“Foi com imensa satisfação que recebi o convite para organizar o conteúdo técnico da publicação que ora se intitula Manual de Sistemas Construtivos - Revestimentos Cerâmicos, principalmente por perceber o interesse de importantes empresas na formação e aprimoramento dos profissionais ligados à construção civil. Com esta publicação, apresentamos um conjunto de temas de real interesse prático para Engenheiros, Arquitetos, Aplicadores, Projetistas, Mestres de Obras, Estudantes e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, precisem de informações sobre a Construção Civil. Neste sentido, consideramos o Manual apresentado como o primeiro dos muitos volumes que poderão se desenvolver a partir da iniciativa das empresas que ora se unem em benefício da cultura da Construção Civil brasileira. A identificação dos materiais de revestimento cerâmico, associada aos Sistemas Construtivos disponíveis no mercado brasileiro constitui o corpo desta publicação, que objetiva, sobretudo, garantir suporte técnico aos profissionais, cuja responsabilidade consiste em realizar edificações de melhor qualidade, sempre. Nos preocupamos em demonstrar que a correta especificação do Sistema Construtivo, o conhecimento dos materiais, a opção por produtos de qualidade e empresas idôneas eliminam os custos que tanto sobrecarregam ou até inviabilizam o orçamento da obra na fase de manutenção. Em paralelo, buscamos apresentar soluções de ordem prática para facilitar o caminho dos que estão iniciando. Este trabalho é um esforço conjunto, que conta com a cooperação de entidades, profissionais e principalmente das empresas aqui envolvidas, cuja iniciativa, sem dúvida, as diferenciam.” Professor Otávio Luiz do Nascimento Consutare
PA R T E I V
CONSIDERAÇÕES, PROCEDIMENTOS E INSPEÇÃO 4.1 4.2 4.3
CONSIDERAÇÕES ESTRUTURAIS E ARQUITETÔNICAS PROCEDIMENTOS GERAIS DE ASSENTAMENTO COM ARGAMASSA COLANTE INSPEÇÃO E LIBERAÇÃO PARA USO
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4.1 CONSIDERAÇÕES ESTRUTURAIS E ARQUITETÔNICAS
Alguns fatores devem ser considerados nos projetos que contemplam revestimentos cerâmicos, principalmente no que se refere à execução face ao arranjo estrutural e arquitetônico da edificação, tais como:
positivas e negativas, sendo necessário reforçar a alvenaria a fim de permitir a absorção de tais esforços, à exemplo das fixações com telas eletrosoldadas, armações e o sistema de estruturação tipo Murfor, que consiste na colocação de armadura especial disposta em camadas (fiadas de blocos).
VENTO
+ TENSÕES
• Compatibilidade da expansão térmica e da umidade entre material e substrato; • Estabilidade dimensional do revestimento e do substrato; • Compatibilidade das argamassas adesivas e sua capacidade de absorver esforços. Considerações Estruturais As estruturas normalmente são compostas de elementos dispostos a resistir às forças de tração e compressão. O concreto, o aço, a madeira são exemplos de elementos que utilizam suas propriedades para combater os esforços e promover a segurança da edificação. Porém, não estão isentos de movimentos de deformação, flexão, relaxação, dentre outros. Atualmente as estruturas flexíveis têm sido uma constante no processo construtivo convencional, que, associado à velocidade executiva imposta à obra, provoca sobre os materiais uma carga muitas vezes incompatível com suas naturezas. Esta realidade dificulta, cada vez mais, as execuções aderidas que contemplam o revestimento aplicado diretamente sobre as bases de alvenarias e pisos. Os principais movimentos estruturais que devem ser analisados em um sistema construtivo combinado com o revestimento cerâmico são: • Cargas acidentais/eventuais (vento, cargas pontuais, sobrecargas); • Deformação lenta do concreto; • Movimentos térmicos; • Retração por secagem; • Deformação elástica; • Geometria (altura x base). O efeito destas ações pode desencadear vários problemas imediatos ou futuros, dentre os quais destacamos: Cargas acidentais: As cargas de vento promovem pressões
A deformação lenta do concreto: Consiste numa característica intrínseca do material. Vigas e lajes deformam-se naturalmente sob ação do próprio peso, das cargas permanentes e acidentais e sob o efeito da retração e da deformação lenta do concreto. Os componentes estruturais admitem pequenas deformações (flechas), que podem não comprometer a estética, a estabilidade e a resistência da construção. Entretanto, tais flechas podem ser incompatíveis com a capacidade de deformação das alvenarias e dos revestimentos. Movimentos térmicos: Consiste na expansão e contração de todos os materiais que compõem as edificações, quando expostos aos efeitos de temperatura. Fatores como os diferentes coeficientes de dilatação térmica entre os materiais e o tipo de exposição prevista são relevantes nas análises dos movimentos térmicos. A determinação de movimentos térmicos têm sido uma busca constante para produtos de revestimento de fachadas ou pisos. Veja um exemplo de um sistema onde poderá ser prevista a ação térmica do revestimento em relação à base: Um revestimento cerâmico aplicado em uma fachada pode atingir 60°C e seu coeficiente de dilatação térmica varia de 4 a 8 x 10-6 mm/ °C/ mm; Uma base de concreto apresenta coeficiente de dilatação térmica de 8 a 9 x 10-6 mm/ °C/ mm. Durante o inverno o revestimento pode atingir 10°C. Logo, o revestimento cerâmico poderá ser submetido a uma
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CERÂMICA SELANTE REJUNTAMENTO
Fórmula: Coeficiente de dilatação térmica x variação de temperatura x altura (8 a 9 x 10-6 mm/ °C/ mm x 30°C x 90.000 mm). Concreto = 18 mm Revestimento Cerâmico = 23mm Com este resultado, estaríamos submetendo a alvenaria à tensões de cisalhamento, sendo necessária a utilização de juntas de dilatação ou movimentação de 5 a 6 vezes o valor obtido a partir da diferença entre o revestimento cerâmico e o concreto (23 - 18 = 5). Como prática geral, podemos considerar de 2 a 3 vezes o valor de dilatação obtido no revestimento cerâmico (3 x 23 mm = 69 mm) como base para quantificar o número de juntas necessárias. Para a finalidade deste exemplo, considerando uma junta com abertura média de 10 mm, seria necessário o posicionamento de 7 juntas ao longo da área revestida, sem contar as bordas e estruturas. Veja quadro abaixo:
BASE CHAPISCO
Detalhe Junta Horizontal - Fachada
CERÂMICA CHAPISCO ARGAMASSA COLANTE
6mm APOIO FLEXÍVEL PINTURA ELASTOMÉRICA
MASTIQUE
15mm
ENCUNHAMENTO
ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO
TABELA DE JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO, CONFORME NBR 13.753, 13.754 e 13.755:1997 Área Revestida Fachada Revestimento Interno
JUNTA HORIZONTAL A cada pavimento (3 metros)
JUNTA VERTICAL A cada 6 metros
A cada pavimento (3 metros)
A cada 6 metros
Piso Interno
A cada 32m2 de área ou sempre que uma das dimensões for maior que 8 metros lineares
Piso Externo
A cada 20m2 de área ou sempre que uma das dimensões for maior que 6 metros lineares
A concepção arquitetônica está diretamente ligada à eficácia do sistema construtivo e do revestimento especificado. A previsão dos requisitos básicos na fase do projeto arquitetônico aumenta, consideravelmente, a durabilidade e a qualidade da edificação, reduzindo as manutenções e correções pós-obra.
C O N S I D E R A Ç Õ E S ,
ARGAMASSA COLANTE EMBOÇO
P R O C E D I M E N T O S
E
APOIO FLEXÍVEL
I N S P E Ç Ã O
Detalhe Junta Vertical - Fachada
variação de 70°C e a base de concreto não ultrapassar a 30°C por não estar submetida, diretamente, aos raios solares. Considerando o exemplo de um edifício de 30 andares com, aproximadamente, 90 metros de altura, o diferencial térmico direto seria:
Levando em conta o tempo de vida útil das edificações, o profissional de arquitetura deverá considerar as implicações técnicas de todos os detalhes que especificar no projeto relacionados com: • Esquadrias e seus sistemas de vedação; • Proteções às fachadas (beiral, telhados, etc.);
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I N S P E Ç Ã O E P R O C E D I M E N T O S C O N S I D E R A Ç Õ E S ,
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• Facilidade de descida de água; • Compatibilidade entre os materiais; • Adequação e resistência dos materiais em função do tipo de exposição e uso; • Controle de vapor de água; • Tipos de acabamento (rugoso, liso, etc.);
ÁREA REVESTIDA
• Frisos, dentes e degraus nas fachadas; • Peitoris, parapeitos e proteções superiores. A não observância dos detalhes técnicos acima poderá acarretar uma série de problemas para os quais relacionamos o material, o problema e a solução abaixo:
JUNTA HORIZONTAL
JUNTA VERTICAL
Esquadrias
Falta de vedação, drenagem insuficiente, alinhamento inadequado face à quantidade de água.
Especificação correta, teste de qualificação e estudo específico.
Proteções
Ausência de beiral, beiral não protegido, projeto inadequado, execução inadequada.
Estudo de proteções específicas, pinturas especiais, rejuntamento com selante, revisão periódica.
Descida de água
Obstáculos de descida, ausência de pingadeiras, infiltrações, manchamento.
Estudo específico de descida de água, especificação dos revestimentos adequados, retenção de líquidos em pontos específicos.
Compatibilidade entre materiais
Fissuras entre materiais, incompatibilidade em geral.
Estudo de deformações específicas, análise da compatibilidade dos diferentes materiais.
Resistência em função do tipo de uso
Degradação precoce, desgaste, quebra, destacamento.
Uso inadequado do material, especificação equivocada sem análise técnica.
Controle de vapor d'água
Manchamento, umidade, mofo, bolor.
Falha de análise de compatibilidade do ambiente construído com o ambiente externo, condensação espontânea.
Tipos de acabamento
Manchas, retenção de sujeira, infiltração.
Teste de qualificação, estudo específico.
Frisos
Falhas, infiltrações, manchas.
Falta de detalhamento técnico executivo, diferença entre materiais, estudo específico.
4.2 PROCEDIMENTOS GERAIS DE A S S E N TA M E N T O C O M A R G A M A S S A C O L A N T E
Tempo de cura do substrato: a cura do substrato deverá ser de, no mínimo, 14 dias; Preparo da base: promova a limpeza e remoção de poeiras e partículas soltas com o uso de escova de piaçava; Preparo da argamassa colante: prefira a mistura mecânica à manual. Utilize a quantidade de água limpa recomendada pelo fabricante na embalagem do produto e caixote plástico (estanque); Tempo de repouso da argamassa colante: após a mistura, aguarde 15 minutos antes de utilizá-la ou o tempo
especificado na embalagem do produto, a fim de permitir que os aditivos reajam; Cuidados na aplicação da argamassa colante: não abra panos com área superior a 1 m 2 e não ultrapasse o tempo de utilização máximo da argamassa após realizada a mistura, compreendido entre 1h30min a 2h30min; Aplicação da argamassa colante: abra a argamassa sobre o emboço, primeiramente, com o lado liso da desempenadeira e, em seguida, filete com o lado denteado, mantendo a regularidade dos cordões; Assentamento da placa de revestimento: assente o revestimento cerâmico garantindo o esmagamento completo dos filetes da argamassa colante por intermédio de movimentos de vai e vem, perpendicular
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Preparo da argamassa de rejuntamento de base cimentícia: prefira a mistura mecânica à manual. Utilize a quantidade de água limpa recomendada pelo fabricante na embalagem do produto e caixote plástico (estanque); Preparo da argamassa de rejuntamento de base epóxi: misture as partes na proporção indicada na embalagem, garantindo a homogeneidade da cor e textura do produto; Tempo de repouso da argamassa de rejuntamento de base cimentícia: após a mistura, aguarde 10 minutos antes de utilizá-la ou o tempo especificado na embalagem do produto, a fim de permitir que os aditivos reajam;
Limpeza da argamassa de rejuntamento de base cimentícia: após a etapa de rejuntamento, remova o excesso de material sobre o revestimento, utilizando pano úmido ou estopa e produtos de limpeza específicos para o pós-obra. Não usar substâncias em alta concentração de ácidos, pois estes poderão danificar a camada superficial do revestimento; Limpeza da argamassa de rejuntamento de base epóxi: remova o excesso de material sobre o revestimento em até 1 hora após o rejuntamento, utilizando pano semi-úmido. Utilize produtos de limpeza específicos para o pós-obra. A não observância do prazo estipulado acarretará d i f i c u l d a d e d e l i m p e z a , p o d e n d o c o m p r o m e t e r, inclusive, o resultado final desejado.
Tempo de repouso da argamassa de rejuntamento de base epóxi: o rejuntamento epóxi pode ser aplicado imediatamente após o preparo; Aplicação da argamassa de rejuntamento de base cimentícia: três dias após o assentamento das placas de revestimento, promova a aplicação do rejuntamento. Espalhe o produto sobre o revestimento com desempenadeira apropriada, preenchendo completamente os espaços entre as placas cerâmicas; Aplicação da argamassa de rejuntamento de base epóxi: três dias após o assentamento das placas de revestimento, promova a aplicação do rejuntamento. Restrinja a aplicação do produto sobre os espaços de junta, forçando a preenchimento com uma espátula de plástico. O excesso poderá ser reaproveitado, voltando a integrar à mistura original; Acabamento da argamassa de rejuntamento de base cimentícia: utilize mangueira plástica ou similar para frisar o rejunte, de modo a obter um resultado íntegro, sem MANUAL DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS - REVESTIMENTOS CERÂMICOS
ANOTAÇÕES
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Acabamento da argamassa de rejuntamento de base epóxi: utilize esponja semi-úmida, com movimentos circulares sobre a superfície rejuntada de modo a obter um acabamento plástico íntegro, plástico, sem pontos falhos e com uniformidade de cor;
P R O C E D I M E N T O S
Limpeza das juntas: promova a raspagem da área entre as juntas, retirando o excesso da argamassa colante;
pontos falhos e com uniformidade de cor;
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aos cordões. Em seguida, com o martelo de borracha bater cuidadosamente nas peças de modo a garantir 100% de preenchimento do verso do revestimento cerâmico. Para revestimentos de superfície polida e de coloração clara utilize martelo de borracha branco;
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ETAPAS Limpeza da base
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E
Identificação da área analisada:
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CHECK-LIST DO SUBSTRATO DATA: SIM
NÃO
Remoção de ferragens Regularização Integridade da alvenaria Idade da alvenaria Encunhamento Profissionais envolvidos
Considerações importantes:
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Data da liberação Responsável pela liberação
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OBSERVAÇÕES
ETAPAS
SIM
NÃO
Mistura mecânica Homogeneidade Traço da argamassa de regularização Caixote plástico Tempo em caixote Temperatura da base
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Espessura média
OBSERVAÇÕES
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DATA:
E
Identificação da área analisada:
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CHECK-LIST DO EMBOÇO E CONTRA PISO
Adição de água (remistura) Acabamento superficial Desagregação superficial Fissuras Som cavo Lote da argamassa de regularização Data fabricação/validade Aplicador
Considerações importantes:
Data da liberação Responsável pela liberação
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CHECK-LIST DO ASSENTAMENTO Identificação da área analisada: ETAPAS
DATA: SIM
NÃO
Idade do emboço / contrapiso Limpeza do emboço / contrapiso Temperatura da base Tipo de argamassa colante Mistura mecânica Homogeneidade Tempo de descanso Caixote plástico Tempo em caixote Desgaste da desempenadeira Formação de filetes Tempo de abertura do panos Engobe da placa cerâmica Preenchimento dupla face Esmagamento dos cordões de argamassa Adição de água (remistura) Largura das juntas
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Limpeza das juntas Empeno/desvios Som cavo Ensaio de aderência Lote da argamassa colante Data fabricação/validade Aplicador
Considerações importantes:
Data da liberação Responsável pela liberação
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OBSERVAÇÕES
ETAPAS
DATA: NÃO
OBSERVAÇÕES
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SIM
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Identificação da área analisada:
E
CHECK-LIST DAS JUNTAS
Tipo de junta Idade rejuntamento Limpeza das juntas Dimensões da junta Apoio flexível Fita crepe na junta
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Fita crepe em torno da junta Umidade Insolação Preenchimento das juntas Acabamento superficial Aparecimento de bolhas Limpeza Lote do material de preenchimento da junta Data fabricação/validade Aplicador
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Considerações importantes:
Data da liberação Responsável pela liberação
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ETAPAS Idade do assentamento
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E
Identificação da área analisada:
P R O C E D I M E N T O S
I N S P E Ç Ã O
CHECK-LIST DO REJUNTAMENTO DATA: SIM
NÃO
Limpeza das juntas Temperatura da área Tipo da argamassa de rejuntamento Mistura mecânica Homogeneidade Traço da argamassa de rejuntamento Caixote plástico Tempo em caixote Adição de água (remistura) Preenchimento das juntas Acabamento superficial Lote da argamassa de rejuntamento Data fabricação/validade Aplicador
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Considerações importantes:
Data da liberação Responsável pela liberação
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OBSERVAÇÕES
Devem ser observados os seguintes aspectos para a liberação e uso dos revestimentos cerâmicos: Tempo em aberto da argamassa colante: pressione a mão sobre a argamassa de assentamento colante e verifique se a mesma adere aos dedos. Caso negativo, deve ser substituída; Ve r i f i c a ç ã o d o a s s e n t a m e n t o : a c a d a 5 m ² d e revestimento cerâmico assentado, remova uma peça recém-assentada. Verifique se, pelo menos, 90% do seu verso está c oberto com a argamassa; Alinhamento do revestimento: observe o alinhamento de cada nova fiada colocada. No caso de peças desalinhadas, retire-as e faça os devidos ajustes; Ensaio de percussão/ teste do descolamento: antes de rejuntar, realize o ensaio de percussão, batendo com o cabo do martelo ou ferramenta similar, em cada revestimento assentado. Se ouvir um som “oco”,está malassentado e pode descolar com o tempo. Retire e assente novamente; Ensaio de resistência à aderência: antes de rejuntar realize o ensaio de aderência com o arrancamento de algumas placas a cada 400m². Liberação para rejuntamento: aprovado os itens anteriores, aguardar três dias para o rejuntamento, quando utilizada argamassa do tipo colante e três horas quando utilizada argamassa especial de pega rápida. Liberação para Uso Para trânsito leve (pedestre) argamassa de assentamento: 3 dias de cura da argamassa colante. Proteja o local com tábuas para passagem até a liberação definitiva da área. Para a argamassa especial de pega rápida, a liberação para trânsito leve dar-se-á após 3 horas do assentamento do revestimento cerâmico.
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ANOTAÇÕES
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Inspeção
Para trânsito normal e pesado argamassa de assentamento: 21 dias de cura de argamassa, no total. Proteja o local com tábuas até a liberação definitiva da área.Para a argamassa especial de pega rápida, a liberação para trânsito normal e pesado dar-se-á após 3 dias do assentamento do revestimento cerâmico.Atentar para o tempo de cura mínimo das argamassas de rejuntamento de base cimentícia e de base epóxi.
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4.3 INSPEÇÃO E LIBERAÇÃO PARA USO
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