

No palco da geopolítica falamos de flores e pão. Clima perfeito para apontar a raiz da questão: Fome.
Enquanto a Fome gera conflitos, guerras e mortes, partilhar as boas novas num mundo globalizado nos parece óbvio.
Aqui, o entendimento é: União não significa anular o diferente. Paz não significa que todos os problemas foram resolvidos.
E viver é complexo demais. Porém, como num ciclo, a Esperança se renova a cada manhã.
Isto posto, um detalhe: à mesa podemos conviver e partilhar projetos, planos, estratégias...
E isso é possível, e nos salva de nós mesmos.
Era uma vez, na majestosa colina. Onde a relva aparecia todas as manhãs depois da espessa neblina. Onde o orvalho caía sobre o imenso gramado.
Estava ela, Esperança
Todos os dias, ela se deixava florescer. Seus pensamentos criavam flores. Depois, ela mesma as colhia.
Magníficas flores com perfumes encantadores formavam pequenos buquês.
Esperança partilhava seus buquês com gente grande e gente pequena.
Naquele lugar tinha algo que também era partilhado, o pão.
Todas as manhãs, em cada mesa tinha buquê de flores e pão.
Flores e pão, alimentos para a alma, para o corpo e para o espírito.
Cada mesa
tinha sua beleza, sua arrumação, sua perfeição.
Esperança era feliz naquele lugar. Mas, ela sabia que existiam outros lugares que não tinham flores, também não tinham o pão.
Certo dia, Esperança teve uma ideia.
Os seus pensamentos começaram a criar flores e mais flores, todas magníficas e extraordinárias. Era uma grande quantidade de flores, e vários e vários buquês.
E para sua ideia, Esperança foi conversar com quem partilhava o pão, e fez o convite.
Então, começou a produção de buquês de flores e pão.
Não demorou muito e tudo estava pronto.
Uau! Imagine o que aconteceu.
Vários e vários buquês. E o pão se multiplicou.
Assim, começou a Grande Jornada da Partilha.
E ninguém mais ouviu falar da Fome em nenhum lugar do mundo.
Educadora, assistente social e pesquisadora independente. Especialista em A arte de contar histórias e em Educação Inclusiva e Deficiência Mental (Intelectual). Fez Seminário Teológico. Idealizadora do Contação de Leitura – um projeto social, um conceito. Conta histórias com os livros há mais de trinta anos. Trabalhou em organizações sociais na área da Assistência Social, grande parte com formação profissional. Membro dos Grupos de Pesquisa A voz escrita infantil e juvenil: práticas discursivas e Categorias da Narrativa, certificados CNPq - Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária PUC-SP. Foi aluna ouvinte do mesmo Programa. Foi bolsista CNPq como auxiliar de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Educação: História, Política e Sociedade – PUC-SP. Foi aluna ouvinte do mesmo Programa. Foi bolsista de iniciação científica pelo PIBIC-CEPE/PUC-SP, pesquisa Escola pública e as possibilidades para implantação do Serviço Social (Graduação em Serviço Social PUCSP). Tem seus estudos sobre o livro, a leitura e a infância.
Débora Lima (lima.de)
Comunicóloga e artista-crítica. Mestre em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP/CAPES). Graduada em Comunicação Social – Rádio e TV. Formada em Artes Plásticas pela Escola Panamericana. Pesquisa há nove anos a relação entre as pessoas e os espaços urbanos a partir dos estudos dos processos de criação, percepção/ cognição e da crítica poética; tem interesse, também, nos Estudos Asiáticos, especialmente sobre Japão e China, com foco nas áreas: audiovisual, tecnologia e estudos culturais. Tem pouco mais de seis anos de experiência em gestão de projetos e desenvolvimento de produtos didáticos para educação básica. Cerca de treze anos de experiência docente em instituições sociais com crianças e pré-adolescentes. Membro do Centro de Estudos Orientais, certificado CNPq – Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica PUC-SP.
.São Paulo: Contação de Leitura, 2024 1. cenografia 2. geopolítica 3. literatura
este texto foi escrito na fonte Xants.