Costa do Sol - Jornal | 27 de Maio by Costa do Sol Jornal

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Quarta-feira, 27 de maio de 2015 | Ano II | Nº 94 | Diretor: Carlos Gaspar da Silva | Preço: 0,01€

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Dia Mundial da Criança

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pág. 8

Já arrancaram as obras de uma unidade muito aguardada pela população local. O presidente da Câmara Municipal de Oeiras revelou que “é por projetos como este que vale a pena ser autarca”. Pág. 02

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Eventos dedicados ao vinho em Oeiras e Cascais Realizado pela primeira vez fora de Itália, o 14º Concurso Internacional “Sindaco” vai prestigiar a vila de Oeiras a partir de 29 de maio. Já em Cascais, com início no dia 28, o Mercado do Vinho vai trazer à vila vários enólogos e produtores. Pág. 07

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Oeiras e Cascais assinalam Dia da Criança. Pág. 03

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“Cabe a todos nós proteger as crianças” pág. 03

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Concertos em vários locais da vila vão ser o ponto forte das Festas de Oeiras, a partir de dia 29 de maio. Pág. 10 As Festas de Santo António em Tires estão de volta com muita música, de 5 a 14 de junho. Pág. 10

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Informação Geral

Costa do Sol Jornal

27 de maio de 2015

CARLOS CARREIRAS NAS CONFERÊNCIAS DO ESTORIL 2015

“É necessário renovar o conteúdo político e moral da globalização” As Conferências do Estoril foram palco de várias horas de discussão política internacional, onde o global e o local estiveram interligados.

rinta e seis horas de debate em quatro dias e 60 oradores de 26 nacionalidades. Estes são os números da edição 2015 das Conferências do Estoril, o evento bianual organizado pela Câmara Municipal de Cascais (CMC) em conjunto com diversos parceiros académicos, institucionais e empresariais. No encerramento da jornada, que se realizou no Centro de Congressos do Estoril, o presidente da autarquia afirmou que “as Conferências do Estoril não terminam nem aqui, nem agora”. Durante a abertura do evento, Carlos Carreiras deu ênfase à necessidade de “renovar o conteúdo político e moral da globalização”, reforma essa que o presidente da CMC só vê ser possível através da glocalização. “O sucesso de uma ordem glocal dependerá sempre

do envolvimento dos cidadãos na vida pública”, lembrou, acrescentando que, “se a reinvenção da

A PARTIR DE 2016

democracia está para acontecer, ela irá partir das regiões e locais”. Ainda durante a cerimónia de

arranque das Conferências do Estoril 2015, o Primeiro-ministro manifestou o desejo que o evento continue “porque precisamos de boas ideias para fazer avançar o mundo”. Segundo Pedro Passos Coelho, as Conferências do Estoril têm vindo a “conquistar, ao longo das várias edições, um reconhecimento internacional que está patente na qualidade de todos os conferencistas e de todos os participantes no evento”. Entre as seis dezenas de palestrantes, as figuras de destaque desta edição das Conferências do Estoril foram o campeão de xadrez Garry Kasparov, o ex-primeiro-ministro grego George Papandreou, o ex-secretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen e Durão Barroso. A política, a religião, a educação foram os temas chave desta edi-

ção. Nota ainda para a entrega do Estoril Local Answers Award, prémio que distingue uma “Resposta Local” para um “Desafio Global”. O grande vencedor foi a APORVELA, instituição nacional que tem como missão a promoção do Mar e a difusão das tradições marítimas a nível nacional. A associação forma marinheiros a nível nacional aptos para trabalhar em vários tipos de embarcações, para além de participarem em competições internacionais. De salientar também o Instituto de Diálogo Global do Estoril, apresentado ao longo desta quarta edição das Conferências do Estoril e que vai permitir que o evento se estenda aos países lusófonos e cruzar-se com universidades de todos os continentes com quem tem parcerias estabelecidas.

CARNAXIDE

Cascais recebe Novo centro de saúde é “uma necessidade” Cimeira de Políticas do Desporto Foi lançada a primeira pedra de uma obra muito aguardada pela população de Carnaxide. Reunir governos, organizações desportivas e especialistas internacionais para as questões políticas do desporto é o grande objetivo da cimeira que Cascais vai organizar a partir do próximo ano.

vila de Cascais vai passar a receber, anualmente, e a partir de 2016, a Cimeira de Políticas do Desporto do International Centre for Sport Security – ICSS (Centro Internacional para a Segurança no Desporto). A Câmara Municipal de Cascais (CMC) assinou “uma parceria de alto nível” com esta instituição que, segundo nota da autarquia, “irá impulsionar os esforços do ICSS para salvaguardar a integridade do desporto e permitirá trabalhar em estreita colaboração com a CMC para promoção dos mais altos padrões éticos no desporto e reforçar o papel do desporto como instrumento de desenvolvimento humano, social e económico”. A assinatura decorreu durante a reunião de Embaixadores, realizada no âmbito das Conferências do Estoril e que contou com a presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, na qual foram apresentados ainda os objetivos estratégicos do ICSS. O objetivo da Cimeira de Políticas do Desporto é reunir os líderes de governos, organizações desportivas, grandes comunidades linguísticas, em conjunto com especialistas internacionais em governação no desporto, bem como outras figuras-chave do desporto e do Movimento Olímpico, no sentido de “procurar soluções para os problemas prementes que se colocam em matéria de políticas públicas, como a manipulação de resultados, a integridade financeira, a boa governação e a proteção dos jovens no desporto”. Durante a cerimónia, o presidente da CMC manifestou-se muito satisfeito “por acolher o International Centre for Sports Security em Cascais e com a decisão deste em realizar anualmente na vila a Cimeira Internacional de Políticas do Desporto e dar um importante impulso ao seu trabalho na área da integridade do desporto com África e com a América Latina a partir de uma delegação permanente aqui”. Para Carlos Carreiras, “este é o reconhecimento do trabalho que a CMC tem vindo a fazer na promoção do desenvolvimento sustentado da prática da atividade física e desportiva, ao nível das infraestruturas desportivas e na promoção de parcerias com organizações da sociedade civil e desportivas”. O autarca acrescentou ainda que “o desporto está profunda e historicamente enraizado na nossa comunidade e na nossa vida diária e estamos orgulhosos por Cascais acolher este evento desportivo de alto nível internacional, também pelo que representa de reconhecimento das capacidades de organização que Cascais possui e das condições privilegiadas para albergar grandes eventos internacionais.”

O novo centro de saúde estará concluído dentro de nove meses.

“

É uma necessidade, não um capricho”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Oeiras durante o lançamento da primeira pedra do futuro Centro de Saúde de Carnaxide. Para Paulo Vistas, é por causa de projetos como este que “vale a pena ser autarca e que vale a pena ser Oeiras”. Para alguns, acrescentou, “este centro de saúde foi um sonho, para outros uma utopia, mas a maioria não parou de trabalhar”. O presidente da Câmara de Oeiras salientou ainda o facto do município ter avançado com o terreno para a construção. “Poucos municípios aventuramse numa obra que não é da sua competência”, referiu. Localizado no antigo Quintal Desportivo de Carnaxide, o futuro Centro de Saúde de Carnaxide resulta de um investimento superior a 2 225 milhões de euros e tem um prazo de conclusão previsto de 270 dias. “É, sem dúvida, uma obra há muito desejada pela população de Carnaxide, que tem crescido nos últimos anos. O novo Centro de Saúde responderá as essas necessidades prementes”, sublinhou o autarca. O projeto, promovido pela Câmara Municipal de Oeiras e acompanhado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa, prevê a construção de um edifício com aproximadamente 1416m2 de implantação ao

longo da Rua Manuel Teixeira Gomes, resultando numa nova frente urbana, com os acessos pedonal e automóvel previstos na fachada principal e uma saída de emergência na fachada oposta. Este edifício será composto por 3 pisos: o piso 0 corresponde ao estacionamento com 32 lugares com uma área bruta de 1377m2. O piso 1, também com a área aproximada, corresponde ao Centro de Saúde com acesso ao público. O piso 2 com 347m2 destina-se ao uso exclusivo dos funcionários do Centro. Para além de Paulo Vistas, a cerimónia contou com a presença de Luís Cunha Ribeiro, Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e Jorge de Vilhena, Presidente da União de Freguesias de Carnaxide e

Queijas. Calcula-se que o novo Centro de Saúde deverá servir 30 mil utentes, sendo que a população vai poder usufruiu de duas unidades de medicina familiar. O futuro Centro de Saúde criará ainda 24 postos de trabalho. Ainda durante a cerimónia, o presidente do município de Oeiras declarou que, “equipamentos como este, mesmo em crise, ninguém pode colocar em causa. Não são obras de fachada mas sim para servir as pessoas.”.

Informação Geral

27 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

Associação Mimar acolhe crianças em risco

“O maior sucesso é que as crianças regressem às suas famílias” O Costa do Sol – Jornal continua a assinalar o Dia Mundial da Criança. Desta vez visitou a Casa Mimar no Estoril, onde falou com a diretora Sofia Pombo e Costa.

colher crianças em perigo e trabalhar na sua reintegração em família. É esta missão diária de todos os colaboradores da Mimar, Associação de Acolhimento e Integração de Crianças. Constituída em 2003, a associação só conseguiu por em prática os seus objetivos em 2011, quando começou a acolher crianças em risco em novembro desse ano na Casa Mimar, no Estoril. Segundo Sofia Pombo e Costa, “o projeto demorou algum tempo até conseguir começar a acolher as crianças porque foi necessário angariar as verbas para a construção da casa”. Como explica a presidente da direção da associação e diretora técnica da Casa Mimar, “tudo começou com a vontade de um grupo de pessoas da sociedade civil de áreas distintas. Não havia focos em comum senão a vontade de querer dar um pouco do seu tempo para alguma causa relacionada com a área social”. Recorda a diretora que foi um processo longo e complexo: “houve no início muitas dificuldades com aspetos mais burocráticos, mesmo em termos de construção, tais como licenças ou avaliações”. Contudo, a associação contou desde logo com parceiros como a Câmara Municipal de Cascais, que assumiu o apoiou na abertura da casa, e inevitavelmente a Segurança Social. Como explica Sofia Pombo e Costa, “a Segurança Social é mais uma entidade licenciadora e fiscalizadora do que executora. E sabe mais que ninguém quantas casas semelhantes à MIMAR são necessárias. Atualmente a Casa Mimar tem capacidade para 18 crianças, sendo variável ao longo do ano o número de vagas disponíveis. Cerca de 50%

Sofia Pombo e Costa, presidente da Associação Mimar

são provenientes de famílias residentes no concelho de Cascais. Tal como esclarece a diretora, “faz sentido acolher as crianças de Cascais, porque não podemos só pensar no acolhimento, mas sim em todo o contexto familiar. E quanto mais próximo a instituição tiver da realidade destas famílias, melhor o trabalho pode ser feito”. Por outro lado, “é muito frequente haver vagas porque temos muitas crianças a sair”, afirma. E é este o principal objetivo da Mimar: “o maior sucesso é que as crianças regressem às suas famílias”,

ou seja integradas em contexto de adoção. De acordo com os números apresentados, este ano já saíram 5 crianças e em 2014 saíram 17 no total. “Desde que abrimos há 3 anos e até agora saíram 38 crianças, das quais 13 foram para adoção. Contudo, tivemos reunificações familiares, o que para nós é uma alegria enorme com o que foi alcançado”. A diretora da Mimar lembrar que das 54 crianças acolhidas nos três anos da casa, 25 tinham menos de 1 ano. “Acolhemos muitos bebés

diretamente do hospital”, revela. Por regra, as crianças acolhidas têm entre 0 e 6 anos. Contudo, “acolhemos também crianças dos 6 aos 12 quando se quer acautelar a não separação de fraterias”, explica. O PAPEL DA FAMÍLIA “O tipo e método de trabalho com cada família é muito diferenciado”, revela Sofia Pombo e Costa. “Existem pilares mas não existem fórmulas que se apliquem da mesma maneira a todos os casos”. Isto porque, “quando existe acolhimento, a situação familiar por trás não é simples e inverter estes padrões é uma tarefa difícil. Mas é uma tarefa das famílias e nós estamos cá para apoiar o percurso que a esta esteja disposta a fazer”. De facto, “se a família não quiser fazer essa inversão, não há intervenção que funcione. Mas quando há um retorno, o sucesso é todo da família”. Para a presidente da associação, “é muito importante para a MIMAR que as famílias queiram mudar mas defendemos acima de tudo o superior interesse da criança. Se

as opções dos pais não forem compatíveis com este princípio, obviamente que o caminho não será a reunificação”. As principais causas para acolhimento na MIMAR, “a primeira é negligência, em quase metade dos casos, a segunda são os maus tratos e a terceira é o abandono”. Para Sofia Pombo e Costa, “existem várias problemáticas que dão origem à negligência”. Por outro lado, “a comunidade ainda não está muito desperta de que as crianças devem ser protegidas por todos nós quando falamos da lei de proteção de menores”. E acrescenta: “se a família não consegue fazer, alguém tem de o fazer. E a comunidade é a que está mais próxima. Se não existirem alertas, as comissões de proteção não conseguem detetar”. Daí que o tempo de sinalização ser por vezes muito grande. Se o Dia Mundial da Criança fosse todos os dias, “talvez as sinalizações seriam mais frequentes” desabafa. Isto porque, na opinião da presidente da Mimar, “cabe a todos nós proteger as crianças”. Como diz um provérbio africano, para tratar uma criança é preciso toda uma aldeia”. A EQUIPA À data, a Mimar conta com 16 profissionais na equipa de cuidadores, divididos por turnos. “Garantimos o mínimo de dois elementos de manhã, quatro à tarde e dois à noite”. Esta é a equipa educativa, que tem uma formação e experiência variada. “Depois temos mais três elementos na equipa técnica, os chamados gestores familiares. São os que promovem a mudança na família”. Para além destes, a casa Mimar conta também com cerca de 25 voluntários, “que nos apoiam em várias áreas.”

30 E 31 DE MAIO

BAÍA E PARQUE MARECHAL CARMONA

Fábrica da Pólvora em Barcarena assinala Dia da Criança

Festa da Criança de Cascais junta-se a evento Somos Família

Oeiras promove dois dias inteiramente dedicados aos mais novos.

O próximo domigo será um dia em cheio para as crianças de Cascais.

Município de Oeiras comemora o Dia da Criança com um programa de atividades para toda a família que decorrerá nos dias 30 e 31 de maio, entre as 10H00 e as 19H00, nos jardins da Fábrica da Pólvora de Barcarena. A entrada é gratuita. O programa tem como objetivo a dinamização do complexo da Fábrica, através de várias iniciativas como a realização de uma feira de artesanato e de uma série de atividades gratuitas para as crianças e respetivas famílias, do qual se destacam ateliês de artes visuais e dança, jogos sobre alimentação saudável, pinturas faciais e disponibilização de insufláveis, entre outros.

Festa da Criança de Cascais e o evento Somos Família juntam pelo segundo ano consecutivo para celebrar o dia dos mais novos. No dia 31 de maio, antecipando o Dia Mundial da Criança, a iniciativa da Câmara Municipal de Cascais em parceria com a “More Than Stories” promete atrair milhares de miúdos e graúdos ao espaço entre a Baía de Cascais e o Parque Marechal Carmona. A festa decorre ao longo de todo o dia de domingo com desafios, workshops, jogos tradicionais, pinturas faciais,

atividades desportivas e muito mais. Contando com a parceria de diversas entidades educativas e desportivas do concelho, bem como diversas empresas de serviços ligados à infância, a oferta de atividades é variada, a começar pela Baía de Cascais, onde vão estar disponíveis jogos tradicionais, demons-

trações de atividades desportivas como, vela, canoagem, escalada, slide, ginástica, surf, saltos em trampolim, mas também, bibliotecas e ludotecas, ateliês de artes, danças, pinturas faciais e insufláveis, vão proporcionar muita animação para todas as idades. Partindo da Baía, em direção ao Parque Marechal Carmona, as atividades prosseguem com a participação da PSP que vai estar a sensibilizar as crianças para comportamentos mais seguros e promover o lançamento da pulseira de localização “estou aqui”.

Informação Geral

Costa do Sol Jornal

27 de maio de 2015 Publicidade

INICIATIVA DA UNIÃO DAS FREGUESIAS

Mostra Social em Algés Para além da exposição permanente das instituições e associações, decorreu também o Urban Market, uma feira de artesanato, design e gourmet.

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União das Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo promoveu, no Parque Urbano de Miraflores, em Algés, a segunda edição da Mostra Social da União das Freguesias. Esta iniciativa, organizada em parceria com a Comissão Social de Freguesia, teve como objetivo apresentar a toda a população o trabalho desenvolvido por associações e instituições no âmbito social, cultural, desportivo e comunitário. Nesta edição, a Mostra Social conjugou a vertente de exposição permanente das instituições e associações presentes, com várias atuações desportivas, culturais e musicais, palestras e workshops, nos diferentes espaços existentes no recinto do evento. Presente nesta iniciativa, esteve também o Urban Market - Feira de Artesanato, Design e Gourmet, e um espaço com divertimentos infantis e feira do livro que continua aberto a todos os visitantes até ao dia 1 de junho.

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Costa do Sol jornal

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Opinião

Costa do Sol Jornal

Nuno Campilho

HORROR VACUI ou Praeses miseria est…

onto prévio: isto hoje está mau, portanto, é melhor por em alerta o detetor de disparates e de comiseração... Comecemos pela definição, horror vacui quer dizer, em bom latim, horror ao vazio. É um conceito que se aplica quando alguém resolve encher cada “cantinho” com alguma coisa. Entenda-se por “cantinho”, uma generalização, até porque este é um dos temas mais recorrentes da psicopatologia social. As pessoas temem acima de tudo esse estar vazio, e preenchem-se com mil afazeres e inúmeros pensamentos e sentimentos. Pronto, é esse o meu estado de espírito hoje...(?) Este horror ao vazio (patológico, ou não), também nos transporta para os vazios de poder. Uma expressão que define uma situação política onde um governo (ou qualquer poder, ou liderança) não possui uma autoridade central identificável. Isso pode implicar que, como num vácuo físico, outras forças tendam a afluir para preencher o espaço vago. Onde é que que eu quero chegar com esta conversa? Bem, como o alerta foi lançado e o detetor de disparates está “on”, cá vai... Sinto-me a personificação do horror ao vazio e, só para terem uma ideia, escrevo-vos a meio da tarde, em plena reunião da assembleia municipal (como já o disse, em outras ocasiões, duas mãos no teclado, dois olhos no ecrã e dois ouvidos no hemiciclo), antes disso, fui levar o meu filho mais novo à escola, já passei três vezes no Géiser Bar (de onde, da última vez, trouxe uma banana e uma garrafa de água e falei com o presidente da associação de pescadores), fui ao supermercado comprar pão de hambúrguer e carcaças para

as bifanas, fiz três audiências, tive três reuniões, assinei expediente e atestados, ouvi a reclamação de três munícipes por causa dos carros em cima do passeio, fui à oftalmologista aviar uma receita, passei duas vezes pela mesma farmácia para comprar colírios e esomeprazol, e ainda tive oportunidade de ir ao Hospital São Francisco Xavier levantar uma embalagem de Humira. Como precisa de frio, esta embalagem teve de ir para o frigorifico lá de casa... Antes das 15h, o destino foi o balcão da Caixa Geral de Depósito de Paço de Arcos, para validar um cartão multibanco. Voltei ao meu local de trabalho mais permanente (não, não é o carro... de onde, hoje, ainda só entrei e saí 30 vezes!), onde ainda li seis páginas do livro do Kevin O’Leary (“A Verdade Nua e Crua sobre Homens, Mulheres e Dinheiro”), enquanto aguardava a impressão de uns documentos para trazer para a assembleia; bebi um café, e comi um chocolate que a Eugénia me trouxe de Santiago de Compostela (uma das famosas “Pedras de Santiago”). Agora, enquanto ouço, escrevo e, daqui a pouco, tenho de ir somar despesas, para ver se o valor que tenho de pagar de IRS não se confirma ser tão escandaloso quanto aquele que simulei ontem. Pelo meio, 21 chamadas telefónicas, 4 não atendidas o que correspondeu a cerca de 22 minutos de “conversa”; e, ainda 24sms (francamente abaixo da média...), 35 mensagens via messenger (é do facebook, mas também uso para trabalhar e o “exagero” compensa o número desms...), 3 publicações no facebook (eventos da União de Freguesias) e um número incalculável de emails (de entre receciconados, lidos, escritos e respondidos, de três con-

Maria Clotilde Moreira

Filosofando

á dias que nos apetece parar para descansar das desilusões acumuladas. Há muitos que nada fazem mas falam e escrevem longas noticias que espremidas não trazem nada de novo. Hoje vou ser um deles: escrever para não dizer nada. Fecharam serviços de saúde, empurraram médicos e enfermeiros para o privado e para a emigração mas agora com grandes sorrisos vão anunciando um número astronómico de futuras contratações e pelo meio chamam médicos reformados e pessoal estrangeiro. Na educação é o que todos sabemos e muitos sofremos mesmo

pela proximidade familiar que nos toca. E agora até não sei quem lá fora mandou dizer que este País tem professores a mais. Mas já estão em murmúrio “politicas” para aumentar a natalidade. Ter filhos é uma aspiração humana natural. Mas para que se concretize os sonhos das famílias é preciso que aqui encontrem o suficiente para ter pão, habitação, saúde, educação. Vamos tendo PAZ no sentido lato porque paz também tem de ter estabilidade financeira e emocional. E a Liberdade virá sempre acompanhada pela intervenção do povo na produção, exploração e repartição correcta de todos os

tas diferentes, onde, até o dito email pessoal, já é mais profissional que outra coisa). Como o anterior parágrafo interessará a poucos vou, agora, escrever sobre três vazios sobre os quais não resisto a pronunciar-me. Um grave e preocupante, outro que me dá gozo e, por fim um sintomático e irritante. O grave e preocupante tem a ver com a liderança dos destinos da nossa nação. A (in)existente e a que se perspetiva vir aí. Não sei se iremos de mal a pior, só o tempo o dirá; o que me dá gozo chama-se Julen Lopetegui (hoje bem escrito)... eu clamo ser a personificação do horror ao vazio, mas tenho de partilhar com ele o substantivo “horror” e o adjetivo “vazio”, isoladamente, assim, sem a contração “ao” pelo meio; o sintomático e irritante, é o vazio que algumas cabeças, ditas, pensantes, continuam a revelar. Não me vou adiantar mais, basta ler o que uma dessas cabecinhas, supostamente pensantes, disse no passado domingo à noite... “a política tem que ter estatuto de seriedade e credibilidade (…). A política é para gente séria e credível. Modéstia à parte, se todos os responsáveis políticos tomassem as decisões que eu tive de tomar, a política estava mais limpinha”. Para ele, que fala, fala, fala (para preencher vazios?), mas que eu não vejo a fazer nada (com a devida vénia ao RAP e aos “Gato Fedorento”) – há quem tenha visto e denunciado, mas fiquemo-nos por aqui – recomendo-lhe o arquiteto Álvaro Siza Vieira: “o nada, o aparente nada, às vezes é o mais importante, mas existe uma doença contemporânea muito grave que é o horror ao vazio (...). O vazio, tal como o silêncio, provoca medo. Isso é algo de muito contemporâneo.” Agora já posso ir comer (uma sanduiche de pão de forma, mais seco do que os bolinhos que virão a seguir) e, amanhã, venho todo vestido de branco, cuja valorização é a contrapartida do horror vacui. Desculpem qualquer coisinha... há dias assim...

bens necessários. Quanto à falta de empregos todos sabemos a verdade: a destruição de empresas, o fecho de serviços, o pagar para não produzir… veio trazer pobreza e desespero para muitos mas grandes lucros para outros. E poderíamos também tecer grandes teses sobre a sofreguidão das decisões de vender e privatizar o nosso País antes que as eleições cheguem e alguns sejam corridos. E temos o futebol que durante muitas horas uns comentadores (parece que bem pagos) nos tolhem o raciocínio. Nem as tardes da TV nos dão uma boa distracção pois se não telefonarmos os tais milhares não chegarão à caixa do correio. E pronto. Tanta coisa que poderia ser difundida, tanto conhecimento por explorar mas o que é preciso é desmotivar, angustiar, desiludir. E nós desistimos? Não!

27 de maio de 2015

José Lança-Coelho

CEM ANOS DE ‘ORPHEU’ (1915-2015) - II

orém, talvez o maior escândalo, já que os consideravam todos doidos, foi a inclusão, no segundo número do Orpheu, de um conjunto de poesias de Ângelo de Lima (1872-1922), que se encontrava internado no manicómio de Rilhafoles. No entanto, a sua poesia obedece a uma métrica que está sempre correcta, como podemos notar no poema que a seguir transcrevemos do segundo número do Orpheu. ESTES VERSOS ANTIGOS Estes versos antigos que eu dizia Ao compasso que marca o coração Lembram ainda? ... Lembrarão um dia… - Nas memórias dispersas recolhidas Sequer, na piedosa devoção De algum livro de cousas esquecidas? - Acaso o que ora canta… vive… existe Nunca mais lembrará – eternamente? E, vindo do não ser, vai, finalmente, Dormir no nada… majestoso e triste? Como se pode constatar, trata-se de uma versificação normal, no entanto, de um ponto de vista patológico, Ângelo de Lima escrevia, quase sempre, os substantivos comuns e os adjectivos em letra maiúscula, mas, se isso era esquisito em 1915, cem anos depois, parece-nos uma coisa normal, com as transformações que se têm verificado na poética e, também, em toda a Literatura. Os jornais voltaram à carga, após a saída do segundo número do Orpheu. «A Capital» a 28 de Junho, publica um artigo intitulado «Artistas de Rilhafoles». No mês seguinte, é em «O Mundo» de França Borges que, no dia 5, sai o artigo «Literatura de Manicómio Astral». Segue-se uma eloquente resposta de Álvaro de Campos. Logo no dia seguinte, este heterónimo de Pessoa envia uma carta ao director de «A Capital», onde classifica o desastre verificado com Afonso Costa num eléctrico da Carris, como um «alto ensinamento da Providência Divina». O jornal respondeu com as seguintes palavras: «Antipático futurismo: os poetas do “Orfeu” não passam afinal de criaturas de maus sentimentos», o que levou futuristas como Sá-Carneiro e Almada, entre outros, a demarcarem-se do texto do «engenheiro sensacionista». O segundo número do Orpheu era já apresentado sob a direcção de Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro. Entretanto, surgem complicações económicas oriundas do pai de Sá-Carneiro que ficara como fiador da edição. O filho parte para Paris, onde, em breve, se suicidará. A juntar a tudo isto, surgem intrigas dentro do grupo, o que fará com que o terceiro número não passe das provas tipográficas. Destas últimas, apenas se conservam dois exemplares, um, pertença de Alberto de Serpa (1906-1992) e outro, encontrado por Casais Monteiro (1908-1972) no espólio de Fernando Pessoa. O Orpheu nº3 só sairá em 1983, com prefácio de José Augusto Seabra (1937-2004), tendo na capa um desenho de Amadeu Souza Cardoso (1887-1918), e editado pela «Nova Renascença», e apresenta entre os seus colaboradores, depois de Álvaro de Campos, um outro que durante vários anos foi considerado um heterónimo de Pessoa que, dá pelo nome de C. Pacheco, (Coelho Pacheco), «que à pluralidade da escrita pessoana acrescentava uma nova linguagem (um entrelaçamento de linguagem) onde uma diferente estranheza se lê.» (J.A. Seabra, Orpheu 3, p. VI). Estudos recentes confirmaram a existência autónoma de um poeta com 21 anos, de nome Coelho Pacheco, assinando um extenso poema - «Para Além doutro Oceano» - cuja veracidade existencial foi provada pela sua neta, através de diversos artigos jornalísticos e como redactor de «A Renascença», em 1914, para além de fazer parte do elenco, como colaborador com o poema «Eu sem Mim», título caracteristicamente órfico, de uma revista que Pessoa pensou em lançar, com o título de «Europa – Revista Órgão do Interseccionismo», mas que acabaria por se transformar no «Orpheu». Por outro lado, Coelho Pacheco ao dedicar o poema citado acima, e inserido no «Orpheu 3», a Alberto Caeiro, evidencia uma grande proximidade a Pessoa, pois este, só revelou a existência deste heterónimo, que também classificou de seu «Mestre», a um número reduzido de amigos, a saber, Sá-Carneiro, Alfredo Guisado e Côrtes-Rodrigues. O poema evidencia um radicalismo de escrita, caracterizado por uma desarticulação sintática e supressão de pontuação, que não se encontram em toda a poesia pessoa

Informação Geral

27 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

14ª “LA SELEZIONE DEL SINDACO”

D. MANUEL CLEMENTE PRESIDIU À DEDICAÇÃO

Concurso internacional de vinhos pela primeira vez em Oeiras

Igreja da Outurela recebeu Cardeal Patriarca de Lisboa

De 29 a 31 de maio, o Palácio do Marquês de Pombal será a casa de um dos grandes eventos do mundo sobre enologia.

A construção da nova igreja da Outurela era um desejo antigo da população. O espaço agora aberto representou um investimento para a autarquia superior a 350 mil euros.

a primeira vez que o evento se realiza fora de Itália. Oeiras vai ser o anfitrião do 14º Concurso Internacional “La Selezione del Sindaco”, um certame enológico único que conta com a participação conjunta de produtores e de municípios onde as videiras estão localizadas. Segundo nota do município de Oeiras, “o concurso premeia aliança vitivinícola entre território e produtor, durante o qual mil vinhos apresentam-se à prova”. O Brasil é o país convidado desta edição. O Palácio do Marquês de Pombal vai ser espaço deste evento que se realiza entre 29 e 31 de maio. O 14º Concurso Internacional “La Selezione del Sindaco” (“Seleção do Presidente”) tem como objetivo “estimular a produção de vinhos de qualidade, baseados na tradição secular da cultura do vinho em determinado território e a promoção dos mesmos num pacto de aliança entre produtores e municípios”. Apenas vão participar os vinhos de qualidade certificada (DOCG, DOC, IGT) e com pequenos lotes de produção, inferior a 50 mil garrafas. Os vinhos a concurso vão ser avaliados por um júri composto por 80 enólogos provadores e jornalistas do setor enogastronómico, provenientes de vários países. De acordo com a autarquia, “a escolha recaiu em Oeiras, por sugestão da Associação de Municípios Portugueses do Vinho e pelas entidades que tradicionalmente o organizam, a Associação Nacional “Cittá del Vino” e a Rede Europeia das Cidades do Vinho) Recorde-se também o facto do Município de Oeiras ser o produtor do Vinho que, até à data, recebeu a pontuação mais alta em todas as edições do concurso. Em 2012, o “Conde de Oeiras” do mesmo ano foi agraciado nessa edição com a Grande Medalha de Ouro, tendo alcançado uma pontuação de 93.6 pontos. O Concurso Internacional “LA SELEZIONE DEL SINDACO”, que decorre no Palácio do Marquês de Pombal, pretende “reconhecer os vinhos espumantes mais característicos provenientes das diferentes regiões europeias, valorizar os vinhos ecológicos, segundo o previsto no Regulamento (UE) Nº 203/2012 da Comissão de 8 Março de 2012 e, por último, dar apoio aos Presidentes dos Municípios com forte vocação vitivinícola no seu papel de líderes do desenvolvimento económico local”. A cerimónia de atribuição dos prémios do concurso decorrerá nos primeiros dez dias do próximo mês de Julho durante a Exposição Universal de Milão. Em paralelo, 14º Concurso Internacional “La Selezione del Sindaco” terá um conjunto de atividades: a realização do Concurso de Vinhos Espumantes, um Concurso de Rótulos e dois concursos de Fotografia, uma para “A Melhor Paisagem”, e outro sobre “A Melhor Adega”. Haverá ainda lugar para uma exposição de rolhas e para um simpósio sobre a importância da cortiça na indústria vinícola. Em simultâneo, irá decorrer o Fórum de Vinho Espumante e o Bio di Vino (Vinhos Biológicos).

Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidiu a cerimónia de Dedicação da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Paróquia de Outurela. Estiveram presentes diversas individualidades religiosas e políticas do concelho, tais como o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, o vice-presidente da autarquia, Carlos Morgado, o Pre-

sidente da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, Jorge de Vilhena, e diversos vereadores, incluindo Madalena Castro, recentemente destituída. O Município de Oeiras apoiou a construção desta nova igreja que era já uma desejo antigo da comunidade local, não só como um local para as celebrações religiosas como também para o desenvolvimento de atividades de convívio e de formação dos seus membros, sobretudo dos mais jovens. Até à inauguração da igreja, as atividades religiosas funcionavam numa pequena

capela anexa a um equipamento de infância gerido pela Paróquia. O novo edifício é composto, para além da igreja, de espaços para atividades com as crianças e jovens – catequese e escuteiros – e de salas para trabalho com as famílias e para apoio a iniciativas da comunidade. A Câmara Municipal de Oeiras concretizou o seu apoio através da cedência do terreno, em Direito de Superfície, à Fábrica da Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Conceição de Outurela. Foram atribuídas duas comparticipações financeiras: uma no montante de 300 000,00€, para apoio à construção da nova igreja e à criação de serviços de apoio à comunidade, e outra de 56 087,10€, destinada aos encargos com os arranjos exteriores.

DE 28 A 31 DE MAIO

Mercado do Vinho em Cascais Como habitual, o Mercado da Vila de Cascais recebe, no final de cada mês, um evento temático de promoção gastronómica. Deste vez, os vinhos, queijos e os enchidos são as estrelas do fim de semana.

rranca já no próximo dia 28 de maio mais uma edição do Mercado do Vinho. Até dia 31, o Mercado da Vila de Cascais recebe vários enólogos e produtores de vinho. Durante os quatro dias do evento, mais de uma centena de vinhos de várias regiões do país vão estar à prova para quem visitar o espaço. Um dos destaques do Mercado do Vinho são as provas comentadas por especialistas no espaço “Tertúlia do Vinho”. Não podia faltar também o vinho de Carcavelos, que neste certame vai estar representado pela Confraria do Vinho de Carcavelos. Mas não é só de vinhos que se faz a fes-

ta. O “Wine Sunset” é uma das novidades e vai tornar os finais de tarde mais animados com música lounge e blues. Os queijos e os enchidos portugueses, também presentes no mercado, vão ser a companhia ideal para a degustação de vinhos. Durante o evento a animação vai ser

assegurada pela atuação de diversos grupos como a Orquestra Ligeira Sociedade Recreativa de Carcavelos, a Banda de Talaíde, o Coro Vox Maris, o Rancho Folclórico Nossa Senhora das Neves, o grupo de Dança Sociedade Recreativa e Musical de Carcavelos e os Estrelas do Guadiana. Para os mais novos, a Casa da Criança de Tires vai dinamizar proporcionar um espaço com jogos didáticos e interativos e pinturas faciais. O Mercado do Vinho tem entrada livre e decorre na quinta, entre as 16h00 e as 22h00, na sexta entre as 16h00 e as 24h00, no sábado entre as 10h00 e as 24h00 e, no domingo, entre as 10h00 e as 20h00.

Costa do Sol Jornal

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Informação Geral

Costa do Sol Jornal

27 de maio de 2015

CONCERTOS EM VÁRIOS LOCAIS DO CONCELHO

DE 5 A 14 DE JUNHO

Festas de Oeiras na rota da música

Festas de Santo António voltam a Tires

Muitos espetáculos estão agendados para celebrar as festas do município.

São dez dias de animação que tornam a localidade de Tires no centro das atenções do concelho.

ntre 5 a 14 de junho, Tires volta a celebrar o Santo António. As festas de Tires vão ocupar o largo da localidade durante 10 dias. A entrada é livre e todas as noites haverá concertos musicais, para além da gastronomia, artesanato e animação que caracterizam estas festas que contam já com 60 anos de existência. O recinto da feira abre às 17h00 e encerra apenas às 24h00. A localidade da freguesia de São Domingos de Rana prepara-se então para comemorar o Santo António, numa organização do Grupo Recrativo e Dramático 1º de Maio.

As Festas de Oeiras estão aí à porta. Este ano, o município de Oeiras traçou várias rotas e a da música vai espalhar-se por todo o concelho. Já no próximo dia 29 de maio, pelas 21h30, no Parque Urbano de Miraflores, sobe ao palco Nuno da Câmara Pereira. Um dia depois, atua Tiago Bettencourt, desta vez no Palco da Feira, no Jardim Municipal de Oeiras. The Black Mamba, no dia 31 de maio e One Herman Show, dia 5 de junho, são os artistas que se seguem no palco principal. Depois, as Festas de Oeiras continuam a sua programação com um tributo aos Xutos e Pontapés, dia 6 de junho, no jardim municipal, e com o concerto de Ricardo Carriço, dia 7 de junho, nos Jardins do Palácio do Marquês de Pombal) O fado regressa às festas com Camané, a 9 de junho, no Largo 5 de Outubro, e com Carminho, no feriado de 10 de junho, no Palco da Feira Os grandes concertos no palco principal encerram com os Expensive Soul no dia 12 de junho. De referir também o Concerto do Dia Mundial da Criança, este a 6 de junho, pelas 18H00, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho em Carnaxide) e o Espetáculo Piromusical de encerramento das Festas, no dia 13 de junho, às 24H00, na Oeiras Marina.

ANIMAÇÃO PROSSEGUE NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA

Festas da Rocha com novo fulgor Há mais de uma década que não se viam enchentes como as que se verificaram este fim de semana durante as Festas da Nossa Senhora da Conceição da Rocha, tal como era desejado pela União das Freguesias de Carnaxide e Queijas.

animação regressa no próximo fim de semana com mais concertos e atividades. As Festas decorrem de 22 de maio a 1 de junho, no Santuário da Nossa Senhora da Rocha, em Queijas. Recorde-se que, com mais de um século de existência, as Festas da Rocha são as mais antigas desta

região e tiveram um tempo glorioso, em que durante décadas foram as maiores festividades do concelho de Oeiras. Este ano, e o programa promete atrair o público, sendo que a parte religiosa será organizada pela Irmandade do Santuário da Nossa Senhora da Rocha.

SEMANA DA PROTEÇÃO CIVIL

Simulacro no Porto de Recreio de Oeiras Está a decorrer em Oeiras a semana da proteção civil.

uatro feridos graves, dois feridos intoxicados e queimados, 12 com traumatismos vários, destruição de edifícios, de viaturas e de uma embarcação de recreio são as consequências dos incidentes provocados por uma falha mecânica num automóvel ligeiro de passageiros que se despista na descida da estrada de acesso ao porto de abrigo da Marina de Oeiras. Nada disto aconteceu porque se tratou de um

simulacro, uma iniciativa promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Oeiras em conjunto com os corpos de bombeiros do concelho e com a colaboração da Oeiras Marina. O objetivo foi testar a eficácia das operações de socorro no âmbito da proteção civil, em ordem à resposta imediata e mais realista possível. O exercício abriu o programa da Semana da Proteção Civil de Oeiras.

Festa do Cavalo de Porto Salvo Depois de dois fins de semana, a 16ª edição da Festa do Cavalo despediu-se de Porto Salvo com passeio equestre até ao largo da Igreja de Oeiras.

Informação Geral

27 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

EVENTO VAI JÁ NA 8ª EDIÇÃO

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Stock & Fashion Market levou milhares à baía de Cascais

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A oitava edição consecutiva do Stock & Fashion Market contou com milhares de visitantes durante os três dias do evento.

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rganizado pela Associação Empresarial do Concelho de Cascais, o espaço de venda e divulgação do comércio local esteve de volta no passado fim-de-semana à Baía de Cascais. O Stock & Fashion Market contou com 52 stands e 33 expositores, onde os visitantes encontraram a preços reduzidos, roupa, sapatos, acessórios de moda e artigos de decoração. Em simultâneo, decorreu uma exposição de automóveis e animação musical.

EMPRESAS

MARQUISELAR

Rapidez, profissionalismo e simpatia São já 35 anos de existência. A Marquiselar é uma das grandes referências do concelho de Cascais no fabrico e comercialização de caixilharia de alumínio.

frente da empresa desde 2002, Mário Barradas dá conta do que diferencia a Marquiselar da concorrência: “através dos inquéritos realizados junto dos nossos clientes, a característica que estes mais salientam é a rapidez com que nós fazemos o serviço”. Também “a simpatia e o profissionalismo do nosso pessoal” são apontados como outras das qualidades da empresa sediada na Abóboda. O grande enfoque é a produção de caixilharia de alumínios para janelas e estores. Contudo, a Mar-

quiselar é também especialista no fabrico de portadas fixas e moveis, portas, janelas, marquises, banheiros e resguardos. Segundo explica Mário Barradas, muitos dos serviços passam pela nova montagem, remodelação da caixilharia e nas reparações de materiais existentes. Os materiais são fabricados nas instalações e depois instalados nas habitações. O gerente lembra que, antes da quebra na área da nova construção, o negócio era mais fluente. Porém, “a Marquiselar sempre trabalhou muito com o cliente particular. Isso fez com a empresa se

mantivesse no mercado, enquanto que outras, que trabalhavam só com a construção, viram-se obrigadas a fechar portas”. Ou seja, para além da Marquiselar ter já muitos anos de implementação, “nunca virou costas ao particular que necessitasse de uma janela ou uma porta em casa. Isso fez com que tivéssemos um bom retorno durante todo este tempo, mesmo com a crise na construção”. Grande parte das remodelações agora solicitadas prendem-se com as inovações no setor. “Em casa, os clientes querem passar de uma janela normal para vidro duplo. Desde que passou a existir o vidro especial e inteligente, com a rotura térmica no alumínio, as pessoas mudam porque a nível de conforto dentro de casa é muito maior, não havendo perda de energia no interior nem, por outro lado, entrada de calor vindo do exterior”. Outra das grandes apostas, revela, “é sem dúvida a rotura térmica a imitar madeira, uma vez que se pode obter uma cor por for e outra por dentro” Na opinião de Mário Barradas, “a evolução tecnológica permitiu-nos oferecer novos serviços e melhor qualidade de materiais, muito diferentes dos caixilhos antigos. É agora muito fácil se quiser mudar para uma caixilharia de corte térmico elevado. A adaptação é simples”. Para além deste aspeto, a Marquiselar tem servido de suporte a alguns clientes que necessitam de uma alteração nas “marquises que

já se encontram obsoletas”. A publicidade é de boca a boca. Um vizinho, amigo ou familiar que ficou satisfeito com o serviço indicou a outro. Quanto à concorrência, o gerente mostra-se seguro da eficácia da sua produção: “não se pode comparar uma marquise com bom corte térmico com uma de diferente qualidade”. E acrescenta: “temos atualmente concorrência de alguns produtores que trabalham por conta própria, o que nós chamamos de serviço de garagem, uma vez que não pagam seguros nem têm ou-

tro tipo de responsabilidades”. Do outro lado, existem as grandes superfícies, contudo, Mário Barradas defende que “o vidro e o alumínio da Marquiselar não tem nada a ver com o material dos grandes comerciantes, que trabalham com grandes quantidades e com medidas certas”. A Marquiselar é certificada pelo Instituto Português da Qualidade pela norma portuguesa EN 14351-1, relativa a janelas e portas pedonais exteriores, pela norma EN 13659, sobre portadas, e pela norma EN 13830, referente às fachadas.

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Páginas Unipessoal, Lda. • NIF: 510676448 Morada da sede: Rua Instituto Conde Agrolongo, nº 5 - 2º Esqº 2770-081 Paço de Arcos Telefones: 91

250 48 82 | 21 156 99 42

Diretor: Carlos Gaspar da Silva Redação: Carlos Silva, Henrique Jorge Santos, Bárbara Teixeira (estagiária) E-mail: noticiascostadosol@gmail.com Nº de registo na ERC: 126369 Nº depósito Legal: 360449/13 Opinião: José d’Encarnação, José Lança-Coelho,

Maria Clotilde Moreira, Maria Margarida Rufino, Pedro Guilherme, Rui Rama da Silva e Sofia Pracana Secretariado, paginação e logística: Teresa Prada Periodicidade: Semanal • Preço: 0,01€ Publicidade: Dina Oliveira E-mail: publicidade.costadosol@sapo.pt Impressão: Gráfica Funchalense

Costa do Sol Jornal

27 de maio de 2015

CSJ 1625

27 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

TERRA IGNIS EM CASCAIS

“Um espaço com assinatura em português” trabalhos com vários materiais, o burel, o ferro, areia, cera de abelha, pele, frutos secos e muitos outros, tudo de produção artesanal e nacional”. Porém, a Terra Ignis não perde o sentido de rigor na escolha e selecção dos seus parceiros, exigindo o respeito pelos “critérios de qualidade, criatividade, originalidade, técnica e tradição”. Esta atitude é também importante para que quem venha a fazer parte do projecto, sinta “o seu trabalho seja devidamente prestigiado e valorizado”.

Colares, Oeiras e Bucelas, a Terra Ignis disponibiliza também vinhos de outras regiões do país. Para além dos vinhos, a loja apresenta também licores, queijos, enchidos, bolachas, compotas, chás, marmelada, patês, conservas, a Madeira está também representada com o mel de cana e o bolo da madeira, o presunto e os chouriços de peru e coelho, os escabeches, os confitados ou os patês de caça, azeitonas e de enchidos. “A aposta é precisamente ir buscar produtos de pequenos produtores que trabalham com a tradição das

sul do país”. Mas não é só da venda de produtos que se faz a história da Terra Ignis. Uma das características únicas do espaço são as provas de vinhos e de degustação dos produtos. “É uma iniciativa que adoptamos principalmente porque os visitantes gostam, especialmente estrangeiros. Eles apreciam os nossos vinhos e os produtos da mercearia mas gostam de experimentar antes de comprar”. Neste sentido, a Terra Ignis esta já a planear algumas provas e demonstrações com os próprios

“Esta era uma lacuna muito grande em Cascais”, dão conta os proprietários. “Verificámos que Cascais merecia um espaço para representar o que de melhor se faz em Portugal, da gastronomia ás artes, um lugar onde portugueses e estrangeiros tenham a honra de comprar Made in Portugal”. E acrescentam: “Cascais está invadido de lojas asiáticas, onde se comercializam réplicas de produtos portugueses feitos no

Já a área da mercearia destina-se à venda de produtos da gastronomia tradicional portuguesa. Na secção de vinhos, “a grande aposta é nos vinhos de produtor da região de Lisboa e Vale do Tejo:

nossas receitas, uma viagem de sabores pelo património gastronómico nacional. Na opinião de Isabel, “esta é uma forma de darmos outra vez vida às nossas pequenas produções espalhadas de norte a

produtores. “Vamos ter, aos fins de semana, um produtor de vinhos, ou das conservas, ou dos doces”, os estrangeiros adoram conhecer a história de cada produto revela Isabel

Oriente”. Para tentar marcar a diferença, Isabel e Jorge confessam que tiveram de “fugir” das ruas comerciais. e localizarem a loja no coração de centro histórico.

SIOPA-Chocolatier

ecentemente aberta, apresenta na sua loja, variado leque de produtos requintados, onde constam os seus chocolates, feitos com chocolate Callebaut, estudados por enólogos/escanções para harmonizar com variados vinhos, o bombom de Azeite Casa Anadia, bombom de vinagre e Algas, bombom roquefort, e mais recentemente a Trufa de Champanhe RUINART. Apresenta diariamente uma variada montra de pastelaria francesa, Macarons, eclairs, mil folhas, bolo de cenoura e creme de queijo, etc, e o seu Bolo SIOPA, uma mistura de sensações e de chocolates. Onde pode acompanhar com uma selecção de chás, ou com sumos naturais. Fornecemos, sempre por encomenda, bolos de aniversário, casamento, etc.. A SIOPA-Chocolatier foi a patrocinadora da Rota Das Estrelas, no restaurante Feitoria CSJ 1612

A SIOPA-Chocolatier, trabalha com produtores de vinho, fazendo harmonizações. O lema é que o cliente se torne nosso amigo e sempre que venha à nossa loja, saia deliciado. Visite-nos de segunda a sábado das 09h às 20h e domingo das 14h às 19h, mesmo em frente ao Centro de Saúde, nas galerias do Mercado da Vila. Pode também optar por nos visitar na página do facebook: SIOPA-Chocolatier

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O ESPAÇO QUE CASCAIS MERECIA

facebook.com/terraignis.pt “Nós achamos que é necessário dar a conhecer o que se faz em Portugal, tanto a nível da gastronomia como do artesanato. Ou seja, feito por portugueses em Portugal”. Nos seis meses que já levam de projecto, verificaram uma aceitação muito grande dos habitantes da vila, principalmente no espaço do artesanato: “os cascalenses têm sido uma surpresa muito agradável, na aquisição dos nossos trabalhos”. Já os estrangeiros “ficam encantados”. Um turista ao entrar na loja “enquanto prova um vinho e degusta um patê, passeia pela loja e admira os trabalhos expostos dos nossos artistas” Na Terra Ignis pode conhecer tanto o fumeiro de trás-os-montes como a flor de sal de Tavira, ou o bolo da Madeira. Num só espaço, consegue-se dar a provar estes produtos, vindos de todas as regiões do País. Este texto não está conforme o novo acordo ortográfico, visto os proprietários da loja serem contra o mesmo.

CSJ 1611

em apenas seis meses de actividade a loja na Rua do Poço Novo, nº 244 em Cascais (tel.: 218 061 148), mesmo em frente à antiga Segurança Social de Cascais, mas é já reconhecida a diferença do projecto, tanto nos produtos comercializados, como nas actividades de promoção dos mesmos. Na Terra Ignis, gastronomia e artes falam a mesma língua. Um espaço com assinatura em português. Este é o lema da Terra Ignis, um espaço de divulgação, promoção e venda de produtos de gastronomia e artesanato, de Isabel e Jorge. A loja abriu em Novembro de 2014 no centro de Cascais com o objectivo de divulgar o que se faz de melhor em Portugal. Tal como explica a Isabel, a Terra Ignis apresenta duas áreas distintas: de um lado, a mercearia e vinhos, do outro, a arte e o artesanato. “São dois mundos diferentes, que interligámos, para criar uma envolvência única”, refere. Desde o início, a zona de artesanato “está de porta aberta a artesãos, artistas e criativos que queiram partilhar o espaço para venderem as suas peças”. Actualmente, descreve Isabel, “encontramos esculturas em papel, pintura, cerâmica, fotografia, bordados, assessórios de moda, temos

Cultura

Costa do Sol Jornal

Festa da Fundação no Casino Estoril

Letras no Ocaso

“O Século” juntou mais de 300 pessoas em gala solidária A atriz Liliana Santos, o artista Fernando Pereira e o bailarino Samba Injai foram as estrelas da noite.

Salão Preto e Prata do Casino Estoril foi palco da Gala da Solidariedade da Fundação “O Século”, numa festa que tinha como objetivo central a recolha de fundos para a Instituição. O espetáculo, que decorreu na noite de 18 de Maio, foi apresentado pela atriz e modelo Liliana Santos, que é também embaixadora da Fundação “O Século”, juntou mais de 300 pessoas no Casino Estoril. A atuação de Fernando Pereira, o convidado especial desta festa anual da solidariedade, foi um dos vários motivos de atração desta Gala da Solidariedade da Fundação. Destaque também para a atuação de Samba Injai, um dos jovens que vive na Fundação “O Século” e que tem o sonho de vir a ser bailarino profissional.

27 de maio de 2015

Pedro de Sá

O LIVRO DA MINHA VIDA: A Insustentável Leveza do Ser (Milan Kundera)

O presidente da Fundação “O Século”, Emanuel Martins, e a actriz Liliana Santos

INICIATIVA REVERTE A FAVOR DA CERCIOEIRAS

Guitarra de Mark Knopfler em leilão solidário O guitarrista vai autografar uma guitarra mesmo à frente do vencedor momentos antes de subir ao palco do edpcooljazz, no dia 28 de julho.

edpcooljazz, em parceria com o Município de Oeiras, através do Programa Oeiras Solidária, vai realizar um leilão solidário com a licitação de uma guitarra que será autografada por Mark Knopfler à frente do vencedor momentos antes de subir ao palco do festival. A receita do leilão reverte na totalidade para a CerciOeiras e destina-se à aquisição de material técnico essencial: cadeiras de rodas e gruas de transferência, um desumidificador para o tanque de hidroterapia ou até mesmo uma carrinha de 9 lugares, dependendo do valor angariado. Mark Knopfler, que atua no edpcooljazz no dia 28 de julho, no Parque dos Poetas, disponibilizou-se a participar nesta iniciativa, que vai dar oportunidade a um fã do artista não só de adquirir uma guitarra autografada pelo lendário Ex-Dire Straits mas também de o conhecer pessoalmente no dia do concerto. O leilão irá ser realizado na plataforma Esolidar, uma plataforma de comércio solidário, e decorrerá entre 26 de maio e 30 de junho. Os interessados em participar podem aceder à plataforma a partir dessa data e fazer a sua licitação, que tem como valor base 499 euros.

m matéria de livros, como em outros contextos da vida, o singular tem dificuldade em entrar. Desse modo, quando a Paula, gentilmente, me desafiou para escrever acerca do Livro da minha vida, confesso a minha dificuldade. Logo me surgiram luminosos títulos que, de facto, fazem parte incontornável da minha biografia intelectual (desde A Náusea, de Sartre; As Velas Ardem até ao Fim, de Márai – cujo o título original é: Cinzas; A Pérola, de Steinbeck; Por Favor, não Matem a Cotovia, de Harper Lee – o único livro que escreveu; A Morte de Ivan Ilitch, de Tolstói; Noites Brancas, de Dostoiévski; Até ao Fim, de Vergílio Ferreira; mais recentemente, Na Praia de Chesil, de Ian McEwan; ou Nunca meDeixes, de KazuoIshiguro). E sem querer ser demasiado exaustivo, porque muitos outros títulos deveriam figurar entre os supracitados, a minha escolha recaiu no livro que, até hoje, mais me deslumbrou sob todos os aspectos: A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera. Para começar, o título, no meu entendimento, é o mais belo da história da literatura. Não só pela sua aparente antítese, mas pela relação desta com o profundo conceito de Ser. O livro começa com uma questão: e se o postulado nietzschiano do Eterno Retorno fosse uma realidade? Por outras palavras, se cada um de nós estivesse condenado a reviver a sua vida, com cada instante de dor e de alegria, ad aeternum, como seria? Esta é uma questão que, sem dúvida, encerra, em si mesma, um abismo de reflexões de ordem vária. Por conseguinte, o romance inicia-se com um convite à reflexão. De seguida, são-nos apresentadas as personagens centrais: Tomás e Teresa. Tomás, a aparente força que se revela fraqueza; Teresa, a aparente fraqueza que se traduz em força. É com estas dicotomias: força/fraqueza; peso/leveza; corpo/alma, que Kundera tece este magistral romance, que, no fundo, nos devolve o espelho da nossa complexa essência. Muitos quiseram apelidar este livro de romance geracional. Um erro de uma grosseria sem precedentes. Este é, claramente, um livro rumo à eternidade. Porque, apesar de o seu contexto assentar na Primavera de 68 em Praga, as temáticas kunderianas são universais. PhilipKaufmann adaptou este romance ao cinema, com os brilhantes Daniel Day Lewis e Juliette Binoche. Apesar de se tratar de um belíssimo filme, neste caso, como em muitos outros, fica bastante aquém do livro. Li este livro há cerca de 15 anos. Foi o meu segundo livro de Kundera. O primeiro foi A Imortalidade. É, de facto, um dos meus autores de eleição. Li a sua obra na totalidade: tanto a romanesca, como a ensaística. Como imagem autoral, Kundera divide os seus livros em 7 partes. Naturalmente, este não foge à regra. Ainda hoje, subsistem imagens vívidas deste livro, e, sempre que alguém pronuncia a palavra anacrónica, sorrio. A tristeza queria dizer: estamos na última paragem. A felicidade queria dizer: estamos os dois juntos. Estas duas frases surgem muito perto do final. Não quis, nesta minha breve recensão, desvelar em demasia a história. Porque, como em todos os grandes livros, acaba por ser o menos significativo. O que fica, manifestamente, das grandes obras, é uma outra forma de olhar a realidade. Um novo despertar. Como se fôssemos, novamente, apresentados ao mundo. Não sei se estamos todos numa última paragem. Se estivermos, que olhemos para a felicidade próxima. Pode ser que, como sugere Kundera, se ouçam violinos por perto e alguma borboleta levante o seu voo.

DIA 31 DE MAIO EM OEIRAS

pIRILAMPO MÁGICO 2015

“Matis Festival” dedicado à família

CERCIS de Oeiras e Cascais realizam caminhadas

Os jardins do Palácio do Marquês de Pombal vão receber uma festa para toda a família.

ar a conhecer alguns negócios criados a partir de casa por mães a tempo inteiro é o objetivo do “MATIS Festival - Your Market Show” que, no dia 31 de maio, das 10H00 as 19H00, terá lugar nos jardins do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras. A entrada é livre. Este evento, dirigido às famílias, conta com várias marcas de roupa, puericultura e decoração e terá, também, muita animação dirigida aos mais novos. O “MATIS Festival - Your Market Show” inclui um mercado com mais de 30 marcas,

mascotes, insufláveis, sessões fotográficas, zona de restauração, massagens grátis, pinturas faciais grátis, barrigas de gesso, sorteios, zona de descanso, cake design, entre outras atividades. Recorde-se que o MATIS Festival, tem origem no blog e no grupo do Facebook, com o nome “Mães a Tempo Inteiro”. O grupo conta já com mais de 7000 membros e ajuda as mães a exporem dúvidas sobre a maternidade e a apresentarem os seus projetos profissionais. A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras.

Foi num ambiente de festa que as CERCIS de Oeiras e Cascais realizam as suas caminhadas. A CERCIOEIRAS escolheu o passeio marítimo de Oeiras para a sua iniciativa enquanto e a CERCICA optou por um passeio entre a Marina de Cascais e a Guia. Mais de 500 pessoas participaram nas iniciativas. CERCIOEIRAS

CERCICA

Desporto

27 de maio de 2015

Costa do Sol jornal

RÂGUEBI

FUTEBOL

Cascais Rugby falha Taça de Portugal

Liga NOS

Estoril Praia despede-se com vitória

hegaram as férias tão ansiadas depois de uma época em que nem tudo bem, com mudança de treinador a meio do campeonato, José Couceiro pela dupla Fabiano-Hugo Leal, técnico que deixou o Estoril Praia numa posição difícil e bem longe do que a equipa tinha feito na época anterior às mãos de Marco Silva, dificuldades que no entanto os novos timoneiros, apesar de um mau início, conseguiram superar deixando os canarinhos na 12.ª posição, a quatro pontos do meio da tabela. Na partida que marcou a despedida de 2014/2015, o Estoril Praia premiou os seus adeptos com a 9.ª vitória da época, vencendo o Boavista por 2-0 com golos de Leo Bonatini e Rúben Fernandes, ficando no ar apenas quem será o novo ‘patrão’, pois a SAD estorilista está para mudar de mãos, o que a acontecer terá de ser brevemente pois 2015/2016 está ali, ao virar da esquina… Resultados: Nacionais/Juvenis – Lusitano Évora-AD Oeiras, 2-0; GC Corroios-Estoril Praia, 0-1. Distritais/Pró-nacional – Sporting Lourel-AD Oeiras, 0-1; AC Tojal-União de Tires, 2-1. I Divisão/Apuramento Campeão – Bobadelense-AC Porto Salvo, 2-1; Mem Martins-União de Algés, 5-0. Manutenção – Agualva-GS Carcavelos, 1-1; SL Olivais-Associação da Torre, 3-1. II Divisão – Mafra B-Malveira da Serra, 1-0; Domingos Sávio-FC Outurela, 5-1.

última data de 1993, ano em que o Cascais levantou a Taça de Portugal após a vitória sobre o CDUL, por 37-13. No sábado passado, 22 anos depois, tendo como palco o Estádio Nacional, no Jamor, as duas formações voltaram a encontrar-se para discutir o troféu de 2014/2015 perante um mar de adeptos que no final, apesar da derrota do quinze de João Bettencourt, tinham razões para ovacionar a prestação do Cascais Rugby. Uma final rasgadinha, muito disputada, em que os universitários apenas inauguraram o marcador aos 33 minutos, aos 67 venciam por 3-20, e festejavam aos 80 a vitória com uns escassos três pontos de vantagem (17-20), ‘roubando’ ao Cascais Rugby a possibilidade de voltar a fazer história na Taça de Portugal. Resultados: Taça de Portugal/Sub-18 – Cascais Rugby-Agronomia, 20-15. Sub-16 – Cascais Rugby-RC Montemor, 21-16. CORFEBOL

Carnaxide sagra-se campeão da 2.ª e 3.ª divisão

FUTSAL Nacionais

Lombos joga subida em Sacavém

o jogo do ano para a formação masculina do CRC Quinta dos Lombos. Uma vitória no próximo sábado na Portela de Sacavém, com a Associação de Moradores local, abre as portas para que oito dias depois, perante os seus adeptos, a equipa comandada por Hélio Matos salte para a divisão maior do futsal nacional, juntando-se ao Leões de Porto Salvo e ao Dramático de Cascais (caso esta equipa não abandone a competição), passaporte que lhe permite na semana seguinte discutir o título secundário com o vencedor da “Zona Norte”, que tudo indica ser o CS São João. E isto tudo porque quando menos se esperava, e após o empate com o lanterna-vermelha em casa, que retirou a liderança aos carcavelenses, estes na tarde de sábado passado foram ao Barreiro vencer o então líder Fabril, por 4-6, vitória que voltou a dar o comando da zona sulista ao CRC Quinta dos Lombos, com mais um ponto que o AM Portela, a equipa que é necessário vencer para que o sonho da elite se torne realidade.

Resultados: Nacionais Masculinos/II Divisão – Sporting de Vila Verde-CDR “Os Vinhais”, 5-4; CF Sassoeiros-Unidos de Leceia, 8-2. Nacionais Femininos – CRC Quinta dos Lombos-Santa Luzia, 2-0; Leões de Porto Salvo-FC Vermoim, 6-8. Taça Nacional/Juniores Masculinos – Os Patos-Leões de Porto Salvo, 2-8. Juniores Femininos – Leões de Porto Salvo-Os Indefectíveis, 3-2. Distritais/Seniores Masculinos/I Divisão – Pregança-Estoril Praia, 1-5. Seniores Femininos/Honra – Nova Morada-Juventude Castanheira, 1-0. I Divisão – CRC Quinta dos Lombos-Milharado, 5-1.

hegaram ao fim os diversos campeonatos da modalidade que conta com a participação de três clubes da Linha, o Clube Corfebol de Oeiras, o CRC Quinta dos Lombos e o Clube Carnaxide Cultura e Desporto (CCCD), com este a festejar um dos três títulos, o da divisão secundária, onde a formação “CC” carnadixense bateu a “BB” do NC Benfica, por 12-9, sagrando-se dessa forma campeã, título que a equipa D também alcançou na 3.ª divisão ao derrotar na final o GD Bons Dias. Na divisão principal, os “AA” do CCCD voltaram a não conseguir superar o crónico campeão NC Benfica, perdendo no derradeiro jogo da final por 17-20, derrota que lhes conferiu, tal como na época passada, o título de vice-campeões. RESULTADOS

Hóquei em Patins: II Divisão – AD Oeiras-HCP Grãndola, 3-2; Juventude Salesiana-SL Benfica B, 2-8. III Divisão – CA Feira-Parede FC, 9-4. | Sub-20 – AD Oeiras-HC Sintra, 2-2; Sub-15 – Paço de Arcos-Sporting CP, 2-5; Sub-13 – Paço de Arcos -HC Turquel, 1-4. Andebol: Masculinos/III Divisão – GM 1.º de Dezembro-Juve Lis, 2725; ACR Zona Azul-CF Sassoeiros, 37-28. Femininos/II Divisão – Académico FC-Associação Assomada, 29-39.

VELA

SURF

“Volvo Ocean Race” já chegou a Oeiras

“Cascais Surf à Noite” está de volta a Carcavelos

epois da inauguração oficial da Race Village na passada segundafeira, situada no Passeio Marítimo de Algés e que contou com a presença de Paulo Vistas, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, as sete embarcações que disputam a “Volvo Ocean Race” – Dongfeng Race Team, Team SCA, Team Brunel, Team Alvimedica, Abu Dhabi Ocean Racing, Team Vestas Wind e Desafio MAPFRE –, começam a chegar esta quarta-feira às aguas do Tejo, vindas de Newport, Estados Unidos da América, fazendo da Doca de Pedrouços o seu quartel-general, de onde, a 7 de junho, seguem para Lorient, França, a penúltima etapa da prova mundial. Com entrada gratuita ao público, a Race Village vai até 7 de junho oferecer alguns espetáculos musicais, onde vão estar artistas como a Carminho, Capitão Fausto, Frankie Chavez e Sara Tavares, assim como os Legendary Tiger Man, Blasted Mechanism e Ala dos Namorados, havendo ainda uma série de atividades ligadas à cultura, vela e desporto.

partir das 14h30 de sábado, dia 30, a praia de Carcavelos volta a ser palco do evento “Cascais Surf à Noite”, com o programa da 4.ª edição a integrar várias atividades durante a tarde, com o ponto alto a ter lugar à noite com uma demonstração de surf com a participação de alguns dos melhores surfistas nacionais, os algarvios Alex Botelho e Luca Guichard, Tomás Valente e Filipe Jervis, dois dos mais consistentes “aerealistas” portugueses (especialistas em manobras aéreas) e Pedro Henrique, ex-campeão mundial júnior e ex-integrante do Circuito Mundial de Surf. Com entrada livre e com os adeptos da modalidade convidados a levar a prancha e entrar na água para viver uma experiência diferente, o “Cascais Surf à Noite” tem ainda à disposição do público um circuito de slackline com a presença de atletas de topo e de uma área de expressão artística liderada por artistas consagrados, encerrando a animação em terra com um desfile de moda, estando ainda uma aula de surf direcionada a crianças e jovens de zonas carenciadas do concelho de Cascais, que terá lugar ao início da tarde com o apoio da escola Surf Academia.

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