total de 695.000 libras ou 1.950.000

navio.

dolares. Se ele tiver 12 anos de idade,

altera essa base, fazendo a data ori ginal de constru^ao perder, em parte ou

caso esteja em estado razoavel de

rotagao, cujo preqo inicial e, alias, conserva^ao e «cIassificado» numa Somenor do que o correspondente aos ciedade de Registro. seu valor sera aproximadamente metade dessa quan□e baixa rotaqao. tia. Se seu estado for excepcionalUm outro elemento importante diz ra^ente bom, ele podera valer ainda respeito aos poroes de carga. De fato cerca de 60 % do utribuldo ao navio cbmo sucede em muitos casos com novo, ao passo que, se sua consercarga comura, os poroes ficam comple- va?ao for precaria, ele certamente nao tamente cheios antes de o navio atingira os valorcs aqui mencionados. •mergir ate o limite legal perraitido: De qualquer modo, somente depois portanto, quanto maior for o volume de exame por perito competente, po

dos poroes de carga em relaqao a capbcidade de carga em peso, tunto mais valioso sera o navio. Outrossim. a eiistencia de poroes frigorificados

do navio novo, ao completarem entre 26 e 46 anos de idade, dependendo

tuidas e sua vida dilatada; nessas con-

pronto para entrega imediata, com vidos a turbina sao mais caros do que cerca de 7.500 toneladas de-adweight, OS outros, ao passo, que os navios que

queimara carvao sao mais baratos do

das partes interessadas, observando-se ample varia^ao dos valores em cru

rados. & claro que um navio pode ser reconstruido, suas maquinas substi-

de pre^o devido aq menor calado, A referencia normalmente usada bavera tatnbem um acrescimo atribuido a. existencia de duas maqiiinas pro- para a avaliaqao de navios cargueiros linica maquina.

d itado pelas conveniendas e ptessQes

atinjam seu valor de sucata, que 6

OS seus correspondentes.

pulsoras a bordo que, para a mesma pbtencia, custam mais caro do que uma

14

13

12

Por outro iado a moderniza^ao

totalmente, o seu sentido. Por exempio, a substituigao do motor de ptopulsao de um navio e «moderniza^ao», mas a

oubstitui^ao de chapas do fundo e "Prepares.

No caso especial do Brasil, com suas

restri^oes cambiais, a estimative do Valor dos navios em cruzeiros apresenta

dificuldades especiais, uma vez que, nao havendo um amplo mcrcado local,

dera ser atribuido, com firmeza, preqo

para um navio. Se o navio que estamos considerando tiver velocidade de

17 nos, em vez de 12 nos. seu valor sera acrescido de cerca de 75 %.

Existe uma certa velocidade que podenamos considerar como «normab para cada ^deadweights; aumentos nessa velocidade causam sensiveis aumentos de preqos.

Todos esses fatbres desfavoraveis,

que csperamos sejam temporeuios. im-

pcdem a integra?ao do Brasil ao mercado mundial de navios mas, ao passo

que for scndo ampliada a construgao naval no pais e, assim, for possivel melhorar o padrao medio dos navios particulares que operam em nossa ca-

botagem, talvez melhor se definam os

pre^os no mercado local, em cruzeiros. O Institute de Resseguros do Brasil,

que tomou a lideranqa no problema de avalla^ao de navios para fins de

seguro, dispoe de processo seu, organizado pelo autor deste artigo a pedido da Divisao de Transportes e Cascos,

com o qua! e possivel uniformizar as bases para avaliaijao realizada em todo o territorio nacional pelos perltos do Institute.

ba necessidade de estabelecer-se o

O referido processo leva em conta os elementos basicos determinantes do

Valor mundial em ra oeda forte como

pre?o, inclusive todas as corre^oes aqui

i^efetencia e converte-lo para cruzeiros. Ha tantos fatores a considerar nessa conversao que ela se torna um tanto

mencionadas, e entra em conta com a

cotaqao que prevalece no mercado internacional no periodo em que a ava-

dificil, tendo o Institute de Resseguros do Brasil, para seus fios, estabelecido

liagao e reulizada.

a base arbitraria de 75 % do valor do cambio livre. Contudo, em geral, nas transagoes conhecidas entre, armadores

sSvel

locals, geralmente prevalecc um prego

navio.

Contudo, como foi

dito anteriormente, e sempre indispenuma vistoria

conscienciosa

do

navio pelo perito, antes de ser possivel estimar com

seguran^a o

valor. do

NO" W - OUTUBacr DE 1956 -

f.f

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REVISTA DO 1. R. »■.


.Pv?

15

17

IS

porem h maneira da regra jurispruden-

de Seguros de Lisboa^. Foi esta a primeira manifestagao legal -de seguro

16

O direito do seguro terrestre

cial, estabelecem-se sobre um fato iso\

no Brasil.

David Campista Filho

lado, impedidas portanto da irradiagao propria das regras legislativas ou dou

Do Conselho Fiscal do I.R.B.

trinarias. (1)

sao, havlam inspirado a negociantes

Numa visao panoramica do direito do seguro cntre todos os povos, a regra

possuidores de navios, galeras, brigues;

(Conclasao)

Pormagao e evolugao no Direito BrasUeiro V

Apresenta-se atualmente como cien cia sob tres aspectos — o economico, o tecnico e o juridico, exigindo nas suas variadas expressoes a intervengao

"ipv EPOis de tormentosa evolugao, do economista, do tecnico e do jurista; ^ conforme acontece, ao transfor- sua evolugao processa-se em movimento marem-se as contradigoes do empirismo

paralelo destes tres fatores, e sobre-

em solidos principios, chegava o seguro tudo no terreno tecnico e juridico." oa estruturagao de ciencia. E assim chegou, em meados do seculo passado, aperfeigoamento do seguro encontra

Necessidades do comercio em eclo-

escunas e outras embarcagoes, a reuni-

costumeira resplandece como primicias

rem-se em sociedade, cujo fundo nao

ou materia prima da regra legislativa,

seria inferior a mil contos de reis, com

jurisprudencia] ou

objetivo de operar em seguros mutuos.

doutrinaria.

O

exemplo dos Lloyds de Londres e a sua mais eloqiiente confirmagao, a que

homologagao imperial mediante Decreto

a particularidade evocativa brasileira

de 29 de abril de 1928, e veio lastrear

ilustraria luminosamente.

a organizagao de sociedades de Seguros

A iniciativa dos comcrciantes recebeu

maritimos, sujeitas a jurisdigao especial

em cada dia novos motives de reali-

A vida economica do Brasil tern seu

da Real Junta de Comercio, Agricultura. Fabciczs e Navegagao para decidir-lhes

certamente cstimulado pelo seguro de zagao que refletem o movimento inconvida, quando a jurisprudencia punh-3 tido das civilizagdes. paz ao adrrado combate que Ihe O direito do seguro veio consolimoviam eminentes juristas redatores dando primeiramente as regras fundado Codigo Civil frances.

primeiro marco com a abertura dos

as contestugocs, que em seguida passa-

portos que vinha doar de ^franqueza

ram a competencia dos Juizes de Paz, assim determinada segundo os termos

ao Comerciop segundo a Carta Regia, de 29 de janeiro de 1808. Ato assas louvado, de inspiragao do Visconde de

da Lei de 26 de julho de 1831: «as

Cayrii, cuja gloria depositou nas maos

seguros sobre as quais as partes nao

peitava da dignidade do seguro, foi o regras espontaneamente seguidas pela mesmo que o consagrou como instituto pratica juridica, ou sejam as regras de direito privado.

de El-Rey D. Joao VI.

se conciliarem perante os Juizes de Paz,

Passou a entender-se a operagao estas em seguida as regras fundadas como essencialmente produto de uma sobre a razao que correspondem a um virtude, pois que incontestavel virtude ideal de justiga, que concretizam os

processQva tardigrada pelo espirito do-

e a previdencia.

principios gerais de direito, isto e. as

atividades que aspiram k realizagao,

F€z.se entao ciencia a ki2 da mate- regras descobertas pela doutrina juri mitica e por isso, na catcgoria das dica — ou regras doutrinarias de ca cieacias exatas. e se nao se positivou rrier tecnico. na classificagao de Augusto Comtc e As regras costumeiras tiram seu Spencer, foi pelo tardio de sua for- valor da necessidade que as ditou, magao, escreveu Hemard. tendo por isso um valor certo e prStico,

foram naquele mesmo ano, fundadas as

0 direito em nome do qual se sus-

das pela experiencia que correspondem

as necessidades da vida em sociedade.

Abriu largos horizontes ao desenvolvimento da economia que, todavia, se

costumeiras; despertavam e aliavam-se

minante de subserviencia a metropole.

questoes resultantes dos contratos de

serao decididas por Arbitros nomeados

pelas mesmas partes, fazendo-se a nomeagao perante qualquer Juiz de Foro Coraum.»

Manifestava-se c interesse e com-

Como fenomeno natural, proprio das

Companhias de seguros — Boa Fe e Conceifo Publico, na Bahia, sob o re

gime legal das ^Regulagots da Casa (1) Paul Roubier — Theorie GfinSrale du Droit,

preensao do Poder publico pela previ dencia, ao isentar de onus fiscal os contratos de seguros, favor de curta duragao, pois logo em seguida o im-

p5sto de selo retomara seu lugar nas ap6lices.

Entretanto as organizagoes que sur-

giam nao alcangavam menor exito,

Si 99 - bUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I, R, B.


20

21

22

Apreciagoes apressadas sobre dispo-

Se. portanto, a lei permitia seguro

atual do seguro de vida de condigao

sitivos do Codigo conduziram a con-

sobre a vida de escravos, era simplesmente porque estes se equiparavam a

cientifica, teve longo caminho a per-

quaisquer outros bens do patrlmonic do

Assim, a proibigao do Codigo Co

senhor: o cscravo como objeto de mer-

mercial frequentemente relembrada c

19

□enhuma confian^a inspirando, conforme veio revelar no ano de 1832 a

Comissao nomeada pela Regencia para clusao de que o seguro de vida vinha reda^ao do Codigo Comercial: — «o de ser proibido, e tanto era certo, pois triste exemplo das Companhias de seguros, infelizmente sacrificadas a inexperiencia dos seguradores e a ma fe

que somente se admitia tal seguro sobre escravos.

cancia compunha um patrimonio e, por isso, suscet'ivel de indenizaijao, e como

corrcr, semeado de escolhos.

algumas vezes perturbadora, jamais

dos segurados, e algumas veres atin-

Entretanto, tudo nao passava de

gidas por julgamentos pouco conformes

mera confusao, pois o que ali repontava

com OS verdadeiros princi'pios sobre a

como instinto da verdade. era a dis-

A red;;?ao do Codigo Comercial nao

projetou sombra de coisa ilicita sobre o seguro de vida que, reduzida a justa propor^ao e clara compreensao, ficava

natureza de tais conven?6es pop mal

tmgao inconfundivc] dos seguros de

poderia, todavia, fugir a infJuencia

cristalirado no principio seguinte irrc-

conhecidas que eram» — exprimiam a

coisas. contrato de indenizagao e se

dominante nas legislaqoes de outros

torquivel: — os riscos sobre a vida

guro vida contrato de capitais.

povos.

humana nao podem se submeter as

realidade da institui?ao de previdencia naquela epoca. (2)

Ficava estatuldo no Capitulo 11 —

Pop dezoito anos estenderam-se os trabaihos sobre o Codigo, encarecendo

Das coisas que podem ser objeto de

a Comissao presidida pop Limpo de

proibido o seguro;

Abreu, Viscondc de Abaete. que

I — Sobre coisas cujo comercio nao seja licito pelas ieis do Imperio. e sobre navies nacionais ou estrangeiros que

aquele monumento de sabedoria nao prescindiria das Jigoes da experienda. Ninguera para isso, melhor acreditado

de que o Consul da Sueda. Lourenco Westin, profundo conhecedoc das coisas maritimas e dos sucessos mercantis, e dai a Regencia lerabrar-se de convoca-lo para tao predosa colabo-

seguro maritimo no art. 686: —

nesse comercio se empregarem.

— Sobre a vida de alguma pessoa livre.

toda pcrda, sujeita a reparagao.

Desde que pela primeira vez

se imaginou fazer do risco de vida humana objeto de seguro, foi sob dis

regras do seguro maritimo.

ciplina do direito maritimo, resultante do que se verificava nOs transportes maritimos; enquanto as mercadorias

pronunciou pela primeira vez no Brasil

eram cobertas contra todos os danos pelo seguro, os homens que as acom-

concretizada no Decreto n.° 1.669, de

panhavam, scus donos e naveganles, continuavam expostos aos maiores pc-

zando as opera^ocs da Companhia

rigos, inteiramente desamparados da protcglo do seguro.

Na indole desse espirito foi que se

sobre o seguro de vida, objeto da

Resolugao Imperial de cutubro de 1855, 7 de novembro do mesmo ano, autori-

Tranquilidade.

A resoluqao Imperial

tomada mediante consulta ao Conselho de Estado vinha cxcetuar das normas

O que porem, dispunha o Codigo,

Dai segurar-se, desde logo, a vida

certo e claramente. era que dentre

do seguro maritimo as operagoes sobre

dos escravos, homcns-mercadoria, e

o de vida ossim previstas nos estatutos

seguros maritimos nao se compreenderiam os de vida, pois estes nao se

bem assim a dos ncgociantes que acom-

sociais aprovados: — «sendo o seguro

promulga^ao do Codigo Comercial nao trouxe apreciavel modificagao no

panhavam suas cargas, sujeitos con-

submetiam & disciplina daqueles.

de vida reconhecido por todas as

forme acontecia, cairem prisioneiros por

Na^ocs da Europa c pelos Estodos

estado geral das coisas, e no dominio

. O objetivo da lei, observava Lou-

ato de pirataria.

Impunba-se, entao a

Unidos da America do Norte como um

do seguro veio regular as maritimas, excluindo as decisoes das contesta^oes

rcn?o Westin, consistia em nao con-

necessidade do resgate, conforme foi

beneficio geral para a humanidadc.

fundir pessoas nos seguros de merca-

esta Companhia no caso que nao va

dorias, pois proibindo o Codigo no di-

de uso corrente na Inglaterra mediante a Casualty Assurance, garantia impres-

reito maritimo, nao o vedava sob cutra

cindive! contra o cativeiro dos turco.s

a tomar o mesmo risco sobre pessoas.

disciplina. tanto assim, que mediante autorizagao imperial vinham operando

c dos mcuros.

livres de ambos os sexes e idades,

ragao.

do arbitramento, submetidas a jurisdic3o comercial. competente para toda cspecie de seguros.

(2) B. d'Ourem - Notice sur les Inst.

df Prevoyance au Bresil.

Surgiram desta maneira as primeiras

no pais e continuavam a operar socie-

opera^oes baseadas sobre riscos da

dades de seguros de vida.

vida humana que ate chegar a situagao

contra as Leis do Imperio. se destinara

para c que ncsta hip6tese havera disposi?6es especiais que ficam sujeitas a aprova^ao Imperial,»

NO 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B


26

25 23

24

Estava, portanto, aberto caminho

estabelecimento de uma sociedadc, dis-

ao desenvolvimento do seguro no Brasil e debuxada a distin^ao funda mental entre seguro de coisas e seguro de pessoas, contratos de indenizagao e

punha sobre regras de seguros, encarecendo a utilidade e alcance da medida decretada. Conforme aconteceu com a Protetora das FamUias em 1864

contfatos de institui^ao de capital's, C e a Caixa Geral das Familias cm 1881. assim, criado clima propido a implanA necessidade de legisla^ao sobre

ta^ao da previdencia.

seguros como expressio de cuidado e

O decenio de 1850 a 1860 assinala-

protesao, senao no sentido de dever

se como periodo de maior afluencia

do Estado, permanecia como aspiragao

de companhias estrangeiras pretenden-

da vida economica e social, sem forga, tes a operar em seguros de todas as todavia, de vir a furo, conforme hoje modalidades. Estabeledam-se no pals acontece com as reivindicagoes de toda mediante agencias e filiais sob o regime especie. de autorizagao, criando forte concorrencia entre as 39 sodedades em fun-

donamento, incluidas 8 caixas de pensoes e peculios.

Para tanto bastaria uma lei que

obrigasse a aplicagao de recursos do seguro em titulos nacionais, pois que se afigurava iniquo e absurdo que

tante do Decreto n." 16.738 de dezem bro de 1924.

A execugao desse regulamento nao

aplicagoes devldas a economia nacional. se operou plcnamente, prevalecendo levassem seus beneficios a economia alienigena.

Nao sem grande resistencia. a lei foi promulgada em setembro de 1894, exigindo ante a magnitude e alcance

concomitantcmente a sua vigencia c anterior cuja revogagao nao se tornou efetiva.

A Inspetoria de Seguros e transfe-

das medidas adotadas. vigilancia e

rida do Ministerio da Fazenda para o

fiscalizagao do governo concretizados na criagao da Superintendencia Geral de Seguros, em dezembro de 1901. Constituia o orgao competente de categoria oficial que se punha a par do

do Trabalho, Industria e Comercio

(Decreto n.® 22.865, de 28 de junho de 1933), transformada no Departamento Nacional de Seguros Privados e

movimento dos negbcios das compa

Ao regime de autorizagao, vcio sc_ deparar uma situagao criada pelas com

nhias, zelando sobre o emprego cm

panhias estrangeiras de seguro de vlda

cadagoes produzidos no Brasil.

que impunha intervengao do Estado no

gulamento substituldo por outro cons-

valores nacionais, dos preniios c arrc-

Capitalizagao.

Com a fundagao do Institute de Res-

seguros do Brasil, introduzia-se grande modificagao na politics do seguro, im-

pondo-se a reforms do sistema ado-

Instituido o Controle do Estado

tado que acabou se concrctizando, na

sobre operagoes de seguros, veio estc

Decreto-lei n." 2.063. de marge de

em

tendendo ao aprimoramento de suas

nortearaericanas — The New York

1940, cuja significagao e do coroamento do processo evolutivo de fiscalizagao

normas e a maior eficacia da agao de

Life e Equitable operavam em moeda

ou controle criado em 1901.

estrangeira, e por isso, remetiam as

vigilancia atraves de regulamentagoes que sucessivamente se modificavam.

suas matrizes os fundos a se incorporarem ao bloco das respectivas reservas

dencia pela Inspetoria de Seguros em

matematicas, em obediencia estrita a tecnica do seguro de vida.

intervencionismo constituem o direito das sociedades de seguros, e sendo um

virtude do Decreto n." 5.072, cuja

direito essencialmente vivo, segundo

vigencia por dezesseis anos constituia

ambito do velho Monte Pio, transforComo alcangassem complete exito, mado hoje em Institute de Previdencia pois que era o legltimo seguro em (IPASE) permaneceu circunscrito a concorrencia com seguro experimental,

escreve Sumien — transforma-se sob

periodo bastante, a fim de que suas falhas e deficiencias se assinalassem.

a influencia e variedade do meio ecc-

Usando. entao, o governo em de

dentro de pquco tempo, haviam pro-

fi imposto as Companhias no inte

zembro de 1920 de autorizagao legis-

A legisla^ao s6bre companhias de vocado consideravel evasao de valores. redundante em imenso prejuizo para a

resse dos segurados e no interesse

lativa, expede o Decreto n.° 14.593 que melhor vinha aparelhar o orgao

geral, isto e, no espirito tanto economic)

de Controle do Estado.

direito publico que obrigam os seguridores e em alguns cases os segura los

Naquele tempo, desenvolveu Teo-

phiio Ottoni todos esfor^os no sentido

de que se estendesse a mais largo Smbito, o Monte Pio de Economia dos Servidores do Estado que desde sua fundacao em 1835 vinha arrastando uma existencia timida. Embaragos, principalmente de ordem tecnica im-

pediram chegar-se a tal realizagao, e o

mesma classe.

seguros continuava fragmentaria, pois

interesse da economia do pais.

Acontecia que duas Companhias

economia nacional.

ao lado de medidas de carater geral, Sacrificados, assim profundamente. apareciam dispositivos de regulamenOS fnteresses vitais do pais, urgia cortar ^Cao particular. De cada vez que o o mal pela raiz sustando-se a emigragao Governo expedia autorizagao para desses fundos.

meio seculo de funcionamento,

Em 1903 e substituida a Superinten

Embora visasse a complementagao

do regime de superintendencia e fiscali zagao das empresas de seguros, entendeu o Governo de modificar o i®'

As alteragoes e ampliagoes que se

verificaram, exprimindo o ritmo do

nomico, politico e social.

como social, representando regras de e cuja execugao atribui-se ao Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao.

» - OUTUBRO DE 19^6 REVISTA DO I. R. B.


27

No Brasil como era outros paises, essas leis nao sao imutaveis, iraproorias por isso a codificagao; porem, toda a

mobiJidade gira em torno de principios

As conven^oes formando lei entre as

Atividades do I. R.B. na prevenQao

partes, principalmente quando destina-

das a prover a ausencia de lei especial

e prot0?ao contra inccndios

e a suprir as falhas, inspiravam a

estruturais e permanentes — vigiar todos OS povos no sentido de que os pela legalidade das operagoes — ga- seguradores emprestassem particular rantfr no interesse da coletividade a atengao as estipulagoes acordadas, a solvabilidade das empresas de Seguros. ponto de considerar-se a apolice um

Mario Trlndade

Dai, a necessidade de regras funda

Tdcnico do I.H-B.

raodelo de lei, condi?ao esta que se mentals, concernentes a Constituigao, atribuia a apolice dos Lloyds de Lonfuncionamento e dissolucao das socie- dres. dades. atribuindo-se ao Governo a faCom a proraulgagao em 1916 do culdade de determina-Ias por meio Codigo Civil. OS seguros terrestres adequado, sejara decretos ou decisSes adminisCrativas.

O Controle e essencialmente uma

AS ATIVIDADES humanas estao sujeitas a riscos, na acepgao de estarem sujeitas a fenomenos aleatorios, quer no espago, quer no tempo,

contudo, a destruigao de bens ou a

a 1.476, dentre os quais se compreendc

que impcdem ou- retardam a sua con-

perda economica da coletividade.

o seguro de vida nos arts. 1.440 a

secugao.

passaram a disciplina dos arts. 1 A32

verifica^ao administrativa — faculdade 1.442 e arts. 1.471 a 1.476. outorgada a fundonarios do Estado, Embora de estrutura inteiramente ~ a fun de inspedonar era uma sodedade diversa, como de finalidade diversa, privada, acompanhando e atentamente nao se verifica da insergao do seguro cstudando suas opera^oes de vida dentre os principios gerais dos contratos de seguros terrestres quais-

O direito de seguvos. constituido do

quer motives de confusao.

contratuais, isto e. entre segurado e

sociedade, esta sujeito a morrer, a se

promovem campanhas de divulgagao c.

incapacitar para o trabalho, a ver

mesmo, adotam medidas compuls6rias

a prevenir acidentes, epidemias, etc.

Na evocasao do surgir do direito do paises, as primeiras disciplinas juridiseguro sentimos processar-lhe a evoas regulavam os seguros maritimos. »ai. — o Codigo Comercial cujos dis- u$ao das regras do direito costumeiro J1

No caso do seguro de coisas, as medidas

dizem

respeito

as

normas

tecnicas e de seguranga aplicaveis as atividades humanas: no caso particular

e assim por diante.

No Brasii, como na maioria dos

tranger na rigidez das codificagoes.

dores, as autoridades sanitarias, etc. —,

oficina, o seu celeiro, as suas colheitas

segurador.

mstituigao jundica e economica.

atividade necessaria a sua vida em

tagao, a sua escola, a sua igreja, a sua

repara prejuizos, outro acresce urn valor a mais a um patriraonio.

Lufnprmc.pios ' que nao se podem consseus

entidades interessadas — os segura

bens de que necessita — a sua habi-

contrato de institui?ao de capitais. um

posiPvos apiicavam-se por extensao e ao regime das categorias /uridicas a •=nalogia aos seguros terrestres. ainda que as conduziram a doutrina e a iurisprudencia, para em seguida, transZ'i f' se verificam. como e consi ntes que neles ni-

Assim o homem, ao realizar qualqucr

pelos terremotos, furacSes, etc., os

do.s aspectos distintos - o de direit. talraente distintas — seguros de coisas. publtco quando relativo as relagoes das contrato de indenizagao, seguro de vida

Prtuado. no concernente as rela?oes

" No caso do seguro de pessoas, as

destruidos pelo fogo, pelas inundagoes, destinadas a prolongar a vida humana,

Ao contrarjo, tais seguros manfetu conjunto de regras aplicaveis as ressuas caracteristicas proprias, fundame.v pectivas operates, apresenta-se sob

empresas com o Estado e o de direito

30

29

28

A destruigao de bens que tais acar-

do seguto-incendio, as entidades segu-

reta uma pcrda economica, nao so para

radoras em colaboragao com as' autori

o individuo, mas tambem para a co-

dades publicas estao sempre prontas a

raunidade a que pertence.

patrocinar ou prestigiar as iniciativas

A fungao do seguro e distribuir tais

destinadas a minorar as perdas ou destruigoes de bens causados per inccn

perdas por meio da mutualidade, entre

dios, em beneficio da coletividade.

um grupo maior de individuos, tor-

Se assim nao fosse, poderia ocorrer a

nando suportavel a perda, propiciando

elevagao das taxas de seguro, tornan-

ao individuo a continuagao das ativi

do-se o mesmo desinteress-ante.

dades interrompidas ou retardadas pela

Dcntro dessa ordem de idaas e que se tem desenvolvido uma tecnologia

ccorrencia

do

sinistrc.

Nao evita,

M' 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. ti. B.


j'm

. H

rs^' I > 31

34

33

32

toda especial — a engenharia de pre- Ihos de extin?ao, portas corta-fogo e, vengao e prote^ao contra incendios —

neste mesmo momento, no cstabeleci

cuja a?ao se faz sentir mais acentuada-

mento de um codigo de seguran^a para

mente nos paises de economia mais de-

as instalagoes de caldeiras.

• A evolugao da cobertura automatica no ramo incendio

senvolvida.

Em ^sso pais, acompanhando o

Ao lado dessas iniciativas, acaba o I.R.B. de instituir uma Comissao Tec-

desenvolvimento das nossas .atividades

nica Consultiva nos moldes das varias

\

economicas, e mister que o desenvolvi

mento das tecnicas de prevengao e prote?ao acompanhe esse desenvolvimento.

De fate, processando-se o desenvolvi

mento industrial do Brasil numa epoca em que outros paises ja possuem uma

Celio OUmpio Nascenies Chefe da Diuisao Incendio e £ucros Ccs5a/i(cs do I.R.B.

que ja possui, destinada ao estudo

(Continuagao)

especifico dos problemas de Preven^ao e du Prote?ao contra Incendio, Esta

apenas de Ihes proporcionar aceitaqao No ARTiGO publicado na Revista imediata para os seguros mais comuns

comissao devera funcionar no estabe-

e apresentados dados sobre as opera-

n.° 98 foram tecidos comentarios

Soes das sociedades de seguros antes

lecimento de diretrizes basicas para o desenvolvimento da prevengao _e_ da

do inicio das opera?6es do I.R.B.

experienaa muito grande com os riscos

prote^ao contra incendio no pais, pasdele decorrentes, experiencia essa adsando a ser o orgao coordenador das quirida a custa de muitas perdas, deatividades do I.R.B. nesse setor. vemos ^piroveita-la de mode a nao

incidirmos nos mesmos erros e nas

mesmas falhas. desde a construgao de nossas fabricas, instahgoes industrials

tancia desse fato.

Como elementos executives, vem o

I.R.B. utilizando os seus tecnicos, Essa a orientasao que vem sendo lotados no Departamento Tecnico, atraves o seu

funcionando junto a Assessoria Tecnica Geral. fisses elementos vem estu-

Departamento Tecnico, sempre que solicitado ou mesmo por iniciativa pro- dando e realizando inspecoes de riscos

pria. Essa agao se faz sentir tambem especiais, como as Refinarias de Pepelo prestigio dado pelo I.R.B. a troleo, instala?oes industrials especiais,

iodas as iniciativas que redundem em

etc.

beneficio da coletividade e, em parti Desses trabalhos terao os leitores da cular, as iniciativas da Associasao Revista do I.R.B. conbecimento em Brasileira de Normas Tecnicas, no outras oportunidades, k medida que os cstabelecimento de normas para apare- mesmos forem progredindo.

G numero de plenos de cobertura automatica concedidos a cada socie-

A orientagao inicialmente adotada

dade national foi determlnado por cri-

pelo I.R.B.. para as suas opera?6es com as socied-idcs foi, conforme a pu-

terio uniforme, em que influiram, em

blicagao n." 10 — Relatorio do segundo

propor^ao direta, u massa de premios e, inversamentc, o respectivo fator de

exercicio, a seguinte:

retengao. O resultado obtido per esse

Desnecessario sera ressaltar a impor-

de toda ordem, armazens, silos, etc. seguida pelo

%

de suas carteiras..,

politica adotada pelo I.R.B. no ptUneiro ano de opera^oes Em seu primeiro ano de opera?6es, o I.R.B. procurou conservar, dentro do maximo aconselhavel, a situagao interior.

criterio foi reduzido toda vez que era

superior ao numero de plenos cobertos pelos antigos contratos com as conge neres.

As reten^oes das sociedades estran-

geiras foram fortemcnte diminuidas pelas novas tabelas de limites de re-

Ao iniciar suas atividades, soniente

ten?ao. Elas, que aceitavam, sem res-

24 das 50 sociedades nacionais obti-

seguro, as responsabilidades enquadra-

^eram contratos automaticos de ressa-

das no seu antigo e elevado limite legal,

9uro.

Alem das que ja possuiam contratos com congeneres, foram contcmpladas

teriam grandemente reduzidas as aceitagoes imediatas, caso so Ihes fosse concedido o resseguro avulso. Para Ihes autorizar, portanto, uma capaci-

aquelas que, por terem sede em local

dade de aceitaijao tanto possivel igual

onde o I.R.B. nao teria Representa-

a anterior, foram concedidas cobertu-

Sao, arcariam com dificuldades para

ras automaticas a todas as sociedades

apresentarem todos os seus resseguros como avulsos. Entretanto, a cobertura

estrangeiras. O numero de plenos co

automatica para essas ultimas limitouse a um ou dois plenos, com o intuito

por criterio semeihante ao usado para

bertos autoraaticamente foi determinado as sociedades nacionais.

N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.


■ r

35

Os contratos de aceitagao de resseguro

automatico

firinados

entre

o

I.R.B. e as sociedades obedeceram. em regra gera), as masmas nbrmas

38

36

mulacios de resseguro, importando o

a orienta-Ia na fiel execugao das novas

nao cumprimento destes prazos em ca-

diretrizes».

ducidade da cobertura automatica.

Os resseguros aceitos pelo I.R.B. em 1940, se bem que nao exprimissem

Para a concessao de contratos de

o total de responsabilidades ressegu-

As aceitagoes de resseguro incendio pelo I.R.B., no seu primeiro ano de

cobertura

dispunha o I.R.B. de cobertura auto

terem

opera?6es, regeram-se pelas normas

matica de suas retrocessionarias para

e haviam sido, tambem, e.xaminados constantes do «Contrato de Resseguro pelas companhias intercssadas, obede- Incendio-Aceita?ao», uo qua! ja se

9 meses, foram quase absorvidos pelos

39 plenos de sua retenqao, distribuidos

usuais antes do advento do I.R.B.

Tais contratos. que mereceram urn meticuloso.^estudo dos t^cnicos do I.R.B.

ctam a uma orienta^ao unica, ja que

aludiu, e principalmente pelas «Condi-

tern sido preocupacao constante dos

96es Gerais para Aceitagao de Resse-

automatica

as

sociedades.

em dois excedentes:

guros Avulsos e Garantias Provisorias

71 % as sociedades nacionais e 29 /c

as sociedades estrangeiras participantes do 2." e.xcedente e

retroccdidos

automaticamente

as sociedades estrangeiras e as nacio nais que o desejassem.

quota.

por resseguros avulsos correspondentcs

Nao estabeieciam uma cobertura ampla e ilimitada para todos os riscos,

aos excessos da cobertura automatica.

Em 3 de abril de 1940, data em que

Em linhas gerais. eram semelhantcs as condigoes estatuidas pelo I.R.B.

o I.R.B. iniciou as suas opera?oes, o

pois seria contrario a boa tecnica securatoria oferecerem-se garantias sem

que houvesse, em compensa;ao, uma

identica parcela de cautela e seguran<;a. Assim e que. alem da limitagao do numero de plenos de cobertura auto-

para a aceita^ao dos resseguros auto maticos e avulsos, tendo mesmo uin

grande numero de clausulas comuns.

No deco'rrer do primeiro ano de suas

matica, os contratos nao vigoravam atividades, o I.R.B. concedeu con

para cobertura de riscos de vulto, cuja aceita?ao, sem previo conhecimento,

tratos automaticos a mais 16 sociedades nacionais. Tais concessoes eram re-

poderia acarretar danos imprevisiveis flexos, da campanha educative que

a^.R.B., que, analogamente as so ciedades de seguros, tern seus limites de reten?ao e aceita^ao.

Ao mesmo tempo, procurou-se que

vinha empreendendo. bem como da gradativa udaptagao das sociedades ao

novo regime tecnico estabelecido.

Os pedidos para obtengao de con

automaticos so eram atendidos fossem eliminadas as praticas inconve- tratos depois de urn escrupuloso exame do nientes dos antigos contratos de resse tecnico da interessada, guro automatico, estabelecendo-se, por eaparelhamento a concessao seguia-se urn periodo de exemplo, prazos para entrega dos for-

maximo

de

cobertura

excedentes automaticos, como se obser-'

automatica

do

fatores

de retengao das

80 sociedades . .

563,4

58,48 %

10,0

1,04%

Fator de retengao do I.R.B Capacidade de re90,0

9,34 %

33.745.

100.00

14.300.

42.3S

19.445.

57,62

100,00%

16.093

47.69

82.76

3.315.

9.82

17,0>

37.

0,11

0.19

ressegu

ccdidos

ao

I.R.B

pelo I.R.B. .. Premios

retroce-

didos Ao 1." Excedente

Ao 2." Excedente

(autom.)

....

Ao 3." Excedente

(Avulso) '

A infima percentagem dos, premios

automatica de que dispunha o I.R.B. em 1940 era suficiente para absorver a quase totalidade dos riscos incendio

Nos quadros a seguir, apresentamos OS dado.s relatives ao movimento de

tengao do 2.® ex

cedente

%

existentes no Brasil.

tengao do 1." ex

cedente Capacidade de re-

ro

Cr$

de resseguro cedidos ao I.R.B. que •coube ao 3.° Excedente (Avulso) — 0,11 % — demonstra que a cobertura

seguinte:

dos

Premio

(autom.)

mercado segurador brasileiro, em plenos da Tabela padrao de retengoes, era o Soma

de

Premios r e t idos

— um 2." excedente de 30 (trinta) plenos

cerca

va abaixo:

de normas uniformes e analogas'para no Ramo Incendio». todas as sociedades de seguro. As ultimas regulavam as aceitaqoes Eram contratos fundamentalmente de cessoes avuls-is e garantias provi do tipo de resseguro de excedentes; sorias e. portanto, ap!icavam-se a acessonamente, nos casos de cosseguro, todas as sociedades. Isto porqiie" quando nao havia excedente, funciona- mesmo aquelas que possuiam contratos vam como contratos de resseguro por automaticos teriam necessidade de pro-

abrangido somente

— um 1.° excedente de 9 (nove) plenos — retrocedido automaticamente.

d:rigentes do I.R.B. o estabelecimento

radas, pelo fato de suas operagoes

300,0

31,14 %

963.4

100.00 %

assistencia tecnica do I.R.B., tendente

prSmios e a potencialidade das socie

dades que operavam com o I.R.B., no ramo incendio em 1940:

N» 99 - GUTUBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. n. ■Jh.i .> iV'

I


DISTRIBUICAO DO TOTAL DOS PREmIOS PRfiMIOS DB SECUROS DIRETOS

-..^SOCIEDAOES operando

4i

12

O contato direto com todos os pro-

Como a primeira condigao era funda

blemas do mercado segurador e a

mental para o ressegurador privado e

expcriencia • adquirida nos primeiros

nao para o I.R.B., e como as socie

meses de funcionaraento, permitiram ao

dades ja estavam suficientemente fa-

I.R.B. introduzir, em 1941, modifi-

miliarizadas com as condigoes tecnicas

cagoes nas suas normas de trabalho,

de operagoes introduzidas pelo I.R.B.

visando u'a maior seguran^a e simpli-

no mercado a partir de 3 de abril de

cidade para as operagoes das socie-

1941, foi a mesma suprimida dos con

dades.

tratos de cobertura automatica, e para-

O 1KB

CrJ

Nacionals,

%

K16cllo

50

78.151.7

63,74

1.563.B

32

44.456.1

36.26

1.389.3

Estrangeiras

CERAI

'X

82

122.607.8

100,00

1.495.2

Ate 3 de abril de 1941, a cobertura

pelo I.R.B.

dades cobertura automatica para os

estava subordinada as dues condigoes

seus excesses de retengao, desde que o

seguintes:

risco nao fosse vultoso, isto e, desde

automatica

distribuicao DOS prEmios no PERJODO DE 3/4/40 A 31/12/40

concedida

que a importancia segurada ou segu

r< * 1.^

PR^MIOS DE SECUROS DIBGTOS

socieoades operanbo

!•" — a importancia segurada nao ser superior a soma da retengao pro-

PRfe-MIOS OS RESSEGUROS CEDIO03 AO l.B.B

rOM O

% DE RES3E-

Cr$

Nadonais.,.,.,

50

Escrangciras.,,

32

CERAi.

82

58.493. 30.430.

8.923.

%

65,78 34,22

100,00

M6dio

CrS

1.170.

fi--

Mcdio

pria (pleno) com os miiltiplos dessa retengao (plenos) previstos nos res-

22.656.

67,17

453.

38,75

11.079.

32,83

346.

36,41

33.745,

100,00

412.

951.

1.084

%

lelamente estendida a todas as socie

pectivos contratos e

2" — a importancia total segurad-i 37,95

ou seguravel de todos os piedios e conteiidos comprcendidos no risco iso'i .''

lado, em toda.s as sociedades, nao ser superior a 350 vezes os limites maximos

POTENCIALIDADE DAS SOCIEDADES

da tabela de retengoes padrao.

ravel nao fosse superior a 350 plenos da tabela padrao de retengoes.

Esta mcdida constitui, ate hoje, o maior passo dado em raatcria de con-

cessao de cobertura automatica para os excesses de retengao, pois, o mercado

segurador brasileiro se viu, quase inte-

gralmente livre do resseguro avulso, podendo assim, incentivar as suas operagoes, contando com a seguranga

e tranquilidade asseguradas pela co SOCIEDAOES OPERANADO

NACIONAlS-50

estrangeiras-32

OERAL-aZ

COM O I.R.B.

CrS

CrJ

%

Allvo Ifqutdo

ijmitc le(ml,..."^'°'"'

• mWio'

180.829 3,617 17.746

57,23 54,16

355

135.113 4,222 15.018

42,77 45.M

469

CrJ

315.942 3.853 32.764

% 100,00

consequencia, deixava de existir co

Pator de retcneBo '

midio.

257.9 5,16

43.57

334

10,44

56.43

591.9 7,22

atendida, dcrrogava a primeira e, em

100,00

400

*

A segunda condigao — indispensavel bertura automatica para a grande maioao I.R.B. por se tratar do resseguria dos seguros. rador unico do mercado — quando nao

100,00

Os resseguros cedidos ao I.R.B. em 1941, exprimindo ja o total de

bertura automatica para o risco e, con- responsabilidades resseguradas, confirmaram que o limite de cobertura auto

sequentemente, para todas as socie dades.

matica obtido pelo I.R.B., de suas retrocessionarias. era suficiente para o

N' 99 ~ OUTUBRO DB 1956

REVISTA DO I. R. B.


iS 44

Hiercado de seguros nadonal, conforme se observa abaixo;

A infima parcela de ptemios retro-

%

cedidos, eip 1940, ao 3." excedenfe

55.452. 100,00

flviiiso. ficou ainda mais reduzida em 1941, por f6r?3 de os cancelamentoa

-23.332. 42,08

p- rremjos resseguTO cedidos ao •rrtmios rctidos

46

45

Ainda o seguro global de bancos

efetuados terem sido superiores as

J. A. M. Wiegerinck

rremios, retroce-

•Gessoes, aao fendo havido, pratica-

Adi'ogado

Ao'S^E^deate

mente, retrocessoes avulsas.

AodTExLden'.;

_ O niovimenta de premios e a potencialidade das sociedades em 1941. podem ser observados nos qaadros

peM.R.B.

(avulso) .

—, I. —0,01 —0.01

UBLicou-SE nesta i-evista um

es-

tudo da moo do Sr. Vanor Moura Neves sobre a influencia do crime con-

linuando sobre o seguro global de bancos.

crime, o qual, por consequencia, tern

abaixo:

O crime continuado e uma instituigao

do direito penal. .Por meio dele, 0 direito penal consegue considerar varios

distribuicao DOS premios SOCIEDADES OPERAND©

POENDOS DE SeCURos DIRETOS

orai o i.R.tt %

fatos juntos, como um ato juridico,

PREiHOS DE RESSecoSOS fED. I.R.B.

% OE-RESSE-.

Medio

CrS

CUR©

M6dio

NacionsU 105.285.

Eatrangrtfss

69,55

41.167,

100,00

55.452

100,GO

direito penal o crime continuado tarn- "

entre si por um espago de tempo.

bem deve ser considerado como um vontade do autor e tambem ali rele

Um todo, e necessario que estejam unidos por um fator juridicamente

vante.

668

36,62

dos fatos.

15.846, 495.

44.56

372.156 4.484

35,722 430

de rctentSo

exemplo, as conseqiiencias civis de atos ilicitos e diz expressamente no art. 1.525 que a responsabilidade civil e

Assim o gerente de banco que du-

independente da criminal. Isto ja in-

rante um espago de tempo exerce sub-

dica que o direito civil, protegendo

Iragoes parceladas. pode praticar juri

dicamente um furto. fi a sua intengao ■ 100.00

subtrair o total, mas nao faz isto num

sac para ele relevantes.

100.00

so ato natural, retido pelo medo de ser

209.808 43.62

O Codigo Civil regula, por

outros bens juridicos, reconhece outras regras para classificar os fatos que

AUvo LIquido 5.073.

Isto depende do fate de se a

sejam juridicamente considerados como

ci;rai.-83

162.348.

ato.

30.97

esTRAN-CEIRAS-32

4.1U

No cntanto, nao e certo que fora do

Para que cstes varios fatos naturais

^'AC10NA15-51

19.876

varias_ partes).

apesar de os fatos naturais que constituem este todo estarem separados

relevante que e aqui a vontade do autor

co«"o I.R J5

pode, por sua vez, ser composta de

39, 10

POTCNC,ALIDADE DAS SOCIEDADE^S sooibdAi^ operand©

(Naturalmente esta pena

807,

cEral;:

151-415.

uma pena.

446

W.DO.

14.285.

impulse de uma so vontade como um

No caso do gerente acima citado.

descoberto. Portanto houve. de fate, o direito penal precisa descobrir qual

fDttJto 54,'19

100,00

9"e em ]9^^"^ ^cima, verifica-se dades — fin? a i ri

^egurador brasileirnf" °

^"^<>niatica maxima dt 1 009 4 da tabela padrao de rJ. -

90.'2" Ex^'a"~

tieWsida^e 7''retrocessao ~

.eten^oes (socie-

(continua)

para toda esta serie de pequenos furtos,

a justa pena a ser aplicada. Para isto

so uma decisao de vontade.

Nao e a

e necessario kvar cm conta os fatores

vontade do dito gerente fiirtar muitas

subjetivos proprios a personalidade do

pequenas parcelas, mas sim furtar o

deiinqiiente.

total das pequenas parcelas.

O direito civil ja tern um outro fim.

Isto faz coin que o direito penal Deve indicar quais as conseqiiencias do considere os atos praticndos sobre o

fato sobre as relagoes entre si das

M - OirrUBRO DE 1956

Ri^VlSTA DO 1. R. 8.


47 49

50

O segundo problema que encontramos, no exemplo acima, e como consi-

sidera assim aqui estipulando expressa mente que neste caso ela sera considelada reajustada como se nenhuma perda tivesse tido lugar.

48

pessoas (juridicas e fisicas). No caso o texto m'c parece claro. A apolice isto e indicar quem,cUve sofrer a perda nao fala aqui de um ou mais delitos,

e odanocausados. Assim, por exem-

eventos, sinistros, pessoas ou coisas pH o art. J.521 do Codigo Civil equivalentes. Ela fala aqni concreta^dica varies cases cm que a responsainenteem«perdas.. E us perdas que W»dade civil aao cai somente-sobre o no nosso exemplo ocorreram ate 31 de deJmquente mas tambem sobre uma

derar o furto cometido pela mcsma

pessoa, no nosso exemplo 0 gerente. em varios atos durante a vigencia do seguro,

outra pcss^a que.a criminal. O direito dezembro de 1954 estao expres.samente segurador faz.parte do direito civil e exciuidas do contrato de seguro. assim

mente a qualquer perda ou perdas

causadas (a) por atos ou omissoes de

qualquer um-a pessoa. . . ou (b) por qualquer sinistro ou cvento, fica limi-

tada a importancia de Cr$. . . Apos a verificaqao de qualquer prejuizo co-

Propnas ao direito segurador.

• Ademais, o direito segurador nao tern Vejamos agora o oxemplo de crime por ponto de partida o delito do ge

berto pelo presente seguro, esta apolice

contmuado, expoato pelo Sr. Mo„ra rente. mas as perdas causadas ao se-

sera considerada como reajustada em

Neves.- Cooiesando em 1948. um oe gurado, e nao fern por fim estudar a

seu valor, de mode a que sempre du

penal,dade do deiinqiiente, mas a copeqaeoas gaapdas do banco ate em berturu do prejuizo do segurado E ■ quando edescobcrlo. A apolice nem o direito penal diz que as perdas »SI°™ do rcferido banco so enlra ««vem ser consideradas como uma em Vigor no primeiro dia de 1955. perda.

° «'"dioso de segnros

rante a sua vigencia a cobertura esteja em vigor pela importancia de Cr$. . . ,

A resposta a que devemos dar neste

ultimo dia de 1954.

o

exempt t ■=

dae perdas"""O teve

7" durante, e parte antes de 1955

no°BrT°r°

eobertorl a7 """

I,

- as perdas solridas

de 31 de derembro de 1954

«7 segaradas. Ldglco, estas serao T'" mesma». ■»den.xad,s e as oatras nao.

yenaa da

!'■

gencia da apolice. Por isto nao trataremos ma's dela aqui.

A primeira regr-i da condiqao It limita a responsabilidade da compaidiia e nao somente no caso em que o direito-

penal considera um todo de fatos como um crime, mas em todos os cases em

Em todos estes casos a responsabili

pago ou scja obrigada a pagars..

dade da companhia fica limitada a im portancia citada nesta regra du apolice.

mesmo

O exemplo acima e por isto facil de ser

A primeira limita a responsa

resolvido pois esta certo que as perdasdurante 1955 foram cau.sadas por uma-'

funcionar

ao

bilidade da companhia nos cases ja 'I 'l

do direito penal que e o crime conti nuado, mas justamente o caso em que haja mais que um crime durante a vi

rior sobre a qua! a Companhia tenha

tempo.

O primeiro e como devem ser con- segurado tiveram Juqur ? F =. - • b-u- • il a iinica .derados os prejniros ocorridos ate roc, ^

que tivesse lugar durante a sua vigencia. Esta parte da condiqao 11 c irrelevante para o problema do crime continuado no seguro, porque nao regula o caso

independente de qualquer perda ante

nunca podem

berto pelo seguro nao e quantos delitos

£ que OS contratantcs nao quiscram que a apolice so cobrisse uma pecda

que uma ou mais perdas sejam causa das por uma pessoa ou um sinistro.

Ha nesta condigao duas regras que

para saber que prejuizo esta co-

foram mas quando os prejuizos do

coisproblemas.:

durante

da apolice acima citada «A responsa bilidade total da Companhia, relativa-

contrato. Mesmo se o direito penal considera os atos do gerente como um A responsabilidade segurado>S3o crime continuando, isto e composto de Pode scr encontrada aplicando as leis varios atos subseqiientes, isto nao imPenais. mas estudando os fatos a luz F "cu que. os deva assim tambem concos principios e das regulamenta.oes siderar o direito segurador.

ura de crtme con.inpado do direito

exemplo

Sobre este caso lemos na condiqao 11

regra especial.

nosso

1955.

obedece pois as diretrizes gerais do como as sofridas depois desta data direito civ.I se nao der ele mesmo uma estao expressamente incluidas no mesmo

Ha neste exemplo. comparado' com

no

enumerados. A segunda diz o que acontece com o contrato de seguro apos a verificaqao de qualquer prejuizo coberto pela primeira regra. Ora, nunca

pessoa, 0 gerente.

se pode falar de crime continuando a

dentementc do fato de se esta pessoa

respeito de dois ou mais fatos dos quais

as causou num ou em mais delitos..

um ja foi veriticado e outro nao. fi um

sempre que os delitos tenhara tido lugar

outro crime e tambem a apolice o con

durante u vigencia da apolice.

Todas as perdas causadas por esta uma pessOa estao cobertas ate um ma-

ximo especificado na apolice, indepen-

N' 99 - OUTUBRO DE 1956 reVista do I, R. B.


51

53

54

pontal do navio e a sua largura na

percurso do navio. em particular dos

linha de maxima imersao, reiine em si

portos.

52

Considcra96es sobre a escolha de um navio de carga

Vamos exaininar agora os problemas

OS elcmentos que a tornam apta a

■caracterizar, pelo menos aproximada-

economicos.

mente, a situagao do navio no que se

Giullo Tartarl

\ VALORJZAgSo dKMurinha MercantexBrasileira representa um

<iade premente. que se rdacionj-coni di?oes das estruturas. as quais devecao o desenvolvimento economico do pais. ser equivalentes em resistencia as rc-

A aquisigao de um navio de carqa gulamentares, bem como a averiguagao pressupoe o conhecimento de muitos de todas :;s exigencias necessarias^para

problemas que, podem ser classificados em duas categorias: problemas de na. scguran^a no mar, quer direr as subtureza tecmcu e problemas de natureza divisoes em compartimentos estanques mediante anteparas.

Logicamente, a caperiencia de um Quando se tratar de navies classifiiom tfcuico ira p„upar ao armador cados em um qualquer dos varies mmtas preocupasoca „o fuluro, e po- «Registros Navais». um indice muis

ar^ad toTo,t''f

e ter sempre os poroes cheios e o car-

rias liomcgeneas, pode set considerado em boas condi^oes de estabilidade,

regamento completo. com uma determinada carga.

cjuando, a .supra-mencionada relagao h/l assume um valor igual a cerca

•de 0,70, c sempre que, acima da coberta- nao se apresentem sobre-estruturas importantes. Esta verificaqao jaodera set feita no mesmo piano de constru^ao do navio.

Quero reafirmar que muitos navies, pqr causa da omissao acima citada em

fase de projeto, resultaram, apos a <onstru9ao,

absolutamente

instaveis.

Alguns ate afundaram, quer ainda em

Esta condiqao bas-e sera cm geral

satisfeita, quando, o navio, alem de oferecer a possibilidadc de carregar um detcrrainado peso, apresenta tambem um suficiente volume nos poroes.

De fate, um volume insuficiente daria a possibildiade de encher completamente os poroes, sem ser, entre-

tanto, utilizada toda a capacidade de carga em peso, ate a linha de maxima imersao admitida pelas Regras de

•concomitancia de outras causas secun-

' plexo de casco, maquinas e equipamentos. admitido no «Registro5v e

•darias, outros requereram, para poder navegar, o embarque de notaveis quan-

anti-economica,

tidades de lastro fixo, com o efeito

^ntre os varies tipos de navios, devera

■conseqiiente de reduzir a capacidade

escolhido aquele que nos oferece

PP^iiPntarei, ao confirmado pela sua Classifica^ao. ""P'pIp'PSppp sobre No case de navies com muitos ano?

problemas ,a menConados. os guaa de navega^ao. deve-se ter em conta a

ultima vistoria efetuada pelo Registro 't uma avaliaP o gu d ae decidirPP" a aguisigao dum

3 confirmagao pelogeral mesmo da classi<leterm.„ado Kp„ de navio de carga. If'cagao micial. Em a preferencia Vou comesar eaaminando os pro- devera ser dada ao navio que, alem Wemas iecnicos gue inieressam a res L de apresentar tddos os requisitos acima

lavto """'r' = » estabilidade do enfrenta nfrenta, convenieniemente """"" o mar. ^P'" P Qunndo gg trata a

Um navio, carregado com mercado-

que apreciavel da eficiencia do navio sera o grau de confianga para o com-

ma's f o tipo deao navio =P™Pnado ao trafego oual pee(endedestina-lo.

O que mais interessa ao armador, num sentido exclusivamente economico,

Enyenltciro Naval

proWema de atuaJidade, de fundamental importancia para o futuro do pais. A aquisi^ao e a constru9ao de mo- tun-j uma vistoria. de um engenheiro dernos navies da carga e um.-necessi- naval, para averiguagao das boas con-

«cononrica.

refere a sua estabilidade.

class^ficados nes Regisfros"siropo^

dos. apresenta tambem a Marca

/Ren-' ^ fiscalizasao do «Reg.stro Navub durante a construCom referencia a eseabllidade, posso P «P5ao h/l enlre o

Be carga dos nuvios, recurso claramente -anti-economico.

Em navios de carga construidos de ■madeira, a citada relagao h/l podera ser verificada na base de um valor

-aproximadamente igual a 0,60.

Botda Livre, condiqao evidentemente

Portanto, fixado o tipo de carga.

Oarantias de satisfazer a dupla condigao de carregamento em peso e vo lume.

A condiqao e, em geral, satisfeita no caso de carga pesada (750 e mais

kg/por metro ctibico), mas, quando se trata de carga volumosa (menos de

Pelo que se refere a imersao do

750 kg/por metro cubico) e tambem

navio, em particular a maxima, devera

de carga geral, e absolutamente ne-

sempre ser verlficado se e inferior a

cessario que seja verificado o volume

minima profundidade disponivel no

disponivel, e, quero afirmar, que um

N»99-0UTUBR0 DEI956 REVISTA DO I. R, B.


55 56

57

5R

navio sera, neste caso, tanto mais apreoavel, quanto maior for o volume dos colha de um navio de cargu, tenho que falar fambem de outros fatores de seus poroes.

navios destinados a carga volumosa e a

pequeno, e julga-se poder contar com

carg-a em geral.

baixos

Mas a maior vantagem nao e so de um maior volume nos poroes. Uma

muitos anos.

menor potencia motora acarreta tam

para navios de carga, podem ser consi-

bem, a paridade de velocidade do navio,

derados aqueles. cujos valores variam

uma sensivel diminuigao das despesas

entre 0,70 e 0.80.

naturezaeconomica, tais como os custos

Conhecendo o volume que ocupa a de exercicio, e os direitos fiscais na

mercadoria, per unidade de peso, e o base da Tonelagem liquida. seuv.peso espedfico, o elemenfo que Muitos pensam que uma maior po pode nqs propordonar uma idda dara da capac^dc do navio ao transportar tency motora instalada seja uma vantagem tanto do maior cusfo dos mo carga, e a «Tdneiagem liquidas. tores, quanto de uma velocidade maior. Muitas vezes se presume individuar Isto pode ser verdadeiro em muitos esta capacidade do navio, up valor do cases, mas pode tambem enganar a ^Deadweight., confundindo-"^ cooj a 'ncompetentes. Quero esclarecer o carga util. Quero esdarecer esfe erro, assunto, dizendo que um Indice de condizcndo logo que precisa muita cautela ven:encia ou menos. pode ser demonsquanto a aquisi^ao de navios, baseando- t^rado exclusivnmente por uma analise

do coeficiente de bloco do navio.Tsto ^

asobreo valor do ^Deadweight.. De fato o ^Deadweight, representa a di- quanto menor for o valor do coefi ferenca entre o Deslocamento com ciente de bloco, tanto melhor sob plena carga e p ^Deslocamento leve. ntu.tos aspectos sera o navio. e. compr^ende, portanto, alem do peso da mercadoria, o peso do combustivel De fato. entre dois navios da mesma do oleo lubrificante, da agua de re- capacidade de carga (Deadweight) aquele com coeficiente de bloco menor

serva. do pessoa] e dos viveres.

vai encontrando menor resistenciu na

Dois navios com o mesmo «Dead- agua. e precisa, portanto, de uma menor --■ght. podem ter motores que con- Potencia motora. Menor potencia

somem combustiveis em quantidades •nstalada, quer dizer. per consequencia. ntuuo diferentes, ate na base de uma a unt menor volume para a praga de que o outro, „u mesma niaquinas, um menor volume dos tanviagem, i.sto e, ndm mesmo percurso, ques de combustivel causa o menor ortanto. a igual «Deadwaight» pode consume, Menor e ainda o volume corresponder uma carga liquida de mer- dos pic-tanque^, para a maior finura

cadona sensivelmente diferente e e na dasformasaproaeapopa. A poupanca de todos estes espagos vai logi-

base desta carga liquida, que seganh

lam

xretes.

camente dar a vantagem de um maior

volume disponivel nos poroes. e Ja ti'

P^pondaante na as-

vomos ocasiao de falar da importancia

deste maior volume, em particular por

V

de

combustivel

por

Coeficientes de bloco satisfatorios,

de combustivel c, portanto, dos custos de exercicio.

pre^os

Quero terminar este artigo, anali-

sando tambem algumas consideraqoes

De outro mode, um navio, com coefi

ciente de bloco menor, pesa um pouco

sobre os motores, em particular os Diesel.

mais (maior deslocamento), e teremos,

Quanto maior -.for a velocidade de

portanto, a desvantagem de um maior

rotaqao,

custo na aquisigao do navio.

Menor peso do motor, significa uma

Outra

desvantagem ainda, sera devidu ao

tanto

menor

sera

o

peso.

maior carga litil.

maior custo nas despesas de taxas portuarias, por causa da maior Tone-

Os motores Diesel sao preferiveis

lagem Liquida disponivel, acima de-

outros porque mais simples: pre-

monstrado.

cisam de menor pessoal, com conse-

r» j t^ontudo, a vantagem e- sempre no-

quente cconomia nas despesas de exer-

tavel e a favor do navio de maior finura, isto e, com coeficiente de bloco menor.

cicio. Os motores Diesel, a quatro tempos,

Considerando esta vantagem como

sensivelmente superior aos

uma anuidade paga no fim de cada

®

tempos.

Pode-se dizer que o

ano. em poucos anos de naveguqao

motor a quatro tempos, a paridade de

podera ser amortizado o maior custo

niimero de rotaqoes, pesa uma vez e

de compra do navio. Depois deste pe- tres quartos mais que o correspondente riodo. a vantagem passa completamente motor a dois tempos. para lucros liquidos.

Termino concluindo que, nu aqui-

Esta vantagem ira aumentando na- si<iao de um navio. e obsolutamente

turalmente com o maior raio de a^ao necessario sujeita-lo a todas as criticas, do navio, com o aumento dos pregos Jgixar inexplorado nenhum partide combustivel, e com o aumento da dos varies problemas acima civelocidade. tados, e que, o auxilio de um engenheiPodera tornar-se minima e as vezes ro competente pode neste caso, poupai negativa. quando o raio de agao for

ao armidor tempo e dinheiro.

99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.


59

61

60

Hermi'nio Augusto Faria ^sscsior Tecnico do Gabmcfc dc Bstudos c Pcsquisas do l.R.B.

APRECIACOES GERAIS \

p AREc^Jora dt duvida que no caso de uma empresa ser ma!

sucedjda nos seus negocios. todos per-

Geralmente entendida. cooperario dem alguma coisa. Senao vejamos: Pode ser definida como o trabalho en deixa de receber. aqueles conjunto no sentido de ser alcanqado serv.sos que a organ.Vagao presta^a^ou urn determinado objetivo. Talvez pu-

jeles artigos que a empreaa peoduzia dessemos exemplificar ben, o que que-

vendia; o proprietario, uo caso de remcs dizer se nos lembrassemos de urn uma orgamzacao particular vai a fa arco a oito remos com patrac. Aqui, todos OS membros da guarnigao-do tan e legal numa' institui?ao estatal arco trabalham juntos e em perfeita a„ de eco„„„ie ooordenagao.. Cada remador faz a oralua-se; os Superintendentes, Pre- sua parte, cabendo a todos fazer o

^axuno. Todos eles sabem que o tra-

perdem'

etc. ba ho em equipc e o unico caminho

servidoreT'r''"'"'

Paraav,tona. Qualquer remador que

f"«'Marios, ou cot como qacram cha„a-Iosassalaciados. vac para; pensasse poder agir como melhor Ihe ° sacrificio proprio e. o que aprouvesse prejudicaria a todos.

-

P-ois bem, numa empresa onde nao

ha coopera?ao. onde alguns emprega-

zit:t ™ 'I"'! "11 indivlduo perde ) go para poderem se sobressair. e ■'■-'"itam do seo

onde alguns. poucos ou nada querem

perplexes diante do futro, a menos que cada um procure por si so, reeducar-se

De um modo geral, a cooperagao deve se fazer sentir de cima para

e superar a situa^ao existente.

Todos

baixo e de baixo para cima na escala

Muitos sao os funcionarios

hierarquica, bem como no sentido hori

que criticam os seus chefes e muitos OS chefes que criticam os seus subordinados. Para eles basta que alguem esteja no degrau de cima para merecer,

zontal entre chefes do mesmo nivel oi»

cu fazer, todas as criticas possiveis e

que tange a falta de cooperagao, pois

imaginaveis. E, quanto mais alto o degrau, ou melhor, talvez, quanto maior

e a ele que cabe motivar os seus subor

0 numero de degraus que separain os

um trabalho cm conjunto. No entente,

dois personagens eni observaqao, maior 0 numero de defeitos, de atitudes e de

que fazemos nos ao acharmos que o chefe nao coopera ? Cooperamos com

erros encontrados de parte a parte. De um lado o mau subordinado pro-

o inevitavel ?

criticam.

ocorrer

E

perior hierarquico. Do outro lado o mau chefe procurando alicergar, os

mesmo que o seu trabalho nao Ihc

ftindamentos da sua incompetencia no desinteresse e nas atitudes negativas

gostar dos seus subordinados para me

dos seus subordinados.

O mais interessante

que o seu ordenado seja deficitario. lembre-se de que voce, e apenas voce,

e que cntre as criticas mais severas

pode mclhorar esse estado de coisas.

surge sempre a que se refete a falta

Voce pode tornar qualquer trabalho

vicioso continua.

E o circulo

de «cooperagao». Bcckman

em

coopera;"';

cclocarmos do facil critical".

outro lado. No entanto

agrade, ou que o seu chefe nao saiba recer deles uma amizade sincera, ou

menos detestavel se pensar de maneira seu

livro

intitulado

«Coino Treinar Supervisores» diz que «cooperagao e uma palavra muito fa-

Muitas pessoas falam sobre ela

certa.

«0 seu chefe qucr que voce se interesse pelo seu trabalho para que. ele possa ganhai mais dinheiro ou prestigio. Mas, esquegamos o que deseja 0 seu chefe. Pense soraente no que voce lucrara, se se interessar pelo tra balho. Lembrc-se de que isso pode

opera^oes sobe vertiginosamente

porem reslxingem 0 seu significado

maTorad''"''^^

altamente

pessoa faga. Esquecem que cooperagao

essencalmente estes os fatores que mportam ao nosso trabalho, a empresa

Nenhuma organizagao, na industria,

duplicar a soma de felicidade que voce tira da vida, pois, aproximadamente a

no comercio ou no governo pode con-

metade das suas horas de vigilia sao

tinuar com sucesso as suas operagoes

gastas no trabalho e, se nao encontrar

se houver areia na sua caixa de ma-

quinas, quando ha falta de cooperagao

felicidade em seu trabalho, e possivei que voce janiais a encontre em parte

entre seus funcionarios, ou seus depar-

alguma. Lembre-se sempre de que se

tamentos ou suas divisoes.

se interessar pelo seu trabalho, voce

tlTa hf' faSr

" ineficienda r,o -upervisao, ou outro.s

encontra n.

de desejar

Sa-

de nos E mais

para 0 que eles esperam que a outra

naf'achaT"'''

Geralmente. nao.

sua ma vontade e o seu desinteresse, nos defeitos e nas faltas do seu su

PPetdido "dto r°" for raaoavelmenfe "° allo.

dinados e incenth-a-los no sentido de

curando justificar a sua ma conduta, a

lada.

nova colocatao

fi logico, que ao chefe cabe sempre a maior parcela de responsabilidade no

bemos que o que nao tern remedio, remediado esta, mas fazemos questao

o«::rrr.'" a espapo' vezese nr cauda caud do d merecimento, "o arrastando custo das «nde deP""® ten,po.Jas Nao

,.m »

funcionarios de um mesmo grau.

A

^"vidades.

^^amar de -^e^tIrdrn^r:r^-

-tores da atividade humana dLa-no;

e um processo dirigido nos dois sentidos e que tambem os envolve.»

W».99 - OUTUBfiO DE ,950 REVISTA DO 1. R. B.


63

65

66

Portanto

chefes pensam ser suficiente vociferar

de um lado e, de outro. o inteiesse

estejamos contcntes de viver o unico

^ podera trazer-lhe promogoes e tempo que nos e possivel viver». E ja aumentos de ordenado. Mesmo que tal nao acontega. reduzira ao nimimo que tem que ser assim. porque nao a sua fadiga, fazendo com que voce transformarmos em beneficio os nossos

..ordens, ou baixar ordens ou dar ordens. No cntanto, o comandante de um navio

pela organizagao como um todo.

«cnha animo para gozar as suas horas

prejuizos ? Mesmo no que se refere ao

(Dale Carnegie).

salario, se nao pudermos, de mode

precisa da cooperagao maxima de todos, em qualquer escalao.' O fracasso, ou

dos desejos do chefe: b) nao o aborrecer desnecessariamente com pormenores ou pedidos de

a indisciplina, ou a ma vontad'e de um

orientagao;

64

afastara do sspirito todas as suas preocupa;6es e que. no fim de contas

come OS nossos esplritos.

de guerra, em coinbate, ja sentiu que isso nao e suficiente.

Mais dfesuma vez consegui com co- algum. meihorar a nossa situagao fiegas de trabaJho e comig6 mesmo, nanceira, t^lvez possamos meihorar a

Para veneer ele

s6 membro da tripuiagao, pode custar

Nas relagoes com os superiores:

a) certificar-se

da

compreensao

c) elaborar todos os relatorios pcz-

nossa atitude mental com respeito a

a vida de todos e o afundamento do

cisa e prontamente:

•quando nao temos o que fazer do que nossa situagao. Lembrerao-nos de que ^uando o nosso tempo se acha todo outras criaturas tambem tern preocupa-

seu precioso barco. E isso porque o

d) afastar-se quando verificar falta de confianga por parte dos superiores;

provar que ficamos mais cansados

tempo e prcmente.

tornado por trabalho. E issd porque ?oes financeiras. fi uma aspiragao tao quando nos falta servi^o ha tempo ^hra humana quanto o que de mais humane

urgencia em relagao ao tempo nao e tao imediata mas, a necessidade de

jdeia e antiga e num trabalho sobna a Fad,ga. publicado pela Metropolitan

e) tolerar inconveniencias tais como

cooperagao e igualmente importante.

prorrogagdes de expediente ou horario, quando seja requerido por determinada

Uma das molas do progresso sao as nossas asp.ragoes. Logico que dese-

O fracasso, o afundamento, depends

emergencia,

jamos ter o que nao possuimos. A-vida

Lembrem-se de que estamos todos no

nos preocuparmos com a nossa situa?ao ha dentro de nos, querermos mais.

€ com a s.tuasao dos outros. Alias a

Numa empresa a

apenas de um maior espago de tempo.

Nas relagoes com os subordinados:

a) cxpedir ordens prccisas e claras; certificar-se da compreensao das mes-

em^si e uma esperanga perene em re-' L^e Insurance Company encontramos: Jagao ao futuro.

mesmo barco.

E, ja que chegamos ate aqui, talvez

raramente causa fad.ga que nao possa ser curada «Como e estranha a pequena procom um^om sono ou com o repousb.. cissao de nossa vida !» escreveu Ste As preocupa.oes, as estados de tens5o phen Leacock. «A crianga diz: .Quan c OS disturbios emociona-s sao as tre^ do eu for urn menino grander. Mas ^aiores causas da fadiga. S5o esses" que quer dizer isso ? O rapazinho diz:

mas:

fosse interessante darmos algumas

b)

regras praticas sob o ponto de vista tecnico no sentido de auxiliar a todos

OS que pretendem realmente trabalhar

J>or um Brasil maior seja qual for o

^q^ntemente, os fatores responsavei^ «Quando eu for homem.. E, depois

seu posto ou a sua fungao.

por cansagos que parecem ter como de adulto. diz: «Quando eu casar.. o trabalho fisico ou mental ° FJepois a frase muda: «Quando eu

un hcamos cansados porque as nossas Puder apo.sentar-me». E. entao. quan

cle cada hora».'

Nao n

registro do tempo.

our„:„i eternidades — nem gundo."Mas""pr^ "ma fragao de se-

I '

subordinados

que se deposita confianga neles:

c) nao OS sobrecarregar de trabalho e respcnsabilidade;

d) somente determinar tarefas que possam ser bem executadas;

e) nao exigir trabalho que o p.6-

lita Campos apresenta as recomenda«Hov/ to Train Supecvisors», no sen tido de «incentivar a cooperagaos, e

prio chefe nao gostasse de executai: /) propordonar cquipamento idequado e boas condigoes de trabalho; g) estimula-Ios no aperfeigoamento

que sao as seguintes:

de suas aptidoes e conseguir para o.^

De maneira geral:

«Voce e eu estamos nil tudo — e a vida ja se foi! A vida — "Prendemos muito tarde - esta em se olTsf' ^terni'dades: , passado que se extinguiu para de cada dia e

aos

Assim, em seu livro «Chefia», Este?6es apresentadas por Beckman em

mogoes produzem tensoes nervosas em do a aposentadoria chega. ele langa o ar pelo caminho percorrido. Um «SQue ^ Po^res mortais, vento gelido parece varrer esse caqT sertt" 5 esta passindo nao ^'^^undo voitara mmho e, de certo mode, ele perdeu

demonstrar

a) assumir e delegar responsabilidade com determinagao; b) manter bastante energia, b-.a saude e bom humor:

mesmos melhoces oportunidades;

h) planejar, organizar e estabelecer a escala de operagoes de trabalho, com precisao;

i) raanifestar «reconhecimentc» pe lo bora trabalho:

c) planejar para o futuro, a fini j) tornar-se acessivel e pronto sem de evitar congestionamento de servico: constrangimento, a pedir sugestoes: d) nao fazer promessas que nao .?e k) manifestar um sincere interesse

COMO INCENTIVAH A «COOPERAgAO:.

Lembrem-se os chefes que so recearnainamof into :r nossos corpos "ados naZ . se hzerem jus a ela. ^"bordiMuitos

possam cumprir;

e) manter um equilibrio apropr'.ado entre o zelo pelo trabalho e o grupo.

pelo bem-estar dos subordinados:

I) organizar setores de trabalho harm6nicos».

99 - OUTUBRO DE 19S6 f J 11 I r,"

REVISTA DO 1. R.B.


67

68

70

69

0 ensino de operates de carga

APRENDIZAGEM DE

o conhecimento de operagocs de carga

OPERAgOES DE CARGA

pela observa^ao, lendo livros recomendados por oficiais de seu navio, ou que

. Quatro sistemas

TRABALHO APRESENTADO A II CONFERENCIA INTERNACIONAL DE MANIPULAQAO DE CARGAS — NAPOLES. 1954

Cmte. C. L. Sauerbier, U.S.N.R. Che[e da SefSo Carga do Departamento de Ciencias Nauticas da Acadcmia de Maeinha Mcrcantc dos Estados Unidos

Introdu?ao

:^

Ha quatro caminhos para quem

Entretanto os livros mais aconselhaveis

pretenda tornar-se um oficial de Ma

sao aqueles indicados por pessoas ex-

rinha.

perientes no assunto. £ste sistema a primeira vista parece ser ideal. Exa-

O conhecimento que, sob um

desses metodos. ele adquire a respeito mente com todos os mais conhecimentos

minemos alguns fatos. O tempo que um marinheiro deve

de que ele precisara. a fim de ser habi-

passar no mar antes de requerer exame

litado pelo seu governo para exercer

para licenciamento varia de um pais para outro. Digamos que em media ele passa quatro anos no mar. Se esta em um navio cuja viagem redonda c de tres meses. fara 16 viagens completas. Assim teria oportunidade de observ.ar cerca de 16 carregamentos e

de operaqoes de carga, vira simultanea-

a atividade

JA ANTERIORMENTE, em 1954, tive-

Ihe tenham despertado a atenqao.

estabelecidos

de oficial.

pelos

Os criterio

diversos

paises

mos a honra de contribuir para

a fim de deterrainar a habilitaqao dos

as discussoes sdbre o estudo das ope-

oficiais de Marinha Mercante, vanam

ragoes de carga. na Reuniao de Rotter

Estados Unidos, embora possa haver

ate certo ponto.

dam.

situiqoes analogas em outras-naqqes-

examinar aqui essas variagoes porque nao apresentam maior interesse.

Abstivemo-nos de dar enfase a

Neste trabalho salientamos a neces

quaisquer argumentos em favor da sidade de uma educagao especializada necessidade de um ensino especializado, como meio ideal de formar o melhor porque teriamos ocasiao de faze-lo

nesta^ grande assembleia internacionaJ, que ora se realiza em Napoles.

oficial de navio possivel. Sinceramente esperamos nao se sintam ofendidos os •

muitos oficiais, que apenus pelo seu A parte I deste trabalho devotaremos proprio esfor^o adquiriram uma exceprincipalmente a um exame dos pro- lente pratica. Nao pretendemos fazer cessos pelos quais alguem pode instruir- crer que nao haja oficiais competentes se a respeito de opera^oes de carga. e eficientes senao os que tiveram treina-

um conhecimento fundamental de operagoes de carga sao os seguintcs:

1) Viajando como simples marinheiro a aprendendo pelo seu proprio esforqo o que for precise a fim de passar nura exame de habilitaqao;

timos, nao registramos o caso em que um

marinheiro

se

interessasse

em

observar as operaqoes de carga. Trata-se evidentemente de observaqoes pessoais, entretanto, estamos certos de

que. no caso, muito poucas objeqoes

tanto, que a media geral de compe-

marinheiro tenha interesse em aprender

tencia e eficiencia entre os oficiais

3) Freqiientando uma academia maritima por dois ou ate quatro anos, realizando rapidos cruzeiros em navio

tudo a respeito de operaqoes de carga. observando os trabalhos de carga e

escola:

tante limitado.

4) Freqiientando uma academia maritima e fazendo um estagio em navio mercante durante o periodo de

rida tera como base um ou dois navios

Sustentamos, entre-

A Parte 11 tcata de uma descriqao

pode ser grandemente melhorada se

geral do sistema usado pela Academia de Marinha Mercante dos Estados Unidos, Kings Point, New York, e a arte III, de algumas observacSes

dermos a todos o beneficio de uma base sobre a qual adquiram os conhe-

pessoais sSbre a situa^Io no setor de operasoes de carga. Os pontos men-

Entretanto, em 23 anos de experiencia na indiistria de transportes mari-

por ambos;

mento especializado. Isto obviamente.

nao e verdade.

setor.

Os meios basicos para se adquirir

serao

porque acreditamos na necessidade de

nesse

outras tantas descargas.

2) Viajando como aprendiz, obedecendo a uma programa patrocinado pelo governo, por uma Companhia. ou

Assim fazendo, procuraremos mostrar uma educacao especializada

Nao pretendemos

cimentos a. serem posteriormente cocoados pela-prat'ca.

O oficial mais competente teria

dicangado mais cedo um nivel de cionados sac os que. em nossa opiniao. grande eficiencia, e seria hoje ainda poderiam ser melhorados mediante melhor, se tivesse recebido educa^ao e programas educacionais mais intensos. Sendo americano, eles se referem aos treinamento mais completos do que na realidade recebeu.

um ano pelo menos.

levantadas

contra

as

nossas

conclusoes.

Alem do mais, admitindo-se que um

descarga, seu conhecimento sera basA experiencia adqui-

de uma Companhia.

Ha ainda outra desvantagem neste metodo de aprendizagem: e que nem sempre o marinheiro observa o melhor

Viajendo como simples marinheiro

e o mais correto metodo de processamento dos trabalhos.

Aquele que comega a sua carreira como simples marinheiro, pode adquirir

Fizemos a interessante experiencia de organizar um curso para o estudo

N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.


71

das opera?oes de carga a ser ministrado a jovens pouco acima do nivel ginasial.

No ensino da materia e amplamente estimulada a discussao de todos os

aspectos de cada questao, e a procura

de cases de divergencia de opiniao entre os iivros e dg professores.

Os esljidantes a qtie nos referimos

/2

73

casos, raramente se faz em primeiro

problema. Conhecemos bem essa des

Mercante dos Estados Unidos, pm

lugar uma perfeita pesquisa.

vantagem por experiencia propria.

Kings Point, New York.

Aprendizagem patrocinada pelo Go-

goes de carga so e possivel depois que

Uma cobertura completa das opera-

verno^ por Companhias ou par ambos

Com um bom programa, sob um

qual foram obrigados a observar e

anaiisar as oper-agoes de cargas em

atingir-se um excelente nivel de conhe-

navios

cimentos teoricos e praticos.

ano no mar, durante o

mcrcantes.

Todos

tiveram

ocasiao de constatar na pratica os casos de divergencia a que nos-refe rimos aoteriormente.

A maior desvantagem deste sistema e que o auxilio que se recebe para

g'encias encontradas e indicando com

pode mesmo encontrar uma certa ma vontade capaz de tirar-lhe o estimulo.

cuidado o verdadeiro caminho. sob

O pior processo de aprendizagein e-

risco de veAo recusado pelos proprios alunos que estao preparados para no futuro assumirem o encargo das decisoes. • Felizmente podemos assegurar que de, ordinario, Iivros e professores

aquele em que se tern de fazer tra-

pronunciando-se a respeito das diver-

Com essa experiencia, ele pode ter uma comprcensao melhor de que Ihe

A materia Operagoes de Carga, nada tern absolutamente de abstrata e

e dito em aula.

nem tampouco e dificil.

R'''

seja dificil.

servigos em Navios Mercanfes mento ja mencionado apresentavam

pelo menos um dos dois provaveis defeitos, a saber: 1)

Entretanto, no passado

Ihe foi dada menos atengao do que ela

Os sistemas de educagao e treina-

si-''

O fato de

cstarmos discutindo nao quer dizer que

Curso de Academia Maritinxa com

adquirir os conhecimentos pode ser

Cabe ao professor tirar as diividas. quase nulo. E o que e pior, o aprendiz

Necessidade de um melhor equilibria no tempo destinado ao estudo de Operagoes de Carga

0 estudante tenha tido bastante tempo para observar as condigoes existentes.

sistema de aprendizado no mar e, si-

multaneamente um curso de instrugoes especializadas em terra, e possivel

passaram

74

Os instrutores ou nao existem

merece.

A ausencia deste rainimo de

atengao tern contribuido para as ineficiencias que. de um modo geral, se observam nas operagoes de carga. Nao acreditamos que um perfeito curso

ou nao estao habilitados a preparar oficiais. Mesmo no cuso de excegoes,

sobre operagoes de carga possa exigir

existindo nenhuma organizagao quanto

ha poucas probabilidades de que se

sao dedicadas a materia na Academia

aos servigos que Ihe corapetem, nem

oferegam tempo e lugar para instrugao

um programa plunificado de instrugao.

de fato.

de Marinha Unidos.

balhos como taifeiros no navio, nao

mais do que as 130 horas de aulas que Mercante

dos Estados

p a observagao, ele vai aprender coisas que nao deveria. fi interessante lem-

Entretanto, apresenta uma vantagem:

Nao acreditamos que na industria de navegagao haju homens em numero suficiente, capazes de realmente apreciar a seriedade e a importancia da

ele ficara alojado entre os oficiais e o

responsabilidade de ensinar.

brar p.issados erros de ofidais, desde

seu ambiente, portanto. sera melhor do que se fosse um simples marinheiro.

duvidas quanto a afirmativa de que a

experiencia obtida na aula nao da ao

qualidade de um oficial depende inti-

oficial uma verdadeira perspectiva de

mamente da educagao e treinamento

todos OS problemas, entao e que, embora licenciado, ele absolutamente nao

advogara o que esta correto.

Nao resta duvida que, se o futuro

oficial e forgado a aprender apenas

que estes sejam encarados como en-

Em tais circunstancias o aprendiz aproveita menos de seu periodo no mar do que um simples marinhciro.

ganos e se indique o que deveria ter sido feito.

A bordo de um navio, quando a

Curso de Academia MarUima com cruzeiro em Navio Escola

carga foi manipulada ou estivada imfiste sistema corrige o defeito dos propnamente. motivando avarias, o dois anteriorqs no que concerne a uma mestre e o pessoal envolvido quase possivel incompetencia ou desinteresse sempre tern uma desculpa a apresentar. por parte dos instrutores. Contudo,

Uiante de um tribunal, ele nao con- por outro lado, apresenta a grande seguira convencer. a menos que tenham razao: entretanto e muito facil produ- desvantagem de nao poder mostrar as zirem impressoes erradas sobre o ma- operagoes de carga em condigoes co-

rinheiro inexperiente. fi necessario ter em mente que, quundo acontecem esses

merciais.

Nao ha

que recebeu.

2) Nao existe oportunidade nem

O trabalho na aula deve tornar o

futuro oficial capaz de ir a bordo de um navio e perceber todos os detalhes conccrnentes as operagoes de carga com compreensao e consciencia.

Se a

tern vocagao profissional.

incentive para se tirar proveito das atuais operagoes de carga nos navios

Para ilustrar ate que ponto o que se pensa difere da realidade, desejariamos

raercantes.

relatar uma experiencia que tivemos em

Quando um curso sobre operagoes de carga se oferece com uma possibili-

uma conver&a

dade de participagao nas atividades de um navio mercante, a sua duragao e

realmente aproveitada para um maximo

Uma ocasional demonstragao em um

possivel de instrugSes. Em

navio mercante nao oferece solugao ao

opiniao, esse e o melhor sistema.

nossa o

adotado pela Academia de Marinha

particular exatamente

sobre o assunto. Interrogando recentemente um rapaz diplomado por uma

academia maritima (nao a Academia de Marinha Mercante dos Estados

Unidos) a respeito do custo de operagoes de carga na sua escola, a resposta espantou-nos.

N" 99 ~ OUTU8RO DE 1956 HEViSTA DO 1. R. B.


/J

76

77

78

Disse que a referida Academia nao melhorado estava seguindo a crenqa mantinha aenhum curso especializado

propagada, mas cOmpleWmens6bre opera?6es de carga ou manipu- bastante lagao de cargas e estiva. Tudo o. que te erronea, de que. para cortar a conse ensinava e esse respeito era dado densacao, no porao de um navio, se como parte de outre e em escala dimi-

DADOS ESTATISTICOS

deve injetar ar e mais ar.

nuta. Acrescentou, aiada que, no en-

A lamentavel porem dramatica vertender^ da administra^ao da escola, dade, nesse caso, e que os oficiais operagoes de carga era assunto tao pratico e basico que nao bavia neces- desses navios, devido a sua ignoranda.

sidade de instru?ao. Haviam-lhe dito 'sram capazes de causar maiores danos tambem que poderia aprender todo o do que antes, mesmo depois de melho necessarjo a respeito de operagao de rado 0 sistema de ventilagao. carga. em poucas viagens como terceiro

Ninguem recomendaria como reme-

sistema de ventilagao, antes trataria de

fat?T'^T OS esclarecer o pessoal de navio a respeito fatos descobertos por umsuposiao grupo de

seguradores. em ofaserva?6es feitas du- ae fatos da psicrometria. PareceTnos rante um certo periodo com relagao aos evidente que o conhecimento necessa- "

conheamentos de oficiais de navio em

no para o emprego corrente de um

assunto tao comum como seja a utili- sistema de ventiiasao. nao pode ser dade da ventda^ao dos poroes. obtido em poucas viagens como ter

Antes da Segunda Guerra Mundial

Certamente havia nos navios acima,

«de^,ao. Os dados fora^'obM

dena ser formulada significativamente da seguinte forma: _ «Como apren» ^03 e,„,pados CO. s.„,„ad„„s denam OS alunos a verdade em tais nav-,.. A resposta a esta. como a Depois da g„e„a a em navies eonioutras questoes semelhantes, e apenus pados com sis.emas de ventilaeao L- uma: — nao aprenderiam a ver dade. e isto e um argumento em favor

SL-T' '

do I.R.B.

BALANgO DAS SOCIEDADES

de seguro efetuados em 31 de dezerabro

DE SEGUROS

del955.

A situaqao economico-financeira do

Analisando-os podera o leitor obtcr

mercado segurador brasileiro no ano

a evoluqao e composiqao dos atlvos dos

de 1955 pode ser verificada com auxilio

diferentes grupos de sociedades, bem

dos. dados que compQem os quadros

como determinar

ceiro piloto.

Unidos a determina,ao da percentagem citados, oficiais com varios anos de de avanas causadas nas cargas Lla experiencia. £ uma questao que po-

reaiidad " rtdade aumenlado.

Divisao Estatfstica e Mccanizagao

dio. neste caso. a volta ao antigo

piloto. '

-art dtvT''""

ContribuifSo da

a

rentabilidade

do

negocio.

gue a seguir sao apresentados.

Procuramos facilitar c trabalho aprefiles, sintetisam os resultados obtidos na Divisao de Estatistica e Mecaniza-

9ao com a apuraqao dos questionancs relatives aos balanqos das socfedades

sentando a seguir um resume, relative ao ano de 1955 onde podem ser observados OS indices relatives .a cada mo-

dalidade de seguro.

■!= da^^educagao e do ineinamento nesse

na Tinha tinha anmen-

GRUPO OPERANDO EXCLUSIVAMENTE

Os mais modernos navios com o -"elhorado o mdhor aparelhamento. de nada vaiem IIarregam e operam nao OS tripuiam e os os conhecem.

nem as cargas que conduzem.

A^hor^:!;tnrae:tr.

Clara. O pessoa que usava va

usava o processo

DISCRIMINACSO MERCADO

RAM03

RAMO

ELEMENT ARES

VIDA

RAMO ACIDENTBS DO TRABALhlO

NOmcro dc Soslcdades....

.

Ailvo em CrS 1-000,000 00

1S5

too

4

14

11.136

3.254

4.136

131

Em %

(C<^ntinua)

Tradusido por BrasWo Accioly

InvcrsOes

Disponibllidade.. Divcrsos

Capital e Lucros...,

""'

58.7 16.7

40.0

24.6

29,8

79,1 5,5 15.4

18.1 53.4 28 5

18.2

28.9

S.4

26,4

30.2

NO W - OUTUBRO DE I9S6

REVISTA DO I. R. fl .


rc

<

RegulariiacSo Eiercicio Fiado

Caixa Conlaa Correntes

Depositos em dinbeiro

Empr4atiroos c.'Gariuitii

Proprierladcg Imobilitrias

Htulos de Henda..

ATIVO

>r.e PB socrEOaoES

PASSIVO

3 866 632,00

569 458 079.10 371 420 620,

41 534 573,90

367 204 148,00

424 543 515,50

213 570 251.50

284 047 440,00

210 320 054,40 36 843 366,10

120 207 418,70

835 727 221,80

024 859,70

1 626 662 450,30

100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

21.5 19.5 25.6 16,0 1.0 6,9 7.1 2,0 0.5

fndicc %

66,2 0.2 0,1 8,9 3.7 1,3 8.8 10,8 6 315 406 876,50 100,0 100,0

4 180 491 973,70 100,0 9 569 578,00 100,0 5 512 910,00 100,0 563 650 366,40 100,0 232 701 087,30 100,0 82 625 629,30 100,0 554 764 473,80 100,0 686 250 857,40 100,0

6 315 466 876,50 100,0 100,0

1 356 897 928,30 1 228 401 249,60 1 613 562 922.30 1 010 325 010,00 63 621 664,10 436 281 972,60 450 148 590,00 128 698 864,50 28 638 674,60

Cr$

153

1951

19,3 25.2 14,8 0.8 7.7 8.7 2,4 1,0

20.1

113,6 153,6 57,0 116,5 153,9 103,1 130,5 100,1

65,3 0,2 0,0 0.0 4,9 1,2 10,0 9,4 7 278 028 603,40 115,2 100,0

4 749 451 342,50 14 690 909.70 3 141 315.80 656 508 774,10 358 054 106,30 85 222 945,40 723 831 799,20 687 127 410,40

7 278 028 603,40 115,2 100.0

107,9 114,0 113,9 106.8 89,7 127,5 140,2 137.9 261,5

fndicc %

195,0 212.2 201.8

114.6

H5,4 125,8 107.7

161.1

106.6

17,3 23,7 22,3 15,3 0,8 0,0 10,6 3,3 0.7

fndicc %

121.3 83,5 289,8 67,0 177,3 104,0

0,1 5,6 8,1 0,7 11.6 8.5

65,2

8 338 007 017,70 132,0 100,0

G 684 857,70 470 451 218,50 074 302 324,40 55 338 392,30 983 760 230,60 713 853 824,50

5 433 610 760,70 130,0

8 338 007 617,70 132,0 lOO.O

1 445 239 350.90 1 978 998 835.10 I 862 288 381.10 1 270 727 667,30 68 533 160,00 501 167 954,90 880 401 681,20 273 057 552.60 57 593 047,50

Cr$

797 118 701,30

VI

AAUO

2) Eiclui dados de 1 Socicdado opcrando em Ramca Elementarcs c 4 Socicdades opcrando cm Acidcnles do Trabalho, 3) Eiclui dados dc 1 SocicJade opcrando em Ramos Elemcntares e 3 em Ac denies do Trabalho.

4 251 912,30

20 007 547,00

14 128 913,00 0 985 000,00 3 013 579,70 67 087 439.80 1 894 230,90 12 400 502,80

TBAB4LB0

ACiOEirrer oo

QUADHO N.® I

133 465 202,50

309 73S 242,70 121,80 169 000 000,00 202,50

-7 812 823,00

3 399 174 812.50

1 651 087 094,40 2 803 401 850.60 2 108 010 980.80 1 751 183 444,60 107 097 300,40 791 532 470.50 1 334 181 949.30 641 088 823,90 95 768 948.60

CrJ

155

1955

121,8 228.2 130.7 173.3 109,7 181.4 299,4 420,4 335,0

7.0 11,0 4,8 D.g

1,0

14.8 25,0 18.9 15,7

Indico %

0,1 5,6 4,5 0.0 11,0 0,9

65,4

3 560 032,00 70,1 701 207 450,50 124.4 1 098 742 146,00 472,2 106 012 389,40 129,4 1 153 707 888,10 208.0 90S 469 833,80 132,4

7 212 996 004,30 172.5

6,0

6,1 10,0 1,0 10,2

0,4

04,3

.t

11 186 052 044,10 177,1 100,0 9 053 279 984,00 152,9 100,0

12 506 272,10 225,9 625 611 602,70 93.3 435 856 508,70 187,3 583 814 964,70 70,7 1 115 749 017,20 201.1 668 510 837,00 97.4

6 311 230 842,20 151.0

100,0 9 653 279 034,60 152,9 100,0 n 180 062 944,10 177,1

5,5 1,0

8.5

20,4 15,0 1,0 0.9

25.1

16.0

fndicc %

"

quXdbo n." ir

060 165,50

"22 754,90

873 708,10 837 529,00

280 149,80 220 509,50

728 447.20

4 136 405 202,50 100 0 ISO 069 185.50 lOO'O

14'773 803,80

64 076 101,20 310 787 025,70 249 009 062,41

8 189 445.50

1 458 703 289,00 22! 937 484,30

1 Oil 811 689,30

1 546 207 363,30 114,0 2 422 906 136,30 197,2 1 074 209 003.40 122.4 1 510 643 821,20 149.5 95 996 802,10 150.9 662 422 810,70 151,8 820 027 478,00 181,7 526 628 809,20 409,2 04 246 699,60 330,2

Cr»

164 149 152

1 463 491 808,40 1 400 020 391,00 I 838 111 771,40 1 078 682 981.40 57 083 651,60 556 441 660,60 631 305 022,20 177 465 322.10 74 620 004.70

Crl

1064 1953 1952

o

O

475 368,20 064 289.40

015 731,20

338 024 859,70

9 370 575,00

61 107 660,50,

19 584 255,60

12 075 141,00

59 588 870,30

63 763 244,10 83 591 823.70 38 343 377,80

i '- CrJ-

580 063,70 043 840,00 344 664,20

1 257 913 307,40

626 6.62 450.31

45 996 039,00

137 III 516,30 104 074 999,20

82 909•401,90

28 091 443,70

188 762 603.10

105 42G 466,60 527 78: 970,20 406 485 890,20

»

8 VIPA

Cr»;

VID4

E AC. 00 TRAOALnO

TUU03 EASUE.STAKZS

BAM03 BLCJfEJfTAnES

50 942 175,30 123 134 005,00 22 995 562,80 102 411 000,00 09 250 339,80

253 524 693,60 100,0 1 700 710 652.50 100,0

66 820 264,80 263 955 708,40 25 284 182,40 181 417 900,40 408 509 019,60 66 569 788,50

213 496 731,90 474 053 990,50

soraa: 1) Eiclui dados de I Sociedade opcranio em Ramos Eletneptarcs c 1 em Acidenlca do Trabalho.

TOTAL

Lucros em Reaerva

Capital

Outraa Coataa

Regu arisaffio Eiercicio Findo

Divides em Garantia Contas Correntes

Depositos era dinhriro

Reserves Tfcnicas

lOTAl.

31 859 922,20

431 144 131.00 396 655 674,20 107 812 486,50 34 999 105,80

2)S Eaclui dados dirf*" dc 3 Cauas dooperando AeidentcsemdoRamos Trabalho. Eleraentarca

T i T i; L 0

Outraa Contas Lucres 0 Perdas

468 055 037.40 698 571 377.90 135 475 579,30 948 951 278.70

II 186 052 944,10 100,0 3 253 524 503,60 100,0 1 700 716 052,50

106 912 389.40 I 153 797 888,10 908 469 833,80

1 098 742 146,00

701 267 450,50

3 860 632,00

7 212 69B"i "604,30

11 186 052 944,10

95 70S 048,60

1 781 183 444,00 107 997 360,40 791 532 479,80 1 334 181 949,30 541 088 823,90

• 2 - 108 910 980,80'

AAUOS SL8USNTARES B AC. 00 TSARALDO

f ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM SEGUROS PRIVADOS, NO BRASIL, DE 1951 A 1955

7OT41

Lucres era Reserve

Rpltularijat'c Ex. Fiado. Outraa Coataa Capital

Cootfia CorrcDtes....

Divides Cftjarantia..

Bcservas Ticoicts

PASSIVO

tucros e Perdu

Oatras Contas

Coclsa Conenttt *„ Reipumi.ia. Ej. Rndo..,.

CaixA

Dcpceitce ecQ djcLbeiro....

Jimprestunoe c./QarMtiA.

109 (1)

BAU03 BLUENTaBXO

'1 475 437 024,20

T0DA3 AS 90CIBDADB8

887 856 094,4o) ^pnedsdeslmobiliinas... 21.651 803 401 60

ATIVO

n. OB SOCXBOAOKS

T I T IT L 0

AX.VO B PASS.VO DAS SOCIBDADBS OPEHA^DO P„ SBOUKOS Pn.VADOS NO BHAS.l: EM .,S5

H >

en

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O

33

g

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I

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i&i.


D O

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<

PI

o

g

§

c w

c -}■

Rcscrvas Tecnkas

PAS8IV0

tOTiL.

Lucrto e Perdaa

T fT U LO

Fropriedades Imobiliariaa Emprfatimos c/garantia Dcpositoa em diahcito

Tituloa de Eenda

ATIVO

Outral Contaa Lucroa « Perdaa

Oatras Coatas

Kegularisa?2o Exercitio Tiado

Comas Correntcs—

Divides em garasUa

Depositos em dinb^

Keservaa Tccnicaa

PASSIVO

^

ReguUiiaa;3o Execeicio rudo

Cont.is Correntes

TOTit

Lucros em Rcserva TOTAL

902,70|

fndicej % fndice

16,4 4,1 31,0 1,1 14.9 8.3 2,7 1,7

19.8

%

100,0

38,6 0,4 0,3 17,0 5,8 2,3 17.2 18,4

1 771 283 995,60 200,0 100,01

325 759 476,00' 100,0

304 202 443,30, 100,0

40 800 034,70 100,0

" 102 " 410 451,60

fi j26,50 4 5,2 g,o,(x| 100,0 100,0 303 673 599,70 100,0

C63 765 653,70 100,0 39,4 0.5 0,4 18,6 0,0 1,8 18,7 14.6

109 603 045,40 191,1 191,1 100,0

832 458 812,20 121,7 7 942 139,70 129,2 2 941 315,80 65,2 393 862 106,00 129,7 127 724 291,50 124,7 40 982 530, DO 100,4 395 472 557,40 130,0 308 279 241,90 94,6

I

I

100,0

-

0,2 11,3 9,6 0,9 19,6 13,1

5 094 117,50 112,9 277 132 625,60 91,3 230 653 010.70 225.1 22 403 508,30 64,9 475 953 477,40 156,5 319 337 501,70 98,0

.

45,4

1 104 067 871,50 161.0

2 774 747 110,40

647 925 399,10 308 417 944,80

180.1 94,7

3 885 899,30 ,1 299 950 442,70 98,S 169 643 822,10 105.0 174 131 897,70 42,5

1 270 791 704,70

2 774 747 110,40 150,6 100,0

50 370 725,70

137,5

340 448 895,10

283 760 792,80 140 006 902,00

11,4 1.8

n.c

CrI

17,4 443 198 324.00 18,6 003 112 784,00 3,8 ■ 129 609 582,10 30,4 / 737 511 940,40 1,3 31 006 153,50

%

3.8

.ndicc

1064

424 876 998,30 112.4 450 547 379,00 148,6 91 486 611,10 110,1 740 327 440,40 130,0 31 128 085.00 112,0 281 577 250,90 120, 277 975 019,20 228,4 93 970 728,00 203,0 43 283 199,60 102,4

CrI

108

1053

I 771 283 905,50j 100,0 100,oj 2 100 663 045,40 119,1 100,0 2 435 172 718,70

417 846 522,50 110,6 345 372 018,40 113,9 37 061 015,80 105,5 654 940 953,90 115,5 22 330 594,80 80,3 314 590 742,40 144.5 173 434 219,80 144.1 56 624 058,50 122,1 34 950 910,00 131,1

Ctt

108 (I)

1053

3 253 524 593,

669 458 079, 371 420 620,

3 866 032 424 543 515 307 264 148 41 534 673

4.6 437 024

3 253 524 693,00

468 055 037,40 098 571 377,90 135 475 579,30 948 951 278,70 31 859 922,20 431 144 131,60 396 055 074,20 107 812 486.50 34 909 105.80

315,So

100,0 100,0 743 181 410,60

78 643 501,70 37 239 696,40 ID 381 996,10 86 594 880,00 134 430 244,60

1.4

10,0 5.0

11.7 18,1

53,2 0,0

100,0

394 740 906.70 144 185,10

100,0

21,7 26,6 2,8 16.9 1.8 12,0 15,9 2,4

%

100,0 100,0 100,0 lOO.O 100,0 100,0 100,0 100,0

742 181 410,60

125 380 027,30 13 199 048,70 89 377 015,20 117 608 461,80 17 731 300,

21 081

100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

indie

Indicc

130,9 35,3

129,0

061 510 383,70

110 427 755,10 140,4 51 732 930,10 138.9 25 892 638,50 249,4 134 124 800,00 164,9 91,3 122 090 834,70

516 643 338,80 4 080,50

901 610 383,70

109.0 130,9 131.1 HI 694 253.00 110,4 14 886 386,40 112,8 132 970 707,10 148,8 177 974 077,59 151,3 25 136 340,80 141.8

175 352 680,60 :S7 862 807,50 27 638 531,30

:cri;i : ■

18,2

63,7 0,0

100,0

2,9 15,0 1,6 13,8 18,5 2.0

26.8

r

114.0 187.3 173.1 169,0 102.2 157.4

145,1

162,3

1 204 910 084,50

108 509 675,30 138.0 120 594 005,80 323.8 33,3 3 457 870»Ca 224 045 050,00 258,7 130,6 175 694 095,50

572 708 781,70

1 204 910 084,50

9.0 10,0 0.3 18.0 14,0

47,5

100,0

11.7 18,7 2,0 0.1

1.1

15,3 30,0 3.0 10,0

fndic 1%

140 044 056,10 225 412 134,00 191,7 34 456 088,30 104.3 I 380 160,70

3G9 019 351,70 30 487 032,40 199 303 904,90 13 489 292,90

184 718 657,50

I i ' cri:

18

17 14

160 836 041,60 190 008 207,00

CrI

1953 1952 1951

NO BRASIL, DE 1951 A 1955

1 398 420 513.50

102 279 533,00 115 270 270,40 254 850 000,00 120 872 309,10

109 310 273,20

434,00

688 943 461,90

1 398 426 613,60

18 082 280,10 172 361 690,50 272 310 943,20 55 048 340,10

410 704 073,30 49 173 890,30 222 085 720,30

198 652 003,70

CrI

1954

174,5

188,4

123.5 208,5 233,3 177,1 137,0 192,8 231.5 310.6

fndice

49,3

100,0

14.2 20.4 3,5 15,0 1.3 12.3 10.5 3,9

191,0

132,7 241,0 317,0 210,5

fndice

152,9 564,8 354,9 328,C 158,9

211,7

716 652,50 229,2

I 207 418,70 I 320 054,40 . 843 366,10 047 440,00 . 570 251,50

835 727 221,8

1 700 710 052.50 220,2

203,0 347.3 375.4 788,60 66 509

213 496 731,90 474 053 090,50 66 829 264,80 203 955 708,40 25 284 182,40 181 417 966,40 408 509 019,60

CrI

1965

15,5 1.5 10,7 24,0 3,9

3.0

12,0 27,9

100,0

7,1 12,4 2.1 10,7 12,6

49,1

100,0

QUADRO N.® IV

85,7 139,8 358,6 101,8 187,2 114,0

109 (11

QUADRO N.® in

BM p.„oS BBBMB.X.BBS, BXCBUS.V.«BNXB, Xo/bb.s.B, 6B

ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMOS ELEMENTARES E ACIDENTES DO TRABALHO,

N.® DE SOCIEDADBS.

Capital

'

I

CrJ

lOS

105]

378 018 346,30 100,0 303 004 394, lO' 100,0 S3 067 259,60 100,0 SCO 952 325,40 100,0, 27 SOl 742,50 100,0 217 676 808,201 100,0 121 718 100,0 40 206 267,50 100,0 26 069 S29,20l 100,0

K«4: i) Bxclui dadeo de 1 Sociedade

Liicros cm Rescrvas

Capitol

Oiitras Contas

RegnlajiiacSoEiereicioFuido.

DcpMitos era dinhem. Div.d« cm Guaati. ContMComntes

Caixa

i

HegulaiijsfSo Eicrclcio Rndo. Outras Coutaa

Coiilaa Corrontea

Dcpositos em disbei/n Csixa

Ktulas de Rends Propricdaden Imabiliariaa Goipraiimce v-./Guantia

ATIVO

K.o SB SOClEDASIg..

T f T U I. 0

«,VO B P.SS.VO O.S SOC.B..OBS


D O

>

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c

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D3 XI

o c -j c

I

s

TiTULO

-

Outras Contas

Kesemis Tecnicas Dcpositos em dinheiro Dividas cjGarantin Contas Corrcntes-.....^..-. lUgularisacSo Excrcicio riudo

PASSIVO

TOT4I,

Lucros e Pcrdas

Outras Contas

RcgularisacSoExcrucioii Findo

Contas Commtes......

Emprestinos clGaraatia Dcpositoa cm Diuheito

Propriedades Iciobibinaa

Titulos de Rcnda..

ATIVO

H.e DR aOCtSDADEa.

TCTAt.

Lucros em Reserva

Capital

!.

indico

7,8 8,3

0,9

04 3.0

70,8

511 067 669,90 100.0 100,0

47 109 107.60 100,0 15 180 239,60 100.9 4 641 844,00 100,0 40 000 000,09 100,0 42 485 "90,70 100.0

362 630 688,00 100,0

100.0 100,0

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

lodicc

7.7 9.9 35.0 25,7 3,9 4.8 10,4 2,0

%

0,5 8,0 3,3 0,0 11,5 6,6 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0

192 142 468,00 100,0 100,0

1 OOO 000,00 15 418 907,20 6 287 288,30 IS 032,80 22 000 OOO.OO 12 720 472,50

70,1

134 694 067,20 100,0

100,0 192 142 468,00 100.0

14 754 615,20 19 104 092,90 08 370 987,90 49 359 657,10 7 542 610,50 9 280 573,40 10 979 529,20 3 744 501,80

Crt

1051

6.0 6,3 0,8 10.3 7,0

68,3 0,4

100,0

198,6 113,1 79,8 78,9 89,7 185,5 131,4 122,9

14,7 10,8 27,4 19,0 3.4 8.6 13,2 2,3

Wice %

20.0 79,7 114,8 375,3 100,0 125,0

0.1 0,2 3,6 0,0 11,0 8,0

71.1

100,0 109 271 429,40 103,7

15 902 473,60

22 OOO 000,00

50 425,30

7 217 582,60

200 000,00 12 283 173,40

141 611 774,00

105,1

0,9 11,9 5,8

9.5

0,2 4.4

67,3

100,0]

164,4 146,0

03 5

230,4 2(3,3 .84,0 82,8 10.8,3

tiidicc

15.1 18.1 25,6 18,1 3.6 2,G 14,0 2,4

%

S0

09,8 267,6 6.84,4 (09,() HB.9

0,0 4.1 7,6 0,0 0,8 8.2

70,4

100,0 225 580 958,40 117,4

18 508 629,30

S3 334.70 22 060 000,00

16 819 643,00

50 000,00 9 210 947,80

158 842 603.60 117,9

100,0 225 680 968,40 117.4

33 988 308,40 40 756 792,90 57 822 293.40 40 849 463,30 7 944 "83,20 5 897 312,40 32 855 736,20 5 466 268,90

Crt

1953

HAMOS^^^^

199 271 429.40 103,7 100,0

28 266 714,70 21 603 456,30 64 660 640,80 38 967 815,10 a "07 312,60 17 226 059,40 26 258 354.20 4 602 476,30

Crt

1962

I 540 740,20 29 163 695,40 61,9 63 378 322,90 417,5 5 772 325,20 127.1 80 000 600,00 200,0 45 743 995,00 107,7

444 815 134.70 122,7

670 414 113,40 130,9

0.1

1,5

29,0 11.7 1,2 4,9 17,4

11.6

%

97.2 198,6 101,4 32 870 514,90 100,0 117 012 142,90 237,2 9 978 719,80 166,1 747 743.30 164.6

124.2

icdicc

25.7

1

153,2

70 902 017.40 172 033 919,41 174 402 "84.4( 78 494 517,8C . 7 911 753,SC

Crt

••• 4

'iSs'

iridic

13,0 1,9 6.6 8,9 9,2 1,0

11,4 25,4 24,5

%

731 071 242,001 142,8 100,0

3,8 11.0 7,2

4,6 5,9

75.1

07,3

42 970 012,40 283,1 27 740 147,30 610, 80 000 000,00, 200,0 52 812 250,90| 124,3

35 362 042,50

492 17" 789.50 135,7

731 071 242,00 142,8 100,0

82 998 783,20 183,9 186 704 243, 105,4 178 977 640,20 99,7 95 346 517,40 131.9 14 108 075,70 180,7 40 754 418,00 206,9 58 477 814,40 113,6 67 020 610,40 104,8 7 684 325,50 1689.0

Cri

1054

indlce

fmiice

10,7 6,0 0.7 1U,V 7,0

64,3

100,0

14.1 28,7 10.9 16,0 4,3 4,0 14.2 1.8

%

I 104 424,60 151,0 100.0

053 206,10 201,4 085 50.5.70 303,0 972 530,10 1312,4 000 000,00 140,ii 324 435,00 169,7

ISO 008 697.10 138,0

290 104 424,00 151.0

40 666 558,30 277,1 S3 190 650,60 435.5 49 155 526,30 71,9 40 500 211,00 94,2 12 442 030,30 105,0 11 407 822,80 123.6 41 138 172,40 205,9 5 310 837,10 141,8

Crt

1964

0,5 32,4 25,0 11,6 1,8 6.1 5,4 6,4 2,8

%

1,4 6.3 4.3

3.1 7,0

77.3

1 620 052 450,30 317,7 100,0

50 942 175,30 108,1 123 134 005,00 811,1 22 995 562,SO 500,3 102 411 000,00 256,0 09 250 339,80 163,0

1 257 913 307,40 346,9

1 926 652 450,30 317,7 100,0

105 426 466,70 170,1 627 787 970,20 470.1 406 485 890,20 226,5 ISS 762 663,10 261.2 28 094 443,70 350, • 82 900 461,00 413,8 137 114 516,30 266.3 104 074 909.20 192,8 45 90(1 039,00 951.1

Crt

1955

QWADRO 'N.' r

fiidicc

15.0 24,7 11,3 17,0 3,7 5,8 18,2 2,8

Vo

8,0 0,5 6,5 13,8

0,4

64.2

i 024 859,70 176,9 100,0

476 308,20 139.3 064 280,40 462.; 580 066,70 1051,7 013 840,00 100,2 844 064.20 308,1

217 015 731,20 101.1

338 024 850,70 175,9 100.0

53 703 244.10 364,4 S3 591 828,70 437,0 33 343 377,80 50,1 50 688 870,30 120,7 12 675 U1.70 108,1 19 584 255.60 210,9 61 107 506,60 305,9 9 370 575,00 250,2

Crt

QCADEO y." VI

VIDA E ACDENrOS DO THABALHO,

{ 670 414 113.40 130,9 100,0,

11,5 21,2 30," 12,< 1.2 4,9 10.7 1.5

%

534 165 609,70 114,1 100,0

39 989 444,80 84,9 33 533 794.40 240,7 i 018 064,30 198,3 60 000 000,00 150.0 41 036 870,90 96,0

399 110 592,20 110,1 2 576 843,10

684 165 609,70 114,1

6 393 328,40 483 698,50

511 967 669,90 100,0 100,01

99.5 85,8

28 860 426,70 145,8 07 360 644,80 169,1 8 605 056,60 136,0

71 884 064.20 6 697 901,60

66 696 646.40 108,1 124 078 007,20 110.5 179 593 762,20 100,1

Crt

1 1962

3,9 10.1 1.2 0.1

1.5

12,1 21,9 35,1 14,1

fndico %

51 985 602.90 100,0 112 271 613,40 100.0 179 478 258,50 100,0 72 2G0 535,30 100,0 7 806 012,60 100,0 19 796 380,40 100,0 51 492 039,90 100,0

Crt

1951

.T.VO E -PASSIVO DAS SOCIEDADES OPEEANDO

lOTAt.

Lucres em Ekerva

Contas Correntoa Kegul&ricspSo Excrdcio Findo Outras Coolaa Copital

Dfvidas c/Garaulia,

Depceitos en dinheiro

Rescrras T6oaicE8

PASSIVO

Oatras Conlaa lucres e Perdss

BeguloruatSD Eiercioio Findo

DepdsilM em dmheiro Coixa CoDtEs Corrontes

GmprbluBce c/Gonntiu.

ntuloi do Rondo PoDpriedodoo Imobiliarioa

ATIVO

N." DE S0CIBD1DE9.

T f T U L0

ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMOS ELEMENTARES E VIDA, NO BRASIL, DE 1951 A 19S5~


1

SO

u

O

g

5

o

I

s

100.0 100.01

iodie %

78,7

132 992 591,50| 112'] 79 707 351,col led's 39 675 085,70l2843.e'

4 856 273,30' 97,6) 41 325 202,001 „„ 58,5

110 823 093,40

I 485 020 007,50 118.1

043 224 642,30 110,9

23.0 19,5 45.1 3,4 0,1 1.3 4,0i 2.4 1.21

indieol %

757 357 487,30 104.0

as

1952

126 306 878,7o| 260 51 12 181 937,901 873.1

22 540 672,60 31 9 211 342 272,90 178,2

. 6 887 323,90 138 2

2.8 2,2

100,0 100,0

1

85,4 0,1

111.9

137 072 180,

95.1

23 102 885,00 166,2 174 000 000,00 202,6

37 503 356,50 45.0 212 020 530,10 327.2

3 120 249 444,90 122,4

120,7 52!,0

100,0

100. 1 195.2 124.4 245.9 324,0

5,9 0,7

3.3

0,4 1,6

8,0

17,7 26,2 30,2

fndicc %

185 048,60l2I«3,'5

4.7 3,7

, 1.9 5,7 9.0

100,0

1.7 7,4 0.3 4,1 4.3

82.2

11.8 11.2 2,6 36.3 1,6 19.3 13,5 3.9

%

100.0 100,0 100,0 100,0 100.0

23,2 4,4 7.9 10.5 17.6

3S.6

I

153 012 099,70 100,0 100,0

35 426 122,00 8 787 855,40 12 034 324,90 16 072 890,50 26 771 625,00

55 919 281,90 100,0

153 012 099,70 lOO.O 100,0

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0

indico

fndici

127 823 380,00

13,0 0,9 2.4 40,9 1.2 16,8 10,6 2,2

79,6

83.5 109,0

11,1 23,3 0,4 11,1 19.3

34,8

8,5 100,0

14 180 736.90 40,0 29 812 724,50 439.2 432 979,10 38.0 14 234 441,80 88,6 24 067 378.70 92.1

44 515 119,00

127 823 380,00

16 661 757,00 92.1 S 779 469,30 61.2 3 030 853,80 80,5 52 266 801,20 94.2 1 540 083,90 67.3 21 487 852,40 72. 21 286 534,40 102,7 2 800 038,00 46,5

CrJ

97 890 744.8

64,0 100,0

10,3 31.6 0,'4 7,9 24.7

25,1

136 271 328,40

4,5

15.5

12.7

10.4 0,1 2,1 46,0 2,7

60.2

89.1

100,0

9.0 10,5 24,8 15.4 16.0

24.7

89.1 100,0

113,0 167,9 58,0 102,0 102.4

75,8

48,3

fadlcc %

12 203 337,70 34.0 14 343 728,50 21.1 33 769 850,00 280.6 20 973 058,10 130,8 21 201 873,40 79,4

33 058 880,70

136 271 328,40

64.0 100.0

43,9

8 275 013,00 2 854 456,30 62 697 413,90 3 614 288,80 17 256 590,00 21 130 705.10 0 167 766.60

14 215 064,60

Ct$

12,5 3.0 3,0 43,3 1.2 18.0 18.1 2,0 67,6 17.1 78.2 70,4 51.2 59,8 76.3 46,8

iadicc %

10 027 153,60 28,3 30 935 705,90 455,8 428 462,30 35,6 7 737 712.20 48,1 24 216 630,90 90,6

24 544 879,(

07 890 744,8

12 195 544,30 2 939 892,30 2 946 766,00 42 375 121.20 1 171 927.60, 17 038 148.10 15 804 376,00 2 818 869,10

at

40,6

130 069 185,60

85,4 100,0

4,8 45,4 2,2 6,2 21,2

21,2

85,4 100,0

0 286 149,80 17,7 £9 220 506,60 872,4 2 873 "08,10 23,0 0 837 529,00 42,5 27 722 764,90 103,0

27 728 447,20

130 660 165,60

lO.C 5.2 2,3 £2,0 1,4 9,3 16,0 3,2

iadicc % 14 128 913,00 78.2 0 985 000.00 40,7 3 013 579.70 80,0 67 987 439,60 122,5 1 894 239.00 82.7 12 400 562.80 42,5 20 007 547.00 DC,5 4 251 212.30 70,0

CrJ

14 (3) 17

13 (2) 17 (I) 21

18 078 791.00 17 149 692,60 3 767 153,10 66 487 745,60 2 289 410,90 29 489 740,20 20 725 270,20 6 024 290,20

Cr$

1965 1954 1953

19$2 1951

NOTAS: 1) Exclui dados de 1 Sociciadc operando cm Acidentea do Trabalho 2) Ezclui dados de 4 Socicdades operaado cm Acidcales do Trabalbo 3) Ezclui dados do 3 SocieJailcs operaado em Acidcales do Trabilho

TOTAt

Lucros em ficaerras

Capitol

Outras Centos

BeguloriaacAo Exercicie Findo

Dividaa c/Garantia Coatas Correotes

DepOaitos em dinliairo

Reserras TScnicas

PASSIVO

TCrrii

Caiaa CoDtoa Correates Resulariaadlo Exercicio Fiado Outraa Contas Lucres e Pcrdas

Fropnedadca Imobiliirias..,. Emprcetimoe c/Garaatia Depositcn em dmlieiro

Titulos de Reoda

ATIVO

H,a DE SOCIZDaDEa,

T f T U L0

«t!ADUO N." vm

ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMO ACIDENTES DO TRABALHO, EXCLUSIVAMENTE, DE 1951 A 1955

7.

136 465 202,00 138,

1 084 121.fO

140,8 100,0

77 812 823,00 93, 309 738 242,70 478,

3 309 174 812,50 133,4

109 000 000,00 196, 179 055 202,50 124,

138 822 023,20 210,7 96.4

181 000 000,00

0.2

138,1 100.0

0,4

10,3 21,5 35,3 6.4 0,1 1.5 7,5 9,0

fndicel % 707 116 "01,30 110.4 1 Oil SlI,689,30 174,6 1 458 703 289,00 116,0 221 937 484,30 157.5 8 189 445,50 101,3 04 076 101,70 90,7 310 787 025,70 262.6 249 009 062,40 513,3 14 773 803,80 1058,0

:at

1955 '

OUADRO N.P VTT

0,9 2,0 5,3 4,2 3,2

7 731 707,80 37 660 110,50 45,2 87 524 840,10 135,1 230 924 269,20 15.85.

84,3j 3 638 990 403,30 142,8 81.:

loo.oj 3 704 038 397.90 125,8 100,0 4 322 659 365,10

174 550 010, COi 121,2

2 944 879 232,80, 100,0 lOO.Ol

98 000 000,00 114,1 3,0 5,3

100,0 100,0

3.2 0,4

2.6

_

103 032 777,30 162.1 12 940 257,30 67.2

85 785 567,00 103,1 '

4 167 846,40 127,1

2.9 4.9

Si"''™ 14 845 796.80 lOO.o] 0,5|

0,1

so.cj 2 815 111 705,70 110,5

100,0 100,0

30

253 015 44,3,

346 495 972, 16 142 518, 71 103 394, 143 209 050,

760 225 664 1 13! 912 764 1 564 368 90S,

CrI

1954

100,Oj 4 322 669 365,10 HO.sl 100,0 4 130 465 202.50

5.7 3,4 0,3

o,o|

0,2|

4.6

1 409 142 893.80 119 2 40.5 169 377 213,70 120 2

fndice[_%

712 497 705,00 98 7! 19,2 943 701 499,50| 102 sl 25.4

at

1053

^'BRASIL, De 1951 A 1955

EM RAMO VIDA, EXCLUSIVAMENTE, NO-

2 944 879 232,80I 100,oj 100,0 3 295 £88 755,2o| lU.ol lOO.o! 3 704 033 397,9ofe;

04,5 10,7 100,0| 42,7 100,0, 4,8 4 982 932,901 100,0, 0,2 70 055 395.20I 100,0 2,4 118 024 334,I0( 100,0 4,0 48 509 175,sol 100,0' 1,7 I 305 246,8o| 100,0 0,0

g^g g., Sn'IS

79, wn mi on

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I

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""1 - 3 I7S _

.....r'J

lucaa^n-Haaer^aa:::::::;:::;

Capitol

Dividas c/OaraMia

Delates «n dinhriro

Seserm Tfcnicaa

PASSIVO

OalTO Conlas Lucros e PenJaa

^ulsritacSo Eicrdeio Findo '

ContM Concnfes

^pnedsdes ImobiliiriM

pfuios do Hendi

ATIVO

K,° 01 sDousAon..

TiTPL0

ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO


95

96 97

98

historia da estatistica. Podemos mesmo

polemicas cientificas, processado pela

dizer que uma delas nao e mais do que

Inquisigao e que terminou os seus dias

a outra vista por outro lado.

cego: esse homem, todos sabem, foi Galileu. Tendo morrido em 1642, foi

TRADUgOES E TRANSCRigOES PROBABILIDADE E ACASO CONFEReNClA REALIZADA NO MUSEU SOCIAL DO M-T 1 C - SERIE

A historia completa do calculo das probabilidades

DE 1940

Joao Lyra Madeira

seria,

porem,

muito

looga. Deter-me-ei exclusivamente nos

seus

fatos fundamentals, que estabeleceram

«Considerag6es sobre o jogo de dados*. Erabora de grande interesse, ficaram

realmente conceitos basicos.

Em uista de estarem ja esgotados C/iefe da Divisao Atuarial do I. A. P. I. (*)

O calculo das probabilidades e a

varios dos primeiros niimeros da «i?e-

estatistica caminharam atravcs de es-

uista do dos quais temos recebido [reqiientes pedidos, continuamos

encontrado, tempos depois, entre os

tradas mais ou menos paralelas, e ainda

manuscritos,

um

com

o

titulo

essas notas desconhectdas e certamente

Pascal delas nao teve noticia, de modo

que pode-se considerar Pascal, juntamente com Fermat, como fundadores

a pubhcar alguns artigos daqiieles afirmar que aos poucos fui conseguindo

hoje OS dois se mahtem ligados por ^ste paralelismo, apesar de alguns 'dealistas do separatismo. Durante essa

perversos, para so dar aten^ao aos con-

caminhada atraves dos tempos, grandes

selhos dos espiritos pacificos. Assim, as nossas intengoes para com aqueles

espiritos procuraram ligar as duas estradas por meio de caminhos laterals

que hoje nos honram com a sua pre-

■— alguns bem largos. O Dr. Miranda

Bernouilli, Christian Huygcns e Abra ham de Moivre, e ela compreende todo

sen?a, sao na realidade muito brandas

Netto, na sua conferencia, scguiu uma

o seculo XVII.

exemplares, dentre os qua maior interesse ainda possam desperfar aos nossos afugentar os 'espiritos mais rudes e le:tores.

TEMA dessa palestra compreende

W um assunto que esta hoje definitivaniente integrado no vasto campo da mateniatica pura e aplicada. £ claro que so podemos desenvolveio de forma muito superficial, nao so em virtude da exiguidade do tempo, como tambem porque um desenvolvimento

nesse particular.

Lima ou outra vez

terei caido em tentagao, acompanhando

a jdeja com exemplos numericos, ou formulando alguns raciodnios de fundo matematico. Os presentes hao de me perdoar esses pequenos deslizes.

ma.s amplo so se justificaria em um

Vamos iniciar a palestra por um rapido esbogo historico das origens do devo confessar que, dada a natureza calculo das propabilidades e do seu matematica dessa teoria, que tende a desenvolvimento ate nossos dias. •abranger os fenomenos universais de Como esse desenvolvimento se pro"ma forma cada vez mais completa e cessou paralelamente ao da estatistiica mais estranha, enquanto estive elabo- nos encontraremos hoje alguns persorando o arcabou^o dessa palestra nagens.ja referidos na palestra com que muitas idmas que poderiamos talvez o meu brilhante amigo Dr. Miranda <lassificar de «pensamentos maus» me Netto houve por bem presentear aos povoaram a mente sob a forma de frequentadores desse Museu em uma •curso especializado. Para ser sincero

quagoes e desenvolvimentos matema-

tarde feliz.

£ verdade que uma tarde feliz nao

memento, e posse

•D- N. S, P. C

=7'P™.»elou es„ Con-

se reproduz com ffeqtiencia. mas en-

contrarao hoje alguns aspectos ja co-

P'visSo T6cnica do j dos, porque a historia do calculo

das probabiUdades esta muito ligada a

Pascal e Fermat, os nomes de Jacques

mas vezes pelas picadas que conduzcm

Vamos examinar mais de perto o problema que deu origem a esta «geo-

^ nossa. Pretenderaos hoje andar pela

metria do acaso*.

^ ^ das estradas, tendo enveredado algu-

^^

do calculo das probabilidades. A esta primeira, fase do calculo das probabilidades estao ligados, alem de

outra que corre parolela, mas, como

De Mere, grande jogador, de espi-

todo viajante que aprecia as belezas

rito muito vivo, porem nao matematico,

dos panoramas, tambem faremos algucaminhos

e grande amigo de Pascal, prop6s-lhe, em 1654, varios problemas sobre jogo,

mas

incursoes atraves dos

'aterais e langaremos uma vista dolhos

dos quais os mais celebtes foram os

sobrc a primeira, onde encontraremos

dois seguintes:

Varios personagens que aqui ja dcsfi'aram atraves da historia da estatis

rias, com dois dados langados ao mesmo

tica.

O calculo das probabilidades teve

micio com um problema que um grande

jogador, o Chevalier de Mere, propos a Blaise Pascal.

Em 1654, numa carta que estc escteveu a Fermat, denominou o novo

Calculo de «Geometria do acaso». Por Uma mera questao de imparcialidade e

justiga. devemos lembrar o nome de

um grande sabio nascido' em Florenga,

fundador da Mecanica classica, inven tor do telesc6pio, rico em trabalhos e

a)

Quantas jogadas sao necessa-

tempo, para que se possa apostar com vantagem que se obtera pelo menos uma vez o duplo seis ? b)

O segundo • problema tornou-se

celebre com o nome de problema das partidas. fi o seguinte: Dois jogadores, A e B, igualmente habeis, isto e, tendo em cada partida igual probabilidade de ganhar, fazem em um certo jogo uma mesma parada, digamos I0$000.

Cada partida compreende uma serie

de jogadas de um jogo qualquer, mas

N» » _ OUTUBRO DE 1956

REVISTA DO I. R. B.


99

aquele que ganhar a partida tera um ponto a seu favor. O jogador que em primeiro lugar fizer tres pontos, isto e,

100

fim do seculo XVII Abraham .de

Moivre tratou do problema das partida.s de um modo geral, resolvendo-o no caso

ganhar tres partidas, sucessivas on nao, ate entao nao abordado, em que as pro recebera as duas paradas, isto e, babilidades de ganho sao difcrentcs 20$000. Suponhamos que terminada a para OS varios jogadorcs. primeira partida. isto e, antes que um

deles tenha feito tres pontos, os jogadores sao obrigados, por qualquer circunstancia, a suspender o jogo, sem

Estavam os boemios e malandros da epoca munidos dc otimos «manuais do

bom Jogador».

101

102

utilizando-sc

dc uma grande familia de matematicos,

para a deterrfiinagao dos casos possiveis

desenvoiveu e precisou tambem consi-

e favoraveis. do recurso da analise

deravelmcnte a parte matematica.

pectiva

probabilidade,

combinatoria: com o auxilio dos dois teoremas ac'ma determinava-se a pro

babilidade final do acontecimento dc-

hoje tern 0 seu nome, ele tentou, pela primeira vez. estabelecer a ligagao entre

sejado.

o calculo das probabilidades e os fcno-

E precise que se note que tudo i.sto se refcre ao final do seculo XVII,

esperar o pronunciamento do acaso.

De fato, todos esses estudos se refc-

No inicio do seculo XVIII os mate-

Em que proporqao deve ser feita a

riam sempre a problemas sobre jogos.

ntaticos c pensadores comegaram a se

divisao das duas paradas (20$000) O calculo das probabil'dades parecia

Com 0 cclcbre teoreraa que ainda

menos estatlsticos. principalmcnte o.s

socia s: entre a probabilidade matema tica e probabilidade estatistica.

preocupar com o lado filosofico da

O teorema de Bernouilii nao dcmonstra, como mu'tas veze? se pensa.

entre eles. de modo a ser a divisao

nao ir alem desse campo. Pelo menos

equitativa, isto e, qual deve ser a di

nao havia ainda uma ligagao entre esso

teoria das probabilidades, bem como da sua aplicagao a problemas de outra

a lei emplrica dos grandes ni'imeros.

visao do fundo comum exatamente pro-

geometria do acaso — como a chamou

ordem — principalmcntc .sociais.

cional ao valor dos direitos que ate

Pascal — e uma outra categoria dc problemas, que entao surgiam.

langou uma luz nova sobrc o assunto c

nouilli como fundador dessas duas cor-

permitiu pela primeira vez o enunciado precise e cxplicito daquclas leis. Com

O novo calculo sc baseava no con-

rentes: filosofica e pratica. Algum

Jacques Bernouilii inicia-se a nova fasc

Pascal, que mantinha uma corres-

ceito de probabilidade definido como a

relagao entre o niimero de casos favoraveis e o niimero total de casos igual-

tempo depois. Lagrange, generalizando OS problemas das partidas, que deram

do calculo das probabilidades, com a

pondencia matematica continua com

ocigem ao novo calculo, utiliza novos

politicos. morais, etc.

entao o acaso ja havia assegurado a cada jogador ?

Fermat, comunicou-lhe por carta o problema que fora proposto por Mere e a solugao que Ihe dera. Fermat, cm resposta, propoe uma soiugao geral do

problema por mcio da anal'se combinatoria, com o qua! determina a divisao equitativa da parada total, nao so no

caso de dois. mas no de um numcro qualquer de jogadorcs.

O aperfeigoamento de Fermat com-

pletava a descoberta de Pascal, ao

Podcmos considerar Jacques Bcr-

mentc possiveis.

processes, dotando o calculo das pro

Assim, a probabilidade de se obtcr. jogando-sc um dado de seis faces, o ponto dois por exemplo, e um sexto, po s no total dc factfs — casos igual-

babilidades dc um novo metodo geral: o das equagocs de difercngas finitas.

Esse metodo. que ainda hojc c um dos que se tern dcmonstrado mais liteis. e

mente possiveis em numero de seis

ospecialmente fccundo nos casos em

apcnas uma face contem o ponto dois

que das equagbes de difercngas finitas sc obtem, por um processo de passagcm 3o I'mite, as cquagoes dc derivadas Parciai-s. muito cstudadas por Polya c

— linico caso favoravel.

Partindo desse conceito cram csta-

belecidos dois teoremas fimdamentais.

outros.

mesrao tempo que dotava o calculo das probabilidades do seu primeiro metodo geral; o da analise combinatoria. Por

produto, oil melhor, teorema da pro babilidade total e teorema da probabili

XVIII. em torno de 1713. oito anos

isso mesmo. nessa primeira fase do

dade coniposta.

depois da mortc de Bernouilii.

desenvolvimento do calculo das proba bilidades, elc acompanhou part passu o da analise combinatoria.

Em 1656 Huygens reiine em um

pequeno opiisculo os novos principios dessa gcometria casual, apresentando varios problemas interessantes. Ja no

denominados teoremas da soma e do

Todo o calculo das probabilidades consistia quase que exclusivamente em

determinar-se a probabilidade de um acontecimento relative e urn jogo dccompondo-se esse acontecimento em

varios outros mais sirroles; para cada um desses outros era calculada a res-

Mas, voltemos ao inicio do seculo Aca-

bava dc ser publicado o seu grande

livro «Ars Conjectandi» — a «Arte de Conjecturar».

Neste livro

Jacques

Bernouilii demonstrou ter tido uma grande visiio da utilidade pratica do

calculo das probabilidades. Foi tambem profundo em consideragoes filosoficas e, matematico emerito que era.

neih o postulado ou lei do acaso. Mas

sua aplicagao aos fenomenos sociais, Encontramos, assim, nessa

longa

viagem que vimos fazendo, o primeiro caminho lateral a que nos referimcs.

c que nos permite uma incursao pela outra estrada ampla, atraves da qunl

ja fomos conduzidos cm uma tardc agradavcl. pela historia da estatistica. No ponto em que agora cruzamos com essa outra via, encontramos, no

fim do seculo XVII, a estatistica bas-

tante impulsionada pelas ideias vinda.s da Inglaterra c da Holanda.

Varias edigoes do livro de John Graunt tinham vindo a luz, sobre a mortalidade na Inglaterra, com a indi-

cagao das taxes dc mortalidade c de

vida provavel por idade, William Petty publicara igualmentc varios estudos sobre a «Aritmetica Politicas ,

Em 1671, Jean de ^Vitt, geometra notavel e nao menos nothvel homem

N» 99 ~ OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.


103

de Estado, dirigiu aos Estados Holandeses uma memoria onde ele determinava, com o auxilio dos principios do

calculo das probabilidades, os valores

104

anos a serias e notSveis controversias

105

'I

— e podemos mesmo dizer que ainda hoje essas controversias continuam.

registrus civis, a formar as llstas de

das probabilidades sobre um conceito

nascimentos, casamentos, obitos, nos diferentes paises, nas diferentes epocas,

imagem abstrata dos coletivos empiricos.

das rendas vitalicias, comparando-as

Jacques Bernouilli com o seu espirito

e a analisar os documentos da pro-

com.as anuidades certas. £: a primeira

genial foi o primeiro que tentou escla-

dugao, de consume, a fim de estende-Io a economia politica.

obra que se conhece sobre esse assunto recer o problema, atingindo diretamente de natu^eza atuarial; hpje tao difundido 0 ponto basico, implicitamente admitido atraves do..§eguro privado e social.

pelos seus antecessores.

Fundava-se entao a •«estocastica»,

A obra de

ciencia, ou melhor, metodo cientifico que tern per fim a aplicagao dos teoremas do calculo das probabilidades aos numcros coletados pelos servigos de

Bernouilli notavel sob os aspectos ma

0 burgomestre de Amsterdam, Jean e filosofico se nao possibilitou Hudde, tambem geometra distinto, tematico uma redunao perfeita do conceito de havia feito igualmentc varias pesquisas probabilidade raatemStica no sentido de interessantes sobre a mortalidade na Pascal ao de probabilidade estatistica, Holanda.

estatistica.

e que essa redugao nao e possivel.

Os trabalhos desses homens, princiclaro que uma teoria matematica palmente OS de William Petty — que so pode ser aplicada ao mundo real por alias nao era um bom matematico interessaram tambem um grande mate intermedio de uin postulado empirico; matico e astronomo da epoca. Edmundo

assim acontece na geometria,~ por

notaveis sobre mortalidade, publicou uma taboa de mortalidade, obtida com

se poderia fazer: fixou o problema em termos matematicos, precisos, e deixou

novo: o dos coletivos

matematicos,

De outre, os que procuram fundar 0 calculo das probabilidades sobre a teoria dos conjuntos, introduzida, nao ha niuito tempo no campo da mate matica pelo movimento de renovagao que se operou nesta ciencia, quanto aos

seus fundamentos logicos. Embora

diferindo cm suas bases

Para citar apenas os nomes mais celebres ao seculo XIX, ocuparam-se

essas duas teor!as tem em comum, como

desse

e.de analise.

calculo:

Daniel

Bernouilli,

d'Alembert, Cauchy, Euler, Lagrange. Condorcet, Laplace, Poisson. Gauss e Augustin Cournot.

Halley, que, alem de varios estudos exemplo. Bernouilli fez o maximo que

106

n

e natural, os metodos gerais de calculo A teoria das probabilidades assumiu hoje um carater de gcneralidade quase absoluta.

Em virtude do movimento

as- observances estatisticas dos obitos claro 0 postulado que deveria servir verificados na cidade de Breslau du- de ponte entre a teoria e o mundo real.

Hoje ele esta definitivamente estruturado em seus metodos gerais de analise: pelo estudo das fungoes caracteristicas, originadas das fungoes gera-

Ate entao a estatistica e principal-

trizes de Laplace, com o metodo das

vagoes dos fenomenos fisicos, quimicos

Tal era a situanao das pesquisas mente o calculo das probabilidades, nao

fungoes arbitrarias de Poincare, atraves

e naturais, tem-se desenvolvido con-

das probabilidades ligadas em cadeias,

sideravelmente as aplicagoes do calculo das probabilidades e da estatistica ma

rante cinco anos — 1687-1991.

estatisticas sobre fenomenos sociais no tmham ainda o cunho de metodos gerais: eram olhados de soslaio, com fim do seculo XVII. uma desconfianga mais ou menos genePortanto, quando veto a luz o iivro ralizada.

de Jacques Bernouilli, ja os principios

«Foram as imensas perspectivas que do calculo das probabilidades haviam sido aplicados em um campo intcira- a obra de Bernouilli acabava de abrir nieme diverso daquele em que tivera a um calculo encarcerado 60 anos nos origem nas maos de Pascal e Fermat. estreitos limites dos jogos de azar. que ^ao cogitaram os autores acima citados conseguiram despertar os espiritos e da liganao das probabilidades que figu- dar a descobefta de Pascal e Fermat ravara nos fenomenos sociais estudados, a sua justa popularidade». (1) Verificou-se um verdadeiro entuinri.^5 exemploantes de um 1 UO de 20 anos morrer de s.asmo pelas aplicagoes aos assuntos economicos e sociais. V dado por^ Pascal ° ---to de demograficos, probabilidade A geragao que se seguiu a Bernouilli era por si ainda consagrou o seu tempo a compulsar os

uro, e deu lugar- durante longos

(1) Gastai^e dti Pasquier.

de Markoff, etc. i

• s

que vem introduzindo cada vez mais as estimagoes numericas nos estudos

psicologicos, sociais e politicos, ao lado dos resultados mais recentes das obser-

Modernamente se vem acentuando cada vez mais um movimento tendente a renovar os fundamentos logicos do

tematica.

calculo das probabilidades, o que nao e mais do que um reflexo do que se produziu na fisica, na quimica e na

amplitude desse termo. Nas proprias

matematica.

£sses fundamentos foram particularmente resolvidos e profundaraente aite-

rados por uma concepgao inteiraraente singular, concebida em uma teoria recente de von Mises.

A situagao esta hoje da seguinte

Alias a estatistica matema

tica nao e mais do que um esquema probabilisticc do universe, em toda a ciencias denominadas exatas a ideia de estabilidade individual dos fenomenos

foi aos poucos substituida pela estabi lidade coletiva.

O individuo e substi-

tuido pela coletividade e as ideias de

dependencia e casualidade foram transformadas na de correlagao.

Muito embora se tenha manifestado

algumas vezes a ideia dc separagao entre a estatistica e o calculo das pro

forma:

babilidades, esses ideais separatistas

De um lado os partidarios de von Mises que pretendem fundar o calculo

nao tern conscguido mais do que construir ao lado do calculo das pro-

N» » - OUTUBRO DE 1956 R^VISTA DO 1. R. B.


107

babilidades, urn outro calculo inteiramente analogo, cuja independencia e assaz precaria, uma vez que recorre

mento correlate do calculo das proba bilidades e da estatistica.

De outro mode cairiamos em uma

freqiienteniente aos conselhos e prin- pergunta de dificil resposta analoga a dpios da teoria das probabilidades. que se fez um grande filosofo e psicoMesmo se.algum dia — fato sobre " logo americano — William James — quando estudou as causas e efeitos do fosse possivel isolar a estatistica mate- medo. O seguinte exemplo elucida a matica 'cpmo discipliria independente ideia daquele filosofo: daqueia teoria, uma coisa continuaria Suponharaos um individuo — certamdiscutivel: o consideravel progresso em virtude do cakulo das probabili dades. 6 esse pelo menos o ensina-

de psicologia sao tambem tratados de

ou dois valores da verdade (sim ou

Nao se

nao) mas segundo uma «l6gica proba-

cogita geralmente de estudar as causas

bilistica», atraves de uma escala con-

e efeitos dos fenomenos no sentido

tinua de valores da verdade.

absoluto, mas as relagoes de correspondencia entre eles, de mode que a

A teoria das probabilidades nao sc limits pois as aplicagoes ao jogo, como

se julgou inicialmente, nem exclusivacos, biometricos; — ela se estendeu a

mente nao muito corajoso que em uma

fenomeno com uma detcrminada inten-

floresta da Africa divisasse a cerca de 20 metres de distancia um leao mal cncarado. O nosso viajante — talvez um colecionador a procura de borbo-

fislca como a quimica, a politica como a

sidade, resultc uma certa probabilidade de que outro atributo ou outros feno

moral e a psicologia: enfim, ela parece constituir hoje a base logics de todo o

menos tambem se manifestem.

conhecimento humano.

Nao se trata pois da descoberta de

fenomenos ou fates, de atributos ou circunstSncias que se apresentam a nos

quase sempre proximos uns dos outros,

se soltou de uma t6rre em dado mo

no espago ou no tempo, relacionados segundo uma ordem coletiva aproxima-

mento parou no espago ou voltou ao cimo da torre em lugar de cair, tem um sentido profundamente analogo a afirmativa de que um milhao de jogadas

sujeitos a um determinismo individual mas ao estudo de uma scqiiencia de

z/

damente constante. Em todas as ciencias a tendencia e a mcsma: da substi-

mexer do lugar por mais que o deseie; esta gelido, e treme da cabega aos p&s. fi o filosofo pergunta a si mesmo: sera o tremor a conseqiiencia do medo ou e

tuigao de estudo de fenomenos parti-

de cara e coroa todas as vezes sem

culates pelo estudo global, estatistico

excegao saiu cara, ou que um milhao

de um conjunto numeroso desses fcno-

de macacos batendo desordenadamente

mcnoa.

Em uma tese que Hans Reichcnbach npresentou ao «Congresso Internacional de Filosofia» reunido em Paris em

sua causa ? O nosso homem treme Porque tern medo, ou ele tern medo

1937, sobre cCausalidade e determi

nismo, probabilidade e acaso», aquele ilustre representante da Escola de

algumas vezes come esquematiza^ao teonca de resullados da observa^ao porque se sente tremer ? O filosofo- a que nos refcrimob estatistica. Nao desejamos porem proconclum, depois de muito estudo que longar essa pesquisa da causa e do

Viena colocou-se no segutnte ponto de vista, hoje quase pacifico:

0 tremor era a causa e nao o ^feito do medo.

a que chegou em nossos Contentamo-nos em assinalar um dos diasNoa porito aplicagao do metodo cstatistico aspectos da questao^.o do desenvolvi

nos teclados de um milhao de maquinas de escrever reproduziram, na Integra,

em dado momento, a palestra que cstamos fazendo, uma vez que ela nao e mais do que uma das combinagoes posslveis das 25 letras do alfabeto. A realizagao dessas coincidcncias excepcionais, embora logicamente pos

Nenhuma proposigao e certa quando

sivel, e extraordinariamente improvavel, e se alguem presenciasse um desses

encerra um conteudo cxperimentah'ela

fates nao teria diividas em atribui-lo a

€ apenas provavel. com maior ou menor

um milagte ou a uma bruxaria. Mas o milagre dos macacos dactilo-

grau de probabiFdade. Assim o enca-

deiamento das proposigoes cientificas

a todos OS campos de conhecimento

mente aos fenomenos sociais, biologi-

Assim afirma-se hoje que uma de tcrminada equagao da fisica nao se verificou. que um gas encerrado em um recipiente em um dado momento dcixou de exercer pressao contra as paredes do recipiente, ou que uma pedra que

causas c efeitos em casos isolados,

aquelc especime raro do medo, Dai para ca os dois caminharam para- edeliciado venfica que o homem esta sem o Jelamente. Uma descoberta qualquer comando da vontade; nap se pode

Sf P"; num terrene filosdfico profundamente intrincado.

cs. que possue apenas duas altemativas

vista de uma circunstancia dada, ou

pativel com o que dissemos de inicio metres mais de pernas, em lugar de~ -sobre a substituigao da idma de causa borboletas raras. O leao, no entanto. se aproxima displicentemente, urrando lidade pela de correla?ao. qualquer pergunta incompreensivel. O Mas o desenvolvimento de urn seguiu homcm, quase ao mesmo tempo, fica sempre o do outro, e a estatistica so gelado, OS olhos parados, e tremulo tomou urn impulse decisive depois que da cabega aos pes. Neste momento Jiernouiili enunciou o seu cdebre teo- cnega o filosofo americano, aprecia jema, no calculo das probabilidades.

conceito na teoria probabilistica surgiu

humano, um sem numero de problemas

cm virtude da presenga de um certo atributo, ou da manifestagao de um

mento da historia. Nao queremos aqui discutir se o desenvolvimento desse calculo foi a causa do desenvolvimento letas exoticas, ou flores desconhecidas da estatistica, no sentido absoluto de — fjcaria livido de terror, e desejaria causalidade: essa ideia e mesmo incom- ardentemente encontrar alguns. deci

no campo do calculo inventado por I ascal e Fermat era sempre seguida de ama aplicagao no dominio da estatistica, embora muitas vezes se tenha dado o contrario: a introdugao de um novo

NO

forma inteiramente diversa.

cuja .realizagao temos serias diividas

do metodo estatistfco so foi possivel

109

108

nao se produz segundo a logica classi

grafos e analogo, em essencia, ao da pedra que volta ao cimo da torre.

N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R, B. i-l-'


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113

114

nificar uma intromissao cada vez mais embaragosa e desconcertante do acasO

cientifico e o da variabilidade desordenada dos fates devidos ao acaso ?

exame da urna e das fichas. verificas-

Ill

As probabilidades desses «inilagres» e que podem sec bastante diferentes.

O que acabamos de dizer nao e mais

do que o resultado a que chegaram os

no encadeiamento dos fenomenos uni versais.

grandes filosofos da ciencia moderna.

O apcrfei^oamento dos metodos de

Porque negar certos fates inexplicaveis, dcvidos a transmissao de pensamento, hipnotismo, muitos dos quais dao lugac a bruxarias e superstigoes — fenomenos supra normais," fates atribuides a comunica^oes de espmtes — entre os quais alguns estao sendo hoje estudados sob o aspecto cientifico pelo clastituto Meta — Psiquico"» de Paris,

observagao e de medida permitiu ao

babilidade e inferior a um certo valor minirno compativel com a sensibilidade

humana, ele 6 por nos atribuido ao acaso. O conceito de probabilidade esta peis estreitamente ligado ao de m:aso, e Pascal, na carta dirigida a Fermat denominou com muita felicidade de «Geometria do acaso».

A amplia^ao do campo de aplicaeao dessa teoria aos fenomenos mais di-

atribuiriam o fato a um acaso excep-

do acaso"», se este nos parece exatamente a antitese de toda c qualquer

cional, uma coincidencia estranha. £

lei ?

facil verificar que este acaso excepcio-

que o acaso que intercssa ao calculo

vigorosamente; e o socorro era trazido

das probabilidades e acaso objetivo;

A serie (2) causou porem uma im

aquele que reside na propria natureza

pressao mais forte porque veio coin-

das coisas e nao aquele que esta em

cidir com uma seric ja conhecida; se o observadoc nao conhecesse o alfa

pelo calculo das probabilidades, que entao adquiria mais um campo de aplicagao.

Assim com a probabilidade, o acaso

acasos.

A ideia vulgar de acaso encerra dos das suas raras manifesta?6es ? Nao sempre a de surpresa, de coisa inespcpretenderaos absolufamente responder. rada. O acaso se realize quase sempre mas tao somente formulae essas hipo-

Quando se verifica um fate cuja pro

estratagema, certamente

acaso convem desde logo esclarecer

eles se. cepcqduzam um numero de vezes passam de uma sucessao continuada de

teses.

scm

nal e uma pura impressao psicologica subjetiva. O acaso atuou da mesma forma na tiragem das series (1) e (2).

hemem aproximar-se cada vez mais

Osti ? Quein sabe se esses fates nao trando atraves de todos os conhecisao justamente aqueles que no enca- mentos. A principio — e ainda e esta deiamento dos fenomenos universais, a sua forma psicologica — o acaso nao tem uma probabilidade muito pequena,. era mais do que um simples «interruptor mas suficientemente grande para que da vida correntes. No entanto a vida num certo intervalo de tempo compa- corrente, a vida interior como a exte tivel com a duragao da vida hiimana rior, todos OS fenomenos enfim, nao

possam ser os espectadores priviiegia-

mente

da natureza; e cada vez que uma aproximagao se verifica, a natureza reagia

dirigldo per um cientista do porte de foi se insinuando na ciencia, se infil-

suficiente para que algumas pessoas

Como podcmos falar de uma «lei

sem que tudo tinha corrido normal-

Para caracterizar bem a nocao de

nos e resulta de impressoes pessoais

que muitas vezes fogem ao mais leve

beto, a sua impressao ja seria absolu-

raciocinio logico.

tamente identiCa a produzida por outra

Um exemplo esclareccra a nossa ideia.

Suponhamos que colocassemos dentro de uma urna 25 pedagos de papel,

rua. Como se explica pois que 0 acaso venha a se introduzir em uma ordem

de fenomenos como os que estuda a fisica, per exemplo, sobre os quais todos nos formulahios uma ideia de conti-

uma imperfeiQao nossa, e da insufi-

Depois de agitar bem a urna nos retirariamos um per um os pedaqos de papel e iriamos anotando a ordem

de observa^ao e de medida. file se produz sempre que de certas circunstancias impercetiveis possam resultar

de saida:

efeitos perceptiveis; isto e, as circunstancias — digamos, as causas — se

B, G, U. V... K (1) A ordem resultante e certamente de-

vida ao acaso: e todos concordam que tanto poderiam sair as letras nessa

ordem como em outra qualquer.

Mas suponhamos que em lugar daquela ordem, as letras fosse saindo uma a uma na sua ordem natural, isto e, na ordem alfabetica:

produzem em uma escala difererite da nossa e por isso nao fomos capazes de percebe-Ias e no entanto os efeitos se verificam na nossa escala e sao por

isso percebidos. Analisemos alguns exemplos. O exame do equilibrio instavel e muito instrutivo nesse particular.

Suponhamos que se queira equilibrar ura cone sobre o seu vertice.

A, B, C... Y,Z (2) Ah

nesse case talvez alguns dos

versos inclusive nos dominies onde im-

presentcs imaginasse tratar-sc de aiyum

peraya a suposi^ao de um determinismo

estratagema da minha parte; as fichas de papel talvez fossem reconhecidas

gonicas qua! sejam a de determinismo

O acaso, na realidade, resulta de ciencia dos nossos meios de percepgao.

nuidade, de homogeneidade, analogas

AUm disso como tornar compativeia duas idmas a primeira vista tao antaabsolute das leis individuais. veio sig-

minada e a mesma.

A. B... Z.

as que formulamos a respeito da «vida carrenee» ,

dade de uma serie qualquer predeter-

cada um com uma letra do alfabeto:

por um encontro no tempo ou no es-

pa?o. Um encontro de ideias e um acaso como o e o encontro de um tijolo que cai de um andaime e mats um transeunte que passa distraidamente na

serie qualquer; e de fato a probabili

pelo tato, na tiragem: e se por um

Se o cone fosse colocado rzgorosa-

raente na vertical e nao estivesse sujclto a outras for^as alem da da gravidadc ele ficaria em equilibrio.

Mas e su

ficiente um desvio em relaqao a vertical, de um milesimo de grau, ou o movi-

N» « - OUTUBRO DE 1956 REVJSTA DO I. R. B


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117

118

taveis descobertas no dominio da ma-

ces series, si elles cxistaient, et j'arrivai

Essas subitas ilumina^oes tao Bern

tematica.

sans difficulte a former les series que

descritas no trecho de Poincare sao

j'ai appelecs thetafuchsiennes.

freqiientemente encontradas no trabalho

sentido, e caira; nos dizemos enCao quc employer quelques expressions techni foi o acaso quern decidiu o lado da ques, mais elles ne doivent pas vous

A ce moment, je quittai Caen, ou i'habitais alors, pour prendre part a urie

intelectual: muitas vezes elas se veri-

mclJnasao final.

course geologique entreprise par Ificole

dadeiras intuigoes que antecipam os

mento do ar com uma vclocidade imperceptivel, e o cone, uma vez desviado

de uma quantidade extremamente pequena, pendera inteiramente no mesmo

«Je vous demande pardon, je vais effrayer, vous n'avez aucun besoin de

les compreendre. Je dirai. par exemple.

Al i^ta: uma ca'usa infima, — a )ai dans telles circonstances. ce theo-

des Mines. Les pcripcties du voyage

ficam no curso de um raciocinio — vet-

resultados antes que a cadeia logica possa ser terminada. No caso de Poin

reme aura un nom barbare, que beaucoup trouve la demonstration de tel

me firent oublier mes trauvaux mathe-

matiques; arrives a Coutances, nous

care essa intuiqao ainda e mais cuciosa. Elas se apresentaram bruscamcnte, sem

theoreme d entre vous ne connaltront perceptive! na nossa escala. Uma pe- pas. mais cela n a aucune importance; quenissima varia?ao na mclinagao ini- ce qui est interessant pour le psycholo-

montames dans un omnibus pour je ne

que ele estivesse pensando conciente-

sais quelle promenade: au moment ou je mettais le pied sur le marche-picd, I'idee me vint, sans que rien dans mes

que por um verdadeiro acaso.

inclina^ao inxial de um milesimo de

grau, absolutamente impercepti'vel, produziu um grande efeito. facilmente

cial poderia produzir um resultado final gue, ce n est pas le theoreme, ce sont inteiramente diverse e o cone cair para les circonstances. o lado contrar.o.

Depuis quinre jours, je m'efforgais

Um outroexcmplo tiramos da roleta. de demontrer qu'ii ne pouvait exister

O impulse dado a roda faz com que aucune fonction analogue a ce q~ue j'aiela gire durante algum tempo e pare appele depuis les fonctions fuchsiennes; fmalmente em um certo ponto dando

^mo resultado o preto ou o vermelho.

i etais alors fort ignorante; tous les lours, je m'asseyais a ma table de

pcnsees anterieures parut my avo r

prepare, que les transformations dont j'avais fait usage pour definir les

mente sobre o assunto. Surgiram como

Aqui as fontes geradoras da ideia nao s6 sao imperceptiveis como prova-

velmente secao miiltiplas.

Os movi-

mentos do cerebro que correspondem

fonctions fuchsiennes etaient identiques

ao pensamento humano sao provavel-

a celles de la geometric non-cuclidienne. Je ne fis pas la verification; je n'en

mente de uma complica^ao e multiplicidade comparaveis aos das moleculas de um gas que turbilhcnam em todos

aurais pas eu le temps, puisque, a peine

O impulse dado a roda depende de uma travail, jy passais une heure ou deux, sene de coisas mas. digames. depen- j cssayais un grand nombre de combidera do esfor^o produzido para faze-Ia naisons et je n'arrivais a aucun regirar. Uma pequena variagao desse sultat. Un soir. je pris du cafe noir csfor^o. absolutamente imperceptivel e contrairement a mon habitude, je ne mcontrelavel. fara com que a roda se pus m'endormir: les idees surgissaient detenha no vermelho e nao no preto en foule; je les sentais comme se heurproduzindo para o jogador e para o ter. jusqu a ce que deux d'entre elles

ass's dans I'omnibus, je repris la con versation commencee, mais j'eus tout

OS sentidos e dire?6es com vclocidades

de suite une entiere certitude.

milhoes de pequenos abalroamentos

Je me mis alors a etudier des ques tions d'arithmetique sans grand resultat

qucremos dizer que Poincare tenha feito as suas descobertas por acaso, no sen

former une combinaison estable. Le P ' gue Ihes toca o bolso. matin, j'avais etabli lexistence dune por isso — porque uma pequena causa preduz um grande efeito — que classe de fonctions fuchsiennes, celles. qu. derivent de la s6rie hyperqeome° logador que tem- a sua ficha no tnque: je neus plus qua rediger les

apparent et sans soupqonner que cela

tido vulgar dessa palavra. As ideias vinham sempre depois de um peribdo de raciocinio deliberado, aparentemente

banqueiro um efeito facilmente pcrcep- s accrochassent. pour ainsi dire, pour

vermelho sente o cora^ao bater. e espera

tudo do acaso.

quelques Um terceiro exempio vamos tirar do hel"ef^'" Je voulus en suite representer ces campo da psicologia. lendo desta vez fonctions par le quotient de deux series; ^Science et M^-

cette idee fut parfaitement conscience c P^g ^50 "Pitulo III, Pag. 50. edicao de 1927. no qua] €le treflechie: 1 analogie avec les fonctions elhp iques me guidait. Je me demandai conta como fe.

queues devaient etre les proprietes de

De

varias e se entrechocam, em milhbes e

retour a Caen, je verifiai le resultat a

moleculares desordenados.

tete reposec pour I'acquit de ma cons

O caso das ideias subitas tem possivelmcnte uma explica^ao analoga. Nao

cience.

put avoir le moindre rapport avec mes recherches anterieures. Degoute de mon insucces, j'allai passer quelques jour au bord de la mer, ct je pensai d tout autre chose. Un jour, en me pro-

esteril.

£sse raciocinio naturalmente

orientou as ideias em um determinado

sentido.

Mas essas eram miiltiplas:

menant sur la fala'se. I'dee me vint

Poincare nao sentia absolutamente que

toujour avec les memes caracteres de

o seu cerebro estava sendo a sede dcsses milhoes de movimentos inconscientes.

brievete, de soudainete et de certitude

immediate, que

les transformations

Em um dado momento dois daqueles

arithmetiques des formes quadratiques ternaires indefinies etaient identiques

elementos cerebrals entre os milhoes

a celles de la geometrie non-eucli-

sendo a sede. se encontraram. deram uma combina^lo estavel, capaz de

di^nnc*.

de cheques de que seu cerebro estava

99 - OirrUBRO DF. 1956 REVISTA DO I, R. B,


119 .

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naraento desordenado elas se chocam

Apenas nesse ultimo caso a variaqao individual e imediatamente perceptivel,

120

aiingira sensibilidade do seu cosciente.

Continuando diz Poincare: O maior Um encontro de pequenos ekmentos acaso da historia e o nascimento de um cu/os movimentos eram imperceptiveis

umas contra as outras, desviam-se da

ao coasciente produziram repentiiia-

rota primitiva, constituindo um caso

porque se produz na nossa escala; no

permanente.

se verificam no intervale de um se-

caso dos gases ela se produz em uma escala extremamente pequena. Tendo em conta que a estabilidade de um

gundo. As paredes do recipiente em

fenomeno

mente efeitos conscientes notaveis qiial

grande homem. £: por um mero acaso que se encontraram duas celulas que

sejam as descobertas matematicas re-

continham precisamente, cada uma de

nada menos de cinco bilioes de cheques

feridas pelo autor. Dai a impressao de seu lado os elcmentos misteriosos cuja acasp que resulta dessas ideias subitas.

reagao mutua deveria produzir o genio. Neste-^ ponto alias e que o espirito Devemos concordar que esses elementos inventive se distingue talvez do espirito sao raros. e seu encontro ainda mais comum, onde em identicas condigQes, raro. talvez se processasse tambem o mesmo «Teria sido suficiente que uma das turbilhonamento de ideiag. ,ou de e!ementos cerebrals. Talvez se>rodu- celulas se houvesse desviado do seu zissem as combinagoes felizes; mas um cammho de I/IO de milimetro e Naespirito comum nao e dotado de uma poleao nao teria nascfdo, e os. destinos sensibilidade intelectual est^ica capaz de um continente teriam sido modifi-

de ser despertado por uma daquela.s

que se acha encerrado o gas sofre um bombardeamento incessante dessas miriades de moleculas; o resultado desse

bombardeio e a pressao constante que o gas exerce sobre a parede do reci piente, acessivel a nossa esc-ala comum

de observagao.

Essa estrutura caotica que atualmente nao e raais uma hipotese e sim um

cadosa.

combinagoes felizes. O genio inven- • Demos razao a Poincare, pois estativo e um verdadeiro artista intelectual. mos atualmente em face de um outro dotado de grande sensibilidade as com- acaso historico do mesmo genero. bmatqes belas; e so essas sao fecunda.s. Consideremos finalmente um ultimo exemplo do dominio da fisica, um dos Poderemos citar ainda. referido por tt. Pomcare. um outro exemplo no mais classicos nos tratados de calculo dominio da Historia. O historiador das probabilidades. Neste ainda retambem faz uma escolha dos aconte- conhecemos o mesmo fato: as pequenas cimentos da epoca que ele estuda; elc causas produzindo os grandes efeitos. conta apenas aqueles que Ihe parecem Mas entram nele novas circunstancias: mais importantes. Se os acontecim^-n- a complexidade das causas e o numero

Nas condigoes normals

resultado de observa?6es miiltiplas e

delicadissimas, nos oferece um exemplo notavel da aplica^ao do calculo das .0-

probabilidades aos fenomenos coletivos.

A hipotese simples de que as mo leculas se movimentavam ao acaso foi suficiente para, com a aplicagao dos principles desse calculo, sc chegar as equagoes ja conhecidas de Mariotte e

tos de uma epoca sao suficientes para astronomico dos elementos em jogo. explicar as de outra, nos dizemos que Deste grande niimero e que resulta, eles estao de acordo com as «]eis da acima da imensa variabilidade indi-

estatistico

e

tanto

maior

quanto maior for o numero de elementos

em jogo, corapreendc-se facilmente que as variaQoes da pressao de um gas

sejam muito menores que as de morta-

lidade de um pais onde nao estao em jogo senao um pequeno numero de elementos se compararmos com os trilhoes de trilhbes de moleculas con-

tidos em um cm® de gas e os bilhoes de cheques por segundo que entre elas se produrem.

Creio que com este exemplo caracterizamos.bem as duas seguintes con clusoes:

1) Os fates que atribuimos ao acaso sao os resultados sensiveis e

observaveis na nossa escala de causas pequenas e imperceptiveis.

Gay Lussac e a uma serie de conclusoes

2) Que a reuniao de um complexo

novas, interessantissimas, confirmadas

de causas numerosas e de um grande

pela experiencia e que as teorias antigas

numero de elementos sujeitos ao acaso produzem efeitos globais subordinados a uma estabilidade que independc da variabilidade individual a que denomi-

nao explicavam.

'io resultado

O determinismo da nossa cscala nao existe a rigor; a pressao do gas sobre a parede do recipiente oferece certas

e uma epoca foi motivado por um fato

Um pequeno paralelepipedo de 1 cm sern importancia de uma epoca anterior, de aresta. cheio de ar, a pressao normal

flutuagoes que so o aperfeigoamento dos metodos de observa^ao pode sele-

A esse acaso que esta na propria natu-

que nao 6 e.tado por historiador algum.

cionar; esse resultado global provem

nistoria».

Mas se um acontecimento notavel

til

glS' ^

reza das coisas e que o calculo das

que vanam de 500 m/seg. a 1.500 '

um resultado global, uma estabilidade

probabilidades e a estatistica sao aplicaveis. Por isso nao se podera dizer que esse calculo e uma especie de varinha magica que tira do nada da ignorancia absoluta um conhecimento

^Aeg, aproximadamente e nesta mo-

de carater estatistico, analoga a cons

cientifico.

raenta?ao mcessante, nesse turbilho-

tancy dos obitos em uma popula?ao

do grande numero de elementos em

sextlhoes de molecules. Essas mo-

^'=°"t«'mento notavel eculas estao em uma agitacao perene.

In? caso tern o mesmo significado; -9efeitoso

naremos de «estabilidade estatistica».

jogo. A constancia da pressao nao e mais uma propriedade individual, mas

se movimentam com velocidades

numerosa.

file e aplicavel porque o grande numero de coisas e de elementos em

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/-

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f ili' de infidelidade. c os relatives a feno-

jogo, inteiramente livres, vagando ao

um automovel, porque isso acontece a

acaso, produz resultados glohais esta-

muitos; que no restaurante estaria su-

veis; e isso se verifxa porque uma infinidade de combinagoes desses mo-

jcito a uma alimentagao deteriorada

as aplicaqoes nao tern sido meno.s menos atmosfericos ou climutericos, c numerosas ncm tao pouco menos fe- outros.

que o envenenasse, porque as vezes

cundas.

vimentos livres conduzem a resultados

tal fato se verifica; que ao passar

As aplicaqoes socia's sao porem as

debaixo de um andaime um tijolo

mais acessiveis porque sao de ccrto mode, do dominio publico. Citaremos apenas algumas.

fiPais proximamente iguais.

Examinemos agora, miiito superfi-

poderia cair-lhe na cabcga: enfim, se

cialmente, o valor cientifico e pratico

ele nao orientasse a sua decisao pelo

da probabilidade.

conceito probabilistico de que tais futos

Na nossa vida corrente todos os

sao pouco provaveis, e tais outros sao

atos sao orientados na realidade, se-

gundo a maior ou menor probabilidade

muito provaveis, um tal homem repito seria um maniaco intoleravel ,que nao

dos fatos de que ela depende. Sem

poderia sentir os minimos prazeres da

essa forma intuitiva de adotarmos determinadas atitudes pelo exame

vida.

Mas essa orienta?ao das nossas de

muitas vezes inconsdentemente — dos cisoes por um criterio probabilistico"" acontedmentos ma;s provaveis, ou das . esta longe de justificar o interesse que conseqiiendas mais provaveis dessas vem despertando o calculo das probabimesmas atitudes. a vida iiao Valeria a

pena de ser vivida.

Se urn liomem agisse exclusivamente

segundo as conclusoes da logica classica, estaria condenado a ser um escravo infeliz de ideias e obcessoes

lidades. Esse interesse resulta das aplica?oes concretas, na ciencia c na vida pratica.

Ja nos referimos a teoria cinetica

dos gases, onde Maxwell e Boltzmann, inconcebiveis. A a^ao de cada um de desenvolveram a fundo as aplicagoes nos resulta quase semprc da analise desses calculos. Alem dessas poderla-

de casos e complexes, cuja solu?ao rigorosa seria longa e muitas vezes impraticavel. Mas nos temos uma

mos citar uma infinidade de outros

casos em que o calculo fundado por

Pascal tem so demonstrado fecundo. Temos assim o estudo da difusao dos especie de intui^ao probabilistica que nos faz sentir os elementos fundamen fluidos. as experiencins de Perim nos tals das nossas decisoes. Esta intuigao estudos do movimento bowniano, nos

Nas ciencias biologicas e biometricas

As aplicaqocs aos fenomcnos sociais nao se reduzem porem a esta. Nao c

posstvel darmos aqui uma lista com plete, pois nao descjo prendcr-vos por muito tempo.

Para resumir. Icmbramos apenas quc

Os estudos sobre a mortalidade. por exemplo, nos diversos paises, e nas

rclativamentc aos fenomcnos sociais

estudos de Bohlman, Peeck, Lexis e outros concluiram pela Icgitimidade da

ou um curto «nao», — os do.s valores

(cconomicos, demograficos, pol'iticos, diversas epocas, produriram alem de etc.) nos nos encontramos frequentcoutros, numerosos beneficios, o dciSen- mente cm face -de problemas cuja sovolvimento do seguro de vida. Os luqao nao podc ser um simples «sim» da verdade na logica classica — mas

aplica?ao dos principios do calculo das um dos numeros da escala de valoies probabilidadcs ao fenomeno da morta da verdade: essu resposta c um coefilidade, desde que se considerassem

cicnte de probabilidade.

grupos de individuos da mesma idade,

Esta situaijao diante da qual nos

ou de idades comprecndidas entre li-

encontramos frcquentemente a respeito

mites nao muito largos.

Fundou-se

de fenomcnos sociais, pode ser esque-

entao uma ciencia propria do seguro,

matizada no seguinte sofisma, um dos

•a ciencia atuarial, que tern por fmi, tomando-se por base as probabilidadcs

muitos que nos legou Zenon. conhecido pelo nomc de sofisma do «Monte dc

anuais de morte para cada idade, e

Trigo».

combinando esses elementos com os

fornecidos pela matematica financeira,

Zenon raciocina da seguinte maneira

determinar os premios necessarios a cobcrtura de determinudos riscos: pa-

«Um grao de trigo nao constitue um monte; dois graos tambem nao, nem

gamento de peculios, rendas, etc.

tres, nem quatro... Desta forma

fenortenos de osmose, na determinagao

fenomcnos tais como os da invalidez,

conclui-se: ou nunca se podera obter um monte pela reuniao dc graos dc

do numero de Avogadro alem de muitos

vclhice, doen^a. natalidadc, nupciali-

trigo, ou em dado momento pelo acres-

suficientemente complexo para ser per- outros: na quimica c fisico-quimica os

dadc, etc, —• resultando dai um de-

cimo de um grao apenas. o conjunto de

estudos sobre a decomposigao do radio adotamos a solu^ao que resulta como 0 dos corpos radio ativos, introduzindo-

senvolvimento consideravel dos scguros

graos passara a constituir um monte.

sociais, destinados a prever o future

efeito global desse complexo de causas. se a no^ao da vida provavel da ma-

das classes trabalhadoras, economica-

e quc retirado este grao novamente o conjunto deixara de ser um raontes.

e na realidade uma conscicncia um

tanto vaga de um estado do cerebro

c^ do em todos os detalhes. e nos Um homem que antes de sair de casa

teria, bem como os estudos sobre as

velocidades das rea(;6es. para nao citar senao uma fra?ao infima das aplica?5es que na rua poderia "ser atropelado por

imaginasse que seria perigoso sair por

desse calculo.

As aplicaqoes estenderam-sc a outros

mentc mais fracas.

Hoje o seguro e uma instituiqao

universal, e nao so o seguro de vida, como o seguro de coisas, de creditos.

Um problema analogo e por exemplo o da repercussao economica de uma

pequeua variaqao dos pre^os em relaqao a unidade monetaria; assim e a varia-

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128

?ao de alguns mil reis no pre^o da venda por atacado sobre os pre^os de

regar cm outro banqueiro uma parte

SEGURO DE DESPESAS HOSPITALARES COM

da responsabildaide. Esses homens ae

FRANQUIA DEDUZfVEL

vendas a varejo. Se a tonelada de a?ucar na usina aumentar de alguns

previnem, por intuigao, da mesma forma

pela qual as Companhias de Seguros o

mil reis, subira o pre?o do quilograma

farem segundo normas tecnicas, norraas

Charles N. Walker

essas que no Brasil, excluindo-se o

Atuirio e Gercnfe de Seguros de Acidenfes

de a^ucar na venda ?

£

e Doenga da f.Lincoln National Life Ins. Co>

um axibma para alguns seguro de vida, foram introduzidas pelo

espiritos a variagao de mil reis, na tonelada correspondendo a uma varia-

As paradas maximas e minimas sac

apolices de despesas hospitalares

gao de um real no quilo, nao influira sobre esse porque nao ha moeda divi-

predeterrainadas, e a quantia que deve receber um jogador por uma parada

com franquia deduzivel de dois tipos distintos. A primeira segue o esquema

sionaria de um real.

determinada resulta de um calculo

da apolice principal de despesas medicas, garantindo um tipo de beneficio

O problema e unalogo ao do raonte de trigo.

claro que em uma determinada semana, em conseqiiencia das baixas

ou altas sucessivas nos pregos de venda

onde se estabelece que a esperanga

em aberto ou indefinido.

matematica do banqueiro seja maior

zagao per todas as despesas hospita

O jogo nao e equitativo: e ligeira-"

lares acima de US$ 300 e ate um ma-

ximo de US$ 5.000. A segunda segue

mcnte favoravel ao banqueiro.

Assim, na vida pratica, nas cienciaj

agucar baixara ou aumentara de 100

economicas e sociais, como nas ciencias

as linhas da apolice tipica de despesas cirurgicas e hospitalares. Oferece o

beneficio de uma d'aria hospitalar com

reis, por exemplo, que e a menor fragio fisicas e naturais a aplicagao do calculo divisionaria da moeda.

limites especificos para o montante da

das probabilidades e cada vez mais

diaria e sua duragao maxima; uma multiplicidade de despesas hospitalares;

Entre as varias coisas que possam ampla e mais fecunda. Essa aplicagao ter influido nessa semana sobre a alta

nao depende da ignorancia das causas

e um esquema cirurgico.

dos fates a que sac aplicaveis, mas sim da pequencz e complexidade dessas

do quilograma de agucar, uma foi sem duvida a alta dos pregos da tonelada de agucar na usina, Portanto nao causas; e a proporgao que os meios de observagao nos permitem penetrar podemos direr que essa variagao influe mais a fundo na natureza e conhecer ou nao influe sobre o prego do varejo, mais de perto aqueles fenomenos nem mas Sim que ha uma probabilidade x

Poderao ser incluidos, por cndosso Ou aditivo-padrao, os beneficios por

honoiarios medicos ou de enfermagem.

De fato, a unica coisa que as distingue dos contratos tipicos de seguros hospi talares e cirurgicos e a presenga de um

por isso deixarao de ser validas as leis

determinavel pela observagao de que descobertas com as recursos do calculo ela vcnha a influir.

montante deduzivel.

das probabilidades, porque, pelo menos Lembraremos por fim, mais a titulo na nos >3 escala normal de observagao de curiosidade, a aplicagao do calculo — aproximadamente a mesma para das probabilidades no jogo — ponto todos os^ homens — aqueles efeitos alias por onde ele comegou.

Ha certos jogos populates em que

A apolice

tipica dcsta categoria garante indeni-

que a esperanga do jogador.

por atacado o prceo do quilograma de

dos E.U.A.

Estao sendo oferecidas, atualmente.

Institute de Resseguros do Brasil.

Na pratica, a franquia deduzivel tanto pode ser parte integral da apo lice como pode constituir um aditivo-

globais sao os unicos capazes de screm percebldos diretamente, e por isso os

parte daquele que bailca — de descar- carater subjetivo necessario a todo conhecimento cientifico.

Se, de um certo modo generalizado, examtnarraos a historia do seguro de despesas hospitalares nos liltimos poucos anos, dois ou tres pontos se

apresentam com certo destaque.

O

mais importante destes, e, provavelmente, o da experiencia com sinistros.

Os premios do seguro de despesas hospitalares aumentaram consideravelmente nos ultimos dez anos.

Tem

havido

dos

uma

constante

corrida

premios atras dos sinistros e muitas companhias atestarao a dolorosa expe riencia de que nesta corrida os premios

sempre perdem, os excedentes sofrendo de acordo.

As razoes deste fenomeno sac muito

bem conhecidas e por isto me limitarei a toca-las apenas de leve. Duas sao suas causas principals. Uma e a evolugao da terapeutica e a outra e a continua ascengao da economia americana .

padrao a uma apolice sem franquia.

As duas causas se conjugam, eviden-

Algumas das observagoes que se

temente, mas as mudangas nos metodos terapeuticos sao as mais importantes-

seguem referem-se a qualquec dos dois tipos, mas como a companhia onde

existe 0 habito — alias intuitive — por conhedmentos assim obtidos, tern o

Experiencia de sinistros

sirvo emite as do segundo tipo, a

A hospitalizagao 6 hoje muito mai% frequente do que era. Mesmo des-

maioria se refere. em princlpio, a estas.

prezada a curva inflacionaria, a hospi-

N» 59 - OirrUBRO DE 1956 PEVISTA DO I. R. B.

1


i3I

taliza;ao e hoje mais dispendiosa. Muitas doen^as antigament« tratadas em casa sao agora tratadas nos hos

pitals. Nao se dispoem de dados scguros, mas estimo que .a taxa de hosp;-

132

talares com franquia deduzivel e um recurso forgado que vale, apenas, como tentativa de manter o sinistro/premio

i33

134

que o segurado puder suportar. locum-

dc US$ 6,80. Se, entretanto, o bene

be a todos OS scguradores excrcer essa

ficio for trocado por outro dc noventa dias. porem comegando com o 2.® dia

nos limites de uma tarifa mais ra-

fungao protetora no melhcr possivel.

zoavel.

Se o desejarmos fazer no campo do '

talizacao entre pessoas seguradas tenha

' 5

e nao com o I.", o custo anual sera de

Creio, que num certo sentido, isto aumentado em 25 % nos ultimos dez seja verdade. verdade que foi a

seguro de hospitaliza?ao, as apolices com franquia deduzivel sao virtualmen-

anos\

te uma necessidade.

custara apenas US$ 3.80. ou sejam

• Pensemos um instante no beneficio

44 % de redugao.

necessidade premente que nos apre-

apenas US$ 6,03, ou seja uma redugao de 13 %.

Se se iniciar no 6."' di3,

Novas tecnicas de diagnostico e de sentou o problema. Num sentido mais terapeutica foram desenvolvidas que, amplo. porem, o seguro de despesas embora reduzam a duragao da doenca hospitaiares com franquia deduzivel

das diarias hospitaiares que se inicia

tencia que temos visto nos ultimos anos

com o primeiro dia do internamento e

e a interna^ao, freqiientemente aumen-

nao e medida de recurso extremo.

Perdura durante 90 dias, no maximo.

tam o scu custo. E nao e apenas isto;

pelo contrario. um passo positive que pode ser de grande alcance para aperfei^oar nosso negocio em todos os

contra os preinios crescentes de seguro hospitalar, certamente redugoes como as

£ o beneficio comum.

que apontamos serao benvindas.

sentidos.

Tal beneficio cobrira integralmcnte

OS medicos estao usando o hospital em

escala muito maior para fins de diag nostico, quer para pacientes internados ou nao. A escolha entre a base de «paciente interno» ou «paciente exter-

Uma das criticas mais severas (mais

Muitas com-

panhias oferecem justamente isto. ou

slgo muito parecido, em suas apolices. cerca de 99 cases entre 100 hospita-

no», naturalmente, depende freqiiente severas por serem verdadeiras") e'a mente dos termos do contrato de se- inadequa^ao dos beneficios — e o fato

liza^oes. E, assim sendo. e isto um l^eneficio adequado ? Muitos dirao

ciente da conta mcdica. Criticam-no.s

dizer daquele caso unico nao coberto

por diarias inadequadas. por uma mul-

cbmpletamente ?

guro hospitalar que o paciente possui. de nao se cobrir uma propor<;ao sufiNossa culpa

tiplicidade de despesas que sao por demais e por esquemas ciriirgicos Grande parte do aumento de despcso que naobaixas cobrcm suficientcmente a couta

e culpa nossa.

Melhorando os en-

«Sim», sem hesitagao. Mas o que Um beneficio de noventa dias e con-

fbrto precario para qucm tem que Passar duzentos ou trezentos dias em

Com toda a resis-

Numcros semelhantes se aplicam ao beneficio de despesas diversas. Muitas

conipanhias concedem-no a partir do primeiro dolar de despesa c pagam um

maximo de. digamos. US$ 100,00., Para um homem com 40 anos. tal bene ficio custa anualmente cerca de US$

4.31.

Se o segurado se dispuser a

arcar com os primeiros 50 dolares.

poderemos conceder um maximo de

mais de US$ 2.000.00 sem majorar o custo. Ou. alternativamente. se o se gurado arcar com os primeiros US$

do c rurgiao. Para o caso particular (distinto do caso da na^ao como uni todo), o seguro de despesas hospita iares com franquia deduzivel c um me-

Uni hospital. Porem se retirarmos um so dia do inicio do beneficio — fa-

O fato em si e que o seguro de des O resultado e o de que as form as' pesas hospitaiares com franquia dedu usuais de seguro hospitalar estao mos- zivel nos permitica dar maior protegao trando todos os sinais de se estarem contra as despesas medicas, sem au-

'ura de mais de duzentos dias em lugar

Um beneficio de US$ 200,00 em ex-

dc noventa dias. Se retirarmos os

cesso de US$ 50,00, custara apenas

cargos de hospitaliza^ao, encorajamos nossos segurados a se hospitalizarem

com mais freqiiencia. Assim deve ser, naturalmente. mas isto complica nossa posi^ao financeira.

inacessiyeis. E. o que e pior, a pressao

^do positive para curar estas critica.-3.

mentar o scu custo.

do publico tern sido muito forte na A funeao do seguro, — qualquer tipo direslo de mudan?as nas coberturas — de seguro — e a de dar protecao exigindo beneficios tais como tratamento diagnostico c terapia externa — contra nscos que o segurado e incapaz que elevarao ainda mais nossos cn- de enfrentar por seus proprios recursos. cargos. Iniludivelmente. o seguro sera tanto Com este ^backgrounds, poder-se-la melhor. quanto mais ele cobrir os pensar que o seguro de despesas hospi- nscos que o segurado menos puder arcar. Sera inferior se cobrir os riscos i

50.00, poderemos conceder um bene

2endo-o comegar com o 2." dia dc interJ^amento em lugar do 1.'' — poderemos.

apenas. US$ 1.68, ou scjam 61 % de'

PUq mfesmo prego, conceder uma cober-

redugao sobre o custo de US$ 4,31. '

cinco pi;imeiros dias, poderemos con

ceder cobertura por mais de dois anos. ^ isto nao sera um melhor servigo dc Protegao ao segurado contra despesas insuportaveis para ele do que a cobcrtura dos primeiros dias ?

ficio pelos cem dolares seguintes por.

US$ 2,17. ou sej-a somcnte a metade' do custo do beneficio atual de no ma ximo US$ 100,00.

Isto sao numeros impressionantes. Se retirarmos da cobertura os cinco

primeiros dias da estadia no hospital,

Ou, alternativamente. olhando o caso

poderemos escolher entre uma redugao

por outro lado. Para um homem com

do custo em mais de 40 % ou aumentac

cerca de 40 anos. o custo anual para

0 periodo do beneficio por oito vezes

"m beneficio de noventa dias a partir a sua duragao atual, ou, ainda, fazer do primeiro, a razao de US$ 10,00 per uma outra combinagao entre redugao dia de diaria hospitalar. e de cerca no prego e aumento do prazo. Se'

99 - OUTUBRO DE 1956

REVISTA DO I. R. B,


135

136

excluirmos os primeiros US$ 50,00 das

neas e US$ 200,00 de despesas cirurgicas. Aplicando-se-lhe uma franquia deduzivel de L1S$ 50,00, os mesmos 120 dolares cobrirao diarias de US$

despesas, podercnios ou reduzir ein mais de 50 % 0 seu custo ou conceder

uma cobertura vinte vezes maior pelo mesmo custo.

Noutras palavras, tao

logo sairmos da area das despesas que 10,00, US$ 150,00 de despesas e IIS$ 200.00 de despesas cirurgicas.

Com

o segurado pode suportar diretamente a ^rea do dolar-— poderemos aumeiitar substancialmente. o montante

US$ 12,00 de diarias, US$ 300,00 de

da prote^ao oferecida sem aumentar

despesas e US$ 200,00 de despesas

nossos custos e premios.

cirurgicas.

Havera ar-

gumento melhor em favor da apolice com franquia deduzivel ?

uma franquia de US$ 100,00, teremos

Foram considera^oes assim que levaram a sLincoln NationaI» a consi-

Propositadamente dtei dadds" quer derar seriamente o case das apolices para a redugao de premio, quer para a de despesas hospitalares com franquia ampliagao do beneficio. A apolice de deduziveis, apresentando-as ao publico

despesas hospitalares atualmente ofere em Janeiro deste ano. Houve, naturalcida no mercado se apresenta com duas mente, dificuldades na elabofa?ao da deficiencias principals: beneficios es-. apolice, e algumas delas podem ser de

cassos e premios elevados. Pela expe-

rienda de minha companhia, o premio anual para apolice familiar de despesas

interesse.

A apolice em si apresentou poucos hospitalares e de cerca de IIS$ 120,00, probleraas. Como ja mencionei, a precusto esse concordante com o de senga da cond gao da franquia dedu outras companhias as quais consultei. zivel e praticamente a maior diferen^a entre as formas deduziveis e nao dedu

Em troca de ideias com os agentes, ziveis. No nosso caso, porem. fize-

cheguei a conclusao de que a familia mos duas outras alteragoes na apolice.

americana media tende a comprar se-

A primeira foi a eliminagao do periodo

guros hospitalares de ate US$ 120 00 de prova?ao de seis meses para os por ano (US$ 10.00 por mes), indife- varios procedimentos cirurgicos semi-

rente ao fato de o beneficio adquirido eletivos, tais como apendicectomia, ser adequado ou nao. Se isto e ver- ablagao das amidalas, redu?ao de her

dade, cabe-nos melhorar nosso servi^o nias, etc. habitualmente citados nas ao publico. oferecendo uma cobertura apohces. Temos a sensa?ao de que adequada ao pre^o de cerca de US$ com uma franquia deduzivel e com uma 10,00 ao mes. cuidadosa aceitagao a anti-sele?ao que Usando, ainda aqui. como exemplo eraana desses riscos podera ser reduas coberturas concedidas pela minha zida a propor?6es controlaveis. companhia, urn premio de US$ 120,00 A outra altera^ao importante foi a ao ano concede a uma famil'a de quatro ehminagao, da cobertura, dos internapessoas nas idades mais baixas os bene mentos para partos sem complica?ao. ficios de diarias hospitalares de US$ 7,00,,US$ 70,00 de despesas miscela- Isto, na verdade, foi feito a titulo de expenencia, Todos n6s reconhecemos

137

13S

que uma gravidez normal nao e risco

lares, respondendo integralmente pelas

•i

seguravel.

Assim sendo, varias das

atuais coberturas amplas de despesas medicas (inclusive a nossa) nao pagam

beneficios por uma maternidade normal, pagando, porem, o beneficio integral — sem qualquer limita^ao especial — nas compHca^oes incidentes nas gesta^oes.

Tive oportunidade de discutir esta condi^iio particular com alguns de nossos

cirurgicas e outras.

Acreditamos que

sc pouparao premios e despesas de administra?ao (especialmente nas li-

quida^oes de sinistros) se a franquia for aplicada a indenizaqao global. De qualquer forma acho que deve . assistir a companhia o direito de atribuir a franquia a garantia que mais Ihe interessar, mesmo para evitar dificul

agentes. fistes, quase unanimemente, expressaram a opiniao de que terao

dades que podem ocorrcr quando parte

muito menos dificuldades em colocar

medicos, ou a ambos.

tais apolices do que pode a primeira vista parecer.

do beneficio se destina a hospitals ou

O montante" da franquia usada em uma -apolice e necessariamente um

A aplicagao da franquia deduzivel apresenta varias altcrnativas.

Uma e

acordo. Ha que lembrar que cerca de 60 % do ramo e vendido a pessoas

a de exprimir a franquia em termos de tempo em lugar de dolares. Esta tera a desvantagem obvia de ser indefinida

com menos de 40 anos e compreendidas

quanto ao montante. Outra alternativa

prador medio, como podemos designa-

seria a de variar o montante da fran

lo, raramente dispoe de reservas apreciaveis em dinheiro para enfrentar a

quia em fun^ao do montante da apolice, ®xpcimindo-a como urn multiple da

^iacia hospitalar.

nas faixas de renda media e pequcna — i. e. familias jovens. £ste com

eventualidade de doen^as.

fiste metodo tern

Nesses casos, pelo contrario, depen-

certas vantagens do ponto-de-vista da

dera ou de saques sobre sua receita

simplicidade administrativa, alem de

corrente ou de limitadas quotas de cre-

que, nao sera desarrazoado se conside-

dito que possa ter prontamente a dis-

rarmos que os compradores das apo

posi^ao. Creio que este comprador medio tende a subestimar sua capacidade para enfrentar despesas medicas.

hces maiorcs, em geral, poderao, com uiais facilidade, arcar com franquias uiaiorcs do que os tomadores de apo

porem, por outro lado, seria dificil

hces menores. A terceira alternativa, colocar apolices com franquias mais

que foi a escolhida pela «Linco]n», e a

de exprimir a franquia em um montante f'xo em dolares, indiferente ao valor da apolice. Em qualquer caso, resta escolher "Entre duas solugoes: a franquia se

elevadas do que o montante que o comprador pensa poder suportar. Tendo em mente este aspecto e depois de algumas experiencias com niveis de

premios, elegemos para as nossas fran

quias OS valores de US$ 50,00 e US$

uplica a um beneficio em particular ou 3 indeniza^ao global. Cheguei a ver

acordos entre redugao maxima de pre

pelo menos duas apolices que aplicavam

mio e solicitagao financeira minima

100,00 como representando os melhores

a franquia apenas as despesas hospita- sobre o segurado em caso de sinistro

N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.


139

O[erecemos

HO

de experiencia com apolices sem fran

A nossa apolice sem franquia oferecia quia, tera grande facilidade para estium beneficio de despesas — diversas

mar os valores das varias apolices com

de 10 vezes a diaria hospitalar, com o franquia. Aigumas precaugoes sao montante integral pagavel apenas nos

necessarias ao se fazer uma investiga-

casos de o segurado ter side hospitali- ?ao dessa especie. zado per mais de cinco dias. DesejaA forma da franquia a ser considevamds^aumentar bte beneficio e tam- rada fara alguma diferen^a nos inebem tdrnar devido o beneficio inde- todos usados. Se se desejar usar um pendente da duragao da hospitaliza^ao. montante, fixo em dolares, aplicavel a

Nao sentimos necessidade de qualquer aumento no beneficio de 120 diarias

hospitalares, nem desejavamos alterar

o beneficio de despesas cirurgieas. Passamos, entao, a oferecer as despesas-diversas aumentadas para 15 vezes a diaria hospitalar. com a franquia de US$ 50.00, ou para 25 vezes a diaria hospitalar, com a franquia de US$ 100.00. Em ambos os casos-o beneficio conta desde o primeiro dia

142

HI

indeniza^ao global, o montante da re-

Paff.amentos reduzidos

das apolices com franquia.

Ao con-

trario, ja se anuncia um aumento.

Tal exame da experiencia com indenizaqoes sera um metodo rapido e razoavelmente seguro para determinar o montante da redugao do premio que

podera ser concedido na' apolice com franquia. Estou certo de que se uma companhia fizer tal exame, sentira

O premio medio da apolice com franquia e US$ 5,00 mais baixo do que

o da apolice sem franquia quando vendida na base de «familia» e US$ 8,00

mais caro quando vendida na base in dividual, apresentando, no conjunto. uma elevaqao de US$ 2,00.

agradavel surpresa com a intensidade da redu^ao, nao so no pagamento total

Uma das razoes para este fato esta

de sinistros, como tambem no numero

em que elevamos a idade maxima de

nadas separadamente.

total de sinistros pagaveis.

aceitaqao de 58 pata 75 anos e o&

Por exempio, uma franquia de US$ 50,00 permitira uma redu^ao no premio

Como ja mcncionei, a «Lincoln Na- ^arem a eievaqao do premio medio. tional» introduziu a apolice com fran 'Verificamos tambem que mesmo o pre quia em Janeiro de 1955. Nossa ex mio medio das idades mais baixas periencia c, pois, limitada. Todavia, aumenta ligeiramente ja que os segu-

dugao do premio dependera do vulto da apolice e as apolices de diferentes

valores segurados terao que ser exami-

muito raaior numa apolice de U"S$ 5,"00

de diaria, hospitalar. do que numa de US$ 15,00.

premios das idades mais elevadas fot-

cstamos muito satisfeitos com os resul-

Outra precaugao e .3 questao da idade. O premio para uma apolice O compute dos premios foi o nosso

rados compram consideravelmente mais

tados obtidos ate a presente data. Ao

apolices com franquia.

a idade do que uma apolice sem fran quia. Atendendo a experiencia, ter-

operaqoes — 45 % de nossas vendas

de hospitalizagao.

problema mais dificil na elaborasao desta apolice. Como tinhamos apenas pouco mais de um ano de experiencia

com franquia variara muito mais com

com a nossa apolice sem franquia, se-a que usar grupamentos por idades estavamos impedidos de usar dados em maior niimero do que e usual no nossos para determinar a redugao de caso das apolices sem franquia. Note-

se, todavia. que se os coeficientes de siqueriamos oferecer. Desenvolvemos, nistros/premios forem satisfatorios nas

premio para o beneficio especifico que

Porisso. fun?6es atuariais teoricas e apolices sem franquia. sera sufic'iente aigumas vezes arbitrarias para o calculo exammar a experiencia das indeniza-

fim de setembro

apos oito meses de

de seguros hospitalares incidiam sobre a apolice com franquia.

Sabcmos ainda que nao aproveita-

mos, ate agora, todas as vantagens de agenciamento que uma apolice com franquia oferece. Estas apolices com

Tudo indica que esta apolice, a par

franquia represcntarao apenas metade

com as de cobertura mais amplas das

dos pcdidos de indeniza^ao que se cri-

despesas medicas, que foram apresen-

glnariam pela apolice sem franquia. Isto poupara ao agente uma boa parte

tadas ao mesmo tempo, tenham tambem estimulado as vendas das que cobrem a pecda de tempo (incapacidade tem-

do tempo gasto com a assistencia a

Coes para chegar a uma conclusao sobre OS efeitos da franquia.

Se se pretender aumentar quaisqucr dcmos ver, elas nao s6 retratam fiel- beneficios. por exempio, o das despesas-

pocaria), pois tanto estas como aquelas

atividadcs de coloca^ao.

do premio bruto. Tivemos. depois

disso, opcrtunidade de verificar parcialmente essas fungoes e ate onde ia po-

mente as custas hospitalares como, diversas, sera necessario basear os

tambem, deixam uma ligeira margem. dados sobre a verdadeira despesa havida e nao sobre o montante das indeEmbora nao possa falar com rigor nizacoes pagas, ja que o montante sobrc este ponto. parece-me que uma companhia com um fundo substancial pago sera freqiientemente menor que a despesa real.

se apresentam aumentadas em cerca de

30 % s6bre a produqao de 1954. Nosso corpo de corretores se mostram entusiasmados, e, embora nao se

tenham dado conta ainda, nao sofreram queda de comissoes auferidas, nao obstante o$ premios mais acessiveis

sinistros, tempo que Ihe sobrara para Ate o memento pagamos apenas 26

sinistros por tal apolice. 6stes tiveram indenizagoes desde US$ 4,34 ate mais

de US$ 500,00; sua media foi de US$ 154,00, ou seja o dobro da habitual nas

apolices sem franquia. fi interessante, tambem, notar que nao encontramos

99 - OUTpBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.


143

quaisquer malentendidos ou queixas quanto a aplicabilidade e o funcionamento da franquia dedurivel.

Nao emitimos apolices identicas, com franquia e sem franquia. Umas poucas verifica?6es em apolices com

SEGURO DA INDOSTRIA ATOMICA

Vendemos mais apolices na base de franquia de beneficios comparaveis aos «familia» do que no caso das apoJices das ap6lices sem franquia, indicou que. sem franquia: 58% contra 51%. nas idades inidais, a taxa para homens.

Como era de esperar, a franquia de com franquia de US$ 50,00. e 19 % US$ 50.00 torna-se mais popular quc mais barata; para mulheres, 15 %. No a de US$ 100.00: 66 % contra 34 %. piano da franquia de US$ 100,00, os Mesmo depois de um ajuste para as premios sao mais vantajosos em 30 %. diferen^as nas idades de aceitagao. as Comparando-se com os de apolices

apolices com franquia mostrara uma sem franquia, que emitimos, uma fa, distribuicao por idades mais avangadas. milia jovem de quatro membros que

Todavia, as idades abaixo de 40 anos adquirir diarias de US$ 10,00 e US$ ainda representam o grosso do nego- 200.00 de despesas cirurgicas, poupaia cio, formando com cerca de 50 %. US$ 45,00 por ano se'optar pela fran

(continuagao) Ambrose B. Kelly Do Consclho Cera! da Associated Factory Mutual Fire Insurance Companies Providence, E.Ll.A.

Definigao de «logo»

£ste problema, muito obviamente, in volve a discussao da natureza do fogo

nos dois pontos-de-vistas, o tecnico e o

legal.

Comecemos pelos cientificos:

O NFPA-Handbook of Fire Protect

uma zeagao quimica e uma desintegra-

9ao molecular.

«Fogo pode ser definido como uma

A tcoria de que a combustao ordi-

rapida oxida?ao com desprendimento

naria e a fissao nuclear sao intimamente

OS tomadores das apolices com franquia de US$ 50,00 tem a renda anua] media de US$ 5 000,00. Os tomadores da apohce de franquia de US$ 100 00

comprar a de US$ 100,00. Em ambas os casos obtera beneficios de nive! mais elevado a premios menores.

sentido mais amplo, inclui, nao apenas o processo de combustao quimica com

Estas sao as economies de premios

oxidacao, e sim, tambem, a combustao

auferem. em media. US$ 7.200,00 per

que representam a diferen^a entre pro-

com 0 cloro e varlas outras substancias. A combustao pode ocorrer em atmos-

nos permitira dar uma prote^ao ade-

indicar

bustao»,.diz:

Testando o negocio, verificamos que

todas as apolices sao vendidas a pes-

Essas defini^oes parecem

unja distinsao entre «fogo» e uma rea^ao atomica, ja que ambas requerem

ion, sob a rubrica «Principios de com-

quia de US$ 50.00, e US$ 60,00 se

ano. Constatamos ainda que 42 % de tegao adcquada e inadequada — e quc

146

145

144

de luz e calor.

A combustao, em seu

fera de cloro como em oxidagao, porem,

aparentadas encontrou apoio no Relatorio Smyth. Ja no preambulo desse rclatorio, ao discutir a equaqao basica de Einstein para a transformaqao de

mass-i em energia, diz o Dr. Smyth; «0 numero extreme desse numero de conversao foi interessante sob mul-

para fins mais praticos, o engenheiro .tiplos aspectos.

Em primeiro lugat,

soas com renda anual de ate US$ quada contra as custas de assisten -.ia

de prote(;ao se pteocupa, apenas, com

ficou esclarecido porque a equivalencia

4.000,00 e 69% a segurados com medica per um pre?o acesslvel ao t?renda de ate US$ 6.000,00 por ano. mador medic. Por isto, insisfo em

combustao e oxida?ao.» (2)

de massa e energia nunca tinha side

37% das apolices sac vendidas a se- que todas as companhias considerem gurados que podemos chamar de «auto. seriaraente o caso das apolices de des empregadores., ou sejam ocupa^oes de pesas hospitalarcs com franquia deJu-

ccolarinhobranco.. O grupo ocupacional seguinte, com 23 % das vendas,

zivel.

Tiremos de nossas apolices o aspecto

sac OS «coIarinhos brancos^ assalaria- de «troca de d6]ares» e, em troca, vendos. Orestante do negocio sedistribui damos prote?ao de seguro. equitativamente entre as classes de Traduzido de «Best's Insurance ccolarinhos azuis^ assalariados e indeNews, Vol. 56. n.o 8. dezembro de pendentes. 1955. por Frederico Rossner.

observada na combustao quimica ordi-

Outra definiqao e a seguinte:

«Em linguagcm simples, fogo e uma

luz visivel emitida pela reasao causada pela aplicagao de calor a uma .substancia ou a um elemento, com o quc a

sua estrutura molecular e for^ada a se

naria. Agora acreditamos que o calor libertado em tal combustao, em si, traz associada a massa, mas csta massa e

tao pequena que nao pode ser constatada pelas balan^as mais sensivcis

de que se dispoe. (6 da ordem de

desintegrar cm atomos liberando calor e um bilionesimo de gramo por mo-

energia.s (3)

leculas. (4)

(2) Pag, 57. Cap. 5. NFPA-Handbook — I0» edigSo.

„„

A mesma tecla foi batida na Decla-

ra^ao de 12 de agosto de 1945, do

(3) Comburology. Fire Prevention & Pro tection Fundamentals, por G. E., Etrecner. Editor: The Spectator — pag. 24, Cap. 4. 1953.

(4) Atomic Energy for Military Purposes, por Henry D. Smyth — pag, 2, § 1.5.

N» 99 - OUTUBRO DE 195C REVISTA DO I. R. B.


H7

Britisii Information Service, bnde consta:

«Neste ponto e conveniente consi-

mento do atomo de uranio e causado por forfas no inferior do nucleo do atomo, forcas enormemente mais fortes

derar a forma dcsta reserve de energia do que as forgas quimicas entre

nos nucleos dos atomos. Ja em 1905, atomos.» Einstein demonstrou que, de acordo De que este conceito de uma similacom a Teoria da Relatividade, nao ha ridade basica entre umu reagao de diferensa essencia]^ entre massa e energia, -e sim que t6da energia tern cadeia nuclear e o fogo esta sendo massa e toda ipassa representa energia. amplamente aceito e indicado pelo use For muitos anos a prova de que da expressao «fogo nuclear em forno energia e massa eram equivalentes atomico» que se ve em artigos sobre dependeu de fatos indiretos. embora este assunto. For exempio, em uma conclusivos.

■ dessa de comprovac§o imediata esta no falta tamanho extreme da re agao entre massa e energia. Por

exempio: a massa de uma on^a (cerca

sene de artigos recentemente divulgacJos pelo U. S. Journal of Commerce,

vimos o seguinte paragrafo:

•stForga atomica, em breves palavras, nao e algo parecido com eletricidade,

® cm ), transformada inteiramente mas como forga de carvao ou forga^ em energia calorifica. seriu suficiente •de oleo. O, atomo e, pois, um combuspara converter quase um miJhao de tivel que pode ser empregado para

foneladas de agua em vapor. produzir eletricidade. 6 per isto que O dhmero fantastico da conversao uma reagao controlada de cadeia de massa em energia porque nunca nuclear ja foi descrita como um «fogo antes se observara perda de massa nos nuclear^ em uma «fornalha at6mica» processes quimicos ordinarios; o calor

ou^ reafor, em que «combustiveis»

hberado nas combustoes possui. assim atomicos (materials fissionaveis) sao acreditamos. u'a massa associada a ele, «queimados» (fissionados) para pro mas o vulto desta e fao pequeno que duzir calor para fins uteis.» nao pode set verificado pela balanca ^ E mesmo muito comum, na literatura mais sensivel.» tecnica. falar-se das «cinzas» (aparas) Maior esperan^a existe na Decla- e da queima de combustive] atomico no ra?ao Canadense. de 13 de agosto de reator. Em toda a literatura e ponto . a qual contem o seguinte para- pacifico que o reator e o equivalcnte grafo: ^ da fornalha na usina termo-eletrica «0 dilaceramento de u'a molecula comum, sendo nele queimado um com-

_ explosive e um processo quimico bustivel. num- fogo atomico, para pro_ um dos muitos processes que nos ao familiares, qual o enferrujar do duzir calor. ferro e o queimar do carvao.

Estes processes sac provocados pelas

for?as enfre atomos, as cham,:adas forcas quimicas. For outro lado, o dilacera

149

150

juridico da palavra nao difere do ver-

drao, fica a' Companhia de Seguros impossibilitada de negar sua responsabilidade por danos devidos a fogo, exceto quando o dano se enquadrar nas exclusoes ja previstas na apolice.

HS

nacu!o»'.

Em apoio de sua afirmagao, Black faz as seguintes citagoes legais: «A palavra «fogo», tal como usada nas apolices de seguro, nao tern o sig nificado tecnico derivado.da analise de

sua natureza, mas sim, mais o sentido

popular, sendo antes um efeito do que um principio elementar, no que vem a ser o efeito da combustao, equivalente

h ignigao ou a queima, porem calor nao e fogo, rauito embora «fogo» possa causar danos por calor.» (5)

«0 sentido ordinario da palavra, tal como usado nas apolices de seguros, inciui a ideia

de calor e luz visi-

veis.» (6) No case de o publico aceitar a ideia de um fogo atomico, usando, como combustivel, um material fissionavel e

produzindo calor em um reator, podemos perfeitamente ser defrontados com

uma reclamagao de segurado sofa a alegagao de que o processo de fissao

nuclear em um reator foi um «fogo» e de que os danos, que sofreram os

bens segurados quando o reator fugiu aos controles, foram danos devidos a

um «fogo hostil».

A apolice-padrao de seguro contra fogo, exigida pelos regulamentos de mais de 25 Estados da Uniao e usada

em todos exige da Companhia fazer

de Black, declara-se: «0 significado

minagao radio-ativa que se da quando a reagao nuclear foge aos seus con troles.

Ha, realmente uma exclusao

dos danos causados por «ataque inimigo por forgas armadas, inclusive agao

tomada por forga militar. naval ou aerea, na resi'stencia a ataque atual ou iminentcs.

Esta exclusao permitiria ao segurador negar responsabilidade no caso de um ataque inimigo com bombas atomi-

nas ou de hidrogenio. Nao se aplicaria, porem, a um acldente em reator atomi-

mo. que de modo algum se prenda a ataque inimigo.

Opinioes de peritos Numa agao judiciaria sobre este ponto seria soiicitada a opiniao de peritos. For isso consultamos, em tese, um certo numero de peritos.

Foram unanimes em acreditar que havia uma distingao valida entre

«fogo», no sentido atual do termo, e uma reagao atomica. Ougamo-los em suas proprias palavras.

o seguro contra «todos os danos direta-

Tres membros da faculdade do Insti

mente devidos a fogo». Nao ha, na apolice, definigao alguraa do termo

tute de Tecnologia de Massachusetts

«fogo» e, tratando-se de ap6lice-pa-

O significado legal

O termo «fogo» nao tern significado legal reconhecido. No Law Dictionary,

Nas linhas 11-14 declaram-se algumas exclusoes, porem nenhuma delas e aplicavel a reagao nuclear ou a conta-

(5) V. «Lavitt vs. Hartford County Mu tual Fire Ins. Co.» — 105 Conn. 729, 136-A,

declararam, respectivamente:

«No meu modo de pensar, «fogo» e a combinagao com oxigenio, embora alguns quimicos queiram citar outras

572.

reagbes como exempios de combustao

(6) V. «Security £) Ins. Co. of New Havea vs. Choctaw Coal 6 Oil Co.» — 149

generalizada. Nao se da combinagao

Okla. 140 299P 882-884.

quimica nas reagSes nucleares. e, assim.

N» 99 _ 0UTU5BD DE 1956 REVISTA DO I. B. B.


154 151

152

eu nao as classificaria, como «fogo».

Combustao, normalmente falando, e

(Professor Robley D. Evens, Depar-

uma reagao quimica, enquanto que a

tamento de Fisica).

«Nao creio que o processo de fissao

fissao nuclear envolve reagao nuclear. «Em todas as rea^oes quimicas, os

nudear, de proprio, possa ser dassificado como fogo. Creio que o termo

truidos. Quando uranio queima ao ar,

atomos sao rearrumados mas nao des-

«fogp», no sentido legal, deva envolver. OS atomos de uranio no metal sao cona reagao de um material com Oxigenio vertidos em atomos de uranio ligados

para pfoduzir a comljustao, acompa- com Oxigenio para produzir oxido de nhada pela emissao de luz visivel.

uranio e, na fissao nuclear o uranio

Nesta definicao do termo, embora a

sera literalmente destruido e nao re-

fissao nuclear possa produzir fogo, agrupado. Torna-se, pois, duvidoso se a fissao nuclear pode ser propriacomo sendo fogo.» (Deao George R. mente classificada como combustao. Harrison, Deao de Ciencias). «Quando dois peda^os adcquadamente dimensionados de material fissio«Caracterizar a fissao nuclear como navel, tal como o plutonio, sao vagaro«fogo» e completamente erroneo. ela propria nao podera ser considerada

^Vebster define «fogo» como o prin-

samente aproximados em uma atmos-

cip'o de combustSo que se manifesta fera de Helio, sera alcangado um p"6nto"

com luz e calor, especialmente chamas. .em que pode dar-se uma reagao nuclear

A fissao nuclear nao envolve combustao (rea;ao com Oxigenio) e, salvo em circunstancias anormais, nao produz

que se sustenta a si propria e a qual emitira calor, nao, porem, luz. Se a rea?ao for conduzida a uma taxa mais

chamas.» (Professor Manson Benedict, elevada, maior sera o calor emitido. Departamento de Engenharia Qui- juntamente com alguma luz (sendo a luz devida a efeitos da radia^ap nuclear mica). Para confirmar, darei a seguir a sobre o Helio). A taxas ainda mais altas de rea^ao. opiniao de um homem conhecedor da questao;

153

(Eu nao recomendaria esta opetaqao estes seriam extremamente raqueimarla de modo normal e conti- porque dioativos).^ (Mr, Dan F. Hayes. nuaria a queimar indiferente ao fato Chefe da Seqao de Seguranqa & Ptode ser a reaqao nuclear paralizada ou teqao contra incendio da CEA).

ate a sua temperatura de igniqao e ai

continuada.

Evidentemente estamos diante de duas reaqoes diferentes. Se os oxidos

de plutonio Eormados pela combustao

A reafao nuclear nao e fogo!... Essas opini5es, dadas por peritos de

forem adequadamente preparados, sera

nomeada, dao o mais forte apoio a tese

possivel dar inicio, novamente. a outra de que uma rcaqao nuclear nao e um reapao nuclear que se sustenta a si «fogo» c de que os danos resultantes propria 1 Parece. pois. evidente que a da mesma nao estao cobcrtos pela combustao e as reagoes nucleates per- apolice-padrao de seguro-incendio. tencem a clubes diferentes.

Diante dos yotos desscs peritos de

«No que ficou dito parece claro que que «fogo» e reaqao nuclear sao subs— a reaqao nuclear nao pode ser classi tancialmente diferentes, vamos proficada como fogo e que, ambos, o fogo curar na jurisprudencia como os juizes e a fissao, podem ocorter simultanea- interpretaram o termo «fogo» nos casos mente.

£ste foi o nosso raciocinio.

passados. Os casos se apresentam em

«As reaqoes nucleates podem emitil

maioria absolute exigindo que o «fogo»

seja estritamente configurado. Um dos a igniqao de substancias combustlveis compendios legais mais autorizados em

calor a uma taxa suficiente para causar

a distancias remotas, como e o caso

das bombas atomicas.

Mas, dizer-se

seguros comeqa por declarar:

«Dano por fogo significa o resul-

que o calor gerado pela reaqao nuclear tado da igniqao da propriedade segue um fogo e, obviamente, tao improprio

rada ou de alguma substancia proxima

as pe^as metalicas de plutonio serao

como dizer que o calor de um ferro a ela», e cita sete casos em seu apoio. eletrico ou de uma lampada infra- (V. Richards on Insurance, 5.® ediqao.

aquecidas ate a incandescencia e po-

verraelha e, em si, um fogo.

vol. 3, S. 504).

«Aqui na CEA surge uma sdie de derao mesmo fundir-se. A simples casos-limites em que se torna desejavel fundipao do plutonio nao provocara.

fusao, plutonio ou uranio, podem ser

exatamente um fogo, embora isto nao taxa de reagao nuclear. Se existirem a fara legal, necessariamente. Esco- condipoes fisicas apropriadas, e conce-

nados com Oxigenio, portanto atendendo a definiqao acima, e, no entanto,

unicamente por calor, sem chama ou

bivel mesmo que a reapao nuclear

ainda servirem para a fissao. A pri-

meira pilha de Chicago (1942) foi

casos. (V. ibidem).

continue ainda quando a evolugao de calor se fizer suficiente para a vola-

estabelecer uma definigao do que e necessariamente, nenhuma alteracao na

Ihemos a que diz; Fogo e uma com

bustao que se sustenta a si prdpria, acompanhada de calor, luz c, na maioria dos casos. de fuma^a.

Ora, uma rea^ao nuclear que se sustem a si prdpria, obviamente satisfaz

tais exigencias. exceto que nao tem necessidade de emitir, e frequentemente nao emite, nem luz, nem fuma^a.

«Ademais, para aumentar a con-

A mesma obra diz. tambem:

<i:Tambem

nao estao cobertos os

queimados completamente, i.e. combi- danos de qualquer extensao causados

constituida em grande parte por oxidos

sem braza», com referencia a cinco

A posiqao generalizada das Cortes foi hem sumariada em O Connor vs.

Helio for substituido pelo Oxigenio.

de uranio (que sao «cinzas» de um fogo comura). Tambem, podereis tomar algumas

pcrmanecendo todas as demais con-

das chamadas «cinzas» de plutonio ou

dipoes sem alteragao. seria alcangado

de uranio remanescentes de uma com-

um ponto em que o metal se aqueceria

pleta fissao e oxigeniza-las, produzindo

passagem da apolice «perdas ou danos

um fogo, com luz. calor e fumaqa.

diretamente causados por fogo» e leva

tiliza^ao do plutonio.

«Agora, se, no exemplo acima, o

Queen Ins. Co. (140 Wis. 388, 122 NW 1.038) com as seguintes palavras:

«A situaqao envolve a construqao da

N» 99 - OUTUBRO DE I9S6 REVISTA DO I. R. B.


155

157

158

das testemunhas no inquerito, nao produz «chama ou brasa».

uma rea^ao quimica de grande vio-

156

a coDsiderar do que seja «fogo. „a acep?ao da apoJice.

Nenhuma limi- «fog,o», tal como a palavra e usada e

ta?ao foi feita a paJavra «fogos pela

redacao da apolice, mas ja foi dito que OS «contratos de seguro devam ser

mterpretados de acordo com o sentido

conhecida pelo publico em geral. Fogo e sempre causado por combus tao. porem, combustao nem sempre causa fogo. A expressao «espontanea»

e significado dos termos usados pelas se refere a or.'gem da combustao; signipartes:-«. se estes forem daros e sem f'ca 0 desenvolvimento interno de calor ambiguidade, devem ser tornados e sem a acao de agente externo. Com entendidos em .seu sentido proprio, bustao, ou combustao espontanea pode simples e ordinario !» tornar-se tao rapida de modo a produzir fogo, mas, enquanto assim nao Isto se alinha com a distingao geral

iizer, a combustao nao pode ser consiestabelecida pela Corte eritre fogos rada fogo. «Fogo», no Century Dictio«am.gos» e «hostis», o que se ba~se^a no entendimento das Cortes da intengao naiy. e definido como scndo; «o calor das psHes p„a„do a apolice foi e„i- ou Juz visivel desenvolvidos pela agao

t'da. Vale a pena notar que esta e uma de uma alta temperatura sobre certos

das poucas ocasioes em que as Cortes corpos que. em conseqiiencia, sao-^eno^ admitmam uma possivcl ambiguidade minados inflamaveis ou cambustiveis». " em favor dos seguradores, ,a que sen- ■ No Webster s Dictionary, «fogo» e fram que. assim fazendo. estao executandq a inten?ao das partes. Combustao espontinea -^nrncteristico e o caso

definido como a «evolugao de luz e caJor na combustao de corpos». Nao sc pode achar defini?ao alguma de -fogo» que nao inclua a ideia de calor

ou luz visivel, e este e. tambem. o

Co. us. sentido popular dado a palavra. A decomposicao lenta de materia animal ou negada a recuperagao per apolice vegetal ao ar e causada por combustao de fogo por danos causados a la por T

Combustao e o que mantem o calor combustao espontanea com fumaga e animal nos corpos vivos; e o que causa

-si CC A, I.

Se o passudo serve de guia, os segu

«Ja que uma explosao e uma ideia

radores podem ter uma razoavel segu-

de grau, a significaqao da palavra, em

ran^a de que os danos devidos unicamente a reagao nuclear nao tern recupe-

por um qualquer padrao fixo de medida

ragao pela apolice-padrao de seguro contra fogo.

Lima situagao de algum modo scmeIhante e aprcsentada pela cobertura de cxplosao concedida atualmente por meio de endosso a apolice-padrao de seguro contra fogo.

Nao se trata de cobertura regulamentar e seria posslvel aos seguradores introduzir qualquer alteragao no texto que achassem necessaria, sem neccssi-

dadc de legisla^ao.

A cobertura e concedida para qual quer dano diretamente sofrido pela propriedade e causado per explosao e as exclusoes aplicaveis a cobertur.u de

explosao nao permitiriam negac a responsabilidade se a explosao for devida

qualquer caso, deve ser apurada nao cxata, mas sim pela experiencia comum

dos homens em assuntos dessa especie. A palavra deve ser entcndida no sen

tido popular tal como a compreende o comum dos homens.

«Explosao significa uma fratura ou quebra subita e vlolenta causada por uma forQa interna e acompanhada por uma expansao subita c violenta de ar e um ruldo agudo ou cstrondo.

Meus Senhores, dou-lhes varias de-

finigoes diferentes de «explosao». Diz o Webster's; «explosao e definida como sendo o ato de explodir: detcnagao; umu fratura ou expansao vio

lenta. com ruldo, em seguida a subita produqao de uma grande pressao, como e 0 caso de explosivos, ou um subito

Uma reapao c.t6mica descontrolada. ela propria, seria considerada uma

«Embora uma explosao possa ser causada por combustao, esta pode nao

explosao ?

ser a unica causa da ccorrencia.

vores. antes saudaveis, quando tom-

A resposta, indiscutlvelmente, dependera das circunstancias que cercarem

plosoes podem ocorrer por f6r?a da produ^ao, expansao e conseqiiente

ate reverterem a terra-mae.

o incidcnte. Tera que haver uma especie de ruptura ou quebra do reator

ignigao ou combustao.® (8)

e ainda combustao o que promove o aquecida a ponto de emitir apodrecimento' e fenecimento das ar-

rtH

caso em foco:

Temos, pois, uma segunda questao:

«edas; e o que faz o feno nas pilhas «Podc ser concebido que a la na e nos celeiros aquecer e decompor-seocasmo mencionada, ficou submeria e <^oncebido que

havido em ou acerca dessa la qualquer calor ou luz visivel.®

apresentada. As seguintes instrugoes dadas por urn juiz e raantidas cm grau de recurso se aproxima bastantc ao

cscapamento de pressao, como e o caso quando cstoura uma caldeiras.

It atingida por o aquecimento do trigo no silo c nas nnia enchente. Disse a Corte:

f

Pelo exposto, parece evidente, sem contradi^ao, de, em tempo algum, ter

lencia, a questao podera muito bem ser

badas e abandonadas pelos anos afora, Todavia, jamais alguem se referiu a tais processes como sendo «foqo, E por que ? Porque esse processo de oxidafao e tao lento que. nas palavras

a uma reagao atomica descontrolada.

ou do seu continente para que a questao tenha cabimento.

Ex-

pressao dc vapor, tanto quanto por As recentes decisoes das Cortes mostram uma tendencia para esticar a

O derretimento de urn tube de elcmento-combustivel, por si so. nao sera

definigao de «explosao®.

Uma exce-

suficiente, porem se for seguida de

Co- vs. Atlas Assuranee Co. 131 F (2d) 770.

Kt 99 _ OUTUBRO DE 1956 BEVISTA DO I. R. B.


159

lente discussao, citando os casos re-

160.

cuito, o qua], por sua vez, danificou seriamente um gerador e outras ma-

161

A seguinte citagao do

Nestas condigoes, temos que contar

Nao se pode deterrainar por anteci- quinas. A Corte, sustentando que todo o dano era devido a «fogo»,

parecer de Cardozo esclarece direta-

com 3 possibilidade de serem cobrados

mente o problema:

OS danos por contaminagao radioativa,

estatuiu: «quando se diz que, como

desde que um fogo ou explosao tenha

trolada, estarao, ou nao, cobertos pela causa, deve ser procurada a causa cobertura de explpsao atualmente con- direta ou proxima, nao se pretende que cedida,,, o que dependera das circuns- deva ser necessariamente escolhida

«0 caso resume-se, pois, ao seguinte:

o fogo tern que alcangar a coisa segu rada, ou vit a tal proximidadc dela que

sido a causa proxima, Talvez devamos considerar quao seria podera set tal

OS danos, diretos ou indiretos, venham

contaminagao,

aquela causa ou aquele agente que

a cair no ambito da probabilidade ra

centes, consta em 28 A. L. R. 2 d 997. pa^ao se danos a propriedade, causa-

dos por uma rea^ao nuclear descon-

tancias de-cada incidente.

Extensao de cobertura

estiver mais proximo, no tempo ou no espa^o, das conseqiiencias...

Resoivido um problema, surge outro: A causa primaria pode ser a causa Ocorrendo um fogo ou urna explosao proxima de um desastre, embora possa em uma usina de forga nuclear'fe se. em consequenda, o reator fugir aos

atuar atraves de instrumentos sucessi-

controles, as companhias de seguro de vos, tal como um objeto preso na bens materials ficarao responsaveis, extremidade de uma corrente, que pode sob a apolice-padrao de seguro contra ser movido por uma for^a aplicada a fogo e o endosso usual de extensao outra extremidade... de cobertura, pelos danos dai resulNo caso vertente, a eletricidade foi tantes que vierem a sofrer a usina uma das for^as naturais — um agente atomica e as propriedades vizinhus ?

passivo atuando segundo as leis na

fiste case esta bem mais equilibrado turais — cuja existencia era conhecida Esta estabelecido que. pela doutrina quando foram emitidas as apolices de da causa proxima. as companhias podem seguro... O fogo atuou atraves de ser responsabilizadas por danos mate

agentes disperses no edificio (a atmos-

rials ainda que nao tenha havido fogo fera, a maquinaria metalica, eletricidade

na propriedade segurada. Corte apos e outros) e atuou precisamente da macorte tern sustentado que «as palavras neira que os reus teriam que esperar «causa diretu» (9) ordinariamente sao que atuasse se tivessem entendido intesmonimos da expressao juridica de gralmente a situa^ao e as leis aplicaveis «causa pr6xima», uma regra aplicavel as condi^oes existentes, forgou as maa causas que envolvem a formapao de

apolices de seguro.» (10)

quinas e causou serios danos. Nao interveio nenhuma causa atuando de

A decisao mais conhecida talvez, e a di Suprema Corte de Justiga de

fonte independente.»

Massachusetts, na causa Linn Gas 6

t,lectr. Co. vs. Meridian Ins. Co. (11).

Probabilidade razoavel

A posigao dos seguradores em se em que um fogo causou um curto-drdefenderem contra tais demandas de indenizagao sera, sem duvida, baseada sadoss. *■■■ O" diretamente cauna regra da probabilidade razoavel

(H) 158 Mass. 570, 33 N. E. 690.

expressa pelo Juiz Cardozo na causa

de Bird vs. St. Paul Fire & Marine

Ins. Co. (12).

162

Houve recentemente uma perda (em

So entao sera ele a causa

1951) envolvendo uma capsula menor

proxima. porque so entao poderemos supor que tenha estado nas cogitagoes

do que uma polegada contend© 3.74

do contrato.

bario.

zoavel.

grama de sal de radium e sulfato de

Esta capsula ou quebrou, fra-

Em ultima analise, portanto, e lulgo

turou ou explodiu, resultando dai a

nos pensamentos dos homens, ou na

perda de seu conteiido e a contami

vontade das partes contratantes, e nao apenas nos liames fisicos de uniao entre

nagao do laboratorio e locals adjacentes, A usina foi fechada por longo

eventos, o que resolve, pelo menos

tempo enquanto se procedia a sua des-

para o jurista, esta questao de causa-

contaminagao.

gao.

Foi reclamada uma soma de muitos

Em tudo isto nada ha de .anomalo.

milhares de dolares por perdas ma-

Tudo na natureza, por sua vez, e

teciais e de luctos cessantes, sob o

causa e e efeito.

fundament© de que a perda era devida a uma explosao coberta pelo endosso

Para o fisico uma

coisa pode ser a causa, para o jurista outra. Mesmo para o jurista a mesma causa e altcrnadamente causa proxima e causa remota, conforme as partes tenham escolhido ve-la.»

Em outros casos as Cortes tern le-

vado a regra da causa proxima a extremos, como no caso em que foi dado recuperagao, pela apolice de segui-o

contra fogo, de danos causados por

de extensao de cobertura.

Noutro caso em que foi derrubada e quebrada uma capsula de vidro con tend© 40.3 miligrama de sulfato de radio, gastou-se tres meses de dificil trabalho para limpar o edificio ate os responsaveis pela seguranga do pessoal se darem por satisfeitos.

inundagao, em virtude de os emprega-

Exclusao especi/ica

dos terem tido ordem de evacuar o

Confrontados com prejuizos dessa magnitude, multiplicados muitas vezes

predio devido a um fogo nas proximidades (13) . {12) (13)

224 N. Y. 47, 120 N. E. 86. Pricess Garment Co. vs. Firemen's

Fund Ins. Co., 115 Fed. 380.

pela possivel exposigao a contaminagao de uma vasta area, as companhias de seguros poderiam muito bem considerar

a redagao de uma exclusao a set in-

Ni- W - DUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.


164

163

cluida em suas.apoliccs-padrao, a qual

descontrolada.

definiria, claramente a sua inten?ao.

inicio, ha um grupo de estudos traba-

Tal exclusao negaria responsabili-

Ihando nessa questao e ha esperan^a.

dade por danos, diretos ou indiretos

Nao posso ter ,3 presun^ao de estar

ou pecdas rssultantes de rea^ao nuclear, terial radioativo de um reator nuclear.

falando por to'da a indiistria dos segucos contra fogo, mas a «Factory Mutuals», que represcnto, ja declarou

Poderiam tambem seguir a pratica

seu interesse em participar de qualquer

atual em rela^ao aos arcos voitaicos c

«pool» ou «pcols» industrials, organi-

incluir em suas apolices-padrao uma

zados para prover a prote^ao dos sc-

declara^ao de que uma reatjao nuclear,

guros para os operadores de usinas

em si, nao e um fogo ou.uma explosao

de forga nuclear ou instala^ao corre-

no sentido e nas inten^oes da apolice.

lata contra perda ou dano de qualquer

ou da descarga ou escapamento de ma

Tal exclusao ainda deixaria as com-

panhias com responsabilidade pelas perdas individuals por contaminaQao radioativa em usina, laboratdrio ou

Como ja se disse no,

ELEMENTOS SOBRE A ATIVIDADE SEGURADORA EM PORTUGAL E NO BRASIL

(Transcrito do «Boletim de Segarosy> da Inspegao-Getal de Credifo e Scguros, de Portugal —- n." 50 — 2." serie — 1954) Rui Jorge da Silva Ramos Pretende-sc neste estudo comparar a

atividade seguradora em Portugal e no Brasil, atraves de alguns dos seus in dices mais caracteristicos.

Para esse efcito, analisa-se primcira-

descarga ou escapamento descontro-

mentc, em relagao ao periodo 1940-

lado de energia atomica ou de produtos da fissao. Qualquer importancia se-

1952, a evolugao que tiveram nos dois

gurada necessitada em excesso da

escapamento de material radioativo, na

capacidade de tal «pool» industrial, podera ser assumida pelo Governo Federal como seguro de cxcesso.

qualidade de conseqiiencia direta de

ALGUNS

tipo que possa ser causado por uma

hospital que resultarem da descarga ou

166

165

paiscs as rcspectivas cartciras de pret'

mios, a sinistralidade e as comissoes em

percentagem de premios.

Estudam-se em seguida os resultados

CAPITULO I

PREMIOS, SINISTROS E COMISSOES

Ramo «V{da»

O ramo vida ja era 1940 ocupava uma posi^ao dcstacada na atividade

seguradora do Brasil. Naquele ano, a

Tais perdas sao perfeitamente segu-

O futuro da Era Atomica pode sec

industrials no seguro direto e liquidos

sua participagao qiianto a carteira de premios, no conjunto de todos os ramos,

raveis c podem ser absorvidas na estru-

radioso ou tempestuoso talvez seja

de resseguros, nos anos de 1950, 1951

foi de 36,8 por cento.

bom que nao possamos vcr demasiadamente para adiante. As companhias

c 1952.

respectiva percentagem de participa^ao

um risco segurado.

tura das taxas. Removeria, todavia, a possibilidade de uma catastrofe maci^a devida a um reator dcscontrolado, ainda que a • causa do acidente tenha

sido um risco segurado. O uso de tal exclusao e, evidentementc, recomendada com base no fato

de que as reclama^oes por tais contamina^oes poderao ser cobradas

do

operador do reator, o qual, por sua vez,

pode procurar seguro quer para os danos a sua propriedade quer a propriedade de outrem que possam sofrer danos em conseqiiencia de uma rea^ao

Wo 99 - OUTUBRO DE 1956

Finalmente, apresentam-se em rela-

Em Portugal a

nao exccdeu 20 por cento.

de seguro contra fogo deverao, e assim farao, olhar esse futuro com coragem e com compreensao tecnica dos perigos

?ao aos mesmos anos os respectivos

De cntao para ca, a expansao deslc

lucros liquidos e os clementos essenciais

ramo no Brasil foi consideravel ate

que traz em seu bojo. O seu grandc

que entraram na sua composi?ao.

service sera mais na prevemjao dos

danos do que em garantir .3 sua indeniza^ao.

Tambem isto farao nos li-

mites de seus recursos.

1950, ano em que o crescimento da

carteira de premios se aferiu pelo indice Os assuntos versados serao desen-

915, tomando como base o ano de 1940.

volvidos, separadamente, para cada um

e a sua participa(;ao na receita total

dos ramos principals {Vida, Acidentes

atingiu 44,2 por cento.

de Trabalho, Incendio, Automovel, Aci

O indice de

Insurance

dentes Pessoais e Transportes) e, em

News —■ Fire €1 Casualty Edition», vol. 56, n.° 6, outubro 1955, per Fre-

evolu^ao dos premios, em Portugal, foi no mesmo ano 251 e a respectiva parti-

conjunto, para os ramos reals e para

cipagao na receita total 16,9 per cento

derico Rossner.

todos OS ramos.

(Quadro n.® 1) .

Traduzido

de

«Best's

REVISTA DO I. B. B. •


167

168

Em 1951 deu-se um forte movimento

de resgates no Brasil, que fez descer substancialmente o nlvel da sua car-

169

No ritmo de crescimento da nossa carteira, notamos somente uma pausa,

As comissoes neste ramo, em percen- diferentcs nos dois paises como se tagem dos premios, nao tem sido muito observa no quadro seguinte:

de 1949 para 1950, que se traduziu, alias, num simples estacionamento de

Comissoes em percentagem dos premios

teira de premios: o respective indice baixou de 915 para 583. Em 1952 a

receita, devido tambem aos resgates

carteira retomou-o seu crescimento, mas

terem atingido entao uma cifra mais

ja num. ritmo mais suave.

avultada, embora ainda insignificante

A evoIu?^o do ramo Vida em Por

em compara^ao com o que se verificou

tugal tem sido mais lenta do que no Brasil, mas por outro lado tambem

no Brasil. As operagoes de resgate

1952

em 1951 absorveram, em Portugal,

nunca acusou as perturba^oes que se

apenas 7.4 por cento dos premios emitidos nesse ano e no Brasil a elevada

Pr6mios de scguros dircclos

{em coiitos)

iiidiec

53.408

1941 1942 1940 1944 1945

56.882

100 107

64.860 82.211 83.991

121 154 157

96.189

180

1946

107.284

1947 1948

117.731

201 220

1949

124.772 134.202

234 251

1950

134.174

251

195!

144.785 166.274

271 311

1952

1950

13,1

1951

13,4 13,1

11,0 16,2

15,3

forte no Brasil, o que e natural em

Em relagao ao ano que se tomou por face da grande expansao economica

QUA.DRO N.o I

base (1940), a evolugao da carteira de

deste pais no setor industrial.

Ramo «Vida»

premios neste ramo era em 1952, em

mente pelos indices 385 e 864 (Qua

Quanto a sinistralidade, verificamos que em Portugal, desde 1944, ela se raantem muito regular (42 a 43 por

dro n.« 2).

cento). So em 1952 se nota um desvio

Portugal e no Brasil, aferida respectivaBrasil Siiilstros de scguras difcctos

Prdtdios de scguros directos

Sinistros de seguros directos

Em percen

(em conlos) tagem dos (Cr.$ 1.000) prdmios

3940

Brasil

Ramo Addentes de Trabalho

percentagem de 43 por cento.

Porlugai Aiios

Portugal

Anos

iizeram sentir neste ultimo pSs-^^

170

9.907 10.532 14.385 15.181

Indice

1.51.530 170.606 184.057

113 121

18^4 17.8 24.3

217.3-31

14:;3

23.397 25.191 32.841 31.766 34.978

37.430 36,889 40.720

23.4 27.9 25.5

26,0 27,9 25,4

21,4

(Cr.5 1.000) tagem dos premios

18,5 18,5 '32,1 •

14.952

Em percen

100

279.818

185

356.824

839.063 1.386.858

235 281 332 481 65-1 915

382.997 1.023.592

583 676

426.021 503.399 728.973

3-4.743 39.175 39.882 47.223 54.448 62,672 81.360 97.962 107.249 204.175

185.850 185.626

235.853

22,9 21.6 21.7 19.4 17.5 19,0 19,4 14,7 24,H

0 R.visus do Io.ti.„,o

Quanto a sinistralidade, verifica-se mais intensos (1948 e 1950) isso reque ela foi maior no Brasil, no periodo de 1940 a 1944. mas a partir de 1945 sulta, nao de quaisquer perturbagoes

baixa do que a nossa. Os desvios, contudo, nao foram normalmente acen-

tuados, e se algumas vezes se revelam

na mortalidadc real, mas de terem sido entao mais destacados no Brasil os acrescimos da respectiva carteira dc premios.

tes de Trabalho tem sido assim mais

um pouco mais forte no sentido de agravamento.

QUADRO N,® 2

Ramo «Acidentes de trabalho» Portugal Aiios

13,4 21,0 23,0

As cifras de premios sao liquidas de anula95es e estomos

passou a set. sistcmaticaraente, mais

O desenvolvimento do ramo Aciden-

22,9

Us sinistros abrangem morte e vencimento

a. R.C°™ t'toj,

r- '

Brasil

Pi^mios de

Sinistros de

Primios de

seguros dirccios

seguros directos

seguros directos

(cm contos) |indice

Empercen(em contas) tagem dos (Cr.5 1.000)

1^

1940

49.632

1941 1942 1943 1944

64.404 64.860

100 110 131

78.745 0-4.775

191

1945 1946 1947 1048 1949 1950 1951 1952

110.517 127.892

154.325 170.472 176,429

171.241 174.538 191.017

fiidice

prdmios

1.59 223 258 311 343 355 315 352

385

19. 08 21.055

Sinistros dcseguros directos

Em percen (Cr.5 I-OOO) tagem dos pr4niio3

39,3 38,7 37,4

77.143

100

91.078 107.245

118 139 172 232 319 413

135.480

480 504

42.5

154.319 166.437

41.6

557 624

195.777 216.214 254.382 302,228

24.302 29.099 39.865 ■46,554

36,9

132.930

42,0 42,1

178.877

55.961

43,7

318.632

66.000 73.220

42,7

370.545

42,9

76.496

388.556 489.991

73.699

43,3 43,0

74.165

42,4

559.117

85.928

44,9

666.238

246.071

481.478

725 864

40.935 48.058 55.640 66.205 83.582 98.884

53,1 52.7 51.8

49,8 46.7 40,1

42.8 45,5 44.9 45,5 45,4

As cifrM de premios sao liquidas de anulagoes e estomos

<10 RessTguros do'^?as.l

I'l^pocfao de Seguros de Portugal e Revistas do Instituto

N» 94 — OUTUBRO-DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.


171

172

173

174

No Brasil a sinistralidade, que em 1940 era bastante forte (53.1 por cento), foi decrescendo ate 1945, ano

dade com a percentagem de 45 por

flete, alem da sua natural expansao,

eram seguros pelas sociedades nacio--

cento, mantendo-se desta forma ligeira-

nao so as conseqiiencias da publicagao

nais, mas tambem a homologagao da

do Decreto n,° 30.690, de 27 de agosto

tarifa do ramo Incendio que, embora

de 1940, que conduziu a amplia^ao de

efetuada em 1937, so a partir de 1941

cobertura de riscos que outrora nao

raanifesta a sua eficacia.

mente superior a nossa.

em que atingiu o nivel de 40,1 por Posteriormente entrou numa

As comissoes no Brasil, em percenta gem de premios, tambem sac ligeira-

fase de crescimento, revelando nos

mente superiores as nossas como mostra

ultimos tres anos uma certa regulari-

o quadro seguinte.

cento.

QU.\DRO N." 3

Comissoes em percentagem dos premios Anos

Tortugsl

Brasil

1950

12,1

16,9

1951

12,7

17,1

1952

12,8

16,8

Ramo sincendios Brasil

Rorlugal

Anos

premios dc

Sinistros de

Prfmios de

Sinistros de

seguros dlrcctos

scg'.iro.s direcios

seguros directos

seguros directos

Empercett-

Empcrccii-

Ramo Incendio

premios do ramo Incendio teve no

Brasil uma expansao muito mais acentuada que em Portugal. Em 1952, enquanto o Indice de evo-

lu9ao de premios era no nosso pais 388,

no Brasil foi 978, isto e, quase tres vezes mais elevado (Quadro n.° 3).

No conjunto dos ramos reais, e ainda

liidicc

57.388 65.158

100 115 138 165 194

(cni contos) tapeni dos (Cr. Sl-000) pivniios

indice

18.747

32,7

121.275

100

32.915

27,1

13.294

;k),o

147.908

123

34.394

142 198 256

31.872 52.971 77.117

23,2 18,4 22,1

312 370

102.859

57,7 por cento. Em 1940 aquelas per 1940

No periodo 1940-1952 a carteira de

(em coiilDs)

centagens haviam sido.36,6 por cento

1941

1942

79.719

e 67 por cento, respectivamente, para

1943

194G

91.538 111.286 126.499 140.265

1947

164.512

1948

175.792 186.798 196.104 20G.357 222.398

1944

OS dois paises.

1945

Quer dizer: nao obstante ser mais

destacada no Brasil a participa^ao do ramo Incendio, o desenvolvimento mais rapido dos outros ramos (Automovel, Acidentes

Pessoais,

Transportes

e

outros) tem limitado um pouco a sua

1910 1950 1951 1952

220 244 287 .306 326 342

360 388

21.408

26,9

172.711

34.089

239.663 310.942

59.13,3

36,1 39,9 42,7 41,6 47,8 33,6

515.124 566 50.5

50.562

30.2

673.170

42.042 41.429

21,4 20,0

717.127

57.929

26,0

44.394

53.975 58.396 78.683

898.579 1.186.223

As cifras tie premios sao liquidas de anula^oes c estomos

425 467 555 591

145.552 168.765

27.1 32,4 32,7

202.799

35,7

151.653

22,5

15o.93.1

21.4

741

227.6.51

978

273.520

fo'-' 23,0

_ ,

,

Fonte: Boletins do Seguros da Inspoc^ao dc Seguros de Portugal e Rcvjstas do Institutr>

de Rcsseguros do Brasi!

Portugal atravessou um periodo de

importancia melhorou ligeiramente, pois

Quanto a sinistralidade, ela foi em Portugal, nos ultimos tres anos, a mais

grande sinistralidade entre 1943 e 1947. De entao para ca ela tem-se mostrado

Em Portugal, pelo contrario, a sua

cipa^ao deste ramo tem sido tambem

mais favoravel no Brasil, o que e de considerar se atendermos a que e no

que muito embora o ramo Automovel

baixa do periodo considerado, embora

tenha experimentado um desenvolvi

em 1952 se tivesse elevado ligeiramente.

ramo Incendio que sao normalmente

mento mais rapido desde 1947, o ramo

No Brasil a sinistralidade, no mesmo

mais compensadores os resultados in

Transportes (maritimo), que teve no

dustrials.

periodo da guerra um grande incre-

periodo, nao anda tambem longe da nossa. Nesse pais e desde 1940, a si

mento, entrou posteriormente num re

nistralidade mais alta verificou-se em

gime de normalidade.

1949 (35,7 por cento). Em Portugal

premios no conjunto dos ramos reais

448.227

24,8

posigao.

quanto a carteira de premios, a parti-

As percentagens de participa^ao de

378.868

(Cr.S l-OOO) lageiti dos prdmlos

foram em 1952, para Portugal e Brasil,

fi conveniente assinalar que a car

respectivamente de 39,2 por cento e

teira portuguesa a partir de 1940 re-

bastante favoravel, aprcsentando em

1951 o seu nivel mais baixo (20 por cento).

O Brasil tambem atravessou, embora de maneira mais suave, um periodo de

chegou a atingir 47,8 por cento em 1947 e nos dois anos anteriores a estc

manteve-se acima de 40 por cento.

sinistralidade crescente entre 1944 e 1948. Atualmente mantem-se tambem

N» 59.- OUTUeRO DE I95f. REVISTA DO I. R. B.


175

176

bastante favoravel e em nivel aproxi-

177

178

Contudo, a evolu^ao das duas car

tarifarios nos tiscos cboque e responsa-

Vejamos agara as comissoes neste

jnado da nossa.

i - aos ultimos tres anos: ramo, em rela?ao

Comissoes em percentagem dos premios

teiras apresenta alguns aspectos semeIhantes.' Assim, em 1942 e 1943 re-

O incremento deste ramo no Brasil,

fletem qualquer delas as restrigoes im-

nos ultimos dois anos considerados, foi

postas pela guerra ao- transito de

devido nao so ao fato de o Instituto

Anos

Porlugal

1950

17,0

28,6

1951

17,5

28,1

veiculos. Posteriormente, a rapida ele-

de Resseguros ter iniciado so entio as

1952

17,5

27,5

va^ao dos indices indica a normalizagao

suas opera^oes no ramo Automovel, o

Brasil

\

As comissSes em percentagem dos neste ramo operou-se muito mais rapipremios sao, como se verifica, sensi-

velmente mais baixas em Portugal.

damente no Brasil do que em Portugal. Em 1952, com efeito, o indice da evo-

Ramo Automovel

lu$ao dos premios, com base no~ ano

No period© que estudamos, o enri- de 1940. era em Portugal 586 e no quedmento das carteiras de premios Brasil 2.267 (Quadro n.** 4)

da situagao quanto a circula?ao de, que determinou nas seguradoras diretas condigoes de garantia e facilidade que veiculos e as importa?6es maci?as de estimularam a produgao, mas tambem novos carros que a reconversao indus

pelo agravamento de taxas das tarifas

trial no pos-guerra, foi permitindo.

e ampliagao obrlgatoria do pcrlmetro

O Crescimento da carteira de premios nem sempre nos da a medida exata de

Ramo «Autom6vel»

(cm contosj

li)dicc

Siiiislros de scguros direclos

(em coiiios)

Prdmios de segui'os direclos

seguros direclos

(Cr.$ 1.000)

liidice

(Cr-S I.OOO)

percentagens de aumento do niimero

e, nos ultimos tres anos, sistematica-

de apolices emitidas.

mente mais forte em Portugal.

Assim sucedeu

1941

1942 1943 1914 1945 1946 1947

1948

1949 1950 1951

1952

21.630 22.951 15.911

19.041 21.966 28.409

J 1.673

54.0

12.111 7.504 8.952

62.8

11.669

47.1 46,7

12.668

10.576 12.760 9.074 .8.580 12.065

44.6

21.734

19.773

53.0 66,5 63.1 61.9 60.7 62,0 62,0

115 13] 190

90.747

219 420

99.611 105.533

45.864 57.340

460

60.655 64.160

40.999 68.944

116.098 126.845

488 537

586

* Resseguros do Braidl ®

72.024

78.684

47,2

100 121 86 81 114

37.825

187 358

63.236 90.474

598

93.924 116.724 180.607 239.788

855 888

1.104 1.708 2.267

em Portugal a partir de 1946, ano em

Ja quanto a comissoes. medidas em

que a carteira de premios do ramo

percentagem de premios, a nossa po-

Automovel coraegou a ser influenciada

si?ao e mais favoravel como o quadro

no seu crescimento pelos agravamentos

seguinte evidencia.

Emperccii tagcm dos

priimios

1940

Quanto a sinistralidade, ela tern side

Siiiistros dc

Em pcrccrt lagem dos pi'iimios

geiros e particulares.

expansao do respective ramo, que po-

lirasil scguros directos

dos seguros de automoveis de passa-

derlamos aferir com mais rigor pelas sempre bastante elevada nos dois paises

QUAURO N.« 4

Premios de

bilidade civil.

4.808 6.146 4.805 3.639 5.160 8.170

19.472 34.920 54 287 58.881 63.048 94.586 137.429

55,4 48.1 52,9 42,4

42,7 41.3 51.4 55.2 60,0 62,6 54,0 62.3

57,3

^ hisp^cqao de Seguros de Portugal e Revlstas do Institute

Comissoes em percentagem dos premios Anos

Portugal

Brasil

1960

17,4

1951

17,6

23,3 22,5

1952

17,6

23,3

(Continaa) N» » - OUTUBRO DE 1956 REVI.STA DO I. R,B.


179

182

81

180

da Tarifa de Seguro-Incendio do Brasil fario questionado decorrendo dos varies conceitos de e.v3lor» a estranbeza do e dispositivos legais citados.

Consultorio Tecnico A.^inBlidede desta segao 6 atender ds consuUas sobre assunCos referentes ao seguro em geral^ Para rcsponder a cada pevgunta sSo convidados ticnicos especializadoa no

Dispoe o art. 1.462 do Codigo Civil esclarecido e estudioso Consulente. que o segurador esta obrigado a pagar E, tanto e esse o verdadeiro akance o valor total da apolice quango ao do preceito do C6digo Civil a que se objeto do contrato se der valor deter- refere o Consulente, que o Supremo

auunta, nao so do Inatifufo do Ressegvros do Brasll, mas lambent estranhos aos

minado e o seguro se fizer por este

(psadros.

valor». Ora, sendo as taxas constantes

As solufoes aqui apresentadas representam apcnas a opiniSo pessoal dc seus expositores, pot isso qae os casos concrelos submetidos & apreciafao do I.R.B. sao encami-

nhados aos seus orgSos competentes, cabendo ressaltar o Conselho Ticnico, cujaa decisdea

Tribunal Federal ja proclamou que:

da Tarifa calculadas para composi?ao

«Para efeito de indenizasao consi-

dos «prejuizos devidamente compro-

dera-se o valor que tinbam os objetos

A correspondincia deveta ser enderegada a revista do i.r.b., Avenida Marechal

vados em caso de sinistro», muito ne-

no momento do sinistro, sem aten^ao

Camara n.' 171 — Rio de Janeiro, podendo o consulente indicar pseudonimo para a

cessaria e a cautela de se esclarecer

ao que podiam ter ao tempo da assina-

sao tomadas pot maioria de ootos. Estas colanas ficam ainda a disposifSo dos leitorcs qae poderao, no caso de discoedarem da resposta, expor sua opiniSo s6br& a materia. resposfa.

que «nao c permitido a emissao de tura da apolice, quer esse valor tenha apolices que impliquem em previa de- aumentado ou diminuido. Ao segu WALDEMAR P. RABELLO (RIO) — ^Leva-me a consaltar VV. SS. sc o disposto no artigo 19, item 4 da TSIB — Publicagao n.° 49 do I.R.B. ~ quc proi'&e; «... a cmissSo de apoliccs qae impliqucm

em previa delerminagao do valor do objeto

termina^ao do valor do objeto segu-

rado cabe provar o dano e o valor dos

Ainda. o artigo 1.438 do Codigo Civil diz;

rado», para se caracterizar precisa-

«Se o valor do seguro exceder o da coisa...s

mente nao ser o risco assumido o cor-

objetos do contr-ato. O valoc dado na apolice naO obriga as partes. (Re

previa avaliagao do valor do objeto sepuro —

respondente a apolice avaliada regida

vista Forense, vol. XXXVII, pag. 342).

satisjazer as condigoes citadas ?

pelo art. 1.462 citado.

Como podera o segurado — se nao [izer

Por outro lado, regendo-se entre

valho Santos, comentando o art. 1.434

sala de ratcio exige tambem. a consignagSo

n6s o contrato de seguros pelas clau-

do valor da coisa segtirada qaando diz:

sulas que «nao contrariam dispositivos

do Codigo Civil (Codigo Civil Interpretado, 2." cdigao, vol. XIX, n.** 2.

sepurado...»

contrafo essc valor ?

pode sabsistir em face do quc determina o artigo 1.434 do Cddi'po Civil Brasileiro quc diz:

tA apolice consignara.... o valor do objeto do sepuro...»

Parece-me qae o item 4 do artigo 19 da

TSIB nao esta correto. Sua redagao conjlita com o qae defcrmina o Codigo Civil c n3c<

No mesmo sentido e a ligao de Car-

E como satis[az6-las se nao (izer consfar do Por outro lado, a propn'a redagao da claa-

«o segurado sera cossegurador da diferenga

pag. 263);

e esta sajeifo a respons.-ifci'/i'c/adc proparcional

lcgais» (C6digo Civil art. 1.435) e

qae Ihc eouber...»

estabelecendo o art. 1.460 que «quando

«... qaando o valor dos bens scgurados (or superior ao daquele pelo qual e [cito o segaro.»

a apolice limitar ou particularizar os

«Convem notar, todavia, que esse

valor podera veriar, nao obstante ter

Sobre o assunto, e a seguinte a opiniao

riscos do seguro, nao respondera por

sido convencionado pelas partes, de forma que nao sera decisivo para

do Dr. Jose Solero Filho, Procuradoc

outros o segurador», admitindo o

efeitos da indeniza?ao o valor que^

*N&o se pode asseguear uma coisa por mais

do I.R.B.

pr6prio art. 1.462 a emissao de apo

consfa da apolice. sempre que se trate

do qae valha ou pelo sea tado mais de uma

A consulta versa sobre contradiijao

lices

«avaliadas»

de coisas susceptiveis de desvalori-

(«QUANDO»). licito e o dispositivo tari-

zagao, como predios, maquinas, etc.».

pode sufcsisi'ir confra elc.

Alem do mais. o artigo 1.437 do Codigo Civil esclarece;

vczs.

'

que

nao

sejam

que se quer ver entre o item 4 do art. 19

N* 9)-. OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO i. S. B'.


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Boletim do I. R. B. ^ linaltdede principal 6 a deS 5^^ cLr T ^ "'f Wer.0. po«am l^iUtar e oricntar a re.ofefao dLlSl f . T \

e faridica. rccomendagoca. ccmselhos e e:cplicacsls aul nZ d '° como ^indicagao das novas portarias a circuLes cL T !" "'■'-"'a'"- bem ticias d'e-<aratet geral. '

ctrculares,, com a ementa da cada uma. e autras no

RAMO INCfiNDIO

de protegao rfpresenta diminuigao das

Melhoria dos Corpos de Bombeiros

taxas de seguros.

Tendo em vista a grande conceritraSao de riquezas na cidade de Paranagua. representadas pelos depositos de

Dessa forma, reunidos os segurado res, representadas pelo Presidente do

menos, dois hidrantes na frente de cada armazem de cafe. Os maiores

A ddade de Paranagua possui urn no caso, eram os propriePosto de Corpo de Bombeiros. cuja interessados. tarios dos armazens de cafe, que se aparelhagem deixa a desejur. Per obngaram as condigoes estabelecidas oulro lado. embora a ddade seja farta^^^jfecida de agua. quase nao mediante a rcdugao nas taxas de se-

exJstem hidrantes.

guros. •

Em^ outras'cidades sera tentada a A D.I.Lc. procurou soludonar o solugao obtida para Paranagua e gue, problema que se deparava da melhoria as cond.goes de protegao. de forma

se concretizada,

Manual Incendio

principalmente nos

•bjetiva e imediata. Os proprietaries grandes centres de concentragao de trara enormes vantagens. dos armazens de cafe da cidade tinham. riquezas. quer sob o ponto de vist.:i da economia

como OS seguradores, um grande interesse no assunto. de vez que a melhoria particular, quer sob o prisma do interesse do segurador.

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«Arf. 6." — Localizagao

A nova edigao do Manual Incendio,

1 •—■ Para efeito de aplicagao de

Publicagao n.° 62. do I.R.B., ja se

taxas de premies, os riscos se dividem

encontra a disposigao das sociedades.

em quatro classes de localizagao, a

Tendo em vista a necessidade de

alteragoes periodicas, foi .ele impresso em folhas soltus, a fim de lacilitar a substituigao das mesmas.

saber: 1.1 — Classe 1 — Cidades de Belo

Horizonte, Porto Alcgre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador. Santos e Sao Paulo.

Riscos Vultosos — Tipos de Construgao nao previstos

Sindicato do Estado e do Presidente cafe, a Presidencia do I.R.B. tragou da Comissao Tecnica do Sindicato das diretnzes objetivas para a consecugao Empresas de Seguros Privados e Capidos objetivos desejados pelos segura- tahzagao, os proprietaries dos armazens dores de forma geral. qual seja a da de cafe e tecnicos do I.R.B., foi o existenda de melhores meios de pro- problema exposto- a todos os interessategao para os riscos assumidos. dos e apresentada a formula para a Aquelas diretrizes. em linhas gerais solugao do problema, que consistia na podem ser traduzidas pela observagao doagao ao Corpo de Bombeiros de direta do que existe, pela verificagao carro bomba. mangueiras, conexoes. o ^aJta e das medidas que devem ser tomadas para suprir a deficiencia etc., e ainda na instalagao de. pelo constatada.

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na T.S.I.B.

Sobrc 0 assunto constante das cir

culates 877, de 23 de maio de 1956.

e 1.325, de 6 de agosto de 1956, o Conselho Tccnico, face as ponderagoes feitas pelo Presidente do I.R.B, , e considerando que a concessao de descontos nao previstos na regulamentagao do art, 16 da T.S.I.B. deve ser sub-

metida a sua apreciagao, para aprovagao, ad-referendum do D.N.S.P.C., resolveu revogar o disposto nas duas circulates aciraa mencionadas, no to-

cante a concessao de descontos pelo

Departamento Tccnico.

1.2 — Classe

2

Cidades

de

Belem, Campinas, Curitiba, Fortalcza, Niteroi, Ribeirao Preto, Sao Caetano

do Sul, Sao Bernardo do Campo, Sao Vicente e Santo Andre. 1.3 — Classe 3 — Cidades de Ara-

caju, Blumenau, Campina Grande. Campos, Caxias do Sul, Cubatao. Cuiaba, Goiania, Guaruja, Guarulhos, Joao Pessoa, Joinville, Juiz de Fora, Jundiai. Maccio, Manaus, Natal, Pa ranagua, Pelotas, Petropolis. Rio Gran de, Sao Luiz, Terezina e Vitoria.

1.4 — Classe 4 — Demais cidades, vilas e localidades.»

Para as cidades. vilas ou localidades que nao possuam meios proprios de

combate a incendio, mas que possam Classe de Lacalizagao Depois de demorados estudos sobre o importantissimo assunto, nos quais

foram abordados diversos problemas sobre a classificagao das cidades c apreciadas as colaboragoes recebidas atraves os Sindicatos regionais e Fe-

deragao Nacional das Empresas de

ser

socorridas

por

corporagoes

de

bombeiros de cidades vizinhas, sendo faceis as vias de acesso, a classe de localizagao podera ser melhorada, de-

pendendo de solicitagao acs orgaos competcntes. nas quais seja cabalmente

comprovada laquela possibilidade. Garantias Prouisdnas

Seguros Privados e Capitalizagao, o Conselho Tecnico do I.R.B. aprovon

O estudo do art. 21 — Garantias

a rcdagao seguinte para o art. 6.° da

Provisorias — esta em fase final.

T.S.I.B., tendo tal resolugao sido

O processo ja conta com o parecer dos

encaminhada ao D.N.S.P.C. para

orgaos de classe das seguradoras. da

decisao final.

Comissao Permanente de Incendio e

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Lucres Cessantes e da Comfssao que, em virtude de algumas nao apreCentral de Tarifas. Brevemente, sera sentarem os pedidos de confecgao de

agosto de 1956 — Dando conhecimento

submetido ao D.N.S.P.C. Com a aprovagao da nova reda?ao vita ser

Circular T.S.I.B. 17/56, de 28 dc

T.R.I. devidamente instruidos e dei-

interSs^es do segurado e segurador. Tsrifagao Ptogr^sswa

Tambem o art. 12 da T.S.I.B.

deverasofrer alterable. Com base nos estudos feitos pelos Sindicatos Regionais e Federagao, o I.R.B. ja. tem elaborado urn anteprojeto que, no raomento, esta sendo apreciado peJos drgaos superiores.

Rscuperagoes de Sinistcos

na

Circular LC-01156. de 4 de setembto

T.S.I.B. OS arts. 5.® e 8.", conforme redagao que menciona.

de 1956 — Comunicando as sociedades

qiientemente retirado do R.P.T.R.I..

Orcidac T.S.I.B. 18/56, de 28 de

termos das Portarias ns. 23 e 37 do

fazendo-se constar desse formuiario as

agosto dc 1956 — Dando conhecimento

D.N.S.P.C., resolveu

razoes de sua retirada.

as sociedades da Portaria n.® 41, de

Circular T.S.I.B. 14/56, de 31 dc julho dc 1956 — Dando conhecimento

10 de agosto dc 1956, do Diretor Geral do D.N.S.P.C., que aprova as alteragoes que menciona, nas Clausulas 304

Normas Lucros Cessantes os subitens 1 .1 e 1.2 na Clausula 6." e 1.1 na

do

fatoria aquela reclamagao, o pedido

as sociedades da Portaria n.° 35 de

4 de julho de 1956, do Diretor Geral do D.N.S.P.C., que aprova a alteracao na T.S.I.B., da Clausula 223

• '-m ■ ii'U

Valor de novo em maquinismo, -e acrescenta, naquela Tarifa. ,as Clau-

e utensilios, e 225 - Valor dc novo com alguma demora. principalmente no em maquinismo, moveis e utensilios. caso da existencia de sociedade lider conforme redagao que faz acompanhar recuperagoes de sinistros eram feitas

niodificou o criterio de recuperagoes! em anexo. possibilitando grandemente a rapides Circular T.S.I.B. 15/56, de 2 de de que se ressentia tal fase de trabalho. yostode 1956-Dando conhecimento Agora, verificando a viabilidade de as sociedades da Portaria n.° 38 dc tal servigo ser mecanizado, a D I L c 23 de julho de 1956, do Diretor Geral colaboratao com ' a do D.N.S.P.C., que incluiu a urn piano mecanizado que admmistrativa para o I.R.B. e sequradoras. facilitando a conferencia dos

outubrooM.R.I.D.S.I. ,a seja me-

o art. 16 da T S T R

Circular 1-05/56 dc 5^

.

incluir

nas

Clausula 20.'', referentes a limites de

aceitagao em Riscos Vuitosos e em

gosas —,da Tarifa de Seguro Incendio do Brasil.

ciona.

Circular T.3.1.B.-19/56, de 30 de agosto de 1956 — Dando conhecimento as sociedades, da Portaria n.® 39, de 7 de agosto de 1956, do Diretor Geral

RAMO TRANSPORTES E

do D.N.S.P.C., que

altera, na

T S I B , a Rubrica 004 — Adubos,

%

que este Instituto, tendo em vista os

Seguros com a, Clausula de Devolugao dc Premio, conforme redagao que men

conforme redagao que menciona.

CASCOS

Carteira Transporte Circulares

Carfa-circular n.® 1.325, de 6 de

Carta-circular DTC/796, de 6 de

agosto de 1956 — Transmitindo as so

julho de 1956 — Capitulo III das I. Tp. — Instrucoes para preenchimento e rernessa dos formularios de cessao — Chamando a atengao para a remessa

ciedades diversos esclarecimentos refe-

rentes a supecvisao de riscos vuitosos,

conforme redagao que menciona.

c o preenchimento dos formulariots de

n. 192 — Eletricidade — da T.S.I.B.

1956, Diretor Geral camzado. Pr^viamente, as sociedades o if■ N.S.P.C.. quedotorna sem efeito reccberao as necessarias instrugoes parte do texto das «Norm.3s para consobre o assunto. c ssao de descontos^ a que se refere de 1956 — r agosto Comunicando as sociedades

altera

'"^nciona. na Rubrica

Circular T.S.I.B. 16/56, de 20 d. langamentos efetuados. £ p^oposito ^gostode 1956-Dando conhecimento a u.l.L.c. que no proximo mes de as sociedades da Portaria n ° 32 dc

Circulares

D.N.S.P.C., que

e 305 — Substancias ou materias peri-

A D.I.L.C., observando que as su as 224 — Valor de novo em moveis

Por certo, trara vantigens de ordem

Circulares

10 dc agosto de 1956, do Diretor Geral

sera considerado inexistente e conse-

\

mediante previa autorizagao do Insti tute.

as sociedades, da Portaria n.® 40, de

xarem de completa-Jos, mesmo depois preenchida uma lacuna existente na de reclamado por este Instituto, caso T.S.I.B., ja que os atuais dispositivos as sociedades nao dem resposta satis-

nao' atendem convenientemente ,aos

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cessao de resseguro e especialmente RAMO LUCROS CESSANTES

quanto a indicagao da taxa cobrada

Pcojeto de ApoUce, Especificagao, Pcoposta, Condifoes Gerais e Tarifa

remessa dos endossos, dos formula

nos seguros de embarques aereos, a

de Lucres Cessantes

Foi remetida as sociedades pela D.I.L.c. um exemplar do Projeto

ries em casos de cosseguro e sobre a numeragao dos C.E.T. avulsos.

D.T.C./865, de 16 de julho dc

1956 — Navies a .avisar — Averbagdes

D . aprovadas pela Portaria n,"-I21• .1. do B.. D.N.S.P.C e estabdece os criterios que menciona.

em referencia, que esta sendo subme

que OS elementos deste Projeto so

emitidas a partir de 1956 — Em estatistica levantada pelo I.R.B. verificou-se que o numero de averbagoes

cefcidf'Notl:"'"''' ™

poderao set aplicados aos seguros de Lucros Cessantes em casos especiais e

condutoc vem aumentando em proper-

tido ao D.N.S.P.C., e esclarecido

emitidas sem a declaragao do navio

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r

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denizagdes» — Procurando, com base do proprio seguro Transportes. Tra- na experiencia de 15 anos de opera-

tando-se de cobertura nao desejavel, goes, estabelecer condigbes que atensob o ponto de vista tecnico, para os dessem mclhor aos interesses dos seseguradores, impunham-se providencias gurados, facilitando-lhes a realizagao que viessem sustar esse aumento desu- do seguro, quer com base na fa'cura, sado de averbagoes chamadas de quer com base no prego local de em«navios a avisar®. barque ou de destino, e. por cutro lado,

A primeira providencia tomada pela aparelhando a D.L.S. com clementos

numa solicitagao as seguradoras de

descnvolver maiores esforgos no sentido de cvitar a emissao de tais aver-

necessaries a execugao do Irabalho que tem a seu cargo.

A circular I. Tp. 8/56, cancelando

bagoes e de obterem, denfcro do prazo a «Clausula de Valorizagao de Merca minimo possivel. junto aos se^rados, dorias® e o item «IX — Base da IndeOS nomes das embarcagoes em que nizagao® das Clausulas de I^isco de Roubo®, inclui nas I. Tp. novo item seguiram as mercadorias. Novas providencias serao tomadas estabelecendo o criterio que serri obserpara evitar. por parte dos proprios se- vado no calculo das indenizagoes, a gurados, o desinteresse demonstrado, partir dc 1 ° de agosto de 1956. em dar os indispensaveis avisos, coraunicando o nome das emb.nrcagoes cm que suas mercadorias foram embarcadas.

CARTEIRA CASCOS

Carta-cicculac D.T.C./867, de 18 Projeto de apolice padrao Cascos.

de jalho de 1956 - Tarifagao de

gens combinadas — Esclarecendo du-

vidas sobrc a taxa?ao dos seguros dc embarques de cabotagem combinadas com percurso fluvial tarifado, no Estado do Amazonas.

propostas, especificagao e concfifoes

Tarifa Cascos. Condigoes t^xas e clausulas

Concluindo os estudos que vinham sendo proccdidos atraves da C.P.T.C.

posteriormcnte, da Comissao Central Carta-drcular n." 1.435 de 16 de e, de Tarifa, o projeto em referencia foi ^96sto de 1956-Importagao de trigo em grao da Argentina e do Uruguai — encammhado a aprovagao do Depar-

Kevogando a carta-circular D.T.C,/

178. de 2 de mar^o de 1956 e estabelecendo novas condigoes para os se-

194

Assim, dispoe o projeto de todas as

Cancelamenfo do seguro em virtade de mOrte nao cobecta pela apolice

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gao que nao corresponde ao aumento

carta-circular em refer§ncia, consiste

193

tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao.

O projeto em causa preve ,a concessao das garantias de perda total da mportado da Argentina e do Uruguai. embarcagao. reembolsos de despesas e

salvamento, avarias comum e particular,

rcsponsabilidade civil por abalroagao, de 1936 — J^euoga^ao da'''' ^Clausuh dfiS"'' » * de bem como as coberturas de desembolso

Valoruagao de Mercadorias.. nas I. Jp; do Item <,205 Qalculo das in- e de responsabilidades excedentes. negligencia, barataria, guerra e grevi.

garantias.requisitadas pelos armadores para uma perfeita e completa cober tura de suas embarcagoes.

O assunto esta merecendo exame,

devendo a resolugao respectiva sec divulgada brevemente. Circuleces

RAMO ACIDENTES PESSOAIS

^e^fo coletivo de passageiros de

Circular AP-19/56, de 7 de agosto

dn'bus, micro-onibus e automoveis em geral

de 1956 — Comunicando as socicdades

A regulamentagao deste tipo de se guro esta em fase final, esperando o

um novo piano de estatistica de riscos e sinistros, este Instituto dispensa ate ulterior deliberagio, o preenchimento e

dentro em

breve, dotar o

mercado de urn piano de opcragoes

que.atenda aos interesses nao so dos proprietarios de veiculos e empresas ■concessionarias de transportes, como

tambem das seguradoras que operam so Ramo.

que em face de estar sendo estudado

remessa do formulario «Ficha de Sinistro Acidentes Pessoais® F.S.P., devendo as sociedadcs passar a in-

dicar, em carta. os montantes das indenizagbes e despesas com os sinistros,

separadamente, a cargo do seguro e do resseguro.

Seguro de acidentes de trafego Os estudos para a regulamentagao das condigoes de operagoes coiitinuam a set realizadas, apos o que serao ■cncaminhadas aos orgaos superiores para aprovagao.

de 1956 — Dando conhecimento as so-

ciedades da nova redagao que menciona, da Clausula 20.' —• Limite de

Catastrofe, das N.P., aprovadas pelo Conselho

Seguro coletivo de tuvistas^ excursionistas e vecanistas.

Circular AP-20/56, de 20 de agosto

Seguro cofetruo

de empregados que tenham de viajac a secvigo do esfipufanfe As condigoes estabelecidas pelo I.R.B., dada a experiencia obtida, estao sendo revistas e, oportunamentc, as seguradoras terao conhecimento das raodificagoes a serem introduzidas. Piano de estatistica de ciscos e sinisfros

Conforme divulgado no nuraerc an terior, processam-se ainda os estudos relatives a estatistica do ramo Acl•dentes Pessoais.

Tecnico

do

em

sessao de 3 de agosto de 1956, tendo em vista as

alteragoes

comunicadas

pela Circular AP-17/56, de 17 de julho de 1956.

Circular AP'21/56, de 30^cfe agosto de 1956 — Dando conhecimento as so-

ciedades, do oficio SA n.° 1.199, de

11 de agosto de 1956, do D.N.S.P.C., dirigido a este Instituto, referente a aprovagao pelo Diretor Geral do D.N.S.P.C., das Condigbes para o Seguro de Acidentes Pessoais de Fregueses de Firmas Comerciais. Circular AP-22/56, de 6 de setembro

de 1956 — Comunicando as sociedadcs, que 0 Conselho Tecnico do

Nff 99 ^ OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.


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em sessao de 10 de agosto de 1956, c) dilatar para 180 dias o prazoresolveu estabelecer, para efeito cle co- para entrega de formulario. de ressebertur.a de resseguro de excedeiite e guros decorrentes de seguros de vida

de catastrofe. as condi^oes que faz

em grupo, tomando-se como base a.

acompanhar em anexo, para as moda-

data da emissao do certificado.

lidades «cobranca do premio por hospedes e ecobranga do premio por lo-

197

198

b) novas condigocs para o Tituio

Circular At. 07/56. de 22 de agosto de 1956 — Dilatando para 60 dias o

196-

III de apolice Aeronauticos: c) novo criterio para determinagao de retengoes.

moveis sem Recuperagao) a que se reCofcerfura exclus'tva de voo e rolamento

ta?ao do seguro coletivo de Acidcntes

Com base em consulta sobre a possi-

Pessoais de hospedes de hoteI:>, e

bilidade de o Tituio I da apolice padrao

dando Qutras informagocs.

Circulares

para os riscos de voo e rolamento. com

* * *

RAMO VIDA

Vida. objetivando:

a) contar o prazo para entrega do Aviso de Sinistro Vida (A.S.V.) ao I-R-B. a partir da data do recebimcnto da comunicagao respectiva pela socicdadc, e nao da data do 6bito,

modalidades: trigo e arrOz

Extensao de cobertura da apolice

0 item 2 da Clausula 12." das Normas.

Vida, que passara a ter a redagao que

Tendo em vista os termos da Con-

vengao firmada com a Companhia Nacional de Seguro Agricola. foram apro-

nacionais.

Aeronauticos

vados

pelo

Conselho

Tecnico

do

I.R.B. OS seguinte esquemas de res seguro para as modalidades do trigo

menciona a circular.

Face a consulta feita pelo mercado

e do arroz:

segurador brasileiro, esta sendo objeto f"

Grupo). (M.R.F.V.G.), conforms model© anexado a mesma. e autorizou, outrossim. a inclusao, no CapituloVIII das Instrugoes sobre Gessoes Vida, do item 8.04. referente a remes sa daquele formulario ao I.R.B., conforme redagao que menciona.

de estudo por parte deste Institute, a extensao da cobertura da ap6lice padi>ao

Trigo

aos riscos de:

40 % da responsabilidade que assumir

a) furto ou roubo da aeronave, de pegas, acessorios e equipamentos da

em cada risco isolado:

mesma:

a) A Companhia cedera ao I.R.B.

6) Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a

b) motins, greves e coraogoes civis; c) confisco ou requisigao da aero nave por autoridade publica.

Cr$ 1,500.000.00 em cada risco iso lado;

c)

A Companhia nao retera .niais

do que um total de Cr$ 40.000.000,00 em todos os seus

ramo AUTOM6VEIS

que pretenderem reduzir suas reten9oes no caso de riscos sub-normais. RAMO AERONAUTICOS defmidos no item 2.1 da clausula

retengoes para tais riscos, a qual.

Esquema de resseguro para as

mente aceita" pelos seguradores inter-

b) determlnar que as socieJades

dis N.V.. deverao enviar previa-^nte ao I.R.B. a sua tabela de

nencia no solo,.este Institute sc mani-

festou contrariamente a inovagao, tendo em vista nao ser a mesma habitual-

Cr$ 1 ,850.000.00 a partir de 1." de. Janeiro de 1956, alterando. portanto,

Alteragoes nas Normas Vida e nas Circular V.06/56. de 17 de agostoInstru0es sobre Gessoes Vida de 1956 — Comunicando as sociedades O I.R.B. esta procedendo a esludos que o Conselho Tecnico do I.R.B.. no sentjdo de efetuar algumas ali-- em sessao de 27 de julho de 1956! ragoes em dispositivcs das Normas aprovou a criagao do formulario «Mapa. Vida e das Instrugoes sobre Ccssocs de Remessa de Formularies Vida em

RAMO AGRICOLA

expressa cxclusao do risco de perma-

Orcular AP-17/56. de 17 de ^julhc Cr$ 1.250.000,00 para '

fere a Circular At. 04/56. de 26 de junho de 1956.

aeronauticos prever cobertura apenas

Circular V-05/56 e VE-01/56. de-

Circular AP-23/56. de 10 de setem- 23 de agosto de 1956 — Comunicandobro de 1956 — Remetendo as socie- as sociedades que o Conselho Tecnico dades, em anexo, os Limites de Acei- do I.R.B., em sessio de 20 de julho tagao, em substituigao aos.que constani de 1956, resolveu aprovar a elevagaocom incorregoes. na folha 2 do anexo a da faixa do 1." excedente, de de 1956,

prazo de cntreg.a do formulario R.S. At.S.R. (Relagao de Sinistros Auto-

Circulares

Circular At. 06/56. de 10 de agosto

Estudos em andamento

de 1956 — Regulamentando .a forma de cessao ao I.R.B. pelo piano de exce dente de responsabilidade no caso de seguro de reboques e rebocadores. em

O I.R.B. continua a proceder aos: estudos relatives a:

a) elaboragao de nova Tarifa para o Ramo;

negocios. podendo, assim, aumentar a quota de 40 % mencionada na a!inea a):

cf) Fica entcndido, entretanto. que as responsabiiidades resseguradas por forga das alincas a), b) e c). acima.

nao ultrapassarao, no conjunto a 70 '/c

do total das aceitigoes da Companhia.

aditamento a Circular At. 05/56, de

nein a Cr$ 5.000.000.00 em cada

27 de junho de 1956.

risco isolado.

N» 99 ~ OUTUBHO DE 195c REViSTA DO 1. R. B, r .'1

■i;


199

200

/J 202

201

Arroz

as respectivas percentagens de parti-

a) A Companhia cedera ao I. R.B.

50 % da responsabilidade que assumir em cada risco isolado:

b) Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a Cr$ 1.000.000.00 em cada risco iso-

cipagao nas

retrocessoes

agricolas,

ESTUDOS E PESQUISAS

aprovadas pelo Conselho Tecnico do

I.R.B. em 30 de agosto de 1956, e obedecendo ao princlpio ja mencionado

Tabuas de Mortalidsde

ceder a urn sistema de investigagao

1956.

Rstificagao

'■) ^^ica entendido. entretanto, que

A Divisao de Operagoes Especialias respcnsabilidades resseguradas per forca das alineas a) e b), acima, nao zadas do I.R.B. solicita que seja feita alteragao no I.° paragrafo ultrapassarao, no conjunto, a impor- ado seguinte texto referente a «Operag6es Agritancia de Cr$ 60.000.000.00, nem a Cr$ 5.000.000.00, em ca~da-risco iso lado.

Esta. outrossim, sendo submetido aos orgaos superiores o seguinte esquema

ESTATISTICA E MECANIZAQAO

confecgao das

Foram distribuidos os Boletins de ns. 46 e 47 referentes aos Ramos Vida

vem o G.E.P., procedendo aos estudos, do material relative ao ano de

ro anterior da Revista:

1954.

«Foi assinado. em 5 de julho de 1956, com a Companhia Nacional de

bh Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a panhia e estabelecendo normas para Cr$ 1.000.000.00 em cada risco iso

Ainda no corrente mes sera dado a publicidade o novo Cadastro de Blocos da Cidade de Salvador. Acham-se em r

A

tencia tecnica, bem como atualiragao e interpretagao dos pianos de operagoes,

execugao e deverao ser postos a disposigao das sociedades ate o fim do cor-

rente ano, os cadastros de Juiz de Fora.

Campina Grande e Campos. 5e^uro em Grupo

c) A Companhia nao retera mais do que Cr$ 60.000.000.00 no Estado propaganda e divulgagao do seguro de Sao Paulo e Cr$ 30.000.000,00 nos agricola.» emais Estados, podendo, para tanto

No intuito de atender as obrigagoes do I.R.B. para com o seu pessoal, determinadas pelo item XVI do art. 41

aumentar a quota de 40 % mencionada

encarregado pela Presidencia de pro-

na alinea a);

d) Pica entendido, entretanto, que

as responsabilidades resseguradas por

forga das alineas a), b) e c). acima, nao ultrapassarao, no conjunto. a 75 % do total das aceitagoes da Companhia, nem de Cr$ 5.000.000.00 em cada

risco isolado. Circulates

° ~ Comumcando as sociedades

*

*

*

RISCOS DIVERSOS

Retificagao do numero anterior Alterar o texto referente a Riscos Diversos para:

«0 Conselho Tecnico do I.R.B., em sessao de 29 de junho de 1956, re-

Boletim Estatistico

e Aeronauticos, respectivamente. Estaem fase dc impressao o de n." 48 contendo OS dados eccnomicos-financeiros

do mercado segurador brasileiro. Cadastro de Blocos

novas operagoes. intercambio e assis-

lado;

«Tabuas dc Mortali

vestigagao do qiiinquenio 1949/1953),

de resseguro para a modalidade Vi- Seguro Agricola uma Convengao destinada a regular as operagoes de resr deira ; seguro da mencionada Companhia com a) A Companhia cedera ao I.R.B. • do % da responsabilidade que assumir o I.R.B. conforme autorizagao dada em cada risco isolado;

continua da mortalidade de segurados no pais, como complemento ao trabalho realizado em 1955 e que resultou na

dade de Experiencia Brasileira» (In

coIas» publicado nesta segao. no niime-

pelo Conselho Tecnico em sessao de 15. de junho de 1956. modificando o sistema de resseguro com a mesma com

dade de seguro.

Prosseguindo no seu intuito de pro-

na Circular Ag. 1/56. de 5 de iulho de

lacfo,;

distribuldo em cosseguro por todas as sociedades que operam nessa modali

do Regimento Interne, foi o G.E.P.

ceder aos estudos necessaries a iraplantagao de um seguro de vida em grupo.

distribuldo em cosseguro por todas as

Quadros Estatisticos

Estao sendo divulgados nesta Re vista os quadros de Ativos e Passives

das Sociedades de Seguro dos e.xercicios de 1951 a 1955.

Apuragoes Mecanizadas Foram entregues a Divisao de Contabilidade o movimento Industrial Geral

e o Resumo dos Saldos das Sociedades,

e as Divisoes de Operagoes os resumes

de langamentos dos meses de julho e agosto do corrente ano.

A Divisao

Transportes e Cascos foram entregues as apuragoes referentes aos MRAT do

mes de junho e os RAMA dos meses de m,aio e junho do corrente.

Companhias que operam no ramo Vida o qual abrangesse todo o seu funcionalismo.

DIVERSOS

solveu aceitar urn contrato de resseguro

Esta sendo tambem oferecido ao.s

Circular D-05/56, de 24 de agosto

funcionarios do I.R.B., com finalidade

automatico de eqiiinos, oferecido pela

de J956 — Comunicando as sociedades

assistencial, um seguro de vida em grupo, facultativo e contributorio, no

vigorar a partir dc 1." de julho de

qual o premio e composto de uma parte

que o Conselho Tecnico deste Instituto. em sessao de 20 de julho de 1956, re-

1956.»

fixa pagavel em folha pelo funcionario

Companhia de Seguros Guanabara, a

e uma parte variavel que e paga pelo

I.R.B, , seguro esse. que tambem sera

solveu revogar a Circular D-04/56, de

30 de setembro de 1953, e estabeleceu a inclusao, em todas as Normas de Res seguro vigentes, dos dispositivos que

N» W - OUTUBRO DE 195<i

KEVISTA DO I. R. B.


203

mendona, referentes a adiantamento

de indenizagao concedido pelo I.R.B. as sodedades.

1954 (Iliffe & Sons Ltd. — Londres — 1955).

Estudios de Seguros (Conferencias

Indicando. outrossim, a numera^ao pronunciadas en la Escuela Profisional com a qua] os referidos dispositivos del Seguro de Barcelona, desde su deverao ser induidos naqueias Normas. fundacion) — Ramon Sarro Burbano e como novos ou- em substituigao aos outros (Escuela Profisional del Seguro vigerifi^. e dando Sutras infortnagoes. — Barcelona — 1955). DOCUMENTACAO Entre outras publicagSes., a Biblio-

205

206

Nazionale delle Assicurazione — Roma — 1955). L'actuaire et sa formation de diri-

Amazonas — n.° 174 — janeiro de

geant d'entreprise — Charles Deleers

Boletim da Comissao de Marinha

(Institut des Sciences Economiques Appliquees — Louvain — 1956).

Mercante — ns. 200/211 — Janeiro/

Revista do Patrimoriio Historico e

Boletim do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao

204

Arti.9tico Nacional n." 12 — Ministerio

Tratado de Direito Privado — vol.

•de Educagao e Cultura (Diretoria do

^^11 — Pontes de Miranda (Editor Borsoi — Rio de Janeiro — 1956).

Patrimonio Historico e Artistico — Rio

•de Janeiro — 1955). A

Missao

Artistica

de' 1816

teca do I.R.B. {«B!blioteca"~Alber-

Anche i bambini sanno che cosa a la previdenza — Institute Nazionale dalle

Afonso de E. Taunay (Diretoria do

naz») recebeu os seguintes volumes

Assicurazione (Bimospa — Roma —

Patrimonio Hist6rico c Artistico Na

que se acham a disposigao dos leitores

1955).

cional — 1956),

vol. II — Maurice G. JCendaJl

Assemblee Pleniere des Societes •d'Assiirances centre I'lncendie — 1909-

(Hafner Publishing Co. — New York

1956 (Frazier Soye — Paris — 1956).

The Advanced Theory of Statistics

desta Revista: L J VRO s

1950 Population Census — Finland (vol. Ill — Offidal Statistics of Fin

— 1951).

Elementos de Biologia — J. Fre deric Fino (Tradugao de Sylvio do land — Helsinki — 1956). Les entreprises d'assuraaces privees Valle Amaral) — (Servigo de Doen Suisse — 1954 _ Bureau Federal curaentagao do M.T.I.C, — Rio de des Assurances — (Nouvelle, Com- Janeiro — 1955). pagnie de Reassurances — Berne

VI Recenseamento Geral do Brasii 1950 — Serie Regional — Censo Demografico — Vols. X, Tomo I e XXX, Tomo I — Estados do P.ara e

Teses apresentadas a 29.'^ Sessao do Institute Internadonal de Estatistica 1955 — Varies autores (I.B.G.E. Golas — I.B.G.E. (Servigo Grafico do I.B.G.E. — 1956). — Rio de Janeiro — 1955). VI Recenseamento Geral do Brasii Comentte a Consolidagao das 1950 — Serie Regional — Censos Leis do Trabalho — vols. I JJ m Economicos — vols. XXIV, Tomo 2 (arts. y922) - M. V. Russomano XXVIII. Tomo 2. XXIII. Tomo 2 — (Jose Konfino, Editor -- Rio de Ja Estados do^ Rio Grande do Sul, Rio neiro—1955).

de Janeiro e Distrito Federal Imposto de Renda — Anotagoes — I.B.G.E. (Servigo Grafico do I.B. fito Rezende- vol. II (Revista Fiscal G.E. — Rio de Janeiro — 1956). e de Legislagao d eFazenda) — Rio de Janeiro — 1953)

L assicurazione nella convenzione di

Progress in Cargo Handling — Roma (settembre-ottobrc 1952) sulla responsabilita dell'esercente dl linee Papers read at the I.C.H.C.A. Ge aerec nei confronti del terzi alia superneral Technical Conference — Naples

ficie — Jean-Loius Frangois (Instituto-

Teoria e Pratica da Avaria Comum

— J. Stoll Gongalves (Irmaos. Di

Giorgio & Cia. Ltda. — Rio de Ja, neiro — 1956).

Programas para la Ensehanza de la Seguridad Social — Oficina Ibero-americana de Seguridad Social (O.I. •S.S. ■— Madrid — 1956) . Acuerdos de Reciprocidad sobre

Seguridad Social — T. C. Stephens (C.I. S.S. — Mexico — 1956).

Boletim da Associagao Comercial do 1956.

junho de 1956.

do Rio de Janeiro — ns. 9/12 •— setembro/dczembro de 1954. Boletim Estatistico do I.B.G.E. —

ano XIV — n." 53 — 1956.

Boletim G^ografico do C.N.G. — ano XII — n." 126 de maio de 1955. Boletim Informativo do Instituto de

Cacau da Bahia — ns. 6, 7, 9, de feverciro, margo e maio de 1956. Boletim

Semanal

do

S.E.S.P.C.

— ano I — ns. 1/11 — maio/junho de 1956.

Brasii Agucareiro — ns. 1/3 — Janeiro/margo de 1956. Chacaras e Quintals — vol. 93 —

ns. 1/2 — janeiro/feverelro de 1956. Conjuntura Economica — ns. 5/6 — maio/junho de 1956., O Economista — ns. 444/445 —

Desarrollos Recientes en el Campo •de la Seguridad Social (America) —

fevereiro/margo de 1^56.

vol. H — 1953/1955 — Emilio Cubas

de 1956.

— (C.I.S.S. — Mexico — 1956).

Industriarios — n." 49 — fevereiro

I.P.A.S.E. — n." 42 — margo/ abril de 1956.

PERIODICOS

-Nscionais

Anuario Agricola Brasileiro — 1955 e 1956.

Mensagera Economica — ano IV — ns. 37/41 — janeiro/maio de 1956. Noticiario

Salic

ano

XXI

ns. 241/247 — janeiro/julho de 1956 e suplementos 38 e 40.

Atualidades da «Sao Paulo» — maio-

Orientador Fiscal do Imposto de

junho de 1956 — ns. 335/336. Boletim da Associagao Brasilcira de

Consumo e Renda — n." 133 — julho

Normas Tecnicas — n." 22 — agosto/ •outubro de 1955.

de 1956.

Parana Economico — ns. 34, 38 39 — janeiro/junho de 1956.

'

N- •!>} - OUTUBBO DE 1956 BEVISTA DO I. R. B.


207

Piratininga — ns. 128, 130/132 — janeiro/junho de 1956. — julho de 1956. Revista Bancaria Brasileira — n.® 282 — junho de 1956.

Informaciones Sociales — n.'' 1 —

Annales de Sciences ficonomiques

Espanha

1956.

L'Argus et la Semaine — ns. 88/94

fevereiro de 1956.

Boletin Oficial de Seguros y Ahorro-

Revista Securitas — ns. 126/127 — maio/junho de 1956. Revista de Seguros — n." 420 —

— Ano XLIl — n.® 222 — mar^o de.

junho de 1956.

Selegoes Agricolas — ns. 117/122 — janeiro/junho de 1956. Estrangeiras

1956.

Versicherung.s Wirtschaft — n." 13 — julho de 1956.

Economia — Ano XXX — ns. 651/ 661 — Janeiro/Junho de 1956.

— ns. 85/90 — janeiro/junho de 1956.

Revista Espanola de Seguros —

Journal de la Societe de Statistique

Bulletin Administratif des Assuran

Lc Droit Maritime Fran^ais — ano 8

1956.

Revista Financiera — ns. 63/64 —

Revue Generale des Assurances Ter-

junho de 1956.

restres — ano 27 — ns. 1/2 — Janeiro/ marqo de 1956.

Inglaterra

Estados Unidos Best's Insurance News-Life — VoL

57 — ns. 1/2 — maio/junho de 1956.

Chile

Economia y Finanza.s — n." 235 —

Fire News — ns. 453/454 — maio/ junho de 1956.

maio de 1956.

Seguros — Ano XVI — ns. 179/182

Hartford Agent — ns. 10/11 — abril/maio de 1956.

— janeiro/abril de 1956.

International Financial News Sur-

Co/dm6ta Boletin

de

Estadistica

ns. 58/61 — janeiro/abril de 1956.

Economia y Estadistica — IV epoca — n.° 81 — margo de 1955.

Seguros, Banca y Bolsa — Ano XVII — n." 5 — maio de 1956.

Ultramar — ns. 7/9 — janeiro/junho de 1956.

Versicherungs-Zeitschrift (Revue Suisse d'Assuranccs) — ano XXIV — n.® 2 — maio de 1956.

Constituindo a Publicagao n.® 62 do-

I.R.B., foi cditado por este Institute pela Circular 1-14/55 e em vigor a

1956.

partir de 1.® de Janeiro de 1956.

Journal of the Institute of Actuaries

0 trabalho em referencia. consubs-

_ vol. 82 — n.® 360 — P.irte I —

tanciando todas as regras para o res-

Janeiro de 1956.

Lloyd's Log — vol. XXVI — n.® 9

segiiro incendio, apresenta inumeros exemplos praticos, que esclarccem e

fcvereiro/raaio de 1956.

orientam os interessados.

Italia

vol. XXXIV — n.° 6 — junho de 1956. Local Agent — vol. 28 — n." 6 —

Manual Incendio

o novo Manual Incendio. divulgado

1956.

The International Fire Fighter —

ULTIMAS PUBLICAQOES

— 3.796/3.807 — abril/junho de

— junho de 1956.

As conven?5es padrao para o de-

senho de plantas e croquis foram impressas cm separado e sao fornecidas.

junto ou separadamente do M.I.

L'Assicurazione — ns. 7/10 — abril/ maio de 1956.

junho de 1956. Cuba

Informations Sociales — ns. 1/11 —

janeiro/junho de 1956.

Fairplay-Weekly Shipping Journal

The Review — vol. 87 — ns. 46/47

wey — ns. 40/48 — abril/Junho de Mensual

Suifa

de Paris — ano 97 — ns. 1/3 — janeiro/mar?o de 1956.

Revista del Sindicato Vertical def

janeiro, mar^o/maio de

dezembro de 1955.

— abril/junho de 1956.

maio de 1956.

de 1956.

Atuarios.

Revista de Economia — vol. IX — Fase I — mar^o de 1956.

1956.

Revue Internationale du Travail —

do Institute de

ns. 113/114 — maio/junho de 1956.

ces — ano II — ns. 46/47 — fevereiro/

Seguro — Ano XIII — n.® 149 — maio-

Boletim

Portugueses — ano X — n." 11 —

El Eco del Seguro — Ano LXIV — ns. 1.611/1.613 — Janeiro/m.argo de

Canada

Portugal

— maio/junho de 1956. L'Assurance Fran^aise — ano 49 — L'Assureur-Conseil — ns. 262/264

n.® 123 — raargo de 1956."

Alemanha

janeiro/mar^o de 1956.

Appliquees — 14® Annes — n.® 2 —

Accion — Ano II — n. 1 — Janeiro/

Revista do Conselho Nacional de

Peru

I

n." 18 — Janeiro de 1956.

Economia — n.° 38.— abril de 1956.

ns. 1. 3/5

Franga

Dinamarca

Danish Foreing Office Journal —

A Previdencia — ano XII — n." 152

210-

209

205

Sicurta — ano XI — n.® 5 — maio

The National Geografic Magazine

de 1956.

— vol. CX — n." 1 — Julho de 1956. The Spectator Insurance Authority-

Mexico

El Vendedor de Seguros — vol. 3

Since 1868 — vol. 164 — n.® 6 —

— n." 30 — maio dc 1956.

Junho de 1956.

Relatorio do 16." exercicio do I.R.B. Contendo todos os aspectos referentes ao I.R.B. no ano de 1955, foi editado pelo Institute o Relatorio de seu.

decimo sexto exercicio, publica^ao 61.

BF-Vl.STA no I. R. B-

N9 9') - OUTllBno l.)K \m

i


211

213

214

autoridades Militares e Civis, membros

Altas autoridades, representantes do comercio, industria e bancos locais

212

NOTICIARIO

dos referidos Gabinetes e funcionarios

que servem na Presidencia da Repu

DO PAlS \

aniversario do presidente juscelino kubitschek X

For motivo, da passagem de seu Apolonio Sales, o Presidente da Caamversano natalic.o, ocorrido no dia mara dos Deputados. Sr. Ulisses Gui-

Tu.rfr Kubitschek reccbeu ° Presidente maraes,deos Policia, demais Genera! congressistas. Juscelino expres- Chefe Augustoo

^.vas man.festacoes de a^miza^e e Magessi. o Prefeito do Distrito Federal

compareceram a este ato, que teve

linda a presenga dos Senhores Wal-

blica.

demar Costa Leite, representante do

O Presidente Juscelino Kubitschek foi, no decorrer das homenagens, sau-

Dr. Amilcar Santos, Diretor Geral do

dado pelo Embaixador Alvaro Lins, interpretando o pensamento da Casa

Privados e Capitalizagao; Sr. Antonio

Civil e da Casa Militar, numa delega-

Presidente do Institute de Resseguros

^ao especial do General Nelson de Melo e, depois, pelo Ministro da Justi?a, Senador Nereu Ramos, em noine dos

Ministros

de

Estado.

tendo

o

Presidente Juscelino agradecido as sau-

Jose Caetano da Silva Neto. represen tante do Dr. Augusto Xavier de Lima. do Brasil: Sr. Luiz Carlos Paranagua,

membro da diretoria do Sindicato das

Empresas de- Seguros Privados e Cajaitalizagao do Rio de Janeiro. Sao OS seguintes, os eleitos:

Alfredo

dagoes recebidas. Tambem estiveram

Departamento Nactonal de Seguros

no

Palacio

ar

tistes da Opera de Pequim, em excursao pelo nosso Pais. e que ofeceram ao

Figueiredo,

Presidente;

Eduardo Mansur Levy, Vice-Presidente: Anacleto Araujo, 1." Sccretacio; Gilberto Cunha, 2° Secrcfario; Aristi-

lembranga,

des Vitor Bruete. Tesoureiro e Fran

constituida de produtos de artesanato

cisco Joaquim Moreira da Rocha, 2.* Tesoureiro; Suplentes: Antonio F. do

Chefe do

Governo

uma

chines, de fino lavor e acompanhada

de uma mensagem de felicitagoes. Na riqueza de suas tradigoes milenares,

Rosario, Quirino A.

Silva, Antonio

Cavalcante, Marcelo de A.

Maia e

foram os chineses buscar para motivo

Rubem J. da Silva: Conselho Fiscal:

de decoragao dessa mensagem de feliz aniversario, em pintura e aquarela, uma bandeja de pessegos que, no seu pais, e o simbolo da longevidade.

Gastao Moreira,

SINDICATO DAS EMPRfiSAS DE SEGUROS PRIVADOS E CAPITA-

Francisco J. Antunes Filho e Orlando

Presidente;

Daniel

Dias e Dagmar Machado; Suplentes: Pedro G. Cardoso, Fernando L. dos

Santos e Jaime d'Amorim; Conselho da Federagao: Mariano Badenes Torres, Raul Teles Rudge e Otavio da S. Bastos; Suplentes: Valter B. Niemeyer. R. Valenga.

LIZAgAO DO ESTADO DE

■aprSco. em cerimonias realizadas no I'alacio do Catete.

PERNAMBUCO

Sr. Negrao de Lima, os Chefes dos

Gabinetes Militar c Civil, respectivaEstiveram presentes, a fim de cum- mente, General Nelson de Melo e primentar o Presidente da Republica Sr. Alvaro Lins, o Presidente do Institodos OS Ministros de Estado. o VicePresidente do Senado Federal. Senhor tuto de Resseguros do Brasil, Dr. Au gusto Xavier de Lima, muitas outras

Em solenidade realizada no dia 14

COMPANHIA DE SEGUROS

de agosto proximo passado, na sede da Associagao Cometcial, tomou posse

UNIAO NACIONAL

a primeira diretoria do Sindicato das

Foi inaugurada, em Recife, no dia 2

Empresas de Seguros Prlv.-ados e Capi-

de julho do corrente ano, a Companhia de Seguros Uniao Nacional, em sole-

talizagao do Estado de Pernambuco.

N? 9? - OUTUBRO DE 1936 REVISTA DO I. R. B.


215

Constitui ela a segunda sucursal da

Protegendo o campo contra a ocorP-C. e o Sr. Antonio Jose Caetano rencia eventual de prejuizos causados da Silva Neto,' Reprcsentante do I-R.B. em Red/e, o qual representou por fatores climatericos. doengas e o Dr. Augusto Xavier de Lima. Pre- pragas. inegavelmente o seguro agricola contribui para o desenvolvimento sidente deste Institute. ^ A primeira diretoria da referida harroonico das atividades agropecuacompanhia ficou assim constituida: nas e, em consequencia, tarabem dos Antonio Barbosa Junior, D/retor-Pre- demais setores da economia — a in sidenfe; Donald Azambuja Lowndes dustria. o comerdo. os transportes.

Diretor-Vice-Presidente; Saul da c'

COMPANHIA NACIONAL DE SEGURO AGRICOLA

Fo, maugurada em Beio Horizonte,

Condicoes do concurso: Presidente — Dr. Flavio Antonio

A. Pereira— (P.aulista). 1.® Secretario — Sr. Florentine de

Araiijo Jorge — (Confianqa). R

Iff

Instituto, a Avenida Marechal Camara

n.° 160, 5.® andar, ate 31 de Janeiro

2.° Tesoureiro — Sr. Celso Camargo Viana — (Excelsior).

Outra consequencia fjvoravel e o

pseudonimo, serao acompanhados de envelope fechado, o qual contera na

1.® Membro — Sr. Vicente de Paulo

rior o titulo do trabalho, o nome do autor e sua residencia:

c) a comissao julgadora comporse-a de tres membros do Instituto,

3.® Membro — Dr. Edgard de Nodesignados oportunamente pela Dire vais Franca Filho — (Central).

Credito Agricola e Industrial, do Banco

toria e, na sessao de 25 de abril de

do Brasil.

No momento. o cobertura dadi

«PRfiMIO SEBASTIAO

por este seguro esta limitada aos ramos

CARDOSO CERNE»

A Federacao Nacional das Empre-

mente, ir-se-a estendendo a outras

1957, comunicara o julg.amento a que haja chegado. Na mesma sessao, sera conhecida a identidade do premiado: d) o trabalho premiado sera publicado, a cargo da Federaqao, em re-

sas de Seguros Privados e Capitali- vistas especializadas ou em separata zaqao. por oficio de 29 do mes findo, com previa autorizagao do autor: comunicou ao Institute dos Advogados e) o premio sera entregue em Brasileiros que as sociedades de se sessao ordinaria do Instituto, a realiguros e capitalizacao decidiram ins-

tituir um premio, a que estimariam dar o nome de «Sebastiao Cardoso Cerne», a ser conferido ao autor de trabalho

*

No dia 27 de julho ultimo, realizouse a eleicao para renova^ao da D: e-

b) OS trabalhos, assinados com

parte externa o pseudonimo e no inte

2." Membro — Sr. Carlos de Abreu

aumento do credito rural, ja servindo a apohce de seguro agrlcola, como base dos financiamentos da Carteira de

de SAO PAULO

de 1957:

Conselho Fiscal

Costa — (Motor Union).

grama de ampliacao dos beneflcios do modalidades do seguro agricola cumseguro agricola as mais importantes Pnndo. assim. a C.N.S.A., as finaliconcentracoes de atividades agrope- dades para que foi criada pelo Eminar.as do pais», conforme palavras nente Presidente Vargas.

sado o proprio Presidente da Republica

entregues, em tres vias, na sede do

2." Secretario — Dr. Luiz Gomes

S. Alv.arenga— (Americana).

• *

pape! oficio, espa^o dois, deverao ser

margo Maia — (Patriarca).

etc.

C T Sr. Rafael Cruz T' Lima, nesta ocasiao. A cnagao desta sucursal resulta de entendimentos havidos entre os Go- SINDICATO DAS EMPRfiSAS DE SEGUROS PRIVADOS E DE de belo Honzonte, tendo-se interes- CAPITALIZACAO NO ESTADO

a) OS trabalhos, dactilografados em

Fernandes —• {Sul America T.M.A.). 1° Tesoureiro — Sr. Dimas de Ca-

no dia 18 de agosto ultimo, nova de bovinos, trigo, cafe, uva e arroz; ucursal da Companhia Nacional de entretanto esta cobertura, paulatina-

Seguro Agricola. como «parte do pro-

mesmo premio. tornou piiblico o segulnte:

car Sant'os^^Diretor Geral do D.N.S.

♦ * *

aceitando o encargo de outorgar o

Diretoria

ceram figuras repressntativas do meio mais de um ano de operneoes indus segurador, do comerdo e da industria trials. o que prova a boa receptividade locais. pstiveram presentes o Dr. Amil- deste rarao de seguro nos meios rurais.

t-as Carneiro, Diretor-Gerente.

toria e do Conselho Fiscal desta entidade. tendo sido eleitos:

C.N.S.A. no Estado de Minas

A esta cerimonia. a que compare- Gerais, e a sexta, no Pais, em pouco

Antunes. Diretor-Gerente; Nestor Ril

218

2)6

nidade realizada no salao nobre do «Grande HoteI» daqueja cidade.

217

:

original sobre qualquer aspecto juri-

dico do contrato de seguro, resseguro ou capitalizagao.

O premio e de

zar-se em 16 de maio de 1957.

FACULDADE NACIONAL DE CIENCIAS ECONOMICAS Por ato do Excelentissimo Senhor

Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros). Presidente da Republica, publicado no O Instituto dos Advogados Brasileiros. DUr.o Olicial do dia 10 de setembro

N> ys. .. OUTUBUO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.


219

220

221

22?

Como se deve fazer um seguro

11. Os seguros fluviais e lacustrcs,sua analogia com os seguros maritimos.

kr •

findo foi nomeado o Sr. Americo Ma- tino suas expressoes de admiragao, theus Florentino, para eXercer, interina e cumulativamente, o cargo de Profes formulando-lhe sinceros votos de felicidades. sor Catedratico de Organiza^ao e

5.

transporte.

A escolha da modalidade

ou sub-ramo.

Principals caracteris-

ticas de cada um.

Contabilidade Bancaria, e Organiza^ao e Contabilidade de Seguros, da Faculdade Nacional de Ciendas Economi&as.^da Universidade do Bxasil. O i]ust>& Professor Florentino e fi-

Tl

CURSO PRATICO DE SEGURO TRANSPORTE

Iniciou-se, a 11 de setembro ultimo, gura bastante" conhecida nos rneios sob a orientagao do Curso Basico de

6.

A escolha do tipo de apolice

de acordo com as necessidades de

Principais diferengas.

A Tarifa Flu

vial e lacustre. Seu USD. Comentariosparticulares.

cada segurado. O moVimento de em-

12. Os seguros terrestres — con digoes e tarifagao. O que dos outros

barques, a localizagao geografica das

ramos neles se aplica.

viagens, a forma de comercio e us con-

parative entre os seguros rodoviariose ferroviarios. As tarifas terrestres.

seguradores do Pais. tendo sido autor Seguros. urn Curso Pratico de Seguro de varies trabalhos divulgados pela Transportes. ministrado pelo Professor

digoes do mercado como elementos

«Rcvjsta do I.R.B.s, desde 1942. Raimundo Correa Sobrinho.

de apolice.

fundamentals para a escolha do tipo

13.

Estudo com

Os seguros aereos, postais, de

7. As coberturas que podem ser

portadores e de bagagens, generalidades-. Condigoes e taxas. Algumas

oferecidas nos seguros maritlmos. Sua

particuiaridades marcantes. A escolha

bilidade, e exercido cargos de alta do Brasil, com uma frequencia -media responsabilidade, inclusive no Instituto superior a 120 alunos. enquanto as' de Rcsseguros do Brasil. onde inidou matriculas foram alem de 230. sua brilhante carreira. chegando a O programa a ser desenvolvido e o

amplitude e restrigoes. A' Franquia. O problema do valor segurado e a

do sub-ramo c enquadramento nas con

ocupar, no mesmo, o cargo de Conta-

lice maritima. Comentarios. Esclare-

Jovem ainda, e de reconhecida compel

As aulas tern side realizadas as

tencia, tem ele participado em confe- tergas e quintas-feiras. pela manha, no rSncias tecnicas de seguros e conta auditorio do In.stituto de Resseguros

dor-Geral e de Diretor-Interino do iJepartamento Financeiro,

Entre sens trabalhos mais notaveis,

seguinte:

1- O que e o seguro transportes. Em que se baseia. Seus pontos de contacto com outros ramos de seguros.

encontram-se as teses «As reservas Suas principais diferengas. tecmcas no seguro privados, de 1949. que ihe conferiu o titulo de Docente- 2- A responsabilidade civil dos W da Faculdade Nadona] de transportadores. O seguro dessa res Ciencias Economicas, e «A influenda ponsabilidade. Limite entre o seguro

das mshtuigoes bancarias e assecura- de responsabilidade civil dos transportop,as_ no equilibrio do paWmonio das tadores e os seguros transporte.s. Presas». ^ esta uma obra de foleqo

meios de transapresentada a referida Faculdade. pfra porte eOsas principais differentes vias de comuni-

ncurso de provimento do cargo para o qual foi nomeado, e que mefece cagoes.^ As mercadorias transportadas

-almente. ser ampIamentS divulqada epresas OS veiculos transportadores. As emde transportes. nos meios seguradores e bancarios A «Revista do T R n ao PpofessoP

4. O conhecimento de embarque. Diferentes tipos e clausulas principais

iua fungao no contrato de transporte.

cISusula de rateio.

digoes e taxas aprovadas de diferentes

tipos de seguros.

Pratica dos tipos.

pouco comuns.

8. As principais condigoes da apo cimentos que devem ser sempre levados aos novos segurados. As averbagoes. seu preenchimento e sua fungao.

14. O sinistro no ramo transportes.

Analise de varies casos objetivos para. exame da cobertura e das condigoes-

9. A cobranga de premies nos se

e taxas. Normas gerais para a liquidagao de um sinistro transportes. Bases especiais dos seguros maritimos,

guros maritimos- e nos diferentes tipos

fluviais, rodoviarios, ferroviarios e dos-

de apolices. Estipulagoes legais e concontratuais. Comentarios. Orientagao segura para nortear a concessac de

condigoes especiais de pagamento. principalmente em certos tipos particulares

de seguros, A conta do seguardo e o exame em sua escrita.

10. As taxas de premio nos seguros maritimos. A Tarifa Maritima. Como

.se deve taxar um seguro maritimo.

Riscos e viagens nao tarifadas, como devem ser taxados, tecnica e comercialmente.

outros sub-ramos. 15.

A vistoria.

Contrato de vis-

toriador com o segurado. O que deve e o que nao deve ser discutido com ointeressado.

Contrato do vistoriador

com o representante da empresa de transporte e com o preposto do arma-

zem. Como proceder em

case de

roubo, avaria ou de perda total legal. O preenchimento do certificado de vistoria: cuidados especiais.

De tSdas as aulas. sao distribuidas. siimulas aos alunos. bem como as Com-

panhias de Seguros que operam no Pais.

N" 03 - CUTUBRO DE 1956 REVISTA DO i. R, a.


u

223 22^

LUIZ SERPA COELHO No dia 26 de agosto do corrente ano

Grupo Lowndes. que Ihe confiou a

../afeceuo Dr, Lui. Serpa Codho que. •rfurante muitos a^ncs, prestou ao Insti-

organizagao da «Cruzeiro do Sul Ca-

-Brasil preciosa coIafaora?ao. "

a racrte aos 47 anos de idade.

tatoHe Resseguros e ao seguro no pitaIizagao». em cuja gerenda colbeu-o INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

Coube-Ihe reaiizar os inqueritos iniciais necessaries a organizagao das ^peracoes no Ramo Transporles onde teve a oportunidade de aplfcar seUs

SEDE — RIO DE JANEIRO AVENroA MARECHAL CAMARA, 171

REPRESENTACAO em SAO PAULO

■grandes- conhedmentos hauridos na

RUA XAVIER DE TOLEDO, 114 — 6.° ANDAR

^scola PoJftecnica da Universidade do Brasil, em que se formara engenheiro civil. Instaiada a Divisao Transportes, dirigiu-a com aito tirocinio, obtendo os «elhores resuitados possiveis na difi<dlima crise da II Guerra Mund/al. Sua alta capacidade de trabalho, a

representaqao em p6rto ALEGRE AVENIDA BORCES MEDEIROS, 410 — 15.° ANDAR

REPRESENTACAO EM SALVADOR AY. BSTADOS UNIDOS, 34, 5.° AND., SALA 501

REPRESENTACAO EM BELO HORIZONTE AVENIDA AMAZONAS, 491 A 507

REPRESENTACAO EM RECIFE AVENIDA OUARARAPES, 210 6.° ANDAR, SALAS 61 A 66

REPRESENTACAO EM CURITIBA RUA QUINZE DE NOVEMBRO, N.° 551 A 558 - 16.° AND.

iovial ^ constante dedicagao a defesa ■dos interesses do Instituto, foram os

fatores poderosos que nos permitiram resistir com exito aos problemas daque-

8.® ANDAR

REPRESENTACAO EM BELEM AV. 15 DE AGOSTO, 53 — SALAS 228 A 230 REPRESENTACAO EM MANAUS

Ao ter conhecimento da sua morCe.

RUA MARCfLlO DIAS, 235 — SOBRADO

precedida de insidiosa molestia, a AdJa em pleiio funcionamento os ser- ministra?ao do Instituto esteve presente aos funerais. participando com sua favicos da Divisao Transportes, e dado niiJia do mdsmo pezar de se ver privada ^ do trabaiho entao realizado pelo Dr. Luiz Serpa Coelho, veio busca-lo de urn amigo certo, urn carater reto. Jes niomentos gravissimos.

para ampliacao de suas atividades o

N'' sy

uma inteligencia viva e capaz como

Luiz Serpa Coelho,

OUTUBRO DE 1956

L'.epArtajnsnlo de Imprensft Nuc-lonal — i<io de Jane-Iro— ISDS


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