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Correio do Cartaxo Informaçao Regional
Director- Paulo Ferreira de Melo - Ediçao 3 - 23 Março 2018 - Mensal - 25 centimos
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CARTAXO PREPARA FUTURO
foto : M. Serrado
Cartaxo tem provedor do Munícipe O professor Carlos Galelo, foi investido no passado dia 21, como “ a voz do munícipe do Cartaxo”. A primeira meta deste mandato é :“promover e elevar o diálogo entra a autarquia e as pessoas.”
foto: Rui Bernardes-IMAGEPHOTO
Praça vai ser
AQUI NASCEM
Homenagem
em debate
dinamizada
Campeões
José Antunes Paula Barroso, vai voltar a ser nome de rua na Freguesia da Ereira. 6 anos depois, a devida reposição.
Vila Chã de Ourique, foi palco de muita actividade nas comemorações do dia Mundial da Árvore.
A praça de toiros do Cartaxo, vai voltar à esfera pública e vai ser gerida pela União de freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta.
Ateneu Art. Cartaxense apura ginasta para CAMPEONATO DA EUROPA 2018 – BAKU Azerbeijão –João Fernandes, 15 anos.
E re i ra
A Floresta
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O ginásta João Vieira Rocha Fernandes de 15 anos realizou três momentos de apuramento, conseguindo alcançar o objetivo de ir ao campeonato da e
Correio do Cartaxo
28 de Março de 2018
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Actualidade
Concelho com os olhos na Floresta O dia Mundial da Árvore, comemorado na passada semana mais precisamente dia 21 de Março, começou mais cedo em Vila Chã de Ourique. Foi através do Seminário Plantar uma árvore… Cuidar da Floresta, que a acção se desenrolou no fim de semana anterior, a 17 de Março.
numa bela manhã já de Primavera, foram muitas as crianças do jardim Infantil e EB1, que se juntaram aos utentes da ACAS e da Universidade sénior para, num gesto simbólico, mas de forte significado, plantarem algumas árvores no recinto. Este dia, também contou com a presença do vereador Pedro Nobre da câmara municipal do Cartaxo, de Conceição Conceição Nogueira, presidente da ACAS, Associação Comunitária de Assistência Social e de Vasco Casimiro, presidente da junta de freguesia, que sublinhou ainda a disponibilidade e dedicação e o trabalho da diretora da Universidade Sénior, professora Augusta Alves e Engª. Elisabete Moreira, à direção da Acas Vco, ao envolvimento da comunidade escolar e sénior , aos funcionários da autarquia e à grande preparadora destas comemorações do dia mundial da árvore, a Sra. Secretária do executivo da Junta, Dra. Helena Gois.
Foram vários os oradores convidados com destaque para a Protecção Civil do Cartaxo, com Ana Coelho, engenheira florestal, com os Bombeiros e o seu comandante David Lobato, CODIS de Santarém,com Comandante Mário Silvestre, o engenheiro florestal, Rui Queirós e o para além do presidente da junta de freguesia, Vasco Casimiro, que deu início aos trabalhos, coube a Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da câmara, encerrar os trabalhos. A iniciativa teve uma ampla aceitação entre a plateia e foram trocadas experiências que vão manter o tema na ordem do dia para os anos que se avizinham. Depois, durante a semana, foi passar à pratica o Dia Mundial da Árvore, e assim,
Texto: Paulo Ferreira de Melo (fotos Rui Bernardes - IMAGEPHOTO )
Ereira, de volta à Rua José Antunes Paula Barroso A Travessa do Olival, na freguesia da Ereira, vai voltar a ter o nome de origem: José Antunes Paula Barroso. A decisão foi tomada já este mês em sessão de câmara e votada por unânimidade e vem assim pôr fim “ a uma vontade e trabalho de mais de 6 anos, com que a freguesia se impôs realizar.”, disse na altura a vereadora Ana Bernardino. Também o presidente da União de freguesias da Ereira e Lapa, António Nunes, se mostrou muito satisfeito, “porque este trabalho que já vem de mandatos anteriores (2012), tem finalmente um desfecho justo.” salientando: : “encontrámos por parte da câmara em geral e do vereador Fernando Amorim, um bom acolhimento que agora se concretiza”. E o nome de José Antunes Paula Barroso,, surge, na História, porque se trata não só de um destacado membro da sociedade, mas tamb´´em porque na génese do actual Centro Paroquial da Ereira, se encontra o seu nome. Efectivamente, além do próprio, o Padre Joaquim Suzano, o médico Mário Morgado, e Manuel Pedroso, são os nomes que estão inevitavelmente ligados ao centro. Numa altura em que o dinheiro para obras de interesse público não abundava, José Paula Barroso, que se encontrava acamado no hospital devido a um acidente, foi abordado pelo pároco da freguesia que lhe terá confidenciado as dificuldades existentes. Realizou-se mais uma 2"Semana em Movimento" na escola Secundária do Cartaxo. A diversidade de actividades foi bastante enriquecedora, havendo a destacar, neste ano, os palestrantes de monta do mundo académico e que tanto ensinaram , a alunos e professores. Assim destacamos: -Palestras com o Prof Rui Dias (Geólogo, Universidade de Évora- A Tectónica de Placas e a evolução dos seres vivos), Prof Jorge Paiva (Biólogo, expoente máximo da Botânica em Portugal- A floresta portuguesa), Prof Pedro Abreu (Físico do IST- Matéria e antimatéria) e Luis Rato (Emprendedorismo Jovem). Laboratórios abertos de informática,
De imediato, o benemérito, propôs-se emprestar uma quantia que fosse suficiente para o arranque das obras. E assim começou a obra na Ereira. Só que a história não fica por aqui: quando os elementos se prestavam a devolver anos mais tarde, a quantia em questão, José Antunes Paula Barroso, teria dito: “Nada me devem, a dívida está saldada!”. Estava assim feito o donativo para a obra onde ainda hoje muitos observam e frequentam. Assim sendo, muito em breve, na toponímia do concelho, irá surgir o regresso deste nome. Nome que aliás, já tinha sido inicialmente colocado, mas que no período post 25 de Abril, foi alterado para Travessa do Olival. “Finalmente, o seu a seu dono”
Mas ainda sobre José Antunes Paula Barroso, há que dizer que para além de benemérito da freguesia da Ereira, foi também um destacado cidadão do concelho de Azambuja.Poucos saberão, mas este mesmo cidadão, foi presidente da câmara muni-cipal de Azambuja. Assim e desde o Estado Novo, Azambuja, foi governada pelos seguintes protagonistas: Presidente da Comissão Administrativa: Joaquim Boavida Canada, 1934-1937. Azambuja, Presidentes efetivos: -Joaquim Boavida Canada, 1937-1944. -José Augusto Pereira, 1946-1949.
-José Antunes Paula Barroso, 19491954. -Anacleto Bernardino de Miranda, 19541957. -Américo Godinho Cardoso Botelho, 1957-1965. -João Marcelino de Almeida Noronha Azevedo, 1965-1969. -Pedro José de Carvalho Vidal, 1969-1974. A ligação que a Família Paula Barroso tem à Maçussa e ao concelho, faz também com que, em Aveiras de Baixo, exista uma rua com o seu nome. Fica assim provada, a enorme ligação solidária deste cidadão cujo nome vai perdurar pelos anos fora e que agora vê o seu nome reposto. E naturalmente para “todos quantos, durante anos trabalharam para que este acto fosse finalmente reconhecido, é um verdadeiro final feliz”, conforme a vereadora Ana Bernardino, sublinhou. Texto Paulo Ferreira de Melo 2018
Biologia e Geologia, Física e Química, Matemática, Historia e Geografia com a presença dos alunos do 4º ano do agrupamento; -Exposição de trabalhos dos alunos de Artes e dos de Necessidades Educativas especiais e Projeção de obras de Arte; -Desfile de moda com roupas de lojas do Cartaxo; -Exposição de empresas do Cartaxo; -Banca de Vendas; -Torneios de Voleibol e de Futsal; -Torneio de Jogos Matemáticos; -Casting para o concurso "A Escola tem talento"; -Concurso de fotografia;-Workshops de Informática;
Pintura e fotografia compõem a exposição organizada pela Associação Rio da Fonte que mostra a Vila de Pontével desde tempos antigos até aos dias de hoje. O Salão Nobre da Junta de Freguesia de Pontével recebe, a partir de dia 10 de março, sábado, a Exposição – Vistas de Pontével. Constituída por pinturas e fotografias que retratam a paisagem e o casario da vila de Pontével, a exposição estará patente ao público até ao próximo dia 31 de março. Entre as fotografias em exposição contam-se inúmeras fotografias antigas e imagens aéreas. Horário De segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Sábado das 14h00 às 17h30
Informaçao Regional
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Ordem do dia
Ponte D. Amélia motiva preocupação Primeiro as limitações, depois o encerramento, seguido pela reabertura e pelo pedido de esclarecimento do PSD. Desde fevereiro, a ponte Rainha D. Amélia tem merecido especial atenção por parte de autarcas, oposição e populações. As condições de segurança da via que liga os concelhos de Cartaxo e Salvaterra de Magos levantam preocupações a Pedro Ribeiro e Hélder Esménio, presidentes dos referidos municípios, respectivamente, que impuseram, a 14 de fevereiro, limites à circulação rodoviária no tabuleiro da ponte, como a velocidade máxima de 30 km/h e as 3,5 toneladas de peso. Na altura, Ribeiro e Esménio uniram-se em comunicado anunciando as restrições que passariam a vigorar, assim como “o desenvolvimento do processo de concurso para a reparação dos equipamentos de apoio do tabuleiro”, depois de uma reunião entre os autarcas e a Infraestruturas de Portugal (IP), com a empresa recomendar a adoção “imediata” daquelas medidas. Já no mês seguinte, a 10 de março, Pedro Ribeiro e Hélder Esménio voltam a lançar novo comunicado conjunto, desta feita
para anunciar a suspensão temporária do trânsito na ponte D. Amélia. Na origem da decisão estiveram as condições climatéricas adversas que se fizeram sentir com a tempestade “Félix”, o aumento do caudal do Tejo e respectiva corrente e ainda o “facto de ambas as câmaras municipais aguardarem os relatórios técnicos solici-
tados à Infraestruturas de Portugal”. A circulação voltaria a ser reestabelecida no dia 13 de março, depois de verificada a “redução dos caudais e das correntes” e tendo em linha de conta as declarações do Presidente Executivo do Conselho de Administração da IP à comunicação social, que afirmavam não haver, de acordo com
o relatório em elaboração, “nenhum tipo de problema nessa matéria [fundações]”. O trânsito rodoviário voltou a circular mantendo as limitações impostas anteriormente, mas as Comissões Políticas Concelhias do PSD do Cartaxo e do PSD de Salvaterra de Magos “estranham” a decisão. Em comunicado, questionam sobre o motivo pelo qual os autarcas de Cartaxo e Salvaterra “não exigiram à IP informação clara sobre as conclusões do relatório, ainda que em elaboração” e sobre a reabertura da estrutura, “bastando para tal as declarações na comunicação social” proferidas pelo presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo. Estas forças políticas vêm ainda interrogar que reparações vão decorrer, quando, quanto vão custar e se as mesmas estão assumidas pelas autarquias de Cartaxo e Salvaterra de Magos, depois de António Laranjo ter afirmado, em declarações à TSF, que "esta obra não faz parte da Rede Rodoviária Nacional que está sob a jurisdição da IP, há mais de 25 anos que está na jurisdição das câmaras municipais”, rejeitando responsabilidades pelo estado da ponte Rainha D. Amélia.
FLORESTA PORTUGUESA – passado, presente e fu turo Para uma espécie que gosta de histórias, como a nossa, estranho é que a maioria de nós nunca tenha tido a curiosidade de saber a história da nossa floresta (silva, em latim). Tendo em conta as múltiplas relações que a floresta tem com a nossa sociedade e a interdependência que sempre existiu entre floresta e o Homem, passando por situações mais ou menos mediáticas, como a situação dos recentes incêndios que acarretaram a tragédia ao nosso país, estranho é que não nos sintamos, incluindo os decisores políticos, pelo menos curiosos acerca da história da floresta. Enquadrada nesta temática, decorreu no dia 21 de março de 2018, no Auditório da Quinta das Pratas, Cartaxo, a palestra subordinada ao tema "Floresta Portuguesa - passado, presente e futuro". O orador, Prof. Doutor Jorge Paiva, eminente investigador do Centro de Ecologia Funcional do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra e professor jubilado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, partilhou com os presentes uma perspetiva holística acerca do tema. A plateia lotada, na sua maioria por alunos do Ensino Secundário do Curso CientificoHumanístico de Ciências e Tecnologias da Escola Secundária do Cartaxo, teve a oportunidade de perceber as relações por exemplo entre as grandes mudanças climáticas e as alterações na floresta, ou entre as transformações na floresta e a própria História do país, bem como a importância da floresta em acontecimentos marcantes na nossa memória coletiva, ou a influência da floresta na toponímia e na antroponímia. Quando viajamos pelas nossas terras, sejam elas do interior, do litoral, do norte, do sul ou das ilhas, pouco sabemos, e raramente sentimos curiosidade, acerca de como foram alteradas as paisagens ao longo do tempo, nomeadamente no que se refere ao coberto
vegetal. Áreas hoje despidas de coberto vegetal como certas serras e muitas outras zonas que mais parecem amontoados de pedras, foram outrora totalmente cobertas por floresta. Até à última glaciação, com um clima subtropical e húmido, o continente português esteve coberto por uma floresta de lenhosas sempre verdes, de folha persistente, ainda hoje observável em certos locais nos Açores, Canárias e Madeira. Esta floresta, laurisilva, não sofreu o efeito da glaciação nestas ilhas, dado o efeito termorregulador da água. Com a última glaciação, ocorre o desaparecimento quase completo da laurisilva, passando a cobertura florestal do país a ser muito semelhante à atual taiga, que rodeia a parte continental norte do globo. Desta floresta são testemunho alguns exemplos de Pinus sylvestris, existentes em zonas montanhosas frias do Gerês.
O fim da glaciação e o desaparecimento da taiga da maior parte do território, persistindo, no entanto, nas serras, terá levado à ocupação de espécies arbóreas mais adaptadas ao novo clima, nomeadamente um grande número de espécies pertencentes à família das Fagáceas, de que fazem parte por exemplo os carvalhos (várias espécies do género Quercus) e o castanheiro (Castanea sativa). Esta floresta, designada fagosilva, é um misto de lenhosas caducifólias e de algumas de folha persistente, relíquias da laurisilva e da taiga. O homem moderno terá assistido no território correspondente ao nosso país à instalação da fagosilva, dado que a sua ocupação remonta à última glaciação. Os lusitanos terão vivido da floresta, extraindo daí praticamente todos os recursos de que necessitavam. O início do cultivo dos cereais (há 7/8 mil anos) e a criação de animais terá provocado o início da degradação da floresta, processo continuado até à atualidade. Acontecimentos importantes da história do país, tal como são os Descobrimentos, sabe-se hoje que tiveram o seu êxito em grande parte devido à forte devastação da população de azinheira (Quercus rotundifólia) e sobreiro (Q. suber), tendo chegado mesmo a ser proibido abater estas espécies, que foram substituídas na sua condição de madeira para construção naval pelo carvalho-alvarinho (Q. robur). A devastação daqui resultante terá tido impacto na biodiversidade, com redução na área florestal. Outra marca de devastação corresponde à instalação do caminho-de-ferro no nosso país, pela necessidade de madeira para as travessas onde assentavam os carris. Desta vez a espécie predileta foi o carvalho-negral (Q. pyrenaica). Tal redução do coberto vegetal causou intensa erosão, principalmente das zonas mais elevadas, com arrastamento de enorme quantidade de sedimentos para as zonas mais baixas,
Música nova Joe Real, Músico, produtor e compositor português acaba de lançar mais um albúm de originais com a sua "New Swing Orquestra". Sem edição física entre nós "Sultans of Swing" é um álbum ligado ao Swing, o Jazz dançante com sérias influências na música de John Coltrane, Glenn Miller, Duke Ellington, Benny Goodman, Milt Jackson e Miles Davis entre outros grandes músicos do tempo das Big Bands. O primeiro single está no you tube "Under the Braga Bridge" (https://youtu.be/XivynT0aqMg) inspirado numa viagem em que este acompanhou o Navio Escola Sagres a Fall River e a outras localidades do Estado de Massachussets.
provocando assoreamento, fenómeno que pode ser comprovado em alguns dos principais rios portugueses. Nestas serras desarborizadas as populações ter-se-ão dedicado ao pastoreio, outro fator que terá contribuído para a destruição da floresta. Os regimentos de reflorestação, primeiramente criados nos séculos XV e XVI, mas instituídos em força no século XIX ordenaram a rearborização dos baldios, tendo nesta altura o pinheiro bravo, uma resinosa, começado a ocupar extensas áreas do território, tendência que se manteve até ao século XX, onde os pinhais passaram a ser substituídos pelos eucaliptais. Uma grande parte do país é hoje ocupada por formações florestais monospecíficas, eucaliptais e pinhais, facilmente inflamáveis, dada a concentração de aromáticos do eucalipto e de resina dos pinheiros. Segundo o Professor Doutor Jorge Paiva, “a nossa floresta passou a ser uma ignisilva (do latim ignis=fogo e silva=floresta). As áreas ardidas têm vindo a ser ocupadas por algumas espécies invasoras, cujo maior exemplo são as acácias ou mimosas, com uma facilidade exemplar em ocupar novas áreas. Com uma antevisão de um futuro com verões mais quentes e mais secos no nosso país, a necessidade de pensar a floresta passa por pensar nas espécies que melhor suportam estas condições, passando por promover a floresta de fagosilva, onde se destacam os carvalhos, nomeadamente o sobreiro e a azinheira. O olhar para o lado por parte dos poderes legislativo e executivo pode significar duas coisas, a repetição das tragédias associadas aos incêndios e a transformação do país num imenso deserto em certas zonas, estando, no entanto, sujeitas a ser ocupadas por espécies vegetais invasoras, com todos os reflexos em termos de biodiversidade, económicos e sociais que daí advêm. Ricardo Monteiro
Correio do Cartaxo
Editorial
Restaurar a Solidariedade Europeia António Carneiro*
Paulo Ferreira de Melo* NO FAKE NEWS SEM NOTÍCIAS FALSAS O Correio do Cartaxo e o Correio de Azambuja, pautam a sua actuação pelo escrupuloso dever de Informar. Com rigor e com Independência. Vem isto a propósito, desse monumental erro em que a conhecida rede social Facebook, caiu. Os dados de mais de 50 milhões de pessoas, caíram em mãos erradas e vieram trazer para a ribalta um discussão bem acesa sobra como influenciar pessoas e eleger presidentes, entre outras coisas. Sabe-se agora que existem companhias que, a coberto dos “likes”, posicionam produtos directamente dirigidos para o público que entendem ser alvo. Há uma completa desregulação do sector e na Europa já se fala em mecanismos de supervisão. Hoje, não há ninguém que não tenha uma conta no Facebook. Mas será que tudo o que ali se lê, é verdade? Ou a Verdade? Essa é uma questão que tem empolgado muitos dos entendidos na matéria, mas que está longe de ser consensual, embora exista muito boa gente que nos governa, à mercê dos comentários e dos “like’s” ou dos comentários do Twiter. Aqui, no jornal, temos uma firme ideia de acompanhar ao vivo tudo o que se passa e disso dar conta aos nossos leitores. Garantimos assim a notícia, garantimos a origem das fotos e temos por dever ouvir sempre todos os intervenientes. Sem falsas notícias. “No fake news”. Talvez por isso, o nosso jornal se esteja a consolidar e a conquistar mais leitores e melhor, a ser considerado como um parceiro confiável na Informação regional. E se é verdade que, em Azambuja já estamos ininterruptamente há 15 anos, a dar
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notícias.~ No Cartaxo, “ainda nem começámos”, porque há todo um caminho para percorrer. Curiosamente os nossos dois concelhos são mais do que vizinhos, eles tocam-se e cruzam-se diariamente, de tal maneira que nesta edição, fomos descobrir que na freguesia da Ereira, José Antunes Paula Barroso, vai voltar a ter o nome de uma rua, que já tinha sido sua, mas também descobrimos que o mesmo benemérito foi presidente da câmara de Azambuja em 1954. Mas há mais entre nós. Há todo um rio Tejo que nos passa ao fundo e que nos leva para novos horizontes, há uma ruralidade no bom sentido que nos vai trazer turismo e há sobretudo gente que todos os dias parte e regressa à procura de uma vida melhor. Os que ficam, muito tratam da terra e dos ofícios como mais ninguém sabe fazer e mantêm a tradição. Cartaxo e Azambuja, estão também agora unido por este projecto informativo. Como alguém dizia há pouco: “Se diz aí (no jornal), é porque é verdade!”. Esse é o nosso conforto, enquanto jornalistas. É na senda de notícias próprias e boas de preferência que percorremos todos os dias os nossos concelhos, sempre à procura do que de melhor se faz. O que ler aqui, é rigorosamente o que aconteceu. NO FAKE NEWS, Sem falsas notícias. Obrigado finalmente ao Comércio local, que em nós confia e que lhe oferece esta edição. Boas leituras Paulo Ferreira de Melo *Director (o autor escreve de acordo com o antigo acordo ortográfico)
Restaurar a solidariedade Europeia Durante mais de cinquenta anos, os princípios da solidariedade e partil ha de risco projectaram o crescimento económico e social na União Europeia , os dois grandes exemplos disso são: i) o cancelamento quase total da dívida da Alemanha decorrente d a s ‘r e p a r a ç õ e s d a guerra’ o que veio permitir a reunificação da Alemanha em 1990 e ii) o nascimento da moeda única (Euro) que trou xe o alinhamento das taxas de juro da fu tura ‘zona euro’ para o nível da Alemanha com consequências muito benéficas, principalmente para as economias periféricas como Portugal que geralmente funcionavam com taxas de juro muito mais elevadas, o que veio a beneficiar uma mudança de expectativa do mercado europeu q u e t o m o u a f o r m a d e ‘c o n vergência comercial ’ também com o impulso do ‘mercado único’ instituído em 1992. No entanto, após a crise de 2008, assistimos uma mudança política a nível das Instituições E u r o p e i a s e a ‘e u r o c r a c i a ’ , e m direcção à marginalização do p r i n c í p i o d a ‘p a r t i l h a d e r i s c o ’ . Com efeito, a subida dos spreads nas taxas de juro e um crescimento económico assimétrico ajudou à insolvência financeira de alguns países mais vulneráveis que, entretanto, desde a sua integração na ‘zona euro’ tinham entrado, desde o ano 2000, num despesismo
imprudente que veio a ser fatal e que levou à necessidade de ‘p r o g r a m a s d e a j u s t a m e n t o ’ p a r a evitar a bancarro ta que foram aplicados em (Portugal, Irlanda, G r e c i a e C h i p r e ) . O s ‘p r o g r a m a s de ajustamento’ trou xeram cons i g o u m a ‘d e s v a l o r i z a ç ã o i n t e r n a ’ dos factores económicos, política de pro tecção social e leis laborais e que tiveram consequências dramáticas para a dimensão social e empresarial que todos nós conhecemos. A ‘r e s t a u r a ç ã o ’ d a s o l i d a r i e d a d e na Europa passa pela reforma e apro fundamento da União Económica e Monetária que já se iniciou e esperamos que venha a concluir-se em tempo útil para transformar a arquitectura da Zona Euro e a União Europeia como um todo, tornando-a mais resiliente a crises financeiras. Isto só será possível com uma vontade de mais solidariedade e de partilha de risco de todos os Europeus. Para isso, teremos de ultrapassar quaisquer diferenças de visão de fu turo ol hando para a história da União Europeia, que nos demonstra que sempre hou ve prosperidade económica e social desde que estivesse ancorada nos princípios da solid a r i e d a d e . Te n h o e s p e r a n ç a q u e a no va (jo vem) classe política, dando o tempo su ficiente, com objectivos de longo prazo irá emergir gradualmente para adoptar e colocar em prática aqueles princípios. *Economista
Imobiliário Como vai ser 2018? António Carneiro*
foto: JC Borges
Lapa recebe sessão descentralizada
A reunião descentralizada da câmara municipal do Cartaxo, decorreu no edifício sede da União de Freguesias de Ereira e Lapa, no passado dia 19 de março de 2018. Uma sessão marcada por alguns desacordos entre a oposição e a maioria do PS, em assuntos como, o contrato de comodato da Praça de toiros, entre a câmara e a União freguesias do Cartaxo e
(Agora com alinhamento de direcções)
Rua de Santana (junto aos Lavadores) 2070-223 Ribeira do Cartaxo
Vale da Pinta ou o assunto relativo às custas processuais do antigo presidente Paulo Caldas que terão de ser assumidas pelo municípo. A oposição não está de acordo, muito embora Pedro Magalhães Ribeiro, presidente, tenha explicado que tal decorre da lei em vigor. Quanto ao futuro alojamento do agrupamento de Escuteiros do Cartaxo, houve consenso geralem encontrar solução.
Caro leitor. Terminado o ano de 2017 e, com os três primeiros meses de 2018 quase esgotados, é chegada a hora, como vem sendo hábito no seu jornal, de reflectir sobre o ano que findou e colocar em perspectiva este ano.. Seguramente 2017 foi um ano de forte recuperação para o imobiliário nacional e Azambuja não foi excepção. A quantidade de transações(vendas) de casas efectuada para habitação,própria ou segunda habitação, elevou o volume de crédito concedido pela banca para níveis nunca alcançados depois da crise (2010). Mas, também nos imóveis destinados a comércio, serviços e industria o número de transações subiu e consequentemente o crédito concedido pela banca disparou. O forte movimento de procura de imóveis para compra e a escassez de imóveis disponíveis para venda teve com consequência a valorização do património imobiliário. Logo os senhores proprietários viram o seu património imobiliário aumentar e aproximar-se a valores do ano de 2010. A vila de Azambuja muito próxima do comboio beneficiou muito desta valorização. A Chegada
de investidores dispostos adquirir imobiliário para recuperar ou não, e de seguida colocar no mercado de arrendamento, com rendibilidade interessante, deu forte contributo para elevar o preço das casas para nível bem mais interessante. Em 2018, apesar de não dispor de qualquer varinha mágica, acredito que a procura e valorização, ocorridos no ano anterior, se repitam este ano. Hoje assistimos já, a um movimento de deslocação de pessoas dos grandes centros urbanos densamente habitados, para as zonas rurais, porque as casas nestas localidades se aproximam de valores não acessíveis à carteira do cliente comprador português. Estamos ainda, no início da procura de cidadãos da União Europeia por moradias ou quintinhas no nosso concelho com boas acessibilidades. Estamos muito próximo do regresso à construção de novos imóveis, tão próximo quanto o preço dos usados se aproxima dos novos. Por tudo o que acima foi dito 2018 só pode ser um excelente ano para o imobiliário no nosso concelho. * Consultor Imobiliário
Correio do Cartaxo
28 de Março de 2018
Praça de toiros passa para a junta A praça de toiros do Cartaxo, inaugurada em 1874, vai passar a ser explorada directamente, pela junta. União das freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta. E decisão está tomada em sessão de câmara que se realizou já este mês na Lapa e onde, fica assente que a partir da próxima época, " O Cartaxo, assume a dinamização e o relançamento desta praça com mais de 140 anos", disse Délio Pereira, o presidente da União ao Correio do Cartaxo. "Está na altura de olharmos
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Sociedade
outra uma de forma para a nossa praça e em vez de serem terceiros a explora´-la, sem valor qualquer e acrescentado, valorizar o local para que possa a recuperar que influência sempre teve," Pereira, Délio realça ainda o facto de, desde 2013/14, se estar a assistir "empobrecium mento dos espectáculos e de uma acentuada diminuição de espectadores", salientando que chega a hora de tomar nas mãos a obra, em detrimento de quem pouco ou valor nenhum acrescentado cenà trouxe tenária praça. Agora, espera o presidente," será preciso começar um trabalho com profundidade para fazer regressar o dià espaço gnidade dos tempos passados."
Provedor do Munícipe tomou posse
O Cartaxo, já tem Provedor do Municípe. A tomada de posse, teve lugar no salão nobre da câmara municipal e vai ter o professor Carlos Galelo, como protagonista. (na foto acima)
Texto e fotos Paulo Ferreira de Melo 2018
O município do Cartaxo ocupa o 179ª lugar no Portugal City Brand Ranking 2018, um estudo da empresa Bloom Consulting, divulgado no passado dia 13 de março. O ranking da consultora especializada em “Country”, “Region” e “City” branding destina-se à medição dos resultados e do impacto da marca dos 308 municípios portugueses, classificando-os a nível regional e nacional, segundo as categorias “Negócios”, “Visitar” e “Viver”. Esta é a 5ª edição do estudo anual, que coloca o Cartaxo, este ano, no 179º lugar a nível nacional. O município desce, assim, nove posições face à classificação obtida em 2017, num ranking que apresenta Lisboa, Porto e Cascais nos lugares do pódio. A análise é feita com base no sucesso que cada município alcançou na captação de
novos residentes, investidores e turistas, que por sua vez é medido através de dados estatísticos como a procura, as pesquisas on-line de que os municípios foram alvo e ainda o desempenho on-line dos sites e redes sociais oficiais das autarquias. Na região do Alentejo, onde o Cartaxo se insere, o concelho é 27º numa lista composta por 58 municípios e encabeçada pela cidade de Évora. Entre autarquias vizinhas, o Cartaxo obteve a classificação mais baixa, ficando atrás dos seus concelhos limítrofes de Salvaterra de Magos, Azambuja, Almeirim e Santarém. O Portugal City Brand Ranking é o “único estudo publicado na área que recorre única e exclusivamente a dados quatitativos”, não se baseando, por isso, em estudos de opinião, mas antes em “variáveis objetivas e relevantes”.
Vasco Cunha, um dos mentores da ideia saudou a eleição, "foi uma proposta de bom senso e democraticidade e para nomear alguém distante do Poder. ", disse. O facto de existir um provedor é uma espécie de “válvula de escape do municípe” em representação de todos os que fazem do Cartaxo, a sua casa ou o seu trabalho. Vasco Cunha, recomendou ainda que os media dêem eco deste novo provedor que agora fica acessível a todos. O presidente da assembleia municipal, Augusto Parreira, mostrou-se muito confiante no trabalho que Carlos Galelo, agora inicia, sublinhando a sua independência partidária. '' A pessoa certa, no lugar certo. " O nomeado, mostrou-se muito lisonjeado pelas palavras que lhe foram dirigidas e mostrou-se pronto para construir um trabalho que vai ter como base, " um professor, que teve a sorte de ser advogado. Algo tão diverso, mas tão importante ". Recorde-se que Carlos Galelo, deu aulas de Direito em várias escolas, entre as quais, a secundária de Azambuja, Arcena e Cartaxo, tendo-se formado advogado
mais tarde. Agora encontra-se reformado. (ver perfil) Coube ao presidente Pedro Magalhães Ribeiro, terminar a sessão deste novo cargo do município do Cartaxo. Carlos Eugénio Galelo, nascido em 28 de março de 1952 na freguesia de Nogueira – Bragança, casado, aposentado como professor do Ensino Secundário e como Advogado; pai de dois filhos . “A minha primeira atividade foi a agricultura, o que me permitiu conhecer e sentir a dureza dos trabalhos agrícolas, particularmente num meio de clima agreste com uma agricultura de pura subsistência. Em Janeiro de 1973 fui integrado no exército para cumprimento do Serviço Militar Obrigatório. Assentei praça no R. I. 5, nas Caldas da Rainha, como instruendo do CSM. Por conveniência familiar, durante quatro anos letivos, lecionei na Telescola em Vialonga e entretanto matriculei-me no Curso de Direito na Universidade Clássica de Lisboa, sendo que apenas frequentei a respectiva Faculdade, com alguma regularidade no 1º ano, nos anos seguintes, fiz a generalidade dos exames como aluno auto-proposto. Findo o Curso de Direito que concluí com média final de 12 valores e já residia no Cartaxo, concorri ao Ensino Secundário e fui colocado na Escola Secundária de Rio Maior, onde apenas estive um ano lectivo durante o qual fiz estágio na Universidade Aberta para efectivação naquele nível de Ensino. No ano lectivo seguinte fui colocado na Escola Secundária de Azambuja onde me foi atribuído um horário maioritariamente nocturno, o que me permitiu concluir o estágio de Advogado que entretanto já iniciara com apoio de Patrono com escritório no Cartaxo. Regressei de novo à Escola Secundária de Azambuja, onde para além das funções letivas que me estavam atribuídas fui membro do respetivo Conselho Geral durante 5 anos e presidi ao mesmo durante dois. Em abril de 2017 foi-me concedida aposentação pela Caixa de Previdência dos Advogados e solicitadores e cessei funções como Advogado.” Quanto ao convite que lhe foi endereçado, foi rápidamente aceite, baseado na opinião da “família, do patrono e dos amigos mais próximos.” Texto e fotos -Paulo Ferreira de Melo 2018
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28 de Março de 2018
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