Aquele rapaz nasceu numa sexta-feira,
dia treze, daĂ a sua pouca sorte.
Nunca apanhou uma doença …
…para poder faltar à escola. Que pouca sorte!
Saiam-lhe sempre autom贸veis nas rifas.
Já tinha 17 carros, sem ter carta de condução. Que pouca sorte!
Comprou uma galinha, pois queria ovos frescos, para fazer omoletes.
Mas a galinha s贸 punha ovos de ouro. Que pouca sorte!
Quando caiu o helic贸ptero em que viajava, foi pousar, s茫o e salvo, em cima de uma cerejeira.
Logo ele, que n達o gostava de cerejas. Que pouca sorte!
O ladrão que lhe assaltou a dispensa, para roubar chouriços deixou lá ficar, por esquecimento, um saco com pulseiras, brincos anéis de brilhantes e colares de pérolas.
Tudo j贸ias para mulher. Que pouca sorte!
Nunca casou porque tinha tantas namoradas ‌
… que não sabia qual havia de escolher. Que pouca sorte!
Se lĂĄ em casa rebentava um cano ou entrava chuva pelo telhado, nĂŁo tinha senhorio que lhe pagasse o conserto,
porque ele era o dono da casa. Que pouca sorte!
Mandou abrir um poรงo no quintal para regar a hortaliรงa.
Mas do poรงo, em vez de รกgua, saltou um repuxo de petrรณleo. Que pouca sorte!
Foi para a guerra como cozinheiro de generais.
Aumentou 30 quilos, comendo pudins ao pequeno – almoço, um peru ao almoço, dez gelados ao lanche, um bacalhau ao jantar. Nem sequer condecorado. Que pouca sorte!