Escola desativada no Jardim Veloso vira ponto de lixo e de usuários de drogas

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Escola desativada no Jardim Veloso vira ponto de lixo e de usuários de drogas 4 de outubro de 2017

Entregue pelo governo do estado ao município, terreno da EE Prof. Maria Nastureles está abandonado Por Thiago Correia Moradores da Rua Guaritá, no Jardim Veloso, têm convivido com uma situação recorrente: o acúmulo de lixo jogado no terreno ao lado da EE Prof. Maria Andrelina Vieira Nastureles, que está em estado de abandono desde que foi fechada pelo estado. Fechada há pouco mais de um ano por questões de infraestrutura, a escola virou ponto de lixo e, segundo moradores, até de usuários de drogas que invadiram e depredaram o prédio. “Ela [escola] está toda abandonada. Pessoas estavam entrando, fazendo uso de entorpecentes, fazendo moradia”, revela Tatiane Regina dos Santos Ferreira, 30 anos, que mora em frente ao prédio há 18 anos. Ela ainda conta que após essa situação, assaltos começaram a ocorrer na região. Ao Carapicuíba na Rede, Tatiane contou que o governo do estado passou o terreno à administração do município em janeiro deste ano. “De fevereiro pra cá, não apareceu nenhum funcionário da prefeitura, nem nada. Fiz uma filmagem, coloquei na minha rede social e a Record veio fazer uma reportagem. Após isso, o secretário adjunto da educação [Edivaldo Feliz Gonçalves] veio até nós”, explica. Segundo ela, Edivaldo disse que quando a escola foi entregue ao município, uma avaria foi constatada e que dessa forma o prédio precisaria ser demolido. Por isso, seria feito um novo laudo com engenheiros para avaliar se a construção está em bom estado para uma reforma ou se realmente deve se demolido. Em caso de reforma, dentro de seis meses seria inaugurada uma creche. Caso contrário, o prazo seria de um ano e meio.


Moradores e motoristas que passam pela rua da escola jogam todo o tipo de lixo no local/Foto: Carapicuíba na Rede

Sobre o lixo no terreno da escola, Tatiane afirma que prefeitura fez uma limpeza há algum tempo, mas que moradores e motoristas que passam pela rua sempre jogam entulho. Ela e sua mãe, por exemplo, contraíram dengue no último ano. “Meu pai, meu esposo, meu irmão construíram essa escola, eles trabalharam no levantamento dela. Eu trabalhei na área da secretaria como agente de organização no ano de fundação dela [2006]. É triste pra gente ver essa situação”, desabafa Tatiane. Em resposta ao CnR, por meio de nota enviada pela Secom, a prefeitura reforçou o argumento de que o prédio não foi utilizado por questões estruturais: “Primeiramente, a Prefeitura de Carapicuíba informa que o Governo do Estado realizou um laudo sobre as instalações da escola e constatou que o prédio não estava em condições de segurança para receber alunos ou ter qualquer tipo de atendimento aos munícipes. Então, o Governo do Estado repassou o prédio para a Prefeitura e os técnicos e engenheiros do município estão elaborando um novo laudo para saber qual o projeto mais adequado para o prédio, seguindo os padrões de segurança. É importante ressaltar que a Secretaria Municipal de Educação tem realizado vistoria no local periodicamente, inclusive já trocou cadeados e fechaduras. Mas, infelizmente, ainda há vandalismo e precisamos da colaboração dos moradores em denunciar as invasões”.


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