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N. 99
OUTUBRO DE 1956
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DERESSEGUROS DO BRASIL
S U M A R I O Politica penal do seguro; Liiiz Mendonfa. col. 3 — Avaliagao de navios: ]ose Cruz Santo.'i, col. 7 — O dircito
do seguro tcrre.stre: David Campixta Filho. col. 15 — Atividndes do I.R.B. na preven?ao e protegao contra 'ncen-
dio.s: Mario Trindadc, col. 29 — A evolu^ao da cobertiira automaiica tit
Mais uma vez. em novembro do ano em curso. estarao
ramo incendio: Cello O. Nascentc.^.
reunldos cs seguradores dos paises americarzos com o fim de
col. 33 — Ainda o .seguro global de
analisarem. cm conjunto. os problemas comar:s atmentes ac exercTCTo de suaa atividades. Tera hgar. nessa ocasiao a VI Conferencia Hemisferica de Seguros. conclave qae desta feita se realizara na bela e acolhedora cidade de Buenos A,res.
bancos; J. A. M. W'egerinck. col. 45 — Considera?6es sobre a e.scoiha de urn navi'o de carga; Giulio Tartari.
col. 51 — Cooperacao; Herminio A-
A sede do primeiro desses certamcs foi a cidade de Nova York no ano de 1946. Desde entao. e sem solugao de canty nuidade. os seguradores de todas as Americas vim mantendo
Faria. col. 59 — O ensino das openINO XVII
OUTUBRO DE 19S6
N. 99
Coes de carga: Cmfe. C. L. 5aijcrb/ef-
col.,67 — Dados Estatisticos. col. 77
— Tradugocs e Transcr'^oes; Probabilidade e acaso: /oao Lyra Madeira, col. 95 — Seguro de despe.sas hospi-
REVISTA
I
Ora num. ora noutro pais. tais reunioes per:od^cas a.nda tern
talares: C. Walker, col, 129 — Se
piciar um melhor e mais intimo conhectmento mutuo dos segura-
guro da indiistria atomica; Ambrose B.
dores dos diferentes mercados americanos.
As primeiras conferencias realizadas constitniram uma espyie
A ped,a A ,o,ue par. a Aia.A constilu^Ho. em crater Af.a,tJ de um orpaaismo iateraacion.J capaz de tora.r-ac mslrumento
sobre a atividade seguradora em Por
iNSTnUTO oe hesseguros do BRASIL PiPSiOPnlc; Auguslo Xavicr do Lima
tugal e no Brasil: /?ui /. da S. Ramos.
de estudos coletiuos dos seguradores amer,capos, para a soiafao
col. 165 — Consultorio Tecnico. col. 179 — Boletim do I.R.B., col. 183 — Noticiario do Pais, col. 211.
As seus problemas eomuns. A ercper,erremJeda demoustrou resutlados Liscufmelmente [aooraueis a td ,A,a E coube prccsameute aos seguradores brasdeiros a ia.caja.a de proper um auteprojeto de eslatuto para uma eutidade dessa ordem antepro,eto esse que contoo coo. a aprooafSo plem dos part.c.pantes do ult.mo
JOSE ACCIIXY DE SA ALBERTO MARTINS TCWRES
CCNSELHO
ANOEIO MARIO Ot MORAES CERNE
lECNiCO
ARTHUR AUIRAN fHANCO DE SA
oonclave, leuado a efeito no Rio de /ancro. Hole a primitiva ideia concretizou-sc em magnifica realidade. sendo o 'vindouro certame de Buenos Aires o primeiro que se
MANOEL FRANCISCO MEIRFLES RAUL TELLES RUDCE
CONSllHoi '"-BEHTO VICiRA SOUTO (Pi«,il.Me) FISCAL
de materias da maior atualidadc e interisse pam suas operagoes.
^stentado. por forga dessa rotatividade. a. grandeyutude de pro-
^elly. col. 145 — Alguns elemcntos
I
.nm benefico intercambio de ideias e experienaas A cada do,s anos, tim-se reunido para um amplo e proveitoso debate em torno
realizara apos a constituigao definitiva das Conferenctas Hcm,s-
MOACYR PEREIRA OA SILVA RUBEM VIEIRA MACHADO
fericas de Seguros. O I.R B. que invarikvelmente tern apoiado a ideia participando de todos os conclaves, nesta oportunidade
DA REVISTAl
envia u'a mensagem de Iraternidadc e estinmlo aos Conferencistas
StHVICO DE DOCUMENTACAO eO(FtCiO Joio CAS10S-VIT41 NlOA MSBEriHAL CAMARA CAiXA POSTAL 1.440 ~ TEL. 32-80&5
.de 1956.
\(
1.^
A O
REVI TA, DO I. R. B.
1
Polftica penal do secure
Nao houve, porem, uniformidade de pensamento quanto aos sistemas de controle, que podem ser divididos em tres tipos distintos: O normative, o de
"^Ta poli'tica do seguro e de indis^ cutivel importancia o setor penal.
I• I
A isso atenta. a legislagad patria hoje contem adequadas disposigoes com
sao previstos especificamente
pelos
Este ultimo, sem
cante ao ilicito penal, conseguiu ainda
e vigilancia, e hoje vigente na maioria
corrigir a omissao legislativa que tanto
dos paises, inclusive no Brasil.
dificulta o combate as fraudes de se-
Como se vc, a intervengao estatal
atinencia a materia.
O ilicito penal como o civil
diivida o que permite maior controle
material do estado.
5ecre(afio do Presidents do I-R.B.
monial.
Codigos, que fixam as respectivas e adequadas punigoes. E saliente-se. en passant, que nem todo pais, no to-
publicidade, o de autorizagao e inspegao
Luiz Mendonpa
repressao desse tipo de crime patri
gurados.
na atividade seguradora teve o exclu
Estamos, pois, armados do aparelha-
sive objetivo de elidir a fraude do segurador; e os sistemas leg.ais criados
mento legal necessario. Acontece apenas que esse mecanismo ainda nao
e possivel tomar conhecimento pelos estudos vindos a publicidade, mesmo textos que as referem, textos que dao
realmente permitiram-lhe a realizagao
funcionou com ■ pleno aproveitamento
do fim visado.
do-seu potencial corretivo. Ha nume-
nas v^ias e excelentes revistas tec- curso a um tradigao escrita realmente interessante e digna de curiosidadB-"
O mesmo nao ocorre no reverse da
O assunto, porem, nao tem sido blico, na verdade tinham o objetivo
objeto da divulgagao que/por. obvias razoes. seria necessario dar-lhe. Raros sao. a seu respeito, os trabalhos e
premeditado de lesa-Io.
De ocorrencias de tal especie hoje s6
rosas dificuldades de ordem pratlca a remover, tarefa que seria grandemente
nicas do meio segurador nacional.
medalha. Salvo em um ou outro pais,
Maior disseminagac de conhecimen- Foram tais ocorrencias que contribuitos acerca desse relevante capitulo da ram para a criagao de um ambiente instituiqao do seguro constitui, por hostil ao seguro. Impunha-se combatecerto. fator primacial para a reduqao las e extermina-las, preservando'se a das [raudes contra o seguro, cometidas instituigao seguradora, da qual muitos em muifos p.aises numa escala de que e proveitosos frutos era de esperar em o publico nem sequer suspeita. Pur favor do bem-estar economico e socisl
® bem pouco o que se tem feito no
facilitada, como no inicio deste artigo
sentido de combater com sucesso a
foi salientado, se houvesse, entre nos,
"5
divulgagao maior a respeito da relefraude do segurado. vancia que em verdade assumem, na Entre nos, por exemplo, por muito Politica do Seguro, as questoes de fsmpo nem ao menos tivemos, na legis-
laqao penal, um dispositive a base do
ordem penal da atividade seguradora.
outre lado, cssa difusao teria a vir- das comunidades civilizadas.
lual se punissem os crimes de tal
Nem se diga que entre nos escas'
tude^ de remover as incompreensoes e
natureza.
Nao foi outro, senao esse, c funda'
reagoes provocadas, em muitos circulos, mento da intervengao estatal na ativi-
Hoje a lacuna esta preenchida. D estatuto penal vigente dispQe sobre ® fraude contra o seguro (art. 171, de enriquecimento ilicito. Como em § 2.0, n.® V), estabelecendo sangoes outros paises cujas fraudes contra o
pelo teabalho de entidades que, como dade seguradora. Comegou essa inter'
o I.R.B., procuram colaborar na repressao a essa forma da criminalidade.
vengao na segunda metade do seculo
passado, quando se editou o primeiro
Em teoria. nos delitos praticados com diploma legal traduzindo a disposi?S® a ideia de obter-se vantagem ilicita da estatal de vigilar as operagoes opcragao de seguro, o sujeito ativo seguros, na defesa dos interesses tanto pode ser o segurador como o
seiam os delitos C091 que segurados procuram desnaturar a operagao de seguro, para transforma-la em fonte
^ntre os crimes patrimoniais. Com
seguro ocupam freqiientemente o noticiario da nossa imprensa, aqui tais de litos atingem incidencia que nao e de
^feito, era necessario dar-lhe configu-
modo algum despicienda.
PCrtinentes.
O delito teve capitulagao a parte,
publico.
scgurado.
Isso tevc lugar nos Estados Unidos A fraude do segurador constitui, da Amm:ica do Norte, sendo Massa' oje, quase uma simples reminiscencia chusetts o estado pioneiro. Nao tardoU hist6rica. Sua mais freqiiente e impor- a irradiar-se a novidade, universal'
^a?ao propria, pois de outra maneira,
tante modalidade consistia na organi- zando-se a doutrina do controle indi'
zagao de emprlsas que, a pretexto de oferecer protegao securatorla ao piS- reto do Estado sobre as operagoes de
Para que a nossa bem orientada poli,.
como nos Codigos anteriores, nao
tica penal do seguro produza resul-
haveria enquadramento para tal figura
tados positivos, basta acrescentar, as
delituosa.
conquistas de ordem juridico-fegal j&
Ja nao temos deficiencias legisla- obtidas, a extingao da impunidadc dos tivas que nos deixem inermes p,3ra a delinqiientes. So isso. "
seguros.
No 99 - OUTUBRO DE 1955 REyiSTA DO I. R. 8. .4k.
10
AvaIia9ao de navios Jose Cruz Santos Cepitdo de Mar e Gucrra
Engenheiro Naval
OMERCAD0 internacional de navios, ^jo centro e "incontestavelmente
a Europa. esta atualmente muito ativo, encontrando-se ps pregos no mais alto
tribuem suplementos com informa^oes
pagando-lhes a diferenga entre o preno de construnao no estrangeiro e o preno
aos possiveis fregueses.
domestico; esse arranjo nao atinge
gira em torno de navios cargueiros
todos OS armadores, muitos dos quais nao somcnte constroem fora, como
navios • de passageiros, rebocadores' e
tambem,
freqiientemente,
navios
sob
outras
Naturalmente o grosso do mercado
mas. ha sempre navios
de
pescat
registram
outrOs tipos de embarca^oes que estao
bandeiras,
continuamente mudando de armadorv Estabelece-se assim um determinad'6
nivel ja registrado em epocas consideradas normais.
mundial, que e altamente favoravel aos
especialmente o Panama e a. Liberia,
•armadores.
cujas leis parecem ser favoraveis a tal
Nos ultimos tres anos houve uma
dos
nos estaleiros de seu proprio pais,
seus
possa atingir mais fortemente um deter-
descrigao sucinta
navios a venda e, continuamente, dis-
mas esse fato nao altera a situagao
A elevagao de pregos, ainda que
pre^os, .com
dinoes e exigencies, subvenciona. arma dores nacionais para • que construam
entendimento.
valor para cada navio no mercado mundial, num certo momento. £sse
valor pode variac continuamente ou pode manter-se estacionario duranta
minado tipo de navio por circunstan-
alta de cerca de 30 % a 50 % nos
• £ interessante observer que, apesar
cias espedais, e um fenomeno que pregos dos navios de segunda mao,
de ser a mao de obra americana a mais
geralmente afeta toda a industria, uma
tendo sido assim sobrepujados os
elevada do mundo, com o salario medic
prenos atingidos durante a guerra da
superior a 340 dolares per mes, o pre^o
periodos apreciaveis, do mesmo modo que qualquer' outra mercadoria sujeita
Coreia que, ate agora, eram os-raais altos que ja haviam sido registrados.
de certos produtos nao e, em geral,
A oscila^oes de mercado.
vez que corresponds a maior demanda, que, no moraento, nao e compensada
por maior oferta. Os estaleiros, cheios
de encomendas, sobrecarregando sens
A atitude dos Estados Unidos da America do Norte acerca de sua Marinha Mercante 6 um estranho fator
comparativamente tao elevado, gragas ao admiravel rendimento com que a
niao de obra e empregada nas indus tries de grande volume de produgao
O
valor
relative
dos
diferentes
navies cargueiros baseia-se principalmente em certas caracteristicas que
ornecedores com pedidos e predsando atrair ^mao de obra adicional, dilatam pregos e prazos de entrega, ao passo que OS navios prontos sac disputados
no mercado mundial de navios.
fato, como a operagao dos navios sob
Contudo a construgao naval, mesmo
malores forem a sua velocidade e a
pelos compradores.
a bandeira norte americana e muito
com a utlliza^ao dos mais modernos
capacidade de carga e quantO mais
por causa dos vencimentos ■ Nao e diferente o problema no caso edispendiosa vantagens concedidos a suas tripudas outras comodidades, observando-se entretanto que, ainda que haja ele- lanoes, o preno dos navios para vendas
processes, nao se presta facilmente a padronizagao, o que acarreta a elevagao
novo for o navio, tanto maior sera o seu valor em rela^ao aos outros navios.
de pre^os que foi mencionada.
Ha, porem, outros fatores de impoi-
De
mentos ponderosos que, de certo modo, «americanas» e bastante menor que o valor que os mesmos navios obtem no manipulam o mcrcado de fretes, o fato permanece claro e evidente que ha mercado mundial. De modo semelhante, como nos esta ®uita carga para os cascos atualmente .em uso.
• Tal declara?ao, evidentemente, diz respeito ao mercado de fretes como um
leiros americanos o preno de construnao
e muito elevado, nenhum
armador
tende hoje a colocar suas encomendas nesse pais;.pelo contrario, verifica-se
padronizada.
Tambem, como e sabido, o Governo
tancia secundaria mas que, nao obstan-
Americano possui milhares de navios
tc, precisam ser tornados em conside-
niercantes cuidadosamente conservados,
ra^ao para que possa ser feita uma avaliagao correta.
cuja venda so pode ser efetuada por •neio de lei do Congresso, o que impede o lan^amento desses navios no mercado,
ricano em situagao toda especial, ao passo que, na Europa, as transa?6es
tecnicas que essencialmentc o encare-
sao em geral livres, atraves de corre-
cem: em alguns casos tal caracteristica podera levar ate a instalagao de duas maquinas, em vez de uma como e o
assim
protegendo os
estaleiros
ao
niesmo tempo que, desse modo, e mantida uma prodigiosa reserva para
inaplicavel.
caso de emergencia.
Por exemplo, ha no momento grande falta de carga dos Estados Unidos para o Brasil, dadas as restri?oes impostas pelo Governo Brasileiro a im
de outros paises, nos quais, muitas vezes, ha interesses financeiros de companhias ou particulares dessa nacionalidade.
Verdade e que o Governo dos portances a serem pagas cm dolares, Estados Unidos, mediantc certas con-
Assim, quanto menor f6r o «calado» do navio quando carregado, tanto mais valioso sera c navio porque, desse modo, ele podera entrar em pottos de menor profundidade. Alias, a constru^ao e projeto de navios de pequeno calado relatiVamentc ao seu tamanho apresenta dificuldades
todo porque, como e bem conhecido, ha pontos especiais em que ela e que muitos armadores norte americanos encomendam seus navios a estaleiros
lepresentam a sua capacidade de transportar carga e a sua idade. Quanto
Ssses fatos colocam o mercado ame-
tores de renome internacional que, anualmente, publicam suas listas de
N9 99 - OUTUBRO DE !9S6 REVISTA DO I. R. B,
n
caso geral.
Isso sucede quando o Os navios tanques em geral nao sao calado e tao pequeno em relagao a muito diferentes em pregos dos navios potencia necessaria para atingir a de carga seca correspondentes, mas os velocidade desejada, que um unico pequenos navios tanques sao ligeirahelice, de diametro limitado pelo ca- mente muis caros e os navios grandes lado, nao pode absorver toda essa po sao ligeiramente mais baratos do que tencia. Nesse caso. alem do aumento
Gcralmentc admite-se que os navios
grosseiramente cerca de 12 % do valor
O tipo de maquina propulsora e o combustivel empregado influem tambem no pre?o dos navios. Os navios mo-
queosquequeimamoleo. No caso de motores diesel, aqueles de baixa ro-
tagao, que sao mais duraveis e exigem menor .atengab. atcaem melhor pre?o para o navio do que os motores de alta
aumenta muito o valor de um navio
^aso 0 porao se destine apenas a cargas
resfriadas* {cerca de 4° C) o au mento de valM nao e tao grande como
zeiros .
do raodo como sao conservados e ope-
encontra um candidate a compra de um navio no estrangeiro sao muito grandes,
fi de observer que as dificuldades que
quer na obten^ao do cambio, quet na satisfagao das exigencies regulamenta-
e o seu prego por tonelada de «dead-
di?oes ha a considerar a influencia das
weight».
res dos diversos brgaos com que pre-
obras realizadas ao ser feita a avaliasao do navio. Contudo, nao deve ser con-
cisa tratar.
(O «deadweight» de um
navio representa todos os pesos que nele podem ser carregados, excetuando o seu equipamento propriamente dito) . Hoje, o valor de um navio novo,
fundido o que e «reparo» com o que pode ser considerado como «recons-
tru^aos ou «modernizagao».
O «re-
paro» apenas concorre para manter o
navio operando em boas condi^oes e,
12 nos de velocidade, e aproximada-
nssim, evitar deprecia^ao excessive por
mente 93 libras esterlinas por toneladas"
lalta de conserva^ao, mas nao altera a
deadweight, o que representa o valor
base de idade para a avaliaQao do
total de 695.000 libras ou 1.950.000
navio.
dolares. Se ele tiver 12 anos de idade,
altera essa base, fazendo a data ori ginal de constru^ao perder, em parte ou
caso esteja em estado razoavel de
rotagao, cujo preqo inicial e, alias, conserva^ao e «cIassificado» numa Somenor do que o correspondente aos ciedade de Registro. seu valor sera aproximadamente metade dessa quan□e baixa rotaqao. tia. Se seu estado for excepcionalUm outro elemento importante diz ra^ente bom, ele podera valer ainda respeito aos poroes de carga. De fato cerca de 60 % do utribuldo ao navio cbmo sucede em muitos casos com novo, ao passo que, se sua consercarga comura, os poroes ficam comple- va?ao for precaria, ele certamente nao tamente cheios antes de o navio atingira os valorcs aqui mencionados. •mergir ate o limite legal perraitido: De qualquer modo, somente depois portanto, quanto maior for o volume de exame por perito competente, po
dos poroes de carga em relaqao a capbcidade de carga em peso, tunto mais valioso sera o navio. Outrossim. a eiistencia de poroes frigorificados
do navio novo, ao completarem entre 26 e 46 anos de idade, dependendo
tuidas e sua vida dilatada; nessas con-
pronto para entrega imediata, com vidos a turbina sao mais caros do que cerca de 7.500 toneladas de-adweight, OS outros, ao passo, que os navios que
queimara carvao sao mais baratos do
das partes interessadas, observando-se ample varia^ao dos valores em cru
rados. & claro que um navio pode ser reconstruido, suas maquinas substi-
de pre^o devido aq menor calado, A referencia normalmente usada bavera tatnbem um acrescimo atribuido a. existencia de duas maqiiinas pro- para a avaliaqao de navios cargueiros linica maquina.
d itado pelas conveniendas e ptessQes
atinjam seu valor de sucata, que 6
OS seus correspondentes.
pulsoras a bordo que, para a mesma pbtencia, custam mais caro do que uma
14
13
12
Por outro iado a moderniza^ao
totalmente, o seu sentido. Por exempio, a substituigao do motor de ptopulsao de um navio e «moderniza^ao», mas a
oubstitui^ao de chapas do fundo e "Prepares.
No caso especial do Brasil, com suas
restri^oes cambiais, a estimative do Valor dos navios em cruzeiros apresenta
dificuldades especiais, uma vez que, nao havendo um amplo mcrcado local,
dera ser atribuido, com firmeza, preqo
para um navio. Se o navio que estamos considerando tiver velocidade de
17 nos, em vez de 12 nos. seu valor sera acrescido de cerca de 75 %.
Existe uma certa velocidade que podenamos considerar como «normab para cada ^deadweights; aumentos nessa velocidade causam sensiveis aumentos de preqos.
Todos esses fatbres desfavoraveis,
que csperamos sejam temporeuios. im-
pcdem a integra?ao do Brasil ao mercado mundial de navios mas, ao passo
que for scndo ampliada a construgao naval no pais e, assim, for possivel melhorar o padrao medio dos navios particulares que operam em nossa ca-
botagem, talvez melhor se definam os
pre^os no mercado local, em cruzeiros. O Institute de Resseguros do Brasil,
que tomou a lideranqa no problema de avalla^ao de navios para fins de
seguro, dispoe de processo seu, organizado pelo autor deste artigo a pedido da Divisao de Transportes e Cascos,
com o qua! e possivel uniformizar as bases para avaliaijao realizada em todo o territorio nacional pelos perltos do Institute.
ba necessidade de estabelecer-se o
O referido processo leva em conta os elementos basicos determinantes do
Valor mundial em ra oeda forte como
pre?o, inclusive todas as corre^oes aqui
i^efetencia e converte-lo para cruzeiros. Ha tantos fatores a considerar nessa conversao que ela se torna um tanto
mencionadas, e entra em conta com a
cotaqao que prevalece no mercado internacional no periodo em que a ava-
dificil, tendo o Institute de Resseguros do Brasil, para seus fios, estabelecido
liagao e reulizada.
a base arbitraria de 75 % do valor do cambio livre. Contudo, em geral, nas transagoes conhecidas entre, armadores
sSvel
locals, geralmente prevalecc um prego
navio.
Contudo, como foi
dito anteriormente, e sempre indispenuma vistoria
conscienciosa
do
navio pelo perito, antes de ser possivel estimar com
seguran^a o
valor. do
NO" W - OUTUBacr DE 1956 -
f.f
\
REVISTA DO 1. R. »■.
.Pv?
15
17
IS
porem h maneira da regra jurispruden-
de Seguros de Lisboa^. Foi esta a primeira manifestagao legal -de seguro
16
O direito do seguro terrestre
cial, estabelecem-se sobre um fato iso\
no Brasil.
David Campista Filho
lado, impedidas portanto da irradiagao propria das regras legislativas ou dou
Do Conselho Fiscal do I.R.B.
trinarias. (1)
sao, havlam inspirado a negociantes
Numa visao panoramica do direito do seguro cntre todos os povos, a regra
possuidores de navios, galeras, brigues;
(Conclasao)
Pormagao e evolugao no Direito BrasUeiro V
Apresenta-se atualmente como cien cia sob tres aspectos — o economico, o tecnico e o juridico, exigindo nas suas variadas expressoes a intervengao
"ipv EPOis de tormentosa evolugao, do economista, do tecnico e do jurista; ^ conforme acontece, ao transfor- sua evolugao processa-se em movimento marem-se as contradigoes do empirismo
paralelo destes tres fatores, e sobre-
em solidos principios, chegava o seguro tudo no terreno tecnico e juridico." oa estruturagao de ciencia. E assim chegou, em meados do seculo passado, aperfeigoamento do seguro encontra
Necessidades do comercio em eclo-
escunas e outras embarcagoes, a reuni-
costumeira resplandece como primicias
rem-se em sociedade, cujo fundo nao
ou materia prima da regra legislativa,
seria inferior a mil contos de reis, com
jurisprudencia] ou
objetivo de operar em seguros mutuos.
doutrinaria.
O
exemplo dos Lloyds de Londres e a sua mais eloqiiente confirmagao, a que
homologagao imperial mediante Decreto
a particularidade evocativa brasileira
de 29 de abril de 1928, e veio lastrear
ilustraria luminosamente.
a organizagao de sociedades de Seguros
A iniciativa dos comcrciantes recebeu
maritimos, sujeitas a jurisdigao especial
em cada dia novos motives de reali-
A vida economica do Brasil tern seu
da Real Junta de Comercio, Agricultura. Fabciczs e Navegagao para decidir-lhes
certamente cstimulado pelo seguro de zagao que refletem o movimento inconvida, quando a jurisprudencia punh-3 tido das civilizagdes. paz ao adrrado combate que Ihe O direito do seguro veio consolimoviam eminentes juristas redatores dando primeiramente as regras fundado Codigo Civil frances.
primeiro marco com a abertura dos
as contestugocs, que em seguida passa-
portos que vinha doar de ^franqueza
ram a competencia dos Juizes de Paz, assim determinada segundo os termos
ao Comerciop segundo a Carta Regia, de 29 de janeiro de 1808. Ato assas louvado, de inspiragao do Visconde de
da Lei de 26 de julho de 1831: «as
Cayrii, cuja gloria depositou nas maos
seguros sobre as quais as partes nao
peitava da dignidade do seguro, foi o regras espontaneamente seguidas pela mesmo que o consagrou como instituto pratica juridica, ou sejam as regras de direito privado.
de El-Rey D. Joao VI.
se conciliarem perante os Juizes de Paz,
Passou a entender-se a operagao estas em seguida as regras fundadas como essencialmente produto de uma sobre a razao que correspondem a um virtude, pois que incontestavel virtude ideal de justiga, que concretizam os
processQva tardigrada pelo espirito do-
e a previdencia.
principios gerais de direito, isto e. as
atividades que aspiram k realizagao,
F€z.se entao ciencia a ki2 da mate- regras descobertas pela doutrina juri mitica e por isso, na catcgoria das dica — ou regras doutrinarias de ca cieacias exatas. e se nao se positivou rrier tecnico. na classificagao de Augusto Comtc e As regras costumeiras tiram seu Spencer, foi pelo tardio de sua for- valor da necessidade que as ditou, magao, escreveu Hemard. tendo por isso um valor certo e prStico,
foram naquele mesmo ano, fundadas as
0 direito em nome do qual se sus-
das pela experiencia que correspondem
as necessidades da vida em sociedade.
Abriu largos horizontes ao desenvolvimento da economia que, todavia, se
costumeiras; despertavam e aliavam-se
minante de subserviencia a metropole.
questoes resultantes dos contratos de
serao decididas por Arbitros nomeados
pelas mesmas partes, fazendo-se a nomeagao perante qualquer Juiz de Foro Coraum.»
Manifestava-se c interesse e com-
Como fenomeno natural, proprio das
Companhias de seguros — Boa Fe e Conceifo Publico, na Bahia, sob o re
gime legal das ^Regulagots da Casa (1) Paul Roubier — Theorie GfinSrale du Droit,
preensao do Poder publico pela previ dencia, ao isentar de onus fiscal os contratos de seguros, favor de curta duragao, pois logo em seguida o im-
p5sto de selo retomara seu lugar nas ap6lices.
Entretanto as organizagoes que sur-
giam nao alcangavam menor exito,
Si 99 - bUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I, R, B.
20
21
22
Apreciagoes apressadas sobre dispo-
Se. portanto, a lei permitia seguro
atual do seguro de vida de condigao
sitivos do Codigo conduziram a con-
sobre a vida de escravos, era simplesmente porque estes se equiparavam a
cientifica, teve longo caminho a per-
quaisquer outros bens do patrlmonic do
Assim, a proibigao do Codigo Co
senhor: o cscravo como objeto de mer-
mercial frequentemente relembrada c
19
□enhuma confian^a inspirando, conforme veio revelar no ano de 1832 a
Comissao nomeada pela Regencia para clusao de que o seguro de vida vinha reda^ao do Codigo Comercial: — «o de ser proibido, e tanto era certo, pois triste exemplo das Companhias de seguros, infelizmente sacrificadas a inexperiencia dos seguradores e a ma fe
que somente se admitia tal seguro sobre escravos.
cancia compunha um patrimonio e, por isso, suscet'ivel de indenizaijao, e como
corrcr, semeado de escolhos.
algumas vezes perturbadora, jamais
dos segurados, e algumas veres atin-
Entretanto, tudo nao passava de
gidas por julgamentos pouco conformes
mera confusao, pois o que ali repontava
com OS verdadeiros princi'pios sobre a
como instinto da verdade. era a dis-
A red;;?ao do Codigo Comercial nao
projetou sombra de coisa ilicita sobre o seguro de vida que, reduzida a justa propor^ao e clara compreensao, ficava
natureza de tais conven?6es pop mal
tmgao inconfundivc] dos seguros de
poderia, todavia, fugir a infJuencia
cristalirado no principio seguinte irrc-
conhecidas que eram» — exprimiam a
coisas. contrato de indenizagao e se
dominante nas legislaqoes de outros
torquivel: — os riscos sobre a vida
guro vida contrato de capitais.
povos.
humana nao podem se submeter as
realidade da institui?ao de previdencia naquela epoca. (2)
Ficava estatuldo no Capitulo 11 —
Pop dezoito anos estenderam-se os trabaihos sobre o Codigo, encarecendo
Das coisas que podem ser objeto de
a Comissao presidida pop Limpo de
proibido o seguro;
Abreu, Viscondc de Abaete. que
I — Sobre coisas cujo comercio nao seja licito pelas ieis do Imperio. e sobre navies nacionais ou estrangeiros que
aquele monumento de sabedoria nao prescindiria das Jigoes da experienda. Ninguera para isso, melhor acreditado
de que o Consul da Sueda. Lourenco Westin, profundo conhecedoc das coisas maritimas e dos sucessos mercantis, e dai a Regencia lerabrar-se de convoca-lo para tao predosa colabo-
seguro maritimo no art. 686: —
nesse comercio se empregarem.
— Sobre a vida de alguma pessoa livre.
toda pcrda, sujeita a reparagao.
Desde que pela primeira vez
se imaginou fazer do risco de vida humana objeto de seguro, foi sob dis
regras do seguro maritimo.
ciplina do direito maritimo, resultante do que se verificava nOs transportes maritimos; enquanto as mercadorias
pronunciou pela primeira vez no Brasil
eram cobertas contra todos os danos pelo seguro, os homens que as acom-
concretizada no Decreto n.° 1.669, de
panhavam, scus donos e naveganles, continuavam expostos aos maiores pc-
zando as opera^ocs da Companhia
rigos, inteiramente desamparados da protcglo do seguro.
Na indole desse espirito foi que se
sobre o seguro de vida, objeto da
Resolugao Imperial de cutubro de 1855, 7 de novembro do mesmo ano, autori-
Tranquilidade.
A resoluqao Imperial
tomada mediante consulta ao Conselho de Estado vinha cxcetuar das normas
O que porem, dispunha o Codigo,
Dai segurar-se, desde logo, a vida
certo e claramente. era que dentre
do seguro maritimo as operagoes sobre
dos escravos, homcns-mercadoria, e
o de vida ossim previstas nos estatutos
seguros maritimos nao se compreenderiam os de vida, pois estes nao se
bem assim a dos ncgociantes que acom-
sociais aprovados: — «sendo o seguro
promulga^ao do Codigo Comercial nao trouxe apreciavel modificagao no
panhavam suas cargas, sujeitos con-
submetiam & disciplina daqueles.
de vida reconhecido por todas as
forme acontecia, cairem prisioneiros por
Na^ocs da Europa c pelos Estodos
estado geral das coisas, e no dominio
. O objetivo da lei, observava Lou-
ato de pirataria.
Impunba-se, entao a
Unidos da America do Norte como um
do seguro veio regular as maritimas, excluindo as decisoes das contesta^oes
rcn?o Westin, consistia em nao con-
necessidade do resgate, conforme foi
beneficio geral para a humanidadc.
fundir pessoas nos seguros de merca-
esta Companhia no caso que nao va
dorias, pois proibindo o Codigo no di-
de uso corrente na Inglaterra mediante a Casualty Assurance, garantia impres-
reito maritimo, nao o vedava sob cutra
cindive! contra o cativeiro dos turco.s
a tomar o mesmo risco sobre pessoas.
disciplina. tanto assim, que mediante autorizagao imperial vinham operando
c dos mcuros.
livres de ambos os sexes e idades,
ragao.
do arbitramento, submetidas a jurisdic3o comercial. competente para toda cspecie de seguros.
(2) B. d'Ourem - Notice sur les Inst.
df Prevoyance au Bresil.
Surgiram desta maneira as primeiras
no pais e continuavam a operar socie-
opera^oes baseadas sobre riscos da
dades de seguros de vida.
vida humana que ate chegar a situagao
contra as Leis do Imperio. se destinara
para c que ncsta hip6tese havera disposi?6es especiais que ficam sujeitas a aprova^ao Imperial,»
NO 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B
26
25 23
24
Estava, portanto, aberto caminho
estabelecimento de uma sociedadc, dis-
ao desenvolvimento do seguro no Brasil e debuxada a distin^ao funda mental entre seguro de coisas e seguro de pessoas, contratos de indenizagao e
punha sobre regras de seguros, encarecendo a utilidade e alcance da medida decretada. Conforme aconteceu com a Protetora das FamUias em 1864
contfatos de institui^ao de capital's, C e a Caixa Geral das Familias cm 1881. assim, criado clima propido a implanA necessidade de legisla^ao sobre
ta^ao da previdencia.
seguros como expressio de cuidado e
O decenio de 1850 a 1860 assinala-
protesao, senao no sentido de dever
se como periodo de maior afluencia
do Estado, permanecia como aspiragao
de companhias estrangeiras pretenden-
da vida economica e social, sem forga, tes a operar em seguros de todas as todavia, de vir a furo, conforme hoje modalidades. Estabeledam-se no pals acontece com as reivindicagoes de toda mediante agencias e filiais sob o regime especie. de autorizagao, criando forte concorrencia entre as 39 sodedades em fun-
donamento, incluidas 8 caixas de pensoes e peculios.
Para tanto bastaria uma lei que
obrigasse a aplicagao de recursos do seguro em titulos nacionais, pois que se afigurava iniquo e absurdo que
tante do Decreto n." 16.738 de dezem bro de 1924.
A execugao desse regulamento nao
aplicagoes devldas a economia nacional. se operou plcnamente, prevalecendo levassem seus beneficios a economia alienigena.
Nao sem grande resistencia. a lei foi promulgada em setembro de 1894, exigindo ante a magnitude e alcance
concomitantcmente a sua vigencia c anterior cuja revogagao nao se tornou efetiva.
A Inspetoria de Seguros e transfe-
das medidas adotadas. vigilancia e
rida do Ministerio da Fazenda para o
fiscalizagao do governo concretizados na criagao da Superintendencia Geral de Seguros, em dezembro de 1901. Constituia o orgao competente de categoria oficial que se punha a par do
do Trabalho, Industria e Comercio
(Decreto n.® 22.865, de 28 de junho de 1933), transformada no Departamento Nacional de Seguros Privados e
movimento dos negbcios das compa
Ao regime de autorizagao, vcio sc_ deparar uma situagao criada pelas com
nhias, zelando sobre o emprego cm
panhias estrangeiras de seguro de vlda
cadagoes produzidos no Brasil.
que impunha intervengao do Estado no
gulamento substituldo por outro cons-
valores nacionais, dos preniios c arrc-
Capitalizagao.
Com a fundagao do Institute de Res-
seguros do Brasil, introduzia-se grande modificagao na politics do seguro, im-
pondo-se a reforms do sistema ado-
Instituido o Controle do Estado
tado que acabou se concrctizando, na
sobre operagoes de seguros, veio estc
Decreto-lei n." 2.063. de marge de
em
tendendo ao aprimoramento de suas
nortearaericanas — The New York
1940, cuja significagao e do coroamento do processo evolutivo de fiscalizagao
normas e a maior eficacia da agao de
Life e Equitable operavam em moeda
ou controle criado em 1901.
estrangeira, e por isso, remetiam as
vigilancia atraves de regulamentagoes que sucessivamente se modificavam.
suas matrizes os fundos a se incorporarem ao bloco das respectivas reservas
dencia pela Inspetoria de Seguros em
matematicas, em obediencia estrita a tecnica do seguro de vida.
intervencionismo constituem o direito das sociedades de seguros, e sendo um
virtude do Decreto n." 5.072, cuja
direito essencialmente vivo, segundo
vigencia por dezesseis anos constituia
ambito do velho Monte Pio, transforComo alcangassem complete exito, mado hoje em Institute de Previdencia pois que era o legltimo seguro em (IPASE) permaneceu circunscrito a concorrencia com seguro experimental,
escreve Sumien — transforma-se sob
periodo bastante, a fim de que suas falhas e deficiencias se assinalassem.
a influencia e variedade do meio ecc-
Usando. entao, o governo em de
dentro de pquco tempo, haviam pro-
fi imposto as Companhias no inte
zembro de 1920 de autorizagao legis-
A legisla^ao s6bre companhias de vocado consideravel evasao de valores. redundante em imenso prejuizo para a
resse dos segurados e no interesse
lativa, expede o Decreto n.° 14.593 que melhor vinha aparelhar o orgao
geral, isto e, no espirito tanto economic)
de Controle do Estado.
direito publico que obrigam os seguridores e em alguns cases os segura los
Naquele tempo, desenvolveu Teo-
phiio Ottoni todos esfor^os no sentido
de que se estendesse a mais largo Smbito, o Monte Pio de Economia dos Servidores do Estado que desde sua fundacao em 1835 vinha arrastando uma existencia timida. Embaragos, principalmente de ordem tecnica im-
pediram chegar-se a tal realizagao, e o
mesma classe.
seguros continuava fragmentaria, pois
interesse da economia do pais.
Acontecia que duas Companhias
economia nacional.
ao lado de medidas de carater geral, Sacrificados, assim profundamente. apareciam dispositivos de regulamenOS fnteresses vitais do pais, urgia cortar ^Cao particular. De cada vez que o o mal pela raiz sustando-se a emigragao Governo expedia autorizagao para desses fundos.
meio seculo de funcionamento,
Em 1903 e substituida a Superinten
Embora visasse a complementagao
do regime de superintendencia e fiscali zagao das empresas de seguros, entendeu o Governo de modificar o i®'
As alteragoes e ampliagoes que se
verificaram, exprimindo o ritmo do
nomico, politico e social.
como social, representando regras de e cuja execugao atribui-se ao Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao.
» - OUTUBRO DE 19^6 REVISTA DO I. R. B.
27
No Brasil como era outros paises, essas leis nao sao imutaveis, iraproorias por isso a codificagao; porem, toda a
mobiJidade gira em torno de principios
As conven^oes formando lei entre as
Atividades do I. R.B. na prevenQao
partes, principalmente quando destina-
das a prover a ausencia de lei especial
e prot0?ao contra inccndios
e a suprir as falhas, inspiravam a
estruturais e permanentes — vigiar todos OS povos no sentido de que os pela legalidade das operagoes — ga- seguradores emprestassem particular rantfr no interesse da coletividade a atengao as estipulagoes acordadas, a solvabilidade das empresas de Seguros. ponto de considerar-se a apolice um
Mario Trlndade
Dai, a necessidade de regras funda
Tdcnico do I.H-B.
raodelo de lei, condi?ao esta que se mentals, concernentes a Constituigao, atribuia a apolice dos Lloyds de Lonfuncionamento e dissolucao das socie- dres. dades. atribuindo-se ao Governo a faCom a proraulgagao em 1916 do culdade de determina-Ias por meio Codigo Civil. OS seguros terrestres adequado, sejara decretos ou decisSes adminisCrativas.
O Controle e essencialmente uma
AS ATIVIDADES humanas estao sujeitas a riscos, na acepgao de estarem sujeitas a fenomenos aleatorios, quer no espago, quer no tempo,
contudo, a destruigao de bens ou a
a 1.476, dentre os quais se compreendc
que impcdem ou- retardam a sua con-
perda economica da coletividade.
o seguro de vida nos arts. 1.440 a
secugao.
passaram a disciplina dos arts. 1 A32
verifica^ao administrativa — faculdade 1.442 e arts. 1.471 a 1.476. outorgada a fundonarios do Estado, Embora de estrutura inteiramente ~ a fun de inspedonar era uma sodedade diversa, como de finalidade diversa, privada, acompanhando e atentamente nao se verifica da insergao do seguro cstudando suas opera^oes de vida dentre os principios gerais dos contratos de seguros terrestres quais-
O direito de seguvos. constituido do
quer motives de confusao.
contratuais, isto e. entre segurado e
sociedade, esta sujeito a morrer, a se
promovem campanhas de divulgagao c.
incapacitar para o trabalho, a ver
mesmo, adotam medidas compuls6rias
a prevenir acidentes, epidemias, etc.
Na evocasao do surgir do direito do paises, as primeiras disciplinas juridiseguro sentimos processar-lhe a evoas regulavam os seguros maritimos. »ai. — o Codigo Comercial cujos dis- u$ao das regras do direito costumeiro J1
No caso do seguro de coisas, as medidas
dizem
respeito
as
normas
tecnicas e de seguranga aplicaveis as atividades humanas: no caso particular
e assim por diante.
No Brasii, como na maioria dos
tranger na rigidez das codificagoes.
dores, as autoridades sanitarias, etc. —,
oficina, o seu celeiro, as suas colheitas
segurador.
mstituigao jundica e economica.
atividade necessaria a sua vida em
tagao, a sua escola, a sua igreja, a sua
repara prejuizos, outro acresce urn valor a mais a um patriraonio.
Lufnprmc.pios ' que nao se podem consseus
entidades interessadas — os segura
bens de que necessita — a sua habi-
contrato de institui?ao de capitais. um
posiPvos apiicavam-se por extensao e ao regime das categorias /uridicas a •=nalogia aos seguros terrestres. ainda que as conduziram a doutrina e a iurisprudencia, para em seguida, transZ'i f' se verificam. como e consi ntes que neles ni-
Assim o homem, ao realizar qualqucr
pelos terremotos, furacSes, etc., os
do.s aspectos distintos - o de direit. talraente distintas — seguros de coisas. publtco quando relativo as relagoes das contrato de indenizagao, seguro de vida
Prtuado. no concernente as rela?oes
" No caso do seguro de pessoas, as
destruidos pelo fogo, pelas inundagoes, destinadas a prolongar a vida humana,
Ao contrarjo, tais seguros manfetu conjunto de regras aplicaveis as ressuas caracteristicas proprias, fundame.v pectivas operates, apresenta-se sob
empresas com o Estado e o de direito
30
29
28
A destruigao de bens que tais acar-
do seguto-incendio, as entidades segu-
reta uma pcrda economica, nao so para
radoras em colaboragao com as' autori
o individuo, mas tambem para a co-
dades publicas estao sempre prontas a
raunidade a que pertence.
patrocinar ou prestigiar as iniciativas
A fungao do seguro e distribuir tais
destinadas a minorar as perdas ou destruigoes de bens causados per inccn
perdas por meio da mutualidade, entre
dios, em beneficio da coletividade.
um grupo maior de individuos, tor-
Se assim nao fosse, poderia ocorrer a
nando suportavel a perda, propiciando
elevagao das taxas de seguro, tornan-
ao individuo a continuagao das ativi
do-se o mesmo desinteress-ante.
dades interrompidas ou retardadas pela
Dcntro dessa ordem de idaas e que se tem desenvolvido uma tecnologia
ccorrencia
do
sinistrc.
Nao evita,
M' 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. ti. B.
j'm
. H
rs^' I > 31
34
33
32
toda especial — a engenharia de pre- Ihos de extin?ao, portas corta-fogo e, vengao e prote^ao contra incendios —
neste mesmo momento, no cstabeleci
cuja a?ao se faz sentir mais acentuada-
mento de um codigo de seguran^a para
mente nos paises de economia mais de-
as instalagoes de caldeiras.
• A evolugao da cobertura automatica no ramo incendio
senvolvida.
Em ^sso pais, acompanhando o
Ao lado dessas iniciativas, acaba o I.R.B. de instituir uma Comissao Tec-
desenvolvimento das nossas .atividades
nica Consultiva nos moldes das varias
\
economicas, e mister que o desenvolvi
mento das tecnicas de prevengao e prote?ao acompanhe esse desenvolvimento.
De fate, processando-se o desenvolvi
mento industrial do Brasil numa epoca em que outros paises ja possuem uma
Celio OUmpio Nascenies Chefe da Diuisao Incendio e £ucros Ccs5a/i(cs do I.R.B.
que ja possui, destinada ao estudo
(Continuagao)
especifico dos problemas de Preven^ao e du Prote?ao contra Incendio, Esta
apenas de Ihes proporcionar aceitaqao No ARTiGO publicado na Revista imediata para os seguros mais comuns
comissao devera funcionar no estabe-
e apresentados dados sobre as opera-
n.° 98 foram tecidos comentarios
Soes das sociedades de seguros antes
lecimento de diretrizes basicas para o desenvolvimento da prevengao _e_ da
do inicio das opera?6es do I.R.B.
experienaa muito grande com os riscos
prote^ao contra incendio no pais, pasdele decorrentes, experiencia essa adsando a ser o orgao coordenador das quirida a custa de muitas perdas, deatividades do I.R.B. nesse setor. vemos ^piroveita-la de mode a nao
incidirmos nos mesmos erros e nas
mesmas falhas. desde a construgao de nossas fabricas, instahgoes industrials
tancia desse fato.
Como elementos executives, vem o
I.R.B. utilizando os seus tecnicos, Essa a orientasao que vem sendo lotados no Departamento Tecnico, atraves o seu
funcionando junto a Assessoria Tecnica Geral. fisses elementos vem estu-
Departamento Tecnico, sempre que solicitado ou mesmo por iniciativa pro- dando e realizando inspecoes de riscos
pria. Essa agao se faz sentir tambem especiais, como as Refinarias de Pepelo prestigio dado pelo I.R.B. a troleo, instala?oes industrials especiais,
iodas as iniciativas que redundem em
etc.
beneficio da coletividade e, em parti Desses trabalhos terao os leitores da cular, as iniciativas da Associasao Revista do I.R.B. conbecimento em Brasileira de Normas Tecnicas, no outras oportunidades, k medida que os cstabelecimento de normas para apare- mesmos forem progredindo.
G numero de plenos de cobertura automatica concedidos a cada socie-
A orientagao inicialmente adotada
dade national foi determlnado por cri-
pelo I.R.B.. para as suas opera?6es com as socied-idcs foi, conforme a pu-
terio uniforme, em que influiram, em
blicagao n." 10 — Relatorio do segundo
propor^ao direta, u massa de premios e, inversamentc, o respectivo fator de
exercicio, a seguinte:
retengao. O resultado obtido per esse
Desnecessario sera ressaltar a impor-
de toda ordem, armazens, silos, etc. seguida pelo
%
de suas carteiras..,
politica adotada pelo I.R.B. no ptUneiro ano de opera^oes Em seu primeiro ano de opera?6es, o I.R.B. procurou conservar, dentro do maximo aconselhavel, a situagao interior.
criterio foi reduzido toda vez que era
superior ao numero de plenos cobertos pelos antigos contratos com as conge neres.
As reten^oes das sociedades estran-
geiras foram fortemcnte diminuidas pelas novas tabelas de limites de re-
Ao iniciar suas atividades, soniente
ten?ao. Elas, que aceitavam, sem res-
24 das 50 sociedades nacionais obti-
seguro, as responsabilidades enquadra-
^eram contratos automaticos de ressa-
das no seu antigo e elevado limite legal,
9uro.
Alem das que ja possuiam contratos com congeneres, foram contcmpladas
teriam grandemente reduzidas as aceitagoes imediatas, caso so Ihes fosse concedido o resseguro avulso. Para Ihes autorizar, portanto, uma capaci-
aquelas que, por terem sede em local
dade de aceitaijao tanto possivel igual
onde o I.R.B. nao teria Representa-
a anterior, foram concedidas cobertu-
Sao, arcariam com dificuldades para
ras automaticas a todas as sociedades
apresentarem todos os seus resseguros como avulsos. Entretanto, a cobertura
estrangeiras. O numero de plenos co
automatica para essas ultimas limitouse a um ou dois plenos, com o intuito
por criterio semeihante ao usado para
bertos autoraaticamente foi determinado as sociedades nacionais.
N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.
■ r
35
Os contratos de aceitagao de resseguro
automatico
firinados
entre
o
I.R.B. e as sociedades obedeceram. em regra gera), as masmas nbrmas
38
36
mulacios de resseguro, importando o
a orienta-Ia na fiel execugao das novas
nao cumprimento destes prazos em ca-
diretrizes».
ducidade da cobertura automatica.
Os resseguros aceitos pelo I.R.B. em 1940, se bem que nao exprimissem
Para a concessao de contratos de
o total de responsabilidades ressegu-
As aceitagoes de resseguro incendio pelo I.R.B., no seu primeiro ano de
cobertura
dispunha o I.R.B. de cobertura auto
terem
opera?6es, regeram-se pelas normas
matica de suas retrocessionarias para
e haviam sido, tambem, e.xaminados constantes do «Contrato de Resseguro pelas companhias intercssadas, obede- Incendio-Aceita?ao», uo qua! ja se
9 meses, foram quase absorvidos pelos
39 plenos de sua retenqao, distribuidos
usuais antes do advento do I.R.B.
Tais contratos. que mereceram urn meticuloso.^estudo dos t^cnicos do I.R.B.
ctam a uma orienta^ao unica, ja que
aludiu, e principalmente pelas «Condi-
tern sido preocupacao constante dos
96es Gerais para Aceitagao de Resse-
automatica
as
sociedades.
em dois excedentes:
guros Avulsos e Garantias Provisorias
71 % as sociedades nacionais e 29 /c
as sociedades estrangeiras participantes do 2." e.xcedente e
retroccdidos
automaticamente
as sociedades estrangeiras e as nacio nais que o desejassem.
quota.
por resseguros avulsos correspondentcs
Nao estabeieciam uma cobertura ampla e ilimitada para todos os riscos,
aos excessos da cobertura automatica.
Em 3 de abril de 1940, data em que
Em linhas gerais. eram semelhantcs as condigoes estatuidas pelo I.R.B.
o I.R.B. iniciou as suas opera?oes, o
pois seria contrario a boa tecnica securatoria oferecerem-se garantias sem
que houvesse, em compensa;ao, uma
identica parcela de cautela e seguran<;a. Assim e que. alem da limitagao do numero de plenos de cobertura auto-
para a aceita^ao dos resseguros auto maticos e avulsos, tendo mesmo uin
grande numero de clausulas comuns.
No deco'rrer do primeiro ano de suas
matica, os contratos nao vigoravam atividades, o I.R.B. concedeu con
para cobertura de riscos de vulto, cuja aceita?ao, sem previo conhecimento,
tratos automaticos a mais 16 sociedades nacionais. Tais concessoes eram re-
poderia acarretar danos imprevisiveis flexos, da campanha educative que
a^.R.B., que, analogamente as so ciedades de seguros, tern seus limites de reten?ao e aceita^ao.
Ao mesmo tempo, procurou-se que
vinha empreendendo. bem como da gradativa udaptagao das sociedades ao
novo regime tecnico estabelecido.
Os pedidos para obtengao de con
automaticos so eram atendidos fossem eliminadas as praticas inconve- tratos depois de urn escrupuloso exame do nientes dos antigos contratos de resse tecnico da interessada, guro automatico, estabelecendo-se, por eaparelhamento a concessao seguia-se urn periodo de exemplo, prazos para entrega dos for-
maximo
de
cobertura
excedentes automaticos, como se obser-'
automatica
do
fatores
de retengao das
80 sociedades . .
563,4
58,48 %
10,0
1,04%
Fator de retengao do I.R.B Capacidade de re90,0
9,34 %
33.745.
100.00
14.300.
42.3S
19.445.
57,62
100,00%
16.093
47.69
82.76
3.315.
9.82
17,0>
37.
0,11
0.19
ressegu
ccdidos
ao
I.R.B
pelo I.R.B. .. Premios
retroce-
didos Ao 1." Excedente
Ao 2." Excedente
(autom.)
....
Ao 3." Excedente
(Avulso) '
A infima percentagem dos, premios
automatica de que dispunha o I.R.B. em 1940 era suficiente para absorver a quase totalidade dos riscos incendio
Nos quadros a seguir, apresentamos OS dado.s relatives ao movimento de
tengao do 2.® ex
cedente
%
existentes no Brasil.
tengao do 1." ex
cedente Capacidade de re-
ro
Cr$
de resseguro cedidos ao I.R.B. que •coube ao 3.° Excedente (Avulso) — 0,11 % — demonstra que a cobertura
seguinte:
dos
Premio
(autom.)
mercado segurador brasileiro, em plenos da Tabela padrao de retengoes, era o Soma
de
Premios r e t idos
— um 2." excedente de 30 (trinta) plenos
cerca
va abaixo:
de normas uniformes e analogas'para no Ramo Incendio». todas as sociedades de seguro. As ultimas regulavam as aceitaqoes Eram contratos fundamentalmente de cessoes avuls-is e garantias provi do tipo de resseguro de excedentes; sorias e. portanto, ap!icavam-se a acessonamente, nos casos de cosseguro, todas as sociedades. Isto porqiie" quando nao havia excedente, funciona- mesmo aquelas que possuiam contratos vam como contratos de resseguro por automaticos teriam necessidade de pro-
abrangido somente
— um 1.° excedente de 9 (nove) plenos — retrocedido automaticamente.
d:rigentes do I.R.B. o estabelecimento
radas, pelo fato de suas operagoes
300,0
31,14 %
963.4
100.00 %
assistencia tecnica do I.R.B., tendente
prSmios e a potencialidade das socie
dades que operavam com o I.R.B., no ramo incendio em 1940:
N» 99 - GUTUBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. n. ■Jh.i .> iV'
I
DISTRIBUICAO DO TOTAL DOS PREmIOS PRfiMIOS DB SECUROS DIRETOS
-..^SOCIEDAOES operando
4i
12
O contato direto com todos os pro-
Como a primeira condigao era funda
blemas do mercado segurador e a
mental para o ressegurador privado e
expcriencia • adquirida nos primeiros
nao para o I.R.B., e como as socie
meses de funcionaraento, permitiram ao
dades ja estavam suficientemente fa-
I.R.B. introduzir, em 1941, modifi-
miliarizadas com as condigoes tecnicas
cagoes nas suas normas de trabalho,
de operagoes introduzidas pelo I.R.B.
visando u'a maior seguran^a e simpli-
no mercado a partir de 3 de abril de
cidade para as operagoes das socie-
1941, foi a mesma suprimida dos con
dades.
tratos de cobertura automatica, e para-
O 1KB
CrJ
Nacionals,
%
K16cllo
50
78.151.7
63,74
1.563.B
32
44.456.1
36.26
1.389.3
Estrangeiras
CERAI
'X
82
122.607.8
100,00
1.495.2
Ate 3 de abril de 1941, a cobertura
pelo I.R.B.
dades cobertura automatica para os
estava subordinada as dues condigoes
seus excesses de retengao, desde que o
seguintes:
risco nao fosse vultoso, isto e, desde
automatica
distribuicao DOS prEmios no PERJODO DE 3/4/40 A 31/12/40
concedida
que a importancia segurada ou segu
r< * 1.^
PR^MIOS DE SECUROS DIBGTOS
socieoades operanbo
!•" — a importancia segurada nao ser superior a soma da retengao pro-
PRfe-MIOS OS RESSEGUROS CEDIO03 AO l.B.B
rOM O
% DE RES3E-
Cr$
Nadonais.,.,.,
50
Escrangciras.,,
32
CERAi.
82
58.493. 30.430.
8.923.
%
65,78 34,22
100,00
M6dio
CrS
1.170.
fi--
Mcdio
pria (pleno) com os miiltiplos dessa retengao (plenos) previstos nos res-
22.656.
67,17
453.
38,75
11.079.
32,83
346.
36,41
33.745,
100,00
412.
951.
1.084
%
lelamente estendida a todas as socie
pectivos contratos e
2" — a importancia total segurad-i 37,95
ou seguravel de todos os piedios e conteiidos comprcendidos no risco iso'i .''
lado, em toda.s as sociedades, nao ser superior a 350 vezes os limites maximos
POTENCIALIDADE DAS SOCIEDADES
da tabela de retengoes padrao.
ravel nao fosse superior a 350 plenos da tabela padrao de retengoes.
Esta mcdida constitui, ate hoje, o maior passo dado em raatcria de con-
cessao de cobertura automatica para os excesses de retengao, pois, o mercado
segurador brasileiro se viu, quase inte-
gralmente livre do resseguro avulso, podendo assim, incentivar as suas operagoes, contando com a seguranga
e tranquilidade asseguradas pela co SOCIEDAOES OPERANADO
NACIONAlS-50
estrangeiras-32
OERAL-aZ
COM O I.R.B.
CrS
CrJ
%
Allvo Ifqutdo
ijmitc le(ml,..."^'°'"'
• mWio'
180.829 3,617 17.746
57,23 54,16
355
135.113 4,222 15.018
42,77 45.M
469
CrJ
315.942 3.853 32.764
% 100,00
consequencia, deixava de existir co
Pator de retcneBo '
midio.
257.9 5,16
43.57
334
10,44
56.43
591.9 7,22
atendida, dcrrogava a primeira e, em
100,00
400
*
A segunda condigao — indispensavel bertura automatica para a grande maioao I.R.B. por se tratar do resseguria dos seguros. rador unico do mercado — quando nao
100,00
Os resseguros cedidos ao I.R.B. em 1941, exprimindo ja o total de
bertura automatica para o risco e, con- responsabilidades resseguradas, confirmaram que o limite de cobertura auto
sequentemente, para todas as socie dades.
matica obtido pelo I.R.B., de suas retrocessionarias. era suficiente para o
N' 99 ~ OUTUBRO DB 1956
REVISTA DO I. R. B.
iS 44
Hiercado de seguros nadonal, conforme se observa abaixo;
A infima parcela de ptemios retro-
%
cedidos, eip 1940, ao 3." excedenfe
55.452. 100,00
flviiiso. ficou ainda mais reduzida em 1941, por f6r?3 de os cancelamentoa
-23.332. 42,08
p- rremjos resseguTO cedidos ao •rrtmios rctidos
46
45
Ainda o seguro global de bancos
efetuados terem sido superiores as
J. A. M. Wiegerinck
rremios, retroce-
•Gessoes, aao fendo havido, pratica-
Adi'ogado
Ao'S^E^deate
mente, retrocessoes avulsas.
AodTExLden'.;
_ O niovimenta de premios e a potencialidade das sociedades em 1941. podem ser observados nos qaadros
peM.R.B.
(avulso) .
—, I. —0,01 —0.01
UBLicou-SE nesta i-evista um
es-
tudo da moo do Sr. Vanor Moura Neves sobre a influencia do crime con-
linuando sobre o seguro global de bancos.
crime, o qual, por consequencia, tern
abaixo:
O crime continuado e uma instituigao
do direito penal. .Por meio dele, 0 direito penal consegue considerar varios
distribuicao DOS premios SOCIEDADES OPERAND©
POENDOS DE SeCURos DIRETOS
orai o i.R.tt %
fatos juntos, como um ato juridico,
PREiHOS DE RESSecoSOS fED. I.R.B.
% OE-RESSE-.
Medio
CrS
CUR©
M6dio
NacionsU 105.285.
Eatrangrtfss
69,55
41.167,
100,00
55.452
100,GO
direito penal o crime continuado tarn- "
entre si por um espago de tempo.
bem deve ser considerado como um vontade do autor e tambem ali rele
Um todo, e necessario que estejam unidos por um fator juridicamente
vante.
668
36,62
dos fatos.
15.846, 495.
44.56
372.156 4.484
35,722 430
de rctentSo
exemplo, as conseqiiencias civis de atos ilicitos e diz expressamente no art. 1.525 que a responsabilidade civil e
Assim o gerente de banco que du-
independente da criminal. Isto ja in-
rante um espago de tempo exerce sub-
dica que o direito civil, protegendo
Iragoes parceladas. pode praticar juri
dicamente um furto. fi a sua intengao ■ 100.00
subtrair o total, mas nao faz isto num
sac para ele relevantes.
100.00
so ato natural, retido pelo medo de ser
209.808 43.62
O Codigo Civil regula, por
outros bens juridicos, reconhece outras regras para classificar os fatos que
AUvo LIquido 5.073.
Isto depende do fate de se a
sejam juridicamente considerados como
ci;rai.-83
162.348.
ato.
30.97
esTRAN-CEIRAS-32
4.1U
No cntanto, nao e certo que fora do
Para que cstes varios fatos naturais
^'AC10NA15-51
19.876
varias_ partes).
apesar de os fatos naturais que constituem este todo estarem separados
relevante que e aqui a vontade do autor
co«"o I.R J5
pode, por sua vez, ser composta de
39, 10
POTCNC,ALIDADE DAS SOCIEDADE^S sooibdAi^ operand©
(Naturalmente esta pena
807,
cEral;:
151-415.
uma pena.
446
W.DO.
14.285.
impulse de uma so vontade como um
No caso do gerente acima citado.
descoberto. Portanto houve. de fate, o direito penal precisa descobrir qual
fDttJto 54,'19
100,00
9"e em ]9^^"^ ^cima, verifica-se dades — fin? a i ri
^egurador brasileirnf" °
^"^<>niatica maxima dt 1 009 4 da tabela padrao de rJ. -
90.'2" Ex^'a"~
tieWsida^e 7''retrocessao ~
.eten^oes (socie-
(continua)
para toda esta serie de pequenos furtos,
a justa pena a ser aplicada. Para isto
so uma decisao de vontade.
Nao e a
e necessario kvar cm conta os fatores
vontade do dito gerente fiirtar muitas
subjetivos proprios a personalidade do
pequenas parcelas, mas sim furtar o
deiinqiiente.
total das pequenas parcelas.
O direito civil ja tern um outro fim.
Isto faz coin que o direito penal Deve indicar quais as conseqiiencias do considere os atos praticndos sobre o
fato sobre as relagoes entre si das
M - OirrUBRO DE 1956
Ri^VlSTA DO 1. R. 8.
47 49
50
O segundo problema que encontramos, no exemplo acima, e como consi-
sidera assim aqui estipulando expressa mente que neste caso ela sera considelada reajustada como se nenhuma perda tivesse tido lugar.
48
pessoas (juridicas e fisicas). No caso o texto m'c parece claro. A apolice isto e indicar quem,cUve sofrer a perda nao fala aqui de um ou mais delitos,
e odanocausados. Assim, por exem-
eventos, sinistros, pessoas ou coisas pH o art. J.521 do Codigo Civil equivalentes. Ela fala aqni concreta^dica varies cases cm que a responsainenteem«perdas.. E us perdas que W»dade civil aao cai somente-sobre o no nosso exemplo ocorreram ate 31 de deJmquente mas tambem sobre uma
derar o furto cometido pela mcsma
pessoa, no nosso exemplo 0 gerente. em varios atos durante a vigencia do seguro,
outra pcss^a que.a criminal. O direito dezembro de 1954 estao expres.samente segurador faz.parte do direito civil e exciuidas do contrato de seguro. assim
mente a qualquer perda ou perdas
causadas (a) por atos ou omissoes de
qualquer um-a pessoa. . . ou (b) por qualquer sinistro ou cvento, fica limi-
tada a importancia de Cr$. . . Apos a verificaqao de qualquer prejuizo co-
Propnas ao direito segurador.
• Ademais, o direito segurador nao tern Vejamos agora o oxemplo de crime por ponto de partida o delito do ge
berto pelo presente seguro, esta apolice
contmuado, expoato pelo Sr. Mo„ra rente. mas as perdas causadas ao se-
sera considerada como reajustada em
Neves.- Cooiesando em 1948. um oe gurado, e nao fern por fim estudar a
seu valor, de mode a que sempre du
penal,dade do deiinqiiente, mas a copeqaeoas gaapdas do banco ate em berturu do prejuizo do segurado E ■ quando edescobcrlo. A apolice nem o direito penal diz que as perdas »SI°™ do rcferido banco so enlra ««vem ser consideradas como uma em Vigor no primeiro dia de 1955. perda.
° «'"dioso de segnros
rante a sua vigencia a cobertura esteja em vigor pela importancia de Cr$. . . ,
A resposta a que devemos dar neste
ultimo dia de 1954.
o
exempt t ■=
dae perdas"""O teve
7" durante, e parte antes de 1955
no°BrT°r°
eobertorl a7 """
I,
- as perdas solridas
de 31 de derembro de 1954
«7 segaradas. Ldglco, estas serao T'" mesma». ■»den.xad,s e as oatras nao.
yenaa da
!'■
gencia da apolice. Por isto nao trataremos ma's dela aqui.
A primeira regr-i da condiqao It limita a responsabilidade da compaidiia e nao somente no caso em que o direito-
penal considera um todo de fatos como um crime, mas em todos os cases em
Em todos estes casos a responsabili
pago ou scja obrigada a pagars..
dade da companhia fica limitada a im portancia citada nesta regra du apolice.
mesmo
O exemplo acima e por isto facil de ser
A primeira limita a responsa
resolvido pois esta certo que as perdasdurante 1955 foram cau.sadas por uma-'
funcionar
ao
bilidade da companhia nos cases ja 'I 'l
do direito penal que e o crime conti nuado, mas justamente o caso em que haja mais que um crime durante a vi
rior sobre a qua! a Companhia tenha
tempo.
O primeiro e como devem ser con- segurado tiveram Juqur ? F =. - • b-u- • il a iinica .derados os prejniros ocorridos ate roc, ^
que tivesse lugar durante a sua vigencia. Esta parte da condiqao 11 c irrelevante para o problema do crime continuado no seguro, porque nao regula o caso
independente de qualquer perda ante
nunca podem
berto pelo seguro nao e quantos delitos
£ que OS contratantcs nao quiscram que a apolice so cobrisse uma pecda
que uma ou mais perdas sejam causa das por uma pessoa ou um sinistro.
Ha nesta condigao duas regras que
para saber que prejuizo esta co-
foram mas quando os prejuizos do
coisproblemas.:
durante
da apolice acima citada «A responsa bilidade total da Companhia, relativa-
contrato. Mesmo se o direito penal considera os atos do gerente como um A responsabilidade segurado>S3o crime continuando, isto e composto de Pode scr encontrada aplicando as leis varios atos subseqiientes, isto nao imPenais. mas estudando os fatos a luz F "cu que. os deva assim tambem concos principios e das regulamenta.oes siderar o direito segurador.
ura de crtme con.inpado do direito
exemplo
Sobre este caso lemos na condiqao 11
regra especial.
■
nosso
1955.
obedece pois as diretrizes gerais do como as sofridas depois desta data direito civ.I se nao der ele mesmo uma estao expressamente incluidas no mesmo
Ha neste exemplo. comparado' com
no
enumerados. A segunda diz o que acontece com o contrato de seguro apos a verificaqao de qualquer prejuizo coberto pela primeira regra. Ora, nunca
pessoa, 0 gerente.
se pode falar de crime continuando a
dentementc do fato de se esta pessoa
respeito de dois ou mais fatos dos quais
as causou num ou em mais delitos..
um ja foi veriticado e outro nao. fi um
sempre que os delitos tenhara tido lugar
outro crime e tambem a apolice o con
durante u vigencia da apolice.
Todas as perdas causadas por esta uma pessOa estao cobertas ate um ma-
ximo especificado na apolice, indepen-
N' 99 - OUTUBRO DE 1956 reVista do I, R. B.
51
53
54
pontal do navio e a sua largura na
percurso do navio. em particular dos
linha de maxima imersao, reiine em si
portos.
52
Considcra96es sobre a escolha de um navio de carga
Vamos exaininar agora os problemas
OS elcmentos que a tornam apta a
■caracterizar, pelo menos aproximada-
economicos.
mente, a situagao do navio no que se
Giullo Tartarl
\ VALORJZAgSo dKMurinha MercantexBrasileira representa um
<iade premente. que se rdacionj-coni di?oes das estruturas. as quais devecao o desenvolvimento economico do pais. ser equivalentes em resistencia as rc-
A aquisigao de um navio de carqa gulamentares, bem como a averiguagao pressupoe o conhecimento de muitos de todas :;s exigencias necessarias^para
problemas que, podem ser classificados em duas categorias: problemas de na. scguran^a no mar, quer direr as subtureza tecmcu e problemas de natureza divisoes em compartimentos estanques mediante anteparas.
Logicamente, a caperiencia de um Quando se tratar de navies classifiiom tfcuico ira p„upar ao armador cados em um qualquer dos varies mmtas preocupasoca „o fuluro, e po- «Registros Navais». um indice muis
ar^ad toTo,t''f
e ter sempre os poroes cheios e o car-
rias liomcgeneas, pode set considerado em boas condi^oes de estabilidade,
regamento completo. com uma determinada carga.
cjuando, a .supra-mencionada relagao h/l assume um valor igual a cerca
•de 0,70, c sempre que, acima da coberta- nao se apresentem sobre-estruturas importantes. Esta verificaqao jaodera set feita no mesmo piano de constru^ao do navio.
Quero reafirmar que muitos navies, pqr causa da omissao acima citada em
fase de projeto, resultaram, apos a <onstru9ao,
absolutamente
instaveis.
Alguns ate afundaram, quer ainda em
Esta condiqao bas-e sera cm geral
satisfeita, quando, o navio, alem de oferecer a possibilidadc de carregar um detcrrainado peso, apresenta tambem um suficiente volume nos poroes.
De fate, um volume insuficiente daria a possibildiade de encher completamente os poroes, sem ser, entre-
tanto, utilizada toda a capacidade de carga em peso, ate a linha de maxima imersao admitida pelas Regras de
•concomitancia de outras causas secun-
' plexo de casco, maquinas e equipamentos. admitido no «Registro5v e
•darias, outros requereram, para poder navegar, o embarque de notaveis quan-
anti-economica,
tidades de lastro fixo, com o efeito
^ntre os varies tipos de navios, devera
■conseqiiente de reduzir a capacidade
escolhido aquele que nos oferece
PP^iiPntarei, ao confirmado pela sua Classifica^ao. ""P'pIp'PSppp sobre No case de navies com muitos ano?
problemas ,a menConados. os guaa de navega^ao. deve-se ter em conta a
ultima vistoria efetuada pelo Registro 't uma avaliaP o gu d ae decidirPP" a aguisigao dum
3 confirmagao pelogeral mesmo da classi<leterm.„ado Kp„ de navio de carga. If'cagao micial. Em a preferencia Vou comesar eaaminando os pro- devera ser dada ao navio que, alem Wemas iecnicos gue inieressam a res L de apresentar tddos os requisitos acima
lavto """'r' = » estabilidade do enfrenta nfrenta, convenieniemente """"" o mar. ^P'" P Qunndo gg trata a
Um navio, carregado com mercado-
que apreciavel da eficiencia do navio sera o grau de confianga para o com-
ma's f o tipo deao navio =P™Pnado ao trafego oual pee(endedestina-lo.
O que mais interessa ao armador, num sentido exclusivamente economico,
Enyenltciro Naval
proWema de atuaJidade, de fundamental importancia para o futuro do pais. A aquisi^ao e a constru9ao de mo- tun-j uma vistoria. de um engenheiro dernos navies da carga e um.-necessi- naval, para averiguagao das boas con-
«cononrica.
refere a sua estabilidade.
class^ficados nes Regisfros"siropo^
dos. apresenta tambem a Marca
/Ren-' ^ fiscalizasao do «Reg.stro Navub durante a construCom referencia a eseabllidade, posso P «P5ao h/l enlre o
Be carga dos nuvios, recurso claramente -anti-economico.
Em navios de carga construidos de ■madeira, a citada relagao h/l podera ser verificada na base de um valor
-aproximadamente igual a 0,60.
Botda Livre, condiqao evidentemente
Portanto, fixado o tipo de carga.
Oarantias de satisfazer a dupla condigao de carregamento em peso e vo lume.
A condiqao e, em geral, satisfeita no caso de carga pesada (750 e mais
kg/por metro ctibico), mas, quando se trata de carga volumosa (menos de
Pelo que se refere a imersao do
750 kg/por metro cubico) e tambem
navio, em particular a maxima, devera
de carga geral, e absolutamente ne-
sempre ser verlficado se e inferior a
cessario que seja verificado o volume
minima profundidade disponivel no
disponivel, e, quero afirmar, que um
N»99-0UTUBR0 DEI956 REVISTA DO I. R, B.
55 56
57
5R
navio sera, neste caso, tanto mais apreoavel, quanto maior for o volume dos colha de um navio de cargu, tenho que falar fambem de outros fatores de seus poroes.
navios destinados a carga volumosa e a
pequeno, e julga-se poder contar com
carg-a em geral.
baixos
Mas a maior vantagem nao e so de um maior volume nos poroes. Uma
muitos anos.
menor potencia motora acarreta tam
para navios de carga, podem ser consi-
bem, a paridade de velocidade do navio,
derados aqueles. cujos valores variam
uma sensivel diminuigao das despesas
entre 0,70 e 0.80.
naturezaeconomica, tais como os custos
Conhecendo o volume que ocupa a de exercicio, e os direitos fiscais na
mercadoria, per unidade de peso, e o base da Tonelagem liquida. seuv.peso espedfico, o elemenfo que Muitos pensam que uma maior po pode nqs propordonar uma idda dara da capac^dc do navio ao transportar tency motora instalada seja uma vantagem tanto do maior cusfo dos mo carga, e a «Tdneiagem liquidas. tores, quanto de uma velocidade maior. Muitas vezes se presume individuar Isto pode ser verdadeiro em muitos esta capacidade do navio, up valor do cases, mas pode tambem enganar a ^Deadweight., confundindo-"^ cooj a 'ncompetentes. Quero esclarecer o carga util. Quero esdarecer esfe erro, assunto, dizendo que um Indice de condizcndo logo que precisa muita cautela ven:encia ou menos. pode ser demonsquanto a aquisi^ao de navios, baseando- t^rado exclusivnmente por uma analise
do coeficiente de bloco do navio.Tsto ^
asobreo valor do ^Deadweight.. De fato o ^Deadweight, representa a di- quanto menor for o valor do coefi ferenca entre o Deslocamento com ciente de bloco, tanto melhor sob plena carga e p ^Deslocamento leve. ntu.tos aspectos sera o navio. e. compr^ende, portanto, alem do peso da mercadoria, o peso do combustivel De fato. entre dois navios da mesma do oleo lubrificante, da agua de re- capacidade de carga (Deadweight) aquele com coeficiente de bloco menor
serva. do pessoa] e dos viveres.
vai encontrando menor resistenciu na
Dois navios com o mesmo «Dead- agua. e precisa, portanto, de uma menor --■ght. podem ter motores que con- Potencia motora. Menor potencia
somem combustiveis em quantidades •nstalada, quer dizer. per consequencia. ntuuo diferentes, ate na base de uma a unt menor volume para a praga de que o outro, „u mesma niaquinas, um menor volume dos tanviagem, i.sto e, ndm mesmo percurso, ques de combustivel causa o menor ortanto. a igual «Deadwaight» pode consume, Menor e ainda o volume corresponder uma carga liquida de mer- dos pic-tanque^, para a maior finura
cadona sensivelmente diferente e e na dasformasaproaeapopa. A poupanca de todos estes espagos vai logi-
base desta carga liquida, que seganh
lam
xretes.
camente dar a vantagem de um maior
volume disponivel nos poroes. e Ja ti'
P^pondaante na as-
vomos ocasiao de falar da importancia
deste maior volume, em particular por
V
de
combustivel
por
Coeficientes de bloco satisfatorios,
de combustivel c, portanto, dos custos de exercicio.
pre^os
Quero terminar este artigo, anali-
sando tambem algumas consideraqoes
De outro mode, um navio, com coefi
ciente de bloco menor, pesa um pouco
sobre os motores, em particular os Diesel.
mais (maior deslocamento), e teremos,
Quanto maior -.for a velocidade de
portanto, a desvantagem de um maior
rotaqao,
custo na aquisigao do navio.
Menor peso do motor, significa uma
Outra
desvantagem ainda, sera devidu ao
tanto
menor
sera
o
peso.
maior carga litil.
maior custo nas despesas de taxas portuarias, por causa da maior Tone-
Os motores Diesel sao preferiveis
lagem Liquida disponivel, acima de-
outros porque mais simples: pre-
monstrado.
cisam de menor pessoal, com conse-
r» j t^ontudo, a vantagem e- sempre no-
quente cconomia nas despesas de exer-
tavel e a favor do navio de maior finura, isto e, com coeficiente de bloco menor.
cicio. Os motores Diesel, a quatro tempos,
Considerando esta vantagem como
sensivelmente superior aos
uma anuidade paga no fim de cada
®
tempos.
Pode-se dizer que o
ano. em poucos anos de naveguqao
motor a quatro tempos, a paridade de
podera ser amortizado o maior custo
niimero de rotaqoes, pesa uma vez e
de compra do navio. Depois deste pe- tres quartos mais que o correspondente riodo. a vantagem passa completamente motor a dois tempos. para lucros liquidos.
„
Termino concluindo que, nu aqui-
Esta vantagem ira aumentando na- si<iao de um navio. e obsolutamente
turalmente com o maior raio de a^ao necessario sujeita-lo a todas as criticas, do navio, com o aumento dos pregos Jgixar inexplorado nenhum partide combustivel, e com o aumento da dos varies problemas acima civelocidade. tados, e que, o auxilio de um engenheiPodera tornar-se minima e as vezes ro competente pode neste caso, poupai negativa. quando o raio de agao for
ao armidor tempo e dinheiro.
99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.
59
61
60
Hermi'nio Augusto Faria ^sscsior Tecnico do Gabmcfc dc Bstudos c Pcsquisas do l.R.B.
APRECIACOES GERAIS \
p AREc^Jora dt duvida que no caso de uma empresa ser ma!
sucedjda nos seus negocios. todos per-
Geralmente entendida. cooperario dem alguma coisa. Senao vejamos: Pode ser definida como o trabalho en deixa de receber. aqueles conjunto no sentido de ser alcanqado serv.sos que a organ.Vagao presta^a^ou urn determinado objetivo. Talvez pu-
jeles artigos que a empreaa peoduzia dessemos exemplificar ben, o que que-
vendia; o proprietario, uo caso de remcs dizer se nos lembrassemos de urn uma orgamzacao particular vai a fa arco a oito remos com patrac. Aqui, todos OS membros da guarnigao-do tan e legal numa' institui?ao estatal arco trabalham juntos e em perfeita a„ de eco„„„ie ooordenagao.. Cada remador faz a oralua-se; os Superintendentes, Pre- sua parte, cabendo a todos fazer o
^axuno. Todos eles sabem que o tra-
perdem'
etc. ba ho em equipc e o unico caminho
servidoreT'r''"'"'
Paraav,tona. Qualquer remador que
f"«'Marios, ou cot como qacram cha„a-Iosassalaciados. vac para; pensasse poder agir como melhor Ihe ° sacrificio proprio e. o que aprouvesse prejudicaria a todos.
-
P-ois bem, numa empresa onde nao
ha coopera?ao. onde alguns emprega-
zit:t ™ 'I"'! "11 indivlduo perde ) go para poderem se sobressair. e ■'■-'"itam do seo
onde alguns. poucos ou nada querem
perplexes diante do futro, a menos que cada um procure por si so, reeducar-se
De um modo geral, a cooperagao deve se fazer sentir de cima para
e superar a situa^ao existente.
Todos
baixo e de baixo para cima na escala
Muitos sao os funcionarios
hierarquica, bem como no sentido hori
que criticam os seus chefes e muitos OS chefes que criticam os seus subordinados. Para eles basta que alguem esteja no degrau de cima para merecer,
zontal entre chefes do mesmo nivel oi»
cu fazer, todas as criticas possiveis e
que tange a falta de cooperagao, pois
imaginaveis. E, quanto mais alto o degrau, ou melhor, talvez, quanto maior
e a ele que cabe motivar os seus subor
0 numero de degraus que separain os
um trabalho cm conjunto. No entente,
dois personagens eni observaqao, maior 0 numero de defeitos, de atitudes e de
que fazemos nos ao acharmos que o chefe nao coopera ? Cooperamos com
erros encontrados de parte a parte. De um lado o mau subordinado pro-
o inevitavel ?
criticam.
ocorrer
E
perior hierarquico. Do outro lado o mau chefe procurando alicergar, os
mesmo que o seu trabalho nao Ihc
ftindamentos da sua incompetencia no desinteresse e nas atitudes negativas
gostar dos seus subordinados para me
dos seus subordinados.
O mais interessante
que o seu ordenado seja deficitario. lembre-se de que voce, e apenas voce,
e que cntre as criticas mais severas
pode mclhorar esse estado de coisas.
surge sempre a que se refete a falta
Voce pode tornar qualquer trabalho
vicioso continua.
E o circulo
de «cooperagao». Bcckman
em
coopera;"';
cclocarmos do facil critical".
outro lado. No entanto
agrade, ou que o seu chefe nao saiba recer deles uma amizade sincera, ou
menos detestavel se pensar de maneira seu
livro
intitulado
«Coino Treinar Supervisores» diz que «cooperagao e uma palavra muito fa-
Muitas pessoas falam sobre ela
certa.
«0 seu chefe qucr que voce se interesse pelo seu trabalho para que. ele possa ganhai mais dinheiro ou prestigio. Mas, esquegamos o que deseja 0 seu chefe. Pense soraente no que voce lucrara, se se interessar pelo tra balho. Lembrc-se de que isso pode
opera^oes sobe vertiginosamente
porem reslxingem 0 seu significado
maTorad''"''^^
altamente
pessoa faga. Esquecem que cooperagao
essencalmente estes os fatores que mportam ao nosso trabalho, a empresa
Nenhuma organizagao, na industria,
duplicar a soma de felicidade que voce tira da vida, pois, aproximadamente a
no comercio ou no governo pode con-
metade das suas horas de vigilia sao
tinuar com sucesso as suas operagoes
gastas no trabalho e, se nao encontrar
se houver areia na sua caixa de ma-
quinas, quando ha falta de cooperagao
felicidade em seu trabalho, e possivei que voce janiais a encontre em parte
entre seus funcionarios, ou seus depar-
alguma. Lembre-se sempre de que se
tamentos ou suas divisoes.
se interessar pelo seu trabalho, voce
tlTa hf' faSr
" ineficienda r,o -upervisao, ou outro.s
encontra n.
de desejar
Sa-
de nos E mais
para 0 que eles esperam que a outra
naf'achaT"'''
Geralmente. nao.
sua ma vontade e o seu desinteresse, nos defeitos e nas faltas do seu su
„
PPetdido "dto r°" for raaoavelmenfe "° allo.
dinados e incenth-a-los no sentido de
curando justificar a sua ma conduta, a
lada.
nova colocatao
fi logico, que ao chefe cabe sempre a maior parcela de responsabilidade no
bemos que o que nao tern remedio, remediado esta, mas fazemos questao
o«::rrr.'" a espapo' vezese nr cauda caud do d merecimento, "o arrastando custo das «nde deP""® ten,po.Jas Nao
,.m »
funcionarios de um mesmo grau.
A
^"vidades.
^^amar de -^e^tIrdrn^r:r^-
-tores da atividade humana dLa-no;
e um processo dirigido nos dois sentidos e que tambem os envolve.»
W».99 - OUTUBfiO DE ,950 REVISTA DO 1. R. B.
63
65
66
Portanto
chefes pensam ser suficiente vociferar
de um lado e, de outro. o inteiesse
estejamos contcntes de viver o unico
^ podera trazer-lhe promogoes e tempo que nos e possivel viver». E ja aumentos de ordenado. Mesmo que tal nao acontega. reduzira ao nimimo que tem que ser assim. porque nao a sua fadiga, fazendo com que voce transformarmos em beneficio os nossos
..ordens, ou baixar ordens ou dar ordens. No cntanto, o comandante de um navio
pela organizagao como um todo.
«cnha animo para gozar as suas horas
prejuizos ? Mesmo no que se refere ao
(Dale Carnegie).
salario, se nao pudermos, de mode
precisa da cooperagao maxima de todos, em qualquer escalao.' O fracasso, ou
dos desejos do chefe: b) nao o aborrecer desnecessariamente com pormenores ou pedidos de
a indisciplina, ou a ma vontad'e de um
orientagao;
64
afastara do sspirito todas as suas preocupa;6es e que. no fim de contas
come OS nossos esplritos.
de guerra, em coinbate, ja sentiu que isso nao e suficiente.
Mais dfesuma vez consegui com co- algum. meihorar a nossa situagao fiegas de trabaJho e comig6 mesmo, nanceira, t^lvez possamos meihorar a
Para veneer ele
s6 membro da tripuiagao, pode custar
Nas relagoes com os superiores:
a) certificar-se
da
compreensao
c) elaborar todos os relatorios pcz-
nossa atitude mental com respeito a
a vida de todos e o afundamento do
cisa e prontamente:
•quando nao temos o que fazer do que nossa situagao. Lembrerao-nos de que ^uando o nosso tempo se acha todo outras criaturas tambem tern preocupa-
seu precioso barco. E isso porque o
d) afastar-se quando verificar falta de confianga por parte dos superiores;
provar que ficamos mais cansados
tempo e prcmente.
tornado por trabalho. E issd porque ?oes financeiras. fi uma aspiragao tao quando nos falta servi^o ha tempo ^hra humana quanto o que de mais humane
urgencia em relagao ao tempo nao e tao imediata mas, a necessidade de
jdeia e antiga e num trabalho sobna a Fad,ga. publicado pela Metropolitan
e) tolerar inconveniencias tais como
cooperagao e igualmente importante.
prorrogagdes de expediente ou horario, quando seja requerido por determinada
Uma das molas do progresso sao as nossas asp.ragoes. Logico que dese-
O fracasso, o afundamento, depends
emergencia,
jamos ter o que nao possuimos. A-vida
Lembrem-se de que estamos todos no
nos preocuparmos com a nossa situa?ao ha dentro de nos, querermos mais.
€ com a s.tuasao dos outros. Alias a
Numa empresa a
apenas de um maior espago de tempo.
Nas relagoes com os subordinados:
a) cxpedir ordens prccisas e claras; certificar-se da compreensao das mes-
em^si e uma esperanga perene em re-' L^e Insurance Company encontramos: Jagao ao futuro.
mesmo barco.
E, ja que chegamos ate aqui, talvez
raramente causa fad.ga que nao possa ser curada «Como e estranha a pequena procom um^om sono ou com o repousb.. cissao de nossa vida !» escreveu Ste As preocupa.oes, as estados de tens5o phen Leacock. «A crianga diz: .Quan c OS disturbios emociona-s sao as tre^ do eu for urn menino grander. Mas ^aiores causas da fadiga. S5o esses" que quer dizer isso ? O rapazinho diz:
mas:
fosse interessante darmos algumas
b)
regras praticas sob o ponto de vista tecnico no sentido de auxiliar a todos
OS que pretendem realmente trabalhar
J>or um Brasil maior seja qual for o
^q^ntemente, os fatores responsavei^ «Quando eu for homem.. E, depois
seu posto ou a sua fungao.
por cansagos que parecem ter como de adulto. diz: «Quando eu casar.. o trabalho fisico ou mental ° FJepois a frase muda: «Quando eu
un hcamos cansados porque as nossas Puder apo.sentar-me». E. entao. quan
cle cada hora».'
Nao n
registro do tempo.
our„:„i eternidades — nem gundo."Mas""pr^ "ma fragao de se-
I '
subordinados
que se deposita confianga neles:
c) nao OS sobrecarregar de trabalho e respcnsabilidade;
d) somente determinar tarefas que possam ser bem executadas;
e) nao exigir trabalho que o p.6-
lita Campos apresenta as recomenda«Hov/ to Train Supecvisors», no sen tido de «incentivar a cooperagaos, e
prio chefe nao gostasse de executai: /) propordonar cquipamento idequado e boas condigoes de trabalho; g) estimula-Ios no aperfeigoamento
que sao as seguintes:
de suas aptidoes e conseguir para o.^
De maneira geral:
«Voce e eu estamos nil tudo — e a vida ja se foi! A vida — "Prendemos muito tarde - esta em se olTsf' ^terni'dades: , passado que se extinguiu para de cada dia e
aos
Assim, em seu livro «Chefia», Este?6es apresentadas por Beckman em
mogoes produzem tensoes nervosas em do a aposentadoria chega. ele langa o ar pelo caminho percorrido. Um «SQue ^ Po^res mortais, vento gelido parece varrer esse caqT sertt" 5 esta passindo nao ^'^^undo voitara mmho e, de certo mode, ele perdeu
demonstrar
a) assumir e delegar responsabilidade com determinagao; b) manter bastante energia, b-.a saude e bom humor:
mesmos melhoces oportunidades;
h) planejar, organizar e estabelecer a escala de operagoes de trabalho, com precisao;
i) raanifestar «reconhecimentc» pe lo bora trabalho:
c) planejar para o futuro, a fini j) tornar-se acessivel e pronto sem de evitar congestionamento de servico: constrangimento, a pedir sugestoes: d) nao fazer promessas que nao .?e k) manifestar um sincere interesse
COMO INCENTIVAH A «COOPERAgAO:.
Lembrem-se os chefes que so recearnainamof into :r nossos corpos "ados naZ . se hzerem jus a ela. ^"bordiMuitos
possam cumprir;
e) manter um equilibrio apropr'.ado entre o zelo pelo trabalho e o grupo.
pelo bem-estar dos subordinados:
I) organizar setores de trabalho harm6nicos».
99 - OUTUBRO DE 19S6 f J 11 I r,"
REVISTA DO 1. R.B.
67
68
70
69
0 ensino de operates de carga
APRENDIZAGEM DE
o conhecimento de operagocs de carga
OPERAgOES DE CARGA
pela observa^ao, lendo livros recomendados por oficiais de seu navio, ou que
. Quatro sistemas
TRABALHO APRESENTADO A II CONFERENCIA INTERNACIONAL DE MANIPULAQAO DE CARGAS — NAPOLES. 1954
Cmte. C. L. Sauerbier, U.S.N.R. Che[e da SefSo Carga do Departamento de Ciencias Nauticas da Acadcmia de Maeinha Mcrcantc dos Estados Unidos
Introdu?ao
:^
Ha quatro caminhos para quem
Entretanto os livros mais aconselhaveis
pretenda tornar-se um oficial de Ma
sao aqueles indicados por pessoas ex-
rinha.
perientes no assunto. £ste sistema a primeira vista parece ser ideal. Exa-
O conhecimento que, sob um
desses metodos. ele adquire a respeito mente com todos os mais conhecimentos
minemos alguns fatos. O tempo que um marinheiro deve
de que ele precisara. a fim de ser habi-
passar no mar antes de requerer exame
litado pelo seu governo para exercer
para licenciamento varia de um pais para outro. Digamos que em media ele passa quatro anos no mar. Se esta em um navio cuja viagem redonda c de tres meses. fara 16 viagens completas. Assim teria oportunidade de observ.ar cerca de 16 carregamentos e
de operaqoes de carga, vira simultanea-
a atividade
JA ANTERIORMENTE, em 1954, tive-
Ihe tenham despertado a atenqao.
estabelecidos
de oficial.
pelos
Os criterio
diversos
paises
mos a honra de contribuir para
a fim de deterrainar a habilitaqao dos
as discussoes sdbre o estudo das ope-
oficiais de Marinha Mercante, vanam
ragoes de carga. na Reuniao de Rotter
Estados Unidos, embora possa haver
ate certo ponto.
dam.
situiqoes analogas em outras-naqqes-
examinar aqui essas variagoes porque nao apresentam maior interesse.
Abstivemo-nos de dar enfase a
Neste trabalho salientamos a neces
quaisquer argumentos em favor da sidade de uma educagao especializada necessidade de um ensino especializado, como meio ideal de formar o melhor porque teriamos ocasiao de faze-lo
nesta^ grande assembleia internacionaJ, que ora se realiza em Napoles.
oficial de navio possivel. Sinceramente esperamos nao se sintam ofendidos os •
muitos oficiais, que apenus pelo seu A parte I deste trabalho devotaremos proprio esfor^o adquiriram uma exceprincipalmente a um exame dos pro- lente pratica. Nao pretendemos fazer cessos pelos quais alguem pode instruir- crer que nao haja oficiais competentes se a respeito de opera^oes de carga. e eficientes senao os que tiveram treina-
um conhecimento fundamental de operagoes de carga sao os seguintcs:
1) Viajando como simples marinheiro a aprendendo pelo seu proprio esforqo o que for precise a fim de passar nura exame de habilitaqao;
timos, nao registramos o caso em que um
marinheiro
se
interessasse
em
observar as operaqoes de carga. Trata-se evidentemente de observaqoes pessoais, entretanto, estamos certos de
que. no caso, muito poucas objeqoes
tanto, que a media geral de compe-
marinheiro tenha interesse em aprender
tencia e eficiencia entre os oficiais
3) Freqiientando uma academia maritima por dois ou ate quatro anos, realizando rapidos cruzeiros em navio
tudo a respeito de operaqoes de carga. observando os trabalhos de carga e
escola:
tante limitado.
4) Freqiientando uma academia maritima e fazendo um estagio em navio mercante durante o periodo de
rida tera como base um ou dois navios
Sustentamos, entre-
A Parte 11 tcata de uma descriqao
pode ser grandemente melhorada se
geral do sistema usado pela Academia de Marinha Mercante dos Estados Unidos, Kings Point, New York, e a arte III, de algumas observacSes
dermos a todos o beneficio de uma base sobre a qual adquiram os conhe-
pessoais sSbre a situa^Io no setor de operasoes de carga. Os pontos men-
Entretanto, em 23 anos de experiencia na indiistria de transportes mari-
por ambos;
mento especializado. Isto obviamente.
nao e verdade.
setor.
Os meios basicos para se adquirir
serao
porque acreditamos na necessidade de
nesse
outras tantas descargas.
2) Viajando como aprendiz, obedecendo a uma programa patrocinado pelo governo, por uma Companhia. ou
Assim fazendo, procuraremos mostrar uma educacao especializada
Nao pretendemos
cimentos a. serem posteriormente cocoados pela-prat'ca.
O oficial mais competente teria
dicangado mais cedo um nivel de cionados sac os que. em nossa opiniao. grande eficiencia, e seria hoje ainda poderiam ser melhorados mediante melhor, se tivesse recebido educa^ao e programas educacionais mais intensos. Sendo americano, eles se referem aos treinamento mais completos do que na realidade recebeu.
um ano pelo menos.
levantadas
contra
as
nossas
conclusoes.
Alem do mais, admitindo-se que um
descarga, seu conhecimento sera basA experiencia adqui-
de uma Companhia.
Ha ainda outra desvantagem neste metodo de aprendizagem: e que nem sempre o marinheiro observa o melhor
Viajendo como simples marinheiro
e o mais correto metodo de processamento dos trabalhos.
Aquele que comega a sua carreira como simples marinheiro, pode adquirir
Fizemos a interessante experiencia de organizar um curso para o estudo
N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.
71
das opera?oes de carga a ser ministrado a jovens pouco acima do nivel ginasial.
No ensino da materia e amplamente estimulada a discussao de todos os
aspectos de cada questao, e a procura
de cases de divergencia de opiniao entre os iivros e dg professores.
Os esljidantes a qtie nos referimos
/2
73
casos, raramente se faz em primeiro
problema. Conhecemos bem essa des
Mercante dos Estados Unidos, pm
lugar uma perfeita pesquisa.
vantagem por experiencia propria.
Kings Point, New York.
Aprendizagem patrocinada pelo Go-
goes de carga so e possivel depois que
Uma cobertura completa das opera-
verno^ por Companhias ou par ambos
Com um bom programa, sob um
qual foram obrigados a observar e
anaiisar as oper-agoes de cargas em
atingir-se um excelente nivel de conhe-
navios
cimentos teoricos e praticos.
ano no mar, durante o
mcrcantes.
Todos
tiveram
ocasiao de constatar na pratica os casos de divergencia a que nos-refe rimos aoteriormente.
A maior desvantagem deste sistema e que o auxilio que se recebe para
g'encias encontradas e indicando com
pode mesmo encontrar uma certa ma vontade capaz de tirar-lhe o estimulo.
cuidado o verdadeiro caminho. sob
O pior processo de aprendizagein e-
risco de veAo recusado pelos proprios alunos que estao preparados para no futuro assumirem o encargo das decisoes. • Felizmente podemos assegurar que de, ordinario, Iivros e professores
aquele em que se tern de fazer tra-
pronunciando-se a respeito das diver-
Com essa experiencia, ele pode ter uma comprcensao melhor de que Ihe
A materia Operagoes de Carga, nada tern absolutamente de abstrata e
e dito em aula.
nem tampouco e dificil.
R'''
seja dificil.
servigos em Navios Mercanfes mento ja mencionado apresentavam
pelo menos um dos dois provaveis defeitos, a saber: 1)
Entretanto, no passado
Ihe foi dada menos atengao do que ela
Os sistemas de educagao e treina-
si-''
O fato de
cstarmos discutindo nao quer dizer que
Curso de Academia Maritinxa com
adquirir os conhecimentos pode ser
Cabe ao professor tirar as diividas. quase nulo. E o que e pior, o aprendiz
Necessidade de um melhor equilibria no tempo destinado ao estudo de Operagoes de Carga
0 estudante tenha tido bastante tempo para observar as condigoes existentes.
sistema de aprendizado no mar e, si-
multaneamente um curso de instrugoes especializadas em terra, e possivel
passaram
74
Os instrutores ou nao existem
merece.
A ausencia deste rainimo de
atengao tern contribuido para as ineficiencias que. de um modo geral, se observam nas operagoes de carga. Nao acreditamos que um perfeito curso
ou nao estao habilitados a preparar oficiais. Mesmo no cuso de excegoes,
sobre operagoes de carga possa exigir
existindo nenhuma organizagao quanto
ha poucas probabilidades de que se
sao dedicadas a materia na Academia
aos servigos que Ihe corapetem, nem
oferegam tempo e lugar para instrugao
um programa plunificado de instrugao.
de fato.
de Marinha Unidos.
balhos como taifeiros no navio, nao
mais do que as 130 horas de aulas que Mercante
dos Estados
p a observagao, ele vai aprender coisas que nao deveria. fi interessante lem-
Entretanto, apresenta uma vantagem:
Nao acreditamos que na industria de navegagao haju homens em numero suficiente, capazes de realmente apreciar a seriedade e a importancia da
ele ficara alojado entre os oficiais e o
responsabilidade de ensinar.
brar p.issados erros de ofidais, desde
seu ambiente, portanto. sera melhor do que se fosse um simples marinheiro.
duvidas quanto a afirmativa de que a
experiencia obtida na aula nao da ao
qualidade de um oficial depende inti-
oficial uma verdadeira perspectiva de
mamente da educagao e treinamento
todos OS problemas, entao e que, embora licenciado, ele absolutamente nao
advogara o que esta correto.
Nao resta duvida que, se o futuro
oficial e forgado a aprender apenas
que estes sejam encarados como en-
Em tais circunstancias o aprendiz aproveita menos de seu periodo no mar do que um simples marinhciro.
ganos e se indique o que deveria ter sido feito.
A bordo de um navio, quando a
Curso de Academia MarUima com cruzeiro em Navio Escola
carga foi manipulada ou estivada imfiste sistema corrige o defeito dos propnamente. motivando avarias, o dois anteriorqs no que concerne a uma mestre e o pessoal envolvido quase possivel incompetencia ou desinteresse sempre tern uma desculpa a apresentar. por parte dos instrutores. Contudo,
Uiante de um tribunal, ele nao con- por outro lado, apresenta a grande seguira convencer. a menos que tenham razao: entretanto e muito facil produ- desvantagem de nao poder mostrar as zirem impressoes erradas sobre o ma- operagoes de carga em condigoes co-
rinheiro inexperiente. fi necessario ter em mente que, quundo acontecem esses
merciais.
Nao ha
que recebeu.
2) Nao existe oportunidade nem
O trabalho na aula deve tornar o
futuro oficial capaz de ir a bordo de um navio e perceber todos os detalhes conccrnentes as operagoes de carga com compreensao e consciencia.
Se a
tern vocagao profissional.
incentive para se tirar proveito das atuais operagoes de carga nos navios
Para ilustrar ate que ponto o que se pensa difere da realidade, desejariamos
raercantes.
relatar uma experiencia que tivemos em
Quando um curso sobre operagoes de carga se oferece com uma possibili-
uma conver&a
dade de participagao nas atividades de um navio mercante, a sua duragao e
realmente aproveitada para um maximo
Uma ocasional demonstragao em um
possivel de instrugSes. Em
navio mercante nao oferece solugao ao
opiniao, esse e o melhor sistema.
nossa o
adotado pela Academia de Marinha
particular exatamente
sobre o assunto. Interrogando recentemente um rapaz diplomado por uma
academia maritima (nao a Academia de Marinha Mercante dos Estados
Unidos) a respeito do custo de operagoes de carga na sua escola, a resposta espantou-nos.
N" 99 ~ OUTU8RO DE 1956 HEViSTA DO 1. R. B.
/J
76
77
78
Disse que a referida Academia nao melhorado estava seguindo a crenqa mantinha aenhum curso especializado
propagada, mas cOmpleWmens6bre opera?6es de carga ou manipu- bastante lagao de cargas e estiva. Tudo o. que te erronea, de que. para cortar a conse ensinava e esse respeito era dado densacao, no porao de um navio, se como parte de outre e em escala dimi-
DADOS ESTATISTICOS
deve injetar ar e mais ar.
nuta. Acrescentou, aiada que, no en-
A lamentavel porem dramatica vertender^ da administra^ao da escola, dade, nesse caso, e que os oficiais operagoes de carga era assunto tao pratico e basico que nao bavia neces- desses navios, devido a sua ignoranda.
sidade de instru?ao. Haviam-lhe dito 'sram capazes de causar maiores danos tambem que poderia aprender todo o do que antes, mesmo depois de melho necessarjo a respeito de operagao de rado 0 sistema de ventilagao. carga. em poucas viagens como terceiro
Ninguem recomendaria como reme-
sistema de ventilagao, antes trataria de
fat?T'^T OS esclarecer o pessoal de navio a respeito fatos descobertos por umsuposiao grupo de
seguradores. em ofaserva?6es feitas du- ae fatos da psicrometria. PareceTnos rante um certo periodo com relagao aos evidente que o conhecimento necessa- "
conheamentos de oficiais de navio em
no para o emprego corrente de um
assunto tao comum como seja a utili- sistema de ventiiasao. nao pode ser dade da ventda^ao dos poroes. obtido em poucas viagens como ter
Antes da Segunda Guerra Mundial
Certamente havia nos navios acima,
«de^,ao. Os dados fora^'obM
dena ser formulada significativamente da seguinte forma: _ «Como apren» ^03 e,„,pados CO. s.„,„ad„„s denam OS alunos a verdade em tais nav-,.. A resposta a esta. como a Depois da g„e„a a em navies eonioutras questoes semelhantes, e apenus pados com sis.emas de ventilaeao L- uma: — nao aprenderiam a ver dade. e isto e um argumento em favor
SL-T' '
do I.R.B.
BALANgO DAS SOCIEDADES
de seguro efetuados em 31 de dezerabro
DE SEGUROS
del955.
A situaqao economico-financeira do
Analisando-os podera o leitor obtcr
mercado segurador brasileiro no ano
a evoluqao e composiqao dos atlvos dos
de 1955 pode ser verificada com auxilio
diferentes grupos de sociedades, bem
dos. dados que compQem os quadros
como determinar
ceiro piloto.
Unidos a determina,ao da percentagem citados, oficiais com varios anos de de avanas causadas nas cargas Lla experiencia. £ uma questao que po-
reaiidad " rtdade aumenlado.
Divisao Estatfstica e Mccanizagao
dio. neste caso. a volta ao antigo
piloto. '
-art dtvT''""
ContribuifSo da
a
rentabilidade
do
negocio.
gue a seguir sao apresentados.
Procuramos facilitar c trabalho aprefiles, sintetisam os resultados obtidos na Divisao de Estatistica e Mecaniza-
9ao com a apuraqao dos questionancs relatives aos balanqos das socfedades
sentando a seguir um resume, relative ao ano de 1955 onde podem ser observados OS indices relatives .a cada mo-
dalidade de seguro.
■!= da^^educagao e do ineinamento nesse
na Tinha tinha anmen-
GRUPO OPERANDO EXCLUSIVAMENTE
Os mais modernos navios com o -"elhorado o mdhor aparelhamento. de nada vaiem IIarregam e operam nao OS tripuiam e os os conhecem.
nem as cargas que conduzem.
A^hor^:!;tnrae:tr.
Clara. O pessoa que usava va
usava o processo
DISCRIMINACSO MERCADO
RAM03
RAMO
ELEMENT ARES
VIDA
RAMO ACIDENTBS DO TRABALhlO
NOmcro dc Soslcdades....
.
Ailvo em CrS 1-000,000 00
1S5
too
4
14
11.136
3.254
4.136
131
Em %
(C<^ntinua)
Tradusido por BrasWo Accioly
InvcrsOes
Disponibllidade.. Divcrsos
Capital e Lucros...,
""'
58.7 16.7
40.0
24.6
29,8
79,1 5,5 15.4
18.1 53.4 28 5
18.2
28.9
S.4
26,4
30.2
NO W - OUTUBRO DE I9S6
REVISTA DO I. R. fl .
rc
<
RegulariiacSo Eiercicio Fiado
Caixa Conlaa Correntes
Depositos em dinbeiro
Empr4atiroos c.'Gariuitii
Proprierladcg Imobilitrias
Htulos de Henda..
ATIVO
>r.e PB socrEOaoES
PASSIVO
3 866 632,00
569 458 079.10 371 420 620,
41 534 573,90
367 204 148,00
424 543 515,50
213 570 251.50
284 047 440,00
210 320 054,40 36 843 366,10
120 207 418,70
835 727 221,80
024 859,70
1 626 662 450,30
100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
21.5 19.5 25.6 16,0 1.0 6,9 7.1 2,0 0.5
fndicc %
66,2 0.2 0,1 8,9 3.7 1,3 8.8 10,8 6 315 406 876,50 100,0 100,0
4 180 491 973,70 100,0 9 569 578,00 100,0 5 512 910,00 100,0 563 650 366,40 100,0 232 701 087,30 100,0 82 625 629,30 100,0 554 764 473,80 100,0 686 250 857,40 100,0
6 315 466 876,50 100,0 100,0
1 356 897 928,30 1 228 401 249,60 1 613 562 922.30 1 010 325 010,00 63 621 664,10 436 281 972,60 450 148 590,00 128 698 864,50 28 638 674,60
Cr$
153
1951
19,3 25.2 14,8 0.8 7.7 8.7 2,4 1,0
20.1
113,6 153,6 57,0 116,5 153,9 103,1 130,5 100,1
65,3 0,2 0,0 0.0 4,9 1,2 10,0 9,4 7 278 028 603,40 115,2 100,0
4 749 451 342,50 14 690 909.70 3 141 315.80 656 508 774,10 358 054 106,30 85 222 945,40 723 831 799,20 687 127 410,40
7 278 028 603,40 115,2 100.0
107,9 114,0 113,9 106.8 89,7 127,5 140,2 137.9 261,5
fndicc %
195,0 212.2 201.8
114.6
H5,4 125,8 107.7
161.1
106.6
17,3 23,7 22,3 15,3 0,8 0,0 10,6 3,3 0.7
fndicc %
121.3 83,5 289,8 67,0 177,3 104,0
0,1 5,6 8,1 0,7 11.6 8.5
65,2
8 338 007 017,70 132,0 100,0
G 684 857,70 470 451 218,50 074 302 324,40 55 338 392,30 983 760 230,60 713 853 824,50
5 433 610 760,70 130,0
8 338 007 617,70 132,0 lOO.O
1 445 239 350.90 1 978 998 835.10 I 862 288 381.10 1 270 727 667,30 68 533 160,00 501 167 954,90 880 401 681,20 273 057 552.60 57 593 047,50
Cr$
797 118 701,30
VI
AAUO
2) Eiclui dados de 1 Socicdado opcrando em Ramca Elementarcs c 4 Socicdades opcrando cm Acidcnles do Trabalho, 3) Eiclui dados dc 1 SocicJade opcrando em Ramos Elemcntares e 3 em Ac denies do Trabalho.
4 251 912,30
20 007 547,00
14 128 913,00 0 985 000,00 3 013 579,70 67 087 439.80 1 894 230,90 12 400 502,80
TBAB4LB0
ACiOEirrer oo
QUADHO N.® I
133 465 202,50
309 73S 242,70 121,80 169 000 000,00 202,50
-7 812 823,00
3 399 174 812.50
1 651 087 094,40 2 803 401 850.60 2 108 010 980.80 1 751 183 444,60 107 097 300,40 791 532 470.50 1 334 181 949.30 641 088 823,90 95 768 948.60
CrJ
155
1955
121,8 228.2 130.7 173.3 109,7 181.4 299,4 420,4 335,0
7.0 11,0 4,8 D.g
1,0
14.8 25,0 18.9 15,7
Indico %
0,1 5,6 4,5 0.0 11,0 0,9
65,4
3 560 032,00 70,1 701 207 450,50 124.4 1 098 742 146,00 472,2 106 012 389,40 129,4 1 153 707 888,10 208.0 90S 469 833,80 132,4
7 212 996 004,30 172.5
6,0
6,1 10,0 1,0 10,2
0,4
04,3
.t
11 186 052 044,10 177,1 100,0 9 053 279 984,00 152,9 100,0
12 506 272,10 225,9 625 611 602,70 93.3 435 856 508,70 187,3 583 814 964,70 70,7 1 115 749 017,20 201.1 668 510 837,00 97.4
6 311 230 842,20 151.0
100,0 9 653 279 034,60 152,9 100,0 n 180 062 944,10 177,1
5,5 1,0
8.5
20,4 15,0 1,0 0.9
25.1
16.0
fndicc %
"
quXdbo n." ir
060 165,50
"22 754,90
873 708,10 837 529,00
280 149,80 220 509,50
728 447.20
4 136 405 202,50 100 0 ISO 069 185.50 lOO'O
14'773 803,80
64 076 101,20 310 787 025,70 249 009 062,41
8 189 445.50
1 458 703 289,00 22! 937 484,30
1 Oil 811 689,30
1 546 207 363,30 114,0 2 422 906 136,30 197,2 1 074 209 003.40 122.4 1 510 643 821,20 149.5 95 996 802,10 150.9 662 422 810,70 151,8 820 027 478,00 181,7 526 628 809,20 409,2 04 246 699,60 330,2
Cr»
164 149 152
1 463 491 808,40 1 400 020 391,00 I 838 111 771,40 1 078 682 981.40 57 083 651,60 556 441 660,60 631 305 022,20 177 465 322.10 74 620 004.70
Crl
1064 1953 1952
o
O
475 368,20 064 289.40
015 731,20
338 024 859,70
9 370 575,00
61 107 660,50,
19 584 255,60
12 075 141,00
59 588 870,30
63 763 244,10 83 591 823.70 38 343 377,80
i '- CrJ-
580 063,70 043 840,00 344 664,20
1 257 913 307,40
626 6.62 450.31
45 996 039,00
137 III 516,30 104 074 999,20
82 909•401,90
28 091 443,70
188 762 603.10
105 42G 466,60 527 78: 970,20 406 485 890,20
»
8 VIPA
Cr»;
VID4
E AC. 00 TRAOALnO
TUU03 EASUE.STAKZS
BAM03 BLCJfEJfTAnES
50 942 175,30 123 134 005,00 22 995 562,80 102 411 000,00 09 250 339,80
253 524 693,60 100,0 1 700 710 652.50 100,0
66 820 264,80 263 955 708,40 25 284 182,40 181 417 900,40 408 509 019,60 66 569 788,50
213 496 731,90 474 053 990,50
soraa: 1) Eiclui dados de I Sociedade opcranio em Ramos Eletneptarcs c 1 em Acidenlca do Trabalho.
TOTAL
Lucros em Reaerva
Capital
Outraa Coataa
Regu arisaffio Eiercicio Findo
Divides em Garantia Contas Correntes
Depositos era dinhriro
Reserves Tfcnicas
lOTAl.
31 859 922,20
431 144 131.00 396 655 674,20 107 812 486,50 34 999 105,80
2)S Eaclui dados dirf*" dc 3 Cauas dooperando AeidentcsemdoRamos Trabalho. Eleraentarca
T i T i; L 0
Outraa Contas Lucres 0 Perdas
468 055 037.40 698 571 377.90 135 475 579,30 948 951 278.70
II 186 052 944,10 100,0 3 253 524 503,60 100,0 1 700 716 052,50
106 912 389.40 I 153 797 888,10 908 469 833,80
1 098 742 146,00
701 267 450,50
3 860 632,00
7 212 69B"i "604,30
11 186 052 944,10
95 70S 048,60
1 781 183 444,00 107 997 360,40 791 532 479,80 1 334 181 949,30 541 088 823,90
• 2 - 108 910 980,80'
AAUOS SL8USNTARES B AC. 00 TSARALDO
f ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM SEGUROS PRIVADOS, NO BRASIL, DE 1951 A 1955
7OT41
Lucres era Reserve
Rpltularijat'c Ex. Fiado. Outraa Coataa Capital
Cootfia CorrcDtes....
Divides Cftjarantia..
Bcservas Ticoicts
PASSIVO
tucros e Perdu
Oatras Contas
Coclsa Conenttt *„ Reipumi.ia. Ej. Rndo..,.
CaixA
Dcpceitce ecQ djcLbeiro....
Jimprestunoe c./QarMtiA.
109 (1)
BAU03 BLUENTaBXO
'1 475 437 024,20
T0DA3 AS 90CIBDADB8
887 856 094,4o) ^pnedsdeslmobiliinas... 21.651 803 401 60
ATIVO
n. OB SOCXBOAOKS
T I T IT L 0
AX.VO B PASS.VO DAS SOCIBDADBS OPEHA^DO P„ SBOUKOS Pn.VADOS NO BHAS.l: EM .,S5
H >
en
o to
O
33
g
n
o
I
«
i&i.
D O
>
<
PI
o
g
§
c w
c -}■
Rcscrvas Tecnkas
PAS8IV0
tOTiL.
Lucrto e Perdaa
T fT U LO
Fropriedades Imobiliariaa Emprfatimos c/garantia Dcpositoa em diahcito
Tituloa de Eenda
ATIVO
Outral Contaa Lucroa « Perdaa
Oatras Coatas
Kegularisa?2o Exercitio Tiado
Comas Correntcs—
Divides em garasUa
Depositos em dinb^
Keservaa Tccnicaa
PASSIVO
^
ReguUiiaa;3o Execeicio rudo
Cont.is Correntes
TOTit
Lucros em Rcserva TOTAL
902,70|
fndicej % fndice
16,4 4,1 31,0 1,1 14.9 8.3 2,7 1,7
19.8
%
100,0
38,6 0,4 0,3 17,0 5,8 2,3 17.2 18,4
1 771 283 995,60 200,0 100,01
325 759 476,00' 100,0
304 202 443,30, 100,0
40 800 034,70 100,0
" 102 " 410 451,60
fi j26,50 4 5,2 g,o,(x| 100,0 100,0 303 673 599,70 100,0
C63 765 653,70 100,0 39,4 0.5 0,4 18,6 0,0 1,8 18,7 14.6
109 603 045,40 191,1 191,1 100,0
832 458 812,20 121,7 7 942 139,70 129,2 2 941 315,80 65,2 393 862 106,00 129,7 127 724 291,50 124,7 40 982 530, DO 100,4 395 472 557,40 130,0 308 279 241,90 94,6
I
I
100,0
-
0,2 11,3 9,6 0,9 19,6 13,1
5 094 117,50 112,9 277 132 625,60 91,3 230 653 010.70 225.1 22 403 508,30 64,9 475 953 477,40 156,5 319 337 501,70 98,0
.
45,4
1 104 067 871,50 161.0
2 774 747 110,40
647 925 399,10 308 417 944,80
180.1 94,7
3 885 899,30 ,1 299 950 442,70 98,S 169 643 822,10 105.0 174 131 897,70 42,5
1 270 791 704,70
2 774 747 110,40 150,6 100,0
50 370 725,70
137,5
340 448 895,10
283 760 792,80 140 006 902,00
11,4 1.8
n.c
CrI
17,4 443 198 324.00 18,6 003 112 784,00 3,8 ■ 129 609 582,10 30,4 / 737 511 940,40 1,3 31 006 153,50
%
3.8
.ndicc
1064
424 876 998,30 112.4 450 547 379,00 148,6 91 486 611,10 110,1 740 327 440,40 130,0 31 128 085.00 112,0 281 577 250,90 120, 277 975 019,20 228,4 93 970 728,00 203,0 43 283 199,60 102,4
CrI
108
1053
I 771 283 905,50j 100,0 100,oj 2 100 663 045,40 119,1 100,0 2 435 172 718,70
417 846 522,50 110,6 345 372 018,40 113,9 37 061 015,80 105,5 654 940 953,90 115,5 22 330 594,80 80,3 314 590 742,40 144.5 173 434 219,80 144.1 56 624 058,50 122,1 34 950 910,00 131,1
Ctt
108 (I)
1053
3 253 524 593,
669 458 079, 371 420 620,
3 866 032 424 543 515 307 264 148 41 534 673
4.6 437 024
3 253 524 693,00
468 055 037,40 098 571 377,90 135 475 579,30 948 951 278,70 31 859 922,20 431 144 131,60 396 055 074,20 107 812 486.50 34 909 105.80
315,So
100,0 100,0 743 181 410,60
78 643 501,70 37 239 696,40 ID 381 996,10 86 594 880,00 134 430 244,60
1.4
10,0 5.0
—
11.7 18,1
53,2 0,0
100,0
394 740 906.70 144 185,10
100,0
21,7 26,6 2,8 16.9 1.8 12,0 15,9 2,4
%
100,0 100,0 100,0 lOO.O 100,0 100,0 100,0 100,0
742 181 410,60
125 380 027,30 13 199 048,70 89 377 015,20 117 608 461,80 17 731 300,
21 081
100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
indie
Indicc
130,9 35,3
129,0
061 510 383,70
110 427 755,10 140,4 51 732 930,10 138.9 25 892 638,50 249,4 134 124 800,00 164,9 91,3 122 090 834,70
516 643 338,80 4 080,50
901 610 383,70
109.0 130,9 131.1 HI 694 253.00 110,4 14 886 386,40 112,8 132 970 707,10 148,8 177 974 077,59 151,3 25 136 340,80 141.8
175 352 680,60 :S7 862 807,50 27 638 531,30
:cri;i : ■
18,2
63,7 0,0
100,0
2,9 15,0 1,6 13,8 18,5 2.0
26.8
r
114.0 187.3 173.1 169,0 102.2 157.4
145,1
162,3
1 204 910 084,50
108 509 675,30 138.0 120 594 005,80 323.8 33,3 3 457 870»Ca 224 045 050,00 258,7 130,6 175 694 095,50
572 708 781,70
1 204 910 084,50
9.0 10,0 0.3 18.0 14,0
47,5
100,0
11.7 18,7 2,0 0.1
1.1
15,3 30,0 3.0 10,0
fndic 1%
140 044 056,10 225 412 134,00 191,7 34 456 088,30 104.3 I 380 160,70
3G9 019 351,70 30 487 032,40 199 303 904,90 13 489 292,90
184 718 657,50
I i ' cri:
18
17 14
160 836 041,60 190 008 207,00
CrI
1953 1952 1951
NO BRASIL, DE 1951 A 1955
1 398 420 513.50
102 279 533,00 115 270 270,40 254 850 000,00 120 872 309,10
109 310 273,20
434,00
688 943 461,90
1 398 426 613,60
18 082 280,10 172 361 690,50 272 310 943,20 55 048 340,10
410 704 073,30 49 173 890,30 222 085 720,30
198 652 003,70
CrI
1954
174,5
188,4
123.5 208,5 233,3 177,1 137,0 192,8 231.5 310.6
fndice
49,3
100,0
14.2 20.4 3,5 15,0 1.3 12.3 10.5 3,9
191,0
132,7 241,0 317,0 210,5
fndice
152,9 564,8 354,9 328,C 158,9
211,7
716 652,50 229,2
I 207 418,70 I 320 054,40 . 843 366,10 047 440,00 . 570 251,50
835 727 221,8
1 700 710 052.50 220,2
203,0 347.3 375.4 788,60 66 509
213 496 731,90 474 053 090,50 66 829 264,80 203 955 708,40 25 284 182,40 181 417 966,40 408 509 019,60
CrI
1965
15,5 1.5 10,7 24,0 3,9
3.0
12,0 27,9
100,0
7,1 12,4 2.1 10,7 12,6
49,1
100,0
QUADRO N.® IV
85,7 139,8 358,6 101,8 187,2 114,0
109 (11
QUADRO N.® in
BM p.„oS BBBMB.X.BBS, BXCBUS.V.«BNXB, Xo/bb.s.B, 6B
ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMOS ELEMENTARES E ACIDENTES DO TRABALHO,
N.® DE SOCIEDADBS.
Capital
'
I
CrJ
lOS
105]
378 018 346,30 100,0 303 004 394, lO' 100,0 S3 067 259,60 100,0 SCO 952 325,40 100,0, 27 SOl 742,50 100,0 217 676 808,201 100,0 121 718 100,0 40 206 267,50 100,0 26 069 S29,20l 100,0
K«4: i) Bxclui dadeo de 1 Sociedade
Liicros cm Rescrvas
Capitol
Oiitras Contas
RegnlajiiacSoEiereicioFuido.
DcpMitos era dinhem. Div.d« cm Guaati. ContMComntes
Caixa
i
HegulaiijsfSo Eicrclcio Rndo. Outras Coutaa
Coiilaa Corrontea
Dcpositos em disbei/n Csixa
Ktulas de Rends Propricdaden Imabiliariaa Goipraiimce v-./Guantia
ATIVO
K.o SB SOClEDASIg..
T f T U I. 0
«,VO B P.SS.VO O.S SOC.B..OBS
D O
>
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tn
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c
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D3 XI
o c -j c
I
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TiTULO
-
Outras Contas
Kesemis Tecnicas Dcpositos em dinheiro Dividas cjGarantin Contas Corrcntes-.....^..-. lUgularisacSo Excrcicio riudo
PASSIVO
TOT4I,
Lucros e Pcrdas
Outras Contas
RcgularisacSoExcrucioii Findo
Contas Commtes......
Emprestinos clGaraatia Dcpositoa cm Diuheito
Propriedades Iciobibinaa
Titulos de Rcnda..
ATIVO
H.e DR aOCtSDADEa.
TCTAt.
Lucros em Reserva
Capital
!.
indico
7,8 8,3
0,9
04 3.0
70,8
511 067 669,90 100.0 100,0
47 109 107.60 100,0 15 180 239,60 100.9 4 641 844,00 100,0 40 000 000,09 100,0 42 485 "90,70 100.0
362 630 688,00 100,0
100.0 100,0
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
lodicc
7.7 9.9 35.0 25,7 3,9 4.8 10,4 2,0
%
0,5 8,0 3,3 0,0 11,5 6,6 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0 100,0
192 142 468,00 100,0 100,0
1 OOO 000,00 15 418 907,20 6 287 288,30 IS 032,80 22 000 OOO.OO 12 720 472,50
70,1
134 694 067,20 100,0
100,0 192 142 468,00 100.0
14 754 615,20 19 104 092,90 08 370 987,90 49 359 657,10 7 542 610,50 9 280 573,40 10 979 529,20 3 744 501,80
Crt
1051
6.0 6,3 0,8 10.3 7,0
68,3 0,4
100,0
—
198,6 113,1 79,8 78,9 89,7 185,5 131,4 122,9
14,7 10,8 27,4 19,0 3.4 8.6 13,2 2,3
Wice %
20.0 79,7 114,8 375,3 100,0 125,0
0.1 0,2 3,6 0,0 11,0 8,0
71.1
100,0 109 271 429,40 103,7
15 902 473,60
22 OOO 000,00
50 425,30
7 217 582,60
200 000,00 12 283 173,40
141 611 774,00
105,1
0,9 11,9 5,8
9.5
0,2 4.4
67,3
100,0]
164,4 146,0
03 5
230,4 2(3,3 .84,0 82,8 10.8,3
tiidicc
15.1 18.1 25,6 18,1 3.6 2,G 14,0 2,4
%
S0
09,8 267,6 6.84,4 (09,() HB.9
0,0 4.1 7,6 0,0 0,8 8.2
70,4
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18 508 629,30
S3 334.70 22 060 000,00
16 819 643,00
50 000,00 9 210 947,80
158 842 603.60 117,9
100,0 225 680 968,40 117.4
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Crt
1953
HAMOS^^^^
199 271 429.40 103,7 100,0
28 266 714,70 21 603 456,30 64 660 640,80 38 967 815,10 a "07 312,60 17 226 059,40 26 258 354.20 4 602 476,30
Crt
1962
I 540 740,20 29 163 695,40 61,9 63 378 322,90 417,5 5 772 325,20 127.1 80 000 600,00 200,0 45 743 995,00 107,7
444 815 134.70 122,7
670 414 113,40 130,9
0.1
1,5
29,0 11.7 1,2 4,9 17,4
11.6
%
97.2 198,6 101,4 32 870 514,90 100,0 117 012 142,90 237,2 9 978 719,80 166,1 747 743.30 164.6
124.2
icdicc
25.7
1
153,2
70 902 017.40 172 033 919,41 174 402 "84.4( 78 494 517,8C . 7 911 753,SC
Crt
••• 4
'iSs'
iridic
13,0 1,9 6.6 8,9 9,2 1,0
11,4 25,4 24,5
%
731 071 242,001 142,8 100,0
3,8 11.0 7,2
4,6 5,9
75.1
07,3
42 970 012,40 283,1 27 740 147,30 610, 80 000 000,00, 200,0 52 812 250,90| 124,3
35 362 042,50
492 17" 789.50 135,7
731 071 242,00 142,8 100,0
82 998 783,20 183,9 186 704 243, 105,4 178 977 640,20 99,7 95 346 517,40 131.9 14 108 075,70 180,7 40 754 418,00 206,9 58 477 814,40 113,6 67 020 610,40 104,8 7 684 325,50 1689.0
Cri
1054
indlce
fmiice
10,7 6,0 0.7 1U,V 7,0
64,3
100,0
14.1 28,7 10.9 16,0 4,3 4,0 14.2 1.8
%
I 104 424,60 151,0 100.0
053 206,10 201,4 085 50.5.70 303,0 972 530,10 1312,4 000 000,00 140,ii 324 435,00 169,7
ISO 008 697.10 138,0
290 104 424,00 151.0
40 666 558,30 277,1 S3 190 650,60 435.5 49 155 526,30 71,9 40 500 211,00 94,2 12 442 030,30 105,0 11 407 822,80 123.6 41 138 172,40 205,9 5 310 837,10 141,8
Crt
1964
0,5 32,4 25,0 11,6 1,8 6.1 5,4 6,4 2,8
%
1,4 6.3 4.3
3.1 7,0
77.3
1 620 052 450,30 317,7 100,0
50 942 175,30 108,1 123 134 005,00 811,1 22 995 562,SO 500,3 102 411 000,00 256,0 09 250 339,80 163,0
1 257 913 307,40 346,9
1 926 652 450,30 317,7 100,0
105 426 466,70 170,1 627 787 970,20 470.1 406 485 890,20 226,5 ISS 762 663,10 261.2 28 094 443,70 350, • 82 900 461,00 413,8 137 114 516,30 266.3 104 074 909.20 192,8 45 90(1 039,00 951.1
Crt
1955
QWADRO 'N.' r
fiidicc
15.0 24,7 11,3 17,0 3,7 5,8 18,2 2,8
Vo
8,0 0,5 6,5 13,8
0,4
64.2
i 024 859,70 176,9 100,0
476 308,20 139.3 064 280,40 462.; 580 066,70 1051,7 013 840,00 100,2 844 064.20 308,1
217 015 731,20 101.1
338 024 850,70 175,9 100.0
53 703 244.10 364,4 S3 591 828,70 437,0 33 343 377,80 50,1 50 688 870,30 120,7 12 675 U1.70 108,1 19 584 255.60 210,9 61 107 506,60 305,9 9 370 575,00 250,2
Crt
QCADEO y." VI
VIDA E ACDENrOS DO THABALHO,
{ 670 414 113.40 130,9 100,0,
11,5 21,2 30," 12,< 1.2 4,9 10.7 1.5
%
534 165 609,70 114,1 100,0
39 989 444,80 84,9 33 533 794.40 240,7 i 018 064,30 198,3 60 000 000,00 150.0 41 036 870,90 96,0
399 110 592,20 110,1 2 576 843,10
684 165 609,70 114,1
6 393 328,40 483 698,50
511 967 669,90 100,0 100,01
99.5 85,8
28 860 426,70 145,8 07 360 644,80 169,1 8 605 056,60 136,0
71 884 064.20 6 697 901,60
66 696 646.40 108,1 124 078 007,20 110.5 179 593 762,20 100,1
Crt
1 1962
3,9 10.1 1.2 0.1
1.5
12,1 21,9 35,1 14,1
fndico %
51 985 602.90 100,0 112 271 613,40 100.0 179 478 258,50 100,0 72 2G0 535,30 100,0 7 806 012,60 100,0 19 796 380,40 100,0 51 492 039,90 100,0
Crt
1951
.T.VO E -PASSIVO DAS SOCIEDADES OPEEANDO
lOTAt.
Lucres em Ekerva
Contas Correntoa Kegul&ricspSo Excrdcio Findo Outras Coolaa Copital
Dfvidas c/Garaulia,
Depceitos en dinheiro
Rescrras T6oaicE8
PASSIVO
Oatras Conlaa lucres e Perdss
BeguloruatSD Eiercioio Findo
DepdsilM em dmheiro Coixa CoDtEs Corrontes
GmprbluBce c/Gonntiu.
ntuloi do Rondo PoDpriedodoo Imobiliarioa
ATIVO
N." DE S0CIBD1DE9.
T f T U L0
ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMOS ELEMENTARES E VIDA, NO BRASIL, DE 1951 A 19S5~
1
SO
u
O
g
5
o
I
s
100.0 100.01
iodie %
78,7
132 992 591,50| 112'] 79 707 351,col led's 39 675 085,70l2843.e'
4 856 273,30' 97,6) 41 325 202,001 „„ 58,5
110 823 093,40
I 485 020 007,50 118.1
043 224 642,30 110,9
23.0 19,5 45.1 3,4 0,1 1.3 4,0i 2.4 1.21
indieol %
757 357 487,30 104.0
as
1952
126 306 878,7o| 260 51 12 181 937,901 873.1
22 540 672,60 31 9 211 342 272,90 178,2
. 6 887 323,90 138 2
2.8 2,2
100,0 100,0
1
85,4 0,1
111.9
137 072 180,
95.1
23 102 885,00 166,2 174 000 000,00 202,6
37 503 356,50 45.0 212 020 530,10 327.2
3 120 249 444,90 122,4
120,7 52!,0
100,0
100. 1 195.2 124.4 245.9 324,0
5,9 0,7
3.3
0,4 1,6
8,0
17,7 26,2 30,2
fndicc %
185 048,60l2I«3,'5
4.7 3,7
, 1.9 5,7 9.0
100,0
1.7 7,4 0.3 4,1 4.3
82.2
11.8 11.2 2,6 36.3 1,6 19.3 13,5 3.9
%
100.0 100,0 100,0 100,0 100.0
23,2 4,4 7.9 10.5 17.6
3S.6
I
153 012 099,70 100,0 100,0
35 426 122,00 8 787 855,40 12 034 324,90 16 072 890,50 26 771 625,00
55 919 281,90 100,0
153 012 099,70 lOO.O 100,0
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0
indico
fndici
127 823 380,00
13,0 0,9 2.4 40,9 1.2 16,8 10,6 2,2
79,6
83.5 109,0
11,1 23,3 0,4 11,1 19.3
34,8
8,5 100,0
14 180 736.90 40,0 29 812 724,50 439.2 432 979,10 38.0 14 234 441,80 88,6 24 067 378.70 92.1
44 515 119,00
127 823 380,00
16 661 757,00 92.1 S 779 469,30 61.2 3 030 853,80 80,5 52 266 801,20 94.2 1 540 083,90 67.3 21 487 852,40 72. 21 286 534,40 102,7 2 800 038,00 46,5
CrJ
97 890 744.8
64,0 100,0
10,3 31.6 0,'4 7,9 24.7
25,1
136 271 328,40
4,5
15.5
12.7
10.4 0,1 2,1 46,0 2,7
60.2
89.1
100,0
9.0 10,5 24,8 15.4 16.0
24.7
89.1 100,0
113,0 167,9 58,0 102,0 102.4
75,8
48,3
fadlcc %
12 203 337,70 34.0 14 343 728,50 21.1 33 769 850,00 280.6 20 973 058,10 130,8 21 201 873,40 79,4
33 058 880,70
136 271 328,40
64.0 100.0
43,9
8 275 013,00 2 854 456,30 62 697 413,90 3 614 288,80 17 256 590,00 21 130 705.10 0 167 766.60
14 215 064,60
Ct$
12,5 3.0 3,0 43,3 1.2 18.0 18.1 2,0 67,6 17.1 78.2 70,4 51.2 59,8 76.3 46,8
iadicc %
10 027 153,60 28,3 30 935 705,90 455,8 428 462,30 35,6 7 737 712.20 48,1 24 216 630,90 90,6
24 544 879,(
07 890 744,8
12 195 544,30 2 939 892,30 2 946 766,00 42 375 121.20 1 171 927.60, 17 038 148.10 15 804 376,00 2 818 869,10
at
40,6
130 069 185,60
85,4 100,0
4,8 45,4 2,2 6,2 21,2
21,2
85,4 100,0
0 286 149,80 17,7 £9 220 506,60 872,4 2 873 "08,10 23,0 0 837 529,00 42,5 27 722 764,90 103,0
27 728 447,20
130 660 165,60
lO.C 5.2 2,3 £2,0 1,4 9,3 16,0 3,2
iadicc % 14 128 913,00 78.2 0 985 000.00 40,7 3 013 579.70 80,0 67 987 439,60 122,5 1 894 239.00 82.7 12 400 562.80 42,5 20 007 547.00 DC,5 4 251 212.30 70,0
CrJ
14 (3) 17
13 (2) 17 (I) 21
18 078 791.00 17 149 692,60 3 767 153,10 66 487 745,60 2 289 410,90 29 489 740,20 20 725 270,20 6 024 290,20
Cr$
1965 1954 1953
19$2 1951
NOTAS: 1) Exclui dados de 1 Sociciadc operando cm Acidentea do Trabalho 2) Ezclui dados de 4 Socicdades operaado cm Acidcales do Trabalbo 3) Ezclui dados do 3 SocieJailcs operaado em Acidcales do Trabilho
TOTAt
Lucros em ficaerras
Capitol
Outras Centos
BeguloriaacAo Exercicie Findo
Dividaa c/Garantia Coatas Correotes
DepOaitos em dinliairo
Reserras TScnicas
PASSIVO
TCrrii
Caiaa CoDtoa Correates Resulariaadlo Exercicio Fiado Outraa Contas Lucres e Pcrdas
Fropnedadca Imobiliirias..,. Emprcetimoe c/Garaatia Depositcn em dmlieiro
Titulos de Reoda
ATIVO
H,a DE SOCIZDaDEa,
T f T U L0
«t!ADUO N." vm
ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO EM RAMO ACIDENTES DO TRABALHO, EXCLUSIVAMENTE, DE 1951 A 1955
7.
136 465 202,00 138,
1 084 121.fO
140,8 100,0
77 812 823,00 93, 309 738 242,70 478,
3 309 174 812,50 133,4
109 000 000,00 196, 179 055 202,50 124,
138 822 023,20 210,7 96.4
181 000 000,00
0.2
138,1 100.0
0,4
10,3 21,5 35,3 6.4 0,1 1.5 7,5 9,0
fndicel % 707 116 "01,30 110.4 1 Oil SlI,689,30 174,6 1 458 703 289,00 116,0 221 937 484,30 157.5 8 189 445,50 101,3 04 076 101,70 90,7 310 787 025,70 262.6 249 009 062,40 513,3 14 773 803,80 1058,0
:at
1955 '
OUADRO N.P VTT
0,9 2,0 5,3 4,2 3,2
7 731 707,80 37 660 110,50 45,2 87 524 840,10 135,1 230 924 269,20 15.85.
84,3j 3 638 990 403,30 142,8 81.:
loo.oj 3 704 038 397.90 125,8 100,0 4 322 659 365,10
174 550 010, COi 121,2
2 944 879 232,80, 100,0 lOO.Ol
98 000 000,00 114,1 3,0 5,3
100,0 100,0
3.2 0,4
2.6
_
103 032 777,30 162.1 12 940 257,30 67.2
85 785 567,00 103,1 '
—
4 167 846,40 127,1
2.9 4.9
Si"''™ 14 845 796.80 lOO.o] 0,5|
0,1
so.cj 2 815 111 705,70 110,5
100,0 100,0
30
253 015 44,3,
346 495 972, 16 142 518, 71 103 394, 143 209 050,
760 225 664 1 13! 912 764 1 564 368 90S,
CrI
1954
100,Oj 4 322 669 365,10 HO.sl 100,0 4 130 465 202.50
5.7 3,4 0,3
o,o|
0,2|
4.6
1 409 142 893.80 119 2 40.5 169 377 213,70 120 2
fndice[_%
712 497 705,00 98 7! 19,2 943 701 499,50| 102 sl 25.4
at
1053
^'BRASIL, De 1951 A 1955
EM RAMO VIDA, EXCLUSIVAMENTE, NO-
2 944 879 232,80I 100,oj 100,0 3 295 £88 755,2o| lU.ol lOO.o! 3 704 033 397,9ofe;
04,5 10,7 100,0| 42,7 100,0, 4,8 4 982 932,901 100,0, 0,2 70 055 395.20I 100,0 2,4 118 024 334,I0( 100,0 4,0 48 509 175,sol 100,0' 1,7 I 305 246,8o| 100,0 0,0
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ContM Concnfes
^pnedsdes ImobiliiriM
pfuios do Hendi
ATIVO
K,° 01 sDousAon..
TiTPL0
ATIVO E PASSIVO DAS SOCIEDADES OPERANDO
95
96 97
98
historia da estatistica. Podemos mesmo
polemicas cientificas, processado pela
dizer que uma delas nao e mais do que
Inquisigao e que terminou os seus dias
a outra vista por outro lado.
cego: esse homem, todos sabem, foi Galileu. Tendo morrido em 1642, foi
TRADUgOES E TRANSCRigOES PROBABILIDADE E ACASO CONFEReNClA REALIZADA NO MUSEU SOCIAL DO M-T 1 C - SERIE
A historia completa do calculo das probabilidades
DE 1940
Joao Lyra Madeira
seria,
porem,
muito
looga. Deter-me-ei exclusivamente nos
seus
fatos fundamentals, que estabeleceram
«Considerag6es sobre o jogo de dados*. Erabora de grande interesse, ficaram
realmente conceitos basicos.
Em uista de estarem ja esgotados C/iefe da Divisao Atuarial do I. A. P. I. (*)
O calculo das probabilidades e a
varios dos primeiros niimeros da «i?e-
estatistica caminharam atravcs de es-
uista do dos quais temos recebido [reqiientes pedidos, continuamos
encontrado, tempos depois, entre os
tradas mais ou menos paralelas, e ainda
manuscritos,
um
com
o
titulo
essas notas desconhectdas e certamente
Pascal delas nao teve noticia, de modo
que pode-se considerar Pascal, juntamente com Fermat, como fundadores
a pubhcar alguns artigos daqiieles afirmar que aos poucos fui conseguindo
hoje OS dois se mahtem ligados por ^ste paralelismo, apesar de alguns 'dealistas do separatismo. Durante essa
perversos, para so dar aten^ao aos con-
caminhada atraves dos tempos, grandes
selhos dos espiritos pacificos. Assim, as nossas intengoes para com aqueles
espiritos procuraram ligar as duas estradas por meio de caminhos laterals
que hoje nos honram com a sua pre-
■— alguns bem largos. O Dr. Miranda
Bernouilli, Christian Huygcns e Abra ham de Moivre, e ela compreende todo
sen?a, sao na realidade muito brandas
Netto, na sua conferencia, scguiu uma
o seculo XVII.
exemplares, dentre os qua maior interesse ainda possam desperfar aos nossos afugentar os 'espiritos mais rudes e le:tores.
TEMA dessa palestra compreende
W um assunto que esta hoje definitivaniente integrado no vasto campo da mateniatica pura e aplicada. £ claro que so podemos desenvolveio de forma muito superficial, nao so em virtude da exiguidade do tempo, como tambem porque um desenvolvimento
nesse particular.
Lima ou outra vez
terei caido em tentagao, acompanhando
a jdeja com exemplos numericos, ou formulando alguns raciodnios de fundo matematico. Os presentes hao de me perdoar esses pequenos deslizes.
ma.s amplo so se justificaria em um
Vamos iniciar a palestra por um rapido esbogo historico das origens do devo confessar que, dada a natureza calculo das propabilidades e do seu matematica dessa teoria, que tende a desenvolvimento ate nossos dias. •abranger os fenomenos universais de Como esse desenvolvimento se pro"ma forma cada vez mais completa e cessou paralelamente ao da estatistiica mais estranha, enquanto estive elabo- nos encontraremos hoje alguns persorando o arcabou^o dessa palestra nagens.ja referidos na palestra com que muitas idmas que poderiamos talvez o meu brilhante amigo Dr. Miranda <lassificar de «pensamentos maus» me Netto houve por bem presentear aos povoaram a mente sob a forma de frequentadores desse Museu em uma •curso especializado. Para ser sincero
quagoes e desenvolvimentos matema-
tarde feliz.
£ verdade que uma tarde feliz nao
memento, e posse
•D- N. S, P. C
=7'P™.»elou es„ Con-
se reproduz com ffeqtiencia. mas en-
contrarao hoje alguns aspectos ja co-
P'visSo T6cnica do j dos, porque a historia do calculo
das probabiUdades esta muito ligada a
Pascal e Fermat, os nomes de Jacques
mas vezes pelas picadas que conduzcm
Vamos examinar mais de perto o problema que deu origem a esta «geo-
^ nossa. Pretenderaos hoje andar pela
metria do acaso*.
^ ^ das estradas, tendo enveredado algu-
^^
do calculo das probabilidades. A esta primeira, fase do calculo das probabilidades estao ligados, alem de
outra que corre parolela, mas, como
De Mere, grande jogador, de espi-
todo viajante que aprecia as belezas
rito muito vivo, porem nao matematico,
dos panoramas, tambem faremos algucaminhos
e grande amigo de Pascal, prop6s-lhe, em 1654, varios problemas sobre jogo,
mas
incursoes atraves dos
'aterais e langaremos uma vista dolhos
dos quais os mais celebtes foram os
sobrc a primeira, onde encontraremos
dois seguintes:
Varios personagens que aqui ja dcsfi'aram atraves da historia da estatis
rias, com dois dados langados ao mesmo
tica.
O calculo das probabilidades teve
micio com um problema que um grande
jogador, o Chevalier de Mere, propos a Blaise Pascal.
Em 1654, numa carta que estc escteveu a Fermat, denominou o novo
Calculo de «Geometria do acaso». Por Uma mera questao de imparcialidade e
justiga. devemos lembrar o nome de
um grande sabio nascido' em Florenga,
fundador da Mecanica classica, inven tor do telesc6pio, rico em trabalhos e
a)
Quantas jogadas sao necessa-
tempo, para que se possa apostar com vantagem que se obtera pelo menos uma vez o duplo seis ? b)
O segundo • problema tornou-se
celebre com o nome de problema das partidas. fi o seguinte: Dois jogadores, A e B, igualmente habeis, isto e, tendo em cada partida igual probabilidade de ganhar, fazem em um certo jogo uma mesma parada, digamos I0$000.
Cada partida compreende uma serie
de jogadas de um jogo qualquer, mas
N» » _ OUTUBRO DE 1956
REVISTA DO I. R. B.
99
aquele que ganhar a partida tera um ponto a seu favor. O jogador que em primeiro lugar fizer tres pontos, isto e,
100
fim do seculo XVII Abraham .de
Moivre tratou do problema das partida.s de um modo geral, resolvendo-o no caso
ganhar tres partidas, sucessivas on nao, ate entao nao abordado, em que as pro recebera as duas paradas, isto e, babilidades de ganho sao difcrentcs 20$000. Suponhamos que terminada a para OS varios jogadorcs. primeira partida. isto e, antes que um
deles tenha feito tres pontos, os jogadores sao obrigados, por qualquer circunstancia, a suspender o jogo, sem
Estavam os boemios e malandros da epoca munidos dc otimos «manuais do
bom Jogador».
101
102
utilizando-sc
dc uma grande familia de matematicos,
para a deterrfiinagao dos casos possiveis
desenvoiveu e precisou tambem consi-
e favoraveis. do recurso da analise
deravelmcnte a parte matematica.
pectiva
probabilidade,
combinatoria: com o auxilio dos dois teoremas ac'ma determinava-se a pro
babilidade final do acontecimento dc-
hoje tern 0 seu nome, ele tentou, pela primeira vez. estabelecer a ligagao entre
sejado.
o calculo das probabilidades e os fcno-
E precise que se note que tudo i.sto se refcre ao final do seculo XVII,
esperar o pronunciamento do acaso.
De fato, todos esses estudos se refc-
No inicio do seculo XVIII os mate-
Em que proporqao deve ser feita a
riam sempre a problemas sobre jogos.
ntaticos c pensadores comegaram a se
divisao das duas paradas (20$000) O calculo das probabil'dades parecia
Com 0 cclcbre teoreraa que ainda
menos estatlsticos. principalmcnte o.s
socia s: entre a probabilidade matema tica e probabilidade estatistica.
preocupar com o lado filosofico da
O teorema de Bernouilii nao dcmonstra, como mu'tas veze? se pensa.
entre eles. de modo a ser a divisao
nao ir alem desse campo. Pelo menos
equitativa, isto e, qual deve ser a di
nao havia ainda uma ligagao entre esso
teoria das probabilidades, bem como da sua aplicagao a problemas de outra
a lei emplrica dos grandes ni'imeros.
visao do fundo comum exatamente pro-
geometria do acaso — como a chamou
ordem — principalmcntc .sociais.
cional ao valor dos direitos que ate
Pascal — e uma outra categoria dc problemas, que entao surgiam.
langou uma luz nova sobrc o assunto c
nouilli como fundador dessas duas cor-
permitiu pela primeira vez o enunciado precise e cxplicito daquclas leis. Com
O novo calculo sc baseava no con-
rentes: filosofica e pratica. Algum
Jacques Bernouilii inicia-se a nova fasc
Pascal, que mantinha uma corres-
ceito de probabilidade definido como a
relagao entre o niimero de casos favoraveis e o niimero total de casos igual-
tempo depois. Lagrange, generalizando OS problemas das partidas, que deram
do calculo das probabilidades, com a
pondencia matematica continua com
ocigem ao novo calculo, utiliza novos
politicos. morais, etc.
entao o acaso ja havia assegurado a cada jogador ?
Fermat, comunicou-lhe por carta o problema que fora proposto por Mere e a solugao que Ihe dera. Fermat, cm resposta, propoe uma soiugao geral do
problema por mcio da anal'se combinatoria, com o qua! determina a divisao equitativa da parada total, nao so no
caso de dois. mas no de um numcro qualquer de jogadorcs.
O aperfeigoamento de Fermat com-
pletava a descoberta de Pascal, ao
Podcmos considerar Jacques Bcr-
mentc possiveis.
processes, dotando o calculo das pro
Assim, a probabilidade de se obtcr. jogando-sc um dado de seis faces, o ponto dois por exemplo, e um sexto, po s no total dc factfs — casos igual-
babilidades dc um novo metodo geral: o das equagocs de difercngas finitas.
Esse metodo. que ainda hojc c um dos que se tern dcmonstrado mais liteis. e
mente possiveis em numero de seis
ospecialmente fccundo nos casos em
apcnas uma face contem o ponto dois
que das equagbes de difercngas finitas sc obtem, por um processo de passagcm 3o I'mite, as cquagoes dc derivadas Parciai-s. muito cstudadas por Polya c
— linico caso favoravel.
Partindo desse conceito cram csta-
belecidos dois teoremas fimdamentais.
outros.
mesrao tempo que dotava o calculo das probabilidades do seu primeiro metodo geral; o da analise combinatoria. Por
produto, oil melhor, teorema da pro babilidade total e teorema da probabili
XVIII. em torno de 1713. oito anos
isso mesmo. nessa primeira fase do
dade coniposta.
depois da mortc de Bernouilii.
desenvolvimento do calculo das proba bilidades, elc acompanhou part passu o da analise combinatoria.
Em 1656 Huygens reiine em um
pequeno opiisculo os novos principios dessa gcometria casual, apresentando varios problemas interessantes. Ja no
denominados teoremas da soma e do
Todo o calculo das probabilidades consistia quase que exclusivamente em
determinar-se a probabilidade de um acontecimento relative e urn jogo dccompondo-se esse acontecimento em
varios outros mais sirroles; para cada um desses outros era calculada a res-
Mas, voltemos ao inicio do seculo Aca-
bava dc ser publicado o seu grande
livro «Ars Conjectandi» — a «Arte de Conjecturar».
Neste livro
Jacques
Bernouilii demonstrou ter tido uma grande visiio da utilidade pratica do
calculo das probabilidades. Foi tambem profundo em consideragoes filosoficas e, matematico emerito que era.
neih o postulado ou lei do acaso. Mas
sua aplicagao aos fenomenos sociais, Encontramos, assim, nessa
longa
viagem que vimos fazendo, o primeiro caminho lateral a que nos referimcs.
c que nos permite uma incursao pela outra estrada ampla, atraves da qunl
ja fomos conduzidos cm uma tardc agradavcl. pela historia da estatistica. No ponto em que agora cruzamos com essa outra via, encontramos, no
fim do seculo XVII, a estatistica bas-
tante impulsionada pelas ideias vinda.s da Inglaterra c da Holanda.
Varias edigoes do livro de John Graunt tinham vindo a luz, sobre a mortalidade na Inglaterra, com a indi-
cagao das taxes dc mortalidade c de
vida provavel por idade, William Petty publicara igualmentc varios estudos sobre a «Aritmetica Politicas ,
Em 1671, Jean de ^Vitt, geometra notavel e nao menos nothvel homem
N» 99 ~ OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.
103
de Estado, dirigiu aos Estados Holandeses uma memoria onde ele determinava, com o auxilio dos principios do
calculo das probabilidades, os valores
104
anos a serias e notSveis controversias
105
'I
— e podemos mesmo dizer que ainda hoje essas controversias continuam.
registrus civis, a formar as llstas de
das probabilidades sobre um conceito
nascimentos, casamentos, obitos, nos diferentes paises, nas diferentes epocas,
imagem abstrata dos coletivos empiricos.
das rendas vitalicias, comparando-as
Jacques Bernouilli com o seu espirito
e a analisar os documentos da pro-
com.as anuidades certas. £: a primeira
genial foi o primeiro que tentou escla-
dugao, de consume, a fim de estende-Io a economia politica.
obra que se conhece sobre esse assunto recer o problema, atingindo diretamente de natu^eza atuarial; hpje tao difundido 0 ponto basico, implicitamente admitido atraves do..§eguro privado e social.
pelos seus antecessores.
Fundava-se entao a •«estocastica»,
A obra de
ciencia, ou melhor, metodo cientifico que tern per fim a aplicagao dos teoremas do calculo das probabilidades aos numcros coletados pelos servigos de
Bernouilli notavel sob os aspectos ma
0 burgomestre de Amsterdam, Jean e filosofico se nao possibilitou Hudde, tambem geometra distinto, tematico uma redunao perfeita do conceito de havia feito igualmentc varias pesquisas probabilidade raatemStica no sentido de interessantes sobre a mortalidade na Pascal ao de probabilidade estatistica, Holanda.
estatistica.
e que essa redugao nao e possivel.
Os trabalhos desses homens, princiclaro que uma teoria matematica palmente OS de William Petty — que so pode ser aplicada ao mundo real por alias nao era um bom matematico interessaram tambem um grande mate intermedio de uin postulado empirico; matico e astronomo da epoca. Edmundo
assim acontece na geometria,~ por
notaveis sobre mortalidade, publicou uma taboa de mortalidade, obtida com
se poderia fazer: fixou o problema em termos matematicos, precisos, e deixou
novo: o dos coletivos
matematicos,
De outre, os que procuram fundar 0 calculo das probabilidades sobre a teoria dos conjuntos, introduzida, nao ha niuito tempo no campo da mate matica pelo movimento de renovagao que se operou nesta ciencia, quanto aos
seus fundamentos logicos. Embora
diferindo cm suas bases
Para citar apenas os nomes mais celebres ao seculo XIX, ocuparam-se
essas duas teor!as tem em comum, como
desse
e.de analise.
calculo:
Daniel
Bernouilli,
d'Alembert, Cauchy, Euler, Lagrange. Condorcet, Laplace, Poisson. Gauss e Augustin Cournot.
Halley, que, alem de varios estudos exemplo. Bernouilli fez o maximo que
106
n
e natural, os metodos gerais de calculo A teoria das probabilidades assumiu hoje um carater de gcneralidade quase absoluta.
Em virtude do movimento
as- observances estatisticas dos obitos claro 0 postulado que deveria servir verificados na cidade de Breslau du- de ponte entre a teoria e o mundo real.
Hoje ele esta definitivamente estruturado em seus metodos gerais de analise: pelo estudo das fungoes caracteristicas, originadas das fungoes gera-
Ate entao a estatistica e principal-
trizes de Laplace, com o metodo das
vagoes dos fenomenos fisicos, quimicos
Tal era a situanao das pesquisas mente o calculo das probabilidades, nao
fungoes arbitrarias de Poincare, atraves
e naturais, tem-se desenvolvido con-
das probabilidades ligadas em cadeias,
sideravelmente as aplicagoes do calculo das probabilidades e da estatistica ma
rante cinco anos — 1687-1991.
estatisticas sobre fenomenos sociais no tmham ainda o cunho de metodos gerais: eram olhados de soslaio, com fim do seculo XVII. uma desconfianga mais ou menos genePortanto, quando veto a luz o iivro ralizada.
de Jacques Bernouilli, ja os principios
«Foram as imensas perspectivas que do calculo das probabilidades haviam sido aplicados em um campo intcira- a obra de Bernouilli acabava de abrir nieme diverso daquele em que tivera a um calculo encarcerado 60 anos nos origem nas maos de Pascal e Fermat. estreitos limites dos jogos de azar. que ^ao cogitaram os autores acima citados conseguiram despertar os espiritos e da liganao das probabilidades que figu- dar a descobefta de Pascal e Fermat ravara nos fenomenos sociais estudados, a sua justa popularidade». (1) Verificou-se um verdadeiro entuinri.^5 exemploantes de um 1 UO de 20 anos morrer de s.asmo pelas aplicagoes aos assuntos economicos e sociais. V dado por^ Pascal ° ---to de demograficos, probabilidade A geragao que se seguiu a Bernouilli era por si ainda consagrou o seu tempo a compulsar os
uro, e deu lugar- durante longos
(1) Gastai^e dti Pasquier.
de Markoff, etc. i
• s
que vem introduzindo cada vez mais as estimagoes numericas nos estudos
psicologicos, sociais e politicos, ao lado dos resultados mais recentes das obser-
Modernamente se vem acentuando cada vez mais um movimento tendente a renovar os fundamentos logicos do
tematica.
calculo das probabilidades, o que nao e mais do que um reflexo do que se produziu na fisica, na quimica e na
amplitude desse termo. Nas proprias
matematica.
£sses fundamentos foram particularmente resolvidos e profundaraente aite-
rados por uma concepgao inteiraraente singular, concebida em uma teoria recente de von Mises.
A situagao esta hoje da seguinte
Alias a estatistica matema
tica nao e mais do que um esquema probabilisticc do universe, em toda a ciencias denominadas exatas a ideia de estabilidade individual dos fenomenos
foi aos poucos substituida pela estabi lidade coletiva.
O individuo e substi-
tuido pela coletividade e as ideias de
dependencia e casualidade foram transformadas na de correlagao.
Muito embora se tenha manifestado
algumas vezes a ideia dc separagao entre a estatistica e o calculo das pro
forma:
babilidades, esses ideais separatistas
De um lado os partidarios de von Mises que pretendem fundar o calculo
nao tern conscguido mais do que construir ao lado do calculo das pro-
N» » - OUTUBRO DE 1956 R^VISTA DO 1. R. B.
107
babilidades, urn outro calculo inteiramente analogo, cuja independencia e assaz precaria, uma vez que recorre
mento correlate do calculo das proba bilidades e da estatistica.
De outro mode cairiamos em uma
freqiienteniente aos conselhos e prin- pergunta de dificil resposta analoga a dpios da teoria das probabilidades. que se fez um grande filosofo e psicoMesmo se.algum dia — fato sobre " logo americano — William James — quando estudou as causas e efeitos do fosse possivel isolar a estatistica mate- medo. O seguinte exemplo elucida a matica 'cpmo discipliria independente ideia daquele filosofo: daqueia teoria, uma coisa continuaria Suponharaos um individuo — certamdiscutivel: o consideravel progresso em virtude do cakulo das probabili dades. 6 esse pelo menos o ensina-
de psicologia sao tambem tratados de
ou dois valores da verdade (sim ou
Nao se
nao) mas segundo uma «l6gica proba-
cogita geralmente de estudar as causas
bilistica», atraves de uma escala con-
e efeitos dos fenomenos no sentido
tinua de valores da verdade.
absoluto, mas as relagoes de correspondencia entre eles, de mode que a
A teoria das probabilidades nao sc limits pois as aplicagoes ao jogo, como
se julgou inicialmente, nem exclusivacos, biometricos; — ela se estendeu a
mente nao muito corajoso que em uma
fenomeno com uma detcrminada inten-
floresta da Africa divisasse a cerca de 20 metres de distancia um leao mal cncarado. O nosso viajante — talvez um colecionador a procura de borbo-
fislca como a quimica, a politica como a
sidade, resultc uma certa probabilidade de que outro atributo ou outros feno
moral e a psicologia: enfim, ela parece constituir hoje a base logics de todo o
menos tambem se manifestem.
conhecimento humano.
Nao se trata pois da descoberta de
fenomenos ou fates, de atributos ou circunstSncias que se apresentam a nos
quase sempre proximos uns dos outros,
se soltou de uma t6rre em dado mo
no espago ou no tempo, relacionados segundo uma ordem coletiva aproxima-
mento parou no espago ou voltou ao cimo da torre em lugar de cair, tem um sentido profundamente analogo a afirmativa de que um milhao de jogadas
sujeitos a um determinismo individual mas ao estudo de uma scqiiencia de
z/
damente constante. Em todas as ciencias a tendencia e a mcsma: da substi-
mexer do lugar por mais que o deseie; esta gelido, e treme da cabega aos p&s. fi o filosofo pergunta a si mesmo: sera o tremor a conseqiiencia do medo ou e
tuigao de estudo de fenomenos parti-
de cara e coroa todas as vezes sem
culates pelo estudo global, estatistico
excegao saiu cara, ou que um milhao
de um conjunto numeroso desses fcno-
de macacos batendo desordenadamente
mcnoa.
Em uma tese que Hans Reichcnbach npresentou ao «Congresso Internacional de Filosofia» reunido em Paris em
sua causa ? O nosso homem treme Porque tern medo, ou ele tern medo
1937, sobre cCausalidade e determi
nismo, probabilidade e acaso», aquele ilustre representante da Escola de
algumas vezes come esquematiza^ao teonca de resullados da observa^ao porque se sente tremer ? O filosofo- a que nos refcrimob estatistica. Nao desejamos porem proconclum, depois de muito estudo que longar essa pesquisa da causa e do
Viena colocou-se no segutnte ponto de vista, hoje quase pacifico:
0 tremor era a causa e nao o ^feito do medo.
a que chegou em nossos Contentamo-nos em assinalar um dos diasNoa porito aplicagao do metodo cstatistico aspectos da questao^.o do desenvolvi
nos teclados de um milhao de maquinas de escrever reproduziram, na Integra,
em dado momento, a palestra que cstamos fazendo, uma vez que ela nao e mais do que uma das combinagoes posslveis das 25 letras do alfabeto. A realizagao dessas coincidcncias excepcionais, embora logicamente pos
Nenhuma proposigao e certa quando
sivel, e extraordinariamente improvavel, e se alguem presenciasse um desses
encerra um conteudo cxperimentah'ela
fates nao teria diividas em atribui-lo a
€ apenas provavel. com maior ou menor
um milagte ou a uma bruxaria. Mas o milagre dos macacos dactilo-
grau de probabiFdade. Assim o enca-
deiamento das proposigoes cientificas
a todos OS campos de conhecimento
mente aos fenomenos sociais, biologi-
Assim afirma-se hoje que uma de tcrminada equagao da fisica nao se verificou. que um gas encerrado em um recipiente em um dado momento dcixou de exercer pressao contra as paredes do recipiente, ou que uma pedra que
causas c efeitos em casos isolados,
aquelc especime raro do medo, Dai para ca os dois caminharam para- edeliciado venfica que o homem esta sem o Jelamente. Uma descoberta qualquer comando da vontade; nap se pode
Sf P"; num terrene filosdfico profundamente intrincado.
cs. que possue apenas duas altemativas
vista de uma circunstancia dada, ou
pativel com o que dissemos de inicio metres mais de pernas, em lugar de~ -sobre a substituigao da idma de causa borboletas raras. O leao, no entanto. se aproxima displicentemente, urrando lidade pela de correla?ao. qualquer pergunta incompreensivel. O Mas o desenvolvimento de urn seguiu homcm, quase ao mesmo tempo, fica sempre o do outro, e a estatistica so gelado, OS olhos parados, e tremulo tomou urn impulse decisive depois que da cabega aos pes. Neste momento Jiernouiili enunciou o seu cdebre teo- cnega o filosofo americano, aprecia jema, no calculo das probabilidades.
conceito na teoria probabilistica surgiu
humano, um sem numero de problemas
cm virtude da presenga de um certo atributo, ou da manifestagao de um
mento da historia. Nao queremos aqui discutir se o desenvolvimento desse calculo foi a causa do desenvolvimento letas exoticas, ou flores desconhecidas da estatistica, no sentido absoluto de — fjcaria livido de terror, e desejaria causalidade: essa ideia e mesmo incom- ardentemente encontrar alguns. deci
no campo do calculo inventado por I ascal e Fermat era sempre seguida de ama aplicagao no dominio da estatistica, embora muitas vezes se tenha dado o contrario: a introdugao de um novo
NO
forma inteiramente diversa.
cuja .realizagao temos serias diividas
do metodo estatistfco so foi possivel
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nao se produz segundo a logica classi
grafos e analogo, em essencia, ao da pedra que volta ao cimo da torre.
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nificar uma intromissao cada vez mais embaragosa e desconcertante do acasO
cientifico e o da variabilidade desordenada dos fates devidos ao acaso ?
exame da urna e das fichas. verificas-
Ill
As probabilidades desses «inilagres» e que podem sec bastante diferentes.
O que acabamos de dizer nao e mais
do que o resultado a que chegaram os
no encadeiamento dos fenomenos uni versais.
grandes filosofos da ciencia moderna.
O apcrfei^oamento dos metodos de
Porque negar certos fates inexplicaveis, dcvidos a transmissao de pensamento, hipnotismo, muitos dos quais dao lugac a bruxarias e superstigoes — fenomenos supra normais," fates atribuides a comunica^oes de espmtes — entre os quais alguns estao sendo hoje estudados sob o aspecto cientifico pelo clastituto Meta — Psiquico"» de Paris,
observagao e de medida permitiu ao
babilidade e inferior a um certo valor minirno compativel com a sensibilidade
humana, ele 6 por nos atribuido ao acaso. O conceito de probabilidade esta peis estreitamente ligado ao de m:aso, e Pascal, na carta dirigida a Fermat denominou com muita felicidade de «Geometria do acaso».
A amplia^ao do campo de aplicaeao dessa teoria aos fenomenos mais di-
atribuiriam o fato a um acaso excep-
do acaso"», se este nos parece exatamente a antitese de toda c qualquer
cional, uma coincidencia estranha. £
lei ?
facil verificar que este acaso excepcio-
que o acaso que intercssa ao calculo
vigorosamente; e o socorro era trazido
das probabilidades e acaso objetivo;
A serie (2) causou porem uma im
aquele que reside na propria natureza
pressao mais forte porque veio coin-
das coisas e nao aquele que esta em
cidir com uma seric ja conhecida; se o observadoc nao conhecesse o alfa
pelo calculo das probabilidades, que entao adquiria mais um campo de aplicagao.
Assim com a probabilidade, o acaso
acasos.
A ideia vulgar de acaso encerra dos das suas raras manifesta?6es ? Nao sempre a de surpresa, de coisa inespcpretenderaos absolufamente responder. rada. O acaso se realize quase sempre mas tao somente formulae essas hipo-
Quando se verifica um fate cuja pro
estratagema, certamente
acaso convem desde logo esclarecer
eles se. cepcqduzam um numero de vezes passam de uma sucessao continuada de
teses.
scm
nal e uma pura impressao psicologica subjetiva. O acaso atuou da mesma forma na tiragem das series (1) e (2).
hemem aproximar-se cada vez mais
Osti ? Quein sabe se esses fates nao trando atraves de todos os conhecisao justamente aqueles que no enca- mentos. A principio — e ainda e esta deiamento dos fenomenos universais, a sua forma psicologica — o acaso nao tem uma probabilidade muito pequena,. era mais do que um simples «interruptor mas suficientemente grande para que da vida correntes. No entanto a vida num certo intervalo de tempo compa- corrente, a vida interior como a exte tivel com a duragao da vida hiimana rior, todos OS fenomenos enfim, nao
possam ser os espectadores priviiegia-
mente
da natureza; e cada vez que uma aproximagao se verifica, a natureza reagia
dirigldo per um cientista do porte de foi se insinuando na ciencia, se infil-
suficiente para que algumas pessoas
Como podcmos falar de uma «lei
sem que tudo tinha corrido normal-
Para caracterizar bem a nocao de
nos e resulta de impressoes pessoais
que muitas vezes fogem ao mais leve
beto, a sua impressao ja seria absolu-
raciocinio logico.
tamente identiCa a produzida por outra
Um exemplo esclareccra a nossa ideia.
Suponhamos que colocassemos dentro de uma urna 25 pedagos de papel,
rua. Como se explica pois que 0 acaso venha a se introduzir em uma ordem
de fenomenos como os que estuda a fisica, per exemplo, sobre os quais todos nos formulahios uma ideia de conti-
uma imperfeiQao nossa, e da insufi-
Depois de agitar bem a urna nos retirariamos um per um os pedaqos de papel e iriamos anotando a ordem
de observa^ao e de medida. file se produz sempre que de certas circunstancias impercetiveis possam resultar
de saida:
efeitos perceptiveis; isto e, as circunstancias — digamos, as causas — se
B, G, U. V... K (1) A ordem resultante e certamente de-
vida ao acaso: e todos concordam que tanto poderiam sair as letras nessa
ordem como em outra qualquer.
Mas suponhamos que em lugar daquela ordem, as letras fosse saindo uma a uma na sua ordem natural, isto e, na ordem alfabetica:
produzem em uma escala difererite da nossa e por isso nao fomos capazes de percebe-Ias e no entanto os efeitos se verificam na nossa escala e sao por
isso percebidos. Analisemos alguns exemplos. O exame do equilibrio instavel e muito instrutivo nesse particular.
Suponhamos que se queira equilibrar ura cone sobre o seu vertice.
A, B, C... Y,Z (2) Ah
nesse case talvez alguns dos
versos inclusive nos dominies onde im-
presentcs imaginasse tratar-sc de aiyum
peraya a suposi^ao de um determinismo
estratagema da minha parte; as fichas de papel talvez fossem reconhecidas
gonicas qua! sejam a de determinismo
O acaso, na realidade, resulta de ciencia dos nossos meios de percepgao.
nuidade, de homogeneidade, analogas
AUm disso como tornar compativeia duas idmas a primeira vista tao antaabsolute das leis individuais. veio sig-
minada e a mesma.
A. B... Z.
as que formulamos a respeito da «vida carrenee» ,
dade de uma serie qualquer predeter-
cada um com uma letra do alfabeto:
por um encontro no tempo ou no es-
pa?o. Um encontro de ideias e um acaso como o e o encontro de um tijolo que cai de um andaime e mats um transeunte que passa distraidamente na
serie qualquer; e de fato a probabili
pelo tato, na tiragem: e se por um
Se o cone fosse colocado rzgorosa-
raente na vertical e nao estivesse sujclto a outras for^as alem da da gravidadc ele ficaria em equilibrio.
Mas e su
ficiente um desvio em relaqao a vertical, de um milesimo de grau, ou o movi-
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taveis descobertas no dominio da ma-
ces series, si elles cxistaient, et j'arrivai
Essas subitas ilumina^oes tao Bern
tematica.
sans difficulte a former les series que
descritas no trecho de Poincare sao
j'ai appelecs thetafuchsiennes.
freqiientemente encontradas no trabalho
sentido, e caira; nos dizemos enCao quc employer quelques expressions techni foi o acaso quern decidiu o lado da ques, mais elles ne doivent pas vous
A ce moment, je quittai Caen, ou i'habitais alors, pour prendre part a urie
intelectual: muitas vezes elas se veri-
mclJnasao final.
course geologique entreprise par Ificole
dadeiras intuigoes que antecipam os
mento do ar com uma vclocidade imperceptivel, e o cone, uma vez desviado
de uma quantidade extremamente pequena, pendera inteiramente no mesmo
«Je vous demande pardon, je vais effrayer, vous n'avez aucun besoin de
les compreendre. Je dirai. par exemple.
Al i^ta: uma ca'usa infima, — a )ai dans telles circonstances. ce theo-
des Mines. Les pcripcties du voyage
ficam no curso de um raciocinio — vet-
resultados antes que a cadeia logica possa ser terminada. No caso de Poin
reme aura un nom barbare, que beaucoup trouve la demonstration de tel
me firent oublier mes trauvaux mathe-
matiques; arrives a Coutances, nous
care essa intuiqao ainda e mais cuciosa. Elas se apresentaram bruscamcnte, sem
theoreme d entre vous ne connaltront perceptive! na nossa escala. Uma pe- pas. mais cela n a aucune importance; quenissima varia?ao na mclinagao ini- ce qui est interessant pour le psycholo-
montames dans un omnibus pour je ne
que ele estivesse pensando conciente-
sais quelle promenade: au moment ou je mettais le pied sur le marche-picd, I'idee me vint, sans que rien dans mes
que por um verdadeiro acaso.
inclina^ao inxial de um milesimo de
grau, absolutamente impercepti'vel, produziu um grande efeito. facilmente
cial poderia produzir um resultado final gue, ce n est pas le theoreme, ce sont inteiramente diverse e o cone cair para les circonstances. o lado contrar.o.
Depuis quinre jours, je m'efforgais
Um outroexcmplo tiramos da roleta. de demontrer qu'ii ne pouvait exister
O impulse dado a roda faz com que aucune fonction analogue a ce q~ue j'aiela gire durante algum tempo e pare appele depuis les fonctions fuchsiennes; fmalmente em um certo ponto dando
^mo resultado o preto ou o vermelho.
i etais alors fort ignorante; tous les lours, je m'asseyais a ma table de
pcnsees anterieures parut my avo r
prepare, que les transformations dont j'avais fait usage pour definir les
mente sobre o assunto. Surgiram como
Aqui as fontes geradoras da ideia nao s6 sao imperceptiveis como prova-
velmente secao miiltiplas.
Os movi-
mentos do cerebro que correspondem
fonctions fuchsiennes etaient identiques
ao pensamento humano sao provavel-
a celles de la geometric non-cuclidienne. Je ne fis pas la verification; je n'en
mente de uma complica^ao e multiplicidade comparaveis aos das moleculas de um gas que turbilhcnam em todos
aurais pas eu le temps, puisque, a peine
O impulse dado a roda depende de uma travail, jy passais une heure ou deux, sene de coisas mas. digames. depen- j cssayais un grand nombre de combidera do esfor^o produzido para faze-Ia naisons et je n'arrivais a aucun regirar. Uma pequena variagao desse sultat. Un soir. je pris du cafe noir csfor^o. absolutamente imperceptivel e contrairement a mon habitude, je ne mcontrelavel. fara com que a roda se pus m'endormir: les idees surgissaient detenha no vermelho e nao no preto en foule; je les sentais comme se heurproduzindo para o jogador e para o ter. jusqu a ce que deux d'entre elles
ass's dans I'omnibus, je repris la con versation commencee, mais j'eus tout
OS sentidos e dire?6es com vclocidades
de suite une entiere certitude.
milhoes de pequenos abalroamentos
Je me mis alors a etudier des ques tions d'arithmetique sans grand resultat
qucremos dizer que Poincare tenha feito as suas descobertas por acaso, no sen
former une combinaison estable. Le P ' gue Ihes toca o bolso. matin, j'avais etabli lexistence dune por isso — porque uma pequena causa preduz um grande efeito — que classe de fonctions fuchsiennes, celles. qu. derivent de la s6rie hyperqeome° logador que tem- a sua ficha no tnque: je neus plus qua rediger les
apparent et sans soupqonner que cela
tido vulgar dessa palavra. As ideias vinham sempre depois de um peribdo de raciocinio deliberado, aparentemente
banqueiro um efeito facilmente pcrcep- s accrochassent. pour ainsi dire, pour
vermelho sente o cora^ao bater. e espera
tudo do acaso.
quelques Um terceiro exempio vamos tirar do hel"ef^'" Je voulus en suite representer ces campo da psicologia. lendo desta vez fonctions par le quotient de deux series; ^Science et M^-
cette idee fut parfaitement conscience c P^g ^50 "Pitulo III, Pag. 50. edicao de 1927. no qua] €le treflechie: 1 analogie avec les fonctions elhp iques me guidait. Je me demandai conta como fe.
queues devaient etre les proprietes de
De
varias e se entrechocam, em milhbes e
retour a Caen, je verifiai le resultat a
moleculares desordenados.
tete reposec pour I'acquit de ma cons
O caso das ideias subitas tem possivelmcnte uma explica^ao analoga. Nao
cience.
put avoir le moindre rapport avec mes recherches anterieures. Degoute de mon insucces, j'allai passer quelques jour au bord de la mer, ct je pensai d tout autre chose. Un jour, en me pro-
esteril.
£sse raciocinio naturalmente
orientou as ideias em um determinado
sentido.
Mas essas eram miiltiplas:
menant sur la fala'se. I'dee me vint
Poincare nao sentia absolutamente que
toujour avec les memes caracteres de
o seu cerebro estava sendo a sede dcsses milhoes de movimentos inconscientes.
brievete, de soudainete et de certitude
immediate, que
les transformations
Em um dado momento dois daqueles
arithmetiques des formes quadratiques ternaires indefinies etaient identiques
elementos cerebrals entre os milhoes
a celles de la geometrie non-eucli-
sendo a sede. se encontraram. deram uma combina^lo estavel, capaz de
di^nnc*.
de cheques de que seu cerebro estava
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naraento desordenado elas se chocam
Apenas nesse ultimo caso a variaqao individual e imediatamente perceptivel,
120
aiingira sensibilidade do seu cosciente.
Continuando diz Poincare: O maior Um encontro de pequenos ekmentos acaso da historia e o nascimento de um cu/os movimentos eram imperceptiveis
umas contra as outras, desviam-se da
ao coasciente produziram repentiiia-
rota primitiva, constituindo um caso
porque se produz na nossa escala; no
permanente.
se verificam no intervale de um se-
caso dos gases ela se produz em uma escala extremamente pequena. Tendo em conta que a estabilidade de um
gundo. As paredes do recipiente em
fenomeno
mente efeitos conscientes notaveis qiial
grande homem. £: por um mero acaso que se encontraram duas celulas que
sejam as descobertas matematicas re-
continham precisamente, cada uma de
nada menos de cinco bilioes de cheques
feridas pelo autor. Dai a impressao de seu lado os elcmentos misteriosos cuja acasp que resulta dessas ideias subitas.
reagao mutua deveria produzir o genio. Neste-^ ponto alias e que o espirito Devemos concordar que esses elementos inventive se distingue talvez do espirito sao raros. e seu encontro ainda mais comum, onde em identicas condigQes, raro. talvez se processasse tambem o mesmo «Teria sido suficiente que uma das turbilhonamento de ideiag. ,ou de e!ementos cerebrals. Talvez se>rodu- celulas se houvesse desviado do seu zissem as combinagoes felizes; mas um cammho de I/IO de milimetro e Naespirito comum nao e dotado de uma poleao nao teria nascfdo, e os. destinos sensibilidade intelectual est^ica capaz de um continente teriam sido modifi-
de ser despertado por uma daquela.s
que se acha encerrado o gas sofre um bombardeamento incessante dessas miriades de moleculas; o resultado desse
bombardeio e a pressao constante que o gas exerce sobre a parede do reci piente, acessivel a nossa esc-ala comum
de observagao.
Essa estrutura caotica que atualmente nao e raais uma hipotese e sim um
cadosa.
combinagoes felizes. O genio inven- • Demos razao a Poincare, pois estativo e um verdadeiro artista intelectual. mos atualmente em face de um outro dotado de grande sensibilidade as com- acaso historico do mesmo genero. bmatqes belas; e so essas sao fecunda.s. Consideremos finalmente um ultimo exemplo do dominio da fisica, um dos Poderemos citar ainda. referido por tt. Pomcare. um outro exemplo no mais classicos nos tratados de calculo dominio da Historia. O historiador das probabilidades. Neste ainda retambem faz uma escolha dos aconte- conhecemos o mesmo fato: as pequenas cimentos da epoca que ele estuda; elc causas produzindo os grandes efeitos. conta apenas aqueles que Ihe parecem Mas entram nele novas circunstancias: mais importantes. Se os acontecim^-n- a complexidade das causas e o numero
Nas condigoes normals
resultado de observa?6es miiltiplas e
delicadissimas, nos oferece um exemplo notavel da aplica^ao do calculo das .0-
probabilidades aos fenomenos coletivos.
A hipotese simples de que as mo leculas se movimentavam ao acaso foi suficiente para, com a aplicagao dos principles desse calculo, sc chegar as equagoes ja conhecidas de Mariotte e
tos de uma epoca sao suficientes para astronomico dos elementos em jogo. explicar as de outra, nos dizemos que Deste grande niimero e que resulta, eles estao de acordo com as «]eis da acima da imensa variabilidade indi-
estatistico
e
tanto
maior
quanto maior for o numero de elementos
em jogo, corapreendc-se facilmente que as variaQoes da pressao de um gas
sejam muito menores que as de morta-
lidade de um pais onde nao estao em jogo senao um pequeno numero de elementos se compararmos com os trilhoes de trilhbes de moleculas con-
tidos em um cm® de gas e os bilhoes de cheques por segundo que entre elas se produrem.
Creio que com este exemplo caracterizamos.bem as duas seguintes con clusoes:
1) Os fates que atribuimos ao acaso sao os resultados sensiveis e
observaveis na nossa escala de causas pequenas e imperceptiveis.
Gay Lussac e a uma serie de conclusoes
2) Que a reuniao de um complexo
novas, interessantissimas, confirmadas
de causas numerosas e de um grande
pela experiencia e que as teorias antigas
numero de elementos sujeitos ao acaso produzem efeitos globais subordinados a uma estabilidade que independc da variabilidade individual a que denomi-
nao explicavam.
'io resultado
O determinismo da nossa cscala nao existe a rigor; a pressao do gas sobre a parede do recipiente oferece certas
e uma epoca foi motivado por um fato
Um pequeno paralelepipedo de 1 cm sern importancia de uma epoca anterior, de aresta. cheio de ar, a pressao normal
flutuagoes que so o aperfeigoamento dos metodos de observa^ao pode sele-
A esse acaso que esta na propria natu-
que nao 6 e.tado por historiador algum.
cionar; esse resultado global provem
nistoria».
Mas se um acontecimento notavel
til
glS' ^
reza das coisas e que o calculo das
que vanam de 500 m/seg. a 1.500 '
um resultado global, uma estabilidade
probabilidades e a estatistica sao aplicaveis. Por isso nao se podera dizer que esse calculo e uma especie de varinha magica que tira do nada da ignorancia absoluta um conhecimento
^Aeg, aproximadamente e nesta mo-
de carater estatistico, analoga a cons
cientifico.
raenta?ao mcessante, nesse turbilho-
tancy dos obitos em uma popula?ao
do grande numero de elementos em
sextlhoes de molecules. Essas mo-
^'=°"t«'mento notavel eculas estao em uma agitacao perene.
In? caso tern o mesmo significado; -9efeitoso
naremos de «estabilidade estatistica».
jogo. A constancia da pressao nao e mais uma propriedade individual, mas
se movimentam com velocidades
numerosa.
file e aplicavel porque o grande numero de coisas e de elementos em
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f ili' de infidelidade. c os relatives a feno-
jogo, inteiramente livres, vagando ao
um automovel, porque isso acontece a
acaso, produz resultados glohais esta-
muitos; que no restaurante estaria su-
veis; e isso se verifxa porque uma infinidade de combinagoes desses mo-
jcito a uma alimentagao deteriorada
as aplicaqoes nao tern sido meno.s menos atmosfericos ou climutericos, c numerosas ncm tao pouco menos fe- outros.
que o envenenasse, porque as vezes
cundas.
vimentos livres conduzem a resultados
tal fato se verifica; que ao passar
As aplicaqoes socia's sao porem as
debaixo de um andaime um tijolo
mais acessiveis porque sao de ccrto mode, do dominio publico. Citaremos apenas algumas.
fiPais proximamente iguais.
Examinemos agora, miiito superfi-
poderia cair-lhe na cabcga: enfim, se
cialmente, o valor cientifico e pratico
ele nao orientasse a sua decisao pelo
da probabilidade.
conceito probabilistico de que tais futos
Na nossa vida corrente todos os
sao pouco provaveis, e tais outros sao
atos sao orientados na realidade, se-
gundo a maior ou menor probabilidade
muito provaveis, um tal homem repito seria um maniaco intoleravel ,que nao
dos fatos de que ela depende. Sem
poderia sentir os minimos prazeres da
essa forma intuitiva de adotarmos determinadas atitudes pelo exame
vida.
Mas essa orienta?ao das nossas de
muitas vezes inconsdentemente — dos cisoes por um criterio probabilistico"" acontedmentos ma;s provaveis, ou das . esta longe de justificar o interesse que conseqiiendas mais provaveis dessas vem despertando o calculo das probabimesmas atitudes. a vida iiao Valeria a
pena de ser vivida.
Se urn liomem agisse exclusivamente
segundo as conclusoes da logica classica, estaria condenado a ser um escravo infeliz de ideias e obcessoes
lidades. Esse interesse resulta das aplica?oes concretas, na ciencia c na vida pratica.
Ja nos referimos a teoria cinetica
dos gases, onde Maxwell e Boltzmann, inconcebiveis. A a^ao de cada um de desenvolveram a fundo as aplicagoes nos resulta quase semprc da analise desses calculos. Alem dessas poderla-
de casos e complexes, cuja solu?ao rigorosa seria longa e muitas vezes impraticavel. Mas nos temos uma
mos citar uma infinidade de outros
casos em que o calculo fundado por
Pascal tem so demonstrado fecundo. Temos assim o estudo da difusao dos especie de intui^ao probabilistica que nos faz sentir os elementos fundamen fluidos. as experiencins de Perim nos tals das nossas decisoes. Esta intuigao estudos do movimento bowniano, nos
Nas ciencias biologicas e biometricas
As aplicaqocs aos fenomcnos sociais nao se reduzem porem a esta. Nao c
posstvel darmos aqui uma lista com plete, pois nao descjo prendcr-vos por muito tempo.
Para resumir. Icmbramos apenas quc
Os estudos sobre a mortalidade. por exemplo, nos diversos paises, e nas
rclativamentc aos fenomcnos sociais
estudos de Bohlman, Peeck, Lexis e outros concluiram pela Icgitimidade da
ou um curto «nao», — os do.s valores
(cconomicos, demograficos, pol'iticos, diversas epocas, produriram alem de etc.) nos nos encontramos frequentcoutros, numerosos beneficios, o dciSen- mente cm face -de problemas cuja sovolvimento do seguro de vida. Os luqao nao podc ser um simples «sim» da verdade na logica classica — mas
aplica?ao dos principios do calculo das um dos numeros da escala de valoies probabilidadcs ao fenomeno da morta da verdade: essu resposta c um coefilidade, desde que se considerassem
cicnte de probabilidade.
grupos de individuos da mesma idade,
Esta situaijao diante da qual nos
ou de idades comprecndidas entre li-
encontramos frcquentemente a respeito
mites nao muito largos.
Fundou-se
de fenomcnos sociais, pode ser esque-
entao uma ciencia propria do seguro,
matizada no seguinte sofisma, um dos
•a ciencia atuarial, que tern por fmi, tomando-se por base as probabilidadcs
muitos que nos legou Zenon. conhecido pelo nomc de sofisma do «Monte dc
anuais de morte para cada idade, e
Trigo».
combinando esses elementos com os
fornecidos pela matematica financeira,
Zenon raciocina da seguinte maneira
determinar os premios necessarios a cobcrtura de determinudos riscos: pa-
«Um grao de trigo nao constitue um monte; dois graos tambem nao, nem
gamento de peculios, rendas, etc.
tres, nem quatro... Desta forma
fenortenos de osmose, na determinagao
fenomcnos tais como os da invalidez,
conclui-se: ou nunca se podera obter um monte pela reuniao dc graos dc
do numero de Avogadro alem de muitos
vclhice, doen^a. natalidadc, nupciali-
trigo, ou em dado momento pelo acres-
suficientemente complexo para ser per- outros: na quimica c fisico-quimica os
dadc, etc, —• resultando dai um de-
cimo de um grao apenas. o conjunto de
estudos sobre a decomposigao do radio adotamos a solu^ao que resulta como 0 dos corpos radio ativos, introduzindo-
senvolvimento consideravel dos scguros
graos passara a constituir um monte.
sociais, destinados a prever o future
efeito global desse complexo de causas. se a no^ao da vida provavel da ma-
das classes trabalhadoras, economica-
e quc retirado este grao novamente o conjunto deixara de ser um raontes.
e na realidade uma conscicncia um
tanto vaga de um estado do cerebro
c^ do em todos os detalhes. e nos Um homem que antes de sair de casa
teria, bem como os estudos sobre as
velocidades das rea(;6es. para nao citar senao uma fra?ao infima das aplica?5es que na rua poderia "ser atropelado por
imaginasse que seria perigoso sair por
desse calculo.
As aplicaqoes estenderam-sc a outros
mentc mais fracas.
Hoje o seguro e uma instituiqao
universal, e nao so o seguro de vida, como o seguro de coisas, de creditos.
Um problema analogo e por exemplo o da repercussao economica de uma
pequeua variaqao dos pre^os em relaqao a unidade monetaria; assim e a varia-
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?ao de alguns mil reis no pre^o da venda por atacado sobre os pre^os de
regar cm outro banqueiro uma parte
SEGURO DE DESPESAS HOSPITALARES COM
da responsabildaide. Esses homens ae
FRANQUIA DEDUZfVEL
vendas a varejo. Se a tonelada de a?ucar na usina aumentar de alguns
previnem, por intuigao, da mesma forma
pela qual as Companhias de Seguros o
mil reis, subira o pre?o do quilograma
farem segundo normas tecnicas, norraas
Charles N. Walker
essas que no Brasil, excluindo-se o
Atuirio e Gercnfe de Seguros de Acidenfes
de a^ucar na venda ?
£
e Doenga da f.Lincoln National Life Ins. Co>
um axibma para alguns seguro de vida, foram introduzidas pelo
espiritos a variagao de mil reis, na tonelada correspondendo a uma varia-
As paradas maximas e minimas sac
apolices de despesas hospitalares
gao de um real no quilo, nao influira sobre esse porque nao ha moeda divi-
predeterrainadas, e a quantia que deve receber um jogador por uma parada
com franquia deduzivel de dois tipos distintos. A primeira segue o esquema
sionaria de um real.
determinada resulta de um calculo
da apolice principal de despesas medicas, garantindo um tipo de beneficio
O problema e unalogo ao do raonte de trigo.
claro que em uma determinada semana, em conseqiiencia das baixas
ou altas sucessivas nos pregos de venda
onde se estabelece que a esperanga
em aberto ou indefinido.
matematica do banqueiro seja maior
zagao per todas as despesas hospita
O jogo nao e equitativo: e ligeira-"
lares acima de US$ 300 e ate um ma-
ximo de US$ 5.000. A segunda segue
mcnte favoravel ao banqueiro.
Assim, na vida pratica, nas cienciaj
agucar baixara ou aumentara de 100
economicas e sociais, como nas ciencias
as linhas da apolice tipica de despesas cirurgicas e hospitalares. Oferece o
beneficio de uma d'aria hospitalar com
reis, por exemplo, que e a menor fragio fisicas e naturais a aplicagao do calculo divisionaria da moeda.
limites especificos para o montante da
das probabilidades e cada vez mais
diaria e sua duragao maxima; uma multiplicidade de despesas hospitalares;
Entre as varias coisas que possam ampla e mais fecunda. Essa aplicagao ter influido nessa semana sobre a alta
nao depende da ignorancia das causas
e um esquema cirurgico.
dos fates a que sac aplicaveis, mas sim da pequencz e complexidade dessas
do quilograma de agucar, uma foi sem duvida a alta dos pregos da tonelada de agucar na usina, Portanto nao causas; e a proporgao que os meios de observagao nos permitem penetrar podemos direr que essa variagao influe mais a fundo na natureza e conhecer ou nao influe sobre o prego do varejo, mais de perto aqueles fenomenos nem mas Sim que ha uma probabilidade x
Poderao ser incluidos, por cndosso Ou aditivo-padrao, os beneficios por
honoiarios medicos ou de enfermagem.
De fato, a unica coisa que as distingue dos contratos tipicos de seguros hospi talares e cirurgicos e a presenga de um
por isso deixarao de ser validas as leis
determinavel pela observagao de que descobertas com as recursos do calculo ela vcnha a influir.
montante deduzivel.
das probabilidades, porque, pelo menos Lembraremos por fim, mais a titulo na nos >3 escala normal de observagao de curiosidade, a aplicagao do calculo — aproximadamente a mesma para das probabilidades no jogo — ponto todos os^ homens — aqueles efeitos alias por onde ele comegou.
Ha certos jogos populates em que
A apolice
tipica dcsta categoria garante indeni-
que a esperanga do jogador.
por atacado o prceo do quilograma de
dos E.U.A.
Estao sendo oferecidas, atualmente.
Institute de Resseguros do Brasil.
Na pratica, a franquia deduzivel tanto pode ser parte integral da apo lice como pode constituir um aditivo-
globais sao os unicos capazes de screm percebldos diretamente, e por isso os
parte daquele que bailca — de descar- carater subjetivo necessario a todo conhecimento cientifico.
Se, de um certo modo generalizado, examtnarraos a historia do seguro de despesas hospitalares nos liltimos poucos anos, dois ou tres pontos se
apresentam com certo destaque.
O
mais importante destes, e, provavelmente, o da experiencia com sinistros.
Os premios do seguro de despesas hospitalares aumentaram consideravelmente nos ultimos dez anos.
Tem
havido
dos
uma
constante
corrida
premios atras dos sinistros e muitas companhias atestarao a dolorosa expe riencia de que nesta corrida os premios
sempre perdem, os excedentes sofrendo de acordo.
As razoes deste fenomeno sac muito
bem conhecidas e por isto me limitarei a toca-las apenas de leve. Duas sao suas causas principals. Uma e a evolugao da terapeutica e a outra e a continua ascengao da economia americana .
padrao a uma apolice sem franquia.
As duas causas se conjugam, eviden-
Algumas das observagoes que se
temente, mas as mudangas nos metodos terapeuticos sao as mais importantes-
seguem referem-se a qualquec dos dois tipos, mas como a companhia onde
existe 0 habito — alias intuitive — por conhedmentos assim obtidos, tern o
Experiencia de sinistros
sirvo emite as do segundo tipo, a
A hospitalizagao 6 hoje muito mai% frequente do que era. Mesmo des-
maioria se refere. em princlpio, a estas.
prezada a curva inflacionaria, a hospi-
N» 59 - OirrUBRO DE 1956 PEVISTA DO I. R. B.
1
i3I
taliza;ao e hoje mais dispendiosa. Muitas doen^as antigament« tratadas em casa sao agora tratadas nos hos
pitals. Nao se dispoem de dados scguros, mas estimo que .a taxa de hosp;-
132
talares com franquia deduzivel e um recurso forgado que vale, apenas, como tentativa de manter o sinistro/premio
i33
134
que o segurado puder suportar. locum-
dc US$ 6,80. Se, entretanto, o bene
be a todos OS scguradores excrcer essa
ficio for trocado por outro dc noventa dias. porem comegando com o 2.® dia
nos limites de uma tarifa mais ra-
fungao protetora no melhcr possivel.
zoavel.
Se o desejarmos fazer no campo do '
talizacao entre pessoas seguradas tenha
' 5
e nao com o I.", o custo anual sera de
Creio, que num certo sentido, isto aumentado em 25 % nos ultimos dez seja verdade. verdade que foi a
seguro de hospitaliza?ao, as apolices com franquia deduzivel sao virtualmen-
anos\
te uma necessidade.
custara apenas US$ 3.80. ou sejam
• Pensemos um instante no beneficio
44 % de redugao.
necessidade premente que nos apre-
apenas US$ 6,03, ou seja uma redugao de 13 %.
Se se iniciar no 6."' di3,
Novas tecnicas de diagnostico e de sentou o problema. Num sentido mais terapeutica foram desenvolvidas que, amplo. porem, o seguro de despesas embora reduzam a duragao da doenca hospitaiares com franquia deduzivel
das diarias hospitaiares que se inicia
tencia que temos visto nos ultimos anos
com o primeiro dia do internamento e
e a interna^ao, freqiientemente aumen-
nao e medida de recurso extremo.
Perdura durante 90 dias, no maximo.
tam o scu custo. E nao e apenas isto;
pelo contrario. um passo positive que pode ser de grande alcance para aperfei^oar nosso negocio em todos os
contra os preinios crescentes de seguro hospitalar, certamente redugoes como as
£ o beneficio comum.
que apontamos serao benvindas.
sentidos.
Tal beneficio cobrira integralmcnte
OS medicos estao usando o hospital em
escala muito maior para fins de diag nostico, quer para pacientes internados ou nao. A escolha entre a base de «paciente interno» ou «paciente exter-
Uma das criticas mais severas (mais
Muitas com-
panhias oferecem justamente isto. ou
slgo muito parecido, em suas apolices. cerca de 99 cases entre 100 hospita-
no», naturalmente, depende freqiiente severas por serem verdadeiras") e'a mente dos termos do contrato de se- inadequa^ao dos beneficios — e o fato
liza^oes. E, assim sendo. e isto um l^eneficio adequado ? Muitos dirao
ciente da conta mcdica. Criticam-no.s
dizer daquele caso unico nao coberto
por diarias inadequadas. por uma mul-
cbmpletamente ?
guro hospitalar que o paciente possui. de nao se cobrir uma propor<;ao sufiNossa culpa
tiplicidade de despesas que sao por demais e por esquemas ciriirgicos Grande parte do aumento de despcso que naobaixas cobrcm suficientcmente a couta
e culpa nossa.
Melhorando os en-
«Sim», sem hesitagao. Mas o que Um beneficio de noventa dias e con-
fbrto precario para qucm tem que Passar duzentos ou trezentos dias em
Com toda a resis-
Numcros semelhantes se aplicam ao beneficio de despesas diversas. Muitas
conipanhias concedem-no a partir do primeiro dolar de despesa c pagam um
maximo de. digamos. US$ 100,00., Para um homem com 40 anos. tal bene ficio custa anualmente cerca de US$
4.31.
Se o segurado se dispuser a
arcar com os primeiros 50 dolares.
poderemos conceder um maximo de
mais de US$ 2.000.00 sem majorar o custo. Ou. alternativamente. se o se gurado arcar com os primeiros US$
do c rurgiao. Para o caso particular (distinto do caso da na^ao como uni todo), o seguro de despesas hospita iares com franquia deduzivel c um me-
Uni hospital. Porem se retirarmos um so dia do inicio do beneficio — fa-
O fato em si e que o seguro de des O resultado e o de que as form as' pesas hospitaiares com franquia dedu usuais de seguro hospitalar estao mos- zivel nos permitica dar maior protegao trando todos os sinais de se estarem contra as despesas medicas, sem au-
'ura de mais de duzentos dias em lugar
Um beneficio de US$ 200,00 em ex-
dc noventa dias. Se retirarmos os
cesso de US$ 50,00, custara apenas
cargos de hospitaliza^ao, encorajamos nossos segurados a se hospitalizarem
com mais freqiiencia. Assim deve ser, naturalmente. mas isto complica nossa posi^ao financeira.
inacessiyeis. E. o que e pior, a pressao
^do positive para curar estas critica.-3.
mentar o scu custo.
do publico tern sido muito forte na A funeao do seguro, — qualquer tipo direslo de mudan?as nas coberturas — de seguro — e a de dar protecao exigindo beneficios tais como tratamento diagnostico c terapia externa — contra nscos que o segurado e incapaz que elevarao ainda mais nossos cn- de enfrentar por seus proprios recursos. cargos. Iniludivelmente. o seguro sera tanto Com este ^backgrounds, poder-se-la melhor. quanto mais ele cobrir os pensar que o seguro de despesas hospi- nscos que o segurado menos puder arcar. Sera inferior se cobrir os riscos i
50.00, poderemos conceder um bene
2endo-o comegar com o 2." dia dc interJ^amento em lugar do 1.'' — poderemos.
apenas. US$ 1.68, ou scjam 61 % de'
PUq mfesmo prego, conceder uma cober-
redugao sobre o custo de US$ 4,31. '
cinco pi;imeiros dias, poderemos con
ceder cobertura por mais de dois anos. ^ isto nao sera um melhor servigo dc Protegao ao segurado contra despesas insuportaveis para ele do que a cobcrtura dos primeiros dias ?
ficio pelos cem dolares seguintes por.
US$ 2,17. ou sej-a somcnte a metade' do custo do beneficio atual de no ma ximo US$ 100,00.
Isto sao numeros impressionantes. Se retirarmos da cobertura os cinco
primeiros dias da estadia no hospital,
Ou, alternativamente. olhando o caso
poderemos escolher entre uma redugao
por outro lado. Para um homem com
do custo em mais de 40 % ou aumentac
cerca de 40 anos. o custo anual para
0 periodo do beneficio por oito vezes
"m beneficio de noventa dias a partir a sua duragao atual, ou, ainda, fazer do primeiro, a razao de US$ 10,00 per uma outra combinagao entre redugao dia de diaria hospitalar. e de cerca no prego e aumento do prazo. Se'
99 - OUTUBRO DE 1956
REVISTA DO I. R. B,
135
136
excluirmos os primeiros US$ 50,00 das
neas e US$ 200,00 de despesas cirurgicas. Aplicando-se-lhe uma franquia deduzivel de L1S$ 50,00, os mesmos 120 dolares cobrirao diarias de US$
despesas, podercnios ou reduzir ein mais de 50 % 0 seu custo ou conceder
uma cobertura vinte vezes maior pelo mesmo custo.
Noutras palavras, tao
logo sairmos da area das despesas que 10,00, US$ 150,00 de despesas e IIS$ 200.00 de despesas cirurgicas.
Com
o segurado pode suportar diretamente a ^rea do dolar-— poderemos aumeiitar substancialmente. o montante
US$ 12,00 de diarias, US$ 300,00 de
da prote^ao oferecida sem aumentar
despesas e US$ 200,00 de despesas
nossos custos e premios.
cirurgicas.
Havera ar-
gumento melhor em favor da apolice com franquia deduzivel ?
uma franquia de US$ 100,00, teremos
Foram considera^oes assim que levaram a sLincoln NationaI» a consi-
Propositadamente dtei dadds" quer derar seriamente o case das apolices para a redugao de premio, quer para a de despesas hospitalares com franquia ampliagao do beneficio. A apolice de deduziveis, apresentando-as ao publico
despesas hospitalares atualmente ofere em Janeiro deste ano. Houve, naturalcida no mercado se apresenta com duas mente, dificuldades na elabofa?ao da deficiencias principals: beneficios es-. apolice, e algumas delas podem ser de
cassos e premios elevados. Pela expe-
rienda de minha companhia, o premio anual para apolice familiar de despesas
interesse.
A apolice em si apresentou poucos hospitalares e de cerca de IIS$ 120,00, probleraas. Como ja mencionei, a precusto esse concordante com o de senga da cond gao da franquia dedu outras companhias as quais consultei. zivel e praticamente a maior diferen^a entre as formas deduziveis e nao dedu
Em troca de ideias com os agentes, ziveis. No nosso caso, porem. fize-
cheguei a conclusao de que a familia mos duas outras alteragoes na apolice.
americana media tende a comprar se-
A primeira foi a eliminagao do periodo
guros hospitalares de ate US$ 120 00 de prova?ao de seis meses para os por ano (US$ 10.00 por mes), indife- varios procedimentos cirurgicos semi-
rente ao fato de o beneficio adquirido eletivos, tais como apendicectomia, ser adequado ou nao. Se isto e ver- ablagao das amidalas, redu?ao de her
dade, cabe-nos melhorar nosso servi^o nias, etc. habitualmente citados nas ao publico. oferecendo uma cobertura apohces. Temos a sensa?ao de que adequada ao pre^o de cerca de US$ com uma franquia deduzivel e com uma 10,00 ao mes. cuidadosa aceitagao a anti-sele?ao que Usando, ainda aqui. como exemplo eraana desses riscos podera ser reduas coberturas concedidas pela minha zida a propor?6es controlaveis. companhia, urn premio de US$ 120,00 A outra altera^ao importante foi a ao ano concede a uma famil'a de quatro ehminagao, da cobertura, dos internapessoas nas idades mais baixas os bene mentos para partos sem complica?ao. ficios de diarias hospitalares de US$ 7,00,,US$ 70,00 de despesas miscela- Isto, na verdade, foi feito a titulo de expenencia, Todos n6s reconhecemos
137
13S
que uma gravidez normal nao e risco
lares, respondendo integralmente pelas
•i
seguravel.
Assim sendo, varias das
atuais coberturas amplas de despesas medicas (inclusive a nossa) nao pagam
beneficios por uma maternidade normal, pagando, porem, o beneficio integral — sem qualquer limita^ao especial — nas compHca^oes incidentes nas gesta^oes.
Tive oportunidade de discutir esta condi^iio particular com alguns de nossos
cirurgicas e outras.
Acreditamos que
sc pouparao premios e despesas de administra?ao (especialmente nas li-
quida^oes de sinistros) se a franquia for aplicada a indenizaqao global. De qualquer forma acho que deve . assistir a companhia o direito de atribuir a franquia a garantia que mais Ihe interessar, mesmo para evitar dificul
agentes. fistes, quase unanimemente, expressaram a opiniao de que terao
dades que podem ocorrcr quando parte
muito menos dificuldades em colocar
medicos, ou a ambos.
tais apolices do que pode a primeira vista parecer.
do beneficio se destina a hospitals ou
O montante" da franquia usada em uma -apolice e necessariamente um
A aplicagao da franquia deduzivel apresenta varias altcrnativas.
Uma e
acordo. Ha que lembrar que cerca de 60 % do ramo e vendido a pessoas
a de exprimir a franquia em termos de tempo em lugar de dolares. Esta tera a desvantagem obvia de ser indefinida
com menos de 40 anos e compreendidas
quanto ao montante. Outra alternativa
prador medio, como podemos designa-
seria a de variar o montante da fran
lo, raramente dispoe de reservas apreciaveis em dinheiro para enfrentar a
quia em fun^ao do montante da apolice, ®xpcimindo-a como urn multiple da
^iacia hospitalar.
nas faixas de renda media e pequcna — i. e. familias jovens. £ste com
eventualidade de doen^as.
fiste metodo tern
Nesses casos, pelo contrario, depen-
certas vantagens do ponto-de-vista da
dera ou de saques sobre sua receita
simplicidade administrativa, alem de
corrente ou de limitadas quotas de cre-
que, nao sera desarrazoado se conside-
dito que possa ter prontamente a dis-
rarmos que os compradores das apo
posi^ao. Creio que este comprador medio tende a subestimar sua capacidade para enfrentar despesas medicas.
hces maiorcs, em geral, poderao, com uiais facilidade, arcar com franquias uiaiorcs do que os tomadores de apo
porem, por outro lado, seria dificil
hces menores. A terceira alternativa, colocar apolices com franquias mais
que foi a escolhida pela «Linco]n», e a
de exprimir a franquia em um montante f'xo em dolares, indiferente ao valor da apolice. Em qualquer caso, resta escolher "Entre duas solugoes: a franquia se
elevadas do que o montante que o comprador pensa poder suportar. Tendo em mente este aspecto e depois de algumas experiencias com niveis de
premios, elegemos para as nossas fran
quias OS valores de US$ 50,00 e US$
uplica a um beneficio em particular ou 3 indeniza^ao global. Cheguei a ver
acordos entre redugao maxima de pre
pelo menos duas apolices que aplicavam
mio e solicitagao financeira minima
100,00 como representando os melhores
a franquia apenas as despesas hospita- sobre o segurado em caso de sinistro
N» 99 - OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.
139
O[erecemos
HO
de experiencia com apolices sem fran
A nossa apolice sem franquia oferecia quia, tera grande facilidade para estium beneficio de despesas — diversas
mar os valores das varias apolices com
de 10 vezes a diaria hospitalar, com o franquia. Aigumas precaugoes sao montante integral pagavel apenas nos
necessarias ao se fazer uma investiga-
casos de o segurado ter side hospitali- ?ao dessa especie. zado per mais de cinco dias. DesejaA forma da franquia a ser considevamds^aumentar bte beneficio e tam- rada fara alguma diferen^a nos inebem tdrnar devido o beneficio inde- todos usados. Se se desejar usar um pendente da duragao da hospitaliza^ao. montante, fixo em dolares, aplicavel a
Nao sentimos necessidade de qualquer aumento no beneficio de 120 diarias
hospitalares, nem desejavamos alterar
o beneficio de despesas cirurgieas. Passamos, entao, a oferecer as despesas-diversas aumentadas para 15 vezes a diaria hospitalar. com a franquia de US$ 50.00, ou para 25 vezes a diaria hospitalar, com a franquia de US$ 100.00. Em ambos os casos-o beneficio conta desde o primeiro dia
142
HI
indeniza^ao global, o montante da re-
Paff.amentos reduzidos
das apolices com franquia.
Ao con-
trario, ja se anuncia um aumento.
Tal exame da experiencia com indenizaqoes sera um metodo rapido e razoavelmente seguro para determinar o montante da redugao do premio que
podera ser concedido na' apolice com franquia. Estou certo de que se uma companhia fizer tal exame, sentira
O premio medio da apolice com franquia e US$ 5,00 mais baixo do que
o da apolice sem franquia quando vendida na base de «familia» e US$ 8,00
mais caro quando vendida na base in dividual, apresentando, no conjunto. uma elevaqao de US$ 2,00.
agradavel surpresa com a intensidade da redu^ao, nao so no pagamento total
Uma das razoes para este fato esta
de sinistros, como tambem no numero
em que elevamos a idade maxima de
nadas separadamente.
total de sinistros pagaveis.
aceitaqao de 58 pata 75 anos e o&
Por exempio, uma franquia de US$ 50,00 permitira uma redu^ao no premio
Como ja mcncionei, a «Lincoln Na- ^arem a eievaqao do premio medio. tional» introduziu a apolice com fran 'Verificamos tambem que mesmo o pre quia em Janeiro de 1955. Nossa ex mio medio das idades mais baixas periencia c, pois, limitada. Todavia, aumenta ligeiramente ja que os segu-
dugao do premio dependera do vulto da apolice e as apolices de diferentes
valores segurados terao que ser exami-
muito raaior numa apolice de U"S$ 5,"00
de diaria, hospitalar. do que numa de US$ 15,00.
premios das idades mais elevadas fot-
cstamos muito satisfeitos com os resul-
Outra precaugao e .3 questao da idade. O premio para uma apolice O compute dos premios foi o nosso
rados compram consideravelmente mais
tados obtidos ate a presente data. Ao
apolices com franquia.
a idade do que uma apolice sem fran quia. Atendendo a experiencia, ter-
operaqoes — 45 % de nossas vendas
de hospitalizagao.
problema mais dificil na elaborasao desta apolice. Como tinhamos apenas pouco mais de um ano de experiencia
com franquia variara muito mais com
com a nossa apolice sem franquia, se-a que usar grupamentos por idades estavamos impedidos de usar dados em maior niimero do que e usual no nossos para determinar a redugao de caso das apolices sem franquia. Note-
se, todavia. que se os coeficientes de siqueriamos oferecer. Desenvolvemos, nistros/premios forem satisfatorios nas
premio para o beneficio especifico que
Porisso. fun?6es atuariais teoricas e apolices sem franquia. sera sufic'iente aigumas vezes arbitrarias para o calculo exammar a experiencia das indeniza-
fim de setembro
apos oito meses de
de seguros hospitalares incidiam sobre a apolice com franquia.
Sabcmos ainda que nao aproveita-
mos, ate agora, todas as vantagens de agenciamento que uma apolice com franquia oferece. Estas apolices com
Tudo indica que esta apolice, a par
franquia represcntarao apenas metade
com as de cobertura mais amplas das
dos pcdidos de indeniza^ao que se cri-
despesas medicas, que foram apresen-
glnariam pela apolice sem franquia. Isto poupara ao agente uma boa parte
tadas ao mesmo tempo, tenham tambem estimulado as vendas das que cobrem a pecda de tempo (incapacidade tem-
do tempo gasto com a assistencia a
Coes para chegar a uma conclusao sobre OS efeitos da franquia.
Se se pretender aumentar quaisqucr dcmos ver, elas nao s6 retratam fiel- beneficios. por exempio, o das despesas-
pocaria), pois tanto estas como aquelas
atividadcs de coloca^ao.
do premio bruto. Tivemos. depois
disso, opcrtunidade de verificar parcialmente essas fungoes e ate onde ia po-
mente as custas hospitalares como, diversas, sera necessario basear os
tambem, deixam uma ligeira margem. dados sobre a verdadeira despesa havida e nao sobre o montante das indeEmbora nao possa falar com rigor nizacoes pagas, ja que o montante sobrc este ponto. parece-me que uma companhia com um fundo substancial pago sera freqiientemente menor que a despesa real.
se apresentam aumentadas em cerca de
30 % s6bre a produqao de 1954. Nosso corpo de corretores se mostram entusiasmados, e, embora nao se
tenham dado conta ainda, nao sofreram queda de comissoes auferidas, nao obstante o$ premios mais acessiveis
sinistros, tempo que Ihe sobrara para Ate o memento pagamos apenas 26
sinistros por tal apolice. 6stes tiveram indenizagoes desde US$ 4,34 ate mais
de US$ 500,00; sua media foi de US$ 154,00, ou seja o dobro da habitual nas
apolices sem franquia. fi interessante, tambem, notar que nao encontramos
99 - OUTpBRO DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.
143
quaisquer malentendidos ou queixas quanto a aplicabilidade e o funcionamento da franquia dedurivel.
Nao emitimos apolices identicas, com franquia e sem franquia. Umas poucas verifica?6es em apolices com
SEGURO DA INDOSTRIA ATOMICA
Vendemos mais apolices na base de franquia de beneficios comparaveis aos «familia» do que no caso das apoJices das ap6lices sem franquia, indicou que. sem franquia: 58% contra 51%. nas idades inidais, a taxa para homens.
Como era de esperar, a franquia de com franquia de US$ 50,00. e 19 % US$ 50.00 torna-se mais popular quc mais barata; para mulheres, 15 %. No a de US$ 100.00: 66 % contra 34 %. piano da franquia de US$ 100,00, os Mesmo depois de um ajuste para as premios sao mais vantajosos em 30 %. diferen^as nas idades de aceitagao. as Comparando-se com os de apolices
apolices com franquia mostrara uma sem franquia, que emitimos, uma fa, distribuicao por idades mais avangadas. milia jovem de quatro membros que
Todavia, as idades abaixo de 40 anos adquirir diarias de US$ 10,00 e US$ ainda representam o grosso do nego- 200.00 de despesas cirurgicas, poupaia cio, formando com cerca de 50 %. US$ 45,00 por ano se'optar pela fran
(continuagao) Ambrose B. Kelly Do Consclho Cera! da Associated Factory Mutual Fire Insurance Companies Providence, E.Ll.A.
Definigao de «logo»
£ste problema, muito obviamente, in volve a discussao da natureza do fogo
nos dois pontos-de-vistas, o tecnico e o
legal.
Comecemos pelos cientificos:
O NFPA-Handbook of Fire Protect
uma zeagao quimica e uma desintegra-
9ao molecular.
«Fogo pode ser definido como uma
A tcoria de que a combustao ordi-
rapida oxida?ao com desprendimento
naria e a fissao nuclear sao intimamente
OS tomadores das apolices com franquia de US$ 50,00 tem a renda anua] media de US$ 5 000,00. Os tomadores da apohce de franquia de US$ 100 00
comprar a de US$ 100,00. Em ambas os casos obtera beneficios de nive! mais elevado a premios menores.
sentido mais amplo, inclui, nao apenas o processo de combustao quimica com
Estas sao as economies de premios
oxidacao, e sim, tambem, a combustao
auferem. em media. US$ 7.200,00 per
que representam a diferen^a entre pro-
com 0 cloro e varlas outras substancias. A combustao pode ocorrer em atmos-
nos permitira dar uma prote^ao ade-
indicar
bustao»,.diz:
Testando o negocio, verificamos que
todas as apolices sao vendidas a pes-
Essas defini^oes parecem
unja distinsao entre «fogo» e uma rea^ao atomica, ja que ambas requerem
ion, sob a rubrica «Principios de com-
quia de US$ 50.00, e US$ 60,00 se
ano. Constatamos ainda que 42 % de tegao adcquada e inadequada — e quc
146
145
144
de luz e calor.
A combustao, em seu
fera de cloro como em oxidagao, porem,
aparentadas encontrou apoio no Relatorio Smyth. Ja no preambulo desse rclatorio, ao discutir a equaqao basica de Einstein para a transformaqao de
mass-i em energia, diz o Dr. Smyth; «0 numero extreme desse numero de conversao foi interessante sob mul-
para fins mais praticos, o engenheiro .tiplos aspectos.
Em primeiro lugat,
soas com renda anual de ate US$ quada contra as custas de assisten -.ia
de prote(;ao se pteocupa, apenas, com
ficou esclarecido porque a equivalencia
4.000,00 e 69% a segurados com medica per um pre?o acesslvel ao t?renda de ate US$ 6.000,00 por ano. mador medic. Por isto, insisfo em
combustao e oxida?ao.» (2)
de massa e energia nunca tinha side
37% das apolices sac vendidas a se- que todas as companhias considerem gurados que podemos chamar de «auto. seriaraente o caso das apolices de des empregadores., ou sejam ocupa^oes de pesas hospitalarcs com franquia deJu-
ccolarinhobranco.. O grupo ocupacional seguinte, com 23 % das vendas,
zivel.
Tiremos de nossas apolices o aspecto
sac OS «coIarinhos brancos^ assalaria- de «troca de d6]ares» e, em troca, vendos. Orestante do negocio sedistribui damos prote?ao de seguro. equitativamente entre as classes de Traduzido de «Best's Insurance ccolarinhos azuis^ assalariados e indeNews, Vol. 56. n.o 8. dezembro de pendentes. 1955. por Frederico Rossner.
observada na combustao quimica ordi-
Outra definiqao e a seguinte:
«Em linguagcm simples, fogo e uma
luz visivel emitida pela reasao causada pela aplicagao de calor a uma .substancia ou a um elemento, com o quc a
sua estrutura molecular e for^ada a se
naria. Agora acreditamos que o calor libertado em tal combustao, em si, traz associada a massa, mas csta massa e
tao pequena que nao pode ser constatada pelas balan^as mais sensivcis
de que se dispoe. (6 da ordem de
desintegrar cm atomos liberando calor e um bilionesimo de gramo por mo-
energia.s (3)
leculas. (4)
(2) Pag, 57. Cap. 5. NFPA-Handbook — I0» edigSo.
„„
A mesma tecla foi batida na Decla-
ra^ao de 12 de agosto de 1945, do
(3) Comburology. Fire Prevention & Pro tection Fundamentals, por G. E., Etrecner. Editor: The Spectator — pag. 24, Cap. 4. 1953.
(4) Atomic Energy for Military Purposes, por Henry D. Smyth — pag, 2, § 1.5.
N» 99 - OUTUBRO DE 195C REVISTA DO I. R. B.
H7
Britisii Information Service, bnde consta:
«Neste ponto e conveniente consi-
mento do atomo de uranio e causado por forfas no inferior do nucleo do atomo, forcas enormemente mais fortes
derar a forma dcsta reserve de energia do que as forgas quimicas entre
nos nucleos dos atomos. Ja em 1905, atomos.» Einstein demonstrou que, de acordo De que este conceito de uma similacom a Teoria da Relatividade, nao ha ridade basica entre umu reagao de diferensa essencia]^ entre massa e energia, -e sim que t6da energia tern cadeia nuclear e o fogo esta sendo massa e toda ipassa representa energia. amplamente aceito e indicado pelo use For muitos anos a prova de que da expressao «fogo nuclear em forno energia e massa eram equivalentes atomico» que se ve em artigos sobre dependeu de fatos indiretos. embora este assunto. For exempio, em uma conclusivos.
■ dessa de comprovac§o imediata esta no falta tamanho extreme da re agao entre massa e energia. Por
exempio: a massa de uma on^a (cerca
sene de artigos recentemente divulgacJos pelo U. S. Journal of Commerce,
vimos o seguinte paragrafo:
•stForga atomica, em breves palavras, nao e algo parecido com eletricidade,
® cm ), transformada inteiramente mas como forga de carvao ou forga^ em energia calorifica. seriu suficiente •de oleo. O, atomo e, pois, um combuspara converter quase um miJhao de tivel que pode ser empregado para
foneladas de agua em vapor. produzir eletricidade. 6 per isto que O dhmero fantastico da conversao uma reagao controlada de cadeia de massa em energia porque nunca nuclear ja foi descrita como um «fogo antes se observara perda de massa nos nuclear^ em uma «fornalha at6mica» processes quimicos ordinarios; o calor
ou^ reafor, em que «combustiveis»
hberado nas combustoes possui. assim atomicos (materials fissionaveis) sao acreditamos. u'a massa associada a ele, «queimados» (fissionados) para pro mas o vulto desta e fao pequeno que duzir calor para fins uteis.» nao pode set verificado pela balanca ^ E mesmo muito comum, na literatura mais sensivel.» tecnica. falar-se das «cinzas» (aparas) Maior esperan^a existe na Decla- e da queima de combustive] atomico no ra?ao Canadense. de 13 de agosto de reator. Em toda a literatura e ponto . a qual contem o seguinte para- pacifico que o reator e o equivalcnte grafo: ^ da fornalha na usina termo-eletrica «0 dilaceramento de u'a molecula comum, sendo nele queimado um com-
_ explosive e um processo quimico bustivel. num- fogo atomico, para pro_ um dos muitos processes que nos ao familiares, qual o enferrujar do duzir calor. ferro e o queimar do carvao.
Estes processes sac provocados pelas
for?as enfre atomos, as cham,:adas forcas quimicas. For outro lado, o dilacera
149
150
juridico da palavra nao difere do ver-
drao, fica a' Companhia de Seguros impossibilitada de negar sua responsabilidade por danos devidos a fogo, exceto quando o dano se enquadrar nas exclusoes ja previstas na apolice.
HS
nacu!o»'.
Em apoio de sua afirmagao, Black faz as seguintes citagoes legais: «A palavra «fogo», tal como usada nas apolices de seguro, nao tern o sig nificado tecnico derivado.da analise de
sua natureza, mas sim, mais o sentido
popular, sendo antes um efeito do que um principio elementar, no que vem a ser o efeito da combustao, equivalente
h ignigao ou a queima, porem calor nao e fogo, rauito embora «fogo» possa causar danos por calor.» (5)
«0 sentido ordinario da palavra, tal como usado nas apolices de seguros, inciui a ideia
de calor e luz visi-
veis.» (6) No case de o publico aceitar a ideia de um fogo atomico, usando, como combustivel, um material fissionavel e
produzindo calor em um reator, podemos perfeitamente ser defrontados com
uma reclamagao de segurado sofa a alegagao de que o processo de fissao
nuclear em um reator foi um «fogo» e de que os danos, que sofreram os
bens segurados quando o reator fugiu aos controles, foram danos devidos a
um «fogo hostil».
A apolice-padrao de seguro contra fogo, exigida pelos regulamentos de mais de 25 Estados da Uniao e usada
em todos exige da Companhia fazer
de Black, declara-se: «0 significado
minagao radio-ativa que se da quando a reagao nuclear foge aos seus con troles.
Ha, realmente uma exclusao
dos danos causados por «ataque inimigo por forgas armadas, inclusive agao
tomada por forga militar. naval ou aerea, na resi'stencia a ataque atual ou iminentcs.
Esta exclusao permitiria ao segurador negar responsabilidade no caso de um ataque inimigo com bombas atomi-
nas ou de hidrogenio. Nao se aplicaria, porem, a um acldente em reator atomi-
mo. que de modo algum se prenda a ataque inimigo.
Opinioes de peritos Numa agao judiciaria sobre este ponto seria soiicitada a opiniao de peritos. For isso consultamos, em tese, um certo numero de peritos.
Foram unanimes em acreditar que havia uma distingao valida entre
«fogo», no sentido atual do termo, e uma reagao atomica. Ougamo-los em suas proprias palavras.
o seguro contra «todos os danos direta-
Tres membros da faculdade do Insti
mente devidos a fogo». Nao ha, na apolice, definigao alguraa do termo
tute de Tecnologia de Massachusetts
«fogo» e, tratando-se de ap6lice-pa-
O significado legal
O termo «fogo» nao tern significado legal reconhecido. No Law Dictionary,
Nas linhas 11-14 declaram-se algumas exclusoes, porem nenhuma delas e aplicavel a reagao nuclear ou a conta-
(5) V. «Lavitt vs. Hartford County Mu tual Fire Ins. Co.» — 105 Conn. 729, 136-A,
declararam, respectivamente:
«No meu modo de pensar, «fogo» e a combinagao com oxigenio, embora alguns quimicos queiram citar outras
572.
reagbes como exempios de combustao
(6) V. «Security £) Ins. Co. of New Havea vs. Choctaw Coal 6 Oil Co.» — 149
generalizada. Nao se da combinagao
Okla. 140 299P 882-884.
quimica nas reagSes nucleares. e, assim.
N» 99 _ 0UTU5BD DE 1956 REVISTA DO I. B. B.
154 151
152
eu nao as classificaria, como «fogo».
Combustao, normalmente falando, e
(Professor Robley D. Evens, Depar-
uma reagao quimica, enquanto que a
tamento de Fisica).
«Nao creio que o processo de fissao
fissao nuclear envolve reagao nuclear. «Em todas as rea^oes quimicas, os
nudear, de proprio, possa ser dassificado como fogo. Creio que o termo
truidos. Quando uranio queima ao ar,
atomos sao rearrumados mas nao des-
«fogp», no sentido legal, deva envolver. OS atomos de uranio no metal sao cona reagao de um material com Oxigenio vertidos em atomos de uranio ligados
para pfoduzir a comljustao, acompa- com Oxigenio para produzir oxido de nhada pela emissao de luz visivel.
uranio e, na fissao nuclear o uranio
Nesta definicao do termo, embora a
sera literalmente destruido e nao re-
fissao nuclear possa produzir fogo, agrupado. Torna-se, pois, duvidoso se a fissao nuclear pode ser propriacomo sendo fogo.» (Deao George R. mente classificada como combustao. Harrison, Deao de Ciencias). «Quando dois peda^os adcquadamente dimensionados de material fissio«Caracterizar a fissao nuclear como navel, tal como o plutonio, sao vagaro«fogo» e completamente erroneo. ela propria nao podera ser considerada
^Vebster define «fogo» como o prin-
samente aproximados em uma atmos-
cip'o de combustSo que se manifesta fera de Helio, sera alcangado um p"6nto"
com luz e calor, especialmente chamas. .em que pode dar-se uma reagao nuclear
A fissao nuclear nao envolve combustao (rea;ao com Oxigenio) e, salvo em circunstancias anormais, nao produz
que se sustenta a si propria e a qual emitira calor, nao, porem, luz. Se a rea?ao for conduzida a uma taxa mais
chamas.» (Professor Manson Benedict, elevada, maior sera o calor emitido. Departamento de Engenharia Qui- juntamente com alguma luz (sendo a luz devida a efeitos da radia^ap nuclear mica). Para confirmar, darei a seguir a sobre o Helio). A taxas ainda mais altas de rea^ao. opiniao de um homem conhecedor da questao;
153
(Eu nao recomendaria esta opetaqao estes seriam extremamente raqueimarla de modo normal e conti- porque dioativos).^ (Mr, Dan F. Hayes. nuaria a queimar indiferente ao fato Chefe da Seqao de Seguranqa & Ptode ser a reaqao nuclear paralizada ou teqao contra incendio da CEA).
ate a sua temperatura de igniqao e ai
continuada.
Evidentemente estamos diante de duas reaqoes diferentes. Se os oxidos
de plutonio Eormados pela combustao
A reafao nuclear nao e fogo!... Essas opini5es, dadas por peritos de
forem adequadamente preparados, sera
nomeada, dao o mais forte apoio a tese
possivel dar inicio, novamente. a outra de que uma rcaqao nuclear nao e um reapao nuclear que se sustenta a si «fogo» c de que os danos resultantes propria 1 Parece. pois. evidente que a da mesma nao estao cobcrtos pela combustao e as reagoes nucleates per- apolice-padrao de seguro-incendio. tencem a clubes diferentes.
Diante dos yotos desscs peritos de
«No que ficou dito parece claro que que «fogo» e reaqao nuclear sao subs— a reaqao nuclear nao pode ser classi tancialmente diferentes, vamos proficada como fogo e que, ambos, o fogo curar na jurisprudencia como os juizes e a fissao, podem ocorter simultanea- interpretaram o termo «fogo» nos casos mente.
£ste foi o nosso raciocinio.
passados. Os casos se apresentam em
«As reaqoes nucleates podem emitil
maioria absolute exigindo que o «fogo»
seja estritamente configurado. Um dos a igniqao de substancias combustlveis compendios legais mais autorizados em
calor a uma taxa suficiente para causar
a distancias remotas, como e o caso
das bombas atomicas.
Mas, dizer-se
seguros comeqa por declarar:
«Dano por fogo significa o resul-
que o calor gerado pela reaqao nuclear tado da igniqao da propriedade segue um fogo e, obviamente, tao improprio
rada ou de alguma substancia proxima
as pe^as metalicas de plutonio serao
como dizer que o calor de um ferro a ela», e cita sete casos em seu apoio. eletrico ou de uma lampada infra- (V. Richards on Insurance, 5.® ediqao.
aquecidas ate a incandescencia e po-
verraelha e, em si, um fogo.
vol. 3, S. 504).
«Aqui na CEA surge uma sdie de derao mesmo fundir-se. A simples casos-limites em que se torna desejavel fundipao do plutonio nao provocara.
fusao, plutonio ou uranio, podem ser
exatamente um fogo, embora isto nao taxa de reagao nuclear. Se existirem a fara legal, necessariamente. Esco- condipoes fisicas apropriadas, e conce-
nados com Oxigenio, portanto atendendo a definiqao acima, e, no entanto,
unicamente por calor, sem chama ou
bivel mesmo que a reapao nuclear
ainda servirem para a fissao. A pri-
meira pilha de Chicago (1942) foi
casos. (V. ibidem).
continue ainda quando a evolugao de calor se fizer suficiente para a vola-
estabelecer uma definigao do que e necessariamente, nenhuma alteracao na
Ihemos a que diz; Fogo e uma com
bustao que se sustenta a si prdpria, acompanhada de calor, luz c, na maioria dos casos. de fuma^a.
Ora, uma rea^ao nuclear que se sustem a si prdpria, obviamente satisfaz
tais exigencias. exceto que nao tem necessidade de emitir, e frequentemente nao emite, nem luz, nem fuma^a.
«Ademais, para aumentar a con-
A mesma obra diz. tambem:
<i:Tambem
nao estao cobertos os
queimados completamente, i.e. combi- danos de qualquer extensao causados
constituida em grande parte por oxidos
sem braza», com referencia a cinco
A posiqao generalizada das Cortes foi hem sumariada em O Connor vs.
Helio for substituido pelo Oxigenio.
de uranio (que sao «cinzas» de um fogo comura). Tambem, podereis tomar algumas
pcrmanecendo todas as demais con-
das chamadas «cinzas» de plutonio ou
dipoes sem alteragao. seria alcangado
de uranio remanescentes de uma com-
um ponto em que o metal se aqueceria
pleta fissao e oxigeniza-las, produzindo
passagem da apolice «perdas ou danos
um fogo, com luz. calor e fumaqa.
diretamente causados por fogo» e leva
tiliza^ao do plutonio.
«Agora, se, no exemplo acima, o
Queen Ins. Co. (140 Wis. 388, 122 NW 1.038) com as seguintes palavras:
«A situaqao envolve a construqao da
N» 99 - OUTUBRO DE I9S6 REVISTA DO I. R. B.
155
157
158
das testemunhas no inquerito, nao produz «chama ou brasa».
uma rea^ao quimica de grande vio-
156
a coDsiderar do que seja «fogo. „a acep?ao da apoJice.
Nenhuma limi- «fog,o», tal como a palavra e usada e
ta?ao foi feita a paJavra «fogos pela
redacao da apolice, mas ja foi dito que OS «contratos de seguro devam ser
mterpretados de acordo com o sentido
conhecida pelo publico em geral. Fogo e sempre causado por combus tao. porem, combustao nem sempre causa fogo. A expressao «espontanea»
e significado dos termos usados pelas se refere a or.'gem da combustao; signipartes:-«. se estes forem daros e sem f'ca 0 desenvolvimento interno de calor ambiguidade, devem ser tornados e sem a acao de agente externo. Com entendidos em .seu sentido proprio, bustao, ou combustao espontanea pode simples e ordinario !» tornar-se tao rapida de modo a produzir fogo, mas, enquanto assim nao Isto se alinha com a distingao geral
iizer, a combustao nao pode ser consiestabelecida pela Corte eritre fogos rada fogo. «Fogo», no Century Dictio«am.gos» e «hostis», o que se ba~se^a no entendimento das Cortes da intengao naiy. e definido como scndo; «o calor das psHes p„a„do a apolice foi e„i- ou Juz visivel desenvolvidos pela agao
t'da. Vale a pena notar que esta e uma de uma alta temperatura sobre certos
das poucas ocasioes em que as Cortes corpos que. em conseqiiencia, sao-^eno^ admitmam uma possivcl ambiguidade minados inflamaveis ou cambustiveis». " em favor dos seguradores, ,a que sen- ■ No Webster s Dictionary, «fogo» e fram que. assim fazendo. estao executandq a inten?ao das partes. Combustao espontinea -^nrncteristico e o caso
definido como a «evolugao de luz e caJor na combustao de corpos». Nao sc pode achar defini?ao alguma de -fogo» que nao inclua a ideia de calor
ou luz visivel, e este e. tambem. o
Co. us. sentido popular dado a palavra. A decomposicao lenta de materia animal ou negada a recuperagao per apolice vegetal ao ar e causada por combustao de fogo por danos causados a la por T
Combustao e o que mantem o calor combustao espontanea com fumaga e animal nos corpos vivos; e o que causa
-si CC A, I.
Se o passudo serve de guia, os segu
«Ja que uma explosao e uma ideia
radores podem ter uma razoavel segu-
de grau, a significaqao da palavra, em
ran^a de que os danos devidos unicamente a reagao nuclear nao tern recupe-
por um qualquer padrao fixo de medida
ragao pela apolice-padrao de seguro contra fogo.
Lima situagao de algum modo scmeIhante e aprcsentada pela cobertura de cxplosao concedida atualmente por meio de endosso a apolice-padrao de seguro contra fogo.
Nao se trata de cobertura regulamentar e seria posslvel aos seguradores introduzir qualquer alteragao no texto que achassem necessaria, sem neccssi-
dadc de legisla^ao.
A cobertura e concedida para qual quer dano diretamente sofrido pela propriedade e causado per explosao e as exclusoes aplicaveis a cobertur.u de
explosao nao permitiriam negac a responsabilidade se a explosao for devida
qualquer caso, deve ser apurada nao cxata, mas sim pela experiencia comum
dos homens em assuntos dessa especie. A palavra deve ser entcndida no sen
tido popular tal como a compreende o comum dos homens.
«Explosao significa uma fratura ou quebra subita e vlolenta causada por uma forQa interna e acompanhada por uma expansao subita c violenta de ar e um ruldo agudo ou cstrondo.
Meus Senhores, dou-lhes varias de-
finigoes diferentes de «explosao». Diz o Webster's; «explosao e definida como sendo o ato de explodir: detcnagao; umu fratura ou expansao vio
lenta. com ruldo, em seguida a subita produqao de uma grande pressao, como e 0 caso de explosivos, ou um subito
Uma reapao c.t6mica descontrolada. ela propria, seria considerada uma
«Embora uma explosao possa ser causada por combustao, esta pode nao
explosao ?
ser a unica causa da ccorrencia.
vores. antes saudaveis, quando tom-
A resposta, indiscutlvelmente, dependera das circunstancias que cercarem
plosoes podem ocorrer por f6r?a da produ^ao, expansao e conseqiiente
ate reverterem a terra-mae.
o incidcnte. Tera que haver uma especie de ruptura ou quebra do reator
ignigao ou combustao.® (8)
e ainda combustao o que promove o aquecida a ponto de emitir apodrecimento' e fenecimento das ar-
rtH
caso em foco:
Temos, pois, uma segunda questao:
«edas; e o que faz o feno nas pilhas «Podc ser concebido que a la na e nos celeiros aquecer e decompor-seocasmo mencionada, ficou submeria e <^oncebido que
havido em ou acerca dessa la qualquer calor ou luz visivel.®
apresentada. As seguintes instrugoes dadas por urn juiz e raantidas cm grau de recurso se aproxima bastantc ao
cscapamento de pressao, como e o caso quando cstoura uma caldeiras.
It atingida por o aquecimento do trigo no silo c nas nnia enchente. Disse a Corte:
f
Pelo exposto, parece evidente, sem contradi^ao, de, em tempo algum, ter
lencia, a questao podera muito bem ser
badas e abandonadas pelos anos afora, Todavia, jamais alguem se referiu a tais processes como sendo «foqo, E por que ? Porque esse processo de oxidafao e tao lento que. nas palavras
a uma reagao atomica descontrolada.
ou do seu continente para que a questao tenha cabimento.
Ex-
pressao dc vapor, tanto quanto por As recentes decisoes das Cortes mostram uma tendencia para esticar a
O derretimento de urn tube de elcmento-combustivel, por si so. nao sera
definigao de «explosao®.
Uma exce-
suficiente, porem se for seguida de
Co- vs. Atlas Assuranee Co. 131 F (2d) 770.
Kt 99 _ OUTUBRO DE 1956 BEVISTA DO I. R. B.
159
lente discussao, citando os casos re-
160.
cuito, o qua], por sua vez, danificou seriamente um gerador e outras ma-
161
A seguinte citagao do
Nestas condigoes, temos que contar
Nao se pode deterrainar por anteci- quinas. A Corte, sustentando que todo o dano era devido a «fogo»,
parecer de Cardozo esclarece direta-
com 3 possibilidade de serem cobrados
mente o problema:
OS danos por contaminagao radioativa,
estatuiu: «quando se diz que, como
desde que um fogo ou explosao tenha
trolada, estarao, ou nao, cobertos pela causa, deve ser procurada a causa cobertura de explpsao atualmente con- direta ou proxima, nao se pretende que cedida,,, o que dependera das circuns- deva ser necessariamente escolhida
«0 caso resume-se, pois, ao seguinte:
o fogo tern que alcangar a coisa segu rada, ou vit a tal proximidadc dela que
sido a causa proxima, Talvez devamos considerar quao seria podera set tal
OS danos, diretos ou indiretos, venham
contaminagao,
aquela causa ou aquele agente que
a cair no ambito da probabilidade ra
centes, consta em 28 A. L. R. 2 d 997. pa^ao se danos a propriedade, causa-
dos por uma rea^ao nuclear descon-
tancias de-cada incidente.
Extensao de cobertura
estiver mais proximo, no tempo ou no espa^o, das conseqiiencias...
Resoivido um problema, surge outro: A causa primaria pode ser a causa Ocorrendo um fogo ou urna explosao proxima de um desastre, embora possa em uma usina de forga nuclear'fe se. em consequenda, o reator fugir aos
atuar atraves de instrumentos sucessi-
controles, as companhias de seguro de vos, tal como um objeto preso na bens materials ficarao responsaveis, extremidade de uma corrente, que pode sob a apolice-padrao de seguro contra ser movido por uma for^a aplicada a fogo e o endosso usual de extensao outra extremidade... de cobertura, pelos danos dai resulNo caso vertente, a eletricidade foi tantes que vierem a sofrer a usina uma das for^as naturais — um agente atomica e as propriedades vizinhus ?
passivo atuando segundo as leis na
fiste case esta bem mais equilibrado turais — cuja existencia era conhecida Esta estabelecido que. pela doutrina quando foram emitidas as apolices de da causa proxima. as companhias podem seguro... O fogo atuou atraves de ser responsabilizadas por danos mate
agentes disperses no edificio (a atmos-
rials ainda que nao tenha havido fogo fera, a maquinaria metalica, eletricidade
na propriedade segurada. Corte apos e outros) e atuou precisamente da macorte tern sustentado que «as palavras neira que os reus teriam que esperar «causa diretu» (9) ordinariamente sao que atuasse se tivessem entendido intesmonimos da expressao juridica de gralmente a situa^ao e as leis aplicaveis «causa pr6xima», uma regra aplicavel as condi^oes existentes, forgou as maa causas que envolvem a formapao de
apolices de seguro.» (10)
quinas e causou serios danos. Nao interveio nenhuma causa atuando de
A decisao mais conhecida talvez, e a di Suprema Corte de Justiga de
fonte independente.»
Massachusetts, na causa Linn Gas 6
t,lectr. Co. vs. Meridian Ins. Co. (11).
Probabilidade razoavel
A posigao dos seguradores em se em que um fogo causou um curto-drdefenderem contra tais demandas de indenizagao sera, sem duvida, baseada sadoss. *■■■ O" diretamente cauna regra da probabilidade razoavel
(H) 158 Mass. 570, 33 N. E. 690.
expressa pelo Juiz Cardozo na causa
de Bird vs. St. Paul Fire & Marine
Ins. Co. (12).
162
Houve recentemente uma perda (em
So entao sera ele a causa
1951) envolvendo uma capsula menor
proxima. porque so entao poderemos supor que tenha estado nas cogitagoes
do que uma polegada contend© 3.74
do contrato.
bario.
zoavel.
grama de sal de radium e sulfato de
Esta capsula ou quebrou, fra-
Em ultima analise, portanto, e lulgo
turou ou explodiu, resultando dai a
nos pensamentos dos homens, ou na
perda de seu conteiido e a contami
vontade das partes contratantes, e nao apenas nos liames fisicos de uniao entre
nagao do laboratorio e locals adjacentes, A usina foi fechada por longo
eventos, o que resolve, pelo menos
tempo enquanto se procedia a sua des-
para o jurista, esta questao de causa-
contaminagao.
gao.
Foi reclamada uma soma de muitos
Em tudo isto nada ha de .anomalo.
milhares de dolares por perdas ma-
Tudo na natureza, por sua vez, e
teciais e de luctos cessantes, sob o
causa e e efeito.
fundament© de que a perda era devida a uma explosao coberta pelo endosso
Para o fisico uma
coisa pode ser a causa, para o jurista outra. Mesmo para o jurista a mesma causa e altcrnadamente causa proxima e causa remota, conforme as partes tenham escolhido ve-la.»
Em outros casos as Cortes tern le-
vado a regra da causa proxima a extremos, como no caso em que foi dado recuperagao, pela apolice de segui-o
contra fogo, de danos causados por
de extensao de cobertura.
Noutro caso em que foi derrubada e quebrada uma capsula de vidro con tend© 40.3 miligrama de sulfato de radio, gastou-se tres meses de dificil trabalho para limpar o edificio ate os responsaveis pela seguranga do pessoal se darem por satisfeitos.
inundagao, em virtude de os emprega-
Exclusao especi/ica
dos terem tido ordem de evacuar o
Confrontados com prejuizos dessa magnitude, multiplicados muitas vezes
predio devido a um fogo nas proximidades (13) . {12) (13)
224 N. Y. 47, 120 N. E. 86. Pricess Garment Co. vs. Firemen's
Fund Ins. Co., 115 Fed. 380.
pela possivel exposigao a contaminagao de uma vasta area, as companhias de seguros poderiam muito bem considerar
a redagao de uma exclusao a set in-
Ni- W - DUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.
164
163
cluida em suas.apoliccs-padrao, a qual
descontrolada.
definiria, claramente a sua inten?ao.
inicio, ha um grupo de estudos traba-
Tal exclusao negaria responsabili-
Ihando nessa questao e ha esperan^a.
dade por danos, diretos ou indiretos
Nao posso ter ,3 presun^ao de estar
ou pecdas rssultantes de rea^ao nuclear, terial radioativo de um reator nuclear.
falando por to'da a indiistria dos segucos contra fogo, mas a «Factory Mutuals», que represcnto, ja declarou
Poderiam tambem seguir a pratica
seu interesse em participar de qualquer
atual em rela^ao aos arcos voitaicos c
«pool» ou «pcols» industrials, organi-
incluir em suas apolices-padrao uma
zados para prover a prote^ao dos sc-
declara^ao de que uma reatjao nuclear,
guros para os operadores de usinas
em si, nao e um fogo ou.uma explosao
de forga nuclear ou instala^ao corre-
no sentido e nas inten^oes da apolice.
lata contra perda ou dano de qualquer
ou da descarga ou escapamento de ma
Tal exclusao ainda deixaria as com-
panhias com responsabilidade pelas perdas individuals por contaminaQao radioativa em usina, laboratdrio ou
Como ja se disse no,
ELEMENTOS SOBRE A ATIVIDADE SEGURADORA EM PORTUGAL E NO BRASIL
(Transcrito do «Boletim de Segarosy> da Inspegao-Getal de Credifo e Scguros, de Portugal —- n." 50 — 2." serie — 1954) Rui Jorge da Silva Ramos Pretende-sc neste estudo comparar a
atividade seguradora em Portugal e no Brasil, atraves de alguns dos seus in dices mais caracteristicos.
Para esse efcito, analisa-se primcira-
descarga ou escapamento descontro-
mentc, em relagao ao periodo 1940-
lado de energia atomica ou de produtos da fissao. Qualquer importancia se-
1952, a evolugao que tiveram nos dois
gurada necessitada em excesso da
escapamento de material radioativo, na
capacidade de tal «pool» industrial, podera ser assumida pelo Governo Federal como seguro de cxcesso.
qualidade de conseqiiencia direta de
ALGUNS
tipo que possa ser causado por uma
hospital que resultarem da descarga ou
166
165
paiscs as rcspectivas cartciras de pret'
mios, a sinistralidade e as comissoes em
percentagem de premios.
Estudam-se em seguida os resultados
CAPITULO I
PREMIOS, SINISTROS E COMISSOES
Ramo «V{da»
O ramo vida ja era 1940 ocupava uma posi^ao dcstacada na atividade
seguradora do Brasil. Naquele ano, a
Tais perdas sao perfeitamente segu-
O futuro da Era Atomica pode sec
industrials no seguro direto e liquidos
sua participagao qiianto a carteira de premios, no conjunto de todos os ramos,
raveis c podem ser absorvidas na estru-
radioso ou tempestuoso talvez seja
de resseguros, nos anos de 1950, 1951
foi de 36,8 por cento.
bom que nao possamos vcr demasiadamente para adiante. As companhias
c 1952.
respectiva percentagem de participa^ao
um risco segurado.
tura das taxas. Removeria, todavia, a possibilidade de uma catastrofe maci^a devida a um reator dcscontrolado, ainda que a • causa do acidente tenha
sido um risco segurado. O uso de tal exclusao e, evidentementc, recomendada com base no fato
de que as reclama^oes por tais contamina^oes poderao ser cobradas
do
operador do reator, o qual, por sua vez,
pode procurar seguro quer para os danos a sua propriedade quer a propriedade de outrem que possam sofrer danos em conseqiiencia de uma rea^ao
Wo 99 - OUTUBRO DE 1956
Finalmente, apresentam-se em rela-
Em Portugal a
nao exccdeu 20 por cento.
de seguro contra fogo deverao, e assim farao, olhar esse futuro com coragem e com compreensao tecnica dos perigos
?ao aos mesmos anos os respectivos
De cntao para ca, a expansao deslc
lucros liquidos e os clementos essenciais
ramo no Brasil foi consideravel ate
que traz em seu bojo. O seu grandc
que entraram na sua composi?ao.
service sera mais na prevemjao dos
danos do que em garantir .3 sua indeniza^ao.
Tambem isto farao nos li-
mites de seus recursos.
1950, ano em que o crescimento da
carteira de premios se aferiu pelo indice Os assuntos versados serao desen-
915, tomando como base o ano de 1940.
volvidos, separadamente, para cada um
e a sua participa(;ao na receita total
dos ramos principals {Vida, Acidentes
atingiu 44,2 por cento.
de Trabalho, Incendio, Automovel, Aci
O indice de
Insurance
dentes Pessoais e Transportes) e, em
News —■ Fire €1 Casualty Edition», vol. 56, n.° 6, outubro 1955, per Fre-
evolu^ao dos premios, em Portugal, foi no mesmo ano 251 e a respectiva parti-
conjunto, para os ramos reals e para
cipagao na receita total 16,9 per cento
derico Rossner.
todos OS ramos.
(Quadro n.® 1) .
Traduzido
de
«Best's
REVISTA DO I. B. B. •
167
168
Em 1951 deu-se um forte movimento
de resgates no Brasil, que fez descer substancialmente o nlvel da sua car-
169
No ritmo de crescimento da nossa carteira, notamos somente uma pausa,
As comissoes neste ramo, em percen- diferentcs nos dois paises como se tagem dos premios, nao tem sido muito observa no quadro seguinte:
de 1949 para 1950, que se traduziu, alias, num simples estacionamento de
Comissoes em percentagem dos premios
teira de premios: o respective indice baixou de 915 para 583. Em 1952 a
receita, devido tambem aos resgates
carteira retomou-o seu crescimento, mas
terem atingido entao uma cifra mais
ja num. ritmo mais suave.
avultada, embora ainda insignificante
A evoIu?^o do ramo Vida em Por
em compara^ao com o que se verificou
tugal tem sido mais lenta do que no Brasil, mas por outro lado tambem
no Brasil. As operagoes de resgate
1952
em 1951 absorveram, em Portugal,
nunca acusou as perturba^oes que se
apenas 7.4 por cento dos premios emitidos nesse ano e no Brasil a elevada
Pr6mios de scguros dircclos
{em coiitos)
iiidiec
53.408
1941 1942 1940 1944 1945
56.882
100 107
64.860 82.211 83.991
121 154 157
96.189
180
1946
107.284
1947 1948
117.731
201 220
1949
124.772 134.202
234 251
1950
134.174
251
195!
144.785 166.274
271 311
1952
1950
13,1
1951
13,4 13,1
11,0 16,2
15,3
forte no Brasil, o que e natural em
Em relagao ao ano que se tomou por face da grande expansao economica
QUA.DRO N.o I
base (1940), a evolugao da carteira de
deste pais no setor industrial.
Ramo «Vida»
premios neste ramo era em 1952, em
mente pelos indices 385 e 864 (Qua
Quanto a sinistralidade, verificamos que em Portugal, desde 1944, ela se raantem muito regular (42 a 43 por
dro n.« 2).
cento). So em 1952 se nota um desvio
Portugal e no Brasil, aferida respectivaBrasil Siiilstros de scguras difcctos
Prdtdios de scguros directos
Sinistros de seguros directos
Em percen
(em conlos) tagem dos (Cr.$ 1.000) prdmios
3940
Brasil
Ramo Addentes de Trabalho
percentagem de 43 por cento.
Porlugai Aiios
Portugal
Anos
iizeram sentir neste ultimo pSs-^^
170
9.907 10.532 14.385 15.181
Indice
1.51.530 170.606 184.057
113 121
18^4 17.8 24.3
217.3-31
14:;3
23.397 25.191 32.841 31.766 34.978
37.430 36,889 40.720
23.4 27.9 25.5
26,0 27,9 25,4
21,4
(Cr.5 1.000) tagem dos premios
18,5 18,5 '32,1 •
14.952
Em percen
100
279.818
185
356.824
839.063 1.386.858
235 281 332 481 65-1 915
382.997 1.023.592
583 676
426.021 503.399 728.973
3-4.743 39.175 39.882 47.223 54.448 62,672 81.360 97.962 107.249 204.175
185.850 185.626
235.853
22,9 21.6 21.7 19.4 17.5 19,0 19,4 14,7 24,H
0 R.visus do Io.ti.„,o
Quanto a sinistralidade, verifica-se mais intensos (1948 e 1950) isso reque ela foi maior no Brasil, no periodo de 1940 a 1944. mas a partir de 1945 sulta, nao de quaisquer perturbagoes
baixa do que a nossa. Os desvios, contudo, nao foram normalmente acen-
tuados, e se algumas vezes se revelam
na mortalidadc real, mas de terem sido entao mais destacados no Brasil os acrescimos da respectiva carteira dc premios.
tes de Trabalho tem sido assim mais
um pouco mais forte no sentido de agravamento.
QUADRO N,® 2
Ramo «Acidentes de trabalho» Portugal Aiios
13,4 21,0 23,0
As cifras de premios sao liquidas de anula95es e estomos
passou a set. sistcmaticaraente, mais
O desenvolvimento do ramo Aciden-
22,9
Us sinistros abrangem morte e vencimento
a. R.C°™ t'toj,
r- '
Brasil
Pi^mios de
Sinistros de
Primios de
seguros dirccios
seguros directos
seguros directos
(cm contos) |indice
Empercen(em contas) tagem dos (Cr.5 1.000)
1^
1940
49.632
1941 1942 1943 1944
64.404 64.860
100 110 131
78.745 0-4.775
191
1945 1946 1947 1048 1949 1950 1951 1952
110.517 127.892
154.325 170.472 176,429
171.241 174.538 191.017
fiidice
prdmios
1.59 223 258 311 343 355 315 352
385
19. 08 21.055
Sinistros dcseguros directos
Em percen (Cr.5 I-OOO) tagem dos pr4niio3
39,3 38,7 37,4
77.143
100
91.078 107.245
118 139 172 232 319 413
135.480
480 504
42.5
154.319 166.437
41.6
557 624
195.777 216.214 254.382 302,228
24.302 29.099 39.865 ■46,554
36,9
132.930
42,0 42,1
178.877
55.961
43,7
318.632
66.000 73.220
42,7
370.545
42,9
76.496
388.556 489.991
73.699
43,3 43,0
74.165
42,4
559.117
85.928
44,9
666.238
246.071
481.478
725 864
40.935 48.058 55.640 66.205 83.582 98.884
53,1 52.7 51.8
49,8 46.7 40,1
42.8 45,5 44.9 45,5 45,4
As cifrM de premios sao liquidas de anulagoes e estomos
<10 RessTguros do'^?as.l
I'l^pocfao de Seguros de Portugal e Revistas do Instituto
N» 94 — OUTUBRO-DE 1956 REVISTA DO 1. R. B.
171
172
173
174
No Brasil a sinistralidade, que em 1940 era bastante forte (53.1 por cento), foi decrescendo ate 1945, ano
dade com a percentagem de 45 por
flete, alem da sua natural expansao,
eram seguros pelas sociedades nacio--
cento, mantendo-se desta forma ligeira-
nao so as conseqiiencias da publicagao
nais, mas tambem a homologagao da
do Decreto n,° 30.690, de 27 de agosto
tarifa do ramo Incendio que, embora
de 1940, que conduziu a amplia^ao de
efetuada em 1937, so a partir de 1941
cobertura de riscos que outrora nao
raanifesta a sua eficacia.
mente superior a nossa.
em que atingiu o nivel de 40,1 por Posteriormente entrou numa
As comissoes no Brasil, em percenta gem de premios, tambem sac ligeira-
fase de crescimento, revelando nos
mente superiores as nossas como mostra
ultimos tres anos uma certa regulari-
o quadro seguinte.
cento.
QU.\DRO N." 3
Comissoes em percentagem dos premios Anos
Tortugsl
Brasil
1950
12,1
16,9
1951
12,7
17,1
1952
12,8
16,8
Ramo sincendios Brasil
Rorlugal
Anos
premios dc
Sinistros de
Prfmios de
Sinistros de
seguros dlrcctos
scg'.iro.s direcios
seguros directos
seguros directos
Empercett-
Empcrccii-
Ramo Incendio
premios do ramo Incendio teve no
Brasil uma expansao muito mais acentuada que em Portugal. Em 1952, enquanto o Indice de evo-
lu9ao de premios era no nosso pais 388,
no Brasil foi 978, isto e, quase tres vezes mais elevado (Quadro n.° 3).
No conjunto dos ramos reais, e ainda
liidicc
57.388 65.158
100 115 138 165 194
(cni contos) tapeni dos (Cr. Sl-000) pivniios
indice
18.747
32,7
121.275
100
32.915
27,1
13.294
;k),o
147.908
123
34.394
142 198 256
31.872 52.971 77.117
23,2 18,4 22,1
312 370
102.859
57,7 por cento. Em 1940 aquelas per 1940
No periodo 1940-1952 a carteira de
(em coiilDs)
centagens haviam sido.36,6 por cento
1941
1942
79.719
e 67 por cento, respectivamente, para
1943
194G
91.538 111.286 126.499 140.265
1947
164.512
1948
175.792 186.798 196.104 20G.357 222.398
1944
OS dois paises.
1945
Quer dizer: nao obstante ser mais
destacada no Brasil a participa^ao do ramo Incendio, o desenvolvimento mais rapido dos outros ramos (Automovel, Acidentes
Pessoais,
Transportes
e
outros) tem limitado um pouco a sua
1910 1950 1951 1952
220 244 287 .306 326 342
360 388
21.408
26,9
172.711
34.089
239.663 310.942
59.13,3
36,1 39,9 42,7 41,6 47,8 33,6
515.124 566 50.5
50.562
30.2
673.170
42.042 41.429
21,4 20,0
717.127
57.929
26,0
44.394
53.975 58.396 78.683
898.579 1.186.223
As cifras tie premios sao liquidas de anula^oes c estomos
425 467 555 591
145.552 168.765
27.1 32,4 32,7
202.799
35,7
151.653
22,5
15o.93.1
21.4
741
227.6.51
978
273.520
fo'-' 23,0
_ ,
,
Fonte: Boletins do Seguros da Inspoc^ao dc Seguros de Portugal e Rcvjstas do Institutr>
de Rcsseguros do Brasi!
Portugal atravessou um periodo de
importancia melhorou ligeiramente, pois
Quanto a sinistralidade, ela foi em Portugal, nos ultimos tres anos, a mais
grande sinistralidade entre 1943 e 1947. De entao para ca ela tem-se mostrado
Em Portugal, pelo contrario, a sua
cipa^ao deste ramo tem sido tambem
mais favoravel no Brasil, o que e de considerar se atendermos a que e no
que muito embora o ramo Automovel
baixa do periodo considerado, embora
tenha experimentado um desenvolvi
em 1952 se tivesse elevado ligeiramente.
ramo Incendio que sao normalmente
mento mais rapido desde 1947, o ramo
No Brasil a sinistralidade, no mesmo
mais compensadores os resultados in
Transportes (maritimo), que teve no
dustrials.
periodo da guerra um grande incre-
periodo, nao anda tambem longe da nossa. Nesse pais e desde 1940, a si
mento, entrou posteriormente num re
nistralidade mais alta verificou-se em
gime de normalidade.
1949 (35,7 por cento). Em Portugal
premios no conjunto dos ramos reais
448.227
24,8
posigao.
quanto a carteira de premios, a parti-
As percentagens de participa^ao de
378.868
(Cr.S l-OOO) lageiti dos prdmlos
foram em 1952, para Portugal e Brasil,
fi conveniente assinalar que a car
respectivamente de 39,2 por cento e
teira portuguesa a partir de 1940 re-
bastante favoravel, aprcsentando em
1951 o seu nivel mais baixo (20 por cento).
O Brasil tambem atravessou, embora de maneira mais suave, um periodo de
chegou a atingir 47,8 por cento em 1947 e nos dois anos anteriores a estc
manteve-se acima de 40 por cento.
sinistralidade crescente entre 1944 e 1948. Atualmente mantem-se tambem
N» 59.- OUTUeRO DE I95f. REVISTA DO I. R. B.
175
176
bastante favoravel e em nivel aproxi-
177
178
Contudo, a evolu^ao das duas car
tarifarios nos tiscos cboque e responsa-
Vejamos agara as comissoes neste
jnado da nossa.
i - aos ultimos tres anos: ramo, em rela?ao
Comissoes em percentagem dos premios
teiras apresenta alguns aspectos semeIhantes.' Assim, em 1942 e 1943 re-
O incremento deste ramo no Brasil,
fletem qualquer delas as restrigoes im-
nos ultimos dois anos considerados, foi
postas pela guerra ao- transito de
devido nao so ao fato de o Instituto
Anos
Porlugal
1950
17,0
28,6
1951
17,5
28,1
veiculos. Posteriormente, a rapida ele-
de Resseguros ter iniciado so entio as
1952
17,5
27,5
va^ao dos indices indica a normalizagao
suas opera^oes no ramo Automovel, o
Brasil
\
As comissSes em percentagem dos neste ramo operou-se muito mais rapipremios sao, como se verifica, sensi-
velmente mais baixas em Portugal.
damente no Brasil do que em Portugal. Em 1952, com efeito, o indice da evo-
Ramo Automovel
lu$ao dos premios, com base no~ ano
No period© que estudamos, o enri- de 1940. era em Portugal 586 e no quedmento das carteiras de premios Brasil 2.267 (Quadro n.** 4)
da situagao quanto a circula?ao de, que determinou nas seguradoras diretas condigoes de garantia e facilidade que veiculos e as importa?6es maci?as de estimularam a produgao, mas tambem novos carros que a reconversao indus
pelo agravamento de taxas das tarifas
trial no pos-guerra, foi permitindo.
e ampliagao obrlgatoria do pcrlmetro
O Crescimento da carteira de premios nem sempre nos da a medida exata de
Ramo «Autom6vel»
(cm contosj
li)dicc
Siiiislros de scguros direclos
(em coiiios)
Prdmios de segui'os direclos
seguros direclos
(Cr.$ 1.000)
liidice
(Cr-S I.OOO)
percentagens de aumento do niimero
e, nos ultimos tres anos, sistematica-
de apolices emitidas.
mente mais forte em Portugal.
Assim sucedeu
1941
1942 1943 1914 1945 1946 1947
1948
1949 1950 1951
1952
21.630 22.951 15.911
19.041 21.966 28.409
J 1.673
54.0
12.111 7.504 8.952
62.8
11.669
47.1 46,7
12.668
10.576 12.760 9.074 .8.580 12.065
44.6
21.734
19.773
53.0 66,5 63.1 61.9 60.7 62,0 62,0
115 13] 190
90.747
219 420
99.611 105.533
45.864 57.340
460
60.655 64.160
40.999 68.944
116.098 126.845
488 537
586
* Resseguros do Braidl ®
72.024
78.684
47,2
100 121 86 81 114
37.825
187 358
63.236 90.474
598
93.924 116.724 180.607 239.788
855 888
1.104 1.708 2.267
em Portugal a partir de 1946, ano em
Ja quanto a comissoes. medidas em
que a carteira de premios do ramo
percentagem de premios, a nossa po-
Automovel coraegou a ser influenciada
si?ao e mais favoravel como o quadro
no seu crescimento pelos agravamentos
seguinte evidencia.
Emperccii tagcm dos
priimios
1940
Quanto a sinistralidade, ela tern side
Siiiistros dc
Em pcrccrt lagem dos pi'iimios
geiros e particulares.
expansao do respective ramo, que po-
lirasil scguros directos
dos seguros de automoveis de passa-
derlamos aferir com mais rigor pelas sempre bastante elevada nos dois paises
QUAURO N.« 4
Premios de
bilidade civil.
4.808 6.146 4.805 3.639 5.160 8.170
19.472 34.920 54 287 58.881 63.048 94.586 137.429
55,4 48.1 52,9 42,4
42,7 41.3 51.4 55.2 60,0 62,6 54,0 62.3
57,3
^ hisp^cqao de Seguros de Portugal e Revlstas do Institute
Comissoes em percentagem dos premios Anos
Portugal
Brasil
1960
17,4
1951
17,6
23,3 22,5
1952
17,6
23,3
(Continaa) N» » - OUTUBRO DE 1956 REVI.STA DO I. R,B.
179
182
81
180
da Tarifa de Seguro-Incendio do Brasil fario questionado decorrendo dos varies conceitos de e.v3lor» a estranbeza do e dispositivos legais citados.
Consultorio Tecnico A.^inBlidede desta segao 6 atender ds consuUas sobre assunCos referentes ao seguro em geral^ Para rcsponder a cada pevgunta sSo convidados ticnicos especializadoa no
Dispoe o art. 1.462 do Codigo Civil esclarecido e estudioso Consulente. que o segurador esta obrigado a pagar E, tanto e esse o verdadeiro akance o valor total da apolice quango ao do preceito do C6digo Civil a que se objeto do contrato se der valor deter- refere o Consulente, que o Supremo
auunta, nao so do Inatifufo do Ressegvros do Brasll, mas lambent estranhos aos
minado e o seguro se fizer por este
(psadros.
valor». Ora, sendo as taxas constantes
As solufoes aqui apresentadas representam apcnas a opiniSo pessoal dc seus expositores, pot isso qae os casos concrelos submetidos & apreciafao do I.R.B. sao encami-
nhados aos seus orgSos competentes, cabendo ressaltar o Conselho Ticnico, cujaa decisdea
Tribunal Federal ja proclamou que:
da Tarifa calculadas para composi?ao
«Para efeito de indenizasao consi-
dos «prejuizos devidamente compro-
dera-se o valor que tinbam os objetos
A correspondincia deveta ser enderegada a revista do i.r.b., Avenida Marechal
vados em caso de sinistro», muito ne-
no momento do sinistro, sem aten^ao
Camara n.' 171 — Rio de Janeiro, podendo o consulente indicar pseudonimo para a
cessaria e a cautela de se esclarecer
ao que podiam ter ao tempo da assina-
sao tomadas pot maioria de ootos. Estas colanas ficam ainda a disposifSo dos leitorcs qae poderao, no caso de discoedarem da resposta, expor sua opiniSo s6br& a materia. resposfa.
que «nao c permitido a emissao de tura da apolice, quer esse valor tenha apolices que impliquem em previa de- aumentado ou diminuido. Ao segu WALDEMAR P. RABELLO (RIO) — ^Leva-me a consaltar VV. SS. sc o disposto no artigo 19, item 4 da TSIB — Publicagao n.° 49 do I.R.B. ~ quc proi'&e; «... a cmissSo de apoliccs qae impliqucm
em previa delerminagao do valor do objeto
termina^ao do valor do objeto segu-
rado cabe provar o dano e o valor dos
Ainda. o artigo 1.438 do Codigo Civil diz;
rado», para se caracterizar precisa-
«Se o valor do seguro exceder o da coisa...s
mente nao ser o risco assumido o cor-
objetos do contr-ato. O valoc dado na apolice naO obriga as partes. (Re
previa avaliagao do valor do objeto sepuro —
respondente a apolice avaliada regida
vista Forense, vol. XXXVII, pag. 342).
satisjazer as condigoes citadas ?
pelo art. 1.462 citado.
Como podera o segurado — se nao [izer
Por outro lado, regendo-se entre
valho Santos, comentando o art. 1.434
sala de ratcio exige tambem. a consignagSo
n6s o contrato de seguros pelas clau-
do valor da coisa segtirada qaando diz:
sulas que «nao contrariam dispositivos
do Codigo Civil (Codigo Civil Interpretado, 2." cdigao, vol. XIX, n.** 2.
sepurado...»
contrafo essc valor ?
pode sabsistir em face do quc determina o artigo 1.434 do Cddi'po Civil Brasileiro quc diz:
tA apolice consignara.... o valor do objeto do sepuro...»
Parece-me qae o item 4 do artigo 19 da
TSIB nao esta correto. Sua redagao conjlita com o qae defcrmina o Codigo Civil c n3c<
No mesmo sentido e a ligao de Car-
E como satis[az6-las se nao (izer consfar do Por outro lado, a propn'a redagao da claa-
«o segurado sera cossegurador da diferenga
pag. 263);
e esta sajeifo a respons.-ifci'/i'c/adc proparcional
lcgais» (C6digo Civil art. 1.435) e
qae Ihc eouber...»
estabelecendo o art. 1.460 que «quando
«... qaando o valor dos bens scgurados (or superior ao daquele pelo qual e [cito o segaro.»
a apolice limitar ou particularizar os
«Convem notar, todavia, que esse
valor podera veriar, nao obstante ter
Sobre o assunto, e a seguinte a opiniao
riscos do seguro, nao respondera por
sido convencionado pelas partes, de forma que nao sera decisivo para
do Dr. Jose Solero Filho, Procuradoc
outros o segurador», admitindo o
efeitos da indeniza?ao o valor que^
*N&o se pode asseguear uma coisa por mais
do I.R.B.
pr6prio art. 1.462 a emissao de apo
consfa da apolice. sempre que se trate
do qae valha ou pelo sea tado mais de uma
A consulta versa sobre contradiijao
lices
«avaliadas»
de coisas susceptiveis de desvalori-
(«QUANDO»). licito e o dispositivo tari-
zagao, como predios, maquinas, etc.».
pode sufcsisi'ir confra elc.
Alem do mais. o artigo 1.437 do Codigo Civil esclarece;
vczs.
'
que
nao
sejam
que se quer ver entre o item 4 do art. 19
N* 9)-. OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO i. S. B'.
183
Boletim do I. R. B. ^ linaltdede principal 6 a deS 5^^ cLr T ^ "'f Wer.0. po«am l^iUtar e oricntar a re.ofefao dLlSl f . T \
e faridica. rccomendagoca. ccmselhos e e:cplicacsls aul nZ d '° como ^indicagao das novas portarias a circuLes cL T !" "'■'-"'a'"- bem ticias d'e-<aratet geral. '
ctrculares,, com a ementa da cada uma. e autras no
RAMO INCfiNDIO
de protegao rfpresenta diminuigao das
Melhoria dos Corpos de Bombeiros
taxas de seguros.
Tendo em vista a grande conceritraSao de riquezas na cidade de Paranagua. representadas pelos depositos de
Dessa forma, reunidos os segurado res, representadas pelo Presidente do
menos, dois hidrantes na frente de cada armazem de cafe. Os maiores
A ddade de Paranagua possui urn no caso, eram os propriePosto de Corpo de Bombeiros. cuja interessados. tarios dos armazens de cafe, que se aparelhagem deixa a desejur. Per obngaram as condigoes estabelecidas oulro lado. embora a ddade seja farta^^^jfecida de agua. quase nao mediante a rcdugao nas taxas de se-
exJstem hidrantes.
guros. •
Em^ outras'cidades sera tentada a A D.I.Lc. procurou soludonar o solugao obtida para Paranagua e gue, problema que se deparava da melhoria as cond.goes de protegao. de forma
se concretizada,
Manual Incendio
principalmente nos
•bjetiva e imediata. Os proprietaries grandes centres de concentragao de trara enormes vantagens. dos armazens de cafe da cidade tinham. riquezas. quer sob o ponto de vist.:i da economia
como OS seguradores, um grande interesse no assunto. de vez que a melhoria particular, quer sob o prisma do interesse do segurador.
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«Arf. 6." — Localizagao
A nova edigao do Manual Incendio,
1 •—■ Para efeito de aplicagao de
Publicagao n.° 62. do I.R.B., ja se
taxas de premies, os riscos se dividem
encontra a disposigao das sociedades.
em quatro classes de localizagao, a
Tendo em vista a necessidade de
alteragoes periodicas, foi .ele impresso em folhas soltus, a fim de lacilitar a substituigao das mesmas.
saber: 1.1 — Classe 1 — Cidades de Belo
Horizonte, Porto Alcgre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador. Santos e Sao Paulo.
Riscos Vultosos — Tipos de Construgao nao previstos
Sindicato do Estado e do Presidente cafe, a Presidencia do I.R.B. tragou da Comissao Tecnica do Sindicato das diretnzes objetivas para a consecugao Empresas de Seguros Privados e Capidos objetivos desejados pelos segura- tahzagao, os proprietaries dos armazens dores de forma geral. qual seja a da de cafe e tecnicos do I.R.B., foi o existenda de melhores meios de pro- problema exposto- a todos os interessategao para os riscos assumidos. dos e apresentada a formula para a Aquelas diretrizes. em linhas gerais solugao do problema, que consistia na podem ser traduzidas pela observagao doagao ao Corpo de Bombeiros de direta do que existe, pela verificagao carro bomba. mangueiras, conexoes. o ^aJta e das medidas que devem ser tomadas para suprir a deficiencia etc., e ainda na instalagao de. pelo constatada.
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na T.S.I.B.
Sobrc 0 assunto constante das cir
culates 877, de 23 de maio de 1956.
e 1.325, de 6 de agosto de 1956, o Conselho Tccnico, face as ponderagoes feitas pelo Presidente do I.R.B, , e considerando que a concessao de descontos nao previstos na regulamentagao do art, 16 da T.S.I.B. deve ser sub-
metida a sua apreciagao, para aprovagao, ad-referendum do D.N.S.P.C., resolveu revogar o disposto nas duas circulates aciraa mencionadas, no to-
cante a concessao de descontos pelo
Departamento Tccnico.
1.2 — Classe
2
—
Cidades
de
Belem, Campinas, Curitiba, Fortalcza, Niteroi, Ribeirao Preto, Sao Caetano
do Sul, Sao Bernardo do Campo, Sao Vicente e Santo Andre. 1.3 — Classe 3 — Cidades de Ara-
caju, Blumenau, Campina Grande. Campos, Caxias do Sul, Cubatao. Cuiaba, Goiania, Guaruja, Guarulhos, Joao Pessoa, Joinville, Juiz de Fora, Jundiai. Maccio, Manaus, Natal, Pa ranagua, Pelotas, Petropolis. Rio Gran de, Sao Luiz, Terezina e Vitoria.
1.4 — Classe 4 — Demais cidades, vilas e localidades.»
Para as cidades. vilas ou localidades que nao possuam meios proprios de
combate a incendio, mas que possam Classe de Lacalizagao Depois de demorados estudos sobre o importantissimo assunto, nos quais
foram abordados diversos problemas sobre a classificagao das cidades c apreciadas as colaboragoes recebidas atraves os Sindicatos regionais e Fe-
deragao Nacional das Empresas de
ser
socorridas
por
corporagoes
de
bombeiros de cidades vizinhas, sendo faceis as vias de acesso, a classe de localizagao podera ser melhorada, de-
pendendo de solicitagao acs orgaos competcntes. nas quais seja cabalmente
comprovada laquela possibilidade. Garantias Prouisdnas
Seguros Privados e Capitalizagao, o Conselho Tecnico do I.R.B. aprovon
O estudo do art. 21 — Garantias
a rcdagao seguinte para o art. 6.° da
Provisorias — esta em fase final.
T.S.I.B., tendo tal resolugao sido
O processo ja conta com o parecer dos
encaminhada ao D.N.S.P.C. para
orgaos de classe das seguradoras. da
decisao final.
Comissao Permanente de Incendio e
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Lucres Cessantes e da Comfssao que, em virtude de algumas nao apreCentral de Tarifas. Brevemente, sera sentarem os pedidos de confecgao de
agosto de 1956 — Dando conhecimento
submetido ao D.N.S.P.C. Com a aprovagao da nova reda?ao vita ser
Circular T.S.I.B. 17/56, de 28 dc
T.R.I. devidamente instruidos e dei-
interSs^es do segurado e segurador. Tsrifagao Ptogr^sswa
Tambem o art. 12 da T.S.I.B.
deverasofrer alterable. Com base nos estudos feitos pelos Sindicatos Regionais e Federagao, o I.R.B. ja. tem elaborado urn anteprojeto que, no raomento, esta sendo apreciado peJos drgaos superiores.
Rscuperagoes de Sinistcos
na
Circular LC-01156. de 4 de setembto
T.S.I.B. OS arts. 5.® e 8.", conforme redagao que menciona.
de 1956 — Comunicando as sociedades
qiientemente retirado do R.P.T.R.I..
Orcidac T.S.I.B. 18/56, de 28 de
termos das Portarias ns. 23 e 37 do
fazendo-se constar desse formuiario as
agosto dc 1956 — Dando conhecimento
D.N.S.P.C., resolveu
razoes de sua retirada.
as sociedades da Portaria n.® 41, de
Circular T.S.I.B. 14/56, de 31 dc julho dc 1956 — Dando conhecimento
10 de agosto dc 1956, do Diretor Geral do D.N.S.P.C., que aprova as alteragoes que menciona, nas Clausulas 304
Normas Lucros Cessantes os subitens 1 .1 e 1.2 na Clausula 6." e 1.1 na
do
fatoria aquela reclamagao, o pedido
as sociedades da Portaria n.° 35 de
4 de julho de 1956, do Diretor Geral do D.N.S.P.C., que aprova a alteracao na T.S.I.B., da Clausula 223
• '-m ■ ii'U
Valor de novo em maquinismo, -e acrescenta, naquela Tarifa. ,as Clau-
e utensilios, e 225 - Valor dc novo com alguma demora. principalmente no em maquinismo, moveis e utensilios. caso da existencia de sociedade lider conforme redagao que faz acompanhar recuperagoes de sinistros eram feitas
niodificou o criterio de recuperagoes! em anexo. possibilitando grandemente a rapides Circular T.S.I.B. 15/56, de 2 de de que se ressentia tal fase de trabalho. yostode 1956-Dando conhecimento Agora, verificando a viabilidade de as sociedades da Portaria n.° 38 dc tal servigo ser mecanizado, a D I L c 23 de julho de 1956, do Diretor Geral colaboratao com ' a do D.N.S.P.C., que incluiu a urn piano mecanizado que admmistrativa para o I.R.B. e sequradoras. facilitando a conferencia dos
outubrooM.R.I.D.S.I. ,a seja me-
o art. 16 da T S T R
Circular 1-05/56 dc 5^
.
incluir
nas
Clausula 20.'', referentes a limites de
aceitagao em Riscos Vuitosos e em
gosas —,da Tarifa de Seguro Incendio do Brasil.
ciona.
Circular T.3.1.B.-19/56, de 30 de agosto de 1956 — Dando conhecimento as sociedades, da Portaria n.® 39, de 7 de agosto de 1956, do Diretor Geral
RAMO TRANSPORTES E
do D.N.S.P.C., que
altera, na
T S I B , a Rubrica 004 — Adubos,
%
que este Instituto, tendo em vista os
Seguros com a, Clausula de Devolugao dc Premio, conforme redagao que men
conforme redagao que menciona.
CASCOS
Carteira Transporte Circulares
Carfa-circular n.® 1.325, de 6 de
Carta-circular DTC/796, de 6 de
agosto de 1956 — Transmitindo as so
julho de 1956 — Capitulo III das I. Tp. — Instrucoes para preenchimento e rernessa dos formularios de cessao — Chamando a atengao para a remessa
ciedades diversos esclarecimentos refe-
rentes a supecvisao de riscos vuitosos,
conforme redagao que menciona.
c o preenchimento dos formulariots de
n. 192 — Eletricidade — da T.S.I.B.
1956, Diretor Geral camzado. Pr^viamente, as sociedades o if■ N.S.P.C.. quedotorna sem efeito reccberao as necessarias instrugoes parte do texto das «Norm.3s para consobre o assunto. c ssao de descontos^ a que se refere de 1956 — r agosto Comunicando as sociedades
altera
'"^nciona. na Rubrica
Circular T.S.I.B. 16/56, de 20 d. langamentos efetuados. £ p^oposito ^gostode 1956-Dando conhecimento a u.l.L.c. que no proximo mes de as sociedades da Portaria n ° 32 dc
Circulares
D.N.S.P.C., que
e 305 — Substancias ou materias peri-
A D.I.L.C., observando que as su as 224 — Valor de novo em moveis
Por certo, trara vantigens de ordem
Circulares
10 dc agosto de 1956, do Diretor Geral
sera considerado inexistente e conse-
\
mediante previa autorizagao do Insti tute.
as sociedades, da Portaria n.® 40, de
xarem de completa-Jos, mesmo depois preenchida uma lacuna existente na de reclamado por este Instituto, caso T.S.I.B., ja que os atuais dispositivos as sociedades nao dem resposta satis-
nao' atendem convenientemente ,aos
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cessao de resseguro e especialmente RAMO LUCROS CESSANTES
quanto a indicagao da taxa cobrada
Pcojeto de ApoUce, Especificagao, Pcoposta, Condifoes Gerais e Tarifa
remessa dos endossos, dos formula
nos seguros de embarques aereos, a
de Lucres Cessantes
Foi remetida as sociedades pela D.I.L.c. um exemplar do Projeto
ries em casos de cosseguro e sobre a numeragao dos C.E.T. avulsos.
D.T.C./865, de 16 de julho dc
1956 — Navies a .avisar — Averbagdes
D . aprovadas pela Portaria n,"-I21• .1. do B.. D.N.S.P.C e estabdece os criterios que menciona.
em referencia, que esta sendo subme
que OS elementos deste Projeto so
emitidas a partir de 1956 — Em estatistica levantada pelo I.R.B. verificou-se que o numero de averbagoes
cefcidf'Notl:"'"''' ™
poderao set aplicados aos seguros de Lucros Cessantes em casos especiais e
condutoc vem aumentando em proper-
tido ao D.N.S.P.C., e esclarecido
emitidas sem a declaragao do navio
N» 99 - OKTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R. B.
r
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denizagdes» — Procurando, com base do proprio seguro Transportes. Tra- na experiencia de 15 anos de opera-
tando-se de cobertura nao desejavel, goes, estabelecer condigbes que atensob o ponto de vista tecnico, para os dessem mclhor aos interesses dos seseguradores, impunham-se providencias gurados, facilitando-lhes a realizagao que viessem sustar esse aumento desu- do seguro, quer com base na fa'cura, sado de averbagoes chamadas de quer com base no prego local de em«navios a avisar®. barque ou de destino, e. por cutro lado,
A primeira providencia tomada pela aparelhando a D.L.S. com clementos
numa solicitagao as seguradoras de
descnvolver maiores esforgos no sentido de cvitar a emissao de tais aver-
necessaries a execugao do Irabalho que tem a seu cargo.
A circular I. Tp. 8/56, cancelando
bagoes e de obterem, denfcro do prazo a «Clausula de Valorizagao de Merca minimo possivel. junto aos se^rados, dorias® e o item «IX — Base da IndeOS nomes das embarcagoes em que nizagao® das Clausulas de I^isco de Roubo®, inclui nas I. Tp. novo item seguiram as mercadorias. Novas providencias serao tomadas estabelecendo o criterio que serri obserpara evitar. por parte dos proprios se- vado no calculo das indenizagoes, a gurados, o desinteresse demonstrado, partir dc 1 ° de agosto de 1956. em dar os indispensaveis avisos, coraunicando o nome das emb.nrcagoes cm que suas mercadorias foram embarcadas.
CARTEIRA CASCOS
Carta-cicculac D.T.C./867, de 18 Projeto de apolice padrao Cascos.
de jalho de 1956 - Tarifagao de
gens combinadas — Esclarecendo du-
vidas sobrc a taxa?ao dos seguros dc embarques de cabotagem combinadas com percurso fluvial tarifado, no Estado do Amazonas.
propostas, especificagao e concfifoes
Tarifa Cascos. Condigoes t^xas e clausulas
Concluindo os estudos que vinham sendo proccdidos atraves da C.P.T.C.
posteriormcnte, da Comissao Central Carta-drcular n." 1.435 de 16 de e, de Tarifa, o projeto em referencia foi ^96sto de 1956-Importagao de trigo em grao da Argentina e do Uruguai — encammhado a aprovagao do Depar-
Kevogando a carta-circular D.T.C,/
178. de 2 de mar^o de 1956 e estabelecendo novas condigoes para os se-
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Assim, dispoe o projeto de todas as
Cancelamenfo do seguro em virtade de mOrte nao cobecta pela apolice
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gao que nao corresponde ao aumento
carta-circular em refer§ncia, consiste
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tamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao.
O projeto em causa preve ,a concessao das garantias de perda total da mportado da Argentina e do Uruguai. embarcagao. reembolsos de despesas e
salvamento, avarias comum e particular,
rcsponsabilidade civil por abalroagao, de 1936 — J^euoga^ao da'''' ^Clausuh dfiS"'' » * de bem como as coberturas de desembolso
Valoruagao de Mercadorias.. nas I. Jp; do Item <,205 Qalculo das in- e de responsabilidades excedentes. negligencia, barataria, guerra e grevi.
garantias.requisitadas pelos armadores para uma perfeita e completa cober tura de suas embarcagoes.
O assunto esta merecendo exame,
devendo a resolugao respectiva sec divulgada brevemente. Circuleces
RAMO ACIDENTES PESSOAIS
^e^fo coletivo de passageiros de
Circular AP-19/56, de 7 de agosto
dn'bus, micro-onibus e automoveis em geral
de 1956 — Comunicando as socicdades
A regulamentagao deste tipo de se guro esta em fase final, esperando o
um novo piano de estatistica de riscos e sinistros, este Instituto dispensa ate ulterior deliberagio, o preenchimento e
dentro em
breve, dotar o
mercado de urn piano de opcragoes
que.atenda aos interesses nao so dos proprietarios de veiculos e empresas ■concessionarias de transportes, como
tambem das seguradoras que operam so Ramo.
que em face de estar sendo estudado
remessa do formulario «Ficha de Sinistro Acidentes Pessoais® F.S.P., devendo as sociedadcs passar a in-
dicar, em carta. os montantes das indenizagbes e despesas com os sinistros,
separadamente, a cargo do seguro e do resseguro.
Seguro de acidentes de trafego Os estudos para a regulamentagao das condigoes de operagoes coiitinuam a set realizadas, apos o que serao ■cncaminhadas aos orgaos superiores para aprovagao.
de 1956 — Dando conhecimento as so-
ciedades da nova redagao que menciona, da Clausula 20.' —• Limite de
Catastrofe, das N.P., aprovadas pelo Conselho
Seguro coletivo de tuvistas^ excursionistas e vecanistas.
Circular AP-20/56, de 20 de agosto
Seguro cofetruo
de empregados que tenham de viajac a secvigo do esfipufanfe As condigoes estabelecidas pelo I.R.B., dada a experiencia obtida, estao sendo revistas e, oportunamentc, as seguradoras terao conhecimento das raodificagoes a serem introduzidas. Piano de estatistica de ciscos e sinisfros
Conforme divulgado no nuraerc an terior, processam-se ainda os estudos relatives a estatistica do ramo Acl•dentes Pessoais.
Tecnico
do
em
sessao de 3 de agosto de 1956, tendo em vista as
alteragoes
comunicadas
pela Circular AP-17/56, de 17 de julho de 1956.
Circular AP'21/56, de 30^cfe agosto de 1956 — Dando conhecimento as so-
ciedades, do oficio SA n.° 1.199, de
11 de agosto de 1956, do D.N.S.P.C., dirigido a este Instituto, referente a aprovagao pelo Diretor Geral do D.N.S.P.C., das Condigbes para o Seguro de Acidentes Pessoais de Fregueses de Firmas Comerciais. Circular AP-22/56, de 6 de setembro
de 1956 — Comunicando as sociedadcs, que 0 Conselho Tecnico do
Nff 99 ^ OUTUBRO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.
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em sessao de 10 de agosto de 1956, c) dilatar para 180 dias o prazoresolveu estabelecer, para efeito cle co- para entrega de formulario. de ressebertur.a de resseguro de excedeiite e guros decorrentes de seguros de vida
de catastrofe. as condi^oes que faz
em grupo, tomando-se como base a.
acompanhar em anexo, para as moda-
data da emissao do certificado.
lidades «cobranca do premio por hospedes e ecobranga do premio por lo-
197
198
b) novas condigocs para o Tituio
Circular At. 07/56. de 22 de agosto de 1956 — Dilatando para 60 dias o
196-
III de apolice Aeronauticos: c) novo criterio para determinagao de retengoes.
moveis sem Recuperagao) a que se reCofcerfura exclus'tva de voo e rolamento
ta?ao do seguro coletivo de Acidcntes
Com base em consulta sobre a possi-
Pessoais de hospedes de hoteI:>, e
bilidade de o Tituio I da apolice padrao
dando Qutras informagocs.
Circulares
para os riscos de voo e rolamento. com
* * *
RAMO VIDA
Vida. objetivando:
a) contar o prazo para entrega do Aviso de Sinistro Vida (A.S.V.) ao I-R-B. a partir da data do recebimcnto da comunicagao respectiva pela socicdadc, e nao da data do 6bito,
modalidades: trigo e arrOz
Extensao de cobertura da apolice
0 item 2 da Clausula 12." das Normas.
Vida, que passara a ter a redagao que
Tendo em vista os termos da Con-
vengao firmada com a Companhia Nacional de Seguro Agricola. foram apro-
nacionais.
Aeronauticos
vados
pelo
Conselho
Tecnico
do
I.R.B. OS seguinte esquemas de res seguro para as modalidades do trigo
menciona a circular.
Face a consulta feita pelo mercado
e do arroz:
segurador brasileiro, esta sendo objeto f"
Grupo). (M.R.F.V.G.), conforms model© anexado a mesma. e autorizou, outrossim. a inclusao, no CapituloVIII das Instrugoes sobre Gessoes Vida, do item 8.04. referente a remes sa daquele formulario ao I.R.B., conforme redagao que menciona.
de estudo por parte deste Institute, a extensao da cobertura da ap6lice padi>ao
Trigo
aos riscos de:
40 % da responsabilidade que assumir
a) furto ou roubo da aeronave, de pegas, acessorios e equipamentos da
em cada risco isolado:
mesma:
a) A Companhia cedera ao I.R.B.
6) Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a
b) motins, greves e coraogoes civis; c) confisco ou requisigao da aero nave por autoridade publica.
Cr$ 1,500.000.00 em cada risco iso lado;
c)
A Companhia nao retera .niais
do que um total de Cr$ 40.000.000,00 em todos os seus
ramo AUTOM6VEIS
que pretenderem reduzir suas reten9oes no caso de riscos sub-normais. RAMO AERONAUTICOS defmidos no item 2.1 da clausula
retengoes para tais riscos, a qual.
Esquema de resseguro para as
mente aceita" pelos seguradores inter-
b) determlnar que as socieJades
dis N.V.. deverao enviar previa-^nte ao I.R.B. a sua tabela de
nencia no solo,.este Institute sc mani-
festou contrariamente a inovagao, tendo em vista nao ser a mesma habitual-
Cr$ 1 ,850.000.00 a partir de 1." de. Janeiro de 1956, alterando. portanto,
Alteragoes nas Normas Vida e nas Circular V.06/56. de 17 de agostoInstru0es sobre Gessoes Vida de 1956 — Comunicando as sociedades O I.R.B. esta procedendo a esludos que o Conselho Tecnico do I.R.B.. no sentjdo de efetuar algumas ali-- em sessao de 27 de julho de 1956! ragoes em dispositivcs das Normas aprovou a criagao do formulario «Mapa. Vida e das Instrugoes sobre Ccssocs de Remessa de Formularies Vida em
RAMO AGRICOLA
expressa cxclusao do risco de perma-
Orcular AP-17/56. de 17 de ^julhc Cr$ 1.250.000,00 para '
fere a Circular At. 04/56. de 26 de junho de 1956.
aeronauticos prever cobertura apenas
Circular V-05/56 e VE-01/56. de-
Circular AP-23/56. de 10 de setem- 23 de agosto de 1956 — Comunicandobro de 1956 — Remetendo as socie- as sociedades que o Conselho Tecnico dades, em anexo, os Limites de Acei- do I.R.B., em sessio de 20 de julho tagao, em substituigao aos.que constani de 1956, resolveu aprovar a elevagaocom incorregoes. na folha 2 do anexo a da faixa do 1." excedente, de de 1956,
prazo de cntreg.a do formulario R.S. At.S.R. (Relagao de Sinistros Auto-
Circulares
Circular At. 06/56. de 10 de agosto
Estudos em andamento
de 1956 — Regulamentando .a forma de cessao ao I.R.B. pelo piano de exce dente de responsabilidade no caso de seguro de reboques e rebocadores. em
O I.R.B. continua a proceder aos: estudos relatives a:
a) elaboragao de nova Tarifa para o Ramo;
negocios. podendo, assim, aumentar a quota de 40 % mencionada na a!inea a):
cf) Fica entcndido, entretanto. que as responsabiiidades resseguradas por forga das alincas a), b) e c). acima.
nao ultrapassarao, no conjunto a 70 '/c
do total das aceitigoes da Companhia.
aditamento a Circular At. 05/56, de
nein a Cr$ 5.000.000.00 em cada
27 de junho de 1956.
risco isolado.
N» 99 ~ OUTUBHO DE 195c REViSTA DO 1. R. B, r .'1
■i;
199
200
/J 202
201
Arroz
as respectivas percentagens de parti-
a) A Companhia cedera ao I. R.B.
50 % da responsabilidade que assumir em cada risco isolado:
b) Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a Cr$ 1.000.000.00 em cada risco iso-
cipagao nas
retrocessoes
agricolas,
ESTUDOS E PESQUISAS
aprovadas pelo Conselho Tecnico do
I.R.B. em 30 de agosto de 1956, e obedecendo ao princlpio ja mencionado
Tabuas de Mortalidsde
ceder a urn sistema de investigagao
1956.
Rstificagao
'■) ^^ica entendido. entretanto, que
A Divisao de Operagoes Especialias respcnsabilidades resseguradas per forca das alineas a) e b), acima, nao zadas do I.R.B. solicita que seja feita alteragao no I.° paragrafo ultrapassarao, no conjunto, a impor- ado seguinte texto referente a «Operag6es Agritancia de Cr$ 60.000.000.00, nem a Cr$ 5.000.000.00, em ca~da-risco iso lado.
Esta. outrossim, sendo submetido aos orgaos superiores o seguinte esquema
ESTATISTICA E MECANIZAQAO
confecgao das
Foram distribuidos os Boletins de ns. 46 e 47 referentes aos Ramos Vida
vem o G.E.P., procedendo aos estudos, do material relative ao ano de
ro anterior da Revista:
1954.
«Foi assinado. em 5 de julho de 1956, com a Companhia Nacional de
bh Alem do resseguro acima. a Companhia cedera o que exceder a panhia e estabelecendo normas para Cr$ 1.000.000.00 em cada risco iso
Ainda no corrente mes sera dado a publicidade o novo Cadastro de Blocos da Cidade de Salvador. Acham-se em r
A
tencia tecnica, bem como atualiragao e interpretagao dos pianos de operagoes,
execugao e deverao ser postos a disposigao das sociedades ate o fim do cor-
rente ano, os cadastros de Juiz de Fora.
Campina Grande e Campos. 5e^uro em Grupo
c) A Companhia nao retera mais do que Cr$ 60.000.000.00 no Estado propaganda e divulgagao do seguro de Sao Paulo e Cr$ 30.000.000,00 nos agricola.» emais Estados, podendo, para tanto
No intuito de atender as obrigagoes do I.R.B. para com o seu pessoal, determinadas pelo item XVI do art. 41
aumentar a quota de 40 % mencionada
encarregado pela Presidencia de pro-
na alinea a);
d) Pica entendido, entretanto, que
as responsabilidades resseguradas por
forga das alineas a), b) e c). acima, nao ultrapassarao, no conjunto. a 75 % do total das aceitagoes da Companhia, nem de Cr$ 5.000.000.00 em cada
risco isolado. Circulates
° ~ Comumcando as sociedades
*
*
*
RISCOS DIVERSOS
Retificagao do numero anterior Alterar o texto referente a Riscos Diversos para:
«0 Conselho Tecnico do I.R.B., em sessao de 29 de junho de 1956, re-
Boletim Estatistico
e Aeronauticos, respectivamente. Estaem fase dc impressao o de n." 48 contendo OS dados eccnomicos-financeiros
do mercado segurador brasileiro. Cadastro de Blocos
novas operagoes. intercambio e assis-
lado;
«Tabuas dc Mortali
vestigagao do qiiinquenio 1949/1953),
de resseguro para a modalidade Vi- Seguro Agricola uma Convengao destinada a regular as operagoes de resr deira ; seguro da mencionada Companhia com a) A Companhia cedera ao I.R.B. • do % da responsabilidade que assumir o I.R.B. conforme autorizagao dada em cada risco isolado;
continua da mortalidade de segurados no pais, como complemento ao trabalho realizado em 1955 e que resultou na
dade de Experiencia Brasileira» (In
coIas» publicado nesta segao. no niime-
pelo Conselho Tecnico em sessao de 15. de junho de 1956. modificando o sistema de resseguro com a mesma com
dade de seguro.
Prosseguindo no seu intuito de pro-
na Circular Ag. 1/56. de 5 de iulho de
lacfo,;
distribuldo em cosseguro por todas as sociedades que operam nessa modali
do Regimento Interne, foi o G.E.P.
ceder aos estudos necessaries a iraplantagao de um seguro de vida em grupo.
distribuldo em cosseguro por todas as
Quadros Estatisticos
Estao sendo divulgados nesta Re vista os quadros de Ativos e Passives
das Sociedades de Seguro dos e.xercicios de 1951 a 1955.
Apuragoes Mecanizadas Foram entregues a Divisao de Contabilidade o movimento Industrial Geral
e o Resumo dos Saldos das Sociedades,
e as Divisoes de Operagoes os resumes
de langamentos dos meses de julho e agosto do corrente ano.
A Divisao
Transportes e Cascos foram entregues as apuragoes referentes aos MRAT do
mes de junho e os RAMA dos meses de m,aio e junho do corrente.
Companhias que operam no ramo Vida o qual abrangesse todo o seu funcionalismo.
DIVERSOS
solveu aceitar urn contrato de resseguro
Esta sendo tambem oferecido ao.s
Circular D-05/56, de 24 de agosto
funcionarios do I.R.B., com finalidade
automatico de eqiiinos, oferecido pela
de J956 — Comunicando as sociedades
assistencial, um seguro de vida em grupo, facultativo e contributorio, no
vigorar a partir dc 1." de julho de
qual o premio e composto de uma parte
que o Conselho Tecnico deste Instituto. em sessao de 20 de julho de 1956, re-
1956.»
fixa pagavel em folha pelo funcionario
Companhia de Seguros Guanabara, a
e uma parte variavel que e paga pelo
I.R.B, , seguro esse. que tambem sera
solveu revogar a Circular D-04/56, de
30 de setembro de 1953, e estabeleceu a inclusao, em todas as Normas de Res seguro vigentes, dos dispositivos que
N» W - OUTUBRO DE 195<i
KEVISTA DO I. R. B.
203
mendona, referentes a adiantamento
de indenizagao concedido pelo I.R.B. as sodedades.
1954 (Iliffe & Sons Ltd. — Londres — 1955).
Estudios de Seguros (Conferencias
Indicando. outrossim, a numera^ao pronunciadas en la Escuela Profisional com a qua] os referidos dispositivos del Seguro de Barcelona, desde su deverao ser induidos naqueias Normas. fundacion) — Ramon Sarro Burbano e como novos ou- em substituigao aos outros (Escuela Profisional del Seguro vigerifi^. e dando Sutras infortnagoes. — Barcelona — 1955). DOCUMENTACAO Entre outras publicagSes., a Biblio-
205
206
Nazionale delle Assicurazione — Roma — 1955). L'actuaire et sa formation de diri-
Amazonas — n.° 174 — janeiro de
geant d'entreprise — Charles Deleers
Boletim da Comissao de Marinha
(Institut des Sciences Economiques Appliquees — Louvain — 1956).
Mercante — ns. 200/211 — Janeiro/
Revista do Patrimoriio Historico e
Boletim do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalizagao
204
Arti.9tico Nacional n." 12 — Ministerio
Tratado de Direito Privado — vol.
•de Educagao e Cultura (Diretoria do
^^11 — Pontes de Miranda (Editor Borsoi — Rio de Janeiro — 1956).
Patrimonio Historico e Artistico — Rio
•de Janeiro — 1955). A
Missao
Artistica
de' 1816
—
teca do I.R.B. {«B!blioteca"~Alber-
Anche i bambini sanno che cosa a la previdenza — Institute Nazionale dalle
Afonso de E. Taunay (Diretoria do
naz») recebeu os seguintes volumes
Assicurazione (Bimospa — Roma —
Patrimonio Hist6rico c Artistico Na
que se acham a disposigao dos leitores
1955).
cional — 1956),
vol. II — Maurice G. JCendaJl
Assemblee Pleniere des Societes •d'Assiirances centre I'lncendie — 1909-
(Hafner Publishing Co. — New York
1956 (Frazier Soye — Paris — 1956).
The Advanced Theory of Statistics
desta Revista: L J VRO s
1950 Population Census — Finland (vol. Ill — Offidal Statistics of Fin
— 1951).
Elementos de Biologia — J. Fre deric Fino (Tradugao de Sylvio do land — Helsinki — 1956). Les entreprises d'assuraaces privees Valle Amaral) — (Servigo de Doen Suisse — 1954 _ Bureau Federal curaentagao do M.T.I.C, — Rio de des Assurances — (Nouvelle, Com- Janeiro — 1955). pagnie de Reassurances — Berne
VI Recenseamento Geral do Brasii 1950 — Serie Regional — Censo Demografico — Vols. X, Tomo I e XXX, Tomo I — Estados do P.ara e
Teses apresentadas a 29.'^ Sessao do Institute Internadonal de Estatistica 1955 — Varies autores (I.B.G.E. Golas — I.B.G.E. (Servigo Grafico do I.B.G.E. — 1956). — Rio de Janeiro — 1955). VI Recenseamento Geral do Brasii Comentte a Consolidagao das 1950 — Serie Regional — Censos Leis do Trabalho — vols. I JJ m Economicos — vols. XXIV, Tomo 2 (arts. y922) - M. V. Russomano XXVIII. Tomo 2. XXIII. Tomo 2 — (Jose Konfino, Editor -- Rio de Ja Estados do^ Rio Grande do Sul, Rio neiro—1955).
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L assicurazione nella convenzione di
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Cacau da Bahia — ns. 6, 7, 9, de feverciro, margo e maio de 1956. Boletim
Semanal
do
S.E.S.P.C.
— ano I — ns. 1/11 — maio/junho de 1956.
Brasii Agucareiro — ns. 1/3 — Janeiro/margo de 1956. Chacaras e Quintals — vol. 93 —
ns. 1/2 — janeiro/feverelro de 1956. Conjuntura Economica — ns. 5/6 — maio/junho de 1956., O Economista — ns. 444/445 —
Desarrollos Recientes en el Campo •de la Seguridad Social (America) —
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vol. H — 1953/1955 — Emilio Cubas
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Industriarios — n." 49 — fevereiro
I.P.A.S.E. — n." 42 — margo/ abril de 1956.
PERIODICOS
-Nscionais
Anuario Agricola Brasileiro — 1955 e 1956.
Mensagera Economica — ano IV — ns. 37/41 — janeiro/maio de 1956. Noticiario
Salic
—
ano
XXI
—
ns. 241/247 — janeiro/julho de 1956 e suplementos 38 e 40.
Atualidades da «Sao Paulo» — maio-
Orientador Fiscal do Imposto de
junho de 1956 — ns. 335/336. Boletim da Associagao Brasilcira de
Consumo e Renda — n." 133 — julho
Normas Tecnicas — n." 22 — agosto/ •outubro de 1955.
de 1956.
Parana Economico — ns. 34, 38 39 — janeiro/junho de 1956.
'
N- •!>} - OUTUBBO DE 1956 BEVISTA DO I. R. B.
207
Piratininga — ns. 128, 130/132 — janeiro/junho de 1956. — julho de 1956. Revista Bancaria Brasileira — n.® 282 — junho de 1956.
Informaciones Sociales — n.'' 1 —
Annales de Sciences ficonomiques
Espanha
1956.
L'Argus et la Semaine — ns. 88/94
fevereiro de 1956.
Boletin Oficial de Seguros y Ahorro-
Revista Securitas — ns. 126/127 — maio/junho de 1956. Revista de Seguros — n." 420 —
— Ano XLIl — n.® 222 — mar^o de.
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Revista Espanola de Seguros —
Journal de la Societe de Statistique
Bulletin Administratif des Assuran
Lc Droit Maritime Fran^ais — ano 8
1956.
Revista Financiera — ns. 63/64 —
Revue Generale des Assurances Ter-
junho de 1956.
restres — ano 27 — ns. 1/2 — Janeiro/ marqo de 1956.
Inglaterra
Estados Unidos Best's Insurance News-Life — VoL
57 — ns. 1/2 — maio/junho de 1956.
Chile
Economia y Finanza.s — n." 235 —
Fire News — ns. 453/454 — maio/ junho de 1956.
maio de 1956.
Seguros — Ano XVI — ns. 179/182
Hartford Agent — ns. 10/11 — abril/maio de 1956.
— janeiro/abril de 1956.
International Financial News Sur-
Co/dm6ta Boletin
de
Estadistica
ns. 58/61 — janeiro/abril de 1956.
Economia y Estadistica — IV epoca — n.° 81 — margo de 1955.
Seguros, Banca y Bolsa — Ano XVII — n." 5 — maio de 1956.
Ultramar — ns. 7/9 — janeiro/junho de 1956.
Versicherungs-Zeitschrift (Revue Suisse d'Assuranccs) — ano XXIV — n.® 2 — maio de 1956.
Constituindo a Publicagao n.® 62 do-
I.R.B., foi cditado por este Institute pela Circular 1-14/55 e em vigor a
1956.
partir de 1.® de Janeiro de 1956.
Journal of the Institute of Actuaries
0 trabalho em referencia. consubs-
_ vol. 82 — n.® 360 — P.irte I —
tanciando todas as regras para o res-
Janeiro de 1956.
Lloyd's Log — vol. XXVI — n.® 9
segiiro incendio, apresenta inumeros exemplos praticos, que esclarccem e
fcvereiro/raaio de 1956.
orientam os interessados.
Italia
vol. XXXIV — n.° 6 — junho de 1956. Local Agent — vol. 28 — n." 6 —
Manual Incendio
o novo Manual Incendio. divulgado
1956.
The International Fire Fighter —
ULTIMAS PUBLICAQOES
— 3.796/3.807 — abril/junho de
— junho de 1956.
As conven?5es padrao para o de-
senho de plantas e croquis foram impressas cm separado e sao fornecidas.
junto ou separadamente do M.I.
L'Assicurazione — ns. 7/10 — abril/ maio de 1956.
junho de 1956. Cuba
Informations Sociales — ns. 1/11 —
janeiro/junho de 1956.
Fairplay-Weekly Shipping Journal
The Review — vol. 87 — ns. 46/47
wey — ns. 40/48 — abril/Junho de Mensual
Suifa
de Paris — ano 97 — ns. 1/3 — janeiro/mar?o de 1956.
Revista del Sindicato Vertical def
janeiro, mar^o/maio de
dezembro de 1955.
— abril/junho de 1956.
maio de 1956.
de 1956.
Atuarios.
Revista de Economia — vol. IX — Fase I — mar^o de 1956.
1956.
Revue Internationale du Travail —
do Institute de
ns. 113/114 — maio/junho de 1956.
ces — ano II — ns. 46/47 — fevereiro/
Seguro — Ano XIII — n.® 149 — maio-
Boletim
Portugueses — ano X — n." 11 —
El Eco del Seguro — Ano LXIV — ns. 1.611/1.613 — Janeiro/m.argo de
Canada
Portugal
— maio/junho de 1956. L'Assurance Fran^aise — ano 49 — L'Assureur-Conseil — ns. 262/264
n.® 123 — raargo de 1956."
Alemanha
janeiro/mar^o de 1956.
Appliquees — 14® Annes — n.® 2 —
Accion — Ano II — n. 1 — Janeiro/
Revista do Conselho Nacional de
Peru
I
n." 18 — Janeiro de 1956.
Economia — n.° 38.— abril de 1956.
ns. 1. 3/5
Franga
Dinamarca
Danish Foreing Office Journal —
A Previdencia — ano XII — n." 152
210-
209
205
Sicurta — ano XI — n.® 5 — maio
The National Geografic Magazine
de 1956.
— vol. CX — n." 1 — Julho de 1956. The Spectator Insurance Authority-
Mexico
El Vendedor de Seguros — vol. 3
Since 1868 — vol. 164 — n.® 6 —
— n." 30 — maio dc 1956.
Junho de 1956.
Relatorio do 16." exercicio do I.R.B. Contendo todos os aspectos referentes ao I.R.B. no ano de 1955, foi editado pelo Institute o Relatorio de seu.
decimo sexto exercicio, publica^ao 61.
BF-Vl.STA no I. R. B-
N9 9') - OUTllBno l.)K \m
i
211
213
214
autoridades Militares e Civis, membros
Altas autoridades, representantes do comercio, industria e bancos locais
212
NOTICIARIO
dos referidos Gabinetes e funcionarios
que servem na Presidencia da Repu
DO PAlS \
aniversario do presidente juscelino kubitschek X
For motivo, da passagem de seu Apolonio Sales, o Presidente da Caamversano natalic.o, ocorrido no dia mara dos Deputados. Sr. Ulisses Gui-
Tu.rfr Kubitschek reccbeu ° Presidente maraes,deos Policia, demais Genera! congressistas. Juscelino expres- Chefe Augustoo
^.vas man.festacoes de a^miza^e e Magessi. o Prefeito do Distrito Federal
compareceram a este ato, que teve
linda a presenga dos Senhores Wal-
blica.
demar Costa Leite, representante do
O Presidente Juscelino Kubitschek foi, no decorrer das homenagens, sau-
Dr. Amilcar Santos, Diretor Geral do
dado pelo Embaixador Alvaro Lins, interpretando o pensamento da Casa
Privados e Capitalizagao; Sr. Antonio
Civil e da Casa Militar, numa delega-
Presidente do Institute de Resseguros
^ao especial do General Nelson de Melo e, depois, pelo Ministro da Justi?a, Senador Nereu Ramos, em noine dos
Ministros
de
Estado.
tendo
o
Presidente Juscelino agradecido as sau-
Jose Caetano da Silva Neto. represen tante do Dr. Augusto Xavier de Lima. do Brasil: Sr. Luiz Carlos Paranagua,
membro da diretoria do Sindicato das
Empresas de- Seguros Privados e Cajaitalizagao do Rio de Janeiro. Sao OS seguintes, os eleitos:
Alfredo
dagoes recebidas. Tambem estiveram
Departamento Nactonal de Seguros
no
Palacio
ar
tistes da Opera de Pequim, em excursao pelo nosso Pais. e que ofeceram ao
Figueiredo,
Presidente;
Eduardo Mansur Levy, Vice-Presidente: Anacleto Araujo, 1." Sccretacio; Gilberto Cunha, 2° Secrcfario; Aristi-
lembranga,
des Vitor Bruete. Tesoureiro e Fran
constituida de produtos de artesanato
cisco Joaquim Moreira da Rocha, 2.* Tesoureiro; Suplentes: Antonio F. do
Chefe do
Governo
uma
chines, de fino lavor e acompanhada
de uma mensagem de felicitagoes. Na riqueza de suas tradigoes milenares,
Rosario, Quirino A.
Silva, Antonio
Cavalcante, Marcelo de A.
Maia e
foram os chineses buscar para motivo
Rubem J. da Silva: Conselho Fiscal:
de decoragao dessa mensagem de feliz aniversario, em pintura e aquarela, uma bandeja de pessegos que, no seu pais, e o simbolo da longevidade.
Gastao Moreira,
SINDICATO DAS EMPRfiSAS DE SEGUROS PRIVADOS E CAPITA-
Francisco J. Antunes Filho e Orlando
Presidente;
Daniel
Dias e Dagmar Machado; Suplentes: Pedro G. Cardoso, Fernando L. dos
Santos e Jaime d'Amorim; Conselho da Federagao: Mariano Badenes Torres, Raul Teles Rudge e Otavio da S. Bastos; Suplentes: Valter B. Niemeyer. R. Valenga.
LIZAgAO DO ESTADO DE
■aprSco. em cerimonias realizadas no I'alacio do Catete.
PERNAMBUCO
Sr. Negrao de Lima, os Chefes dos
Gabinetes Militar c Civil, respectivaEstiveram presentes, a fim de cum- mente, General Nelson de Melo e primentar o Presidente da Republica Sr. Alvaro Lins, o Presidente do Institodos OS Ministros de Estado. o VicePresidente do Senado Federal. Senhor tuto de Resseguros do Brasil, Dr. Au gusto Xavier de Lima, muitas outras
Em solenidade realizada no dia 14
COMPANHIA DE SEGUROS
de agosto proximo passado, na sede da Associagao Cometcial, tomou posse
UNIAO NACIONAL
a primeira diretoria do Sindicato das
Foi inaugurada, em Recife, no dia 2
Empresas de Seguros Prlv.-ados e Capi-
de julho do corrente ano, a Companhia de Seguros Uniao Nacional, em sole-
talizagao do Estado de Pernambuco.
N? 9? - OUTUBRO DE 1936 REVISTA DO I. R. B.
215
Constitui ela a segunda sucursal da
Protegendo o campo contra a ocorP-C. e o Sr. Antonio Jose Caetano rencia eventual de prejuizos causados da Silva Neto,' Reprcsentante do I-R.B. em Red/e, o qual representou por fatores climatericos. doengas e o Dr. Augusto Xavier de Lima. Pre- pragas. inegavelmente o seguro agricola contribui para o desenvolvimento sidente deste Institute. ^ A primeira diretoria da referida harroonico das atividades agropecuacompanhia ficou assim constituida: nas e, em consequencia, tarabem dos Antonio Barbosa Junior, D/retor-Pre- demais setores da economia — a in sidenfe; Donald Azambuja Lowndes dustria. o comerdo. os transportes.
Diretor-Vice-Presidente; Saul da c'
COMPANHIA NACIONAL DE SEGURO AGRICOLA
Fo, maugurada em Beio Horizonte,
Condicoes do concurso: Presidente — Dr. Flavio Antonio
A. Pereira— (P.aulista). 1.® Secretario — Sr. Florentine de
Araiijo Jorge — (Confianqa). R
Iff
Instituto, a Avenida Marechal Camara
n.° 160, 5.® andar, ate 31 de Janeiro
2.° Tesoureiro — Sr. Celso Camargo Viana — (Excelsior).
Outra consequencia fjvoravel e o
pseudonimo, serao acompanhados de envelope fechado, o qual contera na
1.® Membro — Sr. Vicente de Paulo
rior o titulo do trabalho, o nome do autor e sua residencia:
c) a comissao julgadora comporse-a de tres membros do Instituto,
3.® Membro — Dr. Edgard de Nodesignados oportunamente pela Dire vais Franca Filho — (Central).
Credito Agricola e Industrial, do Banco
toria e, na sessao de 25 de abril de
do Brasil.
No momento. o cobertura dadi
«PRfiMIO SEBASTIAO
por este seguro esta limitada aos ramos
CARDOSO CERNE»
A Federacao Nacional das Empre-
mente, ir-se-a estendendo a outras
1957, comunicara o julg.amento a que haja chegado. Na mesma sessao, sera conhecida a identidade do premiado: d) o trabalho premiado sera publicado, a cargo da Federaqao, em re-
sas de Seguros Privados e Capitali- vistas especializadas ou em separata zaqao. por oficio de 29 do mes findo, com previa autorizagao do autor: comunicou ao Institute dos Advogados e) o premio sera entregue em Brasileiros que as sociedades de se sessao ordinaria do Instituto, a realiguros e capitalizacao decidiram ins-
tituir um premio, a que estimariam dar o nome de «Sebastiao Cardoso Cerne», a ser conferido ao autor de trabalho
*
No dia 27 de julho ultimo, realizouse a eleicao para renova^ao da D: e-
b) OS trabalhos, assinados com
parte externa o pseudonimo e no inte
2." Membro — Sr. Carlos de Abreu
aumento do credito rural, ja servindo a apohce de seguro agrlcola, como base dos financiamentos da Carteira de
de SAO PAULO
de 1957:
Conselho Fiscal
Costa — (Motor Union).
grama de ampliacao dos beneflcios do modalidades do seguro agricola cumseguro agricola as mais importantes Pnndo. assim. a C.N.S.A., as finaliconcentracoes de atividades agrope- dades para que foi criada pelo Eminar.as do pais», conforme palavras nente Presidente Vargas.
sado o proprio Presidente da Republica
entregues, em tres vias, na sede do
2." Secretario — Dr. Luiz Gomes
S. Alv.arenga— (Americana).
• *
pape! oficio, espa^o dois, deverao ser
margo Maia — (Patriarca).
etc.
C T Sr. Rafael Cruz T' Lima, nesta ocasiao. A cnagao desta sucursal resulta de entendimentos havidos entre os Go- SINDICATO DAS EMPRfiSAS DE SEGUROS PRIVADOS E DE de belo Honzonte, tendo-se interes- CAPITALIZACAO NO ESTADO
a) OS trabalhos, dactilografados em
Fernandes —• {Sul America T.M.A.). 1° Tesoureiro — Sr. Dimas de Ca-
no dia 18 de agosto ultimo, nova de bovinos, trigo, cafe, uva e arroz; ucursal da Companhia Nacional de entretanto esta cobertura, paulatina-
Seguro Agricola. como «parte do pro-
mesmo premio. tornou piiblico o segulnte:
car Sant'os^^Diretor Geral do D.N.S.
♦ * *
aceitando o encargo de outorgar o
Diretoria
ceram figuras repressntativas do meio mais de um ano de operneoes indus segurador, do comerdo e da industria trials. o que prova a boa receptividade locais. pstiveram presentes o Dr. Amil- deste rarao de seguro nos meios rurais.
t-as Carneiro, Diretor-Gerente.
toria e do Conselho Fiscal desta entidade. tendo sido eleitos:
C.N.S.A. no Estado de Minas
A esta cerimonia. a que compare- Gerais, e a sexta, no Pais, em pouco
Antunes. Diretor-Gerente; Nestor Ril
218
2)6
nidade realizada no salao nobre do «Grande HoteI» daqueja cidade.
217
:
original sobre qualquer aspecto juri-
dico do contrato de seguro, resseguro ou capitalizagao.
O premio e de
zar-se em 16 de maio de 1957.
FACULDADE NACIONAL DE CIENCIAS ECONOMICAS Por ato do Excelentissimo Senhor
Cr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros). Presidente da Republica, publicado no O Instituto dos Advogados Brasileiros. DUr.o Olicial do dia 10 de setembro
N> ys. .. OUTUBUO DE 1956 REVISTA DO I. R, B.
219
220
221
22?
Como se deve fazer um seguro
11. Os seguros fluviais e lacustrcs,sua analogia com os seguros maritimos.
kr •
findo foi nomeado o Sr. Americo Ma- tino suas expressoes de admiragao, theus Florentino, para eXercer, interina e cumulativamente, o cargo de Profes formulando-lhe sinceros votos de felicidades. sor Catedratico de Organiza^ao e
5.
transporte.
A escolha da modalidade
ou sub-ramo.
Principals caracteris-
ticas de cada um.
Contabilidade Bancaria, e Organiza^ao e Contabilidade de Seguros, da Faculdade Nacional de Ciendas Economi&as.^da Universidade do Bxasil. O i]ust>& Professor Florentino e fi-
Tl
CURSO PRATICO DE SEGURO TRANSPORTE
Iniciou-se, a 11 de setembro ultimo, gura bastante" conhecida nos rneios sob a orientagao do Curso Basico de
6.
A escolha do tipo de apolice
de acordo com as necessidades de
Principais diferengas.
A Tarifa Flu
vial e lacustre. Seu USD. Comentariosparticulares.
cada segurado. O moVimento de em-
12. Os seguros terrestres — con digoes e tarifagao. O que dos outros
barques, a localizagao geografica das
ramos neles se aplica.
viagens, a forma de comercio e us con-
parative entre os seguros rodoviariose ferroviarios. As tarifas terrestres.
seguradores do Pais. tendo sido autor Seguros. urn Curso Pratico de Seguro de varies trabalhos divulgados pela Transportes. ministrado pelo Professor
digoes do mercado como elementos
«Rcvjsta do I.R.B.s, desde 1942. Raimundo Correa Sobrinho.
de apolice.
fundamentals para a escolha do tipo
13.
Estudo com
Os seguros aereos, postais, de
7. As coberturas que podem ser
portadores e de bagagens, generalidades-. Condigoes e taxas. Algumas
oferecidas nos seguros maritlmos. Sua
particuiaridades marcantes. A escolha
bilidade, e exercido cargos de alta do Brasil, com uma frequencia -media responsabilidade, inclusive no Instituto superior a 120 alunos. enquanto as' de Rcsseguros do Brasil. onde inidou matriculas foram alem de 230. sua brilhante carreira. chegando a O programa a ser desenvolvido e o
amplitude e restrigoes. A' Franquia. O problema do valor segurado e a
do sub-ramo c enquadramento nas con
ocupar, no mesmo, o cargo de Conta-
lice maritima. Comentarios. Esclare-
Jovem ainda, e de reconhecida compel
As aulas tern side realizadas as
tencia, tem ele participado em confe- tergas e quintas-feiras. pela manha, no rSncias tecnicas de seguros e conta auditorio do In.stituto de Resseguros
dor-Geral e de Diretor-Interino do iJepartamento Financeiro,
Entre sens trabalhos mais notaveis,
seguinte:
1- O que e o seguro transportes. Em que se baseia. Seus pontos de contacto com outros ramos de seguros.
encontram-se as teses «As reservas Suas principais diferengas. tecmcas no seguro privados, de 1949. que ihe conferiu o titulo de Docente- 2- A responsabilidade civil dos W da Faculdade Nadona] de transportadores. O seguro dessa res Ciencias Economicas, e «A influenda ponsabilidade. Limite entre o seguro
das mshtuigoes bancarias e assecura- de responsabilidade civil dos transportop,as_ no equilibrio do paWmonio das tadores e os seguros transporte.s. Presas». ^ esta uma obra de foleqo
meios de transapresentada a referida Faculdade. pfra porte eOsas principais differentes vias de comuni-
ncurso de provimento do cargo para o qual foi nomeado, e que mefece cagoes.^ As mercadorias transportadas
-almente. ser ampIamentS divulqada epresas OS veiculos transportadores. As emde transportes. nos meios seguradores e bancarios A «Revista do T R n ao PpofessoP
4. O conhecimento de embarque. Diferentes tipos e clausulas principais
iua fungao no contrato de transporte.
cISusula de rateio.
digoes e taxas aprovadas de diferentes
tipos de seguros.
Pratica dos tipos.
pouco comuns.
8. As principais condigoes da apo cimentos que devem ser sempre levados aos novos segurados. As averbagoes. seu preenchimento e sua fungao.
14. O sinistro no ramo transportes.
Analise de varies casos objetivos para. exame da cobertura e das condigoes-
9. A cobranga de premies nos se
e taxas. Normas gerais para a liquidagao de um sinistro transportes. Bases especiais dos seguros maritimos,
guros maritimos- e nos diferentes tipos
fluviais, rodoviarios, ferroviarios e dos-
de apolices. Estipulagoes legais e concontratuais. Comentarios. Orientagao segura para nortear a concessac de
condigoes especiais de pagamento. principalmente em certos tipos particulares
de seguros, A conta do seguardo e o exame em sua escrita.
10. As taxas de premio nos seguros maritimos. A Tarifa Maritima. Como
.se deve taxar um seguro maritimo.
Riscos e viagens nao tarifadas, como devem ser taxados, tecnica e comercialmente.
outros sub-ramos. 15.
A vistoria.
Contrato de vis-
toriador com o segurado. O que deve e o que nao deve ser discutido com ointeressado.
Contrato do vistoriador
com o representante da empresa de transporte e com o preposto do arma-
zem. Como proceder em
case de
roubo, avaria ou de perda total legal. O preenchimento do certificado de vistoria: cuidados especiais.
De tSdas as aulas. sao distribuidas. siimulas aos alunos. bem como as Com-
panhias de Seguros que operam no Pais.
N" 03 - CUTUBRO DE 1956 REVISTA DO i. R, a.
u
223 22^
LUIZ SERPA COELHO No dia 26 de agosto do corrente ano
Grupo Lowndes. que Ihe confiou a
../afeceuo Dr, Lui. Serpa Codho que. •rfurante muitos a^ncs, prestou ao Insti-
organizagao da «Cruzeiro do Sul Ca-
-Brasil preciosa coIafaora?ao. "
a racrte aos 47 anos de idade.
tatoHe Resseguros e ao seguro no pitaIizagao». em cuja gerenda colbeu-o INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
Coube-Ihe reaiizar os inqueritos iniciais necessaries a organizagao das ^peracoes no Ramo Transporles onde teve a oportunidade de aplfcar seUs
SEDE — RIO DE JANEIRO AVENroA MARECHAL CAMARA, 171
REPRESENTACAO em SAO PAULO
■grandes- conhedmentos hauridos na
RUA XAVIER DE TOLEDO, 114 — 6.° ANDAR
^scola PoJftecnica da Universidade do Brasil, em que se formara engenheiro civil. Instaiada a Divisao Transportes, dirigiu-a com aito tirocinio, obtendo os «elhores resuitados possiveis na difi<dlima crise da II Guerra Mund/al. Sua alta capacidade de trabalho, a
representaqao em p6rto ALEGRE AVENIDA BORCES MEDEIROS, 410 — 15.° ANDAR
REPRESENTACAO EM SALVADOR AY. BSTADOS UNIDOS, 34, 5.° AND., SALA 501
REPRESENTACAO EM BELO HORIZONTE AVENIDA AMAZONAS, 491 A 507
REPRESENTACAO EM RECIFE AVENIDA OUARARAPES, 210 6.° ANDAR, SALAS 61 A 66
REPRESENTACAO EM CURITIBA RUA QUINZE DE NOVEMBRO, N.° 551 A 558 - 16.° AND.
iovial ^ constante dedicagao a defesa ■dos interesses do Instituto, foram os
fatores poderosos que nos permitiram resistir com exito aos problemas daque-
8.® ANDAR
REPRESENTACAO EM BELEM AV. 15 DE AGOSTO, 53 — SALAS 228 A 230 REPRESENTACAO EM MANAUS
Ao ter conhecimento da sua morCe.
RUA MARCfLlO DIAS, 235 — SOBRADO
precedida de insidiosa molestia, a AdJa em pleiio funcionamento os ser- ministra?ao do Instituto esteve presente aos funerais. participando com sua favicos da Divisao Transportes, e dado niiJia do mdsmo pezar de se ver privada ^ do trabaiho entao realizado pelo Dr. Luiz Serpa Coelho, veio busca-lo de urn amigo certo, urn carater reto. Jes niomentos gravissimos.
para ampliacao de suas atividades o
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uma inteligencia viva e capaz como
Luiz Serpa Coelho,
OUTUBRO DE 1956
L'.epArtajnsnlo de Imprensft Nuc-lonal — i<io de Jane-Iro— ISDS
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