Costa do Sol Jornal | 27 Janeiro 2021 by Costa do Sol Jornal

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Quarta-feira | 27/01 de 2021 | Ano VII | N.º 330 | €0,01 | Diretor: Henrique Jorge Santos

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VICE-PRESIDENTE FRANCISCO ROCHA GONÇALVES REVELA NOVO CICLO

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Oeiras prepara plano estratégico para o turismo

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A GRANDE APOSTA DE OEIRAS PARA 2027

SITUAÇÃO PANDÉMICA DEU ORIGEM A CRISE DESPORTIVA

O projeto de Oeiras Capital Europeia da Cultura em 2027 insere-se num contexto que vai muito além da candidatura. A autarquia lançou uma marca estratégia que “pretende afirmar-se como um novo ciclo no desenvolvimento do concelho”. Poesia, língua portuguesa, artes e criatividade e heranças culturais são alguns dos eixos da proposta. Pág. 11

Restrições impostas que inibem a prática de atividade física e desportiva, traduzem-se em relevantes prejuízos e comprometem a sustentabilidade de clubes, associações e coletividades. Há menos atletas inscritos e as modalidades perderam a maioria dos praticantes. O setor está de porta fechada e luta pela sobrevivência. Págs. 14 e 15

Informação Geral

COSTA DO SOL JORNAL

27/01 a 02/02 de 2021

FRANCISCO ROCHA GONÇALVES EM ENTREVISTA

“OS OEIRENSES TÊM MUITO ORGULHO NAS COISAS BOAS QUE A CÂMARA FAZ”

O vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras deu conta ao Costa do Sol Jornal de algumas das prioridades para o concelho nas áreas que tutela, entre as quais o turismo assume uma grande importância. A resposta da autarquia à pandemia é outro dos destaques desta entrevista.

osta do Sol Jornal - Qual a sua perspetiva sobre o potencial de Oeiras como um território importante no turismo? Francisco Rocha Gonçalves - Nós estamos em fase de aprovação do novo plano estratégico de turismo de Oeiras. Apenas ainda não foi à assembleia municipal dado à situação de estado de emergência. Mas está pronto e concluído. O objetivo deste plano estratégico é revolucionar como abordamos o turismo em Oeiras. Mas só foi possível fazer este plano pelas transformações que ocorreram no território. O presidente Isaltino Morais vem transformando a abordagem que Oeiras faz ao turismo há algumas décadas. Num primeiro momento, com a criação dos parque empresariais que nos trouxeram o turismo de negócios. Agora, o que o nosso plano estratégico quer fazer é alargar para um novo turismo: cultural e de eventos, que nós estamos a con-

gregar para os próximos tempos. Oeiras tem um património histórico-cultural riquíssimo. Mas muito dele não está entregue à gestão municipal. Apenas recentemente conseguimos recuperar a antiga fábrica de cima do Marquês de Pombal, onde está a Casa da Pesca, a Casa do Bicho da Seda. Todo um equipamento que se vai juntar ao espaço do Palácio do Marquês de Pombal. A Câmara Municipal de Oeiras comprou o Palácio Marquês de Pombal no início da década de 2000. Recuperámos a adega há cerca de oito anos e agora estamos a tratar da Quinta de Cima. Este património veio à gestão municipal nos últimos anos. Foi preciso recuperá-lo e é preciso enquadrá-lo turisticamente. Em paralelo, temos património como a igreja da Cartuxa, que apenas agora está em vias de passar para gestão municipal, um espaço histórico e cultural riquíssimo, que foi de certa forma abandonado pelo Esta-

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CSJ – Mas mantendo o “turismo de negócios”? FRG - Não renegamos a força que temos ao nível do turismo de negócios. Estamos finalmente em vias de lançar o concurso para a construção do Centro de Congressos e Exposições. É uma ambição antiga do presidente da câmara. Está em fase de conclusão a revisão do projeto, que será devidamente atualizado, e será lançado o concurso brevemente. No final de 2023 já deve estar ao serviço da população e dos agentes económicos do concelho. Será provavelmente, depois da FIL, o maior centro de exposições da Área Metropolitana de Lisboa. E terá uma sala com cerca de

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1200 lugares, que será capaz de receber os maiores congressos que vêm para o país. Portanto, o que nós estamos a fazer é dar uma visão de coerência a todas estas valências, juntá-las e potenciá-las para fazer produto e para tornar Oeiras o centro da Área Metropolitana de Lisboa. Nós temos vindo a fazer eventos da dimensão, por exemplo, o Nos Alive, já há alguns anos. Agora já somos Capital Europeia da Cultura Gastronómica para o biénio 20-21 e estamos também a concorrer para a Capital Europeia da Cultura em 2027. CSJ – Considera que os munícipes se sentem parte integrante desta dinâmica? FRG - Eu claramente acredito que sim. Os oeirenses têm muito orgulho nas coisas boas que a câmara faz. Orgulho no Parque dos Poetas, no Nos Alive, nas empresas que nos procuram. É uma comunidade com um sentimento de pertença muito forte, num concelho muito desenvolvido nas últimas décadas em torno da qualidade de vida e da excelência, e naturalmente também se sentirão muito orgulhosos dos turistas que procuram o melhor que o município tem para oferecer. Isto é mais um elemento de identificação das pessoas, que saberão certamente reconhecer a mais valia de ter visitantes no seu território. Porque estes visitantes vão criar valor, almoçar nos nossos restaurantes, utilizar os nossos transportes, criar riqueza e emprego. CSJ – Como autarca como reagiu perante os desafios colocados pela pandemia? FRG - Quando nós tomámos consciência do problema que estava a chegar, pensámos em primeiro lugar nas duas comunidades que servimos. Em primeiro a mais próxima, os trabalhadores do município. Para salvaguardar os trabalhadores de modo a continuar com as funções essenciais da câmara municipal. Depois também a comunidade alargada. Procurámos adquirir os equipamentos de proteção necessários (álcool-gel, fatos, máscaras, luvas). Distribuímos e vamos continuar a distribuir máscaras por todas as pessoas. Mas também protegemos toda a restante comunidade: tribunal, IPSS, bombeiros, taxistas, os lares. Reforçamos financeiramente o orçamento para poder ajudar a IPSS a contratar funcionários. Dissemos desde o início que não deixaríamos ninguém para trás. Depois criámos um aparelho, também com muito voluntariado, para entrega de refeições, compras, medicamentos. Disponibilizámos apoio psicológico.

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Informação Geral Adquirimos ventiladores e entregámos ao SNS, cerca de 35. Também proteção individual aos hospitais. E enviámos dez ventiladores e equipamento de proteção individual a cada país africano de língua oficial portuguesa. Ninguém está totalmente preparado para isto. Quando chego de manhã, por vezes tenho pessoas à porta da câmara para falar comigo, por vários motivos. A autarquia é o estado mais próximo. Somos confrontados com a realidade e aqui não há distância. Quando chega uma pandemia como esta, naturalmente que um autarca sente essa responsabilidade. Temos que estar presentes. Creio que é isso que os autar-

cas procuram fazer bem, que é encontrar soluções para problemas reais. Felizmente temos uma câmara com recursos financeiros muito vastos, mas com finanças muito equilibradas, geridas com muita parcimónia. Procuramos sempre criar mais riqueza para distribuição posterior. Portanto temos a saúde financeira que nos permite chegar às pessoas. O presidente Isaltino dizia no início da pandemia que não admitia que ninguém passasse necessidades no concelho. Que nós não queríamos aquelas famosas caixas solidárias, onde as pessoas eram obrigadas a ir a procurar alimento à noite ou no escuro. Nós não queremos isso. Nós temos políticas públicas na câmara, juntas e IPSS para ajudar quem mais precisa, numa lógica de criação de coesão e justiça social. Apoiamos também o tecido empresarial local. Aprovámos a isenção de taxas de esplanadas e de toldos. E estamos agora a preparar um plano de apoio às PMME em

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dificuldades. Respeitamos muito o sector empresarial porque muita da riqueza e bem estar criados em Oeiras foi gerado por eles.

continuamos a apostar: fazer as coisas bem, com rigor, dar segurança e qualidade de vida, e temos conseguido fazê-lo.

CSJ - Perante essa capacidade financeira e coesão, será mais fácil para Oeiras retomar a normalidade no pós-pandemia do que para outros concelhos? FRG - Eu creio que sim, mas também muito depende do tecido empresarial robusto e da economia local que temos. Temos uma cultura de apoio aos mais desfavorecidos muito intensa. Acredito que nós seremos capazes de recuperar rapidamente da conjuntura em que vivemos. Nós

CSJ – A aposta na mobilidade elétrica é recente. O que traz de novo? FRG - Quando tomámos posse, pouco ou nada estava feito nesta matéria. Havia zero carregadores de veículos elétricos em espaço público. Mas antes de adquirir e colocar carregadores tivemos de estudar onde e quais as melhores alternativas. Ao fim deste tempo, podemos dizer hoje que Oeiras tem a rede mais capaz de carregamento rápido e ultra-rápido da península ibérica. Optámos por incidir nos carregadores rápidos e ultra-rápidos, para que, durante a hora de almoço ou uma pausa, o condutor poder carregar o seu carro. Temos uma capacidade de carregamento de meio milhão de quilómetros por dia.

estamos numa fase expansionista de investimento municipal. Mas no ano passado, o investimento privado superou o orçamento municipal. O que quer dizer que os empresários continuam a acreditar no concelho de Oeiras e no seu futuro. CSJ – Ao nível da captação de empresas, há novas medidas a tomar? FRG - Há uma perspetiva que o presidente Isaltino Morais sempre sustentou que foi de manter Oeiras competitivo ao nível do melhor que se faz na Europa. Adquirimos uma vantagem competitiva imensa ao longo das décadas, através da qualidade de vida e da qualidade do trabalho ao nível do ordenamento do território e do planeamento estratégico. As empresas não se instalaram aqui por acaso. Instalaram-se aqui porque conseguimos criar equipamentos de qualidade, criar qualidade de vida para que os quadros dessas empresas quisessem vir trabalhar e viver cá. É nesse âmbito que

CSJ - Sente que Oeiras é reconhecido como concelho exemplar? FRG - Sinto sobretudo que Oeiras é referido como um município bem gerido e bem governado. Nós queremos ser reconhecidos pela qualidade da governação, pela qualidade da gestão do espaço público e pela qualidade de vida de quem aqui vive, estuda e trabalha. Nós procurámos o nosso nicho e o nosso destino. É isto que os governantes devem fazer: procurar as vantagens comparativas dos seus concelhos e transformá-las em vantagens competitivas para o futuro. Não queremos ser vistos como exemplo por nos acharmos mais do que os outros. CSJ - Este ciclo estende-se para além do mandato de quatro anos? FRG - Nós lançámos e estamos a lançar planos estratégicos para décadas à frente. Oeiras nos anos 80 tinha barracas, indústria poluente, ribeiras sem condições. Tudo isso levou décadas para evoluir. Nós lançamos os planos mas estão sujeitos ao escrutínio do povo. Temos um mandato de quatro anos. Se daqui a uns meses o povo escolher outros para governar Oeiras, os planos estão feitos. Podem ser ajustados, mas nós fazemos a nossa parte. Deixamos as sementes. Isaltino Morais costuma dizer isto: “quem governa para quatro anos não costuma ter bons resultados”. Não é possível desenvolver um território em quatro anos. Temos sempre pensar no bem comum e numa lógica de serviço a longo prazo à população e ao concelho.

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OPINIÃO

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Nuno Piteira Lopes

PRESIDENCIAIS 2021 - CASCAIS EM ANÁLISE

unca um processo democrático tinha sido posto à prova perante uma pandemia como a que atravessamos. No entanto, em Cascais, a abstenção situou-se muito abaixo da média nacional. Este facto deve-se, fundamentalmente, a dois importantes fatores: ao espírito de cidadania vivido no nosso concelho, onde a democracia tem estado sempre presente, e à enorme confiança que os cascalenses sentem na organização do poder local no combate à covid-19. Quanto às eleições, Marcelo Rebelo de Sousa renovou o mandato, voltando a ganhar de forma

expressiva. Um resultado que não surpreendeu ninguém. As análises aos resultados nacionais estão mais do que feitas nos muitos espaços de opinião. Vou, por isso, olhar para os resultados em Cascais e tentar perceber a dinâmica de votos. Em Cascais, o centro-direita saiu, mais uma vez, reforçado. No entanto, o segundo lugar de André Ventura, o quarto lugar de Tiago Mayan Gonçalves e a estrondosa queda do Bloco de Esquerda são os grandes destaques. Importa, por essa razão, analisar estas oscilações. Em comparação com os resul-

tados das últimas legislativas, o único espectro onde o Chega (CH) e a Iniciativa Liberal (IL) estão presentes, percebemos que os dois Partidos tiveram um enorme crescimento. O CH passou de 1,71% para 14,53% e o IL de 3,10% para 5,13%, o que significa que, em conjunto, subiram mais de 13 mil votos em apenas dois anos. Nesta comparação percebemos que, somando os votos das legislativas de PSD, CDS e PS, partidos que, de forma direta e indireta, deram apoio a Marcelo, houve uma queda de 12 mil votantes. Subentende-se que cerca de 5 mil desses votos terão migrado para

PROJETO PILOTO

Dez máquinas instaladas no concelho.

de bebidas vazias de vidro, plástico e alumínio. Como recompensa, os utilizadores recebem pontos por embalagem através da aplicação CityPoints Cascais. Nesta aplicação, os pontos podem ser trocados por prémios ou experiências oferecidas pelo município de

políticos. Importa, por isso, perceber os reais motivos para que isso aconteça. Será errado marginalizar as centenas de milhares de pessoas que votaram Chega e Iniciativa Liberal, é necessário falar com elas, compreender os seus pontos de vista e chamá-las, novamente, para as suas famílias políticas. Mas para isso é necessário um trabalho de campo, de rua, de contato com todos aqueles que não estão satisfeitos com o atual sistema político. A política faz-se com ideias, e é preciso passar a mensagem e conquistar a confiança de quem a perdeu. Temos que agarrar nas bandeiras ideológicas e voltar a ocupar os espaços onde sempre estivemos e onde os deixámos crescer. Mesmo sabendo que as próximas eleições (autárquicas), por serem locais e não nacionais, serão bastante diferentes, contem comigo para esse trabalho.

CASCAIS

Reciclar dá prémios em Cascais

oi lançado em Cascais o projeto piloto iREC – Inovar a Reciclagem. A autarquia cascalense instalou novas máquinas de reciclagem no Mercado da Vila e em algumas superfícies comerciais do concelho. Nestes dez equipamentos é possível reciclar as embalagens

Ana Gomes, por ser uma candidata da família socialista, e que os restantes 7 mil terão contribuído para o crescimento de CH e IL. Mas é necessário encontrar a origem dos restantes votos nestes dois novos Partidos. Fui, novamente, à calculadora e percebi que, em conjunto, PCP e BE perderam também 7 mil votos. Obviamente que não acredito que tenham migrado todos para CH e IL, muitos deles terão tido Ana Gomes como destino para a ajudar no “campeonato” que disputava com Ventura. Desta forma, colocando os dados todos na mesa, podemos concluir que os dois novos Partidos, principalmente o Chega, terão conquistado votos a praticamente todos os Partidos tradicionais. Esta conclusão prova-nos que tanto CH como IL, principalmente o Partido de André Ventura, são muito mais agregadores do que se pensava e com capacidade para ir disputar votos a todos os campos

Cascais, tais como batismos de cavalo ou de segway, passeio de burro com guia, visitas a museus, acesso a pista de arborismo, entre outras. A inauguração do projeto contou com a participação, via online, de Inês Costa, secretária de estado do Ambiente.

Câmara vai testar bombeiros e polícia municipal Autarquia pretende quebrar eventuais cadeias de transmissão do vírus.

Câmara Municipal de Cascais vai avançar de imediato para testagem em massa dos bombeiros e do agentes da polícia municipal para a Covid-19. O anúncio foi feito por Carlos Carreiras, presidente da autarquia, durante a reunião do executivo que se realizou online a 26 de janeiro. Entretanto, o vice-presidente Miguel Pinto Luz adiantou que os testes vão ser realizar-se a cada quinzena. Recorde-se que estes elementos incluem o grupo prioritário da segunda fase do plano

nacional de vacinação contra o novo coronavírus. Em comunicado, a autarquia revela ainda que “os testes a este universo municipal vai permitir a deteção precoce de eventuais casos positivos da SARS CoV 2 e garantir bolhas de segurança através do isolamento dos infetados, quebrando as cadeias de transmissão”. Segundo informou Miguel Pinto Luz “estes testes são de uma nova geração de recolha só nasal o que facilita o processo”.

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Informação Geral

NO RESCALDO DAS ELEIÇÕES

PRESIDENCIAIS 2021

Carreiras recusa “boleias” a políticas extremistas O social democrata respondeu ao desafio lançado pelo candidato da extrema-direita. Foto: Luís Bento/CMC

arlos Carreiras recusou que o PSD dê “boleias” a extremismos. E defende que os sociais-democratas devem afirmar-se como uma oposição construtiva ao socialismo. O presidente da Câmara Municipal de Cascais, ex-dirigente nacional social-democrata, recusou esta segunda-feira que o PSD dê “boleias” a “políticas extremistas”, sejam elas “de esquerda ou de direita”. “Por exemplo, em Cascais, não considero que deva criar espaço, dar boleias a políticas, a qualquer movimento, partido radical ou extremista, que esteja situado à esquerda ou à direita”, defendeu, em declarações à agência Lusa. Na noite eleitoral de domingo, o candidato presidencial do Chega, André Ventura, ex-militante “laranja”, dirigiu-se ao PSD e exclamou, perante os resultados de

cerca de 12%, que não havia alternativa governamental a não ser com a participação do seu partido da extrema-direita parlamentar. Quanto ao caminho que o PSD deve tomar, Carlos Carreiras defendeu que o partido deve “afirmar-se, enquanto alternativa ao Governo socialista, e passar a fazer uma oposição construtiva, mas apresentando um projeto alternativo”. No domingo, o presidente do PSD, Rui Rio, disse ver, nos resultados das presidenciais, um “esmagamento claro da esquerda e numa vitória fortíssima do candidato moderado” e chamou a atenção para o segundo lugar alcançado por André Ventura no Alentejo, ultrapassando o candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira. Com Lusa

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COMO SE VOTOU EM OEIRAS E CASCAIS?

Marcelo Rebelo de Sousa dominou nos dois concelhos, mas há diferenças assinaláveis no que toca aos restantes candidatos. Enquanto que Ana Gomes segurou o segundo lugar em Oeiras, foi André Ventura que garantiu a segunda posição em Cascais.

eeleito para um segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa alcançou um feito único nas eleições presidenciais que se realizaram no passado domingo, 24 de janeiro: o Presidente da República em exercício conseguiu vencer em todos os concelhos do país. Marcelo Rebelo de Sousa venceu com 60,76% dos votos (2 519 639), seguido de Ana Gomes com 12,93% (536 228 votos), André Ventura com 11,89% (493 160 votos), João Ferreira com 4,33% (179 496 votos), Marisa Matias com 3,93% (163 168 votos), Tiago Mayan Gonçalves com 3,20% (132 868 votos) e Vitorino Silva 2,95% (122 296 votos). Nestas eleições, os resultados registados em Oeiras e Cascais mostram algumas diferenças em relação aos valores globais. Por exemplo, em Cascais, onde o presidente eleito obteve 59,21% (cerca de 600 votos a mais do que em 2016), o líder do Chega foi o segundo mais votado, com 13 338 votos. Só na freguesia de Cascais e Estoril, André Ventura alcançou quase cinco mil votos (18,29%). Já o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, ficou em quarto lugar no concelho cascalense, à frente de João Ferreira e de Marisa Matias.

A freguesia que mais votou em Marcelo Rebelo de Sousa foi São Domingos de Rana, na qual o candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira, também obteve o seu melhor resultado no concelho: 1208 votos. O melhor resultado de Ana Gomes registou-se na freguesia de Carcavelos e Parede (3 475 votos). De salientar ainda a quebra de Marisa Matias de 2016 para 2021: de 7,83% (7 097 votos), a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda passou para 3,12% (2 863 votos) neste domingo. Em Oeiras, e ao contrário de Cascais, o candidato do Chega (9 023 votos e 11,12%) ficou em terceiro lugar, tal como nos totais nacionais, facto que se registou em todas as cinco freguesias do concelho, ao contrário do que aconteceu em Cascais. Marcelo Rebelo de Sousa com 57,25% e Ana Gomes com 16,93%. Tiago Mayan Gonçalves (5,18%), João Ferreira (4,42%), Marisa Matias (3,50%) e Vitorino Silva (1,60%) ocupam os restantes lugares. Por fim, a participação. Em Oeiras foram às urnas 82 721 votantes num total de 146 585 inscritos. Já em Cascais, de um universo de 177 899 inscritos, votaram 93 500 pessoas, o que significa um número superior de abstenção (47,44%) em comparação com o concelho vizinho (43,57%).

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Opinião

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Na prateleira

27/01 a 02/02 de 2021

“Palavras e sonhos”

José d’Encarnação

Maria Clotilde Moreira

FOI UMA AGENDA FRUSTRADA!

2021

«Agenda» é, hoje, palavra tão banal e tão usada que se perdeu a ideia do seu primitivo significado, embora se saiba exactamente o que ela quer dizer. Trata-se – imagine! – do gerundivo do verbo latino agere (leia-se ‘ágere’), que quer dizer ‘agir’. À letra, em latim, «agenda» é o rol das coisas que devem ser feitas. Uma programação de actividade que, dizem os entendidos nestas questões da psicologia humana, todos nós deveríamos ter, para o nosso equilíbrio mental. Ou, dizendo doutra forma: ao acordar pela manhã, importa que se tenha uma ideia de como é que se vai ocupar o dia. Sem qualquer tensão, obviamente, que seria pior a emenda que o soneto, mas para se chegue ao fim do dia e uma pessoa sinta que valeu a pena viver mais essas horas bem preenchidas. Quanto me custa – é certo que não tenho nada com isso e, daí, até talvez tenha, como vizinho… – ver aquele idoso a olhar para o ar, passeando o dia inteiro pelo bairro, quase ao Deus-dará… Culpa nossa, claro, que lhe não conseguimos incutir o gosto pela leitura, pela jardinagem… Mas voltemos, então, à agenda. Que as há de todas as formas e feitios. Não, ainda me não habituei à eletrónica, do telemóvel ou do computador, creio que agenda tem de ser algo de palpável... Das normais, há as de bolso, mais íntimas, e as de secretária, para os afazeres. Guardei uma de 2014, já não sei quem ma ofereceu, mas adoptei-a para, nos seus dias, ir anotando aniversários e aqueles acontecimentos que importa recordar mais tarde na data em que ocorreram. E guardo-a, porque é maneirinha, meio de bolso e meio de secretária, e está dedicada ao Fernando Pessoa. Por isso, cada semana há uma frase do poeta e, ao princípio de cada mês, um texto mais longo. Para a última semana de Janeiro de 2014, a frase era esta: “Torturamos os nossos irmãos homens com o ódio, o rancor, a maldade e depois dizemos «o mundo é mau»”. O que se chama, em linguagem comum, ‘sacudimos a água do capote’. A agenda da Imprensa Nacional – Casa da Moeda tem sido dedicada a questões culturais. Depois de, em 2017, ter festejado os 150 anos de Camilo Pessanha, em 2018 os 250 anos da Imprensa Nacional, em 2019 «Fernão de Magalhães nos 500 anos do início da grande viagem», dedicou a Amália o número de 2020. No fundo, ao longo das semanas, um bom pretexto para relembrar. Não foram essas, portanto, agendas frustradas, porque ilustradas e úteis. A frustrada foi a do Casino Estoril do ano passado. Imagine-se que o tema, pensado obviamente muito tempo antes de o ano começar, foi… as festas! Começava com uma frase de Saramago: «Nenhum dia é festivo por ter já nascido assim: seria igualzinho aos outros se não fôssemos nós a fazê-lo diferente». E a sublinhar o réveillon: «A história começou assim, o primeiro dia do ano, na madrugada fria, a beber champagne. A multidão celebra numa dança contínua de alegria e de esperança. A promessa de um ano novo. Todos os desafios, todos os sonhos e oportunidades». Esperança nunca morreu; os desafios foram demais; os sonhos tiveram de renascer todos os dias; as oportunidades houve que as inventar. Sobrevivemos. Vamos sobreviver! Por isso, a agenda deste ano é dedicada ao tempo, «medida arbitrária que nos confere identidade; oportunidade de reflexão, busca de pertença, ideia que nos melhora». Para não naufragar!

pronto estamos num novo ano. E como acontece sempre que mudamos de ano lá vamos listando os nosso desejos de coisas novas para que os nossos sonhos se tornem realidade. Eu ando sempre a dizer a mesma coisa: gostava de ver os imóveis degradados do nosso Município de Oeiras rapidamente recuperados dentro das dimensões com que foram construídos e não substituídos por altas construções. Também gostava que o Centro de Oeiras mantivesse as características envolventes da sede da Câmara e que os serviços não fossem transferidos para a tal projectada (?) torre cheia de “modernidade” que tem sido apresentada e enaltecida em sessões públicas muito divulgadas. Vivo no Município de Oeiras desde 1943 e deve ser por isso que continuo agarrada ao que “era”. Outro meu desejo que – embora já haja alguns pequenos bons exemplos

– tarda em cobrir estas terras de Oeiras. Refiro-me a habitação a preços acessíveis a todas as bolsas principalmente ajudando e facilitando que os nossos Jovens por aqui constituam família. Mas este ano tenho um desejo que nunca tinha referido neste espaço e que se está a colocar numa posição muito exponencial: a necessidade dos Deputados Municipais cumprirem regras de exposição pessoal nas Assembleias Municipais. Quem assistir às Assembleia Municipais (hoje facilitadas pela transmissão em directo ou gravado no YouTube) verifica que muitos Deputados Municipais tanto nos tempos “antes da ordem do dia” como a propósito dos vários pontos da Ordem do Dia se alongam em exposições compridas gastando e mesmo ultrapassando os seus tempos de “antena” parecendo muitas vezes que pretendem conquistar um lugar

(Re)Ação Alexandra Domingos

VACINA: O ROSTO DAS DESIGUALDADES

a última edição de 2020 deixei uma reflexão sobre a vacina enquanto boa nova finalmente anunciada na reta final de um ano absolutamente dramático do ponto de vista da saúde, mas também social e económico. Volvido um mês desde o início da vacinação em Portugal antecipam-se os primeiros objetivos traçados e torna-se agora possível rever os grupos de vacinação e incluir cada vez mais cidadãos num processo que se antevê longo e de enorme resiliência. Nós – os residentes em Portugal – que tantas vezes criticamos o país que habitamos, temos a sorte de ser cidadãos de um país desenvolvido e de uma União Europeia; ambos têm bem presente na sua visão de vacinação não deixar ninguém para trás. Um país que comprará quantas vacinas forem precisas para vacinar a sua população. Isto não implica vacinar todas as pessoas – porque pode revelar-se desnecessário – mas implica sermos cidadãos de um país que tem possibilidade de adquirir e disponibilizar vacinas a cus-

to zero aos seus cidadãos em número suficiente para nos proteger. (Relembre-se que assim não foi quando se iniciou, por exemplo, o processo de vacinação contra a meningite, vacina cujo preço unitário era elevado e suportado pelos cidadãos.) Enquanto aguardamos com relativa tranquilidade – e mais uma vez muita resiliência – pelo nosso momento de receber a vacina, é nosso dever olhar também para todos os países onde o combate à pandemia é desigual e desprovido de meios. Para muitos a vacinação é ainda uma miragem. Cabe-nos, enquanto cidadãos dos países desenvolvidos exigir que se criem mecanismos suficientemente justos para auxiliar os países em vias de desenvolvimento. Segundo um relatório divulgado no final do ano pela People’s Vaccine Alliance estima-se que em 2021, em cerca de 70 países pobres ou em vias de desenvolvimento, apenas uma em cada dez pessoas receberá a vacina. Países como o Canadá, por exemplo, têm nos seus planos de aquisição de vacinas doses suficientes para vacinar cada um dos seus

teatral em vez de apresentarem de uma forma clara, precisa e concisa os vários problemas do nosso Município. Muitas vezes parece uma desgarrada: “falaste três minutos rodando sobre enredado(?) então eu vou falar sete minutos redizendo o que foi dito – nada de novo mas pelo menos estive a falar…” Este comportamento devia ser revisto – atenção: não é calar os intervenientes mas sim levá-los a centrarem-se no principal e não, como já referi, dar-lhes tempo de antena. Este procedimento tornariam as Assembleias mais vivas, não se espraiando e alongando por tempos infinitos. E no fim os moradores que pretendessem intervir estariam mais motivados a virem até aqui exporem os seus problemas. Agora com este confinamento prolongado não haveria tempo para os vários partidos analisarem o comportamento dos seus eleitos e aproveitarem os bons efeitos das vídeo conferências para aprimorarem os vários comportamentos? Vamos tentar tornar as nossas Assembleia Municipais num exemplo de actividade autárquica?

cidadãos cinco vezes. Recordam-se da corrida desenfreada ao papel higiénico na primeira vaga da pandemia? Enquanto uns armazenaram papel higiénico para meses sem fim, outros tiveram de se sujeitar aos elevados preços ou simplesmente à rutura de stock. E se não tivesse capacidade económica para adquirir papel higiénico? Naturalmente, trata-se de uma caricatura face à disponibilidade da vacina para os países que não têm capacidade económica para a adquirir. A diferença é que a falta de papel higiénico não nos leva à morte, mas a falta da vacina pode fazê-la bater à porta. Começam a surgir algumas iniciativas de olhos postos nos países mais pobres do globo, mas é necessário aumentar e acelerar o esforço. O Reino Unido, por exemplo, liderou uma angariação de fundos que contou também com países como o Canadá, Alemanha e Japão, que angariaram 1.400 milhões de euros, que contribuirão para um projeto de distribuição de 1.000 milhões de vacinas em 92 países em desenvolvimento. Mas quando? O Mundo é demasiado pequeno e frágil e cabe-nos agir. Como disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres “A pandemia revelou as profundas fragilidades do nosso Mundo”.

FICHA TÉCNICA Costa do Sol jornal - Semanário Regional de Oeiras e Cascais Estatuto Editorial: www.facebook.com/CostaSolJornal Fundador: J. Elias Martins Proprietária: Teresa Diana Prada Martins Editor: Labirinto de Páginas Unipessoal, Lda. NIF: 510676448 Sede e Redação: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 21 156 99 42 | 91 156 64 55

Diretor: Henrique Jorge Santos Redação: Sílvia Costa E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Opinião: Alexandra Domingos, Clotilde Moreira, José d’Encarnação, Manuel Machado, Miguel Costa Matos, Nuno Piteira Lopes, Pedro de Sá, Rui Rama da Silva Secretariado: Deolinda Prada Martins Publicidade: Dina Oliveira e Bruno Antão E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt

Design Gráfico: Diana Martins Distribuição: Agostinho Castanheira Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ Nº de registo na ERC: 126369 Nº depósito Legal: 360449/13 Tiragem: 10.000 Impressão: Gráfica Funchalense | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 | Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

Informação Geral

COSTA DO SOL JORNAL

EDUCAÇÃO

OEIRAS INVESTE EM EQUIPAMENTO PARA ALUNOS E PROFESSORES Garantir o acesso a aulas à distância é um dos objetivos.

ão mais de 300 mil euros o que a Câmara Municipal de Oeiras vai investir na aquisição de equipamento e ferramentas tecnológicas para alunos e professores de todos os agrupamentos de escola do concelho. Em comunicado, o município anuncia que um terço da verba destina-se à aquisição de computadores, tablets e webcams “para ceder a professores e alunos mais vulneráveis, garantindo-se que todos terão equipamentos para assistir às aulas a distância”. Mais de 100 mil euros serão investidos em equipamentos de internet para que professores e alunos sem este acesso à mesma possam participar num sistema de aulas síncronas.

“Prevê-se ainda um investimento de 92 mil euros para reativar as duas linhas e equipas de suporte para professores, alunos e pais, introduzir um suporte para configuração dos equipamentos tecnológicos cedidos pelo Ministério da

Educação, no âmbito do programa “Escola Digital”, e continuar a disponibilizar, aos cerca de 2000 professores do concelho, as licenças para utilização da plataforma, que permitirá a realização de aulas síncronas”, adianta o comunicado.

27/01 a 02/02 de 2021

OEIRAS

Idosos recebem apoio Autarquia ajuda a combater frio.

odos os idosos portadores do cartão 65+ vão receber um apoio de 150 euros. A medida da Câmara Municipal de Oeiras vigorar até março. O objetivo da autarquia é que “nenhum idoso que esteja em isolamento em casa passe frio”. A medida terá um alcance de 8765 beneficiários e representa um investimento de 1.3 milhões euros. Para além de ser portadores do cartão 65+, utilizado já para desconto na aquisição de medicamentos nas farmácias, é necessário fazer um requerimento aos serviços municipais para usufruir deste benefício.

CARNAXIDE

Escolas vão ser requalificadas Obras a concretizar até 2023.

Câmara Municipal de Oeiras vai investir 2,4 milhões de euros para a realização de obras de beneficiação nas escolas do agrupamento de Carnaxide, a concretizar até 2023. Segundo explica a autarquia, o agrupamento de escolas de Carnaxide tem vindo a ser alvo de apoios municipais desde 2017, encontrando-se já algumas obras em curso. “Refira-se que este investimento municipal se insere no âmbito de um plano de ação que foi definido pelo município para 2021, com intervenções para beneficiação, sobretudo dos espaços exteriores, em equipamentos de todos os agrupamentos de escolas do concelho”, lê-se na nota da autarquia.

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Informação Geral

10 COSTA DO SOL JORNAL

27/01 a 02/02 de 2021

FREGUESIA DE ALCABIDECHE COMEMOROU 180 ANOS

“CONTAMOS COM TODAS AS INSTITUIÇÕES PARA TRABALHAR EM CONJUNTO” O presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche deixou uma mensagem à população em dia de aniversário.

á não é novidade em tempos de pandemia. As tradicionais comemorações de aniversários de freguesias e coletividades não permitem grandes festejos. Foi o caso da freguesia de Alcabideche, que no passado dia 22 de janeiro assinalou o 180º aniversário. De acordo com José Filipe Ribeiro, presidente da junta de freguesia, “são já 180 anos de trabalho árduo em prol da população de Alcabideche”. O autarca que tomou posse em 2017 partilhou uma mensagem nas redes sociais no dia do aniversário da freguesia, na qual diz que o executivo “conta com todas as instituições para trabalhar em conjunto”. Elencou, neste sentido, “as as-

sociações de moradores, coletividades, clubes desportivos e instituições sociais”. Entidades que, segundo José Filipe Ribeiro, se destacaram, ao longo de 2020, pelo “trabalho que fizeram em plena pandemia, estando diariamente a trabalhar para a população de Alcabideche”. Agradeceu também à equipa do executivo e a equipa de trabalhadores que, “com a sua competência e dedicação”, contribuem a favor do território. “Deixo também um forte agradecimento às empresas e todas as pessoas em nome individual que, em 2020, e em plena pandemia, se disponibilizaram para doar produtos e serviços essenciais aos mais necessitados”, acrescentou

o presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche. Outros dos visados foram a proteção civil, bombeiros e aos voluntários que se juntaram a esta causa, nomeadamente nas desinfeções. Noutra mensagem nas redes sociais, o executivo da junta de freguesia reconhece ainda “a população que, com paciência, aceitou e continua a aceitar os planos de contingência da Direção-Geral da Saúde e da Câmara Municipal de Cascais para que se pudessem evitar mais contágios”. “Esta pandemia ainda não acabou, vamos continuar a proteger toda a comunidade”, prometem.

31 DE JANEIRO EM MANIQUE DE BAIXO

Coletividade assinala aniversário à distância Grupo musical e desportivo comemora 108 anos.

Grupo Musical e Desportivo 31 de Janeiro Manique de Baixo assinala o 108º aniversário na próxima semana. Este ano, devido ao novo coronavírus não haverá comemorações presenciais. Porém, o presidente da coletividade revelou que “a direção irá representar todos os sócios com a realização de uma missa em honra dos sócios falecidos”. Nuno Jorge informou também

que a mesma equipa da direção vai assinalar a data com o habitual “hastear da bandeira, seguido de uma declaração a todos via redes sociais e, por fim, serão apagadas as velas destes 108 anos de vida”. O presidente da direção do Grupo Musical e Desportivo 31 de Janeiro Manique de Baixo refere que “este é num momento inédito das nossas vidas, que ninguém esperava nem imaginava”, lembrando que, aquando da última grande

pandemia mundial, a da gripe espanhola em 1918, a coletividade já existia. “O único remédio existente é um rigoroso conjunto de medidas preventivas que passa, entre outros aspetos, por uma permanência em casa, distanciamento social e uma cuidadosa higiene individual, em particular a frequente lavagem das mãos”, apela Nuno Jorge aos seus associados do grupo musical e desportivo.

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Cultura

27/01 a 02/02 de 2021

COSTA DO SOL JORNAL 11

PROJETO INTEGRARÁ CANDIDATURA A CAPITAL EUROPEIA EM 2027

OEIRAS LANÇA NOVA MARCA PARA A CULTURA O plano da autarquia será concretizado mesmo se candidatura não for escolhida.

stá lançada a “Oeiras 27”. Trata-se uma marca estratégica que irá integrar a candidatura a Capital Europeia da Cultura, mas que “pretende afirmar-se como um novo ciclo no desenvolvimento do concelho”, revelou a Câmara Municipal de Oeiras. O novo projeto, cuja apresentação pública presencial foi cancelada devido ao atual contexto pandémico, procura definir o plano estratégico da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, mas, de acordo com o comunicado divulgado à imprensa, será concretizado “independentemente de Oeiras ser escolhida” para assumir o título. Segundo o comissário da candidatura, Jorge Barreto Xavier, citado na nota, este é um projeto que “aposta na cultura, nas pessoas e no desenvolvimento de Oeiras”, destacando-se cinco eixos estratégicos: Oeiras, Ecossistema Urbano; Oeiras, Capital da Poesia e das Culturas de Língua

Portuguesa; Oeiras, Capital das Artes e da Criatividade; Oeiras, Capital das Heranças Culturais;

Centro Cultural de Linda-a-Velha, do Centro de Congressos de Paço de Arcos, do Hub de Indús-

e Oeiras, Capital do Património Marítimo. Está prevista a construção do

trias Criativas de Porto Salvo e do centro de interpretação do Castro de Leceia, a reabilitação do Con-

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vento da Cartuxa para receber um centro internacional de artes contemporâneas, da Bateria do Areeiro para um projeto museológico no domínio das fortificações marítimas, da Fábrica de Cima da Fábrica da Pólvora para um centro na área das artes cinematográficas, performativas e visuais, e da Estação Agronómica Nacional para utilizações polivalentes. Também o Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras, será transformado numa unidade museológica na área das artes, ciências e tecnologias, estando igualmente previsto o desenvolvimento de uma programação na área da poesia no Parque dos Poetas e no Templo da Poesia. O presidente do município, Isaltino Morais, acredita que estas iniciativas vão contribuir para o desenvolvimento do concelho e de toda a Área Metropolitana de Lisboa. “Todos estes projetos vão transformar, nos próximos 10 anos, o concelho de Oeiras, com

os seus 46 quilómetros, na cidade de Oeiras, uma cidade polinucleada, que se constrói em torno da cultura e que se quer projetar nacional e internacionalmente, como espaço de Arte, Ciência e Tecnologia, contribuindo para a valorização da Área Metropolitana de Lisboa e do país no seu todo”, afirma o autarca. A Comissão de Honra de Oeiras 27, presidida pelo general António Ramalho Eanes, integra um grupo de personalidades nacionais e internacionais, de que se destacam o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, a cientista Elvira Fortunato, os atores Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho, o bailarino Marcelino Sambé, a cantora brasileira Maria Bethânia, o designer francês Philippe Starck e a campeã olímpica Rosa Mota.

Com Lusa

Desporto

12 COSTA DO SOL JORNAL TAÇA DE PORTUGAL

Técnico do Estoril aposta em rotatividade do plantel O Estoril Praia defronta o Marítimo, naquele que será o terceiro encontro entre os dois clubes na prova Rainha do Futebol. Bruno Pinheiro está satisfeito com os seus guarda-redes.

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DIAGNÓSTICO E MONITORIZAÇÃO

OEIRAS CRIA OBSERVATÓRIO DA ATIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA

A recolha de dados, através de um inquérito à população, teve início no passado mês de novembro e os resultados serão publicados no 1º trimestre de 2021

endo em vista a implementação de estratégias de promoção do desporto e prática de atividade física, e consequentemente de melhoria da capacidade funcional, qualidade de vida, saúde e bem-estar da população, o Município de Oeiras pretende criar um Observatório da Atividade Física e Desportiva.

residente no concelho. A recolha de dados iniciou-se no último mês de novembro, e ocorreu em todas as freguesias e uniões de freguesia de Oeiras. No momento presente procede-se à finalização da recolha dos dados, aguardando-se resultados durante o primeiro trimestre de 2021. Este estudo integra-se no âm-

atividade física preferidos, dificuldades detetadas, assim com as razões para a não realização da prática desportiva. Desta forma, será possível encontrar as metodologias adequadas que tornem eficazes as ações a desenvolver, e permitam, sempre que necessário, a sua adaptação ao longo do tempo.

Neste momento, a autarquia está a realizar, em colaboração com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, um inquérito para a caracterização das crenças, atitudes e práticas relacionadas com a atividade física e desporto da população adulta, entre os 16 e os 69 anos de idade,

bito da constituição de um futuro Observatório da Atividade Física e Desportiva de Oeiras e afigura-se como fundamental para identificar a procura e adesão desportiva, através do conhecimento da realidade, nomeadamente a quantidade de munícipes que praticam desporto, com que regularidade, durante quanto tempo, tipos de

Para além da sua pertinência inicial, estes dados serão ser importantes para o futuro, pois permitirão a monitorização das práticas dos munícipes do concelho de Oeiras, ao longo do tempo, mas também, numa fase subsequente, comparar os dados recolhidos relativos à população de Oeiras com os da população nacional.

equipa canarinha desloca-se hoje, dia 27 de janeiro, ao Estádio dos Barreiros, na Madeira, para defrontar o Marítimo, às 20:15 horas, naquela que é a primeira partida a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal, com arbitragem de Hélder Malheiro. Bruno Pinheiro, treinador dos canarinhos atribui o favoritismo aos insulares: -“São uma equipa da primeira Liga, com mais recursos, portanto o favoritismo é todo do Marítimo”. O treinador de Cascais afirma que vai manter a rotatividade do plantel, sobretudo na baliza: -“Temos três bons guarda-redes, o Dani (Figueira) tem sido o titular nos jogos da Liga, o Thiago (Rodrigues) vai continuar a jogar na Taça. Haverá uma altura em que o Thiago também será titular na Liga, estamos satisfeitos com o trabalho de todos,” referiu o técnico. Este será o terceiro jogo entre ambas as equipas para a Taça. Nos encontros anteriores, o Marítimo venceu uma vez no Estádio dos Barreiros, a 20 de dezembro de 1981, por 3-2, após prolongamento. Já o Estoril Praia venceu a 17 de dezembro de 1997, no Estádio António Coimbra da Mota, por 2-1. O Estoril Praia é o atual líder da Liga Portugal 2 SabSeg, onde em 17 jornadas soma 38 pontos, tendo registado apenas uma derrota na competição, concluída que está a primeira volta. Publicidade

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27/01 a 02/02 de 2021

COSTA DO SOL JORNAL 13

Atribuição de Bolsas de Estudo da Associação Isaltino Morais para o ano letivo 2020/2021 Por deliberação tomada na reunião da Direção da Associação Isaltino Morais - AIM, do dia 24 de outubro de 2020 foi aprovado o Regulamento de atribuição das Bolsas de Estudo Associação Isaltino Morais. No ano letivo 2020/2021 serão postas a concurso 2 bolsas. As candidaturas poderão ser apresentadas, devidamente instruídas com os documentos obrigatórios, acompanhadas de carta de motivação e enviadas para o endereço de correio eletrónico: associacaoisaltinomorais@gmail.com até às 24H00 do próximo dia 31 de janeiro de 2020, sendo os resultados divulgados a partir do dia 6 de fevereiro de 2021. Consulte o Regulamento em www.stmo.pt

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Fevereiro 2021

CARNEIRO

Paço de Arcos, 11 de janeiro de 2021. A Direção Teresa Tomás Marques, Ricardo Alpande, Ana Vilar, Mónica Ribeiro, Helder Sá Rua Instituto Conde de Agrolongo, 43 C, 2770-082 PAÇO DE ARCOS Telefone: 218 206 925 - Telemóvel: 918 191 948 | Correio eletrónico: associacaoisaltinomorais@gmail.com

AMOR: Evite atitudes impulsivas. Mantenha a cabeça no lugar.; SAÚDE: Tendência para sentir-se instável; DINHEIRO: Pode ter dificuldade em expor os seus pontos de vista. Avance com prudência, saiba esperar; PENSAMENTO POSITIVO: Vivo o presente com confiança!

TOURO

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AMOR: Pode haver mudanças a nível sentimental; SAÚDE: Mantenha a vigilância; DINHEIRO: Boas perspetivas profissionais, saiba agarrar as oportunidades; PENSAMENTO POSITIVO: Tenho pensamentos positivos e a alegria invade a minha vida!

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AMOR: Privilegie a união familiar, incentive a partilha de ideias e seja mais compreensivo; SAÚDE: Invista mais em si, cuide da sua forma; DINHEIRO: Boa capacidade mental, o que vai ajudá-lo a expandir horizontes; PENSAMENTO POSITIVO: Sou compreensiva com todas as pessoas que me rodeiam.

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AMOR: Afaste as tristezas. Renove a sua vida afetiva abandonando comportamentos que não lhe fazem bem; SAÚDE: Seja determinado e deixe hábitos que o prejudicam; DINHEIRO: Poderá ser posto à prova. Dê o seu melhor, sem desanimar perante circunstâncias difíceis; PENSAMENTO POSITIVO: O Amor governa o meu coração.

LEÃO

AMOR: Estará bastante instável a nível afetivo e pode ter de lidar com provas que o farão compreender aquilo que realmente quer e perceber o que é melhor para si; SAÚDE: Tendência para acumular tensão. Faça algo para descomprimir; DINHEIRO: Continue focado nas suas metas e não desista perante os desafios; PENSAMENTO POSITIVO: Eu sei que posso mudar a minha vida e tornar qualquer fracasso numa vitória.

VIRGEM

AMOR: Esteja atento ao que a vida lhe transmite e seja mais flexível na forma como lida com as outras pessoas; SAÚDE: Tendência para problemas digestivos de origem nervosa; DINHEIRO: Mostre-se empenhado e determinado. Recorra a outras formas de resolver as situações, explorando técnicas diferentes; PENSAMENTO POSITIVO: Sou otimista, espero o melhor!

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AMOR: Pode sofrer uma desilusão amorosa, sendo confrontado com promessas que não passam disso mesmo; SAÚDE: Descontraia através que lhe tragam serenidade e bem-estar; DINHEIRO: Pode sentir-se injustiçado. Continue a mostrar o seu valor, não se deixe perturbar; PENSAMENTO POSITIVO: Eu tenho força mesmo nos momentos mais difíceis!

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AMOR: A vida familiar exigirá mais de si. Tenderá a ter de desdobrar-se para conseguir chegar a todo o lado; SAÚDE: Aposte mais na melhoria do espaço que o rodeia, dele depende em boa parte o seu bem-estar e, consequentemente, a sua saúde; DINHEIRO: O seu empenho e persistência vão ajudá-lo a conquistar bons resultados; PENSAMENTO POSITIVO: Acredito que todos os desgostos são passageiros, e que todos os problemas têm solução.

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AMOR: Fase de mudanças a nível sentimental. Um novo relacionamento pode evoluir para um compromisso mais sério; SAÚDE: Os ouvidos e as vias respiratórias estão mais sensíveis; DINHEIRO: Avance sem medo, confie no seu potencial e nas suas ideias; PENSAMENTO POSITIVO: O Amor enche de alegria o meu coração!

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AMOR: Um novo relacionamento pode começar nesta fase; SAÚDE: Seja mais disciplinado nos seus hábitos; DINHEIRO: Mantenha as finanças sob controlo para saber lidar com surpresas; PENSAMENTO POSITIVO: Esforço-me por dar o meu melhor todos os dias.

Desporto

14 COSTA DO SOL JORNAL

27/01 a 02/02 de 2021

ASSOCIATIVISMO

DESPORTO ADVERTE PARA CRISE NO SETOR

A sobrevivência de clubes, associações e coletividades está neste momento ameaçada pelo coronavírus. O agravamento da pandemia está a provocar fortes impactos sociais, económicos, políticos e culturais. A atividade desportiva tem sido das mais afectadas.

lubes e associações encerrados, atletas confinados. Relativamente à época passada, estão inscritos menos 173.991 atletas nas federações, com algumas modalidades a perderem cerca de 85% dos praticantes. Estes dados ilustram a situação dramática do movimento associativo, do desporto de competição e alto rendimento e da formação desportiva. O contexto atual é de clubes e associações em situação financeira frágil, competições canceladas e jovens sem a possibilidade de dar continuidade à sua formação. Fatores que se forem conjugados com uma ausência de respostas e apoios, vão implicar o fecho de portas de dezenas de entidades. Todos sabemos que é a prática desportiva das massas que sustenta a alta competição mas a secundarização do desporto que só ganha relevância do ponto de vista da afirmação nacional nas grandes competições tem contribuído para silêncio em torno da crise que atravessa o setor. De acordo com o decreto-lei publicado pelo governo 3-A/2021 e na sua actualização 3-B/2021, o estado de emergência proíbe todas as provas ou exibições com a excepção das provas internacionais ou de circuitos profissionais. Grandes ou pequenos, os clubes ressentem-se desta decisão. O Clube Naval de Cascais (CNC), por exemplo, “não tem provas internacionais marcadas para um futuro próximo”, afirma o director deportivo, Sebastião Osório de Castro, adiantando que “o CNC teve que suspender as provas nacionais e regionais”. E para contribuir para o esforço colectivo da

sociedade para estagnar o avanço da pandemia de COVID-19, “a Comissão Executiva do CNC decidiu fechar o clube por um período de quinze dias”. Lurdes Cardiga, presidente da direcção da Academia Equestre João Cardiga sustenta que conforme o disposto na orientação 36/2020 da DGS a equitação é uma modalidade desportiva de ar livre, de baixo risco. Mas com o agravamento da pandemia fizeram ajustes aos horários, adiaram a 1ª Jornada do Cardiga Equestrian Circuit e foram canceladas as sessões terapêuticas de grupos vindos de instituições. No Paço d’Arcos Clube houve reduções drásticas nos patrocínios concedidos por empresas e cerca de 20% dos atletas deixaram de treinar. De acordo com a Direção “não há competições para a formação desde março 2020”. Autarquia e Junta de Freguesia apoiaram na época passada com materiais e uma verba para a compensação dos prejuízos e de apoio às bolsas sociais dos praticantes mais desfavorecidos. No Grupo Sportivo Carcavelos, o presidente Victor Santos diz que estão“apreensivos e receosos de que após o novo desconfinamento uma quantidade de atletas desapareça” dada a proibição das competições para os escalões de formação desde os mais jovens até aos Juniores”. João Salgado, presidente do Parede Foot-ball Clube, afirma: “no que concerne, a treinos e competições estamos parados, conforme determinações da Administração Central e Federação de Patinagem de Portugal”. Recorda de igual modo, “o cumprimento do dever de responsabilidade so-

cial que incide sobre todos e de solidariedade para com as autoridades locais, que não se têm cansado de recomendar que todos cumpram o dever cívico de recolhimento obrigatório”. Não há previsão de retoma de atividade antes da segunda quinzena de fevereiro. As atividades presenciais de treinos e competi-

ções de todas as equipas do Clube de Voleibol de Oeiras, foram suspensas a 15 de janeiro de 2021. “Os treinos continuam à distância, através dos treinadores que promovem atividades para manter os atletas positivos e cativados, quer física quer mentalmente” diz a presidente do Clube, Carolina Mendonça.

Quanto à regularidade de treinos, apenas se iniciará, quando houver autorização para a utilização de pavilhões desportivos. No GDS Cascais com o encerramento das instalações e a suspensão das competições, praticamente, todas as modalidades do clube – ginástica acrobática, futsal, futebol, voleibol - mantêm a ativida-

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Desporto

de, através de treinos organizados pelas equipas técnicas nas plataformas digitais. Apenas os atletas da equipa de rugby sénior do CN Honra (divisão principal nacional) podem treinar porque estão equiparados a atletas profissionais. Relativamente à parte competitiva, o rugby foi colocado pela análise de risco, como um despor-

to de risco elevado de contágio “o que fez com que apenas fossem autorizadas as competições seniores masculinas e femininas” explica Maria Gaivão, presidente da a Escolinha de Rugby da Galiza - da Santa Casa da Misericórdia de Cascais. Alexandre Álvaro da direcção do Cascais Crusaders diz que quando Publicidade

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foram anunciadas as primeiras medidas optaram por continuar a treinar, mas voltaram atrás nessa decisão na semana passada “por uma questão de solidariedade e respeito pela situação que o país atravessa”. Paulo Borges da A.D. Reguilas de Tires Futsal confessa não saber o que irá acontecer em fevereiro. “O complexo desportivo está encerrado e as nossas equipas estão sem treinar”.Também sem atletas, competições ou treinos está o Complexo Desportivo de Minigolfe fechado por tempo indeterminado, afirmam os dirigentes do Minigolfe Clube de Portugal . A Escola de Ciclismo de Oeiras SPORT ponto COME suspendeu os treinos em grupo, no entanto “os atletas continuam a treinar individualmente (em casa ou nas suas imediações) para não perderem o trabalho de pré-época” revela Nuno Alves. No Linda-a-Pastora Sporting Clube “toda a atividade está suspensa, apenas os xadrezistas estão a receber formação online” segundo o presidente José Isidro. Situação semelhante vive o Grupo Recreativo de Tercena já que “as ações desportivas e culturais foram encerradas às 21h00 do dia 14 de janeiro”, esclarece o presidente José Ventura. O Clube “Os Catedráticos“- Escola Vieira da Silva - Carnaxide em virtude do encerramento da Escola suspendeu todas as atividades no Pavilhão da E.V.S, adianta o presidente do Clube, Luís Quinta Gomes. E quanto aos pedidos de apoio? “Vamos esperar para ver quais são as decisões camarárias em relação a este assunto, sendo que toda a ajuda será muito bem vinda” revela Pedro Morais, Presidente da Associação Grupo Desportivo e Recreativo Bairro da Tojeira. O Sport Queijas e Benfica (SQB) não tem nenhuma previsão para o início da atividade oficial, o que tem criado vários constrangimentos sobretudo ao nível de captação de atletas e motivação dos mesmos.”Toda esta situação tem

prejudicado a nível financeiro o clube que tem tentado sobreviver apesar das dificuldades” diz o presidente Ruben Conceição. “Estamos a fazer um grande esforço. Mantemos as limpezas e a secretaria aberta duas tardes com oferta de máscaras cirúrgicas” explica o presidente do Murtalense, Associação Desportiva Cultural e Recreativa, Ricardo Galrão. À semelhança do que aconteceu no 1º confinamento, entre meados de Março e Junho de 2020, com a paragem das modalidades, muitos clubes determinaram a suspensão dos pagamentos referentes às mensalidades das mesmas. “A adopção destas medidas traduz-se obviamente em prejuízos, pois as mensalidades são a maior fonte de receita da nossa associação” diz Álvaro Silva, Presidente da Associação Desportiva Carnaxide Miraflores. Jorge Ribeiro, diretor do N.A.Z.A refere que “os encargos mensais continuam como se estivesse tudo normal (luz, água, comunicações, internet, condomínio, federação anual do clube na Federação Portuguesa de Atletismo, inscrição anual na Associação de Atletismo de Lisboa, etc. Bem como os encargos com atletas (federá-los individualmente, efectuar o seguro anual para cada um, comparticipar as despesas e estadia no País ou estrangeiro em provas mais importantes”. Neste período de confinamento, com as suas atividades ludico-desportivas suspensas, o GDBarcarena apesar do seu bar também se encontrar fechado aposta em prestar um serviço de takway para fazer face às despesas, segundo conta Luís Borges, um dos responsáveis pelo clube. Neste panorama, Tiago Cruz do Duelo - Clube de Praticantes e Estudiosos de Esgrima de Todas as Épocas concluí “Não temos expectativas, apenas um grande desejo de que a pandemia seja vencida e possamos regressar à atividade normal em segurança. A saúde das pessoas acima de tudo”.

COSTA DO SOL JORNAL 15 OPINIÃO

27/01 a 02/02 de 2021

Frederico Nunes, vereador do desporto da Câmara de Cascais

“TODOS COM TODOS NO COMBATE À PANDEMIA”

Desporto é um dos pilares para um estilo de vida saudável, que nos traz benefícios físicos, sociais e mentais. Os clubes desportivos são verdadeiras escolas de valores, de competências essenciais para uma vida saudável em comunidade. São uma ferramenta social que promove princípios como igualdade, respeito, que educa para um “saber ser” e para um “saber estar”. O Desporto é um dos pilares de uma sociedade com valores. Esta pandemia tem vindo a afastar os jovens do Desporto, colocando em causa o seu desenvolvimento e deixando em risco de colapso clubes e coletividades desportivas. As consequências deste afastamento irão ser gravíssimas. Ao longo deste último ano, tem sido de reconhecer o esforço, sentido de responsabilidade e a

criatividade com que muitos clubes têm ultrapassado o impacto negativo criado por esta pandemia e que se têm vindo a adaptar para continuar a desenvolver este seu papel educativo, formativo. É-lhes exigido que o façam mais uma vez. Que o façamos! Mas nunca esquecendo a importância e a relevância do papel do desporto para uma sociedade com valores, na promoção de um estilo de vida saudável, de uma juventude mais resiliente, mais hábil, mais competente. Perante a situação atual, porque o esforço de todos assim o exige, e para que mais rapidamente possamos todos retomar a atividade, face às medidas mais restritivas anunciadas para a contenção da pandemia, neste momento, mais do que nunca, é tempo de estar Todos com Todos no combate à pandemia.

OEIRAS

FPF disponibiliza Casa dos Atletas Instalações na Cidade do Futebol foram cedidas para aliviar a ocupação das enfermarias dos hospitais

Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disponibilizou a Casa dos Atletas ao ministério da Saúde, para funcionar como unidade de retaguarda para doentes que necessitem de internamento e vigilância médica. A FPF refere que as instalações foram cedidas por um período de oito semanas, para aliviar a ocupação das enfermarias dos hospitais, ficando responsável pela “prestação dos serviços de

alimentação e limpeza necessários à boa utilização do espaço. A coordenação clínica e operacional ficará a cargo da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Devido à covid-19, as estruturas do SNS estão sobrelotadas, tendo sido suspensas as atividades não urgentes e as cirurgias programadas com prioridade normal ou prioritária, desde que não implique risco para os doentes. Com Lusa

Este livro foi escrito por diversos líderes e gestores visionários que nos transmitem excelentes estratégias para otimizar o tempo e gerar lucros. Em tempo de crise crie estratégias que o levem às melhores soluções. Motive-se com esta leitura e vença.

Todas as pessoas, desde que motivadas, têm aptidão para desenvolver algo e podem ser impulsionadas a fortalecer grandes talentos. Basta querer e treinar todos os dias um pouco até que se alcance o objetivo. Temos a certeza absoluta que esta obra é um impulso que o leva a dar o primeiro passo rumo ao seu maior talento.

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