Sumário Lucy..................................... 3 O Destino............................ .4 Pierre....................................5 Encontro...............................7 O Grande Dia.......................8 O Dia Seguinte.....................10 Sem Você..............................11 A Dúvida...............................12 A Verdade.............................14 O Final...................................15
Chapitre I - Lucy Paris era a cidade mais linda do mundo na opinião de Lucy, mas naquele momento sua vida ele não notava a Cidade Luz, e andava como se não conseguisse entender nada que acabara de acontecer. Seu mundo estava de cabeça pra baixo e ela não podia acreditar que tudo havia acabado assim tão de repente. Ela o amava e ele dizia que continuava amá-la e pedia um tempo para colocar os sentimentos em ordem e assim ter certeza deste amor. Que havia conhecido alguém e apesar de não terem um romance ele ficou em duvida de seus sentimentos. Naquela noite a cidade parecia estar mais iluminada que antes, acho que naquela estação do ano, pois era verão, ajudava a tornar a cidade ainda mais iluminada. Ela caminhava, pois não tinha condição emocional de dirigir e o ar da noite e as luzes da cidade ajudava ela a pensar. Qual atitude tomar em relação a confissão que Pierre havia lhe feito a poucas horas. Ela sabia que viver sem ele seria impossível ser feliz, mas não aceitaria aquela situação tão facilmente como ele esperava não lhe daria tempo nenhum para ele pensar, ela já tinha decidido acabar a relação de tanto tempo e agora pedia que ele fosse pegar suas coisas em sua casa. Lucy era professora de historia da arte em uma universidade da cidade, trabalhava muito mais em compensação ganhava bem e vivia. Morava em um confortável apartamento que tinha como paisagem principal o Rio Sena. Ela amava a cidade e tudo que ela tinha de moderno e emanava arte em todos os lugares. Paris foi a cidade que ela escolheu para viver o resto da vida. Quando chegou a sua casa tomou um banho demorado e tentou dormir, como não conseguia ficou a chorar e pensar se havia tomado a decisão certa ou se valeria a pena esperar que ele a procurasse. Mas logo levantou e foi até a cozinha pegar água para tomar algo para dormir. Não conseguiu chegar, parou e desabou novamente no choro no meio do corredor.
Chapitre II – O Destino Quando Lucy acordou, levou algum tempo até conseguir se acostumar com a claridade que vem com o nascer do dia. Seu pensamento voltou-se para os acontecimentos da noite anterior de como ela estava sofrendo e que tinha chorado até adormecer. Lucy conheceu Pierre numa destas noites claras e iluminadas do verão de Paris. Lucy estava caminhando em direção ao seu carro, pois tinha dado a sua ultima aula e só queria agora chegar à sua casa pra tomar um banho e ir pra cama e ler um livro que havia comprado naquela tarde. Enquanto caminhava percebia como amava aquela cidade e para ela era o lugar perfeito para morar. Paris era o berço da História da Arte do mundo e além de tudo isto a beleza da arquitetura da cidade se misturava a beleza que a natureza presenteou aquela cidade estava refletida nas ruas em que passava. De repente ela tropeça e derruba no chão os livros que estavam em suas mãos. Quando tenta pegá-los notou que alguém se antecipou e apanhou para ela. Quando seus olhos se encontraram ela viu o rosto de um belo rapaz de cabelos negros e olhos de uma cor indefinida. Ele lhe deu um sorriso encantador e tinha uma beleza rara. Ele era alto e tinha belos cabelos negros e uma simpatia contagiante. Lucy agradeceu e tentou continuar seu caminho quando foi interrompida por ele, que lhe pediu para acompanhá-la. Ela respondeu que sim, pois não era possível negar alguma coisa aquele rapaz com olhar de criança que deseja ser presenteado com um doce. Caminharam conversando sobre a cidade e da bela noite que fazia, o clima estava quente mas, era uma temperatura muito agradável. Eles amavam a cidade da mesma forma e de uma maneira surpreendente tinha muita coisa em comum. Lucy se sentiu muito atraída por Pierre e ficava sem jeito quando seus olhares se cruzavam enquanto conversavam. Quando chegou ao seu carro se despediram, mas antes que ela entrasse no carro, ele lhe deu um cartão com seu telefone e beijou delicadamente sua mão e se foi sem olhar para traz .Será que ela teria coragem de ligar, pensou Lucy, ou se voltaria a vê-lo algum dia.
Chapitre - III - Pierre Quando finalmente conseguiu chegar a sua casa, não sabia o que pensar. Acabara de conhecer um dos homens mais bonitos e gentis do mundo. O seu sorriso que parecia com o de um anjo ainda estava em sua memória. Os cabelos negros, a forma especial que se dirigia a ela, tudo isto fazia com que ela tivesse mais certeza de que ficara realmente impressionada com ele. Ele não a cortejou de forma grosseira ou suave demais, que poderia lhe soar forçada, foi algo bem natural, mas fantasticamente surreal, parecia que havia sonhado e que aquele homem galante tivesse saído de um livro de conto de fadas, e não era real. Mas ela havia realmente conhecido, e tinha nas mãos o cartão com seu telefone, para que ela pudesse falar com ele a qualquer minuto e esta era a prova da realidade do encontro e não era um devaneio que estava costumava ter, esperando príncipes em cavalos brancos. Lucy tinha duvidas era ligar ou não. Ele pareceu são interessado em um encontro com ela e a motivava a que ela telefonasse e procurasse um novo encontro. Resolveria amanhã se ligaria ou não para ele, e tornar aquele encontro em realidade. Estacionou o carro em sua vaga na garagem e apressou-se em chegar à sala de aula, não estava atrasada, mas não teria o tempo que gostava, para cumprimentar cada aluno que chegava. Ao entrar notou que a sala já estava completa, e só lhe restava falar dos grandes pintores do século XVII. Foi até a mesa, retirou o material que seria utilizado em classe sua surpresa foi que quando virou-se para turma para começar a aula, no fundo da sala, que tinha a arquitetura de um pequeno teatro estava Pierre, sentado olhando-a com aqueles lindos olhos azuis, e lhe deu aquele tão belo sorriso, que fez com que corasse de timidez e seu coração pular de felicidade. Então Lucy continuou a fazer o que sempre fazia, e deu sua aula com a mesma maestria de todas as aulas, e que a tornava uma das mais queridas e competentes professoras daquela universidade. Ao término da aula ele se aproximou dela e perguntou daquele modo terno e gentil da noite anterior, porque não havia ligado pare ele e já que ela não o fez ele veio pegá-la para almoçaram juntos e que não aceitaria uma não como resposta. O que poderia Lucy fazer, a não ser aceitar tão gentil e apaixonado pedido. Foram ao um restaurante nos arredores de Paris, e num lindo lugar com uma vista privilegiada da cidade. Ele gentil como sempre e ela encantada cada vez mais, com aquele desconhecido que apareceu na sua vida de repente. Foi um almoço super agradável e eles conversaram amabilidades. Ele era sócio de uma grande construtora que fazia restauração de prédios históricos e antigos de Paris. Era um restaurador de artes em geral. Arquiteturas, Esculturas e Monumentos. Pierre era além do mais, muito engraçado, com um
bom humor inigualável. Ela amou seu jeito, seu toque ocasional em suas mãos enquanto conversavam. Enfim o almoço terminou e ela prometeu que lhe telefonaria para marcarem se encontrarem novamente, e desta vez ela lhe deu também seu telefone. Despediram-se e Lucy ficou certa que o que mais queria neste momento era vê-lo de novo.
Chapitre - IV – O Encontro O encontro inesperado com Pierre deixou Lucy muito feliz e ansiosa em encontrá-lo de novo. Sim, ela iria ligar pra ele, ela precisava vê-lo de qualquer forma novamente, e com tempo suficiente para que eles pudessem realmente se conhecer melhor. Aquele homem que agora cruzava sua vida a deixava novamente feliz e se sentindo novamente interessante aos olhos de uma pessoa que ela também se interessava. Havia sido cortejada por vários outros homens, mas Pierre tinha um dom de olhar e sorrir para ela, deixando-a desconsertada. Era como sentir sendo despida de todas as armaduras e vista por dentro, e assim conhecendo todos os seus segredos e aspirações. Mas não era só este tipo de excitação, ele mexia com ela de todas as formas com que um homem como ele pode mexer no íntimo de uma mulher. Quando chegou o fim da tarde e inicio da noite, Lucy estava deitada lendo um livro, deixando uma brisa suave entrar pela janela, trazendo o cheiro do verão e do fresco do Rio Sena. Enquanto lia, parava alguns momentos para pensar em Pierre, e voltava novamente para a sua leitura. Num desses momentos, tocou o seu telefone e ela viu no visor que se tratava dele, o atual amor de sua vida. Com o coração aos pulos correr até o aparelho para e atender, e ao ouvir sua voz do outro lado, seu mundo ficou ainda mais iluminado, e a noite ainda mais bonita. Pierre como sempre lhe falou que gostaria de um encontro, que aguardou o seu telefona, mas como ela não ligou, ele mesmo o fez, pois tinha medo de perdê-la e assim nunca mais ter a oportunidade de encontrá-la em algum lugar em que pudessem jantar juntos e se conhecerem mais. Ela aceitou o convite e ele pediu que ela permitisse que ele escolhesse o restaurante onde iriam jantar. Lucy aceitou prontamente e eles marcaram o encontro para a noite seguinte, logo após uma aula que ela daria na universidade. Ele disse então que estaria ansioso e lhe esperaria no horário combinado, na saída da universidade. Lucy não sabia onde guardar tanta alegria e foi dormir excitada com a perspectiva do encontro. O dia transcorreu de forma habitual, e seu horário foi igual aos outros, fez todas as tarefas e cumpriu as obrigações que lhe cabia. Após o almoço foi em casa, tomou um longo banho escolheu uma roupa simples, mas sensual, uma joia que combinava perfeitamente com a sua roupa e saiu no horário em que em que teria que chegar a universidade e dar a aula daquela noite. Quando terminou, dirigiu-se a saída e lá estava Pierre, mais elegante que antes, e sua beleza faz com que aquela noite fosse especial mesmo antes de começar o encontro com ele
Chapitre V – O Grande Dia Lucy foi até o seu encontro e recebeu dele aquele sorriso marcante, que só ele sabia dar. Ela estava muito elegante e bonita, trajando um vestido azul claro, de alças finas que deixavam seus ombros a mostra. Usava um pingente de água marinha pendurado em uma corrente dourada e brincos que faziam parte do conjunto. Os cabelos soltos lhe realçava o rosto e tudo mais combinava com seus lindos olhos azuis. Usava uma maquiagem leve com um batom com tom claro e com brilho que fazia com que sua boca ficasse ainda mais delicada. Usava ainda mais um conjunto em camurça de sapatos e bolsa, que tornava ainda mais perfeita e bonita. Pierre ficou encantado com tanta beleza que se apressou a encontrá-la dando-lhe um beijo suave mo rosto, e sentiu de perto o seu perfume, uma fragrância amadeirada com um aroma suave e feminino. No dia anterior ele havia pedido a um amigo brasileiro chamado Ventura, que morava em Paris há alguns anos e que conhecia muitos lugares e restaurantes românticos, famosos e bem frequentados. A indicação foi do Restaurante Maxim’s.* e foi este o restaurante escolhido por Pierre, que já fizera a reserva no dia anterior. E conseguir uma mesa era bem difícil, mas como estavam no meio da semana, foi mais fácil, além de contava com a influência de Ventura que era amigo do dono do restaurante. Chegando ao lugar escolhido, eles ficavam um pouco no bar tomando uns drinks, enquanto esperavam prepararem a mesa deles. E Lucy não conseguia desviar a atenção enquanto ele falava. Não só pela cultura e conhecimento profundo sobre artes em geral. Ele falava de seu trabalho com amor e fazia a restauração das obras com o mesmo amor que o artista que havia criado. Ele era carinhoso e atencioso, e nunca deixava de retirar a mecha de cabelo que insistia em estar na frente dos seus olhos. O toque leve de sua mão nas suas fazia um efeito em seus sentidos que ela chegou a conclusão de nunca ter se sentido assim. Tão carinhosamente tratada e afetuosamente. Não era algo sexual, mas com um tom leve de sensualidade, que se tornava um misto de amor e desejo. Realmente ela nunca tinha se sentido assim. Foram jantar e a comida era realmente maravilhosa, ela adorava tudo relacionado à França, da cultura a culinária. Aquela cidade sempre completou a sua felicidade. Ela nasceu holandesa, mas ainda bebê foi morar em Paris, seu pai era diplomata e foi transferido para a embaixada francesa. Estar com Pierre naquele lugar lindo deixou Lucy muito feliz, finalmente tinha conhecido alguém interessante, já que sua última relação amorosa foi um tremendo fiasco. Ele lhe trazia paz, alegria e segurança. Ela se sentia desejada
de um modo terno e comovente, já que ele tinha sempre o cuidado de não tomar uma atitude ousada. Acabou o jantar e eles resolveram antes de voltar para casa caminhar um pouco, já que a noite estava tão quente e ao mesmo tempo soprava uma brisa leve que tornava aquele passeio ainda mais agradável. Em um dado momento, eles pararam de caminhar e ficaram a se olhar, ele então a tomou nos braços e lhe deu um beijo nos lábios. E novamente se olharam, e então o beijo tornouse quente e excitante e naquele momento não queria parar de sentir os carinhos daquele homem que a fazia tão feliz. Foram para o apartamento de Lucy e não houve como evitar que eles se abraçassem com o desejo crescendo cada vez mais. E assim a noite foi passando, e à medida que os dois começavam a fazer amor, o tempo foi passando e logo à aurora foi se mostrando pelo vidro da janela do quarto. Sim, foi uma noite perfeita e enquanto ele dormia, ela olhava aquele que conseguiu fazer dela a mulher mais feliz do mundo naquela noite.
*Restaurante Maxim's -3 Rua Royale, 75006 Paris, França Fone: 33(0) 142652794
Chapitre VI -O Dia Seguinte Lucy ficou observando Pierre enquanto dormia, esperando que ele abrisse aqueles lindos olhos e sorrisse para ela. Só em pensar na noite anterior, de como foi maravilhosa, seus olhos se enchiam de lágrimas de emoção. Mas a vida nos trás surpresas, e às vezes não são tão boas quanto estamos esperando. Ele abriu os olhos lentamente e ela sentiu um leve mal estar ao notar em seu olhar uma surpresa de estar ali com ela, na cama dela, e de ter dormido com ela. Não parecia que aquele que agora acordava fosse o mesmo do dia anterior. Lucy estava quase as lágrimas quando ele levantou da cama em um só gesto e foi ao banheiro, tomou um banho e colocou a roupa sem ao menos lhe dar bom dia. O beijo que ela sonhou receber não aconteceu, e carinhos não viriam. Apenas um até mais, desculpe por ter dado entender uma coisa e agir agora de forma diferente. A gente se encontra e aí eu me explico melhor e você vai me entender. Vou viajar hoje ao meio dia para Roma, mas assim que voltar, me explico com você e fechou a porta, indo embora, sem deixar nada para que ela amenizasse seu sofrimento. Lucy se sentara vazia, como se estivesse em transe. O mundo estava diferente. Ela pensava de como foi tola em se deixar levar e ser mais uma aventura de alguém sem caráter. Estava cansada de sofrer e já estava curada da enorme ferida no coração. Tinha jurado a si mesma que não se envolveria mais intensamente com ninguém. Agora estava ali parada na frente do espelho com os olhos inchados de chorar, os nervos em frangalho e o pior de tudo, sem nenhuma explicação. Por que ele feio e insistiu para que ela lhe entregasse o coração, a alma, a sua vida, e depois como um ladrão a deixa sem que ela possa lhe dizer tudo o que pensa dele. Lucy tomou um banho longo e tentou se acalmar, tentou voltar a viver. Saiu para trabalhar a se arrastar, não gostava de deixar de cumprir suas obrigações e foi dar continuidade as suas aulas de História da Arte. Era o que lhe restava: a universidade, seus alunos, seu trabalho. Quando saiu de casa e pegou o carro, dirigia automaticamente e olhava Paris que continuava linda e o sol brilhava, o mundo continuava a girar. Somente seu coração ficou parado naquele apartamento, vendo Pierre ir embora.
Chapitre - VII - Sem Você. Lucy não sabia como lidar com aquele turbilhão de sentimentos. Ela o amava e teria que continuar a vida sem ele. Parecia que o conhecia a séculos, e cada gesto ou olhar não precisava de palavras para que ela o compreendesse. Seu coração não bateria com aquela intensidade, e seus músculos e pelos não se comportariam mais como se comportavam com sua presença. Ela não estava apenas triste, era algo maior, pois era muito profundo e fazia com que ela sentisse uma tristeza que nunca havia sentido o que lhe resto foi ensinar que era uma grande paixão para sua vida. Os dias foram passando e a vida tinha se tornado uma rotina da casa para universidade e vice-versa. Não tinha mais tido notícias de Pierre, e não tinha nenhuma forma de contato a não ser o telefone que ele havia lhe dado. Passado algumas semanas, e numa manhã de domingo o seu telefone tocou mas ela como estava no banho, não ouviu a chamada. Quando saiu ainda enrolada na toalha e procurando uma lingerie para vestir, viu o número em chamada perdida. Seu coração começou a bater forte e suas mãos a tremer e a ansiedade de saber se retornaria ou não a ligação lhe fez sentir uma leve tontura, mas logo se recompôs emocionalmente. Ficou a imaginar o que falaria se retornasse ou o que responderia caso ele voltasse a ligar. Passaram alguns minutos, que pareciam horas e o telefone voltou a tocar. Ficou paralisada olhando aquela luz brilhando e o nome da chamada com o numero dele logo abaixo. Então resolveu atender, no principio tremia bastante mas ouvir o som de sua voz foi como se nada tivesse acontecido. Pierre continuava a falar de forma mansa e carinhosa, sua maneira de fala era quase como um carinho. Ela pensou rápido e resolveu não questionar sua atitude do último encontro deles, e a forma como ele se despediu, foi embora e não lhe deu notícias. No principio o papo foi sobre Roma, como estava o clima, com tinha sido os últimos dias e se o trabalho foi tão gratificante quanto os outros, já que este país tem uma verdadeira mina de ouro em relação a artes em geral e artes datadas de milhares de anos. Ele respondeu todas as suas perguntas e sempre muito gentil e cortês. Em meio a conversa agradável dos dois, ele a convidou para almoçarem juntos em um lugar bonito, com uma deliciosa comida e uma linda paisagem. Lucy não sabia o que responder. Seu coração aos pulos queria dizer que sim, mas a sua razão ficava a pensar se este não seria um caminho arriscado a seguir, não queria mais sofrer.
Chapitre - VIII - A Dúvida Lucy ficou um longo tempo pensando o que responder. E a dúvida continuava a impedi-la de dar uma resposta. De repente tudo veio à tona, e assim ela lembrou nitidamente dos seus últimos momentos com ele, e de quanto ela sofreu nos últimos dias. Não queria sofrer, mas também não queria perdê-lo. Resolveu então aceitar o convite, porque assim poderia ouvir dele qual o motivo que teve para sair tão bruscamente de sua casa depois de o que tinha sido uma noite tão bonita. Respondeu a Pierre que aceitava almoçar com ele, e marcaram o encontre em um restaurante famoso nos arredores de Paris. Enquanto se dirigia ao Restaurante, ela se perguntava o que levou ela a se apaixonar tão rapidamente por ele, claro que ele era muito bonito, charmoso, inteligente e romântico, qualidades que são raras de se encontrar em um homem, hoje em dia, mas a decepção tinha feito ela repensar muito nas qualidades dele, pois poderia ser apenas um jogo para fazer com que as mulheres o amassem intensamente. Para depois sair do relacionamento depois de usá-las a seu bela prazer. Paris estava linda naquele dia, especialmente, e aquele clima que a cidade tinha fazia qualquer romance muito especial. Qualquer pessoa se apaixona fácil em Paris, pois esta atmosfera romântica é sentida em toda a cidade. Ao chegar ao restaurante, Pierre já estava a sua espera, e abriu aquele sorriso difícil de resistir. Ela sorria de volta para ele automaticamente como se fosse tomada por uma onda de calor e amor por aquele que lhe fez tanto bem. Por alguns minutos ela esqueceu o que fora fazer ali e o que iria ouvir dentro de pouco tempo. Ele levantou e arrastou a cadeira para que ela sentou-se. Fizeram os pedidos e conversaram amenidades. Foi então que Pierre pediu para que ela escutasse as razões que o levara a sair de sua casa tão misteriosamente. Ele então falou pausadamente tudo que ela deveria saber. Falou que em sua família há a herança genética de uma doença chamada Huntington, que é uma doença degenerativa e transmitida dos pais para os filhos. Sua irmã tinha tido os primeiros sintomas e que evolui rapidamente. Ela mora em Roma e ele foi visitá-la e fazer os testes, para ver se também iria desenvolver a doença. Não queria preocupá-la e se sentiu constrangido em falar sobre este assunto, mas que queria ficar com ela naquele dia, e não deixaria a oportunidade passar já que estava completamente apaixonado por ela.
Saiu as pressas para pegar um voo para Roma, fez os testes, passou uns dias com sua irmã ajudando no que foi possível, e que estava preocupado com ela. Os testes não tinham ficado prontos, e ainda estava esperando o resultado que veria em poucos dias. Não tinha telefonado porque só poderia lhe dizer pessoalmente e que ficaria com ela definitivamente se desse negativo para a doença. Não tinha nenhum motivo de assustá-la nesse possível futuro que ele teria. Estava amamdoa demais para desejar que ela sofresse com ele por uma via inteira.
Lucy ficou olhando para aqueles lindos olhos e sentiu seu coração entristecer, mas como poderia ela embarcar em um amor fadado a ter um dramático final? Será que ela o amava o suficiente? Seu coração dizia que sim, mas, sua razão falava que não. Ela realmente não sabia o que responder.
Chapitre - IX - A Verdade A Escolha Sem saber o que responder Lucy ficou parada e surpresa de como Pierre era um homem íntegro e ao mesmo tempo ficou entristecida por ele não ter confiado nela e ter lhe contado todo problema de saúde que sua irmã estava passando. Ela poderia ter ajudado indo com ele até Roma e fazendo companhia a eles. Mas ele tinha razão, afinal de contas eles se conheciam a tão pouco tempo e era pessoal demais para que ele dividisse com ela esta responsabilidade. Ela já havia ouvido ou lido alguma coisa sobre Doença de Huntington achava que na Internet ou em um artigo numa revista. E a reportagem dizia que "A doença de Huntington é uma doença degenerativa que afeta o sistema nervoso central e provoca movimentos involuntários dos braços, das pernas e do rosto. Esses movimentos são rápidos, involuntários e bruscos. Trata-se de doença hereditária, causada por uma mutação genética, tendo o filho(a) da pessoa afectada 50% de probabilidades de a desenvolver. Se um descendente não herdar o gene da doença, não a desenvolverá nem a transmitirá à geração seguinte pois trata-se de doença autossômica dominante." A lembrança do que se tratava a doença e que sintomas se desenvolvem deixando com o tempo o portador sem condição de viver sozinho precisando da ajuda de alguém para qualquer tarefa. Lucy começou a compreender o quanto Pierre foi gentil ao tentar poupa-la daquele sofrimento de ver sua irmã em estado avançado da doença e lhe dar oportunidade de romperem antes de que seu resultado do exame saísse. Era uma opção difícil, mas para quem não sabe o que é o amor e que duas pessoas quando se amam de verdade é para sempre e nada nem coisa alguma fará que este amor seja abalado ou deixe de existir. Uma escolha difícil, escolher entre viver com um homem que poderia desenvolver uma doença grave ou deixa-lo e evitar passar por todo aquele sofrimento que teria que não só passar mas compartilhar com ele. Mas, a resposta estava muito clara em seu coração. Havia se apaixonado por ele e nada nem ninguém poderia afastá-la dele. Iriam esperar o resultado do exame e junto viver todo amor a cada dia em que estavam a esperar o resultado. Depois do resultado, seja qual fosse continuariam juntos enfrentando a cada dia o que ela trouxesse para eles. Era uma escolha perigosa, Lucy não sabia o que iria acontecer dali para frente mas será que só o amor deles ajudaria a superar tanta adversidade? Só poderia dizer! Lucy estava disposta a ficar com ele a qualquer custo embora Pierre não achasse justo ela sofrer ou vê-lo ficar em um estado de total dependência dela e por isto resolveu que nunca mais a procuraria. E quando Lucy percebesse
que ele partiria e a deixaria ser feliz, com o tempo ela o esqueceria e voltaria a viver. Não queria arrastá-la neste sofrimento que ele poderia ter que passar ou não a qualquer momento.
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Chapitre – X – O Final Era decisão difícil mais que não havia alternativa, era ficar com Pierre e esperar o resultado do exame e junto com ele viver todas as tristezas que viriam com a doença. Não se tratava de algo simples, mas de uma doença degenerativa que evoluiria e ele se tornaria completamente dependente dela e sua vida séria cuidar dele até o final. Ela então tomou consciência que ficar com Pierre significava estar numa roleta russa e Lucy não saberia qual seria seu futuro. E tinha que decidir logo e não desistir se a doença fosse confirmada, ela seria o seu apoio, a suas pernas e o seu cérebro. Apesar de todos os problemas que teria de enfrentar, seu coração não tinha duvidas e estava aos pulos e uma onda de felicidade lhe invade a alma sempre que seus se cruzam com o dele. Ela amava intensamente e estava disposta a viver com ele tudo que acontecer. Com ou sem esta doença ela queria que seus dias fossem passados com Pierre até o fim de suas vidas. Eles casaram quinze dias depois de sua decisão e Lucy vive os melhores dias de sua vida e Paris é o lugar que ela quer ficar com Pierre para sempre. Mas, o destino nem sempre é justo com os que se amam e o resultado do exame, com o exame positivo para doença, de repente o mundo parecia desabar sobre sua cabeça. Ele era portado da doença de Huntington e esta era uma realidade que eles não poderiam fugir e que dentro de alguns anos ela desenvolveria e ela teria que ser forte para enfrentar com ele o que estava pra vir. Pierre não achava justo com Lucy, mas ela decidiu que não se afastaria dele por nada neste mundo. Viver com ele o tempo que tivesse séria suficiente para torna-la a mulher mais feliz do mundo. Marcaram o casamento para o principio da primavera na Basílica de SaintDenis, numa manhã de sábado e convidaram apenas os amigos íntimos e alguns dos alunos de Lucy e colegas de trabalho de Pierre. Uma linda festa após a cerimonia selou o casamento. Lucy e Pierre resolveram não ter filhos e o tempo em que foram casados nunca houve um momento sequer em Lucy tivesse se arrependido da sua decisão. Agora estavam ali de mãos dadas em frente do Rio Sena a contemplar a beleza da cidade que tornou possível eles se conhecem e que assim vivessem os melhores dias de suas vidas. Bem, assim é Paris a cidade do Amor, das grandes Paixões, dos grandes Romances, dos mais belos Desejos. Enfim, Lucy foi feliz de verdade e com Pierre aprendeu que o amor de verdade é para sempre. Estava anoitecendo e a Cidade Luz ficou ainda mais linda e com certeza em algum outro lugar desta cidade um novo romance deve estar acontecendo.
Elaine CrespoŠ Copyright-2011(Direitos Reservados)
Sobre a Autora: Elaine Crespo, nascida em Reife em 26 de Junho de 1956 é uma escritora de freetime, e considera escrever um dos seus hobbies favoritos. Iniciou seu mundo da escritora em seu blog, o Day by Day (www.elainecrespo.blogspot.com), e isto se estendeu para mais duas novelas de sua autoria. De escrita cativante, e personagens principais cheios de charme, é inegável que o dom da escrita não lhe foi negado, já que desde cedo começara a ler por conta dos pais.