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Mitos e verdades sobre fazer terapia Quais são os mitos e verdades que cercam o ato de fazer terapia? Conheça alguns.
“Terapia é para os fracos”, “não preciso fazer terapia, não sou louco”, “não estou com problemas mentais pra fazer terapia”, “pra quê vou expor minha vida para um desconhecido?”, “é dinheiro jogado fora”, “é frescura”. Essas são frases comuns que são associadas ao ato de fazer terapia. Apesar do aumento na busca por atendimento psicológico – o Google chegou a registrar 88% de aumento nessas buscas entre março e abril do ano passado devido à pandemia – esse tema ainda é considerado um tabu. Mas, afinal, quais são os mitos e verdades sobre fazer terapia? Confira abaixo:
1 – Terapia é só para quem tem problemas psicológicos? Mito! A terapia não é apenas para quem possui algum tipo de transtorno mental, muito pelo contrário. Ela é recomendada para qualquer pessoa que tem o desejo de melhorar aspectos emocionais de sua vida, entender traumas, encontrar resoluções para problemas e até mesmo para o autoconhecimento.
2 – O psicólogo apenas ouve. Mito! É comum que o psicólogo fale menos e ouça mais, principalmente nas primeiras sessões. Isso acontece porque o profissional faz, em primeiro lugar, uma escuta ativa para conhecer sua história e a forma como você se relaciona com as pessoas antes de realizar as intervenções.
3 – Fazer terapia ajuda a aumentar a confiança? Verdade! Mudanças são comuns na vida do ser humano. Mudar de emprego, cidade, relações ou rotina. Elas costumam gerar inseguranças, expectativas, angústias e até mesmo ansiedade. A terapia ajuda você a transformar esses sentimentos, muitas vezes negativos, em pontos positivos e também a enxergar novas formas de adaptação. Isso consequentemente dá mais confiança e coragem para encarar esses desafios.
4 – Ajuda a construir relações saudáveis consigo e com o outro. Verdade!
Outro aspecto que a terapia também ajuda bastante é na construção de relações mais saudáveis, não somente com o outro, mas consigo mesmo também. O autoconhecimento, a autoaceitação, o tratamento para com o outro e o desenvolvimento como ser humano é trabalhado na terapia. Quando você conhece os seus limites e as suas forças, você aprende a se respeitar e respeitar o outro, criando relações saudáveis.
5 – Não preciso de psicólogo, pois tenho amigos que me escutam. Mito! Conversar e desabafar com os amigos sobre algum problema ou situação é normal e muito bom, mas não substitui a ajuda de um profissional que estudou anos para te atender. Contar com a ajuda de um profissional é receber mais do que um conselho, é ter um atendimento pautado na ciência e dentro de procedimentos éticos e sigilosos que permitirão que você conheça caminhos e alternativas para problemas da sua vida.
6 – Terapia demora e não traz resultados. Mito! É um mito dizer que fazer terapia demora ou que não traz resultados. Isso é relativo, pois não há um período determinado para o fim dos atendimentos, já que isso implica em questões como as características do processo terapêutico e, é claro, das necessidades da pessoa. O resultado também é variável de pessoa para pessoa. Você pode se sentir bem com duas sessões ou começar a notar mudanças significativas um mês depois. São processos e você não pode fugir deles.
7 – Terapia ajuda a tratar condições psicológicas. Verdade! Nos últimos anos houve um ligeiro avanço em não tratar depressão, ansiedade e outras condições psicológicas como “coisas de louco”. Mas, infelizmente, ainda há um certo preconceito sobre saúde mental. Ter alguma dessas condições não é motivo de vergonha e buscar o atendimento psicológico é uma forma de proporcionar acolhimento, reflexão e melhor qualidade de vida. Afinal, ter saúde psicológica é tão importante quanto ter saúde física.
Dicas! Com a pandemia, cresceu o número de atendimentos de profissionais de forma on-line. Por isso, caso você não se sinta à vontade ou tenha algum receio de conversar presencialmente com um psicólogo, pode optar por algum que faça atendimento de forma virtual. Há diversos tipos de abordagem terapêuticas. Pesquise antes sobre a abordagem de cada uma delas. As mais comuns são: – Psicanálise: criada por Sigmund Freud, o intuito dessa abordagem é o paciente falar abertamente sobre seus pensamentos, emoções e sonhos, e o profissional ajudar na interpretação, compreensão e propor significados a isso; – Junguiana: criada por Carl Gustav Jung e também conhecida como psicoterapia analítica, essa abordagem propõe que o paciente acesse o inconsciente para encontrar respostas; – Lacaniana: cada palavra que o paciente fala é cuidadosamente interpretada pelo analista, que pode interromper a sessão quando achar necessário para trazer reflexão ao paciente do que foi dito; – Cognitivo-comportamental: já nesta abordagem, o foco da avaliação é no comportamento. O profissional identifica os sintomas, faz a análise do problema e atua sobre os pensamentos disfuncionais; – Psicodrama: já essa abordagem o intuito é fazer com que o paciente enxergue, reflita e trabalhe suas angústias de outro ponto de vista por meio da encenação. É preciso que as emoções sejam externadas para facilitar enxergá-las; – Terapia familiar ou de casal: aqui o profissional analisa o paciente dentro do sistema que ele está inserido, como a família, o meio em que vive e as relações. É indicada quando há ruptura familiar, doenças físicas ou mentais graves, dificuldades sexuais ou de comunicação. Pode ser feita individualmente, em casal ou em família. Se você deseja fazer terapia, mas não está trabalhando ou está sem dinheiro para pagar no momento, há locais que oferecem atendimento gratuito ou com valores acessíveis. Confira alguns abaixo: – Clínica Social Casa 1 – Zenklub – Psicoterapia gratuita
– Instituto de Psicologia da USP – Clínica Psicológica “Ana Maria Poppovic” – PUC-SP – Psi Social
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