Costa do Sol - Jornal | 13 de Janeiro

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13 de janeiro de 2016

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Cascais

Ano III | N.º 122 | €0,01 Diretor Henrique Jorge Santos

Entrevista a Paulo Vistas, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

Pág. 08

Pág. 13

MARGIL

“Serei candidato em 2017”

NÚMERO NACIONAL

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Editorial

Esta edição, a primeira de 2016, marca uma nova etapa. Não é uma mudança, não é um corte. É apenas o reforçar de um espírito de inovação. Uma renovação que, esperamos nós, se traduza na conquista de novos leitores e na manutenção dos que fielmente acompanham o Costa do Sol – Jornal.

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Freguesia de Alcabideche comemora 175 anos

Os princípios, esses mantêm-se: somos um jornal independente dos poderes políticos, económicos e religiosos, aceitando um compromisso com os princípios éticos e deontológicos, e respeitando os valores do rigor e isenção.

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(Pág. 7)

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Ano novo. Também o é para o Costa do Sol – Jornal. Dois anos e meio depois do início deste projeto, continuamos a afirmarnos como um jornal aberto à participação ativa dos leitores, contribuindo para um jornalismo rigoroso e isento, tal como assumimos no primeiro dia.

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Em Oeiras ou em Cascais, o que pretendemos é chegar mais longe. Para estar mais perto de si. Destaque Págs. 04 e 05

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O Diretor, Henrique Jorge Santos

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Informação Geral

Costa do Sol jornal

13 de janeiro de 2016

INICIATIVA AUTÁRQUICA

OEIRAS CONTRA AS BEATAS

Ao mesmo tempo que tenta dissuadir os munícipes de atirar beatas para o chão, a autarquia vai distribuir vasos com areia para o pequeno comércio na zona baixa de Algés

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cabar com as beatas no chão é objetivo da campanha de sensibilização promovida pela Câmara Municipal de Oeiras. Sob o mote “Quebre o Hábito”, o município pretende consciencializar a população de que “as beatas são lixo e de que é urgente mudar o hábito de atirá-las para o chão”. Segundo nota da autarquia, “paralelamente à divulgação da mensagem através de vários suportes de comunicação urbana e digital foi dado início a uma experiênciapiloto na zona da baixa de Algés, que é particularmente afetada com a forte presença de beatas na rua, por dispor de uma grande concentração de estabelecimentos comerciais e consequentemente uma grande afluência de pessoas”. A experiência-piloto, que poderá posteriormente alargar-se a

todo o concelho, inclui a distribuição de vasos com areia à restauração para colocação à porta dos

estabelecimentos e a distribuição de um comunicado porta-a-porta aos moradores daquela localidade.

A Câmara Municipal de Oeiras tem também prevista a colocação de cinzeiros nas papeleiras de rua

em todo o concelho. No decorrer do projeto-piloto em Algés será realizada a monitorização do mesmo por técnicos do município, de modo a auscultar a adesão do público-alvo ao desafio lançado pela autarquia. Apesar de serem resíduos de pequena dimensão, calcula-se que as beatas demorem cerca de 20 meses até se decomporem e, por serem leves e móveis, são facilmente transportadas pelo vento e chuva até entrarem nos circuitos de águas pluviais, através por exemplo das sarjetas, terminando o seu percurso no mar e nas praias. A autarquia recorda ainda que “a prática de deitar as beatas para o chão é por isso uma atitude cívica e ambiental incorreta que contribui para a poluição do espaço público”.

SÃO DOMINGOS DE RANA

MARGINAL DE CASCAIS

Um projeto com mais de treze anos é agora uma realidade: a Escola Básica Padre Agostinho da Silva foi inaugurada.

Vinte mil euros é o custo previsto para o município após a operação de remoção da carcaça.

Autarquia inaugura nova escola do 1º ciclo

Remoção de baleia morta obrigou a corte de trânsito

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ito salas de primeiro ciclo e duas salas de jardim de infância acolhem desde o início do ano mais de 250 alunos nas novas instalações da Escola Básica Padre Agostinho da Silva, em Tires, São Domingos de Rana. Durante a inauguração da obra, que custou ao município mais de 2,1 milhões de euros, o presidente da Câmara Municipal de Cascais lembrou que se tratava de um “projeto previsto desde 2003” e que durante estes anos enfrentou “muitos obstáculos”. Carlos Carreiras afirmou também que esta nova escola insere-se na política de investimento prioritário para São Domingos de Rana, uma freguesia que “tem todas as condições para fazer parte da costa do sol”, atenuando “as assimetrias que há no território de Cascais”. Para além das salas de turma, a Escola Básica Padre Agostinho da Silva conta ainda com três salas de atividades e ateliês de artes, uma ludobiblioteca, uma sala polivalente e um refeitório. “Um sonho tornado realidade”, revelou Hélia Rodrigues, diretora do Agrupamento de Escolas Matilde Rosa Araújo. Com uma história de mais de 25 anos, a Escola Básica Padre Agostinho da Silva deve o nome ao Padre que fundou a paróquia de Tires e que se dedicou à comunidade da freguesia.

m quatro horas, a Câmara Municipal de Cascais, a Autoridade Marítima e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade procederam à remoção da baleia morta que deu à costa no passado fim de semana na praia da Parede. Os trabalhos de remoção implicaram o corte de trânsito na avenida Marginal de Cascais, entre Carcavelos e a Parede, que ficou normalizado a partir as 21h da passada terçafeira. Em declarações à Lusa, o comandante Mário Domingues, da Capitania do Porto de Cascais, referiu que a baleia — que pesava dez toneladas — foi removida com uma grua e enviada para um aterro sanitário do concelho. As circunstâncias de remoção da carcaça obrigaram “o uso de maquinaria pesada nomeadamente uma grua”, assim como de outras viaturas de apoio e “como tal o uso desses equipamentos exigem um raio de segurança de toda a marginal”. Segundo a autarquia, tratava-se de uma “baleia-comum, ainda juvenil, com oito a dez metros de comprimento”, depois de ter andado à deriva, deu à costa na tarde de sábado junto à praia da Parede. As opera-

ções contaram com o apoio da Proteção Civil Municipal, da Cascais Ambiente, da Cascais Próxima e da Polícia Municipal. Para executar a operação, o comandante Mário Domingues explicou ainda que além da grua, houve também um camião que fará o transporte da carcaça, sendo por isso impossível “não causar transtorno” aos automobilistas. O trânsito esteve interrompido no troço entre a rotunda da Avenida Jorge V (em frente à praia de Carcavelos) e os semáforos da Parede. A circulação automóvel será desviada para o interior de Carcavelos e Parede. Os custos da operação podem ascender aos 20 mil euros e foram assumidos pelo município de Cascais. Nas redes sociais, o presidente da câmara municipal lembrou que a autarquia “não tem qualquer obrigação legal no resgate do cadáver”, sendo essa “uma responsabilidade exclusiva da Autoridade Marítima”. Contudo, adiantou Carlos Carreiras, “a Câmara de Cascais não tem por hábito empurrar responsabilidades”. Quanto às críticas sobre o atraso do arranque da operação, o autarca defendeu que “as condições meteorológicas não o permitiram”.


Informação Geral

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AUTARQUIA APRESENTA EVENTOS PARA 2016

VILA NATAL E MUSIC FESTIVAL GROOVE PELA PRIMEIRA VEZ EM CASCAIS Desporto, cultura, eventos e conferências. São algumas as novidades e muitos os repetentes na lista de eventos agendados para 2016 na vila de Cascais.

O Lumina traz milhares a Cascais

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Vila Natal no Parque Marechal Carmona e o Music Festival Groove Cascais no Parque Palmela são as grandes novidades no que toca a eventos para 2016 no concelho de Cascais. Presidente e vice-presidente da autarquia apresentaram as várias iniciativas da câmara para este ano e os destaques vão também para o desporto, com o regresso do World Corporate Golf Challenge - maior e mais reconhecido torneio do mundo de golfe para empresas, e do Mundialito de Futebol de Praia, a realizar-se em Carcavelos (ver pág. 15). Durante a apresentação dos eventos, o Miguel Pinto Luz lembrou que Cascais é “o destino nacional com indicadores de gestão mais elevados”, num concelho onde o preço médio por quarto em 2015 foi de €91. Em 2014, revelou o vice-presidente da câmara, “registaramse mais de 1,2 milhões dormidas anuais, correspondendo a um retorno direto de cerca de €110 milhões, e a um retorno indireto de mais de €350 milhões”. Miguel Pinto Luz sublinhou também que Cascais é “o destino continental com maior número de dormidas de hóspedes oriundos do estrangeiro”, com uma taxa média de ocupação de 60%. Neste sentido, Carlos Carreiras

toon, de 28 de julho a 3 de agosto na Cidadela de Cascais, o Festival Internacional de Cultura, que se realiza entre 9 e 18 de setembro no centro histórico da vila (e que poderá ter entre os convidados nomes como os de Mário Vargas Llosa, Henry Kissinger, Philip Roth ou Umberto Eco), e ainda o Lisbon & Estoril Film Festival, o festival de cinema que assinala o décimo aniversário. De fora não fica o Teatro Experimental de Cascais, que depois de comemorar os 50 anos durante 2015, entra no novo ano com “Guernica”, de Fernando Arrabal, com estreia em março, e com a “Tempestade”, de William Shakespeare, lá mais para julho. AUTÓDROMO DE FORA Festas do Mar regressam em agosto anunciou a abertura de duas novas unidades hoteleiras pertencentes a grandes cadeias internacionais. “Estas cadeias de valor geram mais emprego valorizado em Cascais, onde o desemprego é mais baixo que a média nacional”, realçou. EM AGENDA Os dois maiores eventos da vila já têm então data marcada. Este ano, as Festas do Mar realizam-se

de 19 a 28 de agosto, enquanto que o Lumina – Festival da Luz, “o evento que traz mais gente a Cascais”, irá decorrer entre 9 e 11 de setembro. Destaque ainda para o Cascais Classic Motorshow, que vai juntar, de 16 a 18 de setembro, centenas de veículos clássicos. Como é habitual, a Semana do Município decorrerá entre 7 e 13 de junho, assinalando o aniversário da vila. As conferências vão ter também

um papel importante no dia-a-dia do concelho durante este ano, com enfoque para o Horasis India Meeting, logo no início de julho no Centro de Congressos do Estoril. Destaque ainda para a cultura. Para além dos quatro concertos agendados para a Sinfónica de Cascais, uma por cada estação do ano, Miguel Pinto Luz anunciou a Exposição Agatha Ruiz de La Prada, de 9 de julho a 9 de outubro na Casa de Santa Maria, o World Press Car-

Um dos equipamentos ausentes dos inúmeros eventos apresentados foi naturalmente o Autódromo do Estoril. Em declarações ao Costa do Sol – Jornal, o presidente da Câmara de Cascais lembrou que seria importante envolver o autódromo na programação deste ano, mas que a autarquia vê-se forçada a aguardar pela decisão final do Tribunal de Contas, que não tem prazo limite para emitir o parecer. Carlos Carreiras adiantou porém estar a trabalhar para encontrar soluções alternativas, caso se confirme o chumbo.


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Entrevista

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ENTREVISTA A PAULO VISTAS

“OEIRAS NÃO É MAIS UM SUBÚRBIO” Está a meio do mandato mas considera que umas eleições não se ganham nas campanhas, mas sim no trabalho desenvolvido durante os quatro anos. Paulo Vistas anunciou ao Costa do Sol – Jornal a sua recandidatura como independente à Câmara Municipal de Oeiras em 2017.

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osta do Sol – Jornal – Que balanço faz a meio do seu mandato? Paulo Vistas - Diria que é um balanço muito positivo, independentemente de vivermos tempos complicados, da crise que assola as empresas e as famílias, independentemente da dificuldade que temos por força de todos os constrangimentos que nos foram impostos pelos últimos orçamentos de estado, nós não deixámos de cumprir com aquelas que foram as nossas promessas eleitorais. Ao fim de dois anos de mandato podemos afirmar que iremos cumprir com tudo aquilo que foram as promessas com que nos apresentámos os eleitores em 2013. Terminámos obras que vinham do passado, como o Complexo Desportivo de Porto Salvo, a última fase do Parque dos Poetas, o Rossio de Porto Salvo e a dedicação da Igreja de Porto Salvo. Concluímos a Igreja de Miraflores, que já estava parada há alguns anos, o edifício para o Centro Social de Nossa Senhora da Barra, na Paróquia de São Julião. O Centro de Saúde de Algés, que será inaugurado durante este ano de 2016. Lançamos o Centro de Saúde de Carnaxide, cuja obra será concluída ainda este ano, e lançámos o procedimento para a obra do Centro de Saúde de Barcarena, que já foi visada pelo Tribunal de Contas e que terá início este ano. Colocámos em funcionamento os dois equipamentos de saúde em Porto Salvo e Laveiras, que são hoje duas unidades de cuidados continuados integradas na rede social do Ministério da Saúde. Estamos a falar do reforço das camas sociais nesta área que era uma grande carência, não só em Oeiras, mas em toda a área metropolitana. CSJ – Que outras obras destaca? PV - Tivemos também a oportunidade de implementar um projeto no Mercado de Algés que ao fim deste tempo é um sucesso visível, independentemente das opiniões iniciais, umas mais críticas, outras mais renitentes, nomeadamente com o encerramento da rua paralela ao mercado, com a convivência entre os concessionários da câmara e os espaços de restauração. A verdade é que o Mercado de Algés é hoje uma centralidade que vem reforçar a oferta hoteleira e vem ajudar à dinâmica de toda aquela baixa, no que diz respeito à vida do comércio tradicional e de Algés como um centro de lazer. É uma das apostas ganhas e será um conceito a replicar, com as suas adaptações à realidade de cada um, nos outros mercados, quer de Paço de Arcos quer de Oeiras, porque efetivamente são espaços que hoje necessitam de uma intervenção porque estão a ficar moribundos. Não posso deixar de referir as obras da Cidade do Futebol, que foi um investimento de 12 milhões de euros totalmente privado, pela FPF. O Governo e a Câmara Municipal de Oeiras tiveram um papel fundamental no sentido de permitir a desafetação daquele terreno no Jamor. Aquele projeto vai trazer uma vivência permanente das nossas seleções. Irá com certeza criar

número de licenciados, onde estão sediadas as maiores empresas de base tecnológica, onde estão instaladas grande parte dos institutos de investigação científica. Um município de uma área metropolitana como esta tende sempre a ser engolido pela força centrífuga de uma grande capital como é Lisboa. Nós conseguimos estar a par de Lisboa como uma centralidade e como um espaço que não é mais um subúrbio, que tem vida própria, que consegue gerar riqueza, emprego e valor. Mas acima de tudo, que seja um espaço de gente feliz e tolerante, de todos e para todos. CSJ – Oeiras é também um concelho envelhecido? PV - Oeiras não foge à regra nacional. É um concelho que está a envelhecer. Nós te-

postos de trabalho mas acima de tudo irá alavancar a imagem de Oeiras, não só a nível nacional mas também internacional, e será também um fator positivo para a dinâmica da economia local. Ao fim de tantos anos, nós conseguimos captar esse projeto e torná-lo uma realidade. A sua inauguração irá acontecer no início deste ano. CSJ – O desemprego tem sido o maior adversário dos últimos dois anos? PV - Oeiras apresenta taxas de desemprego muito abaixo da média nacional. Nós somos o concelhos da área metropolita de Lisboa que tem a mais baixa taxa de desemprego. Mas isso não nos deixa satisfeito. O

desemprego é um problema mas para nós a forma mais correta de combatê-lo é apostar na captação de empresas, ajudar a economia local, criando postos de trabalho ao mesmo tempo que gera riqueza. Acho que Oeiras tem sido bem sucedida nessa área nas últimas décadas. Recentemente fomos considerados pelo INE o segundo concelho a nível nacional com maior poder de compra. Estamos apenas atrás de Lisboa e à frente de concelhos como o do Porto. Isso é realmente o reflexo do patamar de excelência que nos encontramos e de desenvolvimento que este concelho apresenta. Para que isso acontecesse, muito contribuiu o facto de sermos o concelho com o maior

mos reforçado as políticas sociais de apoio à terceira idade no sentido de proporcionarmos aos cidadãos com mais de 65 anos um processo de envelhecimento ativo e, acima de tudo, digno. Mantivemos a comparticipação nos medicamentos a pessoas com mais de 65 anos e com baixos rendimentos. Paralelamente a isso desenvolvemos um conjunto de atividades que vão desde o turismo sénior aos programas de atividade física, dos convívios à ocupação de tempos livres. Por outro lado a aposta na questão das acessibilidades, através de programas como a Oeiras Solidária, que permitiram quebrar o isolamento a vários idosos com mobilidade reduzida. Noutro sentido, as obras de re-


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qualificação de diversos edifícios nos centros históricos de Oeiras, Paço de Arcos e Carnaxide permitiu atribuir casas a jovens de Oeiras, em regime de arrendamento, o que terá um impacto positivo naquilo que é a vivência desses centros históricos, porque também é uma forma de regenerar e trazer gente nova para o centro. Temos a convicção de que isso irá permitir também ajudar na dinâmica do comércio tradicional e a incrementar os níveis de segurança dos centros históricos, porque havendo pessoas, o sentimento de segurança sai mais reforçado. Em 2016 iremos aumentar o número de fogos neste regime. CSJ – Tendo em conta o investimento nos centros de saúde, será importante que as autarquias recebam mais competências nesta área? PV - A saúde como a educação são para nós áreas prioritárias. A determinada altura, para nós não é importante se a competência é nossa ou da Administração Central. Para nós o que é importante é se há necessidade de realizar aquela obra. E no caso de Algés, basta ir às atuais instalações do centro de saúde para nos apercebermos da necessidade de construção de um novo edifício. O mesmo acontece em Carnaxide. O que queremos é criar condições para melhorar os serviços de saúde no nosso concelho. Se no futuro, o Governo entender descentralizar a área da saúde nós estamos recetivos, não

Entrevista çamos porque estávamos convictos que estes equipamentos não são obras de fachada, são obras que toda a gente reconhece necessária. CSJ – Haverá uma solução viável para o SATU? PV – No último governo, por impulso do ex-secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, os presidentes das câmaras de Cascais, Oeiras e Lisboa, bem como o presidente das Infraestruturas, realizaram diversas reuniões para discutirmos sobre o processo de concessão da linha de Cascais. Era minha vontade que o SATU pudesse ser integrado nesse processo, que o sistema de transporte público fosse gerador de procura. Com a mudança de Governo, não sei se irá avançar ou não. Faz todo o sentido a ligação entre a linha de Cascais e a linha de Sintra através de um sistema de transporte de superfície. Mas isso será uma decisão para quem ficar com a futura concessão da linha de Cascais. O prazo que nós temos é até ao final do primeiro semestre de 2016. Se nada acontecer iremos proceder à retirada do material circulante e iremos manter os edifícios e a estrutura, para os quais teremos de encontrar outro destino. CSJ – Quem tem razão na polémica do projeto para a ribeira do Jamor? PV – A associação e os seus membros têm toda a legitimidade para reclamar. Não per-

como aquela zona está é que não pode continuar. É uma grande preocupação do ponto de vista ambiental. Espero que aquela zona mude radicalmente no sentido de gerar valor e riqueza, com a possibilidade de criação de novas zonas de lazer, de atividades económicas e de melhoria da qualidade de vida, por força de uma localização ímpar. CSJ – Ainda é cedo para se preocupar com as próximas eleições autárquicas? PV - Eu geralmente preocupo-me com as próximas eleições no dia seguinte a ter ganho. Umas eleições não se ganham numa campanha, ganham-se naquilo que é o trabalho que se desenvolve durante os quatro anos. CSJ – O que acontece ao IOMAF (Isaltino - Oeiras Mais à Frente)? PV - O movimento de cidadãos independentes, por força da lei, extingue-se no dia seguinte às eleições. Portanto, nós teremos que criar um novo movimento para concorrermos às eleições de 2017. Foi assim em 2009 e 2013. Em cada eleição é necessário proceder à recolha de assinaturas para constituir um movimento. É isso que iremos fazer. Eu serei candidato em 2017. É uma decisão que já tomei. CSJ – Como independente? PV – Como independente. Não sou militante de nenhum partido. CSJ – Não recebeu convite de nenhum partido? PV – Não. Mas acho que ainda é cedo para os partidos estarem focados na autárquicas. Não tenho qualquer tipo de problema de afirmar de que seremos candidatos novamente em 2017. CSJ – Isaltino Morais poderá será seu apoiante ou ele próprio candidato?

creio que seja logo que nos ultrapasse em termos de capacidade. A Câmara de Oeiras já demonstrou que em questão de proximidade, muitas áreas estão melhor entregues aos municípios do que a qualquer outro organismo mais distante dos problemas. CSJ – A Câmara irá recuperar esse investimento? PV - Foi assinado entre nós e a Administração Regional de Saúde um contrato-programa no sentido dessa entidade comparticipar o investimento. No entanto, o terreno e o projeto foi disponibilizado por nós. Mas quando decidimos avançar, não tínhamos nenhum contrato-programa assinado. Avan-

cebo é porque o fazem de forma extemporânea. Aquele plano teve um período de audiência e consulta pública. Seria a altura certa para que os críticos se tivessem pronunciado. Não o fizeram. O plano foi aprovado e durou uma década até à construção de uma versão final. Nesse processo de elaboração estiveram envolvidas para cima de trinta instituições. Não posso acreditar que um plano que foi analisado entre trinta organismos públicos e privados possa conter ilegalidades. A Câmara limitou-se a ser mais uma entidade. Um plano pormenor é um processo complexo, participado e mais trabalhado do ponto de vista técnico do que político. Independentemente da solução, tal

Costa do Sol jornal

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PV – Poderá ser tudo isso. Mas essa é uma decisão dele. O nosso movimento teve a figura de Isaltino Morais na origem e faz todo o sentido que continue a ter. Ele está intimamente ligado a este projeto, não vejo de outra maneira. Mas a decisão de Isaltino Morais estar ou não estar é dele. Estou convencido que ele é uma figura que fez, faz e continuará a fazer parte deste movimento e projeto. CSJ – Como viu a presença de presidentes de juntas desse movimento nas listas do PSD para as legislativas? PV - A grande diferença entre partidos e os movimentos de cidadãos é que não colocamos amarras às pessoas. Quem está neste movimento está de forma livre. E tem pessoas de todos os quadrantes políticos. Mas aquilo que nos une é a atividade autárquica. E é possível nessa atividade reunir pessoas de diversas ideologias. Já o provámos ao longo dos anos. Ou seja, o facto das pessoas serem livres, em eleições legislativas ou europeias são livres de apoiarem partidos ou candidatos. A força deste movimento é a sua diversidade e a sua capacidade de conjugar diversas formas de pensar para que no fundo todos possam contribuir para um melhor futuro de Oeiras. O trabalho e a decisão nas autarquias é perfeitamente compatível com a diversidade. Mas não há dúvida que, para os partidos, Oeiras é um concelho apetecível, urbano, com muitos eleitores. Qualquer um deles tenta aumentar a sua influência junto daquelas pessoas que tenham capacidade. CSJ – Qual a mensagem de ano novo que deixa aos munícipes? PV – Que tenham um ano de 2016 com saúde. Que não percam a esperança e a capacidade de sonhar, na certeza de que Oeiras é uma terra onde os sonhos de vão concretizando e tornando-se realidade.


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Opinião

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«CEM PALAVRAS»

“É UM FACTO”

José Lança-Coelho

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA CULTURA A ACTUALIDADE DE EÇA DE QUEIRÓS

O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e [as consciências em debandada] (1) os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem [Não há] instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe [há] nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não [Ninguém] crê na honestidade dos homens públicos. [Alguns agiotas felizes exploram.] A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. (…)” (2) As linhas que acabam de ler são da autoria de Eça de Queirós, foram escritas em Maio de 1871 e publicadas em As Farpas, obra crítica produzida em coautoria com Ramalho Ortigão, cujo 1º centenário da morte se comemorou em 2015. É flagrante a semelhança entre o descrito e a realidade de 2015, daí o termos chamado a este escrito, «A actualidade de Eça de Queirós». É impressionante, parecendo que não houve evolução de há 140 anos para cá e Portugal parou no tempo, quando Eça refere a inteligência, a consciência moral, os costumes, os princípios, as instituições, o respeito, a solidariedade, a honestidade dos políticos, a classe média e o povo. Continuemos pois, com o autor de Os Maias, a analisar as diversas vertentes da sociedade nacional de novecentos, tão idêntica ao início do segundo decénio do século XXI, de onde desejamos destacar, a estagnação da vida intelectual, da economia com a consequente decadência das suas actividades: agricultura, comércio e indústria, e dos grupos sociais que as animam, nomeadamente, o operariado e a classe média. Por outro lado, deverá também salientar-se, a ignorância em que se pretende manter as classes mais desfavorecidas, fechando escolas e tornando o professor num mero burocrata, enquanto o Estado é considerado um escroque em parelha com o agiota que empresta a uma taxa de juro escandalosa, e a religião não passa de um simples reflexo inconsciente. “Os serviços públicos vão [são] abandonados a uma rotina dormente. (…) Vivemos todos ao acaso. (…) Todo o viver [Toda a vida] espiritual, intelectual, parado [parada]. O tédio invadiu [todas] as almas. (…) A ruína económica cresce, (…). O [pequeno] comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. [A sorte dos operários é lamentável.] A renda [também] diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. “Neste SALVE-SE QUEM PUDER, (sic) a burguesia proprietária de casas explora o aluguel. A agiotagem explora o juro. “De resto, a ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro [uma fatalidade]. O número das escolas só por si é dramático. O professor tornouse [é] um empregado de eleições. A população dos campos, arruinada, vivendo em casebres ignóbeis, sustentando-se de sardinha e de ervas [vinho], trabalhando só para o imposto por meio de uma agricultura decadente, (…). A intriga política alastra-se por sobre a [O país vive numa] sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção [insciente] perturba o silêncio da opinião, com PADRE-NOSSOS (sic) maquinais.” (3) Saliente-se de seguida, a homenagem que Eça faz a Ramalho Ortigão: Em Dezembro de 1909, saiu mais um livro de Eça de Queirós, publicado postumamente. Este chama-se Notas Contemporâneas. Relativamente a Ramalho Ortigão, numa carta dirigida a Joaquim de Araújo, datada de Newcastle, 25 de Fevereiro de 1878, escreve: «(…)possui duas qualidades eminentes, de grande resultado moral, raras nos seus contemporâneos: - não é bacharel e tem saúde.» Mais adiante, Eça faz justiça ao seu antigo parceiro de escrita, afirmando: «E Ramalho, só, fez as novas “Farpas”, as boas, as grandes, as ilustres.» Ainda citando o “American Correspondent” de New York, refere do seguinte modo, o seu antigo professor de Francês do Colégio da Lapa, no Porto: «No meio do marasmo ignóbil das letras portuguesas (…) uma só individualidade vive: é Ramalho Ortigão. Nas Farpas faz a sátira do seu tempo, mas dá também noções muito justas sobre as questões mais vitais; encarrega-se do trabalho de demolição e de reconstrução.» Notas: (1) O processo de sobreposição dos presentes textos, consiste em usar o redondo para a 1ª versão e o itálico para a definitiva. Os cortes da revisão aparecem entre parênteses quadrados; os acrescentamentos em itálico. (2) Eça de Queiroz, Prosas Esquecidas V – Farpas 1871, ed. Apresentada por Alberto Machado da Rosa, Lisboa, Editorial Presença, 1966, p. 159. (3) Ibidem, pp. 159-160.

13 de janeiro de 2016

Nuno Campilho

O TEMPO NÃO PARA... “Eu sei... que a vida tem pressa, que tudo aconteça, sem que a gente peça... eu sei. Eu sei... que o tempo não para, o tempo é coisa rara e a gente só repara... quando ele já passou.”

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uem canta assim, é Mariza, numa canção que leva o título desta crónica ou, melhor, esta crónica é que leva o título dessa canção. Esta analogia, de hoje, remeteme para o fim do ano e começo de um novo, que nunca foi tão agridoce – pelo menos, para mim – como aquele que acabámos de assinalar. Perdido, para sempre, nos Mosteiros de uma ilha no meio do Atlântico, depois de saber que o mês da década, se transfigurou no mês da decadência, começou, em pesadelo, com o falecimento de um eterno paço arquense, grande homem das letras, da cultura e da luta pela democracia, Joaquim Coutinho, cujo nome passou a ser memória, mas cuja figura se perpetuará entre nós não só, mas também, através da reedição do Jornal A Voz de Paço de Arcos que, em boa hora, alguns amigos decidiram empreender. O jornal confundia-se com ele e ele com a terra, terra que chorará pesarosa a perda, na singela homena-

gem de quem está, em passagem ainda mais fugaz, por um cargo,e que lhe devota respeito e consideração. O fugaz titular, eu próprio, devota-lhe, ademais, respeito pela diferença, admiração e amizade. Bem-haja Sr. Coutinho... aceite a humidade calorosa da minha lágrima derramada, pela última vez, nos canteiros das flores que embelezam o monumento ao ator José de Castro, erigido pela sua força e determinação, na Praça 5 de outubro, em Paço de Arcos. Continuou com a doença (são sempre estúpidas, quaisquer doenças, mas esta atinge o pináculo) de que padece o estimado diretor deste jornal, a quem eu desejo um rápido e permanente restabelecimento. E termina com a morte, mais recente, de um génio da música mundial, de seu nome, David Robert Jones, artisticamente conhecido por David Bowie, uma semana depois de lançar o seu último álbum, Blackstar. A Estrela terrena, que Bowie sempre foi, passou a

brilhar no céu, onde terá oportunidade de vociferar (convenhamos que ele era um bocado colérico) para outras estrelas que por lá brilham... “let’s dance”! E, depois, as pessoas ainda se admiram que o meu desejo, mais proclamado, durante esta época, tenha sido, haja saúde! Todavia, apesar dos elogios fúnebres, ainda me resta a esperança dos entes vivos, e não resisto a voltar a Mariza: “é preciso perder, para depois se ganhar e, mesmo sem ver, acreditar!É a vida que segue e não espera pela gente, cada passo que dermos em frente, caminhando sem medo de errar. Creio que a noite sempre se tornará dia, e o brilho que o sol irradia, há-de sempre me iluminar”. Porque “o tempo não para”, há momentos que não se repetem – sobretudo, pessoas, que fazem esses momentos – mas que, ainda assim, mudam a nossa vida para sempre...

“PALAVRAS E SONHOS” Maria Clotilde Moreira

O que pedi do Menino Jesus Para este ano de 2016 gostava que algumas coisas fossem modificadas para melhorar o nosso dia-a-dia. Por exemplo acabar com os telefones começados por 707 que são caros.

P

raticamente todos já temos aqueles “pacotes” que pelo mesmo preço tanto falamos de manhã como à noite. E o mais grave, o mais grave mesmo é que esta prática está a ser utilizada por serviços oficiais como é o caso do Centro de Atendimento Telefónico da AT – Autoridade tributária e aduaneira, aquela entidade que dá uma “senha” para mesmo quem não tem net saber do registo das suas facturas. Lá que um clube gourmet ponha este telefone para os seus sócios é lá com eles. Mas obrigar a gastarmos mais dinheiro para aceder a serviços oficiais?… Sensibilizar quem manda/governa para olhar para as pessoas e corrigir os disparates que muitos andaram a fazer. Há falta de pessoal nas escolas. É urgente que as escolas tenham pessoal nas secretarias, na vigilância dos recreios, nas limpezas e consertos de janelas e torneiras. É preciso recolocar mais professores e diminuir o número de alunos por turma e aligeirar as tarefas extras dadas aos professores. Também diminuir as horas que os comentadores falam de futebol. Há vida para além de sabermos se o golo foi com a ponta do pé ou com o calcanhar. Há mais desportos e até há muitas pessoas que gostavam de saber os feitos dos nossos jovens, por exemplo, na canoagem (e onde há pistas de canoagem?), do Tria-

tlo, da patinagem artística … tanto desporto de que se podia falar e explicar. E também dos feitos dos Paralímpicos. Estes comentadores estarão formatados só para futebol? Pedi também que os eleitos das autarquias antes de autorizarem mais construção fizessem um levantamento exaustivo das casas vazias, e actuassem junto dos proprietários que têm património a degradar, e encontrar formas de colocar essas casas no mercado como por exemplo a “habitação jovem”. Mas este pedido tem muita urgência pois todos os dias crescem as casas abandonadas mesmo acabadas de construir. É também urgente sensibilizar estes “dirigentes” para intervirem junto dos operadores de modo a melhorar os transportes públicos e permitir uma boa mobilidade aos moradores das nossas vilas e aldeias Pedi também ao Menino Jesus para ir esclarecendo os homens que dizem que mandam que não é com cabazes de Natal, nem cabazes de solidariedade que se devolve a felicidade aos portugueses. As Famílias precisam de empregos, salários e depois uma ajudinha para celebrar o teu nascimento. Menino Jesus desejo que este ano de 2016 seja um ano de Esperança para os Portugueses e para todos os Homens de Boa Vontade.


13 de janeiro de 2016

Informação Geral

Costa do Sol jornal

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A HISTÓRIA DE UMA FREGUESIA COM 175 ANOS Está prestes a celebrar mais um aniversário. Nesta edição, relembramos o passado de uma das maiores freguesias do concelho de Cascais.

A

lcabideche foi habitada por povos de diversas culturas e origens, tendo sido particularmente marcante a presença da civilização árabe. Os “toponímicas” mais conceituados creem que Alcabideche significa “Fonte de Água” e há quem atribua a duas grandes fontes desta localidade virtudes medicinais: “a da vila é muito diurética e cura a dor da pedra; e a de Fartapão cura a diarreia”. O crescimento de Cascais para respeito à guarda dos bens da Igreja, passou a tomar decisões de carácter administrativo local, como fora das muralhas do primitivo castelo justifica a criação da Junta da Paróquia de S. Vicente de Alcabideche em 1841. Esta, além das competências no que diz por exemplo, sobre a criação de novas escolas, obras na igreja matriz, fonte e lava-

douro público e censos da população. Segundo dados do Censo Paroquial da freguesia, em 1843, Alcabideche possuía um total de 1980 habitantes. A estrutura económica desta freguesia era essencialmente agrícola. 70% da população ativa desenvolvia a sua atividade económica por conta de outrem. 30% da população exercia atividades profissionais ligadas à manufatura, embora com pouca expressão: canteiros, pedreiros, carpinteiros, sapateiros, ferreiros, tecelões, lavradores, fazendeiros e soldados. Além destas existiam outras menos significativas em termos de freguesia - taberneiros, marítimos e criados. O espaço rural era constituído por pequenas comunidades caracterizadas por tipos de povoamento aglomerado e disperso. A aldeia/casal caracterizava-se por ser uma propriedade bastante dividida (mi-

nifúndio), muitas vezes pertença de vários membros da mesma família. As casas eram construídas com dimensões muito reduzidas; o melhor e o maior espaço à volta das casas era para os rebanhos e para as terras de cultivo. A coletividade representava a aldeia, o esforço e o empenhamento comuns. Com tal propósito, foi fundada, em 1890, a Associação de Socorros Mútuos de Alcabideche, atual Edifício Montepio. A maior concentração de moinhos de vento no concelho situa-se nesta freguesia. A primeira referência que se conhece sobre eles consta de um poema de Ibn Mucana. A sedentarização da população e o início das atividades agrícolas, com a consequente utilização de cereais na alimentação, levou à criação de diferentes engenhos de moagem. Sabe-se que as estruturas de moagem do concelho se mantiveram em laboração até mais tarde do que as outras suas congéneres na região de Lisboa, por constituírem um mercado abastecedor local e por distarem das grandes zonas fabris. De vestígios da antiga igreja de S. Vicente de Alcabideche, anteriores ao terramoto de 1755, restam alguns elementos lapidados dos séculos XV e XVI: uma verga de porta, decorada, três pias para a água benta e um fuste de coluna com capitel aos gomos, encontrada aquando do levantamento do antigo cemitério existente no adro. O frontão que se encontra por cima da porta tem a data de 1759, mas não se sabe ao certo qual foi a data da sua fundação. O atual templo é de construção posterior ao terramoto, mas o local já teria um fim sagrado na época romana. Três anos após o terramoto de 1755, o padre Fortunato Lopes de Oliveira, no relatório sobre a paróquia de Alcabideche, inserido no Dicionário Geográfico de Portugal, da Torre do Tombo, diz que “(...)a igreja ficou toda rasa”. Servia como capela a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, que se localizava no atual Largo 5 de Outubro. Para apoiar os peregrinos que participavam nas festas do Espírito Santo ou do Imperador, existiu em Alcabideche um hospital, que pertencia a uma confraria. Ainda hoje existe o edifício onde esteve instalado o referido hospital. Alcabideche está ligada à devoção da Senhora do Cabo. Esta festividade realizase de 26 em 26 anos. A imagem esteve pela última vez em Alcabideche, dia 17 de Setembro de 2011 e anteriormente a esta em 1986. Alcabideche, de local rural de pequena economia transformou-se, nos últimos anos, num espaço socio-territorial multifuncional, reforçado com a construção da auto-estrada.

PROJETO SAÚDE EM CASCAIS

Alcabideche recebe sessão a 29 de janeiro Edifício dos Bombeiros de Alcabideche acolhe cidadãos para um encontro que terá início às 21h00m.

O

objetivo é elaborar um plano com melhores práticas para a promoção da saúde no concelho. A Câmara Municipal de Cascais está a convida todos os munícipes a identificarem e a proporem medidas nas sessões plenárias que vão decorrer nas freguesias nos dias 19, 21, 29 e 30 de janeiro de 2016. Neste âmbito, serão realizados quatro plenários para identificar e priorizar medidas para a construção da Estratégia Local de Promoção da Saúde de Cascais que, de forma participada, reforce a importância deste pilar na nossa comunidade. Aos cidadãos basta comparecer nos plenários e, à semelhança do que sucede nas sessões de participação pública do orçamento participativo, apresentar propostas. Cada participante votará em plenário as medidas que considere mais relevantes. As quatro medidas mais votadas, por plenário, serão consideradas para efeitos de construção da Estratégia Local de Promoção da Saúde. Com base nesta consulta à população, no dia 30 de março de 2016, será apresentada a Estratégia Local de Promoção da Saúde, no âmbito do Fórum Concelhio para a Promoção da Saúde, plataforma de diálogo com mais de 40 entidades aderentes, responsável pela construção participada da Estratégia Local de Promoção da Saúde.

OPINIÃO

ALCABIDECHE

Isabel Magalhães

Humanizar o Meio Urbano

U

m ambiente urbano humanizado, que permita qualidade de vida aos cidadãos, tem de garantir que as pessoas são a prioridade, oferecendo-lhes conforto, segurança e bom ambiente em espaços públicos nos quais seja possível interagir e socializar. Há longos anos que defendo que é necessário humanizar o ambiente urbano do Concelho de Cascais que, mercê do desenvolvimento urbanístico e viário demasiado rápido e nem sempre devidamente planeado, vai pondo em causa o charme e o humanismo que sempre caracterizou a vida nesta nossa terra. Como forma de humanizar o nosso ambiente urbano sempre defendi a criação de espaços verdes integrados, ou seja, daquilo que hoje é uso chamar “parques urbanos”, a reformulação progressiva da rede viária, nomeadamente das chamadas circulares, longitudinais ou vias rápidas que neste nosso concelho deveriam passar a ter perfis de ruas e avenidas. E, apesar de ao longo dos últimos anos termos assistido à meritória implementação ou renovação de vários Parques Urbanos no Concelho de Cascais (concorde-se ou não com todos os aspectos das opções concretas, com a velocidade da sua implementação ou com a sua gestão efectiva), o certo é que o território municipal continua a ter um perfil evidente de suburbanidade no qual a rede viária desempenha papel muito importante. Muitas são as vias urbanas que necessitam de uma intervenção urgente. A qualidade dos pisos, a conservação dos passeios, a plantação de árvores ou locais de estadia para peões, são pequenos pormenores que fazem muita diferença no quotidiano dos Cascalenses. Os principais eixos de ligação entre os bairros e lugares do nosso concelho estão hoje transformados em verdadeiras vias rápidas, nas quais é quase impossível circular a pé, passar de bicicleta ou em qualquer meio de transporte suave. Um bom exemplo desta situação foi o da requalificação da chamada terceira Circular. Sem pôr em causa o mérito dos trabalhos de reparação e melhoramento, o Executivo Camarário perdeu a oportunidade de transformar esta via numa verdadeira avenida urbana. Outro exemplo, este marcado pela urgência que resulta da sua importância estratégica para a gestão do espaço concelhio, é o da entrada nobre de Cascais, para quem vem pela Marginal, em que nos idos anos 90 se optou por transformar as antigas artérias de acesso à vila numa imensa via rápida com perfil suburbano e que na actualidade poderia facilmente (e com poucos custos) ser reconfigurada de forma a assegurar os parâmetros humanizados que atrás definimos. Na actual Avenida Dom Pedro I é não só possível como desejável, mesmo enquanto não são executadas as intervenções de fundo que reformularão em termos urbanísticos toda aquela zona, que se tomem algumas medidas de custo irrisório, que humanizariam esta entrada de Cascais e que garantiriam a todos a possibilidade de usufruírem daquele espaço com os índices de conforto e segurança que caracterizam a nossa Vila. O acesso ao mercado e ao centro de saúde, por exemplo, é uma longa aventura para qualquer cidadão que ali se desloque oriundo da Praça Sá Carneiro ou da central de camionagem. Para além do perfil de via rápida que configura a avenida e que propicia velocidades desadequadas por parte de alguns automobilistas que a utilizam, existem duas passadeiras que são um autêntico pesadelo. O tempo de espera para os peões é demasiado longo, privilegiando o trânsito automóvel, sendo que a sincronização entre os diferentes sinais impede o atravessamento da via de uma só vez. Em termos práticos, são muitos os peões que, não percebendo a razão de tão grande demora, se afoitam à estrada com o sinal encarnado, correndo riscos que não são compatíveis com o ambiente urbano que queremos para a nossa terra. Repensar as vias municipais, é assim um exercício de primeira importância que ajudará a combater a suburbanidade que tem vindo a caracterizar Cascais e que, com vontade e discernimento, poderia melhorar em muito a qualidade de vida dos Cascalenses.


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Informação Geral

Costa do Sol jornal

17 DE JANEIRO

ESTÃO DE VOLTA AS FESTAS DE SANTO AMARO

Domingo é dia de festa para os moradores dos bairros do Pombal e Bento Jesus Caraça em Oeiras.

É

transportadas para Portugal”, revela a organização. A missa campal e a procissão vão ser os momentos altos do dia, mas haverá também um almoço comunitário com pratos típicos de Cabo Verde e Portugal, terminando o dia com atividades culturais, em especial com música e danças de caboverdianas. Santo Amaro é o Santo Padroeiro do município de Tarrafal, na ilha de Santiago, sendo a sua homenagem celebrada normalmente a 15 de Janeiro. A essa comemoração juntou-se uma série de outros festejos religiosos que há muito perduram na comunidade Cabo-verdiana residente em Oeiras. São disso exemplo as festividades de Santa Catarina na Portela de Carnaxide e a festividade em honra da Nossa Senhora da Paz em Talaíde, Porto Salvo.

no Bairro do Pombal em Oeiras que no dia 17 de janeiro vai decorrer mais uma edição das Festas de Santo Amaro. Trata-se de uma organização da Pombal XXI - Associação de Moradores dos Bairros do Pombal e Bento Jesus Caraça, que este ano conta uma vez mais com o apoio da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, da Câmara Municipal de Oeiras e da Paróquia de Oeiras. “Hoje, mais do que nunca, há saber valorizar aquilo que mais une os diferentes povos contrariando o que os separa e é neste contexto que a Pombal XXI, enquanto instituição local que trabalha com vários cidadãos com especificidades sociais e culturais diferentes, leva a cabo mais uma edição das Festividades de Santo Amaro, festividades com base nas tradições culturais de Cabo Verde

CONVERSAS NA ALDEIA GLOBAL

CASCAIS

Oeiras recebe Cibercrime em debate encontro sobre alterações climáticas

As vulnerabilidades da internet vão ser o mote deste encontro com especialistas.

Vem aí um novo ciclo das “Conversas da Aldeia Global”, promovido pelo município de Oeiras.

N

o rescaldo da 21ª Cimeira do Clima em Paris, Filipe Duarte Santos inicia o novo ciclo de Conversas na Aldeia Global e debate o tema das alterações climáticas. Sob o título “Alterações Globais: os desafios e os riscos presentes e futuros, o encontro está marcado para o dia 21 de janeiro, às 21H30m, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras. A moderação estará a cargo de Vasco Trigo. Filipe Duarte Santos é um dos mais reputados especialistas mundiais na investigação das Ciências do Ambiente e Alterações Climáticas. É Professor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, desde 1979. Atualmente é diretor do Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Lisboa e Universidade Nova de Lisboa. O 11º Ciclo de Conversas na Aldeia Global, da Câmara Municipal de Oeiras, inspira-se no “Ano Internacional para o Entendimento Global” e conta com a participação de personalidades especializadas em diferentes domínios do conhecimento.

O

Centro Cultural de Cascais recebe no dia 26 de janeiro, a partir das 18h00, um debate sobre cibercrime organizado pela Safe Communities Portugal. Com o apoio da Câmara Municipal de Cascais este encontro visa sensibilizar para o perigo de comportamentos que podem tornar os utilizadores da Internet num alvo fácil de redes criminosas. Destinado a residentes e empresários, participam como conferencistas no seminário: Rogério Bravo, inspetor chefe da Polícia Judiciária; Paulo Jorge Soares dos Santos, Tenente Coronel, responsável pela segurança cibernética no Comando Operacional da GNR; Carlos Correia, Comissário da PSP e Jim Litcko, analista de segurança e membro do Conselho de Portugal das Comunidades Seguras. O programa inclui temáticas sobre ameaça cibernética, cenários do mundo real, sensibilização para a necessidade de adotar medidas de proteção. O evento é em inglês e a entrada é gratuita, mas sujeita à limitação de lugares.

13 de janeiro de 2016

CRÓNICA

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Letras no Ocaso Pedro de Sá

Não saias do meu horizonte

S

empre que ele chegava a casa, no cumprimento da oração diária, via-a absorta, a olhar para o nada de uma parede, sentada à secretária. Diante dela, um caderno de linhas aberto, algumas folhas já escritas, ele a anunciar-se (Já cheguei!), ela a sorrir-lhe da distância, mas permanecia imóvel, de caneta na mão. Lá fora, a luz numa diagonal crescente, ele a regressar da cozinha, com dois copos na mão, a convidá-la para a varanda, ela acede, segue-o num prolongar demasiado de movimentos, ainda um último olhar para a caneta. Agora, cada um na sua cadeira, lado a lado, ele a olhar para as ruas, em movimento de regresso, ela com o indistinto do horizonte, como se aí repousasse de alguma forma, sim, notava-se-lhe alguma leveza neste momento, ele também se apercebeu disso, encetou um diálogo de circunstância, a ausência de palavras potencia os ecos do mundo, ela respondia em monossílabos cortantes, e, de novo, a perder-se nas lonjuras. No fundo, ainda estava com a mesa, e a olhar através da caneta, perdida com aquele enredo de palavras (sim, qual o adjectivo para rematar aquela frase?), ele O que é hoje o jantar?, ela Sabes que tenho o mundo dentro de mim?, mas esta questão repousou-lhe nos lábios, afinal, o mundo dele um jantar, e ela a perseguir adjectivos, para expressar um existir demasiado. Ele, agora, demora-se a olhá-la, e questiona-se Quando te perdi? Mas é uma questão cansada, de quem apenas existe, e carece mais de jantar do que das lonjuras, por fim, levanta-se, ela permanece, uma mão segura o copo, a outra com dedos nervosos à volta da boca, como se dedilhassem uma melodia pontuada por palavras e notas musicais em harmonia. Na cozinha, ele abre o frigorífico, e avalia as possibilidades da refeição nocturna. Opta pela via da rapidez. É a escolha destes dias. Enquanto o micro-ondas se cumpre, telefona a um amigo para partilhar a angústia sentada na varanda, num silêncio de distâncias. Ela ainda ali, dedos à volta da boca, na outra mão a bebida intacta, vira-se para trás, o interior da casa difuso, a luz do mundo, aquela hora, já não diagonal, mas sim rasa, apesar de tudo, apercebe-se da silhueta dele, Sabes, tenho o mundo dentro de mim? Do interior, apenas a mecânica distante do micro-ondas. Ela, de súbito, sorri. Regressa para junto da caneta. Ele a mascarar as lamúrias telefónicas. Vê-a sentar-se, e a caneta num galope de planícies iluminadas, o semblante num sorriso, o dele em espanto, da cozinha, o aviso de jantar pronto, hesita, mas escolhe a prática. Ela noutro tempo, noutro lugar, entretanto, à mesa, ele a olhar o prato em frente que arrefece, o seu quase vazio, olha a porta, aguarda pela silhueta que se curva para uma folha de papel, de repente, pega naquele prato arrefecido, vai até à sala, e coloca-o na secretária, o galope afrouxa, talvez na planície agora uma luz diagonal, pousa a caneta, olha-o, o rosto dele a chamá-la, ela levanta-se, dá-lhe a mão, dedos entrelaçam-se no reforço de uma união sentida, o rosto dela pede-lhe compreensão, ele hesita no cansaço, sim, a fadiga, ter um prato arrefecido como horizonte ao jantar, ela reforça a união de dedos, deposita-lhe o rosto no peito, e murmura inaudivelmente Sabes, tenho o mundo dentro de mim, assim ficam durante algum tempo. Enquanto, lá fora, as luzes dos homens turvam o mapa dos céus.


Empresas

13 de janeiro de 2016

Costa do Sol jornal

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MEDIALL TAGUS

Referência na mediação de seguros Com quase uma década de atividade, a empresa do concelho de Oeiras aposta na seriedade e transparência ao serviço dos clientes.

A

MediAll Tagus - Mediação de Seguros partiu da iniciativa de Acácio de Oliveira, formado em Seguros pelo Instituto de Seguros de Portugal e inspetor com mais de 42 anos de atividade. A empresa tem a sua sede em Leceia/Barcarena e escritório aberto ao público em Leião/Porto Salvo, que está ao dispor do público todos os dias úteis das 09h00m às 19h00m, e aos sábados das 09h00m às 13h00m. Contudo, “é possível contactar a MediAll Tagus durante as 24 horas por dia e 365 dias no ano para qualquer esclarecimento e demais necessidades que os clientes possam

ter na sequência da atividade seguradora”, explica Acácio de Oliveira. Segundo o gerente, “esta atividade é muito vasta mas, mercê da experiência e formação quer da administração, quer da equipa, estão sempre em condições técnico-profissionais de acompanhar os seus segurados, disponibilizando o melhor serviço pós venda com eficiência em situações de sinistro”. Os objetivos que se propõe, e que sempre nortearam a sua vida quer pessoal quer profissional, “é de servir as pessoas e não se servir delas”. Por outro lado, Acácio de Oliveira fez parte da comissão instaladora da

Junta de Freguesia de Porto Salvo, pertencendo há vários anos à Assembleia de Freguesia, sendo atualmente membro do executivo da Junta. É igualmente Presidente do Conselho Fiscal da Associação Equestre de Porto Salvo, bem como Presidente do Conselho Fiscal da Sociedade Instrução Musical de Porto Salvo, “dispensando quer às Associações Recreativas, Culturais ou Desportivas da Freguesia todo o apoio que as mesmas necessitem, quer no que se refere a matéria inerente à sua atividade, quer a qualquer outra carência ou solicitação das mesmas”. O empenhamento que o gerente da MediAll

Tagus dá às associações das quais faz parte é o mesmo que dá na empresa de seguros que gere. Para a MediAll Tagus, “a confiança é a chave da segurança quer das pessoas cujos contactos privilegia, quer das Instituições que já tem apoiado e continua a apoiar”. Desde 2007, a MediAll Tagus tem nos seus quadros quatro funcionários. A gerência da MediAll Tagus “preza e tem todo o gosto em referir que nunca entrou no mercado de trabalho nem para explorar mão de obra barata, pois nunca remunerou ninguém com valores que não fossem superiores ao salário mínimo nacional, nem teve no seu quadro de pessoal qualquer colaborador a recibo verde como prestador de serviços, como infelizmente se vê por todo o pais”. Na opinião de Acácio de Oliveira, “tem que haver no mercado a máxima seriedade e transparência, sem qualquer tipo de exploração ou interesse que não o de servir as pessoas, pois são elas que contribuem para o desenvolvimento e crescimento da economia do país”. Para o novo ano, “a MediAll Tagus deseja a todos os clientes e amigos um 2016 muito próspero e com muita saúde”.

Rua Mariano Pina, 7A Leião - 2740-134 Porto Salvo | 214 217 638 / 914 086 307 / 961 542 099 / 962 018 021 | Fax: 214 212 149 | medialltagus@gmail.com

PRAIA DE SÃO LAVAR NA PAREDE

Uma lavandaria mais próxima da comunidade Um ambiente acolhedor e familiar é o segredo do sucesso da “Praia de São Lavar”, uma lavandaria self-service situada nos Jardins da Parede.

A

briu há pouco mais de quatro meses mas é já um espaço de referência nos Jardins da Parede. A lavandaria self-service “Praia de São Lavar” veio ocupar uma lacuna na importante zona habitacional da vila e a procura dos serviços que proporciona tem aumentado de dia para dia. Na altura de avançar com um negócio próprio, Vanessa Santos e Sabri Lucas pensaram em algo que fosse útil para as famílias. “Se

sentíamos essa necessidade como família numerosa, certamente que outras iriam ter”, explica Vanessa. Por outro lado, “havia já um boom grande de lavandarias self-service em Lisboa mas ainda não havia nada na zona dos Jardins da Parede”. A Praia de São Lavar disponibiliza aos clientes três máquinas para lavagem: duas com capacidade para 9 kg de roupa e uma de grandes dimensões, para 14 kg. Há também no espaço dois secadores de 17 kg cada.

Segundo Sabri Lucas, a opção por este equipamento representou “um investimento mais seguro”, de forma a “manter um bom nível de serviço aos clientes”. Esta lavandaria self-service tem ainda serviços engomadoria e entrega, que podem ser obtidos através de marcação. “Estes serviços extra são a um preço competitivo para os clientes, mais baixo que os valores praticados nas lavandarias tradicionais”, explica o empresário.

Por sua vez, Vanessa Santos recorda outras vantagens da loja: “a Praia de São Lavar é cómoda e agradável para os clientes, não é uma lavandaria cinzenta. Quisemos criar um ambiente acolhedor para que os clientes se sentissem bem”. Vigiada por um sistema de acesso remoto, o espaço tem ainda wi-fi gratuito. Há também uma preocupação com o ambiente, uma vez que os produtos consumíveis são ecológicos, “ao contrário de grande parte dos detergentes de roupa domésticos”. Outra vantagem é o Praia Card – Fidelização, que permite aos clientes usufruir de descontos nos serviços de lavagem e secagem. E como o modo de estar dos gerentes é em comunidade, Sabri Lucas adianta que fazem questão de “conhecer os clientes um a um”. Para isso, durante a primavera e o verão, a “Praia de São Lavar” prevê a dinamização do espaço em redor, com algumas iniciativas de aproximação à comunidade.

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Semanário Regional de Oeiras e Cascais Proprietário e Editor: Labirinto de Páginas Unipessoal, Lda. • NIF: 510676448 Administração: J. Elias Martins Morada da sede: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 21 156 99 42 | 91 250 48 82

Diretor: Henrique Jorge Santos Redação: Carlos Gaspar da Silva e Bárbara Teixeira (estagiária) E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Nº de registo na ERC: 126369 Nº depósito Legal: 360449/13 Opinião: Isabel Magalhães, José d’Encarnação, José Lança-Coelho, Maria Clotilde Moreira, Maria Margarida Rufino, Nuno Campilho, Nuno Piteira Lopes, Pedro de Sá, Rui Rama da Silva, Sofia Pracana

Secretariado: Deolinda Prada Martins Publicidade: Dina Oliveira e Bruno Antão Design Gráfico: Diana Prada Martins Distribuição: Agostinho Castanheira Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt Impressão: Gráfica Funchalense


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Cultura

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Os Meus Livros Jorge Fonseca de Almeida

Sete Breves Lições de Física por Carlo Rovelli

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arlo Rovelli o grande físico italiano proponente, em conjunto com Lee Smolin e AbhayAshtekar, da teoria da gravidade quântica enlaçada revela neste livro uma notável capacidade de síntese, de muito dizer em poucas, mas significativas, palavras e de nos emocionar e empolgar. A primeira lição é sobre Einstein e a teoria da relatividade que descreve da seguinte forma ”E eis que surge a ideia extraordinária, o puro génio: o campo gravitacional não está difundido pelo espaço: o campo gravitacional é o espaço. É esta a ideia da teoria da relatividade geral”. Daqui resulta que o espaço é “Uma entidade que ondula, que se dobra, que se curva, que se torce” e que “O Sol dobra o espaço à sua volta e a Terra não gira à sua volta por ser puxada por uma força misteriosa, mas porque está a deslizar a direito num espaço que se inclina. Como uma bolinha a rodar numfunil”. A segunda lição é sobre a mecânica quântica que traz a estatística para o coração da física e se ergue como visão alternativa à da teoria da relatividade. A terceira lição é sobre a arquitetura do cosmos, uma viagem pela imagética científica de como o ser humano vê o universo em que habita, primeiro apenas como a terra e o céu, depois a terra rodeada de céu, seguida da terra no centro e o sol, as estrelas e os planetas a rodar em seu torno, mais tarde o sol substituindo a terra no centro do universo e hoje sabemos que o sistema solar é apenas um de uma galáxia perdida entre milhões de outras galáxias. Uma frase “O universo nasce como uma pequena bola e depois explode até às suas atuais dimensões cósmicas. A quarta lição é sobre as partículas que compõem tudo o que existe, os neutrões, os protões, os gluões e outros que tais. A quinta é sobre os grãos do espaço e sobre como conciliar, ou ultrapassar as duas teorias rivais que propõem visões diferentes sobre o espaço e o tempo. É aqui que entra a contribuição de Carlo Rovelli e a sua teoria da gravidade quântica enlaçada (loops) “A previsão central da teoria dos loops é, portanto que o espaço não seja continuo, não seja divisível até ao infinito, mas seja formado por grãos, ou seja por “átomos de espaço”. Esses átomos são minusculíssimos”. A sexta lição é sobre o tempo e a termodinâmica. Uma constatação “A diferença entre passado e futuro só existe quando há calor” e o calor vai das coisas quentes para a frias. A última lição, a mais poética, é sobre o ser humano. Uma previsão “Julgo que a nossa espécie não durará muito tempo. Não parece ter o estofo das tartarugas, que continuaram a existir semelhantes a si mesmas ao longo de centenas de milhões de anos, centenas de vezes mais do que a nossa existência. Pertencemos a um género de vida breve. Os nossos primos se extinguiram todos. E nós causamos estragos”. Um livro admirável que nos faz querer saber mais sobre o universo, sobre nós, sobre o mundo que nos rodeia. A frase final “Aqui, na margem daquilo que sabemos, em contacto com o oceano do que não sabemos, brilham o mistério do mundo, a beleza do mundo, que nos deixam sem respiração”. Mesmo para nós que estamos muito longe dessa fronteira.

TEATRO MUNICIPAL AMÉLIA REY COLAÇO

“Cabaret Amélia” estreia este mês Algés recebe nova produção da Companhia de Actores.

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streia já no próximo dia 28 de janeiro a nova criação da Companhia de Actores. “Cabaret Amélia” é, segundo a companhia, “refúgio das almas boémias, perdidas, poéticas e inquietas”, onde “se servem os unguentos para estas maleitas”. Criada por António Terra, em parceria com Pedro Giestas, “Cabaret Amélia” estará em cena no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés, com sessões a partir das 21h30m nos dias 28, 29 e 30 de janeiro, 4, 5, 11, 12, 18 e 19 de fevereiro.

13 de janeiro de 2016

JORGE SAMPAIO NA COMISSÃO DE HONRA

FUNDAÇÃO “O SÉCULO” REEDITA ENCONTRO DE LITERATURA No final de fevereiro, a instituição vai receber vários convidados que vão promover a literatura infanto-juvenil.

CONCERTO NO CASINO ESTORIL

Sinfónica de Cascais saúda ano novo Strauss será o compositor em destaque.

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om um programa composto por algumas das mais famosas árias, valsas e polcas, a Sinfónica de Cascais apresenta, no dia 16 de janeiro, às 18h00m, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, o Concerto de Ano Novo. A solista Teresa Cardoso de Menezes participará no concerto com árias de Verdi, Leoncavalo, entre outras, e a Orquestra executará valsas da família Strauss, com especial atenção para Eduard Strauss, cujos 100 anos da sua morte se celebram em 2016. As entradas têm um preço único de 5 Euros.

O ex-Presidente da República Jorge Sampaio vai presidir à Comissão de Honra do 2.º Encontro de Literatura de Infanto-Juvenil da Lusofonia, que vai decorrer de 22 a 27 de fevereiro, na Fundação “O Século”. Da Comissão de Honra deste 2.º Encontro fazem ainda parte os escritores Pepetela (Angola), Mia Couto (Moçambique), António Torrado (Portugal) e Ana Maria Machado (Brasil). O 2.º Encontro de Literatura InfantoJuvenil da Lusofonia vai reunir vários escritores, ilustradores e contadores de histórias da língua portuguesa com o objetivo promover o debate em torno da literatura para a infância e juventude e a circulação do livro e do autor no espaço da lusofonia. Os escritores e ilustradores convidados participarão em sessões com crianças nas escolas dos vários concelhos da grande Lisboa e em debates dedicados à reflexão sobre as diferentes temáticas relacionadas com a literatura infantojuvenil na Lusofonia, temas que estarão em debate em várias mesas redondas na Fundação “O Século”.

OEIRAS

Lauro António apresenta livros da história do cinema Cineasta e autor reuniu conteúdo produzido ao longo das Masterclass sobre a 7ª arte.

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a próxima segunda-feira, dia 11 de janeiro, será feita a apresentação dos livros “O Cinema Americano” e “A Idade de Ouro do Cinema Italiano, dos anos 40 aos anos 70”, da autoria de Lauro António e edição da Câmara Municipal de Oeiras. A cerimónia, que terá lugar às 16h00m, no Salão Nobre do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, contará com as presenças do cineasta e autor Lauro António e do escritor Fernando Dacosta. Depois de “Os Cinemas da Europa”, eis que se lança “A Época de Ouro do Cinema Americano (1930-1960)” e “A Época de Ouro do Cinema Italiano (19451970)”. São três volumes que reúnem o material que Lauro António foi produzindo ao longo das suas Masterclasses e que, segundo nota da autarquia, “atestam bem a importância e o significado que esta iniciativa tem justificado e que se tem traduzido, de ano para ano, por uma crescente adesão por parte dos oeirenses que a elas têm assistido e participado”. O projeto de “Masterclass de História do Cinema” vai continuar, em 2016, com uma sessão sobre “Grandes Cómicos e Grandes Comédias”.

ALGÉS

Música e dança pelo Centro Cultural União das Freguesias deu boas vindas a 2016.

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auditório do Instituto Espanhol “Giner de los Rios”, no Dafundo, recebeu no passado dia 9 de janeiro, o Concerto de Ano Novo da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo. Este espetáculo protagonizado pelo Centro Cultural de Algés apresentou música clássica e contemporânea, dança e outras interpretações realizadas pelos alunos e professores deste espaço cultural.


13 de janeiro de 2016

Desporto

Costa do Sol jornal

FUTEBOL | Liga NOS

ATLETISMO

Estoril Praia regressou às vitorias antes da visita do campeão Benfica

NúcleOeiras vence em Valejas

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epois de 9 jogos sem conhecer o sabor da vitória, a última teve lugar a 2 de outubro com o Vitória de Setúbal (1-0), a formação do Estoril Praia conquistou finalmente os três pontos no passado domingo, dia em que recebeu e venceu o Belenenses por 2-0, golos apontados nos derradeiros 10 minutos, primeiro por Anderson Luís, aos 80 minutos, e pelo artilheiro do costume, Leo Bonatini, aos 90+2, que permitiram aos canarinhos galgar um lugar na tabela classificativa, é agora 11.º com 20 pontos, não muito distante das posições europeias. Hoje, dia 13, o Estoril Praia joga com o Rio Ave, em Vila do Conde, para a Taça de Portugal, no sábado os canarinhos que tem como adversário o Benfica, partida apontada para as 20h45, no António Coimbra da Mota. Resultados: Nacionais Jovens/Juniores – AD Oeiras-Académica, 0-1; Estoril Praia-Caldas SC, 2-2; Sporting de Linda-a-Velha -Eléctrico, 2-2. Juvenis – Sporting de Linda-a-Velha-Real Massamá, 2-0; NS Rio Maior-Estoril Praia, 1-1; AD Oeiras-Louletano, 1-2. Iniciados – Estoril Praia-Alcochetense, 3-0; AD Oeiras-Real Massamá, 1-0. Nacional Feminino – Estoril Praia-Guia FC, 6-3; Bairro Santo António-Malveira da Serra, 1-0. Distritais/Pró-Nacional – AD Oeiras-Os Bucelenses, 3-0; Atlético Cacém-Sporting de Linda-a-Velha, 1-0; União de Tires-AC Tojal, 1-3. Honra – Dramático de Cascais-Os Montelavarenses, 2-3. I Divisão – AC Porto Salvo-CA Cultural, 7-1; Mem Martins-GS Carcavelos, 1-0; União de Algés-ADCEO, 2-0; GDR Fontainhas-Agualva, 3-1. II Divisão – Rio Mouro-Malveira da Serra, 3-2; Associação da Torre-Algueirão, 5-4; Alcainça-GSMD Talaíde, 3-2.

FUTSAL | Taça de Portugal

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terceira prova da 34.ª edição do “Troféu CMOCorrida das Localidades”, o “Grande Prémio de Valejas”, disputado na manhã do passado domingo nas ruas da localidade, somou novo recorde de participantes com a chegada à meta de 926 atletas, masculinos e femininos, com a camisola de 74 clubes, competição que teve como vencedor coletivo a equipa da Associação Desportiva NucleOeiras, com 631 pontos, seguida do Linda-a-Pastora Sporting Clube, com 323, pódio que ficou completo com a formação forasteira do Sporting Clube da Reboleira e Damaia, com 251. No ‘top 10’ sentaram-se mais quatro equipas do concelho de Oeiras, em 4.º o Grupo Recreativo Desportivo “Os Fixes”, com 238 pontos, em 5.º o Grupo Recreativo, Cultural e Desportivo de Leião, com 217, em 6.º o Grupo Recreativo e Desportivo da Ribeira da Lage, com 198, e no 7.º lugar a anfitriã o Valejas Atlético Clube, com 184.

TRIATLO

Canarinhos no Triatlo com campeão Bruno Pais

Lombos-Benfica, em femininos, é o jogo grande da eliminatória

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ampeonatos parados, as derradeiras jornadas aconteceram nos dois primeiros fins de semana do ano, na masculina Leões de Porto Salvo e CRC Quinta dos Lombos sofreram derrotas, no feminino, empate das leoas na Póvoa de Santa Iria (3-3) e derrota das lombitas na Luz (3-0) nos últimos encontros da fase regular, com a formação lombita de Fernanda Piçarra a fazer parte do grupo que vai lutar pelo título de 2015/2016 feminino, enquanto a leoa de António Santos disputa o grupo de descida. Este fim de semana joga-se a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, o jogo grande está apontado para as 17h00 de sábado, em Carcavelos, entre o CRC Quinta dos Lombos e o SL Benfica, com o Leões de Porto Salvo-Louriçal, às 18h00 de domingo, a concluir a competição no feminino. Na masculina, as duas formações da Linha jogam fora de casa, a do Leões com o AM Portela, a do Lombos com o Valpaços Futsal, equipas da divisão secundária. Resultados: Nacional Masculino/II Divisão – CDR “Os Vinhais”-GDC Baronia, 8-1; Fabril Barreiro-Reguilas de Tires, 6-2. Sub-20 – Leões de Porto Salvo-Burinhosa, 2-2. Distritais Masculinos/Honra – CF Sassoeiros-Centro Ribamar, 8-4; Oriental Recreativo-Estoril Praia, 6-7; Oficinas de São José-Unidos de Leceia, 5-5. Juniores/Honra – Sporting de Vila Verde-CF Sassoeiros, 2-6; CRC Quinta dos Lombos-AM Portela, 4-2. Femininos/I Divisão – Bairro da Tojeira-Milhardo, 3-2. Juniores/Honra – CRC Quinta dos Lombos-Leões de Porto Salvo, 2-2.

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atual campeão nacional de Triatlo Longo, Bruno Pais, ex-atleta do SL Benfica, com 9 títulos nacionais no currículo, vice-campeão da Europa em 2014 campeão europeu de sub-23, vencedor do IRONMAN 70.3 em Budapeste, Hungria, e representante de Portugal nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008) e Londres (2012), é a estrela maior da entrada do Estoril Praia no Triatlo, modalidade que arranca este ano e foi alvo de apresentação no passado dia 5 de janeiro pelo presidente do emblema canarinho, Alexandre Faria, secção que tem como dirigente Filipe Mendonça. Para além do olímpico e campeão nacional Bruno Pais, o Estoril Praia apresentou ainda Rodrigo Baltazar como atleta e coordenador dos mais jovens, proporcionando-lhes formação, prática e o desenvolvimento fundamental à competição de triatlo. A primeira prova oficial de Bruno Pais com a camisola canarinha tem lugar a 31 de janeiro, no Panamá.

CASCAIS

“Mundialito de Futebol de Praia” de 29 a 31 de julho em Carcavelos

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s grandes eventos internacionais de Futebol de Praia estão de volta à praia de Carcavelos, o último teve lugar no verão de 2002, ano em que o selecionado português era constituído por nomes bem conhecidos do mundo do Futebol, casos de Hernâni, Nunes, Pedro Jorge, que juntamente com os ainda hoje jogadores da modalidade, Madjer, Alan, Marinho, entre outros, conquistaram o primeiro título mundial, em 2001 na Costa do Sauípe, em São Salvador da Baía, no Brasil, local onde em 2000 se sagraram vencedores da Taça Latina, seguindo-se os títulos de campeões da Europa e da Liga europeia, anos de ouro de um grupo que na altura foi homenageado pela Câmara Municipal de Cascais, e que tinha o seu quartel-general nas instalações do CRC Quinta dos Lombos, em Carcavelos.

Passados 14 anos o areal da praia de Carcavelos volta a ser palco de uma das provas mais importantes do calendário internacional, o Mundialito, apontado para 29 a 31 de julho, uma iniciativa que a Câmara Municipal de Cascais, pela voz do seu presidente, Carlos Carreiras, anunciou como um dos principais eventos desportivos que vão decorrer em 2016 no concelho. Os restantes são o Millennium Estoril Open, em Ténis, o The Color Run, em Atletismo, o World Corporate Golf Challenge, em Golfe, o IBERCUP, em Futebol, o CSI Longines Global Champions Cascais, em Hipismo, o Cascais Triathlon, em Triatlo, o Rock and Roll Marathon e o EDP Bike Maratona, em Atletismo, o Mundial de SB20, em Vela, e do Mundial feminino, entre outros, em Surf.


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