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Governo recua nas alterações à legislação C-21
O controlo de armas no Canadá dá um passo atrás nas novas decisões tomadas pelo governo federal, diante de muitas críticas quanto ao projeto de Lei C-21. Na sexta-feira, dia 3 de fevereiro, o deputado federal liberal Taleeb Noormohamed confirmou que algumas armas classificadas nas alterações propostas ao Projeto de Lei C-21 como proibidas serão afinal permitidas no Canadá.
Foram para já descartadas as cláusulas que efetivamente proibiriam qualquer arma ou espingarda que pudesse aceitar um carregador com mais de cinco cartuchos, independentemente de ter ou não tal carregador.
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Também saíram da lista, as armas longas, com cano maior que 20 milímetros, que são amplamente usadas por caçadores. A decisão atende assim aos crític os que questionavam a proibição de espingardas usadas por caçadores, uma vez
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que a maioria dos crimes ocorre com armas contrabandeadas através da fronteira com os Estados Unidos. Mesmo com as mudanças, o Ministro da Segurança Pública Marco Mendicino afirma que as alteracoes previstas no Projeto de Lei C-21 têm potencial para ajudar a reprimir a violência armada no Canadá.
Em comunicado oficial, Mendicino disse que “as emendas pr opostas provocaram uma discussão considerável sobre a melhor maneira de avançar e preocupações legítimas foram levantadas pelos críticos sobre a necessidade de mais consultas e debates”.
“Ouvimos essas preocupações em alto e bom som, lamentamos a confusão que esse processo causou e estamos comprometidos com uma conversa ponderada e respeitosa baseada em fatos, não em medo” concluiu. De acordo com o ministro, o principal objetivo continua inalterado, ou seja, coibir o uso de armas de assalto.
Se por um lado as novas decisões do governo liberal agradam principalmente aos caçadores e à oposição conservadora, por outro, os grupos que defendem o controlo mais rígido de armas dizem estar chocados com a decisão e querem que a questão seja melhor discutida entre as forças progressistas do país.