FICHA TÉCNICA renováveis magazine 26 2.º trimestre de 2016 Diretor Cláudio Monteiro cdm@fe.up.pt TE987
renováveis magazine
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revista técnico-profissional de energias renováveis
2 editorial a Biomassa, a mais sustentável das renováveis 4 espaço opinião biomassa, um recurso vital 6 espaço apesf produção de energia solar fotovoltaica e armazenamento, o “casamento” perfeito! 8 espaço cogen é importante formar para a Eficiência Energética 10 renováveis na lusofonia informação ALER, associados e parceiros 12 notícias 26 dossier sobre biomassa 27 biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? 28 mercado atual da biomassa florestal 30 ANPEB e o setor nacional de pellets 34 engaço de uva e dejetos de animais vão ser biocombustível 36 cortiça e energias renováveis renováveis no Brasil 40 o momento atual do setor brasileiro de energias renováveis
56 investigação e tecnologia considerações sobre tecnologias e áreas de I&D futuras no domínio da energia solar case study 58 poupar com energia solar: autoconsumo ou unidade de pequena produção? 62 componentes para instalações a biomassa reportagem 64 seminário EPLAN Experience: passaporte para uma maior eficiência 66 inovação da Viessman evita sobreaquecimento dos sistemas solares térmicos 68 9.º Encontro dos Integradores Weidmüller: renovar o ciclo informação técnico-comercial 70 M&M Engenharia Industrial: a estreia de Syngineer 72 Chatron: Biocooler 74 VENTIL – Engenharia do Ambiente: biomassa, energia limpa, energia sustentável 78 AS Solar Ibérica: Enphase micro-inversores 80 SunFields Europe: painéis solares SolarWorld: rendimento insuperável 82 F.Fonseca: medição de caudal volumétrico (sólidos) sem contacto 84 Connect Klippon® da Weidmüller
42 análise da performance da geração eólica brasileira
86 produtos e tecnologias
44 geração distribuída, uma realidade brasileira
98 barómetro das renováveis
46 os desafios dos negócios no Brasil 48 mundo académico o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos) (2.ª Parte)
100 bibliografia 102 calendário de eventos 104 links
Publicação Periódica Registo n.º 125808 Depósito Legal: 305733/10 ISSN: 1647-6255 INPI Registo n.º 452220
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editorial
a Biomassa, a mais sustentável das renováveis A Biomassa é uma das fontes renováveis com um maior valor de externali‑ dade, e por isso devemos olhar para ela não apenas como fonte dedicada de energia mas como um desperdício a evitar e um elevado potencial de recurso transversal a vários setores. Cláudio Monteiro Diretor
Antes da eletricidade e dos combustíveis fósseis, a biomassa foi sempre a nossa fonte de energia. É impressionante recordar que em tempos não muito longínquos as nossas aldeias eram totalmente sustentáveis em energia, para aquecimento e cozinha, usando apenas a biomassa da sua área de serviço agrícola. Era a sustentabilidade no seu mais puro exemplo. As populações dedicavam cerca de 20% do seu tempo no cultivo, coleta e acondicionamento da biomassa. Hoje, essa biomassa é apenas massa combustível descontrolada eminentemente perigosa para o ambiente, equipamentos e pessoas. Parece que o nosso desenvolvimento não nos deu a capacidade de usar melhor os nossos recursos, parece mais que só nos especializamos a explorar e a usar os recursos dos outros, sinais dos tempos que levam aos males das nossas dependências. Na data de lançamento deste número surge uma boa notícia, foi anunciado o licenciamento de duas centrais de biomassa de 15 MW cada, em Viseu e Fundão, criando 60 postos de trabalho diretos e 320 indiretos. Um processo com 10 anos, referentes a concursos públicos lançados em 2006, tendo os promotores chegado agora a entendimento para a agregação de potências de 4 centrais mais pequenas nestas duas de maior dimensão. São boas notícias e esperamos que incentivem outras iniciativas. O desenvolvimento do setor da biomassa não é possível com iniciativas individuais, requer um trabalho coordenado entre vários setores: agricultura, energia economia, ambiente. É necessário criar fileiras de negócio bem estruturadas, de dimensão nacional. Estas fileiras só podem ser criadas por iniciativa do governo, essa é a grande lacuna que existe no setor, são necessárias grandes iniciativas de grandes governantes.
O desenvolvimento do setor da biomassa não é possível com iniciativas individuais, requer um trabalho coordenado entre vários setores: agricultura, energia economia, ambiente.
É tempo de olhar de novo o tema da biomassa, e neste número da “renováveis magazine” assim fizemos, cobrindo alguns artigos muito interessantes, embora se deva reconhecer que não é fácil encontrar muita atividade sobre o setor. Acredito que o segredo do sucesso sustentável dos povos está na sua capacidade e sabedoria em utilizar os seus recursos endógenos, é tempo de olharmos para a biomassa como um desses recursos. A sua viabilidade não está apenas no seu valor direto, está principalmente nos custos do desperdício. 2
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espaço opinião
biomassa, um recurso vital A conclusão da COP 21 em Paris evidenciou o crescente consenso em torno da necessidade de limitar o aumento de temperatura global em 2º C face a níveis pré‑industriais, o que envolverá necessariamente a adoção de medidas de redu‑ ção de missões de gases com efeito de estufa e a implementação de um novo paradigma, assente na crescente descarbo‑ nização da atividade económica.
Frederico Pisco APREN
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A necessidade imperativa de reduzir o consumo de combustíveis fósseis coloca uma ênfase ainda maior no contributo que o setor das energias renováveis em geral e o da biomassa, em particular, terá ao nível do cumprimento de ambiciosos objetivos de redução de emissões e alteração do mix energético global. Para contextualizar a importância da biomassa à escala mundial, importa destacar que as fontes de energia renovável representam atualmente cerca de 13,5% do abastecimento de energia primária, dos quais a biomassa representa per si 10%. No universo das fontes de energia renovável, e apesar do acentuado crescimento de tecnologias como a energia eólica ou solar fotovoltaica, a energia primária proveniente da biomassa equivale, grosso modo, à soma das restantes fontes de energia renovável, sendo que mais de 80% da biomassa é ainda utilizada para aplicações de uso final como aquecimento e confeção de alimentos. A biomassa apresenta uma caraterística absolutamente diferenciadora. É provavelmente a única fonte de energia renovável que pode ser utilizada para a produção de calor, energia elétrica e pode ainda ser convertida noutras importantes formas de energia como, por exemplo, biocombustíveis e pellets. O uso da biomassa para aquecimento e em soluções de produção simultânea de energia elétrica e vapor com recurso à cogeração mais que duplicou na última década. Em termos de produção de energia elétrica estima‑se que à escala mundial cerca de 10% da biomassa seja canalizada para este fim, destacando‑se aqui claramente a União Europeia onde a biomassa é responsável por mais de 18% da produção de energia elétrica renovável. Dentro das utilizações da biomassa, o setor dos pellets tem registado um crescimento acentuado, sendo provavelmente a commodity energética mais emergente à escala mundial. Em parte, esta dinâmica está assente na crescente
utilização em co‑firing em centrais termoelétricas a carvão, existindo diversos exemplos de centrais que foram reconvertidas para queima a 100%, o que constitui uma das medidas necessárias para alteração do perfil de emissões do setor elétrico a curto prazo. No ano de 2014, a produção de pellets a nível mundial ascendeu a 27 milhões de toneladas, representando a Europa e a América 97% da capacidade produtiva, ao passo que os maiores consumidores de pellets são o Reino Unido (3,6 Mt), E.U.A. (2,9 Mt), Dinamarca (2,2 Mt), Itália (2 Mt) e Alemanha (2 Mt). Atendendo à utilização diversificada da biomassa, é vital salientar a necessidade de utilização racional do recurso, tendo em consideração aspetos como a sustentabilidade da produção e a necessidade de hierarquização em função das utilizações de maior rendimento, como a produção de calor (rendimento entre 80‑90%), a produção combinada de calor e eletricidade em cogeração (rendimento entre 70‑85%), e a canalização para produtos de elevado valor acrescentado, transacionáveis e inovadores (como, por exemplo, pellets, bioprodutos e biomateriais). No futuro, a aposta ao nível da investigação, desenvolvimento e demonstração no setor da biomassa é absolutamente vital, e conduzirá à emergência de tecnologias como a utilização em pequena escala ou processos de conversão de elevada eficiência. Neste campo, a própria Agência Internacional de Energia indica a conversão de biomassa para biometano para injeção na rede de gás natural existente como uma via emergente, aproveitando infraestruturas existentes e permitindo alguma flexibilidade. A biomassa assume, portanto, um importante papel, capaz de induzir benefícios de natureza diversa, designadamente ambientais (redução de emissões de gases com efeito de estufa, gestão florestal certificada, valorização de co‑produtos), económico‑sociais (redução da dependência energética, criação de emprego ao longo da cadeia de valor, competitividade industrial, promoção de inovação, entre outros). Um setor que representa sensivelmente meio milhão de empregos na União Europeia 28, e em que as indústrias de base florestal são responsáveis por cerca de 9,4% das exportações nacionais totalizando cerca de 4700 M€, merece para o futuro um enquadramento regulatório estável, com mecanismos de suporte eficientes e adequados às especificidades das utilizações da biomassa e onde a promoção da investigação, inovação e desenvolvimento possa contribuir para o aumento da produtividade florestal e para a existência de projetos de demonstração e produtos inovadores.
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espaço apesf
produção de energia solar fotovoltaica e armazenamento, o “casamento” perfeito! Satisfazer a procura de energia no momento e nos locais em que é necessária e sob a forma adequada, é um dos principais desafios com que nos debatemos.
Eng.º Carlos Silva
Associação Portuguesa das Empresas do Sector Fotovoltaico
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A energia solar fotovoltaica teve em Portugal um crescimento assinalável favorecida, em parte, pelas tarifas subsidiadas que permitiu desenvolver o setor das energias renováveis, nomeadamente, o ensino e a indústria especializada e a criação de empresas, culminando no incremento de produção de energia elétrica com base em recursos endógenos. Isto permitiu no panorama mais descentralizado ter, atualmente, a possibilidade e a liberdade de escolher, produzir parte ou toda a energia que consumimos a um preço idêntico ou inferior ao que adquirimos a um comercializador de energia, devidamente enquadrada pela legislação em vigor da produção de energia para autoconsumo (Decreto-Lei 153/2014). Tendo os sistemas de produção/consumos de energia, de uma forma simplificada, como caraterística o facto de serem dinâmicos e diretamente proporcionais, ou seja, a produção de energia é sempre função da existência num determinado momento de consumos, a inexistência de formas de armazenamento economicamente viáveis, a não ser pela retenção de grandes massas de água nas albufeiras, torna o sistema oneroso ao nível do mantimento deste standby, que permite a imediata resposta das centrais produtoras de energia atuais. Quando surge como tema de discussão a produção de energia elétrica já consideramos a produção de energia baseada em fontes renováveis. No entanto, questionamo-nos se realmente esta poderá ser a forma que terá maior crescimento no futuro, visto existirem algumas limitações. A principal limitação dos sistemas que utilizam como fonte primária o Sol é a sua intermitência, sendo a principal a limitação da irradiação solar por influência de fatores não controláveis pelo homem. Apesar da produção de energia fotovoltaica ter como virtudes produzir energia quando mais precisamos dela, durante o dia, produzir mais energia quando esta é mais cara, na ponta, e de ser democrática, e é-o 365 dias por ano. O armazenamento de energia associado à produção, permitindo armazenar nas horas de vazio quando existem menos consumos, manter a carga nas horas de ponta por escassez da fonte primária, para depois libertar essa energia quando dela precisamos, é o elo de ligação final para que nas discussões sobre produção de energia, deixemos de lado o argumento da intermitência e das limitações, e olhemos de forma definitiva, para o solar fotovoltaico como forma principal da produção da energia. Estão a aparecer no mercado inúmeras formas de armazenamento de energia, baseados nas mais variadas tecnologias, em que caraterísticas que conhecemos como “calcanhar de Aquiles” das baterias, como o número limitado dos ciclos carga/descarga, tempo de carga, tempo de vida útil e custo, se esbatam dando lugar a baterias com ciclos de carga/descargas quase ilimitados, tempo de vida longo e tempo de carga cada vez menor. A massificação dos sistemas de armazenamento associado ao desenvolvimento e à mobilidade elétrica permitirá convergir, a médio prazo, para sistemas muito competitivos ao nível do custo. O desenvolvimento sustentável é, hoje em dia, bandeira e compromisso da maioria dos países. Portugal não é exceção, até porque a utilização de energia proveniente do solar fotovoltaico é uma das metas para o atingir. Por esse motivo, apostar no desenvolvimento e otimização das tecnologias dos sistemas de armazenamento de energia será o primeiro passo para permitir a integração de centros de produção de energia de origem solar fotovoltaico na base do Sistema Elétrico Nacional.
A massificação dos sistemas de armazenamento associado ao desenvolvimento e à mobilidade elétrica permitirá convergir a médio prazo, para sistemas muito competitivos ao nível do custo.
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espaço cogen
é importante formar para a Eficiência Energética COGEN Portugal e a aposta na formação para a promoção da Eficiência Energética
Paula Prata
Vogal da Comissão Executiva da COGEN Portugal
A COGEN Portugal - Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração, constituída em 1994, é uma asso‑ ciação sem fins lucrativos que tem como mis‑ são promover a sustentabilidade do setor da energia através da melhoria da eficiência ener‑ gética, designadamente pela dinamização de tecnologias e sistemas energeticamente efi‑ cientes, em particular soluções de cogeração na sua qualidade de tecnologia mais eficaz na produção de eletricidade com menor consumo de energia primária. Conscientes de que a promoção da eficiência energética é um dos principais vetores de política energética no seio da União Europeia e dado que o objetivo de melhorar a eficiência energética obriga à implementação de tecnologias e sistemas de diversas tipologias, a COGEN Portugal tem vindo a reforçar a sua oferta formativa abordando novas temáticas e abraçando novos formatos que vão ao encontro das necessidades de todos os interessados nos mercados de energia. Anualmente, a COGEN Portugal organiza um evento de referência a nível nacional na área da Energia. Trata-se de uma Conferência que abordará o tema “Crescimento e Competitividade: O Papel da Eficiência Energética”. O objetivo é afirmar o papel da eficiência energética como alavanca de competitividade numa economia que precisa de crescer, em especial no âmbito industrial. A 17.ª Conferência COGEN Por tugal irá realizar-se durante a tarde do dia 26 de setembro, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto. A COGEN Portugal tem vindo a apostar no alargamento da sua oferta formativa, o que tem sido muito apreciado pelos seus associados. O 2.º semestre de 2016 prevê a realização de 8 ações de formação (informação disponível em www.linkedin.com/company/10201045). A oferta formativa da COGEN Portugal no 1.º semestre de 2016 contou com a realização de 6 ações de formação que obtiveram um elevado nível de satisfação por parte dos participantes, cuja avaliação por eles feita a cada sessão resultou numa média global de 3,7, numa escala de 1 a 4.
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renováveis na lusofonia
informação ALER, associados e parceiros
www.aler-renovaveis.org
Viagem de reconhecimento da ALER a Angola Durante o mês de abril tive o prazer de visitar Angola para realizar a viagem de reconhecimento da ALER a este que será o nosso país prioritário durante o corrente ano de 2016. Esta viagem foi bastante produtiva e incluiu a realização de reuniões e encontros com 40 entidades diferentes, tanto a nível público como privado, permitindo aumentar a rede de contactos da ALER, estabelecer colaborações e partilha de informação com as entidades nacionais relevantes no setor da energia. Tive a honra de reunir com vários representantes do MINEA – Ministério de Energia e Águas, ao nível da Direção Nacional de Energias Renováveis, Direção Nacional de Eletrificação Rural e Gabinete de Intercâmbio Internacional, além das três novas empresas públicas criadas após o Programa de Transformação do Setor Elétrico de Angola (PTSE), a saber a PRODEL, ENDE e RNT.Todos se mostraram muito interessados em colaborar com a ALER e promover as energias renováveis.
Foi também possível identificar e reunir com algumas empresas a desenvolver projetos de energias renováveis, o que demonstra que já começa a haver alguma dinâmica e interesse do setor privado neste mercado, que procuraremos promover ao máximo. De referir também a abertura das empresas petrolíferas em recorrerem às energias renováveis no âmbito dos seus projetos de sustentabilidade e investimento social, muitos deles sem funcionar em plenas condições devido aos problemas nos fornecimentos de eletricidade, situação que um sistema de aproveitamento de energias renováveis poderá colmatar. 10
Não deverá ser esquecido que o próprio Governo também tem vindo a desenvolver iniciativas para a promoção das energias renováveis, prevendo a participação do setor privado como, por exemplo, o lançamento do concurso para centrais mini‑hídricas, a par da atual redação da Agenda de Ação no âmbito do SE4All (Sustainable Energy for All) e preparação da estratégia Angola Energia 2025, que inclui um Atlas das Energias Renováveis, e que vem complementar o Plano de Ação 2013‑2017 atualmente em vigor. Para a concretização de todas estas transformações do setor energético tem sido essencial o apoio dos parceiros do Governo, quer multilaterais com destaque para o Banco Africano para o Desenvolvimento, quer bilaterais, com as quais a ALER também reuniu. Não foram esquecidos outros setores energéticos com menos destaque que a eletricidade, como por exemplo a promoção de fogões melhorados e produção de carvão vegetal sustentável, como uma alternativa sustentável à enorme dependência da biomassa, e que será explorada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD). Mas nem só o MINEA tem vindo a desenvolver ações de promoção das energias renováveis. O Ministério do Ambiente (MINAMB) é cada vez mais um parceiro relevante nesta matéria, principalmente após o Acordo de Paris alcançado na COP 21, e que a Senhora Ministra acabou de assinar no passado dia 22 de abril na sede das Nações Unidas. No âmbito da atuação do MINAMB salientamos a recente criação da Associação Nacional de Empresas de Tecnologias Ambientais de Angola. Contactei também com instituições de ensino, formação e sensibilização sobre a temática das energias renováveis, já que a formação de recursos humanos nacionais qualificados
renováveis na lusofonia
é uma das principais preocupações da ALER, e que tentaremos promover com o alargamento do projeto LERenováveis. Importa por isso destacar a visita ao Centro de Formação de Quadros de Eletricidade e o encontro com a responsável do Programa de Educação Energética, “Vida, Energia e Eu”. Para o sucesso desta viagem foi essencial o apoio do IRSEA, o recente reestruturado Instituto Regulador dos Serviços de Eletricidade e Água, a quem queria deixar um agradecimento especial, nomeadamente ao seu Presidente Eng.º Luís Mourão e a toda a sua equipa. Estamos muito entusiasmados para trabalhar em conjunto com todos os atores nacionais para a promoção e aproveitamento do enorme potencial das energias renováveis em Angola. Isabel Cancela de Abreu Diretora Executiva da ALER
Redução dos custos e aumento da fiabilidade da energia elétrica com a integração da biomassa Com as suas terras férteis e condições favoráveis para agricultura e florestal, Moçambique é um país com elevado potencial para a produção de biomassa. O principal recurso energético em Moçambique é o uso tradicional de biomassa como a lenha ou o carvão vegetal, abastecendo cerca de 75% do total energético enquanto mais de 50% da população ainda vive abaixo do limiar da pobreza. Cerca de 20% da população total apenas tem acesso a eletricidade1. Apercebendo‑se da importância da biomassa na economia nacional em contribuir para o acesso e segurança de energia em particular nas zonas rurais, o governo de Moçambique criou a Estratégia de Conservação e Uso Sustentável da Energia de Biomassa com o claro intuito de reformular os quadros legislativos e regulamentação para o uso sustentável da biomassa para fins energéticos. A anterior regulamentação nas diversas cadeias de produção, logística e conversão nos setores da agricultura e florestal, não se enquadrava à recente realidade e a ausência de um mercado transparente apoiando o uso e gestão sustentável deste recurso natural. Esta iniciativa faz parte de uma política ambiciosa que reconhece a importância do papel das energias renováveis para o país, a Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis. Um modelo inovador em financiar projetos de eletrificação rural é a abordagem A‑B‑C definida como consumidores âncora (“Anchor”) sendo a principal fonte de receita do projeto devido ao seu relativo elevado consumo energético e necessidade pela qualidade, pequenos e médios negócios (“Business”) fornecendo serviços à comunidade como moagem de cereais, refrigeração de produtos perecíveis, carregamento de telemóveis ou serviços de informática, e por fim, fornecer consumidores domésticos (“Community”) acesso de energia de nível 2, 3 e 4 segundo o Método
1 Banco Mundial – Moçambique estatísticas
Tier‑ESMAP2. Os setores florestal e agrícola em Moçambique dispõem de uma série de recursos renováveis para a produção de energia como aparas de madeira, serradura, cascas de coco, massarocas de milho, cascas de arroz, bagaço de cana‑de‑açúcar, restolho de algodão ou cascas de caju são apenas alguns exemplos do extenso leque de recursos para a energia através de biomassa. Um projeto desta natureza envolveria, por exemplo, uma multinacional dependente de gasóleo como recurso principal para a geração de eletricidade, estando normalmente localizadas em áreas longe do alcance da rede elétrica nacional ou off‑the‑grid, um cenário comum para muitas empresas em Moçambique. Isto traduz‑se em elevados custos operacionais em combustível fóssil sendo o seu fornecimento geralmente oneroso em zonas rurais. Potenciar resíduos na forma de biomassa gerada pela própria atividade é uma estratégia eficaz e barata de contornar este problema. Biomassa disponível localmente tem o potencial de reduzir os custos operacionais de forma dramática e, quando alinhada com uma política de responsabilidade social, “mata‑se dois coelhos com uma cajadada só” no sentido que a população rural também tem acesso a eletricidade. Dar suporte a pequenos negócios locais como carregamento de telemóveis, quiosque de lanternas, ou fornecer serviços e bens à comunidade produtora, inicia o processo de ascender à “escada da energia”, permitindo o acesso a serviços modernos de energia e assim melhorar a subsistência da população rural. Isto passa por melhorar a educação, igualdade de género, saúde, criação de emprego e, em última instância, melhorar a riqueza local. A solução KUDURA para o desenvolvimento sustentável é alicerçada no conceito de que o acesso a energia limpa e água potável cria o ímpeto necessário para erradicar a pobreza ao criar oportunidades para libertar o rendimento e, consequentemente, gerar poupanças. É uma solução integrada oferecendo energia fiável, purificação de água e distribuição de energia através de uma sistema inovador de contadores de energia, sendo monitorizada remotamente por sinal GPRS. KUDURA é capaz de transformar virtualmente qualquer resíduo de biomassa proveniente dos setores da agricultura, pecuária e florestal em energia limpa e fiável a um custo mais competitivo do que soluções semelhantes utilizando gasóleo. A diferença na geração elétrica pode chegar até 50% mais barata oferecendo assim uma solução eficaz capaz de reduzir os custos operacionais e ao mesmo tempo erradicar a pobreza rural. Para mais informação acerca da solução KUDURA, por favor visite‑nos em www.rvesol.com.
2 Energy Sector Management Assistance Program
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notícias
Chatron surpreendeu na GENERA 2016 Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 � Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt
A Chatron apresentou ao mercado espanhol e internacional as suas mais recentes novidades. Foi com muita curiosidade e aceitação que o ventilador fotovoltaico industrial foi recebido pelos principais distribuidores e instaladores de Espanha. Pelo facto de estar em funcionamento durante a exibição, este permitiu aos visitantes sentir o seu elevado caudal de ar e a sua performance em funcionamento. Mais de um milhar de profissionais que passaram pelo stand da Chatron puderam ver em funcionamento o sistema “LedIn + Light Controller” bem como os modelos de tubos solares TS250,TS 300 e TS 530 Full-Light. A Chatron surpreendeu, mais uma vez, na GENERA.
Barack Obama e Angela Merkel na abertura do stand da Phoenix Contact em Hanôver Phoenix Contact, S.A. Tel.: +351 219 112 760 � Fax: +351 219 112 769 www.phoenixcontact.pt
No passado dia 25 de abril ocorreu a inauguração da maior feira industrial do mundo, a Feira de Hanôver. O Presidente dos EUA, Barack Obama, juntamente com a Chanceler Angela Merkel estiveram presentes na abertura da Feira de Hanôver. Pela primeira vez, o EUA é o país parceiro deste evento internacional, uma feira que já conta com mais de 200 000 visitantes oriundos de todo o mundo. A presença de Obama é um sinal da boa relação económica existente entre os dois países. No stand da Phoenix Contact, para receber estes ilustres convidados, estiveram presentes Frank Stührenberg, CEO da Phoenix Contact, e 12
Jack Nehlig, Presidente da subsidiária americana. Frank Stührenberg apresentou um dos produtos em destaque, o CCSplus – um sistema de carregamento rápido para veículos elétricos que pode recarregar uma bateria entre 3 a 5 minutos por cada 100 km, com uma capacidade até 350 000 watts. Um marco importante e desejado para a mobilidade elétrica. “Estamos orgulhosos em receber o Presidente Obama e a Chanceler Merkel no stand da Phoenix Contact. A nossa subsidiária é um bom exemplo de como a Alemanha investe no EUA e o sucesso que traz para ambos os países”, disse Jack Nehlig, Presidente da subsidiária da Phoenix Contact nos EUA, fundada em 1981 e com sede em Harrisburg, na Pensilvânia. As restantes delegações estão em Ann Arbor, perto de Detroit, em Houston, no estado do Texas e em San Jose, perto de Silicon Valley. A subsidiária investe no desenvolvimento de novos produtos e possui uma unidade de produção em Harrisburg. A Phoenix Contact participa, desde 1953, na Feira de Hanôver e tem sido a terceira maior empresa expositora durante anos. KOSTAL incorpora APESF KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L. Tel.: +34 961 824 934 � Fax: +34 961 824 831 www.kostal-solar-electric.com
A KOSTAL Solar Electric, fabricante de inversores com sede na Alemanha e escritório técnico em Valência, Espanha, incorporou a APESF – Associação Portuguesa de Empresas do Sector Fotovoltaico, de forma a seguir mais de perto o mercado português e ajudar a dinamizar e resolver os atuais obstáculos no desenvolvimento do mercado. A KOSTAL Solar Electric está, em 2016, a comemorar o seu 10.º aniversário no setor fotovoltaico. O grupo KOSTAL, com mais de uma centena de anos na indústria e uma forte presença na indústria automóvel continua a promover a sua divisão fotovoltaica de forma estratégica.
ELESA+GANTER: novo visualizador de caudal REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 � Fax: +351 229 618 001 comercial@reiman.pt � www.reiman.pt
A ELESA+GANTER apresentou recentemente o novo visualizador de caudal, utilizado não só para verificar a passagem de um líquido por um tubo, mas também para verificar as condições do mesmo (cor, presença de partículas, contaminação, e outros). A visibilidade está assegurada de todos os ângulos graças à utilização de PYREX® na janela do visualizador.
Estes produtos estão indicados para aplicações nos mais variados setores, sendo adequados para monitorizar e verificar o fluxo em muitos processos industriais ou indústrias químicas, nomeadamente arrefecimento com sistemas de aquecimento e lubrificação; tratamento, filtragem e destilação de águas residuais; sistemas de proteção contra incêndios; refinarias e indústrias associadas ao petróleo; máquinas de impressão. As extremidades, o eixo vermelho e a hélice do rotor são produzidas em tecnopolímero à base de polipropileno, o que destaca este produto no mercado. Os visualizadores HVF podem ser utilizados com vários líquidos como água quente e fria, óleos, óleos pesados, gasolina e alcoóis. Dependendo do tamanho do visualizador, este permite caudais com uma pressão máxima de 12-25 bar e com uma temperatura máxima de 100º C. A ELESA+GANTER é representada em Portugal pela REIMAN.
CIRCUTOR na GENERA 2016 CIRCUTOR, S.A. Tlm.: +351 912 382 971 � Fax: +351 226 181 072 www.circutor.com
A CIRCUTOR desenvolveu nos últimos anos algumas das soluções mais inovadoras e de ponta no setor do autoconsumo fotovoltaico e carregamento de veículos elétricos em Espanha. Isto permitiu posicionar a CIRCUTOR como a empresa que oferece a gama de soluções mais extensa no mercado espanhol, com soluções para integrar a geração distribuída na rede mediante aplicações para o autoconsumo e o veículo elétrico. Falamos de soluções para aplicações industriais, edifícios de serviços e residenciais, que se adaptam a cada situação para oferecer uma boa gestão do recurso solar, otimizando a eficiência, simplificando a gestão e permitindo a maior poupança de custos possível.
notícias
Na GENERA 2016 – Feira Internacional de Energia e Meio Ambiente, organizada pela IFEMA, de 15 a 17 de junho na Feria de Madrid, a CIRCUTOR apresentou algumas soluções referentes a energias renováveis e carregamento de veículos elétricos: Cirpump (sistema de bombagem solar direta), Rea-Li (acumulador de energia residencial), Série E-Home (caixas básicas de carregamento para o veículo elétrico) e Raption (carregador de Corrente Contínua de 22 kW para veículo elétrico).
Revista F.Fonseca Automação Industrial, edição de maio disponível F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 � Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com � www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
Este ano, a F.Fonseca retoma as 2 edições anuais da Revista F.Fonseca na área de Automação Industrial, sendo que o 1.º número de 2016 já está disponível. Nesta edição a F.Fonseca promove, como habitualmente, as últimas novidades ao nível das soluções de vanguarda dos equipamentos que comercializa e suporta nos diferentes segmentos de atuação. Na capa são apresentadas as gateways do futuro ANYBUS .NET. Estas novas gateways de vanguarda permitem a comunicação entre sistemas IT e os sistemas de controlo da fábrica (página 14, segmento Redes Industriais). No segmento de Quadro elétrico, a F.Fonseca promove novidades ao nível de fontes de alimentação LED da Mean Well, soluções para passagem de cabos com e sem conetor da Murrplastik. A gama completa de conetores multipolares industriais REVOS da Wieland Electric e os condicionadores de ar Blue-e da Ritall. Em Interface Homem Máquina, a F.Fonseca apresenta as consolas MT8073iE da Weintek, com duas portas ethernet e o computador de painel tátil com o poderoso CPU da 5.ª Geração Core i3 da Advantech. No segmento Acionamentos a seleção recaiu sobre o arrancador suave DriveStart da Solcon e o novo variador FR-F800 Ideal para aplicações de bombagem e ventilação da Mitsubishi Electric. Em Controlo a série MELSEC FX5 é o produto estrela com a nova geração de PLC’s compactos de sucesso da Mitsubishi Electric. De regresso ao segmento de capa, Redes industriais, a
Murreleketronik apresenta uma solução para todas as aplicações através dos sistemas de I/O que permitem a interligação de atuadores e sensores de um sistema ou máquina ao controlador central. O segmento dedicado à área de Deteção é maioritariamente representado pela Sick, apresentando os novos sensores indutivos IQ40 que podem ser montados em segundos, oferecendo possibilidades de ajuste flexíveis e facilidade de monitorização. Os sensores fotoelétricos PowerProx MultiTask, são outra das novidades, considerando o novo standard para deteção fiável com alcance alargado. Ainda neste segmento a F.Fonseca promove uma campanha de inovação redimensionada às suas exigências, com a família de Encoders Incrementais DBS. Na Medição o sensor ótico OC Sharp juntamente com os sensores ultrasónicos da Sick e a Série E com IO-Link da MTS, com os sensores de posição magnetoestritivos Temposonics são os produtos de eleição neste segmento. Os sensores de visão 3D 3vistor-T da Sick com tecnologia snapshot 3D são o destaque no segmento de Identificação automática. O sensor de visão 3D TriSpector1000 da Sick e a barra de iluminação LED de alta intensidade ESSENTIAL EBAR+ da TPL Vision compõem as últimas novidades em Visão artificial. Faça o download desta edição em www.ffonseca.com, menu Downloads ou se preferir peça o envio grátis da versão em papel para o email, marketing@ffonseca.com.
Siemens e Airbus unem-se em projeto de mobilidade elétrica aeroespacial Siemens, S.A. Tel.: +351 214 178 000 � Fax: +351 214 178 044 www.siemens.pt
desenvolver a aeronave de propulsão elétrica. “O voo elétrico e híbrido-elétrico, com zero emissões de CO2, representa um dos maiores desafios industriais da nossa época”, ditou Tom Enders, CEO do Grupo Airbus, acrescentando que “acreditamos que, em 2030, aeronaves de passageiros com menos de 100 lugares já poderão voar com sistemas de propulsão híbrida e estamos determinados em explorar esta possibilidade com parceiros como a Siemens.” Os sistemas de propulsão híbrido-elétricos permitem uma redução significativa do consumo de combustível e do ruído das aeronaves. As metas da União Europeia para as emissões de CO2 estipulam uma redução de 75% até 2050 quando comparadas com os valores de 2000, mas não é possível atingir estas metas ambiciosas com tecnologias convencionais. Neste sentido, o Grupo Airbus e a Siemens pretendem desenvolver sistemas protótipos de propulsão com potências de 100 kW até 10 ou mais MW, ou seja, para viagens curtas com aeronaves com menos de 100 lugares, helicópteros ou veículos aéreos não tripulados (UAVs) até viagens clássicas de médio e longo curso. “A nossa entrada no campo altamente inovador da tecnologia de propulsão aeronáutica significa um novo capítulo para a e-mobilidade. A colaboração com o Grupo Airbus criará novas perspetivas para a nossa empresa e abre portas para mais inovações revolucionárias”, explicou Joe Kaeser, Presidente e CEO da Siemens AG. A Siemens está determinada em estabelecer os sistemas de propulsão híbrido-elétricos para aeronaves como um negócio futuro. Os parceiros concordaram em colaborar de forma exclusiva em áreas de desenvolvimento selecionadas. Paralelamente, ambas as empresas continuarão a cooperar com os seus atuais parceiros no desenvolvimento de pequenas aeronaves com menos de 20 lugares.
Sensacionalmente brilhante Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt � www.rittal.pt
O Grupo Airbus e a Siemens assinaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de sistemas de propulsão híbrido-elétricos. Com este acordo, os CEOs das duas empresas, Tom Enders e Joe Kaeser, lançaram um projeto para a eletrificação da aviação, cuja meta é demonstrar até 2020 a viabilidade técnica de vários sistemas de propulsão híbrido-elétricos. Ambas as empresas contribuirão, significativamente, para o projeto e criaram uma equipa com cerca de 200 colaboradores para reforçar a liderança europeia na área da inovação e
A iluminação é regularmente negligenciada quando é planeado um armário industrial. A preocupação com a iluminação é correspondentemente pobre quando a mesma é
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pensada para funcionar em armários industriais. Contudo, a identificação de diferentes cores de fios, por exemplo, é vital durante o trabalho de instalação ou manutenção. “Trabalhar com armários industriais tornou-se mais simples através da nossa inovação, que utiliza um avançado estado de arte na tecnologia de iluminação. De igual forma ajuda a evitar erros durante a instalação, manutenção ou trabalho de reparação, prevenindo assim atrasos dispendiosos,” diz Christian Dietrich, Diretor de Produto de Armários Industriais na Rittal. Acrescentou ainda: “O processo simples de montagem das novas luminárias economiza tempo valioso no decorrer do processo.” Dois modelos da nova gama de luminária, com fluxos luminosos de 900 e 1200 lúmenes, vão estar à venda. As novas luminárias usam a última tecnologia em LEDs como fontes de iluminação. As mesmas asseguram um alto nível de eficiência energética e detêm um tempo de vida mais longo em comparação com outras fontes de iluminação. Uma lente feita de plástico transparente, com as lentes Fresnel integradas, servem para idealmente iluminar o armário industrial. Desta forma há um foco na luminária de tal forma que todo o armário industrial é iluminado com um objetivo, mesmo na parte inferior, o que significa que a luminária será integrada nos locais onde é realmente necessária – sem dispersar para o exterior. Opcionalmente, as luminárias devem ser ligadas ou desligadas através de um interruptor integrado, um interruptor de porta ou um detetor de movimento. Além disso, cada luminária é equipada com uma tomada. Mais ainda, a tecnologia de conexão simplifica o trabalho de montagem e permite uma rápida instalação. As luzes podem ser ligadas através de cabos pré-montados com conetores. A ligação da lâmpada pode ser girada a 90 graus, para que o cabo possa ser facilmente introduzido, mesmo em compartimentos estreitos com uma largura de apenas 600 mm. As novas luminárias encaixam de forma ideal no sistema de armário Rittal TS 8. Estas são perfeitamente adaptadas para a secção de caixilho e pode ser equipado sem qualquer perda de espaço. Uma vantagem especial para a instalação rápida: uma pessoa é capaz de fazer o trabalho de montagem da lâmpada sem qualquer ajuda adicional. Isto deve-se ao facto de que cada modelo tem três opções de montagem: com um retentor magnético, um fixador de grampo na secção TS8 ou pela fixação de rosca. Ainda no mesmo seguimento, as luminárias podem ser usadas por todo o mundo pelo facto de serem multi-tensão em toda a gama. Esta é uma ótima vantagem para os peritos de produção de quadros elétricos, bem como setores de engenharia mecânica que estão internacionalmente ativos. Independentemente de onde 14
está localizada a fábrica na Alemanha, Estados Unidos da América ou Ásia, a mesma luminária pode ser instalada em cada armário metálico. Assim sendo, alterações ao plano elétrico ou lista de peças é supérfluo. As luminárias têm igualmente as necessárias e importantes aprovações internacionais (exemplo do mercado UL para US). Com este desenvolvimento, a Rittal está também a simplificar muitos procedimentos nas áreas de compras e montagem. Os fabricantes de quadros elétricos, bem como as empresas de engenharia mecânica, beneficiam com o processo simplificado de encomenda e stock, reduzindo o número de referências necessárias.
O lançamento desta coleção conta com uma edição impressa especial com caixa para arquivo, que poderá ser solicitada gratuitamente aos técnicos da ADENE. Para mais informações sobre os guias e para descarregar as versões digitais consulte: www.adene.pt/ /10_solucoes_eficiencia_energetica.
ABB com contrato de 250 milhões de dólares para conetar o maior parque eólico offshore do mundo à rede elétrica do Reino Unido ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 � Fax: +351 214 256 247 comunicacao-corporativa@pt.abb.com � www.abb.pt
ADENE lança 10 guias de soluções de Eficiência Energética ADENE – Agência para a Energia Tel.: +351 214 722 800 � Fax: +351 214 722 898 geral@adene.pt � www.adene.pt
A ADENE – Agência para a Energia lançou um conjunto de 10 guias dedicados às principais medidas de melhoria identificadas nos Certificados Energéticos, com foco nas mais-valias da sua implementação. Este lançamento decorreu durante a TEKTÓNICA - Feira Internacional de Construção e Obras Públicas, de 4 a 7 de maio de 2016, na FIL, no Parque das Nações, mais concretamente no espaço TEK GREEN – Salão de Energias Renováveis, Construção Sustentável e Responsabilidade Social. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, mais de 1 milhão de edifícios apresentam necessidades de reparação. Nesse seguimento, estes guias vêm ajudar os proprietários a implementar as soluções de eficiência energética sugeridas nos Certificados Energéticos das habitações por conterem os aspetos a ter em conta nos pedidos de orçamento antes de se avançar para uma obra energeticamente eficiente, bem como nos cuidados no seu acompanhamento, da operação e da manutenção, entre outras boas práticas. Os 10 temas são: Isolamento de Paredes, Isolamento de Coberturas, Janelas Eficientes, Proteções Solares, Sistemas de Ventilação, Sistemas Solares Térmicos, Recuperadores de Calor e Salamandras, Esquentadores e Caldeiras, Ar Condicionado Doméstico e Sistemas Solares Fotovoltaicos.
A ABB recebeu um pedido de mais de 250 milhões de dólares da empresa dinamarquesa DONG Energy para fornecer um sistema de cabos de 220 quilovolts (kV) que conetará o parque eólico offshore Hornsea Project One no Mar do Norte com a rede elétrica do Reino Unido em terra. Este é o terceiro projeto que a ABB irá realizar para a DONG Energy, após as ligações Burbo Bank Extension e Walney Extension, construídos no mar da Irlanda. O Hornsea Project One será o parque eólico offshore com maior capacidade a nível mundial, capaz de gerar 1,2 gigawatts de energia renovável e levar eletricidade limpa a mais de um milhão de habitações no Reino Unido. A ABB fornecerá o sistema de cabos submarinos de Corrente Alternada (CA) para os circuitos este e oeste, que transportarão a eletricidade a uma distância de cerca de 120 km do parque eólico até terra firme na costa leste do Reino Unido. O parque eólico, com uma extensão de mais de 400 km2, contribuirá de forma significativa para o aumento da produção limpa de energia elétrica de origem marítima, e assim, fica reforçada a posição do Reino Unido como o primeiro país do mundo na produção de energia eólica offshore, e estará mais próximo da sua meta de 30% da sua produção total de eletricidade a ser obtida a partir de fontes renováveis até 2020, com a consequente redução das emissões de dióxido de carbono. Prevê-se que a conexão com o parque eólico esteja operacional em 2019. Claudio Facchin, Presidente da Divisão Power Grids da ABB declarou: “As linhas de cabos de Alta Tensão desempenham um papel
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de experiência no negócio dos cabos, a ABB é uma referência global em sistemas de cabos de Alta Tensão para inúmeras aplicações, e colocou centenas de linhas em funcionamento em todo o mundo.
Aliança Tesla-Fronius revoluciona autoconsumo doméstico com acumulação Fronius España S.L.U. Tel.: +34 916 496 040 � Fax: +34 916 496 044 pv-sales-spain@fronius.com � www.fronius.es
Em abril de 2015, o reconhecido fabricante de carros elétricos Tesla avançou mais um pouco no seu compromisso para um futuro sustentável ao introduzir no mercado do armazenamento energético, o seu inovador sistema de baterias Tesla Energy que oferece uma ótima alternativa para o autoconsumo com armazenamento doméstico e de pequenas e médias empresas. As caraterísticas técnicas do Fronius Symo Hybrid converteram-no no parceiro mais adequado da nova bateria doméstica
Tesla Powerwall, oferecendo ainda uma solução revolucionária para que o setor residencial possa abastecer-se de energia solar durante as 24 horas do dia. A bateria Tesla Powerwall já se encontra disponível como alternativa à bateria Fronius Solar Battery, e ambas as opções funcionam juntamente com o Fronius Symo Hybrid e o Fronius Smart Meter. “Como referência mundial no campo da mobilidade elétrica, a Tesla é um parceiro muito bem-vindo no nosso caminho para as ’24 horas de sol’. Graças a isso estamos mais próximos do nosso objetivo para que o fornecimento de energia renovável, no futuro, seja a 100%”, segundo afirma Martin Hackl, Diretor da Divisão Solar Energy da Fronius Internacional.
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fundamental no transporte fiável e eficiente de energia limpa a milhões de pessoas. Este projeto é mais um exemplo de como as tecnologias da ABB facilitam a integração das energias renováveis e conseguem reduzir o impacto ambiental, o que constitui um elemento-chave da estratégia Next Level da empresa.” Duncan Clark, Programme Director do Hornsea Project One na DONG Energy afirmou: “Este projeto bate recordes nas quantidades de energia gerada, tamanho físico e distância à costa. Temos trabalhado com a ABB para encontrar as melhores soluções técnicas e comerciais. Esta colaboração conseguiu encontrar as melhores soluções para este projeto grande e complexo, e também nos permitiu conter os custos em todo o ciclo de vida do parque, o que irá servir como modelo para outros projetos futuros. Esperamos poder continuar a trabalhar com a ABB na implementação segura e no cumprimento dos prazos do projeto.” A ABB tem um longo histórico de projetos de conexão a parques eólicos offshore. Os sistemas de cabo, subterrâneos como submarinos, são importantes componentes das redes de energia sustentáveis e transmitem grandes quantidades de eletricidade a longas distâncias. Com mais de 130 anos
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Conferência anual da ZVEI, Associação Alemã de Fabricantes Elétricos e Eletrónicos: onde está a indústria eletrónica alemã? Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
longo prazo e assim, investimentos seguros nas já existentes tecnologias e automação associadas.” A Conferência Anual do ZVEI é o evento mais impor tante no calendário da indústria eletrónica alemã, e assim, a 8 e 9 de junho de 2016, políticos cruciais, representantes da indústria e especialistas da área juntaram-se para discutir as perspetivas futuras da indústria de eletrónica da Alemanha.
Sistema de arrefecimento Biocooler da Chatron instalado em unidade industrial na Marinha Grande Sob o mote “Networking. Segurança. Confiança. Moldando o mundo digital”, os decisores da indústria eletrónica alemã reuniram-se em Berlim, a 8 de junho, para a Conferência Anual da Associação dos Fabricantes Alemães de Eletrónica e Elétrica (ZVEI). Na presença da Chanceler Alemã, Angela Merkel, os representantes da indústria apresentaram as suas previsões relativamente ao desenvolvimento na indústria eletrónica. Peter Köhler, Diretor Executivo do Grupo Weidmüller, questionou: “Como é que a indústria eletrónica alemã está posicionada no contexto global de desenvolvimento?”, juntamente com Klaus Mittelbach (Presidente da Equipa de Gestão do ZVEI) e Klaus Helmrich (membro do Conselho Executivo da Siemens) durante um debate sobre energia moderado por Ranga Yogeshwar. Peter Köhler abordou sobretudo os pontos fortes e as preferências da indústria alemã e as perspetivas para uma iniciativa europeia forte no setor da engenharia elétrica. “Resumindo, temos de reforçar os esforços europeus relativamente à Indústria 4.0 e à robótica. Enquanto a Alemanha é realmente um grande mercado na Europa, a longo prazo apenas pode ser bem-sucedida se unirmos forças com outros países europeus.” Peter Köhler vê uma grande opor tunidade numa relação de cooperação entre o consórcio Industrial Internet e a Plataforma da Alemanha, acreditando que poderia levar a standards e normas definidas em conjunto. “Mas não nos podemos esquecer das atividades que estão a ser desenvolvidas noutros países europeus, além da grande experiência que encontramos em países como a Holanda, França, Áustria, Reino Unido e outros países que também necessitamos de incorporar.” E acrescentou que “a Indústria 4.0 tem como base uma série de standards pré-estabelecidos, mas também necessita de novas tecnologias e soluções. Se desenvolvermos ainda mais estas tecnologias e standards de forma evolutiva, iremos garantir uma solução em termos de disponibilidade a 16
Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 � Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt
informação técnica de determinado produto, deverá neste caso entrar em “Dados e Documentação”. Pode navegar livremente no Online Support sem ter que fazer login. Só necessita de fazer login com o seu email e password para aceder a funções que estejam sinalizadas com cadeado, que necessitam dos dados do Cliente. Após o login terá acesso a outras funções e pode personalizar as suas configurações como formatos de CAD, idioma para documentação ou configurações de pesquisa.
Gama de esquentadores Sensor da Vulcano: poupar é outro nível
Esta unidade industrial na Marinha Grande tem a funcionar desde o passado mês de janeiro um sistema de arrefecimento Biocooler da Chatron, composto por 5 unidades Biocooler AE-20V e 5 ventiladores industriais tipo VT1. Trata-se de um sistema integrado de controlo de temperatura e de humidade, ecológico e de baixo consumo energético (utiliza evaporação de água e 100% de ar novo) para manter um ambiente agradável no interior da fábrica.
Bem-vindo a uma nova dimensão: SEW-EURODRIVE Online Support SEW-EURODRIVE Portugal Tel.: +351 231 209 670 � Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt online-support@sew-eurodrive.pt www.sew-eurodrive.pt
O Online Support é a mais recente solução para aceder a todos os serviços online da SEW-EURODRIVE Por tugal. Encontra-se dividida nas secções “Engenharia & Seleção”, “Consulta & Encomenda”, “Entrega & Fluxo de Material” e “Colocação em Funcionamento & Manutenção”, o que permite acesso direto à função pretendida ou área de interesse. Por exemplo, se for Projetista ou Programador e pretender configurar um produto, deverá selecionar a secção “Engenharia e Seleção”. Caso esteja à procura de dados CAD, documentação, software para download ou
Vulcano Tel.: +351 218 500 300 � Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com � www.vulcano.pt /VulcanoPortugal
No dia 29 de maio, Dia Mundial da Energia, a Vulcano relembrou aos seus consumidores e parceiros a necessidade de haver um comportamento proativo face à poupança de energia. Através de pequenas mudanças e escolhas todos podemos reduzir a fatura da eletricidade e contribuir para a preservação do ambiente. Neste sentido, a Vulcano disponibiliza a Gama de Esquentadores Termostáticos Sensor, uma opção de aparelhos que associam o conforto dos consumidores a níveis significativos de poupança e segurança. A geração de Esquentadores da Gama Sensor incorporam a tecnologia termostática, que permite selecionar a temperatura de saída da água grau a grau mantendo sempre a máxima estabilidade, o que lhe permite poupanças de cerca de 60 litros de água por dia e até 35% no consumo de gás. Aconselharam a poupar, em grande estilo, com o novo esquentador Sensor Connect que se destaca pelo seu design exclusivo e inovador e a tecnologia de conetividade, oferecendo toda a eficiência e poupança da gama Sensor.
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esta campanha estará concluída com a apresentação de eventos de apresentação a potenciais clientes e planos de formação de quadros de automatização para todos estarem em sintonia, falando a mesma língua e partilhando os mesmos conhecimentos.
Grande atualização do VBus.net RESOL Tel.: +49 023 249 648-0 Fax: +49 490 232 496 48-755 support@resol.de � www.resol.de
O popular Portal de Internet VBus.net da RESOL recebeu uma importante e nova atualização. Muitas funções novas foram adicionadas, como a possibilidade de criar e guardar pré-definições dos filtros que facilita muito a criação de filtros múltiplos com os mesmos dados básicos. Além disso, os dados dos filtros podem ser automaticamente convertidos em diferentes unidades e o rendimento diário pode ser visualizado sob a forma de diagrama de barras. Este portal é especialmente prático para instaladores: pode guardar e restaurar as suas definições de visualização do VBus.net com apenas alguns cliques, e assim poupa muito tempo na configuração de múltiplas contas de utilizador, através da simples distribuição de um ficheiro de definições existente. Outra ótima funcionalidade é o Visualizador de Dados Integrado VBus®, um plug-in que lhe permite utilizar funções de diagrama para conjuntos de dados externamente armazenados. Desta forma, os proprietários do sistema sem um módulo de Comunicação ou Registador de Dados, cujo sistema não esteja ligado à Internet, podem facilmente fazer diagramas a partir dos dados armazenados no seu cartão SD, sem ter de fazer um desvio através de uma folha de cálculo.
Omron convida parceiros estratégicos a participar no Painel Solution Omron Electronics Iberia, S.A. Tel.: +351 219 429 400 info.pt@eu.omron.com � http://industrial.omron.pt
A Omron, habituada a implementar inovações para estar na vanguarda, lançou um novo projeto que lhe permitirá lançar uma solução de maior valor em quadros de automatização. A Painel Solution é o segundo grande projeto da Omron depois da Plataforma de Automatização Sysmac. O objetivo da Omron tem sido e será sempre gerar um valor acrescentado em todos os produtos e ações. O Projeto Painel Solution está pensado para acrescentar valor aos quadros de automatização, e não apenas ao nível do produto.
Trata-se de um novo conceito que engloba um todo e que vai desde a simplificação do processo de criação e o valor acrescentado em cada fase do ciclo de vida dos quadros e desde a conceção prévia até ao funcionamento e manutenção. Por isso assenta em três pilares fundamentais: quadro (evolução no design) – uma conceção una e homogénea que permite aos fabricantes uma maior sensibilidade na criação de imagens, evitando os espaços vazios produzidos pela utilização de componentes com diferentes alturas, a redução dos pontos de concentração de calor gerados nos pequenos espaços; o processo (inovação no processo de fabrico) – melhorias no valor de todas as fases da vida de um quadro de controlo desde a conceção, o fornecimento, o suporte técnico, o fabrico e manutenção dos mesmos; utilizador (simplificação do trabalho) com redução de tempo e esforço de fabrico de quadros como acontece, por exemplo, na nova tecnologia Push-In-Plus que permite que os cabos se mantenham bem fixos e que exigem menos força na conceção, e assim tornam a cablagem mais simples para inserir um conetor de auriculares. Tudo isto implica que uma grande parte da gama de produtos da Omron tenha sido redesenhada segundo o mesmo conceito para criar componentes com uma conceção mais fina e uma tecnologia exclusiva Push-in Plus que simplifica o processo de cablagem e montagem. A Painel Solution é um projeto global que implica toda a organização Omron. A Omron Europa está muito empenhada na rede de Parceiros Estratégicos ao considerá-los como a chave para posicionar, de forma rápida, esta mudança de mentalidade e a nova estratégia de mercado. Por isso, a Omron Iberia reuniu em Madrid os seus Parceiros Estratégicos para lhes apresentar este ambicioso projeto, convidando-os a colaborar e contribuindo para a expansão do seu conhecimento, e convertendo-se num Premium Partner ao participar ativamente nos seus sucessos. A Omron fez um esforço de investimento (mais de 500 novas referências) e continuará a desenvolver e a disponibilizar aos seus colaboradores uma grande quantidade de ferramentas de marketing e vendas. Lançaram para o mercado uma importante campanha relacionada com a Painel Solution para fortalecer o reconhecimento da Omron no mercado dos quadros de controlo com ênfase nas necessidades do cliente. Toda
Viessmann inicia em Lisboa digressão ThermProtect Viessmann, S.L. Tel.: +351 219 830 886 geral@termomat.pt � info@viessmann.pt www.termomat.pt � www.viessmann.pt
Após uma apresentação à comunicação social no passado mês de abril, foi a vez dos Gabinetes Técnicos de Engenharia e de Projeto conhecerem esta tecnologia inovadora e patenteada de autolimitação inteligente dos sistemas solares térmicos. Uma iniciativa organizada pela Termomat, representante oficial do Grupo Viessmann em Portugal, que decorreu no passado dia 2 de junho no Hotel Solplay, em Algés. Entre os convidados, o evento contou igualmente com a presença de algumas entidades decisoras no âmbito da energia em Portugal, como é o caso da DGEG e da EFRIARC. Coube ao Diretor-Geral da Viessmann para Espanha e Portugal, Jürgen Gerhardt, a abertura das Jornadas com a apresentação do Grupo Viessmann que festejará no próximo ano 100 anos de existência e experiência. A Viessmann, como fabricante europeu em soluções para aquecimento e refrigeração, desenvolveu mais um marco tecnológico de vanguarda, o primeiro tratamento seletivo do absorvedor dos coletores planos, que autolimita a absorção de energia evitando o sobreaquecimento dos sistemas solares e a formação de vapor. “Esta tecnologia inovadora vem resolver o eterno problema dos excessos de energia que acontecem por exemplo no verão e da deterioração dos equipamentos expostos ao sobreaquecimento”, afirmou Olga Duarte, Diretora Comercial da Termomat, que levou a cabo a apresentação de ThermProtect. Graças ao dióxido de vanádio, material inteligente conhecido pela sua capacidade extraordinária de mudar de tamanho e forma, a Viessmann desenvolveu o coletor ideal, cuja estrutura cristalina do tratamento absorvedor realiza uma transição estrutural que provoca 17
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um aumento da emissividade, limitando automaticamente a absorção de energia, a partir dos 75º C. Esta é uma transição automática e reversível. “Todos os coletores planos da Viessmann já são fornecidos com este novo tratamento, cujos níveis de eficiência atingem os 80%”, reforçou Olga Duarte, destacando que a gama solar não vai sofrer aumento de preço nem os seus dimensionamentos sofrerão alterações. Este produto vai beneficiar todos os intervenientes numa instalação solar, desde o projetista ao consumidor, uma vez que elimina a existência de acessórios adicionais de arrefecimento, aumenta o nível de vida útil dos equipamentos, pode ser instalado em qualquer tipo de cobertura na horizontal ou vertical, conforme explicou Rafael Lourenço, Diretor Técnico da Termomat. Com o ThermProtect, as instalações solares protegem-se automaticamente, não sobreaquecem nem formam vapor, mesmo no verão ou na ausência de consumo, o que aumenta a vida útil dos seus componentes e reduz os custos de manutenção. O tratamento ThermProtect foi nomeado pela GENERA – Feira Internacional de Energia e Ambiente de Madrid, para o Prémio Inovação 2016.
INGETEAM adquire área de negócio fotovoltaico da Bonfiglioli INGETEAM POWER TECHNOLOGY, S.A. Tel.: +34 948 288 000 solar.energy@ingeteam.com � www.ingeteam.com
A INGETEAM chegou a acordo com a empresa italiana Bonfiglioli Riduttori para adquirir o negócio da energia solar fotovoltaica. Isto permitirá à INGETEAM reforçar o seu posicionamento internacional no setor da energia solar direcionado para o aumento das vendas de produto e negócios de manutenção e funcionamento. A INGETEAM tem uma experiência de mais de 16 anos no setor fotovoltaico onde fornece 5 GW de energia a nível mundial, uma posição firmemente estabelecida como um importante fornecedor de operação e manutenção de serviços. A INGETEAM fabrica uma ampla gama de soluções para o setor solar, oferecendo inversores residenciais, comerciais e de utilidade ligados à rede, tal como estações de energia de Média Tensão e inversores de baterias para operações de funcionamento com ligação à rede e fora da rede. Ativo na indústria solar desde 2008, a conceção, fabrico e os inversores centrais de injeção na rede para instalações solares da Bonfiglioli e que fornecem um suporte contínuo durante todo o ciclo de vida da instalação. Com uma instalação base de cerca de 3 GW, a Bonfiglioli possui um conjunto de projetos significativos para implementar nos próximos meses. Com base neste 18
acordo, a INGETEAM adquiriu os negócios do setor solar da Bonfiglioli, o que inclui as atividades de manutenção e o funcionamento. Através desta operação, a INGETEAM tem garantido o acesso a um grande conjunto de projetos fotovoltaicos e aumentados os seus serviços de manutenção e colocação em funcionamento através do aumento da capacidade instalada da Bonfiglioli de 3 GW até 6,5 GW a nível mundial no que diz respeito à manutenção. “Isto vai permitir-nos uma integração estratégica de reforçar, de forma significativa, a nossa presença nos Estados Unidos da América e na Índia, que são dois mercados muito importantes no setor fotovoltaico para a INGETEAM”, afirmou David Solé, Diretor-Geral da Divisão de Energia da INGETEAM. “A INGETEAM está fortemente empenhada em aumentar a sua presença nas energias renováveis a nível mundial e o gestor da equipa continua a procurar outras oportunidades para acelerar o crescimento”, explicou Javier Coloma, CEO da INGETEAM Power Technology. “Terminar com o negócio no setor solar faz parte do plano estratégico para nos focarmos no nosso negócio principal e vemos na INGETEAM o parceiro mais indicado para nos levar ao próximo nível”, ditou Tiziano Pacetti, CEO Corporativo da Bonfiglioli. “O negócio no setor solar tem sido um catalisador incrível na última década e a decisão de alienação do setor tem sido difícil, mas de forma a preservar o sucesso no negócio da área solar, consideramos necessário ter um forte e grande parceiro na indústria de conversão de energia renovável e estamos convencidos que a INGETEAM é o mais adequado”, acrescentou Fausto Carboni, CEO de Negócios na Bonfiglioli. A Greentech Capital Advisor funcionou como um assessor financeiro exclusivo, e a LGA – Lucchini, Gattamorta e Associati foi o assessor jurídico da Bonfiglioli.
Massas lubrificantes para prensas de produção de pellets FUCHS Lubrificantes Unip. Lda. Tel.: +351 229 479 360 � Fax: +351 229 487 735 fuchs@fuchs.pt � www.fuchs.pt
As prensas para produção de pellets são equipamentos que, pela sua especificidade, apresentam requisitos de lubrificação muito elevados, quer em termos de estabilidade ao trabalho, quer em termos de resistência a altas temperaturas e humidade. No entanto, dependendo do fabricante de cada equipamento a massa lubrificante deverá cumprir requisitos adicionais distintos. A FUCHS desenvolveu um conjunto de massas especiais destinadas a prensas de produção de pellets adaptadas a cada situação. Nas gamas RENOLIT e URETHYN incluem-se soluções
que dão resposta às exigências dos mais diversos equipamentos de produção de pellets. As vantagens passam pela elevada estabilidade e menor consumo, grande resistência e capacidade de extrema pressão, maior proteção dos equipamentos e duração dos rolamentos, grande resistência à contaminação por poeiras, ótimo comportamento perante temperaturas elevadas, sendo de fácil aplicação uma vez que são facilmente bombáveis. E apresentam-se ao mercado como sendo uma solução para cada caso e para cada fabricante.
Krannich une-se à celebração do 25.º aniversário da Intersolar Krannich Solar Tel.: +351 256 109 139 � Fax: +34 961 594 686 http://pt.krannich-solar.com
A distribuidora fotovoltaica Krannich participou mais uma vez na Feira de energia solar mais importante da Europa, onde apresentou as últimas novidades do seu portefólio. A Intersolar Europe, que decorreu de 22 a 24 de junho em Munique (Alemanha), celebrou este ano o 25.º aniversário. Vários membros da equipa de vendas espanhola assistiram ao evento para responder aos profissionais ibero-americanos e norte-africanos no stand da Intersolar. Este evento sempre apostou em promover a inovação no setor de energia solar, destacando soluções pioneiras, e desde 2014 premeia o desenvolvimento tecnológico no âmbito do armazenamento elétrico. Este ano, vários equipamentos fotovoltaicos do portefólio da Krannich foram galardoados: painéis fotovoltaicos LG NeON 2 BiFacial e Solar-Log 370 com o prémio Intersolar AWARD enquanto LG Chem e SB 2.5 da SMA, com o ees AWARD. Na área do autoconsumo fotovoltaico, especialmente focado nas tecnologias de armazenamento de energia solar, foram exibidas
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novidades no stand da Intersolar como várias soluções dos fabricantes mais reconhecidos do setor, como é o caso da Fronius, SMA e Kostal, como as baterias solares da Axitec, Mercedes, Tesla e LG Chem. Graças à grande variedade de aplicações para a acumulação energética, de 2,5 a 82 kWh, qualquer visitante do stand encontrou a que melhor se ajusta ao seu consumo energético. Também esteve exposta a novidade em estruturas de perfil de alumínio, S-Rock da K2 Systems, um sistema de montagem leve e de dimensões reduzidas que encaixa adequadamente em todo o tipo de telhados planos, inclusive com baixo suporte de cargas. O certame de energia solar, a que a multinacional alemã assiste com regularidade desde o seu início, foi uma entre outras ações e promoções de 2016. Por um período de tempo limitado, os visitantes do stand da Krannich puderam aproveitar as soluções mais inovadoras a um preço especial. Além disso, e por debaixo do slogan “Simply shop”, a multinacional fotovoltaica apresentou a sua plataforma online onde os seus clientes poderão gerir os seus pedidos, comprovar a disponibilidade do material fotovoltaico e rever o histórico das suas compras durante as 24 horas do dia e 365 dias do ano.
Phoenix Contact espera atingir a marca de 2 mil milhões de euros em receitas no ano de 2016 Phoenix Contact, S.A. Tel.: +351 219 112 760 � Fax: +351 219 112 769 www.phoenixcontact.pt
“Atingimos um crescimento de 8% de receita previsto em 2015 e, por isso estamos numa forte e segura posição no mercado”, registou Frank Stührenberg, Chief Executive Officer numa conferência de imprensa, mostrando a sua satisfação com o crescimento económico da Phoenix Contact durante o último ano. As receitas do grupo empresarial atingiram os 1,91biliões de euros em 2015, mas segundo adiantou Stührenberg ao explicar estes resultados: “estamos conscientes de que quase metade desse
crescimento resultou de trocas comerciais temporárias. E estando conscientes disto vamos estar atentos ao desenvolvimento do mercado ‘real’ durante este ano e alterar as nossas decisões de investimento consoante o panorama de cada momento.” O fabricante de eletrónica industrial investiu 135 milhões de euros na expansão do grupo em 2015, e assim contrataram mais 500 novos funcionários no ano passado. A Phoenix Contact espera para 2016 um crescimento moderado da receita de cerca de 5 a 7%. Stührenberg está confiante na sua perspetiva: “Queremos ultrapassar a marca de 2 mil milhões de euros.” A empresa pretende investir cerca de 150 milhões de euros em atividades de expansão nacionais e internacionais. Um investimento de 22 milhões de euros irá aumentar a quantidade de produção nas suas instalações em Nowy Tomyśl na Polónia. Será concluída uma nova fábrica com 3,300 m2 na Rússia até ao fim de 2016. A empresa de distribuição em Israel, que tem servido como uma joint-venture até à data, será transformada numa subsidiária de forma a aumentar a proximidade dos clientes e do mercado. A Phoenix Contact também irá investir na aquisição de participações em Leadsoft, uma empresa de software chinesa que desenvolve soluções na cloud para ferramentas de engenharia, e na Ecologix Sensor Technology GmbH, esta última adquirida no final de março pela Phoenix Contact Innovation Ventures GmbH. A Ecologix é uma start-up tecnológica australiana que desenvolve sistemas de sensores para detetar gelo em superfícies sobretudo nas instalações com turbinas eólicas. Apresentada como o barómetro económico de confiança dos consumidores, a Feira de Hanôver (Hannover Trade Show) teve este ano os EUA como país parceiro. “Com 300 milhões de euros em receitas, os EUA é o nosso segundo mercado mais forte depois da Alemanha”, explicou Stührenberg. “Para além disso, a nossa subsidiária americana é um centro de competência dentro do Phoenix Contact Group e possui o seu próprio centro de desenvolvimento e produção.” A Phoenix Contact, empresa fornecedora de soluções de engenharia elétrica, eletrónica e de automação, apresentou as últimas inovações e tecnologias nos 2300 m2 de espaço de exibição em Hanôver, na Alemanha. A empresa apresentou, neste evento, um condutor que garante um carregamento muito rápido de veículos elétricos, uma tecnologia desenvolvida pela Phoenix Contact juntamente com os membros da indústria automóvel na Europa e nos EUA, e que agora se tornou num standard internacional. A Phoenix também pretende apresentar o modular Solarcheck switch-off que garante a segurança dos sistemas de telhados fotovoltaicos. Este dispositivo monitoriza as relações de tensão nestes sistemas e automaticamente
desliga os módulos fotovoltaicos no caso de ocorrer uma avaria ou uma falha como um incêndio. Esta tecnologia da Phoenix Contact é mais rápida e fiável do que pode ser qualquer avaliação humana ou intervenção manual. “A Feira de Hanover tem sidotradicionalmente para nós a feira internacional mais importante”, segundo explicou Stührenberg. “Este ano expusemos mais de 100 novas inovações e recebemos delegações de mais de 50 países.”
Seminário de apresentação de novidades EPLAN M&M Engenharia Industrial, Lda. Tel.: +351 229 351 336 � Fax: +351 229 351 338 info@mm-engenharia.pt � info@eplan.pt www.mm-engenharia.pt � www.eplan.pt
Nos passados dias 30 de maio e 2 de junho realizaram-se dois encontros de utilizadores EPLAN, em Lisboa e Vila Nova de Gaia, respetivamente. O objetivo dos seminários foi mostrar a todos os presentes as novidades da nova versão 2.6 do EPLAN Electric P8 e possibilitar a troca de ideias e experiências. A M&M Engenharia Industrial organiza anualmente seminários dirigidos aos já muitos utilizadores EPLAN com o intuito de divulgar as melhorias e as novas funções implementadas na mais recente versão do software. A Versão 2.6 foi recentemente divulgada na Feira de Hanôver e tem o lançamento previsto para setembro de 2016. A nova versão proporciona oportunidades adicionais de aumento da eficiência durante os processos de engenharia e importa salientar alguns tópicos que foram detalhadamente abordados nestes seminários. Assim sendo, e começando pela navegação pelo projeto, a mesma mostra-se agora mais fácil e rápida, possibilitando alterar as cores nos navegadores dependendo do estado do projeto e uma visualização em árvore, mantendo os dispositivos selecionados. Ainda ao nível do navegador, realce para a existência de filtros sobre o tipo de macros com possibilidade de as visualizar sem nome atribuído, entre outras opções. Aplicam-se novas funcionalidades na gestão de peças e nos dispositivos com possibilidade de visualização dos dados lógicos alterados relativamente aos definidos na função e visualização de dispositivos mecânicos com opção de 19
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adicionar funções mecânicas. A nova versão contempla ainda uma gestão integrada com o Microsoft Active Directory na área dos direitos de acesso do utilizador e implementação da pesquisa por idioma na aplicação de filtros em navegadores e relatórios. Ao nível dos parâmetros, a seleção da base de dados está otimizada com a listagem das bases de dados SQL existentes e além da alteração do nome estrutura do projeto para estrutura da árvore há agora a possibilidade de exportação de páginas conforme a organização desta mesma estrutura. A gestão de projetos em SQL foi ainda colocada nos parâmetros do utilizador e a importação DXF/DWG para páginas origina a adaptação automática da escala da página em função do tamanho do desenho a importar. O resultado é o melhor e manifesta-se, desta forma, numa constante poupança de tempo e custos de engenharia. Com o foco nas necessidades práticas do dia-a-dia e na aceleração dos processos de engenharia, a nova versão 2.6 contempla ainda novas funcionalidades na gestão e edição de projetos, bornes, fichas e dados mestres, novidades na simbologia com diferentes ligações para utilizar em relatórios, importação e exportação de esquemas com visualização de descrições, novas funções nas ações de alteração do projeto e cópia de propriedades definidas pelos utilizadores. As novidades relativas ao EPLAN Pro Panel também foram abordadas na área da integração com o projeto térmico, montagem 3D e documentação. O seminário terminou com uma sessão de esclarecimento de dúvidas acerca dos assuntos abordados e com a entrega dos respetivos certificados a todos os participantes. De salientar que os clientes com Contratos de Suporte e Atualização (CSA) podem descarregar gratuitamente a plataforma EPLAN 2.6, na área Suporte do website www.eplan.pt, após o seu lançamento previsto para setembro de 2016. Até lá está disponível um programa de testes da nova versão cujo acesso pode ser requerido enviando um email para info@eplan.pt.
Siemens estende contrato de manutenção na Portucel Soporcel Siemens, S.A. Tel.: +351 214 178 000 � Fax: +351 214 178 044 www.siemens.pt
O projeto visa garantir a produção de energia e vapor na Central de Cogeração da Figueira da Foz, uma das instalações fabris do maior grupo de produção de pasta e papel nacional. A Portucel Soporcel adjudicou, à Power Generation Service da Siemens, a extensão do contrato de manutenção dos equipamentos de produção de energia da central de cogeração da Figueira da Foz. A empresa irá fornecer toda a engenharia, 20
peças de reserva e serviços necessários para garantir a produção de energia elétrica nesta instalação nos próximos sete anos. Num mercado de frotas com alguns anos de trabalho que requer cada vez mais eficácia no combate às mudanças climáticas, na conservação dos recursos naturais e na resposta às necessidades impostas pela expansão global da população, a Siemens procura, de forma contínua, melhorar o desempenho das centrais dos clientes. Faz isso através de extensões de tempo de vida útil, usando tecnologias avançadas para melhorar a sua eficiência e capacidade para produzirem mais eletricidade, consumindo o mesmo volume de combustível. A unidade da Figueira da Foz do Grupo Portucel Soporcel está instalada no Complexo Industrial de Lavos, e é uma das mais eficientes unidades fabris de pasta e papel da Europa. A sua operação está integrada verticalmente, da floresta ao papel, e dá origem à produção de cerca de 800 mil toneladas de papéis finos não revestidos e de energia verde a partir de biomassa.
A Portucel Soporcel ocupa uma posição de destaque no setor da energia renovável em Portugal, onde é um dos principais produtores nacionais a partir de biomassa, constituída por subprodutos da matéria-prima usada no seu processo produtivo e biomassa residual da floresta. A energia elétrica e térmica produzida nos três complexos industriais do Grupo é gerada, em simultâneo, nas suas centrais de cogeração a biomassa e a gás natural. A térmica é totalmente utilizada nos processos de fabrico de pasta e papel e a energia elétrica excedentária é injetada na rede nacional.
SEW-EURODRIVE Portugal: novo escritório técnico no Porto SEW-EURODRIVE Portugal Tel.: +351 231 209 670 � Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt � www.sew-eurodrive.pt
Prosseguindo uma política de bem servir os seus clientes e de progressiva melhoria, a SEW-EURODRIVE Portugal adquiriu, em 2015, novas instalações no Porto. Este investimento, numa zona industrial, permitiu aumentar a área de stock disponível e iniciar o projeto de um futuro centro de assistência técnica a acionamentos eletromecânicos e eletrónicos.
Tendo consciência de que é necessário estar mais próximo do cliente, fornecendo respostas on-time às suas solicitações, e devido ao nível de industrialização no norte de Portugal e aos pedidos mais exigentes dos clientes, em linha com o aumento da complexidade da carteira de soluções, este investimento permitiu criar um novo posto de trabalho na área da Engenharia de Aplicações. Além disto, as novas instalações dispõem de uma sala onde poderá ser dada formação certificada a clientes e onde poderão ser realizadas reuniões de projeto com melhores condições. A concretização deste novo investimento permitirá à SEW-EURODRIVE Portugal reforçar a sua política de proximidade ao cliente, aliada à criação de novas oportunidades de negócio junto dos atuais e futuros clientes. A estratégia de serviços da SEW-EURODRIVE assenta num fator simples - clientes satisfeitos – e assim poderá conhecer a SEW-EURODRIVE Portugal na Rua Monte da Bela, n.º 191, Fração X, em Ermesinde ou através do telefone 229 350 383, e/ou email, esc.porto@sew-eurodrive.pt.
Indústria Solar Europeia pede fim às medidas comerciais nos painéis e células solares chinesas Recentemente 34 organizações de energia solar e renovável enviaram uma carta ao Comissário Malmstrom chamado à Comissão Europeia para terminar com as medidas comerciais aos painéis solares e células oriundos da China. As organizações, que representam mais de 1,3 milhões de postos de trabalho europeu e mais de 120 000 empresas europeias, acreditam que as medidas estão a ter um impacto negativo no setor solar na Europa. James Watson, CEO da SolarPower Europe, declarou que “este é um grande apoio por parte das organizações da União Europeia que trabalham na área do solar. As medidas foram impostas há mais de 3 anos sem qualquer benefício específico para a indústria solar europeia. Precisamos de uma abordagem melhor e mais específica para apoiar os produtores de módulos na Europa, as medidas comerciais são um instrumento desgastante prejudicando mais de 80% dos empregos
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industriais na área solar e todos os empregos associados na Europa atualmente. A Comissão Europeia necessita de desenvolver um novo caminho para o setor solar sem direitos comerciais e mecanismos de preços". As organizações representam 20 países membros da União Europeia: Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia e Reino Unido. A Comissão deve fazer uma recomendação sobre as medidas no setor comercial solar no início de 2017, sujeito a aprovação pelos Estados Membros. As regras comerciais foram implementadas desde 2013 juntamente com um preço mínimo de importação.
Tudo gira em torno das 24 horas de sol Fronius España S.L.U. Tel.: +34 916 496 040 � Fax: +34 916 496 044 pv-sales-spain@fronius.com � www.fronius.es
Em 2016, a Fronius trabalhará sob o lema “24 horas de sol”. A fornecedora de soluções começou o ano com novos produtos e uma visão clara do futuro, tendo como objetivo um futuro com 100% de energia oriunda de fontes renováveis, aproveitando o movimento da terra para ter 24 horas de sol. Com isso, as energias renováveis devem ser produzidas, armazenadas, distribuídas e consumidas de forma eficiente e inteligente. Um destaque vai para o Fronius Energy Package Powerwall1, desenvolvido em cooperação com a Tesla Energy, que permite o armazenamento da corrente fotovoltaica gerada pelo utilizador, no Tesla Powerwall. Se for gerada pouca ou nenhuma corrente no teto, o dono do sistema pode aceder com facilidade à corrente armazenada. “A solução de armazenamento da Fronius e da Tesla Energy está sobretudo direcionada para todos os que querem aumentar a sua quota de consumo de energia própria. Mais um passo para a independência da energia que está cada vez mais cara e um armazenamento com um design bonito é muito motivador”, explicou Martin Hackl, Chefe da Divisão Fronius Solar Energy. Esta solução de armazenamento carateriza-se pela flexibilidade e eficiência, podendo ser montado em áreas internas como externas. A função de corrente de emergência do inversor Fronius Symo Hybrid Powerwall pode ser ampliada, com facilidade, num momento posterior, com a atualização do software. A Multi Flow Technology, integrada como standard, permite o controlo inteligente e paralelo dos fluxos de energia e a utilização do Fronius Symo Hybrid Powerwall tanto para sistemas de armazenamento acoplados com CA ou CC. O Fronius Energy Package Powerwall estará disponível a partir do 3.º trimestre de 2016 na Alemanha, Áustria e Suíça, e posteriormente estará disponível noutros países europeus e na Austrália. A família Fronius Smart Meter foi ampliada com o Fronius Smart Meter 50kA-3, uma variante adequada para medir potências elevadas nas redes mono e trifásicas, ou para a modificação de instalações se o caminho existente da corrente não deve ser separado. O Fronius Smart Meter é um contador bidirecional para a otimização do consumo da
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energia própria e para detetar curvas de carga da residência. Com o Fronius Solar.web, o Fronius Smart Meter permite uma representação clara do consumo de energia própria. As soluções de armazenamento da Fronius garantem uma gestão adequada de diferentes fluxos de energia, e assim toda a gestão da energia é otimizada. No fim de 2016 será trazido ao mercado o inversor monofásico Fronius Primo Hybrid que estará apenas disponível nos mercados monofásicos da Europa (Reino Unido e Itália), na Austrália e na América do Norte.
Merkel e Obama na Rittal: “Esta é uma boa empresa!” Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt � www.rittal.pt
O Presidente do Estados Unidos da América, Barack Obama, e a Chanceler Alemã, Angela Merkel, prestaram tributo à família de inovação Rittal durante uma visita de Estado. Na apresentação aos líderes políticos, E.h. Friedhelm Loh, proprietário e CEO da Rittal em Herborn, explicou a importância do software e dados para uma futura produção industrial. A nova geração de unidades de climatização “Blue e+”, que promove novos standards na eficiência energética, foi alvo de admiração por parte de Obama e Merkel, durante a visita. Até o olhar do Homem mais poderoso do mundo brilhou ao conhecer a alta tecnologia. Barack Obama e Angela Merkel ficaram impressionados com a evolução da empresa, quando visitaram a Rittal na Feira de Hanôver 2016. Fundada há 55 anos, o portefólio de produtos e serviços expandiu, abrangendo desde caixas padronizadas até ao equipamento de grandes datacenters. “Somos fornecedores líderes europeus de software de engenharia e queremos continuar a crescer!”, disse o proprietário e CEO E.h. Friedhelm Loh. O Presidente dos EUA, que também representa, este ano, o país parceiro da Feira de Hanôver, esteve particularmente interessado na nova série de unidades de climatização Blue e+ devido à eficiência energética que não tem comparação a nível mundial. “Esta é uma boa empresa”, comentou. A Chanceler alemã esteve particularmente satisfeita por saber mais sobre o compromisso 22
do Grupo Friedhelm Loh em alavancar talento e acenou aos estagiários que ali se reuniram. Trabalhar na Feira de Hanôver é, há muitos anos, parte integrante do programa de estágio F.L.G.’s, ajudando assim a classe jovem a estar mais envolvida no serviço ao cliente desde o início de carreira. Angela Merkel estava igualmente impressionada com a experiência da Rittal em integrar refugiados no seu plano regular de estágios – a primeira na Alemanha. A Rittal estabeleceu objetivos ambiciosos no mercado dos EUA. Segundo fontes internas da empresa está a planear dobrar as vendas, neste mercado, durante os próximos anos. “Temos estado ativos na América há mais de 30 anos, e estamos particularmente orgulhosos que 85% do nosso produto seja produzido nos EUA”, salientou Gregg Holst, Presidente da Rittal Corporation nos EUA. A Rittal está presente neste mercado desde 1982, tendo cerca de 750 funcionários. A sede da Rittal é em Chicago – sendo, igualmente, por um longo período de tempo o ponto focal da família Obama. Outra curiosidade é que tanto a casa-mãe da Rittal, em Herborn, na Alemanha como Barack Obama viram a luz do dia em 1961.
KIC InnoEnergy abre nova Chamada para Propostas de Inovação KIC InnoEnergy Tlm.: +351 914 161 233 andreia.fernandes@kic-innoenergy.com alpoim.ruas@gmail.com www.kic-innoenergy.com
A KIC InnoEnergy, motor de inovação da energia sustentável na Europa, abriu dia 1 de junho as candidaturas à segunda Chamada para Propostas de Inovação vindas de projetos que procurem financiamento e apoio ao desenvolvimento de negócio. Agora no seu 5.º ano, estas chamadas destinam-se a empresas europeias - startups, PMEs ou maiores – com projetos inovadores de energia sustentável na fase de pesquisa e desenvolvimento, mas que precisem de ajuda para comercializar o seu produto no mercado. Após o sucesso da 1.ª fase de 2016, que fechou em abril com mais de 500 candidaturas de inovações de toda a Europa, abrem agora as inscrições à 2.ª fase, que irá decorrer até 11 de outubro de 2016. Assim que a Chamada for encerrada, os
projetos mais promissores serão convidados a apresentar os seus conceitos aos Comités de Avaliação da KIC InnoEnergy. As candidaturas aprovadas para apoio serão anunciadas no dia 19 de dezembro de 2016. Diego Pavia, Chefe Executivo da KIC InnoEnergy, diz estar ”satisfeito por poder abrir a Chamada pela segunda vez este ano. Tivemos uma ótima resposta à primeira fase, e ao reabrir a Chamada esperamos receber ainda mais candidaturas dos que deixaram passar o prazo anterior ou que se estão a candidatar pela primeira vez. O setor da energia está a passar por alterações sem precedentes e a enfrentar desafios significativos. Se pretendermos reduzir as emissões, ao mesmo tempo que garantimos um futuro energético sustentável e económico, a inovação terá de ser um fator determinante no nosso sucesso. O nosso trabalho é ajudar a desbloquear essa inovação, a fomentá-la, e acima de tudo, fazê-la chegar ao mercado. É esse o objetivo da nossa Chamada para Propostas de Inovação: criar ligações que fazem avançar os projetos. Juntamos os inovadores com parceiros da indústria e outros parceiros vindos de toda a Europa que podem ajudar a comercializar o que até então era apenas um conceito.” Esta será a 7.ª Chamada lançada em cinco anos. Até agora a KIC InnoEnergy investiu 133 milhões de euros e ajudou mais de 70 novos produtos e serviços a chegar aos primeiros clientes. Ao abrir as portas pela 2.ª vez em 2016 para novas admissões de inovadores, a nossa mensagem é uma vez mais: juntem-se a nós e deixem-nos ajudar-vos a tornar o vosso conceito numa realidade comercial. Esta Chamada está à procura de candidaturas relacionadas com inovação nas 8 áreas temáticas da KIC InnoEnergy: tecnologias limpas de gás e carvão, armazenamento de energia, eficiência energética, energia de combustíveis químicos, energias renováveis, cidades e edifícios eficientes e inteligentes, rede elétrica inteligente e convergência renovável e nuclear sustentável. Os candidatos podem registar-se em https://cip. kic-innoenergy.com/register.
Vulcano volta às praias portuguesas com Campanha Solar Vulcano Tel.: +351 218 500 300 � Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com � www.vulcano.pt /VulcanoPortugal
A Vulcano promoveu, no âmbito da sua mais recente Campanha Solar, uma ação de ativação de marca em várias praias portuguesas, de 11 de junho a 3 de julho. A Vulcano, em parceria com a RFM, esteve presente em 4 diferentes praias em Portugal em 4 fins-de-semana diferentes. Com foco no ambiente descontraído do verão, aliado à participação de Portugal
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no Campeonato Europeu de 2016, a Vulcano convidou os consumidores a interagirem com a marca, através da celebração de um golo, tendo à disposição um espaço da marca específico para o efeito. Esta participação ficou registada em fotografias, que foram divulgadas nas redes sociais, estando os consumidores habilitados a ganhar um LCD 40”.
A Campanha Solar de 2016 centrou-se num dos maiores valores da Vulcano, a confiança, alinhada com a época em que decorre um dos maiores eventos futebolísticos do mundo, o Campeonato Europeu. A campanha enquadra assim as Soluções Solares no contexto do futebol como foco adicional de relevância, com o mote “A nossa equipa merece a sua confiança”. “É importante abordar o mercado através da proximidade. Ao promovermos uma ação de praia não só divulgamos a marca e as nossas soluções ao nível do aproveitamento da energia renovável solar, como também criamos uma maior relação com o consumidor”, refere Nadi Batalha, Coordenadora de Marketing da Vulcano.
Revista F.Fonseca Processo Instrumentação e Ambiente, edição de maio disponível F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 � Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com � www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
O feedback por parte dos clientes é tão positivo, que motiva a F.Fonseca a apostar novamente em 2 edições anuais da área de Processo Instrumentação e Ambiente, sendo que a 1ª edição já se encontra disponível em versão papel e digital. As apostas mantêm-se na divulgação das soluções de vanguarda das principais marcas que a F.Fonseca representa exclusivamente
em Portugal, sendo que estas estão apresentadas em diferentes segmentos de mercado. O tema de capa afeto ao segmento de Processo aborda a monitorização remota de computadores através do software SUSIAccess da Advantech, deixando de ser necessário o envio de um técnico ao local (página 17). Em Deteção e Segurança a F.Fonseca apresenta o detetor de gases portátil TANGO TX1, da Industrial Scientific, que se destaca pelos três anos de funcionamento em contínuo sem troca de bateria. Apresenta também o detetor de gases tóxicos e explosivos OLC/OLCT 100, projetado para a deteção de gases explosivos, tóxicos ou oxigénio da Oldham. O detetor de fugas de ar Leakshooter LKS 1000, desenvolvido para visualizar em tempo real a localização de fugas de gás/ar com um alvo visual dinâmico em tempo real é também outra das novidades deste segmento, rematado pelo detetor de gases portátil - EX-TEC® GM4 H2 da Sewerin, desenvolvido para a deteção de fugas através de gás traçador (H2 - Hidrogénio). Nas Sondas e Componentes a F.Fonseca promove diferentes soluções para diferentes necessidades, propondo que o Cliente traga o desafio, pois garantem a solução com a gama completa de transmissores aplicáveis em cabeça (tipo B ou Mignon) ou em calha DIN. Em Teste, Medida e Calibração apresenta o novo controlador de pressão Additel 780 que incorpora a mesma durabilidade, precisão e qualidade num controlador de bancada, com funcionalidades que o tornam muito intuitivo durante a sua utilização. O verificador elétrico MI 3394 CE Multitester da Metrel é outro dos produtos anunciados neste segmento, sendo um instrumento portátil destinado a testes e certificação CE de quadro elétrico e aparelhos elétricos. Da marca de distribuição Testo promove o analisador de gases de combustão e as sondas inteligentes Testo AVAC. No segmento de Analítica o destaque vai para o analisador de biogás Multitec® BioControl 2 da Sewerin, composto por uma unidade fixa e um dispositivo de medição portátil. Da marca Jumo a novidade recai na nova gama de sensores digiLine, apresentando um novo sistema de conexão de sensores digitais para medição analítica, em Bus, com tecnologia Plug&Play. Ainda neste segmento são apresentadas pela F.Fonseca soluções inteligentes para a indústria cimenteira suportados pela marca Sick. As soluções de vanguarda em Processo são repartidas entre diferentes produtos, entre os quais a plataforma modular e compacta de comu nicação entre processos, MIC-7500 da Advantech, juntamente com a inovadora tecnologia de expansão i-Modules. Seguido do registador sem papel com ecrã tátil LOGOSCREEN 600 da Jumo com uma tela sensível ao toque e um conceito de operação e visualização intuitivo.
Terminando o rol de novidades com os caudalímetros de área variável BGN da Kobold que tornam possível a medição do caudal de líquidos e gases com fiabilidade, mesmo nas aplicações mais difíceis.áSe tem interesse em obter a versão em papel solicite-a gratuitamente através do email, marketing@ffonseca.com ou se preferir obtenha a versão digital no menu downloads em www.ffonseca.com.
José Carlos Alvarez Tobar novo Diretor de Marketing e Vendas do Grupo Weidmüller Weidmüller - Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
A 01 de março de 2016, José Carlos Alvarez Tobar assumiu o cargo de Diretor de Marketing e Vendas do Grupo Weidmüller na Alemanha, tornando-se responsável pelas vendas globais e comunicações com o mercado. José Carlos Alvarez Tobar já ocupou vários cargos na Weidmüller, tendo começado a sua carreira em 1979 como Diretor Administrativo da Weidmüller Espanha. Em 2003 foi-lhe entregue a responsabilidade de toda a região do Sul da Europa (França, Itália, Portugal, Espanha, Suíça e Norte de África) e foi nomeado Vice-Presidente Executivo de Vendas e Marketing para a região do Sul da Europa em 2012. Posteriormente ocupou o cargo de Vice-Presidente Executivo Sénior para o Brasil e América Latina em 2015. É visto como um modelo pela maneira como implementou com sucesso a estratégia corporativa do Grupo Weidmüller, em particular no domínio da tecnologia de automação. “As nossas vendas e atividades de marketing estão centradas em compreender os nossos clientes, trabalhando com eles para desenvolver soluções e, posteriormente, na criação de valor acrescentado para os clientes”, explicou Alvarez Tobar. A fim de melhorar a sustentabilidade do Grupo Weid müller, as futuras atividades de marketing e vendas irão focar, reforçar e expandir principalmente a sua presença global e a proximidade com o cliente, particularmente nos mercados em crescimento da Ásia, EMEA e nas Américas. “Estamos muito satisfeitos por ter encontrado 23
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um administrador muito experiente e bem-sucedido em José Carlos Alvarez Tobar, que tem implementado medidas rigorosas mas necessárias para o desenvolvimento do nosso grupo e de soluções para os nossos fornecedores”, comentou Peter Köhler, CEO do Grupo Weidmüller.
Mellor: alimentar o seu conforto de forma responsável REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 � Fax: +351 229 618 001 comercial@reiman.pt � www.reiman.pt
Os motorredutores de baixa rotação Mellor T3AC e T14AC têm uma aplicação frequente em salamandras, caldeiras e queimadores de pellets em geral, sendo os responsáveis pelo acionamento do transportador sem fim que lentamente conduz os pellets do seu depósito até à fornalha. Sendo a biomassa uma fonte de energia endógenea, sem peso na balança comercial portuguesa e que, por outro lado, potencia a valorização económica do que, de outra forma, seria considerado resíduo florestal, o seu aproveitamento é aconselhado e comercialmente justificado. Para além disso, numa perspetiva ambiental, estamos perante uma forma de energia limpa, que não contribui para o efeito de estufa e que estimula a limpeza das nossas florestas, com especial interesse em momentos em que o risco de incêndio é particularmente alto.
encontram lubrificadas para a vida, não necessitando de manutenção ou lubrificação adicional. Além da aplicação em queimadores de pellets, estes modelos são a resposta ideal para quando se necessita de um motor compacto, fiável, preciso e com uma longa vida útil, como é o caso de máquinas de venda automática e outros equipamentos de restauração, bombas peristálticas, equipamentos científicos, displays animados, entre outros. A Mellor Electrics é representada em Portugal pela REIMAN.
Se a luz se desliga, o REC3 devolve-a CIRCUTOR, S.A. Tlm.: +351 912 382 971 � Fax: +351 226 181 072 www.circutor.com
INGETEAM coloca em funcionamento primeiro sistema híbrido de geração solar com baterias no Brasil
O REC3 é um interruptor diferencial automático ajustável. A gama REC3 tem interruptores diferenciais de 2 ou 4 pólos associados a um motor inteligente de ligação, que ajusta o diferencial de forma automática protegendo assim a instalação elétrica. Destaca-se pela garantia de continuidade, o Plug&Play e a sequência fixa, a poupança de espaço, o rápido controlo de estado e a facilidade de instalação.
Biomassa no cabaz energético nacional
Fundada em 1964, a Mellor Electrics é, atualmente, um dos mais reputados fabricantes mundiais de motorredutores. Encontra-se certificada pela BS EN ISO9001: 2008 e pela UL, e é reconhecida pela fiabilidade, precisão e longevidade dos seus equipamentos. A sua evolução permitiu-lhe corresponder às exigentes necessidades dos seus clientes, com motores de elevada qualidade e em estrito cumprimento dos requisitos apresentados. Por isso cada projeto deve ser realizado internamente, de forma a adaptar o produto às necessidades específicas de cada aplicação, tornando possível a realização de execuções especiais num curto espaço de tempo. A empresa possui vários modelos de motores que podem ser montados numa vasta gama de caixas redutoras que se 24
de energia elétrica, térmica e combustíveis para transportes, as renováveis representaram 27% do total. Tendo em conta a meta nacional de 31% de fontes renováveis no consumo final até 2020, assumida no âmbito das políticas europeias para o clima e a energia, estes dados mostram que 87% da meta foi já cumprida. A energia da biomassa, incluindo os biocombustíveis, representa cerca de 13% do consumo final bruto, sendo assim a fonte de energia renovável com o maior contributo. O crescimento da utilização das fontes endógenas de energia renovável e a aposta na eficiência energética, tem permitido a Portugal baixar a sua dependência energética do exterior para o nível recorde de 74% em 2014. Apesar de estar a melhorar a sua posição, Portugal é ainda o 9.º país da UE-28 com maior dependência energética, sendo a média da UE-28 de 56%.
DGEG - Direção Geral de Energia e Geologia Tel.: +351 217 922 700 www.dgeg.pt
Os mais recentes dados estatísticos da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) continuam a revelar uma tendência positiva de incorporação de fontes de energia renovável no cabaz energético nacional. No consumo final bruto de energia de 2014, que inclui o consumo
INGETEAM POWER TECHNOLOGY, S.A. Tel.: +34 948 288 000 solar.energy@ingeteam.com � www.ingeteam.com
A INGETEAM fechou o ano de 2015 com a primeira instalação no Brasil de um sistema híbrido conetado à rede pública, que combina energia fotovoltaica e armazenamento em baterias. A potência gerada pelos painéis fotovoltaicos (90 kWp) instalados sobre uma cobertura é armazenada num banco de baterias de sódio (276 kWh), controlada por um inversor de baterias da INGETEAM. A gestão integral do sistema é feita com o Battery System Controller, desenvolvido por InGrid. O sistema funciona ligado à rede com o inversor de baterias a funcionar em modo de autoconsumo, por isso, a prioridade é manter as baterias carregadas com a energia proveniente da instalação fotovoltaica. Deste modo, durante uma falha na rede, o sistema pode passar a funcionar em modo isolado em menos de 20 milissegundos, utilizando a energia necessária contida nas baterias. Esta instalação, localizada no Quartel-General do exército brasileiro em Brasília/DF, é a primeira no Brasil, mas espera-se que esta colaboração entre as empresas que participaram
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neste projeto se repita num futuro próximo, em locais sem acesso à rede pública ou em situação de fornecimento debilitado ou instável de energia. Além deste início de funcionamento feito por um engenheiro da INGETEAM poucos dias antes do Natal, a empresa forneceu para este projeto um inversor trifásico de baterias INGECON SUN STORAGE de 125 kW. Este é o segundo projeto onde foi instalado este novo inversor de baterias, que se encarrega de gerar e gerir uma rede alternada, garantindo um correto equilíbrio entre a geração, o consumo e o armazenamento. A gama de potência AC disponível situa-se entre os 60 e os 250 kW. Também foram fornecidos para esta instalação cinco inversores fotovoltaicos de string, pertencentes à família INGECON SUN 3Play.
Medida Gestão de Energia Elétrica em PMEs ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos Tel.: +351 213 033 200 � Fax: +351 213 033 201 erse@erse.pt � www.erse.pt
A Medida Gestão de Energia Elétrica em PMEs, aprovada no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência Energética 2013-2014, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), é coordenada pela ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida e tem como entidades associadas a Your Savings, Lda.; a AREANATejo – Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo; a S.Energia – Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete e a AEdoAVE – Agência de Energia do Ave. A Medida visa melhorar a capacidade e autonomia das PMEs no aumento da eficiência do consumo de energia elétrica e a competitividade e sustentabilidade ambiental das suas atividades através da introdução de práticas de gestão energética preconizadas pela EN ISO 50001. No seu âmbito foram levadas a cabo pela AREANATejo 10 auditorias energéticas a PMEs sedeadas nos distritos de Portalegre e Évora e pertencentes aos seguintes setores de atividade: atividades hoteleiras, agroalimentar, vinícola, operadores de gestão de resíduos e serviços e comércio. Após a auditoria energética às referidas empresas para identificar e eliminar consumos elétricos potencialmente desnecessários e, por conseguinte, reduzir os custos com energia, destacam-se, de uma forma geral, as seguintes medidas de melhoria propostas: substituição dos sistemas de iluminação, melhoria dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado; deteção de fugas em sistemas de ar comprimido; instalação de e-cubes nos sistemas de refrigeração e/ou congelação; anulação dos consumos em standby; e instalação de temporizadores (relógios). Mas, e embora não permitam uma diminuição dos consumos de energia elétrica, foram ainda analisadas as seguintes medidas de melhoria: instalação de bateria de condensadores para compensação do fator de potência, alteração do fornecedor de energia elétrica e instalação de sistemas solares fotovoltaicos. Adicionalmente foi ainda sugerida a definição e implementação de uma estratégia de gestão de energia (preferencialmente suportada pela ISO 50001) que eleve os patamares de eficiência energética das instalações. Nos próximos passos no âmbito da Medida Gestão de Energia Elétrica em PMEs serão desenvolvidos vários conteúdos formativos e ferramentas de gestão de energia para dotar as empresas de competências ao nível da gestão sistemática de energia elétrica (Manual de Gestão de Energia a ser facultado às PMEs participantes, realização de workshops nas áreas de atuação das Agências envolvidas e definição do protocolo de Medição & Verificação para as auditorias energéticas).
dossier sobre biomassa
biomassa biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? Teresa Ponce de Leão e Francisco Gírio, LNEG
mercado atual da biomassa florestal Sónia Figo e Teresa Almeida, CBE
ANPEB e o setor nacional de pellets João Manuel F. Ferreira, ANPEB
engaço de uva e dejetos de animais vão ser biocombustível Amadeu Borges, CITAB/UTAD
cortiça e energias renováveis Luís Gil , UTAD
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biomassa – recurso pouco explorado em Portugal? O Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER) publicado na RCM n.º 20/2013, que resultou da obrigação prevista no Artigo 4.º da Diretiva 2009/28/CE (conhecida como Diretiva das Renováveis), estabelece as trajetórias de introdução de Fontes de Energias Renováveis (FER) de acordo com o ritmo da implementação das medidas e as ações previstas nos setores da eletricidade, aquecimento e arrefecimento e transportes.
Teresa Ponce de Leão e Francisco Gírio
Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia – LNEG
No PNAER, a contribuição da biomassa para as metas 2020 tem um papel preponderante uma vez que deverá contribuir com 93% do total das FER para o aquecimento/arrefecimento e com 87% (como biocombustíveis) para o setor dos transportes.Também contribuirá, através das centrais de cogeração (CHP) ou de centrais dedicadas que utilizam biomassa para a meta nacional dos 49,6% de eletricidade renovável, em 2020. A visão do LNEG sobre a FER biomassa A biomassa é um recurso endógeno essencial para a produção de energia. De referir, no entanto, que é necessário enquadrar este recurso de forma diferente relativamente a outras FER (exemplo do vento, sol, mar ou geotermia). A biomassa é o único recurso renovável que contém carbono e a sua existência terrestre e transportável permite que possa ser importada/exportada, mas também que possa constituir-se como uma fonte de armazenamento de energia química e, em consequência, ter múltiplos fins que não apenas para fins energéticos. Embora a biomassa esteja, tradicionalmente, associada à utilização para queima no setor doméstico para fins de aquecimento ou para cozinhar alimentos, desde que a Humanidade aprendeu a controlar o fogo, a “biomassa moderna” para uso energético abrange diferentes categorias. Nestas devem-se distinguir, por um lado, as categorias decorrentes do processamento da madeira florestal ou do processamento direto de culturas agrícolas crescidas especificamente para fins energéticos; e, por outro lado, as múltiplas biomassas residuais geradas resultantes da atividade humana em geral. São elas, as biomassas residuais industriais a partir de fileiras como, por exemplo, a indústria de pasta de papel ou a indústria de mobiliário; as biomassas residuais agrícolas após recolha e processamento na atividade agrícola ou
das agro-indústrias; as biomassas (fração orgânica) dos Resíduos Sólidos Municipais (RSUs) e outras biomassas residuais obtidas a partir de múltiplos processamentos industriais. São todas estas biomassas apropriadas para fins energéticos? A resposta é, eventualmente, negativa pois há que considerar as aplicações das biomassas não residuais de acordo com o princípio de utilização em “cascata” de forma decrescente em termos de valor acrescentado. Além disso, no caso das biomassas residuais há que inseri-las prioritariamente na hierarquia da Diretiva dos Resíduos que determina a passagem pelas etapas de prevenção e redução, reparação para reutilização, e reciclagem antes de um destino final energético. Ou seja, o uso das biomassas deve obedecer a critérios de sustentabilidade, alguns já existentes a nível europeu e nacional (como, por exemplo, a produção de biocombustíveis líquidos a partir de biomassa), outros apenas existentes como recomendações aos Estados-Membros da UE (como é o caso das biomassas como combustíveis sólidos para eletricidade e calor). Com vista a sistematizar o conhecimento nacional e construir os padrões de aplicação destes princípios de sustentabilidade e de avaliação do potencial energéticos das diferentes biomassas nacionais, o LNEG, organismo com responsabilidade de em estado de prontidão dar apoio às políticas públicas, respondeu à chamada dirigida às Instituições Governamentais de Energia no âmbito do POSEUR, submetendo o projeto CONVERTE. O Projecto CONVERTE O Projeto CONVERTE pretende identificar, de uma forma objetiva e quantitativa, as diferentes tipologias de biomassas endógenas que possam ser aplicadas no curto-médio prazo em soluções tecnológicas economicamente viáveis para a produção de eletricidade, calor, vetores energéticos e, em particular, em biocombustíveis
Figura 1 Contribuição das FER para o consumo total de energia em 2020.
avançados, que cumpram todos os critérios de sustentabilidade definidos pelas Diretivas Europeias, em particular da nova Diretiva 2015/1513 (conhecida como Diretiva ILUC) que terá que ser transposta até setembro de 2017. No âmbito do CONVERTE será construída uma Grelha de Classificação Energética conducente à atribuição de um Selo do Potencial Energético e um Selo de Sustentabilidade, que relaciona diferentes tipologias de biomassa com oito tecnologias de conversão, numa base de avaliação comum, com o objetivo de definir o encaminhamento preferencial para a produção de energia. Os resultados do CONVERTE, que serão disponibilizados publicamente, constituirão uma ferramenta que permitirá reduzir a complexidade da avaliação e respetiva tomada de decisão no processo de encaminhamento dos recursos biomássicos para energia, e que possa ser potencialmente facilitadora em processos de certificação e/ou de formatação de políticas públicas. Será ainda uma ferramenta de conhecimento do potencial endógeno nacional ao dispor da economia nacional e dos empreendedores que considerem a biomassa, a par de outras FER, como um dos principais recursos endógenos nacionais. 27
dossier sobre biomassa
mercado atual da biomassa florestal Atualmente constata‑se que a oferta biomassa florestal para produção de energia é superior à sua procura. Esta situação tem reflexos diretos no seu preço, que tem vindo a diminuir. Sónia Figo e Teresa Almeida Unidade de Biomassa – Centro da Biomassa para a Energia
A utilização de biomassa florestal para a produção de energia liga dois importantes pilares da economia, a floresta e a energia. A sua articulação promove uma gestão profissional e sustentável da floresta, contribuindo para a diminuição da nossa dependência energética. Na Estratégia Nacional para as Florestas, atualizada na RCM n.º 6‑B/2015, a produção de biomassa para centrais energéticas foi um dos bens identificados na Classificação Funcional dos Espaços Florestais, segundo os bens e serviços prestados pelos ecossistemas florestais. Também no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios a gestão sustentável da floresta tem um papel fundamental, nomeadamente, através da remoção da elevada carga combustível existente nas florestas. No quadro da política energética nacional, o Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER 2020) identifica como aposta estratégica para o período 2013-2020 o estímulo ao desenvolvimento da utilização energética da biomassa, sobretudo florestal, sendo de sublinhar as medidas específicas para este biocombustível sólido, relativamente aos setores Elétrico e Aquecimento & Arrefecimento, nomeadamente, “Centrais de biomassa”, “Valorização da biomassa florestal” e “Calor Verde”. No entanto, o objetivo de atingir mais 250 MW de potência elétrica instalada em centrais de biomassa florestal, através da construção de 15 centrais termoelétricas que decorreriam do concurso de 2006 para
a atribuição de 100 MW de potência, somando os 150 MW de Projetos de Interesse Público (PIP) licenciados fora deste concurso, está longe de se concretizar. Adicionalmente, a obrigatoriedade de retirar os sobrantes da exploração florestal como sendo uma das medidas estabelecidas no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, levou a que muitas empresas se apetrechassem com equipamentos para a recolha e transporte de biomassa florestal, na expetativa do incremento do mercado da biomassa florestal. Constata‑se agora que as expetativas criadas para o consumo de biomassa estão aquém do previsto, sendo que atualmente no mercado nacional da biomassa florestal residual a oferta é superior à procura. É frequente assistir‑se a testemunhos, quer empresas de exploração florestal, quer proprietários florestais, sobre a dificuldade em escoar os sobrantes da exploração florestal, os quais a legislação obriga a retirar das matas, ou do material resultante da gestão florestal (desbastes, desramações e limpezas). Mesmo as empresas que possuem contratos de fornecimento de biomassa com os grandes consumidores sentem, neste momento, dificuldade em escoar o seu produto, dado que os seus clientes têm os seus parques de abastecimento sobrelotados. Para além dos projetos de centrais a biomassa, que acabaram por não se concretizar muito devido à crise económica que entretanto se instalou, nos últimos dois anos outros fatores alteraram significativamente o mercado da biomassa florestal em Portugal, nomeadamente: • As fábricas de celulose passaram a aceitar predominantemente rolaria com casca, sendo a casca aproveitada para abastecer as suas centrais de produção de energia (dedicadas ou de cogeração), diminuindo assim o consumo de biomassa diretamente proveniente da exploração florestal; • Na indústria pellets, a necessidade de biomassa florestal utilizada no processo de secagem de matéria‑prima também decresceu, fruto da diminuição da procura internacional de pellets, resultado do fecho de alguns grandes consumidores europeus, do aumento da concorrência internacional, da diminuição do preço dos combustíveis fósseis, acrescendo a tudo isto os invernos menos rigorosos sentidos na Europa nos últimos dois anos, conduziram as fábricas de pellets a produzir significativamente abaixo da sua capacidade instalada. Consequentemente, o excesso de oferta de biomassa florestal no mercado em relação à procura teve reflexos diretos no seu preço. O gráfico seguinte apresenta a variação de preços de referência de vários tipos de biomassa florestal, de janeiro de 2011 a maio de 2016.
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As expetativas criadas para o consumo de biomassa estão aquém do previsto, sendo que atualmente no mercado nacional da biomassa florestal residual a oferta é superior à procura.
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Tabela 1 Preços de referência de biomassa florestal (2011‑2016).
Tendo como referência os preços praticados em vários tipos de biomassa florestal, biomassa essa que pode ser usada em centrais termoelétricas, em fábricas de pellets, em fábricas de celulose ou em outras indústrias da fileira, verifica‑se que de janeiro de 2011 a maio de 2016 a descida de preço foi comum aos vários tipos de biomassa. Designadamente, neste período encontramos descidas de preço da ordem dos 47% nas bicadas, de 44% nos cepos, de 23% na estilha, de 13% na biomassa de exploração florestal, de 9% na biomassa lenhosa, de 6% na rolaria de pinho e de 3% na rolaria diversa. É ainda possível verificar que, em geral, a queda de preços foi mais acentuada a partir de 2014. O excesso de oferta de biomassa florestal em relação à procura teve reflexos diretos no preço deste biocombustível sólido, conduzindo à sua diminuição. Tendo em consideração todos estes dados conjunturais, perspetiva‑se como positiva a implementação de novas infraestruturas de consumo deste tipo de biomassa florestal, beneficiando toda a cadeia de produção, contribuindo fortemente para uma maior atratividade das populações pelas atividades relacionadas com a floresta, e consequentemente, à diminuição do risco de incêndio florestal.
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ANPEB e o setor nacional de pellets A primeira fábrica de pellets instalada em Portugal data do ano de 2006 com o objetivo de responder à procura evidenciada no centro da Europa e Reino Unido. Até ao ano de 2010, a capacidade produtiva aumentou de 75 000 toneladas/ano para cerca de 850 000 toneladas/ano, suportada na instalação de 15 novas fábricas. João Manuel F. Ferreira ANPEB – Associação Nacional de Pellets Energéticas de Biomassa
Atualmente, com cerca de 26 unidades de produção a laborar, a capacidade produtiva estimada é de 1400 000 toneladas/ano, sendo que a produção efetiva se cifra nas 1100 000 toneladas anuais. Cerca de 20% da produção é direcionada para o consumo interno, sendo que os restantes 80% são exportados para mercados diversos como Espanha, Reino Unido e Benelux, tendo um peso exportador em torno dos 116 milhões de euros. A Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa (ANPEB) foi fundada em fevereiro de 2010 com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor das pellets de madeira em Portugal. Esta associação pretende representar todo o setor dos pellets, desde o fabrico até à utilização. Na área da produção, a associação representa já a maioria dos fabricantes nacionais com uma produção anual de aproximadamente 1000 000 toneladas. Os principais objetivos da ANPEB são: • promover os benefícios do uso de pellets de madeira como fonte energética endógena e ambientalmente responsável; • representar e participar no desenvolvimento da indústria dos pellets de madeira nacional; • formar e informar sobre tecnologias, equipamentos e melhores práticas aplicadas aos pellets, clarificando dúvidas comuns, quer do público geral, quer de entidades legisladoras e reguladoras. A ANPEB é membro da AEBIOM – Associação Europeia para a Biomassa e do EPC – Conselho Europeu dos Pellets. A primeira é a principal dinamizadora do setor da bioenergia em geral, no contexto europeu, e o segundo representa os interesses do mercado dos pellets, agregando na sua composição 16 associações nacionais de pellets de toda a Europa. As duas organizações têm relações próximas com o Conselho e Parlamento Europeu em Bruxelas contribuindo, positivamente, para o desenvolvimento do setor dos pellets, quer em decisões legislativas, quer na criação de projetos de investigação ligados à bioenergia. Nova Diretiva Europeia para as energias renováveis – para além de 2020 A consulta pública promovida pela Comissão Europeia, no sentido de auscultar opiniões e pareceres de atores no setor energético, relativamente ao modo e conteúdo que irá suportar a definição da nova Diretiva Europeia 30
para as energias renováveis apresenta‑se, de momento, como uma oportunidade clara de refletir sobre as conquistas e erros cometidos na implementação da denominada Diretiva 20‑20‑20. Como consta no último relatório de acompanhamento das medidas implementadas, num estudo levado a cabo pela Comissão Europeia [1], é declarado que Portugal está em linha com os objetivos definidos no Plano Nacional para as Energias Renováveis, com um contributo significativo da produção de energia elétrica renovável. É salutar o esforço efetuado neste sentido, não estando, no entanto, os procedimentos e medidas adotados isentos de falhas na abordagem e implementação, nomeadamente na produção de energia elétrica, setor doméstico, serviços e indústria. Produção de energia elétrica Não terá sido dada a devida importância à necessidade de diversificação de fontes energéticas na consolidação da segurança de fornecimento de energia e diminuição da dependência energética externa. A aposta na energia eólica foi considerada a melhor opção para a redução das emissões na produção de energia elétrica, sendo a potência total instalada atual de 5 GW. Neste caso não foram consideradas caraterísticas intrínsecas à produção de energia através do vento como: • elevada imprevisibilidade e intermitência; • reduzida garantia de abastecimento; • elevado custo de produção de energia. Na prática, o custo de produção ronda os 100 €/MWh [2], sendo necessário, para efeitos de segurança de abastecimento, pagar subsídios de disponibilidade a centrais termoelétricas de modo a garantir a demanda de energia. As turbinas eólicas funcionam, à capacidade máxima, apenas 26% do tempo. Para tornar a sua instalação viável economicamente, o estado tem que suportar o custo extra da produção de energia. O crescimento contínuo da potência eólica instalada não considerou a existência de soluções de armazenamento de energia que equilibrassem, de certa forma, a intermitência da sua operação. Assim, deparamo‑nos, atualmente, com um cenário de investimento urgente no aumento da capacidade hídrica, com vista ao aproveitamento da energia elétrica, proveniente das eólicas, para efeitos de bombagem de água a jusante das albufeiras de novo para montante (barragens revertíveis). Esta energia, produzida
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em períodos desfasados da procura seria, de outra forma, desperdiçada ou vendida a um preço baixíssimo. É facilmente identificável uma política de minimização de perdas, que nada mais é que a consequência de um plano mal delineado, com execução monitorizada deficientemente. Assim, os investimentos atuais em potência hídrica não prestarão ao país um significativo aumento da produção de energia, nem reduzirão o seu custo.
Setor doméstico O consumo de energia final em Portugal totaliza 15 167 029 toneladas equivalentes de petróleo (tep) sendo que no setor doméstico, o consumo é de 3150 000 tep (17,7% do total).[4] As necessidades de calor para aquecimento de Águas Quentes Sanitárias (AQS) e aquecimento ambiente representam cerca de 45% do consumo de energia final do setor doméstico. O aquecimento de AQS tem uma quota de fontes renováveis de 11,83% ao passo que no aquecimento ambiente o valor alcança os 74%. É de realçar que no aquecimento ambiente se verifica uma contribuição significativa do consumo de lenha (766 735 tep) na porção das Fontes de Energia Renovável (FER) que, pelo conhecimento existente do mercado, é diversas vezes utilizada em sistemas pouco eficientes, como é o caso de lareiras abertas, que encerram em si diversos problemas de controlo de combustão, consequente baixo rendimento e desempenho de emissões. É assim importante realçar o potencial de intervenção neste âmbito com vista à otimização de equipamentos energéticos. A instalação de recuperadores de calor a pellets, em substituição dos sistemas tradicionais existentes, representaria poupanças energéticas significativas visto que, para a mesma quantidade de calor útil, o consumo de combustível seria reduzido em cerca de 5 vezes. Apesar de já ter sido previsto o apoio ao aumento da eficiência na produção de calor, aquando da preparação do PNAEE e do PNAER, não foi efetivada qualquer ação neste sentido.
Figura 1 CO2 total emitido e evitado (esquerda) e a produção líquida de eletricidade em GWh (direita) [3].
A Figura 1 expressa o exemplo do ano de 2015, no qual a produção hídrica diminuiu drasticamente (5000 GWh), levando à necessidade de aumentar a produção de energia proveniente das termoelétricas, tendo a central de Sines suportado uma parte significativa da parcela em paralelo com a central do Pego. No panorama energético nacional não é equacionada a implementação de uma tecnologia provada e disseminada por vários estados membros – a co‑combustão de carvão com pellets de madeira – a qual auxiliaria a diluição do aumento de emissões provocada pelo recurso momentâneo à combustão de carvão. Até uma substituição em base energética de 20% de carvão por pellets, o investimento para preparação da central é residual sendo, dessa forma, uma solução imediata de controlo de emissões, aquando da necessidade de aumento de produção de energia a partir de fontes fósseis. A implementação do co‑firing tem ainda, como uma mais‑valia, a aplicação em centrais que apresentam uma operação contínua, sendo a disponibilidade de fornecimento de energia à rede imediata, proveniente de uma fonte renovável. O custo da energia no co‑firing (76 €/MWh) é significativamente inferior ao da produção de energia dedicada através de biomassa (‑53%), sendo também mais baixo que o verificado na eólica (‑23%).
Co‑firing Sines (5%) Energia [GWh] Custo por energia produzida [€/MWh] Emissões evitadas [kton CO2] Custo por emissões evitadas [€/tonCO2] Produção de energia por capacidade instalada [Utilização]
Eólica
Biomassa dedicada
360
11 809
712,6
76
93,46 (+23%)
116,44 (+53.2%)
359
7735,419
466,753
76.38
137,04 (+79,4%)
170,73 (+124%)
On‑demand
2268,26 horas 94,5 dias
5152,57 horas 214.69 dias
Tabela 1 Comparação entre co‑firing, eólica, combustão dedicada de biomassa (Fonte: REN).
Figura 2 Distribuição do consumo de energia no alojamento por tipo de energia e tipo de utilização – Portugal, 2010 [4].
No plano do aquecimento de AQS, o cenário de penetração das FER é claramente mais preocupante, impondo faturas energéticas consideráveis aos consumidores, principalmente em zonas do país que não estão cobertas pela rede de distribuição de gás natural, nas quais a utilização de GPL e gasóleo de aquecimento é comum. Torna‑se, assim, importante refletir no potencial de redução de emissões e diminuição da dependência energética externa, no que toca a ações dirigidas ao mercado de calor doméstico. De seguida, tratar‑se‑á de desenvolver e justificar medidas a adotar neste sentido. A habitação, em centros urbanos, é normalmente caraterizada pela distribuição em edifícios de diversos pisos, com vários proprietários por edifício e níveis de ocupação especialmente elevados. Assim, as soluções energéticas mais comuns nestas zonas passam pela existência de um equipamento por habitação, na maioria das vezes alimentado a gás natural ou GPL. A adaptação de sistemas existentes à utilização de FER é, muitas vezes, inviável nos centros urbanos devido a constrangimentos de espaço, acordo comum entre proprietários e inadaptação de infraestruturas. Já em zonas periféricas ou rurais, distinguidas pela propriedade individualizada, as 31
dossier sobre biomassa ANPEB e o setor nacional de pellets
conversões de sistemas obsoletos é de mais fácil execução. No entanto, para novas edificações ou renovações profundas a edifícios, a adoção de sistemas centralizados de produção de calor pode apresentar‑se como uma solução de mais‑valia ambiental, económica e social. Os sistemas centralizados de produção de calor definem‑se pela utilização de apenas um equipamento capaz de garantir a demanda energética das diversas habitações de um edifício, ou conjunto de edifícios, com gestão partilhada de proprietários ou entregue a uma empresa de fornecimento de serviços energéticos (ESCO). As principais vantagens subjacentes à adoção desta solução passam pela: • otimização da gestão energética; • flexibilização de fontes energéticas; • redução do custo de acesso à energia. A adoção de sistemas centralizados permitiria a utilização de FER, como pellets de madeira, com círculo de carbono fechado e origem endógena. O envolvimento de autoridades locais, cooperativas ou associações tornar‑se‑ia possível, beneficiando o desenvolvimento social e económico das regiões. Com isto, evitar‑se‑ia o desperdício de recursos existentes, como podas, sobrantes de desbastes ou abates, entre outros, estabelecendo uma economia circular, capaz de abarcar diversos setores de atividade em favorecimento do bem‑estar e melhoria das condições de vida. O processamento dos sobrantes para utilização nos equipamentos energéticos poderia envolver cooperativas locais ou autarquias, criando postos de trabalho e apoiando a dinamização económica local. Do ponto de vista técnico, os sistemas centralizados de produção de calor, pelo facto de responderem às solicitações diversas de variados utilizadores, têm uma operação contínua a rendimento máximo, beneficiando a eficiência global de funcionamento. Simultaneamente, tornam viável a utilização de sistemas de controlo de emissões otimizados para funcionamento contínuo e parametrizações de combustão específicas, tornando‑se, por isso, uma solução ambientalmente mais responsável do que a agregação de uma multitude de equipamentos individuais. Isto deve‑se, em parte, ao facto das emissões aumentarem significativamente nos processos de arranque, ignição e encerramento, quando comparadas com o funcionamento em contínuo. Do ponto de vista económico, os sistemas centralizados a biomassa, pela sua potência relativamente elevada e consequente adoção de sistemas de controlo de combustão mais sofisticados, permitem a utilização de diversos biocombustíveis sólidos de acordo com a disponibilidade e preço de mercado flexibilizando, assim, o acesso às fontes de energia. Desta forma, é possível atingir níveis de poupança consideráveis, assim como uma maior independência relativamente às oscilações de mercado. Senão vejamos: à data de 14 de janeiro de 2016, o preço do gás natural encontra‑se nos 6,07 cent€/kWh, o do gasóleo 6,9 cent€/kWh, sendo que os pellets se ficam pelos 4,3 cent€/kWh. Este tipo de instalação poderia, com facilidade, ser aplicada a um bloco de apartamentos, ou até uma urbanização, sendo que, em conjunto com painéis solares térmicos, a poupança energética seria ainda mais significativa.
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Da mesma forma, em zonas periféricas e rurais que muitas vezes possuem aglomerados populacionais densos, poderia ser tomada em consideração a opção de implementar sistemas centralizados de produção de calor, com distribuição de água quente. Por fim, no que toca à poupança de emissões de GEE, a produção de calor para aquecimento ambiente e AQS, no setor doméstico, contabiliza um total de 1.3 milhões de toneladas de CO2 [5], cerca de 20% das emissões anuais da Central Termoelétrica de Sines [6]. Realçando as fontes energéticas fósseis com maior potencial de substituição, nomeadamente o GPL e gasóleo de aquecimento, que emitem em conjunto 467 811 toneladas de CO2, seriam necessárias cerca de 1000 000 toneladas de pellets para estabelecer a substituição energética. Não sendo viável, por razões técnicas e económicas, a substituição de todos os equipamentos que utilizam fontes de energia fósseis, se for considerada uma meta de substituição na ordem dos 30%, seriam eliminadas 140 343 toneladas de CO2, com a utilização de cerca de 300 000 toneladas de pellets. O custo de aquisição de combustível por tonelada de CO2 evitada, neste cenário, rondaria os 100€, cimentando a premissa de custo‑benefício tão reforçada pela Comissão Europeia nas abordagens aos planos de redução de emissões. Se for levado em consideração o desenvolvimento esperado do mercado de transação de emissões europeu (EUTS), a eliminação das fontes de energia fóssil consideradas representaria cerca de 1000 000 €/ano se considerarmos o valor atual da tonelada de CO2. Portugal tem capacidade de fornecer a quantidade de pellets calculada. Para efetuar esta reforma significativa ao nível energético seria necessário levar a cabo diversas iniciativas de agregação dos diversos atores envolvidos, tais como arquitetos, engenheiros civis, construtores, instaladores de equipamentos energéticos, entre outros, no sentido de habilitar as infraestruturas de soluções construtivas, capazes de acolher sistemas energéticos diferentes dos convencionalmente utilizados, assim como melhorar a assistência aos equipamentos instalados, promovendo assim a confiança dos consumidores finais.
Fator de Emissão CO2 (kg/GJ)
Fator de Oxidação
Gás Natural
56,6
0,995
Fuelóleo
78,9
0,993
Gás Petróleo Liquefeito (GPL)
63,1
0,995
Gasóleo
74,1
0,990
Gasolina
73,7
0,990
Coque Carvão
102,0
0,980
Carvão Betuminoso
94,1
0,992
Figura 3 Fator de emissão para o cálculo de CO2 (Fonte: Associação Portuguesa do Ambiente).
Produção de calor no setor industrial O setor industrial representa cerca de um terço do consumo de energia final em Portugal, ou seja, 4720 000 tep[7]. O carvão e derivados de petróleo consumidos têm uma equivalência energética a cerca de 1,9 milhões de toneladas de pellets. No entanto, se for levada em conta apenas a substituição das fontes mais poluentes e com maior potencial de poupança energética, como o carvão, fuelóleo e GPL, seriam necessários 337 428 toneladas de pellets. Neste cenário seriam evitadas 469 624 toneladas de CO2, o equivalente a 6% das emissões anuais da central termoelétrica de Sines. O custo de combustível por tonelada de CO2 evitado rondaria os 90€. Na conversão de sistemas a GPL, a utilização de pellets poderá reduzir a fatura energética em 3 vezes. No caso da comparação com o fuelóleo, o custo da energia é sensivelmente igual ao dos pellets, devido ao baixo preço praticado atualmente para este derivado do petróleo [8] sendo, no entanto, de
dossier sobre biomassa
Os sistemas centralizados a biomassa, pela sua potência relativamente elevada e consequente adoção de sistemas de controlo de combustão mais sofisticados, permitem a utilização de diversos biocombustíveis sólidos de acordo com disponibilidade e preço de mercado, flexibilizando, assim, o acesso às fontes de energia. salientar, a diminuição considerável das operações de manutenção e limpeza de equipamentos de combustão, aquando da substituição de fuelóleo por pellets. Os pellets, comparativamente ao fuelóleo, produzem menos detritos na sua combustão, tornando a operação mais simples. Se considerarmos novamente o EUTS, a eliminação das fontes de energia fóssil consideradas, representaria cerca de 3052 559 €/ano. Este valor é superior ao ISP que deixaria de ser absorvido pelo estado, na sequência da eliminação da utilização de fuelóleo. O caso do fuelóleo levanta questões importantes relativamente ao plano fiscal e concorrencial estabelecido, mais concretamente, o reduzido ISP aplicado a este combustível, assim como à coerência da atribuição de isenções de pagamento da taxa de ISP a empresas ao abrigo do SGCIE, com contornos de validação e fiscalização ininteligíveis. A taxa de ISP aplicada ao fuelóleo (36,30€) é 13 vezes inferior à do gasóleo de aquecimento, sendo este facto, difícil de justificar já que o fator de emissão do fuelóleo é 4,4% superior ao do gasóleo [9]. Relativamente ao Gás Natural para indústria, o ISP do fuelóleo é 2 vezes superior, sendo o fator de emissão 40% superior. O teor de enxofre tipicamente encontrado nos pellets de madeira é de 0,05%, ao passo que no caso do fuelóleo ronda tipicamente o 1%, tornando completamente indecifrável o propósito de um cenário fiscal tão favorável aos combustíveis fósseis de uso industrial. As diversas empresas que, na sequência da adesão ao Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), beneficiam de isenções de ISP, decorrentes da aplicação de acordos de racionalização de consumos de energia, tiveram que adotar medidas com impacto no seu consumo energético, no sentido da aprovação dos planos de racionalização de energia. Os sistemas de combustão ocupam a terceira posição nas intervenções com mais impacto na redução do consumo, segundo dados apresentados pela Agência para a Energia (ADENE) [10]. Sendo assim, várias empresas usufruem da isenção de ISP, com base no compromisso de adoção de energias renováveis em utilização paralela a fontes fósseis convencionais (por exemplo, fuelóleo e estilha de madeira). Visto que a utilização de biocombustíveis sólidos é diminuta, no cenário atual a aplicação desta isenção não tem justificação. Este cenário, aliado a uma redução significativa do preço do fuel (‑25% entre outubro de 2014 e outubro de 2015), tem levado várias empresas abrangidas pelo SGCIE a utilizar somente fuel, pondo de parte os planos de racionalização de energia, assim como outras empresas, que perspetivavam a conversão dos seus equipamentos energéticos para biocombustíveis sólidos a travarem os projetos. Todos estes fatores contribuem para o aumento da intensidade carbónica da indústria, contrariando várias medidas implementadas nos últimos anos. Serviços O setor dos serviços tem um perfil de consumo energético muito apoiado na eletricidade. No entanto, é possível verificar uma presença assinalável de fontes de energia fósseis como é caso do gasóleo, fuelóleo e GPL, que totalizam 158 508 tep. No setor público, são vários os edifícios ao cargo da administração pública que utilizam fontes de energia fósseis como escolas, piscinas, câmaras, entre outros. Este facto traz consigo faturas energéticas elevadas, principalmente em zonas interiores do país onde não há alternativa de gás natural. No sentido de promover e incentivar a adoção de políticas de baixo carbono, o exemplo do estado é de elevada importância
trazendo consigo uma visibilidade positiva. Em paralelo ao que acontece no setor doméstico, a adoção de sistemas de potência mais elevada e funcionamento contínuo, leva a períodos de amortização de investimento mais reduzidos e melhor desempenho de emissões. Neste cenário, a poupança de emissões seria de 457 518 toneladas de CO2 com um custo de aquisição de combustível por tonelada de CO2 evitada na ordem dos 97€. A quantidade de pellets necessária rondaria as 352 000 toneladas. Conclusões Na Tabela 2 resume‑se o cenário da implementação de pellets de madeira em substituição de fontes de energia fóssil em vários setores da economia nacional. Portugal apresenta emissões de CO2 per capita de 4,7 toneladas anuais, num total, segundo dados da OCDE, de 48 880 000 toneladas de CO2 emitidas por ano. A introdução das soluções apresentadas neste documento levaria à eliminação de 1747 497 toneladas de CO2, o que corresponde a cerca de 3,5% das emissões totais anuais. Num cenário de aplicação do EUTS, ou similar, seria possível transacionar licenças na ordem dos 11 358 730 milhões de euros, equivalente a 7% do PIB. Com uma produção anual de pellets superior a 1 milhão de toneladas, o país apresenta capacidade para suprir a procura enunciada neste cenário, num total de 1220 543 toneladas de pellets. Co‑firing Carvão (5%)
Doméstico (30%)
Indústria
Serviços
Energia [tep]
30 997
140 343
151 843
158 508
Custo por energia produzida [€/tep]
883.85
280
280
280
Emissões evitadas [toneladas/ CO2]
443 730
376 625
469 624
457 518
61,74
97,84
84,03
97,01
219 000
311 874
337 429
352 240
Custo por emissões evitadas [€/tonCO2] Pellets necessários [toneladas]
Tabela 2 Síntese do cenário de substituição de energias fósseis.
Bibliografia [1] European Comission, “Renewable energy progress report”, Brussels, 2015; [2] Rede Elétrica Nacional, “Produção em Regime Especial 2014”, Rede Eléctrica Nacional, Lisboa, 2015; [3] Energia de Portugal, “Informação intercalar 30 de setembro de 2015”, 2015; [4] Instituto Nacional de Estatística, “Consumo de Energia no Sector Doméstico 2010”, 2011; [5] P. Vicente, “Formulário Único SIRAPA Manual de Apoio ao Preenchimento do Formulário PRTR Emissões de Combustão Determinação de emissões ar por fatores de emissão Índice Resumo das Revisões ao Documento”, 2015; [6] Electrictricidade de Portugal, “DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2014 – Central Termoelétrica de Sines”, Lisboa, 2014; [7] Direção Geral de Energia e Geologia, “Energia em Portugal”, 2013; [8] Direcção‑Geral de Energia e Geologia, “Combustíveis Fósseis – Estatísticas Rápidas, no125 – outubro 2015”, Lisboa, jan. 2016; [9] Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, “Imposto Sobre Produtos Petrolíferos aplicados ao Fuelóleo em vigor na UE em novembro 2015”, 2015. [Online]. Available: www.apetro.pt/documentos/isp_fueloleo.pdf. [Accessed: 05‑Feb‑2016]; [10] ADENE and Direção Geral de Energia e Geologia, “Portugal Eficiência 2015”, 2011, pp. 1-28.
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dossier sobre biomassa
engaço de uva e dejetos de animais vão ser biocombustível O projeto tem já um pedido provisório de patente e prevê a produção de estilha, de pellets e de briquetes compostos por desperdícios e subprodutos resultantes de exploração agropecuária. Amadeu Borges Investigador do CITAB/UTAD
A Universidade de Trás‑os‑Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um biocombustível sólido resultante do aproveitamento desperdícios de engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival e de dejetos animais e outros subprodutos agropecuários. “Quisemos desenvolver um biocombustível sólido, com um elevado poder calorífico com vista não apenas ao aproveitamento sustentável de desperdícios e subprodutos agropecuários, mas também contribuir para a redução do consumo de energia primária através de fontes de energia renovável, em detrimento dos combustíveis fósseis”, afirma Amadeu Borges, responsável pelo Projeto e Investigador da UTAD e do Centro de Investigação e de Tecnologias AgroAmbientais e Biológicas (CITAB). Nestes últimos anos, as fontes de energia renovável tornaram‑se mais competitivas relativamente aos combustíveis fósseis e com a energia nuclear. Um exemplo é a biomassa – resíduos naturais e resultantes da atividade humana na agricultura, floresta, indústria da madeira e subprodutos do cultivo da vinha – apontada como exemplo de fonte de energia renovável com grande potencial e considerada uma fonte interessante de energia. “O espetro de aproveitamento energético de biomassa é muito vasto e varia desde os biocombustíveis sólidos, para a combustão direta ou gasificação e combustíveis líquidos como óleo vegetal, bioetanol, metanol, até aos biocombustíveis gasosos como biogás ou gás de síntese. No caso da biomassa, como combustível sólido, a combustão direta tem a maior
Este projeto prevê a eliminação e aproveitamento subprodutos da exploração agropecuária como engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival, dejetos de animais, entre outros.
importância prática para a geração de energia térmica e elétrica”, esclarece Amadeu Borges. Este projeto prevê a eliminação e aproveitamento de subprodutos da exploração agropecuária como engaço e bagaço de uva, podas da vinha e de olival, dejetos de animais, entre outros, com vista à redução do impacto ambiental. Transformados em estilha, em pellets e em briquetes, estes serão um biocombustível sólido, cujas principais vantagens serão a valorização económica e energética, mas também um enorme potencial técnico, económico e ambiental. A UTAD quer, assim, constituir uma alternativa às fontes de energia que “continuam atualmente muito dependentes dos combustíveis fósseis, motivo pelo qual as concentrações de CO2 na atmosfera continuam a aumentar”, salienta o investigador. Colaboração com Entidade para o Mercado dos Combustíveis A UTAD celebrou, recentemente, um protocolo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis com vista ao estudo e desenvolvimento de biocombustíveis. A colaboração da UTAD será feita através do investigador do CITAB, Amadeu Borges, e vai incidir no estudo das emissões de gases nocivos ao meio ambiente, resultantes da utilização de biocombustíveis, quando comparadas com as dos combustíveis de origem fóssil, com vista ao seu melhoramento; no estudo da performance de motores, quando alimentados a biocombustível; e na produção de biocombustíveis gasosos.
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cortiça e energias renováveis Este artigo descreve as várias formas em que a cortiça está atualmente relacionada com a energia renovável e possibilidades futuras nesse domínio. Luís Gil Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) luis.gil@dgeg.pt
Resumo Os resíduos da transformação da cortiça podem ser usados como biomassa para a produção de energia e os materiais derivados de cortiça podem ter vários tipos de aplicações em diferentes sistemas de produção ou utilização de energias renováveis. São apontadas algumas pistas para futuras aplicações da cortiça em sistemas de energia renovável assim como novos usos de tecnologias de energia renovável no processamento industrial da cortiça. Introdução A cortiça, como é correntemente conhecida a casca do sobreiro (Quercus suber L.), é um dos mais importantes produtos florestais não lenhosos. É produzida principalmente nos países do Mediterrâneo ocidental, sendo Portugal o líder mundial (tem cerca de 34% da área mundial de floresta de sobro a que corresponde quase a 50% da produção mundial de cortiça). Em 2014 a produção mundial de cortiça atingiu cerca de 201 000 toneladas e a área mundial de sobreiral era de cerca de 2,1 milhões de hectares [1]. As exportações portuguesas de cortiça são lideradas pelas rolhas, que constituem cerca de 70% em valor monetário, mas os materiais de construção em cortiça representam cerca de 26% deste valor [1]. A cortiça é conhecida como sendo o material de excelência para a vedação de bebidas alcoólicas engarrafadas, mas este material celular natural possui também muitas outras interessantes aplicações. A estrutura microscópica da cortiça pode ser descrita como um conjunto de células fechadas de forma hexagonal (em média) prismática ligadas umas às outras em forma de favo de mel. As paredes das células da cortiça apresentam algumas ondulações com intensidade variada. As paredes celulares, suberificadas, representam apenas cerca de 10% em volume sendo o resto preenchido com ar. A cortiça apresenta também uma estrutura macroscópica em camadas (anéis anuais de crescimento), com diferentes dimensões de células dependendo do período de formação (diferente altura e diferente espessura das paredes celulares). Tudo isto contribui para as propriedades caraterísticas do material da cortiça que contribuem para toda uma panóplia de aplicações [2]. Considerando agora a relação entre a cortiça e as energias renováveis verifica-se que vários sistemas e componentes de produção de energia renovável usam ou podem usar cortiça e materiais à base de cortiça. Para além disto, algumas tecnologias de energia renovável são ou podem ser usadas em vários passos do processamento industrial da cortiça. Cortiça e energia solar A cortiça pode ser usada como matriz para a produção de ecocerâmicas biomiméticas de céria com base em cortiça para se obterem espumas cerâmicas possuindo a estrutura celular da cortiça, para a produção 36
de hidrogénio usando energia solar concentrada [3]. Hexaferrites podem ser usadas de modo a obter espumas cerâmicas magnéticas através de pirólise, usando cortiça como matriz e modelo, resultando num sólido muito leve e poroso com a microestrutura da cortiça. O isolamento de tubagens com aglomerado de cortiça extrudido flexível é usado, por exemplo, no uso de energia solar térmica, devido à resistência aos agentes ambientais e ao envelhecimento deste produto quando usado no exterior [4]. Os coletores solares térmicos produzem água quente mas esta água tem que ser transportada desde a zona de armazenamento a quente até à torneira. Pelo menos uma parte da tubagem de água fica colocada no exterior, em que os fatores ambientais (radiação UV, chuva, gelo…) aceleram a degradação dos isolantes térmicos da tubagem. Este isolamento de tubos em aglomerado de cortiça é flexível, fácil de montar e demonstrou ser muito resistente à ação do ambiente envolvente, diminuindo custos de manutenção. Isto é naturalmente também verdade para as tubagens de qualquer tipo de fluidos quentes, de qualquer sistema de energias renováveis, com um limite de utilização de cerca de 200º C. Outro produto que tem cortiça e que pode ser usado em aplicações “solares” é a designada “cortiça projetada” [5]. Partículas de cortiça são misturadas com um material polimérico de ligação, usualmente in situ, e esta mistura é pulverizada diretamente e de forma fácil sobre a superfície a cobrir. A gama de temperatura de trabalho é de -165º C a +165º C. A mistura adere bem a qualquer tipo de superfície. Trata-se de um material com grande elasticidade, flexibilidade e resistência mecânica. Pode, inclusivamente, ser usado para reparar material de isolamento defeituoso previamente existente. A “cortiça projetada” pode ser usada para isolar os reservatórios e/ou a tubagem de coletores solares térmicos ou de quaisquer outros sistemas de energias renováveis que necessitem de proteção no domínio da impermeabilização e do isolamento térmico e acústico. É também prevista a utilização de derivados de cortiça para a produção de coletores solares térmicos, constituindo o corpo do coletor, com capacidade estrutural e de isolamento térmico. Usando compósitos de cortiça adequados é possível (foram realizadas algumas experiências exploratórias) formar, num passo, o corpo do coletor solar, Figura 1 Isolamento de tubagem em agloincorporando sistemas de suporte merado composto de cortiça extrudido.
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mecanicamente resistentes para a sua posterior montagem no local de uso. A tecnologia prevista para o coletor é baseada em tubos metálicos de grande diâmetro que funcionam como reservatórios e aquecedores de água. Outra ligação entre a cortiça e a energia solar pode ser o aquecimento da água de cozedura (~100º C) da cortiça, o primeiro passo do processamento industrial da cortiça para a produção de rolhas. A produção de vapor (>300º C) para a aglomeração dos grânulos de cortiça na produção do aglomerado expandido de cortiça é também uma possibilidade para o uso da energia solar no setor da cortiça. No primeiro caso podem ser usados coletores térmicos de temperatura média-alta e, no segundo caso, pode ser previsto o uso de energia solar concentrada. É ainda de referir a possibilidade de usar estufas solares de secagem de matéria-prima, nomeadamente de cortiça com “verde”.
Figura 2 Corpo de coletor solar feito de compósito de cortiça.
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Cortiça e energia eólica Materiais derivados de cortiça para isolamentos antivibráticos, baseados nomeadamente em aglomerado expandido de cortiça de alta densidade ou aglomerado composto de cortiça (por exemplo cortiça com borracha) podem ser usados para diminuir a vibração nas torres dos aerogeradores e outros sistemas energéticos [6]. As torres dos aerogeradores estão sob tensão mecânica devido às variações bruscas da velocidade do vento e, para atenuar o movimento, podem ser usados alguns materiais atenuadores da vibração, nomeadamente derivados de cortiça. Foram realizadas algumas experiências usando cortiça como componentes das lâminas do rotor dos aerogeradores de modo a melhorar o
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dossier sobre biomassa cortiça e energias renováveis
seu desempenho acústico e vibracional [7]. O estudo dos materiais para as lâminas dos rotores de modo a encontrar materiais mais apropriados, baratos e sem significativos problemas de desempenho encaminharam a investigação para estruturas em sanduíche com núcleos com compósitos de cortiça [8]. Dado que a cortiça é também conhecida como um material de fricção adequado existe a possibilidade de usar cortiça como componente em calços/pastilhas de travão nomeadamente de pequenas turbinas. As turbinas de pequena dimensão requerem, usualmente, um sistema simples de controlo da velocidade rotacional e, por isso, são necessários travões para assegurar não apenas uma operação segura como também para manter essa velocidade dentro da gama de trabalho necessária. Existem muitos tipos de travões no mercado mas a grande maioria destes não é adequada para o torque/velocidade variáveis caraterísticos deste equipamento. Foram identificados problemas na sua utilização a longo prazo, principalmente para os regimes de baixa rotação. De modo a otimizar o comportamento dos travões prevê-se o uso da cortiça – como material de fricção natural e sustentável - na composição dos calços/pastilhas de travão devido à sua resiliência e desempenho em fricção. Cortiça em veículos elétricos e híbridos Os novos veículos automóveis movidos a células de combustível, baterias ou outro tipo de motor elétrico, tendem a ter um fundo plano o que é uma boa caraterística para aplicações de revestimentos de piso em cortiça diminuindo o peso e a pegada de carbono [7], sendo que estes veículos também podem incorporar outros componentes em cortiça. Os motores de combustão que trabalham com biogás/biometano usados em veículos ditos convencionais usam diversas juntas entre elementos rígidos (motor, transmissão, caixa de velocidades) com base em cortiça, nomeadamente de aglomerado de cortiça com borracha. Bionergia a partir de resíduos de processamento da cortiça O pó de cortiça, o principal resíduo industrial da transformação da cortiça, é usado como biomassa em caldeiras tradicionais para aquecer a água para o processo de cozedura da cortiça (usualmente por injeção de vapor) e para a produção do vapor sobreaquecido para o processo de aglomeração do aglomerado expandido de cortiça e também em diversos passos de aquecimento na produção de rolhas e aglomerados compostos de cortiça [9]. Este resíduo tem um elevado poder calorífico [2] de cerca de 4000 a 7000 kcal/kg, dependendo do tipo de pó.
Figura 3 Água de cozedura da cortiça.
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As águas residuais de cozedura da cortiça, carregadas de matéria orgânica extraída desta, podem ser tratadas através de digestão anaeróbia de modo a produzir biogás que pode ser usado em diversas operações de processamento da cortiça [10]. Este biogás/biometano pode ser usado no aquecimento da água de cozedura, na marcação a fogo das rolhas e/ou outros items em cortiça ou ainda para gerar calor para os processos de produção do aglomerado composto de cortiça. Outros usos da cortiça no domínio das energias renováveis Juntas e elementos de ajuste/junção de peças rígidas feitas com derivados de cortiça podem encontrar aplicações variadas em vários componentes de sistemas de energias renováveis, sempre que for necessário um material de vedação e/ou com resiliência para acompanhar a expansão e/ou retração de outros materiais. Dado que a cortiça é também muito resistente à água salgada a utilização deste material em tecnologias offshore (por exemplo, energia eólica, energia das ondas, e outros) pode ser um campo futuro de investigação. Nos locais com água quente geotérmica esta pode, naturalmente, ser usada como fluido de aquecimento para fins industriais associados à cortiça.
Referências bibliográficas [1] APCOR, Cork Yearbook 2015. Portuguese Cork Association, Santa Maria de Lamas, 2015; [2] L. Gil, Cortiça: Produção, Tecnologia e Aplicação, INETI, Lisboa, 1998; [3] R. Pullar, L. Gil, F. Oliveira, MatCel’2015 – 1.ª Conferência Materiais Celulares, Aveiro, 2015; [4] D. Esteves, Desenvolvimento, caracterização e avaliação do comportamento termo-mecânico de um novo material constituído principalmente por cortiça, Tese de Mestrado, Instituto Superior Técnico, 2010; [5] www.subertres.com; [6] H. Policarpo, A. Diogo, M. Neves, N. Maia, Proceedings of International Conference on Structural Engineering Dynamics, Sesimbra, 2013; [7] L. Gil, Materials, 8 (2), 625-637, doi: 10.3390/ma8020625, 2015; [8] S. Kim, Study on Mechanical Properties of Cork Composites in a Sandwich Panel for Wind Turbine Blade Material, MSc, Thesis, MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 2009; [9] L. Gil, Biomass and Bioenergy, 13 (1/29), 59-61, 1997; [10] I. Marques, L. Gil, International Congress Water, Waste and Energy Management, p. 43, Salamanca, 2012.
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renováveis no Brasil
o momento atual do setor brasileiro de energias renováveis O Brasil pode ser hoje considerado um dos maiores mercados mundiais do setor das energias renováveis.
Ricardo André Guedes Diretor Geral MEGAJOULE do Brasil Diretor Técnico Grupo MEGAJOULE
Diretor para o setor da Energia da Câmara Brasil-Portugal (Ceará)
Durante o ano de 2015, enquanto a economia encolhia 3,8%, o mercado de energia eólica brasileiro cresceu 45% (em capacidade instalada), um dos maiores crescimentos mundiais do setor, e atingiu a 10.ª posição mundial de capacidade instalada com 8,715 GW (Portugal possui hoje 5,0 GW instalados). No setor da energia solar fotovoltaica, os 3,2 GWp de projetos já contratados no mercado regulado, colocam também o Brasil como um dos maiores mercados emergentes desta fonte (Portugal possui cerca de 530 MWp, incluindo microgeração, enquanto que a Austrália, com a 10.ª maior capacidade instalada, contava com 5 GWp). Só em 2015, o total de investimento proveniente do setor terá sido superior a R$ 24,8 mil milhões (€5,8 mil milhões para taxas de dezembro de 2015) e os empregos gerados de pelo menos 40 mil. Para um setor que praticamente inexistia no país há sete anos, este foi um trajeto de sucesso que, ainda que não isento de erros, contou com o alinhamento da vontade política com a confiança empresarial nacional e estrangeira e os vastos recursos naturais que o país possui.
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Porém, inevitavelmente, o momento político e económico que atravessa o país, atinge também o setor, ao qual se somam naturais ineficiências de um mercado ainda jovem. A falta de liquidez do mercado nacional tem deixado diversos promotores a braços com muitas dificuldades em financiar os seus projetos, mesmo junto do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), campeão do financiamento deste tipo de projetos. Durante o ano de 2015 foram notórias estas dificuldades tendo havido um abrandamento significativo no ritmo de instalações. Alguns promotores encontram-se já em sérias dificuldades em função dos custos gerados pelos atrasos e multas por atraso no início de operação. O acesso à dívida externa é, na prática, inviável, dada a situação de risco cambial, o rating de crédito do país e de muitas das suas empresas. Especificamente no caso solar fotovoltaico, nesta fase totalmente dependente de tecnologia importada, o mercado reconhece hoje um sério risco de falta de cumprimento de projetos contratados no primeiro leilão, de outubro
de 2014. Dos projetos aí contratados, apenas a ENEL Green Power permanece dentro dos planos de implantação. Em consequência, os principais fabricantes de módulos fotovoltaicos têm adiado a decisão de entrada no país aguardando um período de maior definição política e económica. Mas mesmo os projetos com financiamentos assegurados e em construção, sofrem com o momento do país. Atrasos nas linhas de transmissão, nomeadamente as concessionadas e à falida Abengoa, são particularmente preocupantes. Como se tudo isto não bastasse, a eólica parece agora enfrentar uma concorrência de outras fontes, como as Pequenas Centrais Hídricas, que não via há anos. No único leilão realizado este ano, em finais de abril, nenhum projeto eólico conseguiu contratar a sua energia, algo que nunca tinha sucedido desde 2009. Finalmente, as distribuidoras pretendem aproveitar este momento de estagnação económica para abrandar o ritmo de contratação de uma nova energia, procurando fazer face à situação financeira débil em que a maioria se encontra. Contudo, o momento atual do mercado traz também oportunidades. De facto, o ano de 2015 foi caraterizado por um grande fenómeno de concentração por aquisições de empresas e projetos. Esse movimento foi particularmente intenso da parte de promotores e fundos estrangeiros, que aproveitaram ainda as taxas de câmbio favoráveis e a vantagem no acesso a capital externo, praticamente vedado a promotores brasileiros. Empresas e fundos internacionais de referência no setor, como a francesa EDF-EN, a belga Tractebel/Engie, a norueguesa Statkraft, a espanhola Cubico ou a canadiana Brookfield entraram ou reforçaram significativamente a sua presença no mercado brasileiro durante 2015 e esta será uma tendência que se manterá ainda por 2016 e 2017.
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O ano de 2015 foi caraterizado por um grande fenómeno de concentração por aquisições de empresas e projetos. Esse movimento foi particularmente intenso da parte de promotores e fundos estrangeiros, que aproveitaram ainda as taxas de câmbio favoráveis e a vantagem no acesso a capital externo, praticamente vedado a promotores brasileiros. Todos no Brasil esperam com ansiedade o virar da última página do processo de impeachment da Presidente Dilma Rouseff para que, no ano e meio de função do seu governo de transição, Michel Temer possa adotar as medidas necessárias para inverter o ciclo de recessão económica atual. O seu governo parece ter a confiança da sociedade e, acima de tudo, do tecido económico que espera que em 2018 o Brasil possa finalmente retomar ao crescimento económico. O plano decenal proposto pela EPE aponta que, até 2024, a capacidade eólica instalada deve ser alargada até 24 GW, representando entre 1 a 2 GW por ano. Já para o setor fotovoltaico propõe um aumento até 7 GWp, ao qual se podem adicionar os 4,5 GWp de geração distribuída estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e que deverão representar entre 1 a 1,5 GW instalados anualmente.
O mercado parece responder a este desafio. Para o 2.º Leilão de Energia de Reserva de 2016, cujo registo de projetos terminou no dia 1 de julho, foram registados um número record de 799 projetos eólicos e 393 fotovoltaicos, num total de 33,2 GW. Para cumprir estes objetivos, tão exigentes como necessários, o Brasil necessita sustentar o setor de energia eólica que conseguiu gerar ao longo dos últimos 6 anos e criar um novo setor para a indústria fotovoltaica. Isto apenas será conseguido se o governo de Michel Temer e as autoridades conseguirem transmitir aos mercados e investidores, com destaque para os que olham de fora para o Brasil, horizontes estáveis de regulamentação e contratação para o setor.
Sobre o autor Ricardo André Guedes é consultor e executivo do setor de energia renováveis desde 2000. Atualmente é Diretor da filial brasileira da consultora MEGAJOULE bem como Diretor Técnico do grupo consultor e Diretor para a área da Energia da Câmara Brasil-Portugal do Estado do Ceará.
renováveis no Brasil
análise da performance da geração eólica brasileira fatores de capacidade estimados versus verificados O mercado eólico brasileiro passa, hoje, por uma fase de consolidação de investimentos tanto na parte de geração como de fabricação. Essa fonte de energia renovável começou no Brasil vagarosamente no final dos anos 90 e tendo instalado apenas 27,1 MW em quatro estados com geradores de médio porte. Felipe de Freitas, FG Soluções em Energias, felipe.freitas.oliveira@outlook.com Humberto Dionísio, UFERSA, humbertodionisio@ufersa.edu.br
Com a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica um formidável aprendizado foi obtido e posteriormente favoreceu o crescimento da energia eólica em terras brasileiras. Mas a maturação aconteceu através do sucesso nos leilões federais de energia que tornaram a fonte competitiva, atraindo diversos investidores nacionais e internacionais num processo de desenvolvimento contínuo, gerando oportunidades e empregos. Atualmente o Brasil possui 376 parques eólicos em operação que somam mais de 9,2 GW, colocando‑o no ranking dos 10 países com maior capacidade instalada no mundo. Existem duas formas de adentrar no setor de geração eólica no Brasil, uma é através da participação em leilões de energia organizados pelo governo (ambiente de contratação regulado) e a outra é através da venda de energia direta para o consumidor (ambiente de contratação livre). Independente de qual mercado esteja destinado ao parque, este deve seguir diretrizes impostas pelos órgãos regulamentadores no que diz respeito a aspectos técnicos e comerciais, especialmente na contabilização da energia gerada. No ambiente de contratação regulado, os contratos de comercialização de energia se distinguem entre quantidade e disponibilidade, onde o parque deve entregar uma quantidade de energia em um determinado período ou o que for disponível em cada mês, respectivamente. Dentro dos contratos existem margens que permitem o desvio da produção tanto para cima quanto para baixo. Se na ocorrência de um infortúnio a usina entregue menos energia do que o limite estabelecido na margem inferior, esta sofrerá penalidades financeiras e em algumas modalidades de contrato, deverá constituir um lastro para compensar as concessionárias que compraram energia. Através de dados consolidados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, entidade que realiza a contabilização dos contratos de compra e venda de energia no Brasil, foram analisadas a performance de 200 parques eólicos com tempo de operação entre um e oito anos. Todos esses parques possuem uma produção anual certificada referente ao valor de energia anual que é excedido com uma probabilidade de 50% (P50) para um período de 20 anos. A adoção do P90 ocorreu a partir dos leilões do ano de 2013 e esses parques possuem menos de um ano de operação comercial, impedindo análises com maior assertividade. Os resultados estão expressos na Tabela 1 e discriminados por um período de operação dos respectivos parques e seus fatores de capacidade. Os parques pertencem a 44 empresas geradoras distintas com 10 diferentes fabricantes de aerogeradores. 42
Anos
Parque
FC estimado (%)
FC verificado (%)
Desvio (%)
Parques abaixo do estimado (90%)
8
4
35,34
29,47
‑16,59
3 (75,00%)
6
33
31,96
33,34
4,31
7 (21,21%) 1 (33,33%)
5
3
29,75
32,17
8,12
4
2
41,99
40,11
‑4,47
0 (0,00%)
3
24
39,09
37,71
‑3,54
9 (37,50%)
2
22
45,56
44,28
‑2,80
3 (13,64%)
1
112
45,32
41,61
‑8,18
53 (47,32%)
1‑8
200
41,06
38,49
‑6,26
76 (38,00%)
Tabela 1 Resultados dos fatores de capacidade estimados versus verificados.
É interessante evidenciar que os parques eólicos brasileiros têm apresentados bons resultados de operação no que diz respeito aos seus fatores de capacidade em relação aos parques no resto do mundo. Todavia, é de se ressaltar que apesar dessas usinas estarem gerando, em sua maioria, dentro ou acima da margem de desvio (66 usinas geraram acima do esperado), um número considerável está atingindo fatores de capacidade muito aquém do estimado. Diversas são as possíveis causas dessa baixa performance, dentre elas destacam‑se um recurso eólico superestimado, regime de ventos desfavorável, adequabilidade dos aerogeradores no ambiente do parque, bem como adversidades de operação e manutenção. Como consequência disso, esses parques estarão sujeitos a sanções financeiras e exposição a elevados preços de liquidação de diferença (quando assim houver necessidade de recomposição de lastro), revisão da receita anual, diminuição da Taxa Interna de Retorno, aumento do tempo de payback e acréscimo nos custos de OPEX. Em síntese, os parques eólicos brasileiros apresentam resultados operacionais favoráveis, mas que podem ser melhores dadas as características do recurso eólico aqui existente. Os resultados apontam para bons métodos de desenvolvimentos dos projetos eólicos no Brasil e que a fonte tem contribuído, significativamente, para a matriz energética nacional, proporcionando um desenvolvimento sustentável e uma transformação nos cenários econômico, social e ambiental, agregando valor àqueles que aqui investem.
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renováveis no Brasil
geração distribuída, uma realidade brasileira O mundo vem passando por um processo intenso de plena expansão da produção de energia solar fotovoltaica, diante dos significativos benefícios que a mesma proporciona para a sociedade, principalmente, em virtude da acelerada queda de preço dos módulos e, em consequência, da própria energia. Thereza Neumann Santos de Freitas Engenheira Eletricista e Engenheira de Segurança do Trabalho, Especializações em Gestão Pública e Gestão de Cidades Diretora de Relações Institucionais da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) Vice‑Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge‑CE)
Fonte: Satrix Energias Renováveis.
Em alguns casos, como na Alemanha, a energia, em escala tradicional de produção, tornou‑se competitiva com relação à gerada com combustíveis fósseis e do tipo eólica em terra, segundo Fraunhofer ISE, Instituto de Pesquisa em Energia Solar da Europa. No Brasil um grande diferencial de competitividade pode ser identificado na conjunção do alto preço das tarifas de energia elétrica com o bom nível de insolação, pois são fatores que contribuem com o processo de análise e avaliação relacionado ao investimento inicial do empreendimento para produção de energia solar fotovoltaica e o tempo de retorno do mesmo para o consumidor‑produtor. Atualmente, a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, principalmente a solar fotovoltaica, vem sendo adotada com objetivos econômicos e também ambientais, como forma de mitigação e proteção do meio ambiente e do planeta. E nesta linha, constata‑se a implementação de mecanismos, inclusive com concessão de incentivos, que dão abrangência e estimulam um tipo de geração de pequeno porte, geralmente localizada próximo aos centros de carga, que trazem potenciais vantagens que se refletem nos sistemas elétricos, como: diversificação da matriz energética; redução de carga nas redes e diminuição da
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necessidade de investimento em expansão a curto prazo nos sistemas de distribuição e transmissão, entre outros. Diante dos inúmeros benefícios proporcionados pela energia solar e em decorrência da crise energética brasileira ocasionada em parte pela escassez de chuvas, no país, este tipo de produção vem ganhando espaço no mercado como opção viável para redução de custo de energia, principalmente residencial e do setor produtivo, visto a grande elevação da tarifa de energia gerada pela ativação em 2013 de todas as termoelétricas existentes no Brasil, ajuda governamental e empréstimos para concessionárias de energia elétrica, como medidas necessárias para minimizar maiores prejuízos para a economia do país. O Brasil tem um potencial de geração de energia solar fotovoltaica que supera a soma do potencial de todas as outras fontes de energias renováveis disponíveis no país, a saber o hídrico de 280 gigawatts (GW) e eólico de 300 gigawatts (GW). Com índice de radiação solar considerado um dos mais altos do mundo, por ter grande parte do seu território localizado relativamente próximo à linha do Equador, não poderia continuar desprezando esta energia renovável como primordial para o equilíbrio energético de sua matriz. Portanto, também outros fatores como a evolução demográfica, o crescimento da atividade econômica que vinha ocorrendo, o constante aumento do consumo de energia elétrica no país e a necessidade de alternativas para expansão e diversificação do parque gerador elétrico brasileiro abriram espaço para uma legislação inovadora que é a Resolução Normativa n.º 482, de 17 de abril de 2012 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica que estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e introduz o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, criando a opção para o consumidor gerar a sua própria energia a partir de fontes renováveis. Em termos de potencialidades brasileiras ainda podemos levar em consideração que a geração distribuída fotovoltaica está na infância, em relação ao seu desenvolvimento e oportunidades para toda uma cadeia produtiva, que abrange diversas atividades comerciais e industriais, dando opções para abertura de novas empresas, formação de profissionais da área tecnológica, específicos para o mercado e para concessionárias, além da capacitação de mão de obra técnica
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O Brasil tem um potencial de geração de energia solar fotovoltaica que supera a soma do potencial de todas as outras fontes de energias renováveis disponíveis no país, a saber o hídrico de 280 gigawatts (GW) e eólico de 300 gigawatts (GW). para instalação e manutenção de micro e mini centrais de energia solar fotovoltaica. Se tratando de um desafio que é de ampliar oportunidades e manter o Brasil na vanguarda de uma legislação eficaz sobre geração distribuída, atendendo às demandas do mercado brasileiro, a exemplo de investidores, consumidores e concessionárias a ANEEL através de consultas públicas aprimorou a REN 482/2012, fazendo surgir a REN 687 que a partir de 1.º de março de 2016, passou a adotou regras mais abrangentes que contemplam diversos segmentos de consumidores. Como pontos positivos podemos citar os níveis de potências permitidos até 75 quilowatts (kW) para a microgeração e acima de 75 kW até 5 megawatts (MW) para a minigeração, conetadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Com relação à compensação entre a energia gerada (lançada na rede de distribuição elétrica) e consumida no mês, o saldo positivo desta relação que fica como crédito para o consumidor, podendo ser utilizado até 60 meses, com o diferencial de poder abater de outras unidades consumidoras do mesmo titular em outra localidade, sendo esta prática denominada de “autoconsumo remoto”. Podemos citar também como inovações, a geração distribuída em condomínios (empreendimento de múltiplas unidades de consumidores), onde a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos e a “geração compartilhada”, que dá oportunidade de diversos consumidores se unirem em forma de consórcios e cooperativas para instalarem uma micro ou minigeração distribuída e utilizarem a energia gerada para redução das faturas dos associados. Sendo outro aspecto importante, o estabelecimento de regras referente ao novo prazo para as distribuidoras conetarem suas usinas. Como a geração distribuída faz parte de uma nova modalidade de produção de energia que envolve vários atores, públicos e privados, alguns aspectos decorrentes do processo e das legislações existentes no Brasil, se caracterizam como entraves, podendo citar a despadronização no relacionamento com as distribuidoras de energia, já que pela extensão do Brasil, existem empresas diferentes em 27 Estados brasileiros; baixa oferta de linhas de financiamento específicos com taxas reduzidas e ausência de um programa de desoneração tributária voltado para a produção de equipamentos que tenha adesão de todos os entes federativos em nível municipal e estadual. Mesmo diante das dificuldades apresentadas, no aspecto da desoneração tributária o governo brasileiro, tem dado a sua contribuição com a isenção de impostos federais, inclusive permitindo a adesão dos governos estaduais para isenção dos que se encontram em nível do próprio Estado, como é o caso do ICMS nas operações internas relativas à circulação de energia elétrica, sujeitas a faturamento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. E como sinalização positiva, nas previsões da Aneel está a perspectiva de que até 2024 o Brasil terá cerca de 1,2 milhões de residências com energia produzida pelo sistema de geração distribuída com painéis solares e microturbinas eólicas, o que suscitarão investimentos internos e externos.
renováveis no Brasil
os desafios dos negócios no Brasil Visto com um país de oportunidades e alternativa ao declínio de outros mercados, com o adicional de ser um país em que o Português é a língua oficial, o Brasil foi o país escolhido, por muitas empresas portuguesas, para internacionalizar os seus negócios. José Almeida, cofundador do projeto ANYWIND
Bom negócio, ou nem por isso? Com alguns casos de sucesso foi, no entanto, palco de bastantes experiências não tão bem sucedidas. Desde 1986, que a atenção das empresas portuguesas se tem centrado tendencialmente nos países da União Europeia. Os sucessivos alargamentos, a abertura de fronteiras, a livre circulação de pessoas e bens (espaço Schengen), a moeda única (zona Euro), a crescente homogeneização cultural e legislativa, os diversos programas de apoios comunitários, entre outros, mudaram o paradigma de se fazer negócios na Europa, potenciando as relações entre empresas desta área geográfica, mas alterando os critérios de decisão. Pouco a pouco, com o passar dos anos (quase 30), diversos riscos, normalmente atendíveis quando se inicia negócios num novo país, tais como risco cambial, sistema fiscal, dificuldades em transações financeiras, segurança, cultura, disponibilidade de profissionais, e outros, deixaram de existir, sem que muitos de nós nos tenhamos apercebido. Este processo facilitador, lento e suave, acabou por descapitalizar o mercado de profissionais competentes e experimentados em gerir processos de internacionalização, e desabituou muitos dos empresários, e empresas, em lidar com os desafios de novas realidades em contextos mais exigentes. Entre Portugal e Brasil existem diferenças muito relevantes: (i) dimensão geográfica: Brasil é o quinto maior país do mundo, atrás da Rússia, Canadá, Estados Unidos e China, e 90 vezes maior que Portugal; (ii) número de habitantes: Brasil é também o quinto país mais populoso do mundo, atrás da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia, e com 20 vezes mais população que Portugal; (iii) do ponto de vista de organização administrativa, o Brasil é uma federação, formada por 27 estados, enquanto Portugal pode‑se considerar equivalente a um único estado; (iv) do ponto de vista fiscal, o Brasil é, talvez, dos países mais complexos do mundo, provavelmente em conjunto com a Rússia; (v) no Brasil o sistema fiscal pode mudar de estado para estado, e dentro de cada estado, de município para município, enquanto em Portugal, pelo menos nos impostos mais relevantes, as regras são homogéneas em todo o território; (vi) no Brasil existem fronteiras entre os estados, para efeitos tributários, onde, quem transporta mercadoria, de um estado para outro, deve parar e pagar os devidos impostos (i.e. ICMS), enquanto na Europa existe livre circulação de pessoas e bens; (vii) o Brasil tem uma moeda (Real), que não é aceite nas transações internacionais, com alguma volatilidade, originando variações de preços inesperadas nas transações entre o Brasil e países terceiros, enquanto Portugal possui o Euro, que é uma das moedas com maior reconhecimento internacional, a par com o Dólar norte‑americano, e aceite nas transações internacionais. Além disso, na hora de realizar as consolidações de contas, esta volatilidade influi nos resultados das empresas portuguesas, com negócios no Brasil; (viii) no Brasil, a taxa bancária de referência, SELIC, tem valores com dois 46
dígitos há bastantes anos, enquanto em Portugal a EURIBOR tem‑nos acostumado a valores abaixo da unidade, e até valores negativos, o que impacta diretamente nos custos financeiros das operações, com bastante mais severidade no Brasil; (ix) a taxa sem risco no Brasil, correspondente à taxa de emissão de divida soberana, é das mais altas do mundo, o que deve influir nas taxas de rentabilidade que os empresários devem exigir dos seus negócios; (x) a inflação, no Brasil, é relevante e tem que ser tomada em consideração, em especial na tomada de decisões acerca de negócios futuros, algo que em Portugal, desde meados dos anos 80, não é mais uma preocupação significativa; (xi) no Brasil, a legislação laboral existente, origina sobrecustos muitos consideráveis nas empresas, que devem ser considerados como quase inevitáveis, e estimados nos planos de negócios das empresas; (xii) no Brasil, os Acordos de Contração Coletiva, relativos à mesma atividade, podem diferir de um estado para outro, obrigando a subidas salariais significativas (pessoalmente tive a experiência de uma subida de 20%) que depois não podem ser anuláveis, aumentando a estrutura de custos de forma permanente; (xiii) os obstáculos às transações financeiras, entre o Brasil e países terceiros, têm que ser analisados com cuidado, começando logo no início do processo, quando da capitalização da empresa Brasileira, realizando um conveniente enquadramento dos movimentos financeiros juntos das autoridades Brasileiras, em especial o Banco Central Brasileiro; (xiv) o acordo de dupla tributação entre Portugal e o Brasil deve ser avaliado com cuidado, para um correto enquadramento das operações/rendimento; (xv) no Brasil, os eventuais ónus das transações financeiras, para fora do país, ficam a cargo dos Bancos que as realizam. Este facto leva a que os Bancos sejam conservadores na interpretação das normas aplicáveis, muitas vezes com interpretações subjetivas, o que leva a que, relativamente a uma mesma operação, Bancos diferentes enquadrem, do ponto de vista fiscal, a operação de forma distinta. Esta arbitrariedade pode trazer problemas aquando da consolidação de resultados em Portugal, dificultando eventuais deduções de impostos; (xvi) para quem quer vender equipamentos no Brasil, a norma CE não é reconhecida. É necessário estudar e realizar as necessárias adaptações aos equipamentos, para que possam ser comercializados no Brasil.
ANYWIND é uma empresa especializada na prestação de serviços ao setor eólico, fundada em 2003, tendo já participado na instalação e manutenção de mais de 8000 MW, em quase 20 países, desde a Europa, América, Asia e Oceânia.
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Todas estas questões, às quais se poderiam adicionar muitas mais, não são exclusivas da realidade Brasileira. Escolha‑se uma outra geografia, fora da nossa redoma chamada Europa, e constatar‑se‑á que boa parte delas continuam válidas. À imagem do tecido empresarial português, boa parte das empresas que concretizaram, ou tentaram, a sua expansão para o mercado Brasileiro, foram Pequenas e Médias Empresas (PME), em que muitas vezes foi o próprio empresário que, na ausência de alternativas ou na dificuldade de delegar responsabilidades, tomou as rédeas do processo de expansão, descurando o negócio no mercado original. Nas situações em que as empresas decidiram delegar a missão noutras pessoas, que não o empresário, outras dificuldades surgiram. Dada a descapitalização humana do mercado português, encontrar profissionais com capacidade de gerir todas as variáveis presente num processo de internacionalização (atrás descreveram‑se apenas algumas), e disponíveis para moverem a sua vida para as geografias de destino, tornou‑se numa tarefa muito árdua. A solução mais comum foi escolher pessoas que já estavam dentro das empresas, tendo‑se optado, muitas vezes, pelos melhores profissionais, ou por aqueles em que o empresário depositava mais confiança. Esta solução parecia, à partida, consensual. No entanto, principalmente nas situações não tão bem sucedidas, os processos de internacionalização “queimaram” esses profissionais. Do ponto de vista de gestão de carreira desses colaboradores, nos quais se apostou para os processos de internacionalização, as débeis, ou inexistentes, estruturas de gestão de recursos humanos das PMEs portuguesas foram incapazes de gerir, em grande parte dos casos, os regressos desses colaboradores às estruturas originais em Portugal, no final do período de expatriamento, ou ainda de gerir convenientemente os processos de movimentação das famílias para os países de destino, e o seu regresso, quer do ponto de vista humano, quer do ponto de vista de controlo de custos. “Convencer” um colaborador que esteja nos quadros da empresa é, tendencialmente, mais oneroso do que apostar numa solução externa. O financiamento dos negócios no Brasil, dada a dificuldade em obter crédito em mercados estrangeiros no início da atividade nesses países foi realizado, em larga medida, diretamente pelas empresas “mãe”, ficando no balanço destas as referidas responsabilidades. Repare‑se que, muitas das PMEs em questão, já tinham a sua relação com a banca bastante fragilizada em Portugal. Nestes casos, de forma inevitável, o insucesso da internacionalização ditou o fim das empresas “mãe”. Idealmente, o financiamento deveria ser local, ainda que mais caro, mas limitaria o impacto, em caso de insucesso, e daria uma imagem mais real da rentabilidade da operação, em condições normais. Tal como é importante detetar oportunidades, é também crucial saber quando sair dos negócios. Para aqueles que continuam a creditar no mercado brasileiro, a aposta poderá revelar‑se profícua. Ainda que o Brasil possa não estar a atravessar uma fase positiva, neste momento, essa realidade contrasta com outros países na América Latina, em bastante melhor posição. A crescente desvalorização da moeda brasileira pode ser visto como uma vantagem, para todos aqueles que virem as suas operações brasileiras como plataformas para atingir os mercados contíguos. Adicionalmente, para aquelas empresas com operações mais abrangentes geograficamente, exportar a partir do Brasil pode ajudar a conter os riscos cambiais da operação global. Não é fácil ver as coisas desta forma. Afinal, já há cerca de 15 anos (desde a entrada no Euro) que os empresários portugueses se desabituaram de ver na política cambial um fator de influência da competitividade dos seus negócios. Como conclusão, tenho claro que aqueles que falharam no Brasil tê‑lo‑iam falhado noutra qualquer geografia, bem como aqueles que tiveram sucesso o podem ter noutro lado qualquer, sempre e quando se preparem de igual forma.
mundo académico
o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos)
(Levelised Cost of Electricity – LCOE, incentivos, política energética) 2.ª Parte
Manuel Collares Pereira Titular da Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora, Presidente da Direção do IPES António Joyce Investigador Principal do LNEG, Membro do Conselho Estratégico e Científico do IPES Pedro Cunha Reis Engenheiro EFACEC, Membro da Direção do IPES
2. O custo da eletricidade renovável (Levelised Cost of Electricity – LCOE) 2.1. Introdução Há uma grande diferença entre as energias renováveis e as energias ditas convencionais: o seu custo é sobretudo um custo de investimento em equipamento capaz de converter a energia solar ou eólica em eletricidade, contrastando com a situação da energia convencional em que, além do investimento inicial num equipamento de transformação, se exige a compra contínua, no tempo, do combustível cuja energia química ou física se transforma em elétrica. A situação convencional é uma situação muito diferente e o custo da energia convencional com a qual se compara sempre a do fotovoltaico é, sobretudo, o resultado direto do custo do próprio combustível. Isto é, fazemos uma comparação de “pêras com maçãs”. Quanto ao fotovoltaico, um sistema gerador de energia elétrica que poderá funcionar, ainda com um rendimento aceitável, até aos 25 anos, a forma que temos de fazer as contas aos custos da energia produzida, terá que ter em conta a produção que foi capaz de realizar no seu tempo de vida, o investimento inicial feito e os gastos com operação e manutenção do equipamento. A forma rigorosa de fazer este cálculo (LCOE) explica‑se no capítulo seguinte. Nesta 48
Sumário executivo Descarbonizar a economia é um dos objetivos essenciais para o cumprimento dos compromissos COP21. A área da energia é a que mais contribui para a introdução de carbono na atmosfera, dada a enorme dependência que a economia tem do recurso a combustíveis fósseis. São necessárias tecnologias limpas, as das Energias Renováveis. Neste breve estudo pretende-se apresentar e discutir algumas condicionantes à introdução destas novas tecnologias para a produção de eletricidade – em particular as do solar – desenvolvendo alguns pontos de vista, muitas vezes ignorados, quando se entra de forma cega numa discussão/comparação de custos sem se reconhecer que, regra geral, não se está a falar de realidades diretamente comparáveis.
introdução, o que se pretende sublinhar é que, para comparar com a eletricidade convencional, se deveria fazer exatamente a mesma coisa, para termos uma comparação de “pêras com pêras”. A comparação feita nestes termos obrigaria a calcular o LCOE da energia convencional e este resultaria, sem dúvida, num valor muito mais elevado que o valor spot do mer‑ cado neste momento. A principal razão tem que ver com o facto de se lidar com combustíveis que são finitos, cujo valor, por essa razão, é hoje muito menor que dentro de 10 ou de 20 anos. Embora, temporariamente, os valores do mercado possam descer (como, por exemplo, se está a passar com o petróleo) a tendência futura só pode ser de subida, por razões de fundo, estruturais1.
1 Exemplo: o petróleo tem apresentado recentemente uma tendência de descida, mas isso deve‑se a razões circunstanciais, de política (preservação da hegemonia e controlo por um ou dois países produtores), de crise económica associada a uma redução de procura, logo a um excesso de oferta, de exploração de novos tipos de petróleo (shale oil – petróleo não convencional), sem sustentabilidade e sem regras sobre os impactos ambientais na extração, reforço da presença de países como o Irão com o levantamento do embargo, e outros. São razões
Que deriva (percentagem da subida do seu custo acima da inflação) do custo da energia se deveria usar? Qualquer valor, desde que positivo em média, faria o custo da eletricidade tornar‑se significativamente mais alto daqui a 10 ou 20 anos, enquanto para o fotovoltaico, o que cal‑ culamos hoje, mantém‑se constante para qual‑ quer desses períodos! Contudo, para o fotovoltaico (e para a eólica) estamos condenados a fazer o cálculo do LCOE. Assim é importante que se defina com clareza o que é (as definições usadas por todos devem ser as mesmas para estes efeitos de comparação). É o que se fará no próximo capítulo. 2.2. Algumas definições O custo da eletricidade produzida durante o tempo de vida de uma unidade produtora de
circunstanciais que tenderão a desaparecer e fazer os custos do petróleo subir. Esta referência ao petróleo é feita a título de exemplo, pois cada vez menos se usa petróleo para a produção de eletricidade. O ponto é o de que há cada vez menos petróleo convencional, o custo do não convencional é muito mais alto (o shale oil está barato, mas não é tão abundante e só custa menos porque não se contabilizam os custos dos impactos referidos anteriormente).
mundo académico
energia elétrica, seja ela de origem Renovável ou não, normalmente designado por Levelized Cost Of Electricity, com a sigla LCOE, é hoje o principal indicador que permite comparar tecnologias renováveis de produção de eletricidade. É também este indicador que se usa para comparar com os custos da energia elétrica convencional, pelo que se revela essencial para se tomarem decisões quer ao nível do Investimento, nomeadamente por entidades bancárias, quer ao nível das políticas públicas no setor energético. Basicamente este indicador calcula os custos totais de um sistema produtor de energia elétrica durante o tempo de vida do sistema, incluindo os custos do Investimento (CAPEX) e os custos de Manutenção e Operação (OPEX) e compara esse custo com a estimativa da eletricidade que o sistema irá produzir durante o mesmo período. Em termos matemáticos a sua expressão é dada por:
∑ nt=1
l t + Mt + Bt
LCOE =
∑ nt=1
(1+ r )
t
Et
(1+ r )
t
com: t – Tempo em anos n – Tempo de vida do sistema r – Taxa de Desconto It – Investimento inicial em t=1 ou de substituição num ano específico (CAPEX) Mt – Custo de Operação e Manutenção (OPEX) no ano t Bt – Custo de Energia Auxiliar no ano t Et – Estimativa da Energia Elétrica produzida no ano t O LCOE é um custo antecipado e para a sua determinação é importante, não só a especificação correta dos custos de Investimento e de Manutenção e da taxa de desconto mas também o conhecimento da estimativa da Energia Elétrica produzida em cada ano. Torna‑se por isso necessário conhecer com rigor o desempenho do sistema e também como esse desempenho varia ao longo do tempo de vida do sistema. O tempo de vida de um sistema é um parâmetro que depende da tecnologia envolvida, do local onde a mesma é instalada, pois situações agressivas do ponto de vista ambiental (por exemplo a proximidade do Mar, ou instalações sujeitas a forte agressão por tempestades de areias ou de poeiras, ou outras) diminuem fortemente o tempo de vida de uma instalação. Em geral e para o caso dos sistemas fotovoltaicos os tempos de vida atualmente considerados para instalações sem grandes problemas de desgaste ambiental, variam entre os 20 e os 25 anos, aceitando‑se que com uma manutenção adequada e para efeitos de cálculo se possa utilizar um período de 25 anos.
Figura 1 Exemplo de folha de cálculo para o LCOE de um Sistema Fotovoltaico (LCOE). (Fonte: LNEG).
O Custo do Investimento inicial (CAPEX) e dos Investimentos de substituição deverão ser obtidos de acordo com a dimensão dos sistemas e dependem fortemente do mercado pelo que um particular cuidado deverá ser tomado para a obtenção dos mesmos. O custo anual da Operação e Manutenção do sistema (OPEX) é em geral considerado como uma percentagem do Investimento inicial. Por exemplo nos Sistemas Fotovoltaicos é comum a utilização de uma taxa de cerca de 1% do Investimento Inicial para aqueles custos. A Taxa de Desconto é o parâmetro utilizado na análise de Investimentos e permite atualizar os preços numa análise do tipo Cash Flow (cálculo do Valor Atualizado Líquido – VAL ou o cálculo da Taxa Interna de Rentabilidade – TIR). Quanto maior for o risco de um Investimento maior é a Taxa de Desconto atribuída. As Taxas de Desconto são, por isso, variáveis de acordo com a evolução da economia. Em geral é utilizado hoje um valor mínimo entre 6,0 a 7,0 %. O custo da Energia Auxiliar deverá ser considerado sempre que sistemas produtores tenham, ou um consumo de energia elétrica residual como, por exemplo, nos sistemas fotovoltaicos com seguimento do movimento aparente do Sol, ou o consumo de energias fósseis como é o caso das centrais termoelétricas convencionais ou ainda os consumos de combustíveis em unidades de backup como por exemplo existem nos sistemas híbridos solar termoelétrico/gás. A estimativa da energia elétrica produzida durante o tempo de vida vai depender de uma análise da produção de energia elétrica pela tecnologia em análise e também da forma como essa produção varia ao longo dos anos sendo que, em geral, existirá uma diminuição da produção ao longo da vida útil do sistema. No caso dos sistemas fotovoltaicos essa diminuição é tipicamente entre 0,5 % a 1% do valor estimado para a produção inicial.
Tendo disponíveis os dados referidos é possível obter o valor do LCOE para qualquer tecnologia de produção de energia elétrica através de uma folha de cálculo simples de que, na Figura 1, se mostra um exemplo desenvolvido no Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). Na folha referida, além dos dados de entrada correspondentes aos parâmetros assinalados anteriormente, é feito o cálculo da expressão do LCOE contabilizado para cada ano de funcionamento do sistema, quer os custos quer as produções de energia. O valor final do LCOE, expresso em €/MWh, é mostrado no canto superior direito da folha. 2.3. O caso dos sistemas fotovoltaicos O desenvolvimento dos sistemas solar fotovoltaicos tem sido fruto de uma combinação de desenvolvimento da tecnologia e de abertura e aumento de instalações em novos mercados. Entre 2008 e 2012 o custo a nível mundial dos módulos fotovoltaicos foi dividido por 5. De facto a tecnologia fotovoltaica tem ao longo das últimas décadas assistido a uma descida constante dos preços (excetuando uma ou outra anomalia) a qual se pode verificar nas designadas Learning Curves como, por exemplo, a do custo dos sistemas baseados na tecnologia do silício cristalino, dominante do mercado fotovoltaico. Na Figura 2, extraída do Relatório “Medium –Term Renewable Energy Market Report 2015” (MTRMR) [5] produzido pela Agência Internacional de Energia, pode ver‑se essa Learning Curve para o custo médio da tecnologia que utiliza os dados disponíveis ente 1976 e 2014 (aproximadamente 40 anos). Os custos projetados para o futuro por esta curva, que se podem ver na parte direita do gráfico, estão de acordo com o desenvolvimento da tecnologia PV assumido no cenário de aumento de 2º C (2DS) do Relatório “Energy Technology Perspetives 2014” (ETP2014) [6] também da Agência Internacional de Energia. 49
mundo académico o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos)
Figura 2 Learning Curve para o valor médio de venda de sistemas fotovoltaicos baseados em silício cristalino. (Fonte: MTRMR).
Figura 3 Custo do investimento em sistemas fotovoltaicos nos três setores considerados (Centrais Produtoras, Comercial e Residencial). (Fonte: MTRMR).
Estes custos dependem, no entanto, da região e local onde a instalação é feita (o custo é diferente em Portugal do da Alemanha, do da China ou do dos Estados Unidos) e também do setor de mercado da instalação considerando‑se em geral tês setores de mercado para os sistemas ligados à rede: • Centrais Produtoras (Utilities), instalados no terreno (com ou sem seguimento, com ou sem concentração) e com potências acima de 1 MW; • Mercado Comercial instalados no terreno ou numa cobertura como, por exemplo, as grandes superfícies e centros comerciais, com potências entre 20 kW e 1 MW; • Mercado Residencial em geral instalados e coberturas de edifícios e com potências de 20 kW. À medida que o custo dos sistemas fotovoltaicos baixa tem‑se verificado um aumento da quota de mercado do setor das Centrais Produtoras. 50
Este setor está em Portugal associada à produção em regime especial (PRE) enquanto os setores Comercial e Residencial estão associados à Lei do Autoconsumo (Decreto‑Lei 153/2014) que, neste momento, ainda não tem 1 ano de aplicação concreta. Tipicamente o custo dos módulos não difere muito para os vários setores de mercado estando a diferença basicamente no custo dos outros componentes (BOS) que para o setor das Centrais Produtoras pode representar 65% do custo total enquanto no setor residencial poderá representar 85% daquele custo. Em termos dos diferentes setores de mercado os investimentos em sistemas fotovoltaicos tiveram a evolução que se mostra na Figura 3. Embora sempre com tendência decrescente verifica‑se uma grande dispersão dos valores de acordo com a região do mundo com a China a Índia e a Alemanha apresentando sempre os valores mais baixos. Em termos da referência global (curva a castanho) os Investimentos em Euros para cada um dos setores em 2015 são aproximadamente de 1,2 €/Wp, 2,3 €/Wp e 2,9 €/Wp.
Quanto ao tempo de vida dos sistemas fotovoltaicos o valor normalmente assumido é de 20 anos embora também, mais recentemente, se assuma para este efeito uma longevidade superior, até 25 anos. A produtividade inicial tem que ver com a localização mas também com o tipo de sistema instalado. No caso de Portugal pode ser assumida uma produtividade média anual de 1500 kWh/kWp para sistemas fixos, que terá tendência a subir com o desenvolvimento da tecnologia2. Esta produtividade não é, no entanto, constante ao longo do tempo de vida e os sistemas fotovoltaicos apresentam uma taxa de degradação da produção devida quer ao envelhecimento dos próprios módulos quer dos outros componentes dos sistemas. Um estudo elaborado pelo National Renewable Energy Laboratory dos Estados Unidos e publicado em 2011 na revista Progress in Photovoltaics [7], cujas conclusões se reproduzem no Gráfico da Figura 4, aponta para uma taxa de degradação média entre 0,5% e 1%/ano; nos cálculos que se seguem assumimos 0,7%/ano, como representativo do estado médio atual da tecnologia, como valor a utilizar para a diminuição anual da produtividade dos sistemas. Tendo em atenção o anteriormente exposto, na Tabela 2 mostram‑se os valores obtidos do LCOE para três setores de mercado, Centrais Produtoras, Comercial e Residencial tendo sido considerados os seguintes parâmetros: Tempo de Vida – 25 anos; Taxa de Desconto – 6,5 %; Investimento inicial (CAPEX) variável com o tipo de setor de mercado. Consideraram‑se faixas de custos de 1,0 a 1,2 €/Wp para Centrais Produtoras3, 1,8 a 2,3 €/Wp para o setor Comercial e 2,3 a 2,9 €/Wp para o setor Residencial. Considerou‑se também um Investimento de substituição de 30% do Investimento inicial sensivelmente a meio do período de vida do sistema (por exemplo para a substituição de inversores); Custo de Operação e Manutenção (OPEX) – 1% do Investimento Inicial por ano; Custo de Energia Auxiliar – 0; Estimativa da Energia Elétrica produzida inicial‑ mente – 1500 kWh/kWp; Taxa de Degradação da produção de Energia Elétrica – 0.7 % por ano.
2 Por exemplo: painéis com melhor rendimento e/ou “performance ratio” do sistema mais elevada; em sistemas com seguimento, conseguem‑se valores mais altos (1‑eixo ~20% mais e 2‑eixos ~30% mais). 3 Estes valores têm em conta todos os custos incluindo os estudos a realizar, licenças a obter, custos do terreno, infraestruturas de ligação à rede, entre outros.
mundo académico
Centrais Produtoras [€/MWh]
Comercial [€/MWh]
Residencial [€/MWh]
71‑85
128‑163
163‑206
Tabela 2 Valores de LCOE para sistemas fotovoltaico nos três setores de mercado.
atingir um investimento total de apenas 1 €/Wp, o LCOE correspondente será de 71 €/MWh, muito abaixo do valor de 85 €/MWh que se obtém para o caso de 1,2 €/Wp. Figura 4 Custo do Investimento em sistemas fotovoltaicos nos três setores considerados (Centrais Produtoras, Comercial e Residencial). (Fonte: MTRMR).
4 Na realidade as centrais a GN em Portugal têm funcionado entre 400 e 800 horas/ano dependendo da hidraulicidade do ano! (DGEG); se usássemos estes valores o cálculo que vamos apresentar daria um resultado entre 2 a 3 vezes superior.
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Estes valores estão de acordo com aos valores apresentados para estes setores quer no Relatório MTRMR [5], quer em Relatórios recentes do MIT [8] e do Fraunhofer ISE [9] que apontam, por exemplo, para o setor das Centrais Produtoras valores entre 80 e 120 €/MWh. Como se observa os valores resultantes para o LCOE são muito sensíveis ao valor do investimento inicial: por exemplo, logrando‑se
2.4. O caso do gás natural Como se disse, há uma grande diferença entre as energias renováveis e as energias ditas convencionais: o seu custo é sobretudo um custo de investimento em equipamento capaz de converter a energia solar ou eólica em eletricidade, contrastando com a situação da energia convencional em que, além do investimento inicial num equipamento de transformação, se exige a compra contínua, no tempo, do combustível cuja energia química ou física se transforma em elétrica. Assim, para que a comparação seja equilibrada (“pêras com pêras”) dever‑se‑ia fazer um cálculo do LCOE associado às soluções
convencionais. A título de exemplo, e apenas para dar uma ideia da diferença em ordem de grandeza, procede‑se em seguida ao cálculo para uma central a Gás Natural. As hipóteses são as seguintes: • Custo de uma central de GN com ciclo combinado: 0,56 €/We; 52,5% de rendimento de conversão; • Custo de O&M: 3% /ano do CAPEX; • Funcionamento da central: 4380 hora/ano4;
51
mundo académico o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos)
• Custo do GN: de 25 €/MWht (conteúdo térmico de energia referido a PCS) a 30 €/MWh; • PCI: 9100 kcal/m3; • mesma taxa de desconto que para o fotovoltaico. Dois cálculos foram feitos, um contabilizando as emissões a 20€/toneladas de CO2 (com a central emitindo a 380 g/kWh) e outro sem essa contabilização. O resultado apresenta‑se na Tabela 3. Introduzindo, a título de exemplo, a deriva de energia, isto é, o reflexo da subida anual do custo do combustível, acima da inflação, obtém‑se os valores da Tabela 4, abaixo. Comentários: 1) Mesmo com uma deriva de 0%, por muito que esta seja improvável a médio e longo prazo, o LCOE do GN apresenta‑se com um valor bem mais elevado que o valor que teria a eletricidade que produz quando se tem apenas em conta o custo do combustível hoje, em Portugal, e se as centrais funcionassem para uma produção durante 4400 horas; 2) Os valores da Tabela 3 mostram que, ao calcular o LCOE do GN se obtêm valores, em Portugal, iguais ou comparáveis aos que apresentámos para o fotovoltaico (quando os cálculos se fazem a 4400 horas de funcionamento, o que não acontece, como comentámos: na realidade o calculo do LCOE do GN, com as poucas horas de funcionamento das centrais, é ainda muito mais elevado); 3) Deriva: como se observou a propósito do petróleo, os custos dos combustíveis deverão subir a 10, a 15, a 20 anos de distância. Poderão, no entanto, descer ou manter‑se baixos durante algum tempo, ou até para que os países produtores resistam à penetração crescente das Renováveis, oferecendo‑os a valores tão baixos quanto lhes seja possível. Mas não deixam de ser finitos e, a longo prazo, de aparecerem com custos mais elevados. Note‑se que o limite para estes, não
vai estar no seu desaparecimento. Sem considerar os impactes climáticos, o limite surgirá muito antes, quando a energia que eles fornecem, estiver abaixo de pelo menos um fator 3 vezes superior à energia que é necessária para a sua extração (EROI/EROEI‑ Energy Return on Energy Investment) [11]. Hoje, em média mundial, para o petróleo não convencional em todos os géneros, está‑se em torno de uma razão de 1 para 8. 4) Os cálculos feitos acima com um combustível como o carvão, resultariam ainda numa maior diferença, ao contabilizar os diferentes níveis de investimento a fazer incluindo o despoeiramento, controlo das emissões de SOx, NOx, entre outros. Ilustra‑se bem assim, a situação extraordinariamente forçada que consiste em exigir ao fotovoltaico, ou à energia eólica que compita diretamente com os valores OMIE, vendendo energia no mercado da eletricidade fóssil, como se isso fosse comparável. 3. Discussão e Conclusões Como se pode apreciar na Tabela 2, os valores de LCOE do fotovoltaico, para o setor residencial estão perfeitamente dentro dos valores que o consumidor doméstico paga ao seu fornecedor (custos fixos e variáveis) pelo que já se fala hoje em paridade com a distribuição ao nível doméstico. Para situações de consumo comercial a situação caminha, a passos largos para ser idêntica, mesmo sem os argumentos que apresentámos sobre o valor acrescentado e sobre a diferença inerente à comparação entre pêras e maçãs a que aludimos. Assim o alargamento do mercado do fotovoltaico nos setores residencial e comercial só depende da adoção de uma simples medida: alteração da lei do autoconsumo para que passe a conter a condição de operação que normalmente se designa por net metering. Esta sugestão poderá justificar alguma eventual
Preço do gás (€/MWht)
25
28
30
Preço do gás (€/MWhe)
52
59
63
LCOE (€/MWh) emissões contabilizadas a 20 €/toneladas de CO2
75
82
86
LCOE (€/MWh) sem contabilizar emissões
67
74
78
Tabela 3 LCOE com e sem contabilização de emissões para o caso do GN.
Deriva energia anual média
0%
2%
5%
10%
LCOEG [€/MWh]
67
78
100
167
Tabela 4 Valores de LCOE (a partir de Gás Natural) para diferentes derivas de energia, para o caso sem contabilização de emissões e custo mais baixo do GN.
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correção baixando o valor no lado da compra pela rede pelas questões que envolvem os gastos que refletem o uso da rede, depois que se faça um estudo sobre quanto realmente o fotovoltaico descentralizado pode penalizar os custos de exploração daquela e que tenha em conta também as vantagens (por exemplo a estabilidade da rede, a eliminação ou, pelo menos, a redução das perdas em rede, entre outros). De qualquer forma a situação de net metering deverá estar associada ao consumo (net metering equilibrado) em contraste com uma situação em que os sistemas individuais viessem a estar sobredimensionados por motivo de negócio. De qualquer forma, dever‑se‑ia eliminar de imediato, pelo menos, a penalização absolutamente injustificada dos 10% sobre o valor OMIE. 5 Quanto ao setor de produção, e de acordo com o explicado acima, os resultados obtidos por cálculo do LCOE não podem ser comparados diretamente com valores, custos de produção e outros custos, que não são calculados da mesma forma, já que correspondem, sobretudo, ao valor atribuído ao conteúdo energético do respetivo combustível, mas o valor do LCOE obtido é claramente interessante e tem tendência para, nos próximos anos, se aproximar do atual custo variável de produção de uma central de ciclo combinado. Esta mesma conclusão pode retirar‑se da análise feita em I.3, utilizando os termos da própria legislação (Decreto-Lei 225/2007) para calcular alguns dos aspetos que apelidámos de valor acrescentado do fotovoltaico (e das Renováveis) e obtendo valores superiores a 10 euros/MWh de sobrevalorização natural da tarifa para questões tão importantes como as do CO2 evitado. Se se considerassem todos os valores acrescentados referidos (incluindo o MOE) certamente que um valor superior ao dobro daquele seria alcançado. Procurar‑se‑á fazer este estudo noutro documento. Em conclusão: solicita‑se ao fotovoltaico que corresponda a um valor de custo demasiado baixo o que, aliás, poderá vir a acontecer com o tempo, mas que, assim e entretanto, prejudica a evolução da sua penetração e, portanto, a disponibilidade no mercado de uma alternativa sustentável e vantajosa. Mas e sobretudo, emergem destas considerações dois aspetos fundamentais para uma política energética que pretenda, para o setor de produção fazer a transição para a realidade das alterações climáticas e para os compromissos COP 21 a exigirem uma descarbonização progressiva e significativa da economia:
5 Esta lei merece‑nos outros reparos, mas que estão fora do âmbito deste estudo.
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mundo académico o valor e o custo da eletricidade produzida por sistemas solares (fotovoltaicos)
Condição 1 • A s Renováveis, e o fotovoltaico em particular, necessitam de um valor de tarifa fixo ou mínimo, acordado, estabelecido, pelo tempo de vida do sistema, já que o seu valor de mercado é calculado e referido sempre em termos do LCOE, sendo condição fundamental para o financiamento de um projeto capital intensivo; • E sta condição está em contraste com a situação das centrais convencionais fósseis que são remuneradas por uma tarifa definida em função de circunstâncias de curto prazo, o custo do combustível que usam; • Sugere‑se assim a consideração de um valor mínimo de 56 €/MWh, resultante do cálculo do feito em I.3. Este resultado obtém‑se aliás através da fórmula aceite no Decreto‑Lei n.º 225 e que esteve em vigor no setor, mas ponderada por um fator z=1, de forma a refletir o estado de maturidade da tecnologia e um efeito neutro não multiplicativo dos outros parâmetros. Condição 2 Esse valor fixo pode e deve ser completado com o valor acrescentado do MWh produzido, sem que isso se trate de um subsídio, de forma regressiva. Internalizando, por exemplo, o fator de mérito referido, a mais‑valia ambiental e outros, na justa medida em que o LCOE se vá reduzindo em função do avanço da tecnologia. As centrais solares seriam assim remuneradas por um valor fixo, constante ao longo de um período de tempo, sendo que esse valor constante seria diferente e inferior para novas centrais a entrar em atividade, na justa medida do respetivo desenvolvimento tecnológico. A Condição 1 é um mínimo imprescindível, sem a qual não haverá mercado no setor de produção. Hoje fala‑se em abrir o mercado à produção centralizada com o fotovoltaico, mas não é possível que isso aconteça sem que esta condição se cumpra. Quanto à Condição 2 é preciso desfazer alguns preconceitos que surgiram por, no passado, se terem definido tarifas bonificadas (Feed in Tariffs – FIT) de uma forma percecionada como mais arbitrária, para valorizar a energia produzida pelo fotovoltaico, para que se iniciasse, desde logo, a construção de um mercado próprio, mesmo quando o fotovoltaico era ainda muito caro. Como se referiu em I, os valores atribuídos então às tarifas do fotovoltaico (não só em Por tugal) foram elevados, e sobretudo não previram a espetacular redução de custos na produção que tem sido possível atingir, e que, assim, não foi acompanhada por um programa bem pensado de atualização (redução) da remuneração, por forma a acompanhar a 54
evolução tecnológica do mercado. De qualquer forma, incidiram sobre pequenas potências instaladas, pelo que o seu sobrecusto foi de muito pouco impacto, ao contrário do que algumas vozes têm dado a entender. Contudo, e como se explicou, os valores acrescentados que se podem agregar à energia solar fotovoltaica e acima referidos, justificam que, ao valor OMIE (ou, melhor ainda, ao valor sugerido para a Condição 1) se permita acrescentar alguns cêntimos de euro/kWh. Isto é, uma tarifa com um valor que facilmente poderá incluir pelo menos +2 cêntimos/kWh (20 €/MWh] para repor o equilíbrio nas condições oferecidas a uns e outros. Bonificar a tarifa, nestes termos, não pode ser considerado um subsídio! Uma outra forma de perceber isto é sublinhar o que se passa: a eletricidade fóssil está a ser subsidiada, quando os custos ambientais, por exemplo, não estão a ser contabilizados no custo da energia ao produtor! Um estudo detalhado deverá ser realizado para calcular os valores acrescentados associados às externalidades causadoras das alterações climáticas, à redução da dependência energética, à redução das impor tações, ao MOE, para uma quantificação rigorosa quanto possível do valor da bonificação a conceder. Isto em simultâneo com o cálculo das LCOE das tecnologias que entram no OMIE, para se perceber que, provavelmente, há muito que se ultrapassou a paridade com a rede, mesmo ao nível da produção, em termos de LCOE, se todos os termos forem incluídos no cálculo. Na realidade a decisão de calcular e aplicar estes resultados é uma das melhores formas de caminharmos para as exigências que o cumprimento das decisões tomadas em outubro, em Paris, (COP21) vai determinar no nosso país. E porque nos será muito mais fácil do que a outros países da EU cumprir esses objetivos com energia renováveis, deveríamos levar mais longe o exercício e cobrar pelo cumprimento das quotas de outros com maior dificuldade de as cumprirem. Observação final Este breve estudo incidiu sobretudo sobre a solar fotovoltaica (PV). Em estudos subsequentes, serão abordadas outras tecnologias, em particular a termoelétrica solar (CSP ou STE). Esta, menos madura, tem ainda um caminho impor tante a percorrer para uma redução de custos que a conduzirá a valores comparáveis com a produção fotovoltaica. Com a vantagem de conter de forma intrínseca soluções de armazenamento de energia (hoje já se dimensionam armazenamentos térmicos para períodos entre 7 e 15 horas à
Os valores atribuídos então às tarifas do fotovoltaico (não só em Portugal) foram elevados, e sobretudo não previram a espetacular redução de custos na produção que tem sido possível atingir, e que, assim, não foi acompanhada por um programa bem pensado de atualização (redução) da remuneração, por forma a acompanhar a evolução tecnológica do mercado. potencial nominal da central) o que lhe confere verdadeira “despachabilidade”. Com a hídrica, a eólica, o fotovoltaico em produção descentralizada e com a produção da termo eletricidade solar centralizada, Portugal poderá atingir níveis de produção renovável da ordem de 100%! E poderá até pensar em expor tar energia elétrica para a União Europeia. 4. Referências [1] APREN – Associação dos Produtores de Energias Renováveis; [2] Decreto‑Lei n.º 225/2007, DR, 1.ª serie, 105, 31/05/2007 e Declaração de Retificação 71/2007, DR, 1.ª serie, 141, 24/07/2007; [3] Decreto‑Lei do Autoconsumo – Decreto‑Lei n.º 153/2014; [4] H. Gouzerh, S. Orlandi, N. Gourvitch, G. Masson‑ Quantitative analysis of the Merit Order Effect From Photovoltaic Production in Key European Countries; [5] MTRMR – Medium Term Renewable Market Report – International Energy Agency (2015 Edition); [6] ETP2014 – Energy Technology Perspectives – International Energy Agency (2014 Edition); [7] “Photovoltaic Degradation Rates – an Analytical Review.” – D. C. Jordan and S. R. Kurtz – Progress in Photovoltaics – 13 OCT 2011; DOI: 10.1002/pip.1182; [8] “The Future of Solar Energy‑ an interdisciplinary MIT study”‑Energy Initiative – MIT (2015); [9] Fraunhofer ISE‑ Annual Report 2014/2015; [10] Geoffrey P. Hammond , , Jack Spargo – The prospects for coal‑fired power plants with carbon capture and storage: A UK perspective‑ Energy Conversion and Management, Volume 86, October 2014, Pages‑ 476‑489; [11] Charles S.A. Hall, Stephen Balogh, David J.R. Murphy‑ “What is the minimum EROI that a sustainable society must have? “Energies, 2009, 2, 25‑47.
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investigação e tecnologia
considerações sobre tecnologias e áreas de I&D futuras no domínio da energia solar Foi efetuado um trabalho de pesquisa no domínio das tecnologias ainda não demonstradas e das áreas de investigação e desenvolvimento em energia solar. A pesquisa centrou‑se em documentos e eventos recentes e abrangentes, representativos, publicados por especialistas e/ou instituições de renome, de forma a poder ter‑se uma perspetiva futura com base na sua experiência. Luís Gil luis.gil@dgeg.pt Investigador Principal Habilitado Direção Geral de Energia e Geologia – Divisão de Estudos, Investigação e Renováveis
Resultados da pesquisa Dez diferentes autores publicaram a sua visão dos desafios futuros no domínio da I&D em energia num recente artigo intitulado “The Frontiers of Energy” publicado na Nature Energy [1]. Neste artigo, os autores apresentam algumas pistas para o que virá a ser necessário no futuro: “Algumas poucas tecnologias em particular serão vitais para se conseguir corresponder ao crescimento da procura de energia e para se atingir uma transição para a descarbonização. Entre estas tecnologias, a energia solar é a fonte renovável mais amplamente e homogeneamente distribuída.” “… o aumento da escala de tecnologias fotovoltaicas para se atingirem as necessidades globais de eletricidade a longo prazo permanece oneroso. Por isso, avanços em ciência fundamental, novos materiais e processos para os sistemas fotovoltaicos – tais como células solares flexíveis de película fina que possam ser impressas em substratos tais como plástico, papel ou folhas metálicas – e novos conceitos de sistema para a energia solar concentrada, têm o potencial de aumentar ainda mais a competitividade relativa e promover um rápido aumento da escala da energia solar.” “… os combustíveis solares produzidos por conversão de CO2 e H2O através de fotocatálise oferecem um grande potencial como combustíveis renováveis para os transportes, embora exista um certo número de desafios científicos e tecnológicos e o progresso tenha que ser comparado com as referências…” “Uma revisão recente indica que a eletrólise da água por via solar usando materiais abundantes com uma eficiência de conversão de energia de 10% e um tempo de vida de dez anos ainda não foi conseguida.”
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“Embora muitas destas tecnologias de conversão e utilização estejam já a ser demonstradas ou instaladas a uma certa escala, uma produção barata de hidrogénio a partir de fontes de baixo carbono, incluindo energias renováveis, permanece ainda um desafio.” “Sistemas de decomposição da água por via solar, que empregam fotões em vez de eletricidade para converter água em hidrogénio e oxigénio, podem proporcionar uma fonte de combustível ainda mais verde… Tais sistemas devem, por isso, beneficiar de materiais muito baratos, integração sinergística de funcionalidades e/ou novos fatores de forma… São necessários absorvedores de luz para proporcionar fotoânodos estáveis ligados a fotocátodos adequados.” “Mais avanços na química dos materiais, desenvolvimento de catalisadores, engenharia de sistemas e nanociência poderão permitir um gerador de combustível solar integrado comercialmente viável que possa produzir hidrogénio diretamente a partir da luz solar.” Numa outra publicação (maio de 2015) sobre o futuro da energia solar, que também sumariza a informação pretendida, sobre o futuro da energia solar, um relatório do MIT [2], no Sumário Executivo, refere o seguinte: “… para aumentar a contribuição da energia solar para a mitigação das alterações climáticas a longo prazo, recomenda‑se fortemente que uma grande parte dos recursos federais disponíveis para a investigação e o desenvolvimento solar se foque nas tecnologias benignas e emergentes de filme fino que se baseiem em materiais abundantes.” “Os gastos com I&D e demonstração em tecnologia de CSP (Concentrated Solar Power – Energia Solar Concentrada) devem focar‑se no avanço em design de sistemas, incluindo sistemas de foco único tais como as torres solares e em ciência dos materiais subjacente, que permitirão operações de alta temperatura, e no desenvolvimento de sistemas melhorados para a recolher e receber energia solar.” “… recomenda‑se que o U.S. Department of Energy estabeleça um programa para apoiar sistemas de CSP à escala piloto para acelerar o progresso em novos designs de sistemas de CSP e materiais.” “Por causa da potencial importância do armazenamento de energia para facilitar altos níveis de penetração da energia solar, as tecnologias de armazenamento em grande escala são um foco atrativo para os gastos de I&D federais.”
investigação e tecnologia
Este mesmo documento, mais especificamente no seu Capítulo 10 – “Advancing Solar Technologies: Research, Development, and Demonstration”, menciona ainda: “… evitar flutuações significativas no financiamento de I&D na área solar para permitir que as universidades e laboratórios nacionais recrutem e retenham o talento necessário para apoiar os programas de investigação a longo prazo.” “São necessárias novas tecnologias que podem proporcionar a fundação de um novo paradigma e permitir uma alteração assinalável nos custos dos sistemas PV (Photovoltaic – Fotovoltaico).” “foco… dos investimentos de I&D na área solar para apoiar pesquisa fundamental para fazer avançar tecnologias de elevado potencial e alto risco nas quais a indústria não esteja inclinada a avançar.” “Acredita‑se que deve ser dada uma grande prioridade ao desenvolvimento de um novo paradigma de tecnologia PV com base em módulos que usem substratos de baixo custo e que sejam também leves, mecanicamente robustos e autoportantes.” “Oportunidades de I&D em tecnologia de PV: … A criação de tecnologias PV melhoradas requererá o desenvolvimento contemporâneo de novos materiais e dispositivos que possam dar origem a uma eficiência otimizada de conversão da energia solar… Propriedades óticas e elétricas, incluindo alta eficiência teórica com base numa forte absorção ótica do espetro solar e baixas perdas de suporte e transporte… estabilidade sob típicas temperaturas de operação, condições de iluminação e condições ambientais (exposição ao ar/água) ao longo de um tempo de vida de mais do que 25 anos de uma instalação PV…” “Os esforços de I&D devem apoiar a demonstração à escala piloto de técnicas de processamento de alto rendimento (por exemplo, métodos R2R de película flexível) para células PV de filme fino emergentes e módulos integrados… deve‑se financiar a I&D em novos materiais para PV e arquiteturas de dispositivos se estes permitirem fundamentalmente fabrico e processos de instalação de baixo custo.” “As tecnologias que podem atenuar a produção intermitente dos geradores PV e colocá‑los a operar mais como fontes despacháveis e de outra forma assegurar a fiabilidade da rede com elevados níveis de penetração de PV, são alvos importantes para a I&D…” “CSP: a descoberta de novos fluidos para o armazenamento de energia térmica ou fluidos de transferência de energia pode permitir o uso de instalações de energia mais eficientes, requerendo ao mesmo tempo nova pesquisa em materiais para usar noutros componentes de sistema… As prioridades chave de I&D no domínio dos refletores incluem fabrico e instalação de baixo custo, sistemas de rastreamento menos onerosos e mais precisos, refletores mais eficientes e superfícies tratadas para evitar sujidades em ambientes desérticos.” “… o apoio à demonstração através de um grande número de projetos e instalações mais pequenos, tais como bancos de ensaio e instalações‑piloto, que sejam genuinamente de natureza à escala de demonstração e que envolvam tecnologias de PV e CSP verdadeiramente novas.” Uma terceira fonte sobre tecnologias e I&D futuras no domínio da energia solar foi o “3.º Simpósio IPES: A Concentração Solar e o Futuro”, realizado na Universidade de Évora, em 1 e 2 de fevereiro de 2016. Neste evento participaram, como oradores, sobretudo especialistas europeus, dando uma perspetiva mais europeia e nacional sobre o tema. Algumas das conclusões apontadas foram: • é necessária I&D a nível dos refletores (maior reflexão, capacidade de autolimpeza, resistência à degradação, maior tempo de vida útil), novos sistemas refletores (alterações do heliostato) e novos sistemas de limpeza; • é necessário estudar novos sais fundidos, transições sólido‑líquido, novos PCM (Phase Change Materials – Materiais de Mudança de Fase) líquidos, ligas metálicas, materiais de mudança da microestrutura, para maior eficiência do armazenamento térmico;
• é fundamental desenvolver economia de escala, nomeadamente através de alterações tecnológicas e do uso de materiais alternativos para a estrutura; • tem que se estudar a CSP a nível de escala, mudança de tecnologias, novos materiais, obtenção de maiores temperaturas e hibridização com outros sistemas de produção de energia; • é fundamental desenvolver materiais resistentes a temperaturas mais elevadas (T>1200º C); • outro campo de estudo futuro é o da produção de fluidos supercríticos para transferência de calor; • deverá também haver pesquisa no que se refere a novos ciclos de conversão, redução de perdas térmicas e combinação com outras tecnologias; • um campo importante é ainda o estudo de produção de combustíveis solares; • a nível das aplicações, faltam ainda aplicações diretas não laboratoriais de alta temperatura a novos processos industriais (como por exemplo, calcinação/cimento, obtenção de materiais refratários, síntese de nanotubos de carbono, endurecimento superficial de metais, sinterização de cobre e de alumina, produção de espumas de alumínio); • sistemas de previsão da radiação solar fiáveis e precisos são também fundamentais na otimização da despachabilidade desta forma de energia. Sumarizando alguns pontos de visão comuns, verifica‑se que a área dos novos materiais será fundamental para o desenvolvimento deste setor energético, que o aumento de escala de algumas tecnologias associadas deve ser concretizado e que não deve haver flutuações significativas no financiamento da I&D e inovação neste domínio. Conclusão Fica assim feita uma rápida perspetiva sobre tecnologias e áreas de I&D a considerar futuramente no domínio da energia solar. É de realçar a importância de ter um mix adequado dos vários tipos de tecnologias de energia, o qual varia de país para país, sendo que, em Portugal, a energia solar deve ter um contributo importante. Bibliografia [1] Armstrong R.C. et al., “The frontiers of energy”, Nature Energy 1, Article number: 15020 (2016), doi:10.1038/n.energy.2015.20 (published online 11 January 2016). www.nature.com/articles/nenergy201520; [2] Report – The Future of Solar Energy: An Interdisciplinary MIT Study led by the MIT Energy Initiative (published online 5 May 2015). http://go.nature.com/oGV7Wa.
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case-study
poupar com energia solar: autoconsumo ou unidade de pequena produção? O investimento nas energias renováveis, mais especificamente com o intuito de poupar com a energia solar, ainda é, apesar de já ter sido mais apetecível aos portugueses, mais rentável do que colocar o dinheiro num depósito a prazo em Portugal. ComparaJá.pt
Porém, os últimos dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE) indicam que no passado mês de maio o "bolo" total do crédito ao consumo disponível em Portugal fixou-se em 12 574 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 320 milhões de euros. Este incremento mensal é o mais elevado em quase dois anos. A partir de um agregado familiar de quatro pessoas – dois adultos e duas crianças – e de dados recolhidos a partir de algumas consultoras, como a FuturSolutions e a Vulcano, a plataforma gratuita de simulação de produ‑ tos financeiros ComparaJá.pt analisou dois possíveis cenários no que toca à utilização de energia renovável solar pela família. O primeiro é referente ao autoconsumo que, tal como o nome indica, destina‑se ao consumo do agregado, e o segundo a uma Unidade de Pequena Produção, cuja energia produzida é vendida para a rede. Autoconsumo versus unidade de pequena produção Antes de avançar para a análise propriamente dita é importante estabelecer a diferença entre painéis solares térmicos e fotovoltaicos, sendo os primeiros transformadores de radiação solar em energia térmica para o aquecimento da água ou similares, e os segundos conversores de energia solar em corrente elétrica.
Quanto às diferenças entre a Unidade de Produção para Autoconsumo e Unidade de Pequena Produção encontram-se na tabela abaixo. Autoconsumo A Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) da fonte renovável injeta a energia produzida na instalação de consumo, se bem que, em casos excecionais, os excedentes podem ser injetados na RESP. O objetivo desta produção é adequar a capacidade de produção ao regime de consumo, minimizando a injeção de energia na RESP, e que a potência de ligação da UPAC seja menor ou igual a 100% da potência contratada na instalação de consumo. Unidade de Pequena Produção O novo regime jurídico da produção distribuída estabelece, para além da modalidade anterior, a produção de eletricidade em regime de Pequena Produção (PP). Mas o que são ao certo as UPP? Podem ser explicadas como unidades de produção com potência de ligação igual ou inferior a 250 kW que injetam, tendo como fonte o sol, toda a energia produzida na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP).
Autoconsumo
Pequena Produção
Atividade de produção e fonte
Sem ligação à rede.
Produção de energia da fonte renovável, com ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP).
Limites da potência
<=100% da potência contratada. Potência instalada não deve ser >2x potência de ligação.
<=100% da potência contratada, até uma ligação máxima de 250 kW.
Requisitos de produção
Energia produzida para consumo.
Energia consumida deve ser => a 50% da energia produzida. Venda da totalidade ao Comercializador de Último Recurso (CUR).
Quota
–
Quota anual de 20 MW.
Remuneração e compensação
–
Tarifa atribuída com base numa licitação na qual os concorrentes oferecem desconto à tarifa de referência.
Contagem
Contagem obrigatória da eletricidade produzida e injetada na RESP com potência instalada superior de 1,5 kW.
Contagem obrigatória da eletricidade injetada na RESP.
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Existem três categorias estabelecidas na legislação, no que toca às tarifas de referência: 1. Categoria I: instalação de apenas uma Unidade de Pequena Produção (UPP); 2. Categoria II: UPP associada no local de consumo com tomada para carregamento de veículos elétricos; 3. Categoria III: UPP associada no local de consumo com coletor solar térmico de área mínima útil de 2 m². Se está interessado em ser produtor e vendedor de energia, eis algumas perguntas e respostas que podem ajudá‑lo: 1. Quem pode ser produtor de uma UPP? Qualquer pessoa, singular ou coletiva, bem como condomínios de edifícios com propriedade horizontal que tenham um contrato de compra de eletricidade. 2. Qual a potência máxima que pode ser instalada? A potência de ligação de uma UPP tem de ser menor ou igual a 100% da potência contratada no contrato de fornecimento e não pode ser superior a 250 kW.
4. Pode consumir‑se e vender‑se o excedente? Não. Toda a produção é vendida e injetada na rede. Caso pretenda consumir a própria energia produzida e, quando aplicável, vender o excedente da produção ao Comercializador de Último Recurso (CUR), deve inscrever‑se no regime de autoconsumo. 5. Qual é a tarifa de venda? A tarifa da energia elétrica produzida pela UPP é remunerada com base num modelo de licitação, no qual os concorrentes oferecem descontos à tarifa base e corresponde ao valor mais alto que resulte das maiores ofertas de desconto à tarifa de referência. Esta é estabelecida em portaria da Direção‑Geral de Energia e Geologia (DGEG) até ao dia 15 de dezembro de cada ano. No ano passado foi de 95€/MWh (0,095€/kWh). Cenário I Unidade de Pequena Produção para um agregado familiar de 4 A família Silva mora numa moradia nos arredores de Lisboa, um T3 com 25 m2 de possível utilização de sistemas de produção de energia,
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3. Como fazer o registo e obter o certificado de exploração? Pode ser feito através do Sistema Eletrónico de Registo de Unidades de Produção (SERUP).
A potência de ligação de uma UPP tem de ser menor ou igual a 100% da potência contratada no contrato de fornecimento e não pode ser superior a 250 kW.
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correspondente à zona D de carga climatérica de risco de incêndio, enquadrando‑se no seguinte intervalo: 15,6 < H ≤ 16,5 MJ/m2, onde “H” é a radiação solar média anual. Em termos de pressupostos energéticos: Potência instalada
4,6 kWp
Utilização anual
1,465 horas
Quantidade produzida (estimativa/ano)
6,739 kWh/ano
Preço de venda Venda de energia (por ano) Consumo da moradia
0,1 €/kWh 674 €/ano 4000 kWh
Por sua vez, o gasto anual em gás natural ronda os 180 euros, uma vez que o custo com aquecimento da água desapareceu devido ao painel solar térmico. Ora, tendo em conta esses pressupostos decidiram instalar uma UPP de painéis fotovoltaicos e um solar térmico, constituindo um investimento inicial de 8,750 euros, aos quais já estão inseridos 100 euros correspondentes ao custo da licença para produzir energia. Com a UPP da família Silva, toda a energia gerada vai ser injetada na RESP, constituindo um esquema de ligação semelhante ao que está abaixo descrito:
A partir da análise do Gráfico, a família Silva terá o break even a partir do décimo segundo ano, conseguindo acumular praticamente 18 000 euros ao longo de 25 anos, que é o tempo médio útil de vida dos aparelhos.
Cenário II Autoconsumo para um agregado familiar de 4 O mesmo agregado familiar pensou de forma diferente: “e se produzirmos apenas energia para o nosso próprio consumo?” Apesar de se assumir que não há qualquer excedente vendido para a rede, o investimento inicial é substancialmente menor, rondando os 3500 euros. Se a família Silva pedir um empréstimo nesse valor para energias renováveis a uma taxa de juro média de 3,8% durante 5 anos, ficaria a pagar qualquer coisa como 784 euros anuais. Para este cenário, as contas são bastante mais fáceis: o gasto com eletricidade acaba e, tal como no cenário anterior, os custos com gás natural são bastante mais reduzidos devido ao painel solar térmico. Neste caso, no final do décimo ano a família terá um valor acumulado de quase 300 euros e, ao fim dos 25, o retorno do investimento acumulado (neste caso a poupança da família) rondará os 8400 euros no fim da vida útil do equipamento.
Para este caso, o kit de autoconsumo fotovoltaico de 750 W com o objetivo de reduzir a conta da eletricidade e produzir parte da energia consumida na habitação. Para utilizá‑lo, a família Silva apenas terá de colocá‑lo no local desejado, ligar a uma tomada elétrica e está feito! É composto, para além de uma estrutura de alumínio para fixação dos módulos adicionada ao kit, por: • 3 módulos fotovoltaicos de 260 W; • 1 microinversor involar MAC500; • 1 microinversor involar MAC250; • 5 metros e ficha de corrente para ligar a uma tomada. Para a instalação da UPAC, a fonte de energia renovável foi ligada diretamente ao inversor, que injeta a eletricidade produzida na instalação de consumo, que neste caso é a casa da família.
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Notas Finais Produzir energia para autoconsumo demonstra, então, ser o mais viável, tendo poupanças substanciais no primeiro, seja em energia elétrica ou gás natural. No entanto, o facto de nem ter de “pagar nada” do seu bolso em termos energéticos logo no primeiro ano após o investimento na UPP, e tendo em conta as receitas previstas a partir do décimo segundo ano, esta opção acaba ainda por ser, de longe, uma opção mais atrativa quando se fala em receitas a longo prazo. Valor do Investimento
Receita durante 25 anos
Acumulado a 25 anos
Unidade Pequena Produção
€8750
€22 790
€17 904
Autoconsumo
€3465
–
€8376
Nota: todos os custos têm pressuposta uma variação da taxa de inflação anual na ordem dos 2%.
Existem alguns bancos a disponibilizar créditos especializados para energias renováveis em Portugal, como Santander Totta, Crédito Agrícola ou Montepio, cuja TAEG média varia entre os 4% e 5% e cujo prazo de pagamento pode ir até aos 120 meses.
Crédito Especializado PARA Energias Renováveis TAEG
1,99%
Montantes
3000 a 8000
Prazos
Notas
24 a 96 meses
Valor calculado para um crédito de 5500€ a 72 meses; inclui as comissões de dossie e de gestão mensal e o imposto sobre a utilização de crédito. TAN de 1,992% (Euribor a 12 meses de fevereiro de 2016, acrescida de spread de 2%). Base cálculo dos juros 30/360. Prestação mensal de 81,30€ e montante total imputado ao consumidor de 6161,39€.
Montepio
4%
TAN
4,80%
3,14%
2000 a 10 000
36 a 120 meses
Valor calculado para um crédito de 5000€ a pagar em 48 meses. Prestação de 114,56€. O total financiado é de 5148,16€ e o montante total imputado ao cliente de 5498,88€, incluindo o custo com seguro Plano de Proteção ao Crédito Individual – Modalidade A – para 1 mutuário, comissão de contratação, juros e imposto do selo pela utilização do crédito, sobre juros e comissões.
Santander Totta
Crédito Agrícola
Instituição
5,52%
3,5%
2500 a 30 000
24 a 120 meses
Valor calculado para um crédito de 5000€ a pagar em 36 meses e uma prestação mensal de 146,51€.
* As simulações foram realizadas sem a máxima bonificação para o consumidor final. ComparaJá Tel.: +351 300 404 240 info@comparaja.pt � www.comparaja.pt
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componentes para instalações a biomassa O termo “biomassa” identifica todos os materiais de origem orgânica (vegetal ou animal) que não sofreram processos de fossilização e que podem ser utilizados como fonte de energia. Por conseguinte, no âmbito destes materiais não se incluem os combustíveis fósseis como o carvão, o petróleo e o gás natural. CALEFFI Portugal
A energia que deriva da biomassa é considerada de tipo renovável. Naturalmente, isto é verdade desde que o seu consumo não tenha um impacto excessivo na biodiversidade, e não roube demasiado terreno às restantes culturas (sobretudo às alimentares), fazendo crescer demasiado os seus custos. Para além disso, a energia que deriva da biomassa é de tipo sustentável, já que não causa um aumento de anidrido carbónico (CO2) no ambiente, gás considerado responsável (ainda que não se disponha de certezas científicas a respeito) pelo efeito estufa. O CO2 emitido pela combustão das plantas é, de facto, o mesmo absorvido por estas na fase de crescimento. O aquecimento com biomassa tem, por isso, um impacto nulo sobre o efeito estufa.
Porém, o que ocorre com as substâncias fósseis é diferente. De facto, a combustão destas substâncias emite para a atmosfera, o carbono por estas absorvido há milhares e milhares de anos, e armazenado no subsolo, isto é, emite para a atmosfera CO2 armazenado anteriormente debaixo da terra. Contudo, deve ser tido em conta que, para evitar fenómenos de poluição do ambiente, a biomassa deve estar isenta de materiais contaminantes. De seguida, abordaremos brevemente a natureza e as formas de biomassa mais utilizadas, isto é, o biogás, os biocombustíveis e os vários tipos de biomassa lenhosa. 62
Biogás É constituído por uma mistura de vários gases (sobretudo metano) produzida através da fermentação anaeróbia (ou seja, na ausência de oxigénio) de matéria orgânica, geralmente proveniente de resíduos orgânicos do lixo, das indústrias agroalimentares e efluentes zootécnicos. A fermentação ocorre em reservatórios adequados. O biogás é usado como carburante e também em instalações de cogeração, isto é, que produzem quer energia elétrica quer calor. Biocombustíveis Da biomassa também se podem extrair diversos tipos de combustíveis. Os mais importantes são o etanol e o biodiesel. O etanol é extraído da fermentação de vegetais ricos em açúcar como beterraba, milho e cana de açúcar. O biodiesel é extraído, por sua vez, a partir das oleaginosas como o girassol, a colza e a soja. Os biocombustíveis são utilizados sobretudo para alimentar motores a diesel. Biomassa lenhosa A madeira constitui o combustível mais antigo utilizado pelo Homem para o aquecimento das habitações e para cozinhar alimentos. Apenas na segunda metade do século XIX teve início a sua substituição gradual por combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo). Depois, a partir da segunda metade do século XX, a sua substituição, pelo menos nos países mais desenvolvidos, foi quase total. Todavia, nos últimos anos, ocorreu uma inversão da tendência devida a diversos fatores, entre os quais: • a forte diminuição das reservas de combustíveis tradicionais; • os danos ambientais causados pelo uso prolongado de combustíveis fósseis; • a disponibilidade, a partir de meados do século XXI, de salamandras e caldeiras a lenha muito mais eficientes, e menos poluentes, do que as usadas até então. Grupo de recírculo anticondensação De modo a impedir a formação de condensação e os perigos inerentes nas instalações com caldeiras tradicionais, evita-se que a água regresse à caldeira demasiado fria.
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arrefecer a caldeira de modo contínuo. Outras vantagens do grupo de recírculo anticondensação são a simplicidade e a facilidade quer de montagem, quer de manutenção. Para além disso, a sua compacidade permite minimizar o espaço que ocupa na instalação, o que é muito útil sobretudo nas pequenas instalações domésticas. CALEFFI Portugal Tel.: +351 229 619 410 � Fax: +351 229 619 420 caleffi.sede@caleffi.pt � www.caleffi.com
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Ciente deste problema, a Caleffi desenvolveu uma válvula que responde a esta exigência. Esta válvula é de tipo de 3 vias com um sensor termostático completamente imerso no fluido. Este elemento regula os fluxos de mistura através da válvula, de modo a poder assegurar temperaturas da água de retorno à caldeira não inferiores ao valor de pré-regulação da própria válvula. Os valores de pré-regulação da válvula são geralmente variáveis (por exemplo: 45, 55, 60, 70° C), de forma a poder assegurar as temperaturas de retorno exigidas pelo fabricante. Estas temperaturas dependem quer da geometria das caldeiras, quer do tipo de materiais utilizados. Especificamente, o grupo de recírculo anticondensação é constituído por um bloco único em latão, no qual estão montados: um circulador, a válvula anticondensação, uma válvula de circulação natural de clapet e três válvulas de interceção de esfera. A válvula de circulação natural de clapet tem a função de tornar possível a circulação natural do fluido, mesmo se o circulador parar, por exemplo devido à falta de energia elétrica. Esta função é muito importante, já que assegura sempre uma circulação mínima do fluido permitindo, portanto,
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seminário EPLAN Experience: passaporte para uma maior eficiência Hoje em dia, a eficiência em engenharia é de extrema importância, mas o que é efetivamente uma “engenharia eficiente”? As exigências do mercado atual aumentaram e para responder aos desafios é quase unânime a ideia que são necessárias mais horas de trabalho, mais dedicação e mais stress.
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Mas e se isso não for necessário? Não se trata de produzir mais nem mais rápido, mas sim de produzir melhor para reduzir os tempos de fabrico e de entrada dos produtos no mercado. E o fator chave para que tal aconteça passa por otimizar os processos de trabalho, de forma a obter melhorias sustentáveis no futuro da empresa. Com o intuito de mostrar como é que cada área específica de uma empresa pode ser o mais eficiente possível, a M&M Engenharia Industrial realizou no dia 28 de maio, no Porto, o seminário EPLAN Experience, onde deu a conhecer um conceito inovador e modular que combina a tecnologia certa com uma experiência e visão precisas para a obtenção de uma engenharia em menos tempo, com menos custos e maior qualidade. Aplicável a qualquer empresa, independentemente da sua dimensão, localização ou área, o EPLAN Experience otimiza os projetos de engenharia através de 8 áreas de ação que se podem definir como sendo as áreas específicas das operações de uma empresa que precisam ser rentabilizadas para se tornarem mais eficientes. Começando por reconhecer que uma percentagem muito elevada dos custos de um projeto se devem ao Departamento de Engenharia, iniciou‑se o seminário com a ideia de que é fundamental avaliar as necessidades concretas de cada empresa. Foi rapidamente unânime a opinião de que para se obter uma engenharia eficiente é necessário um foco nas tarefas que conferem valor acrescentado à engenharia individual.
Com uma apresentação bastante demonstrativa, José Meireles e David Santos da M&M Engenharia Industrial, abordaram três das áreas de ação que compõem o conceito EPLAN Experience. Através das áreas de ação “Normas e Padrões”, “Estrutura do Produto” e “Configuração da Plataforma” foi possível conhecer os métodos de desenvolvimento mais atuais, baseados na reutilização e na engenharia funcional, conhecer como estruturar os produtos sob uma abordagem de engenharia individual, aprender como reutilizar ao máximo os dados dos projetos e como trabalhar com projetos de macros EPLAN. De salientar que o EPLAN Experience pode ser implementado onde é mais necessário, ao ritmo que mais se adequa à empresa podendo iniciar‑se em qualquer área de ação. José Meireles deu ainda uma visão de como as empresas internacionais se estruturam em matéria de processos e abordou a importância da inovação com exemplos práticos da experiência que possui relativamente ao que tem sido feito nos países vizinhos. O responsável EPLAN, salientou que “seguir sempre os mesmos processos dá uma sensação de segurança enorme aos utilizadores dos softwares” mas alertou para o facto de “essa mesma segurança nem sempre consegue garantir os processos de engenharia mais eficientes já que a estagnação não permite que uma empresa siga as tendências do mercado e responda às exigências dos clientes que são cada vez maiores.” A ideia de que a inovação é um fator de sucesso para todas
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as empresas de qualquer ramo de atividade foi ainda complementada com um vídeo que mostrou como o desafio e a aventura são promotores do desenvolvimento e do crescimento. José Meireles deixou claro que ao tornar as práticas de engenharia mais eficientes, o EPLAN Experience vai criar vantagens competitivas mais evidentes e específicas, tais como a gestão estratégica da inovação através de um ambiente TI de elevado desempenho, uma entrada mais rápida no mercado, uma gestão otimizada dos recursos e uma maior competitividade internacional. Tomando o exemplo da configuração que define e implementa os ajustes do ambiente de trabalho ideal, chegou‑se à conclusão de que se pode atingir o potencial de uma economia de tempo de 20 até 80%. A presença participativa de todos os convidados fez com que o seminário EPLAN Experience tenha sido marcado pela soma de valores, pela agregação de conhecimento e pela partilha de experiências. A área de ação “Estrutura do Produto” foi também muito apreciada pelos participantes que aprofundaram os conhecimentos sobre um método claro para estruturar máquinas e sistemas ficando com a certeza de que com um produto definido e uma clara estrutura tecnológica será fácil estabelecer uma boa base para a automação e colaboração interdisciplinar. A dúvida quase geral de ser ou não efetivamente possível poupar tempo a desenvolver projetos de macros ficou, assim, esclarecida e complementada com a informação dada por David Santos de que “os dados só precisam estar bem orientados à função e à infraestrutura para que tal aconteça. Em projetos de macros uma das expansões do EPLAN é, aliás, poder validar‑se uma função ou conjunto de funções tendo a certeza de que todas as restantes vão também ser melhoradas ou reestruturadas.” A resposta a esta e outras questões foram importantes para ajudar a perceber quais os benefícios para cada realidade empresarial, qual a funcionalidade do software EPLAN tendo em conta a interação com outros produtos e como é possível enfrentar os desafios de hoje e do futuro com o aumento da eficiência dos processos de desenvolvimento através da tecnologia de automação. No final, o objetivo do seminário em fazer refletir sobre a melhor opção para otimizar os métodos de trabalho e rentabilizar ao máximo as ferramentas EPLAN foi totalmente cumprido. De acordo com Noémio Milhazes, da Inese – Inovação em Sistemas Elétricos, Lda., “as empresas não têm todas o mesmo perfil nem as mesmas necessidades, por isso o EPLAN Experience é útil para ajudar a eleger o método de desenvolvimento mais adequado de acordo com o perfil dos projetos que se criam. Adquirir as ferramentas iniciais para implementar os primeiros
EPLAN no Colégio de Gaia. O futuro prepara‑se hoje! Todos os anos o Colégio de Gaia organiza uma exposição para destacar o caráter experimental e multifacetado do ensino ministrado. Este ano, a ExpoColGaia – 2016 realizou‑se no dia 14 de abril e contou com a presença de um especialista certificado EPLAN da empresa M&M Engenharia Industrial que distribui, em Portugal, as aplicações da EPLAN Software & Service. Desde 2008 que o Colégio de Gaia faculta aos alunos aplicações EPLAN ministrando, assim, uma formação de qualidade atualizada com a realidade empresarial. Este ano, os alunos do 11.º ano do curso de Produção e Controlo Industrial e do 11.º e 12.º anos do curso de Eletrónica Industrial e Automação (EIA) tiveram a oportunidade de obter uma visão global do mercado na área da engenharia e da importância das aplicações EPLAN nos mais variados setores de atividade desta área. Durante a apresentação foi possível visualizar um vídeo que mostrou a digitalização, de ponta a ponta, da produção em 3 dimensões. Da gestão à produção, o vídeo descreveu a colaboração da EPLAN, da Rittal e da Phoenix Contact na abordagem à engenharia dos quadros de comando, da distribuição elétrica e da técnica de automação. Através do vídeo foi unânime o entendimento de que para se conseguir processos automatizados e uma maior eficiência na engenharia é necessário que os utilizadores das máquinas e sistemas estejam bem preparados e possuam conhecimentos sobre a aplicação em que trabalham para obterem resultados eficazes. Sendo a EPLAN uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções CAE que assumem, cada vez mais, uma forte expressão no mercado, a divulgação dos produtos EPLAN junto de instituições de ensino é bastante importante. Não só porque mostra mais uma possibilidade de desenvolver projetos através de processos mais eficientes, como possibilita o enriquecimento académico dos estudantes na sua ingressão no mercado de trabalho. “O Colégio de Gaia tem uma experiência de mais 30 anos na formação de técnicos de nível secundário, em que a experimentação prática andou sempre de mãos dadas com a fundamentação teórica. O sucesso dos alunos, ao longo destes anos, é a nossa melhor prova de que a matriz seguida pelo Colégio de Gaia, relacionando as competências do saber fazer com as do saber saber, está adequada às necessidades dos alunos que nos procuram e das empresas que colaboram connosco. As tarefas a realizar pelos nossos alunos são muito variadas, o conhecimento do EPLAN, bem como de outros saberes lecionados no curso EIA, é determinante na execução de tarefas em empresas parceiras”, destaca Paulo Ferreira, Diretor do Curso de Eletrónica Industrial e Automação e professor do grupo de eletrónica. A visita, que pretendeu estreitar as relações entre o ensino e o meio empresarial, foi promovida pelo Gabinete de Inserção na Vida Ativa (GIVA) que, desde a sua criação em 1998, desenvolve diversas iniciativas de apoio à transição dos alunos do Colégio para a Vida Ativa e Profissional. Inseridos nas atividades dinâmicas da exposição, foi ainda possível assistir a diversos laboratórios abertos à comunidade onde estiveram patentes trabalhos e iniciativas, muitas das quais interativas, dos alunos que frequentam a instituição. No final, os alunos partilharam da ideia de que é extremamente importante uma atualização constante com a realidade empresarial fazendo uso durante a formação de aplicações e software de topo. Durante a manhã, houve ainda oportunidade para contactar com o profissional que fez a apresentação e de colocar questões diretas sobre as atividades que desenvolvem no curso. As soluções CAE são, cada vez mais, uma realidade na indústria portuguesa e o ensino deste tipo de sistemas é uma mais‑valia quando incluído nos planos curriculares quer das instituições de ensino superior quer das escolas profissionais. O conceito EPLAN Education constrói uma ponte perfeita entre a experiência prática industrial e as necessidades de educação e formação avançadas. A M&M Engenharia Industrial distribui o EPLAN Education desde o lançamento do conceito em 2007 e, desde então, foram utilizadas cerca de 1400 licenças para o ensino. O EPLAN Education é composto por duas partes: a educacional (EPLAN Education para salas de aula) e a licença gratuita (EPLAN Education para estudantes). Fique a saber mais sobre ambas em www.eplan.pt/pt/eplan‑education.
passos na alteração dos processos de trabalho é extremamente vantajoso no aumento da competitividade das empresas.” A apresentação de ideias como solução para os problemas que se encontram diariamente no
desenvolvimento dos processos de engenharia foi a mais‑valia deste seminário que irá contar com novas sessões ainda durante este ano. Para obter mais informações sobre o EPLAN Experience visite a página www.eplanexperience.pt. 65
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inovação da Viessman evita sobreaquecimento dos sistemas solares térmicos A tecnologia com paragem por temperatura ThermProtect vem resolver o crónico problema do sobreaquecimento nos coletores solares planos, tornando desnecessário o recurso a equipamentos adicionais de dissipação. A Viessmann desenvolveu um tratamento seletivo para os absorvedores, recorrendo ao óxido de vanádio, uma estrela em ascensão na família dos materiais inteligentes. por Carlos Alberto Costa
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O sobreaquecimento era, até agora, um dos riscos mais sensíveis nos sistemas solares térmicos, representando um potencial dano para os componentes do sistema. A Viessmann, um dos maiores grupos mundiais no fabrico de sistemas industriais, de aquecimento e de refrigeração, lançou no mercado uma inovação que vem autolimitar este efeito negativo. Apresentado à imprensa numa sessão que decorreu a 28 de abril no Lagoas Park Hotel, em Oeiras, trata‑se do primeiro tratamento seletivo do absorvedor para coletores planos, uma tecnologia inteligente que autolimita a absorção de energia a partir dos 75 graus centígrados, protegendo o sistema do sobreaquecimento e da formação de vapor. Mónica López, Gestora de Produto na Viessmann, e Olga Duarte, da Direção Comercial da Termomat, empresa que representa em Portugal os produtos da multinacional de origem alemã, apresentaram a nova gama solar Vitosol FM, enquadrando a inovação tecnológica num contexto de recuperação do mercado da energia solar térmica. “O Grupo Viessmann aposta na energia solar pois, cada vez mais, os projetistas necessitam de assegurar que os edifícios sejam mais eficientes e por isso buscam soluções para conseguirem as prestações energéticas exigidas. Este é o cenário. Porém, quando avaliamos o retorno
de uma tecnologia não temos só que nos fixar na poupança de energia propriamente dita, mas também assegurar que é rentável para todos e também nos benefícios que trará em termos ambientais”, refere Mónica López. Olga Duarte lembra, a este propósito, o enquadramento legal em Portugal que apenas obriga a instalar equipamentos de captação solar em novos edifícios – as obras de reconversão não têm essa obrigatoriedade – a que se junta, ainda, alguma dúvida instalada sobre a rentabilidade do investimento solar térmico. “Queremos demonstrar que é possível conciliar a rentabilidade do investimento com a sua eficiência e valor ambiental”, salienta a representante da Termomat. Mónica López acrescenta: “Pretendemos assegurar que a poupança energética é conseguida com uma tecnologia que minimize problemas. É com este foco que a Viessmann desenvolve tecnologias e equipamentos de alto rendimento e fiáveis na altura do seu funcionamento. Em Portugal, tal como em Espanha, o setor solar térmico atravessou momentos em que não estava bem visto, sobretudo devido à obrigatoriedade de colocação. Os painéis solares eram colocados porque era obrigatório. Depois, logo nos preocupávamos com a poupança. Torna‑se necessário romper esta tendência, pois o solar é uma tecnologia que convive bem com outras, renováveis ou não renováveis.”
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“O aumento na poupança energética depende cada vez mais da incorporação de novas tecnologias num setor como o solar que já atingiu um patamar maduro e fiável. Estamos há muitos anos no setor e temos assistido a melhorias contínuas na potência dos equipamentos, no seu rendimento e na consequente poupança energética. No entanto, o sucesso de qualquer instalação tem que ser garantido desde o início, ainda na fase do planeamento. O projetista tem que ter em conta as exigências reais do edifício e ajustar os equipamentos às necessidades e também é preciso que a execução técnica seja correta e segura. E o mesmo sucede com a manutenção. É fundamental seguir estes três parâmetros, pois de outra forma não vamos conseguir a poupança energética que se pretende com o solar térmico”, refere a Gestora de Produto. Energia no tempo certo “Como fabricantes temos trabalhado para melhorar continuamente distintas caraterísticas dos componentes dos painéis solares para conseguir mais rendimento. Por exemplo, os vidros anti‑reflexivos, para que a radiação solar atravesse o vidro e chegue ao absorvedor, a parte mais importante do equipamento, mas também materiais resistentes a grandes amplitudes térmicas e isolamentos cada vez mais eficientes para reduzir as perdas. Ainda assim, temos pela frente a grande problemática na energia solar térmica, que é o desequilíbrio entre a necessidade da energia num determinado momento e a disponibilidade dessa energia. É no inverno que aumentam as necessidades de aquecimento ou águas quentes, e é também neste período que há uma menor radiação solar disponível. Quando aumenta a radiação disponível e necessitamos menos dela, caso dos meses de verão não temos como a dissipar e ocorre um desequilíbrio que nos painéis solares se traduz em picos de sobreaquecimento”, explica Mónica López. “Se o painel regista acumulação plena e apesar disso continua a receber radiação, o líquido solar que se encontra no seu interior, que absorve o calor e o transporta até ao acumulador, pode sofrer evaporação. O líquido solar é composto por água e propilenoglicol, uma substância orgânica que se degrada quando submetida a excesso de energia. No limite, é necessário limpar o circuito, o que implica a paragem do equipamento”, refere a Gestora de Produto na Viessmann. Até agora, o controlo do sobreaquecimento ou a dissipação térmica podiam ser assegurados por tecnologias como o “drain back”, em que o líquido solar é drenado ao alcançar a temperatura máxima, o “Heatpipe” – também patenteado pela Viessmann ‑, que interrompe a transferência de calor, os sistemas que funcionam a água, ou os aerotermos que são dissipadores de energia.
“Todos estes sistemas têm vantagens e desvantagens. A Viessmann, assumindo que era necessário resolver o sobreaquecimento, fê‑lo no local onde se produz, ou seja, no absorvedor, a lâmina que reveste a superfície inferior de vidro e que dá ao painel a sua caraterística cor azulada. Com esta nova gama Vitosol FM de coletores planos com mínima temperatura estagnada, essa lâmina é submetida a um tratamento seletivo com um material que impede a formação de vapor e consegue autolimitar a captação de energia sem a necessidade de introduzir qualquer equipamento acessório”, diz‑nos Mónica López. Elasticidade estrutural O absorvedor recebe um tratamento termocrómico e as propriedades óticas mudam consoante a quantidade de temperatura recebida. Em relação a um painel convencional, que acima dos 75 graus continuaria a captar energia sobrecarregando os componentes do sistema, a nova geração com ThermoProtect aumenta a emissão de radiação de calor a partir dessa temperatura, ou seja, “expulsa” o excesso, mantendo o sistema em carga plena e em equilíbrio térmico. Este tratamento seletivo no absorvedor foi conseguido recorrendo a um super‑material, o óxido de vanádio, um composto químico com elasticidade estrutural que é já uma ‘estrela’ em ascensão na investigação eletrónica e robótica e nos vidros ‘inteligentes’. As moléculas de óxido de vanádio reagem em ciclos automáticos infinitos, de contração e de expansão, consoante a
intensidade de temperatura que recebem, assegurando a mudança estrutural necessária para, a partir de determinado grau, emitirem a energia em vez de a captarem. “É uma inovação mundial neste setor.Trata‑se do primeiro coletor plano com capacidade para controlar a admissão da energia ao atingir uma determinada temperatura”, resume Mónica López. Segundo o fabricante, os equipamentos com paragem por temperatura ThermProtect asseguram um idêntico rendimento e têm um dimensionamento e um custo semelhante face aos sistemas solares já comercializados pela Viessmann. “Os preços vão manter‑se em relação aos equipamentos já disponíveis. A Viessmann vê esta inovação sobretudo como um investimento competitivo”, salienta Olga Duarte, da Direção Comercial da Termomat, representante em Portugal dos produtos da multinacional de origem alemã. Fundada por Johann Viessmann em 1917, em Hof and der Saale, na Baviera, a Viessmann emprega atualmente 11600 pessoas e tem presença em 120 países, através de sociedades de produção, sociedades distribuidoras e filiais. A expansão internacional começa nos anos 70 com a abertura da primeira fábrica fora da Alemanha, em Faulquemont, França. Em 1976, a Viessmann iniciou a produção de coletores solares, a que se seguiriam anos de forte desenvolvimento tecnológico na área dos sistemas solares térmicos, com foco na eficiência e sustentabilidade. 67
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9.º Encontro dos Integradores Weidmüller: renovar o ciclo Coimbra foi palco, a 6 de maio, de mais um Encontro de Integradores Oficiais da Weidmüller no Anfiteatro do renovado Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, o Laboratório Chimico mandado construir pelo Marquês de Pombal em 1772 para ser o primeiro laboratório português para o ensino e investigação da química em Portugal. por Helena Paulino fotografia por MXL Fotografia + Imagem
Nesta 9.ª edição do evento estiveram presentes cerca de 80 integradores oficiais da Weidmüller onde receberam os seus certificados, num convívio animado entre os integradores oficiais da Weidmüller em Portugal e os representantes da marca. Deodato Taborda Vicente, Diretor‑Geral da Weidmüller Portugal, recebeu os integradores oficiais com uma palavra de apreço por terem comparecido ao evento e por continuarem a apostar na marca Weidmüller. Desvendou qual o segredo do sucesso dos 160 anos em que ligaram pessoas, mercados e indústrias em todo o mudo, que passa pelo desempenho, competência e fiabilidade. Por tudo isso são dos parceiros favoritos para muitas indústrias – de máquinas, de processo, de energia, de transportes e fabricantes de equipamentos – na conetividade, pela inovação dos produtos, soluções e serviços que apresentam para implementar no ambiente industrial e assim responder às necessidades individuais e aos desafios crescentes com o aparecimento da Indústria 4.0 e do conceito da “fábrica inteligente”. Parceiros win‑win José Catarino, Diretor Comercial da Weidmüller, começou por homenagear parceiros que estiveram presentes nos primeiros encontros de quadristas oficiais da Weidmüller e por via das circunstâncias já não se encontram entre nós: Luís Filipe Margarido e Paulo Paraty. José Catarino foi ao passado relembrar o ano de 1999 em que se deu o início do Programa de
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Quadrista Oficial Weidmüller, sendo este um programa inserido no Manual da Qualidade Weidmüller certificado pela TÜV. Seis anos volvidos, este programa evoluiu para o Integrador Oficial da Weidmüller. Algumas histórias e fotografias foram relembradas, e José Catarino explicou que este programa pretende cimentar o relacionamento da Weidmüller com os clientes integradores mais importantes em Portugal de forma a criar uma relação win‑win, e assim conquistar vantagens realmente competitivas para ambas as empresas. O Programa Integrador Oficial Weidmüller pretende assegurar uma série de benefícios, serviços e recursos exclusivos para os seus membros, ou dito por outras palavras, a Weidmüller oferece um pacote de benefícios aos seus clientes preferenciais para responder às suas necessidades e expetativas da melhor forma. E do outro lado espera‑se que os membros do Programa Integrador Oficial Weidmüller utilizem, de forma preferencial, a vasta gama de produtos e serviços da Weidmüller nos seus trabalhos diários. A Weidmüller desde que iniciou este programa que se comprometeu com os seus membros a dar prioridade no tratamento das suas encomendas, a instalar de forma gratuita os softwares Rail designer, Galaxy e Mprint‑Pro, ter um serviço pós‑venda para ferramentas e máquinas automáticas que inclui a minimização de prejuízos quando há uma avaria ou é necessária uma manutenção. E, além disso, a Weidmüller efetua as etiquetas de identificação na Print Marking System sem custos para os membros deste
reportagem
programa, caso estes tenham o sistema de marcação avariado ou em manutenção. Ao ser integrador oficial da Weidmüller ainda tem direito a uma formação gratuita relativamente aos produtos e a ser o primeiro a ter conhecimento das últimas novidades em sistemas de interface. Este programa assenta em 4 pilares: benefícios mútuos com troca de informações e experiências, vantagens competitivas com acesso às melhores condições do mercado, a fidelização do cliente com acordos anuais e ao ser a 1.ª escolha dos clientes, e por fim, talvez o pilar mais fundamental – a criação de uma verdadeira relação win‑win. No final foi visualizado por todos um pequeno filme com imagens de outros encontros num resumo de todo o percurso que a Weidmüller efetuou com os integradores que são, sobretudo, os seus parceiros. parte de todos os outros. José Catarino reparou num facto observado este ano: havia mais mulheres na sala e mais mulheres a receber o certificado de Integrador Oficial da Weidmüller. Concluiu que o mundo está a mudar em muitas perspetivas, até mesmo na forma da estrutura das indústrias e organização das mesmas com o
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Música, convívio e boa disposição Depois de apresentar o programa e as suas vantagens era tempo de entregar a cada integrador o seu certificado de Integrador Oficial da Weidmüller, um agradecimento especial e mais pessoal, seguido de um forte aplauso por
contributo da Indústria 4.0, e até os profissionais no mercado estão a mudar havendo um crescimento de profissionais do sexo feminino num mundo marcadamente masculino. Rafael Fiestas Hummler, novo Vice‑Presidente Executivo da Weidmüller do sul da Europa agradeceu a forma simpática e amável como foi recebido no evento. Explicou que em 2016 a Weidmüller pretende renovar um novo ciclo num mundo em constante mudança e falou da Hanôver Messe 2016 e do privilégio do Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, ter selecionado o stand da Weidmüller como dos poucos que visitou no certame. Além de um privilégio foi também um orgulho para todos aqueles que trabalham na empresa alemã. Depois de uma fotografia de grupo, o evento continuou com um cocktail de convívio no Centro Cultural D. Dinis onde os presentes tiveram a oportunidade de ouvir a Tuna Académica de Medicina e as Mondeguinhas onde muitos reviveram os tempos de juventude. E o evento terminou com um jantar acompanhado de fado de Coimbra ao vivo, muito convívio, histórias antigas e outras mais recentes, muito boa disposição e, sobretudo, grandes parcerias e amizades.
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informação técnico-comercial
a estreia de Syngineer Na Feira de Hanôver, as empresas EPLAN e CIDEON apresentaram Syngineer, uma plataforma de comunicação e informação inovadora que oferece a base para as empresas de engenharia de máquinas e instalações industriais. M&M Engenharia Industrial, Lda.
Os softwares MCAD, ECAD e PLC estão agora interligados diretamente através da estrutura mecatrónica, o que simplifica a sincronização entre disciplinas acelerando, assim, o projeto de engenharia e o desenvolvimento de processos em engenharia mecânica, engenharia de controlo e engenharia de software. Hanôver marcou o lançamento de Syngineer, uma nova plataforma de comunicação e informação que permitirá operações mecatrónicas entre equipamentos e diferentes disciplinas de engenharia. Fornece uma introdução fácil à engenharia mecatrónica que suporta a colaboração entre a engenharia mecânica e engenharia de controlo e o software de PLC. Syngineer molda a estrutura mecatrónica da máquina em função das especificações, funções e componentes. Esta plataforma de comunicação oferece uma entrada escalada para empresas de todos os tamanhos que procuram um eficiente suporte de engenharia, uma comunicação rápida e direta e resultados rápidos. Todos os requisitos de uma máquina recebem uma descrição mecatrónica dentro de Syngineer para os representar de forma transparente a todas as disciplinas de engenharia envolvidas no projeto. Maximilian Brandl, Presidente da EPLAN e CIDEON explica: “Com Syngineer oferecemos uma visão coletiva da máquina a fabricar. A coordenação e os esforços administrativos entre os diferentes processos de engenharia são estruturados e automatizados, fazendo com que o projeto de engenharia e os processos de desenvolvimento sejam paralelos, encurtando‑os consideravelmente.”
Sincronização dos processos de engenharia No entanto, na condição prévia para que isto aconteça, é necessário que todas as disciplinas de engenharia envolvidas no processo coincidam numa estrutura mecatrónica, clara, uniforme e transparente. Os requisitos e as funcionalidades são definidos e documentados dentro dessa estrutura para que, por exemplo, os requisitos do cliente e a sua implementação em tecnologias e funções formem a base dessa estrutura. E isso pode ser especificado em detalhe ao nível dos componentes mecatrônicos. O ângulo de possibilidades é tão grande que vai desde estruturas simples a estruturas complexas no campo da engenharia de sistemas. Complemento para sistemas nativos Os diferentes sistemas nativos ‑ EPLAN, MCAD e software PLC – estão ligados através de um navegador complementar que os coneta à plataforma de comunicação Syngineer. Além disso, uma grande variedade de sistemas MCAD pode ser admitida na primeira fase de comunicação. Numa segunda etapa, a paralelização dos processos de engenharia de 70
diferentes disciplinas – que atualmente são executados de forma sequencial ‑ aumenta substancialmente. Para isso, os componentes dos diferentes sistemas nativos ligam‑se com a estrutura mecatrónica em Syngineer com um apenas “arrastar e soltar”. EPLAN, como fabricante de software CAE e CIDEON, como especialista em processos de engenharia mecânica e software CAD contribuíram com a sua experiência. A colaboração, pela primeira vez, com 3S‑Smart Software Solutions (Codesys), líder no setor da automação, programação de PLC e simulação de controlo, acrescentou conhecimento na área de desenvolvimento de software para PLC. Naturalmente, Syngineer foi desenvolvido para ser um sistema aberto que pode integrar outros sistemas nativos no futuro. Processos interdisciplinares A nuvem (Cloud Technology) é necessária para conetar as disciplinas de forma efetiva. Oferece a opção de comunicar em tempo real, em todo o mundo. Instala‑se um hospedeiro na nuvem que pode ser acedida através de um navegador. As mudanças ou novas especificações podem ser atribuídas diretamente à disciplina correspondente. Tudo isso será reportado ao mesmo tempo, e depois de completar a tarefa, será atualizado o estado final mecatrónico. As notificações automáticas das alterações previnem erros e permitem a comunicação segura entre Departamentos. Funções de chat e comentário Uma vez que os sistemas nativos estão ligados através da plataforma de comunicação, os engenheiros de desenvolvimento podem comunicar mais entre si usando o chat. Além disso, os engenheiros são informados das alterações através de um sistema automático de notificações. Por exemplo, o engenheiro mecânico e o responsável pelo desenvolvimento de software recebem uma notificação automática quando o engenheiro elétrico muda o modelo do motor elétrico. Todos tomam conhecimento imediato se essa alteração afeta o seu trabalho.
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Listas de materiais mecatrónicos O que é essencial é que Syngineer não compete com sistemas PDM ou PLM, mas expande as suas capacidades. Os processos de disciplinas específicas vão continuar a ser geridos por sistemas PDM/PLM comuns. Relacionando os componentes de sistemas PDM/PLM com a plataforma de comunicação Syngineer obteremos as listas de materiais mecatrónicos para os sistemas PDM/ PLM. Graças a isso, as listas de materiais mecânicos e elétricos já não precisam ser revistas manualmente para evitar duplicados quando se realizam encomendas. Um requisito para esta funcionalidade é que tanto o projeto mecânico como os esquemas elétricos tenham um interface com os sistemas PDM/PLM, interface que já foi desenvolvido pela EPLAN e CIDEON para os diferentes sistemas PDM/PLM. Os benefícios de Syngineer num relance • Transparência completa: sobre o estado e o nível de conclusão do desenvolvimento do produto através de várias disciplinas; • Ó tima colaboração: a integração de sistemas nativos permite a inter‑relação dos componentes com a estrutura mecatrónica; • Profunda integração: sistemas MCAD, ECAD e PLC são conetados entre si de forma direta através da estrutura mecatrónica; • Introdução escalada: Syngineer oferece a possibilidade de começar a trabalhar gradualmente o conceito de engenharia mecatrónica; • Troca de informações em tempo real: sempre atualizada sobre as mudanças e o estado atual do projeto; • C omunicação direta: os engenheiros de desenvolvimento podem comunicar com as restantes disciplinas envolvidas no projeto através do Syngineer; • L ista de materiais mecatrónicos: as instruções do fabricante para obter uma lista sincronizada de materiais são transmitidas para os respetivos sistemas PDM/PLM; • Sistema aberto: Syngineer é um sistema aberto à conexão e integração com outros sistemas nativos e sistemas PDM/PLM.
Imagens: Eplan Software & Service.
M&M Engenharia Industrial, Lda. Tel.: +351 229 351 336 � Fax: +351 229 351 338 info@mm‑engenharia.pt � info@eplan.pt www.mm‑engenharia.pt � www.eplan.pt
informação técnico-comercial
Biocooler Arrefecimento 100% natural ideal para grandes edifícios
A melhor solução para um arrefecimento eficaz no interior de edifícios de grandes dimensões, pavilhões industriais, polidesportivos, discotecas. Purifica, arrefece e extrai ar viciado, focos de calor, gases nocivos. Ao instalar o Biocooler Chatron tem a garantia de arrefecer, purificar, ventilar e extrair por sobrepressão ar viciado e focos de calor. Chatron, Lda.
Funcionamento do Biocooler Estes equipamentos utilizam uma fácil mas sofisticada técnica de arrefecimento por evaporação, na qual um grande caudal de ar é insuflado no interior dos edifícios, levando a um conforto que de outra forma seria praticamente impossível de conseguir. O Biocooler Chatron transfere ar purificado e arrefecido a um local, conseguindo um ambiente mais leve e confortável.
Economia de Instalação Devido à sua fácil e rápida montagem e ao seu baixo custo de aquisição. Economia de funcionamento Pelo seu reduzido consumo de energia, 10 000 m3 de ar = 1,5 kW/h, juntamente com o consumo médio de água equivalente a 52L/H, correspondente a 55‑60% HR. Economia de manutenção Duas limpezas anuais dos painéis filtrantes e a verificação geral do equipamento. Requisitos para instalação: • E strutura de suporte; • Instalação eléctrica necessária de acordo com a tensão e consumo de energia em kW; • Abastecimento de água até ao local de instalação. Tabela de temperaturas Na tabela da página seguinte temos um exemplo para um painel de 50 mm de espessura e uma velocidade de aspiração de 1,5.
Figura 1 Instalação de Biocooler em cobertura de pavilhões industriais.
Figura 2 Fachada da fábrica da Chatron.
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Figura 3 Esquema de funcionamento do Biocooler.
informação técnico-comercial
temperatura exterior
Humidade Relativa Exterior
18ºC
20ºC
22ºC
24ºC
26ºC
28ºC
30ºC
32ºC
33ºC
34ºC
35ºC
36ºC
37ºC
38ºC
39ºC
40ºC
42ºC
43ºC
44ºC
45ºC
20%
10,4ºC 12,2ºC 13,5ºC
15ºC
16,5ºC 17,5ºC 20,4ºC 21,9ºC 22,7ºC 23,4ºC 24,2ºC 25,0ºC 25,7ºC 26,5ºC 27,2ºC 28,0ºC 29,5ºC 30,2ºC 31,0ºC 31,7ºC
25%
11,4ºC 13,2ºC 14,5ºC
16ºC
17,4ºC
30%
12,4ºC 13,7ºC 15,4ºC
17ºC
18,5ºC 20,2ºC 21,9ºC 23,5ºC 24,3ºC 25,1ºC 26,0ºC 26,8ºC 27,6ºC 28,4ºC 29,2ºC 30,0ºC 31,7ºC 32,4ºC 33,3ºC 34,1ºC
40%
13,5ºC 15,5ºC 17,2ºC
19ºC
20,7ºC 22,4ºC 23,3ºC 25,0ºC 25,9ºC 26,7ºC 27,6ºC 28,4ºC 29,3ºC 30,1ºC 31,0ºC 31,8ºC 33,6ºC 34,4ºC 35,3ºC 36,1ºC
50%
15,2ºC 17,1ºC 18,8ºC 20,7ºC 22,5ºC 24,2ºC 24,6ºC 26,4ºC 27,3ºC 28,2ºC 29,1ºC 30,0ºC 30,8ºC 31,7ºC 32,6ºC 33,5º< 35,3ºC 36,2ºC 37,0ºC 38,0ºC
60%
16,8ºC 18,7ºC 20,5ºC 22,4ºC 24,3ºC 26,1ºC 25,9ºC 27,7ºC 28,6ºC 29,5ºC 30,4ºC 31,3ºC 32,3ºC 33,2ºC 34,1ºC 35,0ºC 36,8ºC 37,8ºC 38,7ºC 39,6ºC
21,2ºC 23,0ºC 23,5ºC 24,3ºC 25,1ºC 25,9ºC 26,7ºC 27,5ºC 28,2ºC 29,0ºC 30,6ºC 31,4ºC 32,2ºC 33,0ºC
adequada em cada instante para mantermos o nível de temperatura próximo da selecionada. Para o controlo do nível da humidade relativa do local o sistema responde com modulação (On‑Off) das bombas circuladoras de água, mantendo o limite máximo da humidade seleccionada pelo operador. Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 � Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt
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Controlo Automático de Temperatura e Humidade A Chatron desenvolveu um quadro eletrónico para controlo de temperatura e de humidade relativa, baseada num microcontrolador e num conversor de frequência. É possível ao utilizador selecionar o valor de temperatura requerido para o local e as unidades responderem com a máxima eficiência energética, trabalhando com a potência
19ºC
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informação técnico-comercial
biomassa, energia limpa, energia sustentável A VENTIL - Engenharia do Ambiente, Lda. desenvolve, produz e instala, desde 1971, sistemas de proteção ambiental e sistemas de produção de energia térmica a partir de biomassa. César Tavares, Sócio e Gerente da VENTIL – Engenharia do Ambiente
Com quase 45 anos de existência e mais de 800 equipamentos instalados em toda a Europa, a total satisfação dos nossos clientes, a qualidade e durabilidade dos nossos produtos e o acompanhamento diário da inovação tecnológica da nossa área de atuação, são e continuam a ser as nossas maiores preocupações. Promovemos a sustentabilidade ambiental e energética dos processos produtivos e tecnológicos, desenvolvendo soluções na área da produção de energia a partir de fontes renováveis com base nos recursos da biomassa e desenvolvendo tecnologias e processos de controlo e minimização das emissões de poluentes para a atmosfera. A VENTIL é uma unidade industrial especializada em construção metalomecânica de caldeiras industriais e sistemas de proteção ambiental, tem cerca de 80 trabalhadores, exporta cerca de 75% da sua faturação global e é uma empresa certificada pela NP EN ISO 9001:2008 (Sistemas de Gestão da Qualidade) desde 1999. Áreas de atividade O uso da biomassa São reconhecidas pelo consumidor vantagens da biomassa como a viabilidade económica desta fonte energética, a diminuição do risco de incêndios, a redução da dependência energética
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exterior e a redução da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera. De uma forma geral, pode-se dizer que, na perspetiva do consumidor, o uso de biomassa como fonte energética apresenta vantagens a nível económico, social e ambiental. Apesar de um dos muitos tipos de biomassa existentes ser usado há milhares de anos como fonte de aquecimento, as típicas fogueiras de lenha que se usam para aquecer o ambiente nas alturas mais frias do ano, é ainda notório o desconhecimento dos consumidores em relação às potencialidades da biomassa como fonte energética. Para além desta, são ainda indicadas desvantagens como a incerteza no futuro, relacionada com a flutuação de preço deste tipo de combustível, bem como a sua disponibilidade, em quantidade, de forma constante. É ainda de salientar que, de acordo com a perceção do consumidor, existe falta de certificação deste combustível, o que leva a uma falta de confiança na sua utilização, dada a incerteza do seu poder calorífico em comparação com os combustíveis fósseis.
Apesar das vantagens do uso de equipamentos a biomassa serem muitas, o mercado nacional da biomassa para aquecimento de edifícios não se encontra muito desenvolvido. É cada vez maior o interesse da população em geral neste tipo de solução energética. Apesar de, em ambientes domésticos se verificar uma grande adesão a soluções de aquecimento a partir de biomassa, no setor industrial e de serviços o mesmo não acontece. Muitos, por terem adquirido equipamentos no início da sua atividade funcionando com combustíveis fosseis e por isso os mantêm, ou outros por considerarem que os equipamentos que funcionam com fontes de energia renováveis têm um investimento inicial muito mais elevado. Para alavancar o setor, seria impor tante aumentar o nível de informação sobre a biomassa como combustível alternativo, de forma a que este desconhecimento e desconfiança, existentes por parte do consumidor fosse atenuado e no médio/longo prazo desaparecesse. Fator decisivo e importante para o desenvolvimento e
informação técnico-comercial
d) resíduos dos processos agroindustriais ou florestais (resíduos de madeira, resíduos florestais, casca de amêndoa, bagaço e caroço de azeitona, casca de arroz). São já três as redes de calor que a VENTIL se orgulha de ter instalado em Espanha: 1. A rede de calor de Ólvega foi o primeiro grande projeto do District Heating fornecido pela VENTIL em Espanha, tendo uma potência total de 9,3 MW;
2. Rede de calor instalada em Valladolid, com uma potência térmica nominal de 14 MW para aquecimento de todo o campus da Universidade da cidade (UVa); 3. Rede de calor de Sória. É a rede de calor mais extensa de Espanha, que utiliza como combustível apenas biomassa. Espera-se que seja um exemplo para outras cidades espanholas e, porque não, para outras cidades da Europa. A Rede de Calor de Sória tem três caldeiras de 7 MW, num total de 21 MW que queimam estilha florestal, com
uma humidade que vai de 25% a 30%. O maior District Heating em Espanha aquece aproximadamente 2500 edifícios de habitação, o que é equivalente a mais de 15% do total de Sória e até 25-30 edifícios públicos. Estima-se que o cliente final vá poupar, no mínimo, 20% em comparação com o sistema de gasóleo que tinha anteriormente. Esperamos que cada vez mais se invista neste tipo de aquecimento, que é mais económico, eficiente e amigo do ambiente. Ventil nas baixas potências A VENTIL possui um vasto catálogo de caldeiras de baixa potência. Em parceria com a empresa polaca Heiztechnik, a VENTIL desenvolveu caldeiras com potências que vão desde os 7 kW, aos 630 kW, para responder às muitas necessidades de clientes que gostariam de aquecer espaços menores, utilizando a tecnologia VENTIL. As caldeiras VENTIL by
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crescimento deste setor, seria uma maior ligação entre os envolvidos na área da biomassa, desde os produtores, aos distribuidores e aos responsáveis pela execução dos projetos e equipamentos para a queima de biomassa. Todas estas sinergias se bem estruturadas, tornariam mais claro todo este processo para o consumidor final e aumentariam os seus níveis de confiança em relação ao uso da biomassa. O facto de existirem em Portugal empresas que podem fornecer caldeiras e seus componentes satélites, para a queima de biomassa, facilita tanto os processos de montagem como as possíveis assistências técnicas que possam surgir ao longo dos anos de vida das mesmas. A diversidade de biomassa existente, a nível nacional, permite que sejam mais reduzidos os custos de transporte desde o fornecedor até ao consumidor final, bem como adequar o tipo de biomassa ao equipamento existente. Estando Portugal tão dependente dos combustíveis fósseis seria, em termos económicos, uma enorme vantagem reduzir esta elevada despesa anual e ao mesmo tempo aumentar a produção nacional dos equipamentos, bem como o uso de um combustível muito mais barato e ecológico. As caldeiras VENTIL podem utilizar uma gama alargada de combustíveis segundo as condições para as quais o equipamento específico foi concebido e instalado: a) pellets; b) estilha; c) culturas dedicadas;
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informação técnico-comercial biomassa, energia limpa, energia sustentável
Heiztechnik são também direcionadas para o uso de biomassa e podem queimar pellets, agropellets, madeira e briquetes de uma forma totalmente automatizada. Caraterísticas e vantagens competitivas Tecnologias demonstradas, fiáveis e sem problemas ou limitações operacionais. Deve ter-se em conta que a competição mais direta para os sistemas de média potência é com tecnologias de combustão de gás ou gasóleo, cujo nível de desenvolvimento é perfeitamente adquirido no mercado (apesar dos custos de operação atuais). A tecnologia de combustão em leito fixo utilizada nos sistemas da VENTIL, apresenta elevados níveis de fiabilidade e controlo. A competitividade dos sistemas de combustão de biomassa assenta cada vez mais na simplificação dos seus processos e obtenção de custos de investimento inicial mais reduzidos, associados à versatilidade de utilização de combustíveis com custos mais reduzidos. A gama de potências da VENTIL permite a aplicação a consumidores de média dimensão (indústria, serviços e redes de calor comunitárias) aos quais correspondem relevantes consumos energéticos e necessidades de otimização. Considera-se que a gama de potências térmicas prioritárias na exploração do mercado, corresponde ao intervalo entre 350 kW e 7 MW. Os sistemas com capacidade de utilização de um único tipo de combustível (por exemplo, pellets ou estilha) não se encontram completamente adaptados à necessidade do mercado que se referiu, apesar da sua completa adequação para utilizar exclusivamente esse combustível.
PROJETOS DE REFERêNCIA Rede de Calor Ólvega – Espanha Modelo de Negócio:
Venda de energia térmica (água quente)
População:
4000 habitantes
Propósito:
Fornecimento de calor/água quente a edifícios públicos e edifícios privados
Potência Térmica Nominal:
9,3 MW
Produtos:
2 caldeiras VENTIL de 4,65 MW 2 buffer intermédios de 40 000 L Silo com 350 m3 (piso móvel)
Combustível:
Estilha de pinho/outros
Modelo de negócio:
Venda de energia térmica (água quente)
População:
40 000 habitantes
Propósito:
Fornecimento de calor/água quente a edifícios públicos e privados
Potência térmica nominal:
21 MW
Produtos:
3 caldeiras VENTIL de 7 MW
Rede de Calor Sória – Espanha
2 buffer intermédios de 40 000 litros Silo com 750 m3 (piso móvel) Combustível:
Estilha de pinho/outros
Estruturas a abastecer:
20 edifícios públicos Escolas Hospital Piscina Municipal 1500 vendas e Apartamentos Rede de Calor Valladolid – Espanha
Modelo de negócio:
Venda de energia térmica (água quente)
População:
26 200 estudantes
Propósito:
Fornecimento de calor/água quente aos edifícios universitários
Potência térmica nominal:
14 MW
Produtos:
3 caldeiras VENTIL de 4,65 MW 2 buffer intermédios de 40 000 litros Silo com 750 m3 (piso móvel)
Combustível:
Estilha de pinho/outros
Estruturas a abastecer:
23 edifícios da Universidade de Valladolid 3 edifícios da Junta de Castilla y Leon Piscina Municipal de Alcácer do Sal
Instalação Bioenergética:
Sistema de aquecimento da água de piscina coberta (25 x 12,5 metros), produção de AQS e aquecimento de ar, com recurso a energia solar e biomassa.
Caraterísticas das Estruturas:
Piscina semiolímpica coberta constituída por tanque de 25 x 12,5 metros e balneários Sistema de aquecimento constituído por campo solar térmico com 120 m2, Unidade de Integração Solar (UIS), caldeira de água quente com alimentação automática de escamas de pinha com potência de 300 kW, permutadores, depósito de acumulação de AQS de 2000 litros, desumidificador e UTA
Superfície Aquecimento:
312,5 m2 + 2000 L AQS + 15 000 m3/h de ar
Necessidades Energéticas:
517 860 kW h/ano
Produtos:
VENTIL - CVT 300 S (350 kW)
Combustível:
Escamas de pinha, proveniente da indústria do pinhão
Consumo de Biomassa:
150 toneladas/ano
Capacidade do Silo:
20 m3
Instalação Bioenergética:
Sistema de aquecimento da água de piscina coberta constituída por 2 tanques, produção de AQS e aquecimento de ar, com recurso a energia solar e biomassa. A utilização da biomassa foi integrada após a construção das piscinas, pelo que, as caldeiras a gás natural ficaram como apoio de urgência.
Caraterísticas das Estruturas:
Piscina coberta constituída por 2 tanques, um com 25 x 17 metros e outro com 17 x 8 metros, balneários e zonas anexas. Sistema de aquecimento constituído por campo solar térmico com 300 m2, Unidade de Integração Solar (UIS), caldeira de água quente com alimentação automática de escamas de pinha com potência de 580 kW, permutadores, depósitos de acumulação de AQS (2 x 4000 + 1 x 2000 litros), desumidificador, Utas e 2 caldeiras a gás natural de 400 e 300 kW que servem como apoio de urgência
Piscina Municipal de Sines
Pela sua adaptabilidade, garantia, reconhecimento mundial e vantagens competitivas, a Ventil ao promover a utilização destas tecnologias assume um compromisso com o desenvolvimento sustentável. VENTIL – Engenharia do Ambiente, Lda. Tel.: +351 234 325 085 � Fax: +351 234 325 086 ventil@ventil.pt � www.ventil.pt
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Superfície Aquecimento:
425 m2 + 136 m2 + 10000 L AQS + 30 000 m3/h de ar
Necessidades Energéticas:
1250 000 kW h/ano
Produtos:
VENTIL - CHT 500 S (580 kW)
Combustível:
Escamas de pinha, proveniente da indústria do pinhão
Consumo Biomassa:
150 toneladas/ano
Capacidade do Silo:
12 m3
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informação técnico-comercial
Enphase micro-inversores Com mais de 10 milhões de micro-inversores instalados e quase 4 mil milhões de kWh gerados atualmente, a Enphase posiciona-se como líder mundial em produção de energia fotovoltaica distribuída através de micro-inversores. As 146 patentes ativas que detêm, demonstram o grande compromisso da marca na investigação e desenvolvimento do setor fotovoltaico. AS Solar Ibérica
Micro-inversores versus inversores de strings É notável observar as diversas vantagens que oferecem os sistemas fotovoltaicos formados por micro-inversores em relação aos inversores de strings e, até mesmo, aos inversores centrais.
A conversão imediata de Corrente Contínua em Corrente Alternada no mesmo módulo fotovoltaico, reduz os custos por cablagem em Corrente Contínua, bem como, as restantes perdas de transporte associadas a este tipo de energia. Os níveis baixos de tensão garantem valores mínimos de PID, reduzindo de forma considerável os custos de operação e manutenção, bem como as perdas associadas a este fenómeno. A irreversível corrosão eletroquímica que pode acontecer nos módulos fotovoltaicos será resolvida mediante a utilização de micro-inversores da Enphase. Confiável Valores de Baixa Tensão podem ser traduzidos como baixos níveis de temperatura, favorecendo a vida útil dos componentes eletrónicos destes equipamentos. Por outro lado, mediante a proteção IP67, certifica-se a fiabilidade dos equipamentos em todos os ambientes possíveis. A Enphase proporciona em todos os seus equipamentos uma garantia de 10 anos.
Figura 1 Micro-inversores Enphase - Modelos M215 e M250. Fonte: Enphase.
Alta Performance O elevado rendimento dos micro-inversores da Enphase garante uma maior produção em relação aos sistemas formados por inversores de strings, devido às perdas por sobras, sujidade ou microfissuras. Além disso, estes maximizam o número de horas de produção de energia solar devido ao seu baixo valor de tensão de partida (16 V).
Seguro É importante destacar a segurança que oferece um sistema de Baixa Tensão, tensão máxima de 45 V, frente a tensões que podem alcançar os 1000 V em inversores de strings ou, inclusivamente 1500 V em sistemas formados por inversores centrais. Os sistemas de Baixa Tensão proporcionam tranquilidade e redução de custos tanto ao instalador como ao cliente final. Simples A utilização de micro-inversores reduz os custos do design e da instalação. Além disso, permite qualquer combinação de inclinação, azimuth e sub-arrays, proporcionando um sistema totalmente modular e Plug&Play. A Enphase oferece soluções para sistemas tanto monofásicos como trifásicos. Para isso, oferece ao mercado uma solução única formada por cabos cortados à medida e conetores pré-montados IP67, favorecendo a rápida instalação dos equipamentos.
Figura 2 Comparação de rendimento entre inversores de string e micro-inversores. Fonte: Enphase.
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Inteligente Controlo fácil, rápido e preciso mediante o sistema de monitorização Envoy, sem necessidade de cabos de comunicação adicionais, devido à comunicação Powerline (PLC).
informação técnico-comercial
Proporciona informação completa e individual de cada micro-inversor, permitindo identificar de forma imediata as falhas existentes e reduzindo deste modo os custos de manutenção do sistema fotovoltaico. A Enphase oferece toda a informação necessária para instalar, supervisionar e administrar uma instalação fotovoltaica de forma direta. Enphase MyEnlighten (para utilizadores) Com o Enphase MyEnlighten, os utilizadores poderão conhecer a sua produção energética, monitorizar o funcionamento do seu sistema e partilhar dados com a sua família e amigos, tudo isto mediante o interface para dispositivos móveis que se pode obter de forma gratuita através da App Store ou do Google Play Store.
Figura 5 Visualização Enphase Installer Toolkit para profissionais. Fonte: Enphase.
Storage A Enphase AC Battery é um sistema integrado de armazenamento que proporciona um elevado rendimento, segurança e arquitetura modular. Com una tecnologia de Lítio Fosfato de Ferro (LPF) e 1,2 kWh (95% DOD) de capacidade útil por elemento, a Enphase AC carateriza-se pela sua capacidade de integração em instalações fotovoltaicas já existentes tanto da Enphase como de terceiros.Trata-se de um sistema totalmente modular, flexível e adaptado às necessidades do cliente mediante uma solução de armazenamento à medida, nem mais, nem menos, sem incorrer em custos adicionais. Mediante uma garantia de 10 anos, a Enphase oferece uma solução de armazenamento simples, segura e económica, proporcionando tanto a novos utilizadores fotovoltaicos como a utilizadores já existentes, a melhor forma de reduzir os seus custos de energia.
Figura 3 Visualização Enphase MyEnlighten para utilizadores. Fonte: Enphase.
Enphase Enlighten Manager (para profissionais) Toda a informação necessária para um controlo inteligente e simples ao alcance de qualquer dispositivo móvel mediante esta aplicação que se pode obter de forma gratuita na App Store ou Google Play. Installer Toolkit (para profissionais) A aplicação móvel Enphase Installer Toolkit aumenta a eficiência da instalação e acelera o arranque do sistema Envoy.
Figura 6 Sistema fotovoltaico Enphase com armazenamento. Fonte: Enphase.
Pré-Configuração Como único distribuidor oficial da Enphase na Península Ibérica, a AS Solar proporciona aos seus clientes a possibilidade de adquirirem os micro-inversores da Enphase pré-configurados com a norma requerida por cada país, proporcionando desta forma a solução fotovoltaica mais fácil, rápida e eficiente do mercado.
Figura 4 Visualização Enphase Enlighten Manager para profissionais. Fonte: Enphase.
AS Solar Ibérica de S.E.A., S.L. Tel.: +351 929 010 590 info-pt@as-iberica.com � www.as-iberica.com
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painéis solares SolarWorld: rendimento insuperável Os painéis solares SolarWorld são reconhecidos como sendo os de maior qualidade no mercado, estando submetidos a grandes e extremas provas de qualidade. A SunFields Europe é o distribuidor oficial da SolarWorld desde o ano de 2010. SunFields Europe
Mas isso não é suficiente para a SolarWorld, e consequentemente deram mais um passo definitivo que fornece mais informação aos clientes sobre os melhores painéis para as suas instalações fotovoltaicas e, além disso, certifica todas as vantagens dos painéis da SolarWorld. Nesse sentido, a SolarWorld pretende apresentar ao mercado o estudo de rendimento de painéis solares sobre sistemas fotovoltaicos em funcionamento que decorreu na empresa SunReport. As bases do estudo foram as seguintes: • Demonstração de mais de 12 000 instalações fotovoltaicas; • Análise de amostras de produção desde o ano de 2010; • Dados oficiais da Agência Italiana da Rede Eléctrica (GSE); • Dados oficiais da radiação obtidos através do Eumesat (European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites).
Partindo desta base, com dados oficiais, surgem algumas perguntas. A pergunta que faze‑ mos sempre antes de comprar painéis solares para um sistema fotovoltaico é: – Terá um bom rendimento ao longo de 25-30 anos de vida na minha instalação? Para responder a esta pergunta e ter a certeza de que não nos enganamos teremos de procurar e comparar muitas informações. A maioria surgem-nos em papel sem muitas provas empíricas do rendimento real. Já temos resposta para isto! Como anteriormente referenciado, desde há algum tempo que a empresa italiana SunReport tem vindo a rever, investigar, comparar e recolher dados de produção de mais de 12 000 instalações fotovoltaicas em funcionamento desde o ano de 2010. Os resultados destes anos de trabalho ficaram refletidos num estudo já publicado, onde é demonstrado o rendimento destas instalações fotovoltaicas. Neste estudo foram incluídos projetos fotovoltaicos em funcionamento onde as marcas de painéis solares consideradas como as melhores foram: • Sanyo; • SolarWorld; • Kyocera; • TrinaSolar; • REC; • SunPower; • Schott; • Canadian Solar; • Entre outros. E muitos outros – como Luxor, Axitec, Amerisolar, Yingli Solar, entre outros – não surgem na publicação porque o seu rendimento era inferior à média.
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Os painéis solares com melhor rendimento obtido nas instalações solares em funcionamento são os da SolarWorld, apenas superados pelos da Sanyo. Como já foi referido pela SunFields, distribuidora oficial, a SolarWorld oferece soluções de sistemas de qualidade superior. Graças ao seu fabrico de elevada qualidade e tecnologia inovadora, os módulos solares da SolarWorld conseguem oferecer um excelente rendimento. Isto foi comparado, de forma empírica, pelo independente Portal online de monitorização da SunReport, que comparou os dados de rendimento de sistemas de energia solar em toda a Itália e destacou a SolarWorld pelos seus excelentes resultados de desempenho e performance. Os resultados mostram, uma vez mais, que a quali‑ dade compensa sempre!
Análise e prova final do teste de rendimento dos painéis solares Qual terá sido o resultado do teste de rendimento dos painéis solares feito pelo SunReport? Como se pode observar no Gráfico 1, os painéis solares com melhor rendimento obtido nas instalações solares em funcionamento são os da SolarWorld, apenas superados pelos da Sanyo. É importante referir que os módulos Sanyo apenas utilizam a tecnologia HIT, e por isso restringem-se à tecnologia standard cristalina, e a SolarWorld é, com essa diferença, o fabricante que melhor rendimento obteve. É importante lembrar que os dados mostrados no Gráfico foram resultado de uma análise de mais de 12 000 instalações fotovoltaicas em funcionamento desde o ano de 2010-2012.
informação técnico-comercial
Os dados oficiais da Agência Italiana de Rede Eléctrica (GSE) e os dados para o cálculo da radiação foram obtidos através da Eumesat (European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites). Ou seja, são dados oficiais e com uma extrema fiabilidade.
Avaliação final Como se demonstrou, a qualidade pode ser algo mais caro mas compensa amplamente se tivermos em conta a vida útil de um sistema fotovoltaico. Não há necessidade de elaborar números e tirar conclusões a par tir do que é necessário ter numa produção de 5-10% ou mais em termos de média anual com painéis solares SolarWorld quando comparado com a média de outros fabricantes que surgem no mesmo estudo.
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Gráfico 1 Imagem dos fabricantes melhor posicionados que fala por si só. Fonte: www.sunreport.it (abril 2016).
Departamento Técnico SunFields Europe Tel.: +34 981 59 58 56 info@sfe-solar.com � www.sfe-solar.com
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medição de caudal volumétrico (sólidos) sem contacto
em tapetes transportadores com o scanner laser Bulkscan® LMS511 da Sick
Durante as operações de processamento de materiais a granel, frequentemente surgem problemas devido ao volume do material a granel exceder a capacidade do tapete transportador ou em subsequentes fases do processo. Daqui resultam paragens que requerem que o defeito seja corrigido manualmente. Os métodos de medição atuais não fornecem uma solução adequada. Artigo adaptado por Eng.º Helder Lemos, Gestor de Negócios Fontes: SICK AG WHITEPAPER – 18th Bulk Goods Conveyor Equipment Symposium, 2013. “Meeting Point for Research and Practice”, Non-contact Volumetric Flow Measurement on Conveyor Belts in Practice
Introdução Muitos fatores são levados em consideração no planeamento e implementação de sistemas de transporte. Por este motivo, uma multiplicidade de fatores incluindo o coeficiente de atrito estático (slide-angle) dos materiais a granel são tidos em conta, a carga mecânica máxima do tapete transportador é calculada, assim como a potência do motor necessária PM e a máxima potência de tração PU[N]. É necessário determinar o caudal volumétrico para o enchimento de materiais a granel ou para um ótimo controlo do sistema de transporte. Na prática, no entanto, o volume do material a granel é frequentemente não - ou insuficientemente - considerado. No dia-a-dia isto conduz a problemas em fases subsequentes do processo. 1. Definição de Densidade e Volume Densidade de um corpo =
ρ=
Massa Volume
m v
Em termos simples, o volume de materiais a granel deriva da massa em relação à densidade. Dependendo do material, fatores adicionais, como granularidade, as caraterísticas do material e as cavidades têm um efeito. 2. Uso de balanças de tapete para medição indireta do caudal volumétrico Na prática, as balanças de tapete são frequentemente usadas para medir materiais a granel. De modo a fazer isso, o tapete transportador está dividido em secções e as balanças de tapete estão integradas na linha de transporte. 82
2.1. Problemas durante o enchimento Balanças de tapete apenas determinam o peso do material a granel. A densidade é normalmente assumida como sendo um valor fixo e o volume é assim calculado. Em muitas aplicações, a densidade dos materiais a granel não é homogénea, consistente, ou não pode ser completamente determinada. Dependendo do produto, o material a granel pode também descomprimir no tapete transportador e aumentar de volume (por exemplo, tabaco). Do mesmo modo, a forma do material a granel e cavidades associadas influenciam a determinação do volume real sobre o tapete transportador. Outras dificuldades surgem para aplicações ao ar livre, devido a fatores como a humidade do material a granel e os efeitos ambientais como a chuva e materiais estranhos. Se estas questões surgem nos casos em que as balanças de tapete são o único método de medição utilizado, podem surgir discrepâncias de volume significativas. Assim, aquando do enchimento de argila, por exemplo, dependente da estação do ano e da humidade do material, os sacos a granel (1,3 t) tanto podem ser mal cheios como sobrecarregados. Onde ocorre
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sub-enchimento a prática padrão é completar o enchimento manualmente para evitar reclamações de clientes. No caso de sobre-enchimento os sacos a granel não podem ser fechados. Juntamente ao aumento de trabalho e uso de material, este procedimento também pode levar a questões como a sobrecarga de veículos de transporte, devido a sacos com peso superior a 1,3 t. 2.2. Problemas com o sistema de controlo Como acontece com qualquer processo, é importante adaptar o processamento individual e as fases de manuseamento entre si, isto durante a etapa de planeamento do sistema de controlo. Esta é a única forma de garantir a ótima utilização do sistema. No processo de transporte de materiais a granel isto significa que o sistema a jusante do tapete transportador é capaz de aceitar e processar a quantidade de material a granel que lhe é entregue. Se a quantidade de material a granel excede a capacidade de tratamento das fases subsequentes haverá sobre-enchimento e bloqueio do material que irá, em última análise, provocar a paralisação do sistema. Além disso, as máquinas e tapetes transportadores podem ser danificados, aumentando ainda mais o tempo de paragem. Exemplos de problemas motivados pela falta de medição de caudal volumétrico: • Se o volume de tabaco sobre o tapete transportador exceder um valor definido, a jusante, a máquina laser de separação vai bloquear e o processo de produção tem de ser interrompido; • Se um triturador é cheio com uma quantidade excessiva de entulho vai ficar bloqueado e o depósito deve ser esvaziado manualmente para libertar o bloqueio; • Se um tapete transportador na indústria alimentar não for corretamente carregado com os alimentos produzidos, o processo de congelamento subsequente leva mais tempo e os custos de produção (energia) aumentarão significativamente.
Figura 2 Diferença entre a superfície de referência e a superfície atualmente a ser medida produz o volume do material a granel.
3.2.Vantagens da medição direta do volume • A medição é efetuada sem contacto - o transportador não necessita de ser dividido em secções; • O processo pode ser otimizado de acordo com o volume. É impedida a sobrecarga da estação de processamento a jusante; • O volume real sobre o tapete transportador é medido. Ao fazer isso, as influências e as mudanças no material a granel descritas acima são levadas em conta durante a medição; • Através da medição direta do volume os processos de enchimento são otimizados; • Porque o laser de medição mede o perfil de altura do material a granel, a linha de transporte e os componentes do sistema podem ser protegidos através da monitorização da altura e do centro de gravidade integrados no sistema de medição. Em particular, o controlo do centro de gravidade aumenta o rendimento do sistema.
3. Solução através da medição direta do caudal volumétrico Tais casos podem ser resolvidos através da medição do volume real sobre o tapete transportador usando um scanner laser. 3.1. O princípio da medição direta do caudal volumétrico Na medição direta do volume, o contorno do tapete transportador é amostrado por meio do scanner laser. O volume do material a granel é calculado utilizando a diferença entre o contorno do tapete transportador e o contorno do material a granel, combinado com a velocidade do transportador. A medição é registada sem contacto e o tapete transportador não precisa de ser dividido em secções. Figura 3 Exemplo de utilização do scanner laser Bulkscan® LMS511 da Sick.
Conclusão Medição do volume em tapetes transportadores baseada em laser – com o scanner laser Bulkscan® da Sick – é o complemento ideal para balanças de tapete. Com a medição adicional do caudal volumétrico, o rendimento do sistema pode ser aumentado e os tempos de paragem podem ser minimizados. O operador de um sistema de transporte ou de enchimento pode, assim, otimizar o transporte e processos de enchimento e, consequentemente, economizar tempo e dinheiro.
Figura 1 Princípio de medição.
F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 � Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com � www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
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Connect Klippon® da Weidmüller: eficiência no planeamento, instalação e montagem de quadros elétricos
Nova gama de bornes para uma maior produtividade na montagem de quadros elétricos. A solução perfeita sempre: duas gamas, uma gama de aplicação e uma gama universal de blocos de terminal (bornes). Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
Com a série Klippon® Connect, a Weidmüller apresenta uma gama de soluções em conetividade inovadora para o planeamento, instalação e operação eficientes. Os novos bornes e serviços de apoio ao processo são consistentemente concebidos, de forma a gerar uma mais-valia em todas as fases do processo – da montagem dos quadros elétricos, passando pelo planeamento à instalação, e até à operação contínua. A série Klippon® Connect permite uma poupança de tempo até 75% com os processos de engenharia, ligação perfeita, marcação rápida e muitas mais vantagens. Duas gamas disponíveis oferecem a solução perfeita: uma gama para aplicações específicas e uma gama universal. Os requisitos particulares determinam qual a mais indicada. O mesmo se aplica às tecnologias de ligação – ligação/aperto por parafuso ou uma ligação/aperto por mola. A ligação por parafuso é efetuada com câmara de aperto ou espigão roscado/porca, enquanto a ligação com mola está equipada com tecnologia PUSH IN. O Configurador Web da Weidmüller (WMC) é uma solução de software que torna o processo de seleção, planeamento e encomenda de bornes para calhas DIN muito mais rápido e aumenta, assim, a eficiência geral no processo de engenharia. A série Klippon® Connect é outra solução pioneira da Weidmüller no campo da conetividade industrial. A partir de agora, a Weidmüller irá dis-
Figura 1 Eficiência extra no planeamento, instalação e operação de quadros elétricos.
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ponibilizar a sua gama de caixas, que já possui uma sólida presença no mercado, sob a designação Klippon® Protect. A Klippon® Connect e Klippon® Protect são duas gamas inovadoras voltadas consistentemente para as necessidades do cliente. Klippon® Connect – produtividade progressiva Os quadros elétricos são elementos-chave em várias aplicações. Estes transmitem sinais, controlam dados e distribuem potência, por vezes, sob as mais adversas condições. As vibrações, pó, frio ou calor extremos são apenas alguns dos fatores que estes têm que enfrentar diariamente. Além disso, têm que ser individualmente concebidos e construídos para se adequarem a ambos os requisitos e à indústria em que serão utilizados.Todos os passos no processo de construção dos mesmos são fulcrais para o aumento da eficiência a longo prazo e potencial de otimização. Como parceira da conetividade industrial, a Weidmüller considerou a construção de quadros elétricos como um processo integrado, desde o planeamento à instalação, passando pela montagem. O resultado são produtos e soluções de suporte de processo que oferecem mais-valia em todas as fases. A Klippon® Connect, a gama de bornes, é o melhor exemplo disso, dado ser outra solução pioneira da Weidmüller no campo da conetividade industrial. Planeamento O planeamento e conceção formam a base de todos os passos subsequentes na cadeia de processo. Nesta fase tudo se baseia na formação de uma base detalhada para uma montagem eficiente. Quer se trate do planeamento e especialização de projeto, construção em linha com especificações de planeamento, documentação, cálculos de custo ou processo de encomenda, a Klippon® Connect oferece tudo para tornar o processo de planeamento tão simples quanto possível, como o Configura-
dor da Weidmüller (WMC), por exemplo. A solução de software com base na web oferece um suporte progressivo na seleção e de montagem de shunts e acessórios dos bornes. Ao configurar componentes para calha DIN pode ser utilizado para encurtar o tempo de engenharia até 75%. Instalação A fase de instalação inclui trabalhos preparatórios, montagem de componentes, ligação e teste. Não se trata apenas da sua experiência técnica que conta aqui. De facto, é também importante que o processo de fabrico seja tão eficiente quanto possível. E para o conseguir, o tempo e esforço necessários para a ligação deve, acima de tudo, ser minimizado. É exatamente isso que a tecnologia de ligação PUSH IN permite. Também pode ser utilizada para obter uma elevada densidade de ligação com a máxima facilidade de utilização e também com uma notável aceleração de instalação. O sistema de ligação de mola incorporado nos terminais WDU 70/95 e WDU 120/150 permite aos utilizadores inserir condutores com grandes secções no ponto de contacto aberto a partir de cima, com o mínimo esforço. Estes dois exemplos demonstram, precisamente, como a instalação foi tornada o mais simples e rápida possível.
Figura 2 Muitas vezes, a padronização permite que a solução certa seja encontrada com a gama universal sofisticada, orientada para a função.
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Operação A fase de operação não só envolve o transporte dos quadros como a instalação, comissionamento, manutenção e também a subsequente substituição. A marcação profissional e industrial em conformidade com os standards também desempenha um papel essencial durante esta fase e esse é um pré-requisito básico para uma operação contínua, serviço eficiente e manutenção fiável das instalações industriais. Com uma oferta completa que inclui software, marcadores e impressoras, a Weidmüller oferece uma gama coordenada de forma a assegurar que os processos levados a cabo nesta fase são, simultaneamente, acelerados e estabilizados. Klippon® Connect – a solução para um aumento de produtividade Quer procure um manuseamento simples, mais espaço no quadro ou poupança de tempo na instalação, a Série Klippon® Connect oferece aos utilizadores vários benefícios de processo. A gama de bornes Klippon® Connect inclui duas gamas disponíveis que oferecem a solução perfeita – uma gama para aplicações específicas e uma gama universal. Os requisitos particulares determinam, em última análise, a mais adequada. Muitas vezes, a padronização permite que a solução certa seja encontrada com a gama universal sofisticada Klippon® Connect, orientada para a função. Esta permite aos utilizadores tirarem o máximo partido dos benefícios de produtos práticos, serviços abrangentes e aconselhamento orientado para a aplicação, através do processo de clientes, e assim apresentar um nível mais elevado de produtividade numa variedade de aplicações nos quadros. Para aplicações frequentemente recorrentes, como a distribuição de tensões de controlo e ligação de sinais, a Weidmüller oferece-lhe as soluções ideais com a gama de aplicações Klippon® Connect. Estas soluções ajudam de forma decisiva a aumentar a produtividade, eficiência e segurança, dado que as funções de produto são configuradas de uma forma específica ou alteradas totalmente. Entretanto, se forem necessárias configurações personalizadas, o nosso serviço de montagem personalizada está sempre disponível. Klippon® Connect oferece soluções de conetividade pioneiras Se os quadros são, de facto, individualmente configurados, vários campos de aplicação recorrentes nos mesmos constituem uma caraterística permanente em virtualmente todas as áreas de utilização. A Weidmüller identificou e desenvolveu soluções especiais para estes campos de aplicação. E fê-lo porque as estruturas do quadro, muitas vezes, possuem conceções heterogéneas, dada a falta de soluções simples e replaneadas. A sua disposição específica e integração funcional significam que os produtos de aplica-
ção personalizados dão um significativo contributo para uma maior produtividade, eficiência e segurança em todas as fases do processo. Os campos de aplicação identificados incluem alimentação, distribuição de energia, distribuição de tensão de comando, distribuição de corrente e tensão transformadas, distribuição de sinal e DCS mars halling, bem como blindagem e ligação à terra. Klippon® Connect oferece sempre o sistema de ligação certo Os blocos de bornes têm que suportar muito, todos os dias. Para além de serem robustos e fiáveis têm de estar dispostos de forma organizada para uma fácil utilização. E é apenas quando cumprem todos os requisitos, que a ligação incorreta pode ser evitada e garantida uma ligação segura e fiável. No que respeita a escolher o sistema de ligação, a sua seleção depende muito da forma como serão utilizados. Esse não é o caso da série Klippon® Connect. Aqui, o utilizador tem toda a liberdade de escolha, independentemente da respetiva aplicação do sistema.Tanto a tecnologia de ligação com parafuso como com mola podem ser utilizadas. A ligação por parafuso é efetuada com câmara de aperto ou espigão roscado/porca, enquanto a ligação com mola está equipada com tecnologia PUSH IN. Tecnologia de ligação PUSH IN A tecnologia de ligação PUSH IN representa uma ligação segura e manuseamento simples. O sistema de ligação inovador minimiza o tempo despendido na ligação. As forças de tração do condutor são ainda maiores do que o sistema clássico de mola. Tanto os condutores unifilares como multifilares isolados, com ou sem ponteira e com secções nominais de 2,5 a 16 mm2 podem ser ligados de forma segura e fiável através desta tecnologia. Tecnologia de ligação com braçadeira de tensão A mola de aço inoxidável constitui um sistema de ligação universal e sem aparafusamento. O tempo poupado na instalação e o fantástico nível de flexibilidade oferecido pelas várias opções de ligação transversal tornam a Série Z da Weidmüller uma alternativa fiável para todas as necessidades de ligação. Os condutores unifilares e multifilares isolados, com ou sem ponteira e com secções nominais de 0,05 a 35 mm2 também podem ser ligados com esta tecnologia. Ligação aparafusada com câmara de aperto O sistema de câmara de aperto da Weidmüller, comprovado muitas vezes, oferece a perfeição desde o mais pequeno detalhe e define o padrão para todas as funções elétricas comuns. O seu
Figura 3 Para aplicações recorrentes frequentemente, como a distribuição de tensão de controlo e ligação de sinais, a gama de aplicação Klippon® Connect oferece-lhe sempre as soluções ideais.
manuseamento simples e funções de separação elétrica e mecânica tornam a ligação com a câmara de aperto na solução de ligação perfeita. Tanto os condutores unifilares como multifilares isolados, com ou sem ponteira e com secções transversais nominais de 0,05 a 300 mm2 podem ser ligados sem qualquer problema. Ligação aparafusada com espigão roscado/porca Os bornes com espigão roscado/porca da Weidmüller asseguram um elevado nível de segurança em todas as aplicações de energia. Os bornes de espigão provaram ser uma opção de ligação fiável e económica, particularmente em condições ambientais adversas. Os condutores com terminais cravados também podem ser ligados em secções nominais de 10 a 300 mm2. Facilitar as operações de configuração e encomenda – o Configurador da Weidmüller As ferramentas inteligentes e intuitivas desempenham um papel vital tornando os processos complexos na fase de planeamento mais eficientes e fáceis. O Configurador web-based da Weidmüller (WMC) é uma solução de software que poupa tempo para a seleção, planeamento e encomenda de bornes e acessórios. Pode ser utilizado tanto para acelerar processos de engenharia de produtos da Weidmüller até 75%, como para aumentar a produtividade. A operação simples graças à função de assistente, conceção gráfica clara com várias funções adicionais e abrangente base de dados de produtos, totalmente integrável em todos os sistemas de engenharia, tornam a configuração das calhas com bornes num processo simples, seguro e conveniente. O Configurador pode ser descarregado clicando na seguinte ligação: www.weidmueller.de/configurator. Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
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produtos e tecnologias
Gama PIKO MP: pequenos inversores monofásicos da KOSTAL KOSTAL Solar Electric Ibérica, S.L. Tel.: +34 961 824 934 � Fax: +34 961 824 831 www.kostal-solar-electric.com
Com a nova gama de inversores PIKO MP (Mono-Phase), a KOSTAL completa a sua gama de produtos com soluções para as UPAC monofásicas de pequena potência. A KOSTAL Solar Electric continua a apostar no autoconsumo como um segmento estratégico no desenvolvimento dos seus produtos. Devido ao aumento da procura das instalações no setor residencial, a KOSTAL oferece uma nova série de inversores monofásicos com 6 classes de potência: 1500 – 2000 – 2500 – 3000 – 3680 - 4200 W de potência nominal AC. Os flexíveis PIKO MP foram especificamente concebidos para pequenas instalações fotovoltaicas em vivendas ou pequenos consumidores. Estes produtos estão preparados para funcionar em instalações fotovoltaicas a partir de apenas 3 módulos e graças à sua ampla gama de entrada oferece muitas possibilidades de configuração que pode ser efetuada com recurso ao software PIKO Plan 2.0, tal como calcular a poupança anual em termos de autoconsumo. A sua conceção de refrigeração é especialmente inovadora e garante uma longa vida útil e um funcionamento estável. Também a gama de inversores monofásicos PIKO MP oferece diversas formas de comunicação e integra-se, de uma forma inteligente, com os outros consumos da vivenda. Os PIKO MP permitem realizar a medição do consumo da vivenda e controlar a potência de saída segundo a procura energética do edifício. Os dados da produção fotovoltaica podem ser visualizados através do PIKO Solar Portal de forma gratuita. Os equipamentos possuem, de série, um display gráfico a partir do qual se pode configurar tudo o que for necessário sem necessidade de um computador. O baixo peso dos PIKO MP faz com que sejam manipuláveis e muito fáceis de instalar, tendo o PIKO 4.2 MP apenas 9,1 kg. Todos os conetores estão acessíveis sem necessidade de abrir a tampa do equipamento, facilitando o seu funcionamento de uma forma rápida.
Weidmüller oferece dados dos produtos para a plataforma EPLAN Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
A Weidmüller oferece os seus dados de produtos, incluindo mais de 16 000 itens, no Portal de Dados EPLAN para a plataforma EPLAN, que já se encontra estabelecida no mercado. Os utilizadores beneficiam do simples manuseamento de dados bem como de consistência e suporte na engenharia. Os abrangentes registos de dados já incluem a nova série A de blocos de terminais da gama Klippon® Connect de sistema modular de bornes. Duas gamas estão disponíveis na nova carteira de blocos de terminal para 86
oferecerem uma solução adequada: uma gama de aplicação e uma gama universal. O utilizador pode, obviamente, transferir também os registos de dados de que necessita do website da Weidmüller, onde pretende disponibilizar todos os itens em 2017. Os utilizadores da EPLAN podem utilizar os abrangentes dados de engenharia da Weidmüller de várias formas: nas fases de processo individual, bem como na produção, planeamento de projeto e fluxos de trabalho comerciais. Os dados de engenharia utilizáveis internacionalmente e padronizados poupam tempo substancial durante todas as fases do processo, em comparação com a criação manual de dados. Os registos de dados contêm descrições funcionais ou macros 3D lógicas e aumentam substancialmente a qualidade do processo global e também de documentação. Os dados comerciais formam a base dos dados dos produtos. Os registos de dados também podem ser utilizados nos sistemas ERP, PDM e PLM sem qualquer problema. Os processos podem, assim, ser digitalizados e as configurações de produto podem ser ilustradas de forma sistemática. Os dados técnicos ajudam os designers a selecionarem precisamente os seus componentes. Uma das principais funcionalidades dos registos de dados são as descrições das funções elétricas. Estas funções são guardadas no item e são adicionadas ao diagrama de circuito sob a forma de ícones ou uma função macrológica está disponível como alternativa. Os designers podem utilizar macros 3D também para a configuração de painéis. Alternativamente, os componentes podem ser posicionados utilizando dados geométricos. Os utilizadores podem receber formatos de saída avançados, como o “formato dxf ”, no Portal de Dados a partir de maio de 2016. A Weidmüller também irá disponibilizar estes formatos no futuro. A Weidmüller utiliza exclusivamente métodos digitais para mapear estes itens. Além de um modelo mecânico com toda a informação relevante sobre dimensões e dados de ligação, as funções elétricas também são ilustradas. Os dados daqui derivados oferecem aos clientes um suporte ideal na digitalização do processo de construção de painéis. A Weidmüller constrói continuamente os seus serviços de suporte e oferece dados de produtos avançados com as funcionalidades relevantes para a automação. Esta interdisciplinaridade de dados para os engenheiros elétricos e mecânicos limita os itens digitais para uma corrente de valor consistente. Os dados formam a base para a configuração dos produtos do cliente.
Nissan assina acordo com CIRCUTOR para a promoção da mobilidade sustentável CIRCUTOR, S.A. Tlm.: +351 912 382 971 � Fax: +351 226 181 072 www.circutor.com
A Nissan anunciou uma nova campanha comercial para promover a divulgação do veículo elétrico em Espanha. O acordo com a CIRCUTOR e o programa “Instalafácil” são elementos determinantes para um desenvolvimento contínuo da infraestrutura de carregamento. Desta forma, a NISSAN deu mais um passo para que o veículo elétrico e a mobilidade sustentáveis estejam ainda mais acessíveis em todo o mundo, ao fechar o acordo com a CIRCUTOR, de forma a garantir a todos os novos clientes da Nissan que apostem num veículo elétrico, a instalação de ponto de carga na sua própria casa ou parque de estacionamento dentro do programa “Instalafácil”. A Nissan está consciente das barreiras que existem atualmente
produtos e tecnologias
para promover os veículos elétricos e com zero emissões aos condutores de Espanha. Por isso, a marca lançou uma nova campanha comercial para os seus clientes com o objetivo de promover a difusão dos veículos elétricos. A CIRCUTOR, uma empresa com mais de 40 anos de experiência no setor da tecnologia e melhoria da eficiência energética, será a responsável por gerir a instalação desde o ponto de carga na habitação até ao parque de estacionamento do cliente. Caso seja necessário, a empresa também poderá alterar os trâmites com os moradores. Ramón Comellas, Presidente da CIRCUTOR, comentou que “a CIRCUTOR aposta no desenvolvimento de sistemas de eficiência energética que contribuem para uma utilização responsável da energia. O veículo elétrico é um grande avanço neste ponto, e estamos satisfeitos por trabalhar com a Nissan para dar a conhecer aos utilizadores o nosso ponto de carga WallBox eHome, e facilitar o acesso à energia, fornecendo a nossa tecnologia para contribuir para a proteção do meio ambiente e para a redução do CO2.” O processo para aceder o programa “Instalafácil” é muito simples uma vez que o cliente apenas tem de solicitar uma instalação do ponto de carga no concessionário, e em 48 horas um instalador homologado pela CIRCUTOR irá contactá-lo para marcar uma visita nos dias seguintes e entregar um orçamento. Depois do cliente aceitar a proposta de instalação do ponto de carga da CIRCUTOR (WallBox eHome) e adquirir o seu veículo elétrico, o técnico irá realizar a instalação do ponto de carga no local escolhido. O custo da instalação será descontado diretamente da fatura do veículo até um máximo de 1000€. A Nissan tem confiado na experiência e soluções técnicas da CIRCUTOR para realizar este projeto, uma vez que tanto o ponto de carga como os processos de instalação são totalmente compatíveis com a legislação espanhola e europeia em termos de segurança, além de ter passado nos exigentes controlos de homologação da Nissan.
F.Fonseca apresenta sensores de posição magnetoestritivos compactos Série E F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 � Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com � www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
Os sensores compactos Temposonics Série E, EH (haste), EP (perfil) e EL (baixo perfil) da MTS, estão agora também disponíveis com saídas digitais SSI e CANopen. Com as saídas Analógica e Start/ Stop já disponíveis, a MTS oferece uma linha de produtos completa, com saídas standard, estendendo as suas possibilidades de aplicação. Com os novos interfaces inteligentes, a sua transmissão de sinal robusta e a medição de posição com muita precisão, os sensores de posição magnetoestritivos da MTS são a resposta para a crescente tendência de aplicações de automatização. Esta família é uma alternativa aos sensores baseados em cadeias Reed ou fins de curso, em máquina têxteis, na indústria da madeira, em máquinas de injeção de plástico ou máquinas de embalagem. Eles detetam posições com precisão na escala dos mícrons e têm uma ótima relação performance/preço. Todos os sensores medem linearmente, com informação absoluta e sem referenciar o ponto zero. A medição é feita sem contacto e é consequentemente livre de desgaste e manutenção. Os comprimentos de medição variam entre os 50 e os 2500 mm. Com uma
linearidade inferior a 0,02% FS e uma repetibilidade de 0,001% FS, os sensores com saída SSI estão disponíveis com uma resolução de 20, 50 ou 100 mícrones, enquanto os de saída CANopen podem ter 10 ou 20 mícrones. Estes sensores robustos são indicados para tarefas de medição e controlo em aplicações com espaço limitado, como na indústria têxtil, madeira, plástico e embalagem.
ABB atualiza sistema Infi90 na Central de Biomassa de Mortágua ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 � Fax: +351 214 256 247 comunicacao-corporativa@pt.abb.com � www.abb.pt
Este sistema teve origem na Elsag Bailey, empresa per tencente ao Grupo ABB desde 1998. O sistema que existia até à data nas instalações da Central era composto por 5 armários de controlo Infi90, supervisão Tenore NT e software de engenharia CADEWS. Quer a supervisão quer o software de engenharia já se encontravam na fase obsoleta e limitavam, particularmente, o correto diagnóstico de problemas durante o normal funcionamento da instalação. Havia ainda o problema agravado do suporte limitado ao sistema e tecnologias existentes, nomeadamente versões de software de terceiros que já não tinham qualquer suporte (como por exemplo Windows NT). Todo o projeto foi realizado em estreita colaboração entre a equipa da ABB em Portugal e da ABB em Itália, onde está sediado o Centro de Excelência do Symphony Plus para a Europa. Procedeu-se à completa conversão de toda a lógica de controlo e ecrãs de supervisão para o sistema Symphony Plus (Symphony Plus Operations e Symphony Plus Engineering, respetivamente para a parte de supervisão e do sistema de controlo). O trabalho de implementação do novo sistema implicou também a completa alteração da rede de comunicações com o sistema, passando-se de uma comunicação série para uma comunicação Ethernet. Tal alteração, mantendo todo o equipamento de controlo existente, foi possível usando as novas cartas de comunicação S+ IET800, totalmente compatíveis com o sistema Infi90. A Central da Biomassa de Mortágua opera desde 1999, é uma joint-venture entre a EDP e o grupo Altri, tem uma potência instalada de 9 MW e produz energia a partir da queima de resíduos florestais, maioritariamente resultantes da limpeza das matas circundantes.
Autoconsumo fotovoltaico e gastronomia lusa unem-se no sucesso Krannich Solar Tel.: +351 256 109 139 � Fax: +34 961 594 686 http://pt.krannich-solar.com
O autoconsumo fotovoltaico com venda de excedentes, aprovado há mais de um ano pelo Conselho de Ministros português, está com mais força em Portugal e a entrar cada vez mais no setor da hotelaria. O restaurante Taínha, um dos maiores e mais antigos restaurantes do norte do país, entrou recentemente na lista de adeptos do autoconsumo. A Sinersol, uma empresa instaladora especializada em energias renováveis e cliente da Krannich Solar há muitos anos, explicou aos proprietários do restaurante as grandes vantagens 87
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da energia fotovoltaica. E daqui resultou a instalação solar de 43 kW que o estabelecimento possui nos seus telhados. A instalação fotovoltaica em funcionamento nos telhados deste estabelecimento integra-se, de forma orgânica, na filosofia do restaurante porque, a partir de agora toda a energia elétrica consumida na Taínha é local e tem uma ótima qualidade. A empresa fotovoltaica Sinersol realizou uma análise detalhada dos consumos energéticos do restaurante para conceber o projeto, tendo em conta as várias inclinações e orientações do telhado de forma a aproveitar ao máximo a radiação solar de 1391 Wh/m2. Graças ao dimensionamento adequado, o sistema fotovoltaico produzirá quase 60 MWh de eletricidade limpa por ano, energia equivalente ao consumo anual de 35 habitações familiares. Além disso, o restaurante evitará a emissão de 58,4 toneladas de dióxido de carbono se comparado com a geração de carvão. Desta forma, a poupança económica na fatura da luz do restaurante alcançará os 10 000 € anuais, o que garante a amortização da inversão em cerca de 5 anos. A energia verde de Taínha é produzida por 172 painéis fotovoltaicos policristalinos da Luxor Solar com estruturas de montagem K2 Systems – duas marcas que a Krannich Solar comercializa em condições exclusivas – e convertida em Corrente Alternada através de 2 inversores solares SMA, também fornecidos pela distribuidora alemã. As placas solares Luxor EcoLine 60/250 W oferecem uma tolerância positiva de 6,5 Wp tal como uma eficiência que supera os 15% e, além disso, possuem um ótimo rendimento até mesmo em condições de baixa luminosidade. Os inversores fotovoltaicos do sistema são o STP20000TL-30 com máxima eficiência de mais de 98% que, graças ao seguidor do ponto de potência máxima PtiTrac, que se adapta a condições extremas.
Rittal lança rack TI de 19” - TE 8000 Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt � www.rittal.pt
O último modelo do rack TI de 19” e bastidor de redes TE 8000 é usado como um nível de entrada universal de rack TI e permite um ambiente TI com alto nível de segurança, para rapidamente ser configurado. O design é uma caraterística especial, com a sua autossuficiente estrutura de 482,6 mm (19"). Os painéis externos são rapidamente retirados, assegurando um ótimo acesso durante a instalação e manutenção no local de trabalho. Vários bastidores podem ser instalados em compartimentos para permitir a flexibilidade na expansão do ambiente TI. O bastidor inclui igualmente proteção IP20, o que significa que fornece salvaguardas eficazes contra o acesso físico não autorizado em ambiente de trabalho. O TE 8000 inclui, igualmente, uma variedade de opções de fluxo de ar. Os clientes podem escolher entre frente ou porta traseira, ventilada. Uma placa de cobertura posicionada centralmente no teto do bastidor pode ser elevada, ao utilizar espaçadores para permitir a ventilação passiva, ou ser combinado com uma ventoinha para o fluxo de ar ativo. 88
O TE 8000 apresenta-se no mercado com um design atrativo e moderno. Por exemplo, as portas de vidro foram redesenhadas e construídas sob orientação de designers. O TE 8000 foi apresentado pela Rittal no final de 2015 e as entregas iniciaram-se em 2016. Uma ampla gama de acessórios está disponível para o novo rack TI de 19” e pode ser distribuída mundialmente, permitindo aos clientes a adaptação de bastidores de rede no próprio local de trabalho mediante as suas necessidades. “Iremos abordar em particular médias empresas com o nosso rack universal de TI – o TE 8000. Queremos que estes façam parte da revolução digital e queremos ajuda-los a criar um ambiente de TI de forma rápida e eficiente”, disse Bernd Hanstein, Vice-Presidente da Rittal na área de Gestão de Produto TI.
Motor eletrónico DRC.. SEW-EURODRIVE Portugal Tel.: +351 231 209 670 � Fax: +351 231 203 685 infosew@sew-eurodrive.pt � www.sew-eurodrive.pt
O motor eletrónico DRC.. expande o portefólio SEW de sistemas de acionamento mecatrónicos para aplicações descentralizadas e oferece uma solução altamente eficiente, com o máximo de flexibilidade, para as tarefas que se estendem além do convencional. Todas as aplicações, desde a simples movimentação de materiais até ao posicionamento complexo, podem ser concretizadas. O design compacto do motor DRC.. integra eletrónica com servomotor síncrono de ímanes permanentes, oferecendo a melhor solução para aplicações descentralizadas onde a máxima flexibilidade é uma obrigação. Quando acoplado a um redutor de engrenagens cónicas ou de veios paralelos de elevada eficiência, ou mesmo quando utilizado como motor isolado, o DRC.. é uma unidade de acionamento descentralizada de alto desempenho. O DRC.. apresenta as mesmas variantes de comunicação que o MOVIGEAR® e está disponível em quatro tamanhos, com potências de 0,55 kW a 4 kW, o que permite binários contínuos de 2,6 Nm a 19,1 Nm. Estas caraterísticas, aliadas aos componentes integrados, fazem do motor DRC.. um sistema de acionamento mecatrónico inteligente que oferece altos níveis de fiabilidade e durabilidade, garantindo uma elevada disponibilidade do sistema e a máxima fiabilidade operacional. A sua flexibilidade, elevada eficiência energética e desempenho excecional tornam o DRC.. uma solução com uma ótima relação performance/custo, inovadora e indicada para as suas necessidades. Destaca-se pela sua elevada eficiência do sistema que garante que até 50% menos energia é usada em comparação com sistemas de acionamento convencionais. Graças à faixa de ajuste de velocidade com binário constante e elevada capacidade de sobrecarga, uma variante pode ser usada em muitas tarefas. Ao combinar potência e comunicação num cabo minimiza os custos de instalação e riscos de erro e possui uma completa integração de componentes e design compacto que reduzem o espaço de instalação necessário sem comprometer o desempenho. Os custos de armazenamento para peças sobressalentes e os custos operacionais são reduzidos graças às caraterísticas específicas e benefícios do produto. O motor DRC.. pode ser utilizado em aplicações de movimentação de materiais ou como motor de aplicação universal em vários ramos do setor de logística como, por exemplo, na intralogística, logística de aeroportos, indústria alimentar e de bebidas e indústria automóvel.
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Eplan apresenta a nova Smart Wiring Application M&M Engenharia Industrial, Lda. Tel.: +351 229 351 336 � Fax: +351 229 351 338 info@mm-engenharia.pt � info@eplan.pt www.mm-engenharia.pt � www.eplan.pt
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Smart Wiring Application: o nome revela as caraterísticas do novo software - a simplificação de todo o processo de cablagem de armários de controlo. A Eplan apresentará esta nova solução na Feira de Hanôver. Quer se trate da descrição da fonte/alvo, tratamento do ponto do terminal, secções transversais, cor, comprimento do cabo, procedimentos finais ou rota exata dos cabos, este software disponibiliza a visualização e a necessária informação de cablagem e dados de engenharia para a montagem no armário de controlo. As vantagens passam pela cablagem com base em esquemas de ligações elétricas - um processo demorado, com possibilidades de erro e que requer um grande conhecimento especializado – já não é necessária. A representação digital da Smart Wiring Application refere-se ao esquema em 3D do modelo virtual no Eplan Pro Panel. Mas a nova aplicação pode ser utilizada para melhorar a produtividade mesmo sem um esquema em 3D como, por exemplo, podem ser importadas para o programa listas
Excel com todos os dados de ligação necessários, não sendo possível fornecer a visualização em 3D dos caminhos de cabos e dos passos de montagem mas é disponibilizada a execução passo a passo, bem como as listas de ligações para alterações de última hora. Os trabalhadores dispõem, permanentemente, de informação clara sobre o progresso do processo de cablagem na sua totalidade, o que ainda precisa de ser cablado, quais as possíveis alterações que terão de se fazer e como fazê-las. A Smart Wiring Application ficará disponível com o lançamento do Eplan Platform 2.6 em setembro de 2016. Um menu claro descreve todas as ligações. Esta informação é complementada com a visualização do equipamento, incluindo terminais e a rota planeada dos cabos no armário de controlo. O software fornece ainda informação sobre o diâmetro necessário dos cabos, a cor a utilizar e o tratamento de ponteiras definido - cravadas ou soldadas por ultrassons, por exemplo. Os conjuntos de cabos também são indicados de forma exata, o que significa que todas as ligações e todos os passos de trabalho são fáceis de entender e transparentes. Assim que uma ligação é feita é indicada a verde como num semáforo. Isto é extremamente útil caso sejam necessárias várias alterações para terminar o trabalho: os colegas podem iniciar a cablagem no ponto exato em que os seus antecessores a terminaram. A Smart Wiring Application demonstra todos os seus trunfos nas alterações de última hora, que são simplesmente registadas no Eplan Pro Panel e depois atualizadas. Graças à Smart Wiring Application, o estado dos dois projetos é comparado e todas as diferenças são registadas pelo software, poupando imenso tempo em comparação com o processo manual. O software indica todas as ligações obsoletas, as ligações que já foram feitas mas que deverão
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ser removidas e as ligações adicionais necessárias, ou seja, o fim dos tempos mortos em que os trabalhadores precisavam de verificar como as alterações afetavam toda a cablagem e processo de fabrico. Até 43% do tempo de trabalho necessário para fabricar um armário de controlo é despendido na cablagem (dependendo da sua aplicação específica), ou seja, este processo é muito demorado e requer um grande conhecimento especializado. Normalmente, estes problemas de tecnologia de controlo têm que ser resolvidos através de esquemas de ligações elétricas, que são a base da cablagem do armário e, por isso, os especialistas altamente qualificados precisam de estudar centenas de esquemas de ligações elétricas e, página a página, efetuar a montagem e instalação da cablagem. Graças à Smart Wiring Application, o tempo poupado pode ser utilizado de forma mais produtiva.
Cabos de sensor/atuador pré-assemblados com isolamento do cabo em PVC Phoenix Contact, S.A. Tel.: +351 219 112 760 � Fax: +351 219 112 769 www.phoenixcontact.pt
Para a cablagem de sensores/ atuadores, a Phoenix Contact tem agora também em stock cabos pré-assemblados de elevada qualidade com isolamento do cabo em PVC. Estes cabos económicos podem ser montados facilmente, uma vez que também são possíveis comprimentos grandes de cabo incluindo a descarnagem. Estes cabos podem ser utilizados em todos os setores com exigências mecânicas médias, como no fabrico de máquinas. Estes cabos distinguem-se por uma elevada resistência a químicos e óleos minerais. A gama inclui cabos SAC nos formatos M8 e M12, bem como conetores de encaixe para válvulas. Os 296 novos artigos estão disponíveis em quantidades individuais (1) e são agora artigos de armazém. Tal como a gama PUR, a gama em PVC possui uma abrangente certificação UL (cULus Listed) nos formatos M8 e M12, bem como uma certificação CSA no caso de conetores de válvulas no formato A.
Contrato pioneiro para monitorizar estado das turbinas eólicas INGETEAM POWER TECHNOLOGY, S.A. Tel.: +34 948 288 000 solar.energy@ingeteam.com � www.ingeteam.com
Foi adjudicado à INGETEAM um contrato pioneiro no setor eólico para a monitorização das vibrações, supervisão e diagnóstico do estado de mais de 550 MW distribuídos globalmente em parques eólicos. Esta solução será efetuada por uma ferramenta denominada Ingesys CMS, criada pela empresa, que torna possível prever eventuais problemas que podem ser detetados nas turbinas eólicas (falhas nas caixas de transmissão, problemas 90
nos rolamentos, entre outros). O serviço inclui uma análise preditiva, fornecimento, instalação e entrada em funcionamento de mais de 280 dispositivos Ingesys CMS como Vestas, General Electric, Alstom e Repower, entre outros, distribuídos por parques eólicos em todo o mundo sobretudo na Itália, México, Bulgária, Grécia e USA. Os processos de supervisão e diagnóstico do estado das turbinas eólicas serão feitos em Albacete, em Espanha, pela certificada ISO 18436-2, categoria III, análise de vibração de engenheiros com mais de 9 anos de experiência na manutenção preditiva. A Ingesys CMS é um sistema de monitorização de estado que pode ser integrado num sistema SCADA. Destaca-se por ser completamente aberto e configurável e possui um software de visualização de dados muito fácil de utilizar, tornado assim possível adaptar a solução final às necessidades do cliente e, assim, aumentar o seu ROI. Como complemento a esta ferramenta, a INGETEAM desenvolveu módulos de conversão de dados que permitem incluir dados gerados pelos dispositivos externos CMS no conjunto de ferramentas Ingesys CMS. Esta caraterística funcional torna possível, por um lado, a redução do custo da licença desde que não seja necessário um software diferente para o CMS, enquanto por outro lado o aumento da eficiência é confirmado pelo estado das turbinas eólicas desde que todos os parques estejam apenas numa plataforma.
UNIMEC: inovação chega ao setor da indústria alimentar REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 � Fax: +351 229 618 001 comercial@reiman.pt � www.reiman.pt
A inovação na UNIMEC tem reflexo nos mais variados setores e o alimentar não é exceção. A presença na indústria alimentar exige, por um lado, soluções da mais alta qualidade e, por outro, uma ótima performance em contextos onde a higiene é indispensável, sendo para tal necessário que a indústria mecânica saiba adaptar-se de forma a salvaguardar esta condição. Neste sentido, a UNIMEC idealizou e patenteou a gama ALEPH (gatos mecânicos em poliarilamida que dispensam a utilização de lubrificantes) e a Série Inox (em aço inoxidável AISI 316, ideal para ambientes oxidantes). Além disso, a UNIMEC realiza também tratamentos térmicos que permitem preservar estas caraterísticas (como, por exemplo, o tratamento Niploy). Alguns exemplos da aplicação de produtos UNIMEC na indústria alimentar: gatos mecânicos TP-630 da Série ALEPH que apresentam uma proteção rígida em aço inoxidável aplicáveis, por exemplo, em máquinas que confecionam sumos em “tetra brick”; gatos mecânicos TP-407, com tratamento Niploy e fuso em inox, encontrados em equipamentos como máquinas doseadoras de salmoura; caixas angulares em aço inox, com uma guarnição especial para salvaguardar a máxima pureza dos produtos a confecionar, que pode ser utilizada, por exemplo, em máquinas de depuração e engarrafamento de água mineral. Além destas soluções, a UNIMEC disponibiliza uma extensa gama de acessórios, de terminais para fusos em aço inoxidável, passando por proteções especiais e por lubrificantes específicos para uso na indústria alimentar (nomeadamente o Total Nevastane HT/AW-1). Os gatos mecânicos e as caixas angulares estão na base do crescimento da UNIMEC ao nível da exposição internacional. No entanto, e mais recentemente, a UNIMEC tem vindo a consolidar uma certa inclinação natural para a produção de produtos especiais e soluções customizadas que, agora, estão a colher frutos no processo de crescimento da empresa. A UNIMEC é representada em Portugal pela REIMAN.
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F.Fonseca apresenta controlador de baterias DR-UPS40: energia extra by Meanwell F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 � Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com � www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
O controlador de baterias DR-UPS40 da Meanwell é uma solução para a instalação de um sistema de alimentação redundante com saída a 24 VDC até 40 A. No mercado atual é notória a crescente procura por fontes de alimentação de elevada performance para calha DIN. As fontes de alimentação da Meawell destacam-se, atingindo um patamar diferenciador e mantendo elevados níveis de eficiência energética. Mas a performance, por si só, pode não ser suficiente numa instalação industrial. Por vezes, é fundamental dispor de um sistema de alimentação redundante. A solução DR-UPS40 da Meanwell tem as caraterísticas necessárias para acrescentar, à fonte de alimentação já instalada, a energia extra em situações de interrupção de fornecimento de energia AC. O controlador de baterias DR-UPS40 da Meanwell DR-UPS40 tem prestações de alto nível que incluem a supervisão e monitorização da bateria e respetiva carga, a gestão de alarmes, a proteção integrada e as sinalizações visuais e digitais. A corrente máxima de carga das baterias está limitada a 2 A, para uma capacidade máxima das mesmas de 12 Ah, protegendo-as de possíveis danos provocados por uma carga muito rápida. A montagem simples e em calha DIN torna esta solução adequada para o quadro elétrico da sua instalação ou máquina industrial.
VITOFLEX 300-RF: caldeira de biomassa automática com combustão rotativa de 150 a 540 kW Viessmann, S.L. Tel.: +351 219 830 886 geral@termomat.pt � info@viessmann.pt www.termomat.pt � www.viessmann.pt
Caldeira de combustíveis sólidos de última geração com mecanismo de combustão rotativa patenteado. O combustível de biomassa é introduzido através de um parafuso sem fim de forma continuada até uma grelha móvel, onde se produz a gaseificação. Graças a um ventilador rotativo, os gases de combustão ascendentes são misturados com o ar secundário que sai por impulso giratório. Deste modo, garante-se a mistura indicada do ar com os gases de combustão. A tecnologia de combustão altamente desenvolvida da Vitoflex 300-RF atinge valores de emissões semelhantes aos de uma caldeira a gás moderna e mantém os índices de emissões de CO, NOx e de poeiras nos níveis mínimos, sempre em função do combustível utilizado. A combinação desta tecnologia de combustão com a do controlador de potência digital modular, permite alcançar um rendimento de 94%.
A caldeira de combustíveis sólidos Vitoflex 300-RF está disponível como solução em contentor preparada para utilização em aplicações onde não se dispõe de qualquer tipo de zona fechada para a caldeira ou em que é necessário reduzir ao mínimo os custos de construção. Esta solução inclui a caldeira de combustíveis sólidos pré-instalada num contentor especial e inúmeros acessórios. Além das soluções em contentor, podem ser solicitadas alternativas individualizadas especialmente adaptadas às várias necessidades. As vantagens passam pelo elevado nível de rendimento (até 94%) e emissões muito baixas graças à entrada regulada de ar primário e secundário e a uma combustão com baixa produção em partículas; um permutador de calor de dupla passagem e sistema modular de regulação da potência (margem de regulação 4:1); o sistema de ignição automático evita as brasas, poupando assim no combustível; manutenção simples graças ao sistema de extração de cinzas totalmente automático ao sistema pneumático de limpeza opcional e ao separador ciclónico de partículas dos gases; funcionamento seguro e eficiente, graças aos equipamentos avançados de segurança; para combustíveis de biomassa com um teor máximo de humidade de 35%; temperatura de serviço admissível até 100° C; pressão de serviço admissível: 3 bar; e disponível como solução em contentor completa e pronta a usar.
CIRCUTOR apresenta inversor híbrido: CIRPOWER HYBRID 4K-48 CIRCUTOR, S.A. Tlm.: +351 912 382 971 � Fax: +351 226 181 072 www.circutor.com
A CIRCUTOR tem desenvolvido durante os últimos anos algumas das soluções mais inovadoras e de vanguarda no setor do autoconsumo fotovoltaico, liderando iniciativas e grupos de trabalho para facilitar os processos de legalização das instalações interligadas à rede para autoconsumo com injeção zero. Depois de revolucionar o mercado do autoconsumo instantâneo com o CDP (Controlador Dinâmico de Potência), a CIRCUTOR apresenta agora o inversor híbrido CIRPOWER HYBRID 4k-48. Este inversor de 4 kW funciona como um sistema central, gerindo os fluxos de energia entre os painéis solares, as baterias, as cargas e a rede. Este equipamento aplica diferentes estratégias para se adaptar às necessidades do utilizador, tanto nas aplicações isoladas como nas ligadas à rede.
Vulcano aposta em soluções solares térmicas inovadoras e seguras Vulcano Tel.: +351 218 500 300 � Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com � www.vulcano.pt �
/VulcanoPortugal
Ao longo dos últimos anos a Vulcano tem investido no desenvolvimento das suas soluções de água quente com recurso à energia solar, apresentando ao mercado sistemas completos e adaptados às necessidades dos consumidores e às especificidades de instalação, para um aproveitamento coletivo ou individual. As soluções solares térmicas da Vulcano são de fácil e rápida instalação e permitem uma poupança económica de até 91
produtos e tecnologias
75% por mês na fatura do aquecimento de águas, podendo mesmo ascender aos 100% em meses de maior exposição solar. A Vulcano utiliza a mais avançada tecnologia existente na fabricação de painéis solares térmicos. Os resultados são visíveis através de produtos como o PremiumSun (FKT-2), um equipamento de última geração que possibilita um elevado rendimento mesmo em situações de pouca radiação solar. Os painéis solares da marca portuguesa adaptamse a qualquer tipo de telhado e são complementados por estruturas de suporte fabricadas em alumínio, possuindo uma elevada durabilidade face a agentes naturais externos. A montagem é ainda facilitada pela caixa produzida em fibra de vidro que reduz o peso dos painéis, e pelas ligações flexíveis entre os mesmos que asseguram a estanquidade e durabilidade da instalação. A Vulcano tem vindo a disponibilizar, há mais de uma década, sistemas solares térmicos capazes de elevar o grau de eficiência energética de habitações e edifícios, contribuindo consequentemente para um melhor aproveitamento das energias renováveis em Portugal.
O novo fornecimento integrado de energia de emergência do Fronius Energy Package fornece energia para a residência em caso de queda de energia. E para isso é utilizada a energia de um sistema fotovoltaico e da memória. O inversor Fronius Symo Hybrid alimenta edifícios com uma potência máxima até 5 kW. Com os inversores da Fronius também é possível uma alimentação nula, e assim, não é alimentada nenhuma energia fotovoltaica na rede de energia. As exigências correspondentes do operador da rede podem ser respondidas sem problemas através da fácil configuração na interface da web do inversor. A função é suportada por todos os Fronius SnapINverter com Fronius Datamanager 2.0 ou Fronius Datamanager Box 2.0 integrado. O Fronius Ohmpilot é um regulador de consumo que faz uma contribuição essencial para a otimização do consumo próprio. É um ótimo exemplo de como é possível utilizar a energia fotovoltaica disponível da forma mais eficiente para o aquecimento de água, seja com o aquecedor elétrico ou com o painel infravermelho, assim que houver energia excedente. A potência vai diretamente para o Fronius Ohmpilot e ele ativa e controla a aplicação. “A vantagem da Fronius Ohmpilot é a regulação variável, sendo assim possível utilizar todo o excesso de energia fotovoltaica. Para uma residência unifamiliar com um consumo médio de água quente significa que, de abril a outubro, a maioria da água é aquecida com energia fotovoltaica”, explicou Hüttner. O Fronius Ohmpilot é compatível com todos os SnapINverter e comunica com o inversor via WLAN, LAN ou Modbus. O Fronius Ohmpilot ficará disponível num primeiro momento no primeiro semestre 2017 na Alemanha, Áustria e Suíça.
Novidades da Fronius na Intersolar Fronius España S.L.U. Tel.: +34 916 496 040 � Fax: +34 916 496 044 pv-sales-spain@fronius.com � www.fronius.es
De 22 a 24 de junho de 2016 realizou-se a Intersolar em Munique, onde o stand da Fronius atraiu inúmeros visitantes com as inovações de hardware e software. No caminho para as 24 horas de sol, as soluções de armazenamento, a função de alimentação nula e o Fronius Ohmpilot para a otimização do autoconsumo, despertaram grande interesse. “Para a Fronius, a Intersolar foi novamente um grande sucesso. Os novos produtos e soluções despertaram grande interesse e os produtos e soluções existentes receberam feedbacks positivos. Fiquei feliz principalmente por saber que os nossos clientes e parceiros se identificam tão bem com a visão da Fronius de 24 horas de sol, o futuro da energia com 100% de energia renovável. No nosso stand, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer e de saber como continuamos a ir na direção das 24 horas de sol com nossas soluções e produtos”, contou Martin Hackl, Diretor da Divisão Solar Energy da Fronius International GmbH. O Tesla Powerwall esteve no centro das atenções, tal como a nova solução monofásica de armazenamento com o inversor Fronius Primo Hybrid e o Fronius Energy Package. O Fronius Primo Hybrid é o novo inversor monofásico para a solução de armazenamento Fronius Energy Package. O aparelho está disponíveis nas classes de potência de 3,6 a 11,4 kW. A Multi Flow Technology integrada garante uma gestão inteligente do fluxo de energia e permite o acoplamento CA como CC do sistema de armazenamento. Dois MPP-Tracker garantem a flexibilidade máxima no dimensionamento do sistema. O feed back positivo dos clientes de parceiros da Fronius foi comprovado numa pesquisa atual sobre o mercado alemão de sistemas de armazenamento de bateria. 92
Marca forte: Weidmüller vence o German Brand Award Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. Tel.: +351 214 459 191 � Fax: +351 214 455 871 weidmuller@weidmuller.pt � www.weidmuller.pt
Os vencedores do German Brand Award foram honrados numa gala no “DRIVE. Volkswagen Group Forum” a 16 de junho de 2016, em Berlim. Mais de 200 convidados de empresas, políticos e meios de comunicação social aceitaram o convite do Design Council para o primeiro prémio do mais importante galardão de gestão de marcas de sucesso na Alemanha. Marion Sommerwerck, Responsável de Comunicações Empresariais e de Gestão de Marca do Grupo Weidmüller aceitou o prémio na categoria “Industry Excellence in Branding”. “Uma marca forte é o mais importante capital para uma empresa. Assegura um sucesso a longo prazo e cria uma base para a inovação e crescimento, e isso aplica-se de forma definitiva à Weidmüller”, explica Marion Sommerwerck. “A melhoria contínua da nossa estratégia de gestão de marca permitiu-nos comunicar os nossos valores de proximidade com o cliente, inovação e fornecimento de soluções a clientes e consumidores.” O júri independente de peritos gabou a conceção e implementação da estratégia de marca dos especialistas de eletrotécnica do Leste da West phalia que foi especialmente evidente na apresentação segundo reportou o júri: “A comunicação consistente do conteúdo da marca na nossa apresentação destaca-a realmente. O German Brand Award é um prémio de elevado calibre e por isso representa uma verdadeira honra para nós”, explicou Marion Sommerwerck. “O nosso stand de exposição tem uma apresentação credível e convincente da marca Weidmüller e do cenário perfeito para as nossas soluções e aplicações. O stand oferece uma estrutura de
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trabalho para uma apresentação de alta qualidade e animadora dos produtos, tecnologias e soluções e de uma plataforma para o diálogo, comunicação e hospitalidade.” Daqui resulta um stand de exposição que torna a marca Weidmüller tangível, graças à sua estrutura clara. Isso baseia-se numa utilização eficiente de um sistema consistente, de stand modular segundo a marca e com uma boa comunicação na conceção empresarial sobre elementos de stand relevantes, materiais e comunicações. O German Brand Award é concebido pelo Design Council, e premeia a gestão de marcas bemsucedidas na Alemanha e destaca marcas pioneiras e criadores de produtos de destaque. A competição e entrega de prémios constituem um ótimo fórum de comunicação e uma oportunidade de experiência da marca visivelmente credível. A competição foi iniciada pelo Design Council, uma fundação com 230 membros de empresas, do setor da conceção, associações e instituições.
Nova gama de sensores de fibra ótica Carlo Gavazzi Unipessoal, Lda. Tel.: +351 213 617 060 � Fax: +351 213 621 373 carlogavazzi@carlogavazzi.pt � www.carlogavazzi.com
A Carlo Gavazzi Automation, cuja atividade é o desenvolvimento, fabrico e marketing de equipamento eletrónico, lançou no mercado a nova linha de sensores de fibra ótica FA1 e FUR/FUT. O FA1 é um amplificador compacto, de programação intuitiva, e está equipado com dois displays LED de 4 dígitos para indicação e programação do nível de sinal, tempo de resposta e funções temporizadas. Saída NPN ou PNP com possibilidade de comutação claro/escuro. Possibilidade de montagem em calha DIN. Uma vasta gama de fibras óticas em vários diâmetros – reflexão; barreira; direitas ou em ângulo – permite a escolha certa para qualquer aplicação. Com esta nova série, a Carlo Gavazzi reforça a sua posição na área da deteção complementando a vasta gama de detetores indutivos, capacitivos e fotoelétricos.
Desde chave de fendas até centros de automatização Rittal Portugal Tel.: +351 256 780 210 � Fax: +351 256 780 219 info@rittal.pt � www.rittal.pt
A Rittal Automation System apresentou uma vasta gama de ferramentas e máquinas para fabricantes de quadros elétricos na Feira de Hanôver. O portefólio varia desde simples chave de fendas, alicates e outras ferramentas manuais até máquinas semi-automáticas para montagem de cabos e centros de máquinas automatizadas para armários metálicos e painéis. Os produtos incluem igualmente sistemas de transporte para melhorar as condições ergonómicas em que o trabalho é executado. Graças às novas ferramentas manuais, a Rittal pode responder a todas as necessidades dos processos que precisam de ser realizados manualmente. Abrange as estruturas mecânicas dos armários metálicos e placas de montagem, para
produtos e tecnologias
a eletrificação e execução de recor tes para passagem de cabos, feitos no local da obra, com uso de perfuradores manuais hidráulicos e brocas para metal. Mesmo que a produção de quadros elétricos dependa muito de soluções automatizadas, ainda são necessárias muitas operações manuais. Em particular, trabalhar com acessórios de armários metálicos, placas de montagem ou sistemas de climatização, que podem ser pesados, é fisicamente exigente para os funcionários. O sistema de automação da Rittal oferece sistemas ergonómicos para ajudar a desenvolver estas tarefas de forma segura. Por exemplo, os painéis podem ser transportados de forma fácil e segura, no local de trabalho, através de um trolley de armazenamento e transporte LT 1000. O sistema multifuncional de elevação MH 500 simplifica a elevação de peças pesadas como placas de montagem ou unidades de controlo de climatização. O processo mecânico para os armários metálicos ou painéis, tal como placas de montagem, pode também ser desenvolvido no local de trabalho. A Rittal fornece, para estes, centros de maquinação “Perforex” para fresagem e processamento a laser. Furos, recortes e fios podem ser executados com alta precisão e rapidez. Ao expandir a gama de produtos através da adição de novas ferramentas manuais, a Rittal está a difundir o negócio de sistemas de automação para uma gama completa de fornecimento para produção e instalação de quadros elétricos e de automação. Através desta unidade de negócio, a Rittal dá suporte aos fabricantes de quadros elétricos em toda a cadeia de processo – desde a engenharia até ao local de trabalho e produção.
Equipamentos fotovoltaicos da Studer no portefólio da Krannich Solar Krannich Solar Tel.: +351 256 109 139 � Fax: +34 961 594 686 http://pt.krannich-solar.com
Os inversores fotovoltaicos e outros equipamentos de potência para instalações solares isoladas da reconhecida marca Studer voltam a integrar o portefólio da Krannich. A divisão espanhola da distribuidora fotovoltaica chegou a um acordo de colaboração com o fabricante suíço e já tem no seu armazém inversores-carregadores e reguladores de potência, entre outros, preparados para serem enviados aos instaladores. Os inversores solares da Studer Innotec podem ser configurados e controlados através da Internet através da consola de controlo remoto, Xcom-LAN/Xcom-GSM, com 532 parâmetros programáveis. Os inversores solares da série AJ, em comparação com os de outras marcas, contam com um otimizador do ciclo de vida de baterias, BLO, que lhes permite controlar a profundidade de descarga dos acumuladores. Os inversores carregadores, por seu lado, são capazes de arrancar um grupo eletrógeno de duplo contacto. Como se não bastasse, a combinação das Séries VarioString e Xtender é indicada para a bombagem solar com o variador. “Os reguladores da Studer têm um consumo mínimo em standby de apenas 1 W”, comentou Arturo Andrés, responsável do Departamento 94
Técnico da Krannich Solar, “enquanto outros equipamentos fotovoltaicos podem chegar a consumir até 10W, reduzindo a carga da bateria, em alguns casos a algo menos da metade, sobretudo em instalações de pequena potência”, acrescenta. Roland Studer foi quem fundou a empresa há quase 30 anos na Suíça, cinco anos depois iniciou o fabrico de inversores sinusoidais e, hoje, o mercado da energia representa mais de dois terços do seu negócio. Segundo Andrés, a Krannich Solar apostou por este fabricante totalmente integrado, pois é um dos poucos que continua a ter linhas de produção na Europa, nas quais utiliza ferramentas de produção de gama alta. Orgulhoso empregador de uma equipa altamente qualificada, Studer Innotec leva 25 anos a exportar quase a totalidade dos seus equipamentos por todo o globo. A dúzia dos engenheiros dedicados exclusivamente à investigação, desenvolvimento, e inovação lança ao mercado um novo produto por ano. Antes de iniciar o desenho de um novo equipamento, na Studer analisam o mercado para entender o que mais necessitam os utilizadores.
Solar Impulse chega à Europa, abrindo caminho para o futuro dos transportes ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 � Fax: +351 214 256 247 comunicacao-corporativa@pt.abb.com � www.abb.pt
O Solar Impulse, o pioneiro avião solar, concluiu o seu voo transatlântico de 96 horas, de Nova Iorque a Sevilha, numa nova etapa da sua viagem pelo mundo, que começou em 2015 em Abu Dhabi. A aeronave funciona com a mais recente geração de células solares, baterias e materiais leves para realizar a tarefa, aparentemente impossível, de voar pelo mundo sem consumir combustíveis fósseis. O projeto demonstra como as novas tecnologias estão a abrir as portas a uma nova era de transportes sustentáveis. Um dos pilotos, André Borschberg, disse: “Esta aeronave é uma rede inteligente que utiliza a energia de fontes renováveis e, posteriormente, distribui-a de forma eficiente aos utilizadores que dela necessitam, em momentos diferentes daqueles em que a energia foi gerada.” O Solar Impulse, com uma envergadura superior a um 747 mas com um peso de um automóvel de passageiros, utiliza uma bateria de polímero de lítio de alta capacidade, que lhe permite voar durante o dia e de noite. O piloto, Bertrand Piccard, impulsionador e Presidente da Solar Impulse disse: “O mundo poderia ser muito mais eficiente se todas estas tecnologias fossem implementadas em grande escala. É exatamente isto que os nossos parceiros na ABB estão a fazer, aplicar estas inovações para que possam ser utilizadas por todos.” O Solar Impulse é um bom exemplo de como o avanço das novas tecnologias estão a revolucionar o mundo dos transportes. Ulrich Spiesshofer salientou que a ABB tem uma gama crescente de produtos e soluções que aumentam a eficiência dos sistemas de transporte, reduzindo o impacto ambiental em várias frentes. Sistemas de travagem regenerativa em comboios elétricos, metro e outros meios de transporte estão também a contribuir para melhorias significativas na eficiência energética. A gama de produtos ENVILINE da ABB incorpora travagem regenerativa e outras estratégias de alta eficiência para reduzir o consumo de energia em sistemas de tração ferroviária de Corrente Contínua até 30%. Autocarros e outros veículos elétricos estão a ganhar cada vez
produtos e tecnologias
mais aceitação, graças ao desenvolvimento de novas estações de carregamento rápido, capazes de recarregar as baterias em apenas alguns minutos em vez de horas. O novo sistema de transporte público em Genebra e um outro em desenvolvimento em Namur, na Bélgica, utiliza carregadores rápidos da ABB para fornecer transportes com zero emissões e de custo-eficiente. A e-mobility está a melhorar a qualidade do ar e a reduzir o congestionamento nos centros das cidades. As recentes inovações também têm fornecido soluções mais sustentáveis em transporte marítimo: sistemas de propulsão Azipod, incorporam motores elétricos a hélice no casco de navios de grande porte, permitem alcançar melhorias em eficiência e capacidade de manobra. Na solução OCTOPUS utilizam grandes quantidades de dados, sensores inteligentes e conetividade para informar os operadores de navios das rotas mais eficientes e potenciais riscos.
ROLLON: novas gamas SYS e PRISMATIC REIMAN – Comércio de Equipamentos Industriais, Lda. Tel.: +351 229 618 090 � Fax: +351 229 618 001 comercial@reiman.pt � www.reiman.pt
A celebração do 40.º aniversário da ROLLON ficou marcada pela aquisição da empresa italiana Techno Center, que veio abrir as portas para uma nova fase, tanto ao nível de expansão internacional, como na exploração de novas áreas de aplicação. Na realidade, a Techno Center conferiu à ROLLON uma gama de produtos mais tecnológicos, mais modernos e sofisticados, complementando assim a já existente oferta da ROLLON e projetando-a, graças ao seu portefólio, para um lugar de destaque no movimento linear de produção europeia. Dos sistemas lineares mais interessantes adotados pela ROLLON destacam-se as gamas SYS e PRISMATIC RAIL. A gama SYS inova ao oferecer um produto que combina as capacidades de uma guia linear e de um atuador que podem ser utilizadas independentemente ou conjugadas. Este produto conjuga guias em alumínio, módulos de atuação e patins de roletes. Podemos utilizar a versão SYS sem módulo de atuação que, para todos os efeitos, funciona como uma guia linear mas com uma vantagem considerável: é autoportante, não necessitando de qualquer estrutura adicional de suporte. Pela sua simplicidade, esta solução pode ser utilizada em equipamentos de automação, oferecendo simplicidade no desenho da máquina, na preparação da superfície da mesma e na respetiva aplicação, o que naturalmente se repercute em menores custos de implementação. Na versão SYS com módulo de atuação, o patim é acionado por um sistema de carreto e cremalheira, obtendo-se um mecanismo linear compacto, com uma ótima performance até em cursos longos. O modelo SYS1 está disponível em quatro tamanhos: 50, 100, 130 e 180 mm. O SYS2 está disponível para guias de 200 mm, e ambos permitem acelerações até 25 m/s2 e repetibilidade de ± 0,05 mm. O PRISMATIC RAIL é uma gama de guias lineares em forma de V, em aço endurecido, em que o patim desliza graças a grandes roletes em aço, que podem ter uma proteção em tecnopolímero para aplicação em ambientes com elevada sujidade. As guias estão disponíveis em três tamanhos (28, 35 e 55 mm), permitem cargas mais pesadas, cursos muito longos e um movimento suave mesmo quando utilizados em ambientes com uma elevada sujidade. Como vantagem acrescida, este
produto tolera desalinhamentos até 1,5 mm, e apresenta uma vida útil longa e alta fiabilidade. O sistema de roletes permite ainda atingir velocidades até 5 m/s e aceleração até 50 m/s2. A REIMAN é o representante exclusivo da ROLLON em Portugal.
INGETEAM lançou novos inversores centrais de 1500 Vdc para grandes instalações fotovoltaicas INGETEAM POWER TECHNOLOGY, S.A. Tel.: +34 948 288 000 solar.energy@ingeteam.com � www.ingeteam.com
A INGETEAM lançou no mercado a sua nova gama de inversores fotovoltaicos centrais INGECON SUN PowerMax, Série B – 1500 Vdc. Estes inversores permitem fornecer uma potência máxima de 1640 kVA em apenas um equipamento de apenas 2800 x 885 x 2010 mm, o que é conveniente num inversor solar com maior densidade de potência graças aos seus mais de 326 kW/m3. A Série B – 1500 Vdc da família INGECON SUN PowerMax apresenta um sistema de refrigeração Smart Cooling System que permite otimizar e reduzir o consumo dos serviços auxiliares. Além disso os componentes eletrónicos de última geração do inversor encontram-se num compartimento semi-estanque (IP66), o qual evita condensações e alarga a vida útil da eletrónica de potência. Esta família de inversores está preparada para a sua instalação tanto no interior (IP50) como no exterior com intempéries (IP56), e são capazes de fornecer a sua potência nominal até aos 50º C de temperatura ambiente. Além disso apresenta uma conceção melhorada que facilita as tarefas de instalação e cablagem (tanto DC como AC), assim como os trabalhos de manutenção e reparação. Graças à sua compacidade é facilmente integrado em soluções de Média Tensão ou Power Station que possuem todos os elementos necessários para grandes instalações fotovoltaicas. Desta forma, este equipamento permite a colocação de três inversores dentro de uma mesma Power Station de 40 pés, pretendendo alcançar até 4,92 MVA em apenas um centro de Média Tensão. A somar a isso, a INGETEAM concebeu uma solução com quatro inversores ligados a apenas um transformador, o qual permite chegar aos 6,56 MVA numa estação. Este equipamento, tal como outras soluções em Média Tensão, foi apresentado na Intersolar Europe, nos dias 22 e 24 de junho em Munique, na Alemanha.
Vulcano eleita Marca de Confiança Ambiente 2016 pelos leitores das Selecções do Reader’s Digest Vulcano Tel.: +351 218 500 300 � Fax: +351 218 500 301 info.vulcano@pt.bosch.com � www.vulcano.pt �
/VulcanoPortugal
A Vulcano foi eleita pelos leitores das Selecções do Reader’s Digest a Marca de Confiança Ambiente 2016 na categoria Esquentadores, uma novidade nesta 16.ª edição do estudo. Este estudo da Marca de Confiança é um questionário sobre consumo aplicado a leitores selecionados a partir da base de assinantes da revista Selecções do Reader’s Digest em Portugal, tendo sido a Vulcano considerada por 51% dos inquiridos como a marca com melhor reputação na proteção do Ambiente, 95
produtos e tecnologias
na categoria de Esquentadores. Para Nadi Batalha, Coordenadora do Depar tamento de Marketing da Vulcano, “esta distinção prestigia a nossa marca e é um reconhecimento pela dedicação com que temos vindo a desenvolver produtos que primam pela eficiência energética e pela melhor experiência possível do consumidor. A Vulcano pauta-se por uma conduta ambientalmente responsável e investimos sempre em soluções direcionadas às necessidades do mercado, garantindo ao mesmo tempo o respeito pelos recursos energéticos, pela economia, pelo conforto e pela segurança das famílias. Este prémio realça que a mensagem passou para o consumidor e estamos muito satisfeitos e confiantes de que estamos no bom caminho.” A Vulcano desenvolve, fabrica e comercializa, há quase 40 anos, uma completa e diversificada gama de Esquentadores, destinados a consumidores com exigências distintas. Dispõe de modelos apropriados a cada especificidade de instalação, nível de conforto, inovação, competência e eficiência energética, fruto de uma bem-sucedida aposta em Investigação & Desenvolvimento. Efetuado em sete países europeus, o estudo “Marcas de Confiança 2016” analisa os níveis de confiança dos consumidores, através de 65 categorias de produtos (mais 25 que em relação ao ano passado), junto dos assinantes portugueses da revista. O estudo foi realizado entre setembro e novembro de 2015 e as respostas foram enviadas através de um questionário postal e um questionário online. Para além de não votarem os mesmos leitores todos os anos, ou seja, haver um painel rotativo, a nomeação é feita pelos inquiridos de forma espontânea, não havendo, assim, referência ou sugestão a qualquer marca.
convertidas em calor e as flutuações de potência possam ser equilibradas”, informa Gerald Neuse e conclui: “A FlowSol ® E da RESOL tornase a ligação em falta entre o sistema fotovoltaico e o gerador de calor, para uma maior independência, menores custos de aquecimento e menores emissões de CO2.”
Tubos Solares Chatron equipam moradias de luxo na cidade de Viseu Chatron, Lda. Tel.: +351 256 472 888 � Fax: +351 256 425 794 www.chatron.pt
185 tubos solares Chatron, modelos TS 250, TS 300 e TS 400, com um sistema LedIn integrado, equipam 37 moradias de luxo, na cidade de Viseu, em Portugal. Todos os cómodos do sótão e 1.º andar foram beneficiados com a qualidade da luz natural que só os tubos solares conseguem dar e ainda com o sistema de iluminação integrada LedIn, permitindo iluminação dos espaços durante 24 horas com a máxima eficiência.
Impressora portátil de termo-transferência Phoenix Contact, S.A. Tel.: +351 219 112 760 � Fax: +351 219 112 769 www.phoenixcontact.pt
FlowSol® E da RESOL converte excesso de corrente em energia térmica RESOL Tel.: +49 023 249 648-0 � Fax: +49 490 232 496 48-755 support@resol.de � www.resol.de
A FlowSol® E da RESOL foi especialmente concebida para utilizar o excesso de corrente produzido por um sistema fotovoltaico. A estação contém todos os componentes hidráulicos vitais, sendo par ticularmente fácil de instalar e pode ser equipada com todos os sistemas de aquecimento e de água quente doméstica. “A fiabilidade do dispositivo de medição deteta corrente em excesso e o controlador integrado redireciona-a para um aquecedor elétrico variável contínuo para aquecimento de um reservatório de água”, explica Gerald Neuse, Responsável de Vendas da RESOL e acrescenta: “Assim, a potência em excesso pode ser armazenada sob a forma de calor renovável, podendo o consumo interno ser aumentando ao mesmo tempo que se diminuem os custos do aquecimento convencional.” Entretanto, é óbvio que a potência doméstica tem absoluta prioridade e a conformidade com a rede é mantida. “O controlo inteligente assegura uma estratificação de armazenamento ideal, para que até pequenas quantidades de potência em excesso possam ser facilmente 96
A mais recente novidade na gama de impressoras da Phoenix Contact, a Thermomark Prime, acrescenta portabilidade e flexibilidade à gama existente - Thermomark Line. Mantendo a compatibilidade com as etiquetas já existentes quer em formato de carta, UCT, ou folha, US, torna, de uma forma inovadora, a marcação estacionária associada a um PC uma imposição do passado. Equipada com uma bateria recarregável de elevada performance e um software de edição e impressão integrado, a Thermomark Prime permite uma portabilidade total e com isso possibilitar marcações profissionais em qualquer lugar e a qualquer hora. O software integrado no modo de edição é controlado através de multi-touch display de forma idêntica a qualquer smartphone ou tablet. É também possível imprimir projetos de marcações previamente realizados no ClipProject Marking. O desperdício associado à inserção da etiqueta errada foi eliminado através da deteção automática do material. A troca de rolo de tinta é efetuada de forma simples e em menos de 10 segundos. Com mais de 600 soluções de etiquetas de diferentes tamanhos, cor e material, é possível marcar bornes, fios e cabos, equipamento e a área fabril. Os acessórios como mochila ou saco de transporte facilitam ainda mais o transporte desta impressora portátil compacta.
produtos e tecnologias
Fronius Energy Package: tecnologia Multi Flow torna possível autossuficiência Fronius España S.L.U. Tel.: +34 916 496 040 � Fax: +34 916 496 044 pv-sales-spain@fronius.com � www.fronius.es
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As tarifas de eletricidade têm sido as principais razões para investir num sistema fotovoltaico, ter independência energética e combater os constantes aumentos dos custos de energia. Por isso, a capacidade de consumir a máxima energia solar produzida, tal como garantir a disponibilidade da mesma durante a noite e nos períodos de pouca ou nenhuma luz solar são cada vez mais importantes. Neste cenário, o Fronius Energy Package armazena a energia solar para consumo posterior e permite gerir os fluxos de energia de uma forma inteligente graças à tecnologia Multi Flow, e daqui resulta um nível máximo de autossuficiência para o local. Juntamente com um Smart Meter, o inversor evoluiu ao longo dos anos para um sistema de gestão da energia inteligente para otimizar o consumo elétrico do local. No desenvolvimento do Fronius Energy Package e superando os limites de soluções de armazenamento convencional, a Fronius equipou o Fronius Symo Hybrid com a tecnologia Multi
Flow como standard, o que permite ter um controlo inteligente dos fluxos de energia e que é algo fundamental para obter a melhor utilização de um sistema de armazenamento. As vantagens da tecnologia Multi Flow passam por ser uma fonte de alimentação do local em simultâneo através do sistema fotovoltaico e da Fronius Solar Battery (se o sistema fotovoltaico não pode fornecer toda a energia necessária, a energia adicional necessária é tirada da bateria e não da rede), todas as necessidades de energia são garantidas pelo sistema fotovoltaico durante o tempo de carregamento das baterias (a energia excedente é utilizada para carregar as baterias que depois de carregadas a energia é injetada na rede), fornecimento de energia fiável mesmo durante uma falha na rede (mesmo durante uma emergência, o Fronius Energy Package possui uma solução de fornecimento de energia inteligente e fiável: a habitação é alimentada com energia do sistema fotovoltaico e da bateria durante uma interrupção na rede; e mesmo quando a bateria está descarregada, o fornecimento elétrico mantém-se através do sistema fotovoltaico que gera energia suficiente). Verifica-se, assim, que a otimização do autoconsumo não é a única vantagem da tecnologia Multi Flow, uma vez que conta com uma função adicional, a função de carregamento em AC. Ao permitir carregamento de corrente AC extraídas de outras fontes de energia ou da rede, a tecnologia Multi Flow oferece as seguintes vantagens: utiliza o espaço livre do sistema de armazenamento fotovoltaico para armazenar os excessos de energia de outras fontes, utiliza tarifas de eletricidade com discriminação horária, carga mínima para o fornecimento de emergência, conservação do carregamento, melhoria da qualidade da rede.
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barómetro das renováveis
barómetro das renováveis março 2016 Este barómetro utiliza informação correspondente ao boletim informativo da DGEG “Renováveis – Estatísticas Rápidas – março 2016” e informação de produção de eletricidade disponível no portal da REN. Cláudio Monteiro e António Sérgio Silva
Até final de janeiro de 2016, os valores de potência instalada renovável foram: 12 465 MW, 6024 MW de hídrica, 5033 MW de eólica, 735 MW de biomassa e 644 MW de fotovoltaica. Até final de 2015, comparativamente com 2014, instalaram-se mais 618 MW de renovável, salientando-se um incremento de 8% de hídrica, 1,6% de eólica e 9% de fotovoltaica.
Quanto à produção, no último ano móvel do ano, a produção de eólica aumentou 4,2%, a produção fotovoltaica subiu 12,3%, a hídrica desceu 3,1%, a biomassa desceu 5,7%. No total, a produção renovável está aproximadamente igual ao ano anterior, graças às chuvas e vento do último trimestre. O consumo desceu 0,3%, mas no último trimestre de
2015 registou-se a descida mais acentuada no último semestre. No último ano móvel a fração de renováveis atingiu apenas 56% do consumo igualando o ano anterior. A produção hídrica representou 25% do consumo, a eólica 24%, a biomassa 5,2% e a fotovoltaica 1,5%.
Potência Instalada (MW) 2010
2011
2012
2013
2014
2015
Jan-16
9722
10 691
11 160
11 449
11 848
12 458
12 465
4898
5333
5539
5535
5573
6024
6024
4234
4666
4877
4877
4916
5360
5360
PCH (10 MW a 30 MW)
290
290
288
288
285
292
292
PCH (≤ 10 MW)
374
377
374
370
372
372
372
3914
4378
4531
4731
4953
5033
5033
712
712
712
717
706
735
735
Centrais com cogeração
476
459
441
441
416
443
443
Centrais sem cogeração
116
116
123
123
123
123
123
RSU
86
86
86
86
86
86
86
Biogás
34
51
62
67
81
83
83
Geotérmica
29
29
29
29
29
29
29
Fotovoltaica
169
239
349
437
587
637
644
Centrais
134
175
244
299
418
455
462
–
–
–
–
6
9
9
35
63
83
91
98
101
101
1
2
22
47
65
73
73
Total Renovável Hídrica GCH (>30 MW)
Eólica Biomassa
CPV Microgeração Minigeração
Tabela 1 Potência instalada da Fontes de Energias Renováveis (FER) até março de 2016. Fonte: DGEG.
EnergizAIR indicadores para a média de abril a junho de 2016
Solar Fotovoltaico
Lisboa: 151% Solar TÉRMICO
Lisboa: 92% EÓLICA
Portugal Continental 3 083 000 habitações
Para mais informações sobre cada um dos indicadores http://energizair.apren.pt
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Figura 1 Energia renovável produzida mensalmente até março de 2016, indicando a fração de renovável relativamente ao consumo. Fonte: baseado na informação de produção diária disponível no portal da REN.
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bibliografia
Montaje y mantenimiento de los sistemas de control y regulación de parque eólico (UF0220)
€26,50
Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499312934 Editora: Vertice Número de Páginas: 158 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
Esta obra pertence ao certificado de profissionais de gestão da montagem e manutenção de parques eólicos (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00619_3: Montagem e Manutenção de Instalações de Energia Eólica. E também à unidade formativa 3 (uf0220) de montagem e manutenção dos sistemas de controlo e regulação do parque eólico. Os aerogeradores dos parques eólicos necessitam de uma montagem e manutenção especial, manutenção especial, para isso é imprescindível o conhecimento dos elementos que fazem parte dos seus sistemas de controlo de potência (bus de condensadores, crowbar, retificador ativo, e outros) e controlo e regulação. Inclui ainda um capítulo introdutório sobre eletrónica. Índice: Electrónica. Montaje y mantenimiento del sistema electrónico de potencia en el aerogenerador. Montaje y mantenimiento del sistema de control y regulación en el aerogenerador. Montaje y mantenimiento del telemando de control de la subestación del parque.
Gestión del mantenimiento de instalaciones de energia eólica (MF0617_3)
€30,50
Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499313023 Editora: Vertice Número de Páginas: 288 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
Esta obra pertence ao certificado de profissionais de gestão da montagem e manutenção de parques eólicos (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00617_3: Gestão da Manutenção de Instalações de Energia Eólica. Além de incluir um capítulo introdutório no qual se analisa o que é um parque eólico e como funcionam os aerogeradores, esta obra centra-se nos planos de manutenção das instalações de energia eólica, detendo-se em aspetos como a sua conceção e desenvolvimento. Também encontramos na obra capítulos dedicados à prevenção e correção de avarias em equipamentos e aerogeradores. Índice: Constitución general de un parque eólico. Gestión del mantenimiento en instalaciones de energía eólica. Gestión del mantenimiento preventivo y correctivo en aerogeneradores.
Desarrollo de proyectos de instalaciones de energia mini eólica aislada (UF0217)
€26,50
Autor: Antonio Aguilera Neves ISBN: 9788499312606 Editora: Vertice Número de Páginas: 168 Edição: 2014 (Obra em Espanhol) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
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Esta obra pertence ao certificado de profissionais de gestão da montagem e manutenção de parques eólicos (enae0408), correspondendo exatamente ao módulo mf00615_3: Projetos de Montagem de Instalações de Energia Eólica. Trata-se de uma unidade formativa 2: uf0217: Desenvolvimento de Projetos de Instalações de Energia Mini-Eólica Isolada. As instalações de energia mini-eólica possuem pequenos aerogeradores com uma potência inferior a 100 kW. Por isso estão a ser utilizados, com sucesso, para fornecer eletricidade a locais isolados, como vivendas ou sinalizações. Este texto reúne todos os aspetos a ter em conta na hora de realizar uma destas instalações, desde o melhor local para as implementar até às premissas administrativas necessárias. Índice: Estudio de las características del emplazamiento. Cálculo de la energía anual estimada. Elección de la turbina. Sistemas de anclaje y sujeción. Afecciones. Redacción de memoria técnica o proyecto. Permisos administrativos. Fases de instalación.
bibliografia
Guia de Aplicações de Gestão de Energia e Eficiência Energética – 3.ª edição
€29,70
inclui 10% desconto PVP €33,00
Autor: André Fernando Ribeiro de Sá ISBN: 9789897231544 Editora: Engebook Número de Páginas: 527 Edição: 2016 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
A energia é um bem que deve ser otimizado a um custo cada vez mais relevante. É importante maximizar a sua produção eficiente e racionalizar o seu consumo. Não faltam formas de economizar energia: na sua produção, no seu transporte, na sua distribuição e no seu consumo. O presente livro pretende evidenciar algumas potenciais aplicações de gestão de energia e eficiência energética. Muitas aplicações foram mencionadas: produção eficiente, quer com fontes de energia renovável quer através de algumas fontes de energia não convencionais; minimização de perdas nas redes de distribuição de energia elétrica; otimização da utilização de equipamentos térmicos; sistemas de iluminação; sistemas de cogeração; sistemas de força motriz incluindo sistemas de ar comprimido; sistemas frigoríficos, sistemas de bombagem, sistemas de ventilação; edifícios; transportes e gestão de tarifário. Esta 3.ª edição visa atualizar conteúdos de alguns dos Capítulo (1 ao 4). Em gestão de energia e eficiência energética existe muito para estudar e revelar, mas principalmente para poupar. O verdadeiro desafio está em maximizar a aplicação das medidas de economia de energia de uma forma sustentável: pela economia, mas também pelo ambiente e pela sociedade. Índice: Introdução. Aspectos Gerais e Motivação. Fontes de energia renovável e outras não convencionais. Perdas Eléctricas em Redes de Distribuição. Sistemas de Iluminação. Optimizar a utilização de equipamentos térmicos. Sistemas de Cogeração. Força Motriz. Sistemas de Ar Comprimido. Sistemas Frigoríficos. Sistemas de Bombagem. Sistemas de Ventilação. Edifícios. Transportes. Gestão da Factura de Electricidade. Bibliografia e Sites Web.
Tecnologia da Soldadura – Uma abordagem técnico-didática – 2.ª edição
€31,50 inclui 10% desconto PVP €35,00
Autor: Francisco J. G. Silva ISBN: 9789897231704 Editora: Engebook Número de Páginas: 432 Edição: 2016 (Obra em Português) Venda online em www.engebook.com e www.engebook.com.br
O presente livro pretende ser um guia didático sobre os principais processos de soldadura, focando aspetos como a nomenclatura e simbologia, processo de soldadura por Elétrodo Revestido, MIG-MAG, Fio Fluxado, TIG, Plasma, Arco Submerso, Soldadura Laser, por Feixe de Eletrões, por Fricção, por Explosão, Resistência, Oxiacetilénica e Brasagem. Para além disso é realizada uma resenha dos principais defeitos que podem ser gerados por estes processos, assim como uma breve referência às técnicas de análise que podem ser utilizadas no controlo dos cordões de soldadura e na sua caraterização. É uma obra essencialmente vocacionada para pessoas que necessitem adquirir conhecimentos técnicos na área da soldadura, de uma forma rápida e concisa, como alunos do ensino superior, alunos de cursos profissionais, técnicos industriais em início de carreira, ou que tenham mudado de área e necessitem dedicar-se, pela primeira vez, aos processos de soldadura, técnicos operacionais com curiosidade sobre a forma como devem utilizar cada processo e quais as suas possibilidades de aplicação, ou simplesmente curiosos pelo processo, que queiram dar os primeiros passos como autodidatas nesta matéria. Índice: Introdução à Soldadura. Preparação e codificação de juntas soldadas. Soldadura por arco elétrico. Soldadura por Elétrodo Revestido. Soldadura Semiautomática (MIG-MAG). Soldadura com Fio Fluxado. Soldadura TIG. Soldadura por plasma. Soldadura por arco submerso. Soldadura por resistência. Soldadura por fricção. Soldadura por explosão. Soldadura por laser. Soldadura por feixe de eletrões. Soldadura Oxiacetilénica. Brasagem. Defeitos de Soldadura. Controlo de Defeitos em Soldadura. Apêndice A: Exemplos complementares de simbologia utilizada em soldadura. Apêndice B: Casos de estudo sobre gabaritos de soldadura. Apêndice C: Questões.
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calendário de eventos
FORMAÇÃO, SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS Designação
Temática
Local
Data
Contacto
Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 1
Formação na Área da Automação
Palmela, Portugal
15 a 16 setembro 2016
ATEC – Academia de Formação infopalmela@atec.pt www.atec.pt
Tecnologia Mecatrónica
Formação na Área da Mecatrónica
Ermesinde, Portugal
26 setembro 2016 a 31 julho 2018
CENFIM ermesinde@cenfim.pt www.cenfim.pt
Domótica Para Eletricistas
Formação na Área da Electricidade
Porto, Portugal
27 setembro 2016
ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt
Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 1
Formação na Área da Automação
Porto, Portugal
27 setembro 2016
ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt
Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 2
Formação na Área da Automação
Porto, Portugal
17 a 18 outubro 2016
ATEC – Academia de Formação infoporto@atec.pt www.atec.pt
Autómato Programável Plc-S7-1200 Nível 2
Formação na Área da Automação
Palmela, Portugal
01 a 02 dezembro 2016
ATEC – Academia de Formação infopalmela@atec.pt www.atec.pt
Designação
Temática
Local
Data
Contacto
Fenasan
Feira na Área do Ambiente
São Paulo, Brasil
16 a 18 agosto 2016
AESabesp aesabesp@aesabesp.org.br www.fenasan.com.br
Intersolar South America
Feira na Área das Energias Renováveis
São Paulo, Brasil
23 a 25 agosto 2016
Aranda eventos@expocenternorte.com.br www.expocenternorte.com.br
Brazil Winpower
Feira na Área das Energias Renováveis
Rio de Janeiro, Brasil
30 de agosto a 1 de setembro 2016
Brazil Windpower 2016 Conference and Exhibition info@brazilwindpower.org www.brazilwindpower.com
Renergy, Renewable Energy India Expo
Feira na Área das Energias Renováveis
Greater Noida, Índia
7a9 setembro 2016
Exhiference Media rajneesh.khattar@ubm.com www.renewableenergyindiaexpo.com
Expo Solar & Pv Korea
Feira na Área das Energias Renováveis
Goyang, Coreia do Sul
7a9 setembro 2016
Media Group Infothe interexpo@infothe.com www.exposolar.org/2016
Solar Power International
Feira na Área das Energias Renováveis
Las Vegas, EUA
12 a 15 setembro 2016
Solar Energy Trade Shows 2014 customerservice@sets.solar www.solarpowerinternational.com
FEIRAS
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links
IEA Bioenergy – Task 43 IEA Bioenergy Task 43 visa promover o desenvolvimento de bioenergia através da divulgação de informação relacionadas com o setor. Fornece análises, sínteses e conclusões sobre diversos assuntos relacionados com a biomassa, incluindo os mercados de biomassa e aspetos socioeconómicos e ambientais.
www.ieabioenergytask43.org/
European Biofuels Technology Platform A Plataforma Europeia de Tecnologia de Biocombustíveis (EBTP) visa contribuir para o desenvolvimento de cadeias de valor dos biocombustíveis de classe mundial com custos competitivos e a criação de uma indústria de biocombustíveis, para acelerar a implantação sustentável de biocombustíveis na União Europeia através de um processo de orientação, definição de prioridades e promoção da investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração.
www.biofuelstp.eu/index.html
Sustainable Biomass Partnership A Sustainable Biomass Partnership (PAS) é um sistema de certificação concebido para a biomassa lenhosa, principalmente na forma de pellets de madeira e cavacos de madeira, usado na produção de energia industrial em larga escala.
www.sustainablebiomasspartnership.org/
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