Costa do Sol - Jornal | 19 de Agosto

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Cascais prepara-se para receber as Festas do Mar

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A edição de 2015 do grande evento de verão do concelho é marcada pelo regresso dos Trovante e pelo concerto de encerramento, este ano a cargo da Orquestra Sinfónica de Cascais. Pág 3

Autódromo já é da câmara

Intercâmbio jovem em Oeiras

Festas da Malveira da Serra

As ideias concretas para o circuito do Estoril só vão ser conhecidas em setembro. A única certeza no momento é que a Formula 1 não vai regressar. Pág. 2

Foram 49 jovens oriundos de 8 países que durante mais de dez dias juntaram-se na Casa Europa, na Cruz Quebrada. A iniciativa teve o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. Pág. 2

Encerraram em grande mais uma edição das Festas em Honra de Nossa Senhora da Assunção. Os milhares de visitantes vibraram ao som da música popular. Pág. 7

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Informação Geral

Costa do Sol Jornal

INTERCÂMBIO EUROPEU

Oeiras recebeu 49 jovens de 8 países Iniciativa contou com o apoio da Câmara de Oeiras e da União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias.

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ovens gregos, portugueses, búlgaros, estónios, franceses, italianos, romenos e espanhóis juntaram-se na Casa Europa, localizada na Cruz Quebrada, para onze dias de atividades ligadas à cidadania europeia e ao desenvolvimento social. A ProAtlântico – Associação Juvenil recebeu, entre os dias 3 e 14 de Agosto, um grupo de 49 jovens, dos 18 aos 25 anos, provenientes de oito países europeus que chegam a Oeiras para participar no intercâmbio europeu “We Are Europe”, através do programa Erasmus+, financiado pela Comissão Europeia e com o apoio da União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, da Câmara Municipal de Oeiras e do Instituto Português do Desporto e Juventude. Cada país preparou workshops sobre temas ligados a uma cidadania ativa e falou sobre as oportunidades que todos temos pelo facto de integrarmos a Europa ou sobre as nossas semelhanças e diferenças. O ponto alto deste intercâmbio foi a realização de um Mercado de Culturas no Jardim de Oeiras. Nesta atividade, cada país teve oportunidade de apresentar um pouco da sua cultura a quem passar pelo jardim, havendo espaço para a gastronomia, a música e a dança. “Os jovens atuaram como embaixadores culturais do seu país”, revela a organização em nota à imprensa. Além disso, os jovens foram ainda convidados a participar em atividades como orientação, ténis, minigolfe, canoagem, jogos tradicionais, entre outros. Tiveram ainda a oportunidade de ir à praia, assim como de visitar Oeiras, Lisboa e Sintra. Adicionalmente, cada grupo foi responsável por organizar uma “noite intercultural” onde apresentou aos outros um pouco da cultura do seu país e da sua gastronomia. Houve também um cuidado especial em integrar jovens com menos oportunidades (derivadas de dificuldades de interação social, famílias desestruturadas, problemas de comportamento ou com dificuldades financeiras). Para alguns destes jovens foi a primeira vez que participaram num projeto europeu. Esta é uma oportunidade de enriquecimento para todos os participantes e também para a comunidade local. “Este intercâmbio surgiu num momento em que se debate o futuro da Europa. Ao juntar jovens de vários países em atividades sobre a cidadania europeia, acreditamos que iremos reforçar a sua visão positiva de uma Europa de diferenças e de semelhanças, uma Europa onde todos podemos participar para a construção de um mundo melhor”, destacou Raquel Amaral, coordenadora do projeto. Todos os anos, a ProAtlântico organiza, pelo menos, um intercâmbio europeu em Portugal e é parceira de intercâmbios realizados noutros países europeus, dando assim oportunidade aos jovens de conhecerem outras realidades e de alargarem os seus horizontes.

19 de agosto de 2015

CIRCUITO DO ESTORIL

Modelo para o autódromo anunciado em setembro O regresso da Fórmula 1 ao Estoril está colocado de lado. A aposta da autarquia passa por outros projetos que matenham o “vínculo desportivo à área do motor”.

Pensamos anunciar, no final de setembro, todo o modelo geral em que o autódromo vai funcionar”, afirmou Carlos Carreiras, após a assinatura do contrato de compra e venda para adquirir o autódromo à Parpública [sociedade criada pelo Estado para a gestão de participações em empresas em processo de privatização], por quase cinco milhões de euros. Apesar de adiar a apresentação de novos projetos para o autódromo, o autarca deixou, no entanto, uma certeza: a impossibilidade de voltar a haver Fórmula 1 no Estoril. “Os valores hoje para uma prova desta dimensão ultrapassam as duas dezenas de milhões de euros. Não há capacidade do país, nem de todos aqueles que têm de se associar enquanto ‘sponsors’ [patrocinadores] “, vincou o autarca durante o seu discurso, no salão nobre do município, adiantou a Lusa. Carlos Carreiras assegurou, contudo, que haverá o “empenho máximo para trazer grandes provas” de automobilismo e motociclismo ao Autódromo do Estoril” e adiantou que vai assinar protocolos com as federações portuguesas de automobilismo e motociclismo nesse sentido. “Irão ser nossas parceiras no aconselhamento das provas e do calendário desportivo que o próprio autódromo vai realizar. São, para nós, parceiros estratégicos. Mas também há outras entidades públicas e privadas que já nos têm feito chegar a sua vontade de serem também parceiros neste novo desafio que a Câmara de Cascais tem pela frente”, salientou Carlos Carreiras. O autarca quer também cons-

truir no Autódromo do Estoril um kartódromo, que seja instalada uma escola de ensino de condução segura, e criado um museu para carros clássicos, além de um conjunto de serviços associados. “Mas há muitos outros projetos. O que pretendemos mesmo é que o autódromo mantenha o seu vínculo desportivo à área do motor, e reforce cada vez mais esse vínculo, sem deixar de ser vivido por toda a família. Ser um centro de lazer e um centro de acolhimento de várias gerações que aí encontrarão um conjunto de iniciativas que as façam chegar novamente ao autódromo”, salientou. Presente na cerimónia, o administrador da Parpública destacou que 2015 tem sido um ano de mudança para o Autódromo do Estoril, devido ao “fantástico” nível dos indicadores económicos financeiros. “Há uma retoma clara da atividade, uma ocupação de pista e um volume de vendas e é necessário recuar bastantes anos para termos algo comparável. Resulta do esforço financeiro, mas também das circunstâncias de recuperação

do mercado automóvel. Com o aumento das vendas, naturalmente, a ter impacto em toda a atividade do circuito do Estoril”, frisou José Manuel Barros. O responsável acredita que a autarquia de Cascais tem os meios necessários para continuar a fazer crescer o autódromo. “[Tenho a] forte convicção de que a Câmara é a entidade que tem capacidade de catapultar o circuito do Estoril para um nível superior àquele que está, mantendo o ritmo de crescimento, focado no negócio, para bem da empresa, dos seus trabalhadores, do concelho e, esperamos, para bem da imagem de Portugal, que tanto o circuito tem prestigiado”, disse o administrador. Decorre entretanto o período de 60 dias, durante o qual a autarquia tem de efetuar uma auditoria à CE – Circuito Estoril S.A., a sociedade anónima responsável pela gestão e exploração do Autódromo do Estoril, até aqui detida a 100% pelo Estado. As ações apenas passam para a Câmara de Cascais após esta auditoria e o visto do Tribunal de Contas.

CASCAIS

OEIRAS

Terreno no Bairro dos Pescadores regressa à autarquia

Autarcas do IOMAF integram listas da coligação

A parcela tinha sido doada pela câmara à Junta Pessoal da Casa dos Pescadores em 1956.

A distrital do PSD refere que não há qualquer incompatibilidade.

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Câmara Municipal de Cascais e o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social assinaram, na passada semana, uma escritura de reversão de uma parcela de terreno, situada na Rua José Florindo, junto ao Bairro dos Pescadores em Cascais, que volta a ficar na posse da autarquia. Doada em 1956 pela Câmara Municipal de Cascais à Junta Pessoal da Casa dos Pescadores, a parcela de terreno com uma área superior a 1.5 mil m2, foi cedida para que ali fosse construído um Centro Social para Pescadores na condição de voltar à posse da edilidade, com todas as benfeitorias, caso lhe fosse dada outra aplicação ou caso a obra não fosse construída no prazo de cinco anos. Uma vez que, até à presente data, não foi efetuada qualquer construção, o terreno voltará a ficar na posse do município. Estiveram presentes na escritura, Rui Filipe de Moura Gomes, presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, e Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

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uno Campilho e Jorge Vilhena fazem parte das listas da coligação PSD/CDS para as legislativas. O presidente da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias e o presidente da UF de Carnaxide e Queijas, respetivamente, concorreram nas últimas autárquicas pelo movimento Isaltino Oeiras Mais à Frente (IOMAF). Segundo refere fonte da distrital ao jornal online Observador, a escolha destes dois candidatos a deputados para integrar as listas de Lisboa tem como objetivo assegurar “o equilíbrio de poder interno na distrital”. Já o presidente da distrital do PSD, Miguel Pinto Luz, dá conta à mesma publicação que Nuno Campilho e Jorge Vilhena foram indicados pela concelhia de Oeiras e, como independentes, “não há qualquer incompatibilidade”.


Informação Geral

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Costa do Sol jornal

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DE 21 A 30 DE AGOSTO

Festas do Mar 100% portuguesas Ultimam-se os preparativos para a edição de 2015 das grandes festas do concelho. A Baía de Cascais prepara-se para ser invadida pelos cascalenses e não só. Música, gastronomia e artesanato marcam as Festas do Mar.

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o momento alto do verão em Cascais. Arrancam já na próxima sexta feira, dia 21 agosto, as Festas do Mar. “O único festival de verão gratuito em Portugal”, como reclama a Câmara Municipal de Cascais, volta à Baía de Cascais, este ano com um cartaz musical totalmente em português. “O objetivo este ano foi ter um cartaz único e exclusivo de língua portuguesa, apostando essencialmente naquilo que é local e nacional”, referiu Nuno Piteira Lopes ao Costa do Sol – Jornal. Segundo o vereador da Câmara Municipal, e como vem sendo hábito, “as bandas que atuam nas primeiras partes dos concertos são provenientes de Cascais”. Acrescenta que as festas são “também um espaço onde eles podem mostrar o seu trabalho aos cascalenses e a todos os que nos visitam”. E quem sabe, em breve, atuar como artista principal. São disso exemplo os HMB. A banda com origens em Cascais “fizeram uma primeira parte e este ano vão dar um concerto principal com muitos convidados que vão trazer à Baía de Cascais. Bandas locais, como os HMB, que cresceram também com a ajuda das Festas do Mar, e que hoje são grupos de nível nacional”. Para Nuno Piteira Lopes, “este é o nosso caminho: apostar naquilo que é local e apostar naquilo que

é nacional”. Na edição de 2015 assinala-se o regresso do Trovante a Cascais e aos concertos, tendo o último sido realizado em 2011. “Isto para nós significa que as Festas do Mar já são um grande marco na própria

O CARTAZ 21 agosto – Lenga Lenga | Clã 22 agosto – Happy Mess | Pedro Abrunhosa 23 agosto – Pedro Lucas | Trovante 24 agosto – Chapa Dux | Polo Norte 25 agosto - MimiCat | Ana Moura 26 agosto – Ricardo Carriço | Paulo Gonzo 27 agosto – Stone Wolf Band | Resistência 28 agosto - State Sound Band | HMB 29 agosto – Joana Espadinha | The Gift 30 agosto – As Canções da Maria |Orquestra Sinfónica de Cascais (toca Hollywood) Animações a partir das 20h30

música portuguesa, reconhecidas pelos próprios artistas portugueses, daí conseguirmos juntar novamente o Trovante”, defende o vereador. Noite diferente será certamente a de encerramento. A Orquestra Sinfónica de Cascais fechará as Festas do Mar com um concerto único, relembrando grandes clássicos de Hollywood, sob a batuta do maestro Nikolay Lalov, numa noite que culminará no habitual fogo-de -artifício. “Essencialmente fazer diferente”, explica o autarca. “Consideramos que o ambiente que se vive nas Festas do Mar deve ser familiar, acolhedor e seguro, e que proporcione vários géneros de música, que seja diversificado. Achámos que seria uma aposta interessante, pela primeira vez na história das Festas do Mar, poder fechar as mesmas com um concerto especial de uma orquestra sinfónica, numa noite onde vão estar em palco mais de 80 artistas”. A abertura das festas coube esta ano aos Clã, estado a primeira parte a cargo dos Lenga Lenga. No dia seguinte, 21 de agosto, os Happy Mess vão aquecer o palco a Pedro Abrunhosa. Depois do Trovante, com Pedro Lucas no arranque, seguem-se os Polo Norte no dia 24 de agosto. O fado também vai marcar presença na Festas do Mar, em concreto no dia 25 de agosto, com o concerto de Ana Moura. A banda MimiCat fará as honras de abertu-

ra da noite nesse dia. Ricardo Carriço e Paulo Gonzo, por esta ordem, são as estrelas do dia 26 de agosto. Já no dia 27, a Stone Wolf Band vão preparar o público para a entrada em palco dos Resistência. Dia 28 de agosto é a vez dos HMB, com os State Sound Band na primeira parte. Os The Gift regressam às Festas do Mar no dia 29, antecedidos de Joana Espadinha. E por fim, no dia 30 de agosto, o tal concerto especial da Orquestra Sinfónica de Cascais, com as “Canções da Maria” na primeira parte para animar os mais novos. ALÉM DA MÚSICA Apesar do papel fundamental, não é só de música que vivem as Festas do Mar. A gastronomia e o artesanato saem para as ruas da baixa de Cascais. Este ano, de acordo com Nuno Piteira Lopes, “foram levadas a cabo ligeiras adaptações com o objetivo de con-

seguir concentrar tudo o que é restauração e bebida. Ou seja, separar claramente o que é artesanato do que é comes e bebes”. Acrescenta o vereador que “foi lançado pela câmara o desafio à Associação Empresarial do Concelho de Cascais de, durante estes 10 dias, criar o menu Festas do Mar. Será um menu que estará disponível nos restaurantes aqui na baixa cascalense”. As Festas do Mar continuam a ter impacto ao nível da economia local. Porém, o autarca considera que as festas são apenas mais um contributo para esse mesmo impacto que toda esta atividade gera na economia local. Não só durante as Festas do Mar, mas em todo o verão, os hotéis têm registado níveis muito elevados de ocupação, bem como os restaurantes e comércio têm bons resultados de transação. A vila de Cascais está cheia de dia até à noite”. Uma enchente é também o que se espera na Procissão em honra de Nossa Sra. dos Navegantes, que se realiza desde sempre no último dia das festas. “De fato, as Festas do Mar são as festas dos pescadores. A procissão faz parte integrante das Festas do Mar. Este ano teremos obviamente a procissão, em colaboração com as duas associações de pescadores do concelho de Cascais. De ano para ano, aquilo que tem sido visível é que não só o número de barcos e pescadores participantes tem crescido, como também o número de munícipes que tem aderido à procissão”, sustenta Nuno Piteira Lopes. Em resposta a pontuais críticas sobre a falta de capacidade da Baía de Cascais para receber o evento, devido ao constrangimento de trânsito que acarreta e a eventuais impacto no alojamento, o vereador defende que “as Festas do Mar sempre se realizaram na Baía de Cascais, à exceção de um ano, quando se experimentou fazer no terreno do Dramático de Cascais, e que não correu bem”. E conclui: “foi aqui que nasceram e que as festas se sentem bem”.

Atenção ao trânsito! Durante as Festas do Mar, entre 21 a 30 de agosto, das 20h00m e a 01h00m, com o objetivo de garantir a segurança dos participantes e visitantes nos concertos diários, o trânsito estará cortado na zona entre a Rotunda junto ao Jardim Visconde da luz e a Rotunda João Paulo II (junto ao Centro Cultural de Cascais). No dia da Procissão, 30 de agosto, os condicionamentos vão registar-se também na zona entre a Rotunda junto ao Jardim Visconde da Luz e a Rotunda João Paulo II, mas desta vez a partir das 14h30 e até às 18h30.


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19 de agosto de 2015

Costa do Sol jornal

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Opinião

Costa do Sol Jornal

José Lança-Coelho

Nuno Campilho

PORTUGAL A BANHOS

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nstalação artística de Joana Vasconcelos, representada por uma piscina de 10 metros, exposta, na vertical, na Praça do Comércio, em Lisboa, esteve patente em outubro, de 2010, por ocasião da comemoração do centenário da República e chamava à reflexão das pessoas sobre a situação do país. É mais comum utilizar a expressão “Portugal foi a banhos”, mas esta alusão vem a propósito das férias, do verão e, porque não, da situação do país, na altura pré-Troika e, agora, pós-Troika. E tanto que se fala sobre se estamos melhor, ou pior... Cada um que faça a sua avaliação. O que eu posso concluir (porque me é permitido ter opinião e porque sofri na pele) é que estivemos tão mal e batemos tão no fundo (e vários foram os que empolaram isso), que, agora, não só estamos melhor, como poderemos continuar a melhorar e devolver alguns indicies de crescimento, passados, como se tem vindo a verificar com a redução do desemprego, o aumento das exportações, a redução do défice externo e o crescimento económico (curioso que, alguns dos mesmos arautos da desgraça, agora venham dizer que é só tretas: “este comício do Pontal não prima pela novidade, o que de facto o caracteriza é a sucessão de tretas, nomeadamente a ideia de que o país está melhor”, Carlos Gonçalves, do PCP, dixit). Pode ser tímido, mas, como todos os princípios, o arranque faz-se devagarinho, até se entrar em velocidade de cruzeiro. Veja-se o caso do Benfica, que espero que encarrilhe, siga os passos do país e, a partir de agora, seja só a crescer. As férias não têm de ser só descanso, confusão política, ou disparate. Também há coisas que se aprendem. Por exemplo, vamos a um exercício contabilístico. Fui visitar o Zoo Marine e paguei 91,20 euros, por dois bilhetes normais (€27,55+€27,55=€55,10) e dois júnior (€18,05+€18,05=€36,10) e porque adquiri online poupando, assim, €4,80. A lotação do espaço é de 5.000 pessoas e vamos considerar que estavam lá 2/3 (ou seja, 3.350 pessoas), e que, atendendoao baixo índice de natalidade que nos coloca na cauda dos indicadores mundiais, haviam dois adultos (2.245) por cada júnior (1.105), ou seja, duas entradas normais por cada uma reduzida. Feitas as contas, só hoje, o Zoo Marine faturou €61.850+€19.945=€81.795 (calculado com base nos preços online). É obra! E não calculei os custos, por utente, adicionais, relativo a refeições, garrafas de água, cafés (€1!), gelados (+30%/PVP!), comida para os “bichos” (€1!!!) e as “DolphinEmotions”, que são pagas à parte (€30 normal e €20 júnior; €160 premium!!!). Não acredito que a despesa, diária, de manutenção do parque, equivalha, sequer, a 30% deste montante, ou seja, qualquer coisa na ordem dos €25.000/dia. Considerando que o parque tem 450.000 visitantes por ano (dados de 2011... lamento, não encontrei mais recentes) e fazendo as contas com base nas mesmas premissas, a faturação anual andará na ordem dos €10.986.750. Quase 11 milhões de euros por ano! Se os valores anteriores eram obra, estes são obra... do Dubai! O que é que se pode concluir disto tudo? Uma estrutura bem gerida, que dá lucro (e não é pouco), reveladora de que há negócios muito rentáveis no nosso país e, mais uma vez, associados a uma das nossas vantagens competitivas diferenciadoras, se não, A vantagem competitiva diferenciadora, ou seja, o turismo. E o que é que eu aprendi? Que este é um exemplo que poderia e deveria ser seguido noutras áreas. Retrospetivando (ainda que, abusivamente), o trabalho da Joana Vasconcelos e o exemplo do Zoo Marine (onde a piscina de ondas é uma das principais atrações), porque não transformar Portugal numa piscina (gente a meter água é o que não falta)? Depois do desejo de merecidas Boas Férias, apraz-me desejar, agora... um bom regresso de banhos e não se esqueçam de visitar as Festas de Paço de Arcos’15, em honra do Senhor Jesus dos Navegantes, que começam já no dia 28 de agosto! Não se paga entrada e não faltarão “emotions” para todos os gostos (com praia natural e ondas sem recurso a meios mecânicos)...

19 de agosto de 2015

UMA GATA BORRALHEIRA DOS NOSSOS DIAS

C

omo professor lidei com imensas e variadas crianças. A história que se segue é completamente verdadeira e uma das que mais me impressionou durante uma longa vida de magistério. Trata-se de uma vergonhosa maldade, feita por um casal de adultos, bem instalados na vida, a uma menina indefesa e só, sem recursos de qualquer género. Achei que o melhor modo de contá-la, fosse em forma de recensão literária, de um livro inexistente, tão absurdo como o evento que o originou. Assim, chamo a atenção do leitor para o facto de, os nomes do autor, da editora e das personagens, bem como a indicação das páginas onde se encontram as passagens destacadas, não serem verdadeiras, porém, tudo o resto, incluindo as queimaduras feitas no corpo da menina, são verdadeiras e foram constatadas por mim. Passemos, então, à narração deste infeliz episódio a que chamei, «Uma Gata Borralheira dos nossos Dias». Com o título original de «Why you Cry, Sky?», da autoria de Richard St. Arkey, acaba de ser publicado entre nós, pelas edições ‘Lavagem ao Cérebro’, o livro Porque Choras, Céu? que tratando as desventuras de uma menina com o mesmo nome, parece mais tratar-se de um livro de Literatura Juvenil do que um livro destinado a pais, educadores, professores, numa palavra, a adultos, como na realidade o é. O tema da história é extremamente usual nos nossos dias, pois trata-se da vivência de uma menina de dez anos que perde os pais à nascença – o pai é vítima da peste dos séculos XX e XXI, a sida, e, a mãe, uma toxicodependente em último grau que se fina com uma ‘overdose’. Ficando só no mundo, é recolhida, primeiro, «por uma numerosa família de vizinhos, também e parcos recursos, que a sustenta até aos seis anos de idade, momento em que não tendo mais possibilidade de a acolher, a entrega à Segurança Social» (p.12), instituição que, ao fim de dois anos, quando já a menina frequenta o segundo ano de escolaridade, a coloca «em sistema de pré-adopção em casa de uma família economicamente estável – o homem é piloto de uma prestigiada companhia aérea e, a mulher, professora universitária – que, por apenas ter um filho do sexo masculino e não podendo gerar mais, pretende adoptar uma menina». (pp.13-14) Nos primeiros meses, Céu vê abrirem-se-lhe as portas da felicidade que nunca tivera e «julga ser um dos intervenientes de um conto de fadas, daqueles que todas as noites lhe vão ler à cama antes de adormecer» (p.18). Porém, quando as férias grandes terminam e se inicia o terceiro ano de escolaridade, a menina começa a tomar consciência de uma dura e inesperada realidade - «Os pais adoptivos proíbem-lhe de levar para a escola, ao contrário de todas as colegas, não só lanche, como também dinheiro para comprar qualquer guloseima de que as crianças tanto gostam.» (p.23) Inicia-se, então, para Céu, uma terrível fase da sua existência, em que se torna conhecida na escola, «por pedinchar, constantemente, um pouco da comida das suas colegas, assim como uma moeda para comprar uma pastilha elástica ou meia dúzia de rebuçados com sabor a humilhação.» (p.26) É nesta fase que, uma colega, numa daquelas brincadeiras próprias de crianças, a belisca na perna. Céu reage mal, desequilibrando-se e caindo. Conduzida ao posto médica da escola por duas funcionárias, são-lhe levantadas as calças que sempre usava – ao contrário das colegas que, vestiam muitas vezes saias -, «e descobrem-se-lhe nas frágeis pernas, incontáveis nódoas negras, algumas ainda com aspecto de terem sido produzidas muito recentemente e que indiciam, sem sombra de quaisquer dúvidas, a submissão da menina a horríveis e bárbaros maus tratos.» (p.139) Confrontada com a evidente situação pelo director da escola, Céu, com medo de perder a única estabilidade que teve durante a sua conturbada vida de anjo a quem maldosamente cortaram as asas, nega que batam em casa, atribuindo a enorme profusão de mazelas a quedas e a doenças contagiosas, «que lhe deixaram aquelas marcas.» (p.43) A narração continua, fornecendo outros elementos que permitem ao leitor certificar-se estar perante um caso de agressão contínua da parte de um ou vários adultos a uma criança indefesa e só neste mundo sem escrúpulos. Dentro do mesmo contexto, um pouco mais adiante, Céu é encontrada, numa noite de frio e

chuva, por uma colega e a sua mãe, a passear, em plena estrada deserta e perigosa, o enorme cão da casa que, a arrasta para onde o seu instinto animal o orienta: «Nos olhos de Céu havia lágrimas mais geladas e numerosas do que as gotas de chuva que caíam do firmamento. Quando lhe é perguntado pela mãe do colega, o que andava ali a fazer numa noite como aquela e, onde estava o resto da família, a menina tendo um momento de fraqueza e não conseguindo esconder mais a desdita que a acompanha, respondeu, desfazendo-se em lágrimas que partiriam qualquer coração bem formado, que estavam todos a jantar, e que ela só teria autorização de o fazer, depois do ‘Rok’, assim se chamava o animal, fazer todas as suas necessidades. E ai dela, se o cão fizesse alguma porcaria no interior da casa. Ela é que era a responsável por o animal não passear o tempo suficiente. Não só teria que limpar tudo, como ainda lhe batiam.» (pp.59-60) Também não se deve deixar de citar o episódio passado na escola, quando o rapaz lhe atira com uma bola feita de lama e lhe suja o blusão. «Céu rebentou a chorar, dizendo que a ‘mãe’ a obrigava a lavar, não só a sua roupa, mas a de todos que habitavam a ‘sua’ casa» (p.85), que a acolhem para a transformar numa ‘gata borralheira’ dos nossos dias. Finalmente, o episódio que precipitará a conclusão ética do livro e que, embora receado por Céu, a conduz para um plano onde a liberdade se acentua. Notemos como tudo se passou: A Paula, uma amiga da Céu, encontrou num sítio recôndito do pátio da escola, uma enorme quantidade de cromos sobre dinossáurios, que todos os alunos colecionavam. Depois de ter perguntado a vários colegas se lhe pertenciam, obtendo sempre uma resposta negativa de todos, decidiu reparti-los com a Céu, pois sabia da dificuldade que esta tinha em conseguir coisas novas: «isso notava-se na roupa que a menina usava todo o ano, bem como nos livros já preenchidos e riscados, que tinham pertencido ao irmão de adopção no ano anterior, e nos cadernos, que os ‘pais’ obrigavam a menina a utilizar – indo até contra o regulamento da escola que propunha a utilização de uma capa com argolas – argumentando que a infeliz Céu a estragaria em menos de uma semana.» Ao revistar-lhe a pasta, como fazia todos os dias, a futura mãe adoptiva encontrou os cromos que a Céu recebera da Paula: «Como não lhe dava qualquer dinheiro, pensou que a menina os tivesse roubado, não acreditando na explicação dada pela Céu que já conhecemos.» (p.100) No dia seguinte, quando a rapariga brincava com a sua melhor amiga, a Paula, inadvertidamente, esta tocou-lhe no pescoço, o que levou a Céu a contorcer-se com dores horríveis. Como a Paula não percebeu a atitude da amiga, esta «confessou-lhe que a ‘mãe’ para a obrigar a dizer o que ela achava ser a verdade, lhe tinha segurado pelos cabelos e a torturara, pondo-lhe o secador no máximo do calor. Assim, provocara-lhe inúmeras queimaduras no local onde a Paula lhe tocara.» (p.102) Ao chegar a casa, a Paula contou tudo à sua mãe, ao mesmo tempo que, lhe pediu que fizesse qualquer coisa, para salvar a Céu do inferno em que vivia. «A mãe da Paula contactou os Serviços de Protecção de Menores que, no dia seguinte, enviaram duas pedopsiquiatras à escola, onde observaram os bárbaros e selváticas queimaduras feitas no pescoço de Céu. Esta, com medo de perder uma vez mais a família, quis desvalorizar o acontecido, porém, esta já não era a primeira queixa que chegava àquele organismo, que só precisava de uma prova evidente para retirar a Céu à família de pré-adopção. Foi precisamente isso que aconteceu. A Céu foi conduzida a um centro de acolhimento, onde passou a viver com outras crianças órfãs, que esperam uns pais adoptivos condignos e humanos.» (p.115) Na semana seguinte, a Paula foi visitar a Céu e encontrou-a felicíssima, «prometendo-lhe que a visitaria sempre que pudesse.» (p.116) «A Céu, cuja única ambição que possuía na vida era ter uma família, adaptou-se instantaneamente àquele novo lar, que a vida madrasta lhe oferecia.» (p.117) Os danos psíquicos e físicos causados a menina, pela família que a queria adoptar, nunca serão reparados. Por outro lado, «a mãe, ou madrasta, pré-adoptiva, que fazia da pequena e indefesa Céu, uma ‘gata borralheira do século XXI’, moveu as suas influências e continua sem a justa punição.» (p.120) Livro para ler, e meditar, na maldade humana, sua origem e fatais consequências.


Informação Geral

19 de agosto de 2015

Costa do Sol jornal

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Mais de mil pessoas por dia na Malveira da Serra Chegaram ao fim as Festas em Honra da Nossa Senhora da Assunção, na Malveira da Serra. Muitos visitantes, muita música e muita animação marcaram a edição de 2015. dias às festas, principalmente muita gente de fora”. Carlos Sérgio defende que “a música popular e o convite a artistas do género é uma aposta ganha, uma vez que agrada a várias gerações”. Contudo, a melhor noite dos onze dias de

As festas mais quentes deste verão”. Este é o lema de uma das festividades populares com maior impacto no concelho de Cascais. As Festas em Honra da Nossa Senhora da Assunção, na Malveira da Serra, terminaram no passado fim de semana e, segundo a organização, foi um sucesso. Para além de uma média de mil pessoas por noite, Carlos Sérgio dá conta que o recinto lotou em cinco noites. Segundo o representante da Comissão de Iniciativas de Apoio Social (CAISA), “muita gente veio todos os

festa registou-se com a atuação dos Tenis Bar, uma banda “da casa”. Depois do carnaval, este é o evento mais importante para a Malveira da Serra. Este ano, o destaque vai para os concertos de José Malhoa, Melão, Romana, Jéssica Portugal, Ricky e os Ténis Bar. Houve também arraial todos os dias e muita animação para as crianças, com os habituais carrinhos de choque, carrosséis e insufláveis. O artesanato e a quermesse fizeram também parte da tradição e não faltaram este ano. Destaque ainda para a procissão das velas e para a procissão em honra da Nª Sra. da Assunção, que levou centenas de populares às ruas da localidade. As Festas da Malveira contaram uma vez mais com o apoio do comércio local e da Câmara Municipal de Cascais.

PÁROCO DO ESTORIL

OEIRAS

Morreu Ricardo Neves

Candidatos Cascais alerta crianças e jovens a hortas comunitárias já Segurança nas praias e conscienciaambiental são alguns dos foram selecionados lização conceitos que estão na base das ações

O sacerdote não resistiu à doença diagnosticada no ano passado. O presidente da Câmara de Cascais lembrou o “curto” tempo de Ricardo Neves no Estoril e decretou três dias de luto municipal. Morreu no início do mês de agosto o padre Ricardo Neves, pároco do Estoril. O sacerdote estava internado há várias semanas no Hospital de São José, desde que o seu estado de saúde se agravou devido ao cancro diagnosticado em setembro de 2014. As exéquias foram presididas pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. O funeral, com cortejo, realizou-se no cemitério da Galiza (Alto dos Gaios). O padre Ricardo entrou para o seminário com 15 anos e foi ordenado em 1997. Passou vários anos a trabalhar no seminário de Caparide, em Lisboa, na formação de candidatos ao sacerdócio. A nomeação para o Estoril foi a sua primeira missão como pároco. Numa mensagem publicada na página oficial da autarquia, Carlos Carreiras referiu que “foi um tempo curto” o de Ricardo Neves como sacerdote no Estoril. “Acredito, contudo, que foi um tempo maior do que o tempo se olharmos à compaixão, à inteligência, à simplicidade, à generosidade, ao amor ao próximo e à alegria com que o Padre Ricardo tocou tantos e tantos milhares de cascalenses”, acrescentou o presidente da Câmara Municipal de Cascais. Pela morte do pároco Ricardo Neves, a autarquia decretou três dias de luto municipal”.

Já está disponível na internet a lista final dos contemplados com os 36 talhões para agricultura biológica em Oeiras.

“FAZ DA MUDANÇA A TUA PRAIA”

promovidas em Cascais.

A

Câmara Municipal de Oeiras já procedeu à seleção das candidaturas feitas no âmbito do concurso para atribuição dos 36 talhões, de 25m2, nas hortas comunitárias de Cacilhas (15 talhões + 1 talhão cariz social) e Moinho das Antas (20 talhões), em Oeiras, que decorreram no período de 6 a 31 de julho de 2015. A listagem final de seleção de candidatos encontra-se disponível no Portal do Município em www.cm-oeiras.pt. Recorde-se que a atribuição teve em conta o número de talhões disponíveis e os critérios de seleção constantes no Regulamento Geral de Hortas Comunitárias do Concelho de Oeiras. Os candidatos selecionados serão agora contactados pela União de Freguesias Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, para seleção do respetivo talhão e assinatura do Acordo de Utilização. Puderam candidatar-se a este concurso munícipes residentes no Concelho de Oeiras com manifesto interesse em explorar um talhão nestes espaços, em modo de agricultura biológica. A seleção dos candidatos foi realizada mediante os critérios previstos no Regulamento deste programa, tendo prioridade os residentes na freguesia de Oeiras e dentro de um raio de proximidade às hortas de 500m.

N

o âmbito do Projeto Bandeira Azul, inserido no Programa Maré Viva, têm vindo a ser realizadas diariamente, nas praias de Cascais, ações de segurança e sensibilização destinadas a crianças e jovens. O objetivo é alertar para a adoção de comportamentos que visem a proteção do ambiente e a segurança dos utentes das praias. “Faz da Mudança a Tua Praia” é uma das iniciativas que conta com o apoio da Associação de Salvamento Aquático que, em agosto, está a promover a sua campanha nas praias Conceição/Duquesa (21 de agosto) e Tamariz (27 de Agosto). “Muda a tua atitude - ajuda a tua praia” é outra ação a cargo de voluntários do Programa Maré Viva que consiste em sensibilizar os utentes das praias para a mudança de comportamentos, alertando para a gravidade de deitar lixo nas praias. Em agosto, esta ação vai decorrer nas seguintes praias: Praia da Rainha (dia 19), Conceição/Duquesa (dia 20 e 21), Moitas (dias 24 e 25), Tamariz (dia 26) e Poça (28 e 31).

OPINIÃO

FESTAS DA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

Isabel Magalhães

QUO VADIS CASCAIS ? (Para onde vais Cascais ?)

Dos inúmeros passos que podemos dar, escolher uma vida sem sonhos é talvez o mais trágico deles. Reduzir ao mínimo uma existência e as suas possibilidades, limitá-la à sobrevivência e ignorar todo o seu potencial de felicidade é o pior uso que fazemos desse milagre que nos é oferecido ao nascermos.” – Ser em vez de Ter, IM, pág. 28. Triste tem sido, nas últimas décadas, o caminho percorrido pela Vila de Cascais, sem dúvida a de maior potencial em Portugal, em que o sonho tem sido arredado das mentes dos seus governantes e substituído pela pobreza dos interesses partidários e/ou económicos imediatos. Mas Cascais não parou de sonhar. E daí decorre que exista um divórcio entre as expectativas dos Cascalenses e a realidade concreta com que se têm vindo a deparar. Tudo, porém, é possível se os Cascalenses acreditarem que está na sua mão a mudança. Os locais, as aldeias, as vilas, as cidades são feitas e evoluem pelas e com as pessoas que aí vivem. Com as suas necessidades, oportunidades e sonhos. São os sonhos das gentes de Cascais que devem moldar o futuro desta nossa Terra. Não podemos, por isso, abandoná-los e aceitar simplesmente os destinos que outros, quaisquer que sejam, nos impõem. Temos de todos os dias pôr em prática o que consideramos ser passos na sua concretização. Aos governantes compete conjugar os sonhos de todos nós e dar-lhes consequência. Por isso, é importante que transmitamos aquilo que sonhamos para nós e para o nosso futuro a quem nos governa. É indispensável comunicar os nossos anseios e necessidades, seja pessoalmente, por telefone, por mail, seja assistindo e participando nas reuniões de Assembleia da nossa Freguesia, Assembleia Municipal ou Câmara Municipal (consultar o site CMC–Actividades). Os sonhos são ideias e a sua concretização prática só é possível se ousarmos expô-los e dar-lhes voz. Cascais é o nosso sonho e temos o dever de lutar pela sua concretização.


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Cultura

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“PALAVRAS E SONHOS” Maria Clotilde Moreira

Voltando de Férias

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ara este nosso Jornal acabou a pausa de Férias e estão-nos pedindo o nosso contributo. Pensei em escrever sobre os fogos que nestes últimos dias têm queimado grande parte do nosso País. Mas fiquei aflita com informações sobre falhas no abastecimento de água de algumas freguesias. E os pensamentos cruzam-se entre a falta e má limpeza das nossas matas e o descuido na limpeza e manutenção dos caudais das ribeiras… E lá vim parar ao nosso Município de Oeiras e até ao pé da minha porta a falta de limpeza da ribeira de Algés. Agora esta linha de água está cheia de plantas, lixo e montes de terra. Amanhã – se o Inverno for um pouco mais rigoroso – ficará regurgitando de lamas líquidas entupindo os canos de escoamento e acabando em cheias. E como esta, mais outras ribeiras que se espraiam por esta margem do Tejo com muita pouca atenção dos responsáveis do Município. Não se vê qualquer informação sobre este assunto porque o que enche os “Jornais” deste Município são os projectos do big-edifício aglomerando todos os Serviços da Câmara, são mega-projectos de construção de mais torres de apartamento e hotéis. E as casas vazias? E o património existente que se está a degradar? Porque não se investe na regeneração do edificado em força e com urgência? Há dias troquei ideias com residentes aqui em Algés que lamentavam a sujidade das ruas, as paredes dos prédios cheias de manchas (parece que de urina de cães e humanos) e da falta de lavagem e lá voltei a defender uma ideia que se podia aproveitar a água que está, praticamente, sempre a sair das funduras do Centro de Saúde para se encher uma cisterna que, como há muitos anos acontecia, se lavar as nossas ruas. É muita água que todos os dias o cano junto ao 35 da Av. dos Bombeiros deita água para uma ralo. E dizem que na Rua Manuel Arriaga também há cano de escoamento. Devem começar a ficar fartos da minha falta de variedade de assuntos, mas estes pequenos nada com os quais tropeçamos todos os dias podiam, quanto a nós, ser facilmente resolvidos. Realmente e apesar do pessoal que anda na varredura dar o seu melhor não resolve a dimensão do problema pois ele precisa de melhor organização e disponibilidade de meios e isto implica prioridade de decisão dos órgãos do executivo.

19 de agosto de 2015

Letras no Ocaso

“AS NOIVAS DE TRAVOLTA”

Comédia de sucesso em Oeiras Até 20 de setembro, o Auditório Municipal Eunice Muñoz em Oeiras apresenta uma comédia que gira em torno da amizade de quatro mulheres.

E

scrita por Andrés Tulipano, a comédia “As Noivas de Travolta” tem sido um sucesso em todo o mundo. Chega agora a Portugal, mais precisamente ao Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras. interpretada por Alexandra Leite, Cláudia Negrão, Mané Ribeiro e Paula Marcelo, e dirigida por Celso Cleto, “As Noivas de Travolta” narra-nos a história de quatro amigas de infância que se encontram para festejarem o aniversário de uma delas. Nesta noite festiva, as quatro amigas voltam a viver as suas recordações e, ao mesmo tempo, fazem um balanço do que tem sido as suas vidas. Agora perto dos cinquenta anos e com muito humor, as suas histórias de vida serão para todos os espetadores um bom momento de reflexão. Esta é uma co-produção do Dramax – Centro de Artes Dramáticas de Oeiras e da Câmara Municipal de Oeiras. Pode assistir a “As Noivas de Travolta” até 20 de setembro, de quinta a sábado às 21h30m, e aos sábados e domingos às 17H00m.

LEILÃO EDPCOOLJAZZ

Guitarra de Mark Knopfler resulta em equipamentos para CerciOeiras São 900 os utentes da CerciOeiras que vão beneficiar os equipamentos adquiridos com as verbas alcançadas.

O

leilão da guitarra assinada por Mark Knopfler no edpcooljazz permitiu arrecadar 8 mil euros para a CerciOeiras. Esta verba foi aplicada na aquisição de desumidificador para o tanque de hidroterapia, em duas camas articuladas e três cadeiras de rodas, que vieram, assim, melhorar as condições dos 900 utentes que esta instituição atende nas suas respostas sociais. Para Ivone Félix, diretora executiva

da CerciOeiras, “esta iniciativa do leilão da guitarra foi excelente. Não só pelo valor angariado, que excedeu todas as nossas expectativas, mas, principalmente, pela visibilidade que deu à CerciOeiras e a todas as pessoas com deficiência. Isso é muito importante para continuarmos todos a mudar mentalidades e a destruir preconceitos e, dessa forma, aumentarmos a participação e inclusão das pessoas com deficiência.”

GUINCHO

Dunas da Cresmina inspiram concurso internacional de ideias Preservar o património cultural, histórico e paisagístico da fortaleza da Cresmina foi o desafio lançado aos estudantes e arquitetos.

A

s Dunas da Cresmina no Guincho foram o local escolhido para a realização de um concurso internacional promovido pelo ARKxSITE, cujos vencedores – arquitetos provenientes de Itália, França e Chile - foram anunciados a 8 de agosto. O concurso teve como objetivo a idealização de um Centro de Arte Contemporânea hipotético a ser construído na Fortaleza da Cresmina. Aberto a estudantes de arquitetura e arquitetos com menos de 40 anos de idade de todo o mundo, o concurso desafiou os participantes a preservar os elementos culturais, históricos e paisagísticos da Fortaleza da Cresmina, celebrando o património natural existente para criar uma experiência única para os visitantes. ARKxSITE é uma plataforma para competições internacionais de arquitetura para promover o debate e reflexão para além das fronteiras culturais, ideológicas e disciplinares. É uma iniciativa que visa reunir estudantes e profissionais no domínio da arquitetura e paisagem para incentivar novas perspetivas e estratégias inovadoras de intervenção no território. As Dunas da Cresmina são uma pequena parcela do complexo dunar Guincho-Oitavos localizado no Parque Natural de Sintra-Cascais, em que a areia proveniente das praias do Guincho e da Cresmina retorna ao mar mais a Sul (entre os Oitavos e a Guia), após migrar sobre a plataforma rochosa aplanada do Cabo Raso.

Pedro de Sá

Tem de haver uma Biblioteca no Céu

C

onheci-o já adulto. Sim, porque só conhecemos alguém, quando compreendemos as suas paixões. E para compreender as do meu Tio, levei o meu tempo. E esse exigiu a maioridade. Recordo-me, com nitidez, a sua forma de receber. Com elevada cortesia, convidava-nos a entrar, e apontava-nos, com a sua mão direita, o fundo do extenso corredor à direita. Aí chegados, entrávamos no seu mundo: um mundo de papel, de silêncio, de saber, de sonhos… E foi aí, que me deu a conhecer o sublime da essência humana. Sentava-se, na sua secretária, diante de mim, e dissertava acerca da temática mais relevante para o momento. Por vezes, parava, para ir em busca de um qualquer texto que, oportunamente, ilustraria, na perfeição, as suas palavras. E como era extenso o seu universo de papel! O seu olhar, acompanhado pela mão, percorria lombadas e lombadas e lombadas. Por fim, regressava sempre, num triunfo silencioso, com o volume desejado. Sentava-se. Olhava o livro com uma familiaridade quase orgânica. Como se este fosse uma extensão de si. E, no fundo, era-o. Sabia sempre onde o abrir. Regra geral, os seus livros estavam comentados, sublinhados… E então, procedia à leitura de um excerto, com a singularidade de uma voz que tinha o dom de animar caracteres impressos, como se, em vez de os decifrar, lhes desse a vida. Como eu gostava de o ouvir declamar Pessoa! E tantos outros… Acredito, no meu íntimo, que o próprio Pessoa gostava de ouvir as suas palavras através do meu Tio. Ainda hoje recordo quando declamou o Aniversário, de Álvaro de Campos. A cada verso, senti-me a mergulhar naquele universo, numa viagem ao tempo em que festejavam o dia dos meus anos. E muitos, muitos, outros… Sim, a lista é extensa, assim como a sua invulgar cultura. Sabia que o caminho do saber é o da humildade. Porque só procura quem sente a falta. E, até ao fim, procurou, e procurou, acrescentar um pouco de areia à sua ilha (o meu Tio gostava, particularmente, desta metáfora de Huxley). Achava que era o dever de cada um de nós, nesta existência, lançar a ponte para o próximo. Só assim, no seu entendimento, a compreensão poderia emergir. E, de facto, sempre procurou esse conhecimento do outro. Ouvia-nos, sentado, a cabeça ligeiramente inclinada, num misto de compreensão e indulgência. De seguida, as suas palavras apenas lucidez. Afinal, os tempos não pedem outra coisa. E há muito que o sabia. Disseram-me que partiu de madrugada. De forma serena. Acredito. Afinal, nunca foi de tempestades. Procurou sempre a harmonia. A beleza. Nada mais. Uma vez disse-me que a haver um céu, teria que ser uma biblioteca. Tenho de acreditar nisto. E acredito, também, que o céu, por esta altura, está mais iluminado. Quanto a nós, que ainda estamos nesta penúltima estação, sigamos o seu exemplo. E acredito, uma vez mais, que a cada livro lido, a cada palavra escrita, o meu Tio esboçará um sorriso. Afinal, foi esse o seu legado. E se o conseguirmos transmitir aos mais novos, com um décimo da sua arte, então descansemos, a missão foi cumprida! Vai-me ser particularmente penoso regressar à Feira do Livro. Se vir alguém, a arrastar um carrinho, com uma boina na cabeça, a olhar os livros com a familiaridade de um parente próximo, espero que não se importe se eu me aproximar por trás e lhe chamar Tio. P. S. – Bem sei que, na nossa última conversa, me disse para deixar as crónicas, e acabar o meu 4º livro. Peço desculpa, mas esta tinha de fazer. E prometo, em sua homenagem, conhecer Vila Flor. E aí chegado, subirei a um monte, para depositar uma flor numa certa fraga.


Empresas

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Costa do Sol jornal

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FUNALCOITÃO – Comemoração do 5º Aniversário Com Dignidade, Humanismo, Honestidade e Profissionalismo - Mais do que Enterros, fazem Homenagens! planeado, único, individual, sensibiliza profundamente a família e amigos da pessoa falecida, o que facilita bastante o processo de luto. Assim, criaram este projecto inovador - personalização da cerimónia fúnebre - que passa sobretudo pela VALORIZAÇÃO da VIDA e PERSONALIDADE ÚNICA.

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Funalcoitão foi fundada em 2010 por dois irmãos, Carlos Carneiro e Álvaro Carneiro que contam com mais de 17 anos de experiência no ramo funerário, dois profissionais qualificados e dedicados ao serviço de cerimónias fúnebres nacionais e internacionais de elevada qualidade. Com todo o empenho e colocando em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, os irmãos Carneiro decidiram abrir o seu próprio negócio na zona onde nasceram e sempre viveram (ambos são de Alcabideche), onde existia a necessidade de um serviço fúnebre com qualidade, mas a preços acessíveis. A sua MISSÃO é acompanhar o cliente desde o primeiro contacto, durante e após o processo de falecimento de um ente querido, satisfazendo todas as suas expectativas, através de um atendimento personalizado e qualificado das cerimónias funebres. Ambos acreditam que um funeral bem

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Os irmãos Carneiro explicam que “Acreditamos que a vida é uma dádiva, um caminho e a morte mais uma etapa, que nos ensina sobre separação, dor, aceitação e sobre recomeçar. Queremos acompanhá-lo neste momento: Prestar tributo a quem chegou ao fim do ciclo, homenagear o seu ente querido e o valioso contributo que concedeu à vida; providenciar o ambiente ideal para a união e o conforto entre familiares e amigos; cuidar para que haja tempo e espaço para algo igualmente importante, a expressão dos seus sentimentos. O que nos diferencia das outras agências funerárias é a Dignidade, Humanismo, Honestidade e Profissionalismo com que prestamos os nossos serviços, em simultâneo com os nossos preços muito competitivos. Prestamos serviços fúnebres e respecti-

Transformar o pesar de um funeral num alegre poema de Mário Sá Carneiro: “Quando eu morrer batam em latas, Rompam aos saltos e aos pinotes, Façam estalar no ar chicotes, Chamem palhaços e acrobatas! Que o meu caixão vá sobre um burro Ajaezado à andaluza... A um morto nada se recusa, Eu quero por força ir de burro”. Na Funalcoitão encontra uma equipa jovem, inovadora e dinâmica que oferece aos seus clientes um serviço de excelência ao melhor preço!!!

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PAC BAR - Ritmos Afrolatinos em Cascais O novo espaço noturno localizado no centro da vila é o local ideal para uma noite de ritmos quentes e de grande animação.

E

stá prestes a celebrar seis meses de existência. O PAC BAR é um dos mais recentes espaço noturnos em Cascais e pretende ser uma das referências da noite do centro da vila. Aberto desde o início de março, o PAC BAR desfruta de uma excelente localização, entre o Largo da Câmara Municipal e o Largo Camões, mesmo atrás do Hotel Baía. Segundo o proprietário, Paulo Carvalho, “o PAC BAR assume-se como um bar afrolatino, destinado a todos aqueles que gostam de ouvir Salsa, Kizomba, Bachata ou Merengue”. Defende o gerente que esta era uma lacuna em Cascais: “não existia um espaço com estes ritmos diariamente”. E acrescenta: “Muitos dos clientes dizem que não encontram um espaço como este em Cascais, pela música e pela animação que normalmente tem. Pode dizer-se que isso marca bem a diferença”. Por outro lado, “o espaço é considerado como um bar muito agradável e característico devido a sua localização e decoração” Paulo Carvalho revela que “alguns clien-

tes que não ligavam muito a estes ritmos, vão agora muitas vezes ao PAC BAR. Estes ritmos cada vez atraem mais fãs de todas

as idades porque são ritmos quentes e divertidos e isso é o que as pessoas procuram quando saem à noite”.

Embora não seja um restaurante, a cozinha do PAC BAR está sempre pronta para preparar diversos petiscos, tais como chouriço assado, tostas, hambúrgueres ou cachorros. Por outro lado, tal como explica Paulo Carvalho, este espaço é sobretudo “um local de encontro de amigos e amantes dos ritmos afrolatinos”, uma dinâmica única que se comprova com a realização de algumas noites temáticas, dedicadas por exemplo ao flamenco, às sevilhanas, aos anos 70 e 80, ou até ao karaoke. “É um bar muito versátil que também por ser utilizado para eventos particulares, como aniversários ou até eventos de empresas com serviço de bar”, adianta o proprietário. O PAC BAR abre normalmente das 20h às 02h. Para mais informações, entre em contacto através do número 214 812 154 (a partir das 20h) ou pelo endereço pacbar. cascais@gmail.com. Já a página facebook – www.facebook.com/pacbarcascais - é o sítio ideal para ficar a par dos eventos regulares que se realizam no PAC BAR.

Ficha Técnica Costa do Sol - Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais • Proprietário e Editor: Labirinto de

Páginas Unipessoal, Lda. • NIF: 510676448 Morada da sede: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 91

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Maria Clotilde Moreira, Maria Margarida Rufino, Pedro Guilherme, Rui Rama da Silva e Sofia Pracana Secretariado, paginação e logística: Teresa Prada Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ Publicidade: Dina Oliveira E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt Impressão: Gráfica Funchalense


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Desporto

Costa do Sol Jornal

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FUTEBOL | Liga NOS

NATAÇÃO

Estoril Praia inicia época com derrota na Luz

Jorge Faria e Ana Ferreira vice-campeões mundiais

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oi o pontapé de saída para mais uma época do futebol maior nacional, com o Estoril Praia a jogar fora de casa, na Luz, com o campeão Benfica, estreia que ficou marcada por uma derrota copiosa (4-0) consentida nos 15 minutos finais do encontro. A partida, que ficou marcada por alguns lances polémicos, entre os quais uma grande penalidade que ficou por marcar a favor dos canarinhos, poderia ter tido outro desfecho não fosse a enorme exibição do guarda-redes encarnado, Júlio César, que evitou que os pupilos de Fabiano Soares saíssem de Lisboa com outro resultado, senão mesmo com a vitória. O campeonato prossegue no próximo fim de semana, com o Estoril Praia a receber no domingo, dia 23, às 17h00, a formação do Moreirense, jogo que marca o primeiro encontro dos canarinhos na “Liga NOS 2015/2016” no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

Nacionais jovens deram pontapé de saída

U

Resultados: Juniores – Portimonense-AD Oeiras, 1-1. Juvenis – AD Oeiras-Cova da Piedade, 2-1; FC Alverca-Sporting de Linda-aVelha, 0-1. Próximos encontros: Juniores – AD Oeiras-GS Loures (quarta-feira às 17h00); Sacavenense-AD Oeiras (domingo). Juvenis – Almada AC-AD Oeiras; Sporting de Linda-a-Velha-Sporting (domingo às 11h00); Estoril Praia-FC Alverca (domingo às 11h00).

AC Porto Salvo promove treinos de captação Depois dos seniores, que tiveram lugar na passada segunda-feira, no próximo dia 1 de setembro (terça-feira) é a vez de jogadores dos escalões de infantis, iniciados, juvenis e juniores, aparecerem no Complexo Desportivo de Porto Salvo caso estejam interessados em fazer parte das formações do Atlético Clube de Porto Salvo na época de 2015/2016. Os candidatos devem apresentar-se com equipamento de treino, e serem portadores do Cartão de Cidadão ou documento equivalente, no seguinte horário: 18h00 – Infantis e Iniciados. 19h30 – Juvenis. 20h30 – Juniores.

FUTSAL

Leões de Porto Salvo finalista vencido na “Taça de Honra 2015”

A

5) após o empate a dois golos no tempo regulamentar, enquanto no segundo jogo da noite, o CRC Quinta dos Lombos não foi capaz de contrariar o favoritismo do Sporting, perdendo por 1-4. Nas meias-finais de sábado o Leões de Porto Salvo venceu a AM

Ana Ferreira

Q

m empate e duas vitórias marcaram o início dos campeonatos nacionais primodivisionários dos mais jovens, o de juniores, onde a AD Oeiras saiu de Portimão com um empate a um golo, e o de juvenis, em que as formações do concelho de Oeiras, AD Oeiras e Sporting de Linda-a-Velha, entraram com o pé direito ao vencerem as suas partidas, jornada em que o Estoril Praia viu o seu jogo adiado com o CAD Entroncamento para o derradeiro sábado de agosto, dia em que as formações juniores canarinha e linda-a-velhense iniciam o nacional secundário.

o contrário das outras edições, a 3.ª da “Taça de Honra 2015”, prova sob a égide da Associação de Futebol de Lisboa, foi disputada num único palco, o pavilhão Multiusos de Odivelas, com a presença de 8 clubes do distrito lisboeta, entre os quais o Leões de Porto Salvo e o CRC Quinta dos Lombos, equipas que tiveram sortes diferentes no evento que decorreu entre quinta-feira e domingo da passada semana, dia em que os pupilos de Ricardo Lobão discutiram a final com o Sporting, acabando no final dos 40 minutos por não levantar o troféu em disputa, após a derrota por 1-3. Na jornada inaugural, os quartos de final, o primeiro a entrar em campo foi o Leões de Porto Salvo, formação que acabou por seguir em frente ao bater a UP Venda Nova nas grandes penalidades (6-

Jorge Faria

Portela por 4-1, o Sporting superou o Benfica da marca dos penáltis (67), resultados que motivaram a terceira presença dos leões lisboetas na final, situação que os leões porto-salvenses conheceram pela primeira vez, e que acabou com os de Alvalade a fazerem a festa.

uatro nadadores do Sport Algés e Dafundo, Jorge Viegas Faria, Ana Gaspar Ferreira, Jorge Vaz Correia e Carla Lenzi, estiveram entre os 15 nadadores portugueses que participaram no Campeonato do Mundo de Masters, que decorreu entre 10 e 16 de agosto na cidade de Kazan, na Rússia, com os dois primeiros, Jorge Faria e Ana Ferreira a sagrarem-se vice-campeões do Mundo nos respetivos escalões. No mundial de Masters, em que estiveram em competição 2.639 atletas de 71 países, Jorge Viegas Faria (escalão 50-54 anos), para além das medalhas de prata conquistadas nas provas de 50 e 100 metros mariposa, foi 5.º e 6.º nos 50 e 100 metros livres. Por sua vez, Ana Gaspar Ferreira (escalão 65-69 anos), que subiu ao pódio dos 800 metros livres, alcançou ainda a 4.ª posição nos 100 metros mariposa, 200 e 400 metros livres. Entretanto os restantes dois nadadores algesinos, apesar de não trazerem para o concelho de Oeiras medalhas, não deixaram de registar bons resultados nas provas em que marcaram presença. Jorge Vaz Correia (escalão 60-64 anos) classificou-se em 5.º nos 200 e em 6.º nos 400 e 800, 20.º nos 50 e 14.º nos 100 metros livres, já Carla Lenzi (escalão 45-49 anos) terminou em 18.º lugar a prova de 100 metros bruços e finalizou a de 200 metros estilos na 21.ª posição.

CANOAGEM

Clube do Mar Costa do Sol festeja título em setembro

C

om as contas finais apontadas para 9 e 10 de outubro, após o Madeira Ocean Race, no Funchal, 6.ª e última etapa do “Campeonato Nacional de Canoagem de Mar”, o Clube do Mar Costa do Sol, pode-se dizer tem o título de campeão no bolso, tal é a distância pontual para os seus adversários diretos, somando nas 4 etapas já realizadas 34.772 pontos, mais 9.335 que o Alhandra Sporting Clube (25.437) e 10.934 que a Associação Naval Amorense (23.838), equipas que seguem na 2.ª e 3.ª posição da tabela. Na etapa do passado domingo, entre a praia de Castelo de Neiva e Esposende, os atletas do Clube do Mar Costa do Sol, coletivamente, voltaram a subir ao lugar mais alto do pódio, com 9.127 pontos, com os restantes a serem ocupados pelo Alhandra Sporting Clube (6.073) e pelo Clube Naval de Sesimbra (5.961), enquanto a nível individual os destaques vão para Sara Sotero e Joana Moura, canoístas que conquistaram as medalhas de ouro e prata na prova SS1 Juniores Femininos, Luís Ribeiro, prata em K1 Absoluto, Rodrigo Bento, bronze em SS1 Juniores Masculinos. Os restantes atletas da formação do concelho de Oeiras terminaram as suas provas nos seguintes lugares: SS1 Seniores Masculinos – 7.º Ricardo Rodrigues; 9.º Nuno Antunes; 12.º Henrique Marcelino; 21.º André Moreno. SS1 Juniores Masculinos – 5.º Francisco Melo; 8.º Pedro Cordeiro. SS1 Seniores Femininos – 4.ª Catarina Santos. A próxima etapa do “Campeonato Nacional de Canoagem de Mar” vai disputar-se a 12 de setembro, na praia de Ferragudo, em Lagoa.


Desporto

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Costa do Sol jornal

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HIPISMO

Cascais consagrou campeões da Taça de Portugal da Juventude

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júnior Francisco Fontes, com Uta, a juvenil Ana Margarida Gomes, com Quattu, e a iniciada Carolina Laranjeira, com Oitava, foram consagrados campeões da “Taça de Portugal da Juventude 2015”, em Saltos de Obstáculos, evento que o Hipódromo Municipal Manuel Possolo, em Cascais, recebeu com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, Associação de Turismo de Cascais, União de Freguesias de Cascais e Estoril e Jornal da Região, numa organiza-

ção da Sociedade de Propaganda de Cascais. Na tarde do derradeiro dia foram disputadas as principais finais, provas que contaram com a participação de várias individualidades na entrega troféus e medalhas, com o edil cascalense Carlos Carreiras a premiar os jovens cavaleiros que subiram ao pódio júnior, Miguel Arrobas, director municipal, o juvenil, e Rita Serra Coelho, vereadora do Desporto da União de Freguesias, o de iniciados, sempre acompanhados por Joaquim Aguiar, presidente da entidade organizadora do evento, pódios que foram constituídos pelos seguintes conjuntos: Juniores – 1.º Francisco Fontes, com Uta; 2.º Rafael Carvalho, com Gonda Van De Achterhoek; 3.º Gonçalo Esteves, com Tornedo Dingeshof Z.

Juvenis – 1.ª Ana Margarida Gomes, com Quattu; 2.ª Clémence Margaux Pacheco, com Up Du Salbey; 3.º Bernardo Carvalho, com Fello Ryal K. Iniciados – 1.ª Carolina Laranjeira, com Oitava; 2.ª Ana Silva Abreu, com Upa-Upa Do Paço; 3.ª Daniela Pereira Rodrigues, com Pin Up De L’Oree. Os vencedores das provas instituídas pelas entidades oficiais do evento foram os seguintes: União de Freguesias de Cascais e Estoril – Daniela Pereira Rodrigues, com Pin Up De L’Oree. Turismo de Portugal – Ana Margarida Gomes, com Quattu. Câmara Municipal de Cascais – Rafael Carvalho, com Gonda Van De Achterhoek.

PATINAGEM ARTÍSTICA

HÓQUEI EM PATINS

Carolina Andrade desiste do europeu Daniela única representante da Linha

APL apoia clubes nas viagens às Ilhas

N

a segunda convocatória já não constava o nome de Carolina Andrade, atleta do Leões de Porto Salvo, actual campeã nacional nas especialidades de Patinagem Livre e Obrigatória, assim como tinha desaparecido o de Diana Ascenção, do Paço de Arcos, na categoria de Solo Dance, no entanto as razões são bem diferentes, já que no caso da jovem patinadora portosalvense foi ela que decidiu não fazer parte da convocatória para o Campeonato da Europa 2015, competição que vai ter lugar em Ponte di Legno, Itália, de 24 de agosto a 1 de setembro, invocando motivos pessoais, dando nota disso na sua página do facebook, que transcrevemos a parte essencial. “Deixo aqui, publicamente escrito que por minha decisão, este ano, não representarei

o meu país no Campeonato da Europa. Uma decisão que obviamente foi difícil de tomar, mas que por mim, pelo meu bem estar e paz interior é o melhor que posso fazer. Como atleta e como ser humano nunca vi e espero não voltar a ver tanta maldade e desequilíbrio mental como vi este ano para comigo e para com os meus. Triste haver pessoas de tal perfil numa modalidade tão maravilhosa”. A terceira convocatória mantém Daniela Sardinha, vice-campeã nacional com a camisola da LMR Algés, nas categorias de Patinagem Livre e Obrigatória, única atleta da Linha chamada pela Federação de Patinagem de Portugal, que esperamos marque presença no europeu em Itália.

ATLETISMO

“Corrida do Tejo 2015”: treinos arrancam a 29 de agosto

A

35.ª edição da “Corrida do Tejo”, prova organizada pela Câmara Municipal de Oeiras a 13 de setembro na Avenida Marginal, entre Algés e a praia da Torre, em Oeiras, no momento em que se aproxima o primeiro treino oficial, apontado para as 10h00 da manhã de 29 de agosto, na Praça da Maratona, Estádio Nacional, Jamor, ultrapassou já os 7 milhares de atletas inscritos, inscrições que continuam abertas até 7 de setembro através do link – www.corridadotejo.com – ou em qualquer das lojas Sportzone. Os restantes três treinos estão agendados para 2 de setembro (às 18h30 no Jamor), 5 de Setembro (às 10h00 no Jamor), e a 11 de

setembro (às 18h30 no Parque dos Poetas, em Oeiras).

A

s dificuldades financeiras dos clubes é evidente nos momentos que correm, por isso a Direção da Associação de Patinagem de Lisboa (APL) decidiu dar o passo seguinte com vista a contribuir para a resolução da situação, adiantando as verbas necessárias para a deslocação dos clubes seus associados, da 1.ª, 2.ª e 3.ª divisão, que irá permitir às formações seniores da Linha, Paço de Arcos, AD Oeiras. AJ Salesiana, Parede FC, Dramático de Cascais e GRF Murches, assim como a todas as suas associadas a viajarem através da agência de viagens Best Travel (com quem a APL tem um protocolo) a fim de marca-

rem presença, sem qualquer limitação, nos encontros oficiais nas ilhas dos Açores e Madeira. Medida que a Direção da Associação de Patinagem de Lisboa vai pôr em prática, e que o presidente Luís Nascimento não deixou de comentar como essencial para não privar ou causar constrangimentos aos clubes e atletas do distrito de Lisboa de competirem nas provas oficiais do calendário nacional, pois a capacidade financeira dos mesmos poderia pôr em causa algumas deslocações, situação que não é nova a nível nacional e que será evitada com esta solução da APL.

Paço de Arcos fora das competições europeias

E

sta estratégia por parte da Associação de Patinagem de Lisboa, e que neste momento pode ser considerada bem sucedida deveu-se à existência de clubes que tem dificuldade em dar continuidade à progressão dos seus atletas devido à falta de condições financeiras, levando os clubes a abdicarem da categoria sénior e como consequência o abandono de jogadores, situação que a APL preocupou-se em travar, fomentando o aparecimento de novos clubes com a categoria sénior. Caso evidente das dificuldades financeiras dos clubes é o do Paço de Arcos, uma das equipas portuguesas que conseguiu terminar o campeonato passado em lugar para disputar as competições europeias, a Taça CERS, situação que rejeitou devido ao momento financeiro que atravessa, decisão que

comunicou atempadamente à entidade que rege o hóquei em patins europeu, a CERH.


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