Costa do Sol Jornal | 16 Dezembro 2020 by Costa do Sol Jornal

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Quarta-feira | 16/12 de 2020 | Ano VII | N.º 329 | €0,01 | Diretor: Henrique Jorge Santos

MARIA VIANA EM ENTREVISTA

A voz do Cascais Jazz Club CSJ 5320

OEIRAS APOSTA EM REDE PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS Vão ser 59 os novos pontos de carregamentos para veículos elétricos distribuídos por todo o concelho de Oeiras. É a mais completa e moderna rede do género a ser implementada no país. Isaltino Morais diz que se “cumpre uma promessa eleitoral”. Pág. 05

CASCAIS E ESTORIL COM MAIS LOCAIS DE VOTO

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Cerca de 15 mil eleitores da freguesia de Cascais e Estoril vão mudar de local de voto já nas próximas eleições presidenciais de janeiro. Pedro Morais Soares, presidente da junta, diz que a pandemia foi fulcral para o aumento dos postos mas espera também uma redução da abstenção. Pág. 38

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Págs. 06 e 07

Em entrevista ao Costa do Sol Jornal, o presidente do clube fala da renovação da imagem e numa relação mais direta com os seus associados. Luís Campos Guerra disse ainda que pretende ver a Academia Geza Torok, criada em 2019, como uma referência na formação. Pág. 56

Edição Especial de Natal

A equipa do Costa do Sol Jornal deseja boas festas e um feliz ano novo a todos os leitores e anunciantes.

OPINIÃO

COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

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OS DESAFIOS E A CORAGEM MARCARAM 2020

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stamos prestes a concluir um ano que ficará para sempre na memória de todos nós como sendo um dos mais difíceis da História humana. A pandemia que, cobardemente, nos atacou, é a mais global de sempre. Nunca um vírus tão maligno se tinha propagado por todo o planeta e a uma velocidade tão vertiginosa. 2020 fica, por isso, marcado por um enorme combate pela saúde pública, mas não só. Com a doença provocada pelo novo Corona Vírus, a COVID-19, mergulhámos numa crise económica que nos tem levado a uma crise social sem precedentes. Pelas dificuldades criadas e pelos desafios que se avizinham, nunca se pediu tanto à classe política como atualmente. Felizmente, apesar de saber que ainda há muito trabalho pela frente, estou, como autarca com responsabilidades políticas e executivas na Câmara Municipal de Cascais, muito satisfeito com o trabalho que toda a equipa do “Universo CMC” tem vindo a executar. Ainda a pandemia não tinha chegado ao nosso país, e em Cascais já estávamos a trabalhar num plano de defesa de saúde pública. Nessa altura, enquanto outros ficavam a olhar para o que poderia chegar, com medo de assumir riscos políticos, nós decidimos atuar e preparar o nosso concelho para o pior dos cenários. Esta foi uma decisão difícil, que necessitou de enorme coragem, mas que veio a revelar-se como muito acertada. Esta proatividade foi essencial para darmos resposta às necessidades que se revelaram urgentes, dotando, inicialmente, os profissionais de saúde com materiais de proteção individual e meios operacionais de saúde, como ventiladores, por exemplo. Numa segunda fase, ainda o país aguardava os materiais encomendados pelo Governo, já em Cascais os munícipes tinham à sua disposição máscaras, a

preços acessíveis, para se protegerem nas saídas necessárias do confinamento. Na defesa da saúde pública, muito foi feito. No entanto, o nosso trabalho não se esgotou aí. Com a pandemia, a crise económico-social instalou-se sem pedir licença. O fantasma do desemprego, que veio no pós-confinamento, aumentou as desigualdades sociais. Foi necessário dar uma resposta rápida que minimizasse a fome em muitas famílias do concelho. Montámos, por isso, um plano solidário, que incluiu as Caixas Solidárias, as Casas Solidárias, os Cartões Solidários e, mais recentemente, as Árvores de Natal Solidárias. Este plano permitiu que, desta forma, milhares de famílias pudessem ter uma alimentação digna e completa. No combate económico, muito fizemos para salvar a economia local. Através da DNA Cascais, lançámos várias campanhas para estimular o comércio tradicional e a restauração. Abrimos linhas de esclarecimento aos empresários, para que estes pudessem ser orientados para os apoios necessários. À semelhança que fizemos com as famílias cascalenses, isentámos as empresas do concelho de todas as taxas municipais e baixámos o custo da água. Nestes combates, muito mais foi feito. No entanto, apesar de direcionarmos o nosso foco para as várias linhas-da-frente na luta contra os problemas provocados pela COVID-19, mantivemos os nossos planos e os compromissos com nossos munícipes: preservámos e melhorámos o nosso espaço público, tornámos os transportes públicos rodoviários totalmente gratuitos para quem em Cascais vive, trabalha ou estuda, entre muitas outras coisas. Por fim, sendo este o último artigo deste ano no Costa do Sol, quero desejar a todos os leitores um Feliz Natal e um 2021 de saúde plena.

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Informação Geral

16/12 a 23/12 de 2020

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VEÍCULOS ELÉTRICOS

REDE DE CARREGAMENTO ULTRARRÁPIDO EM OEIRAS

Ao todo são 59 novos pontos de carregamentos para veículos elétricos distribuídos por todo o concelho.

oram inaugurados em Oeiras três novos pontos de carregamento de veículos elétricos. Tratam-se dos primeiros de 59 novos pontos de carregamento que estão a ser instalados por todo o concelho, alguns deles ultra rápidos, os primeiros do país com estas características. Esta iniciativa “cumpre uma promessa eleitoral”, disse Isaltino Morais durante a inauguração. “Trata-se da mais potente e moderna rede de carregamentos sustentáveis que coloca o Município na vanguarda da tecnologia ambientalmente sustentável”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Dos 59 novos pontos, 43 são de carregamento normal, rápido e ultrarrápido e 16 são colunas shuffle. Trata-se da mais completa, abrangente e moderna rede de carregamento de veículos elétricos, apostando em tecnologia de ponta pioneira no país. Esta rede de carregamentos terá a possibilidade de carregar até 80.000 km/dia e traduz-se na substituição de combustíveis fósseis equivalentes a 5.662 litros de gasóleo e 6.471 litros de gasolina. Os pontos de carregamento rápidos permitem o carregamento total de veículos elétricos em até 45 minutos. Para os novos pontos Ultra Rápidos passa a ser possível carregar 200 quilómetros de autonomia em apenas 14 minutos nos veículos com capacidade de potência mais elevada. Nestes pontos, o investimento é totalmente assegurado pelos dois

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concessionários vencedores do concurso público: Galp e Mobilectric. O diretor da Área Comercial B2C da Galp, André Cardoso, lembrou que há 10 anos que a Galp e o Município de Oeiras assinalaram o primeiro carregamento rápido. “Hoje é o ultra rápido. Mostra o pioneirismo da Galp e de Oeiras”, frisou. Para o diretor-geral da Mobiletric, João Matos Gomes, a rede de carregamentos de veículos elétricos é agora “uma das maiores redes urbanas na Europa” e destacou já o interesse de “outros municípios a quererem copiar a que está a ser feito em Oeiras”. Um outro ponto de carregamento pertence à rede piloto de mobilidade elétrica Mobi.E.

Quantos aos pontos shuffle, no total são 16 colunas multifunções que permitirão também o carregamento elétrico normal de veículos automóveis. O carregador que se encontra instalado é o “pole-mounts” da Efacec de 22 kW, existentes em coluna multifuncional que permitirá o carregamento de apenas uma viatura. Os pontos de carregamento normais irão permitir o carregamento de veículos elétricos em até 60 minutos. Para estas colunas foi feito um investimento aproximado de 170 mil euros. Esta aposta junta-se a outras relacionadas com políticas ambientalmente sustentáveis, como é o caso da aquisição de viaturas elétricas para frota municipal.

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PENSAR LOCAL, AGIR METROPOLITANO

stamos, sensivelmente, a um ano de eleições autárquicas, onde o povo escolhe como quer que o território em que habitamos seja governado. Ao longo dos confinamentos a que nos forçou a pandemia, apercebemo-nos da importância que essa gestão tem na nossa qualidade de vida. Muitos de nós redescobrimos o espaço público e em especial os espaços verdes. Conhecemos melhor o nosso comércio e cultura local. Essa reaproximação convida-nos a, neste próximo ano, fazer destas eleições não só um exercício dos partidos – de escolher listas, escrever programas e fazer campanha – mas de toda a comunidade, de participação e reflexão. Essa reflexão é tanto mais importante no contexto em que vivemos. Tanto as freguesias como os municípios terão novas competências enquanto a Área Metropolitana de Lisboa viverá um novo tempo, com a implementação da Carris metropolitana e a consolidação dos novos passes metropolitanos, apoiados pelo Governo ao abrigo do Programa PART. São desafios exigentes mas que prometem uma maior aproximação do decisor público ao problema, garantido uma escala e velocidade de resposta mais eficaz. A verdade é que cada vez mais partilhamos desafios a nível metropolitano. Fazemo-lo não só em quantidade mas em profundidade e em alcance geográfico. Apesar de nunca terem comunicado tanto, estamos hoje mais distantes de ser uma Cidade das Duas Margens que Jorge Sampaio projetou há 30 anos quando chegou a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Afinal, essa cidade nasceu pela mão da desigualdade, com o aumento dos preços da habitação e a inacessibilidade de serviços públicos. A consequência desse desenvolvimento desigual é que não pensamos em conjunto mas em concorrência uns com os outros. Foi justamente para afirmar um pensamento comum sobre os nossos desafios metropolitanos que a última atividade do meu mandato à frente da Federação da Área Urbana de Lisboa da JS, antes de ser eleito para a sua liderança nacional, foi um fórum metropolitano, em conjunto com os jovens socialistas de Setúbal. Juntos projetámos uma «cidade de cidades» que valorize as identidades locais, enquanto promovemos a coesão e competitividade de toda a região, através da inovação, sustentabilidade ambiental, direitos sociais e mobilidade sustentável. Devemos partilhar equipamentos além fronteiras, pensar as nossas infraestruturas e articular programas que beneficiem de uma escala maior que a municipal. Por outro lado, nesta visão metropolitana, não podemos prosseguir nas lógicas de territórios dormitórios ou dinâmicas monofuncionais, gerando, por um lado, engarrafamentos nos movimentos pendulares entre casa e trabalho e, por outro, desemprego para quem tem mais dificuldade em deslocar-se. Importa, por isso, alargar os pólos geradores de emprego, em particular de serviços, ao longo do território, complementando com acessibilidades, comércio, cultura, espaços verdes, para atingir de forma harmoniosa «cidades de quinze minutos». Nada disto poderá ser feito sem um novo olhar sobre o direito à habitação, onde Cascais lidera tanto o show-off como a inércia. Nas próximas eleições autárquicas, responder às necessidades do território e das pessoas depende de conseguirmos não só pensar local como agir metropolitano. É um debate que importa começar a fazer.

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16/12 a 23/12 de 2020

MARIA VIANA EM ENTREVISTA

“QUEREMOS DEIXAR UMA MARCA A QUEM NOS VISITA NO CASCAIS JAZZ CLUB”

“Uma cantora tem de cantar todos dias”. E Maria Viana tem isso no Cascais Jazz Club, criado há dez anos, a partir de uma associação cultural. Em entrevista, a fundadora do clube conta-nos o passado do projeto e como a paixão pelo jazz é também uma questão de partilha.

s primeiros passos do Cascais Jazz Clube podem ser caracterizados pelo simbolismo da sopa da pedra. Maria Viana resolve-nos o enigma: “O nosso primeiro evento aqui foi uma passagem de ano”, em plenas obras, a dar as boas vindas a 2011 antes da abertura do clube. “Uma mesa para oito pessoas com uma sopa da pedra”, explica por fim a cantora de jazz. “Passámos um fim de ano em partilha. De tal forma que, desde aí, as nossas passagens de ano são com sopa da pedra, porque simboliza a nossa forma de estar”. Entende que é um “símbolo da partilha e da multiplicação”. Antes da inauguração do clube de jazz, ali bem no coração da vila de Cascais, no Largo Cidade Vitória, é necessário recuar até à criação da Jam Session, a associação cultural. “O Cascais Jazz Clube é a face visível dessa associação que tem como objetivo praticar, ensinar e difundir, criar novos palcos e novos públicos para o jazz e para a boa música em geral”, afirma Maria Viana. A Jam Session nasceu de “uma série de coincidências”. Na altura, o marido da cantora e um amigo tiveram a ideia de criar um clube de jazz. “Não fazia parte dos meus planos ter um clube de jazz. Porque eu naquela altura vivia durante o dia, levantava-me muito cedo. Tudo o que me apetecia menos era passar a viver à noite. Mas amava muito o meu marido e percebi que era um sonho dele”, conta. Entretanto o amigo do casal desvinculou-se do projeto. Maria Viana contactou “os amigos do mundo inteiro”, fez imensos planos e “quando chegou a altura de desistir desses planos eu não estava preparada para isso”, revela. À porta das grades do clube, no último dia de arrendamento, tomou a decisão. “Liguei para o António Salgueiro, que sugeriu a criação da associação, a Jam Session”, um nome sugerido por Fátima, esposa de António Salgueiro. “Na base do trabalho estou eu e o meu marido, Manuel, o António Salgueiro e a mulher, Fátima”. Foi assim que tudo começou. CASCAIS Começaram com “muita dificuldade e desconfiança”. Mas todos

acreditavam que, “por detrás de um obstáculo há sempre uma oportunidade disfarçada”. Nunca passou pela cabeça que não fosse em Cascais. Em termos de jazz, o Festival de Jazz de Cascais colocou a vila no mundo. “Passaram por lá os enormes no-

mes do género”. No início do clube, conta Maria Viana, houve “imenso apoio da câmara municipal, que infelizmente durou pouco tempo”. Na altura presidente da autarquia, António Capucho, “imediatamente percebeu o alcance e potencial

da nossa associação, acreditou em nós e apoiou-nos”. Porém, na opinião da cantora, “quando muda a direção, na maior parte das vezes, quem toma o poder resolve anular tudo o que foi acarinhado pela equipa anterior”. Revela que, quando

“António Capucho saiu da câmara perdemos todo o apoio que tínhamos e aquele que estava prometido”. “Mas não sabíamos fazer outra coisa e já estávamos lançados”, fala. “Temos imensas bênçãos neste clube. Nós dependemos inteiramente da boa vontade de quem nos visita, dos nossos associados e de gente desconhecida”. Segundo Maria Viana “é um facto que muitas coisas aconteceram aqui, em momentos chave, de desespero, que foram desconhecidos que nunca mais os vimos a solução quando já não tínhamos força”. E chama outra contradição à conversa: “quem visita Cascais muitas vezes é quem informa os cascalenses que este clube existe”. O Cascais Jazz Club tem alguns associados e frequentadores, mas “Cascais é mais forte em fado, mas nem sei se uma casa de fado sobrevive aqui”. Ou seja, “ninguém é santo na sua terra”. E acrescenta: “vivemos de uma mistura, de alguns cascalenses, sim, mas na realidade é mais de quem vem de longe”. Cascais, para a cantora, “não é o tempo que atravessamos. Cascais é todo o seu passado, presente e futuro”. Gosta de Cascais “não muito grande”, não é essa a visão que tem. “É uma vila com o seu carácter e não devia despersonalizar-se”. “Cascais tem fama de ser pedante. No entanto, a vida do dia-a-dia dos cascalenses e dos seus visitantes é uma vida mais humana do que noutros lugares”, partilha. Para conhecer o clube é necessário propor-se a associado, no mínimo. “Ficam ligados a nós através do e-mail e recebem as nossas notícias”, diz Maria Viana. “É interessante dizer que 40% que recebem a nossa newsletter são dos Estados Unidos da América e 20% de Inglaterra”. Antes da pandemia, “antes da depressão”, o Cascais Jazz Club tem tido “momentos muito bons”. Começou com uma sala de música, e agora tem uma sala de bar e de descanso para quem quiser conversar. Neste aspeto, a cantora coloca os pontos nos is: “na sala de música não se pode conversar. Isto não é um lugar comercial, não é um bar com música ao vivo. É uma casa de música que tem um pequeno bar de apoio”.

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De acordo com a fundadora, “o clube está num dos picos altos do clube. O espaço está todo tomado e há muito pouca coisa a fazer na estrutura ou decoração”. Os longo destes dez anos “fomos sentido cada vez melhor o espaço, sentir como queríamos receber as pessoas”. É um sítio que “não tem luxos”. CARREIRA

“Tenho 44 anos de ofício e conheci como cantora e produtora não sei quantas dezenas de músicos, alguns dos grandes nomes. Não estou a falar das ‘stars’. Não sou amiga da Diana Krall, mas sou amiga do pianista e do guitarrista”, exemplifica. “É muito natural que eu arranje forma de os trazer a Portugal. E alguns deles chegam a escolher

o nosso país como destino de férias”, pedindo a para tocar no clube. Essa carreira de quase cinco décadas teve de acabar quando três dos quatro diretores faleceram. “Tive de for mãos por inteiro nisto. Tive de ser o fermento para não se perder o bolo”, fala. “Perante a perda destas pessoas tive de escolher e foi óbvio para mim”.

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Tão óbvio como “ficar em casa até ao meu filho ter doze anos, e não sair à noite para beber um copo ou coisa nenhuma”. Vão surgindo alguns espetáculos, “cerca de seis ou sete por ano”, mas já não faz tournées. Mas vai cantando no clube? “Aqui sou prata da casa, sou pau para toda a obra”, defende. “Aqui o atendimento é totalmente personalizado. Nós vive-

mos da boa vontade das pessoas e por isso todas elas são VIP. O que nós queremos é que as pessoas estejam juntas no mesmo amor pela música e pelo respeito uns pelos outros”. Combater a timidez é também uma das missões da Jam Session. “No Cascais Jazz Club exercemos aquilo que eu sempre pensei: o jazz é feito para toda a gente mas nem toda a gente o sabe”. Aqui, os programas incluem canções popularizadas por outros artistas. “Não é difícil ouvir aqui o ‘As Time Goes By’ ou o ‘Blue Moon’”. E tem uma razão de ser: “porque ao abrirmos o coração às pessoas que nos visitam, e que podem estar a ouvir jazz pela primeira vez, e queremos deixar uma marca”. Nesse sentido, diz, “usamos o jazz como integração social e nivelamento por cima, e queremos que as pessoas se sintam iguais entre si”. E a única regra necessária para estabelecer a diferença é que “os músicos que interpretam esses temas, que o façam da melhor forma que sabem e podem”. O Cascais Jazz Club não encontra razão de ser em abrir sem música ao vivo. Antes da pandemia, trabalhavam de segunda a segunda, com concertos à sexta-feira. Os outros dias são mais ligeiros, quase como “ensaios assistidos”. Com a pandemia, o clube fechou “antes de ser obrigatório fechar”. Mas Maria Viana e Margarida Soares, “o meu braço direito na associação”, continuaram a trabalhar. Havia problemas estruturais para resolver. E algumas foram feitas, tal como o terraço de onde se vê o Largo Cidade Vitória. Voltou a abrir a 15 de junho, com “muitas limitações”. Haviam 40 lugares, agora só tem 16. Dez anos depois da abertura, Maria Viana não se mostra muito a favor da subsídio-dependência. Contudo, “gostava nos dessem trabalho e que nos perguntassem se temos ideias”. Mas não tem dúvidas que, enquanto houver “alegria e paixão”, o projeto vai perdurar.

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Opinião

COSTA DO SOL JORNAL

Na prateleira

“Palavras e sonhos” Maria Clotilde Moreira

José d’Encarnação

E AS PALAVRAS VÃO SUMINDO…

stava à minha frente, a pagar na Cozinha com Alma, em tempo de pré-pandemia. Uma daquelas senhoras jovens que a gente dá graças a Deus por as ter criado assim elegantes, que dá gosto ver. Conhecia-a e, por isso, não tive receio em meter conversa. Não correria riscos de ser mal interpretado. É que, nessa manhã de Verão, eu fixei mais atentamente o olhar num dos braços da Sara e não hesitei em perguntar-lhe, enquanto D. Estela lhe fazia a conta: – E o que é isso que a menina tem no braço? Hesitou em responder-me, recebeu o talão do pagamento e explicou: – Uma sentença védica! Traduziu-ma em linguagem de gente, já não recordo o que era, mas gostei, achei piada e agradeci. A tatuagem estava nuns caracteres bem estranhos, lá dos Orientes, e eu, epigrafista militante, não podia deixar perder a oportunidade de saber mais alguma coisa. Tudo o que é escrita me interessa e tenho encontrado, não apenas na epigrafia romana (a minha ‘dama’) mas também noutros locais, motivos de superior encanto. Por exemplo, no Brasil, onde os camionistas gravam frases nos para-choques das viaturas. Já esse hábito se baptizou de… «filosofia de para-choque», porque dessas frases ressumbra todo um modo de encarar a vida, mormente para quem passa horas esquecidas ao volante! Uma das que mais gosto: «Se me vires agarrado a mulher feia, aparta, que é briga!»… Do Oriente, admiro a maneira de eles escreverem. Que diabo é que passou pela cabeça dos seus antepassados para, em vez de terem adoptado o alfabeto inventado pelos Fenícios, continuarem nessa de fazer risquinhos e mais risquinhos que a gente nunca sabe se são letras, se sílabas, se palavras. E eles escrevem cá com uma velocidade!... Os Fenícios deviam ter conquistado o Oriente e imposto o alfabeto, é o que eu digo! Alembrei-me logo dos hieróglifos egípcios que o Champollion lá conseguiu decifrar por se ter encontrado a Pedra de Roseta. Aquilo também devia ser cá uma assombração, porque misturavam tudo, figuras e traços geométricos. E dei comigo também, em Maio de 2005, no Pérgamon de Berlim, a sorrateiramente acariciar o dorso de um daqueles baixos-relevos de leão alado com cabeça de homem soberano, a perscrutar toda a superfície restante pejada de bem estranhos caracteres cuneiformes… Jurei, pois, fidelidade ao alfabeto fenício, muito mais terra-a-terra, até porque, mesmo com siglas e abreviaturas, as minhas inscrições latinas acabam por ser mais fáceis de decifrar. Eis senão quando surgem os emojis! E não há mensagem que os não tenha, porque escrever dá muito trabalho, podem fazer-se erros!... E, assim, as palavras vão sumindo! Ele são corações bem vermelhos e de todos os tamanhos, um, dois, quatro, muitos (amor em torrentes infindas será?); mãos postas (uma oração?); guindastes (queres vir trabalhar prás obras?); palmeiras em ilhas desertas, porventura a sugerir quanto me agradaria estar contigo em tão aliciante cenário!… Um dia, hei-de tirar o curso.

28/10 a 03/11 de 2020

APESAR DA PANDEMIA HÁ NATAL

á quase doze meses que andamos a falar neste vírus maligno que tudo tem conseguido inverter, retroceder e que apesar dos esforços de algumas entidades só confinados podemos ajudar a melhorar os números de contágio. E devagarinho as datas de fim deste conturbado ano estão a chegar. E interrogações e ansiedades vão repassando por muitas pessoas. Poderemos viajar e ir passar aqueles dias de família todos juntos. Será possível irmos de carro, atravessando Concelhos e Freguesias, ou será melhor usarmos os transportes públicos? E para voltar às nossas casas de origem? E quantos podemos estar juntos ou teremos de nos encontrar através das novas tecnologias e falarmos entre telemóveis? Há famílias que estão a fazer contas e a apontar vários exemplos do que terão de desdobrar: uns irão fazer passagem de 24 para 25 em várias mesas

colocadas em várias divisões e cada grupo terá um “coordenador”. Outras famílias escolhem fazer um almoço no dia 25 prolongado até ao fim da tarde num pequeno grupo de dez quando o costume seriam estar cerca de vinte com os mais miúdos correndo pela casa fora. Há quem esteja a apontar as várias hipóteses em folhas de blocos para, a partir de 18 de Dezembro, então acertarem o que vai ser o Natal deste ano do “covid”. Não há memória de tanta conversa, de tantas hipóteses, de tanta incerteza e ansiedade. Entretanto, quase todos já acorreram às lojas ali perto para se abastecerem das prendas principais e muitos aderiram às compras online para terem uma lembrança mesmo com os grandes centro comerciais fechados. Até a hora da Missa do Galo está a ser ajustada aos horários de mobilidade para que os católicos possam cumprir

o assistirem à Missa e estar em casa a tempo de celebrarem a consoada. E quem não tem familiares por perto mas tinha algum acompanhamento nestes dias promovido por Centros de Dia, pelas Autarquias e até pelos vizinhos? Este vírus que pouco tem abrandado e até em alguns sítios parece estar a crescer tudo está a baralhar. Mas há quem acredite que o sorriso das crianças continua a ser esplendor de Esperança, que as árvores vão continuar a dar-nos sombra e frutos e que a terra nos dará searas de trigo, que haverá muitos dias a nascerem calmos e haverá sempre água nas fontes. Continuamos a acreditar que a lua e o sol continuarão a brilhar nos céus e que ao amarmos esta Terra ela voltará a ser Paraíso e que todos os anos haverá NATAL. Boas Festas para todos Vós!

Reservas Manuel Machado

NEM SEMPRE HÁ TEMPO PARA TUDO!

á quem diga que, culturalmente, convivemos nos nossos dias, entre três principais referências: livros, jornais e televisão. Insiste quem teoriza sobre filosofia da cultura, que toda a tecnologia baseada em meios electrónicos ou informáticos, pode cercear a criatividade intelectual enquanto, por paradoxal que possa parecer, o objecto impresso, estático e aparentemente sem movimento, por exemplo, um jornal ou um livro, permite, grosso modo, um “diálogo” com o leitor. O mesmo acontece com todo aquele que se coloca perante uma obra de arte, seja no silêncio contemplativo de uma galeria, seja diante de uma escultura na praça pública, mesmo que se encontre no meio de poluente fumarada e estridente ruído urbano, coisa que agora, com a pandemia, diminuiu bastante. O espectro cultural de um jornal ou de um livro, será, portanto, tanto maior quanto mais intensa for a

interacção conseguida entre autores e leitores. Vote-se a favor do jornal, do livro, ou da TV, uma coisa é certa: nesta trilogia as divergências são maiores que as convergências. No entanto, à luz de uma perspectiva moderada, de uma perspectiva com alguma pedagogia à mistura, digamos que longe de ser incompatível, a trilogia pode completar-se entre si. O necessário é haver tempo para corrigir imperfeições, organizar dinâmicas e manter a vitalidade dos projectos. É certo que todos ambicionam maiores tiragens e maiores audiências, reconhecendo a necessidade de definir objectivos que obrigam à competição e à elaboração de estratégias cada vez mais rigorosas, sofisticadas e exigentes. Claro que, para tudo isto é preciso tempo. Acontece que nem sempre há tempo para dar atenção a tudo. Por muito atentos que estejamos, podem sempre surgir imprevistos como o ocor-

rido naquele jornal, ainda por cima numa edição de natal com uma volumosa tiragem: na entrevista onde se perguntava ao entrevistado qual tinha sido uma das figuras mais significativas do século XX nos tempos da União Soviética, em vez de Staline, o jornal escrevera Stalone!

FICHA TÉCNICA Costa do Sol jornal - Semanário Regional de Oeiras e Cascais Estatuto Editorial: www.facebook.com/CostaSolJornal Fundador: J. Elias Martins Proprietária: Teresa Diana Prada Martins Editor: Labirinto de Páginas Unipessoal, Lda. NIF: 510676448 Sede e Redação: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 21 156 99 42 | 91 156 64 55

Diretor: Henrique Jorge Santos Redação: Sílvia Costa E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Opinião: Alexandra Domingos, Clotilde Moreira, José d’Encarnação, Manuel Machado, Miguel Costa Matos, Nuno Piteira Lopes, Pedro de Sá, Rui Rama da Silva Secretariado: Deolinda Prada Martins Publicidade: Nuno Lourenço (Director Comercial), Dina Oliveira e Bruno Antão

E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt Design Gráfico: Diana Martins Distribuição: Agostinho Castanheira Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ Nº de registo na ERC: 126369 Nº depósito Legal: 360449/13 Tiragem: 10.000 Impressão: Gráfica Funchalense | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 | Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

CSJ 5481

Informação Geral

10 COSTA DO SOL JORNAL COVID-19

Cascais instala tendas “contra solidão” Compensar a falta de espaço na visita a lares é um dos objetivos.

oi instalada a esta semana a primeira tenda do Serviço Municipal de Proteção Civil, na Estrutura Residencial Para Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, nas Fisgas, em Alcoitão. “Uma medida que visa compensar a falta de espaço para visitas em segurança dos familiares aos idosos residentes nos lares existentes no concelho”, explica a Câmara de Cascais em nota enviado às redações. O Serviço Municipal de Proteção Civil está a instalar várias tendas no exterior das Estrutura Residencial Para Idosos para, “garantindo a proximidade dos idosos em relação à estrutura, assegurar espaço suficiente para, além de permitir cumprir o distanciamento e limitar o acesso de pessoas estranhas às residências, duas medidas fundamentais para mitigar o risco de contágio”. Esta é mais uma medida para “quebrar a solidão dos nossos idosos neste Natal”, conforme salienta Carlos Carreiras, presidente da autarquia.

16/12 a 23/12 de 2020

“QUEBRAR A SOLIDÃO” NOS LARES É UM DOS OBJETIVOS

CASCAIS AJUDA IDOSOS A PASSAR O NATAL EM FAMÍLIA

Autarquia vai pagar estadia em unidades hoteleiras, financiando também testes de diagnóstico para a Covid-19.

Câmara de Cascais anunciou que vai ajudar idosos residentes em lares a passarem o Natal em família, financiando testes e pagando hotéis para cumprirem uma quarentena e prevenir eventuais surtos de Covid-19 no regresso às instituições. “É uma resposta de toda a comunidade a um problema de humanidade, a de tentar que as famílias possam reunir-se no Natal e quebrar a solidão dos idosos nos lares”, afirmou o presidente da Câmara, Carlos Carreiras, à agência Lusa. O autarca explicou que, como os lares não têm espaços suficientes para isolar os idosos depois de estes terem ido passar o Natal junto das respetivas famílias, a autarquia vai financiar testes de diagnóstico.

Vai também pagar estadias aos idosos e a um acompanhante em unidades hoteleiras do concelho, para que possam cumprir o tempo de quarentena, evitando assim eventuais surtos de infeção nos lares onde residem. “É também uma ajuda às próprias unidades hoteleiras”, acrescentou Carlos Carreiras. Poderão candidatar-se idosos autónomos, cujas famílias residam neste concelho do distrito de Lisboa. O município estima investir entre 300 mil e 400 mil euros com a medida, mas conta também com a ajuda de mecenas. Já estabeleceu parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Cascais e com a Delegação da Cruz Vermelha do Estoril. Fonte: Lusa

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12 COSTA DO SOL JORNAL

Informação Geral

16/12 a 23/12 de 2020

CÂMARA DE OEIRAS VAI REALIZAR OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO

DIREÇÃO-GERAL DO TESOURO APROVA CEDÊNCIA DO CONVENTO DA CARTUXA A autarquia vai investir 7,1 milhões de euros no restauro do espaço.

omo contrapartida da cedência, a Câmara Municipal de Oeiras assume realizar, ao longo de 10 anos, obras de requalificação e restauro do edificado. A Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF) homologou a cedência do Convento da Cartuxa à Câmara de Oeiras por um período de 42 anos, anunciou o município. “Após vários anos em que a Câmara Municipal de Oeiras tem manifestado, reiterada e sucessivamente, a sua preocupação pelo estado de degradação e abandono em que se encontra o conjunto edificado da Igreja, Convento da Cartuxa e construções dependentes, bem como das suas áreas verdes, finalmente a DGTF homologou as condições de cedência de utilização deste património ao Município” por um período de 42 anos, informou a autarquia em nota de imprensa. A decisão necessita de ser formalizada com a assinatura de um auto de cedência entre as duas entidades para que a Câmara de Oeiras possa começar “a salvaguarda deste património histórico e cultural,

criando condições para o seu usufruto público”, esclareceu. Como contrapartida da cedência, a Câmara Municipal de Oeiras assume realizar, ao longo de 10 anos, obras de requalificação e restauro do edificado, que totalizam um investimento de cerca de 7,1 milhões de euros. Na nota, o município salienta que já aprovou os termos e condições de cedência homologados pela DGTF, bem como “o montante para a realização das obras de requalificação e restauro deste conjunto tão relevante para a identidade cultural do concelho”. Em março, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, afirmara que estava a “ultimar negociações” com o Ministério da Justiça e a Direção-Geral do Tesouro para a aquisição do Convento da Cartuxa, onde deverá nascer um novo centro cultural. Com Lusa

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14 COSTA DO SOL JORNAL

Receitas

16/12 a 23/12 de 2020

CLÁUDIA ANGELINO PARTILHA RECEITAS “SEM CULPA”

UM NATAL DOCE MAS MAIS SAUDÁVEL

Aproxima-se a noite da consoada e está na hora de tomar decisões sobre o que preparar para a ceia mais aguardada do ano. Os doces fazem parte do charme de qualquer mesa de Natal. Este ano, Cláudia Angelino da “Chocolate & Pimenta” dá o mote para que prepare um conjunto de sobremesas mais saudáveis.

RABANADAS LIGHT “Estas pode comer... com menos culpas” INGREDIENTES: ▪ 1 pão de forma ▪ 8 ovos ▪ 1lt leite ▪ Casca de limão ▪ Pau de canela ▪ Açúcar ▪ Canela ▪ Papel vegetal MODO DE PREPARAÇÃO: Gosto de utilizar o pão de forma com dois dias. Partir em fatias generosas Ferver o leite com o pau de canela e três casquinhas de limão, deixar arrefecer num prato fundo Noutro prato fundo bater os ovos. Num tabuleiro de forno colocar uma folha de papel vegetal. Passar cada fatia pão no leite, em seguida no ovo e colocar as mesmas sobre a folha de papel vegetal. Levar ao forno pré aquecido a 150 graus durante aproximadamente 15 minutos. NOTA: Depois de ter as fatias no papel vegetal prontas a ir para o forno, gosto de regá-las com o resto do leite. Bom apetite!

BOLACHAS DE GENGIBRE E CANELA “Cheira a Natal!” INGREDIENTES: ▪ 120gr de açúcar amarelo ▪ 190gr de margarina amolecida ▪ 2 ovos ▪ 200gr de farinha ▪ 1 colher de chá canela em pó ▪ 1 colher de chá gengibre em pó ▪ Papel vegetal MODO DE PREPARAÇÃO: Numa taça deitar o açúcar amarelo e os ovos inteiros, bater com a colher de pau até fazer bolinhas, acrescentar a margarina amolecida e misturar bem. Acrescentar a farinha, a canela e o gengibre. Misturar tudo muito suavemente. Ligar o forno a 150graus. Num tabuleiro com a folha de papel vegetal, dispor colheres de sopa bem cheias de massa das bolachas bem separadas, pois elas vão crescer. Vão ao forno cerca de 20 minutos. Quando começarem a ficar douradinhas à volta, pode retirar. Bom apetite!

Bolo de Chocolate sem açúcar e sem farinha “Sem remorsos” INGREDIENTES: ▪ Cinco ovos ▪ Cinco colheres de sopa de óleo de coco ▪ Uma colher de sopa de extrato de baunilha; ▪ 200 gramas e duas colheres de sopa de pepitas de chocolate negro MODO DE PREPARAÇÃO: Comece por pré-aquecer o forno a 180 graus. Depois, derreta o chocolate com a o óleo coco. Entretanto, deve bater os ovos juntamente com o extrato de baunilha. Este processo demora cerca de 10 minutos, até a mistura ficar com volume. Depois, é só adicionar o chocolate derretido e misturar tudo. Bom apetite!

BOLO DE CHOCOLATE DE NATAL “Um sonho de chocolate!” INGREDIENTES: ▪ 150gr de chocolate em barra ▪ 180gr de margarina ▪ 80gr de cacau em pó ▪ 120gr de açúcar ▪ 1 chávena de leite ▪ 180 gramas de farinha com fermento ▪ 1/2 colher chá de canela em pó ▪ 1 laranja (raspa) ▪ 100gr nozes MODO DE PREPARAÇÃO: Pré-aquecer o forno a 150graus. Derreter o chocolate em barra com a margarina em banho-maria e reservar. Separar as gemas das claras. Às gemas juntamos o açúcar e batemos até o creme ficar esbranquiçado. Acrescentamos o chocolate derretido com a margarina, misturamos bem. Seguidamente, a raspa da laranja e a chávena de leite. Misturamos. Juntamos a farinha, o cacau a canela e as nozes picadas grosseiramente. Misturamos tudo. Por fim, as nossas claras batidas em castelo e misturar com movimentos lentos. Untar a forma e despejar o nosso bolo. Vai ao forno aproximadamente 40 minutos. Faça o teste do palito! Quando sair limpinho, o bolo está pronto! Bom apetite!

Sonhos “Tradição na mesa” INGREDIENTES: ▪ 300 g de farinha ▪ 6 ovos ▪ 70 g de margarina ▪ 3 dl de água ▪ Casca de limão ▪ Açúcar q.b. ▪ Canela em pó q.b. ▪ Óleo para fritar MODO DE PREPARAÇÃO: Numa panela junte a água, a casca de limão e a margarina. Leve ao lume, e quando começar a ferver, junte de uma só vez a farinha. Mexa bem até a massa ficar cozida e homogénea. Retire e deixe a massa arrefecer numa tigela. Quando estiver fria, juntar os ovos inteiros, um a um, e amassando sempre com a mão até obter um creme suave. Aqueça o óleo e frite colheradas deste preparado até ficar dourado. Depois de fritos, passe os sonhos por uma mistura de açúcar e canela. Bom apetite!

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16 COSTA DO SOL JORNAL

Informação Geral

OEIRAS

COVID-19 AFETOU RESPOSTA SOCIAL A IDOSOS

Ideias para Largo 5 de Outubro em exposição Projeto vencedor a desenvolver em 2021.

OEIRAS REFORÇA APOIO A INSTITUIÇÕES Centros de dia e de convívio sofreram o impacto da pandemia.

té 2 de janeiro vão estar em exposição na Livraria Municipal do Centro Cultural Palácio do Egipto as quatro propostas candidatas para a reformulação do Largo 5 de Outubro, no Centro Histórico de Oeiras. Os trabalhos podem ser visitados de terça a sábado, das 11h00m às 17h00m. O Concurso Público de Conceção do Projeto Municipal de Reformulação deste largo foi lançado este ano pela autarquia, no âmbito da estratégia integrada do conforto urbano. “Este projeto pretende devolver a essência do Largo 5 de Outubro como o espaço público central e dinamizador da Vila de Oeiras. Circundado por diversos equipamentos, comércio e serviços, será criada uma Praça em torno da Igreja Matriz, Mercado Municipal e Palácio do Egito, com diversos espaços de estadia e lazer que potenciem a utiliza-

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ção deste espaço pelos peões, mantendo também a sua vertente para eventos culturais, interligados com a futura Praça Verney”, revelou a câmara municipal. O projeto vencedor será desenvolvido em 2021, devendo a obra ser concluída em 2023.

Câmara Municipal de Oeiras aprovou um apoio superior a 271 mil euros destinado a instituições do concelho com respostas sociais de Centro de Dia e de Convívio que tiveram de encerrar os equipamentos por causa da pandemia. A comparticipação financeira terá a duração de seis meses. Em comunicado, a autarquia informou que, “tendo em conta as caraterísticas dos equipamentos presentes no território, as entidades encetaram, desde logo, todos os esforços para garantir a prestação de cuidados aos cerca de setecentos utentes que se viram obrigados, no caso dos centros de dia, a regressar aos seus domicílios”. A Câmara Municipal de Oeiras tem vindo a demonstrar “disponibilidade não só para promover uma troca de experiências que

permitisse a replicação de modelos já aplicados, como para apoiar as referidas entidades, de forma a concretizarem respostas potenciadoras do bem-estar social, físico-motor e psicológico dos utentes”. Uma vez que estes equipamentos não poderão reiniciar o seu funcionamento regular a curto prazo, “o Município solicitou às entidades que remetessem pro-

jetos, perspetivados para um período de seis meses, e que contribuíssem para a continuidade dos cuidados prestados mas, acima de tudo, para a introdução de outros essenciais”, lê-se no comunicado. Em Oeiras, são dezassete as entidades de cariz solidário que asseguram apoio à população mais envelhecida, através de respostas sociais como Centro de Dia e Centro de Convívio.

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REQUALIFICAÇÃO DO BAIRRO DA CRUZ VERMELHA

CÂMARA AVANÇA COM SEGUNDA FASE Os espaços verdes vão ser uma das prioridades.

stá aprovada a segunda fase da requalificação urbanística do Bairro da Cruz Vermelha, em Cascais. Com este passo, a Câmara Municipal de Cascais avança com “a concretização objetiva de uma obra estrutural do concelho”, tal como descreve a autarquia. “A requalificação a desenvolver no Bairro da Cruz Vermelha corresponde a uma intervenção física de reabilitação em espaço público inserido num território atualmente degradado. O novo espaço a edificar vai atribuir novas valências a um bairro com fortes carências, nomeadamente de espaços verdes e de convívio devidamente equipados”, lê-se numa nota enviada às redações.

O Bairro da Cruz Vermelha é um dos territórios do concelho de Cascais associado a comunidades desfavorecidas, correspondendo a uma das cinco áreas prioritárias de intervenção abrangidas pelo Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas, atendendo ao diagnóstico da habitação social de promoção municipal. Na mesma reunião de executivo foi também aprovada a minuta do contrato com vista a reformulação do segundo piso da Unidade de Saúde de São Domingos de Rana e ainda ratificados vários despachos relacionados com as medidas excecionais de combate à Covid-19 e a aquisição de serviços para fornecimento de refeições escolares.

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Câmara Municipal de Cascais lançou o Canal para a Promoção da Transparência Municipal no seu site. Este novo serviço público tem como objetivo atribuir aos cidadãos um maior exercício do escrutínio sobre o poder público. “O município garante, através do Gabinete de Ética e Conformidade, um tratamento confidencial e uma resposta adequada no âmbito do quadro de regras e sanções do Código de Ética e Conduta”, anuncia a autarquia. O novo serviço tem como base um conjunto de princípios orientadores, ou “princípios de ética”, aos quais os colaboradores municipais estão obrigados. O princípio do serviço público, a proteção dos direitos e interesses dos cidadãos, a observância da legalidade, integridade, justiça, imparcialidade, igualdade, proporcionalidade e responsabilidade, a colaboração e boa-fé, a informação e da qualidade, associadas à lealdade competência e responsabilidade são alguns desses princípios assegurados.

Empresas

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RETINOPATIA DIABÉTICA

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CAIXIDUARTE

“Há 35 anos a criar o seu conforto” Desde 1985 a aprender, a crescer e a inovar. É este o lema da Caixiduarte, empresa familiar sediada em Trajouce, no concelho de Cascais.

oi com apenas 15 anos que Jorge Duarte foi trabalhar para a empresa Marquises 2000, iniciando assim a sua formação profissional na área da caixilharia de alumínio. Sempre desejou ter a sua própria empresa e, ao fim de alguns anos, surgiu a oportunidade de abrir a Caixiduarte. “Ao apostarmos no rigor e brio profissional, aliado à qualidade e inovação dos nossos produtos, fomos adquirindo uma considerável carteira de clientes que fazem da nossa empresa uma referência”, afirma Jorge Duarte. “Sempre a inovar nas novas séries que surgem no mercado, foi necessário adquirir as várias ferramentas para o fabrico das mesmas. Assim sendo, estamos preparados para novos desafios”, adianta. Com uma larga experiência na montagem de todo o tipo de caixilharia e respetivos acabamentos, “asseguramos deste modo a garantia completa do fabrico e da montagem do seu caixilho”. Jorge Duarte salienta: “fornecemos produtos com excelente qualidade,

pois trabalhamos com bons parceiros comerciais tais como a Rehau, Lusedividro, Alfa Sul, Vidroluz, Rotofer, Adricar, Estores Bandarra, Panedge, Wurth, entre outros”. A Caixiduarte conta com profissionais qualificados, que fazem a comunicação social nsulta, fabricação, montagem e respetivos acabamentos personalizados. “Investimos na formação e motivação dos nossos colaboradores para que realizem um trabalho com responsabilidade e brio profissional”, explica o empresário. Ao longo dos anos Jorge Duarte adquiriu muitos conhecimentos e experiência que fazem com que possa aconselhar e dar sugestões aos seus clientes para assim obterem o resultado pretendido. Para além da fabricação e montagem de caixilharia em alumínio e PVC REHAU, a empresa fornece portas decorativas exteriores em alumínio e PVC, uma vasta gama de estores interiores e exteriores, redes mosquiteiras, grades de lagarta e grades de enrolar, serviço de pedreiro e colocação

de pedras mármores. Poderá ver todo o tipo de materiais no showroom nas instalações próprias em Trajouce. “Fazemos a desmontagem de todo o tipo de caixilharia existente antes da aplicação do novo caixilho. Recuperamos e limpamos as pedras mármores da sua janela, assim como os isolamentos térmicos, a fim das janelas terem os resultados pretendidos”, sublinha. “O nosso principal objetivo é a satisfação do cliente. Para o futuro, pretendemos manter a qualidade aliada ao profissionalismo prestando sempre o melhor serviço”, avança Jorge Duarte. A gerência da Caixiduarte deseja festas felizes aos seus clientes e amigos.

Trajouce - Cascais | caixiduarte@sapo.pt | caixiduarte.com tel. 214 453 340 • tlm. 968 116 050 • fax: 214 453 222 |

retinopatia diabética é uma das maiores causas de cegueira em todo o Mundo. É uma complicação que está relacionada com a Diabetes Mellitus e que afecta a grande maioria dos doentes com esta patologia. Acontece quando os vasos sanguíneos da retina perdem a sua integridade estrutural, deixando parte da retina sem oxigenação adequada. Os sintomas da retinopatia diabética, muitas vezes só surgem quando a patologia já se encontra numa fase muito avançada. Por este motivo, é muito importante que as pessoas de risco sejam acompanhadas regularmente, de forma a que se possa intervir atempadamente. Numa fase mais avançada, os sintomas podem passar por manchas escuras, visão turva, má visão nocturna, entre outros. Quanto mais cedo se detectar a doença, e mais cedo se iniciar a terapêutica adequada, menor a probabilidade de perda de visão. Por este motivo aconselhamos que faça regularmente um acompanhamento optométrico ou oftalmológico. Agende connosco um exame visual completo. Estamos disponíveis, de segunda a sábado no Centro Comercial das Areias, Loja 6A em São João do Estoril – Óptica Olhar em Redor, ou através do 214 646 050/913 103 343.

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ais de nove anos depois da sua inauguração, a loja PIJAMA & KAMA é cada vez mais uma referência na venda de colchões e sommiers. António Costa lembra que foi justamente no meio da crise económica que decidiu apostar tudo num novo espaço, desta vez num novo empreendimento no centro de Algés. Esta foi “uma decisão de risco”, diz o empresário. “Vendemos colchões com alta qualidade mas também conseguimos grandes descontos”, revela. Para António Costa, “um colchão é um investimento. Um bom colchão terá uma grande durabilidade. Serão vários anos a dormir bem”. Por outras palavras, em termos de custo benefício, “é melhor investir num excelente colchão, pois fará toda a

diferença, não só nas 7 ou 8 horas de sono, como também na disposição durante o dia. Tem impacto na qualidade de vida das pessoas.” Graças a este efeito na saúde e bem-estar, a procura dos produtos da PIJAMA & KAMA tem aumentado significativamente, uma vez que os clientes que experimentam vão dando conta a outros dos benefícios. De acordo com António Costa, “é a qualidade do produto e o preço que distingue esta loja da concorrência”. Lembra também que “os produtos são portugueses e que as margens de desconto podem chegar aos 50% ou mais”. Para além dos colchões, a PIJAMA & KAMA também tem ao dispor do cliente sofás e sofás-cama, e roupa de cama da Sampedro, uma marca de excelência em Portugal, com vários produtos tais como lençóis e atoalhados.

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Opinião

20 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

(Re)Ação Alexandra Domingos

VACINA: UMA BOA NOVA ANUNCIADA E PROMETIDA

aminhamos a passos largos para o Natal, a quadra da família, da partilha, da celebração. Para os católicos representa a celebração do nascimento de Jesus, a boa nova pela qual tantos esperaram. O Natal de 2020 marcará indiscutivelmente a história do Mundo. A boa nova não é o nascimento do Salvador mas implica um forte sentido de salvação: a autorização das autoridades mundiais para a administração da vacina contra o Sars-Cov-2 e, consequentemente, contra a doença COVID-19. Se recuarmos 366 dias começamos a encontrar as primeiras notícias sobre o terrível vírus que na China – queríamos na altura crer que estaria demasiado distante para nos preocuparmos com ele – multiplicava mortos, disseminava-se a velocidade relâmpago e encerrava cidades inteiras. Hoje as investigações mostram que muito provavelmente nesse momento o vírus já estaria bem mais perto de nós em total silêncio e a iniciar infinitas cadeias de transmissão. Desde uma fase muito inicial a investigação sobre a doença concentrou-se em encontrar uma vacina capaz de trazer pro-

teção – por via da imunidade – à população. Por ventura esta profunda concentração de meios científicos, tecnológicos e financeiros na produção de vacinas condicionou inclusivamente a descoberta de medicamentos que proporcionem um combate eficaz à doença quando a contraímos. É reconhecido pela comunidade científica que o desenvolvimento de medicamentos é tendencialmente mais rápido do que o desenvolvimento de vacinas, ainda assim, a forma galopante de evolução da COVID-19 colocou todas as prioridades científicas na rota da vacina. Estou em crer que os medicamentos chegarão também, uma vez que o vírus dificilmente desaparecerá da superfície terrestre, as vacinas não têm – nesta, nem noutras doenças – uma eficácia de 100% e os instrumentos de cura serão igualmente valiosos para quem contrai a doença. Se em dezembro de 2019 especulássemos que hoje estaríamos a brindar às primeiras vacinações, rapidamente nos relembrariam que um período de um ano estava muito longe da vacina alguma vez mais rapidamente produzida, estávamos a desafiar as leis da ciência, os testes de eficácia, era a utopia total. Mas o Mundo é feito de utopia

e o ser humano só avança porque sonha e porque cria. Não ignoramos que esta foi também uma corrida financeira. Num contexto absolutamente imprevisível como este, quem produz uma vacina única no mercado tem quase um poder absoluto de fixar o seu preço de mercado. É o único a produzir e o único a vender um produto encarado como fundamental para a saúde e sobrevivência, economicamente diríamos que estamos perante um bem cuja procura será tendencialmente rígida, ou seja, uma variação percentual no preço terá um impacto inferior a essa mesma variação percentual no lado da quantidade procurada. Naturalmente que do lado de quem produz e vende o seu foco está na maximização do lucro. No entanto, não é isso que nos deve prender, neste processo estão envolvidos milhares de cientistas de todo o mundo, dezenas de instituições públicas entre autoridades de saúde, universidades, centros de investigação e tantos outros. No fim, quem maximiza o seu lucro efetivamente é a saúde pública, somos todos nós, que colocamos de parte uma pandemia atroz que deitou por terra vidas e sonhos.

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Instituto do Turismo de Portugal lançou um concurso para a elaboração do projeto do centro de excelência e do novo edifício escolar da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, segundo um anúncio publicado em Diário da República. O anúncio diz respeito à aquisição de serviços para a elaboração do projeto de arquitetura, especialidades, medições e orçamentação do Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia (também designado por “Centro de Excelência”) e do edifício escolar da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, a serem instalados no Centro Escolar Hoteleiro do Estoril, no concelho de Cascais. O valor base do procedimento é de 330 mil euros, sendo que o prazo para a apresentação dos trabalhos de conceção é de 60 dias a contar de 10 de dezembro, data de envio da proposta para Diário da República, e os concorrentes têm de estar inscritos na Ordem dos Arquitetos. De acordo com o concurso, para a seleção são considerados como critérios a exequibilidade técnica e sustentabilidade da proposta (30%), a adequabilidade ao programa funcional (30%), a inovação e identidade arquitetónica (20%), e a integração e

relação com a envolvente, com 20%. A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril foi inaugurada em 1991 e é um estabelecimento público de ensino superior politécnico, sob a tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. PROJETO O projeto da Academia Internacional de Turismo no Estoril foi formalizado em julho de 2019 através da assinatura de vários protocolos entre entidades do setor, e vai representar um investimento de 24 milhões de euros. Do total do investimento, destinado a 21.000 metros quadrados (m2) dedicados à formação de Turismo em Portugal, 40% é assumido por privados. A ideia é renovar o edifício atual da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, recuperar um imóvel devoluto para espaços de ‘co-working’ de ‘start-ups’, construir um hotel de aplicação com 5.000 m2 e 150 quartos e recuperar um edifício devoluto para vir a ser uma residência de estudantes, com 80 quartos. Parte do investimento será garantido pelo Turismo de Portugal e pela Câmara Municipal de Cascais. Com Lusa

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22 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

COZINHA COMUNITÁRIA DE SÃO DOMINGOS DE RANA

MAIS DE 35 MIL REFEIÇÕES FORAM DISTRIBUÍDAS DESDE MARÇO

Projeto da autarquia local em parceria com o núcleo de Cascais do Centro de Apoio ao Sem Abrigo teve de ser adaptado face aos efeitos económicos da pandemia.

Cozinha Comunitária de São Domingos de Rana já distribuiu mais de 35 mil refeições confecionadas desde o início de março, numa média de 340 por dia. O projeto desenvolvido pela Junta de Freguesia de São Domingos de Rana conta com a parceria do Núcleo de Cascais do CASA Centro de Apoio ao Sem Abrigo

e é, segundo a autarquia, “uma resposta social fundamental para muitas famílias residentes na freguesia que atravessam momentos difíceis e necessitam de apoio alimentar”. Recentemente, e face à pandemia e ao número crescente dos pedidos de ajuda, houve a necessidade de adaptar a Cozinha Comunitária às necessidades

existentes no território. O equipamento deixou de prestar apoio apenas pessoas em situação de sem-abrigo, estendendo o mesmo a casos de vulnerabilidade social e carência económica. Apesar das dificuldades, “a autarquia local e o CASA teimam em não baixar os braços, fazendo os possíveis para assegurar bens alimentares e os voluntários necessários ao bom funcionamento do equipamento, que tem feito a diferença na vida de quem tanto precisa”, explica a Junta de Freguesia de São Domingos de Rana em nota enviada às redações. Nota ainda para o apoio da comunidade, quer em dádivas, quer em géneros ou até mesmo através do serviço de voluntariado. Inaugurada em Outeiro de Polima no dia 25 de abril de 2019, a Cozinha Comunitária resultou de um financiamento do Fundo Ambiental no âmbito do programa “JUNTAr”: Soluções Locais para a Economia Circular nas Juntas de Freguesia.

EDUCAÇÃO

São Domingos de Rana aposta na atribuição de bolsas Projeto de apoio educativo iniciou-se em 2010.

Junta de Freguesia de São Domingos de Rana já atribuiu 77 bolsas de estudo desde o início do projeto de apoio à educação que celebra agora dez anos. Anualmente, a autarquia local canaliza 7500 euros para a atribuição de bolsas a estudantes universitários com poucos recursos, disponibilizando ainda 1400 euros para recompensar os melhores alunos da freguesia. “Trata-se de um investimento que possibilita aos jovens em São Domingos de Rana não abandonarem o seu percurso académico, não obstante as dificuldades económicas existentes no seio familiar”, assegura a presidente da junta de freguesia, Maria Fernanda Gonçalves. Embora assinale que se trata de “um esforço acrescido por parte da autarquia”, a atribuição de incentivos na área da educação é vista como uma medida que “permite aos jovens residentes continuarem a sonhar com um futuro melhor”.

Com o objetivo de possibilitar a frequência do Ensino Superior Público a estudantes com agregado familiar comprovadamente carenciado, a autarquia entrega, desde 2010, bolsas de estudo no valor de 750 euros. “Procurando constituir não só um reconhecimento público pelo esforço despendido, bem como uma ajuda para fazer frente às despesas com os estudos, a autarquia instituiu o Prémio de Mérito Escolar em 2014, que procura distinguir os seis melhores alunos que terminam o 9.º ano de escolaridade com Ação Social Escolar”. Indicados pelos agrupamentos de escolas a funcionar no território, três jovens da Escola Matilde Rosa Araújo e três da Escola Frei Gonçalo de Azevedo recebem prémios pecuniários de 250, 150 e 100 euros, de acordo com a média obtida, num total de 1000 euros. Já o Prémio de Excelência Escolar, instituído em 2015, é atribuído aos alunos das escolas públicas da freguesia que, independentemente da sua condição económi-

ca, se destacaram pelo melhor aproveitamento escolar no 9.º e 12.º anos. São atribuídos quatro prémios com um valor de 100 euros cada.

Segundo Maria Fernandes Gonçalves, continuar-se-á “a privilegiar e a recompensar o esforço e dedicação em S. Domingos de Rana, que contará, certamente,

com o contributo futuro de todos estes jovens para permanecer uma freguesia de referência, dinâmica e solidária”.

CSJ 5475

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24 COSTA DO SOL JORNAL

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RESPOSTA À PANDEMIA

HOSPITAL DE CASCAIS RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE Distinção pelos “serviços excecionais” prestados no combate à pandemia.

Hospital de Cascais é uma das treze entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que fazem parte de um total de 103 instituições de 28 países que foram distinguidas pela Federação Internacional dos Hospitais pelos “serviços excecionais” que prestaram no combate à pandemia de Covid-19. A Federação Internacional de Hospitais (IHF, sigla em inglês) designou 15 de dezembro, como um dia mundial de consciencialização para os hospitais e sistemas de saúde que prestaram serviços excecionais no combate à pandemia de Covid-19, referiu em comunicado. Segundo a Federação Internacional de Hospitais, as entidades distinguidas instituíram mudanças na prestação de cuidados de saúde, desde inovações tecnológicas no diagnóstico e tratamento, até

a reestruturação dos sistemas de fluxo de trabalho e interações médico-doente. Das 103 instituições distinguidas pela IFH, fazem parte treze entidades portuguesas. Para além do Hospital de Cascais, incluem-se ainda o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, o Hospital de Cascais, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, IPO de Coimbra Francisco Gentil, a Unidade Local de Saúde da Guarda e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Foram ainda distinguidos o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Centro Hospitalar Universitário de São João, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, e os Serviços Partilhados do Ministério

da Saúde (SMPS) em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS). O Ministério da Saúde adianta em comunicado que os projetos foram apresentados a concurso no “Programa de Reconhecimento da Resposta à covid-19”, que reconheceu ações e respostas de prestadores de cuidados de saúde em todo o mundo e que foram “para além do exigível” no combate à covid-19. Este reconhecimento foi atribuído a mais de 100 instituições de 28 países que “proativamente colocaram em prática respostas ou ações organizacionais de excelência e com caráter inovador no combate à pandemia covid-19, a nível regional ou nacional”, adianta a o Ministério da Saúde. A distinção resulta da análise de um júri internacional composto por 16 especialistas do setor de saúde, entre os quais o presiden-

te da direção da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar-APDH, membro da IHF. Os distinguidos irão receber um certificado “Beyond the Call of Duty for covid-19? e serão hoje

conhecidos através de “uma ampla campanha internacional” nos meios de comunicação, adianta o Ministério da Saúde. Com Lusa

CSJ 5491

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NATAL EM OEIRAS

CÂMARA OFERECE 3500 CABAZES E ENTREGA PRESENTES EM CASA

Este é um Natal diferente devido à Covid-19 mas a Câmara de Oeiras decidiu manter algumas tradições, embora com mais segurança.

Câmara Municipal de Oeiras vai oferecer cabazes de Natal a todos os arrendatários municipais, num total de 3500, constituídos por bacalhau, azeite, mel, Bolo-rei e outros produtos característicos desta época. A entrega dos cabazes vai decorrer durante a manhã do próximo dia 17 de dezembro, a partir das 9h30m, em sete locais de distribuição: Navegadores/centro Multiusos, Instalações do Departamento de Habitação (Oeiras), Gabinete de Laveiras, Centro Comunitário Alto da Loba, Gabinete da Quinta da Politeira, Instalações da Policia Municipal e Proteção Civil (Barronhos/Carnaxide) e Unidade Residencial Madre Maria Clara (Outurela/Carnaxide). Isaltino Morais, presidente da autarquia, iniciará a sua participação na distribuição de cabazes

às famílias às 9h30m, nas instalações da Polícia Municipal e Proteção Civil, nos Barronhos, em Carnaxide. Outra tradição da Câmara Municipal de Oeiras nesta época são

os Almoços de Natal Sénior. Porém, devido à pandemia do novo coronavírus, não será possível juntar os milhares de idosos. Para não deixar de manter o costume, a Câmara Municipal

Isaltino Morais no almoço de Natal de 2019

de Oeiras decidiu oferecer lembranças a duas mil pessoas, que foram entregues até ao dia 15 de dezembro, em casa de cada uma delas, em segurança. “Esta oferta destina-se a munícipes com mais de 65 anos de idade que se inscreveram para o efeito através de telefone ou por e-mail, dando prioridade aos que participaram nos Almoços de Natal Sénior de 2019, aos inscritos no Programa Turismo Sénior 2020 e aos beneficiários do Serviço de Teleassistência Domiciliária de Oeiras”, explica a edilidade em comunicado. O cabaz que foi entregue era constituído por produtos alimentares tais como bacalhau, Bolo-Rei, azeite, queijo e frutos secos, entre outros que tradicionalmente constituem a ceia da consoada.

DIA 18

Oeiras atribui casas Mais doze famílias com nova habitação. A Câmara Municipal de Oeiras vai entregar das chaves de fogos municipais a mais doze famílias carenciadas do concelho no próximo dia 18 de dezembro, no Edifício Atrium. Do universo dos 12 agregados que serão realojados no âmbito do Observatório da Habitação, verifica-se que o tipo de família predominante é a monoparental (7), seguido pelas famílias compostas por casal ou isolados (4), sendo que apenas se verifica um agregado composto por casal com filhos (1). Estas famílias serão realojadas em bairros municipais, nomeadamente nos bairros Bento de Jesus Caraça, Navegadores, Dr. Francisco Sá Carneiro, Encosta da Portela, Moinho das Rolas, Alto da Loba, Pombal e Barronhos. Refira-se que, dada a escassez de fogos municipais para atribuição, a resposta da autarquia tem como base uma “avaliação técnica escrupulosa e cuidada das inúmeras situações familiares”.

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CSJ 5486

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26 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

CONCURSO DE TALENTOS

PROCURAM-SE IDEIAS DE ARQUITETURA EM CASCAIS

Ligar e aproximar Trajouce a Carcavelos na essência da iniciativa destinada a jovens licenciados ou mestres residentes no concelho.

Câmara Municipal de Cascais acaba de lançar o Concurso de Talentos Prof. Arquiteto Carlos Antero Ferreira na área da revitalização urbana, paisagística e patrimonial. A iniciativa destina-se a jovens licenciados ou mestres em Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo ou Gestão do Território residentes no concelho, dos 18 aos 25 anos. “Além de possibilitar aos jovens ajudar a definir o futuro do território, o concurso habilita os vencedores a bolsas de investigação de 3, 6 ou 12 meses”, anuncia a autarquia. Em homenagem a um dos nomes da arquitetura nacional, nascido no Monte Estoril, o Concurso de Talentos Prof. Arquiteto Carlos Antero Ferreira procura “propostas dos mais jovens para aproximar Trajouce, em São Domingos de Rana, de Carcavelos, recriando uma nova centralidade com influência direta no tecido económico, social e cultural”. Segundo o regulamento, e aproximando o interior do litoral e vice-versa , o concurso incentiva à participação para melhor defi-

nir os “fluxos de permeabilidade municipal”. Isto porque entre o litoral de Carcavelos e o Bairro do Pomar das Velhas ou de Quenena, a distância é de apenas nove quilómetros. A criação de um corredor pedonal e ciclável, acompanhado por um circuito de visitação, apresen-

INSTITUIÇÃO NA OUTURELA

Autarquia financia caldeira Aquecimento de água estava comprometido.

s crianças acolhidas pela Casa do Parque da Crescer Ser na Outurela, em Carnaxide, vão voltar a poder fazer a sua higiene dentro da instituição. Isto porque a Câmara Municipal de Oeiras decidiu atribuir uma comparticipação financeira a esta instituição para apoio à aquisição de um sistema de aquecimento de águas. Recorde-se que o sistema de aquecimento de águas previamente existente ficou danificado na sequência de um incêndio ocorrido nas instalações do centro, no passado dia 24 de outubro. Desde então, que as crianças passaram a fazer a sua higiene diária nos balneários da Piscina Municipal da Outurela, disponibilizados pela empresa Municipal Oeiras Viva. A IPSS solicitou ajuda à câmara municipal para a aquisição imediata da caldeira. Recorde-se que o Centro de

Acolhimento Temporário Casa do Parque tem por objetivo acolher crianças com idades entre os 0 e os 12 anos, desprovidas de um meio familiar adequado e equilibrado, vítimas de negligência, abandono, maus tratos físicos e psicológicos. A sua implementação deve-se a uma conjugação de esforços entre o Município e a Associação acima referida, continuando a edilidade a manter um apoio permanente em diversas vertentes.

ta-se como um requisito. Esta requalificação, face o regulamento, “aproximará de forma definitiva os dois espaços, recriando uma nova centralidade que terá influência direta no tecido económico, social e cultural daquele espaço”. As propostas devem ser entre-

gues até 20 de janeiro, devendo incidir particularmente em três áreas específicas: recuperar a memória identitária da Aldeia de Quenena, recriar uma nova centralidade municipal na extrema do concelho de Cascais, e recuperar para Cascais o espaço onde se situa a antiga Lixeira de Trajouce.

De acordo com a Câmara Municipal de Cascais, o júri irá avaliar critérios como inovação e criatividade, potencial de diferenciação do espaço a intervir, viabilidade e sustentabilidade e ainda o potencial do impacto na zona intervencionada ao nível da economia local e/ou regional enquanto motor de desenvolvimento e crescimento da comunidade. Os autores dos dez trabalhos finalistas vão ser chamados a preparar o seu trabalho para a ronda final da qual sairão três vencedores. Para isso, os próprios autores vão a trabalhar em conjunto com os técnicos municipais responsáveis pelas áreas de trabalho desenvolvidas, recebendo uma bolsa de acompanhamento e tutoria de oito horas. O prazo de receção das candidaturas termina a 20 de janeiro de 2021. Depois vão ser selecionadas as dez melhores candidaturas. Em junho irá decorrer a entrega dos projetos finais. A autarquia cascalense avança que avaliação final e a entrega de prémios vão realizar-se no dia 30 de julho do próximo ano.

CASCAIS E ESTORIL

Freguesia entrega diplomas de mérito Estudantes receberam também vouchers de restaurantes.

oram entregues os 23 diplomas de mérito aos alunos de Cascais e Estoril, de escolas públicas e privadas, que ingressaram este ano no ensino superior com uma média igual ou acima dos 17 valores. O objetivo é premiar o mérito e o esforço dos estudantes da freguesia. Para o ano de 2020, a Junta de Freguesia de Cascais e Estoril aprovou a atribuição de vinte e três Bolsas de Mérito e Prémios de Mérito, no valor de mil euros e cem euros. De acordo com a autarquia local, o investimento foi de 9.600 euros no total. As Bolsas e Prémios de Mérito são uma iniciativa desenvolvida desde 2016 pelo executivo liderado pelo presidente Pedro Morais Soares. Desde então, representaram um investimento de 62.900 euros, tendo já premiado 116 alunos das escolas públicas e privadas de Cascais e Estoril. Este ano, para além das Bolsas e Prémios de Mérito, os estudantes receberam ainda vouchers de

restaurantes de Cascais e do Estoril. Uma iniciativa que preten-

deu também ajudar a dinamizar a economia local.

CSJ 5376

Informação Geral

28 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

“Click” Rui Rama da Silva

NÃO FICA MAL DIZER BEM

ão-de fazer-se todos os balanços possíveis e imaginários sobre o período da pandemia. Aliás, na vizinhança da chegada das vacinas, começam a haver tentativas nesse sentido. De tudo o que já se disse, e porventura se irá dizer, uma conclusão parece já certa sobre a nossa impreparação para o que aconteceu. Dirão que, nas condições em que a pandemia surgiu, seria difícil prever ou preparar todo o dispositivo necessário para dar resposta. Sobre a previsão foi dito que o discurso oficial inicial pecou por tardio e por otimismo infundado. E que depois foi sendo corrigido em função dos números e da sua gravidade médica associada. Sobre a preparação propriamente dita muito haverá ainda a analisar e concluir. Tenho como certo que em Portugal é comum desvalorizarmos a cultura de proteção civil, a necessidade de nos sensibilizarmos e equiparmos para situações extremas, nomea-

damente, medicina de catástrofe ou de guerra, como se lhe queira chamar. No meio de tudo isso, com uma enorme dose de dedicação e esforço, de empenhamento e até espírito de sacrifício tem sido possível dar a resposta possível. Tudo isso deve-se ao enorme envolvimento, desde logo, dos médicos, enfermeiros, outros profissionais de saúde. Deve-se ainda aos profissionais dos lares e centros de saúde, aos nossos bombeiros, às forças de segurança, às instituições locais de solidariedade social. Um destaque especial para os autarcas, para o presidente Carlos Carreiras e para todos os vereadores, da maioria ou oposição, que o têm acompanhado num esforço que é de todos para todos. Esse, esforço, em sintonia e colaboração com os presidentes das juntas de freguesia do concelho, permitiu ser proativo, atuar atempadamente de forma criativa e em força e, ainda, ser solidário com

outros municípios. Associo a isso um notável número de técnicos e colaboradores municipais que se têm dedicado a essa missão de modo igualmente exemplar. Para isso tem sido empenhado um enorme esforço financeiro, é certo, mas que seria de todo dispensável caso não houvesse quem decidisse no momento certo o seu emprego, o tivesse processado com eficiência e aplicado com notáveis níveis de eficácia. De todo este esforço coletivo, sem dúvida, vamos sair mais fortes e, aparte as ideias que cada um irá por certo vai continuar a professar e defender, a demonstrar que foi possível unirmo-nos no momento certo sobre o essencial. Por fim, não posso deixar de aqui referir uma outra equipa que, em função das circunstâncias que vivemos, tem sido muitas vezes injustiçada. Refiro-me à médica Ana Paula Sousa Uva e a todos os elementos, médicos, enfermeiros e outros técnicos, que a acompanham na gestão da saúde local.

Sou testemunha da enorme capacidade de trabalho desta equipa, porventura demasiado diminuta para os muitos e intensos desafios a que têm sido chamada e a que

tem procurado dar resposta. É certo que quem precisa de respostas, nomeadamente em questões tão delicadas como é o caso da saúde, é natural que faça juízos negativos quando a resposta não é tão pronta como se desejaria. Porém, pese embora o direito e razão que assistirá a muita gente por nem tudo ter corrido como desejariam, não podemos deixar de enaltecer o esforço que foi feito e continua a ser por esta equipa. Aproveito o momento e a oportunidade desta edição coincidir precisamente com a quadra natalícia para transmitir um enorme abraço de obrigado a todos aqueles que citei neste texto. É fácil apontar quando as coisas não correm bem, nomeadamente quando muitos de nós, quais treinadores de bancada, teorizamos sobre aquilo que os outros fazem. Mas, também, deveria ser mais fácil entendermos manifestar a nossa gratidão. Não fica mal dizer bem!

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COSTA DO SOL JORNAL 29

TRANSPORTE GRATUITO DE OEIRAS

DEPOIS DE CARNAXIDE E BARCARENA, COMBUS CHEGA A PORTO SALVO Média de passageiros é de 4500 por mês.

stá cumprida uma das promessas eleitorais de Isaltino Morais. A partir da próxima quinta-feira, 17 de dezembro, o Combus passa a chegar a todo o concelho. A freguesia de Porto Salvo será a última a receber o transporte gratuito. A apresentação deste novo circuito neste território será feita pelo presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, no parque de estacionamento junto à SIMPS. Este transporte gratuito arrancou em Algés, Cruz-Quebrada-Dafundo e Linda-a-Velha em 2018, seguindo-se Oeiras e São Julião da Barra e Paço de Arcos e Caxias desde o início deste ano, e mais recentemente, no mês de novembro, em Carnaxide e Queijas e ainda este mês em Barcarena. Para cada circuito vão operar

dois autocarros, com capacidade de transporte para 16 pessoas e 10 pessoas em pé e ainda acesso para pessoas com mobilidade reduzida. No interior dos autocarros, existem monitores com imagens e informações acerca do concelho de Oeiras, dispõem de display de

informação de destino para o exterior do autocarros, dispõe de fichas USB em cada um dos bancos para possibilitar o carregamento de dispositivos informáticos, dispõe de porta exclusiva para entrada e outra para saída de passageiros, bem como sinalização para paragem.

CSJ 5033

Todas as viaturas têm purificador de ar e duas delas são a gás, num exemplo ambientalmente mais sustentável. “Dando seguimento à estratégia definida de garantir melhores condições de mobilidade e aposta no serviço de transportes do concelho, o Combus representou

um investimento total de dois milhões de euros”, revela a autarquia em comunicado. Na globalidade dos percursos atualmente ao serviço do Combus, a média mensal de transportes – segundo dados apurados até ao final do mês de setembro - é de 4500 passageiros.

Informação Geral

30 COSTA DO SOL JORNAL INICIATIVA

Pinheiros solidários estão de volta Parte das vendas revertem a favor dos bombeiros.

possível alugar um pinheiro de Natal e, ao mesmo tempo, ajudar os bombeiros nacionais. O Pinheiro Bombeiro é uma iniciativa de cariz social da startup portuguesa Rnters que permite, durante o período de Natal, alugar pinheiros de Natal verdadeiros. Por cada pinheiro alugado (vinte euros), cinco euros revertem para a compra de material profissional para o combate a incêndios. Este ano, os enfeites também são solidários. Por cada pack de enfeites comprado, um euros é revertido para a mesma causa. Para contribuir, basta aceder ao site www.pinheirobombeiro.pt e proceder ao aluguer. Esta é a quarta edição desta campanha. Nos últimos anos foram doados mais de 65 mil euros, num total de 7 mil pinheiros alugados. O projeto tem este ano, e pela primeira vez, abrangência nacional.

16/12 a 23/12 de 2020

ESTUDO APONTA PARA MAIOR APOSTA NO COMÉRCIO LOCAL

MAIS DE TRÊS QUARTOS DOS PORTUGUESES PRETENDEM GASTAR MENOS DINHEIRO NESTE NATAL

Os resultados de um estudo de mercado divulgado esta semana revelam que 66% dos cidadãos vão optar pelo pequeno comércio.

OPERAÇÃO

Brinquedos apreendidos pela ASAE Foram fiscalizados em todo o país cerca de 200 operadores económicos e instaurados 25 processos por contraordenação.

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de 1.120 brinquedos num valor estimado em 15 mil euros na sequência de uma operação a nível nacional que visou a rotulagem e a segurança. Em comunicado, a ASAE adiantou ter fiscalizado em todo o país cerca de 200 operadores económicos e instaurado 25 processos por contraordenação. Destes processos de contraordenação, a ASAE destaca várias infrações entre as quais a violação dos requisitos essenciais de segurança, o incumprimento dos deveres dos distribuidores, das obrigações relativas aos avisos obrigatórios constantes na rotulagem e o desrespeito das regras do anúncio de venda com redução de preços. A operação de fiscalização, atenta à quadra natalícia, incluiu fabricantes, importadores e distribuidores, e teve como foco principal a verificação da rotulagem e da segurança de brinquedos.

egundo um estudo realizado pela Fly Research, a maioria dos portugueses afirma que estão este ano a comprar de forma mais consciente, procurando contribuir para o comércio local. Mais de três quartos dos portugueses (79%) pretendem gastar menos dinheiro neste Natal do que em anos anteriores, de acordo com um estudo de mercado da Mastercard a que a Lusa teve acesso. O estudo realizado pela Fly Research e divulgado pela Mastercard e que avalia o impacto da Covid-19 nas celebrações de Natal mostra ainda que apenas 9% pretendem gastar mais dinheiro nas festividades em 2020, mas a pandemia e o confinamento tornaram 84% dos portugueses “mais generosos”, sendo que 18% compraram mesmo presentes para pessoas que não conhecem ou que demons-

tram precisar de apoio. A grande maioria das pessoas (76%) disseram que estão este ano “a comprar de forma mais consciente” e 68% garantiram que procuram fazer as suas compras localmente para contribuir para a dinâmica de comércio na respetiva comunidade. O pequeno comércio é a escolha de 66% dos inquiridos para as suas compras de Natal e 42% preferem adquirir cartões de oferta nas lojas e empresas locais em detrimento de grandes centros comerciais. PRENDAS Os presentes dedicados ao bem-estar (44%), os artigos de moda (38%), os cabazes de Natal feitos em casa (34%) e as fotografias emolduradas e álbuns de fotos (27%) serão os presentes mais oferecidos em 2020,

mas as decorações personalizadas (26%) e as experiências (24%) seguem muito perto no tipo de presentes que as pessoas vão receber este ano. O top 10 dos artigos mais oferecidos fecha com velas artesanais (14%), ilustrações ou desenhos (13%), jogos de tabuleiro caseiros (12%) e um poema ou história de autoria própria (12%). No setor alimentar, 61% dos inquiridos dizem que vão comprar as comidas de bebidas de Natal no comércio local e 20% afirmam que estão a reservar mesa num restaurante no seu bairro para o jantar de Natal. No que diz respeito à solidariedade natalícia, 19% dos inquiridos compraram cartões de Natal solidários, 15% adquiriram artigos cujo valor reverte a favor de uma instituição de caridade e 16% compraram presentes ligados a causas de

ajuda aos animais. No apoio direto às instituições de apoio, 10% dos participantes no inquérito afirmaram que fizeram doações. A pandemia também mudou a forma como as pessoas encaram a época natalícia, que lembra “o que é realmente importante na vida” a 81% dos portugueses: 72% afirmaram que vão repensar o Natal deste ano e apenas 32% admitem gastar mais tempo na compra de presentes. O estudo divulgado pela empresa do setor de pagamentos foi conduzido por uma empresa independente de investigação que questionou 16 mil adultos em 15 países, em novembro, entre os quais uma “amostra representativa” de 600 portugueses. Com Lusa

CSJ 5477

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Informação Geral

34 COSTA DO SOL JORNAL

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SEM-ABRIGO

“HOUSING FIRST” EM CASCAIS COM PROTOCOLO DA SEGURANÇA SOCIAL

Vereador Frederico Pinho de Almeida destacou o trabalho da Associação Gaivotas da Torre, que já trabalhava com este modelo antes do financiamento.

na Mendes Godinho prevê que em 2021 haja mais 600 vagas através de programas de Housing First e apartamentos partilhados. Os protocolos assinados na passada segunda-feira no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo (ENIPSSA)

em Lisboa, Porto e Algarve traduzem-se em “mais 100 vagas”, revelou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. “Através de programas de Housing First e apartamentos partilhados conseguimos mais 100 vagas. O objetivo é, até ao final do ano, termos assinado protocolos para abranger cerca de 580 pessoas em situação de sem-abrigo”, disse Ana Mendes Godinho “Prevemos que em 2021 sejam mais 600 as vagas [para pessoas em situação de sem-abrigo]. Isto significa que num ano e meio poderemos ter cerca de 1100 vagas no conjunto de Housing First e apartamentos partilhados”, disse a governante. A ministra esteve na passada segunda-feira em Cascais para a assinatura do protocolo entre o Instituto da Segurança Social e a Associação Gaivotas da Torre,

precisamente para o desenvolvimento da resposta de habitação individualizada e permanente no modelo “Housing First”. Também presente na cerimónia, o vereador da ação social

da Câmara Municipal de Cascais lembrou o trabalho já realizado pelo Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Cascais (NPISA) que, “para além de já trabalhar o modelo de ‘Housing

First’, tem desenvolvido Iniciativas como o Programa Municipal de Acesso a Habitação Social, o Projeto Esperança de Recomeçar, Casa da Esperança, entre outros, que permitiram desde 2011 a integração em contexto habitacional de mais de 100 pessoas que se encontravam em situação de sem abrigo”. Frederico Pinho de Almeida recorda ainda que, recentemente, “foi também inaugurado o Centro de Recursos e Acolhimento Temporário para pessoas em situação de sem abrigo com capacidade para 45 pessoas, construído pela Câmara Municipal de Cascais”. O autarca congratulou também a Associação Gaivotas da Torre e todos os parceiros do NPISA pelo “extraordinário trabalho que faz com que Cascais seja um território ainda mais coeso socialmente”.

CSJ 3581

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Informação Geral

ECONOMIA

NEGÓCIOS

Associação diz que a falta de pagamentos compromete capacidade das empresas.

Projeto tem uma área total de 70 mil m2.

AHRESP pede agilidade à Segurança Social

Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apelou para a Segurança Social agilizar, “com urgência”, os pagamentos devidos às empresas para que estas não comprometam a capacidade responder às suas obrigações. “Num mês com fortes limitações ao normal funcionamento dos estabelecimentos, em que acresce a necessidade de pagamento dos subsídios de Natal, reveste-se da maior importância que a Segurança Social agilize os pagamentos que são devidos às empresas no âmbito dos vários apoios covid-19, tais como o `lay-off` simplificado, o apoio à retoma progressiva e o apoio extraordinário à redução da atividade económica”, apontou a AHRESP no seu boletim. Conforme alertou a associação, a falta destes pagamentos vai comprometer a capacidade das

WORLD TRADE CENTER VAI NASCER EM CARNAXIDE C

empresas responderem às suas obrigações, como o pagamento de salários. No mesmo documento, a AHRESP notou que a Segurança Social deve também regularizar a emissão de certidões de não dívida, concedidas no âmbito do apoio à retoma progressiva e do incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial. “A AHRESP apela à Segurança Social que corrija as múltiplas situações de dívida que foram incorretamente criadas, uma vez que colocam em causa a candidatura a outros apoios covid-19, que exigem uma situação contributiva regularizada”, vincou. Com Lusa

COSTA DO SOL JORNAL 35

arnaxide vai acolher um dos maiores edifícios de escritórios do país. O denominado World Trade Center, marca registada usada em mais de 300 edifícios de escritórios em todo o mundo, chega agora a Portugal. O projeto imobiliário envolve um investimento de 120 milhões

de euros e a sua construção está a ser promovida pela Foz Vintage. O projeto integra uma área total de 70 mil m2 distribuídos por três edifícios com 25 mil m2 de escritórios e 4 mil m2 de áreas comerciais para restaurantes, lojas e ginásios. Terá ainda um edifício para um hotel com 127

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quartos e um auditório para 205 pessoas e outro para retalho com 1700 m2. Acrescem ainda 10 mil m2 de jardins e espaços exteriores e estacionamento para 1000 carros. A conclusão do projeto está prevista para o primeiro trimestre de 2022. O objetivo é arrendar a “grandes empresas e grandes grupos empresariais, nacionais e internacionais, que poderão utilizar vários pisos ou, no mínimo, um piso por empresa [2000 m2 cada um]”, explicou Vasco Fonseca, diretor de operações da Foz Vintage, ao semanário Expresso. Segundo o mesmo responsável, é pretendido ainda que se venha a ser “empreendimento ambientalmente responsável”, com a disponibilização, por exemplo, de carregadores rápidos para carros elétricos e autorização para levar animais de estimação.

36 COSTA DO SOL JORNAL

Informação Geral

PSP RECEBEU REBOQUE

ENERGIA SOLAR DA GALP

Bombeiros com novas viaturas Investimento da autarquia oeirense.

s bombeiros voluntários de Oeiras e de Barcarena receberam novas viaturas. A iniciativa da Câmara Municipal de Oeiras estende-se também à Polícia de Segurança Pública, que recebeu um reboque. A corporação de Oeiras recebeu um Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI) e a Associação de Bombeiros Voluntários de Barcarena um veículo de Socorro e Apoio Especial (VSAE). Ambas representam um investimento de 500 mil euros. A PSP recebeu um novo reboque no valor de 61 mil euros. Recorde-se que na reunião do passado dia 18 de novembro, a Câmara Municipal de Oeiras aprovou atribuir uma comparticipação financeira no valor de quase 2 milhões de euros para a aquisição de viaturas para as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Algés, Barcarena, Carnaxide, Dafundo, Linda-a-Pastora, Oeiras e Paço de Arcos. Os apoios financeiros dados pela autarquia às associações humanitárias de bombeiros voluntários, no presente ano de 2020, somam já 5,8 milhões de euros.

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TAGUSPARK MAIS VERDE

“Queremos ser o parque mais cívico da Europa”, anuncia o CEO do Taguspark.

aguspark vai ter uma central de energia solar com 1.566 painéis a produzir anualmente mais de um gigawatt-hora (GWh) de eletricidade, desenvolvida em parceria com a nova empresa da Galp - EI - Energia Independente. De acordo com um comunicado enviado à comunicação social, “o projeto prevê que 97% da energia produzida se destine ao autoconsumo nas instalações do Taguspark, o que permitirá a este polo empresarial reduzir a sua dependência da rede elétrica em 23% e evitar a emissão de 251 toneladas de CO2 por ano”. “O projeto do Taguspark revelou ser um grande desafio, essencialmente pela sua complexidade, e um teste à tecnologia que a EI tem vindo a desenvolver, a que chamamos Eitech2perform, e que nos permite atingir um elevado grau de otimização e competitividade. É a confirmação que estamos a conseguir responder aos requisitos dos clientes mais exi-

gentes”, refere, na mesma nota, o presidente executivo da Energia Independente, Ignacio Madrid. “Este projeto é mais um passo importante do Taguspark rumo à sustentabilidade do edificado. Um caminho que está perfeitamente definido e que iremos prosseguir sem hesitações, do qual fazem parte as milhares de pessoas que diariamente trabalham e frequentam os espaços públicos e privados do Taguspark. O nosso Parque tem como objetivo constituir-se como referência cívica a nível Europeu. Para o concre-

tizarmos foram traçados quatro pilares de atuação, entre eles, naturalmente, a independência energética. O contributo para a descarbonização é uma obrigação que assumimos de forma a entregarmos às gerações vindouras um planeta mais equilibrado, limpo e ambientalmente sustentável. Os nossos níveis de exigência são tão mais altos quanto maiores são os desafios que abraçamos. Queremos ser o Parque mais Cívico da Europa.”, refere Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark. Com Lusa

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Vamos festejar mais um Natal! Sem dúvida que será um Natal diferente, porque este ano foi muito intenso e cheio de incertezas. Sentimos a tristeza de ver alguns partir; permanecemos ao lado daqueles que vivem com dificuldades, ajudando-os a suportar as agruras da vida, porque o amor e a esperança não ficaram, nem podem ficar, confinados. Neste tempo de advento, quero deixar-vos uma mensagem de esperança e confiança, esperando que o espírito do Natal esteja sempre presente em nós. Mesmo sendo um Natal diferente, não podemos esquecer o mais importante, que é esta vivência de amor, paz e solidariedade, onde cada um de nós procure dar um pouco mais de si, seja na família ou com os amigos. Por isso, devemos comemorar este espírito de união e compreensão com aqueles que estão ao nosso lado mas, também, com todos os outros que este ano estarão longe de nós, acreditando que muito em breve iremos poder abraçá-los, sejam os nossos filhos, pais, irmãos, netos, amigos, enfim, todos os que merecem o nosso abraço fraterno. Desejo a todos um Natal repleto de harmonia, paz e amor partilhado com todos os vossos entes queridos. Quero, também, desejar que o novo ano que se aproxima nos traga a confiança e a esperança de sermos capazes de nos reerguer, que 2021 nos faça ultrapassar esta pandemia, para voltarmos a sorrir com alegria e otimismo ao lado de quem amamos. A todos desejo um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo! Dinis Antunes Presidente da Junta de Freguesia de Porto Salvo CSJ 5508

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Informação Geral

38 COSTA DO SOL JORNAL

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ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA FREGUESIA DE CASCAIS E ESTORIL

NOVOS LOCAIS DE VOTO EM NOME DA PROXIMIDADE E SEGURANÇA

Cerca de 15 mil eleitores da freguesia de Cascais e Estoril vão passar a ter um novo local de voto já nas próximas eleições de janeiro.

á a partir das próximas eleições presidenciais, marcadas para dia 24 de janeiro do próximo ano, os eleitores da freguesia de Cascais e Estoril vão ter mais locais para exercer o seu direito de voto. Aos dois postos de recenseamento já existentes, um na Escola Secundária de Cascais e outro na Escola Secundária de São João do Estoril, vão juntar-se agora mais quatro. O posto C será criado na EB1 Areia Guincho e vai servir a população da Areia e de Birre. O posto D irá abranger a Aldeia do Juso, a Charneca e o Bairro Chesol e ficará instalado na Escola EB1 Aldeia do Juso. Já o posto E ficará na Escola EB1 Manuel Gaião, alcançado bairros como as Fontainhas, Bairro Marechal Carmona, Bairro de São José, Bairro do Navegador e Outeiro da Vela. Por último, o posto F servirá o Monte Estoril, o Bairro de Santo António, o Bairro Mira Golf e o Bairro Fausto Figueiredo, ficando disponível na Escola EB1 Raul Lino. Em entrevista ao Costa do Sol Jornal, o presidente da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril lembra que tradicionalmente sempre houve apenas dois locais de voto e que não havia uma relação direta entre a abstenção e o número de postos disponíveis. Pedro Morais Soares espera no entanto que a abstenção baixe, o que “seria excelente”. Mas admite que também foi uma medida de prevenção face à pandemia da Covid-19. “Para que não haja medo de grandes concentrações”, apesar que nos dois primeiros postos seria possível garantir o distanciamento social. “Todos os eleitores que receberam uma carta da junta de freguesia a indicar que foi alterado seu posto de recenseamento, já vai passar a exercer o seu direito de voto nestes novos locais, que serão devidamente publicitados e devidamente identificados, de acordo com a lei, trinta e cinco dias antes do ato eleitoral”, refere. O autarca revela que este está a ser um processo onde estão muitas pessoas envolvidas. “Apesar do período de pandemia, conseguimos fazer este procedimento em menos de dois meses”, afirma. Pode acontecer, alerta, que alguns eleitores tenham de votar no seu posto antigo, devido à falta de atualização da morada, por

exemplo. “Só para terem uma ideia, dos 56 mil eleitores, 9600 eleitores tinham moradas incompletas”, recordando que os cadernos eleitorais fecharam no dia 24 de novembro, 60 dias antes das eleições presidenciais. E acrescenta: “este é um processo que iremos corrigir e acertar para as próximas eleições futuras”. Pedro Morais Soares entende que o conteúdo das cartas enviadas aos eleitores possa não ter sido bem entendido, mas justifica que esse texto enviado corresponde a uma minuta tipo determinada pelo Ministério da Administração Interna, “sem direito a explicação minuciosa”. No total, cerca de 15 mil eleitores receberam uma carta com a alteração de posto. “Só podemos fazer uma divul-

gação muito mais forte quando os postos forem oficialmente publicitados”, afirma. Com esta medida, vão ser retiradas da Escola Secundária de Cascais sete a oito mesas de voto, e da Escola Secundária de São João do Estoril, quatro a cinco mesas. O presidente da junta revela que haverá cerca de 64 as mesas de voto no total. “Esta foi uma medida para estar mais perto das populações e das localidades”, entende, esperando que possa diminuir a abstenção mas também que haja mais segurança. PANDEMIA Na opinião de Pedro Morais Soares, há dados importantes a registar sobre a resposta da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril

ao impacto da pandemia da Covid-19. Em primeiro lugar, ainda antes da declaração do estado de emergência, ativámos nossa rede social de freguesia. “Tivemos muitos pedidos sem precedentes na nossa história, para a qual contámos também com a preciosa ajuda de uma rede de voluntários”, fala. “Nunca fechámos à porta desde a primeira hora e reforçámos as linhas de de atendimento com onze técnicos”, adianta. No plano de ataque à crise de saúde pública, a junta de freguesia entregou mais mil kits de proteção e oitenta mil máscaras. “Criámos uma rede de voluntários que prestou apoio ao Hospital de Cascais e ao centro de saúde. Foi também formada uma equipa de costureiras voluntárias que produziu 3000 peças de proteção

que foram entregues aos médicos e enfermeiros”, conta. Revela ainda o autarca que “foram entregues ao domicílio 25 mil refeições quentes, fornecidas por empresários da restauração, e quase dez mil confecionadas por cozinheiros voluntários”. Ao domicílio das famílias necessitadas foram também entregues “bens alimentares de primeira necessidade, medicamentos e material de proteção, num total de 3.600 entregas”. Acrescem ainda os mais de 1000 cabazes alimentares sociais a família que necessitavam e o reforço do apoio financeiro a medicamentos. Pedro Morais Soares conclui que todas estas medidas, que também abrangeram a área social e do emprego, foram possível com o contributo de todos que já integravam a rede social da freguesia.

Mais proximidade Mais postos de recenseamento eleitoral Foram criados novos postos de recenseamento da Freguesia Cascais e Estoril para as localidades abaixo identificadas (C/D/E/F). De acordo com a lei, os locais de voto destes novos postos de recenseamento irão ser publicados no final do mês de Dezembro. Posto C: Areia e Birre (Escola EB1 Areia Guincho); Posto D: Aldeia do Juso, Charneca e Bairro Chesol (Escola EB1 Aldeia do Juso); Posto E: Fontainhas, Bairro Marechal Carmona, Bairro de São José, Bairro do Navegador e Outeiro da Vela (Escola EB1 Manuel Gaião); Posto F: Monte Estoril, Bairro de Santo António, Bairro Mira Golf e Bairro Fausto Figueiredo (Escola EB1 Raul Lino)

Feliz e o t n a S Um

Natal

Os eleitores das localidades abrangidas passam a pertencer aos novos postos de recenseamento eleitoral, ou seja, novo local de votação, mais perto da sua residência. De salientar que se mantêm os seguintes postos de recenseamento eleitoral: Posto A: Cascais (Escola Secundária de Cascais) Posto B: Estoril (Escola Secundária de São João do Estoril)

O Presidente da Junta de Freguesia Cascais Estoril Pedro Morais Soares

Consulte no link as moradas abrangidas pelos novos postos de recenseamento eleitoral

bit.ly/PostosdeRecenseamento

CSJ 5484

Informação Geral

40 COSTA DO SOL JORNAL ALCABIDECHE

RECICLAGEM

Nova residência em 2021

Ponto de recolha situado no Complexo Desportivo.

Mais 47 vagas para idosos.

Centro Social e Paroquial de São Vicente de Alcabideche vai inaugurar em 2021 uma nova Estrutura Residencial para Pessoas Idosas. O novo equipamento vai situar-se junto à estrutura já existente, aumentando a sua capacidade de resposta em 47 novas vagas. O Centro Social Paroquial de São Vicente de Alcabideche, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, fundada a 23 de Outubro de 1983. Inclui na sua estrutura organizacional cinco unidades de intervenção, dotadas de serviços e equipamentos especializados no apoio à Infância e à terceira idade.

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ALCABIDECHE ADERE À REDE ELETRÃO A

Junta de Freguesia de Alcabideche também já aderiu à Rede Eletrão. Agora é possível pode depositar as pilhas usadas, lâmpadas tubulares, lâmpadas diversas e pequenos eletrodomésticos no ponto de recolha Electrão localizado no Complexo Desportivo de Alcabideche. “A sustentabilidade ambiental depende da consciência individual e de cada gesto do dia-a-dia”, alerta a Junta de Freguesia de Alcabideche. A Rede Eletrão conta já com mais de 5500 locais de recolha pelo território nacional. É gerido pela Associação de Gestão de Resíduos, a entidade responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados. Gere uma rede de recolha de equipamentos elétricos e pilhas usadas e é também responsável pela reciclagem de embalagens em todo o país. A sua principal missão é “asse-

gurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem, como promotor da economia cir-

cular”. A Associação de Gestão de Resíduos desenvolve ainda diversas campanhas de comunicação e sensibilização com “o objetivo de promover uma maior consciencia-

lização ambiental e uma mudança de comportamentos, e a separação para a reciclagem, das quais se destaca o Quartel Electrão, a Escola Electrão e o TransforMAR”.

CSJ 5470

Informação Geral

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COSTA DO SOL JORNAL 41

CARCAVELOS

NOVA SBE CRIA BIBLIOTECA ABERTA A TODOS A plataforma “Nova SBE Role to Play” conta já com mais de 200 conteúdos totalmente acessíveis ao público em geral.

Nova School of Business and Economics tem, desde hoje, uma biblioteca aberta com acesso imediato a trabalhos científicos e de investigação que poderá servir para diminuir o fosso entre a produção de conhecimento e a sua aplicação prática. A escola da Universidade Nova de Lisboa lança hoje a plataforma “Nova SBE Role to Play”, que conta já com mais de 200 conteúdos totalmente acessíveis ao público em geral, mas que deverá continuar a crescer graças à participação de mais de 350 colaboradores. Ali partilham-se estudos, projetos de investigação, relatórios, artigos, webinares e histórias de impacto. São trabalhos de alunos e ex-alunos, professores e investigadores, empreendedores e outros membros ligados à comunidade da Nova SBE. “As universidades vivem, por vezes, muito centradas em si próprias e na produção de conhecimento, mas que circula de forma restrita. Esta plataforma visa, por

um lado abrir o conhecimento ao mundo, partilhando milhares de conteúdos de investigação produzidos pela nossa comunidade, mas também contribuir para a dinamização deste mesmo conhecimento através da partilha de inúmeras iniciativas”, disse Daniel Traça, diretor da Nova SBE, em declarações à Lusa. A partir de hoje, “qualquer pes-

soa, em qualquer parte do mundo, terá acesso de forma simples e conveniente a um conjunto de trabalhos científicos e de investigação produzidos pela Escola ou onde a Escola está envolvida”. A par da escola de gestão portuguesa, na plataforma online estão agregados conteúdos científicos e académicos de mais de 30 escolas de todo o mundo que se encon-

tram envolvidas em projetos e trabalhos de pesquisa colaborativa com a Nova SBE e, ainda, mais de 50 organizações envolvidas em vários projetos da escola. A nova plataforma pretende “democratizar o acesso à produção teórica, científica e académica” e apresentar as melhores práticas de sustentabilidade de empresas, start-ups e os mais di-

versos projetos. Além disso, a plataforma procura ser também um elo de ligação entre universidade e sociedade/ empresas, no sentido de diminuir o fosso entre produção de conhecimento e aplicação prática. O Dean da NOVA SBE acredita que o trabalho que a instituição desenvolve diariamente “só fica completo quando o mesmo está acessível a todos”. A nova plataforma pretende, por isso, ser um espaço de aprendizagem contínua, uma biblioteca aberta, onde se partilham recursos científicos e académicos diversos. Daniel Traça sublinhou ainda que a Nova SBE assumiu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável “como sua linguagem, onde todos são chamados a participar, desde alunos, antigos alunos, a professores ao staff, às empresas parceiras e Organizações Não Governamentais, e esta é uma forma de concretizar este contributo e impacto na sociedade”. Com Lusa

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Informação Geral

42 COSTA DO SOL JORNAL

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OEIRAS E AMADORA

SIMAS PROMOVEM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ONLINE

Programa desenvolvido pelos serviços intermunicipalizados foi distinguido este ano pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

pesar da pandemia, os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento (SIMAS) de Oeiras e Amadora mantiveram Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, tendo sido necessário ajustá-lo às novas tecnologias e utilizando novas formas de comunicar. O programa é dedicado a crianças e jovens das comunidades escolares de Oeiras e Amadora e chega todos os anos letivos a milhares de alunos, diariamente através de um veículo interativo designado de roadshow, com sessões pedagógicas presenciais nas escolas. Tal com explicam os SIMAS, “o Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade reinventou-se, passando para o mundo digital com o intuito de garantir que professores e alunos continuam a ter acesso às aulas temá-

ticas de sensibilização ambiental dedicadas este ano aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. O projeto tem como objetivo principal sensibilizar os alunos desde o jardim de infância ao 3º ciclo das escolas dos dois concelhos para um uso racional da água e para a importância do saneamento, promovendo também a adoção de hábitos e comportamentos mais sustentáveis e a preservação do ambiente. Este ano letivo de 2019/20 o tema é “Missão ODS – O herói és tu!” Nesta adaptação do roadshow do Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, os SIMAS mantiveram online “um contacto estreito e constante com professores e escolas e em alternativa às ações presenciais do roadshow que se encontram suspensas”. Ou seja, estão a ser promovi-

das aulas temáticas de educação ambiental por videoconferência, destinadas a alunos e professores e ainda a participação dos alunos em casa no passatempo deste ano letivo. Para além das aulas temáticas online, foram ainda criadas páginas nas redes sociais (facebook e

Instagram) e um site multiplataformas, dedicados ao roadshow, de modo a estreitar a ligação com a comunidade escolar e criar um canal de comunicação direto e disponível 24 horas e sete dias por semana. O novo site dedicado aos conteúdos do roadshow do Programa

CENTRO SOCIAL DE QUEIJAS

QUINTA DOS SETE CASTELOS

Casa para cientistas em Oeiras cada vez mais uma realidade Município já aprovou a adjudicação da empreitada.

Câmara de Oeiras financia requalificação Obra vai ajudar a melhorar a prestação de serviços que a instituição disponibiliza à população.

stá cada vez mais próximo o arranque das obras de Reabilitação e Restauro da Casa da Quinta dos Sete Castelos, que servirá para Residência de Cientistas, doutorados e pós-doutorados, que estejam a trabalhar em Institutos de Investigação no concelho de Oeiras. Após Concurso Público, já foi aprovada Pela Câmara Municipal de Oeiras a adjudicação da empreitada, pelo valor de €2.703.602,61, no prazo contratual de 365 dias para a execução da obra. Seguindo o processo agora para avaliação do Tribunal

de Contas, prevê-se que a obra comece no segundo trimestre de 2021. Recorde-se que esta obra, que se insere no âmbito da política municipal de recuperação do património histórico e cultural concelhio, respeitará as características originais daquele significativo património arquitetónico, preservando as suas características originais mas dotando-o de condições atuais de conforto. Após a requalificação dos jardins desta Quinta centenária, já reabertos ao público, é agora a vez de serem recuperadas a Casa

de Educação Ambiental para a Sustentabilidade disponibiliza o regulamento, ficha de inscrição, galeria dos trabalhos dos participantes no passatempo e todos os materiais de divulgação e comunicação do projeto, de modo a que alunos e professores possam ir acompanhando e visitando todos os trabalhos que estão a ser submetidos e ainda um conjunto de jogos em formato quiz onde podem testar os conhecimentos adquiridos. O Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade foi premiado a 7 de maio deste ano com o Grande Prémio APCE 2020 na categoria Campanha Externa Indústria, nos sectores Primário e Secundário, atribuído pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

e a Capela, um conjunto edificado e significativo, de cerca de 725 m2, com identidade própria e detentor de uma memória local. Serão conservados os elementos mais significativos do edifício, nomeadamente fachadas, estruturas e guardas em ferro, painéis de azulejos, bem como, outros elementos decorativos e estruturais notáveis como a claraboia. A pequena construção fronteira à casa (estufa) terá uma nova cobertura e será feito o restauro da fonte, junto ao alçado principal da casa e a casa de fresco.

Câmara Municipal de Oeiras atribuiu uma comparticipação financeira superior a 64 mil euros ao Centro Social e Paroquial São Miguel de Queijas. Esta verba servirá para apoio à realização das obras que esta instituição necessita fazer nas suas instalações. “Trata-se de uma intervenção fundamental para garantir a qualidade das respostas e serviços ao dispor dos seus utentes, que consistem na prestação de apoio na área dos idosos, através da disponibilização das respostas sociais de Estrutura Residencial para Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário”, justifica a autarquia em comunicado. Estas obras consistem sobretudo no tratamento de betão, isolamento das lajes e paredes e respetiva pintura. O apoio financeiro da Câmara Municipal de Oeiras, que será viabilizado através da celebração de um Termo de Aceitação, surge na sequência de um pedido de apoio por parte desta instituição. “O objetivo desta autarquia é contribuir para a sustentabilidade

e qualidade das respostas sociais pelo Centro Social e Paroquial São Miguel de Queijas, assim como a adequabilidade dos serviços que disponibilizam às reais necessidades dos seus utentes e respetivas famílias”, refere ainda a nota.

Informação Geral

16/12 a 23/12 de 2020

INAUGURADO PARQUE NA QUINTA DA NORA

CARNAXIDE COM MAIS ESTACIONAMENTO Isaltino Morais promete mais lugares em 2021.

ão 130 lugares de estacionamento automóvel que permitem aliviar um pouco a escassez de oferta em Carnaxide. O novo parque da Quinta da Nora, junto ao quartel dos bombeiros, agradou ao presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, mas também a Inigo Pereira,

presidente da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, que tem vindo a apelar para o facto do território ser problemático em no que diz respeito ao estacionamento. Neste sentido, e durante a inauguração do equipamento, Isaltino Morais anunciou que Carnaxide

COSTA DO SOL JORNAL 43 QUEIJAS

União de freguesias reabilita Largo Terras do Poço Utilizado material mais seguro e duradouro.

irá ter um acréscimo de perto de 700 lugares em 2021, em dois locais distintos, junto à Rua Zeferino Sequeira e também no Quintal Desportivo de Carnaxide. O autarca revelou ainda que está determinado a por fim ao estacionamento indevido de veículos, melhorando a qualidade de vida da população, mas nunca esquecendo a necessidade de construção de estruturas como esta que foi inaugurada. A empreitada do novo estacionamento da Quinta da Nora, que consistiu num investimento municipal de mais de 345 mil euros, foi realizada numa zona mista de coexistência de veículos e peões, tendo incluído trabalhos de movimentação de terras, construção de muros de suporte, pavimentações, hidro-sementeira, sinalização e beneficiação da drenagem pluvial e da iluminação pública.

Largo Terras do Poço em Queijas tem sido uma das grandes apostas da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas no que diz respeito à reabilitação dos espaços públicos no território. Para além da requalificação dos passadiços e dos passeios, foram também realizadas obras nas escadarias. Foram também concluídos os trabalhos de colocação de bancos de jardim neste largo. O destaque vai ainda para a colocação de guardas e corrimãos em vários locais. Recorde-se que a União de Freguesias de Carnaxide e Queijas tem optado agora pela instalação de guardas e corrimãos em inox. Para além de garantir maior segurança, este material permite ainda uma maior durabilidade. A colocação de guardas de pro-

teção tem vindo a acontecer um pouco por toda as localidades desta união de freguesias, como é o caso da Rua Vasco Santana e da Rua 25 de Abril, em Carnaxide.

Informação Geral

44 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

PORTO SALVO

MELHORES ACESSOS NO CASAL DA CHOCA Criado arruamento para facilitar circulação para residentes, transportes públicos e veículos de recolha de resíduos.

oi inaugurado um novo arruamento que a Câmara Municipal de Oeiras considera fundamental para o acesso e mobilidade dentro do Casal da Choca, uma área urbana de génese ilegal (AUGI) localizada em Porto Salvo. Trata-se do arruamento de ligação da Rua de São José à Rua Quinta da Estrangeira, cuja construção, que consistiu num investimento municipal superior a 370 mil euros, teve por objetivo “proporcionar melhores condições de acesso e de mobilidade tanto para veículos como para peões”. Recorde-se que a criação do arruamento agora inaugurado permitiu dar continuidade à Rua de São José, um eixo estruturante desta AUGI, não tinha saída. Esse facto prejudicava a circulação tanto para os residentes como para os transportes públicos e veículos de recolha de resíduos urbanos. Agora, com a ligação da Rua de São José à Rua Quinta da Estran-

geira, a circulação fica facilitada entre as várias zonas urbanas do Bairro. Além do mais, este novo arruamento tem as dimensões adequadas à passagem de transportes públicos e de veículos de recolha de resíduos urbanos. “Após a inauguração do arruamento foi realizada uma visita à

empreitada de infraestruturas que se encontra a decorrer na Zona Adjacente à Rua Augusta e Rua Cândida Branca Flor, no norte do Casal da Choca. A obra contempla a instalação de novas redes de águas e de esgotos resolvendo problemas de salubridade, eletricidade, ilumi-

nação pública, telecomunicações, gás, pavimentos, plantação de árvores, muros técnicos e vedações de propriedades, numa ação integrada de requalificação urbana. “Trata-se de um investimento de €798.000”, revela a autarquia. Refira-se que com estas intervenções, “o Município de Oeiras

pretende oferecer mais e melhor qualidade de vida aos residentes, proporcionando melhores condições de habitabilidade e acessos, tanto viários quanto pedonais. Os acessos também são fatores fulcrais de base na qualidade de vida dos habitantes locais”.

CSJ 5471

Informação Geral

16/12 a 23/12 de 2020

COSTA DO SOL JORNAL 45

INICIATIVA DA AUTARQUIA E DA ACECOA

CONCURSO E PASSATEMPO PROMOVEM COMÉRCIO LOCAL EM OEIRAS Duas iniciativas dirigidas aos clientes do comércio tradicional do concelho oeirense.

objetivo é “dinamizar e promover o comércio Local nesta época natalícia”. A Câmara Municipal de Oeiras e a ACECOA - Associação Comercial e Empresarial dos Concelhos de Oeiras e Amadora estão a promover o passatempo “Escreva uma Frase”, dirigido aos clientes do comércio local e o concurso “A melhor Montra”, dirigido aos comerciantes. Estes dois eventos decorrerão entre 10 de dezembro de 2020 e 12 de janeiro de 2021. No passatempo “Escreva uma frase” podem participar todas as pessoas que efetuem compras, no valor de cinco euros, nos estabelecimentos aderentes. Os participantes devem escrever uma frase que inclua “Comércio Local”, habilitando-se a ganhar um Voucher em compras”. Vão atribuídos um total de 25 vouchers, um por premiado, que

CSJ 5492

correspondem a unidades monetárias (euro), sendo que os valores são entre os €20 e os €100. Os vouchers apenas poderão ser usados nas lojas aderentes ao passatempo.

Já o concurso “A Melhor Montra” pretende “promover e perpetuar a tradição popular de decoração de montras dos estabelecimentos comerciais”. O período de inscrição decorre

até ao dia 10 de dezembro, sendo que o concurso decorrerá entre 12 de dezembro e 6 de janeiro de 2021. Serão selecionadas as três melhores montras, por freguesia ou união de freguesias do conce-

lho, sendo atribuídos os seguintes prémios: 1º Prémio - Um jantar para duas pessoas num restaurante localizado na própria freguesia ou união de freguesias e atribuição de um certificado de participação; 2º Prémio - uma sessão de massagem para duas pessoas num SPA sediado na própria freguesia ou união de freguesias e atribuição de um certificado de participação; 3º Prémio - uma reportagem publicada num jornal local e atribuição de um certificado de participação. Para promover as candidaturas, a ACECOA tem efetuado visitas aos estabelecimentos do comércio do concelho. No entanto, os interessados também poderão inscrever-se nas instalações da ACECOA, na Rua Parque Anjos, nº 6, em Algés, ou através dos seguintes contactos 962296260 ou 214112260.

Informação Geral

46 COSTA DO SOL JORNAL ARQUEOLOGIA

Cascais aposta em reabilitação Autarquia compra prédios rústicos na Areia.

aquisição de três prédios rústicos com uma área de 6.600 m2 no lugar da Areia foi aprovada na reunião de câmara realizada esta semana no Centro Cultural de Cascais. Esta aquisição vai permitir alargar com equipamentos complementares o Centro Arqueológico da “Villa Romana” de Casais Velhos. Segundo João Aníbal Henriques, vereador com o pelouro da arqueologia, Casais Velhos é “um dos pontos arqueológicos mais importante de Portugal, para não dizer da Europa”. Casais Velhos é um povoado romano, do início do período cristão (séc. II e III dC), onde existia uma fábrica de púrpura o que releva a importância deste local, classificado como património de interesse público, numa perspetiva histórica do povoamento de Cascais integrado na exploração económica da região de Lisboa à época da ocupação romana, dá conta a autarquia em comunicado. Desta forma a câmara consolida um projeto global que devolve a Cascais e aos cascalenses um sítio cuja importância arqueológica extravasa as fronteiras nacionais fator que foi ressaltado por João Aníbal Henriques como uma perspetiva de destino cultural e de turismo de qualidade e que é a entidade de Cascais.

DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA AFRICANA

16/12 a 23/12 de 2020

AUTARCA EM CASCAIS

MIGUEL COSTA MATOS É O NOVO LÍDER DA JUVENTUDE SOCIALISTA

O deputado mais novo no Parlamento é também autarca Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Carcavelos e Parede e na Assembleia Municipal de Cascais.

novo secretário-geral da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos, defendeu um “Estado social forte” para responder à crise pandémica e reivindicou uma educação pública “completamente gratuita em todos os ciclos de ensino”. No seu primeiro discurso como líder, depois de ter sido eleito no XXII congresso da JS, Miguel Matos defendeu que a uma “crise sem precedentes”, como a causada pela pandemia de Covid-19, há que responder com “um Estado Social reforçado e robustecido”. E prometeu que a JS estará sempre “contra os que querem desmantelar” o Estado social em Portugal, a direita, e fez a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “gratuito e de qualidade”. E foi nesta sequência que Miguel Costa Matos reivindicou, perante o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, uma “educação pública”, aí incluindo o ensino superior e as creches publicas, “completamente

gratuita em todos os ciclos de ensino e de excelência”.

O novo secretário-geral da JS, eleito com 179 votos a favor, 17 contra e seis votos em branco, pediu ainda “uma desforra” às forças de direita no debate de ideias e atacou a extrema-direita “cobarde” por não defender ou mesmo atacar “os mais fracos” da sociedade. “A extrema-direita nunca nos ditará a ação”, prometeu ainda. Crítico do capitalismo, Miguel Matos Santos afirmou que “a mão invisível do mercado não pode comandar a vida” dos cidadãos, que não são “meros números”. Inicialmente previsto para o distrito de Leiria, o XXII congresso nacional passou ao formato digital devido à crise epidémica de covid-19. O “mais diferente” a que António Costa, militante da JS desde os 16 anos, assistiu, mas que, afirmou, prova que “a democracia não está suspensa” devido à crise epidemiológica da covid-19. Com Lusa

OEIRAS

Mais 32 mil euros para postos de enfermagem São três as unidades a ser apoiadas.

Criado centro em Oeiras Autarquia irá realizar conferências sobre o tema.

Câmara de Oeiras e o IURIS – Instituto de Investigação Interdisciplinar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa vão celebraram um protocolo de cooperação para a instalação de um Centro de Documentação jurídica africana no concelho. O IURIS ficará responsável pela organização científica e pelos meios académicos necessários para o funcionamento do Centro de Documentação Jurídica Africana e do Ciclo de Conferências sobre temas de Direito Africano. Por sua vez, a Câmara de Oeiras além da cedência do espaço para a criação deste centro, será responsável pelos custos logísticos do funcionamento do centro, e da concretização, em cada ano, do Ciclo de Conferências, sobre temas de Direito Africano. O Centro de Documentação e os Ciclos de Conferências destinam-se a “aprofundar o estudo e o conhecimento dos direitos dos povos africanos de expressão oficial portuguesa e a divulgar as fontes documentais dos direitos africanos e a sua tradição oral”.

s gabinetes de enfermagem de Queijas, Barcarena e de Caxias receberam um apoio da Câmara Municipal de Oeiras de forma a garantir o seu funcionamento. Estes postos de enfermagem garantem o acesso aos cuidados de saúde primários à população, nomeadamente a mais idosa, residente nas localidades mais distantes das unidades de Saúde do Serviço Nacional

de Saúde. Gerido pelas juntas e uniões de freguesia, em parceria com a autarquia oeirense, estes centros de enfermagem incluem na sua manutenção custos anuais que se devem, sobretudo, ao pagamento de recursos humanos, a aquisição de materiais e os serviços de recolha de resíduos. O apoio superior a 32 mil euros ficou assim distribuído: €14.550,76 à União de Fre-

guesias de Carnaxide e Queijas, destinados a apoiar o funcionamento do Gabinete de Enfermagem de Queijas; €10.455,00 à Junta de Freguesia de Barcarena, para apoiar a manutenção do funcionamento do Gabinete de Enfermagem de Barcarena; e €7.926,42 à União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, de modo a apoiar a manutenção do funcionamento do Gabinete de Enfermagem de Caxias.

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Na McDonald’s é sempre possível dar brilho ao Natal.

Os restaurantes de Algés, Oeiras, Oeiras A5, Oeiras Parque e Taguspark desejam um bom Natal e um próspero Ano Novo aos seus clientes e também aos leitores e equipa do Costa do Sol Jornal.

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Informação Geral

48 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

CASCAIS

APP E REDE DE TRANSPORTES VENCEM PRÉMIO INTERNACIONAL Vice-presidente da autarquia defende que “as boas práticas devem ser recompensadas”.

aplicação City Points Cascais e a plataforma de mobilidade integrada MobiCascais foram distinguidas com o Prémio Comunidades e Cidades Inteligentes na Europa e Ásia Central, atribuído pela International Data Corporation (IDC). A App City Points Cascais foi reconhecida com o primeiro lugar na categoria “Desenvolvimento Económico e Participação”, pelo seu caráter “verdadeiramente inovador e transformador” e por, ao mesmo tempo, ter “ajudado a criar um fórum para partilha de boas práticas”. Segundo a IDC, “as vilas e cidades europeias enfrentam forças significativas de mudança - urbanização, colaboração e democratização dos serviços públicos”, acrescentando que, “ao mesmo tempo em que trazem muitos desafios, essas forças agem como

motivadores para que as cidades adotem soluções inovadoras e redesenhem os modelos de negócio

e de prestação de serviços para uma abordagem centrada no utilizador”.

O objetivo é registar “melhorias em qualidade de vida, prosperidade económica e resiliência”, acrescenta a IDC. A app conta atualmente com cerca de cinco mil utilizadores, cujas boas práticas, refere a Câmara Municipal de Cascais, “se traduzem em 105.000 pontos ganhos em mais de uma centena de ações, dos quais 72.000 já foram trocados por bens e serviços disponíveis apenas na própria app”. Para Miguel Pinto Luz, vice-presidente da autarquia cascalense, “este reconhecimento só é atribuído a cidades (ou vilas) que garantam que todos os residentes possam tirar proveito dos benefícios propiciados pelas medidas inovadoras. Em Cascais basta um simples registo online e gratuito para que qualquer residente, trabalhador ou estudante possa ser beneficiado”.

E acrescenta: “colocámos a tecnologia ao serviço da participação e reconhecemos que as boas práticas devem ser recompensadas, ou seja, que temos investido bem os nossos recursos para garantir aos nossos cidadãos uma cada vez melhor qualidade de vida. Cascais é inovação, serviço público e participação”. Igualmente distinguida nesta edição do prémio, mas no terceiro lugar da categoria de “Transporte inteligente”, a plataforma de mobilidade integrada Mobicascais convenceu o júri por providenciar “uma solução modular ao nível do transporte capaz de estender os recursos a todo o concelho.” Atualmente esta plataforma conta com um universo aproximado de 20 mil utilizadores.

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Cultura

50 COSTA DO SOL JORNAL CASINO ESTORIL

Galeria de arte inaugura Salão de Outono Pintura e escultura em destaque.

16/12 a 23/12 de 2020

PATRIMÓNIO CULTURAL

OEIRAS INAUGURA REQUALIFICAÇÃO DA IGREJA MATRIZ Autarquia oeirense financiou restauro.

já no próximo dia 18 de dezembro que vão ser inauguradas oficialmente as obras de requalificação da Igreja Matriz de Oeiras, no Largo 5 de Outubro. O património cultural situa-se em pleno Centro Histórico da Vila e foi alvo de trabalhos de conservação, restauro e resolução de anomalias, abrangendo o edificado e o património integrado. “Esta intervenção, realizada no âmbito da política de Preservação do Património Cultural existente no concelho, orçou os € 624.370,46, financiados na sua globalidade pelo município”, anunciou a autarquia em comunicado. Da intervenção no corpo da capela-mor, é de realçar a reabilitação da cobertura, a estabilização das

naugura hoje, 16 de dezembro, na Galeria de Arte do Casino Estoril, o 34º Salão de Outono. Trata-se de mais uma edição da emblemática mostra coletiva de pintura e de escultura, na qual poderá encontrar-se alguns dos mais conceituados artistas plásticos contemporâneos. Considerada já uma referência no panorama das artes plásticas, o Salão de Outono reúne um vasto

paredes e de outras estruturas como as abóbodas e o trono. No exterior do monumento, entre outros, foram reparados os rebocos, limpeza e tratamento de cantarias, a revisão dos sistemas de drenagem de águas pluviais, a conservação dos sinos e cabeçotes, ferragens e mostradores dos relógios. No interior da Igreja além da conservação e restauro da pintura mural em abóbadas e paramentos das paredes e, dos revestimentos em pedra ornamental, fez-se a limpeza e conservação da pintura sobre tela, da escultura e talha dourada, o tratamento do teto abobadado da capela-mor e do da sacristia, revisão dos pavimentos em madeira e em pedra, da zona cultual.

elenco de obras nas modalidades de pintura e escultura. Estarão, assim, em destaque obras da autoria de artistas como Alfredo Luz, Branislav Mihajlovic, Cohen Fusé ou de Paulo Ossião, na pintura, e de Abílio Febra, Carlos Ramos, Filipe Curado ou Gustavo Fernandes, na escultura. O 34º Salão de Outono vai decorrer até dia 1 de fevereiro de 2021.

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Cultura

16/12 a 23/12 de 2020

COSTA DO SOL JORNAL 51

VENDA DE PEÇAS DE DIANA CEREZINO

LEILÃO SOLIDÁRIO PARA APOIAR FUNDAÇÃO “O SÉCULO” ATÉ 23 DE DEZEMBRO Financiar a área social da instituição é um dos objetivos.

Fundação “O Século” está a promover até dia 23 dezembro um leilão solidário online de peças da artista Diana Cerezino. O principal objetivo é angariar fundos para ajudar a financiar o trabalho desenvolvido pela área social da instituição. Neste leilão solidário, decorrer no site da fundação em www.oseculo.pt, estão para venda várias peças de Diana Cerezino, artista referenciada pelo pelouro da

cultura da Câmara Municipal do Barreiro, e que é co-fundadora da PADA Studios, uma associação Cultural do Barreiro focada nas artes contemporâneas, através do desenvolvimento de várias residências artísticas internacionais. “O trabalho artístico de Diana Cerezino, que estudou Belas Artes na Camberweel University of Arts London e na Middlesex University, explora a perceção visual, através dos elementos de cor, textura e brilho aplicados sobre o formato

Gestifúnebre Funerária da Linha De Amílcar Costa CSJ 5495

do quadriculado”, sublinhou a instituição em nota de imprensa. As peças vão estar expostas nas instalações da Fundação “O Século”, em São Pedro do Estoril, e poderão ser visitadas, nos dias úteis, das 9h00m ás 18h00m, bastando para isso dirigir-se à portaria da Instituição. Quem adquirir as peças em leilão estará a contribuir para ajudar a Fundação “O Século” que, diariamente, através das suas diferentes respostas sociais

HORAS

SERVIÇOS FÚNEBRES SERVIÇO PERMANENTE

apoia cerca de 600 pessoas, entre crianças, idosos e famílias desfavorecidas. Entre as respostas sociais da Fundação “O Século” contam-se dois lares de acolhimento e três apartamentos de autonomização, onde vivem cerca de 30 crianças e jovens em risco. Destaque também para os serviços de Apoio Alimentar e Apoio Domiciliário e Cantina Social, que ajudam dezenas de idosos e pessoas de mobilidade reduzida, ou

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(Em frente às atuais instalações)

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ainda o CAFAP – Relógio d´Areia, que presta acompanhamento a famílias e crianças. A Fundação “O Século” conta ainda com outras respostas sociais como é o caso do Acolhimento de Emergência, Creche e Pré-escolar, sem esquecer, as míticas Colónias de Férias, que estiveram na origem da instituição há mais de 90 anos.

Av. República, 91 - A/B 1495-111 ALGÉS

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Cultura

52 COSTA DO SOL JORNAL

16/12 a 23/12 de 2020

ATÉ 20 DE DEZEMBRO

Dramax apresenta “Kaká & Jojó” Comédia com Victor Espadinha e João de Carvalho.

aká e Jojó reencontram-se ao fim de 50 anos. Enquanto que, para um, o encontro é inesperado, para outro tudo foi planeado. Este é o mote de “Kaká & Jojó”, a nova comédia produzida pela

Dramax Oeiras e que está em cena no Auditório Municipal Eunice Muñoz. Trata-se de “uma noite cheia de truques e muitas emoções onde a mentira refinada está sempre presente. Uma comédia demasia-

TEATRO EM LINDA-A-VELHA

“O Julgamento do Chico do Cachené” até dia 18

do divertida para ser real”, revela a companhia de teatro oeirense. Victor Espadinha e João de Carvalho protagonizam “Kaká e Jojó”, dirigidos por Celso Cleto a partir de um texto de John Borg.

OEIRAS

Autarquia apoia agentes culturais Ajuda financeira para remodelações.

Produção do Intervalo Grupo de Teatro.

stá em cena até dia 18 de dezembro o auto poético-fadista “O Julgamento do Chico do Cachené” no Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha. A mais recente produção do Intervalo Grupo de Teatro estreou em setembro e conta com encenação e direção-geral de Fernando Tavares Marques. Com texto original de João Linhares Barbosa, “O Julgamento do Chico do Cachené” inclui no elenco Esmeralda Reis, Fernando Tavares Marques, Joao José Castro, João Pinho, Mané Ribeiro, Pedro Miguel Silva, Rui Vaz e Susana Cacela, acompanhados por José Braga, na guitarra portuguesa, e Luís Macedo,na viola. As últimas sessões vão realizar-se quinta e sexta, às 20h45m.

Academia Recreativa de Linda-a-Velha e a Sociedade de Educação e Recreio “Os Unidos de Leceia” vão receber uma comparticipação financeira conjunta da Câmara Municipal de Oeiras, no valor de €9.700, para a realização de obras. De acordo com o orçamento apresentado, a Academia Recreativa de Linda-a-Velha irá proceder à remodelação de palco, camarins e construção de cabine, num

valor de €7.950. A verba destinada à Sociedade de Educação e Recreio “Os Unidos de Leceia”, 1.750€, visa a colocação de chão flutuante para a sala de dança. Também ao Coro Santo Amaro de Oeiras foi aprovada a atribuição de uma comparticipação financeira, no valor de €5.162,46, por forma a garantir a segurança da comunidade face aos riscos de contágio da Covid-19.

A pandemia obrigou à reorganização das atividades diárias e dos espaços, assim como nos procedimentos de higienização de espaços e participantes. Estas alterações obrigaram à realização de despesas acrescidas e não previstas no orçamento para 2020, tendo influência na sua sustentabilidade financeira, o que levou a entidade a solicitar o apoio financeiro do município.

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Cultura

16/12 a 23/12 de 2020

COSTA DO SOL JORNAL 53

TEATRO EM OEIRAS

ÚLTIMAS EXIBIÇÕES DE“AQUI HÁ FANTASMAS” Um “remake” da companhia oeirense.

Teatro Independente de Oeiras promete uma “comédia do outro mundo”. Trata-se de “Aqui há Fantasmas”, que vai estar em cena até dia 19 de dezembro. Com texto de Henrique Santana, a peça tem encenação de Carlos d’Almeida Ribeiro. O próprio lidera um elenco que integra também Vítor Coelho, Pedro A. Rodrigues, Gonçalo Lima, Jaime Soares, João Cobanco, Maycon Guane, Paula Marcelo, Alexandra Leite, Mariana Goldani Rosa e Solange Brás. “Aqui há Fantasmas” conta a história de um cientista, o “Professor Hermes”, que procura descobrir a origem do medo e que decide levar a efeito a experiência que anda a preparar há muito tempo: testar a pílula da coragem. “No ano em que o Teatro Independente de Oeiras comemora 30 anos não podia deixar de relançar alguns dos sucessos que fizeram história nesta companhia”, diz Carlos d’Almeida Ribeiro. “Elegi o ‘Aqui há Fantasmas’ como representante de um passado que muito nos orgulha e de um período determinante para aquele que veio a ser o futuro do Teatro Independente de Oeiras. É uma homenagem ao nosso passado, a todos quanto connosco trabalharam, ao Teatro Português, aos grandes nomes que fizeram o original e a um grande elenco que hoje, em 2020, se apresenta ao público”, conclui. As sessões do espetáculo realizam-se às sextas e sábados a partir das 21h30m.

EM EXPOSIÇÃO ATÉ 03 DE JANEIRO

Cascais exibe “Sonhos do Dia e da Noite” Mais de 130 peças no Centro Cultural.

exposição de arte contemporânea “Sonhos do Dia e da Noite”, sobre a coleção da crítica Maria João Fernandes, pode ser vista até 03 de janeiro no Centro Cultural de Cascais. Com mais de 130 peças, dispostas por núcleos temáticos que acompanham o percurso crítico e ensaístico de Maria João Fernandes e, com ele, da arte portuguesa das últimas décadas, “Sonhos do Dia e da Noite” reúne obras

de artistas como Emerenciano, Emília Nadal, E.M. Melo e Castro, Graça Morais, Gracinda Candeias, João Vieira, Mário Dionísio, Moniz Pereira, Noronha da Costa, entre muitos mais. Um desenho da autoria de António Ramos Rosa, o poeta de quem se revela ainda um texto dedicado a Maria João Fernandes, e inéditos de Cruzeiro Seixas, o sobrevivente do surrealismo português, que completa cem anos a

03 de dezembro, também estão presentes na mostra. A exposição traduz “uma atividade de cerca de quarenta anos de crítica de arte da proprietária, período durante o qual se dedicou ao estudo e à apresentação de obras, artistas e movimentos”, escreve, no texto de abertura do catálogo, Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I, que promove a exposição.

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Cultura

54 COSTA DO SOL JORNAL

Os meus livros Jorge Fonseca de Almeida

16/12 a 23/12 de 2020

TEMPLO DA POESIA

Stretto Duo em Oeiras Dia 19 de dezembro.

“SE O DISSERES NA MONTANHA”, DE JAMES BALDWIN Durante um serviço religioso da Igreja Pentecostal, no ambiente de intenso fervor religioso, os pecados passados e as injustiças sofridas atormentam as mentes, regressam como fantasmas para explicar o presente e explodem nas lágrimas, nos lamentos, nos gritos e nos cânticos de louvor a Deus.

ohn um jovem catorze anos imaturo e confuso debate-se dolorosamente com o caminho a seguir, que caminho escolher para a sua vida. Prostrado em transe profundo, vê desfilar na sua mente imagem tumultuosas e terríveis do pecado a que se sente inclinado mas que simultaneamente quer repelir. A linguagem é viva, sentida, repleta de metáforas e sinais, que nos obrigam a testemunhar vividamente os acontecimentos, ao abrir os corações dos personagens e ao expo-los verdadeiros cria empatia com todos eles, mesmo com Gabriel, o padrasto terrível e o marido violento. O livro excecional, publicado em 1953, que foi adaptado para televisão e está traduzido em numerosas línguas. Um clássico da Literatura Mundial. James Baldwin (1924-1987), escritor e ativista Negro norte-americano, radicado em França. A sua obra reflete sobre os temas do racismo e da homofobia na América. Considerado o maior escritor Negro americano do século XX.

atherine Strynckx ao violoncelo e Paulo Jorge Ferreira no acordeão vão apresentar-se ao público no dia 19 de dezembro, às 11h00m, no Templo da Poesia, situado no Parque dos Poetas, em Oeiras.

O Stretto Duo vão interpretar obras de Ilkka Kuusisto, Patrick Busseuil ou de Mikhail Bronner. A entrada livre, até ao limite da sala. A distribuição de bilhetes decorre no dia do espetáculo, a partir das 10h00m, na receção do Templo da Poesia.

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Diversos

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AVISO Procedimento concursai para 1 Assistente Operacional (canalizador) Horóscopo mensal por Maria Helena

Janeiro 2021

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CARANGUEJO

AMOR: Deixe o ciúme e aproveite os momentos com o seu companheiro. SAÚDE: Cuidado com os excessos alimentares, anda a comer demais. DINHEIRO: Não peça um empréstimo neste mês, os tempos não estão favoráveis para contrair dívidas de qualquer género. PENSAMENTO POSITIVO: Sossego o meu coração ouvindo a voz da intuição.

LEÃO

AMOR: O verdadeiro amor poderá bater-lhe à porta, por isso fique atento e mostre-se disponível para a mudança. SAÚDE: Procure fazer uma vida mais saudável e corte de vez com qualquer vício. DINHEIRO: Esta não é uma boa altura para investir em negócios de vulto ou compras que envolvam muito dinheiro. PENSAMENTO POSITIVO: A Força do pensamento positivo ajuda-me a superar todas as provas.

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ASSOCIATIVISMO

TÉNIS DO ESTORIL CELEBROU JUBILEU DE FORMA SIMBÓLICA

No ano em que comemora 75 anos de história, o clube apostou na renovação da sua imagem e numa relação mais direta com os seus associados. A Academia Geza Torok, criada em 2019, pretende ser uma referência na formação diz o presidente do CTE, Luís Campos Guerra.

obra de Fausto de Figueiredo, que transformou o Estoril numa estância turística de excelência, onde não faltavam espaços verdes, comércio e condições para a prática de diversos desportos, conduziu à criação do Clube de Ténis do Estoril (CTE), a 24 de agosto de 1945. “Foi fundado à imagem dos clubes ingleses, com ténis e bridge. Na sua génese, era elitista e muito polivalente em termos de nacionalidades” afirma o presidente do CTE, Luís Campos Guerra, acrescentando: “tem no ADN o facto de ser, depois da II Guerra Mundial, um ponto de encontro e partilha de informações de muitos refugiados e exilados políticos”. Em entrevista ao Costa do Sol Jornal, este responsável diz que: “o clube foi desde muito cedo reconhecido como um local de formação a nível de ténis, muito por força do professor Geza Torok e de Olívio da Silva que na prática foram os dois pilares da reputação alcançada pelo Ténis do Estoril, quer na zona de Cascais, quer a nível nacional”. Inicialmente, o CTE não tinha a imponência que granjeou a simpatia de quem o visitaria a partir da década de 1950 como grande sala de espetáculos. Junto aos campos de saibro existiam umas pequenas bancadas. Mais tarde, com a construção do primeiro andar e da célebre varanda, o clube passou a dispor de condições ímpares para receber grandes eventos. A localização, junto ao Casino, tornou-o no local privilegiado para receber competições

internacionais. A primeira vitória de Portugal na Taça Davis, em 1963, frente ao Luxemburgo, foi, assim, celebrada no clube. Nesse mesmo ano, Alfredo Vaz Pinto também conquistaria no Estoril o primeiro dos seus 7 títulos de campeão nacional. Até à mudança das instalações, em 1991, o CTE manter-se-ia como a sala de visitas do ténis português, onde se disputariam todos os anos torneios internacionais para os mais jovens, acolhendo, ainda, a elite mundial, durante uma semana, no Verão, para os Campeonatos Internacionais. “Durante meio século, a atividade do clube desenvolveu-se nas antigas instalações, situadas entre a Fiartil e o hotel Palácio. Em 1991, a Câmara de Cascais concedeu-nos esta nova casa equipada com 12 campos de ténis, quatro dos quais rápidos e outros quatro cobertos, e que ainda oferecia a possibilidade de concessionarmos outros espaços do clube” para aulas de ballet, danças de salão, pilates, ginásio, saúde e estética, refere Campos Guerra. A nível competitivo, o Clube de Ténis do Estoril também fez e faz história com atletas bem classificados nos torneios nacionais. “Somos bi-campeões no escalão de mais de 55 anos e vice-campeões nacionais no de mais de 45. Depois temos alguns jogadores com bons resultados recentes nos escalões da formação e há ainda os de renome que passaram pelo clube tais como Alfredo Vaz Pinto, João Lagos, entre outros”, afirma.

ACADEMIA HOMENAGEIA GEZA TOROK O húngaro Geza Torok, reconhecido mundialmente no ténis, deu vida e alma ao clube, sendo o principal responsável pelo ensino e formação de várias gerações de jogadores. Criou campeões, difundiu o seu conhecimento através da organização de campeonatos e era bastante exigente com os alunos que mais tarde o sucederiam, como Olívio Silva ou

Alfredo Vaz Pinto. Inspirado pelo presença incontornável de Geza Torok na história do clube, desde que é presidente, há dois anos e meio, o objetivo de Luís Campos Guerra foi criar a Academia em memória ao professor desaparecido que trabalhou no clube, a partir dos anos 50. “O Geza está associado ao início da formação e ao ensino do ténis no Estoril, foi inclusivamente agraciado pelo Presidente da República com a medalha da

ordem de mérito. Passaram por ele grande parte dos bons jogadores de Portugal. A nossa equipa veterana de campeões nacionais é constituída maioritariamente por alunos do Geza ” diz, esclarecendo: ”Eram meninos da geração de 60, tem todos mais de 55 anos e são os bi-campeões nacionais”. Para Campos Guerra “o prestígio de uma escola faz-se à la longue, não de um dia para outro”. Atualmente, há cerca de 380 alunos na formação, com 11 professores. “Conseguimos reestruturar a escola de Ténis do Estoril e simultaneamente criamos a academia que é um espaço destinado a dar um boost aos melhores alunos. Não é propriamente um centro de alto rendimento, mas um projeto para jogadores que são altamente talentosos” refere, adiantando que “não se trata apenas de jogarem ténis três vezes por semana mas de dar-lhes uma noção do que é ter um treino mais exigente”. Assim, dentro da escola de ténis, surgiu um núcleo que é a academia Geza Torok com as diversas componentes da alta competição, apoio psicológico, nutrição, fisioterapeuta e também um regime de ensino mais intenso. “Estão 24 atletas inscritos que vão descobrir se realmente o ténis é aquilo em que querem apostar. A escolha passa pela decisão do atleta, dos pais e do clube. Queremos ser uma referência e estamos a proporcionar uma preparação muito especializada”, explica. Campos Guerra diz que o CTE conjuga “o ténis de lazer, o ténis

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social e a formação”. Revela que começou a jogar no Estoril com 9 anos. “Estou a desempenhar estas funções porque o clube também me ajudou a mim, na minha formação. Passei as tardes da minha adolescência a jogar ténis, a fazer amizades, a saber ganhar e perder, a aprender a ser resilien-

cidade semanal e um mensal. Em parceria com a FPB organiza também cursos de iniciação ao bridge. “Temos cerca de 90 jogadores e promover a iniciação é uma forma de rejuvenescer e dinamizar a modalidade”, afirma. Com a pandemia algumas das atividades do clube como as dan-

rir estas instalações. As grandes intervenções no clube são financiadas pelo Estado, pela Câmara de Cascais” esclarece, garantindo: “o objetivo não é a obtenção de lucro, é sim a formação e a componente social, privilegiamos o nosso contributo para a comunidade.”

um longo período com aulas por vídeo conferência, mantendo o contacto quer com os associados quer com os alunos. “Consideramos que o clube tinha também um papel a desempenhar no sentido de apoiar os seus sócios. Uma vez que todos se estavam a isolar, quisemos

te, a conciliar os meus estudos com a minha atividade profissional e de lazer. Portanto, o clube também é um bocadinho escola de vida, não só escola de ténis mas escola de vida e é este aspecto fundamental que tentamos manter”. Recorda ainda que, em miúdo, assistiu no court central do Estoril ao primeiro torneio Prize Money, realizado em Portugal. O CTE é um clube com 800 sócios. No fundo, está a meio caminho entre o ensino do ténis para jogar bem e a alta competição. Possui ainda uma acolhedora e emblemática sala para a prática diária do Bridge – um desporto cerebral. Inscrito na Federação Portuguesa de Bridge, o clube realiza três torneios com periodi-

ças de salão e o bridge, este último com jogadores com uma faixa etária mais elevada, deixaram de se praticar. “O CTE tem essa caraterística apostamos tanto no mini-ténis como na alta competição, temos desde míudos com cinco anos a jogadores de ténis e bridge com 80/90. No clube, juntam-se muitas vezes os netos com os avós. Achamos que este deve ser um espaço de encontro de gerações e que a família deve ter acesso a diversas atividades”, diz. Nesse sentido, o CTE concluíu a obra de reconstrução/requalificação da piscina que seria inaugurada este ano mas face à conjuntura o evento ficou adiado. “Somos uma instituição sem fins lucrativos, basicamente, estamos a ge-

“QUANDO O CLUBE SE PREPARAVA PARA AS COMEMORAÇÕES, A PANDEMIA DEITOU TUDO POR ÁGUA A BAIXO”

que não perdessem a relação que tinham connosco. Quisemos saber se as pessoas estavam bem, se precisavam de alguma coisa, principalmente, os sócios mais idosos” refere. Realça que nesta matéria apostaram nas redes sociais: “entre março e abril, houve exercícios e aulas online, apoio à nutrição, divulgou-se a história do clube por capítulos, entre outras ações”. No âmbito da pandemia, para além de muitos jogos nacionais, o clube também cancelou o Millennium Estoril Open que entrou no mapa dos torneios do ATP World Tour, em 2015. “Obviamente, o cancelamento da nossa competição mais importante trouxe alguns dissabores. Para um clube

Este ano, as comemorações do Jubileu do clube, a exemplo de outros eventos, foram suspensas, devido à pandemia. “Limitamo-nos a celebrar os 75 anos de uma forma símbolica. Atualizamos o logotipo do clube, fizemos a revisão e a renovação da imagem, para ficar mais adaptada às plataformas do século XXI. Adotamos novas formas de comunicação, às quais fomos obrigados a recorrer, quando em Março, tivemos de fechar” diz Campos Guerra. Nessa altura, durante o Estado de Emergência, o CTE esteve

que não visa o lucro e que vive da utilização dos campos, das quotas e dos pagamentos das mensalidades das aulas, o facto de fecharmos implica cortar tudo. Houve situações mais complicadas mas que felizmente conseguimos ultrapassar através da dinâmica nova que entretanto foi criada. Perdemos praticantes, tínhamos cerca de 330 e registamos desistências de praticamente um 1/3 dos alunos, ficamos com cerca de 200”, diz Campos Guerra. Mal foram reabertos os clubes e fruto da relação que conseguiu estabelecer e manter, durante o confinamento e o encerramento das instalações, o CTE teve um retorno relativamente rápido dos alunos que tiveram a sorte da modalidade base ser efetivamente o ténis. “É um dos desportos mais seguros, tal como o golfe e o padel. Aliás, temos umas instalações novas de padel que estão a ser finalizadas (sete campos, quatro cobertos e três descobertos)” refere. Em relação ao ténis sustenta: “os campos são enormes e bastam duas pessoas lá dentro”. Inicialmente, em conjunto com a Federação Portuguesa de Ténis foram seguidas as instruções da Direção Geral de Saúde. “Até introduzimos soluções novas pedindo aos jogadores que trouxessem, cada um, a sua própria lata de bolas” diz. Entre outras medidas, acrescenta que “o clube mudou as entradas, as instalações estavam fechadas e só havia acesso aos campos. Não havia balneário para os atletas” refere Campos Guerra para concluir: “Adaptamos-nos de forma a que as pessoas pudessem vir jogar e manter a sua sanidade mental. Se temos por hábito fazer exercício, duas, três vezes por semana, ou seja, dar umas pancadas na bola e libertar um bocadinho de stress, é importante em termos de saúde continuar a fazê-lo, se não o fizermos não ficamos bem. Por essa razão, tentamos encontrar as maneiras mais seguras dos nossos sócios e alunos praticarem desporto”.

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Desporto

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CÂMARA DE CASCAIS

“OS CLUBES PRECISAM DE SE REINVENTAR”

Autarquia concedeu em julho 360 mil euros em apoios diretos às coletividades que receberam ainda a receita do Programa das Máscaras Acessíveis. Desinfeção dos espaços e testes rápidos foram também aposta na luta contra a Covid-19, diz o vereador Frederico Nunes.

Câmara Municipal de Cascais (CMC) decidiu em março deste ano antecipar-se e uma semana antes de ser decretado o Estado de Emergência recomendou aos 82 clubes, associações e escolas públicas do concelho que encerrassem a atividade desportiva. Frederico Nunes, vereador com o pelouro do desporto afirma que “o Município quis estar um passo à frente e no princípio da pandemia mais do que reagir era preciso agir”. Neste ano ensombrado pelos riscos da Covid-19, o diálogo entre a autarquia e os clubes foi intenso. “Agora, em dezembro, atribuímos 300 mil euros, através de candidaturas para instalações novas, equipamentos, fardamentos, transportes e eventos” diz Frederico Nunes. Em declarações ao Costa do Sol Jornal, este responsável acrescenta que “as coletividades podem ao longo do ano candidatar-se às verbas cabimentadas pela CMC” que dispõe de um orçamento para o desporto de dois milhões de euros. Numa primeira fase, os clubes “responderam bem” e participaram no programa de desinfeção das ruas que a autarquia promoveu. “Fizemos formação e entregamos equipamentos e produtos para desinfeção do espaço público exterior, como pulverizadores e virucidas, mas também para o interior, facultando materiais específicos que permitiram a respectiva reabertura a sócios e atletas. Facultamos ainda material de proteção individual, máscaras, luvas, álcool gel ”, explica Frederico Nunes. Outra das medidas implementadas foi envolver os clubes que quissessem aderir ao projeto das máscaras acessíveis, em vigor desde o início da pandemia. “A receita reverteu para 40 coletividades. Foram vendidas 540 mil máscaras e angariados 148 mil euros”, esclarece. Em julho, a CMC concedeu um apoio extraordinário direto de 360 mil euros para incentivar a reabertura das atividades desportivas e em janeiro abrirá novos concursos para a aquisição de transportes e realização de obras. “Estamos conscientes de

que há muitos clubes com atletas e praticantes que não estão a pagar as mensalidades”, sublinha Frederico Nunes, adiantando que “a crise está a afetar muito as famílias que passaram a depender dos rendimentos de apenas uma pessoa do agregado fami-

liar”. Face à difícil realidade, a autarquia reforçou o suporte financeiro aos “clubes que não tem fins lucrativos e prestam esse serviço à comunidade”. Em Cascais, houve clubes que perderam modalidades. A título informativo, refira-se

que em 2019, cinco federações (andebol, basquetebol, voleibol, futebol e futsal) reuniam juntas 220 mil atletas inscritos mas em 2020 esse número caíu para 46 mil atletas federados. “É uma quebra de 77 por cento. Os escalões da formação foram os mais afetados. Por outro lado, os clubes dependem de patrocínios, que este ano deixaram de ter” diz o vereador. Ainda no âmbito da pandemia, a Câmara Municipal de Cascais disponibilizou em abril, 1800 testes ao covid-19 para que os clubes testassem os seus funcionários e dirigentes. Em novembro, voltou a disponibilizar mais 2300 testes aos clubes para situações de emergência. “Cada teste custa 25 euros no mercado” afirma Frederico Nunes, referindo que “mais uma vez investiu-se na formação para que os clubes pudessem realizar os seus próprios testes”. A nível de desporto escolar, que mobiliza 3800 alunos no concelho, as atividades foram canceladas a 13 de março e ainda não foram retomadas. “As escolas ainda não estão preparadas, apenas as aulas de educação física estão a ser realizadas e com muitas restrições” sublinha o responsável. Por outro lado, muitos dos eventos em que a autarquia colaborava foram cancelados como o Iron Man, o World Padel Tour, o Estoril Open, o Swin Challenge, o Troféu de Atletismo, a Mini-Maratona, entre outros. “Este ano, apenas conseguimos realizar cinco corridas com as três categorias que compõem o FIM CEV: Mundial de Moto3 Junior, Europeu de Moto2 e European Talent Cupe no Autódromo do Estoril e a Taça Cascais de futsal e futebol” conta. Muitas competições foram adiados para 2021. “Sendo certo que há vacina a partir de janeiro, penso que até ao próximo Verão, a atividade vai estar condicionada. Estamos todos a aprender com isto, há eventos possíveis de se realizar outros não. Neste contexto, os clubes precisam de se reinventar. Há eventos que não são comportáveis sem público, que não são financeiramente viáveis”, explica.

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Desporto

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CÂMARA DE OEIRAS

“O DESPORTO NÃO PAROU, NEM VAI PARAR”

O vereador do desporto Pedro Patacho fala dos apoios extraordinários de 250 mil euros que o Município concedeu aos clubes para que nenhum deixasse de ter atividade por falta de meios e capacidade de investimento.

onsciente do impacto no desporto que a pandemia de Covid-19 está a provocar, a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) esteve empenhada na retoma segura da atividade dos 70 clubes do concelho. Em entrevista ao Costa do Sol Jornal, o vereador com os pelouros do Desporto, Educação, Bibliotecas, Juventude e Agenda para a Ciência e Inovação, Pedro Patacho, afirma que “à semelhança da educação, as coletividades desportivas foram numa primeira linha as mais afetadas” por essa razão, “em junho, foi desde logo prestado apoio técnico e documentação de suporte para prepararem uma reabertura progressiva, depois da situação de emergência nacional”, seguindo todas as recomendações das federações desportivas e da DGS. Nessa altura, para além das medidas de segurança adotadas foram também elaborados planos de contingência para os clubes que mobilizam 18 mil praticantes no município. “A nossa preocupação foi manter as equipas técnicas coesas e fornecer material de proteção individual e de higienização dos espaços” diz Pedro Patacho, acrescentando que “as situações foram avaliadas, caso a caso” e em máscaras, álcool gel, viseiras, termómetros e testes foram investidos 20 mil euros por parte da autarquia. O desporto em Oeiras movimenta por ano 6.5 milhões de euros e tem uma taxa média de crescimento de 13% . A CMO atribui anualmente às coletividades 1.5 milhões de euros, através de concursos públicos para obras e equipamentos, atividade regular e eventos pontuais. “É um setor Publicidade

CSJ 5346

muito dinâmico e houve clubes com quedas de receitas muito acentuadas, já que 55% dos praticantes tem uma idade inferior aos 18 anos e pertence aos escalões de formação, os mais críticos nestes meses de pandemia” refere o autarca. Para minimizar a crise, foi ainda aprovada uma verba excecional de 230 mil euros, concedidos em Outubro. “Estivemos

a acompanhar de perto as coletividades para que não deixassem cair modalidades e mantivessem as suas equipas técnicas, na próxima época. Nenhuma fechou as portas. Antecipamo-nos e quisemos saber, enviando questionários, qual tinha sido o impacto da crise e quais eram as suas necessidades. Não deixamos cair os clubes” esclarece Pedro Patacho.

Por outro lado, a nível de atividade desportiva municipal, o desporto em Oeiras também “não parou, nem vai parar ”sublinha o responsável. O Programa Fit Sénior (de envelhecimento ativo destinado a munícipes com mais de 65 anos que envolve entre 1500 a 1700 pessoas) regressou logo em junho com as adaptações necessárias -

aulas ao ar livre para grupos de 10 participantes e com programas de treino personalizados, a serem realizados em casa. As piscinas municipais foram as primeiras da Área Metropolitana de Lisboa e do País a serem reabertas ao público. Em relação à Corrida do Tejo foi reiventada nesta edição de 2020: “Desafiamos 5 mil concorrentes a serem mais ativos, a correrem os 10 mil metros como e quando quisessem e a contribuírem de forma solidária para financiar a compra de uma nova carrinha para a Santa Casa de Misericórdia de Oeiras que dá apoio na distribuição alimentar dos mais carenciados” explica o vereador, recordando ainda a prova de triatlo que contou com cerca de 400 atletas federados. Neste momento, a autarquia já está a trabalhar para que as atividades desportivas, nomeadamente, o Troféu das Localidades e os Jogos de Oeiras (para toda a família com especial enfoque nas crianças dos seis aos sete anos e jovens), interrompidos em março, possam regressar em pleno em 2021, embora com todas as medidas necessárias neste período excecional que estamos a viver. “Com determinação, com um bom planeamento e trabalho conjunto com os nossos clubes, o desporto em Oeiras não vai parar” garante Pedro Patacho, concluindo: “a pandemia de covid-19 está a condicionar não só as nossas vidas mas também a forma como fazemos desporto mas mesmo que existam variáveis desconhecidas, acreditamos que estamos preparados para apoiar os clubes, inclusive, com verbas excecionais a serem atribuídas para o ano, se vier a ser necessário”.

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COSTA DO SOL JORNAL 61

PANDEMIA

ATLETAS SUPERAM RESTRIÇÕES NOS TREINOS E AUSÊNCIA DE COMPETIÇÕES NACIONAIS

Depois de meses sem competir e com treinos repetitivos de kickboxing sem contacto físico, a KMT-Associação Moreira Team mantém as atividade e o trabalho de inclusão pelo desporto.

om as restrições aplicadas “deixou de haver combates e demonstrações o que me deixa desmotivado para treinar” afirma Tiago Ruivinho, campeão de Lisboa e vice-campeão nacional. Atleta da Moreira Team, que nasce em 2018, nos bairros sociais Alto da Loba e do Bugio, Tiago Ruivinho está a exemplo de outros atletas com “saudades dos treinos de competição e das provas de kickboxing.” A partir do projeto desenvolvido por Elson Moreira, em 2013, no centro Comunitário do Alto da Loba, a Moreira Team, foi fundada com objetivo social de promoção, realização de atividades desportivas, educativas, recreativas e culturais, através do enfoque na prática da modalidade. Atualmente, a Moreira Team realiza cinco aulas por semana, abrangendo cerca de quarenta e cinco atletas e respetivas famílias. As crianças, jovens e adultos são provenientes não apenas do Alto da Loba e Bugio, mas também do Pombal, Lage e Leceia. O Projeto Oeiras tem Kick teve início em Outubro de 2019, no bairro Municipal dos Navegadores, chegando a reunir 57 praticantes e respetivas famílias. Este ano, o número decresceu face à conjuntura provocada pela pandemia e o cenário, nos últimos meses, é de jovens atletas, mais especificamente atletas de competição desmotivados.

“Nós saímos de casa com vontade de praticar dois a dois” diz Samuel Jesus, acrescentando que “o contacto nos treinos é que faz o kickboxing ter vida”. As competições são o que mais “motiva a treinar”, já que ambicionam

“ser os melhores na categoria”. Samuel Jesus refere ainda que, neste momento, estão a praticar kickboxing dentro do ginásio, com limite de pessoas, restritos “apenas à parte técnica, saco e condição física”. O jovem Rui Rafael Gonçalves partilha o mesmo sentimento: “Esta pandemia tem estragado os meus planos como atleta” desabafa. Depois de ter perdido o primeiro combate no campeonato de Lisboa ficou “um pouco em baixo” e o que o manteve “mais descontraído” foi haver uma competição calendarizada para maio e ainda o campeonato de jovens promessas. Mas nenhuma das provas se realizou. “Estou sem vontade nenhuma de treinar, mesmo que treine não é a mesma coisa, a intensidade não é a mesma, a minha rotina de atleta está longe de ser o que era” confessa . Mónica Maocha da Moreira Team explica que na Associação estão preocupados e “têm feito todos os esforços para que os atletas fiquem mais motivados, diversificando a atividade nos treinos”. Mas de acordo com a Direção Geral de Saúde “não podem mesmo treinar dois a dois”. Segundo esta responsável, o que mais desejam é que em 2021 “as restrições sejam levantadas” para poderem regressar à normalidade e “continuar o trabalho em prol da Comunidade”.

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Informação Geral

62 COSTA DO SOL JORNAL DESAFIO

16/12 a 23/12 de 2020

SOLIDARIEDADE

Solidariedade no pódio A prova “Cascais-Corrida de Natal” já conta com mil participantes e decorre até dia 20 de dezembro.

MOTARDS VESTIDOS DE PAI NATAL VISITAM FAMÍLIAS CARENCIADAS

Motoclube da Vila de Cascais mantém tradição e até seis de janeiro vai entregar brinquedos às crianças menos favorecidas do concelho.

irtual e solidária, a primeira edição da “Cascais - Corrida de Natal” quer colocar a solidariedade no lugar mais alto do pódio. Por isso, desafia os municípes a correr 10 quilómetros ou caminhar cinco quilómetros com o espírito de ajuda aos mais necessitados. As inscrições são online e custam cinco euros e serão transformadas em donativos para reforçar o apoio às famílias mais vulneráveis da comunidade. Os atletas podem realizar a corrida ou a caminhada até 20 de dezembro, a qualquer hora e em qualquer lugar, respeitando as normas impostas pela Direção-Geral da Saúde, sendo responsáveis pela cronometragem da sua atividade física. O kit (t-shirt e dorsal) é enviado para casa dos participantes pelos CTT – Correios de Portugal, que apoiam a iniciativa. Além disso, o valor de cada inscrição será duplicado pela Câmara Municipal de Cascais. Também o LIDL e o ALDI se associaram a esta prova e garantem cada um sete mil euros em bens alimentares. O objetivo é evitar aglomerados e abastecer as caixas solidárias espalhadas por Cascais. “São tempos difíceis aos quais temos que nos adaptar” diz o presidente da autarquia, Carlos Carreiras, acrescentando que “este Natal é preciso correr de uma forma diferente e mais solidária. A pandemia deixou muitas famílias em grandes dificuldades, a começar pela falta de alimentação. Temos 1000 participantes já inscritos e queremos mais porque esta é uma causa que todos devemos apoiar”.

Pai Natal vai chegar de moto a casa de 30 famílias em situação económica difícil. Até ao Dia de Reis um grupo de motards vestidos à rigor para a época natalícia vai percorrer a zona de Murches, Zambujeiro, Janes, Charneca, para entregar brinquedos a crianças carenciadas. Apesar da pandemia, a tradição deste desfile, iniciada ano passado, mantém-se e os sócios do Motoclube da Vila de Cascais (MCDVC) unem-se nesta ação de solidariedade social “Recebemos da Câmara de Cascais a árvore solidária e nós como outros clubes e associações do município participamos em iniciativas de apoio às famílias” afirma Rui Costa, vice-presidente e um dos fundadores do MCDVC, acrescentando que “ano passado o grupo era maior, este Natal, como é recomendável seguir as recomendações da

Direção Geral de Saúde, serão apenas 5 ou 6 motos, para evitar aglomerados”. Neste momento, o MCDVC está a fazer a recolha de brinquedos na recém construída sede no Parque Urbano Penhas do Marmeleiro. Entre as 9 da manhã e a uma da tarde, aos fins de semana, quem quiser pode entregar brinquedos novos ou usados para crianças dos 0 aos 12 anos e colaborar com a causa. Em relação à nova sede que causou polémica este ano porque os moradores se opuseram à construção ainda não foi inaugurada mas está concluída há dois meses: “as pessoas já perceberam que é um escritório, um ponto de abrigo para os sócios e um sítio onde os orgãos oficiais do clube se reúnem e não um local para festas de motards”, esclarece Rui Costa O MCDVC foi fundado há 8 anos e conta com

110 sócios. Em termos de atividades organiza passeios, viagens, pequenos almoços, almoços e jantares para angariar verbas para projetos na área social. “Oferecemos à AMI cerca de mil euros para apoiar as vítimas do furacão em Moçambique. Também já organizamos um desfile, onde fomos vestidos de Pai Natal, levar brinquedos à Aldeia SOS. São quotizações e ações que fazemos com a prata da casa”, diz Rui Costa, explicando que a vantagem de pertencer a um clube como o Motoclube da Vila de Cascais é “a segurança de se poder andar de moto na estrada em grupo” e também “a rede de relações criadas”. “Temos médicos, advogados, todo o tipo de profissões, apoiamo-nos mutuamente e queremos dar o nosso contributo à comunidade”refere ainda Rui Costa.

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