Vágne Alves - TGI 2 Unicep 2022

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Centro de Educação Ambiental Jardim Acapulco - São Carlos - SP Vágne Alves da Silva Centro Educação Ambiental Jardim Acapulco - São Carlos - SP C.E.A CAMBUÍ C.E.A CAMBUÍ Alves da Silva C.E.A CAMBUÍ

Figura 1: (Foto da Capa). Fonte: Site FIA (Fundação Instituto de Administração)¹ ¹Disponível em: <https://fia.com.br/blog/educacao-ambiental/>. Acessado em: 01 dez. 2021

Vágne Alves da Silva TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR

C.E.A CAMBUÍ

Centro de Educação Ambiental Jardim Acapulco - São Carlos - SP

São Carlos - SP 2022
“A educação ambiental certamente é um caminho importante a ser trilhado, na medida em que ensina, conscientiza,epotencializaamudançadehábitos.”
(SOARES, PERES, ZANINI, ROESLER, 2021, pag.87).

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar esse trabalho de graduação interdisciplinar às seguintes pessoas: Primeiramente ao meu marido e minha família pelo suporte dado e apoio durante todo o período da faculdade. Aos meus pais, que sempre disseram, com toda a simplicidade, que queriam ver os filhos ‘‘doutores’’, isso me impulsionou e quando eupude,mematriculei.

Ao Caio Volpiano, que no início do curso não poupourecursosparagarantirqueeupudessefazer afaculdade.

Às minhas colegas do curso, Luiza Bassoi, Isis e Flávia que sempre me deram estímulo para chegarnessemomento.

À minha sócia, Paula, que no final desse trabalho, segurou as pontas no escritório e me deu totalapoio.

E a todos os meu professores que sentirei saudades, que tive o prazer de dividir meu tempo durante esses 5 anos de curso, que sem dúvida nenhuma, contribuíram muito para que eu chegasse atéaqui. AgradeçoemespecialaAdrianaAlmeidae a Ana Lúcia Cerávolo que foram e continuarão sendo fonte de inspiração. E não poderia deixar de citar o meu orientador Renato Locilento, figura extraordinária.Obrigado!

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS ÁREA E INTERVENÇÃO REFERÊNCIAS PROJETUAIS PROGRAMA DE NECESSIDADES O PROJETO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10 12 14 24 26 38 44 46 96

APRESENTAÇÃO

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O presente trabalho tem por objetivo desenvolver um Centro de Educação Ambiental (CEA), para tornar a relação da sociedade com meio ambiente mais coesiva, em busca de uma normalidade no que se refere a cuidar do meio ambiente, começando principalmente na fase inicialdoaprendizadodascrianças,promovendocontato direto com a natureza, com os conceitos de sustentabilidade, despertando um "pensar ecológico", para que um dia, de forma intrínseca, essa relação entre homemenaturezaocorra.

O equipamento atenderá crianças em idade escolar no contraturno, para aulas expositivas com abordagem direta e clara sobre as questões de sustentabilidade. Também será possível visitas guiadas, pois o equipamento incorporará ao seu programa os Bosques Santa Marta e Cambuí, além da APP do Córrego do Cambuí, que serão ‘‘laboratórios’’ de experimentaçãoatravésdossentidos.

No projeto do edifício do CEA, um modelo de construção mais alternativo e sustentável, um modelo de bioconstrução e autossustentabilidade, sendo gerador deconhecimentoeenergia.

Na construção civil, setor em que apenas os edifícios são responsáveis por 33% do consumo global de energia e 39% das emissões de gases de efeito estufa, práticas como a da bioconstrução têm apontado uma direção diferente na forma de lidar com as demandas humanas de forma indissociada danatureza.(ARCHDAILY,2020)

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INTRODUÇÃO

Toda a preocupação com a crise ambiental e os riscos globais do século 21, para além dos medos e angústias gerados na vida social, segundo Barbosa (2008) exigem dos governos (com planejamento e formulação de políticas públicas) e da sociedade civil (com a mobilização de suas organizações) ações concretas de enfrentamento para garantir a continuidade da vida na Terra. Nesse sentido a Educação Ambiental abrangeocontextopolítico-social.

A origem da compreensão sobre a necessidade urgente de se investir em processos de Educação Ambiental (EA) provavelmente baseou-se na percepção de algumas pessoas, em diferentes lugares do mundo, de que em muitas sociedades as relações humanas e do ser humano com os demais elementos do ambiente eram (e são) predatórias e insustentáveis, e precisavam (e precisam) ser aperfeiçoadas (TONISSE,pag.35,2005).

A Educação Ambiental deve proporcionar as condiçõesparaodesenvolvimentodascapacidadespara que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientaisquantonaconcepçãoeaplicaçãodedecisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambientalpública(QUINTAS,2008).

processo de institucionalização da Educação Ambiental no país, tendo como pontapé inicial, pelo menos para o ensino formal, a Lei nº 6.938/81, a qual, ao instituir a Política Nacional de Meio Ambiente, determinou a inclusão da EA em todos os níveis de ensino. Desde 2002, com a regulamentação da PNEA, o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) propõe fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente, por meio do qual a PNEAdeve ser implementada em regime de colaboração com os entes da Federação (BARBOSA, 2008).

Barbosa (2008) ainda diz que a presença da educação ambiental, com suas ações sinérgicas e perspectiva sistêmica e continuada, na implementação da educação integral e integrada no país favorecerá a criação de espaços participativos de educação para a sustentabilidade socioambiental e a construção de novos arranjoseducativoslocais.

A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) instituída pela Lei nº 9.795/99 e seu decreto de regulamentaçãoem2002têmcontribuídoparaaceleraro

De acordo com Zanon (2019), a inserção curricular da Educação Ambiental na Educação Infantil ainda precisa ser fortalecida dentro da perspectiva crítica e transformadora, a fim de que os indivíduos se tornem mais conscientes e atuantes ante os acontecimentos que nos cercam e que possam refletir sobre as questões ambientais para além de ideais que se restringem ao cuidado, preservação e empatia com a natureza, ou ainda, para além de ações pontuais como reciclagem e plantiodeárvores.

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JUSTIFICATIVA

São Carlos configura-se como uma cidade média paulista de relevância regional devido a seu papel produtivo; sua articulação na rede urbana; sua localização em eixos de desenvolvimento; a intensa atuação de universidades, tecnopólos e centros de pesquisas, o que a torna uma cidade conectada com redes globais de conhecimento e de inovação (SPOSITO;GÓES,2013).

São Carlos, tem apresentado taxas de crescimento populacional superiores às demais do Estado de São Paulo e do Brasil. Devido ao acelerado crescimento populacional e aos modelos de ordenamento territorial, os conflitos e contradições socioespaciais também estão presentes em seus espaçosurbanos...(PERESeSCHENK,2021).

Considerando esse crescimento acelerado, vários problemas urbanos também crescem na mesma velocidade, como a densidade, o padrão construtivo, os usos do solo, a morfologia do território e a ausência de arborização, tudo isso são fatores condicionantes na geração de temperaturas elevadas e ampliam regiões de risco(RAMPAZZO,2015).

Diariamente somos bombardeados com notícias acerca da poluição, abate indiscriminado de espécies animais e vegetais, destruição de árvores, degradação do ambiente urbano, a progressiva diminuição da camada de ozono, a ocorrência de grandescatástrofesnaturaisemdiversasregiõesdo globo… Enfim, uma panóplia de problemas que afetam a qualidade e vida de todos nós. Resultando de desequilíbrios ambientais, em boa parte provocados pela ação humana, esses problemas,

no nosso ponto de vista, parecem ter duas soluções aparentemente possíveis e complementares, sendo elas: medidas de curto prazo, por vezes drásticas, coercivas e punitivas e, por outro lado, medidas a longo prazo que passam pela Educação. (CRUZ, S. G.M.2007Pag.35).

“As cidades precisam se adaptar às mudanças climáticas para se tornarem resilientes aos impactos ambientais”. (BUENO e XIMENES, 2011, p. 129). Segundo Soares, Peres, Zanini, Roesler (2021) as mudanças climáticas agravam as condições sociais das populaçõesmaispobres,principalmentenoqueserefere a excassez de água. Nesse contexto é fundamental e impressindível para a resiliência climática a educação ambiental que “é um conjunto de práticas e conceitos voltados para a busca da qualidade de vida, com o objetivo de criar diretrizes para autossustentabilidade.” (MEDEIROS, MENDONÇA, SOUSA e OLIVEIRAS, 2011,p.9).

Segundo Layrargues (2004), a existência de determinadoriscooudanoambiental,comoapoluiçãodo ar, contaminação hídrica, pesca predatória, aterramento de manguezais, emissões radiativas, etc., para ser compreendida em sua totalidade, deve ser analisada a partir da inter-relação de aspectos que qualificam as relações na sociedade (econômicas, sociais, políticas, éticas,afetivas,culturais,jurídicasetc.),comosaspectos próprios do meio físico-natural. Tudo isto, sem perder de vista que outras ações sobre o meio físico natural podem gerar novas conseqüências sobre o meio social. Assim, são as decisões tomadas no meio social que definem as alteraçõesdomeiofísico-natural.

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TalargumentoestabelecerelaçõescomMedeiros et al. (2011) que afirma que com o passar do tempo a questão ambiental é cada vez mais considerada como umfatoqueprecisasertrabalhadacomtodasociedadee principalmente nas escolas. O quanto antes essa vertente for explorada na educação dos indivíduos, melhores os resultados, “pode-se entender que a educação ambiental é um processo pelo qual o educando começa a obter conhecimentos acerca das questões ambientais, (...) sendo um agente transformador em relação à conservação ambiental.” (MEDEIROSetal.,2011,p.2).

Os centros de educação ambiental não seriam escolas pedagógicas, mas sim centros geradores ou capacitadores de ideias e propostas. (...) a ideia dessa proposta pedagógica do Centro de Educação Ambiental seria utilizar o programa curricular oficial e transceder o banco escolar, quer dizer, envolver o saber popular e o saber científico, o Centro seria catalizador e difusor desses conhecimentos.(BRASIL,1992,pag.102).

Parareforçaraintegraçãocomomeioambientee transceder o banco escolar, Santos e Queiroz (2020, p. 5) afirma que bosques são importantes espaços educadores, onde se pode, além de trabalhar temas relacionados à importância da conservação da biodiversidade, despertar nos visitantes o interesse pela conservação de áreas verdes no ambiente urbano. Nesse contexto, citando explicitamente o Bosque Santa Marta em São Carlos - SP, que é um fragmento florestal remanescente da Fazenda Santa Adélia e que através da iniciativademembrosdaAssociaçãodeMoradorese Proprietários de Imóveis do Parque Santa Marta,

liderados pelo Professor Benjamim Mattiazzi, realizaram um processo de valorização e conservação do Bosque, sensibilizando a maioria da comunidade e garantindo suapreservação.

...o conceito de resiliência urbana implicaria no pensar suas áreas vegetadas como atenuadores dos impactos antrópicos e da urbanização sem planejamento ambiental, os quais prejudicam a qualidade de vida dos habitantes e usuários do ambiente .( BUENOeXIMENES,2011,pag.133).

Bueno e Ximenes (2011) acreditam que a amenização dos efeitos danosos da ilha de calor em áreas urbanas pode ser realizada através da implantação de uma infraestrutura verde bem planejada e que para isso, um caminho possível é a análise integrada sociedade-natureza, em que se pensa a cidade também sob o ponto de vista do verde urbano e do transporte limpo, aproveitando sua estrutura e elementosnaturaisqueacompõe.Talatividadepodeser proposta e realizada pela sociedade local, a qual pode reconhecer a problemática da sua própria realidade e procurarsubsídiospararesolvê-laou,nomínimo,mitigála, através de ações práticas e concretas em determinadaárea.

Ainfraestrutura verde contribui para a preservação da qualidade do ar e para as mudanças climáticas; principalmente ao combate às ilhas de calor, pois funciona como “corredores” de vento, ligando ruas, praças e parques públicos, evitando a concentração de ar quente e de gases do efeito estufa. ( BUENOeXIMENES,2011,pag.130)

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No contexto da pandemia de Covid-19, iniciada em março de 2020, onde a recomendação é evitar aglomerações principalmente em locais fechados, afim de evitar a disseminação do vírus, os espaços ao ar livre são uma válvula de escape. Segundo a médica infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana e da Maternidade Pró Matre Paulista, Rosana Richtmann, ‘‘sevocêmantiverodistanciamentodecercade2metros, o risco de ser contaminado por esses aerossóis em um local ao ar livre, como um parque, é praticamente nulo’’. (RICHTMANN,2020).

Cada vez menos percebidas nas paisagens urbanas,os espaços verdes são itens fundamentais para a drenagem do solo, para o ar e também para o bem-estar das pessoas.Apandemia do novo coronavírus trouxe muitos aprendizados, dentre eles a falta que o verde faz no cotidiano. (...)

As áreas verdes urbanas promovem a interação social e faz parte da vida das pessoas em diversas faixasetárias.

(...) Outro aspecto que vale lembrar sobre os espaços, são os efeitos terapêuticos que favorecem o bem-estar e a qualidade de vida. Por exemplo, a queda de hiperatividade em crianças que mantém contatocomanatureza(...)

Para as consequências ambientais, mais árvores significam mais ar puro, uma vez que transformam o gás carbônico em oxigênio pela fotossíntese. Por isso a sensação de ar fresco, e até de relaxamento, jáquevocêpassaainspirareexpirarmelhor.

A paisagem natural é importante para ajudar a diminuir as temperaturas de ilhas de calor nos centros urbanos, causadas pelos asfaltos, carros e queimasdecombustíveis.(VIRGINIA,2021)

Quadro 1 - Crescimento da área urbana e perda de vegetação em m² - São Carlos (SP)

- Stanganini, F. N., & Lollo, J. A. 2016

Paraquetodosessesapontamentossejamdefato compreendidos por todos é necessário educar, pois “educar é um fenômeno típico, uma necessidade ontológica de nossa espécie, e assim deve ser compreendido para que possa ser concretamente realizado.”(LAYRARGUES,2004,p.76)

Percebo em falas de educadores ambientais a certeza de que o problema atual pode ser resolvido pela mudança nos padrões de pensamento científico e “popular”, bem como por uma nova ética (ecológica ou planetária), como se a realidade fosse construída de modo unidirecional do plano das idéiasparaodaprática.(LAYRARGUES,2004,pag. 77)

“A articlulação entre educação e meio ambiente é fundamental, pelo fato da educação mediar todas as relações sociais humanas”. (IARED, 2010). São Carlos ainda está no começo no que se refere a EA, segundo Zanon (2019), tanto na formação dos prefessores quanto aoconteúdoaplicadonosCEMEIs.

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Fonte

EducaçãoAmbiental se insere na Educação Infantil de forma incipiente, tanto em relação à forma quanto ao conteúdo. Sendo assim, creditamos na importância da formação das professoras, no que diz respeito ao desenvolvimento de práticas em Educação Ambiental na perspectiva crítica, tanto noscursosdeformaçãoinicialecontinuada,quanto nos documentos que orientam a prática das professoras dos CEMEIs pesquisados, como, por exemploosDCNEI.(ZANON,2019,pag.98)

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e assegurar que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil. (NACÕES UNIDASBRASIL,2022)

Agenda 2030 é um plano de ação global que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas, criados para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, dentro das condições que o nosso planeta oferece e sem comprometer a qualidade de vida daspróximasgerações.(ECAM,2022)

Objetivo 13 . Tomar medidas urgentes para combater a mudançaclimáticaeseusimpactos(*)

13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todosospaíses;

13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégiaseplanejamentosnacionais;

13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudançadoclima;

13.a Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das Nações UnidassobreMudançadoClima[UNFCCC]paraametade mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação significativas e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima pormeiodesuacapitalizaçãoomaiscedopossível;

¹Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acessado em: 18 mar. 2022 18
Figura 2: Objetivos da Agenda 2030 Fonte: Site NaçõesUnidas Brasil)

13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidadeslocaisemarginalizadas.

(*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima. (NACÕES UNIDASBRASIL,2022)

Nesse contexto, propõe-se a instalação de um Centro deReferênciaemEduaçãoAmbientalnacidadedeSão Carlos, funcionando como extensão das escolas públicas ou privadas e absorvendo o Bosque Santa Marta como parte do programa, com foco principal nos alunos da educação infantil, pois “a inserção da EA na formação de jovens pode ser uma forma de sensibilizar os educandos para um convívio mais saudável com a natureza” (MEDEIROS et al., 2011), podendo ser aberto a toda comunidade. O CEAtem como base as 4 dimensões defendidas pela Rede CEAs a seguir explicitadas:

*EspaçoFísico,EquipamentoseEntorno;

*EquipeEducativa

*ProjetoPolítico/Pedagógico

*EstratégiadeSustentabilidade

Consideramos como Centros de Referência em Educação Ambiental aquelas iniciativas que, ademaissedesempenharemopapeldedifusores, disponibilizadores de informações, cumprem importantes papéis de articulação entre educadores ambientais e suas respectivas instituições/projetos, e de apoio a elaboração e implementação de projetos e programas de EA numa escala local/regional/estadual. (REDE CEAs,2021)

“A educação ambiental certamente é um caminho importante a ser trilhado, na medida em que ensina, conscientiza, e potencializa a mudança de hábitos.” (SOARES, eat al., 2021, p.87). Pode transformar a relação da sociedade com meio ambiente mais coesiva, em busca de uma normalidade no que se refere a cuidar do meio ambiente, começando principalmente na fase inicial do aprendizado das crianças, promovendo contato direto com a natureza, com os conceitos de sustentabilidade, despertando um “pensar ecológico”, para que um dia, de forma intrínseca, essa relação entre homem e naturezaocorra.

Figura 2: Background. Fonte: Site Certificado Cursos Online¹ ¹Disponível em: <https://certificadocursosonline.com/cursos/curso-de-educacao-ambiental/>. Acessado em: 01 dez. 2021

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SÃO CARLOS

São Carlos é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, na região Centro-Leste, e a uma distância rodoviária de 231 quilômetros da capital paulista. Sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2021 era de 256 915 habitantes, distribuídos em uma área total de 1 136,907 km².(PREFEITURA DESÃOCARLOS,2022)

São Carlos e a Questão Ambiental

São Carlos-SP apresenta, de acordo com Trevisan, Moschini, Dias e Gonçalves (2018), características de desenvolvimento consolidadas, com elevado grau de urbanização, crescimento populacional e alto potencial industrial e agrícola, entretanto o município está inserido nas regiões de MataAtlântica e o Cerrado que são dois hotspots de biodiversidade. Desta forma São Carlos torna-se uma área favorável para análise das vulnerabilidades ambientais, principalmente relacionadas aos constantes impactos das atividades humanassobreosecossistemasnaturais.

Sabe-se que a EAé fundamental para a mudança desse cenário de vulnerabilidades, no entanto em São Carlos o tema ainda está inserido de modo pouco eficaz naeducaçãodosindivíduos,principalmentedaeducação básica.

Segundo Zanon (2019), a inserção da Educação Ambiental em CEMEIs de São Carlos é feita de forma incipiente, tanto em relação à forma quanto ao conteúdo. Diante do panorama encontrado, acredita-se na importância de investimentos na formação de professores, tanto inicial quanto continuada, visando o desenvolvimento de práticas em Educação Ambiental Crítica,desdeoiníciodaEducaçãoBásica.

Para Zanon(2019) a inserção curricular da Educação Ambiental na Educação Infantil ainda precisa ser fortalecida dentro da perspectiva crítica e transformadora, a fim de que os indivíduos se tornem conscientes e atuantes ante os acontecimentos que nos cercam e que possam refletir sobre as questões ambientais para além de ideais que se restringem ao cuidado, preservação e empatia com a natureza, ou ainda, para além de ações pontuais como reciclagem e plantiodeárvores. Quadro 2 - Grau de urbanização do município de São Carlos (SP)

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- Stanganini, F. N., & Lollo, J.
2016
Fonte
A.
Figura 03 - Estar do Bosque Santa Marta. Fonte - Site PraTurista, 2021¹

Contrapondo-se, o Bosque Santa Marta, que é um fragmento florestal remanescente da Fazenda Santa Adélia, que por iniciativa de membros da Associação de Moradores e Proprietários de Imóveis do Parque Santa Marta, liderados pelo Professor Benjamim Mattiazzi, passou por um processo de valorização e conservação, sensibilizandoamaioriadacomunidadeegarantindosua preservação. Visitas guiadas são realizadas no bosque, estimulando a percepção do ambiente através dos sentidos.

Uma visita significa muito mais que passear e conhecer algo sobre um determinado ambiente. Trata-se de uma interpretação ambiental, ou seja, uma atividade que traduza, ou explique, os fenômenos que podem ser observados. Não podemos confundi-la com informação. Ainterpretação é uma revelação baseada na informação (SANTOS,QUEIROZ,2020).“ Sendoassim,oBosqueéum importante espaço educador, onde se pode, além de trabalhar temas relacionados à importância da conservação da biodiversidade, despertar nos visitantes o interesse pela conservação de áreas verde”. (SANTOS, QUEIROZ, 2020, Pag.5)

Espaços como o Bosque Santa Marta, além de ‘‘educar’’, ainda contribuem para a drenagem das águas pluviais, que constantemente tem causado grandes prejuízosparaacidadedeSãoCarlosdevidoaumasérie de fatores, dentre eles o aumento da urbanização e impermeabilização do solo. Segundo Souza (2008), a drenagem urbana e o uso e ocupação do solo estão intimamente ligados. Exemplos das consequências do mau planejamento de drenagem são: aumento de volumesdeescoamentosuperficial,aumentodasvazões máximas, aumento da velocidade do escoamento, reduçãodetemposdepico,transbordamentodecalhase caniseentupimentodebueiros.

¹Disponível em: <https://praturista.com/bosque-santa-marta-e-bosque-cambui-sao-carlos-sp/>. Acessado em: 05 dez. 2021

²Disponível em: <https://www.saocarlosagora.com.br/cidade/nove-meses-apos-enchente-historica-doria-nao-ajudou-sao-carlos-com-ne/130399/>. Acessado em: 05 dez. 2021

Figura 04- Bosque Santa Marta. Fonte - Site PraTurista, 2021¹
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Figura 05 - Destruição Causada por Enchente em São Carlos. Fonte - Site São Carlos Agora, 2020²

OBJETIVOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Propor um CEA, com a finalidade de tornar a relação da sociedade com o meio ambiente mais coesiva.

Promover o contato direto com a natureza e com os conceitos de sustentabilidade através de visitas guiadas.

Despertar um pensamento ecológico.

Utilizar bosques e áreas verdes como ‘‘laboratórios’’ de experimentação através dos sentidos

Utilizar um modelo de construção, alternativo e sustentável sendo gerador de conhecimento e energia.

PÚBLICO ALVO

Educar crianças em idade inicial da educação básica no contraturno escolar como também a comunidade em eventos alternativos.

LOCALIZAÇÃO

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Rua Miguel Abdelnur Filho, Jardim Acapulco, São Carlos - SP.

ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Figura 06: Vista da Esquina entre as Ruas Vicente Aparecido Silva e Diamantino Pereira. Fonte: Google Maps.

A decisão pela área da intervenção se deu a partir da determinação de um eixo para elaboração de um levantamento do território, contando cinco quarteirões a partir de cada lado do eixo. Originou-se então vários mapas com diversos dados: uso e ocupação do solo, gabarito, densidade demográfica e etária, estudo ambiental e mobilidade.

A análise destes dados gerou percepções de carências e vocações da determinada área do eixo. O aluno, com olhar curioso às questões ambientais, percebeu uma vocação de um fragmento da áreaestudadaparaaEducaçãoAmbiental.

Um terreno institucional, vazio, em formato triangular e as margens de uma APP e da nascente do Córrego do Cambuí, além disso, bem próximo encontram-se o Bosque Cambuí e o Bosque Santa Marta, que já exerce a função de educar fora do bancoescolar.

O acesso a essa área é facilitado a qualquer ponto da cidade, pois está localizadopróximodaviaarterialRuaMiguel Petroni, com ponto de ônibus próximo, ao mesmo tempo é um local tranquilo num bairromajoritariamenteresidencial.

A APP do Córrego Cambuí é uma ligação direta ao Bosque Santa Marta e também o Bosque Cambuí, portanto, a área tem alto potencial para implantação de um CEA ligando-o com os bosques através um parquelinear.

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Figura 07: Vista da Aérea de São Carlos. Fonte: Google Maps.
R= 1 km Nascente do Córrego Cambuí Bosque Santa Marta Bosque Cambuí Ru a Mi g u e l Pe t ro n i Bosque Santa Marta Bosque Cambuí Ru a Mi g u e l Pe t ro n i UUPA PA Terreno da Implantação Terreno da Implantação Figura 08: Zoom Vista da Aérea de São Carlos. Fonte: Google Maps. 29

Zoneamento Urbano São Carlos Plano Diretor 2016

Mapa 1: Zoneamento Urbano de São Carlos - Plano Diretor 2016¹

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Zona 2 - Ocupação Induzida

Terreno da Implantação

Mapa 2: Zoom - Zoneamento Urbano de São Carlos - Plano Diretor 2016¹

²Disponível em: <http://www.saocarlos.sp.gov.br/images/stories/pdf/2016/pde/ANEXO%2002%20-%20Zoneamento%20Urbano.pdf/>. Acessado em: 08 dez. 2021

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Uso e Ocupação do Solo no Entorno

O terreno da implantação do CEA está localizado no Bairro Jardim Acapulco. O Bairro, na região da Rua Miguel Petroni tem um comércio intenso, no entanto ao se aproximar do terreno, o bairro se torna exclusivamente residencial. Poucos lotes são vazios e há uma um extensa área verde, a APP do Córrego Cambuí, afluente do Córrego Santa Maria do Leme.

Figura 09 - Vista Aérea de São Carlos Zoom no Terreno Fonte: Google Maps
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Mapa 03: Uso e Ocupação do Solo. Fonte: Mapa elaborado por Flávia M., Isis S. e Thainá G., 2021.

Usos Institucionais e AEIs no Entorno

Escolas de Educação Infantil e Básicas Públicas

01 - CEMEI Gildeney Carreri - Arnon de Mello / SC V

- CEMEI Vicente de Paula Rocha Keppe - NR Ivo Morganti

- CEMEI Prof. Homero Freire - Pq. Santa Felícia Jardim

- CEMEI José Marrara - Jardim Bandeirantes

- CEMEI Amélia Meirelles Botta - Arnon de Mello/ SC V

- Maria Lúcia Marrara - Jardim Bandeirantes

07 - CEMEI Walter Blanco - Santa Felícia

Relação da distância entre as escolas de educação infantil e básica e o terreno daimplantaçãodoCEA.

- CEMEI Deputado vicente Botta - Jardim Ipanema

- CEFAM - Jardim Centenário

- Bento Silva César - São Carlos V

- EE Atília Prado Margarido - Santa Felícia 15 - EMEB Angelina Dagnone de Melo - Santa Felícia

08 - CEMEI Maria Luiza Perez - Pq Industrial 14 - Escola do Futuro Angelina Dagnone de Melo - Santa Felícia 13 - Prof. Ludgero Braga - Vila Parque Industrial 16 - EE Conde do Pinhal - Jardim Centenário

da implantação

de 501m a 1000m de distância de 1001 a 1500m de distância de 1501 a 2000m de distância

Nascente
APP
L
Terreno
UPA
do Córrego Cambuí
do Córrego do Cambuí
eme Mapa 4: Usos Institucionais e AIEs . Fonte : Mapa elaborado por Flávia M., Isis S. e Thainá G., 2021. Bosque Santa Marta Rua Miguel Petroni áreas verdes Bosque Cambuí do Maria
da Implantação
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11
12
Terreno
02
03
04
05
06
09
09 11 01 02 04 05 10 16 12 03 07 15 14 08 13 06
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Mobilidade e Acessos

O Terreno fica localizado num ponto de fácil acesso a todos, com vias arteriais (Rua Miguel Petroni, Rua Miguel João, Rua Bruno Ruggiero Filho) muito próximasoseuentorno,alémdisso conta com uma via coletora, Rua Miguel Abdelnur Filho, que passa a porta. Para quem vem de outras cidades, o acesso é pela Rodovia Washington Luiz, que tem ligação direta com a Rua Miguel Petroni. Os pontos de ônibus estão bem próximos do entorno. Falta ciclovia ouciclofaixa.

As ruas Miguel Petroni e Bruno Ruggiero Filho fazem parte doEixoEstruturante.

RodoviaWashington Luiz

Terreno da Implantação

Rua Miguel A b d e ln u r Fi l ho

Rua B r uno Ruggier o F ilho

RuaMiguelPetroni

LEGENDA

Rodovia Washington Luiz

Vias Arteriais Vias Coletoras Pontos de Ônibus

Mapa 07: Acessos e Mobilidade. Fonte: Mapa elaborado por Vágne Alves, 2021.

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Figura 11: Vista da Esquina entre as Ruas Diamantino Pereira e Miguel Abdelnur Filho. Fonte: Google Maps.
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Figura 10: Vista da Esquina entre as Ruas Miguel Abdelnur Filho e Vicente Aparecido Silva. Fonte: Google Maps

Com 4200m² e de uso institucional, o terreno da implantação do equipamento fica entre as Ruas Vicente Aparecido Silva, Diamantino Pereira e Rua Miguel Abdelnur Filho, no bairro Jardim Acapulco em São Carlos(SP).

O TERRENO
Figura 12: Vista da Esquina entre as Ruas Vicente Aparecido Silva e Diamantino Pereira. Fonte: Google Maps.
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2
A A B B CORTE AA ESCALA 1:500 1 CORTE BB ESCALA 1:500

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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Figura 13 : Terminal Rodoviário Municipal. Fonte: Farq Urugauy, 2022¹

Terminal Rodoviário Municipal

Salto, Uruguai

Ano: 1973 Área 1120 m²

Balanço: 13,50 m de cada lado do pilar; seção transversal de cada abóbada 5,75 m

Essa referência tem extrema importância para este trabalho devido a estratégia do uso do material para resolver a estrutura da cobertura, o que dispensa o uso excessivo de concreto armado, o que está em totalacordocomconceitodesustentabilidadeproposto nestetrabalho.

em: <http://www.fadu.edu.uy/eladio-dieste/obras/terminal-municipal-de-omnibus/>. Acessado em: 16 nov. 2022

Arquiteto: Arq. Néstor J. Minu , Dieste y Montañez SA (Construtora) , Eng. Eladio Dieste ¹ ²Disponível
Abóbadas autoportantes sustentadas por uma linha de pilares.
Figura 1 4: Terminal Rodoviário Municipal. Fonte: Farq Urugauy, 2022² 39
ESTRUTURA | MATERIALIDADE
Exterior Circulação Interna Sanitários/Banheiros Anfiteatro/Cinema Recepção Circulação Externa Lago Sala Expositiva Escritório/ADM Varanda Acesso Principal Loja / Lanchonete Centro de Visitantes do PARQUE DO ROLA MOÇA Figura 1 5: Centro de Visitantes do Parque do Rola Moça. Fonte: Archdaily, 2021¹ Belo Horizonte, MG, Brasil Arquiteto: Humberto Hermeto Ano: 2016 Área 680m² Figura 1 6: Centro de Visitantes. Fonte: Archdaily, 2021¹ 40 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Centro de Visitantes

Estacionamento

O Edifício foi concebido como objetopousadolevementesobreosítiodo Rola Moça, interferindo minimamente na topografia do terreno e preservando a vegetação local. Essa leveza na implantação e a extrema horizontalidade de sua forma tornam sua presença marcantenapaisagem.

Um marco arquitetônico para a entrada do parque, para que os visitantes o reconheçam como seu centro de apoio, um lugar de descanso, para refeições rápidas, contemplação das exposições e danaturezaemsi,etambémumexcelente lugarparavislumbreastronômico.

O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça é uma das mais importantes áreas verdes do Estado de Minas gerais. Abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital,alémdehabitatnaturaldeespéciesdafaunaameaçadasdeextinção

O edifício conta com uma recepção, um salão de exposições, uma sala multiuso (miniauditório), lanchonete, sanitários e um cinema a céu aberto, onde poderão ser realizadas aulas didáticas, palestras e exibição de vídeos, contribuindo assim para a educação da populaçãoeconscientizaçãodosusuários doparque.

Os materiais construtivos escolhidos procuram fazer referência ao localemqueseinsereoedifícioatravésde sua cor marrom escuro, fazendo referência ao solo de canga existente composta em grande parte por minério de ferro.

Figura 17: Implantação. Fonte: Archdaily, 2021¹
¹Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/894221/centro-de-visitantes-do-parque-do-rola-moca-tetro-arquitetura?ad_medium=gallery>. Acessado em: 05 dez. 2021
41
Figura 1 8: Centro de Visitantes. Fonte: Archdaily, 2021¹

CENTRO AMBIENTAL FRICK

Pitsburgo, Pensilvânia, EUA

SUSTENTABILIDADE

Ano: 2016 Área 1446m²

Arquiteto: Bohlin C. Jackson

Esse projeto foi escolhido como referência devido as suas características de sustentabilidade e geração de energia, como também ao seu programa de necessidades. O Centro Ambiental Frick, primeiro projeto de acesso público e entrada gratuita orientado pelo "Living Building Challenge". O edifício seráumcentrodeestudosmundialparaaeducaçãoambiental.

O projeto atua como entrada do Parque Frick, de 644 acres.Oedifícioseráumalaboratório vivo,projetadoefabricado para atingir os padrões do "Living Building Challenge" e LEED Platinum, e pensado para proporcionar aprendizagem experimental a 20 mil estudantes e milhares de visitantes do parqueanualmente.

Figura 20 - Implantação. Fonte: Archdaily, 2016¹ Figura 1 9: Centro Ambiental Frick. Fonte: Archdaily, 2016¹
42

de Aula

de Aula Externa

Vertical

Interna/Externa Sanitários/Banheiros

Externa

Recepção

Centro Ambiental Circulação Interna/Externa - Acessos

Anfiteatro Circulação Externa Lago

A administração do parque agora tem uma base de operações para seus programas de educação ambiental, que são oferecidos a estudantes das escolas públicas da cidade. Salas de aula, escritórios e espaços de apoio totalmente equipados, além de uma "sala de estar pública" e uma galeria de "boas-vindas" aos visitantes do parque. Mais de 1000 participantes da comunidade trouxeram observações, ajudando a definir oselementosdoprograma.

¹Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/801808/centro-ambiental-frick-bohlin-cywinski-jackson?ad_medium=gallery>.

Salas
Sala
Circulacão
Circulação
Anfiteatro
Circulação
Lago Varanda Figura 2 3 - Fachada Sul. Fonte: Archdaily¹ Figura 2 2 - Fachada Norte. Fonte: Archdaily, 2016¹ Figura 20 - Implantação. Fonte: Archdaily, 2016¹ Volume Cobertura Escritório/ADM
Acessado
05 dez. 2021 43
em:
42
PROGRAMA DE NECESSIDADES USOPESSOAS ÁREA CARACTERÍSTICAS Recepção Administração Sala de Aula Mideateca WC Masc. Auditório Lanchonete 1 5 40 20 40 40 130 40 20m² 70m² 70m² 70m² 20m² 20m² 200m² Balcão de Atendimento Adm/Docência/Refeitório/Reunião Espaço Multiuso - Expositiva Espaço Multimidia 1 PNE | 3 Cabines 1 PNE | 3 Cabines Conferências / Palestras / Eventos Venda de Lanches WC Fem. Quadro 3 - Dimensionamento Preliminar do Equipamento Área Total = 610m² O equipamento previsto conta com espaços de para sala de aula, salas expositivas de fauna, flora, história dos bosque, mideateca (biblioteca, acesso a internet, etc.), conta também com auditório para palestra e eventos, anfiteatro ao ar livre, espaço administrativo, laboratório para pesquisas, playground naáreaexterna,lanchoneteepraçacommirante. 45 Anfiteatro Laboratório 50 - Ao Ar Livre Pesquisa- Biomas, Fauna e Flora QUANT. 02 01 01 40m² 01 01 01 01 01 01 Exterior- - Bosques, Playground e APP5 30m² 01
46
48

CONCEITO E PARTIDO

O conceito do projeto é a total integração do edifício à paisagem sem causar qualquer impacto ambiental, usando o terreno com a topografia original, além disso garantir que o espaço continue sendo usado pelosmoradoresdoentornocomopraçaelazer.

O primeiro pensamento foi usar um dos pavimentos do edifício como praça, visto que no terreno tem um platô com desnível de 3 metros em relação ao ponto mais alto da calçada das margens do terreno. Foi preservado um jacarandá mimoso presente no lote, dessa forma o edifício foi resolvido através de um pátio interno, tendo o jacarandá como elemento central. A coberturaemabóbadasemtijoloéopontoaltodoprojeto, estrutura que minimiza danos ambientais já que atenua o usodeconcretonasuaconstrução.

Seguindo os princípios do código de ética e disciplina para arquitetos e urbanistas elaborado pelo CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil), o aluno contribui, com o projeto, para o desenvolvimento socialesustentabilidade.

do barro do próprio local, além de não necessitar da queima do barro. No muro de arrimo outra solução que dispensa o uso de concreto ou argamassa, o Gabião, estrutura armada preenchida com pedras britadas ou seixos, com super capacidade drenante, além de grande resistência e durabilidade. A utilização da água pluvial para irrigação do jardim e no uso das descargas dos sanitários foram premissas iniciais do projeto.Acaptação de luz solar como fonte de energia limpa é outro exemplo decompromissocomasustentabilidade.

O uso do edifício como instituição de educação ambiental, direciona o conceito do projeto e está em total acordo com o código de ética e disciplina para arquitetos eurbanistas.Arquiteturaeducativaesustentável.

A escolha dos materiais utilizados no projeto demonstra, além da obrigação com o interesse público e à profissão, o interesse de educar através da própria arquitetura sobre questões ambientais. O maior exemplo é o tijolo de solo cimento, que pode ser produzido através

49

Miguel Petroni

Terreno da Implantação Terreno da Implantação

UPA U P A

Nascente do Córrego Cambuí
Rua Av. Bruno Ruggiero
da Implantação da Implantação
Bosque Cambuí Kartódromo
Cambuí Rod. Washignton Luis
Kartódromo
Bosque

Có rreg o Camb u í

Sobre o Terreno

O terreno da implantação do CEA, de uso institucional, está localizado no Bairro JardimAcapulco.Possuíáreade4200m²com 3 faces. A frente da maior face, do outro lado da rua Miguel Abdelnur Filho, encontra-se o córrego Cambuí, que é margeado por uma densa camada verde. Essa APP se estende ao longo do córrego onde se encontra com o CórregoSantaMariadoLeme.

0 4 1224 ESCALA GRÁFICA N
Rua
Ru a V i ce n te A p a re ci d o d a S i l va 52
Rua Miguel Abdelnur Filho Rua Diamantino Pereira
Orlando Fazzari
0 0 4 12 12 24 24 ESCALA GRÁFICA N N 837 8 3 7 838839840 837 0,00 Implantação 53 Incidência Solar Intensa 8 3 8 8 3 9 8 4 0 8 4 1 8 4 2 836 Moderada

ESCALA GRÁFICA

A D B A D C C B 0 4 1224
54 N
Recepção
Acesso - Alunos / Visitantes/Docentes Midiateca Circulação Interna Circulação Vertical Lanchonete/Café Escritório/ADM Salas de Aula Auditório Laboratório SETORIZAÇÃO
1 4 8 99 1112 10 13 3 2 7 6 5 5 26 1 PLANTA BAIXA TÉRREO
Acesso - Público Circulação Pública Sanitários/Banheiros
0 4 1224 ESCALA GRÁFICA 55 N A D B A B D C C LEGENDA 16 17 15 18 21 1920 22 2324 14 25 3 1 - Recepção 2 - Jardim Filtrante 3 - Circulação Interna 4 - Auditório 5 - Camarim 6 - Área
7 -
Feminino 8 -
Masculino 9 - Sala
10 - Midiateca 11 -
12 -
Feminino 13 - Pátio 14 - Lanchonete/Café 15 - Circulação Pública 16 -
Masculino 17 -
Feminino 18 - Laboratório 19 -
Masculino 20 -
Feminino 21 - Refeitório 22 - Sala de Prefessores 23 - Sala de Reuniões 24 - Direção/ADM 25 - Mirante 26 - Anfiteatro 1 PLANTA BAIXA SUPERIOR
Técnica
Sanitário
Sanitário
de Aula
Sanitário Masculino
Sanitário
Sanitário
Sanitário
Sanitário
Sanitário

Pilares de Sustentação das Abóbadas

Pilares de Sustentação do Piso Praça Alvenaria Estrutural em Tijolo Solo Cimento

ESCALA GRÁFICA

1224
04
56
TÉRREO N
1 PLANTA BAIXA

SISTEMA ESTRUTURAL

O sistema estrutural tem como destaque 3 abóbodas autoportantes com 37m de comprimento por 9,90m de largura cada uma, apoiadas em 8 pilares distribuídos de forma que sobra um balançode12mparacadalado.

Toda a estrutura do edifício tem como elemento principal o tijolo solo cimento, que dispensa a queima do barro. Pela possibilidade do uso do barro do local além de água e cimento, esse tijolorecebeonomedetijoloecológico. A estrutura que abriga o programa do edifício utiliza o tijolo solo cimento como alvenaria estrutural, dispensando o uso de pilares e vigas, visto que os vãos são pequenos, com exceção do auditório que utilizavigasinvertidasprasustentaralaje decobertura.

O piso da área externa do pavimento superior tem estrutura independente. Pilares e vigas em estrutura metálica, forro em placas de bambueacabamentodopisocomplacas cimentícias revestidas com revestimento feitoapartirdegarrafaspetsrecicladas.

Situação sem escala

Abóbadas em Tijolo

Pilares em Tijolo

Acabamento

Forro

Situação sem escala

57
- Placa Cimentícia Piso em Garrafa Pet Reciclada Grelha Metálica de Bambu - Placas Pilares Metálicos Cobogó em Tijolo Viga I
0 4 1224 ESCALA GRÁFICA 1 PLANTA DE COBERTURA N 58 i=10%i=10%

Paisagismo

Árvores e Arbustos

¹Disponível em <https://www.sementerara.com.br/jacaranda-azul-mimoso-jacaranda-mimosifolia-bignoniaceae-sementes>

²Disponível em <https://www.floresefolhagens.com.br/tipos-de-ipe-amarelo/>

³Disponível em <https://br.depositphotos.com/stock-photos/arauc%C3%A1ria.html>

Disponível em <https://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/reseda:-arvore-de-pequeno-porte-com-flores-delicadas.html>

Disponível em <https://br.pinterest.com/pin/628744797953969619/>

Disponível em <http://karlasantos.com.br/jasmim-manga/>

Disponível em <https://www.flickr.com/photos/ben_caledonia/36754044116>

Areca
4 5 6 7
²Ipê Amarelo Tabebuia Chrysotricha ³Araucária Araucaria Angustifolia Resedá Lagerstroemia indica Jacarandá-Mimoso¹ Jacaranda Mimosifolia Bignoniaceae Viburno Viburnun Jasmim Manga Plumeria Rubra
de Locuba Dypsis madagascarienses
4
5 6 7
59
60 04 1224
Filtro
i=10%i=10%
ESCALA GRÁFICA Cisterna
Calha

Figura 2 4 - Esquema de captação e tratamento de água pluvial - CEDAE, 2022.¹

TRATAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA

O sistema de captação e tratamento das águas pluviais funciona de maneira bem simplificada e eficiente. As calhas captam e levam a água da chuva atéfiltroparaeliminarresíduoseimpurezas.Logoapós, a água segue para uma cisterna, onde fica armazenada. Com uma bomba, é puxada até a caixa d’água, nesse caso fica sobre a laje dos banheiros do segundo piso, de onde será destinada para as bacias sanitárias, como água de descarga e também para o sistemadeirrigaçãodojardim.

JARDIM FILTRANTE ÁGUAS

CINZAS

Jardim filtrante ‘‘é um pequeno lago impermeabilizado, que contém pedras, areia e plantas aquáticas, com manutenção muito simples, para tratamento do esgoto proveniente de pias, tanques e chuveiros, ricos em sabões, detergentes, restos de alimentos e gorduras – a chamada “água cinza”.’’ (PORTALEMBRAPA,2013)

No CEA Cambuí, o esgoto proveniente das pias dos banheiros passará por um procedimento de fitorestauração, onde as plantas macrófitas a submetem-noaumprocessodedepuração.

O jardim filtrante é uma solução bonita, sustentável, práticaedebaixoparaaáguacinza.

61
¹Disponível em <https://cedae.com.br/captacaoaguachuva>
CORTE AA ESCALA 1:150 1 CORTE BB ESCALA 1:150 3
Abóbada em Tijolinho
Basculante Articulado
- Anfiteatro Sala de Projeção
D’água Cabines dos Sanitários Viga I Duto Condutor - Água Pluvial
em Tijolo
DETALHE 1 ESCALA 1:50 2
Painéis Acústicos
Camada Impermeabilizante Portão
Arquibancada
Caixa
Pilar
Solo cimento Arandela

Ver Detalhe 1 Esquadrias em Alumínio e Vidro

Cobogó com Tijolo Solo Cimento

Placas Fotovoltaicas

Placas Fotovoltaicas

55 0 1 36 ESCALA GRÁFICA
Duto Condutor de Água Pluvial Guarda-Corpo Muro de Arrimo - Gabião Rua Vicente Ap. Silva
CC ESCALA 1:150 1
DD ESCALA 1:150 2
CORTE
CORTE
Muro de Arrimo - Gabião Pilar - Tijolo Solo Cimento Jardim Filtrante
65
0 1 36 ESCALA
Mirante Gabião - Letreiro
GRÁFICA
Banheiro PNE
FACHADA OESTE ESCALA 1:150 1 0 1 36 ESCALA GRÁFICA
67
N
FACHADA NORTE ESCALA 1:150 1 0 1 36 ESCALA GRÁFICA
69
N
FACHADA LESTE ESCALA 1:150 1 0 1 36 ESCALA GRÁFICA 70
71
N
FACHADA SUL ESCALA 1:150 1 0 1 36 ESCALA GRÁFICA 72 N

O desnível de 3m do platô presente no terreno em relação ao ponto mais alto daRuaDiamantinoPereirapossibilitouacriaçãodeumacessoaopavimentosuperior que abriga uma praça pública coberta, local agradável com uma lanchonete e um mirante comvistaparaaáreadepreservaçãoàsmargensdoCórregoCambuí.

73

PERSPECTIVAS

76
Acesso pela Rua Vicente Aparecido da Silva

Acesso ao Edifício pela entrada principal

77

Destaque para a parede vazada com exposição de cartazes

78

Vista interna do acesso principal ao Edifício

69

Vista do acesso ao auditório e banheiros

80

A esquerda, salas de aula e a direita o pátio com o jardim filtrante

67

Destaque para a escada metálica que dá acesso a área administrativa

82

Vista do jardim filtrante

83

Pátio interno

84

Ao fundo, salas de aula, a esquerda o jardim filtrante

85
86
Acesso pela Rua Diamantino Pereira

Destaque para o Jacarandá Mimoso e a APP do córrego Cambuí ao fundo

87

Lanchonete/Café

88
89
Vista do Mirante

A esquerda o auditório. Ao fundo o jardim filtrante

90

Vista do auditório

91

Interior do auditório

92

Sala de aula

93
94
Vista externa da Midiateca
95
Midiateca

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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RICHTMANN,Rosana.Riscodecontaminar-seaoarlivreéquasezero, mas cuidado deve continuar.[Entrevista concedida a] BrunaAlves. Viva Bem,Uol,SãoPaulo,19out.2020.Disponívelem <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/19/riscode-contaminacao-por-coronavirus-e-quase-zero-ao-livreentenda.htm>.Acessado12Mar.2022

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SANTOS, Silvia Ap. Martins dos; QUEIROZ, Salete Linhares. Bosque SantaMarta-RoteiroDidático2.SãoCarlos,SP:USP/CDCC,2020.

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