Giselle Tomé
O
DA MEIA
Ilustrações: Sofia Tomé Kuhn e Maria Clara Tomé Kuhn
GISELLE TOMÉ
O MONSTRO DA MEIA
Ilustração: Maria Clara Tomé Kuhn Sofia Tomé Kuhn
Londrina
2023 EDITORAÇÃO Projeto gráfico e designer Luiz Fernando Estevam Rotta Ilustradoras Maria Clara Tomé Kuhn Sofia Tomé Kuhn Revisão Tchiago Inague Rodrigues
Direitos para esta edição: É proibida a reprodução desta obra, sob quaisquer formas ou meios, sem a permissão da Autora.
Para: Sofia Tomé Kuhn Maria e Clara Tomé Kuhn, minhas fontes de inspiração diária. E ao meu marido, Alisson Augusto Carnelós Kuhn, que apoia nossos sonhos.
Como aproveitar melhor este livro? Olá, leitores. Ler historinhas para as crianças faz parte do mundo lúdico e encantado que elas vivenciam. Por isso, torne este momento ainda mais mágico. Leia com entonação, pergunte sobre coisas que não estão necessariamente escritas, mas que faz parte do enredo como: que cor é o monstrinho? Já acordou alguma vez sem meia? Será que temos também um Monstro da meia? Isso envolve e faz a criança interagir e também criar suas próprias histórias. É um enorme prazer ter você por aqui.
Aqui em casa é sempre assim... - “Vai colocar alguma coisa nesse péeeee!”, grita a mamãe constantemente.
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Mas vocês sabem como é... a gente até tenta, mas o que vocês não sabem é que aqui, em casa, mora o “Monnnnstro” da meia.
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Deixe-me explicar melhor: A nossa mãe já tentou de tudo para deixar nossos pés quentinhos longe da friagem, mas o Monstro da meia não permite.
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Todas as noites quando ela carinhosamente aquece nossos pezinhos acontece algo misterioso.
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Caímos no sono profundo e de tanto nos mexermos, acordamos igual a um casulo, encolhidas e pasmem: só com uma meia no pé!
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Diante desse cenário, começamos a suspeitar que alguém ou algo, na calada da noite, vem e tira uma meia do nosso pé, só por travessura.
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Já tentamos ficar acordadas para pegar no flagra o autor desses fatos, mas não nunca deu certo.
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As evidências nos permitem deduzir que há um monstro, que entra em nossos quartos, sem deixar rastros, ou melhor sem deixarmos com as meias nos pés.
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Quase toda manhã é a mesma coisa: cadê a outra meia? Silêncio total.
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Sempre ficamos revirando a cama e quarto até encontrar. Porque o Monstro da meia é uma espécie de Saci Pererê, adora uma traquinagem.
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Já tivemos que ir para a escola com um par de um e par de outro. Fazer o quê? Coisas do Monstro da meia.
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Já que estamos íntimos vou te contar um segredo, que fique aqui entre nós: Minha mãe já anda suspeitando que o monstro anda entrando até na máquina de lavar, pois é um tal de não encontrarmos os pares lavados. Que maluquice!
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Cansada dessa rotina estressante pelos pares de meia encontrar, mamãe resolveu apelar. Quer que tenhamos mais cuidados, para nossas coisas guardar. Disse que cada vez que encontrarmos um par, seremos bonificadas: ganharemos muitos beijinhos. Eu que não sou boba nem nada, já estou menos atrapalhada.
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Todas as noites deixamos as meias bem agarradinhas, com o lençol a proteger nossos pezinhos. E durante o dia, colocamos nossos chinelos para deixar nossas meias guardadinhas.
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Parece que está dando certo, dessa forma, as nossas meias estão sempre no lugar para o Monstro da Meia nunca mais nos atacar.
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Foto: Luiz Monteiro
Sofia Tomé Kuhn tem 11 anos, adora praticar esportes, criar e contar histórias. Maria Clara Tomé Kuhn tem seis anos, adora brincar, pintar, desenhar e contar histórias.
Foto: Luiz Monteiro
Giselle Tomé é mãe de duas meninas: Sofia e Maria Clara, esposa de Alisson Kuhn e filha de Manuela e Fernandes. É jornalista e adora escrever crônicas e criar atividades e histórias com as suas filhas. Durante a pandemia escreveu o livro de memórias Cartas para a vida, como forma de presentear sua primogênita com lembranças de sua infância e adolescência. E agora lança esta obra que surgiu na rotina de colocar as crianças para dormir. O Monstro da meia é um “fantasminha” que leva a culpa por tanto sumiços de pares de meias ou durante o sono, ou nas lavagens. Na sua casa também é assim?
O Monstro da meia é uma história que nasce de uma brincadeira lúdica para estimular as crianças a colocarem meia nos pés. A temida “friagem” (em especial nas épocas frias) é sempre lembrada como incentivo para deixarem os pés quentinho, porém, surgem sempre desculpas como “não achei o par”, “não sei onde está minha meia”, “dormi com a meia no pé e acordei sem”. Na tentativa de achar um culpado para tantos sumiços de meias, criamos o “Monstro da meia”. Trata-se, portanto, de uma história do cotidiano de muitas famílias que usam da criatividade para ensinar sobre cuidados com a saúde e organização.