Seminarionau2007

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Estudos urbanos e mobilidade: Serra e Cariacica (ES)* Conrado Gonçalves Carvalho** conradocarvalho@gmail.com

Este artigo é parte integrante da pesquisa Fluxos urbanos: redes territoriais de mobilidade e expõe os procedimentos de identificação dos espaços de fluxos (restrito ao deslocamento de pessoas por meios de modais diversos) e dos espaços fixos (nós de distribuição de fluxos) pesquisados nos municípios de Serra, Cariacica e Viana1, situados na Região Metropolitana da Grande Vitória (ES), bem como os resultados parciais alcançados pela pesquisa supramencionada. Os procedimentos metodológicos nesta etapa da pesquisa relativa aos estudos urbanos, subdividem-se em quatro fases, a saber: 1. pesquisa em documentação institucional; 2. pesquisa de campo; 3. mapas temáticos: escala urbana; e 4. procedimentos experimentais: setores e percursos de intervenção. A seguir, expõe-se em detalhes os procedimentos enumerados acima2 . Documentação e Pesquisa de Campo Foi realizado um estudo bibliográfico, cartográfico e iconográfico da Região Metropolitana da Grande Vitória, utilizando como principais referências o Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana da Grande Vitória e a Agenda Metropolitana da Grande Vitória. O objetivo deste estudo pauta-se no reconhecimento preliminar da realidade da região através de um melhor entendimento dos aspectos demográficos da população, do transporte, da estrutura viária e da mobilidade na região. O processo de urbanização da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) foi tardio porém intenso. De 70% rural em 1960, passou a ter, em vinte anos, apenas 36% da população distribuída em áreas rurais, o que provocou uma grande atração em investimentos no setor de infra-estrutura (transportes, energia, portos, construção civil, dentre outros), atraindo um grande número de pessoas a partir desse momento. (AVREM, 2002: 34) Esse processo pode ser notado pela análise feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde é apontado que desde a década de 50 até a virada do século ocorre uma preponderância na ocupação da região metropolitana em detrimento as demais regiões do estado. Em 2000, 46,4% da população total e 57% da população urbana do estado se concentram na RMGV (AVREM, 2002: 35). Serra e Viana foram os municípios que mais cresceram. Vitória manteve sua população praticamente inalterada, com taxa de crescimento de apenas 0,5% ao ano (AVREM, 2002: 14,15,16). Devem ser frisadas, no entanto, as desigualdades encontradas dentre os municípios que compõem a


Região Metropolitana. Em 1996, o censo do IBGE contou 1.182.354 habitantes da região, quatro anos depois, esse número passou para 1.441.596 habitantes, sendo que Vila Velha apresentava uma população com 345.965 habitantes, Cariacica 324.285, Serra 321.181, Vitória 295.304, Guarapari 88.400, Viana 53.452 e Fundão 13.009 habitantes. Observa-se que os municípios de Vila Velha, Cariacica, Serra e Vitória tem homogeneidade populacional e concentram 89,2% do total de habitantes da região (AVREM, 2002: 35). Os dados quantitativos relacionados à área ocupada por cada município dizem que Vitória assume a maior densidade da RMGV com 3,069 hab/km2, representando mais que o dobro da densidade demográfica de Vila Velha e de Cariacica, segundo e terceiro colocados, respectivamente. (AVREM, 2002: 37) De acordo com a Agenda Metropolitana 2002, “A expansão de indústrias, comércios e serviços distribuem-se de maneira diferenciada dependendo de atrativos fiscais e de infraestrutura de escoamento da produção como no caso das indústrias que se instalaram na Serra” (AVEREM, 2002: 37). Esses avanços foram possibilitados graças à pavimentação de duas rodovias federais na década de 60, a BR-101 e a BR-262, rodovias que atravessam na Grande Vitória os municípios de Serra, Cariacica e Viana. Em 1989, foi criado o Sistema Transcol que veio substituir o antigo sistema radialconcêntrico de linhas de ônibus, em que praticamente cada bairro tinha uma linha de ônibus que ia ao centro de Vitória, pelo sistema tronco alimentador, no qual as linhas periféricas se dirigem aos terminais urbanos, que são interligados pelas linhas troncais. (AVREM, 2002: 46). Caracterizado por uma rede tronco-alimentada, com terminais de integração, linhas alimentadoras e troncais, o modelo operacional adotado no sistema Transcol atende a todos os municípios da região metropolitana, com exceção de Guarapari. Seis municípios são interligados através de sete terminais urbanos (Carapina, Laranjeiras, IBES, Vila Velha, Itacibá, Campo Grande e Dom Bosco) estrategicamente localizados e permitindo que o usuário se desloque por toda a região pagando apenas uma tarifa (AVREM, 2002: 53). Ressalta-se o projeto de expansão deste sistema com previsão de 4 novos terminais, sendo eles futuramente localizados em Jardim América (Cariacica), São Torquato e Itaparica (Vila Velha) e Jacaraípe (Serra). Seguindo a lógica nacional, a mobilidade urbana da Região Metropolitana da Grande Vitória prioriza o transporte individual. Vale indicar o exemplo da capital do estado que possui aproximadamente 122 mil veículos cadastrados. A frota cresce sem parar, Luiz Fiorotti, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura adverte que


“Tradicionalmente, não há cidade capaz de expandir sua malha viária em velocidade capaz de competir com o crescimento da frota de veículos. A multiplicação dos automóveis no espaço urbano é sempre muito mais veloz” (FIOROTTI, 2006:4). Observando a situação viária da RMGV, concluí-se que quase 4,3% das vias apresentam algum nível de saturação, sendo que 22km da rede estão operando com tráfego acima da sua capacidade (AVREM, 2002: 53). A pesquisa de campo inicial corresponde à elaboração e aplicação de entrevistas 3 para coleta de dados e informações junto às Prefeituras Municipais da Grande Vitória (Viana, Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória), instituições e órgãos gestores de transporte e trânsito do Estado (Companhia de Transporte Urbano da Grande Vitória – CETURB e Companhia de Desenvolvimento da Cidade – CDV). Mapas Temáticos: escala urbana Consiste na formulação de base cartográfica digital para fins de elaboração de mapas temáticos sobre a rede de transportes dos municípios, associados às informações relativas ao uso do solo, espaços públicos e espaços vazios. Utilizou-se para este fim ferramentas computacionais de mapeamento, mediante a utilização do software ArcGIS, e as bases digitais coletadas junto às instituições municipais e órgãos gestores do setor de transporte. A seguir apresenta-se uma série de mapas na escala urbana das cidades de Cariacica e Serra, como resultado parcial dos estudos cartográficos em desenvolvimento. Cariacica:


Serra:


Procedimentos Experimentais: setores e percursos de intervenção Com o intuito de subsidiar a formulação de diretrizes de projeto de reestruturação urbanística para o espaço metropolitano, aplicado em situações críticas de mobilidade, com estudos dirigidos para a problemática dos veículos não motorizados, foram realizados alguns procedimentos experimentais. Por ora, efetiva-se a seleção de setores urbanos e


percursos urbanos para fins de intervenção cicloviária, e a identificação das propostas de zoneamento contidas nos planos diretores e municipais (PDU e PDM). A definição dos setores urbanos baseia-se nos seguintes critérios: proximidade com terminais de ônibus, fronteira/limite intermunicipal, pontos críticos de cicloviário, demanda institucional por parte das prefeituras, e articulação com espaços públicos e/ou vazios. A seleção dos percursos busca interligar os setores selecionados dentro de cada município, considerando suas especificidades. Após a seleção dos setores e percursos dos municípios de Cariacica e Serra, realiza-se a caracterização destes, por meio de registros distintos, tais como textos, mapas, diagramas e fotos produzidos a partir da visita a campo4. Cariacica – Setor 1 O setor 1 é composto pelos bairros Porto de Santana, Porto Novo, Morro do Sesi, Vila Oásis e Itacibá, localizados na região nordeste do município, da faixa beira-mar até proximidades do Terminal de Itacibá. Este setor foi selecionado por fazer fronteira com o município de Vitória pela baía noroeste; por abranger grandes espaços públicos e vazios; por seu território ser cortado por um sistema de linhas férreas; e pelo intenso fluxo de pessoas que usam de diversos modais para se locomoverem.


No bairro Porto de Santana predomina o uso residencial, com destaque para a presença de um comércio que vai do informal ao local. O comércio local concentra-se na Av. Vale do Rio Doce e estende-se até a Avenida principal. O bairro faz limite à oeste com a Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) e com uma grande área pertencente à Vale do Rio Doce. Diariamente recebe intenso tráfego de caminhões, ônibus de transporte público e automóveis, e um relevante fluxo de ciclistas e pedestres. É observado nos principais pontos de paradas de ônibus um considerável número de transporte clandestino em circulação. Suas vias são em sua maioria pavimentadas, e como principal ligação deste bairro com os demais da região, são indicadas as avenidas Vale do Rio Doce e Principal. As edificações tem padrão construtivo que varia de regular a bom, sendo que a maioria não possui afastamentos em relação ao limite do terreno. Concentram-se nas vias principais, edifícios acima de 3 pavimentos, sendo que este é o limite para as demais áreas do bairro. Em Porto Novo observa-se um predomínio do uso residencial com a presença de comércio que vai desde o informal ao local, sendo a concentração deste maior ao longo da Rua Manoel Siqueira. Os edifícios são em sua maioria de até 3 pavimentos, com algumas exceções. O padrão construtivo das edificações varia de regular a bom, predominando residências com afastamento frontal apenas ou sem afastamento. Aproximadamente metade das ruas do bairro são pavimentadas e as vias locais principais são as ruas Silvana Ferreira Santos e Manoel Siqueira. O bairro faz limite com o mangue ao norte e com os bairros Presidente Médici, Aparecida e Morro do Sesi. No bairro Morro do Sesi a maioria das ruas são pavimentadas, sendo as principais do bairro a Rua do SESI e a Rua Manoel Coutinho. O uso do solo é predominantemente residencial com edificações sem afastamentos em relação ao limite do lote e de até 3 pavimentos. Morro do SESI também já abrigou o


terminal aquaviário do município, desativado desde a década de 90 (FCAA, 2006: 3-49). Em Itacibá coexistem os usos residencial e comercial informal e regional. A Rod. José Sette (ou Rua Manoel Joaquim) centraliza o comércio regional, onde este supera o número de residências, além de concentrar serviços e equipamentos públicos e privados. As edificações apresentam em sua maioria um padrão que vai do regular ao bom e sem afastamento, com algumas exceções com afastamento frontal em relação ao limite do terreno. Nas vias principais existem edificações com mais de 3 pavimentos, quando no restante do bairro este é o limite. A rodovia José Sette é a via de maior fluxo não só do bairro como de toda a região. Tal importância tem origem histórica desde quando a via era usada para escoar produtos oriundos da região serrana do estado, chegando onde hoje é a Grande Vitória através dessa estrada que liga Santa Leopoldina com Cariacica. Hoje observa-se ali grandes problemas de circulação e de acessibilidade, problemas estes, colaborados inclusive pelo grande número de ônibus de transporte público. O bairro faz limite com o Terminal de Itacibá, um dos terminais de transporte público intermunicipal mais movimentados da Grande Vitória, e em breve fará limite também, com a nova unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (CEFETES), a ser localizada no final da Rod. José Sette (FCAA, 2006: 3-97). Vila Oásis tem predomínio do uso do solo residencial. As edificações apresentam em sua maioria um bom padrão construtivo, sem afastamentos em relação ao limite do terreno e em sua maioria possuem até 3 pavimentos (com algumas exceções). Em relação ao sistema viário, a maioria das ruas são pavimentadas e a Rua da Assembléia funciona como via local principal. O bairro faz limite com a área da Vale do Rio Doce ao Norte e o rio Itanguá ao Sul.(FCAA, 2006: 3-57)


Cariacica – Setor 2 O setor 2 é composto pelos bairros Campo Grande, Vila Palestina, Santa Fé, Laranjeiras, Santa Luzia, Cruzeiro do Sul, São Rafael e Santo André localizados na região central da zona urbana do município, entre o Terminal de Campo Grande até a Av. Expedito Garcia, tendo a BR-262 ao norte como limite. Este setor foi selecionado por conter o terminal de transporte público intermunicipal de Campo Grande; por ser atravessada pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), por possuir o mais importante pólo comercial do município, a avenida Expedito Garcia; pelo alto índice de habitantes; por abranger grandes espaços públicos e vazios; e pelo intenso fluxo de pessoas que usam de diversos modais para se locomoverem.

Campo Grande tem o predomínio do uso residencial, com exceção de algumas ruas onde o comércio é saliente e adquire abrangência regional. O comércio local e o informal estão distribuídos por todo o bairro e geralmente estão acompanhados de residências. Na Avenida Expedito Garcia e nas ruas Bolívar de Abreu, Ministro Eurico Salles e Carlos


Lindemberg o comércio tem abrangência regional, nas ruas Presidente Kennedy, Anatildes Passos Costa, São João, Padre José Carlos e Leopoldina é o comércio local que se destaca. As edificações tem em sua maioria padrão construtivo bom, sem afastamentos em relação ao limite do terreno e até 3 pavimentos em sua maioria, apesar da verticalização já ser um processo mais intenso no bairro, com alguns edifícios excedendo esse padrão. Destacam-se no bairro a Avenida Expedito Garcia, que além de ser sua principal via também concentra um forte comércio que demanda fluxos intensos de veículos motorizados, pedestres e bicicletas, o Terminal de Campo Grande e a um trecho da Ferrovia Centro-Atlântica (FCAA, 2006: 3-121). Santa Fé é um bairro onde predomina o uso residencial com comércio que vai do informal ao local, principalmente nas ruas Dom Pedro II, Leopoldina, Estrela Matutina e Glauber Rocha. As edificações, em sua maioria, apresentam um padrão construtivo que varia do regular ao bom, com afastamento frontal ou sem afastamento em relação ao limite do terreno e possuem até 3 pavimentos (com algumas exceções). Quanto ao sistema viário as ruas são em sua maioria pavimentadas. (FCAA, 2006: 3-134). Laranjeiras é um pequeno bairro espremido entre Campo Grande e Nova Palestina que tem como predominante uso do solo o residencial, com algum comércio que vai do informal ao local. O comércio local concentra-se na Rua Dois Irmãos. As edificações, em sua maioria apresentam um padrão construtivo bom, sem afastamentos em relação ao limite do terreno e em sua maioria com até 3 pavimentos. Quanto ao sistema viário as ruas são pavimentadas. (FCAA, 2006: 3-131). Em Vila Palestina predomina o uso residencial com comércio que vai do informal ao regional. O comércio local concentra-se na rua dos Peregrinos ou rua Palestina, já o comércio regional concentra-se na rua Sagrada Família e Avenida Jerusalém. As edificações, em sua maioria, apresentam um padrão construtivo que varia do regular a bom, sem afastamentos em relação ao limite do terreno e possuem até 3 pavimentos. O bairro é limitado por duas vias importantes, de um lado a BR-262, concentrando o comércio regional e do outro a rua dos Peregrinos, na qual concentra-se um comércio local e também serve como acesso ao Terminal de Campo Grande. Tem como um de seus limites um trecho da FCA, e suas ruas são em maioria pavimentadas (FCAA, 2006: 3-111). Um uso do solo predominantemente residencial com comércio que vai do informal ao local é observado no bairro Santa Luzia, principalmente na rua Palestina. As edificações apresentam em sua maioria um padrão construtivo bem variável, indo do precário ao bom, com afastamento frontal ou sem afastamento em relação ao limite do terreno e em sua maioria possuem até 3 pavimentos. Quanto ao sistema viário as ruas são


em sua maioria pavimentadas (com algumas exceções) (FCAA, 2006: 3-135). Em Cruzeiro do Sul predomina o uso residencial com algum comércio que vai do informal ao local. Destaca-se a presença do Terminal de Campo Grande nas proximidades. As edificações, em sua maioria, apresentam um padrão construtivo regular, sem afastamentos em relação ao limite do terreno e possuem até 3 pavimentos (com algumas exceções). Quanto ao sistema viário as ruas são pavimentadas. (FCAA, 2006: 3-126). São Rafael é um bairro onde predomina o uso do solo residencial com algum comércio que vai do informal ao local. As edificações apresentam em sua maioria um padrão construtivo que varia do regular a bom, com exceção do trecho de encontro das ruas do Vale e Independência. Além disso, elas possuem afastamentos bem variáveis, ora com afastamentos totais ou nenhum afastamento em relação ao limite do terreno e em sua maioria possuem até 3 pavimentos (com algumas exceções). A principal via do bairro é a Rua Dom Pedro II, pois além de concentrar o comércio local, também é um dos principais acessos ao Terminal de Campo Grande. Quanto ao sistema viário as ruas são pavimentadas. No bairro Santo André predomina o uso residencial, com comércio local distribuído pelo bairro. Além disso, destaca-se a presença do Cemitério São Pedro. As edificações apresentam em sua maioria um padrão construtivo regular, com afastamento frontal ou sem afastamento em relação ao limite do terreno e geralmente possuem até 3 pavimentos. Quanto ao sistema viário as ruas são em sua maioria pavimentadas. (FCAA, 2006: 3-314)

Percurso 1 O percurso 1 interliga os populosos bairros do Setor 1 de Cariacica, localizados na região norte da Baía de Vitória, com as imediações de onde vai ser o novo Terminal de Jardim América, terminal este inserido em setor analisado no contexto da pesquisa integrada.

Percurso 2 O percurso 2 interliga os bairros do Setor 2 com os do Setor 1. Fazendo uso assim, da BR262 para percorrer a maior parte deste caminho.


Serra – Setor 1 O setor 1 é composto pelos bairros Manoel Plaza, Eurico Sales, Rosário de Fátima, Boa Vista, Carapina Grande, André Carloni e Jardim Carapina.. Todos os bairros estão incluídos na Região administrativa de Carapina. Este setor foi selecionado por incluir o terminal Urbano de Carapina; por ser uma região próxima ao município de Vitória, ter um importante ponto de passagem na BR 101 e por abranger muitos pontos críticos, além de ser um ponto com grande fluxos de bicicletas e pedestres.


O Bairro de Boa Vista possui uso misto e está nas proximidades da BR-101. Devido a essa proximidade o Bairro passa a ter na margem dessa via serviços com escala metropolitana como o Vitória Apart Hospital e comércios de grande porte. O bairro é um ponto critico para ciclistas. O Bairro de Jardim Carapina é predominantemente residencial com comércios de pequeno e médio porte, possui muitos pedestres e uma grande área ocupada pelo Parque de exposição Floriano Varejão. Os Bairros de Carapina Grande e André Carloni são de uso misto. No Bairro de Carapina Grande existe o Centro cultural São João de Carapina. Nas proximidades da BR101 muitos comércios e serviços de Grande porte, com muitos conflitos entre ciclistas, pedestres e motorizados, o contrário do interior do bairro que possui comércio de pequeno porte e poucos conflitos. No bairro Rosário de Fátima está localizado o Terminal Urbano de Carapina, que adquire um caráter de articulador metropolitano. No terminal observa-se nenhuma relação com outros modais, possuindo dessa forma muito conflito entre modais nessa área.Vale ressaltar que a maioria desses setores possui relação com a BR-101, que se caracteriza por um fluxo intenso, até mesmo de cargas, já que o município de Serra se assinala por ter um forte cunho industrial. Dessa forma, o local é uma importante via de passagem e de ligação com a capital do estado, e gera um serie de conflitos entre os modais de transporte. A via também possui uma série de serviços e comércios de grande porte, atraindo muitas pessoas para a Região.


Serra – Setor 2 O setor 2 engloba os bairros Nossa Senhora da Conceição, São Marcos, Jardim da Serra, Colina da Serra e Centro. A área fica na região administrativa de Serra Sede. O setor foi escolhido devido ao intenso fluxo de veículos e pedestres, por possuir muitos espaços vazios, espaços verdes, praças e parques. Os bairros também ficam as margens da BR-101, apesar de que não exista nas suas margens tantos comércios e serviços como no Setor 1. Isso se explica por estar mais afastado da capital, fator que também explica a quantidade de espaços vazios na região. Nessa área se localiza o Centro da Serra. Os bairros Nossa Senhora da Conceição, São Marcos, Jardim da Serra, Colina da Serra são predominantemente de residências e apesar do fluxo intenso de modais alternativos (bicicletas e pedestres) não possuem nenhuma estrutura adequada. O fluxo de carros e caminhões na BR-101 é intenso, já que o setor é um importante ponto de passagem para o Norte. O centro se caracteriza por ser uma área de serviços, de estabelecimentos públicos instituicionais e também por ter uma grande importância histórica.


Percurso 1 Liga a região de Serra Sede à Grande Carapina, usando como via principal a BR-101.

(*)

Palestra para o III Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do NAU/UFES, Vitória, junho de 2007.

(**)

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo.

BIBLIOGRAFIA ABE, André T. Grande Vitória (ES): Crescimento e Metropolização. Tese de Doutorado, São Paulo: FAU-USP, 1999. AVREM/ ASSOCIAÇÃO DOS VEREADORES DA REGIÃO METROPOLITANA. Agenda Metropolitana da Grande Vitória 2002. Vitória: 2002. GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/ SECRETARIA DE TRANSPORTE URBANO. Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana da Grande Vitória - PDTU. Vitória: 2001. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE VITÓRIA. Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Vitória. Vitória: 2007 (em desenvolvimento). FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA. Plano Diretor Municipal de Cariacica. Vitória: 2006. 1

Os estudos relativos ao município de Viana não será exposto neste artigo, no entanto compõe o conjunto

da pesquisa integrada em desenvolvimento. 2

Este artigo conta com a colaboração da aluna pesquisadora de iniciação científica Samira Prôeza, quanto

ao trabalho desenvolvido em relação ao município de Serra. 3

A entrevista aborda temas relacionados ao transporte, tais como investimentos, políticas de incentivo aos

modais não motorizados e políticas de integração dos municípios; infra-estrutura, como sistema TRANSCOL III e projetos de melhoria do fluxo; trânsito, tais como pólos geradores de fluxo, pontos críticos e nós de


distribuição de fluxos; e mobilidade, como política de intermodalidade e os pontos de conflito de diferentes modais. O material completo da entrevista será disponibilizado com a finalização da pesquisa integrada. 4

Na visita a campo identificamos, dentre outros itens, os pontos críticos, os pólos geradores de tráfego, as

condições existentes de ciclovias, ciclofaixas ou ciclo-redes e os equipamentos que atendem aos ciclistas tais como bicicletários e oficinas de bicicletas. O roteiro completo da visita a campo será disponibilizado com a finalização da pesquisa integrada.


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