Costa do Sol Jornal | 08 Abril 2020

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Quarta-feira | 08/04 de 2020 | Ano VII | N.º 321 | €0,01 | Diretor: Henrique Jorge Santos AUTARQUIAS ESTÃO NA LINHA DA FRENTE DO COMBATE À COVID-19

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Oeiras e Cascais tentam minimizar impacto da pandemia

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COSTA DO SOL JORNAL

OPINIÃO

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08/04 de 2020

Marés de São Bento Miguel Costa Matos

VAMOS VENCER A CRISE, MAIS UMA VEZ CSJ 5091

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orna-se cada vez mais claro que além da crise sanitária do COVID-19 teremos uma crise económica e social bem maior do que as crises de 2008 e 2011. Como escreveu Frederico Silva Leal no Jornal Económico, estamos numa situação parecida à de Sísifo, condenado por Zeus a repetir sem fim a missão de carregar uma pedra gigante até ao topo da montanha. Uma vez chegados ao cume, vemos a pedra regressar ao sopé para que novamente tenhamos de a carregar. Se esta frustração é natural, é importante valorizarmos o caminho que fizemos até aqui. As contas certas e a credibilidade que permitiram conquistar são hoje fundamentais para que Portugal possa ter espaço orçamental para responder à crise. O desendividamento também das empresas e das famílias dá-nos hoje uma capacidade de recorrer ao crédito para superar esta crise como poucos tinham em 2008. A recuperação dos rendimentos para o mesmo poder de compra que em 2010, a redução do desemprego para níveis de 2002 e a saída da precariedade de centenas de milhares de famílias protege muitos de uma situação económica e social que poderia ser ainda mais dramática. Alcançámos todas estas conquistas em conjunto, demonstrando bem a nossa capacidade de tornar Cabos das Tormentas em Cabos da Boa Esperança. Os próximos tempos servirão sobretudo para discutir como aliviar as suas consequências sobre as pessoas e as empresas. Isto é importante porque os laços que unem trabalhadores, empresas e consumidores são um inestimável património de saber a que nós, economistas, chamamos capital humano. Quebrar esses laços não tem apenas custos imediatos, recuperáveis quando voltar tudo ao normal. Implicará a nosso custo voltarmos a desenvolver esse capital humano, reconstituindo ou formando novos laços entre nós. Ao tentarmos responder a esta crise, temos de perceber que é diferente das anteriores. Em períodos de isolamento social generalizado, as pessoas não vão poder sair para gastar. Isto significa que o instrumento habitual de combate às recessões, o estímulo à procura dando dinheiro às pessoas para gastar, não é eficaz. Tendo as pessoas dinheiro ou não, alguns setores vão continuar sem procura suficiente, continuando a espiral recessiva. O melhor que podemos fazer para já é tentar congelar as coisas como estavam, mantendo os rendimentos e substituindo custos. Por isso, o ‘lay-off’ e os apoios mantêm os empregos e os rendimentos e foram suspensos processos de execução fiscal, os créditos de habitação e empresariais e as rendas das pessoas e das empresas mais afetadas. Para onde isso não chega, o Estado dá garantias para que as pessoas possam recorrer ao crédito para terem liquidez para fazer face às suas despesas. Este tem sido o modelo utilizado não só em Portugal como na maior parte das economias ocidentais. Mas, como em anteriores crises e pandemias, esta deve servir para respondermos a desafios estratégicos. Se vamos sair desta crise mais digitais, o COVID veio expor desigualdades e fragilidades nos serviços públicos que temos de resolver. Mas o maior desafio é mesmo a emergência climática. O investimento necessário para a travar é já menor que os apoios à economia a serem implementados mundo fora. Se, pelo contrário, virmos isso como uma distração, será a história que nos julgará.

Município de Oeiras Câmara Municipal

Alteração a Alvará de Loteamento AVISO ISALTINO AFONSO MORAIS, Licenciado em Direito e Presidente da Câmara Municipal de Oeiras. FAZ PÚBLICO que foi aprovada alteração ao Alvará de Loteamento 9/2001, situado em Oeiras, na Rua José Malhoa e Alameda Bonifácio Lázaro Lozano, Lote 5 e Lote 6 requerido por Trivial Devotion – Promoção Imobliária, Unipessoal - Lda, com morada para o efeito na Rua do Anjo, 77 em Braga. A alteração ao alvará de loteamento traduz-se no seguinte: - Unificação dos Lotes 5 e 6; - Implantação num único lote um edifício destinado a uma Unidade Hoteleira de 3 Estrelas; E para constar se passou este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Concelho de Oeiras, 10 de março de 2020

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O Presidente da Câmara Isaltino Morais

COVID 19:

Oeiras acolhe sem-abrigo Espaço tem capacidade para dez pessoas. data da admissão demonstrem teste COVID-19 negativo e não apresentem sintomas da doença. Diariamente é verificada a existência de sintomatologia dos utentes. Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, elogiou os utilizadores que ali se encontram “pelo facto de estarem a permanecer no espaço, demonstrando uma colaboração e uma postura pessoal absolutamente exemplares”.

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Câmara Municipal de Oeiras criou um centro de acolhimento para sem-abrigo em Paço de Arcos. A iniciativa surge no âmbito das medidas de combate à COVID-19, e contou com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia. “Esta é uma medida que tem como objetivo colocar estas pessoas em segurança, retirando-as da rua e, simultaneamente, minimizar o risco de propagação da COVID-19”, refere a autarquia em comunicado. Este espaço tem capacidade para acolher dez pessoas, estando atualmente quatro a usufruir deste serviço que, a par da oferta de cama para pernoita, têm acesso a banho e três refeições diárias, o que facilita a permanência dos utilizadores nas instalações em segurança. Segundo a autarquia, “têm acesso a este Centro de Acolhimento pessoas que sejam acompanhadas pelas entidades afetas ao Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Oeiras, sendo que as admissões são validadas pela Câmara Municipal de Oeiras e pelo IDEQ”. Só podem ser recebidas pessoas que à


Informação Geral

COMBATE À COVID-19

OEIRAS RESPONDE EM VÁRIAS FRENTES

Entrega de material, montagem de tendas de triagem e o apoio financeiro a instituições de intervenção social são algumas das medidas mais recentes da autarquia oeirense.

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resposta da Câmara Municipal de Oeiras no combate à COVID-19 está a decorrer em várias frentes. Na semana passada a autarquia entregou material essencial para o combate ao novo coronavírus. A oferta destinou-se a duas unidades hospitalares: no Hospital São Francisco Xavier foram entregues 60 seringas elétricas infusoras e 30 bombas elétricas infusoras. Já no Hospital Prisional de Caxias foram entregues 10 mil máscaras cirúrgicas, 150 máscaras formato FFP2, 100 viseiras e quatro termómetros lazer. Entretanto vão ser entregues outros equipamentos de proteção individual, designadamente fatos Tyveck, óculos panorâmicos, fatos hospitalares, gel (álcool), botas e toucas, entre outros, “que serão entregues à medida da sua chegada”, explica a autarquia. Em comunicado, a Câmara de Oeiras anunciou ainda ter entregado 4 mil pares de luvas ao Hospital São João de Deus. “O Município de Oeiras previu, no combate à pandemia, desde o primeiro momento apoiar todas as instituições do Concelho, entre elas os hospitais e estabelecimentos prisionais. Para o efeito foi aprovada uma revisão orçamental no valor 3, 735 milhões de euros”, adianta. Já no final de março, a Câmara Municipal de Oeiras e a Administração Regional de Saúde inauguraram uma tenda de Triagem COVID-19 do ACES, junto ao

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Centro de Saúde de Paço de Arcos, e ainda uma área dedicada à Avaliação e Tratamento de Doentes no Palácio Anjos, em Algés. Os testes são gratuitos mas dependem de prescrição atribuída pelos médicos de família do Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras. Oeiras dispõe ainda de um centro de testes COVID 19, “destinado exclusivamente aos funcionários do Município de Oeiras e aos técnicos que se encontram na linha da frente”, a funcionar na antiga Fundição de Oeiras. Ao nível social, a autarquia decidiu atribuir uma comparticipação financeira de 382 mil euros às IPSS. Ao mesmo tempo canalizou mais 100 mil euros para o Fundo de Emergência Social (FES), “para dar resposta às situações de vulnerabilidade social”. O montante será dividido em partes iguais pelas seguintes entidades: Centro Social Paroquial Cristo Rei de Algés, Centro Social e Paroquial de Barcarena, APOIO - Centro de Solidariedade Social, Centro Social Paroquial São Romão de Carnaxide, Centro Social Paroquial Senhor Jesus dos Aflitos, Centro Social Paroquial Nossa Senhora do Cabo, Centro Social e Paroquial São Julião da Barra, Núcleo de Instrução e Beneficência, Centro Social e Paroquial Nossa Senhora de Porto Salvo e Centro Social Paroquial São Miguel de Queijas.

COSTA DO SOL JORNAL OPINIÃO

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Nuno Piteira Lopes

TODOS POR TODOS NESTE COMBATE

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Mundo vive tempos novos. Não há memória de uma pandemia tão global quanto esta. O novo Corona Vírus (SARS CoV-2), causador da COVID-19, espalhou-se pelo planeta a uma velocidade nunca antes registada numa propagação viral. Ninguém, nem mesmo o maiores dos pessimistas, previu um impacto desta forma. França, Reino Unido e, sobretudo, Itália e Espanha, têm assistido a autênticos filmes de terror, onde a escolha entre quem vive e quem morre é, infelizmente, uma decisão quotidiana na vida dos médicos da “linha da frente”. Felizmente, talvez por culpa da nossa posição periférica, Portugal teve os seus primeiros casos mais tarde. Esse “delay” deu-nos algum tempo para agirmos e mobilizarmos esforços na protecção dos nossos cidadãos. Foi isso que fizemos em Cascais. Montámos no imediato um plano de acção. Tomámos medidas drásticas, mas necessárias. Colocámos todos os nossos meios à disposição deste combate e não olhámos a despesas para salvarmos vidas. Aproveitámos a robustez financeira da autarquia, que fomos construindo nos últimos anos, e fizemos as encomendas fundamentais para dotarmos os heróis da “linha da frente” com o material necessário para a sua protecção. Mas não foi só. Montámos dois centros de teste à COVID-19. Criámos uma retaguarda de 1300 camas para acolhermos infectados. Iniciámos um processo de desinfecção de todo o território. Estabelecemos acordos com entidades hoteleiras para que estas recebam profissionais de saúde e bombeiros que não queiram descansar em casa para protegerem as suas famílias. Acolhemos os mais vulneráveis, os sem-abrigo, colocando-os num espaço seguro, com condições de higiene e com uma alimentação adequada. Estreitámos os laços de cooperação com as juntas de freguesia para que estas possam dar apoio à população mais envelhecida, evitando que estes saiam de casa e se exponham a riscos desnecessários. Mas muito mais está a ser feito. Este combate não é só no campo da saúde, é também no económico-social. O presente está a ser drástico para muitas famílias e empresários, e o pós-pandemia, ameaça-nos com um cenário ainda mais negro. Temos, por isso, actuado para aliviar o impacto financeiro no orçamento familiar e na gestão das empresas. Para as famílias, criámos um fundo financeiro superior a 5 milhões de euros e fizemos uma revisão nos escalões da tarifa da água, garantido para a maioria das famílias uma poupança na factura superior a 12% por ano. Para as empresas, isentamos o pagamento de taxas municipais por um período de 6 meses, podendo ser alargado, e criámos uma APP - Compre Agora Ganhe Depois - para ajudar os empresários a venderem o seus serviços no presente para os fornecerem no futuro, quando o estado de isolamento social terminar. Também para os empresários, criámos uma linha de apoio, para que estes possam ter todo o acompanhamento de técnicos especialistas nas diversas vertentes do seu negócio. Estamos a trabalhar, todos os dias, lado-a-lado com quem está na “linha da frente”. É um orgulho contar com profissionais tão dedicados em todos os serviços, mas em particular nos nossos, da autarquia. A todos eles, de todas as áreas - saúde, serviços, socorros, segurança, fiscalização, voluntários, etc - o meu profundo agradecimento. Por eles, por todos, fiquem em casa.


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Informação Geral

CASCAIS

AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE PROTEÇÃO À COVID-19

Aplicação ajuda comércio Iniciativa da autarquia conta com parceria da AECC.

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romover a venda de vouchers que podem ser utilizados quando os estabelecimentos reabrirem ao público é o objetivo da app “Compre Agora, Ganhe Depois”, promovida pela Câmara Municipal de Cascais. A app faz a ligação entre os estabelecimentos comerciais e as pessoas: “hoje compramos, agendamos, marcamos. Amanhã usufruímos dos produtos ou dos serviços. A ideia é apoiar o comércio local, sendo que a APP está disponível para iPhone e Android”, revela a Câmara de Cascais em comunicado. A ideia é promover a venda de vouchers para serviços e produtos nas áreas da hotelaria, restauração, serviços e comércio, os quais poderão ser utilizados após o fim das medidas restritivas impostas pelo combate à Covid-19. “Cascais, enquanto concelho, sempre se preocupou com a dinamização da atividade económica. É a força motriz para uma sociedade mais capaz. Tudo faremos para, por um lado vencermos o vírus, por outro manter vive e firme a economia do concelho”, refere Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. A DNA Cascais e a AECC – Associação Empresarial do Concelho de Cascais são também parceiras neste projeto.,“É com gosto que a Associação Empresarial do Concelho de Cascais se associa a esta iniciativa que visa o apoio ao comércio local”, afirmou Armando Correia, presidente da AECC. As transações serão asseguradas pela empresa PAGAQUI que disponibiliza os seus terminais de pagamento para o consumidor efetuar a sua compra, através de débito ou crédito. Desta forma, quando os estabelecimentos reabrirem, os detentores dos vouchers terão acesso aos serviços e bens com benefícios (descontos variáveis na sua maioria) oferecidos pelo comércio aos utilizadores da app. Estes vouchers permitem “apoiar a tesouraria dos estabelecimentos comerciais, os quais, devido à atual situação do país, foram obrigados a fechar ou viram a sua atividade substancialmente afetada”.

EMPRESAS

Cascais cria linha de apoio Número 800 203 186 é gratuito.

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Câmara Municipal de Cascais criou uma linha de apoio especializada para apoiar empresas e empresários. “Esta é uma das medidas adotadas em Cascais para fazer face à situação de pandemia do novo coronavírus que atravessamos”, refere a autarquia em comunicado. Através da Linha Cascais 800 203 186 (chamada gratuita) será possível ouvir os conselhos de técnicos especializados. “Este serviço gratuito resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal em com a DNA Cascais Comércio e Empreendedorismo, Nova SBE, Deloitte, Associação Empresarial do Concelho de Cascais e Cidade das Profissões”, refere ainda a nota.

COSTA DO SOL JORNAL

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CASCAIS CRITICA COBRANÇA DE IVA

Município já adquiriu toneladas de equipamento de proteção individual.

O presidente da Câmara de Cascais critica a cobrança de IVA na aquisição de material de proteção, sublinhando que os municípios da Área Metropolitana de Lisboa já tiveram uma despesa superior a um milhão de euros com este imposto. Em causa está o facto de a aquisição destes equipamentos de proteção individual contra a Covid-19, provenientes da China, estar sujeita a uma taxa de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 23%, disse à agência Lusa Carlos Carreiras. “Não faz sentido que os municípios, que se estão a substituir ao Estado Central, com estas aquisições, ainda tenham de pagar IVA. Não é justo e essa situação deve ser revista”, defendeu o autarca social-democrata. “Sabemos que a isenção do pagamento de IVA se configura complicada, uma vez que seria necessário alterar o código contributivo, mas o Governo tem de encontrar um mecanismo para que as autarquias sejam reembolsadas”, acrescentou. As críticas de Carlos Carreiras foram feitas no dia em que o município de Cascais recebeu mais sete toneladas de equipamento de proteção individual contra a Covid-19 para ajudar entidades do concelho, como forças de proteção civil e instituições de solidariedade social. Está previsto igualmente que chegue até ao dia 08 de abril um novo carregamento de material de proteção, proveniente da China, no valor de 6,5 milhões de euros e que se destina aos municípios da AML. Com Lusa

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Opinião

COSTA DO SOL JORNAL

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Na prateleira

“Palavras e sonhos”

José d’Encarnação

Maria Clotilde Moreira

A FORÇA DO PODER AUTÁRQUICO

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andar pôr a bandeira a meia haste em sinal de luto pela primeira vítima cascalense do vírus que nos assola e, também, por todos os que têm sucumbido poderá parecer um acto menor. Não creio. Simboliza, para além do mais, a presença do poder autárquico e constitui a prova do que amiúde se proclamava mas nunca deveras se sentira: são os executivos das câmaras municipais e das juntas de freguesia que estão mais perto da população, que sentem os seus anseios, que – se lhes derem meios – melhor e mais eficazmente os podem satisfazer. Mais uma vez, Cascais está na linha da frente desse combate e soube ocupar a posição que o Governo central não poderia. A comunicação diária do Presidente aos munícipes a dar conta do que se está a fazer, e como, mostra bem o que deve ser essa imprescindível política de proximidade. Nunca como nestes dias se viram nas televisões tantos nomes de presidentes de Câmara ou de Juntas de Freguesia a pugnar pelos seus munícipes e fregueses. Nunca como nestes dias se arvorou bem alto o que Cascais há muito arvora: as pessoas em primeiro lugar! Muito há, pois, para nos congratularmos. Todos estamos plenamente conscientes que vai haver um d. c., «depois do corona». Mudará seguramente o nosso modo de vida, porque já é um encanto olhar para além do mar e ver, nítido, a sul, o Cabo Espichel, porque drasticamente diminuiu a poluição atmosférica. Já começamos a ter noção mais clara do que é ser vizinho e da necessidade de haver os contactos de uns e outros, não para andarmos metidos em casa alheia, mas para sabermos se está tudo bem e comunicar no momento em que se dá conta de alguma anomalia. Já começamos a saber responder ao «bom dia!», à «boa tarde!». Quanto estranhava, até há pouco, quando, no passeio pelo bairro com o Spike, eu saudava quem se cruzava comigo e nenhuma resposta eu recebia. Agora, não! Até o condutor do autocarro se saúda, por se reconhecer o seu labor social, o seu espírito de serviço. Justamente isso me chamou a atenção em Londres: saudava-se o motorista ao entrar no autocarro, ele respondia num sorriso, e agradecia-se-lhe ao sair e ele correspondia! Uma palavra ainda para a Comunicação Social local e regional. É nestas ocasiões que o seu papel se mostra imprescindível. Uma rádio local que nos mantenha informados, um jornal que supra as mil e uma mensagens que nos atafulham o telemóvel e nós queremos é saber do nosso concelho, da nossa terra! O director de um dos jornais a que mui gostosamente dou colaboração pensou em suspender a publicação, devido a não existirem eventos a noticiar nem publicidade que o mantivesse. E o executivo camarário impôs-se: «Não, senhor! Publica, pois! Nós ajudamos!». Vamos tendo máscaras, centros de diagnóstico, alojamento em hotéis e alimentação para o pessoal da linha da frente, graças à forte colaboração de todos. Rapidamente, os técnicos alteraram as linhas de produção para satisfazerem as necessidades prementes… Vamos levar a embarcação a bom porto!

Costa do Sol jornal - Semanário Regional de Oeiras e Cascais Estatuto Editorial: www.facebook.com/CostaSolJornal Fundador: J. Elias Martins Proprietária: Teresa Diana Prada Martins Editor: Labirinto de Páginas Unipessoal, Lda. NIF: 510676448 Sede e Redação: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 21 156 99 42 | 91 156 64 55

PARA ALÉM DO 19

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ace a esta ordem “fiquem em casa” famílias a viverem separadas resolveram juntarem para melhor gerirem as compras e sempre disporem de alguma companhia podendo até minorarem o isolamento dos mais velhos e organizarem os tempos livres dos mais novos. Alguns membros foram mandados mesmo para casa porque as escolas fecharam e estão ligadas por teletrabalho e outros até porque muitas das ocupações já eram feitas por meio destas novas tecnologias. De malas aviadas e equipamento informático chegaram a casas de férias, maiores do que as do dia-a-dia, com espaço de jardim e quintal e relativamente perto de uma cidade algumas até de renome no nosso País. E então descobrem-se carências que só vivendo com elas se acredita. Um exemplo é uma localidade perto das Caldas da Rainha cidade histórica, com turismo ainda apreciável que tem falhas grandes no acesso à Internet:

uma periferia num raio de doze quilómetros do centro da cidade. Como não tenho grandes conhecimentos desta nova tecnologia e da linguagem própria, talvez cometa alguns erros técnicos na informação mas tenho a certeza que o principal será compreendido por quem me ler. As operadoras que asseguram a internet não colocaram os “postes” com potência suficiente para abranger esta área das redondezas da cidade porque o número de casas não traria o rendimento que estão acostumados a receberem e lá vai chegando uma via de acesso à net agora depois caí e depois lá renasce. E segundo lamentos de outros amigos que vivem nas terras de província do norte também se continuam queixando da falta de rede de internet não permitindo até que familiares se possam lá demorar. A rede telefónica também tem falhas nunca mais suprimidas. Também no que se refere à intensidade da luz eléctrica a entidade

fornecedora não tem colocado uma rede que mantenha uma estabilidade no seu fornecimento e assim, é tão baixa a intensidade que as máquinas de cozinha “desmaiam”. Os técnicos chamados para repararem as avarias acabam sempre por referir que a instabilidade de fornecimento de electricidade é a responsável pelas avarias. Quando uma entidade concorre a estes fornecimentos que continuam a estar na vanguarda da vida das pessoas que habitam este País não deviam ser obrigadas a fazerem chegar a todas as casas – talvez a cem quilómetros do centro de uma cidade seja utopia mas num raio de doze quilómetros…? As entidades são para ganhar dinheiro para poderem pagar os equipamentos e ordenados e assegurarem a manutenção mas… depois vem na comunicação social que um super “gestor” ganha por dia – por dia – seis mil euros. E aqui acabo a perguntar: não podia ganhar menos um bocadinho e a empresa assegurar uma rede de fornecimento mais alargada? Esta semana o 19 chamou-me a atenção para estas pequenas coisas.

Reservas Manuel Machado

DO HOMO SAPIENS AOS CALAMARES!

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oda a sabedoria conquistada pela humanidade sofreu, naturalmente, avanços e recuos. Tudo leva a crer que assim continuará a ser no futuro. Aliás, o termo evolução pode até ter uma conotação negativa se estivermos a falar de alguma doença e dissermos que ela está a evoluir. Interessante é sabermos que, nestas coisas da evolução da espécie, o mundo da genética admite que o cérebro do Homo Sapiens pode ainda crescer três vezes mais, elevando a nossa capacidade intelectual para o triplo! Para além disto, os entusiastas da inteligência artificial acreditam na possibilidade do corpo humano integrar partes robóticas, microchips e tantas outras inovações que poderão até permitir que um invisual recupere a visão. Ou que rapidamente tenhamos aí uma vacina para neutralizar este vírus corona que tantos danos está a causar. Seria fantástico, e acredito que esse momento chegará muito em breve!

Bem, considerados como pessoas, vamos construindo o nosso EU e, com a maior das naturalidades, este vai sendo alterado até alcançarmos a maturidade, se é que alguma vez a alcançamos. O mesmo se passa com as palavras que, com o passar dos tempos, adquirem novos sentidos. Devo dizer que, procurar o étimo das palavras será como procurar a Verdade, esse conceito sempre em construção e que tanto preocupou filósofos de todas as épocas, ao ponto de podermos assegurar que a própria História da Filosofia se revê nesta permanente inquietação. Pois bem: ainda que nem sempre seja fácil encontrar os tais étimos, este é um exercício requerido caso queiramos evitar duvidosas interpretações. Vejamos: se para os Romanos antigos a palavra bárbaro era sinónimo de selvajaria, hoje, para um brasileiro ou para qualquer hispano hablante, assume um sentido antagónico, isto é, para eles uma coisa bárbara é algo

FICHA TÉCNICA Diretor: Henrique Jorge Santos Redação: Carlos Gaspar da Silva E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Opinião: Alexandra Domingos, Clotilde Moreira, José d’Encarnação, Manuel Machado, Miguel Costa Matos, Nuno Piteira Lopes, Pedro de Sá, Rui Rama da Silva Secretariado: Deolinda Prada Martins Publicidade: Dina Oliveira e Bruno Antão E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt

de fantástico ou de sensacional. Nisto das palavras há que ter cuidado quando julgamos dominar um idioma. Fica aqui um de muitos exemplos possíveis: partindo do princípio que dominava o castelhano, o simpático português agradeceu ao empregado madrileno que lhe servira os “calamares” na Plaza Mayor, dizendo que estavam “espantosos”! Imediatamente notou um olhar recriminatório da parte daquele. Felizmente logo alguém esclareceu o simpático português que, na língua de Cervantes, “espantoso” tinha um significado totalmente diferente do atribuído em Portugal. O homem tinha acabado de dizer, alto e a bom som, que as lulas estavam horrorosas! O que não era verdade…

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Entrevista

COSTA DO SOL JORNAL

08/04 de 2020

ENTREVISTA A LUÍS MIGUEL REIS

“MUNÍCIPES TÊM CORRESPONDIDO AO DESAFIO” Luís Miguel Reis, do PS - Cascais, deu-nos a sua visão do concelho, numa altura em que a pandemia marca inevitavelmente a agenda.

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osta do Sol Jornal - A epidemia alterou a dinâmica em Cascais. Qual o contributo do PS - CASCAIS? Que medidas vão ser necessárias? Luís Miguel Reis - Este é um momento que nos convoca a todos. Vivemos hoje, enquanto comunidade, um momento profundamente atípico, que nos conduz a uma reflexão sobre aquilo que nos deve mobilizar e que nos deve igualmente afastar de questiúnculas e minudências que nada resolvem, na esperança que se dê palco ao que é verdadeiramente importante e ao que procura promover o bem comum. As demais questões não devem ter palco. No PS - Cascais, independentemente do momento que vivemos, sempre perspetivámos a nossa intervenção tendo por base uma dimensão contributiva. Isto não é um combate entre um “nós” e um “eles”. Se o que nos divide são as políticas e as opções, cabe-nos a responsabilidade apresentar o rumo alternativo. A cada momento, criticando construtivamente. E é nesse sentido que também neste momento atípico temos contribuído com as nossas propostas. Fizemo-lo porque entendemos que as propostas da Câmara ficam neste momento aquém das necessidades, nomeadamente no apoio às famílias e às inúmeras organizações que neste momento se assumem como parcei-

ros essenciais em áreas determinantes. Quem quiser conhecer essas propostas, uma vez que são extensas poderá consultar a comunicação que o PS Cascais fez chegar aos órgãos de comunicação social e que foi igualmente partilhada nas nossas redes sociais. Essa comunicação contempla todas as medidas que entendemos propor, de forma construtiva, na certeza de que este é um diálogo que perdurará no tempo, tanto quanto a crise que decorrerá da atual pandemia. Não há uma receita perfeita, mas estou certo que em conjunto com o Governo e com as demais instituições que

neste momento se mobilizam em torno de uma causa comum, teremos condições para superar este enorme desafio que se nos coloca. Não posso acabar de responder a esta questão sem sublinhar ainda que a Junta de Freguesia de São Domingos de Rana, sob gestão do Partido Socialista, tem prestado um extraordinário desempenhado na articulação com o município, com os agentes de proteção civil e demais entidades que estão a desempenhar funções essenciais em prol da nossa comunidade. O apoio à população mais carenciada e isolada socialmente tem sido preponderante neste momento crítico, quer através dos 47 voluntários que diariamente dão o melhor de si, quer através da clínica social onde os 5 psicólogos que a linha dispõe estão constantemente em contacto com a referida população. CSJ – Como avalia a resposta dos munícipes à necessidade de recolhimento? LMR - Tem sido extraordinária. Não vou falar daquele momento inicial na praia de Carcavelos que até acabou por permitir que se fizesse alguma pedagogia. A verdade é que os munícipes de Cascais têm correspondido na plenitude ao desafio que esta pandemia nos coloca. Não só por parte daqueles que cumprem a necessidade

de distanciamento e recolhimento, mas sobretudo de todos aqueles profissionais que continuam a prestar à comunidade um conjunto de serviços essenciais. É em momentos como estes que sobressai o que de melhor temos e que por vezes na azáfama dos dias não damos o devido valor. É em momentos como estes que somos capazes de olhar uns para os outros e simplesmente ver. Ver que por vezes um simples gesto tem um enorme significado, ver que afinal podemos fazer mais e melhor, ver que fazemos a diferença, ver que os outros, que todos numa comunidade, importam. Por isso quando dizem que jamais nada será o mesmo depois desta pandemia, a minha esperança é que isso signifique que voltámos a importar-nos com o que nos rodeia. Com a nossa comunidade. Que tenha ficado definitivamente incrustado e visível no dia-a-dia o que de melhor temos e somos. CSJ - Iniciou novo mandato. Quais as principais linhas de orientação? LMR - Para lhe responder a essa questão é preciso recuar até 2013 para se perceber o que nos mobilizou e o que nos motiva. Em 2013 depois de um dos piores resultados de sempre do PS em Cascais, um grupo de camaradas entendeu que era chegado o momento de inverter, não só a sangria

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Entrevista

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eleitoral que persistia desde 1997, onde a cada ato eleitoral o PS perdia votos, mas sobretudo era o momento para inverter as políticas, mudar os protagonistas, reforçar a militância e dignificar a ação e a prática política. Fruto desse trabalho em 2017 subimos de 14 mil votos, para os 22 mil votos. O terceiro melhor resultado de sempre, apenas superado pelas duas vitórias do PS em 1993 e 1997. Em 2019 obtivemos perto de 32 mil votos nas legislativas, afirmando-nos como o Partido mais votado em Cascais, vencendo em 3 das 4 freguesias. Feito este enquadramento, é fácil de perceber quais são as principais linhas de orientação para este mandato. Por um lado, continuar o caminho que iniciámos de credibilização da ação política, fugindo à crítica estéril e à fulanização, centrando a nossa intervenção exclusivamente nas políticas e opções e não em combates e crispações pessoais que tantas vezes ganham eco na comunicação local em detrimento dos excelentes exemplos de participação que existem por este concelho fora. Por outro, reforçar a proximidade com os diversos sectores da sociedade civil, onde os autarcas do PS têm sido não só uma presença assídua, mas também têm colaborado na resolução de diversas situações. E é no reforço destas duas vias, credibilização e reforço da proximidade, que apresentaremos em 2021 uma candidatura diferenciadora em relação às demais candidaturas das outras forças políticas e movimentos cívicos. O que a diferenciará? A resposta eu encontro naquela que é para mim a pedra basilar da minha intervenção

enquanto interveniente político. Sensibilidade social. Só com sensibilidade social estaremos em condições de investir no desenvolvimento e na melhoria da qualidade de vida das nossas populações. Quando não se compreende, não se é sensível. E quando não se é sensível não somos permeáveis às dificuldades de quem nos rodeia. Só com esse conhecimento sobre o contexto e as circunstâncias seremos capazes de identificar, reconhecer e valorizar o trabalho que tem de ser feito, intervindo diretamente nas causas ao invés de disfarçar as consequências. É este o caminho que nos propomos percorrer. CSJ - Existe uma vontade de renovação? LMR - A renovação tem sido uma preocupação constante desde o início do meu primeiro mandato. Na altura, com mais de uma década na oposição, tínhamos um partido relativamente cristalizado, nos mais diversos sentidos. Essa foi uma das razões que me levou a assumir o enorme desafio que é presidir ao PS Cascais. Devo acrescentar que para mim a questão da renovação não se coloca só na perspetiva geracional e de futuro, mas sobretudo na capacitação das estruturas com recursos humanos com conhecimentos e valências heterogéneas. Desde então a cada ato eleitoral tem havido uma considerável renovação dos autarcas nos mais diversos órgãos. É um facto que também por essa via têm sido inúmeros os jovens que se têm afirmado com uma enorme qualidade e que garantem o rejuvenescimento do PS. Um excelente

exemplo disso é o caso do deputado mais novo da atual legislatura na Assembleia da República, Miguel Matos, que é igualmente deputado municipal do PS em Cascais e que, à semelhança de outros jovens, tem desempenhado um papel preponderante na defesa de um conjunto vasto de causas que nos dias de hoje mobilizam a juventude. Quanto à questão da liderança, embora possa ainda fazer mais um mandato, entendo que o momento certo para sair será a seguir às próximas eleições autárquicas de 2021 e já tornei essa minha intenção pública. Deste modo permitirei desde já que o partido se prepare para esse momento, assegurando igualmente que a direção política que vier a seguir possa preparar o ciclo político subsequente até 2025 sem interrupções. Regressarei então à minha condição de militante de base, na certeza porém de que quem vive e sente o seu concelho, a sua comunidade, não pode ficar ausente de algum tipo de participação ativa. Já o faço há cerca de trinta anos e de alguma maneira continuarei a dar o meu modesto contributo. CSJ - Qual o perfil que o PS Cascais entende como mais favorável à vitória nas autárquicas? LMR - O perfil sobre o qual estamos a trabalhar não se restringirá apenas aos cabeças de lista aos vários órgãos. Queremos que todos os elementos que venham a integrar as nossas listas sejam naturalmente pessoas de causas, com valores humanistas, e sensíveis às desigualdades e assimetrias vividas no concelho. Não po-

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deria estar mais satisfeito pela forma como estamos a conduzir esta nova candidatura autárquica. Conjuntamente com as demais estruturas do concelho que preparam também as suas candidaturas às Juntas de Freguesia apresentaremos uma equipa capaz de protagonizar um estilo de governação profundamente diferente. Mais humanizado, com a tal sensibilidade social que referi anteriormente e com um compromisso por Cascais, assente na ideia de que não haverá um desenvolvimento sustentável sem que todos façam parte dele. Pretende-se um Cascais inclusivo e pensado por inteiro, respeitando as naturais idiossincrasias territoriais, mas trabalhando constantemente numa visão de coesão, desenvolvimento e sustentabilidade. A nossa equipa será por isso caracterizada e reconhecida pela proximidade, honestidade, transparência e com um profundo sentido de serviço público procurando recuperar e merecer a confiança dos nossos munícipes, pois só assim, reduzindo o distanciamento, será possível envolver todos em torno de um projeto que se pretende agregador. Reconhecendo que Cascais é um concelho único e com potencial para ser tudo aquilo que ainda não é, creio que é chegado o momento de olhar para o que nos é proposto e que se reflita sobre que concelho queremos. Como se costuma dizer, “por velhos mapas não se chega a novos destinos” – passados que estão estes 19 anos de governação PSD/CDS em Cascais, é chegado o momento de ambicionarmos uma gestão centrada nos Cascalenses, no seu bem comum, bem-estar e qualidade de vida.

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Informação Geral

JUNTA DE FREGUESIA DE CASCAIS E ESTORIL TENTA MINIMIZAR EFEITOS DA PANDEMIA

MAIS DE 50 VOLUNTÁRIOS AJUDAM POPULAÇÃO Equipas já distribuíram mais de 250 refeições quentes diárias.

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ão mais de 50 os voluntários que estão a apoiar idosos e famílias necessitadas na Freguesia de Cascais e Estoril. Devido ao estado de emergência e ao recolhimento, são muitos os agregados que precisam de ajuda, seja na distribuição de alimentação, seja entrega, por exemplo, de medicamentos. Segundo Pedro Morais Soares, a participação tem excedido as expetativas. “Estamos com 51 voluntários mas há mais 40 em lista de espera que também querem ajudar”, revela o presidente da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, sendo que muitos deles já participaram em iniciativas como a Semana do Voluntariado Jovem. Durante este estado de emergência, a equipa de voluntários da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril já distribuiu mais de 200 refeições quentes diárias a pessoas necessitadas e ainda mais de 50 a forças de segurança. Ao mesmo tempo, foram feitas mais de 300 entregas de medicamentos e produtos. Estes voluntários estão também a dar apoio ao Banco Alimentar, distribuindo bens às famílias que não se podem deslocar. Como explica Pedro Morais Soares, além do investimento da própria Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, destaca-se o apoio de várias empresas e entidades, como o Deck Bar, o Paladar da Guia, o Ténis do Estoril, a Fábrica de Bolos, o Externato de Nª Senhora do Rosário ou o Colégio de Saint James, que têm oferecido refeições para a junta distribuir. Refere ainda o autarca o apoio da Farmácia Silveira, que doou 400 kits para médicos e enfermeiros, da Poupança Cash and Carry, que ofereceu duas mil águas e barras energéticas para profissionais de saúde, da comunidade nórdica de Cascais, que fez um donativo de 9 mil euros para cabazes, da Fonte Viva que também ofereceu águas, e dos pescadores de Cascais que, nesta Páscoa, vão disponibilizar mais de 90 quilos de peixe para famílias necessitadas. “O apoio local passou também por doações feitas por empresários individuais, que fizemos chegar como máscaras para os centros de saúde”, sublinha Pedro Morais Soares. E acrescenta: “os serviços da junta de freguesia mantém-se ativos, estando disponíveis por contacto telefónico [968772739/ 910016046/910017923] ou via email para social@jf-cascaisestoril.pt. Foram criados estes meios com o objetivo de manter o apoio à dis-

tância que permitem acionar e sinalizar situações de risco, mas que também funcionam como linha de conforto e de apoio à população em geral”. A Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, em parceria com a Associação Empresarial do Concelho de Cascais, está também a atualizar e a divulgar uma lista de empresários locais que mantêm a sua atividade aberta de entregas ao domicílio ou take-away, contando já com mais de 70 inscrições de empresários locais. Desenvolveu ainda uma parceria com a Câmara Municipal de Cascais a apoiar os filhos de trabalhadores especiais, para que estes profissionais consigam estar na linha da frente.

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OPINIÃO

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(Re)Ação Alexandra Domingos

A IMPORTÂNCIA DAS AUTARQUIAS NO COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

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novo coronavírus chegou a Portugal e instalou-se sem pedir licença. Desde o final do ano 2019 recebíamos notícias provenientes da China de que tinha surgido um novo vírus com a particularidade de ter um enorme poder de transmissão. Longe dos nossos pensamentos estaria, certamente, aquilo que hoje estamos a viver. A maioria de nós, até mesmo jovens como eu, ainda nos recordamos de ter passado pelo surgimento de novos vírus ou pela disseminação de algumas doenças, que nos trouxeram preocupações acrescidas, mas que nunca nos limitaram como o COVID-19. Certamente que muitos terão pensado que esta era apenas mais uma. O coronavírus não é apenas mais um vírus e rapidamente saiu da China para todo o Mundo. O Mundo global e a alta velocidade, levou consigo o vírus a quase todos os países do planeta. Em poucos dias vimos as nossas rotinas, os nossos hábitos e a nossa vida virada do avesso. As exigências são muitas, rigorosas mas indispensáveis. Enquanto comunidade, cresce o sentimento de responsabilidade e de solidariedade. Pedem-nos que não façamos nada, apenas que fiquemos em casa. Para esta odisseia, que leva agora perto de cinco semanas desde o primeiro caso confirmado em território nacional, ninguém estava preparado. Não há forma de estar preparado para o impacto do coronavírus num espaço tão reduzido de tempo. Nenhuma organização, nenhuma instituição, nenhuma empresa, nenhuma família, ninguém. Entre ação e reação está um espaço temporal tão curto, que passou a exigir das autoridades de saúde e segurança e dos decisores políticos um ritmo frenético e intenso de decisão. Muito se podia dizer sobre o papel de cada um nas últimas semanas, mas entendo que o foco e aquilo que nos deve agarrar à luta de cada dia são os bons exemplos. Aqui gostaria de destacar o papel das autarquias locais – câmaras municipais e juntas de freguesia – nas pessoas dos seus eleitos, trabalhadores e dezenas de voluntários que a eles se uniram. Por estes dias, as autarquias são – como sempre foram - a resposta mais próxima dos cidadãos e também a mais imediata. Em Cascais, os exemplos positivos estendem-se a todas as freguesias, bem como ao município. Organizam-se equipas para confecionar e fornecer refeições e acolhimento à população sem-abrigo; a população mais vulnerável pode recorrer a serviços de entrega de bens de primeira necessidade e produtos de farmácia, na maioria das vezes pela mão de voluntários; disponibiliza-se apoio psicológico; atualizam-se todos os dias os estabelecimentos comerciais que continuam a laborar, quer seja na área alimentar, quer em muitas outras que continuam a prestar serviços essenciais; desinfetam-se paragens de autocarro, espaços públicos, ruas inteiras e tantos outros locais. As autarquias desempenham uma vez mais um papel de proximidade que é fundamental, que reconforta e contribui para um confinamento mais tranquilo. Por estes dias, enquanto à maioria de nós nos é pedido que fiquemos em casa, muitos dos nossos concidadãos estão na linha da frente para minimizar o impacto do maldito vírus que nos afronta. Por todos eles, por todos nós, por cada um e cada uma: fique em casa!

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OEIRAS

Câmara abre concurso para aquisição de mais oito autocarros Linha Combus irá chegar a todo o concelho até ao final de 2020.

A

Câmara de Oeiras abriu concurso para a aquisição de mais oito autocarros para o projeto de serviço de transporte gratuito Combus, anunciou a autarquia. Em comunicado, a câmara adianta que será adotado um procedimento por concurso público, com publicidade internacional, cujo preço base é de 720 mil euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. “Atendendo ao preço base previsto para este procedimento, o contrato a celebrar, decorrente do mesmo, deverá ser submetido a fiscalização prévia do Tribunal de Contas”, adianta a autarquia presidida por Isaltino Morais. Na nota, a câmara lembra que o serviço de transporte gratuito foi retomado no atual mandato (em junho de 2018) com um primeiro trajeto nas localidades de Algés, Cruz Quebrada – Dafundo e Linda-a-Velha. Em março deste ano, este serviço de transporte chegou a Oeiras, Paço de Arcos e Caxias. A autarquia pretende alargar este serviço de transporte gratuito a todo o concelho até ao final de 2020, de modo faseado, seguindo-se as freguesias de Carnaxide e Queijas e, por fim, Barcarena e Porto Salvo. A Câmara de Oeiras prevê um investimento de 2 milhões de euros no serviço Combus, “dando seguimento à estratégia definida no Novo Ciclo de Desenvolvimento para garantir melhores condições de mobilidade. Com Lusa

OPINIÃO

Informação Geral

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“Click” Rui Rama da Silva

VAMOS DAR OS BONS-DIAS

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ão será original expressá-lo, mas quero fazer coro com todos os que sofrem com esta pandemia e que procuram lutar para, no momento crítico que ainda estamos a viver, ter já um olhar mais além. Faço coro com aqueles que por convicção pessoal ou coletiva de vária ordem, que pode até nem ser coincidente noutros aspetos, salvo na vontade de vir a sermos capazes e acreditarmos ser possível, não apenas fazer de novo, mas fazer muito melhor. Todos sabemos e sentimos caírem por terra sonhos e projetos, mesmo que momentaneamente. Sentimos a vida abrandar o ritmo, sujeitamo-nos a um confinamento nas nossas casas, quebramos laços sociais e deixamos de poder expressar fisicamente as nossas afinidades, com um beijo, um abraço ou um simples aperto de mão. Se calhar, pela rotina com que o fazemos, porventura só agora, privados de os executar, os avaliamos e valorizamos. Os pró-

prios dias e a sua sequência semanal perdem o sentido de antes já que cada um, ao contrário do passado, passa a ser quase igual ao anterior e ao seguinte. Vivemos também, cumpridos os distanciamentos, momentos de solidariedade entre vizinhos com gestos de inter-ajuda nunca vistos nem repetidos. O Papa Francisco afirmou no recente Domingo de Ramos que “a vida não serve se não se serve”, ou seja, a vida não serve se não serve para servir os outros. Entre nós portugueses, cascalenses será bom que pensemos isso, mas que também o manifestamos entre nós. Fazê-lo é também uma forma de combatermos o desânimo, a frustração e até o medo que hoje nos assalta. E até, também, abrir a cortina da nossa janela e ver que o sol continua a brilhar com um outro olhar sobre nós, os que nos rodeiam e o meio em que vivemos. No final disto tudo saberemos

se aproveitámos, ou não, esta oportunidade de repensar tanta coisa, avaliar outra tanta e perspetivar muita mais. Para já, o mínimo que podemos fazer por nós e pelos outros é salvaguardar o confinamento a casa. E àqueles que por motivos de vária ordem tenham que passar na via pública e cruzar-se com outros, lanço o desafio para que não o façam com ar carrancudo, postura agressiva ou egoísta. Mantenham a distância, como é óbvio, mas façam-no com um sonoro bons-dias e até um sorriso. Assim, todos venceremos melhor a situação. PS: Quero aqui ainda dirigir um forte abraço a todos os que conseguiram vencer os obstáculos para que esta edição do jornal possa voltar aos seus leitores. Quero também agradecer em nome dos bombeiros e dirigentes dos Voluntários de Cascais todas as mensagens que lhes têm sido dirigidas, e cujo quartel tem estado fechado por contingência devida à pandemia e por razões que lhes são alheias. A esse propósito será de destacar a colaboração da autoridade local de saúde de Cascais, do serviço municipal de proteção civil de Cascais, e por maioria de razão, o apoio direto e pessoal do presidente da Câmara Municipal, Carlos Carreiras.

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Desporto

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CORONAVÍRUS COVID-19

“ESTORIL OPEN” E “MARGINAL À NOITE” ANULADOS E ADIADOS PARA 2021

Continua a fazer estragos no Desporto, provas nacionais jovens ficaram a meio, Jogos Olímpicos e Campeonato da Europa de Futebol adiados, competições paradas à espera de melhores dias.

S

ão dois dos muitos eventos desportivos que os concelhos de Cascais e Oeiras levam a efeito durante o ano, o “Millennium Estoril Open”, o mais mediático dos torneios de ténis em Portugal, prova com a chancela ATP, voltará em 2021 e decorrerá entre 24 de abril e 2 de maio, no Clube de Ténis do Estoril, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, estando neste momento os que já tinham adquirido um lugar na edição deste ano a ser ressarcidos do valor do bilhete adquirido. “A Marginal à Noite”, agendada para 13 de junho, prova que todos os anos conta com milhares de participantes, também não vai acontecer tal como a Câmara Municipal de Oeiras fez questão de comunicar, assim como outros eventos desportivos apon-

tados para os próximos meses, onde pontua a “Travessia António Bessone Basto”, que dificilmente este ano vai disputar-se entre as praias de Santo Amaro e Paço de Arcos e a Marina de Oeiras. Em risco de também ficarem

pelas últimas provas, o ‘GP Monte Real’ e ‘GP Leião’, está o “28.º Troféu de Atletismo de Cascais” e o “38.º Troféu CMO-Corrida das Localidades”, ambos com participação de muitas centenas de atletas e com as derradeiras mar-

CAMPEONATOS NACIONAIS JOVENS DE FUTEBOL E FUTSAL CANCELADOS Ficaram pelo caminho os títulos nacionais de futebol e futsal sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol, medida que a Associação de Futebol de Lisboa não acatou em relação aos distritais das duas modalidades, mantendo assim a possibilidade dos jovens futebolistas e futsalistas regressarem aos palcos para decidirem

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cadas para final de maio e início de junho, enquanto o “Torneio de Veteranos de Cascais 2020”, em futebol, numa organização da União de Clubes de Futebol do Concelho de Cascais, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, viu o final da competição adiada para os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

os títulos de 2019/2020. Se no futebol o Estoril Praia e Sporting de Linda-a-Velha não poderiam chegar ao título nos três escalões, a formação júnior da AD Oeiras, a disputar a divisão secundária, estava em situação de poder festejá-lo e subir à divisão maior, não se sabendo neste momento a decisão federativa quanto a subidas e descidas tendo em vista a próxima época. Já no futsal a anulação pode ter evitado o festejo de campeão sub-20 ao Leões de Porto Salvo, formação que disputava o título com os grandes da modalidade, estando à frente da tabela quando estava cumprida a primeira volta da fase final, com 14 pontos, os mesmos do Sporting CP, mais um que o Caxinas, dois que o Sporting de Braga e quatro que o SL Benfica.


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Informação Geral

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