Este suplemento é parte integrante da edição n.º 4705 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.
Freguesia
19 Freguesias UM Coração
S. ROQUE
Desenvolver a Identidade das Freguesias
André Pinho, Mister Simpatia
Juliana Matos e Marcelo Santos foram eleitos Miss e Mister S. Roque
Jéssica Xará, Miss Fotogenia
Hugo Pinho, Mister Fotogenia
Marcelo Santos, Mister S. Roque e Mister Popularidade
Maria João Soares, Miss Simpatia
Juliana Matos, Miss S. Roque e Miss Popularidade
Beatriz Silva, concorrente
Diana Raquel, concorrente
Viviana Henriques, candidata
Eduardo Iglesias e Isabela Santos, os apresentadores da eleição
> JULIANA MATOS E MARCELO SANTOS FORAM ELEITOS MISS E MISTER S. ROQUE
Talento pisou a passadeira vermelha Correio de Azeméis e pela rádio Azeméis FM. Seis raparigas e três rapazes, alvo de uma pré-seleção por técnicos da especialidade, Juliana Matos e Marcelo San- mostraram os seus talentos na tos conquistaram o coração do passadeira vermelha do auditório júri e vão representar S. Roque da Junta de Freguesia. No final da na final Miss e Mister Azeméis. noite, os jurados acabaram por Nove jovens participaram na coroar Juliana Matos e Marcelo eleição Miss e Mister S. Roque, Santos como Miss e Mister S. Roque encheu o auditório da Junta que. “Não estava à espera, ainda não de Freguesia. S. Roque foi a sexta freguesia a acredito que ganhei”, revelou, no acolher a iniciativa ‘19 Freguesias, fim do desfile, Juliana Matos, uma Um coração’, desenvolvida pelo estreante na passadeira vermelha TEXTO: FILIPA GOMES FOTOGRAFIA: RICARDO ESPARRINHA
que arrebatou ainda o título de Miss Popularidade. Apesar de ter sentido algum nervosismo, a jovem, que considera um futuro na área do ensino, considerou a experiência “muito interessante” e prometeu partir “descontraída” mas com vontade de representar a freguesia na final Miss e Mister Azeméis. Marcelo Santos também se estreou na passerelle e além de ser eleito representante de S. Roque, arrebatou ainda o título de Mister Popularidade. “Gostei muito da experiência, estão todos de para-
béns”, realçou o ponta de lança do Feirense que aspira uma carreira futebolística. Marcelo Santos prometeu estar preparado para a final e recomendou a outros jovens que participem nesta experiência.
Evento foi um sucesso O DJ Rolando animou o desfile, que teve como apresentadores Isabela Santos e Eduardo Iglesias. O evento foi um sucesso graças à equipa do Correio de Azeméis/Azeméis FM, sem esquecer o importante contributo da equipa de scouting,
formada por Rafaela Coelho, Leonardo Barbosa e Sílvia Valente, que ajudou a abordar jovens para a participação nesta eleição. A organização agradeceu a todos aos concorrentes, ao público, à Junta de Freguesia de S. Roque, aos artistas convidados e a todos os patrocinadores do evento, nomeadamente ao Cabeleireiro Danny Hairstylist e Bruna Estética, que ajudaram a preparar os concorrentes, e ainda ao Restaurante D. Manuel, pelos prémios cedidos aos concorrentes. PUB
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19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> EVENTO DISTINGUIU FOTOGENIA, SIMPATIA E POPULARIDADE
Eleição de “excelência” antevê grande final Além de eleger os representantes da freguesia de S. Roque para a final Miss e Mister Azeméis, a eliminatória serviu para galardoar outras qualidades dos nove concorrentes. FOTOGRAFIA: RICARDO ESPARRINHA
O evento distinguiu ainda outras qualidades dos nove concorrentes que se apresentaram na passadeira vermelha: simpatia, fotogenia e popularidade. A Miss e o Mister Simpatia foram escolhidos pelos próprios canMaria João Soares e Hugo didatos, que elegeram Jessica Xará e Pinho, Miss e Mister Fotogenia André Pinho. Já na categoria Miss e Mister Fotogenia, os segundos mais votados pelos jurados, venceram Matos e Marcelo Santos como Miss Maria João Soares e Hugo Pinho. O e Mister Popularidade. público votou em concordância com Isabela Santos, embaixadora do o painel do júri, elegendo Juliana concurso e natural de S. Roque, con-
Juliana Matos, Miss Popularidade, Isabela Santos, embaixadora do concurso, e Marcelo Santos Mister Popularidade
fessou-se “emocionada” no final da noite, salientando que esta foi uma eleição muito equilibrada. “Atingimos um nível de excelência, todos
> ELEIÇÃO ANIMADA COM MOMENTOS MUSICAIS
Artistas animaram o evento
Basílio, Ferreira e Junqueira trouxeram sonoridades de música popular que provocaram gargalhadas
Para animar o evento, vários artistas do concelho subiram ao palco para protagonizar momentos musicais que aqueceram o auditório da Junta de Freguesia de S. Roque. O duo composto por Marta e
Marta e Miguel arrancaram fortes aplausos do público
Miguel encheu de vida o auditório da Junta de Freguesia de S. Roque, ao trazer um reportório de música contemporânea, que arrancou fortes aplausos da assistência. Noutro registo, o trio constituído por Ba-
sílio, Ferreira e Junqueira trouxe na bagagem acordes de música popular e algum improviso, protagonizando uma atuação que fez soltar gargalhadas no auditório, espalhando boa disposição.
Jessica Xará e André Pinho, Miss e Mister Simpatia
mereciam ganhar e devem estar orgulhosos. Esta foi, para mim, a freguesia com candidatos mais bem preparados”, sublinhou a em-
baixadora do concurso, que sente que o nível dos candidatos tem aumentado de freguesia para freguesia e que o concurso caminha para uma “grande final”. A jovem sanroquense, que no ano passado arrebatou o título de Miss European Princess Portugal, continua a trilhar um percurso de sucesso. Isabela Santos admitiu já ter saudades de pisar a passerelle como Miss, mas adiantou que este ano fará uma pausa para se preparar para um grande concurso em 2018. Amaro Simões, presidente da Junta de Freguesia de S. Roque, elogiou a iniciativa por mostrar os valores da freguesia e envolver a população, reforçando a qualidade dos jovens sanroquenses que se apresentaram na eleição. “Estão todos de parabéns”, afirmou o autarca, que entregou prémios cedidos pelo restaurante D. Manuel aos vencedores.
Correio de Azeméis entregou donativo à Estrelinha Inês
Durante o evento, Eduardo Costa, sub-diretor do Correio de Azeméis e diretor da Azeméis FM, entregou um donativo no valor de 500€ à Estrelinha Inês e aos pais. Natural de S. Roque, a Inês tem dois anos e trava uma luta diária com o síndrome de Alagille, uma doença genética rara que afeta o fígado e o coração. “Só temos de agradecer ao sr. Eduardo Costa pelas suas palavras, pelo seu apoio, por toda a divulgação da história de vida da Inês, pelo seu donativo”, agradeceram os pais na página do Facebook ‘Juntos pela Estrelinha Inês’. PUB
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO > EXECUTIVO ATENTO ÀS NECESSIDADES SOCIAIS
“S. Roque é uma freguesia solidária” Há mais de 20 anos nos comandos da freguesia de S. Roque, Amaro Simões olha com especial preocupação para a área social, um campo que tem despertado o espírito solidário dos sanroquenses. O apoio a famílias vítimas de cancro é uma das apostas mais recentes da Junta de Freguesia. FILIPA GOMES
Natural de Guimarães, Amaro Simões encontrou na freguesia de S. Roque uma terra que o soube “acolher” e à qual, durante mais de 20 anos, dedicou a sua vida enquanto autarca. Olhando para os anos de governação passados, o presidente da Junta de Freguesia faz um balanço positivo e destaca a criação de infraestruturas e a melhoria de vários equipamentos e da rede viária. “Quando concorri pela primeira vez nem uma pré-escola tínhamos, nem estradas pavimentadas ou um metro de saneamento”, recorda. No centro das preocupações do executivo têm estado as carências sociais da comunidade sanroquense. As várias iniciativas desenvolvidas, como passeios, convívios e almoços, servem não só para angariar verbas para ajudar quem mais precisa, mas também para promover o convívio e partilha e combater a solidão. Além destes eventos, a Junta de Freguesia tem ainda a valência
Amaro Simões lidera a freguesia de S. Roque há mais de 20 anos
O berço do vidro S. Roque orgulha-se de ter sido a primeira terra a fabricar vidro em Portugal, na Quinta do Côvo. De facto, ali nasceu, no século XV, a unidade industrial vidreira mais importante do país - A Fábrica do Côvo. Amaro Simões explica que o fabrico de vidro se alastrou depois para Bustelo e restante município, acabando por desaparecer mais tarde. Para manter vivo o património na mente dos sanroquenses, o executivo criou um pequeno museu há cerca de 20 anos. “Está numa sala a que chamamos Prof. Alfredo Rebelo’ e que é digna de ser vista pelas escolas e associações. É um património histórico que prometemos não perder”, salienta.
de “ajuda na hora”. “Às vezes são ajudas alimentares, mas também emprestamos dinheiro a pessoas que estão em situações muito difíceis. As pessoas pagam as suas dívidas e satisfazem as suas necessidades e assim que tiverem a possibilidade devolvem o dinheiro”, explica. Ultimamente, têm também sido levados a cabo almoços e jantares convívio com o objetivo de angariar fundos para famílias da freguesia vítimas de cancro. “Os tratamentos de cancro são gratuitos, mas as deslocações e as horas que as famílias perdem e em que deixam de trabalhar também custam e esta ajuda vai no sentido de aliviar este esforço financeiro. As verbas são relativamente pequenas, mas as pessoas sentem que a comunidade lhes estende a mão e sentem-se apoiadas. S. Roque é uma freguesia solidária”, considera.
Uma freguesia sábia na ‘arte’ de acolher Com um movimento associativo que tem trabalhado no sentido de “dar vida à freguesia”, Amaro Simões não esquece que algumas coletividades de nível concelhio e distrital escolhem S. Roque para se fixar, o que espelha bem a arte de bem receber desta freguesia. “É uma terra de acolhimento, muitas pessoas que aqui trabalham e dirigem associações não são de cá, mas decidem vir para cá porque olham para S. Roque como uma terra de oportunidades e socialmente equilibrada”, explica.
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Freguesia precisa de “novo dinamismo” Isabel Barbosa, secretária da Assembleia de Freguesia de S. Roque, acredita que as autarquias locais têm um papel fundamental na promoção da cultura e na aproximação dos jovens à freguesia. “Estamos na altura de criar um novo dinamismo em S. Roque e nas freguesias de Oliveira de Azeméis. Para isso é preciso descentralizar a oferta cultural e aumentar os horários dos transportes públicos para que os jovens e menos jovens possam circular”, afirma. Nesse sentido, a secretária acredita que as autarquias, as escolas e as coletividades têm uma função importante a desempenhar, na dinamização de atividades culturais e na criação de condições para a fixação de jovens. No futuro, Isabel Barbosa espera que os “jovens se mantenham em S. Roque”, uma ambição “fundamental para que a comunidade continue a crescer”.
“S. Roque evoluiu muito” Teresa Xará, ex-presidente da Junta de Freguesia e atual membro de Assembleia de Freguesia, acompanhou Amaro Simões ao longo dos vários anos de governação e lembra um percurso difícil, mas gratificante. “Foi muito doloroso, mas candidatámo-nos com o objetivo de fazer mais por S. Roque. Desde então a realidade da freguesia mudou bastante, S. Roque evoluiu muito”, considera Teresa Xará, que vê agora uma comunidade “mais empenhada, solidária e mais voltada para o convívio”. Entre as conquistas do executivo, a ex-autarca lembra a construção do primeiro jardim de infância, a melhoria da rede viária e a construção do edifício da Junta de Freguesia.
Capacitar para a inclusão Carla Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Freguesia e membro da Comissão Social de Freguesia, sente que tem sido feito um trabalho notável no que diz respeito ao apoio às famílias mais desfavorecidas. “É um projeto muito interessante que se tem desenvolvido com coração e que tem ajudado a resolver muitos problemas”, sublinha, acrescentando: “Importa realçar duas iniciativas da Comissão, nomeadamente o aluguer das instalações devolutas da Junta de Freguesia, que ajudam a rentabilizar o espaço e cujo dinheiro reverte a favor da Comissão. Além disso, submetemos uma candidatura para a capacitação para a inclusão, com o objetivo de ajudar aquelas pessoas que nos pedem ajuda. Assim, damos-lhes ferramentas para que não fiquem dependentes da ajuda na hora, através de um mecanismo de inserção.” Para a responsável, estão “lançadas as bases para S. Roque evoluir”, uma freguesia que possui uma “população de garra, solidária e empenhada”. PUB
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19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> EXECUTIVO QUER UM TECIDO EMPRESARIAL DIVERSIFICADO
Zona industrial essencial para o crescimento da freguesia A construção da zona industrial é uma das prioridades de Amaro Simões, um equipamento indispensável para o desenvolvimento económico de S. Roque e para diversificar o tecido empresarial da freguesia. FILIPA GOMES
Para o presidente da Junta de Freguesia de S. Roque é fundamental alavancar a construção da zona industrial, um equipamento que aguarda execução há vários anos e Amaro Simões preocupado em que é “indispensável” para o tecidiversificar tecido empresarial na freguesia do empresarial sanroquense. “Temos muitas fábricas que nascem junto de habitações, mas é preciso dar-lhes condições. Conseguimos mos muitas empresas a fugir para concretizar a zona industrial na outras freguesias e concelhos viziteoria, programá-la e tê-la no Pla- nhos”, lamenta o autarca, que apela no Diretor Municipal, mas efeti- ao município para iniciar obra: “É vamente ainda não conseguimos muito investimento, mas o mais avançar, o que é pena, porque te- importante é começar, mostrar
petências na limpeza de estradas força de vontade”. Com cerca de 80 por cento do e pequenas reparações nas escolas tecido empresarial de S. Roque de- o que se traduziu numa frustrabruçado sobre o setor do calçado ção para todos”, reconhece. Incompleta fica também a rede e componentes, outra das preocupações do autarca tem sido atrair de saneamento, infraestruturada a outros setores da indústria para a 50 por cento na freguesia, mas efefreguesia. “Se vier um momento tivamente operacional em apenas de crise neste setor ficamos todos 10 por cento. “Apenas a parte norte mal. Neste momento 10 por cen- da freguesia está infraestruturada, to da indústria da freguesia é da faltando ainda a parte sul. Pensáárea dos moldes, com unidades mos que iríamos passar à segunda inovadoras e pujantes o que nos fase da obra, mas continuamos na dá alguma esperança de cresci- mesma, com apenas 10 por cento mento na freguesia”, aponta Ama- da infraestrutura ligada à ETAR”, ro Simões, que sente que a criação aponta o autarca, que em termos de de uma zona industrial conferiria a rede de água sente que a freguesia S. Roque a “atratividade” necessá- está bem servida, com uma coberria para atrair novos investimentos. tura superior a 90 por cento. Fazendo um balanço do mandato, Amaro Simões admite que Junta investe 120 mil euros a zona industrial é uma obra que até final do mandato gostaria de ter conseguido realizar, Apesar das vicissitudes, Amaro lembrando que em 2013 partiram Simões sente que no final do man“com expectativas muito altas que dato o executivo conseguiu “recupeforam sendo defraudadas”. “Foi- rar algum tempo”, apontando que nos prometida mais autonomia e nos próximos meses serão levadas a no final apenas obtivemos com- cabo várias obras. Até agora, a Junta
de Freguesia já investiu cerca de 150 mil euros na reabilitação de estradas e outros equipamentos, e prevê, até setembro, investir mais 120 mil euros com a reabilitação do Largo 30 de Junho, nos acessos ao Centro de Saúde, Cemitério e Junta de Freguesia, a requalificação do acesso ao Centro Escolar, com alargamento e reforço do estacionamento, e em diversas pavimentações. Por seu turno, a Câmara Municipal irá pavimentar as ruas das Laminhas, Capela de Santa Ana, Nascente (zona industrial Morouço), Mergulhão e parte da Gândara, e travessas das Pedreiras e da Fábrica. Quanto a uma possível recandidatura, o autarca deixa, para já, a questão em aberto. “Estou tão disponível para me recandidatar como para não me recandidatar, estou de consciência tranquila e sinto-me livre para tomar as duas opções. Mas gostava que outras pessoas se chegassem à frente e tomassem conta da freguesia”, admite. PUB
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO > CENTRO INFANTIL DE S. ROQUE NASCEU EM 1981
“O nosso lema é prestar um bom serviço às crianças”
> INSTITUIÇÃO COM UM ANO DE VIDA INTERVÉM NA ÁREA SOCIAL
SPERAE quer marcar a diferença Prestando serviços e atividades de apoio social, a SPERAE quer colmatar lacunas, promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida do cidadão. Com um ano de vida, esta instituição propõe-se a trabalhar com a terceira idade, crianças, jovens e pessoas com deficiência e doença mental, tendo já em curso vários projetos. FILIPA GOMES
Célia Sá, presidente do Centro Infantil de S. Roque
A laborar desde 1981, o Centro Infantil de S. Roque assume-se como uma instituição de referência que acolhe atualmente cerca de 240 crianças. Célia Sá, presidente da instituição, faz um balanço positivo do percurso traçado e desvenda a ambição já antiga de construir um pavilhão multiusos que permita alargar o leque de atividades. FILIPA GOMES
de fundos comunitários”, explica. Atualmente, a instituição presta serviços a crianças dos quatro meses até aos 12 anos de idade, oriundas da freguesia, mas também de todo o concelho e até de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira. “Tem sido uma luta manter as crianças com um serviço de qualidade. O nosso lema é prestar um bom serviço às crianças e penso que somos uma mais-valia em S. Roque”, aponta Célia Sá, que conta com uma equipa composta por cerca de 40 pessoas.
Uma instituição
Nascido em 1981, o Centro In- de “referência” fantil de S. Roque iniciou a ativiCreche, jardim de infância e dade com cerca de 40 crianças, um ATL são as valências do Centro número que foi progressivamente Infantil de S. Roque, todas elas aumentando ao longo dos anos, lotadas e com lista de espera, o até se situar atualmente nos 240. que, segundo a presidente, é sinal Célia Sá, presidente da instituição, do “bom trabalho que tem sido lembra o já longo percurso desta desenvolvido”. “O Centro Ininstituição, trilhado com base no fantil de S. Roque é já uma refeesforço e “sacrifício” daqueles que rência a nível concelhio. Temos deram um pouco de si a esta Insti- feito um trabalho muito positituição Particular de Solidariedade vo e gratificante”, considera. Social (IPSS). Uma das conquistas À frente dos destinos da inspara a dirigente foram as novas tituição há mais de uma década, instalações, em 2008, um feito que Célia Sá expressa a ambição de muitos acharam na altura não ser construir um pavilhão, uma espossível. “Estivemos numas ins- trutura que permitiria alargar o talações pré-fabricadas durante leque de atividades desenvolvicerca de 25 anos. Para construir das. “Temos apenas um auditóum Centro Infantil era preciso rio e um campo de jogos, mas mais de um milhão de euros e no inverno precisávamos de ter entendia-se que S. Roque não um pavilhão para realizar ativiera o local certo para uma obra dades. Seria importante para as daquela dimensão, mas a verda- crianças, que iriam ter um espade é que com muito sacrifício ço para realizar outras atividaconseguimos erguer o edifício e des, mas também para a populasó tivemos 30 por cento de apoio ção de S. Roque”, conclui.
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A SPERAE - Associação de Solidariedade, Inovação e Desenvolvimento Social tem um ano de vida e objetivos bem estabelecidos. Nasceu de um conjunto de pessoas ligado à área social que identificou “lacunas e necessidades” no concelho ainda por resolver, explica Virgínia Aguiar, uma das mentoras do projeto. No espaço de um ano, a SPERAE conseguiu o estatuto de Instituição Privada de Solidariedade Social e integra a rede social e a Comissão Social de Freguesia de S. Roque. A instituição já realizou duas
Virgínia Aguiar e Vera Marques, mentoras da SPERAE - Associação de Solidariedade, Inovação e Desenvolvimento Social
formações na área do setor social que “tiveram uma boa adesão”, conquistando muito público para lá das fronteiras concelhias, e pretende agora, num curto espaço de tempo, criar um Clube Sénior em S. Roque, em parceria com a Comissão Social de Freguesia. “O nosso objetivo é chegar junto dos que mais precisam e dinamizar atividades, promovidas por nós mas também sugeridas por outros, para ocupar o seu tempo e combater o isolamento”, explica Vera Marques, outra das mentoras da SPERAE. Mas no horizonte estão ainda múltiplos projetos à espera de ar-
rancar. Criar um banco de brinquedos, construir uma estrutura residencial intergeracional, uma unidade socio-ocupacional e de autonomia, uma residência de apoio moderado, uma residência de treino de autonomia e uma residência autónoma de saúde mental são outras das iniciativas a que esta associação se propõe. “Queremos fazer a diferença no setor social, trazer respostas que sejam inovadoras e que vão ao encontro das necessidades reais do cidadão”, esclarece Virgínia Aguiar, que para isso pede o envolvimento de toda a comunidade. PUB
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> CONFRARIA DAS PAPAS DE S. MIGUEL INAUGUROU RECENTEMENTE A SEDE REQUALIFICADA
“S. Roque recebeu-nos de braços abertos” A Confraria das Papas de S. Miguel tem uma sede renovada desde o passado dia 22 de abril. Apostada em preservar e divulgar as Papas de S. Miguel, iguaria oliveirense com mais de 200 anos de história, a Confraria continua a correr o país e a promover o intercâmbio gastronómico.
“As Papas de S. Miguel fazem parte da identidade do concelho”
FILIPA GOMES
Nascida em 2006 pela vontade de Isabel Maria Calejo, a Confraria das Papas de S. Miguel tem
Lindolfo Ribeiro, presidente da Confraria das Papas de S. Miguel
motivos para sorrir com a recente inauguração de instalações renovadas, na antiga EB1 Elvira Fernandes Dias, em S. Roque. A sede, adquirida em 2012 através de um protocolo de cedência das instalações pela Câmara Municipal, tem agora um novo rosto. “É um fenómeno do qual me orgulho. S. Roque acolheu-nos de braços abertos. Sentimos que a população fala connosco com
uma certa alegria, uma certa satisfação e que nos questiona constantemente sobre novos eventos que vamos promover”, revela o presidente da Confraria, Lindolfo Ribeiro. Os sanroquenses têm de tal forma abraçado a Confraria que a cantina da EBS Comendador Ângelo Azevedo serve, pelo menos uma vez por mês, uma receita “modificada” das Papas de S. Miguel em vez de sopa aos alunos. Com a missão de preservar uma tradição gastronómica com mais de 200 anos de história, a Confraria das Papas de S. Miguel tem viajado de norte a sul do país,
promovendo intercâmbios culturais e o convívio com outros confrades. “Participamos em atividades do Minho ao Algarve, ainda recentemente estivemos num Festival de Sopas no Porto e as papas foram muito apreciadas, apesar de muitas vezes serem olhadas com algum desdém. Fazem parte da identidade do concelho e merecem ser preservadas”, defende Lindolfo Ribeiro. A Confraria das Papas de S. Miguel tem atualmente cerca de 40 confrades oriundos de quase todas as freguesias de Oliveira de Azeméis, mas também de concelhos vizinhos, como Canedo, Cabeçais e Arouca. O intercâm-
bio com outras confrarias é um dos objetivos que a coletividade pretende continuar a alimentar. “Recentemente concebemos uma sobremesa feita com a fogaça da Feira para aproximarmos as confrarias. É esse o espírito de confrade, confraternizar, dialogar, envolver as pessoas e promover o intercâmbio nacional”, esclarece o presidente, que quer prosseguir a promoção desta iguaria secular. “Queremos que lentamente vá adquirindo património e que fixe esse património na sede para o divulgar. Para se ser confrade não é preciso muito, acima de tudo é preciso vontade”, remata.
> COMITÉ DE GEMINAÇÃO CELEBRA 20 ANOS EM 2018
S. Roque de mãos dadas com Sourzac Dentro de um ano, S. Roque celebra 20 anos de união com Sourzac. O presidente do Comité de Geminação, Fernando Pires, fala de uma ligação “de grande afetividade” entre as duas terras que se pretende aprofundar ainda mais, valorizando o intercâmbio cultural. A 18 de julho de 1998 formalizou-se a primeira geminação do município de Oliveira de Azeméis, entre S. Roque e a vila de Sourzac, em França. A ideia nasceu dentro d’A Chama - Associação Recreativa e Cultural, entidade “progenitora” do projeto, que teve como “padrinho” o presidente da JunPUB
Fernando Pires, presidente do Comité de Geminação S. Roque/ Sourzac
ta de Freguesia de S. Roque, Amaro Simões, e a benção da Câmara Municipal, pelo então presidente Ângelo Azevedo, explica Fernando Pires. Ainda em 1997, Sourzac deu o primeiro passo de viajar até S. Roque, uma visita devolvida pelos sanroquenses depois da oficialização da geminação, com uma comitiva de cerca de 80 pessoas. “Os objetivos da geminação passam por valorizar o intercâmbio cultural. Sourzac tem muita história que queremos estudar. Gostaríamos que toda a comunidade de S. Roque e não só explorasse
mais esta relação que é já de afetividade profunda”, revela o presidente. As visitas entre habitantes das duas localidades, de dois em dois anos, têm sido uma constante neste intercâmbio cultural e têm suscitado boas reações dos sanroquenses. Para o ano, a união entre as duas localidades atinge duas décadas de existência, uma data que será assinalada a preceito. “Em 2018 o Comité de Sourzac já se disponibilizou para reali-
zar as comemorações. Será feita a divulgação e a visita estará aberta à comunidade que nos queira acompanhar”, avança Fernando Pires, que acredita que há muito por explorar nesta ligação com a vila francesa. “Temos ideias de iniciar projetos ao nível das escolas com a realização de protocolos, mas a burocracia também torna as coisas mais difíceis”, admite o dirigente, que adianta que ainda este ano está agendada uma viagem até Sourzac.
Sendo este comité a primeira geminação do município, Fernando Pires sente que há motivos para “acreditar que continuará a ser pioneiro em muitas coisas. Existe uma grande ligação com os irmãos de Sourzac, vamos definir novas estratégias para o novo ciclo que aí vem e dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser feito. Importa referir que o que o Comité é hoje se deve às pessoas que por aqui passaram”, finaliza. FILIPA GOMES
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> ASSOCIAÇÃO A CHAMA NASCEU EM 1994 E PROMOVE E DINAMIZA ATIVIDADES CULTURAIS NA FREGUESIA
Coletividade quer estar mais perto da juventude Prestes a celebrar 23 anos de existência, A Chama - Associação Recreativa e Cultural continua a sua missão de cativar os jovens da freguesia e de dinamizar eventos culturais. Isabel Costa, presidente da coletividade, sente que as atividades desenvolvidas têm trazido uma nova vida para a freguesia de S. Roque. FILIPA GOMES
Fundada em 1994, A Chama trouxe consigo a vontade de “cativar jovens e dinamizar a cultura mais tradicional”, explica a presidente da associação, Isabel Costa. O percurso tem sido “de altos e baixos”, revela a dirigente, salientando que os objetivos que norteiam a atividade da associação têm-se mantido no rumo certo.
que a juventude abraçasse com força este projeto. “Para minha tristeza, o rancho possui uma faixa etária avançada, porque os jovens estão mais virados para o desporto. Estamos a atravessar uma fase difícil na captação da juventude”, afirma a presidente, que no total conta com cerca de 50 elementos para darem voz a esta tradição popular. De modo a atrair jovens para o seu seio, a associação lançou recentemente “aulas de zumba e fitness”, atividades que para já têm registado pouca adesão dos mais novos. Mas as atividades da coletividade não se esgotam aqui. A Noite da Francesinha, o Mercado Isabel Costa, presidente d’A À Moda Antiga e as comemoraChama - Associação Recreativa ções do aniversário são algumas e Cultural das atividades a desenvolver num futuro próximo, além de um novo O Rancho Folclórico e Etno- projeto, que pretende incutir nos gráfico d’A Chama, que nasceu mais novos “o gosto pela cultura juntamente com a coletividade, musical”. O número de associados anda prossegue a bom ritmo, mas Isabel Costa confessa que gostaria perto dos 200 e Isabel Costa es-
pera que continue a crescer. No horizonte, a presidente promete o empenho da coletividade para continuar dar vida a S. Roque. “Espero que o rancho tenha pernas para andar e a ginástica também, com mais colaboração dos jovens”, refere a presidente da associação, que não esquece os apoios da Junta de Freguesia de S. Roque, da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, dos industriais e dos comerciantes, essenciais para a associação continuar a desenvolver o seu trabalho.
A irradiar energia desde 1994 Com o compromisso de dinamizar a freguesia, A Chama - Associação Recreativa e Cultural deu os primeiros passos a 23 de maio de 1994. Desde cedo se assumiu como um projeto capaz de agregar a população e envolver a freguesia em atividades de âmbito cultural e recreativo. A 12 de março de 2000 A Cha-
ma deu um novo passo. Depois de seis anos em instalações alugadas e provisórias, a associação teve finalmente direito a um lar definitivo, iniciando-se um novo ciclo na vida da coletividade, agora com condições de excelência.
Rancho continua a preservar tradição O rancho também continua a trilhar um percurso repleto de ação, com a participação em vários festivais de folclore por todo o país e até no estrangeiro, nomeadamente em França e Espanha, além de outros eventos realizados por autarquias e outras coletividades. A 02 de novembro de 2010, o Rancho passou a estar filiado na Federação de Folclore Português e realiza, no terceiro sábado do mês de julho, a sua Noite de Folclore, um dos pontos altos do ano onde dá a conhecer as tradições, usos e costumes que defende e que remontam a finais do século XIX. PUB
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> REERGUER O GRUPO DESPORTIVO DE S. ROQUE E APOSTAR NAS CAMADAS JOVENS SÃO PRIORIDADES
Um novo rumo para o S. Roque Depois de um período conturbado, o Grupo Desportivo de S. Roque viu chegar uma nova direção que está empenhada em “devolver a dignidade ao emblema”. Reorganizar a estrutura, dotar o clube de infraestruturas e apostar nas camadas jovens são as prioridades de André Leite, que assumiu o leme do clube há dois meses. FILIPA GOMES
Numa fase em que atravessava sérias dificuldades, surgiu uma nova direção no Grupo Desportivo de S. Roque com vontade de reerguer o emblema. As camadas
menos o campo secundário já não dos. “Os sócios são um grande permite que joguem lá as cama- suporte na sustentabilidade do das jovens. É um objetivo difícil, clube”, considera o dirigente, que mas vamos trabalhar para isso”, explica que o emblema prepara agora algumas atividades, como adianta o dirigente. Há dois meses nos comandos um torneio de futebol e uma camido clube, o presidente sente que o nhada, para serem concretizadas a importante é passar a mensagem à curto prazo. comunidade de que os tempos são outros e que a nova liderança quer 50 anos para celebrar levar o barco a bom porto: “Já se a preceito nota uma grande mudança nas O aniversário dos 50 anos de hisjovens são uma das prioridades instalações do clube, temos ar- tória do clube aproxima-se a passos do novo comandante, que anuncia regaçado as mangas e colocado largos e o presidente afirma que que em breve começarão treinos de mãos à obra para melhorar os esta é uma data que não vai passar captação para crianças entre os cin- espaços, que estavam muito de- em branco. “As celebrações têm de gradados.” co e os dez anos. ser em grande, a data merece isso. O número de sócios também Vamos fazer uma espécie de uma As infraestruturas do clube também preocupam André Leite, que tem crescido, subindo de 140 para gala em setembro e durante uma fala da ambição de um novo sin- os 200, mas André Leite quer semana vão ter lugar uma série de tético. “As nossas infraestruturas engrossar ainda mais as fileiras e iniciativas que ainda estão a ser já não estão tão preparadas, pelo atingir, a curto prazo, 300 associa- pensadas”, desvenda.
“Já se nota uma grande mudança nas instalações do clube, temos arregaçado as mangas e colocado mãos à obra para melhorar os espaços”
André Leite, presidente do Grupo Desportivo de S. Roque
> ENESSE ESTIMULA CRIANÇAS DESFAVORECIDAS À PRÁTICA DE BASQUETEBOL
Um clube com uma missão social A caminhar para os oito anos de existência, o Enesse tem levado a cabo um trabalho meritório ao incentivar crianças desfavorecidas à prática de basquetebol federado. Com o objetivo de democratizar o acesso ao desporto, o emblema representa um “espírito de união e de família”, expressa o vice-presidente do clube, Nuno Sousa. Ligado ao basquetebol desde novo, Nuno Sousa decidiu, há quase oito anos, colocar em marcha um projeto que alia o desporto à área social. “Na altura era coordenador da Associação Desportiva Sanjoanense e identifiquei que existia uma grande dificuldade de crianças mais Nuno Sousa, vice-presidente do Clube de Basquetebol desfavorecidas praticarem basEnesse quetebol”, contextualiza o dirigente. Decidiu abordar o diretor do Agrupamento de Escolas Dr. gueiredo, no sentido de estabeleFerreira de Silva, António Fi- cer uma parceria para a utilização
de várias freguesias, sobretudo de fora do concelho. “Começámos a ir buscar crianças dos bairros sociais de Escapães, Arrifana, Milheirós e o clube cresceu muito rapidamente. Em três anos chegamos a ter mais de cem crianças”, conta o vice-presidente. Num curto espaço de tempo, o projeto teve um crescimento galopante e sem capacidade para suportar um número tão grande de crianças, o Enesse viu-se obrigado a reduzir o número de atletas. “Os nossos valores são muito do pavilhão da EBS Comendador reduzidos em relação a outros Ângelo Azevedo. A resposta foi clubes e o nosso objetivo é social, rápida: “Deu-me a chave e disse passa por promover o desporto para começarmos quando qui- para todos”, revela Nuno Sousa. Nos dois últimos anos, o emséssemos, e foi assim, de um dia blema tem mantido cerca de 40 para o outro”. Com a missão de proporcionar crianças, com escalões de minis, a experiência do desporto federa- sub-14 e sub-16 femininos e ainda do a crianças carenciadas, o pro- sub-14 e sub-16 masculinos. Para jeto arrancou com atletas vindos conseguir espaço de treino para
“Os nossos valores são muito reduzidos em relação a outros clubes e o nosso objetivo é social, passa por promover o desporto para todos”
todos estes escalões a treinar, o Enesse estabeleceu uma parceria com o ACR Vale de Cambra, que todos os treinos leva os atletas dos escalões masculinos a treinar no seu pavilhão. Apesar de a missão primordial ser social, Nuno Sousa destaca que os resultados desportivos têm sido positivos. “No ano passado correu muito bem, chegamos a duas fases finais. Esta época as sub-14 à partida vão conseguir chegar a uma fase final e a parceria com o ARC Vale de Cambra também funcionado muito bem”, sublinha. Com a sensação de dever cumprido do trabalho realizado até agora, Nuno Sousa sente agora “a responsabilidade de levar as atletas até ao escalão sénior” e de continuar a promover dentro do emblema um “ambiente acolhedor e familiar”. PUB
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Terça-feira, 11 de abril de 2017
> CLUBE DESPORTIVO TEM CERCA DE 500 SÓCIOS
Bustelo celebra 95 anos de história Com 95 anos de história, o Sporting Clube Bustelo tem primado por dotar o emblema de boas infraestruturas, uma aposta fundamental, segundo Ilídio Godinho, para a “boa prática desportiva”. Este ano a equipa sénior já assegurou um lugar na nova divisão criada pela Associação de Futebol de Aveiro (AFA) para a época 2017/2018, a Ilídio Godinho, presidente Divisão de Elite Pró-Nacional. honorário do Sporting Clube Ilídio Godinho, presidente de Bustelo honorário do Sporting Clube Bustelo, fala com orgulho do emblema. “É sem dúvida um gran- que se traduz numa marca inede marco. É um dos clubes mais gável do trabalho realizado”, reantigos do distrito de Aveiro, o fere. Das conquistas do emblema
bustelense, Ilídio Godinho destaca as melhorias do complexo desportivo, obras que permitiram ao emblema chegar a um patamar “quase impensável” em 2012. “Se me perguntassem se o Bustelo chegava a uma 2ª Divisão Nacional eu próprio se calhar não acreditava, mas chegámos lá. Penso que as infraestruturas que se criaram e se vão criando contribuíram para uma boa prática do futebol”, considera. Com cerca de 500 sócios, o clube conta atualmente com os escalões de seniores e de juniores. “Os dois escalões têm correspon-
dido às expectativas da direção do clube. Para o ano há mais uma divisão na AFA, a Divisão de Elite Pró-Nacional, e o objetivo dos seniores foi cumprido, independemente dos resultados até ao final da época”, afirma Ilídio Godinho. O futuro do clube é ainda uma “incógnita” para o dirigente, que espera que sangue novo apareça para tomar conta dos destinos do Bustelo. “A direção atual provavelmente não vai continuar, já está lá há muitos anos. Atendendo ao bairrismo de Bustelo, suponho que apareça alguém que
dê continuidade ao clube e que faça ainda mais do que tem sido feito”, remata.
Conquista histórica da Taça de Aveiro
O Sporting Clube Bustelo foi fundado a 22 de Março de 1922, e é atualmente presidido por Isabel Godinho. Nos marcos históricos do clube destaca-se a conquista da Taça de Aveiro pela equipa de seniores da temporada 2006/2007 frente à equipa do Arouca, então treinada por Jorge Gabriel, com uma vitória por 1-0. FILIPA GOMES
> ASSOCIAÇÃO COLUMBÓFILA DO DISTRITO DE AVEIRO TEM SEDE EM S. ROQUE
“A columbofilia não se resume a uma corrida de pombos” Sediada em S. Roque desde o final dos anos 80, a Associação Columbófila do Distrito de Aveiro tem como objetivo manter o número de praticantes e os bons resultados desportivos. Em 1955 foi fundada a Comissão Columbófila do Distrito de Aveiro com o objetivo de aglomerar todas as sociedades do distrito, uma entidade extinta em 1985 para então ser criada a Associação Columbófila do Dis-
Luis Silva, presidente da Associação Columbófila do Distrito de Aveiro
trito de Aveiro. Luis Silva, presidente
da coletividade, lembra que durante muitos anos a associação andou por várias localidades, até finalmente se fixar em S. Roque. “Estivemos em Vale de Cambra, Aveiro, S. João da Madeira até que por influência de Valdemar Xará acabámos por chegar a S. Roque. Hoje temos umas instalações que são umas das melhores a nível nacional”, avança o dirigente, que acredita que é fundamental para uma associação ter um sítio fixo para
se “desenvolver”: “Em boa hora viemos para S.Roque e construímos a sede porque tudo começou a funcionar de maneira diferente”. Com cerca de 70 “filhos” espalhados um pouco por todo o distrito, a associação tem motivos para se orgulhar. “Costumamos dizer que temos cerca de 1.500 famílias que se dedicam à columbofilia, num universo de 11 mil a nível nacional. A columbofilia não se resume a uma corrida
de pombos”, considera. À semelhança de outros desportos, a columbofilia tem vindo a perder atletas. “Não é um desporto muito simpático nos tempos de hoje porque obriga as pessoas a gastarem algumas horas por dia com os pombos. Como os pombos estão em casa, toda a gente acaba por participar e daí o facto de o gosto pela modalidade passar facilmente de pais para filhos”, explica Luís Silva. PUB
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Terça-feira, 02 de maio de 2017
> ASSOCIAÇÃO DE PAIS ATIVA E EMPENHADA
“Estamos atentos a todos os problemas que surgem” A Associação de Pais da EBS Comendador Ângelo Azevedo tem caminhado lado a lado com a direção da escola e com os alunos no sentido de construir uma escola melhor. Atenta às necessidades que vão surgindo, desenvolve várias atividades e apela ao envolvimento de mais encarregados de educação. FILIPA GOMES
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO > EBS COMENDADOR ÂNGELO AZEVEDO TEM 15 ANOS
Uma escola com dinamismo para potenciar A criação do Centro Escolar e a aposta no ensino secundário são conquistas estruturantes na história da EBS Comendador Ângelo Azevedo. O diretor do agrupamento, António Figueiredo, traça o perfil de uma escola com um ensino de qualidade e com um dinamismo que tem ainda muito espaço para crescer.
José Costa, presidente da Associação de Pais da EBS Comendador Ângelo Azevedo
José Costa, presidente da Associação de Pais da EBS Comendador Ângelo Azevedo, de proximidade com a direção conta com uma equipa “ativa da escola e com os professores, e empenhada” na resolução de é uma realidade totalmente diproblemas dos alunos. Reco- ferente das chamadas escolas nhecendo o rumo positivo que grandes”, considera, caracterieste estabelecimento de ensino zando a EBS Comendador Ântem tomado, José Costa desta- gelo Azevedo como um estabeca como principais conquistas a lecimento de ensino “tranquilo construção do Centro Escolar e e com qualidade”. Para angariar fundos, a assoa criação do ensino secundário. “Sinto muita honra na nossa ciação promove algumas festas e escola, temos agora o ensino feirinhas que ajudam a custear secundário. Era uma preten- algumas atividades dos alunos, são já antiga e esperemos que como “pequenos campos de fécontinue”, salienta o dirigente, rias e saraus”. No plano de atique aponta também a criação vidades constam, entre outras, a da Componente de Apoio à Fa- Festa da Primavera, uma festivimília como uma mais-valia, por dade que é já uma “tradição na permitir que “os alunos per- freguesia de S. Roque”, e ainda maneçam na escola depois do a festa de final de ano. No horizonte, José Costa goshorário escolar e entrem mais taria que a Associação de Pais cedo”. Com um olhar atento às ne- da EBS Comendador Ângelo cessidades dos alunos, a Associa- Azevedo adquirisse um autoção de Pais reúne mensalmente carro para o agrupamento, uma com outras associações e com a ambição antiga e que tem, includireção da escola onde identifi- sive, alguma verba já angariada. cam eventuais carências que ne- “Estamos a aguardar que surja cessitam de ser colmatadas, além algum financiamento”, afirma de acatar também as recomen- o dirigente, que deixa o apelo dações da Federação das Asso- para que mais pais se envolvam ciações de Pais do Concelho de com a associação: “Gostava que Oliveira de Azeméis. “Estamos os pais viessem mais à escola, é atentos a todos os problemas importante que se envolvam na que surgem. Temos uma gran- vida escolar dos filhos”.
FILIPA GOMES
Olhando para os 15 anos de história da Escola Básica e Secundária Comendador Ângelo Azevedo, António Figueiredo não hesita em caracterizá-los como uma “conquista”. Do trajeto de afirmação de um projeto ao serviço da cultura, da instrução e formação, o diretor destaca a implementação do ensino secundário em 2012. “Foi um sonho da direção, dos professores, pais e alunos que se concretizou e que veio preencher uma lacuna que existia. Os alunos deixaram de ter a necessidade de se deslocar para outras escolas porque encontram aqui uma boa
António Figueiredo, diretor do agrupamento de Escolas Dr. Ferreira da Silva
formação académica, cívica e ética”, considera o diretor do Agrupamento Dr. Ferreira da Silva, que reforça que esta é uma “aposta forte” e para consolidar. Aos marcos mais significativos da escola junta-se a construção do Centro Escolar, um equipamento “com excelentes infraestruturas” que assegura um ensino de continuidade. Outra das apostas fortes deste estabelecimento de ensino é o variado leque de atividades extracurriculares que dispõe e que promove o enrique-
cimento dos alunos. “Estamos a formar as novas gerações e estas atividades são fundamentais para o seu desenvolvimento”, afirma António Figueiredo, enumerando projetos como o Eco-Escolas, as bibliotecas escolares, o clube de teatro, o desporto escolar e o Erasmus+ como vitais para levar a cabo esta missão. Além disso, a escola está também atenta às carências sociais dos alunos, promovendo um ambiente “acolhedor” e trabalhando de forma articulada com a Associação de Pais e outras instituições, no sentido de dar “um forte apoio às famílias mais necessitadas. O balanço de 15 anos ao serviço da educação é positivo para o diretor do agrupamento, que espera que a escola mantenha “a dinâmica e a vivacidade que a tem caracterizado”. Alunos oriundos de S. João da Madeira, Cesar, Nogueira do Cravo, Pindelo e de Oliveira de Azeméis espelham o grau de “atratividade” que a escola tem conseguido alimentar. “É uma escola que tem servido bem a população e os alunos, que aqui encontram qualidade e diferenciação e é isso que queremos potenciar”, conclui. PUB
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Terça-feira, 02 de maio de 2017
> Comerciantes empenhados em fazer singrar o negócio na freguesia
Comércio em S. Roque subsiste A Azeméis FM saiu para as ruas da freguesia e sentiu o pulso do comércio de S. Roque. Umas “O Meu Super está aberto há quatro meses e está a correr muito bem. Estamos a servir refeições rápidas e temos tido uma boa aceitação. Temos sentido um grande apoio das pessoas de S. Roque, tanto a divulgar a nossa loja como a divulgar as nossas festas. As pessoas que vêm cá podem usar agora o cartão Continente. Estamos com campanhas promocionais todos os dias. O comércio em S. Roque está bom, todos temos um balanço positivo, apesar de existirem alturas mais paradas e outras com mais movimento.” Marta Oliveira, Meu Super
“O Restaurante Tá-se Bem existe há 15 anos. Ao almoço trabalhamos com diárias, temos vários pratos, e à noite temos um serviço à carta, onde temos várias iguarias, como a posta à mirandesa, o polvo à lagareiro e o polvo cozido, mas a especialidade da casa é mesmo a picanha. Gostava que os clientes aparecessem mais, tenho sentido umas melhorias de há um ano para cá, mas nada como antigamente.”
Jorge Reis, Restaurante Tá-se Bem
“Este espaço existe há um ano. Estou orgulhoso, muito contente e motivado para novos projetos que possam surgir. O balanço é muito bom e no futuro só espero crescer cada vez mais. O comércio para mim está ótimo e quero que continue assim. As pessoas de S. Roque são maravilhosas, confiam no meu trabalho, motivam-me a continuar e eu sinto-me orgulhoso de as receber também. Voltem, apareçam, visitem o meu espaço e deixem-se levar.” Daniel Peixoto, Cabeleireiro Danny Hairstylist
contam já com largos anos de história, outras são mais recentes, mas todos os estabelecimentos
“Esta empresa existe mais ou menos há 20 anos. O espaço começou em S. João da Madeira mas depois passou para S. Roque porque a maior parte dos clientes eram daqui e eu gostava de ter um espaço comercial cá. Trabalhamos com peles e componentes para calçado, temos solas, tecidos e aplicações. Possuímos uma grande variedade de componentes também para calçado e marroquinaria. De momento o balanço é positivo e espero que continue assim. O comércio em S. Roque não é muito, mas o que existe está estável e saudável. O importante é que corra tudo como tem corrido até aqui e que haja trabalho.”
Luis Silva, empresa Joaquim Leite e Filho Unipessoal Lda
“Temos um estabelecimento pequeno e acolhedor que vai fazer três anos, mas já estou neste ramo há cerca de 20. No meio das dificuldades podemos dizer que estamos contentes e a caminhar no rumo certo. Queremos continuar a abranger outras localidades e outros eventos, como casamentos, ornamentação de festas, andores, batizados e comunhões. O comércio em S. Roque está localizado, esta zona é uma espécie de centro comercial, as pessoas têm vários tipos de comércio, tal como na zona da Igreja. O comércio tradicional está um pouco murcho por causa das grandes superfícies e é importante que as pessoas invistam nele para que possa crescer.”
Maria de Jesus, Florista Meu Sol
“A ótica tem 13 anos, com altos e baixos, mas vamos trabalhando. Já tínhamos a Óptica Oliveirense na cidade, entretanto fiquei desempregada e desafiaram-me a abrir aqui a Óptica Pépura para dinamizar a freguesia. Trabalhamos com e sem receituário e temos serviços de optometria. Tenho conseguido sobreviver porque não tenho empregados e tento levar o barco a bom porto. Algumas pessoas não ajudam o pequeno comerciante, gostam de ter as valências todas, mas depois não ajudam o comerciante a sobreviver. Tem de haver mais bairrismo. Agradeço a todos os clientes que apostam no meu trabalho e que confiam em mim. Sou sempre otimista em relação a S. Roque e espero que continue a crescer.”
Isabel Costa, Óptica Pépura
comerciais de S. Roque lutam pelo progresso das suas atividades.
“O restaurante D. Manuel existe desde 1996 e foi sofrendo algumas transformações, no sentido de melhorar o serviço e o adequar ao mercado. Essencialmente temos cozinha tradicional portuguesa, com o nosso cozido à portuguesa, a vitela assada no forno, o cabrito, os famosos rojões à casa, o bacalhau e as francesinhas. Passámos por períodos menos bons, mas conseguimos passar o momento de crise. Agora estamos estáveis e por isso faço um balanço bastante satisfatório. O comércio em S. Roque está estagnado e deveriam existir mais iniciativas para trazer as pessoas ao comércio local. Agradeço a confiança depositada ao longo dos anos e só peço que visitem a nossa freguesia e o nosso restaurante para saborearem algumas das nossas iguarias.”
Hugo Gonçalves, Restaurante D. Manuel
“O espaço que existe sensivelmente há 27 anos. Estou cá há um ano a tentar dinamizar esta zona. Sou morador de S. Roque há 12 anos e conheço muito bem a antiga gerência e o local. Decidi arriscar em S. Roque e tentar inovar. De forma geral sirvo um pouco de tudo, tentamos incutir no cliente produtos novos que não são muito usuais aqui em S. Roque, no sentido de tentar fazer a diferença. Após a restauração do espaço vamos lançar uma nova linha de francesinhas, cachorros e hambúrgueres, mas ainda estou à espera de remodelar o espaço para depois apostar em força. O balanço é positivo até ao momento. A aceitação do cliente está a ser excelente.”
Luis Sousa, Padaria e Pastelaria Grande Avenida
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Terça-feira, 02 de maio de 2017
19 freguesias, UM coração