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Festas
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PRESUNTO CORTADO À MÃO Cultura
A festa está de volta! São Lourenço volta a “bombar” este ano nas Azenhas do Mar
DR
Com o “carimbo” do Centro Educativo, Desportivo, Cultural e Recreativo das Azenhas do Mar (CEDCRAM), voltam, este ano, as tradicionais festas de S. Lourenço, naquele lugar da freguesia de Colares. Arraiais, bailes, e muita diversão, são as promessas deste evento, depois da paragem forçada.
No dia 10, dia consagrado a São Lourenço, a partir das 17h00, realiza-se a Procissão Solene presidida pelo Pároco de Colares, o Padre José António Rebelo da Silva, seguida da Procissão Solene que irá percorrer as principais ruas, com a habitual paragem no miradouro para a tradicional Bênção do Mar.
Alguns dos grandes destaques das festividades, serão as presenças, por exemplo, dos Voodoo Marmalade (7), do popular humorista alentejano, Serafim(8), de Miguel Azevedo(9) ou dos Kumpania Algazarra(10) e Ivandro (11).
“A nossa festa terá um fantástico restaurante, uma quermesse cheia de bons prémios, bares, barraquinhas de comes e bebes, pista de carrinhos de choque, carrossel infantil e uma montanha russa. Também haverão algumas tendas com feirantes”, revelou, ao nosso jornal, Pedro Morais, da Comissão de Festas.
Festa de Verão em Morelena
ASociedade Recreativa de Morelena, na União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, promove nos dias 6 e 7 de agosto, mauis uma “Festa de Verão” onde não falta a música ao vivo, artesanato e os tradicionais comes e bebes.
No dia 6 de agosto, a abertura acontece às 17h00 com “Sunset na Aldeia” e pelas 22h00, baile com os “Trio Clave”. No dia seguinte, realiza-se às 13h00, um almoço de confraternização, seguindo-se uma tarde de convívio. A partir das 22h00, o destaque vai para um baile, abrilhantado pelos conjuntos “Nova Era” e “Nova Imagem”.
Durante os dois dias de “Festa de Verão”, há bifanas, sandes de leitão, pezinhos de coentrada, caracóis e caracoletes, filhós, compotas de mel e ações de animação a decorrer. A entrada é livre.
HORÁRIO: QUARTA A SÁBADO DAS 10H30 ÀS 19H30 DOMINGO DO 12H30 ÀS 19H.
Festas em Varge Mondar
DR Alocalidade de Varge Mondar, na Freguesia de Rio de Mouro vai estar em festa nos dias 5 e 6 de agosto, numa iniciativa do Grupo Recreativo Operário de Varge Mondar (GROVM). Música ao vivo, artesanato, quermesse e comes e bebes prometem animação e diversão. A iniciativa conta com o apoio da Junta de Freguesia de Rio de Mouro.
Atualidade
Projeto pioneiro levou dança contemporânea ao Estabelecimento Prisional do Linhó
Termina em dezembro o projeto “corpoemcadeia”, no Estabelecimento Prisional (EP) do Linhó. Tratou-se de um projeto levado a cabo pela Companhia Olga Roriz, com a coordenação artística e social de Catarina Câmara, que pretendia gerar um espaço de experimentação e “criar condições para o desenvolvimento artístico e humano de pessoas em situação de privação de liberdade”.
DR
“Corpoemcadeia” iniciou em 2019, e durante esse tempo, um grupo de 16 reclusos - homens entre os 18 e os 43 anos - participou em diferentes atividades, desde aulas de dança e expressão artística a sessões psicoeducacionais.
“O projeto superou aquilo que foram os desafios e as janelas de oportunidades. Olho para trás, e aquilo que me emerge é a dimensão do projeto, naquilo que foram as suas adversidades, e, ao mesmo tempo, as oportunidades. Acho que o projeto nos surpreendeu, porque criou todo um novo mundo de vivências que não esperávamos”, disse, ao Correio de Sintra, Catarina Câmara.
Na pandemia, o projeto sofreu alguns ajustes. As visitas presenciais ao EP foram interrompidas, mas a equipa coordenadora decidiu que o contacto com aqueles homens teria de ser mantido. “A primeira razão foi a necessidade de cuidar destas pessoas num tempo difícil, de duplo confinamento para eles, numa altura em que já confiavam na nossa presença. Fizemo-lo através de troca de cartas que, todas as semanas, eram lidas aos rapazes”, explicou. Situação que se manteve até serem retomadas as sessões presenciais, em julho de 2021.
Do grupo inicial, apenas nove chegaram à etapa final. Entre libertações e sobrecarga com outras atividades educativas, o grupo foi diminuindo. “O projeto é muito exigente, do ponto de vista daquilo que é a dedicação e a capacidade de vulnerabilização nestas pessoas”, justificou Catarina Câmara.
Criar um território de segurança foi uma das ideias principais para conseguir trabalhar com estes rapazes e homens que não podiam estar mais distantes do universo da dança. Os formalismos eram deixados na rua, para que a confiança pudesse crescer entre os participantes e a equipa da Companhia.
“Eles até podem gostar de dançar, mas se não sentem que existe uma base de apoio onde se possam expressar, não havia nada. Tinha de haver também vulnerabilização da equipa”, clarificou.
Na opinião de Catarina Câmara, este trabalho é “absolutamente fundamental”, não só junto da comunidade reclusa, mas também junto dos mais vulneráveis das nossas comunidades.
Trabalhar com pessoas cientes de si mesmas e da sua condição de homem que não pode dar parte de fraco perante outro homem ainda para mais numa prisão não foi, obviamente, simples.
“Nos primeiros meses, trabalhei muito o contacto e improvisação, uma técnica em que dois corpos se movem numa dança espontânea, baseada no tocar, empurrar, puxar... ao trabalhar esta linguagem não verbal, isso tem um efeito ao nível dos padrões mentais e comportamentais. Tudo o que é novo, amedronta. A chave era criar momentos de prazer, com base no toque. Quem é que não gosta, por exemplo, de um abraço?”, questionou Catarina Câmara, que além da formação em dança, também é formada em Terapia Gestalt, uma abordagem terapêutica centrada na pessoa e nos acontecimentos do presente.
Apoio e resistência
Sendo este um projeto interessante para qualquer estabelecimento prisional, houve, inicialmente, um grande entusiasmo por parte de todos os envolvidos, até surgirem os primeiros pedidos.
“Tenho, ainda hoje, uma forte resistência do corpo de guardas à minha presença, porque não tenho aquele comportamento que gostariam que eu tivesse, porque não estão habituados a ser questionados na sua autoridade moral. Uma coisa tão simples como sentar-me de forma mais descontraída, gerava repreensão”, explicou, justificando esta ideia com o facto dessas pessoas estarem ali para “fazer cumprir as regras. Mas ser artista é quebrar as regras!”. Mas, à medida que o projeto ia avançando, essa resistência ia abrandando. “No espetáculo da Gulbenkian, um dos rapazes disse-me que já havia guardas que o cumprimentavam e lhe davam palmadinhas nas costas”, afirmou, satisfeita.
No passado dia 10 de julho, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, decorreu a 1.ª apresentação do resultado do projeto, com o espetáculo "A minha história não é igual à tua", que irá repetir a 5 e 6 de agosto no Teatro Experimental de Cascais.
O projeto é, como já referido, promovido pela Companhia Olga Roriz, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a Associação Portuguesa da Gestalt e o Instituto Gestalt de Florença. Este projeto é apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, através da iniciativa PARTIS - Práticas Artísticas para a Inclusão Social.
Para saber mais sobre este projeto poderá visitar o site www.corpoemcadeia.com.