Costa do Sol - Jornal | 17 de Julho

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Semanário Regional de Cascais

Quarta-feira

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Oeiras

17 a 23 de julho de 2019 Ano VII | N.º 290 | €0,01 Diretor Henrique Jorge Santos

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ALCABIDECHE PROMOVE FEIRA

“EDIFÍCIO AMARELO” FOI INAUGURADO APÓS 20 ANOS

Nova casa para a PSP de Cascais

A junta de freguesia vai promover a primeira Feira Saloia em Alcabideche. O evento realiza-se entre 18 e 21 de julho no complexo desportivo. Pág. 02

NOS ALIVE’20 COM DA WEASEL

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Ornatos Violeta e Grace Jones foram dois dos momentos altos da edição 2019 do festival NOS Alive. Mas agora é tempo de se preparar a próxima edição. Pág. 05

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CARCAVELOS EM FESTA

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A sardinhada no dia 20 de julho é um dos momentos altos das Festas de Carcavelos e Parede. Mas a música continua a ser o prato forte.

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SONS DA TERRA EM BARCARENA

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Ana Moura e Vitorino vão ser os destaques do Festival Sons da Terra, que se realiza na Fábrica da Pólvora de 19 a 21 de julho. O primeiro dia tem entrada gratuita. Pág. 13

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Informação Geral

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17 a 23 de julho de 2019

DE 18 A 21 DE JULHO

FEIRA SALOIA EM ALCABIDECHE

Durante quatro dias haverá música e gastronomia no complexo desportivo.

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em aí a primeira edição da Feira Saloia de Alcabideche. Entre 18 e 21 de julho, o Complexo Desportivo de Alcabideche vai acolher uma feira que contará com várias atividades, a começar pela animação musical. No dia 18, quinta-feira, o programa arranca com a atuação de Rui Terrinha, a partir das 20h00m. Ludgero é o artista convidado para o dia 19 de julho (20h00m). Já no sábado, dia 20, sobe ao palco Mário Capote, também às 20h00m. No domingo,

para encerrar o evento, o destaque vai para a atuação do Rancho Folclórico do Zambujeiro e do conjunto de Concertinas de Cascais. Porém, a primeira Feira Saloia de Alcabideche inclui ainda artesanato, fumeiro, queijos, doçaria, licores e muito mais. A iniciativa de entrada gratuita é promovida pela Junta de Freguesia de Alcabideche e conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.

FEIRA MEDIEVAL

Carnaxide viajou no tempo CSJ 4766

Recriações históricas marcaram o evento.

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ecorreu no Centro Cívico de Carnaxide a segunda edição da Feira Medieval de Carnaxide. O evento promovido pela União de Freguesias de Carnaxide e Queijas teve como objetivo “recriar um ambiente em que todos possam ser transportados para a época medieval através de uma envolvência entre

a decoração, espetáculos diversos, aromas e sabores desse tempo”. Recriação de momentos históricos medievais, combates de espadas, rituais medievais bem como musica da época e dança oriental fizeram parte da festa que contou com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras.

PROJETO “NÓS PROPOMOS”

Cascais promove cidadania ativa

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ealiza-se hoje, 17 de julho, o primeiro Encontro da Rede Internacional de Municípios “Nós Propomos” no Centro Cultural de Cascais. O objetivo é a promoção de “uma cidadania local ativa e a inovação na educação geográfica”, revela a Câmara de Cascais em comunicado. Organizado pela autarquia de Cascais, este primeiro encontro vai contar ainda com a participação das Câmaras Municipais

de Almada, Cadaval, Câmara de Lobos, Gaia e Loures. No evento será também assinada a Carta de Compromisso entre os municípios que pretendam integrar a rede. O Projeto Nós Propomos@Cascais! é promovido pela autarquia de Cascais, em parceria com o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, e “visa aproximar o poder local das comunidades e contribuir para o desenvolvimento sustentável do território”.

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Encontro conta com a participação de ouros municípios nacionais.


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17 a 23 de julho de 2019

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CHEGOU AO FIM LONGO PROCESSO DO “EDIFÍCIO AMARELO”

DIVISÃO DA PSP DE CASCAIS INAUGURADA APÓS DUAS DÉCADAS DE ESPERA

Carlos Carreiras fala de “um final feliz graças à teimosia da autarquia”. O ministro da Administração Interna realçou o “brio dos profissionais” que esperaram por este momento.

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Divisão da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Cascais dispõe a partir desta terça-feira de novas instalações, uma infraestrutura que era aguardada há mais de duas décadas e que representou um investimento de 2,9 milhões de euros. O processo para a construção do edifício, que fica situado na avenida Engenheiro Adelino Amaro da Costa, teve início em 1994, tendo as obras chegado a arrancar em 2000. No entanto, problemas com os empreiteiros fizeram com que a sua construção ficasse a meio, sendo retomada apenas em 2016, após a Câmara Municipal de Cascais se ter assumido como “dona da obra”. As dificuldades para a concretização da obra foram realçadas durante a cerimónia de inauguração das instalações, pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras. “Uma obra esperada há décadas, em que vários percalços ocorreram com as empresas, com momentos de decisão que não permitiram concretizar a obra. O que temos neste momento é realçar o brio dos profissionais da PSP que aqui serviram a população de Cascais e os portugueses em condições precárias”, sublinhou Eduardo Cabrita. “Esta parceria com os municípios nas instalações é decisiva, por isso temos dado prioridade a que os concursos sejam lançados pelas Câmaras Municipais e até o próprio acompanhamento de obra seja feito por estas”, sustentou o ministro.

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Foto: CMC

“Neste momento temos que realçar o brio dos profissionais da PSP que serviram a população de Cascais e os portugueses ao longo destas décadas de exercício de funções em condições precárias e olhar com muita satisfação para um novo tempo que hoje aqui começa”, afirmou Eduardo Cabrita. No mesmo sentido, Carlos Carreiras lamentou a demora na con-

cretização desta obra, que, no seu entender, só tem “um final feliz graças à teimosia da autarquia”. “Em Portugal ser teimoso vale a pena e, portanto, fomos muito resilientes. Deixar um registo aqui a todos os homens e mulheres que servem na polícia de Cascais e que estavam em condições infra-humanas e nunca deixaram de servir a população”, vincou.

E acrescentou: “Cascais ganha com esta nova Divisão, mas os verdadeiros homenageados são estes homens e mulheres” O novo edifício da divisão da PSP de Cascais (também conhecido por “edifício amarelo) alberga as secções de armas e explosivos, apoio geral, operações e informações, sistemas de informação e comunicações, recursos humanos,

logística e escalas. Inclui, ainda, as esquadras de trânsito, intervenção e fiscalização policial e investigação criminal, alojando cerca de quarenta elementos por turno, num total de 200 efetivos. O edifício comporta ainda um espaço de alojamento com 32 quartos. Com Lusa


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TRIBUNAL DE CONTAS DÁ LUZ VERDE

“Cruzeiro” pode avançar Projeto apresentado em 2016 revela um novo espaço cultural para o concelho.

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novo projeto para o edifício Cruzeiro no Monte Estoril foi apresentado no final de 2016 mas só agora recebeu o visto do Tribunal de Contas. “Finalmente, tivemos o visto do Tribunal de Contas para começar as obras no Edifício Cruzeiro”, revelou Carlos Carreiras, à margem da inauguração da nova exposição de Paula Rego. O presidente da Câmara Municipal de Cascais lembrou que “na altura da abertura da Casa das Histórias Paula Rego também enfrentámos vários entraves”. A cargo do arquiteto Miguel Arruda, a requalificação do Edifício Cruzeiro, considerado o primeiro centro comercial do país, vai permitir acolher a Vila das Artes de Cascais, um polo cultural dedicado às artes performativas que inclui uma escola de teatro, um centro de formação de artes audiovisuais, uma biblioteca e uma sala de espetáculos com 400 lugares. “Enquanto no Bairro dos Museus temos acima de tudo as artes plásticas, o Cruzeiro será a base da Vila das Artes e estará mais dedicado às artes performativas”, explicou Carlos Carreiras.

17 a 23 de julho de 2019

ISALTINO REVELA NOVO PROGRAMA PARA CLASSE MÉDIA

MAIS 14 FAMÍLIAS COM CASA NOVA EM OEIRAS A habitação “foi definida como prioridade há muitos anos”, disse o autarca.

Esta é a atividade mais gratificante para o município e para mim em particular”, afirmou Isaltino Morais durante a cerimónia de entrega das chaves de novas habitações atribuídas a 14 famílias de Oeiras. Segundo o presidente da autarquia, a habitação “foi definida como prioridade há muitos anos” e, defende, “esteve na base daquilo que é o ordenamento do território” que se verifica hoje em Oeiras. O autarca adiantou ainda que esta aposta “permitiu criar qualidade de vida e atrair empresas, o que nos permitem obter rendimentos para distribuir pelos que mais necessitam”. Durante a cerimónia, Isaltino Morais revelou que a Câmara de Oeiras está “em fase de lançamento de um programa de habitação (com cerca de 500 casas disponíveis) que irá responder às necessidades de famílias numerosas que vivem em bairros municipais”, mas “também para responder a classe média e média/baixa que não conseguem arrendar casa ou comprar”. Nove dos fogos municipais atribuídos pela autarquia oeirense na passada semana vão ser disponibilizados a famílias com pedidos registados no âmbito do Programa

Observatório. Os restantes cinco são para famílias residentes no Bairro dos Corações, empreendimento atualmente em fase de extinção. Em comunicado, a Câmara Municipal de Oeiras revela que, “do universo das nove famílias a realojar no âmbito do Observatório, verifica-se que o tipo de família com mais

expressão é a tipologia denominada por Isolados”. Relativamente aos fogos atribuídos, “as tipologias distribuídas por diversos empreendimentos com maior expressão são T1, sendo que três destas encontram-se inseridas na Unidade Residencial Madre Maria Clara”.

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FESTIVAL REGRESSA EM 2020 E JÁ ANUNCIOU OS DA WEASEL

A CIÊNCIA DA MÚSICA DO NOS ALIVE

Os regressos aos palcos de bandas portuguesas estão a tornar-se numa tendência no NOS Alive. Depois dos Ornatos Violeta nesta edição, em 2020 será a vez dos Da Weasel.

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oana Silva e Beatriz Mourato são apenas dois nomes entre os milhares que entre os dias 11, 12 e 13 de julho estivaram no Passeio Marítimo de Algés para mais uma edição do NOS Alive, a 13ª. Porém, Joana e Beatriz não estiveram no festival pela música, mas sim pela ciência. As duas foram as vencedoras em 2018 das bolsas de investigação científica promovidas pela Everything is New, empresa produtora do festival, e o Instituto Gulbenkian de Ciência, sediado em Oeiras. Esta parceria é das mais longas do NOS Alive e que acontece desde a primeira edição, em 2007. E mesmo para as bolseiras não deixou de ser estranho um festival de música estar associado à investigação científica. “Fiquei a conhecer da bolsa quando vim ao festival NOS Alive no ano passado e tive a oportunidade de falar com um dos bolseiros que tinha ganho em 2017”, conta Joana Silva ao Costa do Sol - Jornal, que logo concorreu à bolsa. “Tinha acabado o mestrado e Foto: Hugo Macedo

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que concluíram os seus projetos de investigação”. E acrescenta: “isto é uma oportunidade fantástica para que, no final da licenciatura, os estudantes possam trabalhar em laboratório com investigadores e com a excelência da investigação que é feita no instituto”. Depois “ainda têm a oportunidade de, dentro deste projeto, ir a um instituto fora do país. É ótimo para alargar a rede de contactos, para experimentar outras realidades e ajuda-os a definir um pouco a sua carreira científica no futuro”.

não sabia se havia de fazer investigação ou se havia de ir para a indústria e a bolsa deu-me a oportunidade de prosseguir”, relata. Licenciada em Bioquímica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa conta que o processo

foi bastante simples: “enviar o CV, uma carta de motivação e escolher os projetos”. Joana Silva sublinha que “os festivais desta magnitude conseguem chegar a milhões de pessoas e ter um evento com NOS Alive a

promover a ciência mostra que a ciência não tem de ser um bicho de sete cabeças e que qualquer festivaleiro, que esteja na área das ciências, tem a oportunidade, com a ajuda do NOS Alive, de puder fazer aquilo que gosta, que é a investigação. Já Beatriz Mourato encontrou o projeto das bolsas de investigação do NOS Alive através da internet. “Não queria ao princípio muito bem acreditar”, recorda, “mas agora estou aqui”. “Estou a investigar se as populações de espécies que nós temos atuais, se no passado eram grandes ou pequenas, e como é que se desenvolveram ao longo do tempo. Ao estudarmos isto conseguimos perceber padrões e aplicar agora no presente, com o problema da conservação de espécies, e saber se estão em risco de desaparecer”, revela. Como refere Ana Morais do Instituto Gulbenkian de Ciência, “atualmente já temos 18 bolseiros

2020 A 13ª edição do NOS Alive terminou no sábado ao som dos The Chemical Brothers. Mas foram os Ornatos Violeta, que regressaram aos palcos para celebrar os 20 anos do álbum “O Monstro Precisa de Amigos”, Grace Jones, imparável aos 71 anos, Tash Sultana, os Idles e Jorja Smith que reuniram maior consenso. Isto apesar da presença segura dos The Cure, Vampire Weekend ou The Smashing Pumkins, os “cabeças-de-cartaz”. Outra banda em destaque nem precisou de atuar para criar alvoroço. Durante a conferência de imprensa de balanço do festival foi apresentado o regresso dos Da Weasel aos palcos, para um concerto único e exclusivo na edição de 2020 no NOS Alive, dez anos depois do fim da banda. “Estamos emocionados com este dia. Foi a altura certa , o pessoal estava para aí virado, falámos todos sobre fazer um concerto e estamos aí”, revelou Carlão à agência Lusa. O NOS Alive 2019 realiza-se novamente no Passeio Marítimo de Algés (vai ser assim pelo menos nos próximos quatro anos, como já tinha anunciado Isaltino Morais em 2018), nos dias 9, 10 e 11 de julho. Com os Da Weasel e muitos mais.


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Opinião

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Mais Cascais

“Palavras e sonhos”

Luís Miguel Reis

AS EMOÇÕES VÃO À ESCOLA

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o passado dia 4 de julho a Junta de Freguesia de São Domingos de Rana organizou o encontro “As emoções vão à escola? – A saúde mental na Escola de hoje”, um evento que contou com a presença de mais de 130 pessoas, em três painéis distintos, contando com a participação de psicólogos, psicanalistas, professores e ainda com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão. Ao fim de 15 anos do Projeto “Psicologia Clínica na Escola” dou naturalmente os parabéns à Junta de Freguesia de São Domingos de Rana, pela capacidade que teve, perante a solicitação das escolas do 1º ciclo do ensino básico, de criar uma estratégia de intervenção que envolve vários parceiros na identificação de situações do foro emocional que possam condicionar o processo educativo e consequentemente o sucesso escolar. Estou certo que esta estratégia cria uma capacidade acrescida de análise individual de cada caso, indispensável para uma pedagogia da diversidade, pois só depois de reconhecer as emoções, a sua força, aquilo que está na sua origem, será possível promover condições de intervenção capazes de dirimir, ou mesmo resolver em definitivo, circunstâncias que não intervencionadas poderão comprometer, não só o sucesso escolar, mas sobretudo o próprio desenvolvimento social e emocional dos nossos alunos. Um aluno com um problema, tenha ele a origem que tiver, está logo à partida condicionado no seu processo de aprendizagem, pelo que é primordial, antes de qualquer conteúdo pedagógico, percecioná-lo como um ser ativo que deve crescer saudavelmente, quer ao nível físico como intelectual e cognitivo e, que só depois dessa garantia, ele estará em igualdade de circunstâncias com os seus pares e com disponibilidade para o processo educativo. Este é um dos desafios nucleares que as Escolas hoje enfrentam. Garantir a igualdade de circunstâncias a uma diversidade de alunos, não só na perspetiva cultural, mas também do ponto de vista cognitivo e motivacional, tornando-se fulcral a capacidade de resposta aos diversos desafios socio-emocionais que interferem com a disponibilidade dos alunos para a aprendizagem. Trabalhar a autoconsciência, a ansiedade, a concentração, a cooperação, a resolução de conflitos, a empatia e sobretudo o controlo dos impulsos torna-se capital no desenvolvimento da inteligência emocional, essencial não só para um maior compromisso e envolvimento na escola, mas também no desenvolvimento de competências e estratégias sociais adequadas, fundamentais no dia-a-dia. Por isso este compromisso colaborativo entre as escolas e a Junta de Freguesia, com diversas fases evolutivas, cumpre na íntegra aquilo que deve ser a perceção da aprendizagem como um processo social – onde os alunos não aprendem sozinhos – fazem-no de forma colaborativa, com os seus professores, com os seus colegas, desejavelmente com o envolvimento das suas famílias e de outros parceiros da comunidade. Cumpre-me por isso testemunhar a dedicação e empenho de todos os parceiros envolvidos nesta abordagem sistémica e multidisciplinar que possibilita às crianças a promoção das suas capacidades e competências em espaço escolar.

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Maria Clotilde Moreira

PARA ALÉM DO VALLEY

É

com grande expectativa que os Oeirenses vão assimilando as notícias sobre as medidas que estão a ser implementadas para que Oeiras seja catapultada para as bocas do mundo. Com as vantagens competitivas que vão ser oferecidas, seja no capital humano, (diz-se que Oeiras tem a maior percentagem de alunos acima da média) ou nos parques empresarias que já existem como o Taguspark, a Quinta da Fonte…e nos que irão nascer, centros de investigação e até as apostas no Mar, Oeiras está em grande transformação e em muito pouco tempo será a “Silicon Valley portuguesa.” Depois temos grandes noticias como as expostas numa Assembleia Municipal que o SATUO vai renascer e em força. Afinal a estrutura que tem estado desactivada não está degradada e já há projectos para que siga para além do Cacém e com interesse de outras autarquias, noutra estrutura com condutor para facilmente as populações

se puderem deslocar rapidamente. Oeiras está também muito atenta ao problema dos lixos, assunto esmiuçado na Assembleia Municipal de 9 do corrente e que deve conduzir certamente ao nascimento de movimentos para sensibilizarem os oeirenses a uma mais correcta postura na separação e colocação nos contentores respectivos. Entretanto há coisas pequenas que tardam em ser resolvidas e que ajudaria quem cá vive e até abrir portas à fixação de mais jovens nestas nossas vilas e lugares. Refiro por exemplo o programa de Habitação Jovem que tenuemente tem sido desenvolvida. Continua a ver-se edifícios envolvidos em painéis indicando o seu fim mas tarda que sejam realmente intervencionados. Por exemplo em Algés na Av. da República o edifício deve estar assim há cerca de uma dezena de anos. O problema da habitação a preços acessíveis e para as classes de médios rendimentos está a tornar-se grave. A autarquia vem falando de projectos

em estudo mas tarda a sua concretização e estamos a ver que Oeiras se está a atrasar nesta área. Entretanto estão a sair leis a nível nacional sobre este assunto e já há autarquias a diligenciar para as acompanhar. E havendo no nosso Município um número razoável de casas vazias – algumas de entidades oficiais como a Santa Casa – não será possível que Oeiras rapidamente encontre meios de intervir directamente ou sensibilizando os proprietários com beneficio nos impostos para que essas casas sejam colocadas no mercado? E as casas abandonadas e a degradarem-se? Quando haverá uma intervenção? (Uma ressalva: Oeiras está a começar a pressionar o Governo e a intervir na recuperação de património do Estado como a Quinta Real de Caxias.) Por um lado Oeiras é a Valley portuguesa, por outro abundam edifícios a cair como se fossem restos do terremoto de 1755.

problema tremendamente sério, embora a este propósito funcione a “lei natural das coisas”, isto é, à medida que vamos crescendo vai aumentando a nossa capacidade de lidarmos e de gerirmos este tipo de situações. Daqui resulta um princípio universal: o estudioso obterá melhores resultados que o indolente e preguiçoso. Ainda a propósito de exames formais, costuma até dizer-se que “quem não estuda treme, quem estuda não teme” ou seja, se estudarmos nada temos a recear. Podemos sofrer um pouco mas, nota mais alta ou mais baixa, não haverá nunca azares de maior, enquanto as tremuras estarão sempre presentes para quem não se prepara convenientemente. De todo o modo é de saudar o facto de, vários países terem já eliminado os exames ao longo da escolaridade básica. Ainda bem! Esperemos igualmente que o nosso sistema de ensino vá arranjando novas fórmulas e novos métodos de avaliação, bem mais motivantes do que os actuais, onde haja espaço para reflectir e para criar. O

ideal seria que a educação estivesse integralmente focada na Pessoa. Só assim estaríamos perto do sucesso escolar. Não significa isto dizer que as escolas passariam a viver “no melhor dos mundos”, à boa maneira do Cândido de Voltaire, onde só existiria lugar para alunos atentos, estudiosos e pontuais. Pura ilusão… o reverso da medalha há-de existir, estejamos em Portugal, na China ou na Argentina, porque a categoria dos preguiçosos e dos indolentes é mais resistente que o aço! Eles andam por todo o lado! Felicite-se agora uma outra categoria no universo escolar: os bem-dispostos ou bem-humorados, aqueles para quem tudo está sempre bem, como daquela vez em que, não obstante o sério “sermão” da professora por causa de mais um atraso, o Carlos não tardou em responder, risonho como habitualmente: - Não foi a Setôra que nos disse um dia que nunca era tarde para aprender?

Reservas Manuel Machado

TEME E TREME…

S

e nas ciências da saúde os exames complementares como por exemplo as análises ao sangue ou as radiografias, frequentemente solicitadas pelos médicos, se destinam a ajudar a decifrar o problema do doente, nas ciências da educação os exames, ou a prestação de qualquer prova, escrita ou oral – terão como uma das finalidades, senão a principal, a obtenção de uma nota, de uma classificação que permita ao aluno aceder a novos patamares. Essa nota será tanto mais alta quanto melhor o aluno dominar os conteúdos transmitidos pelo professor/a. Ora, se é certo que, em última análise, os exames académicos servem para avaliar conhecimentos, não é menos verdade que também servem para testar a capacidade de se superarem medos e inseguranças, sobretudo de quem vai ser examinado. Claro que, para alguns poderá ser desafiante fazer as coisas sobre pressão, enquanto para outros, o lidar com a ansiedade pode tornar-se num

Ficha Técnica Costa do Sol jornal - Semanário Regional de Oeiras e Cascais Estatuto Editorial: www.facebook.com/CostaSolJornal Fundador: J. Elias Martins Proprietária: Teresa Diana Prada Martins Editor: Labirinto de Páginas Unipessoal, Lda. NIF: 510676448 Sede e redação: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 211 569 942 | 911 566 455

Diretor: Henrique Jorge Santos Redação: Carlos Gaspar da Silva E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Opinião: Alexandra Domingos, Clotilde Moreira, José d’Encarnação, Luís Miguel Reis, Manuel Machado, Nuno Piteira Lopes, Pedro de Sá, Rui Rama da Silva Secretariado: Deolinda Prada Martins Publicidade: Dina Oliveira e Bruno Antão E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt

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CSJ 4753

17 a 23 de julho de 2019

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SOLIDARIEDADE

Refood promove concerto Dia 29 às 15h00m.

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Informação Geral

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hama-se “Refado” e trata-se de um concerto solidário cujas receitas da bilheteira revertem a favor da Refood Cascais. O espetáculo realiza-se no próximo dia 20 de julho, sábado, pelas 15h00m, no Auditório da Srª da Boa Nova, na Galiza (Estoril). A entrada tem o custo de dez euros. Vários fadistas vão atuar neste evento, tais como, Tânia Oleiro, Teresa Siqueira, Gonçalo da Câmara Pereira, Salvador Taborda, Maria do Céu Crispim ou Rodrigo Rebelo de Andrade. A apresentação ficará a cargo de Diamantina Rodrigues e de Carlos Alberto Moniz. O concerto solidário da Refood conta com o apoio do Centro Paroquial do Estoril.

17 a 23 de julho de 2019

DE 19 A 28 DE JULHO

FESTAS ANIMAM PORTO SALVO Dez dias de animação nesta freguesia.

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ntre 19 de julho e até dia 28 vão realizar-se as Festas de Nossa Senhora de Porto Salvo. Durante dez dias, o Parque Manuel Pereira Caetano vai ser o epicentro da animação nesta freguesia. Para começar as festividades, foi convidada a banda IdeiaFix. No sábado, 20 de julho, destaque

para o concerto dos Ténis Bar. A missa e a procissão vão marcar a tarde do dia 21. Às 19h00m terá lugar o concerto da Banda da Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo. Seguem-se o grupo de dança NOS (19h30m) e a Banda Vítor Ginja (22h00m). No dia 22 de julho, atuam Jorge Neto e Juvino Varela. O fado de

António Pinto Basto marcará a noite do dia 23 de julho (terça-feira). Mónica Sintra, no dia 24, e Quim Barreiros, no dia 25, são os grandes destaques do cartaz deste ano. Segue-se a Banda Jacinto (dia 26). Já no dia 27 de julho, antes da atuação da Banda Jamor, as Festas de Porto Salvo vão apresentar o Festival de Concertinas, que

terá início às 19h00m, e também o espetáculo de Xana Carvalho (21h30m). O programa ficará concluído com o Festival de Folclore, que irá decorrer no dia 28 de julho, a partir das 16h00m, e com atuação da banda ViceVersa (21h30m). As Festas em Honra de Nossa Senhora de Porto Salvo são uma organização da junta de freguesia.

FUNDAÇÃO “O SÉCULO”

Mais de 750 nas colónias de férias Cumpre-se nestes meses uma tradição quase centenária.

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á arrancou a Colónia Balnear Infantil “O Século”. Mantendo a tradição que teve início há 92 anos, os próximos dois meses vão ser de férias divertidas e animadas para centenas de crianças. Até ao início de setembro, deverão passar férias na colónia mais antiga do País mais de 750 crianças, superando a adesão registada no ano passado. A Colónia de Férias começou com a chegada das primeiras

crianças à Fundação “O Século”. Estas estão a participar nos ateliers de Verão (Colónia não-Residencial), uma modalidade que se destina a todas as crianças e que se vai prolongar até 6 de setembro. A 29 de Julho têm início os Campos de Férias (Colónia Residencial), igualmente abertos a todas as crianças, mantendo-se em atividade até 31 de agosto. Segundo revelou a instituição em comunicado, as crianças e jovens vão preencher os dias com

“idas à praia, surf, skate, música, dança e vários jogos e desportos, assim, como outras atividades especialmente preparadas para proporcionar umas férias inesquecíveis aos mais pequenos”. A Colónia Balnear Infantil “ O Século” nasceu e instalou-se em São Pedro do Estoril numa antiga fábrica de conservas, a 10 de setembro de 1927, concretizando a ideia do então jornalista, e diretor do jornal “O Século”, João Pereira da Rosa, com o objetivo de pro-

porcionar às crianças dias de férias na praia. Desde 1927 que a Praia de São Pedro do Estoril é palco de uma das mais emblemáticas Colónias de Férias do país, por onde passaram e continuam a passar milhares de crianças. Atualmente, a Colónia de Férias é uma das várias valências sociais da Fundação “O Século”, que desenvolve um vasto trabalho social desde a infância até à idade sénior, apoiando diariamente mais de 800 pessoas.

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Informação Geral

17 a 23 de julho de 2019

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DE 19 A 21 DE JULHO

PAULO DE CARVALHO E AGIR NAS FESTAS DE CARCAVELOS E PAREDE Carminho, Dillaz e Estraca são os restantes artistas em destaque nos três dias de festividades.

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música e uma sardinhada aberta à população vão novamente marcar o ritmo de mais uma edição das Festas de Carcavelos e Parede, que arrancam já na próxima sexta-feira, 19 de julho, e decorrem até dia 21. No parque de estacionamento junto ao Mercado de Carcavelos, a União de Freguesias de Carcavelos e Parede volta a abrir as portas a toda a população para umas festividades que já são uma tradição no concelho de Cascais. E os concertos são os grandes atrativos do evento. No primeiro dia, 19 de julho, a noite será marcada pelo hip-hop. Às 21h30m atua o português Estraca. Mais tarde, a partir das 23h00m, será a vez de Dillaz. No sábado, 20 de julho, a animação musical começa logo a partir das 18h00m, com a atuação do Coral Infantil de Carcavelos, seguido da Banda Filarmónica da SMUP (18h45m). À noite, destaque para uma reunião familiar. Paulo de Carvalho vai apresentar o seu

espetáculo, a partir das 21h30m, seguindo-se-lhe o filho, Agir, às 23h00m. Para o último dia das Festas de Carcavelos e Parede está reservado o concerto de Carminho (23h00m). Antes, às 18h00m,

apresenta-se o projeto “Palco da Tua Arte”. Ainda antes do espetáculo da fadista haverá um momento de música lírica com “A Ópera vai às Festas”. Mas não é só de música que vive este evento. No sábado (dia

20) haverá a habitual sardinhada aberta à população, com início às 18h00m, oferecida pela junta de freguesia local. O recinto terá ainda espaço para bancas de petiscos e a divulgação do trabalho das coletividades locais.

Organizadas pela União de Freguesias de Carcavelos e Parede, este evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. A entrada é livre.

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CRÓNICA

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Letras no ocaso Pedro de Sá

UM GESTO DO ONTEM APRESENTA-SE AO AMANHÃ

H

Empresas

Costa do Sol jornal

á uns dias, por exemplo, num momento da tarde, creio que regressava a casa, levantou-se-me esta memória: houve um Natal, teria cinco ou seis anos, o primeiro após o divórcio, lembras-te, claro, foi meu pai a sair de casa. Bom, ao contrário do expectável, tive o Natal com mais prendas: mãe, avós, tios, até vizinhos, parecia que todos procuravam compensar-me pelo divórcio. Percebi, pelo soar da campainha, a chegada do meu pai, não me perguntes como, aquelas coisas que simplesmente sabemos numa zona de nós tão longe e simultaneamente tão próxima do mundo, foi após o jantar, estava tão feliz, lutava e lutava com papel de embrulho, de facto, há lutas que dão prazer, não me passou despercebido, logo após a campainha soar, o cessar das conversas, um silêncio que ampliava o próprio respirar, a imagem de meu pai, à entrada, surgiu-me, tímido, renitente em avançar, olhou em volta à espera de um incentivo, acabou por surgir através do afável gesto de um dos meus tios. À medida que se ia aproximando, denotei-lhe uma crescente noite pelo rosto, parecia envelhecer à medida que se aproximava, como se lhe fosse exigido um esforço demasiado em ali estar, não me recordo se, naquela noite em particular, de luzes e aparente concórdia, onde se celebra o nascimento Daquele que veio apenas falar de Amor e Verdade, meu pai e minha mãe trocaram uma só palavra, eu ainda absorvida pela minha guerra com o papel de embrulho, até que ele se abeirou de mim, baixou-se e abraçou-me, como só um pai sabe, não, não era impressão minha, havia tanta tristeza naquele rosto, estive quase para lhe perguntar pela minha prenda, contudo, no último momento, calei a questão, talvez o seu rosto tão anoitecido caminhasse por paragens distantes de luzes e papéis de embrulho, creio que, nessa altura, estivesse desempregado, fazia umas horas no táxi de um amigo, a fábrica fechara, sabes, por muito que esforçasse a memória, não me recordo, nem por uma vez, de olhar meus pais de mão dada, é curioso, as ideias que nos atravessam o pensar, nem lhes sabemos a fonte, simplesmente irrompem pela nossa mente, mas sempre de proveniência incógnita. Nessa noite, por curiosidade, segui-lhes os passos, cumprimentaram-se de uma distância segura, através de cordiais acenos, após isso, os renitentes passos de meu pai conduziram-no até mim, deu-me a impressão, não sei porquê, de ele ter deixado cair algo atrás do sofá, pois, talvez fosse só uma impressão, abraçou-me, como só um pai sabe, beijou-me a testa e num terno murmúrio disse “Feliz Natal, minha querida”, um dos meus tios, com uma sonoridade exagerada, convidou-o para a mesa, porém, ele declinou, deu-me uma festa na cabeça, enquanto “Recebeste tantas prendas! Meu Deus, tantas prendas! Que bom!”, apesar de olhar em volta, para se inteirar da sua circunstância, pareceu-me tão longe, tão distante, a sua voz um eco trazido por um vento de terras longínquas, apesar da idade, compreendia tudo isto sem o corpo das palavras, percebes o que quero dizer, certo? Dessa noite, pouco mais recordo, nem dei pela sua partida, mas o relevante aqui deu-se na manhã seguinte, peço desculpa se me demorei a chegar a este ponto, todavia, para compreenderes a essência do seu gesto, cada aspecto, por muito acessório pareça, conta bastante, lembras-te de ter dito, a certa altura, “deu-me a impressão, não sei porquê, de ele ter deixado cair algo atrás do sofá, antes de se abeirar de mim”? Na manhã seguinte, talvez motivada pela inusitada quantidade de prendas, acordei espontaneamente, sem resquícios de esforço, a casa ainda dormia, pelos oblíquos vestígios de luz vindos do exterior, compreendi a hora matinal, preparava-me para rever e certificar da veracidade de todas aquelas prendas, quando tropecei em algo caído atrás do sofá, baixei-me para ver e reparei num urso de peluche, sorridente, bonacheirão, humilde, de repente, percebi: à vista de todas as prendas que abria ininterruptamente, ele atirou o humilde peluche para o lugar mais recôndito da sala, onde nem as luzes dessa particular noite tacteiam, num incompreensível gesto de pudor, abracei-o espontaneamente, como se procurasse, nessa manhã, despontar a reprimida lágrima de meu pai na véspera.

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ESCOLA PROFISSIONAL VAL DO RIO

Trinta anos a formar jovens “Cada aluno é único”. Este é o principal lema da instituição com créditos firmados nos dois concelhos.

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o fim de três décadas a formar jovens, a Escola Profissional Val do Rio continua a definir como principal dever “valorizar e potenciar o talento dos alunos”. Presente em Oeiras e no Estoril, a Val do Rio divide a formação entre a tecnologia, a arte, a comunicação, a área social e a saúde. O projeto assenta em quatro pilares: formação humana e profissional, autonomia do Projecto Educativo, ligação ao tecido empresarial e programas internacionais. Partindo do lema “cada aluno é único”, a escola olha para cada um na sua especificidade, proporcionando o acompanhamento por professores que apoiam cada etapa do seu percurso escolar e pessoal. Os responsáveis da escola salientam que “a educação personalizada e atenta às características do aluno garantirá o seu sucesso no futuro”. Por outro lado, “a educação não é apenas técnica ou mera transmissão de conhecimentos”. Assim, “uma das prioridades na Val do Rio é o enriquecimento das competências sociais, comunicativas, culturais e de cidadania”

através da inserção em projetos locais. A relação próxima com o mercado de trabalho reflete-se na ligação com empresas conceituadas do mercado local e nacional para os estágios académicos. Uma aposta que permite aos alunos o contacto direto com o mundo laboral. No final, “os estudantes aumentam o nível de empregabilidade e o conhecimento da realidade profissional”.

Com um mercado de trabalho cada vez mais global, a Val do Rio tem reforçado a aposta em programas internacionais. Este é, de resto, um dos elementos diferenciadores da escola. Com protocolos e parcerias assinados com escolas e empresas de Espanha, França, Reino Unido e Alemanha, são possibilitadas aos alunos novas experiências que completam a sua formação sem qualquer custo adicional.

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MAISON BEAUTÉ EM LINDA-A-VELHA

“Uma segunda casa para todas as mulheres” Os mais avançados serviços de estética estão reunidos num só espaço.

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oi em Linda-a-Velha que há precisamente quatro meses nasceu um novo projeto dedicado a todas as mulheres. O Maison Beauté é um espaço de beleza que se define como “ uma segunda casa para todas as mulheres se sentirem mulheres e brilharem como elas querem”. Beatriz Marques sempre esteve ligada ao mundo da beleza e da estética: “comecei pela maquilhagem e a trabalhar para marcas e empresas de renome”, conta. E acrescenta: “a paixão foi continuando e continuei a formar-me para

saber mais e mais”, adianta a empresária. “Temos serviços de manicure (simples, gel, gelinho, gel com extensão), pedicure, depilação com linha, cera e pinça, massagens relaxantes, tratamento Detox (desintoxicação através dos poros dos pés), limpezas de pele, colocação de pestanas fio-a-fio, maquilhagens simples ou sofisticadas e para noivas, e também workshops”, elenca Beatriz Marques. Para a responsável, “os valores de todos os serviços do Maison Beauté

“tendem a estar adequados ao estilo de vida que atualmente vivemos”, com atenção à capacidade económica das clientes. E é para elas que o salão trabalha: “o nosso objetivo principal é que a cliente saia daqui com um grande sorriso”. A “dedicação pelo trabalho prestado, simpatia e ambição” marcam a filosofia do Maison Beauté, lembrando Beatriz Marques que o “profissionalismo” dita a qualidade do salão. Para o futuro, a proprietária espera “criar uma marca de topo e expandi-la pelo país”.

Calçada do Chafariz, 7A • 2795-061 Linda-a-Velha | 963 327 450 - 936 004 805 - 211 508 835 Maison Beaute | Maison Beauté | maisonbeaute2795@gmail.com


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Cultura

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Costa do Sol jornal

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ENTRADA GRATUITA NO DIA 19 DE JULHO

BARCARENA ACOLHE FESTIVAL SONS DA TERRA Para além da música haverá, até 21 de julho, artes performativas, gastronomia e artesanato.

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itorino, Ana Moura e Rão Kyão são os grandes destaques do cartaz da primeira edição do Festival Sons da Terra, que se realiza de 19 a 21 de julho, na Fábrica da Pólvora, em Barcarena. Durante três dias, é esperada “a maior celebração da Portugalidade”, não só através da música, distribuída por quatro palcos, mas também pela gastronomia, artes performativas, exposições e artesanato. A entrada no primeiro dia (19 de julho) é gratuita. No arranque do festival vai estar o Rancho Folclórico e Etnográfico Danças e Cantares da Mugideira (palco Folclore) a partir das 17h30m. Às 18h45m, no Jardim das Oliveiras, atuará a Tuna Académica de Lisboa, seguida das Cantadeiras do Vale do Neiva (19h30m), no Jardim da Memória. O primeiro dia encerrará com o espetáculo da Orquestra Sete Sóis Sete Luas, às 21h00m, no palco do Pátio do Enxugo. O festival prossegue no dia 20 com os grupos de folclore de São Miguel Machado e das Lavadeiras Ribeira da Lage e ainda Cramol, no palco Folclore. Castra Leuca Trio,

Peu Madureira e João Frade são os destaques do palco Jardim da Memória. Já no Jardim das Oliveiras atuam os Zés Pereiras de Antas, Daniel Pereira Cristo e Rão Kyão. O programa do segundo dia fica com-

pleto com o fado de Ana Moura, no Pátio do Enxugo. Para o último dia estão reservadas as apresentações do Grupo de Folclore Cantarinhas de Barro e do Rancho Folclórico Camponesas de

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D. Maria (palco Folclore). O destaque no Jardim da Memória vai para a celebração dos 20 anos dos Adiafa, seguida do espetáculo dos Almocreves da Amieira. No palco do Jardim das Oliveiras vão estar

as Danças e Cantares do Paul, Pauliteiros de Miranda e Ana Laíns. Para encerrar o Festival Sons da Terra, Vitorino atuará no domingo, às 21h00m, no Pátio do Enxugo. O recinto terá atividades distribuídas por mais três espaços. Entre a entrada principal e a Praça do Sol encontra-se uma área de acesso diário gratuito onde se encontram o Palco Folclore e um mercado gastronómico e de artesanato de todo o país. Na Terra Norte estará montado um palco no Jardim das Oliveiras e uma zona lounge na Caldeira dos Engenhos. Já na Terra Sul realizam-se jogos tradicionais portugueses, uma exposição nas oficinas a vapor, um espaço dedicado à Tasca do Chico (com petiscos e fados) e o palco do Jardim da Memória (próximo do Parque Infantil). Para os dias 20 e 21 de julho, os bilhetes vão desde os €3 aos €9 (na opção de passe dois dias). As crianças até aos cinco anos não pagam entrada. O Festival Sons da Terra é promovido pela Câmara Municipal de Oeiras, num projeto criado por Diogo Clemente, que assina a direção artística.


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Desporto

Costa do Sol jornal

FUTSAL | NACIONAIS

FUTEBOL

SAD do Estoril mudou de mãos

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brasileira Traffic deixou na passada semana o comando da SAD canarinha, a qual é agora da Saunders, fundo norte-americano liderado por Jeffrey Saunders e Johs Harris dono do Crystalo Palace, deixando assim Thiago Ribeiro de exercer funções na Estoril Praia SAD, iniciando-se agora a oficialização de contratações tendo em vista a nova época sob o domínio da nova administração. Entretanto já é conhecido o calendário da “Liga Revelação”, prova que os sub-23 canarinhos iniciam a 15 de agosto com o Leixões

17 a 23 de julho de 2019

no Estádio do Mar, em Matosinhos, recebendo na jornada seguinte, a 20 de agosto, o Rio Ave no António Coimbra da Mota, campeonato cuja primeira fase termina a 8 de fevereiro de 2020. Quanto ao plantel que Tiago Fernandes vai ter à disposição para disputar a “II Liga”, neste momento conta com 20 jogadores, treze portugueses, seis brasileiros e um camaronês, tendo esta terça-feira sido conhecido um dos reforços, Rodrigo Defendi, central que na época passada vestiu a camisola do Desportivo das Aves.

LOMBITAS E LEOAS PRONTAS PARA ATACAR A ELITE FEMININA

O CRC Quinta dos Lombos com um largo historial e diversos títulos no futsal feminino, o Leões do Porto Salvo que está de regresso têm, quanto a plantéis, a casa arrumada para mais um campeonato da elite.

POLO AQUÁTICO

Cascais Water Pólo sagra-se campeão feminino sub-18

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egundo título da época para o Cascais Water Polo Clube, ambos femininos, desta feita pelas jovens sub-18 comandadas por Miguel Falcão e José Augusto ao vencerem no jogo final a formação do SL Benfica, por 17-9, somando quatro vitórias e uma derrota, tal como as encarnadas o o Clube Fluvial Portuense, sagrando-se campeãs devido ao ‘goal-average’ nos jogos entre as três equipas com as cascalenses a fazerem 28-12, as portuenses 2120 e as lisboetas 18-25. Nos restantes encontros que disputou no passado fim de semana na piscina Municipal da Abóboda,

palco da fase final do ”Campeonato Nacional”, o Cascais Water Polo Clube perdeu com Clube Fluvial Portuense (11-13) e bateu a ADDCE Gondomar (24-6), a SSCM Paredes (16-4) e o Ver Santarém (54-1). Na cerimónia de entrega de prémios, onde a cascalense Madalena Lousa foi consagrada como a Jogadora Mais Valiosa da fase final, juntando-se depois a Matilde Ribeiro, Carlota Pereira, Beatriz Bessone, Alice Rodrigues, Diana Barros, Maria Dias, Pilar Ledo, Lia Ledo, Carmo Branco, Maria Marques, Matilde Marques e Maya Mohebbizadeh, para receber o troféu e as medalhas de campeãs nacionais

om o Leões a completar o plantel às ordens de João Correia com o anúncio das renovações, sete ao todo, de Priscilla Quade (guarda-redes), Rute Carvalho, Joana Pinheiro, Érica Brito, Alimatu Balde ‘Matu’, Érica Ferreira e Ana Marques (jogadoras de campo), faltava o Quinta dos Lombos dar a conhecer a formação de 2019/2020 onde Rita Palma já tinha sido anunciada como treinadora adjunta da equipa técnica comandada por Niki e que mantém Nuno Silva como treinador de guarda-redes, Inês Santos como preparadora física e Raquel Braz como fisioterapeuta, sob a direção de Rui Traquete e Pedro Ferreira. São 15 as jogadoras que vão vestir de aurinegro, mantendo Naty Silva (guarda-redes), Sara Tavares, Joana Meira, Inês Salvador, Sofia Ferreira, Adriana Mendes, Carla Batista, Carolina Liliu, Inês Matos

e Sofia Carvalhinhos, que na época passada sagraram-se vice-campeãs, futsalistas que vão receber a companhia de Ana Grenha, Cristiana Costa, Ana Mendonça, Beatriz Veríssimo e Cláudia Costa. NO MASCULINO, A DANÇA DAS CADEIRAS CONTINUA Quanto à formação do CRC Quinta dos Lombos, as únicas novidades continuam a ser a não-continuidade de Bruno Martins,

Lúcio Pimenta e Bruno Vicente, enquanto o Estoril Praia anunciou mais um reforço, Waldik Caimanque (ex-SL Benfica), sub-20 que representou os juniores canarinhos em 17/18, e o Reguilas de Tires que fez saber que Cristiano Pinto “Cris”, ala de 22 anos, oriundo do Académico Clube Ciências, Miguel Moutinho, ala de 25 anos, chega do Clube Académico Desportos, e Wilson Santos, fixo/ala de 29 anos, do FC Barreirense, são reforços para 2019/2020.

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Desporto

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PATINAGEM ARTÍSTICA

2019”, que o pavilhão olímpico da cidade espanhola recebeu no passado fim de semana e regressou com resultados positivos.

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CF Sassoeiros em destaque no “World Roller Games” Conquistou o direito em março passado de marcar presença no Mundial, como vice-campeão nacional em ‘Grupos Grandes’ e ‘Grupos Pequenos’, rumou a Barcelona para participar no “World Roller Games

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MINIGOLFE

Daniela Sardinha no ‘top 10’ mundial

campeã nacional Daniela Sardinha, atleta da Associação Desportiva de Oeiras, com um 7.º lugar no programa Curto (41,54 pontos), e a 8.ª posição no Longo (101,35 pontos), provas do “World Roller Games 2019”, em Patinagem Artística, escalão seniores, que decorreram no pavilhão olímpico de Barcelona, esteve em grande destaque ao finalizar no passado sábado a sua participação em ambas as provas no ‘top 10’ entre 33 atletas.

Costa do Sol jornal

A jovem formação de Show e Precisão do Clube de Futebol de Sassoeiros começou por obter o 13.º lugar em ‘Grupos Pequenos’ com o tema “Be Kind”, entre 18 equipas, fechando com a 7.ª posição em ‘Grupos Grandes’, com “Now You See Me”, superando em ambos as prestações alcançadas no Europeu.

“Open Distrital de Benjamins” Vila Franca de Xira foi palco do “Open Distrital de Benjamins”, competição que decorreu sábado no pavilhão José Mário Cerejo, e que contou com a participação de 24 jovens patinadoras do GRF Murches, Leões de Porto Salvo, AD Oeiras e LMR Algés, destacando-se a vitória da alcabidechense Beatriz Lima Jacinto na prova de ‘Nível III’ com as oeirenses Mara Garcia e Laura Neto nos restantes lugares do pódio, enquanto na prova principal Beatriz Rilhas, do GRF Murches, Maria Rita Duarte e Daniela Piedade, ambas do Leões de Porto Salvo, ficaram no ’top 10’ ao finalizarem na 5.ª, 8.ª e 9.ª posição.

Anabela campeã, Cristina e Paulo vice-campeões nacionais

Foram as últimas tacadas da época de 2019 e que levaram Anabela Pereira e Cristina Fernandes, atletas do Minigolfe Portugal, clube do concelho de Oeiras, aos dois lugares mais apetecíveis do pódio na categoria de Senhoras, o de campeã e vice-campeã nacional, títulos conseguidos pelos dois lugares do topo da tabela na derradeira jornada do “Campeonato Nacional de Minigolfe” no passado fim de semana, em Lamego, enquanto Paulo Gomes arrecadava o título de vice-campeão em Homens. Para além dos brilhantes resultados dos três míni golfistas, a formação de Miraflores contou com mais dois atletas no ‘top 10’ na tabela final de Homens, João Nabais e Rui Garcia, em 7.º e 9.º lugar, entre mais de uma centena de participantes.


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jornal

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Ver reportagem na pรกgina 10


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