PINTURAS NARRATIVAS
2ª elementar Turma B
A inspiração do livro, como produto final, começou pelo estudo da obra de Tarsila do Amaral, com ênfase à tela “Abaporu”. Inicialmente, as turmas criaram produções coletivas em sala de aula, utilizando as estratégias de criação textual: planejamento prévio, elementos narrativos que seriam adotados e explorados, a intencionalidade do texto. No momento do registro coletivo, as crianças participaram do processo de elaboração, avaliando o vocabulário adotado, adequação ao contexto da história, coerência dos fatos narrados com a imagem da tela, coesão entre as partes do texto, verificação ortográfica, escolha do título. Com a produção das histórias coletivas, as crianças trouxeram para sala de aula, outras referências de pintores e suas obras, que poderíamos criar. O desafio foi lançado: elas criariam o próprio texto a partir da tela que escolhessem. Houve o momento de socialização das histórias em sala de aula: leitura oral individual, em que foi avaliada a fluência, a entonação ao ler o próprio conto. Todas as crianças queriam ter o registro dos colegas. E assim, surgiu o livro com os registros das histórias de todos os alunos. Cristiane Néri Horta Professora de Língua Portuguesa 2ª elementar
Dedicamos esse trabalho a todas as crianças da 2ª elementar que permitiram abrir suas mentes e corações, dando asas à imaginação! Tantas histórias deram a certeza de que são pequenos grandes escritores!
O GIGANTE À ESPERA DOS FILHOS Texto coletivo Esta história aconteceu há mais de mil anos aqui no Brasil. No Monte Roraima, viviam os indígenas gigantes da Tribo dos Batus, os temidos canibais brasileiros. Eles tinham os braços, as mãos, as pernas e os pés maiores do mundo. A única curiosidade era em relação ao tamanho da cabeça deles. Eram menores que o resto do corpo. No penhasco mais alto daquele Monte, Abaporu estava se lamentando de sua solidão. Ele se sentia solitário, sem amigos e sem um amor verdadeiro. Chorou o dia inteiro até que um pequeno rio de lágrimas se formou, inundando as florestas. A noite chegou e Abaporu viu uma estrela cadente no céu. Então, ele fez um pedido: desejou um amor verdadeiro e que tivesse três filhos. No outro dia, ao cair da tarde, um passarinho surgiu no cacto que tinha perto da oca de Abaporu, abriu as asas e cantou o canto mais bonito que já tinha sido ouvido. Abaporu ficou alegre com aquela melodia e saiu para ver aquele pássaro melhor. O pássaro voou e Abaporu o seguiu pela mata. Chegaram até uma clareira perto de um rio desconhecido da tribo Batus. Abaporu viu uma oca toda enfeitada de vaga lumes e flores. De dentro, ouviu uma música maravilhosa e foi até lá. Era uma voz tão linda e suave, que Abaporu se apaixonou imediatamente.
Chegando na porta, Abaporu viu uma linda indígena gigante. - Olá, moça! Só de ouvir a sua voz, meu coração bateu apaixonado. Ele se abriu para o amor! Com o coração batendo mais forte, a linda indígena gigante, olhou no fundo dos olhos de Abaporu, sorriu e disse: - Eu sabia que você viria um dia... estava à espera do meu amor verdadeiro... Os dois, apaixonados, resolveram se casar na tribo dos gigantes Batus. A cerimônia foi a mais linda de todos os tempos! Depois de alguns anos, Abaporu realizou todos os seus desejos: casou-se com Tainá e tiveram três pequenos gigantes, chamados Tarsila, Emma e Raiô. Essa foi a lenda do Abaporu.
A CASA DOS GÊMEOS FANTASMAS Mateus Mereu Era uma vez, dois gêmeos, só que eles não eram normais. Eles eram fantasmas... Um se chamava João Pedro e o outro se chamava Clian. Um belo dia, na Califórnia, João Pedro encontrou Laura e ela era humana. Ele foi falar oi para Laura, mas ela não ouviu. - Ah! Eu sou um fantasma! E ele começou a chorar. Voltou para casa. No dia seguinte, eles estavam estudando para voltar a ser um humano.
Ele se juntou com Clian e... Funcionou! JoĂŁo Pedro se casou com a Laura.
A VIAGEM PARA A PRAIA Laura Braga Existem duas meninas: Joana e Carol. As duas tiveram a ideia de viajar para a praia, para encontrar uma grande amiga. Quando elas chegaram lĂĄ, a amiga delas nĂŁo estava. Elas ficaram tristes. Joana foi procurar uma flor. De tanto procurar, ela achou uma, mas ainda estava triste. Carol achou um barbante e ficou pensando na amiga delas. Ela falou: - Que chato! Queria que ela estivesse aqui...
Joana falou: - Nós conseguimos nos divertir sozinhas... Carol concordou e disse: - Sim! Nós conseguimos! É verdade! Agora me lembrei que também somos as melhores amigas!
AS BONECAS QUE ANDAVAM Giovanna Borges Há muito tempo, na Rússia, em 1809, duas princesas tinham duas bonecas. Elas brincavam todos os dias com elas. Em uma certa noite, elas começaram a andar no corredor e viram as princesas. As princesas se assustaram e falaram: - Como vocês conseguiram sair do quarto? E elas responderam: - Conseguimos! Conseguimos! Conseguimos!...
As princesas guardaram segredo que suas bonecas andavam e viveram felizes com este segredo sรณ para elas.
A FLORESTA MÁGICA Cauã Machado Em 1902, cinco meninos saíram de casa. Os nomes deles eram: Bruno, Jésus, Matteo, João e Theo. Eles convidaram cinco meninas: Cristiane, Blenda, Sara, Gabriela e Amanda. Todos foram para uma floresta maravilhosa. Todos acharam uma pedra brilhante e ficaram com poderes. O mestre das trevas acordou e a guerra do Apocalipse começou. Abriram um portal para a guerra acontecer. A guerra começou. Eles perderam a primeira batalha e depois voltaram.
Quando eles voltaram, eles acharam um lugar para treinar. Conseguiram vencer o mestre das trevas! Terminada a guerra, eles voltaram e passaram por uma ponte mรกgica e tudo voltou como antes. Algum tempo depois, jรก adultos, eles se casaram.
A LHAMA E OS MENINOS Guilherme Vieira Em uma manhĂŁ ensolarada, Amadi e Aluoch estavam brincando de plantas bananeira e virando estrela. De repente, deram de cara com um bichinho muito simpĂĄtico que eles nĂŁo conheciam. Era uma lhama. A alegre lhama parecia brincar com eles.
O MENINO QUE NÃO TINHA MÁSCARA Jésus Melo Esta é a história de uma cidade que todo mundo usava máscaras. Era uma cidade muito estranha. Lá morava um menino que gostava muito de música. Ele tocava flauta. Ele era o único que não usava máscara.
O CONCURSO DE PEDRO Manuela Rezende Em 1895, um rapaz chamado Pedro, foi Ă escola participar de um concurso. O concurso era para a pessoa se olhar em um vidro e se desenhar em uma folha de papel. Ele demorou uma semana para fazer o seu desenho e, no final, ele ganhou o concurso e ficou muito feliz!
MARIA ENCONTRA UM CARNEIRINHO Eduarda Rohlfs Em uma tarde, uma princesa adolescente, que se chamava Maria, estava em um jardim. Lá tinha, em um pedaço do jardim, um mato alto. Maria encontrou um carneirinho sozinho. Então, Maria ficou com ele. Quando Maria foi ao castelo, lembrou-se que a sua mãe, a rainha Elizabeth, e seu pai, o rei John, não a deixavam ter animais de estimação. Ainda bem que Maria estava com uma mochila.
Maria pôs o carneirinho na mochila. Maria nunca esperava cuidar de um bicho secretamente. Então, Maria se aprontou e foi fazer uma casinha para o carneirinho. Maria pôs debaixo da cama, para ninguém ver. Maria e o carneirinho dormiram. No dia seguinte, Maria pôs seu carneirinho na mochila e foi tomar o café da manhã. Escondido, Maria deu comida para o carneirinho. Quando Maria foi sair, se esqueceu de fechar a mochila. Então, seu pai falou: - Filha, por que você me desobedeceu? Sua mãe falou: - Eu e o seu pai confiamos em você. Então, Maria disse: - Eu sei, mas eu sempre quis uma companhia... Os pais de Maria deixaram que ela ficasse com o carneirinho. Maria ficou super feliz, e de surpresa, o carneirinho deu um abraço em Maria. Eles viveram amigos e felizes para sempre!
A AVENTURA DA FAMÍLIA Alessia Vinci Em 2002, em um parque chamado Lagoa Santa, Cauã, Matteo, Bruno, Jésus e Domenico saíram com a sua mãe Cris. A mãe dos meninos estava grávida. Dentro da barriga dela, tinha uma menina que ganharia o nome de Alessia. Depois de um mês, a menina nasceu. Muito tempo depois, os meninos cresceram e a Cris começou a ficar velha. Cauã se casou com Juliana, Matteo com Júlia, Bruno com Sara, Jésus com Blenda, Domenico com Sofia e Alessia com Francesco.
Passou o tempo e CauĂŁ teve uma menina e um menino. Matteo teve dois meninos e duas meninas. Bruno teve duas meninas e um menino, JĂŠsus teve dois meninos e uma menina e Domenico teve uma menina. Cris nĂŁo tinha marido. Depois que aconteceu tudo isso, Cris conheceu o homem mais gato do mundo. Eles se casaram e tiveram um filho.
A MÃE E SEU FILHO Marina Cardoso Há um século, uma moça vivia em uma fazenda. Todos os dias, ela ia lá no campo com seu filho. Eles adoravam brincar e se divertiam demais. Um dia, a mãe do menino resolveu se mudar para uma cidade maior. Ela achou melhor para o filho ter mais amigos. Quando eles chegaram, eles alugaram uma casa. Passaram dias, dias e dias...
EntĂŁo, a mĂŁe falou para o filho conhecer alguns amigos para brincar. Quando a mĂŁe chamou o filho... viu que ele estava cheio de amigos.
O CACHORRINHO PERDIDO Júlia Madeira Era uma vez, uma menina chamada Vanessa. Vanessa adorava ir para o parque da Disney com sua mãe Silvia. Certo dia, Vanessa e sua mãe estavam passeando no parque, quando viram um cachorrinho perdido. Elas deram água para ele e depois, tentaram achar seu dono. Elas procuraram no parque inteiro, até achar o dono dele.
O dono dele era um adulto que ficou muito feliz em vĂŞ-lo. O dono agradeceu a elas e todo mundo ficou muito feliz!
A ALDEIA MISTERIOSA Luciano de Araújo Em 1820, na África, existia uma aldeia muito estranha. Durante as noites de lua cheia, as pessoas da aldeia não podiam sair de suas casas de palha, pois elas desapareciam misteriosamente. Nesta aldeia existia uma lenda de uma maldição, onde a pessoa que não ajudasse na lavoura durante o dia era hipnotizada. Quando a lua aparecia na aldeia, todas as pessoas hipnotizadas desapareciam.
Anos depois, os desaparecidos voltaram para a aldeia para assombrar, mas ninguĂŠm sabia que estas pessoas estavam vivas, morando em outra aldeia, bem ao lado da aldeia misteriosa.
A GRANDE VIAGEM João Pedro Cardoso Era uma vez, um aventureiro chamado Guilherme. Ele era um grande amigo de uma menina chamada Sara. Guilherme foi a uma aventura em uma ilha chamada Zagutu, lá na China. Quando ele chegou, estava tendo uma guerra mundial. Guilherme entrou na guerra mundial e quando acabou, ele foi o último a sobreviver.
Quando ele chegou no Brasil, todos estavam esperando e entĂŁo, teve uma festa com bebidas, comidas e muitas pessoas. Quando a festa acabou, Guilherme e Sara subiram em uma montanha e aconteceu o primeiro beijo. Eles se casaram e tiveram cinco filhos.
A FLOR Maria Eduarda Pinheiro Em uma bela manhĂŁ, em 1909, uma menina que se chamava Ana, estava em um jardim lindo em sua casa. Ela viu uma flor bem brilhante e linda. Ela a levou para casa, para seus pais virem. Eles ficaram encantados e mostraram para toda a cidade. Todos acharam que ela era rica, mas nĂŁo era. Ana falou que era sĂł uma flor e perguntaram a Ana onde ela tinha achado.
todos
Ana falou que tinha achado no jardim da casa dela. Todos falaram: - Tem mais? Tem mais? Tem mais? Ela falou que nĂŁo sabia se tinha mais e Ana falou que ia procurar. Achou mais e entregou para todos e ficaram muito felizes!
A PINTURA João Maurício Vieira Era o ano de 1920 e no Rio de Janeiro, uma tradicional família de origem francesa se preparava para ser pintada em um lindo quadro por um artista muito famoso. Eles se prepararam durante todo o dia. O casal tinha cinco lindas filhas e elas estavam com seus vestidos de festa. Estavam muito bonitas. Seus pais olharam para elas com muito orgulho e alegria. Este dia foi inesquecível para aquela família.
Foi muito engraçado! Logo depois da pintura pronta, eles notaram que a melhor pose foi de Bobi, o cachorro de estimação deles. Todos adoraram, pois Bobi era mesmo da família.
A CASA MAL ASSOMBRADA Giulia Buratto Na Rússia, em 1981, uma família de quatro pessoas vivia numa casa mal-assombrada. Eram a Júlia, a Mari, a Sofia e o Guilherme. Eles tinham se mudado para lá há pouco tempo. A família já tinha visto coisas muitos estranhas. À noite, o piano tocava sozinho. As camas eram caixas. Um certo dia, eles viram uma coisa muito estranha. Eles ouviram risadas no corredor. No mesmo dia, eles foram dormir e foram mortos.
Depois disso, ninguĂŠm mais foi morar naquela casa...
A GRANDE JORNADA Matteo de Moraes Uma vez, no deserto do Saara, quatro homens foram passear no deserto. Um dia, eles foram andando para casa e estava ventando muito. Eles viram lรก no fundo, uma coisa girando. Era um tornado! Naquele momento, eles comeรงaram a correr bem rรกpido, mas nรฃo tinham onde se abrigar.
Os animais ficaram assustados e nĂŁo tinham mais o que fazer... De repente, viram uma caverna e conseguiram se abrigar lĂĄ. Depois, de um tempo, o tornado passou e abriu o sol. Eles puderam retornar a caminhada para casa. Essa foi a grande jornada dos quatro homens!
A REBELIÃO ESCRAVA Arthur Moreira Em 1190, no Egito, na cidade de Nazaré, todo o povo era mantido escravo. A família real governava com mão de ferro. Um dia, um jovem escravo chamado Galilei, disse: - Não podemos aguentar essa tirania. Daqui a dois dias, atacaremos a pirâmide real. Dois dias depois, a batalha começou. Espadas, participaram.
canhões,
catapultas
e
cavaleiros
No fim, os escravos venceram! Os escravos e Nazaré estavam livres disso até hoje.
AS FORMAS Sara Quintão Um dia, uma pintora chamada Cris descobriu a arte das formas. Fez bastante sucesso! Um dia, ela foi para um outro país. Em 1950, ela partiu para Paris e Roma ficou sem graça. Não tinha ninguém mais feliz. Ela voltou para ajudar os outros, quando ela encontrou o amor eterno! Ele se chamava Mateus.
Os dois se casaram e tiveram três filhos: Cauã, Matteo e Jésus! Tiveram uma mansão, dois cães de guarda. Agora, a história recomeça pelos filhos de Cris e de Mateus.
AS AVENTURAS DE CLEMENT Bruno Pujol Clement era uma pessoa idosa, que queria conhecer o mundo inteiro. Ele morava na China e sentia falta de conhecer novas pessoas e culturas diferentes. Ele começou a viajar dentro do paĂs dele, para primeiro conhecer bem a China e depois, o mundo afora.
Clement começou sua grande aventura e foi se surpreendendo com as pessoas e os lugares que foi encontrando no país dele. A próxima aventura dele foi nos Estados Unidos, para poder conhecer uma cultura bem diferente da dele. Voltou para casa dele feliz e surpreso com a forma de vida dos americanos, tão diferente da dele. Ele se deu conta que o melhor lugar do mundo é a casa da gente!
A MOLDURA MÁGICA Stefani Fontana Pedro estava comemorando seu aniversário de dez anos. Ele ganhou vários presentes, mas o que ele mais gostou foi um quadro que tinha uma moldura mágica. Após a festa, Pedro foi para o seu quarto e levou o quadro para pendurar na parede. Pedro, então, adormeceu. Neste momento, começaram a sair várias estrelas da moldura do quadro, que envolveram Pedro e o sugaram para dentro do quadro.
Lå dentro, Pedro encontrou animais ferozes e uma menina chamada Giulia. Ele se sentiu assustado com a situação, e, de repente, acordou! Enfim, Pedro descobriu que era apenas um sonho!
O QUADRO SEM GRAÇA Maria Alice Cabaleiro No ano passado, fui visitar um museu em São Jorge. Andando por esse museu, eu vi um quadro que achei muito triste. O fundo do quadro era preto, com uma moça feia. Ela usava batom vermelho e tinha um olhar muito distante.
As pessoas estavam visitando o museu e tambĂŠm nĂŁo gostaram dessa imagem. Era um quadro muito antigo e sem moldura.