Especial santiago de riba ul

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Este suplemento é parte integrante da edição n.º 4702 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.

Freguesia

19 Freguesias SANTIAGO DE RIBA-UL UM Coração Desenvolver a Identidade das Freguesias

Andreia Gisela, concorrente

Andreia Silva, Miss Santiago Riba-Ul

Beatriz Fonseca, concorrente

Jessica Duarte, Miss Popularidade

Jessica Pinto, concorrente

Márcia Tavares, concorrente

Sara Rosas, concorrente

Igor Ferreira, Mister Simpatia

João Pedro Silva, concorrente

Marcelo Santos, Mister Fotogenia

Joana Lopes, Miss Fotogenia e Miss Simpatia

Ricardo Azevedo, Mister Santiago de Riba-Ul e Mister Popularidade

> ANDREIA SILVA E RICARDO AZEVEDO FORAM ELEITOS MISS E MISTER SANTIAGO DE RIBA-UL

Jovens santiaguenses desfilaram por uma causa Andreia Silva e Ricardo Azevedo foram os grandes vencedores da noite e vão representar Santiago de Riba-Ul na final Miss e Mister Azeméis. Doze jovens participaram na eleição Miss e Mister Santiago de Riba-Ul, que lotou o salão da Associação de Melhoramentos PróOuteiro. TEXTO: FILIPA GOMES FOTOGRAFIA: RICARDO ESPARRINHA

Santiago de Riba-Ul foi a quinta freguesia a acolher a iniciativa ‘19 Freguesias, Um coração’, desenvolvida pelo Correio de Azeméis e pela

12 jovens santiaguenses participaram na eleição da Miss e do Mister Santiago de Riba-Ul

Azeméis FM. Na eleição da Miss e Mister Santiago de Riba-Ul, que teve lugar na Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro, participaram doze jovens santiaguenses, alvo de uma pré-seleção por técnicos da especialidade, que na passadeira vermelha arrancaram fortes aplausos do pú-

blico. Oito raparigas e quatro rapazes mostraram coragem, atitude e personalidade ao longo da noite de sábado, que acabou por coroar Andreia Silva e Ricardo Azevedo como Miss e Mister Santiago de Riba-Ul. “Não estava nada à espera de ganhar, estou muito con-

tente”, revelou Andreia Silva no final do desfile. Os nervos tomaram conta dos bastidores, admitiu a jovem, que sente que a pressão foi diminuindo com o decorrer do desfile. “Foi uma experiência muito boa e com a qual aprendemos muito”, explicou a nova Miss Santiago de Riba-Ul, que en-

tante contributo da equipa cara a final com serenidade. Ricardo Azevedo também de scouting, formada por Sose estreou na passerelle e além raia Nunes, Rafaela Coelho, de ser eleito representante da Leonardo Barbosa e Sílvia freguesia, arrebatou ainda o Valente, que ajudou a abortítulo de Mister Popularidade. dar jovens para a participação “Não estava à espera de ne- nesta eleição. A organização agradeceu nhum título e consegui logo dois”, confessou o jovem, que a todos os concorrentes, ao olha com descontração para público, à Junta de União de a final Miss e Mister Azeméis. Freguesias de OAZ, à Asso“Espero que na próxima fase ciação de Melhoramentos corra tão bem ou melhor. O Pró-Outeiro, à Banda de importante é divertir-nos e Música de Santiago de Ribafazer novas amizades”, resu- Ul, aos jurados e a todos os patrocinadores do evento pelo miu. O DJ Leonardo Barbosa apoio prestado nesta iniciativa, animou o desfile, que teve nomeadamente ao Aroma Cacomo apresentadores Bruno beleireiros, ao Centro de EstéMourato, Isabela Santos e tica Anabela Santos e ao ResRafaela Coelho. O evento foi taurante Brasão de Azeméis. S. possível graças à equipa do Roque é a próxima freguesia Correio de Azeméis/Azeméis a acolher a iniciativa ’19 FreFM, sem esquecer o impor- guesias, Um Coração’. PUB


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Terça-feira, 11 de abril de 2017

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> FOTOGENIA, SIMPATIA E POPULARIDADE GALARDOADAS NA ELEIÇÃO

Evento reforçou ligação dos jovens com a freguesia

Andreia Silva e Ricardo Azevedo, Miss e Mister Santiago de Riba-Ul

A eleição serviu não só para eleger os finalistas, mas também para valorizar todos os concorrentes noutras três categorias: simpatia, fotogenia e popularidade.

Joana Lopes e Marcelo Santos, Miss e Mister Fotogenia

O público presente também teve uma palavra a dizer e escolheu Jéssica Duarte e Ricardo Azevedo para Miss e Mister Popularidade. Por seu turno, Joana Lopes e Marcelo Santos conquistaram o título de Miss e Mister Com direito a voto, os candi- Fotogenia, ao serem os segundos datos elegeram entre si Joana Lo- mais votados pelo júri. Neste concurso de beleza não pes e Igor Ferreira como Miss e poderia faltar Isabela Santos, a Mister Simpatia.

Joana Lopes e Igor Ferreira, Miss e Mister Simpatia

embaixadora do concurso Miss e Mister Azeméis e Miss European Princess Portugal 2016. “Tivemos uma noite maravilhosa em Santiago de Riba-Ul e com candidatos de qualidade”, considerou a jovem de S. Roque, que acredita que uma vez mais os jovens tiveram “a coragem de dar a cara pela sua freguesia e reforçar as suas origens”.

Jéssica Duarte e Ricardo Azevedo, Miss e Mister Popularidade

Isabela Santos, que continua a dar cartas no mundo da moda, apelou aos jovens para que participem e “se liguem a Oliveira de Azeméis, uma terra bonita e com muito para descobrir”. No final da eleição, Carlos Silva, presidente da UFOAZ, enalteceu a fibra e a coragem de todos os candidatos presentes. “Hoje venceram alguns dos vossos receios,

de enfrentar o público e falar em público. Deixo uma palavra de apreço pela vossa coragem e pela dignidade com que representaram Santiago de Riba-Ul. Esperamos de vocês um contributo muito válido, agora e no futuro”, referiu o autarca, que entregou aos vencedores prémios cedidos pelo Restaurante Brasão de Azeméis.

> ARTISTAS DA BANDA DE MÚSICA DE SANTIAGO DE RIBA-UL BRILHARAM

Banda animou o evento Na eleição da Miss e do Mister Santiago de Riba-Ul não poderiam faltar momentos de animação, protagonizados por alguns elementos da Banda de Música de Santiago de Riba-Ul. Tiago Soares, Ca-

rolina Pinto, Bernardete Gomes, Pró-Outeiro. Com quase 300 anos José Brandão, Francisca Jardim de existência, a Banda de Música e Marcelo Soares fizeram as delí- de Santiago de Riba-Ul é a mais cias do público presente, com três antiga do país e continua levar o atuações que aqueceram o salão nome da freguesia e de Oliveira de da Associação de Melhoramentos Azeméis a vários pontos do país.

Artistas da Banda de Música de Santiago de Riba-Ul animaram o evento com três temas musicais

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> REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO SANTIAGUENSE É UMA DAS BANDEIRAS DO EXECUTIVO

“Antes de construir é necessário preservar o que nos foi deixado” Ao leme de Santiago de Riba-Ul há quase oito anos, Carlos Silva acredita que tem conseguido levar o barco a bom porto. Preservar o património, desenvolver uma política de proximidade e assegurar a qualidade de vida dos fregueses são as prioridades do autarca, que anunciou que não será candidato a um terceiro mandato. FILIPA GOMES

Dotada de um património riquíssimo, Santiago de Riba-Ul tem assistido, ao longo dos últimos anos, à valorização e requalificação do leCarlos Silva termina carreira política no final do mandato gado deixado por antepassados. Ao leme da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis (UFOAZ), Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da qualidade de vida dos fregueses que Seixa e Madaíl, Carlos Silva acredi- deve assentar a linha de ação de um ta que é na preservação dos equipa- autarca. “Antes de se construir é mentos existentes e na promoção da necessário preservar o que nos foi

“A rede viária é um dos pontos chave naquilo que diz respeito às preocupações que deviam gerir a atuação dos autarcas”

deviam gerir a atuação dos autar- do ao longos dos anos tem saldo cas”, sublinhou Carlos Silva, que positivo. A requalificação do paao longo dos anos requalificou um trimónio santiaguense, do parque conjunto de estradas, algumas em escolar e da rede viária, a resoluparceria com o município: “Lem- ção de várias carências sociais na bro-me que há sete anos o lugar freguesia e o projeto em curso do Salgueiro era constituído por para uma zona de lazer em Saninúmeras ruas em terra batida e tiago de Riba-Ul são alguns dos hoje tem uma rede viária total- aspetos positivos destacados pelo mente reabilitada e requalifica- autarca, que não será candidato nas próximas eleições autárquicas. deixado e é isso que este executivo da”. Quanto às redes de água e sa- “É preciso ter muita disponibilitem feito, com a requalificação de um património vasto na freguesia, neamento, o autarca esclarece que dade, principalmente para estar sobretudo a símbolos que estão os níveis de cobertura, compara- à frente de uma agregação com ligados ao âmbito religioso, como dos com outras freguesias, não são cinco freguesias”, considerou, as alminhas e os fontanários”, ex- alarmantes. “Há uma taxa de co- confessando que a vida política o plica o governante, que não esquece bertura de 80 por cento ao nível tornou, sobretudo, num “melhor a intervenção da Ponte de Cava- do saneamento e de água quase cidadão”. “Foi uma experiência leiros e a requalificação ainda em nos 90 por cento. Existem alguns muito enriquecedora e estão criacurso do edifício da Associação de lugares onde ainda não existe li- das as condições para que possa gação, mas em termos gerais não deixar o cargo com o sentimento Socorros Mútuos. de dever cumprido”, afirma, realAlém de fazer perdurar no tem- nos podemos queixar”. çando o esforço de todo o executipo o legado da freguesia, Carlos vo nesta caminhada e lembrando Silva lembra que os serviços bási- Autarca sai “tranquilo” que estará sempre disponível para cos devem estar no centro das aten- no final do mandato ções dos políticos. “A rede viária é Com contas “equilibradas e continuar a desempenhar “um paum dos pontos chave naquilo que estáveis”, o presidente da UFOAZ pel ativo e interventivo” em Olidiz respeito às preocupações que considera que o trabalho realiza- veira de Azeméis. PUB


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> URGE MELHORAR ACESSOS E REQUALIFICAR ZONA ENVOLVENTE

Zona Industrial precisa de requalificação Carlos Silva defende que é necessário melhorar os acessos e requalificar a envolvente da Zona Industrial de Santiago de Riba-Ul, onde figuram empresas reconhecidas no panorama nacional e internacional, que têm contribuído para a economia local e para a criação de emprego.

Faltou estratégia na agregação das freguesias

FILIPA GOMES

“As acessibilidades são bastante limitadas e não é por acaso que estamos a trabalhar em conjunto com a Câmara Municipal no sentido de melhorar a acessibilidade no Zé da Curva. Existem ainda algumas limitações ao nível do estacionamento e a envolvência necessita urgentemente de uma intervenção”, refere o presidente da União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madaíl. Nesse sentido, Carlos Silva deixa um apelo para que a Câmara Municipal tenha “preocupação com a zona industrial”, atualmente “completamente saturada, com estacionamento caótico e com passeios num estado lamentável”. Reconhecendo o potencial das

“É necessária muita sensibilidade para gerir cinco freguesias e temos primado por realizar um trabalho equilibrado e atento às carências de todas”

boa qualidade de vida às nossas famílias”, sublinha.

Carlos Silva, presidente da UFOAZ, pede intervenção na zona industrial

empresas instaladas em Santiago de Riba-Ul, Carlos Silva destaca o contributo do tecido empresarial para a economia local e nacional e na criação de emprego para santiaguenses e não só. “Em Portugal, grande parte dos bens que são consumidos, produzidos ou vendidos são oriundos de Oliveira de Azeméis, como o leite, os moldes, o arroz, os sapatos e as camisas. Podemos sentir-nos satisfeitos porque estas empresas permitem um bem-estar e uma

A favor da União de Freguesias, Carlos Silva sente que o processo que decorreu em 2013 deveria ter sido conduzido de uma outra forma. “Sou apologista de uma agregação que mantenha as características de cada freguesia. Esta união foi feita em cima do joelho e apenas para cumprir estatísticas. Devia ter sido feita com alguma estratégia, com tempo e que permitisse que as pessoas tivessem algo a dizer. O primeiro impacto foi difícil, as pessoas tinham receio que a sua freguesia perdesse a sua identidade”, aponta o autarca, um medo ultrapassado pela decisão do executivo em manter os serviços e valências nas cinco freguesias. A reforma administrativa não veio acompanhada de um “envelope financeiro” que permitisse outra capacidade de atuação, lamenta ainda Carlos Silva, que recorda os gastos no início do mandato com a nova documentação para a União de Freguesias, custos que não foram contabilizados. Por outro lado, o autarca reconhece as vantagens, salientando a capacidade de intervenção com a conjugação de recursos das

cinco freguesias. “Conseguimos direcionar recursos das cinco freguesias para realizar muitas obras, algumas que não seriam possíveis se as freguesias não tivessem sido agregadas. As freguesias de menor expressão acabaram por ter aqui uma janela de oportunidade e por ter alguma vantagem comparado com as freguesias de maior dimensão, que acabaram por perder alguma pujança”, referiu o autarca, que acredita que conseguiu gerir da melhor forma possível a governação nas cinco freguesias: “É necessária muita sensibilidade para gerir cinco freguesias e temos primado por realizar um trabalho equilibrado e atento às carências de todas”.

> MOVIMENTO ASSOCIATIVO DESENVOLVE SANTIAGO DE RIBA-UL

“É necessário chamar as pessoas” Assentando a sua governação promoção do território: “No total são apresentados”. No horizonte, Carlos Silva acanuma relação de proximidade com temos 77 associações e é sempre os fregueses, Carlos Silva destaca difícil ajudarmos todas. Procu- lenta o sonho de uma “participatambém o movimento associativo ramos fazer o nosso melhor em ção e cidadania mais ativa” dos da União de Freguesias como fun- função das necessidades mais fregueses, essencial para o progresdamental para o desenvolvimento e prementes dos projetos que nos so do território. “Numa freguesia

ou numa terra que se pretende afirmar, progredir e desenvolver, é necessário chamar as pessoas a envolverem-se e serem elementos ativos no desenvolvimento da freguesia”, afirma.

“O balanço dos dois mandatos é extremamente positivo. Nos primeiros quatro anos, enquanto Junta de Freguesia de Santiago de Riba-Ul, foi feito um trabalho extraordinário, porque com pouco fez-se muito. No segundo mandato as coisas complicaram-se um pouco, é uma relação com cinco filhos, mas fizemos questão de dar igual atenção a todas as freguesias. Espero que o próximo executivo dê seguimento ao trabalho que tem sido feito.”

ADRIANO DUARTE, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA UFOAZ

“Percebemos que houve uma melhoria intensa nas condições de vida das pessoas de Santiago de Riba-Ul ao longo destes quase oito anos. Desenvolvemos uma série de atividades com sucesso e acho que as pessoas têm uma Junta que as ouve e resolve os problemas com sentido de responsabilidade e rigor. Penso que a freguesia tem um potencial enorme, pela proximidade com Oliveira de Azeméis, pela sua população e pela sua zona industrial.” JOSÉ PINTO, COLABORADOR DA UNIÃO DE FREGUESIAS EM SANTIAGO DE RIBA-UL PUB


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Terça-feira, 11 de abril de 2017

> BANDA DE MÚSICA DE SANTIAGO DE RIBA-UL TEM QUASE TRÊS SÉCULOS DE EXISTÊNCIA

Banda secular para “acarinhar e preservar” Expoente cultural de Santiago de Riba-Ul, a Banda de Música prossegue o seu caminho na formação de jovens talentos. Há oito anos como presidente da coletividade, Júlia Coelho destaca a conquista da nova sede, em 2015, que permitiu aumentar para 62 o número de músicos efetivos.

A nova casa da coletividade proporciona melhores condições, mas há ainda muito a fazer, ressalva a responsável, já que ainda há aulas que decorrem no ATL e na antiga sede. Falta, segundo q presidente, requalificar a parte de cima do edifício para que toda a banda se congregue no mesmo espaço. Quanto às antigas instalações, Júlia Coelho adianta a ambição de aí se criar um museu da banda de música, que conta já com um espólio de instrumentos que foram sobrevivendo ao longo FILIPA GOMES dos anos. O novo fardamento, financiado Com quase três séculos de quase na totalidade pela Câmara existência, a Banda de Música Júlia Coelho, presidente da Municipal de Oliveira de Azeméis de Santiago de Riba-Ul continua Banda de Música de Santiago e estreado no passado dia 25 de a dar cartas no mundo artístico. de Riba-Ul março, é outro marco de destaque Entre as recentes conquistas está para a dirigente. “A nossa farda a mudança para novas instalações, explica a presidente, Júlia há muitos anos. A antiga sede antiga tinha mais de 20 anos. É Coelho, um “sonho cumprido” era muito pequena e quase não engraçado que os executantes que permitiu aumentar as fileiras conseguíamos ter lá os 48 mú- dizem que se sentem mais leves da banda. “As novas instalações, sicos. Agora o espaço é muito com a nova farda, tiraram-lhe cedidas pela Junta da União de maior e melhor e já temos 62 quilos de cima”, denota. Há oito anos ao leme da coletiFreguesias, eram um desejo de músicos efetivos”, realça.

vidade, Júlia Coelho sente que a Banda de Música de Santiago de Riba-Ul tem ultrapassado as dificuldades graças aos membros que a compõem e apoiam, encarando o futuro com otimismo. “A Banda de Música vai continuar, tem pessoas muito interessadas que dão a camisola pela banda e que estão sempre a inovar”, revela a dirigente, que salienta a aposta nas plataformas digitais como fundamental para aproximar os sócios (atualmente são 500) da coletividade. No futuro, a responsável gostaria que mais pessoas se envolvessem com aquela que é a banda e a associação mais antiga de Portugal em atividade. “A Banda de Música de Santiago de Riba-Ul deve ser acarinhada por todos os santiaguenses. Às vezes sentimos um afastamento e era bom que todos apoiassem. A banda é de todos e com toda esta história é de acarinhar e preservar”, conclui.

05 Coletividade respira história Perto de alcançar três séculos de história, a Banda de Música de Santiago de Riba-Ul ostenta um passado riquíssimo, de onde se destaca a condecoração da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, em 1967, com a atribuição do nome da coletividade a uma rua da freguesia, e ainda o título de Membro-Honorário da Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, em 1998, por ser a banda mais antiga do país em atividade. É difícil situar o ano de fundação da banda com mais história do país, mas presume-se que exista, pelo menos, desde 1722, graças aos vários registos e documentos que pertencem ao espólio da banda. No início do século XXI, foi recuperado um instrumento antigo, um rabecão, datado de meados do século XIX, sendo mais uma prova do valor histórico que a banda tem enquanto coletividade.

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> ASSOCIAÇÃO DE MELHORAMENTOS PRÓ OUTEIRO EMPENHADA EM DIGNIFICAR SENIORES

Uma forma diferente de olhar o envelhecimento Com várias valências de apoio à terceira idade, a Associação de Melhoramentos PróOuteiro proporciona aos seniores experiências únicas, preservando a sua individualidade e dignificando esta etapa das suas vidas. FILIPA GOMES

Desde que entrou em ação, a nova direção da Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro tem procurado marcar pela diferença. Aqui não há rotinas nem se repetem atividades e procura-se, acima de tudo, proporcionar experiências que vão ao encontro das preferências dos seniores. “Esquecemo-nos muitas vezes que os idosos são pessoas adultas com mais idade, com uma vida cheia de experiências, amores e desamores e que cada um deles tem as suas preferências. É essa individualidade e dignidade que procuramos preservar dentro desta instituição”,

zes procurando sinergias com outras instituições.

Projetos ambiciosos no horizonte

Diamantino Nunes, presidente da Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro

explica Joana Ferreira, diretora geral da instituição. O presidente, Diamantino Nunes, alinha na mesma linha de pensamento e lembra que é necessário contrariar a forma como se olha para o envelhecimento. “Temos de mudar o paradigma, as pessoas não devem ir para um lar para morrer, mas sim para se sentirem bem e estarem em família”, reforça, salientando que a instituição tem trabalhado nesse sentido. Exemplo vivo disso é o Clube Activida, com 27 seniores, que todos

Joana Ferreira, diretora geral da Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro

os dias introduz novas aventuras e desafios. Recentemente, 20 clientes viajaram até aos Açores, à Ilha de S. Miguel, para uma viagem inesquecível, mas a epopeia não se fica por aqui. Todos são chamados a dar opinião sobre o que gostariam de fazer e, na medida do possível, os desejos são satisfeitos. Workshops de informática, ateliers de pintura, um grupo de teatro, uma visita ao programa televisivo Preço Certo são apenas algumas das atividades que a associação tem desenvolvido, a maior parte das ve-

No horizonte da Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro estão dois projetos que vêm dar resposta a necessidades prementes: a Estrutura Residencial para Idosos e o Centro de Estimulação para a Demência. Entre maio e junho o lar deverá estar pronto para acolher 29 seniores, dando assim resposta a uma grande procura. Por sua vez, o Centro de Estimulação para a Demência, financiado pelo Portugal 2020, é um equipamento único no país e que promete colmatar duas necessidades: a estimulação com tratamento não farmacológico e o descanso das famílias que lidam diariamente com esta realidade. “Será importante para percebermos até que ponto é que a intervenção farmacológica tem impacto ou não na vivência e no desenrolar da demência”, expli-

Valências da Pró-Outeiro A Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro possui ainda Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário, valências praticamente lotadas. Foi, aliás, uma das primeiras IPSS do país a prestar cuidados no domicílio, mas vai além dos serviços convencionais. A instituição presta apoio através de serviço de teleassistência, com uma equipa de piquete sempre disponível para casos de urgência, acompanhamento ao exterior e realização de atividades com os utentes. O projeto ‘Help for Home’, premiado pela Fundação Manuel António da Costa, encontra-se atualmente empenhado, em parceria com o município e autarquia local, em “dar uma casa digna a duas pessoas”, acrescenta Diamantino Nunes. ca Joana Ferreira, que aponta a sua abertura para setembro deste ano. Graças a esforços conjuntos com várias instituições de Santiago de Riba-Ul, a Capela do Outeiro abrirá portas, depois de 40 anos, no dia 12 maio, cumprindo assim uma ambição antiga da Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro. PUB


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> AGRUPAMENTO DE ESCUTEIROS DE SANTIAGO DE RIBA-UL NASCEU EM 1996

“Quando ajudamos recebemos muito em troca” A laborar desde 1996, o Agrupamento de Escuteiros de Santiago de Riba-Ul continua a formar jovens na arte do escutismo. Com cerca de 40 elementos, a coletividade promove o companheirismo e a partilha através de atividades que têm como denominador comum o contacto com a natureza.

“É importante que os jovens convivam e partilhem experiências, numa altura em que parecem tão embrenhados com as novas tecnologias”

FILIPA GOMES

A celebrar 21 anos de atividade este ano, o Agrupamento de Escuteiros de Santiago de Riba-Ul assume-se como uma verdadeira escola de valores. Adriano Pinto, chefe do agrupamento, abraçou o projeto de alma e coração em 2003, apesar de nunca ter sido escuteiro. “Aterrei em Oliveira de Azeméis quando casei e comecei a colaborar com os escuteiros. Repararam que tinha algum jei-

Adriano Pinto, chefe do Agrupamento de Escuteiros de Santiago de Riba-Ul

to e desde aí que tenho estado por cá”, conta.

Noutros tempos, o agrupamento chegou a ter 70 elementos e conta agora com 40. Mais difícil do que atrair jovens é encontrar adultos que se comprometam a colaborar com a coletividade, salienta o dirigente. “Debatemonos com um problema que quase todos os agrupamentos têm. É difícil arranjar adultos disponíveis para todos os sábados e em alguns fins de semana estarem com os miúdos. É tudo um tra-

balho voluntário, quem está nas associações tem que dispender sempre de muito tempo”, considera Adriano Pinto.

Trabalho de equipa valorizado nos escuteiros

Nos escuteiros de Santiago de Riba-Ul, os acampamentos são uma rotina e incentivam, acima de tudo, o trabalho de equipa. “Todas as nossas atividades são feitas através do jogo e os miúdos vão aprendendo valores e privilegiando a vida na natureza. É importante que os jovens convivam e partilhem experiências, numa altura em que parecem tão embrenhados com as novas tecnologias que acabam por ter pouco contacto com as pessoas”, realça. Em 2013, o Agrupamento de Escuteiros de Santiago de Riba-Ul mudou-se para novas instalações, no espaço das antigas captações de água. A nova casa necessitou de requalificações e os

escuteiros puseram mãos à obra para limpar a vegetação densa e tapar alguns buracos, mas há ainda muito a fazer. “O próximo passo é fazermos obras no teto porque em dias de chuva chove lá dentro”, avança Adriano Pinto, uma obra que avança a passo lento devido aos custos que acarreta. A experiência que tem a formar jovens para a arte do escutismo permite ao dirigente afirmar que o fazer parte do agrupamento é uma experiência que deixa marcas para a vida. A necessitar de novos membros, Adriano Pinto pede o envolvimento da população de Santiago de Riba-Ul na formação de crianças e jovens: “Quando ajudamos os outros recebemos muito em troca, portanto era importante que o povo de Santiago disponibilizasse algum do seu tempo. É um investimento que vale a pena e que se transporta para outros aspetos das nossas vidas”, sublinha. PUB


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> SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE RIBA-UL LEVA O NOME DA FREGUESIA PELO PAÍS

“A Sociedade de Riba-Ul está mais competitiva” Há cerca de 25 anos envolvido na Sociedade Columbófila de Riba-Ul, Álvaro Resende sente que a coletividade tem crescido nos últimos anos. Com cerca de 50 sócios, 30 dos quais ativos, a associação quer atrair mais jovens para a modalidade e dotar as instalações de melhores condições. FILIPA GOMES

As origens da Sociedade Columbófila de Riba-Ul remontam, pelo menos, ao ano de 1972, explica o presidente, Álvaro Resende, que se apaixonou por este

Álvaro Resende, presidente da Sociedade Columbófila de Riba-Ul

desporto há cerca três decadas. Por norma, a columbofilia é um desporto de família cujo gosto passa de pais para filhos, mas a maneira como o atual dirigente da Sociedade Columbófila de Riba-Ul se envolveu com a modalidade fugiu à regra. “Quem me atraiu para os pombos foi o meu vizinho e acabei por ficar com o vício”, conta Álvaro Resende, que apesar de não ser natural da freguesia, olha para Santiago de Riba-Ul como uma segunda casa. Em fevereiro começaram as competições da columbofilia, que se prolongam ao longo de 18 semanas, com seis provas de fundo, seis provas de velocidade e seis provas de meio fundo.

Coletividade está de portas abertas Com 30 sócios a competir e uma média de 860 pombos por competição, Álvaro Resende acredita que tem conseguido levar o barco a bom porto, apesar de o número de atletas jovens ser cada vez mais escasso. “Temos pouca malta nova, mas a Sociedade de Riba-Ul está mais competitiva de há meia dúzia de anos para cá. Já fomos campeões do concelho, este ano ficamos em terceiro lugar, temos alguns títulos”, considera o presidente, que acredita que os membros se juntam não só pelo amor à columbofilia, mas também pelo companheirismo. “Temos sempre os nossos

convívios, os nossos almoços e temos feito melhoramentos na coletivivade. A sociedade está aberta a todos, mesmo aos que não têm pombos”, avança o dirigente, que realça a necessidade de uma cobertura para a sede da coletividade. No futuro, Álvaro Resende gostaria de ver crescer o número de jovens na coletividade, que continua a levar o nome de Santiago de Riba-Ul pelo país fora. “Temos conseguido manter quem cá está e até aumentamos de 27 para 30 o número de sócios ativos do ano passado para este ano. O objetivo é continuar, tentar que a sociedade tenha boas condições e ofereça bons prémios”, remata.

> CONFERÊNCIA DE VICENTINOS DE SANTIAGO DE RIBA-UL QUER ENVOLVER JOVENS

“Ser Vicentino é ter amor ao próximo” Ativa há várias décadas, a Conferência de Vicentinos de Santiago de Riba-Ul continua a ser um porto seguro para os mais carenciados. Com 18 elementos, a coletividade quer inspirar jovens para a solidariedade e alargar a sua linha de ação.

ajudar. Ser Vicentino é ter amor que integram a coletividade. A faixa etária dos membros é ao próximo e saber dar. Quem alta e Leonel Vaz apela aos jovens não o tem não é vicentino”, reque dêem um pouco mais de si sume, explicando que em média à comunidade. “Todas as confe- a conferência presta auxílio a 18 rências sofrem deste problema e famílias mensalmente. Os fundos para estender a mão a nossa não é exceção. O jovem ainda não está preparado para a quem mais precisa não são muiassumir esta missão, mas faze- tos e advêm de peditórios mensais mos os possíveis para chamá-lo a feitos à porta da igreja, de alguns

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FILIPA GOMES

Leonel Vaz, há seis anos na Conferência de Vicentinos de Santiago de Riba-Ul, acredita que a coletividade tem trilhado um importante percurso na ajuda aos mais necessitados. O presidente destaca que os Vicentinos não são “meros grupos de distribuição de alimentos”, atuando em vários campos, como o material, social e espiritual. “Temos um papel muito importante, principalmente quando fazemos visitas domiciliárias onde descobrimos muita pobreza envergonhada. A

donativos e de coletas dos próprios vicentinos. No futuro, o presidente da coletividade gostaria de ver o espírito vicentino espalhado por todas as freguesias do concelho de Oliveira de Azeméis. “Se conseguimos ter em todas as freguesias, seria dado o passo para criamos uma rede mais alargada de caridade”, conclui.

Leonel Vaz, presidente da Conferência Vicentina de Santiago de Riba-Ul

parte espiritual também é muito importante e damos um pouco desse fermento aos mais necessitados”, realça. Pagamento de contas de eletricidade, rendas ou oferta de alimentos são algumas das ações levadas a cabo pelos 18 vicentinos


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> RIBUL NASCEU EM 1943 E TEM ASSUMIDO RELEVO NO MERCADO INTERNACIONAL

A fábrica mais antiga de camisas do país Nascida em 1943, a Ribul foi crescendo ao longo dos anos e adaptando-se às mudanças do mercado têxtil. Se antes se focava no mercado português, a fábrica de camisas e blusas mais antiga do país leva hoje o nome de Santiago de Riba-Ul a vários países, como Inglaterra, México, Austrália e Estados Unidos. FILIPA GOMES

João Pedro Pinto Leite continua a fazer crescer o nome da Ribul, empresa fundada pelo avô em 1943 e que se mantém como a mais antiga fabricante de camisas e blusas em Portugal. “Quando fui para lá a fábrica era dedicada completamente ao mercado interno, mas hoje em dia já não é assim”, contextualiza o empresário, que fala da forma como a Ribul necessitou de se reestruturar ao longo dos anos. “O mercado interno foi completamente descaracterizado. Nos centros comerciais não existem lojas

nacionais, apenas marcas estrangeiras pelo que foi preciso apostar lá fora”, conta. Tendo o Bangladesh como principal exportador têxtil do mundo, a Ribul decidiu afirmar-se em “nichos de mercado com clientes de pequenas quantidades e com preços elevados”, afirma João Pedro Pinto Leite, que crê que é por essa via que a empresa continua a ter margem para crescer. Presente em mercados diversificados como os Estados Unidos da América, o Chile, a Espanha, o

México, a Austrália, a Itália, a Alemanha e a Inglaterra, a Ribul tem motivos para se orgulhar do percurso trilhado até aqui. “Estamos satisfeitos. A longa existência da Ribul deve-se à organização e ao bom ambiente que se vive na empresa. A empresa é reconhecida lá fora pelos anos que tem na produção de camisas e blusas. Esperemos que daqui a muitos anos ainda se continue a falar da Ribul”, expressa o responsável da empresa, que emprega atualmente 62 pessoas.

João Pedro, administrador da empresa Ribul

> RIBAGRÁFICA QUER CONTINUAR A ACOMPANHAR O CRESCIMENTO DO TECIDO EMPRESARIAL

Trinta anos ao serviço das empresas A comemorar 30 anos de existência, a Ribagráfica dedica-se à produção de todo o tipo de trabalho gráfico, essencialmente direcionada para o setor empresarial. A empresa foi fundada pelo pai e pelo tio de João Costa, que dá continuidade ao negócio da família. “A Ribagráfica nasceu em Santiago de Riba-Ul, no meio da indústria. Já na altura era uma zona bastante pujante e que tinha uma grande necessidade de trabalho nesta

área. Foi a partir daí que se fixou a Ribagráfica conseguiu ultrapase que continua nos dias de hoje, a sar com distinção: “A era digital servir essencialmente as empre- abalou um pouco o setor gráfico, porque deixou de haver necessisas”, explica. João Costa entrou nos quadros dade de papel. A empresa teve de da empresa aos 18 anos e assistiu às se adaptar e foi criando parcerias mudanças tecnológicas que entre- com empresas”. A carteira de clientes da Ribagrátanto se foram desenrolando. “Ainda me lembro de quando comecei fica continua a contar com algumas e tínhamos a composição manual. empresas que há 30 anos optaram Entretanto o setor foi evoluindo”, pelos seus serviços e o objetivo é explica o responsável, lembrando a continuar fazer crescer o número. chegada do digital, um desafio que Apesar das dificuldades dos últi-

mos anos, em muito devidas à crise, João Costa acredita que o tecido empresarial tem conseguido reagir bem às adversidades. “Temos a sorte de estar situados neste meio industrial pujante, que tem vindo a recuperar e a crescer. A Ribagráfica só tem a ganhar com isto e faremos tudo para acompanhar esta evolução. Santiago de RibaUl é um terreno fértil para a indústria”, remata.

João Costa, representante da Ribagráfica

FILIPA GOMES

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> AS SOLUÇÕES SSM GARANTEM REGIMES DE TRABALHO COM ELEVADO NÍVEL DE RENDIMENTO

Smart Solutions Manufaturer A SSM – Smart Solutions Manufacturer é uma empresa com mais de duas décadas, especializada no desenvolvimento de soluções integradas destinadas aos fabricantes de moldes e à mecânica de precisão. As técnicas e os produtos desenvolvidos na empresa vão desde sistemas de canais quentes, dos quais a SSM é o maior fabricante português, até aplicações especiais que passam pela injeção sequencial, sistemas valvulados, canais de grande capacidade de injeção (até 50kg de plástico por injeção), estudos reológicos, estudos especiais por ‘MOLDFLOW’, entre outros. A empresa desenvolve e produz ainda equipamentos destinados à maquinação de cinco eixos, nomeadamente ferramentas de corte e cabeças de cinco eixos de alta velocidade (24000rpm). As soluções SSM garantem aos seus parceiros a obtenção de regimes de trabalho com elevado nível de rendimento. Os seus produtos estão presentes em vários países, dos quais se destaca a Alemanha como principal parceiro.


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Terça-feira, 11 de abril de 2017

19 freguesias, UM coração

> Comércio atravessa momento difícil mas tem protagonistas empenhados

Comerciantes mantêm vivos os negócios na freguesia A rádio Azeméis FM saiu à rua e auscultou alguns dos comerciantes de Santiago de Riba-Ul. O comércio já viu melhores dias, confessaram

“A padaria está agora a fazer 14 anos. A família já é do ramo e o meu avô convidou-me a iniciar aqui o negócio e assim foi. Temos a vertente de padaria, pastelaria, confeitaria e snack-bar. Tem corrido bem, o balanço é bom, mas poderia ser melhor. Quem não nos conhece que nos visite, estamos à vossa espera para vos dar a conhecer. O comércio não tem evoluído muito, está um bocado estagnado, mas Santiago de Riba-Ul é um bom sítio para se viver.” Nelson Leite, proprietário da Padaria Flor do Outeiro

“O Restaurante Roteiro está aberto desde 2010. Sou de cá, os meus pais são de cá, os meus avós são de cá e sempre achei um lugar bonito e gosto da minha terra. Tive esta proposta e não hesitei, porque achei que era um bom investimento. O balanço é positivo e o objetivo é manter a casa como está, com cozinha tradicional portuguesa, agradável e em ambiente familiar.” Gil Ferreira, proprietário do Restaurante Roteiro

os proprietários, mas as casas santiaguenses continuam a empenhar-se de corpo e alma para levar o barco a bom porto. Umas têm anos de

“Está há cinco anos a funcionar, achei que foi uma boa oportunidade de negócio. Temos diárias durante a semana. As nossas especialidades são caldeirada de enguias, arroz de tamboril, vitela assada, bacalhau, cabrito. Tem corrido bem, o comércio está um bocado parado, mas agradeço aos clientes que aqui vêm.” Helder Massada, proprietário do Restaurante S. Miguel

“O Centro de Estética vai fazer três anos em junho. Gosto da freguesia e o sítio atraiu-me bastante, por ser de passagem e ter muita luz e claridade. Decidi sair da cidade e trazer a estética para cá. Os serviços são à base de tratamento de rosto e também temos algumas terapias de massagem, pedicure e manicure. Tem corrido bem e o objetivo é continuar a trazer coisas novas. Temos de estar sempre a atualizarnos e a tirar formações.” Anabela Santos, proprietária do Centro de Estética Anabela Santos

“A padaria está por nossa conta há 27 anos, mas já era dos meus sogros, tem quase 50 anos. Entretanto o meu sogro abriu outro estabelecimento e esta ficou sem ninguém e então decidimos ficar por aqui. Já houve melhores alturas, mas vamos lutando e tem corrido bem, temos tentado levar o barco a bom porto. A população de Santiago de Riba-Ul passa por cá, isto é uma casa de família.”

Sãozinha Martins, proprietária da Padaria e Pastelaria Santiago

história, outras estão apenas a começar, mas todas representam um ponto de paragem para santiaguenses e não só.

“Temos uma vasta gama de serviços, o nosso trabalho rege-se muito com atendimento ao balcão e o mais personalizado possível, consoante o que procuram os nossos clientes. Temos uma vasta gama de cosmética, de puericultura, tudo o que o que se procura numa farmácia. Esta é muitas vezes a primeira porta que vêm bater antes de se dirigirem a um serviço de urgência ou centro de saúde.”

Tânia Silva, farmacêutica da Farmácia Santiago

“O estabelecimento existe desde julho de 2004, vai fazer agora 13 anos. É um balanço positivo, começámos logo a ter boa clientela, tanto de Santiago de Riba-Ul como das redondezas e até de funcionários das empresas perto da farmácia. O nosso pensamento futuro é continuar sempre no sentido de ir ao encontro das necessidades dos clientes.”

Rosalina Silva, diretora técnica e proprietária da Farmácia Santiago

“O café Brandão existe há 58 anos. É um negócio de família, era dos meus pais e passou para mim, que estou cá há 25 anos. Tem corrido muito bem, tenho uma boa clientela, isto é já uma família para mim. Tenho pessoas que nos visitam desde o tempo dos meus pais e que estão cá todos os dias. É um sítio de convívio. Gosto muito dos meus clientes, fazem parte da família, estou muito satisfeita.”

Maria Alice Brandão, proprietária do Café Brandão PUB


19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO

Terça-feira, 11 de abril de 2017

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> EMPRESA EXPANDE-SE COM A CONSTRUÇÃO DE NOVO PAVILHÃO

Cheto com “crescimento galopante” Localizada em Santiago de Riba-Ul, a Cheto Corporation tem crescido exponencialmente nos últimos anos no subsetor dos fabricantes de máquinas, nomeadamente, na indústria dos moldes. O novo pavilhão dará condições de excelência para a empresa continuar a aproveitar as energias internacionais ao nível do investimento. FILIPA GOMES

A Cheto Corporation tem assistido a um “crescimento galopante” nos últimos anos, revela Carlos Teixeira, presidente do conselho de administração. uma progressão que se deve “a muita perseverança, paciência e esforço”. Focada nos domínios da engenharia e da assemblagem dos equipamentos, subcontratando a produção da generalidade dos respetivos componentes, a Cheto tem apostado na investigação e desenvolvimento contínuo, o que permite oferecer ao mercado um produto versátil com elevado nível de precisão. Atualmente, a em-

presa emprega 30 técnicos “Durante este altamente especializados. Sempre com o propósiano prevemos to de otimizar os processos mudar de produtivos dos clientes, as instalações, máquinas Cheto permitem a execução de um conjunmas vamos to variado de operações no manter esta processo de moldes, cuja unidade em integração numa máquina única permite a redução no Santiago de tempo de fabrico e conseRiba-Ul” quentemente nos custos de produção. Esta filosofia tem permiti- Teixeira. Nos planos para o futuro, do à empresa crescer a olhos vistos e conquistar lugar nos cinco continentes. “Temos máquinas na China, Índia, Canadá, Brasil, Noruega e Itália. Em Portugal temos clientes excelentes porque basicamente fornecemos para a indústria dos moldes”, explica Carlos Teixeira. A presença em Oliveira de Azeméis, especificamente em Santiago de Riba-Ul, é facilmente explicada pela enorme expressão que a indústria dos moldes assume no concelho. No horizonte delineia-se a passos largos a construção de um pavilhão, cinco vezes maior do que as atuais instalações, na Área de Acolhimento Empresarial de UlLoureiro “Durante este ano prevemos mudar de instalações, mas vamos manter esta unidade em Santiago de Riba-Ul”, revela Carlos

o presidente do conselho de administração espera que a Cheto Corporation continue a caminhar em crescendo, ambição apenas possível com a criação de mais raízes no mercado externo. “Deixamos de ser uma aldeia e agora estamos em todo o lado. Temos reforçado as nossas equipas e preocupamo-nos em delinear uma estratégia e em não perder o controlo do crescimento que às vezes é inimigo do sucesso”, remata.

Carlos Teixeira, presidente do conselho de administração da Cheto Corporation PUB


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Terça-feira, 11 de abril de 2017

19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO

> CONSTRUÇÕES JOÃO NEVES TÊM CERCA DE 40 ANOS DE HISTÓRIA

Setor da construção dá sinais de melhorias Com cerca de 40 anos de existência, a empresa Construções João Neves, sediada em Santiago de Riba-Ul, tem sentido melhorias no setor da construção e promete continuar a crescer de forma sustentada. FILIPA GOMES

Fundada pelo pai de João Neves, a empresa Construções João Neves

começou por prestar serviços de necessário. “Foi uma das estratéterraplenagem, retroescavadora gias que tivemos de optar para e camião, para mais tarde apostar conseguir que a firma continuasse no bom caminho”, justifica. no setor da construção civil. João Neves, que começou no João Neves recorda os tempos de crise que abalaram o setor. “A setor aos 16 anos seguindo as piempresa já passou por uma fase sadas do pai, vê o mercado a dar de maior produção, entretan- sinais de melhorias e acalenta boas to foi apanhada pela crise, que expectativas quanto ao futuro. acabou por atingiu toda a gen- “Renovamos algum equipamento te”, explica. Face às dificuldades, a de apoio à construção há pouco empresa viu-se obrigada a reduzir tempo e agora queremos evoluir o número de funcionários. Atual- lentamente e tentar atingir os nímente tem cinco efetivos e proce- veis de produção que tínhamos de à subcontratação sempre que há uns anos”, esclarece.

Para isso, João Neves espera que o tecido empresarial do concelho e da região cresça para que as Construções João Neves retomem os níveis de atividade antigos. “Estamos satisfeitos com o percurso feito até agora. Dependemos do desenvolvimento das empresas e o futuro passa por aproveitar as oportunidades do mercado da região e arredores”, expressa, deixando um agradecimento especial aos colaboradores das Construções João Neves, que têm ajudado o negócio a prosperar.

João Neves, representante da empresa Construções João Neves

> AZEVEDOTEX PRESENTE NO MERCADO PORTUGUÊS E ESPANHOL

41 anos de crescimento sustentado Com 41 anos de história dedicados ao fabrico de passamanarias para diversas aplicações, a Azevedotex especializou-se, sobretudo, em fitas para colchoaria. João Azevedo cresceu dentro das paredes da Azevedotex e decidiu dar continuidade ao legado do avô e do pai, começando a laborar no fabrico de passamanarias em 1989. “Nasci dentro da fábrica e quando vivemos o dia a dia de uma empresa familiar acabamos por sentir a

sua força e o seu ADN”, explica o empresário. Com um percurso sólido e de pés bem assentes na terra, a empresa tem conquistado terreno e há dez anos encontrou espaço para lá da fronteira, em território espanhol. “A nossa maior produção é para as fitas dos colchões e dos estores. Temos uma boa presença em Portugal e há dez anos que exportamos para Espanha”, afirma João Azevedo, um mercado muito competitivo

onde a empresa se tem procurado afirmar passo a passo. “É uma indústria com muita concorrência. Precisamos de andar sempre em cima do acontecimento, sem atrasar respostas e entregas aos nossos clientes. Felizmente temos tido muitos clientes a baterem-nos à porta, pela qualidade do serviço que prestamos”, afirma. Com 17 funcionários, a Azevedotex produz fitas diversas para colchoaria, marroquinaria, calçado, or-

topedia, têxtil-lar, decoração, estores e chapéus. Entre outros produtos, a empresa possui fitas tecidas, precintas, elásticos, cintas e cordões. O balanço de mais de quatro décadas dedicadas ao fabrico de passamanaria é positivo para João Azevedo, que sente que a empresa tem conseguido estar à altura da crise:“Estamos muito satisfeitos e só espero que daqui a outros 41 anos continue a existir a Azevedotex, maior, se possível”, expressa.

João Azevedo, representante da empresa AzevedoTex

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