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Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 4568 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.

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Azeméis faz bem/100+

>A Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020

Reindustrializar Portugal: Um objetivo priotitário “A retoma económica veio para ficar e não há melhor exemplo da força que a economia tem em Portugal como olhar para esta capacidade de empreender novas empresas e pôr em execução novas ideias”, referiu o ministro da Economia, António Pires de Lima.

20. O novo Código do Processo Civil; 21. A nova lei das insolvências; 22. O impacto das medidas ativas do emprego.

É fundamental pôr em prática uma estratégia destinada a promover a reindustrialização na­cional, centrada na competitividade e na valorização da produção nacional, ao longo da cadeia de valor, tendo como objetivo o reforço das exportações. A indústria é entendida em sentido lato, isto é, integra toda a cadeia de valor da produção industrial - do acesso amatérias-primas ao serviço pós-venda -, incluindo, portanto, atividades económicas dos setores primário, secundário e terciário. Torna-se assim necessário, no horizonte temporal 2014-2020, efetuar alterações profundas na economia portuguesa, que, em harmonia com a estratégia europeia de crescimento sustentável, inclusivo e inteligente, permitam ao país afirmar-se, claramente, como uma economia amiga do investimento e das empresas. Articular políticas transversais de incentivo à industrialização da economia portuguesa, que devem distribuir-se segundo as seguintes ‘traves-mestras’: a) Políticas de incentivo à recapitalização das empresas; b) Políticas de desendividamento do tecido empresarial; c) Políticas de incentivos à participação nos capitais próprios nas empresas por parte de fundos de investimento na indústria e de fundos de risco especializado com enquadramento fiscal mais favorável; d) Políticas de aumento de competitividade geral no setor transacionável; e) Políticas de licenciamento industrial, comercial, turístico e ambiental, como fator de competitividade e de remoção aos obstáculos ao investimento; f) Política de atração do investimento como alavanca da procura interna. Reformas, efetuadas entre 2011 e 2013, são condição indispensável para a eficácia de estratégias para o crescimento, constituindo a base na qual podemos edificar uma estratégia de crescimento sustentado. 1. A reforma da legislação laboral; 2. A reprogramação estratégica do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), bem como do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), do Programa da Rede Rural Nacional (PRRN) e do Programa Operacional da Pesca (PROMAR) e consequente direcionamento de fundos comunitários para a produção de bens transacionáveis; 3. Alargamento do ensino obrigatório com incidência no combate ao abandono escolar e na reforma do ensino profissionalizante; 4. A nova lei da concorrência; 5. Controlo e eliminação do défice tarifário no horizonte 2020; 6. O Plano Estratégico dos Transportes (PET); 7. A redução dos custos com as Parcerias

António Pires de Lima, Ministro da Economia

Público Privadas; 8. O Programa Revitalizar; 9. O Plano Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação (PEEI); 10. O Programa da Indústria Responsável; 11. O novo Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT); 12. A reforma e liberalização do mercado de arrendamento, bem como a criação de uma taxa autónoma para rendimentos prediais e a reforma do enquadramento legislativo de reabilitação urbana; 13. Uma nova legislação reguladora dos prazos de pagamento para o setor agroalimentar e das práticas individuais restritivas do comércio; 14. Uma nova lei de Bases do Ordenamento e da Gestão do Espaço Marítimo Nacional (LBOGEM); 15. A liberalização do mercado da energia; 16. Um ambicioso programa de priva­tiza­ ções; 17. O fim das golden shares de empresas anteriormente tuteladas pelo Estado; 18. A nova lei do trabalho portuário; 19. A nova lei da arbitragem;

A Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020 tem como objetivo agregador atingir um crescimento sustentável da economia nacional em torno dos 1,5% em 2015, criando condições para que este valor seja claramente superado em 2020, assente nos seguintes pressupostos: – Reindustrialização: Modernizar e dina­ mizar a indústria nacional, reforçando a sua competitividade e capacidade de diferenciação no mercado global (elevando o peso da in­ dústria transformadora na economia para 15% em 2015 e tendencialmente superior a 18% em 2020); – Investimento: Promover e facilitar o investimento no país, através de um enquadramento económico-legal mais atrativo e de um reposicionamento da economia portuguesa nas redes da economia global (alcançando uma posição Top-5 no ranking Doing Business do Banco Mundial, para países da União Europeia, em 2020); – Exportação: Orientar o crescimento das empresas portuguesas para os mercados externos e reforçar o nível de incorporação nacional nas exportações (aumentando para 45% o peso das exportações no PIB em 2015 e situando-se acima dos 52% em 2020); – Emprego: Estruturar um mercado de trabalho capaz de gerar novas oportunidades de emprego de forma sustentada (aumentando para 75% a taxa de emprego da população entre os 20 e os 64 anos, em 2020); – Qualificação: Propiciar um ensino de excelência, capaz de fortalecer a indústria nacional e de atrair investimento estrangeiro (reforçando o ensino profissional e a aprendizagem dual de forma a atingir cerca de 200 mil pessoas a frequentar esta tipologia de ensino); – Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D&I): reforçar o investimento em I&D&I (por forma a atingir o valor de cerca de 2,7% do PIB, em 2020). O caminho para este objetivo passa, no curto e médio prazo, por intensificar as políticas de melhoria do ambiente económico geral, de diminuição dos custos de contexto – com incidência prioritária nas Pequenas e Médias Empresas (PME’s) industriais e outros setores transacionáveis.

A Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020 tem como objetivo agregador atingir um crescimento sustentável da economia nacional em torno dos 1,5% em 2015, criando condições para que este valor seja claramente superado em 2020...


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Parabéns, Excelência. Nº 1 em adesões a PME Excelência Nº 1 em adesões pelo 5º ano consecutivo 62% das PME Excelência são Clientes BPI ADESÕES AO ESTATUTO PME EXCELÊNCIA EM 2013 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Banco B

Banco C

Banco D

Banco E

Banco F

Fonte: IAPMEI e Turismo de Portugal a 6 de Fevereiro de 2014

www.bancobpi.pt /empresas

O BPI felicita as 1.103 PME Excelência, estatuto atribuído pelo IAPMEI/Turismo de Portugal para distinguir, entre as PME Líder, as Pequenas e Médias Empresas que apresentam os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão.


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>Maior taxa de crescimento de países da Zona Euro desde 2010

Portugal mais exportador Portugal é hoje um país mais exportador. 2013 Foi o quarto ano consecutivo de aumento das exportações. Em termos de saldo global, a balança comercial melhorou quase três mil milhões de euros. As exportações portuguesas representam, atualmente, cerca de 41% do Produto Interno Bruto (PIB), apresentando a maior taxa de crescimento de países comparáveis da Zona Euro desde 2010. O setor do Turismo mantémse como o mais exportador, representando cerca de 9,5 % do >Diagnóstico Prospetivo da Região Norte PIB. O turismo apresentou um Onorte é também a região NUTS II de Portugal ‘Portugal 2020’ é o caminho notável crescimento de cerca de com maior orientação exportadora, represenDe acordo com o ‘Diagnóstico Prospetivo da 7,5% em 2013, ultrapassando os tando, em 2011, cerca de 39% das exportações 9,2 mil milhões de euros em vo- Região Norte 2014/2020’, esta área geográfica de bens e contribuindo para arespetiva balança carateriza-se por um peso importante da indúslume de exportações. comercial com um excedente de cerca de 3,5 À exceção do setor automóvel, tria na sua estrutura económica (32% do VAB mil milhões de euros. Também é a região com que recuou cerca de 5,3%, prati- regional em 2011). Embora com preponderância maior intensidade exportador (27% do peso camente todos setores apresen- de setores de baixa e média-baixa intensidade das exportações no respetivo PIB), que poderá taram uma evolução favorável, tecnológica apresenta igualmente algumas ser acrescida no quadro de uma estratégia fruto da resiliência e da capaci­ atividades de maior intensidade tecnológica , orientada para as exportações. da­de de reinvenção das empre- nomeadamente ao nível da indústria de equipamentos e/ou de componentes de automóveis, sas e empresários portugueses. Tendência para a internacionalização Portugal registou nos últi- com potencial de evolução para o fornecimento ‘assistida’ à indústria aeronáutica. [Nesta área, o Entre mos anos uma forte subida das No que respeita à atração de investimento Douro e Vouga merece destaque]. exportações, atingindo 41,1 % direto estrangeiro (IDE), há indícios de uma Apesar disso, assiste-se a um processo de terciado PIB já em 2013 e diversificou nova tendência caracterizada pela procura rização, nomeadamente pelo aumento do setor também os seus mercados. A da melhor relação qualidade-custo do capital dos serviços. O turismo tem vindo a registar um humano. Concomitantemente, é crescente o inquota para o exterior da União crescente dinamismo, com um acréscimo de Europeia subiu de 17,8% em vestimento no estrangeiro de algumas empresas cerca de um milhão de dormidas entre 2005 e 2000 para 29,8% em 2013. do Norte, sobretudo na grande distribuição, no O nosso país verificou, ainda, 2011 (de 3,5 para 4,5 milhões de dormidas), o agroalimentar e na construção civil, podendo a maior subida da zo­na euro en- que corresponde a um crescimento médio anual ser elementos coadjuvantes num processo tre 2010 e 2013, à frente de pa- superior à média nacional (4,8%vs 1,8%). de internacionalização “assistida” das PME’s íses como a Alemanha, França, regionais. Espanha ou Itália. O ajustamen- Maior orientação exportadora (Fonte CCDR-N) to externo foi feito, predominantemente, pelo aumento das exportações e não pela com- Banco de Portugal, em 2013 2012. De salientar o crescimenSe analisarmos as grandes zonas pressão das importações. as ‘exportações portuguesas de to de 2993 milhões de euros do geoeconómicas, as exportações bens e serviços’ ascenderam a saldo comercial, ao passar dum portuguesas de bens e serviços Forte subida das 68,2 mil milhões de euros, o que défice de 148 milhões de euros para a União Europeia (69% do exportações em 2013 representa um aumento de 5,7% em 2012 para um excedente de total) aumentaram 5%, enquanto De acordo com dados do face ao pe­ríodo homólogo de 2845 milhões de euros em 2013. as vendas para os países terceiros

(31% do total) cresceram 7,2%. Espanha foi o nosso principal cliente, com uma quota de 20% nas nossas exportações totais de bens e serviços, seguindo-se França, Alemanha e Reino Unido, com quotas de 12,4%, 11,0% e 8,3%, respetivamente. Angola e Estados Unidos da América foram os principais clientes extracomunitários, com 6,6% e 4,7%, pela mesma ordem. Em termos de ‘bens e serviços’, a primeira componente representou 69,9% das nossas exportações totais e apresentou um crescimento homólogo de 4,9%, enquanto os ‘serviços’ registaram 30,1% das vendas totais ao exterior, observando uma variação homóloga de 7,7%. As rubricas ‘viagens e turismo’ e ‘máquinas e aparelhos’ constituíram as principais fontes de receitas, com 13,6% e 10,2% do total respetivamente, seguidas dos ‘transportes’, ‘combustíveis minerais’ e ‘veículos e outro material de transporte’, com 8,3%, 7,3% e 7,3% do total, pela mesma ordem. A rubrica ‘combustíveis minerais’ teve um forte crescimento de 32%, tal como ‘peles e couros’ com 22% e ‘ótica e precisão’ com 22%. Outros setores com um crescimento assinalável são ‘outros serviços’ com 16% e o ‘turismo’ com 8%. O crescimento das exportações que assistimos em 2013 é significativo, até porque o motor tradicional das exportações, a rubrica ‘veículos’, teve uma queda de 5% em 2013. No ano passado, houve 22 685 empresas a exportar, mais 712 do que em 2012. Comparando com 2009, existem hoje mais 4900 empresas a exportar ‘bens ou serviços’. Balança comercial Portugal teve pela primeira vez nas duas últimas décadas uma balança corrente e de capital positiva. (Fonte: portal ‘Governo de Portugal’) PUB


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Terça-feira, 29 de julho de 2014

mensagem

editorial

Heróis

Lutar contra a crise O FMI – Fundo Monetário Internacional - foi formalmente criado em 27 de Dezembro de 1945 por 29 paísesmembros. O objectivo foi o de colaborar na reconstrução do sistema monetário internacional no período subsequente à devastadora guerra de 1939 a 1945. Portugal aderiu ao FMI em 1960. De calças nas mãos, Portugal recorreu ao FMI em 1977, quando o General Eanes era presidente da República e o Dr. Mário Soares primeiro-ministro do primeiro Governo Constitucional. O regabofe consequente a 25 de Abril, as querelas partidárias e a impreparação de muitos, conduziram a alta taxa de desemprego, superior a 7%, desvalorização crescente do escudo e inflação galopante. A este estado de coisas o FMI aplicou a habitual receita do aumento de impostos e baixa de salários, entre outras medidas. A situação compôs-se, mas a usual indisciplina de governantes e governados impôs novo apelo, este em 1983, com o mesmo Dr. Mário Soares a primeiro-ministro, agora coligado com o PSD do Professor Mota Pinto. O desemprego ultrapassava os 11%, a subida dos juros acelerava brutalmente a dívida externa, e os nossos amigos do FMI regressaram trazendo 750 milhões de dólares na algibeira e na pasta a receita de cortes nos salários e nos subsídios de Natal, aumentos de preços e travão no investimento público. Quem nos foi governando prosseguiu nos mesmos - ou maiores! – erros e o FMI acedeu a visitar-nos pela terceira vez, em 2011, desta vez com um tratamento de choque, brutal, dizem muitos que cruel, que todos nós bem conhecemos… e que os três partidos do chamado arco da governação subscreveram. O FMI, como se sabe, tem sido muito criticado ao impor medidas severas de contenção de gastos públicos, que não considera como investimentos. Mas é da história e da tradição seculares serem os credores a ditar as regras a quem não se sabe governar… A quarenta anos de Abril, o nosso país vive preocupante crise, que, dizem-no e repetem-no os entendidos, só poderá ser ultrapassada pelo desenvolvimento do nosso parque industrial, com particular impacto nas exportações. Como o demonstra o suplemento que acompanha e enriquece esta edição, o nosso concelho, os nossos empresários, todos quantos labutam na oficina, no escritório, nos gabinetes de decisão, encontram-se na linha da vanguarda. Uma realidade talvez por vezes injustamente esquecida, e daí a razão deste trabalho.

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António Magalhães

A referência pertence ao Presidente da República, reportando-se aos empresários, e define bem o pensamento de Portugal sobre o caminho a percorrer para recuperar a tranquilidade da vida dos portugueses, afetada em larga escala pela situação de bancarrota em que caímos. Num quadro de escassez de crédito, de carga fiscal bastante elevada e de custos de contexto altos, podemos dizer que os empresários portugueses foram, nos últimos anos, “verdadeiros heróis”, declarou o Presidente da República, na recente visita à empresa oliveirense Polisport. Por outro lado, o Ministério de Pires de Lima (Economia) tem em marcha um plano para reindustrializar Portugal, aproveitando o dinheiro que chegará da União Europeia até 2020. A aposta na produção industrial e nas empresas é a conclusão de que os portugueses fazem bem, pois é esperado que boa parte se destine a exportar. Bem se sabendo que, para isso, os produtos têm que possuir qualidade e preço. Exportar é, aliás, considerada a tábua de salvação da economia portuguesas no presente e no futuro. Portanto, há que dar condições para que as empresas façam negócios internacionais com o que produzimos bem. Há que melhorar a qualidade profissional dos trabalhadores e empresários portugueses. As PME’s (Pequenas e Médias Empresas) representam o grosso das exportações e da aposta nesta estratégia de reindustrialização. O Entre Douro e Vouga (EDV) “pretende assumir-se como pulmão industrial” da Área Metropolitana do Porto (AMP), afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, no seminário que decorreu recentemente no Europarque, em Santa Maria da Feira. De acordo com Hermínio Loureiro, “este território é um diamante por lapidar”. A região onde se integra o nosso concelho (Entre Douro/Vouga: Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Vale de Cambra e Arouca), que hoje exporta cinco vezes mais do que aquilo que importa, tem por objetivo ser, em 2020, a mais exportadora do país. O nosso concelho tem assim a missão de ser um dos motores da estratégia de reindustrialização, contribuindo reconhecidamente para a recuperação da economia portuguesa. Parafraseando o Presidente da República Cavaco Silva, os empresários e trabalhadores oliveirenses são Heróis! ‘Oliveira de Azeméis faz bem’ é mais um contributo do Correio de Azeméis para a afirmação coletiva do espírito que a todos os oliveirenses deve, assim, envolver, cumprindo o que o país espera deste nosso dinâmico concelho.

...o FMI acedeu a visitar-nos pela

O nosso concelho tem assim a missão

terceira vez, em 2011, desta vez com

de ser um dos motores da estratégia

um tratamento de choque, brutal,

de reindustrialização, contribuindo

dizem muitos que cruel, que todos

reconhecidamente para a recuperação

nós bem conhecemos...

da economia portuguesa.

Eduardo Oliveira Costa

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> Debates na AZ FM Rádio (89.7Mhz)

Empresas de sucesso dizem ‘de sua justiça’... A ‘Azeméis FM Rádio’ levou a cabo uma série de debates, tendo como convidados empresários, responsáveis de associações setoriais e de instituições académicas e de formação profissional, bem como autarcas, entre outros. Auscultar as opiniões de quem percebe da ‘matéria’ foi o objetivo, de um trabalho a que se associa o ‘Correio de Azeméis’, em segunda edição. Dar a conhecer o que ‘Azeméis faz bem’ é uma finalidade deste suplemento, que se baseia no ranking das ‘100 +’ empresas do concelho de Oliveira de Azeméis, um trabalho da responsabilidade da conceituada empresa ‘Ignius - Gestão Integrada de Risco’ , que o desenvolveu e produziu em exclusivo para o nosso semanário (ver ainda pág. 08). Neste dossiê, também o destaque para as PME’s Líder e PME’s Excelência oliveirenses. A ‘reindustrialização’ foi um dos muitos subtemas discutidos nestes encontros empresariais, promovidos pela ‘AZ FM’ (89.7Mhz), refletidos em pequenos excertos neste trabalho do ‘Correio de Azeméis’ . Angela Amorim Gisélia Nunes

Luís Bastos (Mitjavila): “Vamos criar uma linha nova de estampagem de alumínio, que não é muito usual em Portugal. No nosso país, aposta-se muito mais no latão. Adriano Duarte (Multimoto): “A Multimoto é apenas um pequeno exemplo de que, quando acreditamos, conseguimos. (…) Temos vindo a apostar, ainda mais, desde que esta crise se instalou”. Carlos Teixeira (Chetocorporation): “Neste momento, temos talvez uns três ou quatro concorrentes a nível mundial, ou seja, estamos na linha da frente. Em Portugal somos os únicos a produzir este tipo de equipamentos” [refrigeração/otimização de tempos]. Augusto Queirós (Cenfim): “Nós procuramos estar na primeira linha do ‘Azeméis faz bem’ e que os nossos jovens saiam, progressivamente, com mais formação do Cenfim, estendendo esta [formação] por várias etapas” [cursos de educação-formação].

Domingos Ferreira (Camilo Martins Ferreira & Filho): “A nossa responsabilidade é constante e acrescida todos os dias. A nossa maneira de ser e de estar nos negócios e no setor [calçado] leva--nos a cumprirmos as nossas obrigações e a estarmos atentos ao que se passa à nossa volta e neste mundo global”. André Alegria (Central Termoeléctrica de Biomassa): “Temos uma equipa espetacular, que tem ajudado bastante a melhorar a Central de Biomassa. No prazo de um ano [que mediou a anterior edição do ‘Azeméis faz bem’ e esta ], o valor de faturação praticamente duplicou (…) e o equipamento começou a funcionar em pleno”. Frederico Albergaria (Cobermaster): “A tendência é para surgirem, cada vez mais, empresas voltadas para a inovação e isso passa um pouco por todos os setores. (…) As empresas criam a sua própria marca e design, valorizando a inovação. Disso vamos retirar ‘frutos’ a médio prazo”. António Costa (Novarroz): “Lançámo-nos em investimentos que nos permitiram adaptar a produção para o mercado externo. Estamos a conseguir impor o arroz português [nomeadamente o Carolino] um pouco por todo o mundo, mostrando que este é bom e valorizado”. António Jesus Correia (BPI/Centro de Empresas da Região): “A construção da União Bancária [ao nível da União Europeia] pode ser muito interessante para o financiamento das empresas portuguesas, sobretudo para as Pequenas e Médias Empresas, porque, normalmente, as grandes conseguem financiar-se”.

Carlos Seabra (Grupo Simoldes): “Portugal é como que um ‘oásis europeu’ da indústria de moldes, um local na Europa onde este cluster é extremamente importante, onde se produzem os melhores moldes. O nosso papel de fornecedores europeus e mundiais de moldes está muito ligado à experiência do passado e às boas referências que são dadas pelos produtos de qualidade que vão saindo do país”. Carlos Silva (Moldoplástico): “Todos sabemos o papel que as exportações têm para o nosso país atualmente, tendo em conta o cenário de conjuntura económica desfavorável e de crise. Neste contexto, a indústria de moldes – caraterizadamente exportadora – torna-se muito importante para Portugal, assistindo-se ao crescimento das empresas deste cluster (algumas mais de 20%), o que já não se verifica noutros ramos industriais”. Hugo Pinto (JDD Moldes): “Como estamos muito voltados para a exportação, queremos mostrar aos jovens portugueses o que é a indústria de moldes, o que fazemos e por que somos dos melhores do mundo. A nível nacional, a Cefamol [associação setorial] tem desenvolvido muito trabalho e é muito dinâmica”. Manuel Oliveira (Cefamol – Associação Nacional da Indústria de Moldes): “O ano passado foi muito positivo para a indústria do setor, em termos de vendas/exportações. Atingimos o nosso melhor ano de sempre. Isto demonstra que o setor tem consolidado a sua posição no mercado internacional ao longo dos últimos anos”.


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Manuel Tavares (BTL – Ind. Metalúrgicas): “Penso que estamos a viver um momento de maior esperança, estamos a viver o chamado espaço 2020 [quadro comunitário de apoio 2014/2020]. De uma vez por todas, os nossos governantes perceberam que vão ter de industrializar o país, o que me satisfaz a mim e a todos, julgo. É necessário colocar a competitividade em dia (…) e só podemos ser competitivos se tivermos uma boa escolaridade, uma boa formação, bem como empresas apoiadas e devidamente financiadas para atingir os objetivos. Creio que a indústria tem de voltar a ser importante no nosso país”. Nuno Azevedo (Celar – Alumínios de Cesar): “Este primeiro semestre está a ser bom. O mercado nacional que, de há três anos para cá, ia regredindo de ano para ano, atualmente regista com um crescimento de assinalar. Também o mercado internacional está a ganhar clientes muito interessantes. (…) Hoje em dia, parte da Coreia, Espanha, Argélia, Argentina, EUA e Suíça estão a procurar os nossos produtos. Creio que este ano vamos progredir muito”. Martinho Oliveira (ESAN/ Universidade de Aveiro): “Hoje assistimos a empresários que apostam forte no design, o que leva a que o produto português esteja ‘na moda’. Somos bons e produzimos com qualidade. Portanto, só temos motivos para estar orgulhosos do nosso trabalho. Há que apostar mais nos portugueses, na sua criatividade e dar a conhecer essas novas ideias. (…) O facto de o Português ser a quinta Língua mais falada no mundo pode ajudar na ‘conquista’ de mercados.”

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Pedro Araújo (Polisport): “A vinda do senhor Presidente da República ao nosso grupo teve, efetivamente, um grande impacto, tanto a nível externo, como a nível interno, e deu-nos uma visibilidade muito grande. (…) Obviamente, tudo isto representa um aumento muito grande da credibilidade perante todos estes parceiros de negócio”. Casimiro de Almeida (Lactogal e Proleite/Mimosa): “A Lactogal tem uma dimensão nacional, com sede fiscal no Porto e fábricas disseminadas em Oliveira de Azeméis, Vila do Conde, Cantanhede, Açores, Guimarães e Espanha. (…) A Proleite [que detém um terço da Lactogal] fornece à Lactogal 200 milhões de litros de leite por ano. A Lactogal não recebe apenas o leite da Proleite, mas também de outras cooperativas - igualmente suas acionistas -, nomeadamente da Agros e da Lacticoop”. Hélder Silva (Fluidotronica): “Trabalhamos, sobretudo, soluções que permitam às empresas ganhos e melhorias de qualidade, produtividade e em termos de ergonomia. (…) A Fluidotronica está a celebrar dez anos de existência”. Francisco Vieira (Intermarché): “Em Oliveira de Azeméis é difícil encontrar uma superfície assim, em que o cliente se sente bem”. Sérgio Almeida (António de Almeida): ”Penso que se não tivessemos enveredado por este caminho [exportações] já não existiríamos. (...) Temos de dar boas condições aos nossos trabalhadores (...) para que possam ter um nível de produtividade aceitável. Ricardo Tavares (Câmara Municipal de O. Azeméis/vice-presidente): “Oliveira de Azeméis tem empresas que são líderes de mercado no país e no mundo”. PUB


08 >Ignius – Gestão Integrada de Riscos

As ‘100+’ empresas do concelho de Azeméis O ranking das cem maiores empresas do concelho de Oliveira de Azeméis, que apresentamos neste suplemento, é resultado do levantamento realizado pela ‘Ignius – Gestão Integrada de Risco’ em parceria com o jornal ‘Correio de Azeméis’. Tem como critério base o volume de negócios. A ‘Ignius’ é especialista em soluções integradas e personalizadas de gestão de risco, sendo a única empresa do mercado a oferecer um serviço abrangente a todo o ciclo de negócios das empresas: Informação de Marketing, Informação de Crédito, Gestão de Cobranças. Em atividade desde 1947, é pioneira no mercado da informação de empresas e foi a primeira empresa portuguesa reconhecida pelo Banco de Portugal, em 2010, como Agência de Notação Externa (ECAI – External Credit Assessment Institution) devido à qualidade do seu indicador de risco de incumprimento de empresas, o Score. Com sede em Lisboa e escritório comercial no Porto, conta com mais de 100 colaboradores ao serviço dos clientes, que representam mais de 8.000 utilizadores. Em Portugal, a ‘Ignius’ também foi pioneira na informatização da base de dados, tendo sido a primeira empresa portuguesa a especializar-se na atividade de recolha, tratamento, produção e fornecimento de informação para empresas. Hoje, dispõe de uma base de dados com mais de dois milhões de registos, cuja informação é recolhida e analisada diariamente com o máximo rigor, junto de diversas fontes de informação.

Terça-feira, 29 de julho de 2014

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>Estatuto PME Excelência tem a validade de um ano

IAPMEI distingue 1103 empresas em 2013 A 06 de fevereiro último, numa cerimónia pública que contou com a presença do ministro da Economia e do secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, foram apresentadas as 1103 empresas distinguidas com o Estatuto PME Excelência 2013. No seu conjunto, as PME Excelência 2013 são responsáveis por mais de 43 mil postos de trabalho direto e geraram um volume de negócios superior a 5,8 mil milhões de euros em 2012, que representou um crescimento médio de 09%, face ao exercício anterior. Com um ativo líquido global de 4,4 mil milhões de euros, as galardoadas o ano passado apresentam uma autonomia fi­nanceira média de 52,6% e

mais representadas no grupo das PME Excelência 2013, ocupando 64% do universo total de empresas distinguidas. O Turismo e os Serviços, cada um representando 14% das empresas, os Transportes, com 3,9%, e a Construção, com 3,7%, são a seguir as atividades mais representativas neste conjunto. Em termos de localização, os distritos do Porto e Lisboa, seguidos de Aveiro, Braga e Leiria, com respetivamente 204, 184, 157, 144 e 93 empresas, são os níveis de rendibilidade dos ca- que reúnem a maior concentrapitais próprios, do ativo, e das ção das PME Excelência 2013. vendas, de respetivamente 17%, 9% e 6,9%. Acesso ao crédito facilitado O contributo destas empreO Estatuto PME Excelência sas para as exportações foi de 1,7 é um instrumento de reputamil milhões de euros em 2012, ção criado pelo IAPMEI - Insvalor que representou um cres- tituto de Apoio às Pequenas e cimento de 27% relativamente Médias Empresas e à Inovação, ao ano anterior. que visa sinalizar as pequenas e Estas empresas registaram médias empresas com perfis de um crescimento de 31,7% nos desempenho superiores. A seleseus resultados líquidos e viram ção é feita anualmente, a partir aumentar o seu ativo em 11%. do universo das PME Líder, e Em termos setoriais, a Indús- distingue as empresas que, nos tria, com 427 empresas (38,8%), vários setores de atividade, apree o Comércio, com 278 empre- sentaram os melhores resultasas (25,3%), são as atividades dos económico-financeiros e de

gestão. O Estatuto PME Excelência insere-se num programa de qualificação de empresas do IAPMEI – FINCRESCE -, que visa conferir notoriedade e otimizar condições de financiamento e de reforço competitivo ao segmento das PME Líder, empresas com perfis de risco superiores, que pelas suas estratégias de crescimento constituem alavancas importantes do desenvolvimento económico do país. Associadas ao estatuto estão condições de maior facilidade no acesso ao crédito, melhores condições de financiamento e de aquisição de produtos ou serviços, facilitação na relação com a banca e a administração pública, e um certificado de qualidade na sua relação com o mercado. São parceiros do IAPMEI: Turismo de Portugal, I.P., o Banco Espírito Santo e BES dos Açores, BPI, Barclays, Caixa Geral de Depósitos, Crédito Agrícola, Millennium BCP, Montepio e Santander Totta. N.R.: Confira na pág. 12 as empresas oliveirenses com este estatuto.

>Estatuto PME Líder

Cerca de sete mil empresas no final de 2013 No final de 2013 registavamse cerca de 7.000 PME Líder, tendo muitas delas beneficiado das condições favoráveis previstas nas Linhas PME Investe/ PME Crescimento. O programa FINCRESCE tem como objetivo conferir notoriedade e otimizar as condições de financiamento das empresas com superior perfil de risco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva. Fá-lo através da atribuição do Estatuto criado pelo IAPMEI para distinPME Líder. O Estatuto PME Líder é um guir o mérito das PME nacionais selo de reputação de empresas, com desempenhos superiores, e

é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto de bancos parceiros (Banco Espírito Santo e BES dos Açores, BPI, Barclays, Caixa Geral de Depósitos, Crédito Agrícola, Millennium BCP, Montepio e Santander Totta), tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros. O Estatuto tem associado um conjunto de benefícios, como o acesso em melhores condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação na relação com a banca e um

certificado de qualidade para as empresas na sua relação com o mercado. Estimular a eficiência do processo de intermediação bancária e potenciar o alargamento do mercado de capitais a empresas de dimensão intermédia fazem ainda parte dos objetivos deste programa. O grupo das PME Líder que apresentem os melhores desempenhos será também distinguido com o Estatuto de PME Excelência, anualmente. N.R.: Confira na pág. 12 as empresas oliveirenses com este estatuto. PUB


AZEMร IS FAZ BEM/100+

Terรงa-feira, 29 de julho de 2013

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Terça-feira, 29 de julho de 2014

Azeméis faz bem/100+

> estudo ignius/correio de azeméis

As 100+ de Oliveira de Azeméis Este ranking é da responsabilidade da ‘Ignius - Gestão integrada de Risco’, representante da marca ‘Kompass’ em Portugal, líder mundial e especialista em Informação de Marketing e empresas business-to-business, a nível internacional, sendo membro da FEBIS - Federation of Business Information Services e da APERC - Associação 

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Portuguesa de Recuperações de Créditos). Este estudo, realizado para o ‘Correio de Azeméis’, entre outras, assenta em variáveis como a ‘Empregabilidade’, ‘Exportação’ e ‘Volume de Negócios’, sendo esta última a base da hierarquia aqui evidenciada. Os dados reportam-se ao ano de 2012. 

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CONTINENTE. HÁ 12 ANOS SINÓNIMO DE CONFIANÇA.

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12

Terça-feira, 29 de julho de 2014

Azeméis faz bem/100+

> oliveira de azeméis faz mesmo bem...

A ‘Excelência’ e a ‘Liderança’ das PME’s do concelho No ‘quadro de ‘honra ao lado, apresentamos as Pequenas e Médias Empresas do concelho de Oliveira de Azeméis, que foram distinguidas, em 2013, com o(s) galardão(ões) de ‘PME Excelência’ e/ou ‘PME Líder’. Esta é uma mais-valia não só em termos de credibilidade, como de estatuto, que possibilita às ‘nossas’ representantes empresariais que façam cada vez mais e melhor. E isto porque, sob estes ‘signos’, uma série de vantagens fica à disposição das distinguidas (ver também pág. 08). O quadro ao lado teve a sua última atualização em 30 de dezembro de 2013, tendo sido entregues os galardões ‘Excelência’ a 06 de fevereiro de 2014.

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>ÁREA DE ACOLHIMENTO EMPRESARIAL UL/LOUREIRO UMA APOSTA NO EMPREENDEDORISMO

‘Business Center’ está a concurso A construção do ‘Business Center’ na Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Ul/Loureiro foi lançado no passado mês de junho. Trata-se de um investimento de 1,9 milhões de euros aproximadamente, que irá apoiar as unidades instaladas nesse pólo industrial. O ‘Business Center’ vai nascer na Área de Acolhimento Empresarial de Ul/Loureiro.

Até ao final de 2015 prevê-se a conclusão do ‘Business Center’ na AAE UL/Loureiro, numa área de implantação de oito mil metros quarados. Trata-se de um empreendimento dotado de espaços e serviços, num edifício de dois pisos com salas de reuniões e de apoio, espaços para serviços comuns dessa zona industrial (correios, reprografia, café-bar, etc.), bem como escritórios e um auditório. Comporta-

rá, também, espaços de pósincubação de empresas e um parque de estacionamento automóvel. O investimento – a concurso (Proc.º 49/11 - consultar www.cm-oaz.pt) – tem como preço-base 1.890 mil euros, acrescido de IVA, e 270 dias para ser executado. A obra será adjudicada ao concorrente que apresentar o preço

mais baixo. “Com esta decisão de lançar a obra a concurso, demos mais um passo importante para fazermos da AAE Ul/ Loureiro uma área industrial de excelência, oferecendo aos empresários boas condições para sejam mais competitivos”, afirma o presidente da Câmara Municipal, em comunicado.

Hermínio Loureiro salienta, também, que o ‘Business Center’ “permitirá que as indústrias tenham um rápido acesso a uma série de serviços de apoio” e “a meios para se qualificarem, desenvolverem e inovarem”. AAE Ul/Loureiro ‘próxima do mundo’ A zona industrial de ponta

(Ul/Loureiro) é um investimento de 7.5 milhões de euros, financiado a 85% pelo FEDER – Fundo de Desenvolvimento Regional. Ocupando cerca de 40 ha, está localizada, estrategicamente, próximo dos eixos rodoviários Norte-Sul e Estaoeste (A25, AE1, A29, linha ferroviária do Norte) e de fácil acesso a todo o país e estrangeiro. A sua ligação aos portos marítimos de Aveiro e de Leixões, e ao aeroporto Francisco Sá Carneiro é outra mais-valia desta área de acolhimento empresarial. Esta enquadra-se “na estratégia de desenvolvimento económico do município, que passa pela aposta na formação e pela criação de espaços modernos e atrativos para os empresários”, explica o edil. De acordo com as contas de Hermínio Loureiro, Oliveira de Azeméis exporta, anualmente, mais de 700 milhões de euros, o que assegura o direito do concelho permanecer do ‘top 20’ dos municípios portugueses que mais faturam nas transações com o estrangeiro. PUB


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“A nossa vocação é crescer” Oliveira de Azeméis é hoje um dos concelhos mais pujantes em termos industriais do nosso país. Focada sobretudo na exportação, temos setores de atividade onde a inovação e a criatividade são determinantes para vingar num mundo cada vez mais global e competitivo. Por isso temos diversas empresas que são líderes, porque apostam permanentemente no desenvolvimento de novos produtos, novas soluções e na procura de novos mercados. O empreendedorismo dos nossos empresários e a qualidade dos quadros das empresas têm guindado ao sucesso muitas das nossas empresas. E isto acontece numa altura difícil, num contexto de crise generalizada, onde o recurso ao financiamento bancário é escasso ou mesmo inexistente. Tudo isto acontece porque desistir não é uma palavra que os nossos empresários aceitem. É sobretudo por essa tenacidade e coragem que Oliveira de Azeméis resiste no meio da crise com números de desemprego muito inferiores à média nacional. Apesar do nosso concelho ser conhecido pela diversidade da sua atividade industrial, os setores dos moldes, dos plásticos e do calçado são, reconhecidamente, os mais fortes no que diz respeito à criação de riqueza, quer porque exporta quase tudo o que produz, como também porque é responsável pelo emprego de muitos milhares de pessoas no município. Mas temos muitas outras áreas fortes, como os lacticínios, o arroz, a louça metálica, os colchões, entre outras, que nos orgulham pelo que representam na afirmação de Oliveira de Azeméis como um concelho desenvolvido. A forte componente tecnológica que carateriza esta indústria tem sido também responsável por alguns problemas no que diz respeito à mão de obra qualificada. A pensar nisso, o município e as empresas têm apostado em respostas que vão ao encontro dessa procura. A construção do Parque do Cercal, que acolherá a Universidade de Aveiro já no próximo ano letivo, representa um avanço significativo em termos formativos. A ESAN [Escola Superior Aveiro Norte] terá, finalmente, condições únicas para desenvolver a sua missão, que é formar quadros para as empresas, mas também estar ao lado delas no desenvolvimento de novos produtos. Não posso terminar, sendo este trabalho sobre as empresas, sem falar da nova Área de Acolhimento Empresarial de Ul-Loureiro, um moderno espaço empresarial que está a ser procurado por multinacionais, como também pelas empresas oliveirenses que aí encontram condições para a sua expansão. O investimento ali feito mostra a nossa insatisfação pelo estatuto alcançado. Queremos mais desenvolvimento económico, porque isso significa para todos os oliveirenses mais emprego, melhor emprego e mais qualidade de vida. A nossa vocação é crescer. *PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

O empreendedorismo dos nossos empresários e a qualidade dos quadros das empresas têm guindado ao sucesso muitas das nossas empresas.

HERMÍNIO LOUREIRO*

A escola superior aveiro norte felicita as 100 maiores empresas de Oliveira de Azeméis pelos seus contributos para a competitividade da região. A esan está a desenvolver múltiplas iniciativas e projetos de ID&T com o tecido empresarial. Contate-nos em: www.ua.pt/esan


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>VICEPRESIDENTE DA CÂMARA RECONHECE IMPORTÂNCIA DE EMPRESÁRIOS PARA DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO

“Somos um município feliz” Oliveira de Azeméis dá-se ao luxo de ter algo que nem todos os concelhos têm: “Empresários de sucesso”, que levam bem longe o seu nome e que, ao mesmo tempo, dão um “contributo importante e essencial” à economia local e nacional. A Câmara sabe disso, assim como sabe que deve continuar a criar as “melhores condições” para que as empresas que já estão implantadas em terras de La Salette “possam investir mais, inovar e manter a performance de qualidade” que tão bem as carateriza. Mas também para outras que fazem tenção de vir a fixar-se por cá. Este é, aliás, um “assunto prioritário” para o executivo de que Ricardo Tavares faz parte. O vice-presidente diz que “so-

xadoras”, afirmou o autarca. “Não é por acaso que somos o 15.º maior concelho exportador e que temos uma taxa de desemprego 50% inferior à média nacional”.

Ricardo Tavares.

mos um município feliz” por, “entre portas”, haver “uma série de empresários que, com as suas dinâmica, capacidade de resistir e inovação, tem levado o nome de Azeméis por esse país e mundo”. “Falamos de empresas que são líderes de mercado” e que “são as nossas maiores embai-

Parque do Cercal e AAE são mais-valias para o concelho Contrariamente a outros tempos, o autarca de hoje já “não é ‘medido’, avaliado, pela construção de estradas” e de outras infraestruturas do género. Esta “já não é a sua principal função, mas, antes, assegurar condições para promover o desenvolvimento económico e social”, sendo que em Azeméis, “é isso que, nos últimos anos, temos pretendido garantir, através da criação de equipamentos que possam servir de apoio à articulação do conhecimento e das empresas, à formação e até à constituição de microempresas”. A edificação do Parque do Cercal - Campus para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Qualificado e a sua cedência à Universidade

de Aveiro (UA) - oficializada, recentemente - foi tema trazido pelo edil, bem como a Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Ul/Loureiro, que visa “a fixação de empresários, não só oliveirenses, como outros, que nos venham ajudar a desenvolver o concelho”. Tudo isto no sentido de tornar Oliveira de Azeméis num município ainda mais ‘apetecível’ quer para empresários, quer para os que nele estudam, trabalham e vivem. “A ESAN [Escola Superior Aveiro Norte] desenvolve um tipo formação que tem permitido aos jovens, quando acabam o ensino superior, entrarem, com mais facilidade, no mercado de trabalho também aqui próximo (…). Daí a articulação permanente que a UA tem e pretende desenvolver com as empresas do nosso município”, prosseguiu. Ricardo Tavares refere, ainda, a intenção da Câmara em implementar a marca ‘Made in Azeméis’ e de organizar uma feira internacional industrial

em Oliveira de Azeméis. Em relação a esta última, “não sei se já será este ano, mas queríamos que, neste mandato, se criasse essa génese”. Setor do calçado: “Paradigma da reindustrialização” Questionado sobre o tema ‘reindustrialização’, o socialdemocrata considerou que “o calçado é um paradigma da reindustrialização com sucesso”, havendo “em Oliveira Azeméis bons exemplos a esse nível”. Em seu entender, “a Europa está consciente da necessidade dessa reindustrialização”. Na sequência, Ricardo Tavares aludiu ao novo quadro comunitário 14-20, cujos “principais envelopes financeiros estão virados, principalmente, para aqui, para a região norte (calçado, moda, moldes, etc.)”, tendo como objetivo a “modernização, qualificação (…)”. E fez votos para que os empresários oliveirenses possam aproveitar esta “oportunidade única”. PUB


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>ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE/UNIVERSIDADE DE AVEIRO

À conquista do... Parque do Cercal Falar de ensino superior em Azeméis é falar na ESAN e nas parcerias entre o tecido empresarial oliveirense e a Universidade de Aveiro. O empreendimento do Parque do Cercal é um dos maiores exemplos disso mesmo. Durante uns largos anos a funcionar no edifício Rainha – onde ainda permanece na hora em que fechámos o presente suplemento -, a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) encontrase em vias de se mudar para as novas instalações, no Parque do Cercal - Campus para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Qualificado, inauguradas a 16 de dezembro do ano passado. Tal como temos anunciado, o arranque das aulas do próximo ano letivo prevê-se já para esse espaço, considerado, pelo próprio reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção, como uma mais-valia para o desenvolvimento académico e de formação da socieda-

>SEMPRE EM ‘PARCERIA’ COM OS INTERESSES DO TECIDO EMPRESARIAL E INDUSTRIAL DA REGIÃO

ESAN foi criada há dez anos

Martinho Oliveira, diretor da ESAN

de civil. “O produto português está na moda” A inter-relação entre a ESAN e o tecido empresarial oliveirense, neste caso concreto, é considerado por Martinho Oliveira, diretor deste pólo da UA, como um fator que vem aumentar a competitividade das respetivas empresas. Com um conhecimento profundo da realidade do parque industrial da região e do país, o professor não deixa de

distingui-lo, dando-lhe créditos, mérito e valor. “Hoje assistimos a empresários que apostam forte no design, o que faz com que o produto português esteja na moda. Nós somos bons e temos qualidade naquilo que fazemos e, portanto, só temos motivos para estarmos orgulhosos do nosso trabalho”. Acompanhando a tendência, a UA “tem estado muito bem a nível de ‘mercados externos’, como por exemplo na cooperação com outros paí-

A Escola Superior Aveiro Norte, sob a designação de Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção Aveiro Norte, foi criada a 08 de outubro de 2004, através da promulgação do Decreto-Lei 217/2004. Trata-se de uma unidade orgânica da Universidade de Aveiro e dedica-se ao ensino e à investigação, pertencendo ao subsistema de ensino politécnico. A ESAN promove, ainda, “a transferência para a sociedade do conhecimento e da tecnologia, bem como a dinamização de atividades culturais e humanistas em prol e estreita interação com a comunidade envolvente”. Quer isto dizer que, dentro da sua estratégia de desenvolvimento, tenta responder às solicitações, do tecido industrial e empresarial da região em que se insere, nomeadamente ao da subregião do Entre Douro Vouga, que engloba os concelhos de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Vale de Cambra e Arouca. ses”. Também no ensino, esta instituição académica ‘está bem e recomenda-se’ com alunos bem formados e a responderem, com eficiência, às necessidades das empresas. Um fator muito importante no combate ao desemprego, um flagelo que tanto nos afeta. “Esta Universiade é conhecida por estar aberta à comunidade, trabalhando com as empresas e,

como diretor da ESAN, digo que esta escola não faz gestão, faz parceria com as empresas. Na cooperação com as empresas está o ensino, a investigação, a ligação à comunidade. Hoje em dia, temos alunos a trabalhar em empresas com projetos em curso, que, para a dimensão da escola, já é um número bastante significativo”. PUB


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>CENFIM  CENTRO DE FORMAÇÃO DA INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA

Volume de formação cresceu 36% Desde 1987 em Oliveira de Azeméis, o Cenfim contribui fortemente na formação de colaboradores para a indústria metalúrgica e metalomecânica. Augusto Queirós, seu diretor, está convicto de que “a crise não passou muito por aqui”. Aliás, os números confirmam: Este centro de formação setorial registou um aumento global de 36% em 2013. O Cenfim – Centro de Formação da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica tem conquistado uma posição de destaque no quadro da formação de técnicos para os setores que abrange. Reconhecido como uma referência nesta região, desse modo não é de estranhar que o seu volume

Augusto Queirós, diretor do Cenfim.

de formação tenha registado um crescimento da ordem dos 36%. “Há uma procura considerável, tanto a nível de jovens, quanto de ativos adultos. Aliás, neste momento [18 de março último] temos 10 turmas, entre Cursos de Educação e Formação (CEF’s) e

aprendizagem. Tecionamos até ao fim do ano colocar mais três”, informou o diretor. É que “a indústria pede, a metalomecânica pede e nós procuramos dar a resposta às solicitações do tecido empresarial”. Como defendeu Augusto Queirós, “o Cenfim procura

estar na primeira linha ao nível deste tipo de formação e queremos que os nossos jovens saiam, progressivamente, com mais formação, estendendo-a por variadas etapas que vão desde os chamados CEF’s - jovens que ainda não obtiveram o 9.º ano - àqueles que têm esse nível de saem do Cenfim com o 12.º, isto é, com uma formação profissional de nível 4”. Por outro lado, este Centro de Formação setorial possui, ainda, “os Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s) para quem já têm o 12.º ano (…) e formação de desempregados, procurando sempre que a formação, neste nível, seja muito prática”. Mas há mais no Cenfim: “Continuamos a ter as pessoas nos pós-laborais, os chamados Cursos de Formação de Adultos. (…) Nestes, procuramos cada vez mais rentabilizar os fundos que nos são proporcionados pelo Estado português e, principalmente à noite, nos pós-laborais, apostamos na componente

tecnológica; é o que estamos a fazer com o curso de Soldadura, no de Programação de CNC e com os cursos de Desenho”. Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional no Cenfim Diversificar a formação e satisfazer as necessidades do parque industrial oliveirense e da região são alguns dos objetivos do Cenfim. A criação de um Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (substitutos dos RVCC/ ‘Novas Oportunidades’) neste organismo, sedeado em Oliveira de Azeméis, é factor de satisfação do seu líder, que clarifica: “Ao contrário das escolas, que irão fazer um reconhecimento escolar, nós só iremos fazer um profissional, mas com dupla certificação. Esta é a aposta deste ano, desde que devidamente financiada, além de dar seguimento a toda a formação programada para este ano e que passa pela manutenção dos cursos que já oferecemos”.

>CEFAMOL  ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE MOLDES

O ano passado foi o melhor de sempre A Cefamol tem acompanhado a evolução das empresas e apoiado os progressos do cluster na abordagem aos mercados e nas questões ligadas à competitividade (etc.), permitindo que o setor se torne mais reconhecido, quer nacional quer internacionalmente. “A Cefamol existe e tem o dinamismo que tem, porque existem empresas por detrás com um enorme dinamismo e desenvolvimento. Se as empresas não acompanhassem, não tivessem o seu próprio dinamismo e as suas estratégias individuais que se complementam aqui, numa estratégia conjunta, pouca coisa poderíamos fazer e é isso que faz toda a diferença”, afirma Manuel Oliveira, secretáriogeral da Associação Nacional da Indústria de Moldes. A proximidade do tecido industrial aos centros tecnológicos, institutos politécnicos e universidades tem sido uma realidade, que também “faz toda a diferença” e muito tem contribuído para o reconhecimento da marca ‘Engineering & Tooling from Portugal’. “Há um grande desafio que

têm demonstrado, e, simultaneamente, trazendo colaboradores bem qualificados para o seu seio”.

Manuel Oliveira, secretário-geral da Cefamol.

deve ser levado a cabo e que tem a ver com a atração dos jovens para a indústria, nomeadamente de jovens técnicos qualificados, com conhecimentos, quer na área das engenharias, quer da formação técnico-profissional, que também é fundamental em

algumas áreas empresariais”, defendeu o dirigente, prosseguindo: “Esse envolvimento e essa relação de cooperação entre as empresas e os centros de saber poderão ser muito mais fortes no futuro, continuando, obviamente, o dinamismo que as empresas

Consolidação internacional Segundo o secretário-geral da Cefamol, “o ano passado foi muito positivo para a indústria. Em termos de vendas, de exportações, atingimos o nosso melhor ano de sempre. Isto mostra que o setor tem consolidado a sua posição no mercado internacional ao longo dos últimos anos. Este é um fator tremendamente importante, porque as empresas estão a investir, a apostar em novas tecnologias, na formação dos recursos humanos, para se tornarem mais fortes, mais competitivas e, daí, ser muito importante este desenvolvimento e esta evolução que as empresas têm registado”. De realçar, como o fez Manuel Oliveira, que, o ano passado, pela primeira vez a Espanha foi o nosso principal mercado, verificando-se um aumento das nossas exportações para o país vizinho na ordem dos 34%. “Esta situação é

significativa, pois demonstra que Portugal está a ocupar, de certa forma, o lugar da própria indústria espanhola, que atravessou um período bastante dificil nos últimos anos, com o desaparecimento de numerosas empresas. Ora, agora nota-se que a alternativa está a ser Portugal, o que é bom”. Para além de Espanha, a França e a Alemanha são mercados interessantes para as empresas do nosso país, arrecadando - entre os três - 60% das nossas vendas. Este ‘pormenor’ representa, no entender do responsável, “um grande prestígio, pois são mercados de grande evolução tecnológica, de grande competividade e de exigência”. Porém, também não deixa de mostrar “a dependência que temos desses mesmos mercados, enquanto setor comum. Há um esforço grande de crescermos na Europa Central e de Leste, em mercados como a Polónia, a República Checa, a Rússia, a Eslováquia”, assistindo-se, igualmente, a “um certo ressurgimento” do mercado norte-americano e México.


AZEMÉIS FAZ BEM/100+ >FERPINTA INDÚSTRIAS DE TUBOS DE AÇO DE FERNANDO PINHO TEIXEIRA

Um ‘império’ com alicerces de aço Pela mão de Fernando Pinho Teixeira – atual presidente do conselho de administração -, nasce em Carregosa, em 1972, a empresa-mãe do atual Grupo Ferpinta – Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A., que lidera as ‘100+’ empresas do nosso concelho. A partir de então, o grupo empresarial cresceu, expandiu-se, quer a nível geográfico, quer setorial, encontrandose já instalado para além das fronteiras nacionais, nomeadamente em Espanha, Angola e Moçambique. Sem esquecer o ramo que lhe deu o ser – produção e distribuição de tubos soldados – a matriz está presente no turismo e equipamentos agrícolas e agro-pecuários, entre outros. FERPINTA

Grupo Ferpinta Ranking: 1.º Lugar NIPC: 500113009 Nome: Ferpinta – Ind. de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira Morada: Lugar Arrifaninha Aptd. 26 3720-011 Carregosa Contatos: Telefone 256 411400 / Fax 256 412 049 / email info@ferpinta.pt / internet www.ferpinta.pt Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de tubos, condutas, perfis ocos e respetivos acessórios de aço F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 10.000.000,00 Ano de Balanço: 2012 Volume de Negócios: € 138.010.314,00 Volume de Exportações: € 80.919.434,00 Principais Países: Alemanha, Angola, Austrália, Bélgica, Cabo Verde, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Itália N.º de Funcionários: 368 Presidente: Fernando Pinho Teixeira

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>BPI  CENTRO DE EMPRESAS DA REGIÃO

Banco com “balanço limpo” O BPI guarda nos seus ‘cofres’ uma série de galardões, prémios e outros títulos que o lançam entre as mais credíveis instituições bancárias em Portugal. Sem grandes reservas, este banco está ‘pronto’ para facilitar a vida aos empresários, em termos de financiamento... basta que os projetos o justifiquem. O diretor do Centro de Empresas da Região (CER) do BPI está convicto que um dos caminhos a seguir para se vencer na área empresarial é investir na inovação. E a estratégia da instituição bancária que representa passa por isso mesmo: Em 2012, o BPI conquistou o Troféu de Inovação da Câmara do Comércio Luso Francesa, um galardão a que concorriam “empresas como a Sonae e Refer, todas elas acima dos 500 funcionários”, acentua António Jesus Correia com orgulho. Atualmente, “o BPI tem o seu balanço limpo. O nosso

der melhor o quanto importa facilitar-nos essa informação”. Para o BPI, “a palavra de ordem é vender” e este banco tem disponíveis linhas de crédito para as empresas... “falem connosco!”, aconselha o diretor do CER.

António Jesus Correia, diretor do Centro de Empresas da Região - BPI.

banco está robusto, tem capital, tem liquidez”, afirma. Talvez por isso, “esperamos que os nossos empresários apareçam, para analisarmos e quem sabe - até financiarmos os seus investimentos, sendo mesmo esse o nosso objetivo. Nós vivemos com clientes, vivemos com crédito e não é só com os depósitos”, assegura o diretor do CER, manifestando abertura para empréstimos ao

tecido empresarial, desde que baseados em projetos válidos, credíveis, inovadores e responsáveis. “Somos um pouco exigentes em termos da informação que solicitamos, mas isso também funciona em favor das próprias empresas. Analisamos melhor as projeções, os projetos para percebermos melhor o risco. Hoje as empresas começam a enten-

BPI é “marca de confiança” De acordo com o relatório de contas de 2013, “o BPI foi o primeiro Banco em Portugal a ver a sua perspetiva de rating alterada de negativa para estável, por uma das grandes agências de notação financeira; foi designado pela Exame o melhor, mais sólido e mais rentável dos grandes bancos a operar no mercado português, com base na análise auditada de 11 indicadores de gestão; em inquérito organizado pelas Selecções do Reader’s Digest, foi eleito ‘Marca de Confiança na Banca’, depois de 13 anos em que a escolha sempre recaiu sobre outra instituição; foi indicado como o melhor private banking em Portugal pelos seus próprios concorrentes, numa avaliação promovida pela Euromoney; e repetiu vários primeiros lugares em prémios nacionais e internacionais no âmbito da banca de investimento e mercado de capitais”. PUB


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> LACTOGAL PRODUTOS ALIMENTARES

>CASIMIRO DE ALMEIDA

Mil milhões de euros de vendas consolidadas

Mil milhões de euros de faturação e já com alguma expressão nas exportações, a Lactogal faz jus à posição que detém no mercado dos lacticínios. A Proleite é uma das suas acionistas, juntamente com a Agros e a Lacticoop.

A Lactogal – Produtos Alimentares no seu todo registou, no ano de 2013, mil milhões de euros em termos de resultados de vendas consolidadas. Contas feitas por Casimiro de Almeida, presidente do seu conselho de administração. Com uma dimensão nacional, a Lactogal tem a sua sede fiscal no Porto e fábricas disseminadas em Oliveira de Azeméis, Vila do Conde, Cantanhede, Açores, Guimarães e Espanha. Labora cerca de 900 milhões de litros de leite anuais, 200 dos quais oriundos da Proleite - Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite (Oliveira de Azeméis), sua acionista, a que se juntam a Agros e a Lacticoop.

Casimiro de Almeida, presidente do conselho de administração da Lactogal e da Proleite/Mimosa SGPS

Conde, Tocha e Cantanhede (…), o investimento na qualidade e formação dos recursos humanos é encarado como uma mais-valia para empresas, como a Lactogal, que pretendem ser líderes nos respetivos setores. Casimiro de Almeida está consciente disso e corrobora que (também) desse fator advêm os “altos padrões competitivos” que defende para as empresas. A estratégia vai no sentido de “cativar os melhores quadros, interessálos, premiá-los”, explica-nos o comendador. “Temos uma componente remuneratória Altos padrões de que tem a ver com mérito e produtividade um nível de remuneração que Com uma centena de co- anda longe do que se pratica laboradores na cidade invicta, na maioria dos casos, nomeamais três centenas nos Açores e damente no nosso setor: Não muitos outros distribuídos por há salários de 500 euros… Oliveira de Azeméis, Vila do isso já lá vai; o nosso salário

mínimo são 600 euros para quem entra neste momento e todas as pessoas que ganhem abaixo de 1000 euros têm uma percentagem nas suas remunerações diferente de quem ganha mais”. Se os recursos humanos auferem uma posição ‘privilegiada’ face às demais empresas do atual tecido industrial português, também o cliente está no topo das atenções da Lactogal: “Fazemos questão de não ter clientes descontentes ou desmotivados, porque sabemos que isso tem consequências de grande amplitude”. Nesta organização, a estratégia passa pela satisfação a montante e a jusante. Senão vejamos: “Somos forçados a fazer o melhor possível, porque, por um lado, temos a pressão da produção relativamente ao escoamento e

“A Europa e Portugal precisam de ser reindustrializados” Para Casimiro de Almeida, a reindustrialização passa, substancialmente, pelo investimento em tecnologia de vanguarda. “Hoje os equipamentos são, tecnologicamente, diferentes e exigem uma outra preparação para quem com eles tem de operar”. A propósito recorda Hernâni Lopes, quando o ex-ministro das Finanças afirmou que “a Europa é um museu”, que o equipamento “está desatualizado”, o que, atualmente, já não se verifica tanto. “Se compararmos a época em que disse isso e a que se vive hoje já se verifica uma grande diferença”. E deu o exemplo do setor em que está mais à-vontade, para justificar: “Temos os equipamentos mais modernos que existem no mundo; não há nada diferente nem melhor. Hoje, essa reindustrialização chegou ao nosso setor, mas há que fazer alterações. Primeiro, porque é um equipamento altamente sofisticado, ainda mais sendo o leite um produto tão perecível. (…) Mesmo não sendo um investimento de raiz, representa sempre, por ano, dez, 15 ou 20 milhões de euros. Já temos os armazéns robotizados”. Concordando e defendendo que “a Europa e Portugal precisam de ser reindustrializados”, no que à Lactogal diz respeito “a industrialização, robotização, informatização e inovação para exportação já estão subjacentes às nossas empresas”. Em Modivas, Vila do Conde (inaugurada em 2005), está em curso “uma reestruturação completa ao nível das embalagens, das linhas de enchimento, porque temos de responder ao mercado, que tem já outro tipo de exigências”, rematou aquele que dedicou toda a sua vida profissional ao setor dos laticínios. aos preços do leite, e, por outro, um consumidor que também tem exigências ao nível dos preços e de qualidade. Portanto, a nossa estratégia é mediar a situação, ou seja, fazer poupanças a todos os níveis e motivar as pessoas para ter altos padrões de produtividade”. Exportações são 23% da faturação Com a dimensão que já atingiu, crescer para a Lactogal parece ser um desafio difícil, mas não impossível. Neste momento, o objetivo “é mantermo-nos no nível que estamos. Claro que se surgir alguma oportunidade não deixaremos de a concretizar, caso seja possível. (...) Temos uma autoridade da concorrência que não nos permite crescer”, adianta o administrador. No entanto,

acrescenta: “Estamos a olhar para o mercado de Luanda (Angola), onde temos uma posição muito boa (80%) no mercado de leite. (…) É possível que venhamos a fazer alguma instalação lá, ainda não sabemos que tipo de produtos vamos produzir, apenas que o consumidor de lá quer leite de vaca... Estamos a ver o quadro legislativo e a oportunidade de o fazer, o que não é fácil”. A propósito, a Lactogal exporta cerca de 23% da sua faturação, o que representa quase 230 milhões de euros, “embora esta não seja toda de produto acabado. Temos uma percentagem muito grande de leite em pó para a indústria humana e também uma quantidade de manteiga a granel que também exportamos”.

>PROLEITE  COOPERATIVA AGRÍCOLA DE PRODUTORES DE LEITE

PROLEITE/MIMOSA

Novas instalações inauguradas em setembro

Ranking: 2.º Lugar

A Proleite – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite foi fundada em 1944 e é, atualmente, seu presidente Manuel Santos Gomes. A completar brevemente meio século de existência, em perspetiva está uma ‘grande festa’. Para setembro estão planeadas as comemorações das suas ‘bodas de ouro’ e, simultaneamente, a inauguração das suas novas e modelares instalações. A presença de um governamental e/ou até mesmo do Presidente da República está prevista, redobrando a honra não só para quem dirige e trabalha neste organismo, como para quem com ele coopera e emparceira.

Um investimento de 22 milhões de euros As novas instalações situam-se no lugar de Adães, da freguesia de Ul, ocupando um espaço dos 11 hectares adquiridos pela Proleite. Uma excelente área que permitiu, como nos demonstrou, recentemente, Manuel dos Santos Gomes, centralizar todos os serviços, que estavam dispersos. A funcionar desde junho do ano passado, a maior parte do complexo está construído e engloba um primeiro e central imóvel, onde se albergam a área administrativa, laboratório, refeitório, entre outros

serviços. Nesta primeira plataforma, encontramos as oficinas de pesados e ligeiros, armazéns de apoio à produção, ecocentro e a secção comercial (antiga Semicentro). Um auditório e uma nova portaria estão em fase de conclusão, bem como uma área de estacionamento de pesados e ligeiros. De acordo com as últimas declarações do presidente da Proleite, Manuel dos Santos Gomes, ao Correio de Azeméis recentemente, este investimento deve rondar os 22 milhões de euros sensivelmente, sem quaisquer apoios comunitários ou outros.

NIPC: 500075387 Nome: PROLEITE – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, CRL Morada: Lugar de Adães, Ul 3720-581 Ul Contatos: Telefone 256 666 560 / Fax 256 685 777 / email geral@proleite.pt / internet www.proleite.com.pt Concelho: Oliveira

de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Comércio por grosso de leite, seus derivados e ovos F. Jurídica: Cooperativa Capital Social: € 10.156.395,00 Ano de Balanço: 2012 Volume de Negócios: € 71.609.603,00 N.º de Funcionários: 106 Presidente: Manuel Santos Gomes


AZEMÉIS FAZ BEM/100+ >GESTAMP AVEIRO  INDÚSTRIA DE ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS

GESTAMP AVEIRO

Patamares empresariais acima da média A Gestamp Aveiro ocupa o pódio – em terceiro lugar – do top das cem maiores empresas de Oliveira de Azeméis, publicado nesta edição. O seu volume de negócios, em 2012, foi de 64.866.383 euros, quase 51 mil vindos da exportação dos seus produtos. A Gestamp Aveiro, com sede na Zona Industrial das Sabrosas, em Nogueira do Cravo, dedica-se à fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis e tem como grandes clientes alguns dos fabricantes deste setor, como a Volkswagen, PSA, Renault, Nissan, General Motors e Ford. Desde 1988 no nosso concelho, integra desde 2001 o grupo multinacional Gestamp Automoción e constitui um dos três centros de produção existentes em Portugal, dando emprego a 407 trabalhadores. Cerca de 80% das vendas desta unidade do grupo empresarial Gestamp tem como destino a exportação para países terceiros, como a Alemanha, Bélgica, Brasil, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Hungria, México e Polónia, porém o mercado nacional não é descurado.

A Gestamp Aveiro encontra-se na terceira posição do ‘nosso’ ranking das ‘100+’.

a elevam a patamares de empreendedorismo e competitividade muito acima da média. É reconhecida como fornecedor de primeira linha dentro do espçao ocupado pelos grandes construtores. O seu posicionamento, dentro de um grupo que se encontra no topo do ranking do mercado dos componentes metálicos para automóveis, faz dela uma referência nacional e internacional. Com um perfeito domínio das necessidades do mercado, esta empresa apresenta uma elevada capacidade produtiva com colaboradores qualificados e motivados, a que se associa – para justificar o seu sucesso – a utilização de processos produtivos tecnologicamente evoluídos, que integram preocupações de cariz Certificação EMAS A produção da Gestamp ambiental, de segurança e de é evidenciada por um con- eficiência na utilização dos junto de caraterísticas, que recursos.

O Grupo Gestamp é reconhecido pela sua capacidade de adaptar o negócio para criar valor ao cliente, mantendo o desenvolvimento económico e social sustentável.

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ditoria da União Europeia. Trata-se de uma ferramenta de gestão para as empresas e outras organizações avaliarem, reportarem e melhorarem o seu desempenho ambiental, e que se traduz na norma EMAS de certificação. É de participação voluntária e abrange organizações públicas ou privadas da União Europeia e do Espaço Económico Europeu (EEA).

Acompanhamento constante do cliente O processo de fabrico dos produtos metálicos pode De salientar que a Gestamp abranger as várias etapas de Aveiro possui um Sistema de transformação: Estampagem, Gestão da Qualidade e Am- soldadura, pintura e montabiental, cujos princípios estão gem. Os produtos finais são bem assimilados pela organi- maioritariamente compozação e apresenta, como uma nentes de reforço estrutural, verdadeira distinção – já que sistemas de impacto, crosssão poucas as empresas que o members, componentes de detêm -, o certificado EMAS eixos, componentes de chas-Sistema de Eco-gestão e Au- sis e pedaleiras.

Ranking: 3.º Lugar NIPC: 502094486 Nome: GESTAMP AVEIRO – Indústria de Acessórios de Automóveis Morada: Rua Indústria, Zona Ind. das Sabrosas, Nogueira do Cravo 3700-778 Nogueira do Cravo OAZ Contatos: Telefone 256 861 100 / Fax 256 861 108 / email gestampaveiro@ gestam.com / internet www.gestampaveiro.pt Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 12.000.000,00 Ano de Balanço: 2012 Volume de Negócios: € 64.866.383,00 Volume de Exportações: € 50.705.161,00 Principais Países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Eslováquia, Espanha, EUA, França, Hungria, México, Polónia N.º de Funcionários: 407 Presidente: Francisco José Riberas Mera

A autonomia da Gestamp Aveiro vai desde a conceção e industrialização dos processos de produção até ao lançamento dos produtos. A estratégia passa pelo apoio e acompanhamento constante prestado ao cliente, que resulta na melhoria e desenvolvimento dos respetivos produtos, apostando sempre no binómio qualidade/preço. No seio da Gestamp Automación, a unidade localizada no nosso concelho, que ocupa a terceira posição do ranking Ignius/Correio de Azeméis, é reconhecida como referência, ao nível da inovação, organização e métodos de trabalho. PUB


22 SIMOLDES PLÁSTICOS

Grupo Simoldes Ranking: 4.º Lugar NIPC: 501220267 Nome: Simoldes Plásticos Morada: Rua Com. António da Silva Rodrigues, n.º 165 3720-502 Santiago de Riba-Ul Contatos: Telefone 256 610 000 / Fax 256 661 010 / email mail@simoldes.com / internet www. simoldes.com Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 2.000.000,00 Ano de Balanço: 2012 Volume de Negócios: € 58.521.055,00 Volume de Exportações: € 41.002.295,00 Principais Países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Belgica, Brasil, China, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França N.º de Funcionários: 664 Presidente: António da Silva Rodrigues INPLÁS

Grupo Simoldes Ranking: 5.º Lugar NIPC: 503001031 Nome: INPLAS – Indústrias de Plásticos, S.A. Morada: Zona Ind. Oliveira de Azemeis, Aptd. 407 3720-000 Oliveira de Azeméis Contatos: Telefone 256 666 650 / Fax 256 666 655 / email mail@simoldes. com / internet www. simoldes.com Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de outros artigos de plástico, n.e. F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 500.000,00 Ano de Balanço: 2012 Volume de Negócios: € 40.406.386,00 Volume de Exportações: € 33.394.339,00 Principais Países: África do Sul, Alemanha, China, Espanha, França, Hungria, Suécia N.º de Funcionários: 356 Presidente: António da Silva Rodrigues

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AZEMÉIS FAZ BEM/100+

>GRUPO SIMOLDES

Uma “oportunidade” na “ameaça” asiática Cerca de uma dezena de empresas do Grupo Simoldes constam no ‘nosso’ ranking das ‘100+’ do concelho de Azeméis, com a Simoldes – Plásticos e a Inplas à frente deste conhecido ‘elenco’, nos 4.º e 5.º lugares, respetivamente. O Grupo empresarial Simoldes não necessita de apresentações nem em Portugal, nem no estrangeiro. No cluster ‘Engineering & Tooling’ ( e não só) é um digno representante nacional e um orgulho para o concelho que o viu nascer, crescer e expandirse a outras paragens. No ano que mediou o primeiro dossiê das ‘100+’ de Azeméis e esta edição que tem em mãos, este ‘império’ industrial investiu em novos equipamentos, até porque, como justificou Carlos Seabra, “são necessários para mantermos a qualidade e a eficácia dos nossos produtos”. Por outro lado, a formação dos recursos humanos continuou a ser encarada como “fundamental”. Novidades são muitas, sendo de destacar o avanço para uma “incursão real no mercado asiático, que se vem juntar à nossa existência no Brasil, na Polónia, na França, na Argentina e na China”. A qualidade/complexidade marca a diferença Os produtos do grupo presidido por António da Silva Rodrigues são referências mundiais e atravessam fronteiras. Os seus principais mercados, se assim podemos considerar, são a Alemanha, a França, a Inglaterra, entre outros. “O mercado russo está a tornar-se, também, muito importante para nós”, adianta-nos Carlos Seabra. “Curiosamente estamos, igualmente, a exportar para a China, país que é ‘só’ o maior importador e o maior exportador de moldes a nível mundial. Ou seja, os chineses têm as duas vertentes”. A explicação é fácil: Por um lado, exportam brinquedos, telemóveis, eletrodomésticos (etc.) e fabricam os respetivos moldes; no entanto, o mesmo não se passa com “os moldes de alta qualidade e complexidade”. Esses, a China compra à Alemanha, à

Carlos Seabra, representante do Grupo Simoldes

Itália, ao Canadá e, também, a Portugal, “nomeadamente ao Grupo Simoldes”. No fundo, trata-se de “uma oportunidade dentro desta ‘ameaça’”.

o representante do grupo, é o “dia a dia” da Simoldes, o que lhe permite uma posição vanguardista face às demais. “Os nossos centros de desenvolvimento e inovação, que cada Ver o futuro com olhos uma das empresas possui, ‘inovadores’ estão sempre a criar formas Inovação, como a definiu novas de executar aquilo que

nunca foi feito, seja para um carro novo ou para outro bem qualquer”. Esta aposta na constante inovação, através sobretudo da investigação e desenvolvimento começou em 2012, estendeuse a 2013 e concretizou-se este ano: “Fizemos um desafio às universidades mais ligadas ao setor, neste caso à do Minho e à de Aveiro; numa primeira fase admitimos 40 novos engenheiros, que estiveram connosco mais de nove meses (…) e, no final, selecionámos 22 que foram admitidos no Grupo”. No entender do representante da área comercial, “são estas pessoas, que veem a indústria com olhos diferentes, não deformados pela experiência do passado, que às vezes é redutora e não nos permite ter visões mais abertas e amplas, que fazem falta na construção industrial do futuro”. São estes jovens que conseguem trazer “ideias inovadoras a nível dos processos e da organização, que esperamos que se traduzam em eficácia”.


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AZEMÉIS FAZ BEM/100+

>GRUPO POLISPORT

‘Excelência’ empresarial reconhecida além-fronteiras Pedro Araújo, ‘homem forte’ da Polisport, não só mostra orgulho por administrar um grupo empresarial de ‘excelência’, que consta da listagem das ‘100+’, em 17.ª posição, como também deu a saber o que está por detrás do seu sucesso. Pelo meio, ainda ‘disse de sua justiça’ sobre a reindustrialização, tema que continua ‘na berra’. Pedro Araújo, presidente e CEO da Polisport, ainda tem ‘fresca na memória’ a deslocação do chefe máximo da nação, Aníbal Cavaco Silva, em abril último, à Polisport Plásticos, S.A.. Sediada em Carregosa empresa com estatuto ‘PME Excelência’ -. aí estão situados, além da linha de montagem e armazém/logística da área bicicleta, o setor administrativo e o Núcleo de Inovação, Investigação e Desenvolvimento (NIID) deste grupo com décadas de trabalho que, atualmente, é nada mais nada menos que o maior exportador nacional do setor das duas rodas e líder mundial no mercado dos porta-bebés para bicicleta. Se-

Pedro Araújo, presidente do conselho de administração da Polisport.

gundo disse, “tudo isto [a visita] representou um aumento muito grande da nossa credibilidade perante todos os parceiros de negócio [internos e, sobretudo, externos]”. Recorde-se – tal como noticiámos oportunamente - que, desde a criação do seu NIID, a Polisport já foi distinguida com o prémio ‘PME-Inovação’, atribuído em parceria pela COTEC, BPI e com apoio do Jornal Público, galardão que foi entregue no 4.º encontro da Rede PME Inovação e que contou com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Mas já antes, em 2009, a Polisport tinha sido reconhecida com a menção honrosa

do Prémio ‘PME Inovação’ e, em 2010, receberia a mais alta distinção atribuída às empresas nacionais que constituem referências em termos tecnológicos no tecido empresarial português. A sua inovação ao nível do design e da tecnologia de materiais foi, igualmente, galardoada com dois troféus nos prestigiados e internacionais ‘IF Design Awards’.

de 24.537 milhões de euros e encaminhou 97% da sua produção para o mercado externo, inclusive para marcas como a KTM, a BMW e a Suzuki. Presente em mais de 60 mercados, realmente o nome ‘Polisport’ não pára de ‘conquistar’ mundo. Provas disso são, por exemplo, a recente criação de mais uma empresa - ‘fruto’ de “uma parceria com uma firma chinesa”, que é, tão-somente, “a maior fabricante mundial de capacetes” - e a compra, no final do ano transato, da marca holandesa Bobike, “líder incontestado na Holanda”, que, de acordo com o administrador, “nos vai permitir reforçar a nossa liderança no setor”.

Paixão e não só… Tudo “começou com um passeio de bicicleta, um grande sorriso no rosto e uma produção caseira numa garagem”. E, assim, começa a história de um ‘império’ construído “com trabalho e paixão de toda a equipa que me acompanha”. Pedro Araújo tenta “sempre estar rodeado de pessoas que comunguem do mesmo espíÀ conquista do mundo rito e da mesma paixão”. Só Estamos perante um grupo assim, em seu entender, “poempresarial especializado em deremos continuar a responacessórios para motos e bicicle- der, efetivamente, a todos os tas, que emprega permanente- desafios que são colocados”. mente 160 trabalhadores e que, Mas, além isso, “para só em 2013, faturou um total manter o desenvolvimento

sustentado e constante do Grupo Polisport, há pontos principais a ter em conta”, nomeadamente a internacionalização; inovação – “o nosso objetivo não é vender produtos ao quilo”, sendo que “o que lançamos para o mercado tem de ter uma mais-valia”; e marca - “podemos ter dos produtos mais inovadores do mundo, mas se não tivermos uma marca forte o valor da inovação passa para segundo plano (…). A marca é uma ferramenta extremamente poderosa, o que, aliás, nos levou a comprar, no final de 2013, na Holanda, a Bobike”. Futuro da Europa passa pela reindustrialização Questionado acerca do tema ‘reindustrialização’, Pedro Araújo defendeu que “a única hipótese que a Europa tem, nos próximos anos, é [de facto] a reindustrialização”. No entanto, é de opinião – e manifestou-a publicamente – que esta “não deverá ser feita como no passado”, “com base na mão de obra intensiva de baixo custo”, mas sim “apoiada por produtos inovadores, por uma forte componente de robotização e por marcas também fortes”, o que “vai exigir um grande esforço, uma adaptabilidade muito grande das empresas e de toda a estrutura empresarial, uma flexibilidade muito grande”.

>NOVA ARROZ  PRODUTOS ALIMENTARES

À conquista do mercado externo A Novarroz ocupa o 12.º lugar do top das ‘100+’ do concelho de Oliveira de Azeméis, assumindo ainda o estatuto de PME Líder. Voltada inicialmente para o mercado nacional, esta empresa de arroz conquista agora outros países. “Sabemos de arroz” O lema da Novarroz é “sabemos de arroz”. E se bem o afirma, melhor o confirma. Virada inicialmente para o mercado interno, esta empresa, sediada na freguesia de Ul, tem vindo a evoluir no sentido da exportação dos seus produtos. Esta “inversão”, como denominou

António Costa, seu administrador, deu-se há cerca de dois anos. O ano passado, 26% da faturação da Novarroz vinha já das vendas para o exterior. “Esta tendência tem vindo a crescer. Nos primeiros três meses deste ano, registámos um volume de vendas já superior ao mercado interno”, salienta. Porém esta “inversão” na estratégia de negócio exigiu da empresa “investimentos importantes para adaptar a produção ao mercado externo”. E, de acordo com as palavras do empresário, parece que valeu a pena. “Estamos a conseguir impor o arroz por-

tuguês um pouco por todo o mundo e este está a ser muito valorizado”. Internacionalização é aposta com futuro Projetos de internacionalização da marca e da própria empresa estão a ser equacionados. “Colocamos em ‘cima da mesa’ instalarmo-nos num país estrangeiro com uma união industrial. Isso poderá acontecer ainda ao longo deste ano de 2014”, confidenAntónio Costa, administrador da Novarroz. cia-nos António Costa. A Novarroz possui a Certificação BRC Food e IFS pela SGS; o Estatuto de PME Líder projeto ‘Compro o que é nosso’. logicamente evoluído e atestapelo IAPMEI; é aderente ao O seu processo fabril é tecno- do pelo programa EUREKA.


Azeméis faz bem/100+

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>Moldit – Indústria de Moldes

>’Engineering&Tooling’

Na primeira linha a fornecer o setor automóvel A Moldit – Indústrias de Moldes S.A. subiu um lugar face ao ano transato, no top das ‘100+’ Ignius/ Correio de Azeméis. Ocupando agora a 25.ª posição, esta empresa, sedeada na área de acolhimento empresarial (AAE) de Loureiro, é, também, uma ‘PME Líder’ oliveirense. A produção de moldes até 60 toneladas para injeção de plástico e peças técnicas de plástico injetado é a área industrial a que se dedica a Moldit, que se encontra no panorama empresarial há mais de um quarto de século. Esta unidade do grupo Durit - “um grupo empresarial constituído por duas famí­ lias e instalado, maiorita­ riamente, nos concelhos de Oliveira de Azeméis e de Al­ bergaria-a-Velha” - alia o conhecimento técnico de todos estes anos de atividade em projeto e modelação de peças plásticas para o mercado automóvel, de embalagens e utilidades domésticas. Por conta desta experiência, “consegue atender às necessidades dos seus clientes locais e inter­ nacionais, criando e proje­ tando moldes, que aliam as especificações de design e exigências do mercado lo­ cal com a qualidade técnica mundial”, segundo os seus responsáveis. O profissionalismo e a formação dos seus quadros e colaboradores (142 tra-

balhadores no total) é uma A Moldit atende preocupação constante dos administradores. Por exemàs necessidades plo, “o departamento de en­ dos seus clientes, genharia da Moldit possui projetando uma equipa com mais de 20 engenheiros, que desen­ moldes que aliam volvem e projetam, garan­ as especificações tindo elevado nível técni­ de design e co, rapidez de execução e total suporte técnico local exigências do e internacional. Utilizando mercado local software de última geração com a qualidade para o projeto e modelação, totalmente em 3D, assegura técnica mundial a sua execução de acordo com o planeamento e a ne­ rança para bebés”, só para darmos apenas alguns exemcessidade dos clientes”. plos. “Rigor, qualidade e profis­ “Rigor, qualidade sionalismos” são as palavras e profissionalismo” A fábrica de moldes está de ordem desta empresa, pre“na primeira linha de forne­ sidida por Manuel Avenilde cedores da indústria auto­ Rodrigues Valente, que, em móvel” e “o moderno parque 2012, registou um volume de de máquinas de injeção ga­ negócios 11.141.275 euros, rante a fabricação de peças isto é, um crescimento face ao complexas para as garrafas ano imediatamente anterior de gás e as cadeiras de segu­ (10.131.426 euros).

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Unidade industrial o Brasil “Perfeitamente integra­ da” no conjunto industrial que carateriza o cluster ‘Engineering&Tooling’ oliveirense, a Moldit cresceu já rumo a outras paragens, com uma empresa no Brasil, a ‘Moldes e Plásticos da Bahia, S.A.”. Esta unidade produz para o seu próprio mercado e para o da América Latina. A propósito, importa realçar que a Moldit – Indústria de Moldes S.A., sedeada na AAE de Loureiro/Ul, registou, em 2012, um volume de exportações no valor de 7.858.104 euros, tendo como principais países de destino dos seus produtos (moldes metálicos) a Alemanha, a Belgica, o Brasil, a Espanha, a França e a Holanda. Como se pode ver a Moldit é uma referência no quadro das cem melhores empresas de Oliveira de Azeméis, está bem... e rcomenda-se!

Um cluster essencialmente exportador Atualmente, o setor português de moldes possui cerca de 530 empresas, com dimensão de PME, dedicadas à conceção, desenvolvimento e fabrico de moldes e ferramentas especiais, e emprega cerca de 8.250 trabalhadores, com uma distribuição geográfica bipolar, designadamente nas regiões de Oliveira de Azeméis e Marinha Grande. Portugal encontra-se entre os principais fabricantes mundiais de moldes, nomeadamente, na área de moldes para injeção de plásticos, exportando, atualmente, mais de 90% da produção total. A análise da evolução da balança comercial, ao longo das duas últimas décadas, demonstra a forte vocação exportadora do cluster. Em 2012, a exportação atingiu um valor de cerca de 473 milhões de euros, sendo que valor total de produção foi cerca de 525,5 milhões de euros, facto representativo de que Portugal, ao longo dos anos, tem demonstrado uma elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e às evoluções, quer dos mercados, quer das tecnologias. É um sector inovador e de alta intensidade tecnológica, que exporta a larga maioria da sua produção, tendo, também em 2012, como principais mercados a Espanha, Alemanha, França, Brasil e República Checa. (Fonte: Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes)

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AZEMÉIS FAZ BEM/100+

>GRUPO MOLDOPLÁSTICO

Inovação marca a diferença Neste último ano, a Moldoplástico procurou consolidar a sua posição no mercado, dinamizar os recursos internos e promover ações de formação. A conquista de novos mercados não foi descurada por esta empresa, que se encontra no 27.º lugar das ‘100+’ oliveirenses. Desde 1955, a Moldoplástico marca posição no cluster do ‘Engineering & Tooling’, tentando responder, just in time, às solicitações e exigências dos seus clientes, espalhados um pouco por todo o mundo. A Alemanha e a Espanha, bem como os países do centro da Europa são mercados que já conhecem os produtos desta empresa oliveirense, bem como Eslováquia, África do Sul, Guiné Bissau, México, Índia, Rússia, Estados Unidos da América, entre outros.

pagamento” começa por nos explicar Carlos Silva. E o administrador da Joluce - uma outra unidade industril deste grupo - completa: “Tentamos produzir moldes que se diferenciem, que combinem técnicas e fujam aos métodos tradicionais da injeção simples, usando outras práticas tecnológicas, como a compressão, a bi-injeção, a combinação de vários materiais”. Até porque, como corrobora, “a inovação é importante, tendo em conta a agressividade do mercado a nível concorrencial. As empresas têm que se destacar, oferecendo produtos que se possam diferenciar”.

Carlos Silva, administrador da Joluce, empresa do Grupo Moldoplástico.

Parque do Cercal é uma mais-valia para aindústria Neste contexto, este representante do grupo empresarial Moldoplástico, com sede no lugar das Barrocas, na cidade de Oliveira de Azeméis, não deixa de frisar a importância de que se reveste a implementação Parque do Cercal - Campus para

a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Qualificado, no concelho de Oliveira de Azeméis (Quinta do Comandante, em Santiago de Riba-Ul). Aí, a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) reunirá “melhores condições”, do que as que dispõe atualmente (edifício Rainha), para continuar a colmatar uma lacuna importante ao nível da formação dos recursos humanos. “Na nossa área de atuação, todos reconhecemos que temos bastante dificuldade em recrutar pessoas qualificadas e com conhecimentos em áreas como Projeto, Bancada, Manutenção; com conhecimentos de Hidráulica, Pneumática e até elétricos, o que é tão necessário ao setor”, defende Carlos Silva. “Penso que as universidades devem ser parceiros preferenciais da indústria portuguesa e, no campo da Investigação e Desenvolvimento (I&D), são fundamentais para nós”, remata. PUB

ma de diferenciação dentro do tecido industrial do setor dos moldes, tão competitivo e concorrencial. “Procuramos fugir um pouco à tipologia de moldes, não só da indústria automóFalta de pessoal vel - não pela sua complexiqualificado dade, mas pela sua exigência Os responsáveis desta em- –, e apostamos em projetos presa estão conscientes que com menor longevidade e o caminho a percorrer passa com melhores condições de pela inovação, como uma for-

www.multimoto.pt IMPORTADOR

EXCLUSIVO

>REINDUSTRIALIZAÇÃO

Apoios concretos... precisam-se! Para Carlos Silva, o mais importanto, nos próximos anos, “é ter alguma atenção aos fundos comunitários do quadro 14/20 [‘Portugal 2020’]”, que poderão “dar alguma ajuda” no que, atualmente, se designa pela tão propalada. “reindustrialização”. E mais: “É muito importante, também, existir alguma disponibilidade de financiamento para as empresas que consigam diferenciar-se com projetos industriais inovadores”, bem como, por exemplo, dar a respostas concretas a questões práticas, “como a de encontrar forma de conseguirmos energia mais barata e minimizar os custos de logistica, pois estamos numa posição descentralizada do núcelo de decisão, que é o centro da Europa”. Para o responsável do grupo Moldoplástico, “a reindustrizalização não é muito fácil em empresas como as deste setor, devido à nossa forte vertente tecnológica, que exige muito investimento”, entre outros fatores histórico-sociais de empresas já com longos anos de existência.

keewaymotor.pt

kawasaki.pt


AZEMÉIS FAZ BEM/100+

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Terça-feira, 29 de julho de 2014

> SUPERMURALHAS  SUPERMERCADOS, S.A. / GRUPO ‘OS MOSQUETEIROS’ / ‘VILAMARCHÉ’

Novo conceito comercial já chegou a Oliveira de Azeméis

O novo conceito comercial do grupo ‘Os Mosqueteiros’ também já chegou a Oliveira de Azeméis. Falamos do Vilamarché, que agrega as diferentes insígnias do grupo – Intermarché, Bricomarché e Roady -, bem como uma galeria de lojas. Com a designação social de Supermuralhas Supermercados, S.A., esta empresa atinge o 35.º posto do top das ‘100+’ empresas do concelho de Oliveira de Azeméis, um estudo feito para o Correio de Azeméis pela Ignius, como já adiantámos.

Francisco Viana acredita que o novo conceito - onde todas as insígnias do grupo [Intermarché (supermercado), Bricomarché (decoração, bricolage, jardinagem e materiais de construção) e Roady (manutenção, equipamento, acessório, peças e reparação de veículos)] e ainda a galeria de lojas (produtos e serviços) se conjugam num mesmo espaço, de forma a facilitar o processo de compra do consumidor final e também a estimular a

>MERCADO DA DISTRIBUIÇÃO

‘Os Mosqueteiros’: Uma organização original

Francisco Viana está satisfeito com o novo conceito - ‘Vilamarché’.

Vilamarché abarca, além da galeria de lojas, as diferentes insígnias do grupo: Intermaché, Bricomarché e Roady. economia local - vai introduzir “uma nova dinâmica, um novo dinamismo” à superfície comercial que tem sob sua responsabilidade. O empresário natural do distrito da Guarda também foi um dos convidados do debate levado a cabo, em maio último, pela rádio Azeméis FM e, como não podia deixar de ser, falou deste novo projeto do grupo ‘Os Mosqueteiros’, que, por exemplo, vai permitir que “as lojas andem por elas próprias”.

Mudança valeu a pena No Vilamarché de Oliveira de Azeméis, de quinze em quinze dias, “há sempre novidades” - desde workshops, comemoração de dias temáticos, como foi o caso do Dia Mundial da Criança, oferta de vales de compras, etc. – às quais os clientes têm aderido. “Tem sido um espetáculo, tem valido a pena (…). A mudança tem valido a pena”, afirmou Francisco Viana, naturalmente, satisfeito com os resultados obtidos nestes primeiros me-

ses. Em relação ao supermercado Intermarché, este, na sua ótica, diferencia-se dos demais existentes na cidade e no concelho, não só pelos preços, mas também pelo espaço em si. Aliás, a este propósito, Francisco Viana começou por fazer referência “à nossa placa de venda extremamente agradável, muito bonita e muito bem organizada”, mencionando, de seguida, as secções de frescos e de congelados, nas quais “dá gosto entrar e comprar”. De acordo com Francisco Viana, “em Oliveira de Azeméis, é difícil encontrar uma superfície assim, em que o cliente se sente bem” e na qual “compra o que é nacional, ou seja, o que é bom”. Por isso, de que está à espera? Dirija-se já à Avenida D. Maria I e visite o Vilamarché de Oliveira de Azeméis. Só tem mesmo a ganhar!

O Grupo ‘Os Mosqueteiros’ atua no mercado da distribuição, numa postura bastante diferente da que é usual neste setor, assentando num sistema organizativo único: Trata-se do único grupo dirigido diretamente pelos próprios membros. A empresa não é cotada na Bolsa de Valores de Lisboa. O Grupo agrega um conjunto de empresários independentes, designados aderentes, que são donos e responsáveis, na íntegra, pela gestão de cada ponto de venda. Os diferentes aderentes beneficiam de um conjunto de estruturas comuns de vendas, logística, direção comercial, desenvolvimento, qualidade, etc., sendo também codirigentes desta estrutura a montante do seu ponto de venda, dedicando à sua gestão um terço do seu tempo (tiers-temps). (Fonte: Página online de ‘Os Mosqueteiros’)

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> CENTRAL TERMOELÉCTRICA DE BIOMASSA DE TERRAS DE SANTA MARIA

Melhores equipamentos… mais faturação em 2013 A Central Termoeléctrica de Biomassa Terras de Santa Maria localizase na freguesia de Carregosa e ocupa uma área total de três hectares, representando um investimento na ordem dos 25 milhões de euros. Ocupa o 36.º lugar no ranking das ‘100+’. Com cerca de duas dezenas e meia de trabalhadores, a Central Termoeléctrica de Biomassa Terras de Santa Maria (CTBTSM) recebe a sua matéria-prima – biomassa (resíduos florestais) - de 60 fornecedores. Estes são, essencialmente, madeireiros da região do Entre Douro e Vouga (Oliveira de Azeméis, Santa Maria

des desempenham na prevenção destes fogos, incentivando à limpeza dos matos. “Tudo o que queimamos são resíduos florestais, a rama, o que fica nos terrenos”. Agora a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, quer introduzir coimas para quem não limpar os terrenos, no entanto o jovem lembra que “não há centrais de biomassa suficientes para tal. Precisamos de mais estruturas para essa premissa vingar”. Daí que, para o futuro, não esteja posta de lado a hipótese dos promotores desta unidade avançarem para a construção de outras unidades de biomassa em Portugal. Faturação duplica em um ano A Central de Biomassa instalada em Carregosa registou, inicialmente, “alguns problemas” da Feira,Vale de Cambra e Novas unidades em termos de construção, que Arouca), cuja mancha florestal previstas para o futuro foram resolvidos com o tempo. A propósito André Alegria, As benfeitorias e a aposta em ocupa 54% do território, uma área muito fustigada pelos in- que a administra, lembra o pa- equipamentos de vanguarda cêndios nesta época do ano. pel importante que estas unida- têm sido constantes. “Estamos André Alegria, responsável pela gestão da Central Termoeléctrica de Biomassa localizada em Carregosa.

sempre a fazer melhorias”, no sentido do aperfeiçoamento. “Todos os anos há qualquer coisa para fazer. Temos uma equipa espetacular – prossegue o seu administrador -, que tem ajudado no desenvolvimento e progresso da CTBTSM”. De acordo com as suas contas, de 2011 para 2012, o valor de faturação praticamente duplicou, pois o equipamento começou a funcionar em pleno. “Já estamos nos 10 megawatts [potência instalada]”. A produção de eletricidade de origem térmica é o objetivo final, energia que a CTBTSM vende à EDP, que acaba por exportar o produto. Porém, como elucida André Alegria, a postura concorrencial das empresas portuguesas face às estrangeiras está muito aquém do desejável, “porque o nosso preço de energia é muito elevado face a outros países. Por exemplo, a China, com a energia nuclear, consegue apresentar um preço muito inferior”, o que é “difícil de combater”.

> CAMILO MARTINS FERREIRA & FILHOS /CALÇADO CENTENÁRIO

2013 Foi um ano muito produtivo A Camilo Martins Ferreira & Filhos, também conhecida por Fábrica de Calçado Centenário, é das empresas de calçado mais antigas do concelho e da região. Tem acompanhado a evolução dos tempos, modernizando-se, e é a 38.ª no top ‘100+’ de Oliveira de Azeméis. Já com a terceira geração de uma mesma família a acom-

panhar a anterior, a Camilo Martins Ferreira & Filhos (fundada em 1941), de Cucujães, abriu as portas a um ‘ótimo’ 2013, segundo o seu responsável Domingos José Ferreira: “O ano passado foi, apesar de todas as circunstâncias, um bom ano para a nossa empresa. Foi o melhor ano da nossa produção. Aumentámos bastante as exportações, que

atingiram praticamente 99% da nossa produção, que se estende desde a China ao Cazaquistão, da Europa à América Latina”. Ampliação de instalações Como meta a alcançar, num futuro a curto/médio prazo, a ‘Centenário’ prevê aumentar as instalações, o que representará um grande investimento.

Domingos José Ferreira, administrador do ‘Calçado Centenário’

>JDD  MOLDES PARA A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS

Construção de novas instalações para breve A JDD Moldes encontra-se na 40.ª posição das ‘100+’ empresas oliveirenses. Em 2013 cresceu 20% sensivelmente e bateu o seu recorde em termos de faturação. A JDD Moldes aumentou cerca de 20% num ano. Em 2013, “batemos o recorde dos sete milhões e meio, sendo nosso objetivo crescer até aos 10 milhões de euros, e temos capacidade para isso”, assegura Hugo Pinto.

Com quase sete dezenas de funcionários, “estamos a admitir quadros técnicos, jovens licenciados nas Universidades de Aveiro, do Minho e de Coimbra, ministrando-lhes, posteriormente, formação interna para ocuparem departamentos diversos”, adianta-nos o mesmo responsável. Neste momento, “estamos a fazer grandes investimentos a nível produtivo” com a aquisição de equipamentos, “sempre

máquinas europeias, devido à sua maior qualidade e eficiência”. Quanto ao futuro, os planos da JDD apontam para a construção de uma nova fábrica em Oliveira de Azeméis – “já adquirimos o terreno na Área de Acolhimento Empresarial [AAE] de Loureiro/Ul” e “iniciaremos as obras para a construção da nova unidade, aqui em Oliveira de Azeméis, para as áreas dos moldes e dos plásticos”.

Hugo Pinho, responsável pela JDD Moldes.


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>BTL  INDÚSTRIAS METALÚRGICAS

“A indústria tem de voltar a ser importante no país” A BTL é uma das cem maiores empresas oliveirenses, situandose em 42.º lugar. Dedica-se à fabricação de reservatórios e recipientes metálicos e é uma das ‘PME Líder’ do nosso concelho. “Estamos a viver um momento de maior esperança, o chamado ‘espaço 2020’. De uma vez por todas, os nossos governantes perceberam que vão ter de industrializar o país, o que me satisfaz a mim e, penso, que a toda gente”, refere-nos Manuel Tavares, administrador da BTL, uma empresa com sede na freguesia de Ossela e que, em 2012, apresentou um volume de negócios 6.353.672 euros. E prossegue, apostando na análise do próximo quadro comunitá-

rio de apoio (QCA) – ‘Portugal 2020’: “Com este próximo QCA, temos de colocar a competividade em dia. Só podemos ser competitivos se tivermos uma boa escolaridade e uma boa formação; se tivermos empresas apoiadas e financiadas devidamente para atingir os objetivos. Penso que a indústria tem de voltar a ser importante no nosso país”, defende o responsável da BTL, que assume a vice-presidência da Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA). A ideia da necessidade de uma formação adequada dos recursos humanos, como um outro contributo para a competitividade, é retomada: “Devemos aproveitar este quadro comunitário para apostar nas pessoas, na sua adequada formação. Não é possível pedir à indústria que faça o seu melhor para contribuir para o Orçamento de Estado se, por detrás, não existir massa hu-

mana formada segundo as necessidades do nosso tecido empresarial”. Para o empresário, “a falta de massa humana” deve-se, essencialmente, ao facto do “governo não apostar no ensino intermédio, na formação técnica” e, cada vez mais, saem das universidades “doutores e engenheiros” – “também necessários claro” – que acabam por não encontrar saídas profissionais no nosso país, tendo de emigrar. Manuel Tavares é da opinião – e revela-a – de que o governo deve aumentar a autonomia das universidades e politécnicos em cada região. “Os cursos não podem ser um encargo para o país, mas um investimento”. Todos os agentes envolvidos no processo de desenvolvimento empresarial “devem decidir em conjunto as verdadeiras necessidades de formação”. E o exemplo de que isto é possível e benéfico vem da parceria e cooperação que se tem mantido

entre as instituições académicas, nomeadamente a Universidade de Aveiro (Escola Superior Aveiro Norte), a autarquia de Oliveira de Azeméis, os industriais oliveirenses e a própria AECOA.

Manuel Tavares da BTL e vice-presidente da AECOA

Portugal deve competir pela qualidade O discurso de Manuel Tavares é sempre sui generis e no que toca às causas e consequências da crise por que passamos não o é menos: “Há uns anos, o governo fez de nós um povo privilegiado, que não precisava de trabalhar, e ordenou-nos: ‘Cortem as árvores, arranquem as videiras, matem o gado’! De repente, depara-se com uma crise, ‘empurrada’ pelos EUA e pela Europa, mas que, em Portugal, também foi criada exatamente por que nos disseram que não precisávamos de trabalhar”. E isto foi “até ao dia em que ‘alguém’ acordou e

disse que as empresas têm de ‘dar corda aos sapatos’, de produzir mais, pois era preciso equilibrar a balança”. Perante as circunstâncias e a evolução da conjuntura económico-financeira, o dirigente associativo defende que “Portugal, apesar de pequenino, é um país com uma capacidade enorme, que supera muitos países grandes! As nossas indústrias, por tão pequenas que são, devem competir pela qualidade. Não podemos chegar ao estrangeiro e oferecer aquilo que os nossos avós ofereciam; temos de oferecer qualidade e produtos novos”. PUB


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>MULTIMOTO MOTOR PORTUGAL

Um dos maiores distribuidores do mercado nacional A Multimoto é uma empresa familiar, fundada em 1989, por quatro irmãos que decidiram unir a sua paixão pelas motos numa única empresa. Em abril passado completou as suas ‘bodas de prata’, num ano marcado também pelas novas instalações. Nas ‘100+’, esta é a 45.ª empresa. Atualmente, continua com a mesma administração e com a mesma paixão, sendo “apenas um pequeno exemplo de que, quando acreditamos, conseguimos”, conforme a convicção de Adriano Duarte. É que, mesmo em tempo de recessão, os ‘irmãos Duarte’ souberam ‘dar a volta por cima”, encarando a crise como uma ‘janela’ de oportunidades para a realização de grandes negócios. Até porque, como nos explicou Adriano, com menos recursos económicos, “as pessoas fazem mais contas e, facilmente, chegam à conclusão de que a moto é uma

Adriano Duarte é um dos administradores da Multimoto.

excelente alternativa de transporte, muito mais económica na aquisição, na manutenção e no consumo” se comparado com o automóvel. Keeway a “grande arma” Em 1989, o Grupo Multimoto iniciou a sua atividade na venda e assistência de bicicletas e motos ao cliente final, inicialmente como agente, tornando-se, em poucos anos, concessionário oficial de algumas marcas europeias e japonesas. Equipamentos e acessórios Em 1999, a empresa dos ‘ir-

mãos Duarte’ inicia a distribuição das primeiras marcas de equipamentos e acessórios por todo o país. Já com uma força e relevância notórias, em 2004 obtém a sua primeira representação de veículos, tornando-se o distribuidor oficial da Arctic Cat, seguindo-se as representações da Keeway (2005) e da Aeon (2006). Em 2007, a Multimoto decide abandonar as concessões e dedica-se exclusivamente à distribuição das suas marcas de veículos e acessórios, sendo hoje reconhecida como um dos maiores distribuidores do mercado português.

“A Keeway tem sido a nossa grande ‘arma’. É uma marca que tem uma gama de modelos muito completa e oferece uma excelente relação qualidade/ preço. Nos últimos anos - prossegue - a Keeway tem sido uma das marcas mais vendidas em Portugal”. Em 2013, “fomos líderes de mercado no segmento das 50cm3 com uma quota de mercado de 27,5%, feito nunca alcançado antes por uma marca e a segunda marca mais vendida nas 125cm3, que é atualmente o segmento mais expressivo do mercado precisamente porque é o tipo de moto mais escolhido para o uso diário em alternativa ao automóvel. Kawasaki: Um sonho antigo Conquistada uma posição de líderes, na distribuição de acessórios e equipamentos, com marcas de grande prestígio internacional, como Alpinestars, Ohlins, Renthal, Pirelli, Shad e muitas outras, e uma marca de motos (Keeway), líder no segmento das baixas cilindradas, faltava apenas uma marca de veículos de média e alta cilindrada. “Tínhamos um sonho antigo, de um dia podermos ser o distribuidor exclusivo da Ka-

wasaki para o nosso país”, um sonho que se tornou realidade: Em 2013 a Multimoto alcança o acordo com a marca japonesa, tornando-se o distribuidor exclusivo para Portugal. “2013 foi o nosso ano zero como distribuidores da marca, tivemos que definir a nossa estratégia e reformular a rede de concessionários - este é nosso ano um, estamos muito confiantes”. E se nos veículos das duas rodas, a Multimoto ‘acelera’ e bem, há 25 anos – completados em abril passado -, nos acessórios e equipamentos, igualmente, ‘está muito bem e recomenda-se’. As novas instalações fazem jus ao crescimento desta casa, construída em ‘sólidos alicerces’, que começam a estender-se para lá das fronteiras portuguesas e conquistando, também, o ‘reino de ‘nuestros hermanos’. Com uma posição de líder no mercado português, a nova aposta é agora o mercado espanhol, que é somente um dos mais importantes da Europa, “tendo em conta a dimensão do mercado, sabemos que em Portugal não poderemos crescer muito mais, por isso, criámos a Multimoto Motor España para, com passos certos, construirmos uma posição de relevo no mercado espanhol”, disse Adriano Duarte.

> ALUMÍNIOS DE CESAR/CELAR

“Este ano vamos progredir muito” Com um volume de negócios que atinge quase os 6.2 milhões de euros, a Celar alcança no ranking ‘Ignius/Correio de Azeméis’ a 44.ª posição. É uma empresa de referência e encontra-se no quadro de honra das ‘PME Líder’. A Alumínios Cesar, S.A. - ou Celar como é mais conhecida é uma empresa com mais de 30 anos de existência e emprega mais de 90 pessoas.Tem implementado um Sistema de Gestão de Qualidade, segundo a norma NP EN ISO 9001:2008, e assume o estatuto de ‘PME Líder’. Dedica-se ao fabrico e comercialização de louça metálica de cozinha, sendo especializada em louça com revestimento interior anti-aderente, e os seus produtos são comercializados com a marca Celar (e outras)

ou, em circusntâncias especiais, com a marca do cliente, como são os casos da ‘Lagos’ e ‘Óbidos’, curiosamente lançadas pela Coreia. A propósito, o administrador Nuno Azevedo faz questão de frisar: “Ficámos muito surpreendidos ao saber que clientes coreanos iam formar duas linhas, uma económica e outra de qualidade, com nomes portugueses [‘Lagos’ e ‘Óbidos’]. Foi preciso vir uma pessoa do estrangeiro para chamar às nossas linhas nomes de cidades portuguesas quando a maior parte de nós, empresários nacionais atribuímos nomenclaturas estrangeiras às nossas próprias marcas”. Importa reter que, “hoje em dia parte da Coreia, bem como a Espanha, Argélia, Angola, Argentina, Estados Unidos da

América e Suíça [entre outros] estão a procurar os nossos produtos. Creio que este ano vamos progredir muito”, expetativa Nuno Azevedo. Satisfação do cliente antes de tudo A Alumínios de Cesar tem como objetivo “a satisfação do cliente em todos os seus aspetos”, o que se concretiza “na oferta de uma grande variedade de produtos cm qualidade e preços competitivos, aos quais adicionamos um serviço de entrega e assistência pós-venda eficientes”. De acordo com o responsável pela empresa, Nuno Azevedo, “cada um de nós deve defender o que é nosso. Atualmente, a exigência dos clientes ao nível dos produtos é cada vez maior até porque a

competitividade e a concorrência não param de aumentar”. As indústrias portuguesas devem encarar os mercados como uma ‘aldeia global’. “O mercado mundial é ótimo, porque abre uma panóplia ainda maior de oportunidades,” mas também de responsabilidades acrescidas para “conseguirmos aproveitá-las”. Neste sentido, “temos de pensar que aquilo que o meu pai e avô fizeram foi muito bom no tempo deles. A base está lá, a parte tecnológica está lá, mas há que avançar. Os grandes clientes hoje em dia já não são pessoas, são grupos, grandes sociedades”. A propósito, nunca é demais lembrar – como fez Nuno Azevedo – uma grande figura, quer em termos empresariais (Celar), quer autárquicos (pre-

Nuno Azevedo da Celar

sidente da Câmara), entre outros, a quem o concelho muito deve: “Ângelo Azevedo tinha apenas a quarta classe. Foi um homem que me espantou e pelo qual tenho grande respeito e admiração”, confessou o seu próprio filho, que o sucede da administração desta empresa de Cesar.


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>EMPRESA DE CALÇADO ANTÓNIO DE ALMEIDA, LD.ª

“A internacionalização foi fundamental para nós” Fundada em S. Roque, em 1970, por António de Almeida e sua esposa Idalina Conceição Silva e começando a laborar com “apenas três, quatro colaboradores”, a empresa de calçado António de Almeida Ld.ª foi crescendo, até aos dias de hoje, “de forma sustentável”. Emprega mais de 70 trabalhadores, é PME Líder – estatuto que possui desde 2010 - e está em 58.º lugar nas ‘100+’ oliveirenses. Sendo esta uma empresa familiar que tem vindo a fazer a transição da primeira para a segunda geração, passados 44 anos desde a sua criação, mantém-se a solidez e a experiência do sempre presente fundador, António de Almeida, e aliam-se as ideias e os conhecimentos dos seus filhos, um dos quais Sérgio Almeida. O jovem empresário falanos do passado da empresa de calçado de senhora gama

Sérgio Silva, filho do fundador da empresa de calçado António de Almeida, de S. Roque

média alta que gere e, inevitavelmente, das marcas ‘Gudiva’, ‘Agudivar’ e ‘Sónia Patrício’, esta última surgindo, em 1996, da necessidade da criação de uma linha jovem, renovada, casual e arrojada q.b.. Sempre atenta à evolução do mercado, a António de Almeida, hoje, direciona-se no sentido de satisfação do cliente, atendendo aos seus gostos, atitudes e tendências de moda. Daí fazer questão de participar nas principais feiras internacionais do setor. Tem coleção própria a cada

estação, mas também vai ao encontro das necessidades de cada cliente, criando e desenvolvendo todo o tipo de exemplares de calçado que os mesmos pretendam. Segundo Sérgio Almeida, a António de Almeida Ld.ª também trabalha “em regime de ‘private label’, isto é, trabalhamos para as marcas, com marcas de calçado em si ou marcas de vestuário, que adotam o sapato com o acessório [regime de subcontratação, mas já numa lógica de prestação de serviços]”.

Mercado nacional representa apenas 1% da faturação Começaram a exportar há cerca de dez anos, sendo que, até então, se dedicavam “a 100% ao mercado nacional”. E, na ótica do responsável, ainda bem que o fizeram, porque “penso que se não tivéssemos enveredado por este caminho já não existiríamos”. Exportando, presentemente, para França, Bélgica, Inglaterra, Polónia, Holanda, Dinamarca, Suécia, Rússia, entre outros países (o mercado nacional representa apenas 1% da faturação), Sérgio Almeida não tem dúvidas que “a exportação ajudounos, realmente, a crescer”. Aliás, questionado acerca do que está na base dos altos padrões competitivos e de sucesso desta PME Líder, referiu, lá está, a internacionalização “foi fundamental para nós” -, assim como a paixão por aquilo que se faz, que herdou do pai, a inovação e a qualidade das coleções. Em seu entender, “o cliente deve saber que o que vai receber é de qualidade (...). E isto leva-nos a renovar sempre a nossa frota de maquinaria, utensílios e ferramentas que precisamos para fabricar o nosso produto”. Além disso, é de opinião que não se podem descurar as condições de trabalho: “Temos de dar boas

> SÉRGIO ALMEIDA CHAMA A ATENÇÃO:

Reindustrialização com base “em salários baixos” não será a solução A propósito da reindustrialização, Sérgio Almeida afirmou que esta, “com base em low cost, isto é, em salários baixos, não será, propriamente, o caminho”. A solução passa, antes, “por inovar, por acrescentar valor ao produto e por tentar diversificar um pouco”. Note-se que, seguindo esta filosofia de trabalho, a empresa António de Almeida, Ld.ª, “no ano passado, faturou para 250 clientes”. Para o jovem empresário de S. Roque, “reindustrialização é estarmos próximos do cliente, produzir pequenas séries/quantidades, prestar um bom serviço, ter know-how (que ‘fugiu’ não sei para onde), ter máquinas à altura”. Sérgio Almeida chamou a atenção para o facto dos sapatos portugueses estarem à venda nas melhores galerias de Paris, nas melhores ruas da Holanda, em Berlim (...). “O nosso calçado está presente nas principais capitais europeias, o que deve ser motivo de orgulho. Pelo menos para mim é”. condições de trabalho nossos trabalhadores... tar dar-lhes meios para possam ter um nível de dutividade aceitável”.

aos tenque pro-

>GRUPO MITJAVILA

Empresa volta-se também para os moldes A Mitjavila foi constituída, em Portugal, no ano de 1988, sendo uma das unidades do grupo com o mesmo nome, fundado em França em 1970 e que se estendeu por diversos países da Europa, América e Ásia. É uma ‘PME Líder’ e ocupa a 62.ª posição do top das ‘100 +’. Na zona industrial de Nogueira do Cravo, a Mitjavila dedica-se à fabricação de produtos metálicos diversos, a que se associam muitos outros projetos em desenvolvimento ou já concretizados, como nos adianta o seu representante Luís Bastos: “Temos sempre novos projetos e um deles, que está ainda em fase de elaboração, é a fabricação

Luís Bastos da Mitjavila

de moldes. (…) Uma outra novidade, anunciada pelo próprio Sr. Mitjavila, é a ingressão aqui das novas áreas de negócio, ou seja, a partir deste ano, vamos instalar uma nova prensa e uma linha de lacagem totalmente automatizada, já com recurso aos mais altos meios para a poupança de energia, sendo uma produção limpa em termos ambientais”. Um outro desafio, ainda para 2014, “é a criação de uma linha nova de estampagem de alumínio, que não é muito usual em Portugal, país onde se usa mais o latão”, a que se junta a intenção, de acordo com este responsável da empresa, de certificar os procedi-

mentos e a produção. Suíça ‘abre-se’ à Mitjavila Se o mercado interno deixou de ser aliciante para esta empresa, tendo em conta sobretudo, as dificuldades por que passa o setor da construção, a nível externo a empresa tende a intensificar a sua presença. “Já estamos a exportar bastante para um país que, até há bem pouco tempo, não era muito comum, que é a Suíça, e, por outro lado, começámos a abordar os mercados angolanos e moçambicanos. A América do Sul, o Chile, as Caraíbas, o Canadá são outros dos países em que estamos a apostar”, informanos Luís Bastos.

A inovação é uma das outras ‘armas’ do sucesso deste grupo empresarial. Inovar conceitos e desenvolver novos produtos são palavras de ordem. Só em França, existem na Mitjavila quase duas dezenas de profissionais a trabalhar nesta área (I&D), pelo que a criação de patentes não deixa de ser uma prioridade, face à concorrência dos países asiáticos e de Leste, registando, anualmente, quase quatro dezenas de patentes. Por estas e por outros, Luís Bastos está convicto que “vamos melhorar. Sou otimista por natureza e penso que este ano vai ser uma importante ‘rampa de lançamento’ para 2015”, conclui.


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>Artur Vieira – Comércio e Fabricação de Componentes para Calçado, Ld.ª

Qualidade/preço e rapidez de entrega são chave do sucesso Na Zona Industrial de Moroiço, na Vila de Cucujães, situase a Artur Vieira – Comércio e Fabricação de Componentes para Calçado, Ld.ª, mais uma empresa que faz parte da lista das 100 maiores do concelho de Oliveira de Azeméis, ocupando a 65.ª posição. Iniciando-se no fabrico de solas pré-fabricadas em 1992, pela mão do seu atual proprietário e gerente, a Artur Vieira – Comércio e Fabricação de Componentes para Calçado, Ld.ª, nos seus primeiros meses de atividade, contava apenas com Artur Vieira para asse-

A ‘Artur Vieira’ tem na mira a conquista de novos mercados e, por conseguinte, o aumento das exportações...

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gurar a produção, a venda e a entrega dos produtos, sendo capaz, na altura, de produzir uma centena de pares de solas pré-fabricadas por dia para o mercado nacional. Entretanto, os anos passaram e, com o tempo, surgiu uma nova realidade, sendo que hoje em dia esta empresa oliveirense de renome dispõe de uma área de 2000 m2 e mais de 82 trabalhadores, tendo uma capacidade de produção de 6.000 pares de solas diários aproximadamente, muitos dos quais exportados, diretamente, para Itália, França, Alemanha, Holanda, Espanha, etc.. Tendo como objetivo primordial a satisfação dos seus clientes e, nesse sentido, apostando na qualidade/preço do produto e rapidez de entrega, a firma tem na mira a conquista de novos mercados e, por conseguinte, o aumento das exportações.

>Setor do calçado

Design e inovação à conquista do futuro O setor do calçado nacional apresenta algumas das empresas tecnologicamente mais avançadas do mundo e é um do grande exportador à escala global nos segmentos de alta qualidade. Portugal exporta, maioritariamente, calçado de couro e compete nos mercados internacionais com qualidade, design e inovação. Esses atributos são reconhecidos por figuras internacionais de relevo como Michelle Obama, a Princesa Letizia ou Pippa Middleton ou por publicações como a revista Forbes, que considera Portugal um dos melhores produtores mundiais de calçado. O cluster apostou na modernização tecnológica e na promoção internacional, fazendo da marca ‘Portuguese Shoes: Designed by the Future’ a sua bandeira nos mercados externos. Tecnologia, design e inovação são, hoje, a trilogia que deu origem a um calçado sofisticado e de grande qualidade para responder aos mais elevados padrões de consumo. É um dos ramos de atividade que mais subiu na cadeia de valor, oferecendo hoje alguns dos sapatos mais caros do mundo. PUB


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azeméis faz bem/100+

> Transportes Vidal C. Figueiredo

Estatuto ‘PME Excelência’ é aposta para o futuro Fundada em 1968, com apenas uma viatura pesada, a Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª conta, agora, passadas quatro décadas, com cerca de 40 veículos - a operarem não só em território nacional, mas também em toda a Europa - 50 funcionários e o estatuto ‘PME Líder’. Quanto ao futuro, há que continuar a trabalhar tendo em vista uma outra qualificação, a de ‘PME Excelência’. Esta situa-se no 68.º lugar do ‘nosso’ ranking. Foi no início da década de 90, mais concretamente em 1994, que esta empresa oliveirense, sedeada na freguesia de Macieira de Sarnes, deu o passo para a internacionalização, decisão que, apesar de, na altura, ter sido arrojada foi, na ótica dos seus responsáveis, a mais acertada! Senão vejamos: Em março de 2002 foram inauguradas as novas instalações, onde a Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª se encontra até aos dias de hoje e nas quais dispõe de oficina e serralharia para efetuar a manutenção preventiva e reparações diversas às viaturas - sem dúvida, uma mais-valia que

>Presente no mercado nacional há 45 anos e no internacional desde 1994

O que está por detrás do sucesso desta empresa oliveirense? A Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª está presente no mercado nacional há 45 anos e no internacional desde o início da década de 90. Para garantir eficácia, qualidade e total cumprimento dos prazos, esta empresa certificada, com sede na Rua dos Ingleses, em Macieira de Sarnes, conta com uma frota em constante renovação e pessoal altamente qualificado, além de controlo permanente lhe confere uma vantagem competitiva, uma vez que qualquer avaria é resolvida num menor espaço de tempo. Além disso, no mesmo local tem ainda de espaço coberto para armazenagem e todas as condições humanas e materiais para o fazer. Posto isso, o passo seguinte foi dado ao nível da organização interna: Com o apoio da ANTRAM - Associação Na­cio­nal de Transportado-

por GPS. Efetuando transportes de todo o tipo de mercadorias para toda a Europa e dispondo de logística e armazenagem próprias, tem, atualmente, cerca de 80% das suas viaturas a operarem no mercado internacional, essencialmente em regime de cargas completas, sendo que os seus principais clientes em termos de exportação são provenientes dos setores da cortiça, construção civil e indústria automóvel. Ao nível nacional, destaca-se a rota LisboaPorto, na qual a Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª tem viaturas, diariamente, em ambos os sentidos, podendo, assim, apresentar uma solução rápida.

res Públicos Rodoviários de Mercadorias, iniciou a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, contando, na sequência disso, com a certificação da BVQI (Bureau Veritas) desde 2004. Trata-se de um sistema que permite à Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª monitorizar, acompanhar e agir perante os problemas de forma a evitar a sua repetição, sempre com vista à plena sa-

tisfação do cliente! Atualmente, graças a uma metodologia de gestão sempre direcionada para a total satisfação das necessidades e expetativas dos clientes, esta empresa do concelho de Oliveira de Azeméis, com estatuto ‘PME Líder’ (atribuído pela primeira vez em 2010), quer cimentar a tradição de competência e seriedade que o seu nome usufrui, já há anos, no mercado.

Estatuto ‘PME Líder’ é sinónimo de “maior credibilidade” Por falar em estatuto ‘PME Líder’, este, segundo o site do IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação), “é um selo de reputação de empresas, criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores (…)”. (ver também pág. 08). Ora, tendo em atenção esta definição, no caso da Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª, analisando a sua experiência quotidiana, pode afirmar-se que “o estatuto nos confere maior credibilidade, tanto no que diz respeito à abordagem a novos clientes e fornecedores, como ainda na banca, o que se traduz numa maior facilidade de acesso ao crédito e em condições mais vantajosas”. Desafios futuros No que respeita ao futuro, a Transportes Vidal C. Figueiredo & C. Ld.ª espera consolidar a sua posição no mercado e retomar a renovação ativa da frota, que sempre foi uma das suas apostas. Mas não vai quedar-se por aqui, uma vez que está ainda em vias de diversificar os serviços, saindo da alçada da carga geral, para cobrir necessidades especiais de transporte, como, por exemplo, com um camião grua com capacidade de 14 toneladas. Deste modo, “pretendemos continuar a merecer a confiança dos nossos clientes habituais, alguns deles fidelizados há décadas, e ainda poder angariar novos parceiros, a montante e a jusante, para crescermos em conjunto”. Deste modo, “quem sabe se poderemos merecer o selo de PME Excelência e ver reconhecido o nosso sucesso”. PUB


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Terça-feira, 29 de julho de 2014

>CHETOCORPORATION

>A PROPÓSITO DA REINDUSTRIALIZAÇÃO

A paixão diária pelo trabalho inovador

Planeamento rigoroso é imprescindível

A fabricação de máquinas diversas para uso específico é a área de atividade da Chetocorporation, constituída em 2009. Ocupa o 88.º lugar do ‘nosso’ top das ‘maiores’ empresas de Azeméis. O percurso dos atuais quatro sócios da Chetocorporation revela uma “experiência acumulada”, como corrobora um deles, que permitiu um salto qualitativo em termos profissionais. Carlos Teixeira explica-nos que a sua carreira profissional passou pela formação no Cenfim, o ‘trampolim’ para a integração posterior numa indústria de moldes. O crescimento verificado nos últimos anos, pela Chetocorporation, integra esse background, que permitiu desenvolver uma máquina que “tem uma especial aplicação na indústria dos moldes para a injeção de plástico”. Esta possibilita a otimização dos tempos ao nível dos circuitos de refrigeração e complementa uma série de multifunções ligada à maquinação do aço, que é fundamental para o cluster. “Neste momen-

Carlos Teixeira, um dos responsáveis da Chetocorporation.

to temos talvez três ou quatro concorrentes a nível mundial, ou seja, estamos na linha da frente. Em Portugal somos de facto os únicos a fazer este tipo de equipamentos”. Em 2012, esta empresa sediada na freguesia de Santiago de Riba-Ul exportou 99% da sua produção (China, Índia, Itália, Canadá, Espanha, etc.), enquanto, no ano passado, uma boa

parte do destino dos seus equipamentos regressou o mercado nacional, graças à retoma do setor dos moldes. Todavia a exportação continua a ser a grande aposta. Importa reter, ainda, que recentemente a Chetocorporation foi alvo de “uma primeira abordagem do setor do óleo e do petróleo, porque o nosso tipo de equipamentos tanto

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fura aço para moldes como outras ligas especiais. E, neste momento, andamos a fazer ensaios em ligas de aço, com muito valor acrescentado, do que esperamos tirar partido”. Um futuro que se revela promissor até porque, como defende Carlos Teixeira, a máxima seguida é: “Se queres deixar de trabalhar, apaixona-te por aquilo que fazes”.

Sobre o tema de reindustrialização, Carlos Teixeira introduz: “Quando falamos em reindustrialização temos de analisar a indústria sob duas vertentes: como um todo ou a indústria por setores. A questão é que temos alguns setores na indústria que não estão minimamente desenvolvidos e nunca vão estar, ou seja, apresentam-se com pouca representatividade no nosso núcleo industrial”. E completa: “Obviamente que quando vejo a indústria vejo a transformação; mas na transformação vejo sempre o acrescentar valor na cadeia, isto é, olharmos para os processos. Neste contexto, acredito que, por exemplo ,a indústria dos moldes adaptouse, ajustou-se, porque percebeu que o tinha de fazer e com com planeamento ajustado e rigoroso”. Até porque “a competividade parte muito da disciplina dos próprios gestores, da formação (...)”.

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> FLUIDOTRONICA  EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

Empresa comemora dez anos Neste momento a celebrar dez anos de história, a Fluidotronica – Equipamentos Industriais, Ld.ª iniciou atividade com apenas três pessoas, contabilizando hoje 35 colaboradores. Também atualmente conta com dois estatutos: O de ‘PME Líder’ e o de ‘PME Excelência’. Também surge em 94.ª posição do ranking das ‘100+’, que divulgamos neste trabalho. Não faltam, pois, motivos de orgulho para os seus sócios-gerentes. Nascida com o objetivo de comercializar produtos de automação industrial, que dessem resposta às necessidades da indústria, com o passar do tempo, a comercialização deixou de ser suficiente e, rapidamente, esta empresa sedeada na Zona Industrial de Oliveira de Azeméis viu-se impelida a oferecer não só o produto, mas a solução global de automação, sempre numa atitude de parceria. E, nesse sentido, põe ao dispor serviços que vão desde o estudo do processo, desenvolvimento de projetos mecânicos e elétricos, maquinação, programação e eletrificação, montagem final e testes – a chamada solução ‘chave na mão’ -, levando a que os seus técnicos dominem áreas e diferentes tecnologias, tais

>HÉLDER SILVA DEFENDE:

“Reindustrialização é necessária”

Hélder Silva, um dos sócios-gerentes da Fluidotronica

como: pneumática, vácuo, perfis de alumínio, alimentação e seleção automática, mesas de indexagem, tecnologia linear, movimentação e manipulação, mãos presas, processos de furação, roscagem, corte e aparafusamento, robótica, entre outras. Hoje com dez anos de história e dispondo e dominando poderosas ferramentas de projeto mecânico, elétrico e de programação e ainda de autómatos/robôs, a Fluidotronica é um nome de referência nacional e internacional, tendo já sido reconhecida, por mais de uma vez, com os estatutos ‘PME Líder’ (desde 2010) e ‘PME Excelência’ (nos últimos dois anos). Hélder Silva – jovem empresário que, juntamente com Luís Silva e Mário Sousa, fundou a Fluidotronica - falanos, orgulhosamente, destas distinções atribuídas pelo IAPMEI, em parceria com o Turismo de Portugal e dos

principais bancos a operar no mercado, e do que está por detrás “deste nosso crescimento sustentado ao longo dos anos”, que permitiu, por exemplo, obter, no ano transato, “uma faturação a rondar os três milhões de euros, dos quais cerca de 750 mil são já exportação [para países como, por exemplo, Espanha, França, República Checa, Polónia]”. “Todos os anos, temos procurado evoluir (…). Mesmo que não o façamos em termos de faturação, estamos, pelo menos, a fazê-lo ao nível da equipa, da qualidade do serviço que apresentamos, estando convencidos que a qualidade percecionada pelos nossos clientes é muito boa e que é isso que nos permite andar para a frente”, afirmou o engenheiro, acrescentando os valores que norteiam a Fluidotronica, que, dadas as solicitações atuais, tem-se focado mais nas indústrias auto-

móvel e de plásticos: Inovação e ambição (ser o melhor no setor em que atua); integridade e transparência (em todas as relações); rigor e compromisso (em todos os projetos); e muita paixão. “Só assim podemos levar os projetos a avante e ter um bom posicionamento, que nos permite ter clientes desde pequenas empresas (empresas familiares) até multinacionais, presentes em vários países. Temos muito orgulho de trabalhar com clientes de referência do concelho, como os grupos Polisport e Simoldes, e com outros que são multinacionais, como a Gestamp, a Faurecia, etc.”. Novas instalações e novos mercados em vista Relativamente a desafios, Hélder Silva adianta-nos que, “neste momento, temos uma nave na Zona Industrial de Oliveira de Azeméis”. Mas não se vão quedar por aqui,

Falando do futuro, Hélder Silva defende que a “reindustrialização [de Portugal e da Europa] é necessária”. Sendo o mercado “cada vez mais competitivo”, para este sócio-gerente da Fluidotronica – Equipamentos Industriais, Ld.ª, “exportar apenas não chega”, devendo, na sua ótica, as empresas “melhorarem os seus índices de produtividade e acrescentarem valor ao que produzem”. “Além disso - prossegue o empresário - também deverá haver uma maisvalia em termos de incorporação, tecnologia e conhecimento, que se tem perdido (…). Este, sim, é o segredo, que garantirá o sucesso”. visto que, “para proporcionar aos colaboradores melhores condições de trabalho e também para abraçar outros desafios, temos em construção na Zona Industrial de Ouriçosa [Ul] uma nave com 3700 m2 de área coberta, que nos vai permitir alcançar outros ‘voos’”. Ainda como planos a concretizar futuramente, referiu “a certificação do nosso sistema de gestão de qualidade e a implementação de sistemas de gestão ambiental e segurança”, bem como a consolidação da internacionalização, através da conquista de mercados da América Latina.

Foto de Arquivo

>EMPRESA DE VALORIZAÇÃO DE ALUMÍNIOS

EVA II também no ranking das 100 maiores do concelho Sedeada na Rua da Indústria, na Vila de Nogueira do Cravo, no concelho de Oliveira de Azeméis, a EVA II - Empresa de Valorização de Alumínios S.A. produz ligas de alumínio, comercializando-as quer no mercado interno, quer no externo, sendo que em relação a este último as exportações para Espanha representam uma “fatia significativa”.

Falamos de diversos tipos de ligas, segundas as normas de referência, entre as quais: EN AC 42000; EN AC 47000; EN AC 47100; EN AC 43300; EN AC 43400; EN AC 44100; EN AC 46000; EN AC 46500; EN AC 45000. Mas, para além destas, a empresa oliveirense com um capital social de 200.000 euros também se dedica à produção de

outras ligas segundo especificação do cliente. Criada há 14 anos, esta indústria de fundição e comércio de metais não ferrosos, que ocupa o 74.º lugar no ranking das 100 maiores empresas do concelho, é administrada por José Fernandes e Eva Raquel Teixeira. Presentemente, conta com mais de uma dezena de trabalhadores.

José Fernandes, administrador da EVA II


AZEMÉIS FAZ BEM/100+ > CLÍNICA MÉDICA DR. JOSÉ BELMIRO

>UMA CLÍNICA AO SEU DISPOR

Uma PME com verdadeiro espírito de liderança A Clínica Médica Dr. José Belmiro é uma ‘PME Líder’ e a maior, pelo menos a nível regional, no que ao seu core business (estomatologia) diz respeito. O seu administrador encara esta distinção como “um prémio pelos meus anos de trabalho”. Na sua página online (clinicadrjosebelmiro.com) podem ler-se, logo a abrir, os princípios que norteiam a atividade da Clínica Médica Dr. José Belmiro: “Desde o início que a nossa filosofia, enquanto empresa, passa pela prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade a preços acessíveis ao público, o que implica uma gestão muito rigorosa, para além de uma relação de grande proximidade junto de todos os profissionais de saúde que connosco colaboram. Entendemos que a área da saúde deve ser personalizada, ou seja, cada paciente deve ser uma pessoa e não um simples número. A medicina, para nós, não é um negócio; queremos construir uma relação afetiva com o doente. Para nós cada cliente é um amigo”. Estes e outros conceitos são já bem conhecidos do público, que faz desta uma das maiores clínicas a nível do distrito de Aveiro e, eventualmente, mesmo de âmbito nacional, em termos do seu core business - estomatologia / medicina dentária. Mais de 30 pessoas ao serviço Com sede em Oliveira de Azeméis atualmente (edifício Camões), tudo começou em S. João da Madeira, com a aquisição, por parte de José Belmiro Costa, de uma clínica, após ter deixado de lecionar no ensino superior. O seu dinamismo e entusiasmo, associado à obtenção de “um sucesso francamente rápido”, levou este médico especialista a abrir ‘mais portas’: Em 1993, a filial em Ovar, e, em finais da década de 90 (1999), a clínica de S. Roque. “Obviamente que eu não teria capacidades físicas de suportar as quatro clinicas pelo que fomos contratando médicos, em regime de prestação de serviços e mais funcionários; hoje,entre médicos, assistentes e auxiliares, somos mais de três dezenas de pessoas e continuamos com um crescimento muito razoável mesmo face às circunstâncias conjunturais”, adianta-nos José Belmiro. Uma aposta que valeu a pena, como nos reconhece: “Naturalmente concentreime mais em Oliveira de Azeméis, onde está a sede da empresa. Porém, valeu a pena em todas, porque a minha equipa de médicos assistentes está preparada para seguir os preceitos que institui,

José Belmiro Costa, administrador da Clínica

como a estratégia para que tudo funcione bem e com qualidade. Uma qualidade que é muito diferente do ‘conforme’ nos setores primário e terciário, pois é muito importante que obtenha o input positivo, sobretudo por parte dos pacientes”. Concorrência desenfreada na medicina dentária /estomatologia Por enquanto, a Clínica Médica Dr. José Belmiro ainda não sentiu a ‘crise’ pelo menos de forma significativa. O problema coloca-se mais ao nível da concorrência, que no âmbito da medicina dentária, chega mesmo a ser ‘desleal’. E é já o administrador que nos explica este ‘fenómeno’: “Se, por um lado, há uma quebra do dinheiro disponível, por outro temos um ‘ataque’ muito maior à nossa empresa. Este resulta da concorrência desmesurada, especialmente no que respeita ao nosso core business. Já não bastavam os próprios consultórios - que têm a sua matriz de prestação de serviços nesta área – poderem fornecer esses mesmos serviços, para agravar tudo quanto são policlínicas, hospitais privados, centros de enfermagem, de fisioterapia, de reabilitação, acabam também por o fazer numa tentativa de busca de mais-valias que, depois, são diminutas, visto que a nossa especialidade requer investimentos bastante grandes. Este tipo de concorrência dissemina completamente a prestação dos serviços médicos dentários no nosso distrito”. Para José Belmiro, “se há setor da medicina privada que tem muita concorrência é inequivocamente o da estomatologia. Aqui tenho que fazer algumas críticas à tutela dos últimos governos, pois, não sendo um mercado-tipico de oferta/procura, está a funcionar com excesso de médicos. (…) Esta concorrência no setor da saúde – prossegue - nem sempre é benéfica para o

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Especialidades e acordos

consumidor. O excesso de prestadores faz com que, por vezes, se empolguem atos médicos, como por exemplo diminuindo os preços e aumentando o número de consultas”. A noção que o profissional tem desta realidade vem-lhe exatamente da experiência diária: “Verificamos este excesso e as práticas ‘menos deontológicas’ com a procura que temos por parte de pacientes que vêm de outras clínicas [com queixas]; essa é a nossa grande fonte de subsistência de momento, que substitui os pacientes que vamos perdendo por diminuição do poder de compra [‘crise’]”.

Para além da estomatologia e medicina dentária (com todas as suas vertentes), a Clínica Médica Dr. José Belmiro possui uma série de outras especialidades, como Psiquiatria / Doenças Nervosas, Fisioterapia, Ortopedia, Cirurgia, Ginecologia, Alergologia /Doenças Alérgicas, Clínica Geral /Medicina Interna, entre outras. Esta unidade tem acordos com uma série de empresas e instituições, nomeadamente Multicare, Caixa Geral de Depósitos, Advance Care, Médis, Unimed, Montepio, câmaras Municipais de São João da Madeira e de Oliveira de Azeméis, SAMS, SAMS Quadros, Lactogal, PT/CTT, Aerosoles, EDP, Ruberplás, Grupo Sonae, Pingo Doce/ Feira Nova, Modelo/ Continente, Trecar, Yasaky-Saltano, Faurécia, Pacientes ADSE.

“Recompensa afetiva” A Clínica Médica Dr. José Belmiro conquistou, já há algum tempo, o estatuto de ‘PME Líder’. É com alguma humildade que o médico especialista encara este ‘feito’: “Como posteriormente verifiquei, já preenchíamos os requisitos há muito. Primeiro em termos de dimensão, o que não é fácil em termos de estomatologia: só nessa especialidade temos 12 médicos, creio mesmo que lideramos a nível regional (distrito) e,

eventualmente, no país. Somos também líderes no número de pacientes e – eu sinto - somos líderes no serviço que prestamos, na prestação de cuidados de saúde em ambulatório”. Para este profissional da área da saúde, que enfrenta a vida com uma verdadeira filosofia de liderança, este galardão é “uma recompensa afetiva, uma mais-valia em termos de imagem e um prémio pelos meus anos de trabalho”.

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CONSTRUÇÃO CIVIL> 38 MIL MILHÕES PARA REABILITAR PARQUE

Há um défice de habitações

Um estudo encomendado pela Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI) conclui que há défice e não excesso de habitações. Retirando as segundas habitações (um milhão), os alojamentos turísticos e as habitações degradadas, o parque habitacional reduz-se a 3,9 milhões, conduzindo a um défice de 102 mil face ao universo de famílias. Segundo o estudo, um quarto do parque habitacional (1,5 milhões de casas) precisa de obras, existindo 126 mil a exigir uma reabilitação profunda por ameaçarem ruína ou a segurança pública. A equipa responsável pelo estudo assegura que o investimento para a recuperação do parque degradado exige 38 mil milhões de euros. O trabalho realizado por uma equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foi apresentado no Porto, no passado dia 04 de julho, durante a conferência a ‘Reabilitação Urbana em Portugal-Presente e Futuro’.

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>COBERMASTER  INDÚSTRIA TRANSFORMADORA METÁLICA

Uma ‘líder’ na ‘inovação’ A Cobermaster encontra-se entre as ‘PME Líder’ e conquistou, igualmente, um lugar na Rede PME Inovação da COTEC, que visa premiar as empresas mais inovadores do país. Dedicada à fabricação de estruturas de construções metálicas, 95% do que produziu, em 2013, foi para a exportação, conforme nos informa o seu responsável, Frederico Albergaria. A responsabilidade social não foi esquecida e, através de um projeto inédito de sua autoria,

Frederico Albergaria, administrador da Cobesmater.

que reúne cerca de 30 fabricantes nacionais de produtos complementares aos seus, numa plataforma online são postas

à venda cerca de cinco mil referências de equipamento para a indústria da construção civil. Por cada produto comprado

via internet, 1% do valor reverte a favor de dez instituições de solidariedade social, “que previamente escolhemos através de concurso”. Entre elas, constam a Abraço, a Acreditar, a Cáritas, a Associação Portuguesa de Deficientes (APD), a Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares (APN), a Casa do Caminho, a Casa da Criança de Tires, a Associação de Doentes com Lupus, a Mão Amiga e a Associação Nacional de Combate à Pobreza. O investimento feito (cerca de 70 mil euros) nesta plataforma digital tem tido o seu retorno, conforme reconhece o administrador da Cobermaster, Frederico Albergaria. PUB


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>ESTORES RIBSOL  J. J. RIBEIRO

“Só há uma solução: Trabalhar...” Começando “do zero” em 1968, a J.J. Ribeiro & C.ª, Ld.ª é, atualmente, reconhecida como uma das empresas líder (‘PME Líder’), a nível nacional, na área de estores e persianas. José Ribeiro mostra-se orgulhoso dos 45 anos desta empresa familiar, de que é sócio-gerente e que, com muito trabalho, passou da simples colocação para a fabricação de estores e acessórios, levando a um profundo aumento da sua competitividade e crescimento no mercado.

Sedeada, desde 1994, na Zona Industrial das Cavadas, em Cucujães, a J.J. Ribeiro tem desenvolvido uma intensa atividade de acompanhamento das suas mudanças e de atualização em relação às suas necessidades. No que respeita a produtos, são vários. Falamos, por exemplo, de brisa solar, quebra-sol, estores rolo blackouts, estores rolo screens, estores rolo translúcido, estores alumínio térmico e estores alumínio extrudido.

Já em relação aos serviços que presta, são: Colocação e montagem de todo o tipo de estores; reparação de qualquer tipo de produto fabricado pela empresa; injeção de peças em plástico; corte de chapa em banda; corte de chapa quinagem; lacagem de ferro e alumínio; apoio à José Ribeiro, administrador da J.J. Ribeiro construção, com planeamento total da obra na área dos estores e deslocação para orçamentação. A propósito da crise, José da crise, só há uma solução: do sucesso dos Estores Ribsol, Ribeiro tem uma opinião Trabalhar, trabalhar, traba- com mais de quatro décadas muito própria: “Para se sair lhar”. Este é, aliás, o segredo de história.

>EMPRESA DE CALÇADO FERREIRA&CORREIA

Estatuto ‘PME Líder’ é “fruto de muito trabalho, muita luta” Contando já com meio século de história, a Ferreira e Correia, Ld.ª é, hoje, uma das ‘PME Líder’ do concelho de Oliveira de Azeméis. Estatuto que, para a empresária Fátima Ferreira, “é um orgulho, fruto de muito trabalho, muita luta”. Iniciada pelo pai de Fátima Ferreira juntamente com um sócio e, depois, passando deste último para a mãe, ficando a ser propriedade

apenas do casal, esta empresa familiar localizada em Rebordões, Cucujães, teve, ao longo destes 50 anos, “os seus altos e baixos”, como tantas outras, mas nunca deixou de ser “sólida”. Atualmente, sob alçada dos filhos do fundador, a Ferreira e Correia, Ld.ª conta com cerca de duas dezenas de funcionários, exportando para a França e a Suécia (para este último país em maior escala).

>PRÓXIMO QUADRO COMUNITÁRIO DE APOIO

Aliás, segundo Fátima Ferreira, “se não fosse a exportação não teríamos hipótese”, visto que apenas 10% do que é produzido pela firma tem como destino o mercado nacional. A título de curiosidade, registe-se, por exemplo, que, “em 2011, as vendas aproximaram-se de um milhão e 500 mil euros, e que, no ano seguinte, ultrapassaram um pouco este valor”.

Fátima Ferreira, administradora da Ferreira&Correia

Foto de Arquivo

Azeméis estuda candidaturas ao ‘Portugal 2020’ O futuro Quadro Comunitário 2014-2020 está já a ser preparado na região de Entre Douro e Vouga, através da avaliação da realidade dos cinco municípios que a constituem (Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Vale de Cambra e Arouca), da qual resultará um plano de ação no âmbito do acesso aos fundos comunitários. O estudo começou a ser realizado o ano passado, por uma técnica ligada à Associação de Municípios de Terras

de Santa Maria (AMTSM), que visitou uma série de equipamentos e infraestruturas de Oliveira de Azeméis, ligadas aos setores da indústria, lazer e ambiente. Além do Parque Temático Molinológico de Ul e do Hotel Rural Vale do Rio, esta responsável técnica esteve nas obras da Área de Acolhimento Empresarial de Ul-Loureiro, a empresa Simoldes e as instalações do empresário e estilista Luís Onofre. “Temos de ter uma ideia

Em março, teve lugar no Europarque, um seminário para definir plano estratégico do Entre Douro e Vouga até 2020

das principais linhas de investimento ao nível dos cinco municípios [Azeméis, Feira, SJ Madeira, V. Cambra e Arouca] e das ações que possam

ser desenvolvidas em comum, numa perspetiva supramunicipal”, afirmou então no final das visitas, prevendo-se um primeiro esboço “de como

os fundos devem ser organizados e o que é que deve ser concentrado para o subterritório da Área Metropolitana do Porto”.


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>‘ESTRATÉGIA PARA O CRESCIMENTO, EMPREGO E FOMENTO INDUSTRIAL PARA 20132020’

O caminho da reindustrialização Na reunião extraordinária do Conselho de Ministros de 23 de abril do ano passado, o Governo aprovou a criação da ‘Estratégia para o crescimento, emprego e fomento industrial para 2013-2020’, “um programa que se propõe relançar o país numa trajetória de crescimento sustentável” e que passa pela propalada “reindustrialização”.

Zona Industrial de Oliveira de Azeméis/Santiago de Riba-Ul

compromisso de pôr em prática uma estratégia destinada a promover a reindustrialização de Portugal, centrada na competitividade e na subida na cadeia de valor da produção nacional, tendo em vista o reforço das exportações”, pode “Considerando a necessida- ler-se no comunicado avançade de promover o crescimento do após a reunião do Conselho económico sustentável, assen- de Ministros de abril de 2013. te no aumento das exporta- De acordo com o mesmo, “a ções, no investimento privado política económica nacional e na valorização dos recursos tem sido reorientada para a humanos, o XIX Governo redução das barreiras ao inConstitucional assumiu o vestimento empresarial e para

a redução das dificuldades de financiamento sentidas pelas empresas, em particular pelas pequenas e médias empresas (PME), num contexto de ajustamento estrutural”. Assim, tendo em conta que ao Estado “compete facilitar e potenciar a ação privada nestes domínios”, o Conselho de Ministros aprovou, então, a proposta para a ‘Estratégia para o crescimento, emprego e fomento industrial 2013-2020’, programa elaborado com o envolvimento de entidades de re-

ferência dos diversos setores da economia, “que se propõe contribuir decisivamente para relançar o país numa trajetória de crescimento sustentável, em especial nos setores de produção de bens e serviços transacionáveis”. Entre as principais preocupações, encontram-se oito eixos de atuação: Qualificação, educação e formação; Financiamento; Consolidação e revitalização do tecido empresarial; Promoção do investimento; Competitividade fiscal; Internacionalização; Inovação e empreendedorismo; Infraestruturas logísticas - e as principais medidas concretas a implementar em seu desenvolvimento.

dos nossos dias e à economia que a sustenta, que se analisem e salientem fatores primordiais que a própria reindustrialização deve ter em linha de conta para se tornar eficaz nesta estratégia governamental. Para pôr em prática o crescimento, o emprego e o fomento industrial que se pretende, há que identificar concretamente os setores prioritários em é necessário mais ‘investimento’, nomeadamente em I&D, tecnologias e equipamentos, mercados externos e cooperação internacional. Também a aposta na qualificação/formação dos recursos humanos (prevista na estratégia XIX Governo Constitucional) deve ser devidamente conA não esquecer… certada com as necessidades do Muitos são os que defendem, tecido empresarial da respetiva efetivamente, a necessidade região-alvo. desta estratégia e do seu naEstas são apenas algumas tural desenvolvimento, como das conclusões a que chegamos, suporte à reindustrialização após a auscultação das numeda economia portuguesa e à rosas opiniões dos agentes criação de soluções para a sua político-económicos e sociais, revitalização e recuperação. No que deixamos neste trabalho… entanto, importa ressalvar ser sempre convictos que ‘Azeméis imprescindível, à sociedade faz bem’. PUB

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