Costa do Sol - Jornal | 20 de Maio by Costa do Sol Jornal

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Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais

Costa S do

Quarta-feira, 20 de maio de 2015 | Ano II | Nº 93 | Diretor: Carlos Gaspar da Silva | Preço: 0,01€

Dia Mundial da Criança 1ª Edição

pág. 9

Comida Caseira Tradicional Portuguesa Serviço de Almoços e Jantares Aceitamos reservas p/ grupos Menús variados Especialidades: Carne e Peixe Fresco Grelhados Bacalhau Verde Bacalhau à Braz Bacalhau à Lagareiro Polvo à Lagareiro Ensopado de Borrego Migas à Alentejana Arroz de Pato Iscas à Portuguesa Grelhada Mista e Picanha Encerra ao domingo

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Conferências do Estoril

Já arrancou a edição 2015 do grande evento internacional realizado em Cascais. O primeiro dia foi dedicado à juventude com Carlos Carreiras a revelar-se “indignado” com a emigração jovem por falta de oportunidades. Pág. 2

Novo centro de saúde em Carnaxide Mais de 2 milhões de euros vão ser investidos na nova unidade de saúde, localizada no antigo Quintal Desportivo de Carnaxide. A Câmara Municipal de Oeiras cedeu o terreno para a construção. Vão ser criados 24 postos de trabalho. Pág. 7

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Stock & Fashion Market na baía de Cascais

Ana Faustino, diretora da Casa do Parque da CrescerSer

“O projeto de vida de qualquer criança tem de ser num ambiente familiar”

A ESPECIALIZADA EM

MERCEDES

Começa no dia 22 de maio um dos eventos de maior sucesso da vila cascalense. A iniciativa da Associação Empresarial do Concelho de Cascais conta já com oito edições consecutivas e tem tido um impacto positivo junto dos empresários. Pág. 12

Music & Fashion Show animou Parede

Pág.11

Festa do Cavalo de Porto Salvo regressa nesta 6ª feira.

Pág.12

Festas da Rocha revitalizadas em Queijas.

Pág.13

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Costa do Sol Jornal

CICLO DE CONFERÊNCIAS DA OEIRAS INVEST

Paulo Vistas aponta Oeiras como exemplo de inovação e crescimento

grande auditório do Taguspark foi o palco da primeira de um ciclo de conferências promovido pela Oeiras Invest. “Inovar e Crescer são dois verbos que pertencem, desde há muitos anos a esta parte, ao ADN do município de Oeiras”, afirmou Paulo Vistas durante a a conferência “Inovação e Crescimento”, uma iniciativa da Oeiras Invest - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Empresarial de Oeiras. Para o presidente do Município de Oeiras, “a inovação, tal como a qualidade e a produtividade, são disciplinas que tentamos, no nosso dia-a-dia, sistematizar e estruturar de modo a tentar posteriormente extrair o máximo valor de quantos colaboram na Câmara Municipal”. E acrescenta: “aqueles que nos têm acompanhado mais de perto, podem certamente testemunhar ser esta uma Câmara com forte vocação de crescimento e com inegável interesse na criação de valor”. Esta conferência foi a primeira de um ciclo que a Oeiras Invest vai realizar nos próximos meses, com o objetivo de dar a conhecer as oportunidades que se deparam à comunidade empresarial de Oeiras e do país, no âmbito dos programas Portugal 2020 e Horizon 2020. Para além do presidente da autarquia de Oeiras, estiveram presentes no Grande Auditório do Taguspark o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, Pedro Pereira Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Miguel Cruz, Presidente do IAPMEI, António Moita, presidente da Oeiras Invest e António Saraiva, Presidente da CIP, que é também o coordenador deste ciclo de conferências.

Informação Geral

20 de maio de 2015

CONFERÊNCIAS DO ESTORIL 2015

Carlos Carreiras “indignado” por jovens que emigram por falta de oportunidades A edição 2015 das Conferências do Estoril arrancaram ontem, 19 de maio, com uma intervenção do presidente da autarquia cascalense sobre a juventude.

LOJA DO CIDADÃO DE CASCAIS

Município recebe competências de gestão Protocolo assinado entre Câmara Municipal de Cascais e Agência para a Modernização Administrativa.

“

Melhorar a qualidade dos serviços públicos aos cidadãos e às empresas”. Foi desta forma que a autarquia de Cascais assinalou a passagem de competências da Loja do Cidadão de Cascais para o município. O acordo de transferência foi assinado entre a Câmara de Cascais e a Agência para a Modernização Administrativa. Na opinião do presidente da autarquia, “esta transferência de competências constitui mais um passo para salvaguardar o interesse dos munícipes, facilitando-lhes a vida quando têm necessidade de se relacionar com a administração pública”. Por outro lado, Carlos Carreiras indica que esta “é também uma forma de racionalizar os espaços, melhorar as condições de trabalho e diminuir os custos de gestão e operacionalização na prestação de serviços”. Segundo o secretário de Estado da Modernização Administrativa, Joaquim Costa, “Cascais constitui um bom exemplo ao acolher a descentralização de serviços, criando sinergias entre a Administração Central e Local, no sentido da prossecução de políticas concertadas em prol do interesse público e dos residentes no concelho”. A promoção da literacia digital da população, através do atendimento digital assistido, é um dos objetivos dos novos espaços do cidadão, em que se procura, de forma pedagógica, capacitar o cidadão a interagir digitalmente com a Administração Pública. Presente na cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho, esteve também presente Pedro Silva Dias, presidente da Agência para a Modernização Administrativa.

presidente da Câmara de Cascais disse pertencer ao grupo de “indignados” contra a necessidade de emigrar por falta de oportunidades, defendendo que a prioridade do Governo deve ser criar empregos dignos para jovens. Durante a Cimeira da Juventude, que marcou o primeiro dia das Conferências do Estoril 2015, Carlos Carreiras dirigiu-se aos jovens e sublinhou que “a prioridade entre as prioridades” é “criar emprego digno para a juventude”. “Diz a música que ‘só há liberdade a sério quando houver paz, pão, habitação, saúde e educação’. Infelizmente há muitos jovens lá fora que desconhecem o significado desta letra. Para eles não houve habitação, nem sempre houve pão e, muitas vezes, nem sequer houve paz. E eu não compreendo que isto possa acontecer à geração que é, simultaneamente, a mais preparada, a mais europeia e a mais globalizada da nossa história”, sustentou. Por isso, o autarca, que é também vice-presidente da comissão política nacional do PSD, considerou fazer, ele próprio, parte da geração rotulada como “indignados”, avançou a Lusa. “Quero dizer-vos que se eu estivesse no vosso lugar também estaria indignado. Eu indigno-me que a sociedade seja egoísta ao ponto de falarmos em direitos adquiridos para uns, sem percebermos que esses direitos adquiridos por uma geração são os direitos subtraídos à geração seguinte”, referiu. Carlos Carreiras disse também

indignar-se com apostas “mais no betão do que na ciência, mais nas estradas do que na educação”. “Eu não me indigno se os jovens querem emigrar à procura da felicidade. Indigno-me porque nós, os que ficamos, não somos capazes de criar as oportunidades para que eles um dia possam voltar à sua terra. E indigno-me quando

Política, religião, educação e a busca de ideias locais para resolver problemas globais são os grandes temas desta edição. A sessão “Religião e o Diálogo entre Civilizações” é um dos momentos que está a gerar mais expetativa e que conta com a participação do cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, o

não há força ou vontade de querer mudar este estado de coisas”, acrescentou.

imã da Mesquita de Lisboa, David Munir, e o reitor do seminário rabínico latino-americano, Abraham Skorka. Segundo nota da autarquia, na edição de 2015 vão decorrer quatro projetos especiais – Youth Summit, Jovem Embaixador CE, “Murar o Medo” com curadoria de Mia Couto, “Youth Bootcamp” - focados na Educação, na capacitação presente e futura e na promoção de uma rede de contatos internacional.

OS NOMES O campeão de xadrez Garry Kasparov, o ex-primeiro-ministro grego George Papandreou, o exsecretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen e Durão Barroso são os grandes nomes da edição deste ano das Conferências do Estoril, que vão decorrer no centro de congressos até dia 22 de maio.

Informação Geral

20 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

CASA DO PARQUE DA CRESCERSER

Associação acolhe crianças num ambiente familiar Quando se aproxima o Dia Mundial da Criança, o Costa do Sol – Jornal foi visitar a Casa do Parque da Crescer Ser, foi a primeira a ser erguida pela associação como centro de acolhimento, há mais de duas décadas. O espaço localizado na Outurela, em Oeiras, está vocacionado para receber crianças em risco mas a sua missão é tornar a estadia temporária, dando ferramentas às famílias para recuperar a sua estabilidade.

história da CrescerSer – Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família remonta ao ano de 1986. Na altura, um conjunto de juízes e procuradores depararam-se com a necessidade da existência de centros que acolhessem, com qualidade, crianças e jovens em risco. Como explica Ana Faustino, psicóloga e diretora da Casa do Parque na Outurela, em Oeiras, um dos centros de acolhimento temporário da CrescerSer, “os centros de acolhimento na altura eram mais massificados. O número de crianças por cada unidade residencial era muito grande e os fundadores da associação sentiram a necessidade de criar casas com um número mais reduzido de crianças, de maneira a proporcionar um acolhimento de qualidade, num ambiente mais familiar e com uma atenção mais personalizada”. A psicóloga considera que, na altura, “foi um projeto inovador”. O objetivo, explica Ana Faustino, “é tentar dar uma vivência mais próxima possível de uma família, de maneira a diminuir o trauma inerente ao acolhimento dessas crianças”. Contudo, uma das principais premissas da CrescerSer e dos centros de acolhimento é preparar desde logo o regresso das crianças ao ambiente familiar, seja a biológica ou qualquer outra em caso de adoção. “Assim que a criança entra estamos a preparar a sua saída”, afirma a diretora. “A nossa média de permanência é de pouco mais de um ano, uma vez que se trata de um centro de acolhimento temporário”. Por outro lado, a associação defendemos que “o projeto de vida de toda e qualquer criança tem de ser num ambiente familiar, seja na biológica seja numa alternativa. Só mesmo em último recurso e excecionalmente elas passam desta estrutura para uma institucionalização de caráter permanente”. Atualmente, a Casa do Parque alberga 14 crianças, dos zero aos 12 anos de idade. “É o limite estabelecido pela Segurança Social e estamos sempre no limite”, sustenta Ana Faustino. “Assim que sai uma criança, a vaga é preenchida”, revela. A decisão de acolhimento resulta de um trabalho que envolve várias entidades. “As sinalizações vêm, na maior parte dos casos, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou dos tribunais”. Depois, há uma equipa de gestão de vagas na Segurança Social que faz o en-

forma de se adaptar à realidade. A nossa preocupação é a reparação do trauma emocional inerente às vivências anteriores e ao acolhimento”, refere. APOIOS “Apesar do protocolo que temos com a Segurança Social para acolher 14 crianças, e esse acordo não chega para pagar todo o custo de cada uma no centro de acolhimento”, alerta a diretora. Portanto, a Casa do Parque “recorre muito ao mecenato e a todas as pessoas que podem apoiar”. Quando se consegue que haja continuidade do apoio, explica, “o nosso serviço melhora consideravelmente”. As necessidades mais básicas são as alimentares. Porém, existem sempre intervenções para a conservação do espaço, “um terreno que foi cedido pela Câmara Municipal de Oeiras, sendo a casa construída com o apoio do município através de fundos europeus”. caminhamento das situações para cada centro de acolhimento ou instituição com vagas disponíveis. Hoje em dia, tal como esclarece a diretora, “as principais causas para a sinalização são a violência doméstica, o abuso sexual, a negligência, problemas de saúde mental e a toxicodependência”. Em todos os casos, está associada uma “reduzida consciencialização das necessidades das crianças”. Ana Faustino lembra que “nenhuma criança é acolhida unicamente pela falta de recursos, mas o que é certo é que as dificuldades económicas também agravam o stress em que as famílias vivem, aumentando a falta de capacidade de controlo da tensão”. São nessas alturas que veem mais ao de cima “as suas incapacidades de autocontrolo perante a crianças”. A psicóloga lembra também que “muitas crianças vêm sinalizadas da maternidade, já que muitas nascem já com as sequelas do comportamento de dependência dos pais”. INTERVENÇÃO “Cada vez mais sentimos que é necessário a sinalização atempada das situações para serem trabalhadas precocemente, para evitar que cheguem ao acolhimento, uma vez que o trauma e a separação deixa sequelas”, sustenta. Assim que a criança é acolhida, “entramos numa luta

contra o tempo, para tentar que as famílias reassumam as suas competências e responsabilidades parentais”. O trabalho diário da Casa do Parque tem sempre em vista um plano de intervenção com cada família: “trabalhamos a possibilidade das famílias visitarem os seus filhos”. Mas cada criança é uma criança: “vamos adaptando a nossa dinâmica à idade das crianças. Cada uma tem um plano de integração e educativo com objetivos e rotinas adequadas ao seu escalão etário”. E acrescenta: “estou nesta casa há 12 anos e não assisti a situações iguais ou semelhantes. A complexidade é única e diferenciada”. Lembra a especialista que a Casa do Parque “funciona como se fosse o recurso familiar. Têm os seus afetos e rotinas, recorremos aos recursos da comunidade, tal como outras famílias o fazem, como por exemplo na escolha dos estabelecimentos de ensino, dos cuidados médicos, sempre à procura da melhor resposta”. Trata-se de uma intervenção multidisciplinar. A equipa é composta pela diretora, uma técnica de serviço social, uma educadora social e uma educadora infância. Também participam no projeto profissionais de serviço social, uma

psicóloga e ajudantes de ação educativa. “Tentamos uma intervenção participativa, um trabalho de grande entrosamento e parceria”, defende Ana Faustino. Mas no fundo, “a parte mais importante que damos atenção é a nível emocional. Todas as crianças vêm com alterações a nível emocional e cada uma tem a sua

NA DEFESA DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS Na opinião de Ana Faustino, “a associação é uma grande defensora dos Direitos Mundiais da Criança, consagrados na convenção”, sendo que “toda a direção está muito envolvida na defesa e divulgação dos direitos da criança”. Relembra a diretora que “estas casas da CrescerSer também surgiram para dar resposta a essa preocupação”. Contudo, e cada vez mais, “a concretização desses direitos não é conhecida e não é colocada em prática em muitos casos”. Nesse sentido, a psicóloga considera que “o Dia Mundial da Criança é uma data muito importante para relembrar a necessidade de concretização desses mesmos direitos, mas também recordar a implicação das famílias no dia a dia das crianças, no respeito que têm de ter pelos seus filhos, no espaço que é preciso para crescerem de uma forma saudável”. Esta é uma matéria que, para Ana Faustino, é prioritária não só para estes centros de acolhimento, como para a sociedade em geral: “toda a criança é única e é necessário saber respeita-la e levá -la a tomar consciência dos seus próprios direitos”.

Costa do Sol Jornal

20 de maio de 2015

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20 de maio de 2015

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Costa do Sol jornal

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Opinião

Costa do Sol Jornal

M. Margarida Rufino cidadania.costadosol@gmail.com

Os jovens e a política

sta semana foram divulgados os resultados de um estudo pedido pela Presidência da República relativo aos jovens e à participação política. Algumas conclusões, não sendo surpreendentes, não deixam de trazer alguma preocupação. A geração que nasceu nos anos 1980 e seguintes nasceu e vive num regime democrático, pelo que não sabe o que é viver, estudar ou trabalhar sem direitos, liberdades e garantias constitucionais. Por isso, não sabe o significado do silenciamento das ideias, da dificuldade em ter acesso a toda a informação, da falta de transparência ou do “condicionamento” nas escolhas. No entanto, estes jovens, nascidos após a revolução de Abril, fazem parte das gerações mais qualificadas de sempre. Como Conhecimento é Poder, está, de certo modo, associado à capacidade para fazer escolhas. Mas, para quem supõe que a cidadania democrática exige conhecimentos sobre a política, ou que os mais jovens, porque são mais instruídos, deveriam exibir maiores níveis de informação política, os resultados são desanimadores. Metade dos jovens entre os 15 e os 19 anos (e um terço dos jovens adultos entre os 18 e os 29 anos) não foi capaz de responder corretamen-

te a nenhuma das perguntas sobre questões políticas que sustentam os resultados do referido estudo. As conclusões apontam para o sentimento de que estas jovens gerações parecem não se sentir representadas no sistema político atual. Razões? A baixa satisfação dos portugueses com a democracia e o seu pessimismo são evidentes no referido estudo. Os portugueses são os europeus que fazem a pior avaliação do funcionamento da democracia, e, nos últimos anos, efeito da profunda crise económica, a insatisfação terá crescido. Quando inquiridos sobre a importância das esferas do público, do privado e do político nas suas vidas os inquiridos afirmam que a política tem menos importância em contraste com a família, os amigos, o trabalho ou os tempos livres. Já há uma década, os estudos concluíam que Portugal era, um dos países europeus onde os cidadãos atribuíam menos importância à política nas suas vidas. Por isso, nada parece ter mudado e, muito menos, entre as gerações mais jovens. De acordo com os estudos existentes, os jovens encontram-se menos expostos à informação política pelos meios de comunicação convencional do que o resto da população. E, em geral, também tendem

Rui Rama da Silva

Cabe à comunidade decidir

e há coisa que não é difícil provar, e medir o respectivo impacto, é a importância de uma associação e do seu quartel de bombeiros no seio da respectiva comunidade. Ao longo do tempo, os quartéis de bombeiros construídos no nosso concelho rapidamente assumiram a devida escala territorial e ganharam a dimensão humana, difícil, ou mesmo impossível, de obter por parte de outras organizações e estruturas locais em tão curto espaço de tempo e com tão grande importância. Julgo que nada disso carece de prova, já que faz parte intrínseca da vida e da experiência de cada comunidade. As associações e respectivos quartéis surgiram delas, a partir delas ganharam a dinâmica, a força humana e a importância que a assunção do socorro e do bem-estar dos cidadãos só por si explica e justifica. Em todas as nossas comunidades é sempre assim. Os bombeiros nunca nasceram por geração espontânea

ou por decreto vindo de fora. Nasceram sempre da vontade directa e expressiva da comunidade, representada em comissões ou grupos de cidadãos locais mais activos, formal ou informalmente organizados, mas sempre apostados na concretização desse desígnio colectivo. Os quartéis de bombeiros, por si só, e as zonas envolventes facilmente ganharam estatuto e importância local, suscitando e consolidando ao longo do tempo novas centralidades. Há hoje muitas localidades no nosso país, Cascais é um caso, onde o antigo quartel dos bombeiros continua a ser identificado como tal, mesmo se há muito perdeu essa função devido à mudança dos bombeiros para novas e mais adequadas instalações. Mas a referência, por que foi forte naquilo que representou para a comunidade, e porque também foi prolongada por muitos anos, acaba por permanecer na memória colectiva como algo que, mesmo que

a revelar menores níveis de conhecimentos políticos. De um modo geral, os portugueses evidenciam atitudes de baixo envolvimento com a política, já que a população portuguesa é tendencialmente cética em relação à eficácia da participação política que ocorre através dos partidos políticos. Os jovens também seguem este padrão, mas tendem a ser menos céticos do que os mais velhos em relação à eficácia de todas as formas de participação política, convencionais ou não. Uma das explicações pode decorrer dos resultados da comparação com a União Europeia, relativamente aos níveis de pertença a associações e de dedicação ao voluntariado em Portugal (com exceção da participação em associações de carácter religioso) que são baixos. Neste domínio, os índices de participação social dos jovens são mais elevados do que os da restante população, facto que não se deve exclusivamente à pertença a associações estudantis ou a grupos desportivos, mas aos impulsos dados pelo sistema educativo e autarquias que têm incrementado as suas práticas e políticas no domínio do voluntariado. Face aos resultados dos estudos sobre a relação entre os jovens e a política, os politólogos alertam para problemas de representação e identificação dos jovens no sistema político atual porque não se interessam pela política nem pelos partidos, nem se reveem na atividade política tal como ela é praticada e sentem-se pouco ou nada satisfeitos com a maneira como funciona a democracia em Portugal. transferido para outro local, continua e continuará simbólica e afectivamente a pertencer àquele. A força e a importância local dos bombeiros, se quisermos, pode medir-se também desse modo. Todos sabemos que algumas mudanças de quartéis, para instalações adequadas às novas realidades sociais e às necessidades operacionais, nem sempre são fáceis. Até por que muitas vezes coincidem com a deslocalização para a periferia ou para novas zonas de expansão ou consolidação urbanística. Há a saudade do local antigo, da vizinhança, da proximidade de outras estruturas locais. Mas há agora, também, o gosto por desfrutar de instalações mais dignas, amplas e mais adequadas à missão dos bombeiros de hoje. Não pretendendo coarctar o direito de opinião seja a quem for neste domínio, contudo, importa que quem decida sejam precisamente os membros da mesma comunidade que os fez nascer e desenvolver. Se alguns pensam que no nosso concelho, ou noutros, há bombeiros e quartéis a mais que o digam precisamente a esses. Depois, veremos resultado. Nada na vida é imutável mas pretender modificar por “decreto” aquilo que precisamente não dependeu disso mas da vontade popular é algo que merece, porventura, mais reflexão.

20 de maio de 2015

José d’Encarnação

E até o elefante entrou!...

uando vi entrar pela porta lateral aquele elefante enorme, de brinquedo, quatro homens (creio) a segurarem-lhe a ossatura, não pude deixar de me lembrar de uma das produções do Casino dedicada à gesta dos Portugueses. Aí, sim, entrou a mãe elefante e o filhote, ele que fazia a alegria da pequenada quando adregava descer o parque e ir banhar-se ao Tamariz!... A cena é agora evocada no espectáculo que Filipe La Féria preparou para o Salão Preto e Prata. Chama-se «A Noite das Mil Estrelas» e visa recordar, como que em rápido filme, quem foram as «estrelas» que, nas últimas décadas, tiveram gala na que foi – e, de certo modo, ainda continua a ser! – a privilegiada sala de espectáculos internacionais da Grande Lisboa. Em meados do século passado – dos anos 60 a 80, grosso modo (que me seja perdoada a preguiça de não ir aos arquivos ver datas correctas…) – o espectáculo no Casino obedecia a um esquema mais ou menos fixo: havia um corpo de baile (quem há aí que se não lembre das Bluebell Girls?!...), um artista estrangeiro, o momento do fado (imprescindível, porque os turistas compravam amiúde a estada num hotel da zona com ida ao espectáculo do Casino incluída), um momento de artes circenses (malabarismo, ilusionismo, transformismo, acrobacia... Enfim, um espectáculo variado, em que se procurava satisfazer bem diversificado leque de interesses. O espectáculo era, aliás, pontualmente publicitado na imprensa local, porque se considerava não ser apenas para os forasteiros mas para os residentes também, até porque o Casino era sala de visitas, aonde se podia ir (por exemplo) com a pequenada numa tarde de domingo, o «jardim de Inverno» apresentava-se acolhedor, sítio óptimo para uma conversa de café e mui agradável convívio. Tenho presente o anúncio publicado a 23 de Julho de 1980: havia o wonder-bar com strip-show, as matinés dançantes com show (aos domingos e feriados) e o salão-restaurante, onde as estrelas eram «Les Girls» (da Grieg’s Revue), Natalina José e Claus Beckers and Partner. E, a 16 de Abril desse mesmo ano, anunciava-se, numa produção de José Montes, o High Society Ballet de Nelo Losada, Mahogany, as vedetas da TV inglesa The Dougal’s e Marina Rosa como artista portuguesa. Para a passagem de ano, a 3500$00 por pessoa (bebidas não incluídas), a escolha foi Amália, presença, aliás, assaz frequente no Casino e, de modo especial, no réveillon. E já agora, diga-se que, para essa mesma noite, Nicolau Breyner esteve no Hotel do Guincho e Rodrigo no Estoril-Sol, as duas unidades hoteleiras que faziam parte integrante da concessão do Jogo. Mário Assis Ferreira viria a introduzir espectáculos temáticos, em que Júlio César actuava em jeito de compère. Evocou-se a gesta marítima portuguesa (já o disse); celebraram-se Mozart, Picasso… e até as 1001 noites, sendo mil (como no espectáculo de La Féria) as muitas que por aquele salão haviam passado e a uma era a que então se concretizava. Usa Filipe La Féria de todos os ‘mecanismos’ de que então se dotou o palco do Salão Preto e Prata: as plataformas que inesperadamente sobem e descem; os equilibristas que vêm do tecto sobre a cabeça dos espectadores, as imensas potencialidades da luminotecnia… Não nego que me emocionou esta «Noite das Mil Estrelas» – como, de resto, emocionará a quantos tiveram a dita de, como eu, usufruírem, ao longo de anos (já lá vão alguns, de facto, inclusive desde os tempos do «casino velho»…), das belezas que ali nos foram proporcionadas. Recorde-se, a propósito de beleza, que era ali o palco do concurso de Miss Portugal, sob a batuta de Vera Lagoa. E não poderei esquecer um dos últimos anos, em que foi pedido aos jornalistas que escolhessem a Miss Imprensa e nos puseram bem lá para os fundos (então, o salão não tinha o que hoje chamamos de «patilhas»…). Insurgimo-nos, ainda me lembro bem das razões do José Manuel Fialho Gouveia (então no Rádio Clube Português) – e nessa noite não houve Miss Imprensa, perante o grande de Vera Lagoa. Discutir-se-á sempre – quando há tanto por onde escolher – se a selecção foi a melhor. Cada um faria a seu jeito. Mas está bem o enquadramento inicial do Casino na gesta de Teodoro dos Santos, a ligação ao facto de o Sud-Express ter no Estoril a sua estação terminal vindo de Paris, a recordação dos corsos carnavalescos (ah! A girafa de Dali de 1964!... E os artistas de cinema que eram os «reis»!...). No fundo, em pinceladas fugazes, mas bonitas e oportunas, servido por bons artistas e mui excelentes vozes, pode ser este o retrato da sala de espectáculos em que a Costa do Sol se revia e ora torna a rever-se, nessa evocação. Que, senhores, o Casino Estoril nunca foi, de facto, na concepção dos seus proprietários, mero local de jogo: a diversão qualificada e as manifestações culturais sempre estiveram aí presentes. E Filipe La Féria captou bem essa mensagem.

Informação Geral

20 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

ÚLTIMA CELEBRAÇÃO COMO FREGUESIA

OPINIÃO

Parede assinalou 62º aniversário A partir de agora a Parede vai celebrar apenas o dia da vila.

anúncio foi feito durante a celebração dos 62 anos da Freguesia da Parede. Esta foi a última vez que a Parede comemora o aniversário como freguesia, passando agora a data a assinalar o dia da Vila da Parede, tal como explicou a presidente da União de Freguesias de Carcavelos e Parede (UFCP). Em entrevista ao Costa do Sol – Jornal, Zilda Costa da Silva dá conta do que de positivo trouxe o novo mapa das freguesias: “noto que aquilo que parecia tão difícil, que era no fundo a partilha entre as duas comunidades, hoje é uma coisa que se faz com a maior naturalidade”. E acrescenta: “Os pre-

conceitos estão ultrapassados e a união permitiu desenvolver ainda mais as comunidades. É certo que cada com os seus patrimónios e costumes, mas tam-

SOLIDARIEDADE

Finalistas da Escola de Hotelaria do Estoril organizam Feira Solidária de Artesanato No próximo dia 24 de maio, das 10h00 às 18h00, o Mercado da Vila de Cascais estará reservado para receber a Feira SolArte, um encontro solidário de artesãos.

bém com pontos semelhantes, tais como a praia ou a habitação”. Para a presidente da UFCP, “as freguesias estão mais pre-

sentes no município de Cascais graças a esta união, sendo que, do ponto de vista social ganhamos imenso. Estamos muito mais fortes e as instituições partilham muito melhor os seus conhecimentos e problemas”. Também presente no aniversário da Freguesia da Parede, Carlos Carreiras deu os parabéns “à assembleia de freguesia pela atitude de não deixar cair a data”. Para o presidente da Câmara Municipal de Cascais, “manter as comemorações é manter a memória e as identidades, sendo estas a base de futuro das comunidades”.

OBRA CONCLUÍDA EM FEVEREIRO DE 2016

Carnaxide vai ter novo centro de saúde Mais de 30 mil utentes abrangidos e 24 postos de trabalho criados. São estes os principais números que resultam da construção do novo centro de saúde de Carnaxide.

lançada hoje, 20 de maio, a primeira pedra do futuro Centro de Saúde de Carnaxide, na Rua Manuel Teixeira Gomes. Localizado no antigo Quintal Desportivo de Carnaxide, o futuro Centro de Saúde de Carnaxide resulta de um investimento de 2.225.788 milhões de euros, com prazo de conclusão de 270 dias. A Câmara Municipal de Oeiras cedeu o terreno para a construção.

responderá as essas necessidades prementes”.. O projeto, promovido pela Câmara Municipal de Oeiras e acompanhado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa, prevê a construção de um edifício com aproximadamente 1.416m2 de implantação ao longo da Rua Manuel Teixeira Gomes resultando numa nova frente urbana, com os acessos pedonal e automóvel previstos na fachada principal e uma saída de emergên-

Novo centro de saúde de Carnaxide

ão estar presentes seis instituições, Cercica, ATL da Galiza, CRID, ARIA, CrescerSer e Lares da Boa Vontade, que trabalham com populações especiais das zonas de Cascais e Oeiras, juntamente com uma seleção de artesãos trendy. Este evento pretende salientar o fator inclusão e também divulgar as próprias instituições. Vão estar presentes várias figuras públicas ligadas à Solidariedade, como Bibá Pitta e o Nuno Graciano, que perentoriamente aceitaram o convite para participarem e apoiarem esta iniciativa. Todo o lucro que a organização obter será sorteado pelas seis instituições e entregue em mão no palco que irá estar montado no centro do mercado. Para que o dia seja repleto de dinâmica e contínua interação entre artesãos e visitantes vão decorrer workshops de dança, sessões de yoga do riso e arte terapia, jogos e muito mais.

A obra, que agora arranca, vem responder às necessidades decorrentes do aumento da densidade populacional neste aglomerado urbano. O novo Centro de Saúde deverá servir 30 mil utentes, sendo que a população poderá de duas unidades de saúde familiar. O futuro Centro de Saúde criará ainda 24 postos de trabalho. O Presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, considera que a construção do futuro equipamento de Saúde “é, sem dúvida, uma obra há muito desejada pela população de Carnaxide, que tem crescido nos últimos anos. O novo Centro de Saúde

cia na fachada oposta. Este edifício será composto por 3 pisos: o piso 0 corresponde ao estacionamento com 32 lugares com uma área bruta de 1.377m2. O piso 1, também com a área aproximada, corresponde ao Centro de Saúde com acesso ao público. O piso 2 com 347m2 destina-se ao uso exclusivo dos funcionários do Centro. Para além de Paulo Vistas, o ato oficial contará com a presença de Luís Cunha Ribeiro, Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Nuno Piteira Lopes Vereador Câmara Municipal de Cascais

Estoril: o lugar onde gostamos mesmo de discutir ideias

á um lugar para onde, por estes dias, convergem os homens das ideias. Falo, claro está, das Conferências do Estoril. As Conferências começaram ontem, com uma Cimeira da juventude muito participada e com uma intervenção muito aguardada do Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta. Até ao próximo dia 22 de Maio, são muitos os oradores de prestígio mundial que vão usar da palavra para antecipar tendências e analisar os grandes temas contemporâneos, como o diálogo inter -religioso, a segurança internacional, a educação, a desigualdade ou a nova economia. Conhecidas pela sua profícua produção intelectual, há alguns nomes que merecem a nossa atenção e que deveriam ser escutados por todos. Francis Fukuyama, o célebre cientista político americano, vem a Cascais para receber o Estoril Global Issues Distinguished Book Prize – um dos maiores prémios literários atribuídos a trabalhos académicos no campo das relações internacionais. Garry Kasparov, que para além de famoso campeão mundial de xadrez é também uma das figuras chave na oposição a Vladimir Putin, estará entre nós para uma exclusiva viagem ao interior da Rússia política e para nos ajudar a compreender o que se passa no Leste da Europa, em especial na Ucrânia. Quando a Grécia continua a marcar a agenda, é no Estoril que Georgios Pandreou, antigo primeiro-ministro grego, nos vai explicar para onde caminha Atenas e se a saída do euro e da União Europeia são mais do que meras possibilidades. Por falar em Europa, cabe a Durão Barroso, que pode falar como poucos sobre Bruxelas, apontar as oportunidades e dificuldades que ainda estão no nosso caminho coletivo. E se já ficou interessado no que foi apresentado até aqui deixo, para terminar, um dos mais aguardados painéis destas Conferências. Abraham Skorka, um Rabino muito próximo do Papa Francisco, o Sheik Munir, imã da mesquita de Lisboa, e D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, dialogarão sobre a religião e as correntes que, ao longo de milénios, mais tem influenciado a humanidade. Seis anos depois das primeiras Conferências do Estoril, em 2009, passaram por Cascais 29 políticos, 11 Chefes de Estado e sete Prémios Nobel num total de 121 oradores de 47 nacionalidades. A quarta edição das Conferências é a prova de que não abdicamos de uma boa discussão. E de que Cascais continua a ser um ponto de encontro da civilização.

Costa do Sol Jornal

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20 de maio de 2015

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Empresas

Costa do Sol Jornal

20 de maio de 2015

Qualidade, Profissionalismo e Simpatia

Pastelaria Púcaro Doce entrou em funcionamento a 21 de Março de 2010, com gerência de Virgílio José Alves Miguel, proprietário, que, tendo começado na arte e oficio de ser pasteleiro com apenas 12 anos de idade, viu assim um dos seus sonhos concretizados.

Trata-se de uma pastelaria com fabrico próprio para balcão, revenda e distribuição de todo o tipo de pastelaria, doces, sobremesas, bolos de aniversário, casamento e batizado, bem como de todo o tipo de pão. Encontra-se aberta ao público todos os dias, das 06H30 às 20H30. Trabalham atualmente na empresa sete trabalhadores, formando uma equipa que se pretende

que esteja sempre motivada para prestar um bom serviço à população em geral, com simpatia e profissionalismo, proporcionando-lhes boas condições de trabalho, com horários e folgas adequados às necessidades de cada um. Devido ao seu espirito empreendedor, Virgilio Miguel salienta que “o principal objetivo é satisfazer o mais possível os clientes, apresentando diversidade nos produtos, e

tentar disponibilizar com alguma regularidade novos produtos, designadamente, pastéis de nata de coco, maçã, morango ou chocolate, queijadas diversas, chantilly diverso, sobremesas de frutas, bem como produtos/bolos alusivos a temas como o dia da Mãe, dia do Pai, dia dos Namorados, dia Mundial da Criança, 1ª Comunhão, etc, nunca abdicando do princípio de higiene em todas as áreas.

O nosso lema é “A amizade é semelhante a um bom café, uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor”, ou seja, que o cliente saia sempre satisfeito, que regresse e recomende a pastelaria” Virgilio Miguel termina dizendo “para o futuro pretendo dar continuidade ao projeto e se possível alargar a outros locais. Aguardamos a sua visita !”

Rua Carlos Paião, Loja 15K, Vila Fria • 2740-028 Porto Salvo | Tel.: 218 013 555 | email: pucaropastelaria@sapo.pt

Dir. Técnica. Dra. Isabel Alexandra R. C. M. Carreiro

Farmácia de Talaíde surge na sequência de um concurso do INFARMED de 2005 para instalação de uma nova farmácia no concelho de Oeiras, freguesia de Porto Salvo. Mas só em 2009 foi atribuído alvará para a sua abertura. Temos disponíveis vários serviços farmacêuticos: medição da pressão arterial, glicémia, colesterol, triglicéridos, testes de gravidez, pesagem de adultos e bebés e, ainda Consultas de Nutrição e Podologia. Tem como principal objectivo servir a população, permitindo o acesso a um cuidado de saúde essencial para o bem-estar físico e psíquico. Tentamos sempre que o utente fique satisfeito e esclarecido com o serviço prestado, princípio do qual não abdicamos. A equipa é constituída por quatro pessoas e consideramos fundamental a motivação e

Servir a população, permitindo o acesso a um cuidado de saúde essencial para o bem-estar físico e psíquico dinâmica. Existe uma actualização constante de conhecimentos de modo a proporcionar um serviço que se destaque pela qualidade no atendimento. Quanto ao futuro e, face às grandes alterações que têm surgido em particular neste sector, temos que nos adaptar aos novos desafios, ter mais serviços farmacêuticos e aconselhamento especializado. Devemos também colaborar com a população em campanhas e rastreios, na prevenção de factores de risco. O horário de funcionamento é de 2ª a 6ª feira das 9h às 20h, aos sábados das 9h às 13h. Informamos que continuamos a fazer, desde janeiro de 2014, serviços permanentes. Visite-nos!

Rua Prof. Dr. José Pinto Peixoto, 21 D | 2740-124 PORTO SALVO | Tel.: 214 212 760 | Fax: 214 212 761 | E-mail: farmaciatalaide@gmail.com Ficha Técnica Costa do Sol - Jornal Regional dos Concelhos de Oeiras e Cascais • Proprietário e Editor: Labirinto de

Páginas Unipessoal, Lda. • NIF: 510676448 Morada da sede: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 91

250 48 82 | 21 156 99 42

Diretor: Carlos Gaspar da Silva Redação: Carlos Silva, Henrique Jorge Santos, Bárbara Teixeira (estagiária) E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Nº de registo na ERC: 126369 Nº depósito Legal: 360449/13 Opinião: José d’Encarnação, José Lança-Coelho,

Maria Clotilde Moreira, Maria Margarida Rufino, Pedro Guilherme, Rui Rama da Silva e Sofia Pracana Secretariado, paginação e logística: Teresa Prada Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ Publicidade: Dina Oliveira E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt Impressão: Gráfica Funchalense

Informação Geral

20 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

PROMOVER O COMÉRCIO TRADICIONAL NA PAREDE

Mais de mil pessoas no Music & Fashion Show A Parede encheu para receber a segunda edição de um evento de moda, música e animação.

Rua Miguel Bombarda foi pequena para receber a multidão que se deslocou à vila da Parede para assistir à segunda edição do Parede Music & Fashion Show, que se realizou no passado sábado, dia 16 de maio. Esta iniciativa, que teve o apoio do município de Cascais e da União de Freguesias de Carcavelos e Parede, tinha como objetivo “atrair as pessoas e promover o comércio tradicional do centro da Vila da Parede”, tal como indica a União de Freguesias em nota à imprensa. Paulo Garcia, paredense e jornalista da SIC, foi o apresentador de serviço, apresentando o desfile de moda que mostrou as novas tendências para esta Primavera/Verão. Mas não foi só de moda que viveu o Music & Fashion Show.

Para além de uma aula de zumba, foi possível assistir à atuação da Escola de Dança Ana Mangericão e a um concerto

com os State Sound Band. A coordenação do evento ficou a cargo da Associação Empresarial do Concelho de Cascais, de um núcleo de comerciantes da Parede e ainda da PARdesign. O 2º Parede Music & Fashion Show contou ainda com o apoio da Medilima, Moments 4U, Remax-Parede, Clinica do Tempo, Confort Keepers, Cervejaria Eduardo das Conquilhas, Bact3ria, da 90db e do Centro Comunitário. Para além da presidente da União de Freguesias de Carcavelos e Parede, Zilda Costa da Silva, esteve presente o vereador da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes, que salientou que “o comércio tradicional não só está vivo, como se recomenda”.

EMPRESAS

10º aniversário da escola privada em Oeiras

“A Parkids é um projeto de família” Mudaram de instalações há seis anos devido à enorme procura por parte das famílias. A Parkids cresceu e, neste momento, já tem capacidade para 250 crianças. A relação qualidade-preço é apontada com um importante fator diferenciador.

“

Um sonho tornado realidade”. É desta forma que Cristina Dagge Ribeiro descreve o percurso da Parkids, numa altura em que o projeto escolar assinala o 10º aniversário. Quando abriram portas em 2005, em Oeiras, a gerente e o seu pai, João Dagge, estavam longe de imaginar o sucesso que a Parkids viria a alcançar ao longo da primeira década de existência. O crescimento foi tal nos primeiros anos que, logo em 2009, surgiu a necessidade da mudança de instalações. “Tínhamos muito menos espaço e menos capacidade, uma vez que se tratava de uma vivenda adaptada”, afirma Cristina Dagge Ribeiro. No início, a Parkids contava com 10 funcionários e tinha capacidade para apenas 75 crianças. Contudo, o crescimento nos primeiros quatro anos foi de tal forma que a empresa deu início, por meios próprios, à construção de raiz das novas instalações.

Esta expansão estendeu-se também aos níveis de ensino. “Enquanto que, nos primeiros anos, só disponibilizava-mos creche e pré-escolar, agora temos uma oferta alargada, desde o berçário até ao 6º ano de escolaridade”, sublinha a diretora. A aceitação por parte das famílias foi também uma das causas para esta decisão. Como explica Cristina Dagge Ribeiro, “a certa altura também nos pediram que se desse continuidade ao projeto para os seus filhos ficarem mais tempo connosco, para além do pré-escolar. Consideramos que tivemos um sucesso grande a esse ponto”. A importância da continuidade tem que ver com “uma certa estabilidade”. Da perspetiva das famílias, “existe uma ideia de proteção das crianças, mas também a persecução

da qualidade de ensino”. Há também o facto do ensino particular conseguir ter outra capacidade de resposta: por exemplo, “ao nível dos horários, que são bastante alargados, ou no que diz respeito à estabilidade do corpo docente e não docente. É todo um conjunto de características que fazem com que os pais e as crianças pretendam continuar connosco até ao 4º ou ao 6º”. PROMOVER A AUTONOMIA Atualmente, a Parkids tem capacidade para 250 crianças. Embora tenham autorização para um máximo de 25 alunos por turma, a escola nunca atingiu esse limite. “A média de criança por classe fica entre os 15 e os 20. São números que têm resultado muito bem, uma vez que trabalhar com turmas mais pequenas tem as suas vantagens”. Nesta escola, a metodologia de ensino é trabalhada de forma particular, ou seja, ao nível da turma e do indivíduo. De acordo com Cristina Dagge Ribeiro, “cada educador até aos 6 anos e cada professor a partir do 1º ano deverá ter a liberdade de escolher as metodologias que considerar mais adequadas conforme o grupo que tiver em cada ano letivo e as características de cada criança”. E acrescenta: “um dos aspetos da nossa filosofia é acompanhar cada criança na sua individualidade. Claro que estão inseridas num grupo e a ser preparadas para viver em sociedade. Mas é importante que se trabalhe com com elas de acordo com as suas necessidades individuais. Ao não impor qualquer corrente, estamos também a criar autonomia nas crianças”. E isto diz respeito não só às crianças com necessidades educativas especiais, mas também às restantes. Quanto aos resultados da estratégia de ensino, a diretora lembra que só agora começa a ter o feedback das crianças que terminaram o ensino básico. “São em regra excelentes alunos, quer os que optaram pela via particular a partir do 6º ano, quer os que seguiram para a escola pública”, revela. Por outro lado, “há 2 anos que fazemos os exames do 4º ano aqui na Parkids e os resultados têm sido excelentes. No ano passado o ranking da escolas, ficámos muito bem posicionados no concelho de Oeiras, e isso orgulha-nos muito, tanto pelos alunos, como pelos professores”. UMA FAMÍLIA A oferta da Parkids é bastante variada. Tal como descreve Cristina Dagge Ribeiro, “temos todo um conjunto de atividades extracurriculares que as famílias podem escolher. No entanto, na oferta regular, incluído na mensalidade e no

horário, temos atividades de educação física, música, informática ou inglês. Tentamos sempre, a partir dos 3 anos, oferecer uma variedade de experiências tais como visitas de estudo ou formações com entidades externas, diversificando muito as experiências dos alunos”. Tudo isto numa escola que considera ter “uma excelente relação qualidade-preço”. É justamente este fator que a diretora entende ser diferenciador em relação à ofertas privada no concelho de Oeiras.

Por outro lado, salienta também a certificação pela norma ISO 9001, relacionada com a gestão da qualidade, e pela norma 14001, que verifica a qualidade ambiental da escola. “A Parkids é um projeto de família”, defende, com orgulho, Cristina Dagge Ribeiro. “A minha mãe, Laura, é professora há mais de 40 anos e sempre teve o sonho de construir uma escola onde pudesse aplicar tudo aquilo que acreditava ser o melhor para as crianças. E como ela sempre foi professora de 1º e 2º ciclo, sempre teve o desejo de abarcar esses níveis de escolaridade”. Laura Dagge desempenha atualmente o papel de professora e de coordenadora do ensino básico. Para além do pai e da mãe, a diretora tem também a sua irmã como colega. Maria João Dagge é educadora de infância e diretora técnica da creche. Mas o ambiente familiar estende-se aos restantes colaboradores. “Somos atuamente 35 funcionários no total, sendo que muitos têm cá os seus filhos e filhas como alunos, o que mostra a confiança de todos neste projeto”.

Rua Serrado do Velhinho Lt 1 | 2770-162 Paço de Arcos - Junto ao Oeiras Parque | T. 214 467 311 | info@parkids.pt - www.parkids.pt

Costa do Sol Jornal

8ª edição do evento

Stock & Fashion Market invade Baía de Cascais Em entrevista ao Costa do Sol – Jornal, o presidente da Associação Empresarial do Concelho de Cascais dá conta do sucesso do evento anual que tem início já no próximo dia 22 de maio.

já a oitava edição consecutiva do Stock & Fashion Market. O evento, organizado pela Associação Empresarial do Concelho de Cascais (AECC), está de volta nos próximos dias 22, 23 e 24 de maio à Baía de Cascais. Para o presidente da AECC, o impacto desta iniciativa tem sido bastante positivo. “Esta é já a 8ª edição ininterrupta onde possibilitamos aos empresários o escoamento dos seus produtos para melhor se prepararem para as novas coleções”, explicou Armando Correia. Em paralelo, a AECC dá também “a oportunidade a empresários de fora do concelho de conhecerem a realidade de Cascais, de forma a incentivá-los a estabelecerem-se cá. Esta situação já aconteceu por força de participações anteriores”. Atualmente, e na opinião de Armando Correia, o concelho tem duas realidades distintas: em primeiro lugar, “a baixa de Cascais e o Estoril, que beneficia de uma influência muito positiva do turismo, e que nestes últimos anos tem sido importante para o crescimento do tecido económico, inclusive com recordes históricos em termos de numero de visitantes.

Em segundo, “a outra realidade onde o turismo não chega”. Aqui, defende o presidente da AECC, “a dinamização tem sido um pouco mais difícil, apesar de existirem no concelho outros polos comerciais, como é o caso da Parede que, vivendo apenas do mercado interno, tem conseguido através de uma dinâmica muito própria ultrapassar os momentos mais difíceis”. Para ambos os casos, “o êxito terá sempre que passar pela modernização do comércio e sobretudo pela formação profissional dos empresários e seus colaboradores”, sustenta. Embora ao nível de eventos o foco esteja apenas no Stock & Fashion Market, a aposta da AECC consiste “em apoiar os associados no dia-a-dia e no cumprimento das suas obrigações legais, pelo que promove com alguma regularidade reuniões e sessões de esclarecimento sobre várias temáticas de interesse, algumas com a participação de técnicos de entidades como ACT, ASAE ou AT”. O objetivo, afirma Armado Correia, “é preparar da melhor forma os empresários para eventuais inspeções, que têm sido uma realidade permanente”. O Stock & Fashion Market contará com 52 stands e 33 expositores, onde os visitantes vão poder encontrar, a preços reduzidos, roupa, sapatos, acessórios de moda e artigos de decoração. Em simultâneo, irá decorrer uma exposição de automóveis do stand Belouracar e animação musical. O evento abre portas às 17h de dia 22 de maio, sexta, e às 10h de sábado e de domingo, estando aberto até às 24h, exceto no dia 24 de maio, que encerra às 20h.

Informação Geral

20 de maio de 2015

TRADIÇÃO CONTINUA NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA

Festa do Cavalo anima Porto Salvo Pela primeira vez, a festa mais emblemática de Porto Salvo realiza-se em dois fins de semana. Se primeiro foi um sucesso, o próximo vai animar ainda mais os amantes da arte equestre.

rovas de obstáculos, concursos de atrelagem, demonstrações caninas, uma garraiada e a atuações de ranchos folclóricos marcaram o primeiro fim de semana da 16ª Festa do Cavalo de Porto Salvo. A segunda parte do evento organizado pela Associação Equestre de Porto Salvo realiza-se nos próximos dias 22, 23 e 24 de maio. A Gala equestre “Emoções Ibéricas”, às 22H00 de sábado, e as provas de trabalho, maneabilidade e de velocidade, no domingo, são os grandes destaque do próximo fim de semana. Nesta edição também não vão faltar os apontamentos que têm notabilizado a Festa do Cavalo a nível nacional, nomeadamente, o seu ex-libris, o Passeio Equestre na Rota do Vinho de Carcavelos, no dia 23 de maio, às 10H00, que atrai cerca de duas centenas de entusiastas que fazem questão de participar. O circuito incluirá uma passagem pelo Jardim Municipal de Paço de Arcos (10H45), sendo o ponto alto a bênção dos participantes, às 11H30, no Largo 5 de Outubro, em Oeiras, em frente à Igreja Matriz, altura é que será servido um Carcavelos de Honra.

BAZAR DE ARTESANATO E GASTRONOMIA

Al-Qabazar animou ruas de Alcabideche

oram muitos os que acorreram ao Largo de Alcabideche no passado fim de semana. A segunda edição do Al-Qabazar deu a mostrar “um conjunto de experiências únicas que englobam a gastronomia, a cultura, a história e o artesanato típicos da zona”. A música, a atividade física e a animação para crianças também não foram esquecidas.

O presidente da JF de Alcabideche, Rui Costa, com o grupo “Vozes do Campo Branco”

Informação Geral

20 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

DE 22 DE MAIO A 1 DE JUNHO

Festas da Rocha regressam revitalizadas A religiosidade e a animação musical são o ponto forte das Festas de Nossa Senhora da Conceição da Rocha. Este ano, a União de Freguesias pretende revitalizar aquela que já foi a maior festa do concelho.

êm aí as Festas de Nossa Senhora da Conceição da Rocha. Este ano, e cumprindo um desejo da União das Freguesias de Carnaxide e Queijas (UFCQ), as festas regressam revitalizadas, graças à parceria entre a Câmara Municipal de Oeiras e a UFCQ. De acordo com Jorge de Vilhena, presidente da UFCQ, “estas são as festas mais antigas desta região e tiveram um tempo glorioso, de beleza, de procura, de

alegria, em que durante décadas foram as maiores deste Concelho”. O autarca acrescenta que, depois de recuperadas as Festas de Carnaxide, as Festas da Luz, em Linda-a-Pastora, e as Festas se São Miguel de Arcanjo de Queijas, “não podíamos neste tempo deixar de revitalizar as Festas da Rocha, tão queridas da nossa população”. As Festas decorrem de 22 de maio a 1 de junho, no Santuário da Nossa Senhora da Rocha, em

Queijas. Recorde-se que, com mais de um século de existência, as Festas de Nossa Senhora da Conceição da Rocha são as mais antigas desta região e tiveram um tempo glorioso, em que durante décadas foram as maiores festividades do concelho de Oeiras. Este ano, e o programa promete atrair o público, sendo que a parte religiosa será organizada pela Irmandade do Santuário da Nossa Senhora da Rocha.

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Cultura

Costa do Sol Jornal

20 de maio de 2015

160 ANOS DA MORTE DE ALMEIDA GARRETT Pedra Nova Morada estreia de Toque Teatro “O Noivado no Dafundo” Sofia Pracana - Psicóloga Clínica s_pracana@hotmail.com

Crescer no deserto

ra tão difícil falar contigo. Lá, no deserto onde cresceste, não te ensinaram a falar. Porém, ensinaram-te a cantar, o melhor que trouxeste contigo, a par de um instinto de sobrevivência inigualável. E foi precisamente nesse canto de sereia, astuto, manto que esconde a ausência das palavras (que a tudo dão um sentido) que percebi como teria sido terrível crescer naquele deserto —terra estéril, onde nada germina; seca, onde nada acolhe; despovoada, onde nada existe; ilimitada, onde tudo pode acontecer. Eras só tu, as canções de embalar, o medo de enlouquecer e esse desamparo, tão profundo que nem pode ser pensado, tão insuportável que não pode ser enunciado. Não faz mal. Não é preciso falar. Eu acabei por perceberque vinhas do deserto pela forma como te colocaste diante de mim, pela oscilação abrupta entre calor e frio, pelas tempestades de areia em teu redor, pela aspereza com que te cobrias. Percebi-te ainda pela forma como fugias, de tão habituada a estar só. Li-te nas linhas da tua pele seca, escutei-te no barulho das tuas zangas, vi-te nos fantasmas passeando no teu olhar assustado, sinais que substituem a linguagem e que me foram contando histórias de solidão e desamparo original. Eu ainda penso em ti. Tantas vezes. Em toda a nossa história. Em tudo o que ias destruindo à tua volta e que eu ia tentando, desajeitadamente, reconstruir. Podemos não ter reconstruído muito mas construímos qualquer outra coisa, não foi assim? É que os encontros não eram fáceis. Queria pôr-te a falar mas era difícil falar de tudo isto, contudo, sem falar, o sentido das coisas às vezes perde-se. Hoje ainda me espanto com o quão te era difícil guardar as coisas boas.Não sabias como o fazer e por isso regressaste tantas vezes ao deserto. Às vezes, parecia que te sabotavas propositadamente para regressar. Outras, parecia apenas a dificuldade de te entenderes e de entender essa espécie estranha chamada gente e as responsabilidades do mundo em que habitam. O deserto é também um apelo que chega no escuro da noite, quando o medo é maior,ou nos momentos mais duros, pois apesar de teres fugido do deserto é a ele que conheces melhor que tudo o resto. É a tua casa. Minha nómada, meu bichinho-do-mato. Creio que é lá que ainda te escondes. Espero-te bem. E sussurro-te, aqui de onde estou, que em cada viagem que faças me leves sempre contigo, nesse lugar que acabaste por me confiar e onde te posso acompanhar para onde fores, para qualquer deserto ou para qualquer outra dimensão paralela ou perpendicular, porque se alguém a descobrir, serás tu.

É já no próximo dia 23 de maio que a peça com encenação de Leandro Vale sobe a palco pela primeira vez no teatro de Paço de Arcos.

Teatro Nova Morada vai assinalar os 160 anos da morte de Almeida Garrett com a estreia da peça “O Noivado no Dafundo”. Integrada na Mostra de Teatro de Oeiras, a peça conta com encenação de Leandro Vale, que assina os textos adicionais do espetáculo. Para o encenador, “falar de Garrett é falar do teatro português. É o pai do Teatro Nacional”. Como explica Leandro Vale, “O Noivado do Dafundo”, uma das suas obras mais emblemáticas, “é uma comédia de costumes que ultrapassa a sua época e chega perfeitamente atual aos nossos dias”. “Os casamentos de conveniência foram sempre usuais em todas as épocas e Garrett sabia que esse tema seria percorrido através de todos os séculos. Além de mais, a visão teatral de Garrett leva a que uma simples comédia se transforme num espetáculo onde a “commedia dell’arte” arte se mistura com o “vaudeville” numa simbiose perfeita”. O autor revela que adicionou alguns ingredientes da sua “lavra” e está “convencido que os objetivos foram atingidos: é esse o nosso desejo para um espetáculo popular, virado para todos os públicos e que tenha fácil compreensão”. A estreia acontece no próximo dia 23 de Maio, pelas 21H30, no auditório do Teatro Nova Morada, em Paço de Arcos.

Cascais

CASINO ESTORIL

Pintores e arquitetos nos palcos portugueses em exposição

Finalistas das faculdades de Belas-Artes de Lisboa e Porto mostram trabalhos

O trabalho de artistas e arquitetos na conceção plástica e de obras ligadas ao mundo do espetáculo abriu ao público no dia 19, no Palácio da Cidadela de Cascais, uma mostra comissariada pelo Museu Nacional do Teatro e da Dança.

Exposição ficará patente ao público até dia 23 de junho. A estreia é já no próximo sábado, 23 de maio.

esultado de uma parceria entre o Museu da Presidência da República e o Museu do Teatro e da Dança, a exposição é hoje inaugurada, às 21:30, e pode ser visitada de quarta-feira a domingo, entre as 14:00 e as 20:00, até 31 de agosto. Intitulada “Visitas Espetaculares: pintores e arquitetos nos palcos portugueses”, apresenta pela primeira vez algumas obras do acervo do Museu do Teatro e da Dança para divulgar uma faceta menos conhecida de importantes artistas portugueses do século XX. Comissariada por José Carlos Alvarez, diretor do Museu Nacional do Teatro e da Dança, a exposição vai revelar ao público, pela primeira vez, os desenhos de Almada Negreiros para o argumento do bailado “O Jardim da Pierrette”, apresentado no Teatro da Trindade em 1918. “Trata-se de um raro e singular conjunto de desenhos que espelham o interesse particular de Almada Negreiros pelo universo da dança e pelas personagens da Commedia dell’Arte, Pierrot e Arlequim”, destaca o museu, segundo nota da Agência Lusa. Vão estar em foco a conceção plástica e a construção de obras ligadas ao mundo do espetáculo, figurinos, trajes de cena e maquetas de cenário em plano ou 3D. Entre as obras menos conhecidas está também o figurino do bailado Variações Paganini, da autoria de José de Guimarães, apresentado pelo Ballet Gulbenkian em 1978. Estão igualmente representados pintores e arquitetos que visitaram por vezes o universo das artes do espetáculo, como Maria Keil, Mário Cesariny, Emilia Nadal, e Gracinda Candeias. Outros ficaram ligados de forma mais duradoura àquele universo, como foi o caso de Almada Negreiros, Milly Possoz, Bernardo Marques, ou Sá Nogueira, e outros ainda dedicaram grande parte das carreiras artísticas às artes do palco, como Abílio de Mattos e Silva, Maria Adelaide Lima Cruz e José Manuel Castanheira.

romover e divulgar a arte jovem. Este é o principal objetivo do 28º Salão de Primavera/Prémio Rainha Isabel de Bragança, que inaugura no próximo sábado, 23 de maio, às 16h, na Galeria de Arte do Casino Estoril. Trata-se de uma coletiva de Pintura cuja primeira edição se realizou em 1981. Pelas edições anteriores, passaram até hoje mais de 900 jovens finalistas das Faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto, muitos dos quais são hoje são referências no panorama das artes plásticas em Portugal, tais como professores nas Faculdades de Belas-Artes ou na prática de pintura. Referem os promotores em nota de imprensa que “os professores que na edição do corrente ano escolheram os participantes das suas Faculdades, quando finalistas estiveram presentes nos Salões de Primavera, em que foram premiados: Hugo Ferrão, da Faculdade de Lisboa e Domingos Loureiro, da Faculdade do Porto”. O 1º Prémio desta coletiva, designado “Prémio Rainha Isabel de Bragança”, foi atribuído a Filipa Tojal, finalista da Faculdade de Belas Artes do Porto. O júri, constituído pelos professores da FBAUL, Joaquim Lima Carvalho, Hugo Ferrão e Ilídio Salteiro e Lima de Carvalho, diretor da Galeria de Arte, atribuiu ainda, menções honrosas aos seguintes finalistas das duas faculdades: António Bahia e Benedita Santos, do Porto, Carolina Machado, Margarida Lopes, Rita Alfaiate e Sérgio Almeida, de Lisboa, Carolina Sales, de Moçambique, David Simões, de Setúbal, Karyna Iglesias, do Brasil, e Rita Sá Lima, natural de Ponte de Lima. Além destes premiados, participam na edição do corrente ano do Salão de Primavera os seguintes artistas: David Lopes, Diogo Branco, Eduarda Alves, Elisa de Sousa, João Maria Ferreira, João Miguel Ramos, Jorge Charrua, Juliana Lopes, Marisa Nóbrega, Mónica Medeiros, Pedro Cunha, Pedro Poscha e Teresa Pessoa. O XXVIII Salão de Primavera ficará patente ao público, todos os dias, das 15 às 24 horas, até 23 de Junho.

Desporto

20 de maio de 2015

FUTEBOL Liga NOS

epois de mais um empate, em Moreira de Cónegos, a formação do Estoril Praia preparase para a partida que marca a despedida de 2014/2015, com o Boavista FC, que o António Coimbra da Mota recebe no sábado, dia 23, pelas 17h00, encontro em que está em jogo o 12.º lugar que os canarinhos neste momento ocupam pois a derrota fará com que os canarinhos troquem de posição com os axadrezados. O empate com o Moreirense, 13.º no campeonato, foi consentido já em tempos de desconto, golo que retirou a hipótese da formação de Fabiano Soares e

Resultados: Nacionais/Juniores – AD Oeiras-Belenenses, 1-1; Torreense-Estoril Praia, 2-0. Juvenis – Estoril Praia-Cova da Piedade, 2-1; AD Oeiras-GC Corroios, 4-0. Distritais/Pró-nacional – AD Oeiras-Atlético Cacém, 1-2; União de Tires-Sporting Lourel, 1-4. Honra – Dramático de Cascais-Igreja Nova, 1-1; Santo António Lisboa-GDR Fontainhas, 4-2; Águias Musgueira-Sporting de Linda-a-Velha, 0-0. I Divisão/Apuramento Campeão – AC Porto SalvoDamaiense, 3-2; Bobadelense-União de Algés, 3-2. Manutenção</B> – GS Carcavelos-União Mercês, 3-3; Agualva-Associação da Torre, 5-0. II Divisão – Malveira da Serra-SC Livramento, 2-0; FC Outurela-Mafra B, 3-5.

FUTSAL Nacionais

Fim de semana negro na Linha

m empate nos sete encontros em que estavam envolvidos os clubes da Linha, na Liga Sport Zone e Nacional masculino e feminino, fez com que o fim de semana fique marcado como o pior da época 2014/2015. Se algumas derrotas eram esperadas, caso da formação masculina do Leões de Porto Salvo com o SL Benfica, em que os porto-salvenses sofreram na Luz uma das goleadas de sábado (6-1), tal como as caseiras do CDR “Os Vinhais” com o AM Portela (2-9) e do Unidos de Leceia com a UP Venda Nova (2-6), assim como a forasteira do CF Sassoeiros com o Matraquilhos FC (6-0), para o nacional secundário masculino, a da formação feminina do CRC Quinta dos Lombos com o SL Benfica, na Luz, por 1-0, foi inesperada já que nada fazia prever que as lombitas não fossem capazes de de terminar os 40 minutos sem marcar qualquer golo. Nos dois restantes jogos, as leoas de Porto Salvo não foram capazes de trazer qualquer ponto de Viana de Castelo, de onde viajaram com a sexta derrota do fim de semana ao perderem com o Santa Luzia (5-2), partida a contar para o nacional feminino. O único empate, também inesperado, aconteceu em Carcavelos, entre o CRC Quinta dos Lombos e a AR

Amarense, a dois golos, deixou a formação de Hélio Matos fora da carruagem da frente no que diz respeito ao salto para divisão de elite masculina, agora bem mais difícil, a não ser que o conjunto auri-negro faça uma gracinha no Barreiro no próximo sábado com o líder Fabril. Resultados: Taça Nacional/Juniores Masculinos – Piedense-Leões de Porto Salvo, 2-7. Juniores Femininos – Leões de Porto Salvo-CR Golpilheira, 3-0. Distritais/I Divisão Masculina – Estoril Praia-Milharado, 10-1. Honra Feminina – Operário Lisboa-Nova Morada, 0-1. I Divisão – Varge Mondar-Bairro da Tojeira, 4-1.

CRC Quinta dos Lombos: juniores campeões distritais

epois de ter garantido bem cedo a subida à divisão de Honra, a formação júnior masculina do CRC Quinta dos Lombos acaba de se sagrar campeã distrital de Lisboa a três jornadas do fim do campeonato, após a vitória no terreno do CPCD (0-7), ao somar mais 10 pontos que o Dramático de Cascais (76-66), equipa que segue na 2.ª posição e que tudo indica pode acompanhar o conjunto carcavelense comandado por Gonçalo Mendonça, Sandro Nobre e João Gomes, na divisão que dará acesso ao nacional de juniores.

Porto Salvo recebe 10.ª prova da “Corrida das Localidades” A 33.ª edição do “Troféu-CMO Corrida das Localidades” está na recta final, faltando apenas três provas para se conhecer alguns dos campeões individuais dos 15 escalões, já que a nível coletivo o pódio está entregue praticamente desde o início à Associação Desportiva NúcleOeiras, Linda-a-Pastora Sporting Clube e Grupo Recreativo Desportivo “Os Fixes” (294), equipas que têm feito um autêntico passeio ao longo das nove etapas já concluídas do evento sob a égide da Câmara Municipal de Oeiras. A 10.ª tem lugar este domingo, dia 24, em Porto Salvo, numa organização do Clube Recreativo Leões de Porto Salvo, prova inserida nas comemorações do seu 45.º aniversário. CANOAGEM

Sara Sotero no estágio da selecção nacional A atleta júnior Sara Sotero, canoísta do Clube do Mar Costa do Sol, emblema do concelho de Oeiras, marcou presença no estágio para a formação da selecção nacional de velocidade, que teve lugar no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, com vista às próximas competições internacionais nos escalões Absoluto, Juniores e Sub-23. No escalão júnior, onde as 12 melhores atletas nacionais participaram na distância de 500 metros, Sara Sotero terminou o estágio entre as cinco possíveis seleccionadas ao obter a 4.ª posição, resultado que lhe permite manter o sonho da internacionalização. GOLFE

Bernardo Freitas e Nuno Barreto no “I Open Day” no Jamor Ao abrigo da cooperação entre a Federação Portuguesa de Golfe e o Comité Olímpico de Portugal, os velejadores olímpicos Bernardo Freitas, que na companhia de Francisco Andrade, obteve a 8.ª posição nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e Nuno Barreto, que fez dupla com Hugo Rocha, recebeu a medalha de bronze nos Jogos de Atlanta, em 1996, marcaram presença junto dos muitos adeptos que participaram no “I Open Day”, que teve lugar no passado sábado no Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor, assinalando dessa forma o regresso da modalidade aos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro, onde há fortes hipóteses que possa haver um golfista português.

VOLEIBOL

TÉNIS DE MESA

“BB” do CN Ginástica sagram-se campeões nacionais da 3.ª divisão

UR Dafundo com ouro e prata na “Festa Juvenil” da ADCEO

formação “BB” do Clube Nacional de Ginástica, após a vitória sobre o Amares Voleibol, na Parede, por 3-1, com os parciais de 25/17, 20/25, 25/14 e 25/19, na segunda partida do play-off, fez a festa perante o seu público ao sagrar-se campeã nacional da 3.ª divisão. Título que não implica a subida de divisão, pois o clube do concelho de Cascais se mantém juntamente com o Clube de Voleibol de Oeiras, após uma brilhante 1.ª posição na fase de manutenção

ATLETISMO

Hugo Leal ascender um lugar na tabela por troca com o seu adversário, situação que o golo de Kléber, aos 76 minutos, deixava em aberto caso o Estoril Praia conseguisse viajar para o concelho de Cascais com a vitória na bagagem.

Estoril Praia-Boavista na despedida

Costa do Sol jornal

convite da Secção de Ténis de Mesa da ADCEO, emblema sedeado na Encarnação, em Lisboa, a União Recreativa do Dafundo participou no passado sábado no “Torneio Festa Juvenil” com seis atletas, três cadetes e três juniores, acompanhados pelo treinador Nelson Mourinho. Se na prova de cadetes João Joaquim obteve a medalha de prata de um brilhante 2.º lugar, na de juniores António Freitas e Bruno Fernandes discutiram entre si a de ouro e prata, acabando o primeiro por conquistar o lugar mais alto do pódio.

Costa S l Jornal do

CARSIL - Camejo Ramalho & Silva, Lda. Rua da Industria, 7, 2740-068 Porto Salvo, Telf.: 214 226 210 Coordenadas GPS da Concessรฃo: N 38ยบ 72' 28'' W 9ยบ 30' 11''

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