Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 4501 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.
“Não podemos deixar de ver o potencial e a importância dos chamados setores tradicionais” A palavra do Presidente da República na página 02
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
Azeméis faz bem/100+
A palavra do Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva
Sobre o tecico empresarial característico de Oliveira de Azeméis • “Não podemos deixar de ver o potencial e a importância dos chamados setores tradicionais” • “As vantagens competitivas adquiridas e aprofundadas por estes setores, bem como a experiência que já têm do mercado internacional, não podem ser desaproveitadas nem vítimas de preconceitos” Sobre os empresários • “É preciso valorizar a iniciativa empresarial” • “É importante reconhecer as empresas e o valor por elas criado, em vez de as perseguir com uma retórica ameaçadora ou com políticas que desincentivam a iniciativa e o risco” • “São as empresas que podem dinamizar as exportações e contribuir para a contenção do endividamento externo” • “São elas que podem criar novos empregos e dar esperança a uma geração com formação ampla e diversificada”
“É preciso valorizar a iniciativa empresarial e o conceito de empresa como espaço de diálogo e cooperação entre gestores e trabalhadores, captar e manter investimento de qualidade e aproveitar as vantagens comparativas de que Portugal dispõe.”
Sobre os jovens empreendedores • “Precisamos de valorizar, em particular, quem tem vontade e coragem de inovar e de investir sem precisar dos apoios do Estado” • “É especialmente decisivo atrair os jovens para a iniciativa empresarial” • “É especialmente decisivo atrair os jovens para a iniciativa empresarial” • “O empreendedorismo jovem é hoje uma realidade em desenvolvimento no nosso país que deve ser apoiada para que surjam muitos mais casos de sucesso” Sobre o crédito para as empresas • “É imperioso reafetar o crédito disponível para as pequenas e médias empresas criadoras de valor económico e de emprego e para as exportações”
O Presidente da República conhece bem o tecido empresarial do nosso Concelho (na foto, numa visita a LUÍS ONOFRE)
Sobre o papel da autarquia • “As autarquias podem assumir um papel fulcral na valorização da iniciativa empresarial, na criação de emprego”
AzemĂŠis faz bem/100+
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AzemĂŠis faz bem/100+
Azeméis faz bem/100+
mensagem
editorial
Um reconhecimento à capacidade empreendedora e produtiva dos empresários e trabalhadores oliveirenses
Um concelho que luta contra a crise O crescente punhado de republicanos oliveirenses ficaria sobejamente enriquecido com a chegada, desde terras de Condeixa, do Dr. Basílio Lopes Pereira, que até aqui veio, em 1921, ocupar a cadeira de notário e exercer a advocacia. Seria o primeiro director do “Correio de Azeméis” e fundaria, em 1923, a “Escola Livre de Azeméis. Quem ler a história da I República ou não tiver esquecido o que aprendeu, sabe que em 1922, aquando do aparecimento deste semanário, o país, social, económica e politicamente, não estava bem. Os governos caiam num ritmo preocupante, havendo mesmo um que, oficialmente, viveu pouco mais de vinte e quatro horas. Tal estado de coisas desembocou no 28 de Maio de 1926, quando Gomes da Costa, à frente de um desorganizado corpo de tropas, marchou desde Braga até Lisboa sem que ninguém se lhe opusesse a barrar a caminhada. E ao Dr. Basílio Pereira bem o preocupava a situação: “É preciso entregar o País a si mesmo, arrancá-lo às mãos dos falsos políticos, sejam eles monárquicos ou republicanos, de aqueles que não querem entender que a Política é a ciência de bem governar os povos - não é o processo de iludir a confiança da Nação”. Os partidos e os políticos não o puderam, não o souberam ou não o quiseram escutar. Pausados mais de três quartos de um século, o nosso país vive tempos de profunda e preocupante crise. O 25 de Abril de 1974 trouxe consigo uma revoada de esperanças. Como escreveu alguém, “verificaram-se contributos de inestimável valor por parte de cidadãos de alto gabarito, provenientes de vários quadrantes políticos e ideológicos; o seu alto e nobre sentido de cidadania e o seu carácter revelaram-se de forma altamente dignificante e, muito importante, sem quaisquer interesses pessoais; mas foi Sol de pouca dura”. O país vive uma crise. Uma crise vinda do exterior, naturalmente, mas para a qual os governantes portugueses, de todos os quadrantes, não encontraram a terapêutica adequada. Todos os partidos – naturalmente os mais responsáveis são os do chamado arco do poder – não foram ainda capazes de encontrar o consenso mínimo, nas mais diversas áreas, um acordo conducente – como vozes autorizadas propõem e aconselham como inevitável – a um governo de salvação nacional que reconduzisse o país na senda do progresso e devolvesse aos portugueses as prometidas esperanças dos cravos de Abril. * A recuperação do país passa muito principalmente, como tem sido dito e repetido incessantemente, pelo desenvolvimento do nosso parque industrial, com particular impacto nas exportações. Como o demonstra o suplemento que acompanha e enriquece esta edição, o nosso concelho, os nossos empresários, todos quantos labutam na oficina, no escritório, nos gabinetes de decisão, encontram-se na linha da vanguarda. Uma realidade talvez por vezes injustamente esquecida, e daí a razão deste trabalho. Trabalho que é esforço do punhado de quantos fazem, no dia-adia, o nonagenário “Correio de Azeméis”, e ofertam assim, generosamente, o seu contributo possível na divulgação da realidade e da pujança de um concelho que não soçobra perante a crise.
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
António Magalhães
“Azeméis Faz Bem” é o título deste trabalho, que dá a conhecer as 100 empresas com maior volume de negócio do nosso município. Tem contudo um objetivo mais amplo: levar aos oliveirenses e também às instituições nacionais que lidam com as nossas empresas, o conhecimento da capacidade empreendedora dos nossos empresários e a qualidade dos trabalhadores, que dão cartas por esse mundo fora. Componentes para Automóveis, Calçado, Metalomecânica, Plásticos, Moldes, Louças Metálicas e Eletrodomésticos, Tubos em Ferro e em PVC, Construção Civil, Transportes, Indústria Alimentar, entre várias outras Indústrias Tradicionais, que fazem do nosso concelho uma referência respeitada a nível nacional e internacional. Hoje, o espírito de risco e de iniciativa, como o que se encontra em Oliveira de Azeméis, é fundamental para recuperarmos a nossa economia e a vida de todos. É preciso divulgar o que temos de bom, o que fazemos bem feito, divulgar as coisas boas que somos e temos. Uma mensagem repetida pelo Professor Cavaco Silva, testemunha da capacidade empreendedora e produtiva do nosso concelho. Para este trabalho do “Correio de Azeméis”, a Presidência da República selecionou exclusivamente um texto, que nos motiva a perceber melhor a importância do que se pretende com este dossiê. Este trabalho pretende, assim, ser um reconhecimento à capacidade empreendedora e produtiva dos empresários e trabalhadores oliveirenses, transmitindo a ideia que esta nossa região vai continuar a ser exemplo de sucesso, recuperando a confiança. A confiança é, hoje em dia, um bem escasso na economia. Divulgar que o que sabemos fazer é apreciado no país e no mundo deixa-nos a sensação de que temos capacidade para recuperar a qualidade de vida que perdemos e, quiçá, torná-la ainda melhor. Um sincero BEM HAJA aos empresários oliveirenses que, com entusiasmo, quiseram associar-se a esta nossa missão e incentivaram, assim, os nossos profissionais a produzir este excelente trabalho, mostrando também que “Azeméis Faz Bem”.
Eduardo Oliveira Costa
É preciso divulgar o que temos de bom, o que fazemos bem feito, divulgar as coisas boas que somos e temos. (Apelo do Presidente da República) PUB
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Terça-feira, 02 de abril de 2012
Azeméis faz bem/100+
> nibh ese reetum alisl eugiam aliqui blam inm
Azeméis FM deu a conhecer as nossas empresas de sucesso A ‘Azeméis FM’ Rádio, numa série de debates, onde estiveram empresários, autarcas (presidente Hermínio Loureiro, vice-presidente Ricardo Tavares e vereador Pedro Marques), associações empresariais e outras, levou aos oliveirenses interessantes opiniões, especificamente sobre o tema ‘Azeméis faz bem’ e deu a conhecer as empresas do ranking das ‘100 +’, em trabalho desenvolvido pela conceituada COFACE. Um trabalho que levou aos oliveirenses o conhecimento de uma realidade que faz de Oliveira de Azeméis uma referência, reconhecida a nível nacional e internacional, cujas qualidades empreendedoras e de trabalho, tanto de empresários como de trabalhadores, dão-nos a confiança de que precisámos para garantir a qualidade de vida que ambicionámos ver devolvida e ampliada, no nosso município e na região.
Carlos Queiroz (Indústria de Calçado Catalá): “Vivemos durante muitos anos em regime de subcontrato (...) e fomos ganhando um bocadinho de apetite...”. António Costa (Novarroz): “Estamos apostados na internacionalização... é um longo caminho a percorrer”. Vereador Pedro Marques: “Oliveira de Azeméis tem a graça de reinar no surgimento de grandes nomes, grandes marcas ao longo de muitos anos”. Adriano Duarte (Multimoto): “Estamos no mercado de Espanha, mas o mercado português é, sem dúvida, o mais importante para nós, para a nossa estratégia”. Nuno Azevedo (Celar): “A Celar sempre se dedicou à louça metálica revestida por anti-aderentes, essencialmente louça de alumínio. Com o evoluir dos tempos, a sua procura está aumentar”. Manuel Tavares (BTL): “Já não somos só uma indústria. Somos uma empresa de chave na mão”. Teresa Pouzada (ADRITEM): “Neste momento, temos cerca de 5,6 milhões de euros investidos, através da ADRITEM, em Oliveira de Azeméis”. Nuno Silva (Moldit): “Está perfeitamente integrada [a Moldit] neste conjunto de empresas que existe em Oliveira de Azeméis e que desenvolveram, ao longo dos últimos anos, a sua atividade maioritariamente na indústria automóvel”.
Guy Viseu (Transportes Figueiredo): “O importante é ser capaz de oferecer ao cliente um package completo”. José Godinho (Comansegur): “A empresa tem, neste momento, cerca de 500 trabalhadores”. Hugo Pinto (JDD Moldes): “Na JDD, internamente, as coisas têm corrido bem e temos sido reconhecidos pelo nosso trabalho”. Domingos Ferreira (Calçado Centenário): “Temos conseguido responder às necessidades, nomeadamente ao nível da qualidade e da prontidão das entregas”.
Carlos Silva (Moldoplástico): “A Moldoplástica tem 58 anos e é uma empresa conhecida além fronteiras”. José Fernandes (Eva II): “Trata-se de uma empresa de reciclagem de ligas de alumínio”. Augusto Queirós (Cenfim): “A crise, vista pelo lado do Cenfim, quase não existe, pelo contrário: Temos uma procura constante, por parte dos empresários, de jovens por nós formados”. Filipe Reis (Amândio Lourenço Prata): “Temos vindo a crescer de uma forma sustentada, consoante os nossos clientes vão necessitando e surgindo novas oportunidades de negócio”. PUB
Azeméis faz bem/100+
Martinho Oliveira (Univ. de Aveiro): “As universidades hoje também se viram para o exterior”. Paulo Pinho (A. Silva Godinho): “O mercado interno não te grande expressão, daí termos iniciado as nossas exportações em 1970/71”. Pedro Araújo (Polisport): “A minha história profissional está intimamente ligada com a minha paixão pelos veículos de duas rodas” José Azevedo (Macofrei): “A empresa o ano passado transformou cinco mil toneladas de chapa”.
Abílio Rodrigues (ACCOAVC): “A nossa preocupação é dinamizar ações, junto dos nossos associados, de forma a que eles se mantenham ativos no concelho” Manuel Tavares (AECOA): “Fomos vendo as necessidades dos nossos industriais e empresários e chegámos à conclusão que era necessária a constituição da AECOA”. Hermínio Loureiro (Câmara Municipal): “Oliveira de Azeméis tem motivos suficientes para festejar a vivência no meio de autênticos heróis, que são os nossos empresários e os nossos comerciantes”.
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Ricardo Tavares (Câmara Municipal): “Estamos a fazer os possíveis para dar o conforto necessário e ajudarmos os nossos empresários” André Alegria (Central Termoeléctrica): “ Francisco Viana (Intermarché): “Um grupo muito bem organizado e estruturado”. Vicente Sousa (Fersil): “A nossa aposta passa pelos investimentos feitos em África”. Carlos Seabra (Simoldes): “Têm sido 53 anos [quase 54] de crescimento constante”.
Casimiro de Almeida (Administrador da Lactogal): “A ideia, hoje em dia incontestável, foi criar um grupo forte para poder competir num mercado muito concorrencial, como operador a nível europeu que atua em Portugal.A Lactogal foi a ‘âncora’ para os produtores de leite, através das suas cooperativas”.
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
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08 Comércio intracomunitário Expedições: – Oliveira de Azeméis é o 2.º concelho da região do Entre Douro e Vouga e o 7.º no total da região Norte (86 concelhos) mais exportador para a União Europeia, mobilizando neste domínio mais de 150 empresas; – Os principais destinos das expedições de Oliveira de Azeméis são França (19%), Espanha (34%), Reino Unido (8,2%) e Alemanha (16%); – Por sua vez, os principais produtos expedidos são os plásticos e derivados (28%), pasta de madeira e outras matérias fibrosas celulósicas (21%) e peles, couros e derivados (19%); Chegadas: – Oliveira de Azeméis movimenta neste domínio um volume de transações na ordem dos 167 milhões de euros, o que o posiciona entre os cinco primeiros concelhos que apresentam um saldo favorável no total de toda a região Norte. – Os principais países de origem são França (9%), Espanha (43%), Itália (10%) e Alemanha (16%); – Por sua vez, os principais produtos expedidos são materiais de transporte, máquinas e aparelhos, e matérias têxteis e suas obras. Comércio extracomunitário Exportações: – Oliveira de Azeméis é 14.º concelho da região Norte de Portugal mais exportador para fora da União Europeia; – Os principais destinos das exportações de Oliveira de Azeméis são EUA (17%), Rússia (18%), Angola (28%), Suíça (6%) ; – Por sua vez, os principais produtos exportados são os plásticos e derivados (41%) e peles, couros e derivados (38%), sendo responsáveis por cerca de 80% do volume de exportações para fora da União Europeia; Importações: – Oliveira de Azeméis posiciona-se entre os 10 primeiros concelhos que apresentam um saldo favorável entre exportações e importações no total de toda a região Norte. – Os principais países de origem são China (23%), Turquia (7%) e Índia (9%); – Por sua vez, os principais produtos expedidos são materiais de transporte, máquinas e aparelhos, plásticos e suas obras, metais comuns e suas obras, e matérias têxteis e suas obras.
Terça-feira, 02 de abril de 2013
Azeméis faz bem/100+
> Sub-Região Entre Douro e Vouga
PIB ronda os 3.5 mil milhões de euros
Caraterização do tecido produtivo em indicadores de empresa por localização geográfica em 2009
Segundo a Carta de Competitividade da Sub-Região Entre Douro e Vouga, que fica localizada na parte Norte do distrito de Aveiro e abrange os municípios de Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra, em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes desta subregião rondava os 3.5 mil milhões de euros (o equivalente a 2.1% do total nacional e a 7.4% do total da região Norte). Em termos de Valor Acrescentado Bruto (VAB), a relevância nacional e regional da sub-região apresentava valores similares aos referidos. As atividades industriais representam cerca de 45% do total do VAB do Entre Douro e Vouga (correspondendo a cerca de 6.3% do VAB industrial do país). O contributo dos produtos industriais para o valor acrescentado é muito acentuado na sub-região, em comparação com a região Norte (valor respetivo de 24%), o que evidencia a importância da atividade industrial no perfil de especialização da base econó-
Sentimento económico Em fevereiro, o indicador de sentimento económico melhorou na União Europeia (+1.2 pontos) a na Área Euro (+1.6 pontos). Apenas em três países da UE a avaliação efetuada foi menos favorável. Entre as economias de maior dimensão, o indicador de sentimento económico melhorou na Alemanha (+2.5), Espanha (+1.5), França (+1.3), Polónia (+0.5) e Itália (+0.3). Em Portugal, o indicador de sentimento ecomica do Entre Douro e Vouga. Em 2009, o PIB per capita a preços correntes da sub-região era de 12.1 milhares de euros (valor abaixo da média nacional, de 15.8 milhares de euros) e muito próximo da média da região Norte (12.8 milhares de euros). A sub-região apresenta um PIB per capita cerca de 23% abaixo do valor médio nacional, valor revelado pelo índice de disparidade do PIB per capita. A sub-região representava, em 2010, apenas cerca de 6.5% dos fluxos do comércio internacional em Portugal. Em 2009, a taxa de cobertura das entradas pelas saídas na sub-região foi de 226% (muito acima da média regional de 114% e da média nacional de 62%). Numa aferição à intensidade exportadora do Entre Douro e Vouga, conclui-se que as exportações representam cerca de 48% do PIB da sub-região. Em 2009, cerca de 100 mil indivíduos desenvolviam a sua atividade económica na sub-região, o que corresponde a cerca de 2.7% do emprego total do país.
nómico melhorou em fevereiro. As empresas e os consumidores fizeram uma avaliação menos negativa que no mês anterior, tendo o indicador de sentimento económico melhorado +2.3 pontos.
Quando considerados individualmente cada um dos setores, a atividade económica mais representativa no Entre Douro e Vouga em termos de emprego é a indústria de couro e de produtos de couro (cerca de 17% do emprego total), seguindo-se a indústria da madeira e cortiça, o comércio por grosso e a retalho (cada um destes dois setores com 11%) e a construção civil (9%). No contexto do emprego industrial, a indústria de couro e de produtos de couro destacase isolada (com cerca de 33% do total do emprego industrial), seguindo-se a indústria da madeira e cortiça (21%) e as indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos (9%). Por seu turno, as atividades terciárias representam cerca de 44% do emprego total da sub-região. Em 2009, cerca de 27 mil empresas tinham sede nos municípios do Entre Douro e Vouga, mais de metade das quais (51%) no município Santa Maria da Feira, seguindo-se os municípios de Oliveira de Azeméis (24%) e de S. João da Madeira
(11%). Os setores de atividade económica mais representativos em termos empresariais são, por ordem decrescente de importância, o comércio por grosso e a retalho (31% do total de empresas sediadas na sub-região), a indústria transformadora (18%), as atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (16%) e a construção civil (12%). As atividades industriais re presentam cerca de 18% do total de empresas com sede na sub-região, com destaque para a indústria da madeira e cortiça (25%), a indústria de couro e de produtos de couro (24%) e as indústrias metalúrgicas de base e produtos metálicos (16%). Em 2008, a taxa de natalidade de empresas posicionouse abaixo da média nacional e da região Norte (12.2% contra 14.2% e 13.5%, respetivamente). Por seu turno, em 2007, a taxa de mortalidade de empresas foi de 13.6% (inferior à registada a nível nacional, de 16.1%, e regional, de 15%).
Azeméis fAz bem/100+
Terça-feira, 02 de abril de 2013
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>ConCeLHo De oLiVeiRa De aZeMÉiS
> TeRRiTÓRio e PoPuLaÇão
Vocação Exportadora
O concelho de Oliveira de Azeméis em números
Atualmente, o concelho de Oliveira de Azeméis apresenta uma forte especialização económica em setores produtivos tradicionais, com vocação exportadora. Como pontos fortes do tecido produtivo local pode destacar-se a diversidade e complementaridade setorial da estrutura produtiva; a elevada capacidade de internacionalização, demonstrada pelo número de empresas que coloca os seus produtos no mercado internacional ou que colabora com empresas estrangeiras, aliada a alguma abertura para a cooperação com o sistema científico e tecnológico, e mesmo cooperação inter-empresarial; a demonstração de uma capacidade empreendedora visível num número significativo de empresas que resultaram de iniciativas individuais; a existência de grupos económicos e/ou grandes empresas de capitais locais; e a capacidade de gerar e gerir empreendimentos. O concelho de Oliveira de Azeméis é, ainda, reconhecido por diversas potencialidades das suas atividades económicas como a existência de grupos económicos e /ou grandes empresas de capitais locais; o espírito de iniciativa e grande dinamismo empresarial com permanente criação de PME; a ocorrência de uma tradição industrial desde o início do séc. XX e com adaptações ao mercado; melhoramento de infraestruturas e equipamentos; boas acessibilidades ao País e à Europa (A1, IC1, IC2); boa proximidade dos portos de mar de Leixões e Aveiro; boa proximidade ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e da via Ferroviária (linha Norte).
Em termos de setores de atividades e principais produtos, registe-se o envolvimento de 150 empresas do concelho, das quais destacamos as ‘100 +’ pela lista da COFACE (dados relativos aos balanços de 2011). Realce para o papel primordial do setor da fabricação de calçado e fabricação de moldes plásticos no desempenho e constatação da forte vocação exportadora das empresas do concelho e, por isso, para o forte contributo para os níveis de exportação registados na região Norte ao longo dos anos: Fabricação de passamanarias e sirgarias; Confeção de outro vestuário exterior em série; Fabricação de artigos de viagem e de uso pessoal, de marroquinaria, de correeiro e de seleiro; Fabricação de calçado; Fabricação de componentes para calçado; Serração de madeira; Fabricação de outras embalagens de papel e de cartão; Fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico; Fabricação de outros artigos de plástico, n.e.; Fabricação de tubos, condutas, perfis ocos e respectivos acessórios, de aço; Fabricação de moldes metálicos; Fabricação de louça metálica e artigos de uso doméstico; Fabricação de outros produtos metálicos diversos, n.e.; Fabricação de electrodomésticos; Fabricação de máquinas-ferramentas para metais; Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis; Fabricação de colchoaria; Fabricação de mobiliário de madeira para outros fins; Fabricação de artigos de joalharia e de outros artigos de ourivesaria; Agentes do comércio por grosso de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro; Comércio por grosso de peixe, crustáceos e moluscos; Comércio por grosso de louças em cerâmica e em vidro; Comércio por grosso não especializado; Outras atividades de engenharia e técnicas afins.
O concelho de Oliveira de Azeméis em números integra duas grandes dimensões de análise: o território e a população residente. Território – O concelho de Oliveira de Azeméis situase na região Norte do país, pertence ao distrito de Aveiro e à NUT do Entre Douro e Vouga (EDV), integrando também a Área Metropolitana do Porto. Faz fronteira a Norte com os concelhos de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, a Sul por Albergaria- a-Velha e Sever do Vouga, a Oeste por Ovar e a Este por Vale de Cambra. Em 2011 é um concelho formado por uma área aproximada de 161 km2 e, apesar da perda de população na última década, apresenta uma densidade populacional de cerca de 420 habitantes por km2. O território de Oliveira de Azeméis é composto por uma cidade, oito vilas e 10 aldeias num total de 19 freguesias, designadamente: Carregosa, Cesar, Cucujães, Fajões, Loureiro, Macieira de Sarnes, Macinhata da Seixa, Madail, Nogueira do Cravo, Oliveira de Azeméis, Ossela, Palmaz, Pindelo, Pinheiro da Bemposta, Santiago de RibaUl, S. Martinho da Gândara, S. Roque, Travanca e Ul. População – No concelho de Oliveira de Azeméis residem atualmente 68611 indivíduos. Todavia, no período censitário de 2001 a 2011, assistiu-se a uma perda popula-
cional que levou a um desvio negativo de aproximadamente 3%. As freguesias mais populosas do concelho são Oliveira de Azeméis e Cucujães, concentrando ambas cerca de 34% da população residente; no sentido inverso, Madail é a freguesia com menor número populacional, absor vendo apenas 1% da população concelhia. A distribuição da população por grupos etários revela-nos que o concelho de Oliveira de Azeméis segue as mesmas tendências das agregações geográficas mais abrangentes a este nível, na medida em que é evidente o duplo processo de envelhecimento populacional, quer pela base como pelo topo: por um lado a população mais jovem tem vindo a diminuir e o número de pessoas com mais de 65 anos a aumentar. A freguesia que proporcionalmente apresenta mais crianças é Fajões com 16,23%, com mais proporção de jovens é Travanca que regista 13,19% e com mais proporção de idosos é Ul, que concentra 21,76% da sua população nesta faixa etária. Numa análise aos níveis de escolaridade é de salientar que existem em Oliveira de Azeméis 11736 pessoas sem nenhum grau de instrução, o que corresponde a 17,11% da população residente, ainda
que este registo seja inferior aos dados apurados para Portugal, mostra que persiste ainda uma forte desqualificação. Nesta sequência, concluise que no concelho de Oliveira de Azeméis aproximadamente 47% da população residente atingiu no máximo o 1.º ciclo do ensino básico de escolaridade e o número de pessoas que completaram o ensino superior está abaixo dos parâmetros nacionais, apenas com 7,13%. A freguesia com maior proporção de indivíduos sem alfabetização é Fajões, com cerca de 20,31% da população nesta circunstância, já a freguesia de Oliveira de Azeméis destaca-se como a área do concelho com mais população com um grau académico superior, aproximadamente 12,24%.
Portugal em números (AIP)
2013 - 2014
População residente (milhões) em 2011: 10.6 PIB (mil milhões €) em 2012: 165.4 Exportações bens (mil milhões €) em 2012: 47.8 Importações bens (mil milhões €) 2012: 55.4 Taxa de inflação (IPC) em 2012: 2.8% Taxa de desemprego em 2012: 15.7%
PIB -1,9% - 1,3% Consumo privado -3,6% - 0,1% Consumo público -2,4% - 1,5% FBCF -8,5% - 2,8% Exportações bens e serviços - 2,0% - 4,8% Importações bens e serviços -3,4% - 3,5% Inflação (IHPC) - 0,9% - 1,0% Balança corrente e de capital - 3,1% - 4,4% Balança bens e serviços - 3,1% - 4,1% Fonte: BdP – Boletim de Inverno de 2012
Portugal – Previsões económicas
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
Azeméis faz bem/100+
> estudo coface/correio de azeméis
As 100+ de Oliveira de Azeméis Este ranking é da responsabilidade da Coface Portugal, uma sucursal no nosso país da Compagnie Française d’Assurance pour le Commerce Extérieur. Ranking
Nome
As variáveis e os critérios analisados foram ‘Volume de Negócios’, ‘Empregabilidade’ e ‘Exportação’. Os dados reportam-se ao ano de 2011.
Denominação
Localidade
Volume de Negócios
Valor Exportação
Nº Empregados
Terça-feira, 02 de abril de 2013
Azeméis faz bem/100+
Ranking
Nome
Denominação
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Localidade
Volume de Nº Valor Exportação Negócios Empregados
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>HERMÍNIO LOUREIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
“Vivemos no meio de autênticos heróis” O presidente Hermínio Loureiro, primeiro responsável pela autarquia e pelo apoio direto ao tecido empresarial do concelho, tem uma filosofia muito simples e que tem resultado: “A Câmara Municipal não deve atrapalhar. Ou seja, deve criar condições para que as empresas possam crescer, para que possam aumentar as suas instalações, o seu volume de exportações, a sua faturação e, por sua vez, criar emprego. E que os comerciantes tenham condições para terem dinâmica na sua atividade”. “Todos nós sabemos que Oliveira de Azeméis não é uma ilha, está inserida no nosso país e as dificuldades do nosso comércio não são diferentes das do comércio do resto do país. Nós somos confrontados com grandes cidades como Lisboa e Porto, onde diariamente encerram estabelecimentos comerciais, se calhar em maior número do que acontece no nosso município. Nós temos autênticos heróis, quer no comércio quer na indústria, que são motivo de orgulho para todos nós e para quem tem responsabilidades autárquicas. Acima de tudo, julgo que a comunidade oliveirense sente esse mesmo orgulho”, continua Hermínio Loureiro. E concretiza: “Estamos a viver uma crise económica e financeira sem precedentes e vemos que o nosso município tem uma taxa de desemprego muito inferior à taxa nacional. E ainda
Hermínio Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.
bem! Isso deve-se ao espírito empreendedor dos nossos empresários, sendo certo que continuamos a liderar em alguns setores de atividade, até em termos mundiais, como é exemplo a produção industrial. Em Oliveira de Azeméis temos grandes empresários, mas temos também, e usando uma terminologia antiga, grandes industriais. Hoje, o país discute a reindustrialização. Se calhar foi uma coisa que Oliveira de Azeméis nunca perdeu, que é a aposta na sua componente industrial e empresarial”. Reconhecendo o esforço que autarquia tenta fazer em prol dos seus empresários de sucesso, o presidente da Câmara sublinha alguns investimentos considerados fundamentais: “O município faz um grande esforço para apoiar os nossos empresários e atrair
novos negócios. Ainda agora investimos 11 milhões de euros numa nova área de acolhimento empresarial em Ul/ Loureiro. Era um zona industrial falada há mais de 30 anos, mas que, infelizmente, não saía do papel. Hoje, já temos obra em curso e empresas instaladas. Tenho uma perceção da razão pela qual o projeto não saía do papel. Porque não é fácil em 40 hectares ter mais de 100 proprietários, ter que fazer expropriações, ter que lutar pelo desenvolvimento e pelo futuro do município com os mesmos proprietários que - e eu percebo - tentam defender aquela que é a sua parcela de terreno. Mas é preciso algum esforço no sentido de todos trabalharmos para o desenvolvimento do nosso concelho. Trabalhar com 140 proprietários num processo
expropriativo, como devem compreender, não é nada fácil. Se fazer uma expropriação já custa muito, fazer 140 custa muito mais. E, em pouco mais de dois anos, temos hoje empresas de base tecnológica importantíssimas. Algumas com tecnologia que é única no nosso país, que vão criar emprego. São investimentos poderosíssimos numa altura de crise. Não deixa de ser interessante perceber por que razão essas empresas escolhem Oliveira de Azeméis e deve ser motivo de satisfação para todos nós conseguirmos atrair estes investimentos”. Sem esquecer o comércio, Hermínio Loureiro recorda os protocolos existentes para que tudo resulte na melhoria de condições para todos os intervenientes: “No comércio temos uma preocupação permanente de animação cultural e nas ruas. O concelho é grande, são 19 freguesias, 163 km2 e, muitas vezes, o investimento é muito direcionado para as ruas centrais de Oliveira de Azeméis. Temos alguns protocolos com parceiros importantes, como é o caso da Associação Comercial, que tem sido imprescindível em toda esta estratégia de promoção e valorização do nosso comércio, mas reconheço que temos de fazer mais”. Quanto às críticas, o presidente da autarquia não foge delas e diz tratar-se de uma tendência natural...
“É como a crítica à Câmara, à rádio ou ao jornal. As pessoas gostam de criticar e é bom que tenham essa postura ativa, é um modo de cidadania participativa. Muitas vezes estas entidades são injustamente criticadas. Conheço bem o seu trabalho e quando as pessoas têm um problema é a elas que recorrem”. A finalizar, Hermínio Loureiro não deixou de elogiar a iniciativa dos debates da ‘Azeméis FM’ e do trabalho especial do ‘Correio de Azeméis’. “Gostava de enaltecer este tipo de iniciativas, que visam valorizar e ter uma atitude positiva perante o nosso tecido empresarial, que é do mais relevante e do mais importante que o país tem. Quando há tanta gente a procurar falar das coisas negativas, importa salientar esta atitude positiva, porque em Oliveira de Azeméis temos, felizmente, motivos mais do que suficientes, apesar de também vivermos uma crise económica e financeira sem precedentes, para festejarmos a vivência no meio de autênticos heróis que são os nossos empresários e os nossos comerciantes. Conseguem, como poucos, transformar as dificuldades em oportunidades, continuam a criar emprego, a aumentar as suas empresas, a criar novas e isso é um dinamismo impressionante, infelizmente nem sempre valorizado”.
> MAIS UMA INICIATIVA PARA OS EMPRESÁRIOS DO CONCELHO
Potencialidades do mercado árabe A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, em parceria com a Associação Empresarial do Concelho (AECOA) e a Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa (CCIAP), organizou, este mês, uma sessão de apresentação sobre oportunidades e potencialidades do mercado árabe. “A iniciativa pretendeu esclarecer o tecido empresarial do nosso concelho acerca da realidade dos 22 países que compõem o bloco árabe, das suas oportunidades e competências”, afirmou o presidente da autarquia, Hermínio Lou-
A internacionalização das empresas esteve em destaque.
reiro. O grupo de empresários oliveirenses, do setor dos moldes, calçado, marroquinaria, metalomecânica, têxtil, engenharia civil e tecnologias da informação e comunicação, refletiu a internacionalização das suas empresas enquanto definição de uma estratégia sustentável. “A crescente globalização dos mercados e a forte concorrência a que as empresas estão sujeitas fazem com que a internacionalização faça parte integrante do quadro de referência estratégico das mesmas”, referiu Filipe San-
tos, representante da CCIAP, acrescentando: “O contexto internacional atual obriga a um novo olhar para as questões da internacionalização passando a desenhar-se como um desafio para a globalização das funções das organizações”. A CCIAP tem como principal objetivo o desenvolvimento de relações económicas, culturais e sociais entre Portugal e os 22 países árabes que representa. A entidade de utilidade pública conta já com 35 anos de existência sendo reconhecida oficialmente no mundo árabe.
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
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> RICARDO TAVARES, VICEPRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
“Tentamos dar o conforto necessário aos nossos empresários” A Câmara Municipal, como principal parceiro e interlocutor das empresas do concelho, tem tentado acompanhar o desenvolvimento e a aposta na internacionalização de uma grande maioria dos empresários. “É um prazer muito grande estarmos a falar de realidades positivas, porque estamos a falar com representantes de empresas e de entidades de sucesso, que representam muito para a economia do concelho, e que são importantes para a população, e, também, para a entidade pública e para a edilidade, que aqui represento. Nós, enquanto responsáveis políticos e concelhios, temos o dever de acompanhar e de dar conforto a todos estes empresários que, ao longo de décadas e sem
Ricardo Tavares, vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis
recorrer aos apoios públicos, têm transformado todas as dificuldades e têm dado ao concelho uma representatividade e uma imagem de sucesso por esse mundo fora. Nós estamos a fazer os possíveis para dar o conforto necessário para ajudarmos os nossos empresários a terem realidades empresariais modernas, atuais, mas também a evitar o máximo de constrangimentos para que
possam crescer e continuar a desenvolverem-se com a sua vocação natural e com a sua inata capacidade empreendedora. A Câmara tem que estar ao lado desta vocação dos nossos empresários”, começa por destacar Ricardo Tavares, no debate que participou na AZ FM. Quanto ao papel da Câmara, nomeadamente em termos de espaços industriais, a área de acolhimento empresarial Ul/
Loureiro voltou a ser focada, desta vez pelo vice-presidente: “A Câmara tem tentado, junto de todos os empresários que a procura, arranjar soluções o mais benéficas possíveis para todos. Encetámos um projeto, que já vinha sendo prometido há décadas: A área de acolhimento empresarial de Ul/Loureiro é um investimento que ronda os 11 milhões de euros e, agora, vamos começar por fazer as infraestruturas de 40 hectares”. E concretiza: “Primeiro é o início de um processo. Aproveitando os fundos comunitários, candidatámo-nos e ‘convencemos’ o ON.2, até pela localização da área e pela história da realidade empresarial de Oliveira de Azeméis, de que seria um bom investimento. Inclusivamente, o presidente da CCDR-N, ainda a semana passada, queria vir aqui conhecer as empresas que estão a instalar-se lá. Ele reconheceu que não há, aqui próximo, no Norte pelo menos, realidade como esta. As obras estão a acontecer e já há empresas
a instalarem-se. Precisamos do sucesso desta ‘empreitada’, para avançarmos para as infraestruturas da restante área, que é especial, pela localização que tem e até pelas condições topográficas dos terrenos”. Sem esquecer que o conhecimento também é a base do sucesso, Ricardo Tavares conclui: “Para além deste investimento, também achamos que era importante associar a realidade do conhecimento, da Universidade de Aveiro (UA) paralelamente e sempre numa perspetiva de cooperação com a realidade empresarial. Nós sabemos que a UA também prima por esse trabalho de, no fundo”. O Campus do Cercal também foi focado: “Pensámos que, com este investimento em Oliveira de Azeméis, estamos a criar condições para um futuro mais sustentável do nosso concelho, das nossas empresas e, no fundo, estamos a honrar todo um passado recente de sucesso empresarial da nossa região”. PUB
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> PEDRO MARQUES, VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
“Temos sido um exemplo para o país” Acompanhando de perto, no dia a dia, as dificuldades dos empresários do concelho de Oliveira de Azeméis, Pedro Marques, vereador da Câmara Municipal, sabe bem quanto custa ter sucesso e ser bem sucedido numa região com grandes potencialidades em vários setores de atividade, fazendo ver, ao resto do país, como se pode ultrapassar a crise e criar reais expetativas nos cidadãos.
“Oliveira de Azeméis é para todos nós, que temos responsabilidades públicas, um orgulho no que diz respeito à capacidade de investimento, de empreendorismo, de iniciativa privada, de esforço, sacrifício, capacidade de levantar a cabeça nas dificuldades. Portanto, nesse capítulo, temos sido um exemplo para o país e estamos a sê-lo, também, neste momento difícil que o país atravessa”, começa por destacar, frisando o trabalho de apoio da comunicação social: “Não queria deixar de dar os parabéns à ‘Azeméis FM’ e ao jornal ‘Correio de Azeméis’ por também partilharem estas preocupações num momento em que o país mais precisa dos empresá-
rios, precisa da sua coragem”. Para este responsável da pasta das Atividades Económicas, “o importante é produzir bem, vender bem, dar estabilidade à sua parte financeira, aos seus trabalhadores, para assim podermos realçar os bons exemplos. Oliveira de Azeméis tem a graça de reinar no surgimento de grandes nomes, grandes marcas ao longo de muitos anos”. “Não é de hoje - prossegue -que somos referência no país; no Norte somos o quinto concelho que mais produz e exporta. Se Portugal fosse um bocadinho à semelhança de Oliveira de Azeméis não estávamos, certamente, a passar estas dificuldades. Estaríamos num
Pedro Marques, vereador das Atividades Económicas da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis
patamar elevado e entre os países mais desenvolvidos da Europa. Isso muito se deve à capacidade de prever, de investir e de realizar dos nossos empresários. Felizmente, temos vários exemplos de sucesso no nosso concelho”. Pedro Marques está ciente que “a Câmara Municipal tem feito um esforço nos últimos tempos para perceber os empresários, para estar próximo deles”. E isto porque, “temos trabalhado muito afincada-
mente para dar melhores condições às nossas indústrias, procuramos isso na revisão do Plano Diretor Municipal. O ‘novo’ PDM, de facto, veio resolver alguns problemas. É evidente que é um documento extenso, que certamente terá as suas vicissitudes, mas penso que será um bom instrumento para o futuro, para os próximos anos, e os empresários certamente vão poder continuar a investir em Oliveira de Azeméis”, concluiu. PUB
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Plano Activação Santander Totta
de crédito para activar os seus projectos Colocamos a nossa solidez e experiência ao serviço da economia portuguesa O Santander Totta tem sido reconhecido como o melhor e mais sólido banco a operar em Portugal. A nossa capacidade e solidez permitem-nos apoiar o país num momento tão importante como este que vivemos. Com a 2.ª fase do Plano Activação Santander Totta, colocamos à disposição 1.500 milhões de euros de crédito para activar o crescimento da economia portuguesa. Por isso, somos o banco de confiança dos portugueses e das empresas nacionais, disponibilizando as soluções mais adequadas para desenvolver os seus projectos, nomeadamente através da linha PME Crescimento. Integrado no Grupo Santander, com mais de 100 milhões de Clientes e 14.000 balcões em todo o mundo, o Santander Totta é também o parceiro ideal para apoiar a expansão da sua empresa e para o estabelecimento de parcerias de dimensão e valor internacional.
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
> CENFIM CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA
“Formação é fundamental” A implementação de um Núcleo da CENFIM na zona de Oliveira de Azeméis deve-se ao aglomerado de indústrias metalomecânicas, principalmente da indústria de moldes e a necessidade de mão-de-obra qualificada e especializada para satisfazer os seus altos níveis de rigor, precisão e exigência tecnológicas. Atualmente, perante o nível de mutações técnicas e tecnológicas aceleradas, a indústria de moldes da região tem estabelecido uma interligação e cooperação com o CENFIM, devido à emergência de novas e crescentes necessidades ao nível da formação profissional. É bom lembrar que Portugal é um dos maiores fornecedores mundiais de moldes de precisão para a indústria de plástico e que as empresas portuguesas do setor investem fortemente em novas tecnologias e equipamentos, daí a necessidade de um formação rigorosa e contínua. “Nós estamos em Oliveira de Azeméis desde 1987, nas an-
Augusto Queirós, diretor do núcleo de Oliveira de Azeméis do Cenfim.
tigas instalações da Simoldes, portanto há 26 anos. Tanto aqui, no concelho, como a nível nacional, já formámos muitos milhares de jovens e também de adultos. Sendo um centro protocolar, não pertencemos propriamente ao Estado, embora tenhamos a nossa administração no IEFP - Instituto do Emprego e Formação Pro-
fissional. Conjuntamente com as associações empresariais, nomeadamente a AIMAP e a ANEM, somos, ao longo destes anos, um centro protocolar virado para a indústria metalomecânica. Temos trabalhado não só nas áreas dos moldes, como por exemplo em Oliveira, mas também por todo o país e para todo o tipo de indústrias,
desde a área civil à engenharia naval, que está praticamente a desaparecer. Temos trabalhado, de facto, em todos os ramos ligados à metalomecânica, porque, por protocolo, é essa a nossa atividade e estamos aqui para apoiar as pequenas e médias empresas deste país”, refere Augusto Queirós, diretor deste núcleo. A crise e o aumento do desemprego, não só em Portugal, mas também em Espanha, são problemas reais para a juventude. Uma questão colocada, a propósito da ajuda que o CENFIM tem dado, na prática, para os jovens encontrarem o seu rumo... “A crise vista por o lado do CENFIM quase não existe, pelo contrário: há uma procura permanente de jovens. Nós temos uma procura constante, por parte dos empresários, de jovens formados no Cenfim. O que acontece, neste momento, é que temos dificuldade em levar os jovens
ao Cenfim para se formarem. Agora, com a entrada em vigor da escolaridade obrigatória, os jovens começam a ficar cada vez mais tempo na escola e dificilmente nós conseguimos levá-los para este organismo”, explica Augusto Queirós, concretizando: “Estou a falar, essencialmente, de jovens em formação. Nos horários pós-laborais continuamos a trabalhar a nível da especialização tecnológica, a formação de adultos. Mas, é ao nível dos jovens - e são estes que as empresas mais procuram - que temos mais dificuldade. Chegamos a ter 13 turmas em formação no CENFIM; neste momento temos sete turmas da aprendizagem e alternância, e um CEF, o que quer dizer que estamos um bocado abaixo das nossas capacidades de por no mercado de trabalho jovens formados ou, pelo menos, qualificados como gostaríamos”.
> ADRITEM ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO DAS TERRAS DE SANTA MARIA
“Cerca de 5,6 milhões investidos em Azeméis” A Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM) é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, ao serviço do desenvolvimento local. Foi fundada a 16 de outubro de 2007 pelos municípios de Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, aos quais se associaram posteriormente os de Gondomar e Valongo, e outros associados que comungam dos mesmo objetivos e que intervêm dum modo ativo nos processos de desenvolvimento, promoção e valorização do seu território. Atualmente, a ADRITEM apresenta mais de 130 associados, quer de natureza pública, municípios e juntas de freguesia, quer de natureza privada, como associações culturais, desportivas e recreativas, IPSS-s, empresas e pessoas em nome individual. “A ADRITEM foi constituída a partir de uma proposta apresentada por mim aqui ao município de Oliveira de Azeméis, que aceitou e per-
Planeamento deste programa. Conseguimos também, a nível de subsídios, apoiar com cerca de 3,6 milhões de euros projetos, desde a criação do agro-turismo, casas de campo, uma modalidade inexistente no concelho, taberna típica, gabinete de contabilidade, empresas de eventos, empresas de casamentos e de batizados. No fundo, aproveitámos um capital que já existia, valorizámo-lo e tornámo-lo rentável”, refere a coordenadora Teresa Pouzada. Teresa Pouzada, coordenadora da ADRITEM “Felizmente, houve agora esta oportunidade neste quadro comunitário, é a entidade cebeu o desafio e o interesse Comunitário de Apoio. Neste aqui mais recente, mas tem que tinha em captar, através momento, temos cerca de 5,6 tido muito sucesso. Para além de uma associação, fundos milhões de euros investidos do apoio ao investimento dipara o desenvolvimento das no concelho de Oliveira de reto temos, e é essa também a freguesias mais desfavore- Azeméis, nestas freguesias nossa função enquanto procidas, as freguesias rurais. rurais. Conseguimos, na al- motores do desenvolvimento Juntamente com o municí- tura, que estivesse quase todo local, criado laços e reforçapio de Santa Maria da Feira, o concelho abrangido. Só não do parcerias com o municífundou-se, em 2007, esta as- puderam beneficiar de apoios pio, com outras autarquias, sociação, que entrou em ple- diretos quatro freguesias que com juntas de freguesia, com no funcionamento em 2009, não foram consideradas be- cooperativas, com empresas surgindo assim num Quadro neficiárias pelo Gabinete de e com a AECOA. Tentámos
abranger um leque muito diverso, porque só assim, de forma estruturada e num desenvolvimento pensado e integrado, conseguimos ter escala e conseguimos ter sucesso”, conclui. Recordando a recente Feira das PME, uma organização em parceria com o município, Teresa Pouzada destaca a “promoção no sentido de valorizar o tecido económico e que interessa como boas práticas a repetir”. “Promovemos, em 2008, a Feira de Artesanato - prossegue - numa altura em que também se criavam dificuldades em promover esta identidade do concelho”, recorda e acrescenta: “Temos promovido ciclos de conferências de apoio ao empresário. A nível da intervenção social também temos feito a promoção do concelho. Tentamos ser um aliado forte no município de Oliveira de Azeméis dos parceiros que nos entendem como motor de desenvolvimento do nosso território”.
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> MANUEL TAVARES, VICEPRESIDENTE DA AECOA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO CONCELHO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
Ajuda preciosa na “preparação de projetos e ideias” “A AECOA surge tendo em consideração que Oliveira de Azeméis é um concelho com uma forte vertente industrial. Fomos analisando as necessidades do concelho, fomos sentindo o pulsar dos nossos empresários e chegámos ao momento em que constituímos a empresa, pensando no apoio que a região necessitava, bem como os seus industriais”, começa por explicar o vice-presidente Manuel Tavares, acrescentando a forma como a AECOA tenta potenciar os vários setores de atividade: “A nossa associação tem um caráter multidisciplinar, nós temos
Manuel Tavares, vice-presidente da AECOA
associados de todas as indústrias. Nós constituímo-nos em 2001, a 13 de junho, para potenciar as capacidades empreendedoras dos empresários, atuar em proximidade com eles junto dos órgãos e das instituições públicas, ajudá-los em algumas áreas e a perceber que é melhor desenvolver uma atividade em parceria, sobretudo na preparação de projetos e ideias. Temos um gabinete de apoio ao nível jurídico, em forma de consultoria, onde preparamos alguns dos processos. Vamos sentindo as necessidades dos nossos associados e vamos transmitindo a quem
de direito, inclusivamente à Câmara Municipal, onde temos algumas intervenções”. Falando de parcerias e formação, Manuel Tavares destaca ainda: “Temos vários protocolos assinados com várias entidades, inclusive com a Universidade, que é extremamente importante, e onde temos mantido um papel preponderante. A Universidade de Aveiro (pólo Aveiro Norte) para nós tem sido fundamental. Por outro lado, intervimos nalgumas áreas de formação, deixando para essas entidades a administração e a gestão desses processos”.
> ABÍLIO RODRIGUES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
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Abílio Rodrigues, presidente da ACCOAVC
“A nossa área de intervenção é o comércio, mas também lidámos com os empresários de outras áreas do concelho, inclusive ao nível da indústria, e intervimos com todos aqueles que são nossos associados. Não temos apenas uma vocação informadora, também somos uma entidade formadora. Temos tido várias formações de grande intervenção até na área industrial, nomeadamente através da formação AEP, que é uma formação ao nível de consultoria e de outras áreas para a modernização das nossas empresas”, refere o presidente da Associação Comercial dos Concelhos de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra (ACCOAVC). Abílio Rodrigues lidera uma instituição já centenária e, por isso, é na-
tural que se preocupe com o chamado comércio tradicional, para alguns quase em vias de extinção. “Nós temos a preocupação de dinamizar algumas ações junto dos nossos associados de forma a que eles se mantenham ativos no concelho. Temos algumas intervenções junto da Câmara Municipal, no sentido de nos ajudar e de ajudar à dinamização e à procura de novas oportunidades para aqueles que estão mais debilitados no que diz respeito ao público, às pessoas que compram em Oliveira de Azeméis, em particular no comércio tradicional”. A intervenção da ACCOAVC “incide, sobretudo, nesse campo e estamos de acordo no que diz respeito a essas dificuldades que os nossos comerciantes vão atravessando. Sabemos que não são apenas do nosso concelho, são do país inteiro, mas temos que olhar pela nossa casa em primeiro lugar”. “Nós estamos atentos - continua - às queixas dos nossos associados, no que diz respeito à animação; nós ouvimo-los com muito cuidado e vamos tentar fazer uma dinamização por todo o concelho. O comércio não é apenas o centro histórico e a zona envolvente da cidade, corresponde a todas as freguesias. São muitas as solicitações. Temos já algumas ideias para implementar também nesses locais, para que o comércio não se restrinja aqui ao centro urbano”, explica Abílio Rodrigues.
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
> UNIVERSIDADE DE AVEIRO / ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE ESAN
“Aposta na internacionalização” A Universidade de Aveiro foi fundada em 1973 e já há muitos anos que está presente em Oliveira de Azeméis, através do pólo Aveiro Norte, nomeadamente através da sua Escola Superior. Foi sempre uma universidade inovadora, pioneira no fomento do empreendorismo e também na transferência de conhecimento e conversão do mesmo em valor económico. Formar alunos capazes e preparados para ‘alimentar’ uma região industrializada, que aposta na inovação e na tecnologia de ponta, é o primeiro objetivo, nunca esquecendo que o ensino está cada vez mais universal e global, o que vem de encontro às expetativas de um mercado fortemente ligado às exportações. “Objetivamente, a Escola está presente na região Aveiro Norte e a razão de estar aqui no concelho de Oliveira de
Martinho Oliveira, diretor da Escola Superior Aveiro Norte da Universidade de Aveiro
Azeméis prende-se com motivos de ordem estratégia e com a necessidade da Universidade de Aveiro criar um pólo a Sul do distrito de Aveiro - a Escola de Águeda - e outro mais a Norte, que, abreviadamente, se denomina Escola Superior Aveiro Norte (ESAN). A razão de ser desta Escola estar preaqui localizada reside no facto de se tratar de uma região muito industrializada, com
índices de educação relativamente baixos em relação à média do país, mas com um forte potencial em termos de indústria, onde a juventude era aliciada a ir muito cedo para o mercado de trabalho, abandonando precocemente a escola”. Assim, “a Universidade entendeu que estando presente aqui no concelho poderia desmistificar um pouco isto e incentivar os jovens e os
menos jovens a voltarem aos bancos da escola, aproveitando o potencial humano e de conhecimento de uma região rica nas exportações”. “Estamos cá desde 2002 com a iniciativa dos Cursos de Especialização Tecnológica, que estão não só em Oliveira de Azeméis como em toda a região Aveiro Norte, o que mostra que este projeto é, de facto, para região Norte, tendo como denominador comum, entre outros aspetos, a indústria transformadora de materiais metálicos para abranger não só a indústria de moldes, como as estruturas metálicas de grande dimensão. Estamos a construir novas instalações no Campus do Cercal, uma construção essencialmente de natureza metálica e contamos mudar o mais rápido possível”, explica, ainda, o diretor da ESAN. “As universidades hoje também se viram para o exterior, porque o mercado nacional é pequeno. Cerca de 10% dos nossos alunos são oriundos de fora de Portugal. Além disso, temos vários investigadores estrangeiros que trabalham
nos nossos laboratórios e que produzem ciência cá”. De facto, “a Universidade de Aveiro é atualmente uma instituição aberta, com muitas ramificações por várias partes do mundo, com muitos convénios assinados, com muitos protocolos, como por exemplo com os Países de Língua Oficial Portuguesa. Nós próprios, recebemos frequentemente - e tivemo-los há bem pouco tempo - alunos moçambicanos que vieram fazer uma experiência. Já temos tido recebido várias personalidades que vêm visitar a Escola; ainda este mês recebemos o diretor nacional de Moçambique do ensino secundário, que nos honrou coma sua visita. E tudo isto se insere, naturalmente, numa estratégia de aproximação a estes países, que têm um veículo fácil que é a Língua. Na verdade, hoje há uma internacionalização do ensino, pelo que a universidade não pode olhar apenas para si própria, egoisticamente, porque isso significa ter a sua morte a médio ou longo prazo”, destaca Martinho Oliveira. PUB
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Azeméis faz bem/100+ > Grupo FERPINTA quer “vencer os desafios do amanhã”…
Qualidade soldada em aço de valor acrescentado Em pleno séc. XXI, numa aldeia cada vez mais globalizada, o Grupo Ferpinta tenta expandir e engrandecer “um território geograficamente pequeno e economicamente limitado”, investindo estrategicamente desde Carregosa até aos quatro cantos do mundo. “Apostada em vencer os novos desafios do amanhã”, em áreas de reconhecido valor acrescentado, num processo de ajustamento permanente a novos cenários económicos, tendencialmente mais alargados e agressivos, a Ferpinta mantém “a preocupação dominada pela componente qualitativa e de mais valia estratégia”, onde a capacidade de antevisão se traduz na tipologia de investimentos realizados, desde o aço (produção e distribuição de tubos soldados), passando pelo turismo e os equipamentos agrícolas e agro-pecuários. Fernando Pinho Teixeira, atual presidente do conselho de administração do Grupo Ferpinta, iniciou em 1962 a sua atividade empresarial em nome individual, desde logo na área da metalomecânica. Dez anos mais tarde, em 1972, nasce então a Ferpinta - Fábrica Nacional de Construções Metálicas, Lda., sedeada em Carregosa, a empresa-mãe do atual Grupo Ferpinta - Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A.. Sempre com a fabricação de tubos de aço, tendo em vista a produção de mobiliário escolar, instalações para a agro-pecuária e estruturas metálicas para a construção civil, a empresa foi alargando horizontes com a introdução da família de tubos para canalizações, pretos e galvanizados, sendo que, deste modo, alcançou a mesma amplitude de fabrico dos maiores produtores na altura: ‘Oliva’ e ‘Facar’. Em 1980, dá-se a alteração da denominação social para Ferpinta, Fábrica Nacional de Construções Metálicas, de Fernando Pinho Teixeira, Lda., bem como
é tratada a aquisição da Imec Júlio Bastos e Magalhães, Lda., uma empresa que tinha como função fornecer tecnologia de ponta às restantes associadas, particularmente a empresa-mãe. No mesmo ano, é constituída a Ferromar, Lda., inicialmente denominada Ferroluta, Lda.. Trata-se do embrião da rede comercial própria do Grupo, tendo por missão levar o produto Ferpinta ao consumidor final com rapidez e qualidade, complementado com produtos longos para uma total satisfação das necessidades do mercado. Instalada na zona industrial de Ovar, é atualmente a Sede do Grupo Comercial Ferpinta, a operar em Portugal, Espanha, Angola e Moçambique. Ainda na década de 80 sur-
gem mais empresas associadas ao grupo, como o Centro de Serviços de Aços, a Ferrotubal (Moita), a Ferroportimão (Portimão), a Ferrominho (Braga), a Ferroentroncamento (Torres Novas), a Ferrofunchal (Camacha - Madeira) e, finalmente, dando conclusão ao Grupo Comercial Ferpinta no mercado nacional, a abertura da Ferromangualde (Mangualde). Com a aquisição em 1991 da Facar, na altura o maior produtor nacional de tubos de aço, o Grupo Ferpinta ganha uma dimensão europeia. Em 1993, a Ferpinta passa de uma sociedade por quotas para uma sociedade anónima, dando-se então a reorganização da estrutura do Grupo Ferpinta, mediante a constituição de uma empresa Holding de cúpula
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(Ferpinta S.G.P.S., S.A.) e uma Sub-Holding (Ferros Holding, S.G.P.S., S.A.) para controlo de todas as empresas com atividade comercial. Em 1995, inicia o processo de internacionalização na vertente comercial, através da abertura da Ferpinta Espanã, S.A., em Madrid. Depois da comemoração do 25.º aniversário do Grupo, instalou-se também em Angola e em Moçambique, e começa a apostar na vertente turística, com a construção de empreendimentos na Ilha de Porto Santo Atualmente, o Grupo Ferpinta está instalado em Portugal, com as filiais Returcaça, Ferpinta, Hotel Vila Baleia Thalassa, Herculano, Ferrominho, Ferrotubal, Ferroentroncamento, Ferroportimão, Ferromalgualde, Ferro-
FERPINTA Ranking: 1º Lugar N.º COFACE: 32003839 NIPC: 500113009 Nome: FERPINTA - INDUSTRIAS DE TUBOS DE AÇO DE FERNANDO PINHO TEIXEIRA,S.A. Morada: Lugar Arrifaninha, Aptd. 26 – 3720-011 Carregosa. Contatos: telefone – 256411400; fax – 256412049; email - info@ ferpinta.pt; internet - www. ferpinta.pt Distrito: Aveiro. Concelho: O. Azeméis. Atividade: Fabricação de tubos, condutas, perfis ocos e respectivos acessórios, de aço. F. Jurídica: Soc. Anónima Capital: 10.000.000,00 € Ano Balanço: 2011 Volume Negócios: 146.702.730,00 € Volume Exportações: 8.139.790,00 € Principais países de exportação: Bélgica, Alemanha, Brasil, Bulgária, China, Espanha, Reino Unido, França, Itália, Suíça, Angola, Moçambique, entre outros. Presidente: Fernando Pinho Teixeira N.º Funcionários: 320. mar e Ferrofunchal, em Espanha (Madrid, Santiago de Compostela e Córdoba), em Angola (Lobito e Viana) e em Moçambique com as filiais Sapap, Fermóvel, Ferromoçambique e Ferpinta Moçambique. PUB
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> GESTAMP AVEIRO GALARDOADA PELA GM COM O PRÉMIO DE EXCELÊNCIA
GESTAMP
Componentes de valor acrescentado
Ranking: 2.º Lugar N.º COFACE: 32006505 NIPC: 502094486 Nome: GESTAMP AVEIRO - INDÚSTRIA DE ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS, S.A.. Morada: Rua Industria, Zona Industrial das Sabrosas, Nogueira do Cravo – 3700-778 Nogueira do Cravo. Contatos: telefone – 256861100; fax – 256861108; email - gestampaveiro@ gestamp.com; internet - www. gestampaveiro.pt Concelho: O. de Azeméis. Distrito: Aveiro. Atividade: Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis. F. Jurídica: Sociedade Anónima. Capital: 12.000.000,00 € Ano Balanço: 2011 Volume Negócios: 71.863.191,00 € Volume Exportações: 56.249.302,00 € Principais países de exportação: Alemanha, Espanha, França, Bélgica, Brasil, Estados Unidos, México, Polónia, entre outros. Presidente: Francisco José Riberas Mera N.º Funcionários: 427.
A Gestamp Aveiro, inserida na multinacional Gestamp Automoción, constitui um dos três centros de produção presentes em Portugal. A sua produção, orientada para os componentes metálicos do setor automóvel, fornece todos os grandes fabricantes mundiais de automóveis (VW, PSA, Renault, Nissan, GM, Ford, etc.). O volume de negócios em 2012 situou-se nos 64,8 milhões de euros e o número médio de colaboradores em 405. O sucesso da Gestamp Aveiro reside na
Victor Rodrigues, administrador da Gestamp
aposta na produção de componentes de grande valor acrescentado, o que distingue a empresa “como fornecedor de referência que prima pela qualidade do seu produto”. A autonomia da Gestamp Aveiro vai desde
da conceção e industrialização dos processos de produção até ao lançamento dos produtos, “apoiando os clientes na melhoria e desenvolvimento dos seus produtos, procurando sempre a maior qualidade ao
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A escola superior aveiro norte felicita as 100 maiores empresas de Oliveira de Azeméis pelos seus contributos para a competitividade da região. No próximo ano letivo, já nas suas novas instalações no Parque do Cercal, a esan avançará com novas iniciativas com o tecido empresarial da região.
mais informações em:
www.ua.pt/esan
custo mais competitivo”. No seio da Gestamp Automoción, a Gestamp Aveiro é reconhecida como “uma referência em termos de inovação, organização e métodos de trabalho”. Isto tem permitido “maximizar os volumes de produção, procurando minimizar custos, respeitando o ambiente e a segurança dos colaboradores”. A empresa proporciona um “clima social estável” e de abertura à “participação nas decisões estratégicas” do grupo. Foi reconhecida oficialmente pelos seus clientes como sendo “um fornecedor de destaque”. Recentemente, pela segunda vez na sua história, esta unidade de produção foi galardoada pela GM com o prémio de fornecedor de Excelência pela qualidade dos produtos fornecidos em 2012. “Cerca de 80% das nossas vendas destina-se a exportação, no entanto, o mercado nacional não é desprezado. A Auteuropa é reconhecida como um cliente de referência e em crescimento e com o qual se tem desenvolvido uma relação profissional de modo a criar oportunidades para futuros projetos nacionais”, explica o gerente Victor Rodrigues, sublinhando que os principais países (em volume de vendas) para exportação são Espanha, França, Reino Unido e Alemanha. O ano 2012 ficou, segundo o mesmo responsável, “abaixo das previsões comerciais anunciadas”, sendo que o grande desafio para 2013 é de, por um lado, “cumprir as expetativas em termos de volume de negócio para trazer calma e confiança aos investidores” e, por outro, “preparar o terreno para projetos futuros que só irão arrancar em série após 2015 e irão garantir a continuidade da nossa atividade”. Caraterísticas que evidenciam a produção da Gestamp: Reconhecimento da Gestamp Aveiro como fornecedor de 1.ª linha dos grandes construtores; posicionamento num grupo que se encontra no topo do ranking de mercado dos componentes metálicos para automóveis; elevada utilização da capacidade produtiva; perfeito domínio das necessidades do mercado; equipa qualificada e altamente motivada; utilização de processos produtivos tecnologicamente evoluídos que integram pre-
ocupações de cariz ambiental, de segurança e de eficiência na utilização de recursos; sistema de Gestão da Qualidade e Ambiental Integrado cujos princípios estão bem assimilados pela organização; certificado EMAS (ainda são poucas as empresas em Portugal com este certificado). Segundo Victor Rodrigues, “a empresa está perfeitamente coordenada com as áreas de competitividade críticas do negócio”, sendo necessário “manter essa adequação e intensificá-la”. A Investigação & Desenvolvimento é algo intrínseco à empresa e é uma área que neste setor não pode ser descurada. “Cada vez mais o cliente procura que o seu fornecedor seja seu parceiro na implementação dos novos projetos”, reconhece o técnico. As empresas progressivas alargam os seus horizontes, procurando oportunidades e ganhando vantagens competitivas. “É isso que temos procurado fazer ao longo da nossa vida, o que nos tem trazido bons resultados, no que diz respeito à satisfação das expetativas das partes interessadas”. “E é isso que pretendemos continuar a fazer e para a qual contamos com os nossos colaboradores e parceiros como membros ativos desta evolução”, conclui Victor Rodrigues.
AzemĂŠis faz bem/100+
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> GRUPO SIMOLDES
Uma fórmula de sucesso A sede do Grupo Simoldes está localizada em Oliveira de Azeméis. Numa faixa de um quilómetro, seis empresas estão continuamente a trabalhar em moldes de injeção para a indústria dos plásticos. No final da década de 90, surgiu a primeira filial localizada no Brasil, em Curitiba, no estado do Paraná.
A empresa Simoldes Aços foi fundada em 1959, visando a construção de moldes para a indústria plástica. Naquela época, os principais setores foram os utensílios domésticos e brinquedos para o mercado português. Hoje, a Simoldes Aços pode construir moldes até 25 toneladas, emprega cerca de 210 trabalhadores e regista um volume de PUB
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, visitou o grupo Simoldes. Na foto acompanhado por António Silva Rodrigues, presidente do conselho de administração.
negócios de quase 18 milhões de euros, como resultado principalmente do setor automóvel e de moldes de exportação para países como a França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Escandinávia, Turquia, China e Irão. A empresa MDA – Moldes de Azeméis, SA faz parte do Grupo. Foi fundada em 1991 para produzir moldes metálicos para a indústria de plásti-
co. No final de 1996, a MDA começou a implementar um Sistema de Qualidade Garantia, de acordo com as normas NP EN ISO 9001, e obteve a certificação em dezembro de 1999 pelo BVQI - Bureau Veritas Quality International. Integrada num processo de melhoria contínua, a empresa obteve da mesma entidade, em maio de 2001, a certificação do seu Sistema de Gestão
Ambiental de acordo com a Norma NP EN ISO 14001. A IMA - Industria de Moldes de Azeméis, SA é uma empresa 100% privada. Foi criada em 1993, com o objetivo de fabricar moldes para a indústria plástica. Possui cerca de 120 colaboradores e é capaz de construir moldes até 25 toneladas, utilizando tecnologias como a injeção normal, a gás, de baixa pressão, híbrida e bi-injeção. É uma empresa especialista na produção de moldes alojamento de lâmpada, churrasqueiras, HVAC, painéis de porta (com tecidos / têxtil, TPO, etc), etc.. Com um volume de negócios de aproximadamente 14 milhões de euros, exporta para a França, Alemanha, Espanha, Escandinávia e Reino Unido, entre outros. A Simoldes Aços Brasil nasceu no final da década de 90. O Grupo Simoldes decidiu construir no Brasil a primeira empresa para servir um segmento de mercado ligado aos moldes aço até 60 toneladas. Em meados de 2001, em S. José dos Pinhais, Paraná, a
Simoldes Aços Brasil iniciou a sua atividade. A Mecamolde - Moldes Plásticos, SA foi fundada em 1981 e mais tarde comprada pela Mecamolde Simoldes Divisão Ferramenta em 2001. Com técnicos qualificados, é especializada na construção de moldes de pequeno e médio porte de alta precisão. Emprega cerca de 45 trabalhadores. A IGM - Indústria Global de Moldes, SA foi fundada em 2001 para fabricar moldes para a indústria plástica. Com cerca de 70 funcionários, pode construir moldes até 25 toneladas. A Ulmolde - Moldes Técnicos, SA foi criada em 2001 com a finalidade de produzir moldes para a indústria plástica. Com um volume de negócios de 3,7 milhões de euros, a Ulmolde tem 58 funcionários que trabalham em conjunto para fornecer os diferentes setores da indústria de plásticos com ferramentas de alta precisão e uma capacidade de construir moldes até 15 toneladas.
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SIMOLDES Plásticos
> GRUPO SIMOLDES
Ranking: 3.º lugar N.º COFACE: 22003991 NIPC: 501220267 Nome: SIMOLDES - PLÁSTICOS, S.A.. Morada: Rua Comendador António da Silva Rodrigues N.º 165 Aptd. 113 - Santiago de Riba-Ul - 3720-502 Santiago de Riba-UL Contatos: telefone – 256661000; fax – 256661010; email - mail@simoldes.com; internet - www.simoldes.com Distrito: Aveiro. Concelho: Oliveira de Azeméis. Atividade: Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis. F. Jurídica: Sociedade Anónima. Capital social: 2.000.000,00 € Ano Balanço: 2011 Volume de Negócios 2011: 70.225.355,00 € Volume de Exportações: 53.720.875,00 € Principais países: África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, entre outros. Presidente: António Silva Rodrigues N.º Funcionários: 638.
Crescimento sustentado numa base familiar
INPLAS Ranking: 5.º lugar N.º COFACE: 2206655 NIPC: 503001031 Nome: INPLAS - INDUSTRIAS DE PLÁSTICOS, S.A.. Grupo SIMOLDES Morada: Zona Industrial de Oliveira de Azeméis - Aptd. 407 – Oliveira de Azeméis 3720-000 - Oliveira de Azeméis. Contatos: telefone – 256666650; fax – 256666655; e-mail: mail@simoldes.com; internet: www.simoldes.com Concelho: Oliveira de Azeméis. Distrito: Aveiro. Atividade: Fabricação de outros artigos de plástico. F. Jurídica: Sociedade Anónima. Capital: 500.000,00 € Ano Balanço: 2011 Volume Negócios 2011: 33.425.036,00 € Volume Exportações: 25.980.287,00 € Principais países de exportação: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, África do Sul, China, entre outros. Presidente: António Silva Rodrigues. N.º Funcionários: 333.
O Grupo Simoldes é o exemplo de como uma empresa com uma estrutura familiar pode ser bem sucedida, crescer, desenvolver-se e partir à procura de novos horizontes, apostando na inovação, na tecnologia de ponta e no empreendedorismo como formas de chegar mais longe e alcançar novos mercados. “Historicamente, começámos com o fabrico dos moldes e depois, de uma forma quase natural, surgiu, na sequência da nossa cadeia de serviço, a possibilidade de começar a fornecer peças em plástico para vários setores. Nessa sequência foi criada a divisão de injeção, que acompanhou o crescimento da empresa”, começa por explicar Carlos Seabra, destacando a evolução natural do Grupo Simoldes e as exigências do mercado: “Temse verificado que passou uma
Carlos Seabra, diretor comercial do Grupo Simoldes
primeira fase pela produção das peças em plástico. Hoje em dia, isso verifica-se nas estruturas que temos em Oliveira de Azeméis e espalhadas um pouco por toda a Europa. Temos vários gabinetes, onde se começa, numa fase embrionária, a criação de um automóvel. O Grupo Simoldes, através da divisão de plásticos, começa a participar, juntamente com os construtores, naquilo que serão os interiores dos futuros carros. Toda a cadeia de valor fica, de algum modo, abrangida com a conceção
da peça em plástico, depois a execução do próprio molde e, mais tarde, a produção das próprias peças”. Várias fábricas em Portugal e Brasil, nos moldes e nos plásticos, dão conta bem da grande dimensão que alcançou o Grupo Simoldes, uma ideia patente no debate em que este representante participou: “Temos vindo a crescer, os tempos hoje estão difíceis, o crescimento não seria aquele que, se calhar, os donos do Grupo Simoldes gostariam, porque a atual situação não é favorável”.
No entanto, “têm sido 53 anos de sustentabilidade e, em 30 de novembro, faremos os 54 de crescimento constante”, refere. Apesar de ter uma dimensão já assinalável, quer em termos de volume de negócios como de exportações, a Simoldes é considerada uma empresa familiar, o que não é de todo habitual, tal como concorda este responsável: “Temos clientes que ficam surpreendidos quando nos visitam, veem a dimensão e todo o investimento que existe, não só em Portugal, mas também a nível mundial, e perguntam como é que é possível ter cariz totalmente familiar. O dono da empresa é senhor António Silva Rodrigues, a sua esposa e o filho, Rui Paulo Rodrigues. A geração futura já está assegurada com os filhos do Rui Paulo Rodrigues. A postura da gestão atual, de António Rodrigues e de Rui Paulo Rodrigues, é para continuar e manter uma existência puramente familiar. Não se vislumbram entradas em Bolsa ou coisas do género. Todo o capital é próprio, os investimentos são próprios também, e, segundo as perspetivas, é para continuar neste mesmo estilo de gestão e de existência”, destaca. PUB
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>FERSIL FREITAS & SILVA, S.A.
Aposta certa no mercado africano O Grupo Fersil consolidou-se nos últimos 30 anos de história “como líder no setor de sistemas de tubagem em Portugal”. Hoje, é sinónimo de qualidade, inovação e ética negocial nos países onde opera e comercializa a sua vasta gama de produtos. A Fersil é, essencialmente, uma empresa produtora de tubos e acessórios, em materiais plásticos, para sistemas de esgoto, saneamento e condução de água, destinados à construção civil, infra-estruturas e rega agrícola. Do grupo fazem parte ainda a Ibotec – Indústria de Tubagens, S.A., que se dedica à produção de mangueiras de jardim, tubos para cabos elétricos e telecomunica-
ções, canalizações subterrâneas e drenagem, e a FIL – Tubos Angola Lda, através da qual a Fersil pretende reforçar a sua posição estratégica em África. A Fersil foi fundada em 1978. Com 35 anos, é já uma referência no concelho, no país e além fronteiras, face aos seus produtos, que têm marcado presença em Portugal e no estrangeiro. Até chegar aqui foi preciso percorrer um longo caminho. “A Fersil, que foi constituída a 26 de dezembro de 1978, por Maria de Lurdes Silva e por Elídio Freitas, foi evoluindo até 1983. Depois, houve a necessidade de começar a expandir; uma empresa só não era suficiente e foi necessário criar a Ibotec para complementar os produtos que desenvolvia. Desde o início, tivemos a produção dos sistemas de tubagem em materiais plásticos, nomeadamente, o PVC, depois, mais tarde, o politileno e o polipropileno, que são os outros dois políme-
FERSIL Ranking: 4.º lugar N.º COFACE: 22002581 NIPC: 500860190 Nome: FREITAS & SILVA, S.A FERSIL Morada: Rua António Gomes Correia Júnior, Zona Industrial de Cesar - Aptd. 2022 Cesar – 3700-627 Cesar Contatos: telefone – 256856010; fax – 256856011; email - fersil@fersil.com; internet - www.fersil.com Distrito: Aveiro. Concelho: Oliveira de Azeméis.
ros em que se baseiam a grande maioria dos sistemas de tubagem. Foi-se diversificando e foi crescendo. Aproveitámos muito a época do ‘boom’ no crescimento do mercado de construção da década de 80, mas também as diferentes crises que se foram abatendo sobre o nosso país, e isso levou a que, já na década de 80, começássemos a pensar nas exportações. Os primeiros sinais dessa realidade foram a criação de uma empresa em Espanha, numa primeira fase, e mais recentemente, antevendo esta crise que se abateu sobre nós no mercado da construção, do qual dependemos fortemente, em 2007 a FIL – Tubos Angola. Foi, nessa altura, um investimento de 15 milhões de euros, em Luanda. Mais tarde, já em 2012, decidimos expandir e fomos para Moçambique, criando também a Fersil-Moçambique”, refere o responsável Vicente Sousa, destacando a importância de alcançar novos merca-
Atividade: Fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico. F. Jurídica: Sociedade Anónima. Capital: 4.000.000,00 € Ano Balanço: 2011 Volume Negócios: 33.777.032,00 € Volume Exportações: 13.163.979,00 € Principais países de exportação: Alemanha, Angola, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Reino Unido, Suécia, entre outros. Presidente: Maria Lurdes Silva N.º Funcionários: 122.
dos, como o de Angola: “Esse mercado tornouse importante, porque a Europa, em termos de infraestruturas, começa a tornar-se um mercado já envelhecido”. “As novas soluções passam pela reabilitação de sistemas antigos. Na construção de sistema novos há menos que fazer. A aposta futura passa pelos investimentos feitos
Vicente Sousa, representante da Fersil
em África. Hoje, o que vemos, é um fervilhar de necessidades, não só em Angola e Moçambique, com quem particularmente te-
mos estes laços de amizade e essa facilidade de a língua ser comum, mas também nos outros países vizinhos”, conclui Vicente Sousa.
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> MANUEL CASIMIRO, ADMINISTRADOR DO GRUPO LACTOGAL
“Portugal produz 105% daquilo que consome” A Lactogal - Produtos Alimentares S.A. é uma empresa agroalimentar portuguesa, especializada em laticínios e seus derivados. Fundada pela Agros, UCRL, Lacticoop e Proleite/Mimosa, tem como propósito produzir e comercializar, nos mercados nacional e internacional, laticínios e outros bens alimentares através das suas marcas. Para além de uma experiência inestimável, a Lactogal herda também das empresas que a constituíram uma tradição de padrões de excelência em termos de qualidade, que lhe permite continuar a assegurar e satisfazer de modo superior as necessidades e expetativas dos seus clientes e dos seus consumidores. Uma ideia sublinhada por Manuel Casimiro de Almeida, administrador do grupo. “A ideia, hoje em dia absolutamente incontestável, foi criar um grupo forte para poder competir num mercado muito concorrencial, como operador de mercado a nível europeu que atua em Portugal. A Lactogal não foi mais do que criar uma ‘âncora’ para os produtores de leite através das suas cooperativas. Daí a criação de uma sociedade anónima”. Não pretendendo destacar nenhum mercado em particular, Casimiro de Almeida sublinha que a empresa foi criada para se impor à forte concorrência, tanto a nível nacional como internacional, abrindo assim também a porta das exportações. “Todos os mercados são importantes. Quem recebe da produção de leite em Portugal, dos Açores e de Espanha cerca de 1.300 mil litros precisa do mercado interno em primeiro lugar. Apesar de exportarmos cerca de 10 a 15% da produção é sempre muito pouco, porque esta tem vindo a aumentar e o consumo, infelizmente, nem por isso. Temos necessidade de apostarmos na exportação. Devo dizer que desde o seu arranque, em 1996, em termos de valor acrescentado bruto,
Comendador Casimiro de Almeida, administrador do Grupo Lactogal
ou seja, aquilo que a Lactogal aumentou de valor aos produtos que recebeu foram dois mil milhões de euros e estou a excluir o ano de 2012 que ainda não tem os números finais. Até 31 de dezembro de 2011, acrescentámos às mercadorias que recebemos, neste caso ao leite, dois mil milhões de euros. O que é uma riqueza muito grande, criada através do Grupo Lactogal, que foi distribuído através do IRC, dos juros que pagaram, dos ordenados, dividendos aos acionistas, enfim, de várias formas”. Marcas de qualidade Casimiro de Almeida sublinha a grande diferença dos produtos Lactogal com os das chamadas marcas brancas. “As nossas marcas sabemos que são produzidas com leite 100% nacional. As marcas da distribuição, umas vezes têm leite nacional, outras - na maior parte - importado. A grande distribuição tem hoje uma panóplia de fornecedores a quem pergunta preços e adjudica a quem lhe fizer o melhor. Não é através das marcas brancas que se pode criar riqueza e valorizar o leite ao produtor. É através das marcas comerciais, onde há algum valor acrescentado, não muito porque sabemos as dificuldades do consumidor, e não podemos refletir todos os custos que vamos tendo cada ano, como o aumento da energia elétrica, o aumento do custo da mão de obra, entre outros. Os produtores também não abdicam de ter o mínimo de preço pelo lei-
te que entregam, nós também não podemos repercutir no consumidor tudo aquilo que seria mais ou menos legítimo. Temos alguma contenção nos preços, mesmo nas nossas marcas comerciais, o que não as torna tão distantes das marcas brancas como antigamente. Neste momento, algumas marcas brancas ganharam posição no mercado, há consumidores que levam mais ou menos a cabeça feita quando vão para o ponto de venda, mas se forem ver as marcas comerciais não há uma grande diferença. O problema é que as marcas brancas deixam muita margem à distribuição. São compradas a preços bastante inferiores e, por outro lado, um cliente muito afeto à marca branca, mesmo que o preço possa subir, já não a larga. Ainda há pouco houve uma repercussão de dois ou três cêntimos na marca branca em cada litro de leite e isso não aconteceu nas marcas comerciais, que são controladas pelo distribuidor. No caso das marcas brancas é o vendedor que decide qual é o preço pelo qual as quer vender e, na medida em que tem uma fidelização, pode aumentar os preços porque o consumidor já vai lá direto”. Para Casimiro de Almeida, “Portugal é auto-suficiente. Portugal produz 105% daquilo que consome... Ou seja, pode abastecer integralmente o nosso mercado em queijo, em leite, em iogurtes, em toda uma panóplia de produtos sem necessidade de recorrer às importações. O que acontece é
que estas importações funcionam aqui como uma pressão sobre os fornecedores portugueses, para baixarem os preços ou, pelo menos, para não os aumentarem”. E recorda: “As quotas de produção de leite em relação à União Europeia mantêm-se, se não me engano, até março de 2015. Nessa altura, acabam completamente as quotas leiteiras. Os países não podiam exceder a quota que lhes está atribuída; por sua vez essa quota era distribuída pelos vários compradores de leite, que também atribuíam uma quota a cada um dos fornecedores e produtores de leite. Tudo isso vai acabar a partir de março de 2015”. Ao contrário do que possa parecer, esta pode não ser uma boa notícia para Portugal. Casimiro de Almeida explica: “Não é benéfico, porque ficamos muito dependentes da produção que se vai fazer no exterior, onde há condições muito boas para produzir leite. E o que pode acontecer é que o nosso país pode ser invadido por produtos estrangeiros fabricados, se calhar, na origem. Com o impacto que isso tem, quer ao nível dos produtores, quer ao nível das indústrias transformadoras, e de toda a envolvente que afeta esses fornecimentos”. A crise é do país Em relação à conjuntura social e económica por que passa concelho, este responsável frisa: “Esta crise não é do nosso concelho, é do nosso país. Nós trabalhamos com todo o Por-
tugal e sabemos que os problemas são comuns e são gerais. Não há dúvida que sentimos uma grande propensão dos consumidores para gastar menos, por um lado, e a comprar o mais barato, por outro. Isso tem algumas repercussões a nível do resultado das empresas. Nós temos necessidade de escoar a produção de leite que vem dos produtores e, para isso, temos que ter uma política muito bem definida, quer em relação aos preços de compra, quer em relação aos preços de venda”. Já ao nível dos recursos humanos e do desemprego, A Lactogal pode ter aqui um papel muito importante: “A Lactogal tem vindo a fazer algumas reestruturações, porque as coisas mudaram muito. Não é apenas no aspeto da mão-deobra, mas na necessidade dessa mão de obra. Logo em termos de distribuição de vendas, em termos da rede comercial, ela está muito circunscrita, porque, afinal, os compradores de produtos não estão disseminados pelos vários pontos do país, mas estão muito concentrados em dois ou três operadores. Se nós vendemos mais de 60% para a grande distribuição, obviamente que só precisamos de falar com dois ou com três, porque é aí que estão as vendas. Isso de sair com o carro carregado e andar de porta em porta, no pequeno comércio, já acabou. Ainda existe alguma coisa, mas cada vez será menos”. Mas a Lactogal não vai contribuir para que a taxa de desemprego aumente, questionámos. “Claro que não. A Lactogal não tem previsto fazer qualquer despedimento coletivo, nem nada disso. A empresa tem, neste momento, 1600 pessoas a trabalhar diretamente, das quais 600 em Oliveira de Azeméis. No grupo todo, incluindo todas as outras empresas que fazem parte, existem mais de 2000 trabalhadores. Não estamos a pensar chegar à necessidade de despedir pessoas em termos coletivos porque, como digo, temos feito uma reestruturação pacífica, face aos novos equipamentos e à modernização das instalações e dos equipamentos de produção. Temos feito alguns ajustamentos, mas mais na parte comercial”.
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>TRANSPORTES FIGUEIREDO
“Importante é ser operador logístico” A empresa de Transportes Álvaro Figueiredo S.A. Transportes Figueiredo, fundada em 1950 e sedeada em Santiago de Riba-UL, ocupa o 7.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se aos transportes rodoviários de mercadorias, onde o prestígio e a qualidade têm sido fundamentais para o sucesso. Com um capital social de 3.500.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 31.291.326,00 €, sendo que as exportações levam uma enorme fatia de 24.654.455,00 €. O presidente Guy Alberto Correia Costa Viseu tem ao seu cuidado cerca de 243 trabalhadores. Já com 63 anos de existência,
a Transportes Figueiredo foi crescendo e percorrendo um caminho de sucesso, quer a nível nacional quer a nível internacional… “Os Transportes Figueiredo nasceram da experiência do motorista que como a maior parte dos outros transportadores numa determinada altura que era oportuno, face ao mercado, estabelecer-se e começou a fazer transportes com pequenos camiões. Há alguns marcos importantes na carreira dos transportes Figueiredo, sendo que um dos principais clientes que dinamizou a nossa empresa foi, na altura, a Molaflex”, destaca o responsável Rui Viseu, concretizando: “Este foi um ponto forte no desenvolvimento como transportadora nacional. Enfim, começou a transportar colchões para todo o país. Depois tem outro marco importante que é quando nos dedi-
camos à internacionalização e fazemos o primeiro transporte internacional. Também com a Molaflex, mas agora com um ramo importante de atividade na indústria automóvel. Os transportes Figueiredo vão-se dinamizando e vão crescendo impulsionados pela Molaflex. Numa determinada altura, estamos a falar de 2005, o senhor Álvaro Figueiredo achou que a empresa tinha chegado a um patamar que necessitava, talvez, de diversificação de mercado, e tomou a opção de vender a empresa. Temos então um novo ciclo de dinamização da empresa, que é vendida a uma holding que se chama Viacer, que tem como acionista principal o Grupo Violas, o Grupo Arsopi e o Grupo BPI. Este foi o último grande impulso que a empresa Transportes Figueiredo tem em termos da sua dinamização, Hoje a empresa é ancorada por uns dez a quin-
Guy Viseu, administrador dos Transportes Figueiredo
ze clientes que sustentam os Transportes Figueiredo”. Um crescimento necessário que se alargou a toda a Europa… “Além de fazermos vários tipos de transportes, por áreas diferentes, temos também vários tipos de atividade, isto é, temos cinco plataformas distribuídas em Portugal, em que para além de fazermos o transporte, fazemos a distribuição capilar, fazemos a distribuição secundária, fazemos o cross-rocking
e, portanto, ramificámos a atividade não só nos transportes como também na logística. O importante é ser um operador logístico. É ser capaz de oferecer ao cliente um package completo, não só o transporte, mas também, a gestão dos seus stoks, a distribuição porta a porta. É nessa área que os Transportes Figueiredo cresceram e ainda estão, no meu entender, a metade de um percurso”, sublinha Rui Viseu. PUB
www.mafepre.pt
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> INDÚSTRIA DE CALÇADO CATALÃ
Exportar é o que está a dar A Calçado Catalã, S.A., sedeada em Santiago de Riba, foi fundada em 1987 e ocupa o 22.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho. Dedica-se à fabricação de calçado. Com um capital social de 200.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 12.385.639,00 € cabendo quase tudo às exportações 12.064.581,00 €, para países como Itália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda e Reino Unido. O presidente Carlos Luís Amaral Queiroz tem, atualmente, cerca de 200 colaboradores. “A empresa nasceu numa pequena garagem, começando do zero, com três irmãos. Começámos a trabalhar
Carlos Queiroz, administrador da empresa Indústria de Calçado Catalá
com o mercado nacional, os primeiros cinco anos em pleno crescimento. Posteriormente tivemos alguns problemas relacionados com o mercado. A empresa, nessa altura, dedicavase a 100% ao mercado nacional. Mudámos de estratégia, aliámo-nos a uma grande empresa exportadora da região e conseguimos dar a volta à situação”, refere o presidente, explicando: “Vivemos durante muitos anos com essa empresa, em regime de subcontrato. Trabalhámos muito por subcontrato. Felizmente ou infelizmente, porque às vezes há acidentes que vêm por bem – este foi o caso – há
oito anos atrás essa empresa optou por mudar de estratégia, se calhar errou, porque fechou. Tivemos que partir para a vida, pois a dimensão que tínhamos já era grande, com cerca de 60 trabalhadores. Sabíamos bem das nossas capacidades, fabricávamos bem, conhecíamos os clientes e, então, decidimos investir”. O mercado é 99% exportação. “Conseguimos de alguma forma ser bem sucedidos com tudo aquilo que se foi delineando e tendo em conta sempre o que o mercado nos ia oferecendo. Fomos ganhando gosto pela exportação”.
>POLISPORT PLÁSTICOS S.A.
“Presentes em quase todo o mundo” A empresa Polisport Plásticos S.A., com 31 anos de existência (fundada em 1982) e sedeada em Fontanheira, Carregosa, ocupa o 15.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. O presidente Pedro Jorge Pinto Oliveira de Araújo e tem 133 funcionários. “A Polisport nasceu por uma simples razão: devido à paixão que eu nutria pelos veículos de duas rodas. Tinha 19 anos, aliás ainda estava a estudar,
gostava de motos, gostava de bicicletas e apercebi-me, nesse momento, que não existia em Portugal nenhuma empresa a fabricar o tipo de produtos que o mercado pedia. Depois de estudar a situação, acabei por decidir abrir a firma”, esclarece Pedro Araújo. “Tivemos alguns momentos muito importantes na vida da Polisport, nomeadamente quando foi premiada dois anos consecutivos. No primeiro ganhou uma
menção honrosa da COTEC e no ano seguinte ganhámos o prémio PME Inovação. Podemos afirmar, com algum orgulho, que foi a primeira empresa a ganhar em dois anos consecutivos os dois prémios Pedro Araújo, adminsitrador da Polisport da COTEC”, destaca, frisando que agora empresa produz quase tudo para exportação, nomeadamente para 62 países. “A questão da exportação do português é muito pequeno, na exportação. De outra forma, para a Polisport é um a razão toda a nossa estratégia está nem sequer tínhamos direito a de existência. Como o merca- sempre apoiada e desenhada viver”. PUB
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
> GARAGEM JUSTINO
> COFACE COMPAGNIE FRANÇAISE D’ASSURANCE POUR LE COMMERCE EXTÉRIEUR
Empresa ‘histórica‘ “A Garagem Justino, ao longo dos seus 91 anos de história pautou-se por um serviço de excelência aos seus clientes e por arrojo e audácia na sua estratégia de marketing. Acredito que, nos tempos difíceis que atravessamos, serão esses os dois vectores fundamentais para vencermos as adversidades e continuarmos na vanguarda da mobilidade automóvel. Recentemente, fomos distinguidos pela Opel Portugal com os prémios ‘Melhor Desempenho Segurança 2012’, ‘Melhor Desempenho na Satisfação dos Clientes – Vendas’ e ‘2º Lugar na Satisfação dos Clientes’. Acredito que estes prémios são um importante reflexo do nosso empenho constante em servir cada vez melhor aqueles que confiam em nós para aquisição e manutenção das suas viaturas. É neste importante alicer-
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
Filipe Santos.
ce – a confiança dos nossos clientes – que assentamos os nossos objectivos futuros, disponibilizando veículos mais seguros, amigos do ambiente e uma equipa de profissionais preparada para responder às mais exigentes necessidades”.
A responsável pelo ranking ‘100+’
A Coface foi a empresa responsável pela análise do tecido empresarial oliveirense, elaborando, para o Correio de Azeméis, este ‘ranking’ das 100+
Números da Coface: – Volume de negócios Consolidado de €1,55 mil milhões de euros em 2011; – 3ª Maior seguradora de crédito do Mundo; – 39 000 Clientes de Seguro de Crédito em todo o mundo; – 4600 Funcionários;
– 250 Especialistas em Análise de Risco; – Base de Dados com mais de 55 milhões de empresas; – Presença em mais de 79 países através da rede CreditAlliance; – Presença directa em 66 países; – Oferta de Seguro de Crédito em 95 países; – Avaliação do Risco País sobre 157 países.
A Coface (Compagnie Française d´Assurance pour le Commerce Extérieur), com sede em Paris, faz parte do Grupo Natixis Banques Populaires, um dos maiores grupos financeiros em França. Há mais de 60 anos no mercado, com presença em mais de 95 países, 66 dos quais de forma directa, a Coface apoia as empresas na protecção contra o risco de incumprimento das transacções comerciais, oferecendo aos seus clientes Seguro de Crédito, e soluções complementares de gestão de risco comercial. Graças a um serviço local de qualidade, mais de 45% dos 500 maiores grupos mundiais já são clientes da Coface. Em 2007, a Coface recebeu em França, onde gere também as garantias públicas à exportação por conta do estado, o estatuto de ECAI (External Credit Assessment Institution), ob-
tendo assim o reconhecimento oficial da qualidade das suas avaliações de solvência das empresas. A lista das «100 +», que publicamos neste trabalho especial «Azeméis faz bem» sobre as empresas do Concelho de Oliveira de Azeméis, é da autoria da Coface. Coface em Portugal Com um amplo conhecimento do ambiente económico local, a Coface, Sucursal em Portugal proporciona às empresas um enfoque exclusivo na análise e na gestão do risco. Oferece uma gama de opções flexíveis, que permitem às empresas dispor de uma cobertura de Seguro de Crédito personalizada. Segundo frisam os seus responsáveis, a Coface Portugal está “próxima” dos seus clientes, criando “relações profissionais duradouras, baseadas na confiança e no diálogo”. A Coface, Sucursal em Portugal tem sede em Lisboa e uma delegação comercial em Vila Nova de Gaia. A sua estrutura, composta por cerca de 30 colaboradores, está integrada operacionalmente na Plataforma Ibérica da Coface.
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
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> MOLDOPLÁSTICO, S.A.
“Experiência moldada no conhecimento” A empresa Moldoplástico, S.A., sedeada no lugar de Barrocas e com 58 anos de vida (fundada em 1955), ocupa o 25.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à fabricação de moldes metálicos. Com um capital social de 4.400.000,00 €, registou em 2011 um volume de negócios superior aos 10 milhões de euros (10.412.138,00 €), sendo que as exportações levam uma grande fatia do bolo (8.421.312,00 €), para países como a Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, entre outros. A presidente Maria Helena Lemos Landeau tem
dos plásticos. É uma das primeiras empresas em Oliveira de Azeméis neste setor e foi, também, um centro de formação para grande parte dos empresários que existem no concelho”, começa por revelar Carlos Silva, recordando como tudo começou há 58 anos: “A Moldopláticos foi passando por vários ciclos como todas as empresas. Numa fase inicial, a empresa dedicavase à fabricação de moldes, mais na área dos brinquedos, e à área de fundição”. Anos mais tarde “começaram as exportações, com a produção de moldes para vários países de todo o mundo, mas a trabalhar mais com o mercado dos Estados Unidos numa primeira fase”. Depois “vieram os Carlos Silva, responsável da Moldoplástico S.A. outros ramos de atividade, como a indústria da embalagem, a indústria automóa seu cargo cerca de 133 co- nhecida além fronteiras pela vel, numa segunda fase, e a laboradores. sua capacidade e pela experi- indústria de mobiliário de “A Moldoplástico tem 58 ência que tem na fabricação jardim. Este foi, em resumo, anos. É uma empresa reco- de moldes para a indústria o percurso da Moldoplás-
tico, uma empresa de cariz familiar, que tem sabido, ao longo dos anos, consolidar a sua posição no mercado dos moldes”. Falando da Joluce Plásticos S.A., Carlos Silva destaca que surgiu da necessidade de criar um complemento à Moldoplástico. “A Joluce é uma empresa que surgiu uns anos mais tarde pela necessidade que tivemos de testar os moldes. No fundo, funcionava como um complemento da casamãe, mas há uns anos para cá, fruto da experiência que tinha na injeção de moldes, mais na área da indústria, que tinha a ver com mobiliário de jardim exterior, acabou por criar uma gama de fabrico de produtos próprios, que, hoje em dia, acaba por comercializar não só para Portugal, como também para toda a Europa e resto do mundo”, explica este representante da empresa. PUB
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> MOLDIT INDÚSTRIA DE MOLDES S.A.
“Aposta certa nas exportações” A empresa Moldit Indústria de Moldes, S.A., sedeada em Loureiro e no mercado há mais de 26 anos, ocupa o 26.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedicase à fabricação de moldes metálicos. Com um capital social de 1.000.000,00 €, registou em 2011 um volume de negócios de 10.131.426,00 €, cabendo às exportações uma grande fatia de 7.133.759,00 €, para países como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda e Itália. O presidente Manuel Avenilde Rodrigues Valente tem a seu cargo cerca de 139 funcionários. “A Moldit é uma empresa do Grupo Durit, um grupo constituído por duas famí-
Nuno Miguel Abreu Silva, diretor financeiro da Moldit
lias. É um grupo que está instalado maioritariamente no concelho de Oliveira de Azeméis e principalmente no concelho de Albergariaa-Velha. A Moldit é uma empresa que, como o nome indica,
faz moldes há 20 e poucos anos e, também, produz, desde o início da década de 2000, plásticos. Está perfeitamente integrada neste conjunto de empresas que existe em Oliveira de Azeméis e que de-
A própria Moldit tem uma empresa no Brasil, que produz para os mercados brasileiro e da América Latina. É uma empresa que se desenvolveu dentro deste conjunto setorial de moldes da área. É hoje uma das empresas com uma dimensão mais significativa do concelho e tem uma organização completamente profissional, com algum sucesso, principalmente nos últimos anos”, começa por explicar o diretor financeiro, Nuno Miguel Abreu Silva. Falando de instalações, o responsável da Moldit explica a importância do novo parque industrial de Loureiro: “A Moldit está na área de acolhimento empresarial de Loureiro e vai manter-se por lá. O Grupo Durit tem senvolveram, ao longo dos instalações em Albergariaúltimos anos, a sua ativi- a-Velha e manterá as suas dade maioritariamente na instalações também por lá. indústria automóvel. Hoje, Mesmo assim, nós esperaproduz para uma quanti- mos que o novo parque indade de países, sendo de dustrial de Loureiro venha, destacar Espanha, França e ainda, facilitar um pouco Alemanha. mais a nossa vida”. PUB
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> BTL INDÚSTRIAS METALÚRGICAS S.A.
Produtos de maior valia Produzimos soluções...
A empresa BTL – Indústrias Metalúrgicas S.A., sedeada em Ossela e fundada há 36 anos, ocupa o 36.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à fabricação de reservatórios e outros recipientes metálicos. Com um capital social de 872.896,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 7.046.093,00 €, cabendo às exportações a fatia considerável de 3.317.755,00 €, apenas para dois países, Angola e Brasil. A administradora Rosa Mercedes Marques Fernandes Tavares tem ao seu
Não produzimos problemas...
Manuel Tavares, administrador da BTL
cuidado cerca de 95 colaboradores. “A BTL é um projeto com 36 anos de vida; logo já deixou de ‘gatinhar’ há muito tempo. É um projeto que, desde sempre, teve uma vertente, ou melhor, desde alguns anos a esta parte, que predomina e que se enquadra na inovação, nas novas tecnologias, em produtos de maior valia. Com base neste sentimento, a BTL é hoje uma indústria que, dentro das metalomecânicas, sofre, não pela falta de trabalho, mas pelo excesso de trabalho. Todos os
dias, temos projetos de inovação e com alguma dimensão. A verdade é que temos cientistas e investigadores muito bons”, destaca Manuel Tavares. Realçando o papel de uma empresa que busca soluções inovadoras para os problemas, o mesmo responsável realça o facto de a BTL ir mais além da metalomecânica: “Na verdade, já não somos só uma indústria. Somos uma empresa de chave na mão. Produzimos unidades para os nossos clientes. Produzimos soluções, não produzimos problemas, nem equipamentos separados. Nós somos uma solução e não só para Portugal, como também para todo o mundo”, remata Manuel Tavares, conhecedor profundo da empresa que acompanha desde a sua fundação. PUB
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> CELAR ALUMÍNIOS CESAR, S.A.
Uma empresa... “anti-aderente” A empresa Celar Alumínios Cesar, S.A., fundada em 1978 e sedeada em Cesar, ocupa o 38.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à fabricação de louça metálica e artigos de uso doméstico. Com um capital social de 1.700.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 6.883.957,00 €, cabendo às exportações uma fatia considerável de quase um milhão de euros (900.164,00 €), para países como a Coreia do Sul, França, Itália, Vietname, Arábia Saudita, Espanha, Argélia, Estados Unidos, Reino Uni-
Nuno Azevedo, administrador da CELAR
do e Rússia. O principal gestor Miguel Valente Rosas Caetano tem ao seu cuidado cerca de 96 funcionários. “A Celar é uma empresa familiar e, nesta altura, a sua administração já está na segunda geração, com elementos da terceira. Como sabemos, nas empresas familiares há sempre o problema da sucessão, mas penso já estar ultrapassado. É uma empresa de quatro famílias; na administração só pode estar um elemento de cada família e tem sido com esse rigor que temos conseguido ultrapassar a sucessão nas várias gerações”. Ainda de acordo com este responsável, “a Celar sempre se dedicou à louça metálica revestida por anti-aderentes, essencialmente louça de alumínio. Com o evoluir dos tempos,
a procura destes produtos está a aumentar e, inclusive, a louça de aço inoxidável também já nos procura, bem como algumas empresas de cerâmica”. Já quanto ao “revestimento anti-aderente, para além de nesta altura ser defendido por muitos nutricionistas, permite que as pessoas possam cozinhar sem qualquer gordura. Depois, também é muito mais fácil de lavar as peças”, refere Nuno Azevedo, concretizando a ‘magia’ do PTFE: “É uma película anti-aderente, cujo nome técnico é PTFE (politetrafluoroetileno). Também estamos já a revestir utensílios cirúrgicos para salas de operações dos hospitais, porque, para além de ser considerado um produto muito higiénico, ajuda neste caso a poder cozinhar sem utilizar a gordura”.
> EUMEL EMPRESA DE UTILIDADES METÁLICAS, LDA
Uma existência firme há mais de 25 anos A Eumel - Empresa de Utilidades Metálicas, Lda. com sede e instalações na Zona Industrial de Cesar, foi fundada em 1986 com o objeto social que hoje a consagra como a mais importante empresa europeia do setor de acessórios para louça metálica.
acessórios mesclados de aço e cerâmica, os acessórios fabricados têm contribuído para que a louça de cozinha ultrapasse o cariz utilitarista, afirmandose também como um objeto de decoração. Suportada por uma dinâmica de renovação permanente, a Eumel soube afirmar-se na indústria de louça metálica nacional e internacional. Obedecendo a uma estratégia de diverCombinando design e ma- sificação, foi agregando outras teriais diversificados, incluindo atividades, nomeadamente o
fabrico de tubo em aço inoxidável, sendo parte para consumo próprio, uma vez que constitui a principal matéria-prima dos acessórios para louça de hotelaria, e parte para distribuição no mercado nacional. Sem perder de vista o seu core business - acessórios para louça metálica -, a empresa presta também serviços e fabrica produtos que usam a mesma tecnologia, nomeadamente acessórios para casas de banho. Para manter as competências
necessárias e assegurar que se mantém competitiva no mercado internacional, a investe continuamente no desenvolvimento de novos produtos e modelos, e realiza um esforço assinalável de prospeção de novos mercados e novos clientes, exportando para mais de uma dezena de países, isto é, 60 % da sua capacidade produtiva. A gestão e os colaboradores veem no sistema de garantia da qualidade uma vantagem competitiva não despiciente e uma
oportunidade de aumentar a eficiência dos recursos e a qualidade dos produtos e serviços. A empresa detém um sistema de garantia da qualidade e a respetiva certificação de acordo com a norma ISO 9001-2008. Recentemente, a empresa assumiu um novo desafio ao adquirir uma unidade de injeção de polímeros a qual fabrica produtos para vários ramos de atividade: equipamentos sanitários, artigos de puericultura, artigos de iluminação e outros. PUB
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>MACOFREI CALEIRAS E PERFIS, LD.ª
“Crise na construção complica” A empresa Macofrei - Caleiras e Perfis, Ld.ª, fundada em 1963 e sedeada em Cesar, ocupa o 42.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedicase à fabricação de produtos metálicos diversos. Com uma sociedade por quotas (capital social de 400.000,00 €), registou em 2011 um volume de negócios de 6.243.397,00 €, cabendo às exportações um valor quase residual (3.920,00 €) para a Espanha. O sócio-gerente Franclim Oliveira Freitas tem a seu cuidado cerca de 44 funcionários. “A Macrofrei foi fundada há cerca de 50 anos pelo
José Azevedo, representante da Macofrei
senhor Manuel Correia de Freitas, que, infelizmente, já não está entre nós, faleceu o ano passado. Inicialmente, a empresa fabricava artigos de funilaria, como as bacias, os regadores e os canazes, que na altura se usava. Passado uns anos, e fruto do seu espírito visionário, que o caraterizava uma pessoa por quem ainda nutro uma especial admiração - rapidamente começou a aperceber-se que a indústria da construção civil estava em franco desenvolvimento. Então abriu-se uma oportunidade de começar a fabricar as caleiras e esse foi o seu grande motor de desenvolvimento”. “Mais tarde - prossegue - chegamos os perfis metálicos e atingimos o atual patamar. A empresa, no ano passado, transformou cinco mil toneladas de chapa”, começa por explicar José Azevedo, acrescentando as dificuldades sentidas aquando da crise da construção civil: “Na con-
juntura atual, especialmente atendendo ao mercado em que estamos inseridos, estamos a viver alguns momentos mais complicados para conseguir manter os níveis de produtividade a que estávamos habituados. Mas vamos lutando dia a dia para ver se conseguimos ‘levar a água ao moinho’ ”. Relativamente às exportações, José Azevedo faz questão de esclarecer: “Acabamos por não ser uma empresa vocacionada diretamente para a exportação. O nosso produto tem que ser trabalhado e depois é que é instalado. As nossas vendas são direcionadas para os serralheiros, para as empresas que montam as estruturas, e essas, sim, têm sido as unidades empresariais que nos têm ajudado a manter os níveis de faturação, porque, de facto, têm trabalhado muito bem na internacionalização e na expansão dos seus produtos noutros mercados que não o nacional”. PUB
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Azeméis faz bem/100+
> IVAXANE – COSMÉTICOS S.A.
Produtos de grande qualidade A empresa Ivaxane - Cosméticos S.A., fundada em 1993 e sedeada na zona industrial de Santiago de Riba-Ul, ocupa o 51.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se, fundamentalmente, ao comércio por grosso de perfumes e de produtos de higiene. Com um capital social de 50.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 5.625.967,00 €, cabendo às exportações uma fatia já importante de 1.095.818,00 €, para países como Brasil, Espanha, Itália, Paquistão, Polónia, Reino Unido, Angola, Suíça, entre outros. O administrador Armando de Almeida e Silva tem ao seu cuidado cerca de 13 cola-
mais de cinco milhões e meio de euros. Segundo, refere orgulhosamente o dono da empresa, a missão passa por “continuar a proporcionar produtos da melhor qualidade”, sendo de destacar a fatia das exportações com cerca de 30 a 40% dos seus produtos a serem colocados em países como a Espanha, Holanda e Inglaterra, só para falar nos mais importantes. A Ivaxane trabalha com grandes marcas, como Loreal, Wella, Revlon e Schwarzkopf, e possuiu ainda “exclusividade em determinadas marcas que importa”, estando neste momento “a introduzir no mercado as suas marcas próprias, ‘Serena’ e ‘Enzo’”, com a clara intenção de “aumentar o volume de negócios” dessas mesmas marcas próprias. boradores. A Ivaxane – Cosméticos é uma empresa com 20 anos de existência, dedicando-se, essencialmente, às áreas da
cosmética, mobiliário de salões de cabeleireiro, produtos de estética e perfumaria. Atualmente, com oito funcionários, a empresa de Ar-
mando Silva tem assistido, ao longo dos últimos anos, a um grande crescimento no que respeita ao volume de negócios, situando-se em 2011 em
Para mais informações pode sempre contatar via telefone (256 667 343) ou email (geral@ivaxane.com) e consultar a página na internet www.ivaxane.com. PUB
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>artur vieira - componentes para calçado
Novos mercados são objetivos A firma Artur Vieira – Componentes para Calçado iniciou atividade no fabrico de solas pré-fabricadas no ano de 1993 pelo seu proprietário e gerente Artur Vieira. Nos primeiros meses, Artur Vieira só contava com o próprio para garantir a venda, produção e entrega dos seus produtos, tendo, na altura, a capacidade e produzir 100 pares de solas pré-fabricadas por dia para o mercado nacional. Atualmente conta com uma área fabril de 2000m2 e 85 colaboradores, tendo uma capacidade de produção de 6000 pares de solas por dia, apta a produzir qualquer tipo de trabalho nessa área. Exporta diretamente 50% da sua produção para clientes de Itália, França, Alemanha, Holanda, Espanha e Ilhas (Maiorca e Menorca ) e México. “A firma tem sempre como objetivo a satisfação do cliente apostando em novos desafios, na qualidade/ preço do produto e rapidez de entrega, razão a que se
O tecido empresarial oliveirense é exemplo de inovação, empreendedorismo e modernidade. Apostar no ‘made in Azeméis’ é APOSTAR FORTE!
deve o sucesso da empresa. Temos como desafio para o futuro: a conquista de novos mercados e a produção de 80% para exportação”.
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
> MARTINAUTO S.A.
Martinauto um nome que fala por si A Martinauto representa a marca de automóveis Peugeot, através de pontos de venda em Oliveira de Azeméis (sede) e em São João da Madeira. No entanto a sua zona de influência abrange os concelhos limítrofes.
Na sua sede na Zona Industrial de Oliveira de Azeméis dispõe, para além do ponto de venda de viaturas novas e usadas, de um serviço de oficina e de comercialização de peças Peugeot. “Dispomos de uma gama de veículos muito abrangente adaptada a uma utilização particular/lazer ou profissional, contando já com um número elevado de clientes que nos deram o privilégio da sua escolha.
A conjuntura no setor automóvel é difícil, tal como a do país, com quebras significativas das vendas. Assim procuramos estar cada vez mais próximos e atentos às necessidades dos nossos clientes, procurando a sua
satisfação e desenvolvendo soluções de mobilidade inovadoras. Uma das medidas que o setor reclama junto do governo e que teria impacto positivo na nossa atividade seria o retomar do sistema de abate de
viaturas em fim de ciclo de vida, o que dinamizaria a atividade e permitiria melhorar o desempenho ambiental e a segurança de circulação, retirando viaturas muito antigas das nossas estradas”, adianta-nos a administração da Martinauto.
> EVA II ALUMÍNIOS
Reciclagem de ligas de alumínio PUB
José Fernandes, administrador da Eva II.
A empresa EVA II - Empresa de Valorização de Alumínios S.A., sedeada em Cimo de Vila, Nogueira do Cravo, tem, com esta denominação 13 anos de vida e ocupa o 58.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis.
Esta empresa dedica-se à fundição de metais não ferrosos. Com um capital social de 200.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 4.289.844,00 €, sendo que as exportações para Espanha levam já uma fatia significativa de 648.026,00 €. A administradora Eva Raquel Pinto Teixeira tem a seu cargo cerca de 13 colaboradores. “A EVA II é uma empresa de reciclagem de ligas de alumínio, ou seja, faz ligas de alumínio. Já é muito antiga. Todavia, com a denominação de Eva II pode considerar-se uma empresa recente, já que tem 13 anos”, revela José Fernandes.
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> CENTRAL TERMOELÉCTRICA DE BIOMASSA
Energia alternativa A empresa Central Termoeléctrica de Biomassa de Terras de Santa Maria, S.A, sedeada em Carregosa e com 11 anos de existência, ocupa o 67.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à produção de electricidade de origem térmica. Com um capital social de 2.550.000,00 €, registou em 2011 um volume de negócios de 3.987.272,00 €. O presidente Carlos Manuel Amaral Alegria tem a seu cargo cerca de 20 colaboradores. “A Central de Biomassa começou com a ideia que o
“Já conseguimos fornecer energia [à EDP] que dá para abastecer cerca de 20 habitações”
matéria-prima biomassa”, refere o responsável André Alegria, destacando o setor principal da empresa: “A nossa vocação é para o ramo da energia. Começámos já a vender energia elétrica para a rede e a dar o vapor”. Neste momento, “com a produção que estamos a ter, André Alegria, representante da Central Termoeléctrica Biomassa conseguimos - se as pessoas não gastarem muito - fornecer energia para 20 mil meu pai teve de usar a lim- país às vezes tem, só passa- dificuldades e transformá- casas. Temos a turbina, propeza da floresta para reduzir do oito anos conseguimos a las em oportunidades, con- duzimos energia elétrica incêndios e criar também licença. Hoje, tenho muito cretizando os seus objetivos. e vendemos diretamente à postos de trabalho. Com orgulho do meu pai: con- Agora estamos a produzir EDP, e ela faz a sua distritoda a burocracia que este seguiu ultrapassar todas as como deve ser, usando como buição”. PUB
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> INTERMARCHÉ ‘SUPERMURALHAS SUPERMERCADOS’ EM 2011
“Uma filosofia comercial muito interessante” O Intermaché em 2011 com a denominação de ‘Supermuralhas Supermercados S.A.’ -, sedeado nas Aldas (Av. D. Maria I), completou, no passado dia 14, seis anos de existência. Ocupa o 70.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se ao comércio a retalho em supermercados e hipermercados. Com um capital social de 50.000,00 €, registou em 2011 um volume de negócios de 3.717.854,00 €. O atual administrador é Francisco Viana, que nos con-
que tem uma filosofia de grupo muito interessante, bem organizado, bem estruturado, onde cada um é independente, mas existindo sempre uma certa interdependência. Neste, todos trabalhamos para nós e, em simultâneo, todos damos um bocadinho de nós em prol do grupo... achei uma ideia muito bonita. Considerei Oliveira de Azeméis uma cidade interessante, não uma grande cidade, mas uma cidade bonita, e o projeto muito aliciante”, explica Francisco Viana, concretizando: “Encontrei um espaço com uma equipa já organizada, jovem, trabalhadora, mas com alguma falta de dinâmica para um espaço comercial. Uma animação Francisco Viana, o atual administrador do Intermarché de Oliveira de Azeméis maior e uma agressividade comercial impunham-se e é o que se procura trazer todas as tou um pouco da sua ‘aventura’: Congo em África, e decidi re- tro anos e meio que cheguei e semanas, todos os dias ao In“Eu vivia no estrangeiro, no gressar ao meu país. Há qua- apostei no Intermarché, por- termaché”.
O Intermaché de Oliveira de Azeméis completou seis anos de existência.
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> AMÂNDIO LOURENÇO PRATA LD.ª
“Exemplo de parcerias de sucesso” A empresa Amândio Lourenço Prata, Ld.ª, fundada em 1998 e sedeada em S. Martinho da Gândara, ocupa o 25.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se ao transporte rodoviário de mercadorias. Com uma sociedade por quotas (capital social de 249.399,00 €), registou em 2011 um volume de negócios de 3.228.109,00 €, sendo que as exportações em 2011 eram praticamente residuais (37.190,00 €). O sócio-gerente Albano Reis da Silva tem ao seu cuidado cerca de 36 trabalhadores. “A nossa empresa tem 14
Filipe Albano Reis, representante da transportadora Amândio Lourenço Prata
anos, iniciou a sua atividade em 1998, com dois camiões, e temos vindo a crescer de forma sustentada, consoante os nossos clientes vão ne-
cessitando e surjam novas oportunidades de negócio. Somos uma empresa de S. Martinho da Gândara ainda pouco conhecida, porque os
nossos veículos não têm publicidade, por vontade própria. Como é uma empresa que está no distrito, mas
numa freguesia periférica e não numa zona industrial, o nome também é pouco conhecido. É mais conhecido pelo nome do fundador, que é o meu pai Albano Reis, daí o nome não ser muito falado”, explica Filipe Reis, que não se coíbe de falar num mercado fortemente concorrencional: “Em relação à concorrência, é realmente forte. Existem muitas empresas de transportes e no nosso concelho abundam, pelo que não é fácil mantermo-nos no mercado e termos crescido da forma que temos vindo a crescer. Temos parcerias com colegas do concelho, com os quais trabalhamos conjuntamente, no caso dos Transportes Álvaro Figueiredo, que é a maior empresa de transportes aqui do concelho, e ajudámo-nos mutuamente... daí parte do nosso sucesso até hoje”. PUB
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Terça-feira, 02 de abril de 2013
> CAMILO MARTINS FERREIRA & FILHOS, LD.ª CALÇADO CENTENÁRIO
Exemplo de exportação A empresa Camilo Martins Ferreira & Filhos, Ld.ª - Calçado Centenário, sedeada em Cucujães e com 72 anos de vida (fundada em 1941), ocupa o 33.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à fabricação de calçado, onde o prestígio e a qualidade têm sido fundamentais para o sucesso. Com uma sociedade por quotas (capital social de
Domingos Ferreira, administrador do Calçado Centenário
250.000,00 €), registou em 2011 um volume de negócios de 8.099.115,00 €, sendo que as exportações levam quase todo o bolo (7.991.775,00 €), para países como a Holanda, Alemanha, Bélgica, Espanha, Índia, Itália, Suíça, Finlândia, Áustria, Japão, China, Dubai, entre outros, inclusive da América Latina. O sócio-gerente Aureliano Silva Ferreira tem a seu cargo cerca de 75 colaboradores. “Já é longa a nossa história e temos procurado corresponder às necessidades que os nossos clientes têm manifestado. Ao longo deste tempo podemos dizer que de uma firma quase artesanal e vocacionada para o mercado nacional, temos podido responder
efetivamente com qualidade e prontidão nas entregas e, hoje, podemos afirmar que somos uma empresa completamente exportadora, ou seja, cerca de 98% da nossa produção sai diretamente para a exportação”, começa por referir o responsável Domingos José, explicando melhor a aposta nos mercados externos: “Sem isso teríamos sido uma empresa que estava resignada ao mercado nacional e, com certeza, não teríamos atingido o volume que temos atualmente. O nosso mercado principal é a Holanda, a Europa no seu conjunto, mas estamos colocados em vários países, desde o Japão, China, Dubai e a América Latina”. PUB
A
MIMOSA CONHECE E ESTUDA
Foi por isso que fez o maior estudo realizado em Portugal (e um dos maiores do mundo) sobre o peso e a altura das crianças portuguesas. O grande objetivo foi avaliar a relação peso-estatura e determinar a prevalência da obesidade e do excesso de peso nas crianças e jovens, definida em função do valor estimado para o IMC – Índice de Massa Corporal.
A MIMOSA ADAPTA-SE É por estudar e ouvir que a Mimosa é pioneira na criação de leites adaptados às diferentes necessidades dos seus consumidores. Conhecida a realidade portuguesa, a Mimosa adapta as suas formulações às necessidades efetivas dos mais pequenos. Em iogurtes, a Mimosa apostou numa fórmula ainda mais ajustada para as crianças, mas igualmente indicada para toda a família.
SABIA QUE AO TODO FORAM REALIZADAS MEDIÇÕES EM 44.000 CRIANÇAS? O estudo concluiu que existe um desvio face às curvas de crescimento normalmente utilizadas a nível internacional (NCHS – National Centre for Health and Statistics): As curvas de percentis apresentaram em média um desvio positivo de 5 kg no sexo masculino e 4 kg no sexo feminino, face ao perfil mediano (Percentil 50) registado nas curvas do NCHS.
O ESTUDO CONCLUIU AINDA QUE: - 5% DAS CRIANÇAS ANALISADAS SOFREM DE OBESIDADE - 13,6% TÊM EXCESSO DE PESO, QUE PODERÁ EVOLUIR PARA OBESIDADE NA VIDA ADULTA
É parte de nós
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> JDD MOLDES PARA A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS, LD.ª
“Bastante imaginação e iniciativa” A empresa JDD - Moldes para a Indústria de Plásticos, Ld.ª, sedeada na zona industrial de Santiago de Riba-Ul, e com 29 anos de vida, ocupa precisamente a metade da tabela da COFACE (50.º lugar) no que se refere ao ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis.
Esta empresa dedica-se à fabricação de moldes metálicos. Com um capital social de 182.062,00 €, registou em 2011 um volume de negócios de 5.786.524,00 €, sendo que as exportações levam quase
Hugo Pinto, representante da JDD Moldes
toda produção (5.697.725,00 €), para países como a Alemanha, Áustria, Coreia do Sul, Espanha, França, Holanda, Hungria, Marrocos,
Reino Unido, Estados Unidos, entre outros. O sóciogerente João da Costa Pinto tem a seu cargo cerca de 66 colaboradores.
“Não tem sido nada fácil. Houve uma grande mudança na indústria, desde 2001, com a entrada da China na Organização Mundial do
Comércio, que vem alterar o sistema todo e o panorama da indústria de moldes e da indústria em geral, à qual temo-nos adaptado muito bem”. “Os portugueses, na nossa indústria como noutras, a nível europeu e mundial - prossegue - são bastante conhecidos pela grande capacidade técnica e de engenharia. Também pela grande capacidade exportadora que já existe neste setor há décadas”. De acordo o seu representante, Hugo Pinto, a JDD “exporta a 100%, mas o setor tem uma capacidade exportadora que, por vezes, devia ser mais divulgada e publicitada a nível nacional. Na JDD, internamente, as coisas têm corrido bem, temos tido o reconhecimento do nosso trabalho, da parceria com os nossos clientes e temos vindo crescer na faturação ano após ano”, refere. PUB
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> A. SILVA GODINHO & CIA, LD.ª
“Tradição exportadora” A empresa A. Silva, Godinho & C.ª., Lda, fundada em 1965 e sedeada em Bustelo, S. Roque, ocupa o 74.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se à fabricação de moldes metálicos. Com uma sociedade por quotas (capital social de 800.000,00 €), registou em 2011 um volume de negócios de 3.428.268,00 €, destinandose quase toda a produção às exportações (3.211.265,00 €), para países como a Alemanha, Áustria, Brasil, Chile, Espanha, França e Marrocos, entre outros. O sócio-gerente Álvaro Rui Castro Silva tem a seu cargo cerca de 83 colaboradores. “A nossa empresa nasceu
Paulo Pinho, administrador da A. Silva Godinho
em 1965 e foi fundada pelo meu pai, juntamente com outros dois sócios. Atualmente somos três, o meu pai que continua no ativo e detém
60% do capital, eu e o meu irmão, com 20% cada um. Trata-se, por isso, de uma empresa familiar. A empresa é tradicionalmente exportado-
começa por referir o responsável Paulo Pinho. Quanto à razão para a aposta nas exportações vai dizendo: “O mercado interno não tem grande expressão, daí termos iniciado as nossas exportações já em 1970/71. Começámos a trabalhar para alguns países, nomeadamente para a Inglaterra. A partir daí, entrámos nos Estados Unidos da América, isto nos anos 80, e, nessa altura, eles seriam, no setor dos moldes, o maior cliente. A partir de uma certa altura, começámos a virar-nos para a China. Entrámos na indústria automóvel no princípio dos anos 90 e, atualmente, é o nosso setor principal”. “Há cerca de quatro anos começámos a trabalhar com o mercado russo, onde temos dois ou três clientes. Assim, ra, desde 1970, se a memória como facilmente se compronão me falha, e temos como va pelos números, 70 a 75% mercados preferenciais a da nossa produção é para exFrança, a Alemanha, o Brasil, portar”, destaca ainda Paulo a Rússia e Estados Unidos”, Pinho. PUB
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> NOVARROZ PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
“Estamos no caminho certo” A empresa Novarroz – Produtos Alimentares, S.A., sedeada em Adães (Ul), ocupa o 10.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se, fundamentalmente, ao descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz. Com um capital social de 2.500.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 28.564.141,00 €, cabendo às exportações uma fatia importante de 1.305.776,00 €, para países como Alemanha, Brasil, China, Espanha, França, Canadá, Estados Unidos, entre outros. O administrador António Manuel Machado da Silva Costa tem ao seu cuidado cerca de 62 colaboradores. “A Novarroz é uma empresa que existe com este nome desde 2011, mas estamos a falar da anterior empresa Saludães, que foi adquirida em 55% por um grupo espa-
António Costa, administrador da Novarroz
nhol e que desde 1999 esteve sempre com esse grupo. Entretanto, alguns acontecimentos levaram a tomar uma atitude perante o acionista espanhol. Então o senhor Mário Coelho, como único acionista da empresa que tinha a parte portuguesa, acabou por fazer a aquisição dos 55% da participação espanhola”. E continua: “O nosso trabalho desde 2011, para
além de mudar todas as embalagens, fazer toda a imagem da empresa com o novo nome ‘Novarroz’, é conseguir alcançar algum sucesso. Agora, estamos apostados na internacionalização (...). É um longo caminho a percorrer. Temos uma meta de quatro anos para atingir um volume semelhante ao que tínhamos com a anterior marca e penso que esta-
mos a progredir bem. O ano passado já revelou que conseguimos exportar o dobro de 2011 e, nesse sentido, julgo que estamos no caminho certo”. Quanto a marcas “temos várias, como a Oriente, a Louro, preparando esta nova identidade [Novarroz] também para o mercado externo. E falando de arroz... “é um produto muito particular. Não temos dúvidas que qualquer vietnamita, possivelmente, tem arroz mais barato do que nós, pelas razões óbvias. A nossa aposta é o arroz português, levar para fora o que temos de bom, que é o nosso arroz carolino”. A nível do crescimento e da forte concorrência da Novarroz, António Costa destaca: “Penso que os 62 trabalhadores são um número mais ou menos estável. Temos que ter em atenção que o mercado do arroz em Portugal está estável. O nosso grande problema não é os concorrentes, mas sim as marcas brancas, que têm um peso muito importante. As mar-
cas brancas são incontornáveis, tanto em Portugal, na Europa, como em todo o lado. Há produtos que são mais sensíveis às marcas do que outros. O caso do arroz é um dos produtos em que a marca branca proliferou. Nós, em Portugal, temos apenas dois clientes expressivos: dois grandes grupos e a concentração na compra é muito grande”. A nova marca Oriente Rice também faz a diferença: “É um arroz que privilegiamos para o mercado de exportação. É um arroz que tem variedades, vários tipos de arroz dirigidos a tipos diferentes de consumidores (arroz para paelha, para risoto, o arroz basmati, etc.). Digamos que temos a gama toda de arroz”. No fundo, “o que a Novarroz pretende mostrar é que é uma empresa que inova. Portanto, ao lançar este arroz Natura e o arroz para saltear, por exemplo, estamos na linha da frente em termos de arroz. Abrangemos toda a gama, todo o tipo de produtos possíveis em arroz”. PUB
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> COMANSEGUR SEGURANÇA PRIVADA S.A.
“A troika fez bem às empresas de segurança” A empresa Comansegur - Segurança Privada, S.A., fundada em 1995 e sedeada na freguesia de Oliveira de Azeméis, ocupa 29.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se a atividades de segurança privada. Com um capital social de 600.000,00 €, gerou em 2011 um volume de negócios de 9.218.828,00 €. A presidente
José Godinho, administrador da Comansegur
Amélia Resende Alves tem a seu comando um número impressionante de funcionários (532). “A Comansegur tem, neste momento, cerca de 500 trabalhadores, porque tivemos que fazer aquilo a que chamo um reajustamento económico. Embora a crise crie muitas dificuldades, isto é um reajuste, porque está tudo a ficar no sítio certo”, afirma José Godinho. O administrador vai mais longe: “Penso que, em Portugal, vivíamos muito para além das nossas possibilidades. De qualquer forma, a Comansegur nasceu em 1995, depois de eu ter deixado a 2045, que
ainda hoje está no mercado e é uma das maiores empresas de segurança (...). Na altura fiquei bastante triste, mas nunca me arrependo de nada. Aproveito as coisas que me correm mal para ver se não volto a repetir. Passámos por um momento de muita dificuldade quando o Estado demorava muito a pagar e andávamos aflitos. Agora já nem tanto, porque a troika, por um lado, veio fazer bem às empresas de segurança. Neste momento, já pagam a 30 e a 60 dias, o que faz aliviar bastante pelo menos ao nível do crédito bancário, onde tínhamos muito prejuízo”. PUB
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> MULTIMOTO MOTOR PORTUGAL S.A.
Uma marca de referência A empresa Multimoto – Motor Portugal S.A., sedeada em Oliveira de Azeméis, foi fundada em 1989 e ocupa o 82.º lugar no ranking das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta empresa dedica-se ao comércio por grosso e a retalho de motociclos, de peças e acessórios. Com um capital social de 690.000,00 €, registou em 2011 um volume de negócios de 3.043.208,00 €. O presidente Adriano Manuel Moreira Duarte tem ao seu cuidado cerca de 26 colaboradores. “A Multimoto começou numa pequena oficina, porque eu e os meus irmãos entendemos que havia uma lacuna em Oliveira de Azeméis nesta área. Estávamos em 1989 e tínhamos venda e reparação de motos, mais até motorizadas do que motos”, começa por dizer Adriano Duarte, recordan-
Adriano Duarte, presidente da Multimoto
do ainda: “Ainda me lembro que o primeiro stand foi feito por nós, mais precisamente por dois dos meus irmãos que deram a parte em ferro e a infraestrutura quase toda”. O presidente Adriano Duarte explica como se desenvolveu o negócio: “Pouco depois de iniciarmos a nossa atividade, passámos a ser concessioná-
rios de algumas marcas, como a Suzuki, Aprilia, mais tarde a Honda, Kawasaki etc.. O negócio foi-se desenvolvendo, mudámos para as instalações (Cruzeiro) e chegámos no Rainha. O volume de negócios foi crescendo, bem como a capacidade negocial. Criámos as novas instalações, onde ainda hoje estamos (Barrocas). Em
meados dos anos 90, decidimos começar com a importação direta de alguns acessórios para outros concessionários. Entrámos, também, na importação de algumas marcas de veículos, moto quatro inicialmente, mais tarde de motos, também de scooters”. Há quatro anos a esta parte “dedicámo-nos mais à importação e distribuição das nossas próprias marcas. Até que acabámos mesmo com todas as representações que tínhamos como concessionários e passámos só para a distribuição. Mantemos uma loja de venda ao público, mas significa uma percentagem cada vez menor no nosso volume de negócios. (...) A certa altura, passámos a importar uma marca de motos, que ainda hoje importámos e distribuímos (Keeway), e ganhámos muita força no mercado”. Quanto a exportações, o presidente da Multimoto afirma: “Estamos no mercado de Espanha, mas o mercado português é, sem dúvida, o mais importante para nós, para a nossa es-
tratégia. Entrámos no mercado espanhol numa altura muito difícil, atendendo à situação económica de Espanha, que não é muito melhor do que a nossa; mas foi uma questão de estratégia entrar nesta altura, porque entendemos que era mesmo a melhor opção”. A Multimoto também sente a crise, “principalmente nas motos de grande cilindrada, onde de facto se nota uma quebra de vendas. Por outro lado, têm havido oportunidades com a crise que até ajudaram: registou-se um crescimento bastante grande no segmento das pequenas cilindradas, especialmente no caso das 125cc, porque as pessoas levam em conta o constante aumento no preço dos combustíveis. As famílias têm cada vez mais dificuldades, há cada vez mais pessoas a optarem pela moto, em detrimento do automóvel, nas deslocações diárias para o trabalho. Soubemos aproveitar muito bem essa abertura de mercado e temos sido, realmente, muito fortes nesse segmento”. PUB
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