PINTURAS NARRATIVAS
2ª elementar Turma C
A inspiração do livro, como produto final, começou pelo estudo da obra de Tarsila do Amaral, com ênfase à tela “Abaporu”. Inicialmente, as turmas criaram produções coletivas em sala de aula, utilizando as estratégias de criação textual: planejamento prévio, elementos narrativos que seriam adotados e explorados, a intencionalidade do texto. No momento do registro coletivo, as crianças participaram do processo de elaboração, avaliando o vocabulário adotado, adequação ao contexto da história, coerência dos fatos narrados com a imagem da tela, coesão entre as partes do texto, verificação ortográfica, escolha do título. Com a produção das histórias coletivas, as crianças trouxeram para sala de aula, outras referências de pintores e suas obras, que poderíamos criar. O desafio foi lançado: elas criariam o próprio texto a partir da tela que escolhessem. Houve o momento de socialização das histórias em sala de aula: leitura oral individual, em que foi avaliada a fluência, a entonação ao ler o próprio conto. Todas as crianças queriam ter o registro dos colegas. E assim, surgiu o livro com os registros das histórias de todos os alunos. Cristiane Néri Horta Professora de Língua Portuguesa 2ª elementar
Dedicamos esse trabalho a todas as crianças da 2ª elementar que permitiram abrir suas mentes e corações, dando asas à imaginação! Tantas histórias deram a certeza de que são pequenos grandes escritores!
A FUGA DO BURACO NEGRO Texto coletivo
Esta história aconteceu no século XVIII. Há muito tempo, em uma galáxia distante chamada Glugli, uma grande ameaça para o planeta Mercúrio estava prestes a acontecer. O planeta seria engolido por um buraco negro em apenas dois meses. Abapirus queria salvar a vida de seu único filho: Abaporu. Construiu uma nave espacial para colocar seu filho lá dentro, juntamente com uma foto de sua família, para que aquela criança se lembrasse sempre deles. O combustível da nave espacial era uma poção de tele transporte. A nave construída era muito pequena e só caberia o pequeno Abaporu dentro dela. Um mês e vinte e nove dias se passaram... O espaço sideral estava confuso. Havia chuvas de meteoros em toda a Galáxia Glugli. O buraco negro engolia tudo a sua volta. No planeta Mercúrio, havia terremotos, tsunamis gigantescos, vulcões em erupção, tornados de meteoritos. Tudo estava sendo destruído. A manhã do último dia de vida dos habitantes de Mercúrio já havia amanhecido. Abapirus colocou seu filho na nave, a foto da família e se despediu dele. Foi o momento mais triste da vida dele.
A nave foi ligada e se tele transportou para o Sistema Solar, aterrissando no planeta Terra. Durante esse tele transporte, Abaporu ficou exposto a uma radiação especial. Sua nave foi encontrada no deserto do Atacama, no Chile, pelos arqueólogos Diego e Alejandro. Eles ficaram impressionados com o tamanho daquele bebê. Era gigante! Para proteger aquele bebê de toda a humanidade cruel, Diego e Alejandro resolveram cuidar do pequeno gigante em uma caverna misteriosa de cristais cheias de diamantes. Abaporu cresceu e se tornou um bom gigante gentil. Ele vivia isolado, mas havia construído um novo mundo subterrâneo no Chile, cheio de plantas exóticas e novas pedras preciosas descobertas naquele local. Tudo isso não passou de um sonho de Abapirus. Ele havia sonhado o que iria acontecer de fato na Galáxia Glugli. Na verdade, ele não teria apenas dois meses, mas sim, dois anos para construir uma nave. Abapirus construiu várias naves gigantes para salvar os habitantes do planeta. Cada nave seria tele transportada para uma galáxia diferente. Assim, Abapirus salvou a vida de Abaporu e de todos os habitantes de Mercúrio. Até hoje, ele é lembrado e homenageado pelo seu heroísmo. Diego e Alejandro encontraram uma nave gigantesca no deserto do Atacama. A família encontrada era a de Abaporu! O gigante amigo!
A EXPERIÊNCIA Davi Caldeira No outono, um menino chamado Ezequiel foi fazer uma experiência no seu quarto. Ele misturou vários líquidos, incluindo ácido... Mas algo deu errado... O quarto dele virou um quarto mutante maléfico. Ezequiel pegou seu robô gigante que ele já tinha construído. Ele lutou contra o seu próprio quarto até o fim. Ezequiel venceu a batalha e ficou conhecido como o herói da cidade.
A BRIGA Natรกlia Leite Muito tempo atrรกs... No Japรฃo, tinham duas princesas. Uma se chamava Mulan e adorava usar rosa. A outra se chamava Sacura e adorava usar vermelho. Um dia, elas brigaram, porque Sacura queria pegar a florzinha que usava para prender os cabelos. Ela tinha emprestado para Mulan. Comeรงaram a discutir: - Mas, Sacura... eu mal usei... - Mulan, acabou o tempo!
Então, Sacura arrancou a flor do cabelo de Mulan. Mulan deu um grito muito alto e então, Sacura disse: - Ai, meu ouvido! Estou de mal de você! Ficaram de mal durante o dia todo. No dia seguinte, se desculparam e esse é o fim dessa história.
A LENDA DAS IRMÃS Laura Dell Acqua Há muito tempo, existiam duas irmãs chamadas Saufi e Marina. Elas adoravam brincar de bonequinhas de pano e de cavalgar. Elas eram ricas. Um dia, elas foram cavalgar e, sem querer, entraram no portal mágico. Elas entraram em um lugar mágico... Assim que elas voltaram para casa, elas viveram felizes para sempre.
A PONTE AMALDIÇOADA Fernando Brizon No século X, no Japão, um menino chamado Takai encontrou uma ponte amaldiçoada, quando passeava na floresta. Sem saber de nada, ao subir na ponte, uma maldição transformou-o em um leão. A partir desse dia, ele andava sozinho pela floresta, procurando um antídoto para a maldição.
UMA TARDE DE BRINCADEIRAS Bruno Souto Em um sábado de sol, Bruno e Alessio combinaram de ir à praça, para ter um dia de diversão. Chegando lá, eles viram que tinha um campo de futebol e uma roda de capoeira. Eles logo se animaram. Perguntaram para as crianças se podiam jogar também. Assim, eles passaram uma tarde se divertindo, fazendo amigos.
O MISTÉRIO DA SOMBRA FANTASMA Alessio Mormile Essa história aconteceu no século XVI, na Europa, em 1561. Uma assombração apareceu em um castelo. Cinco cavaleiros foram expulsar a sombra fantasma do castelo: Sir Victor com 45 anos, Sir Bruno com 39 anos. O terceiro era o cavaleiro Leo com 25
anos, tinha o cavaleiro Alessio com 15 anos e o escoteiro Angelo com 9 anos. O Rei Vítor, com 88 anos ordenou que os cavaleiros fossem. A assombração era nível 10. O mais corajoso de todos eles, era o rei Vítor que foi ao porão e resolveu tudo.
A PAIXÃO Isabella Sassaki Era uma vez, uma moça chamada Angela que tinha um bichinho de estimação chamado Hércules. Eles viviam em Paris. Um dia, no parque, Hércules fez uma amiga e na hora de ir, o Hércules não queria ir, porque queria ficar com Joana. Hércules tinha que ir. À noite, Hércules chorou a noite toda de saudade da Joana.
No dia seguinte, Angela levou o Hércules ao parque. Joana também estava lá. Daí, Hércules pediu-a em casamento. Joana disse SIM! Eles se casaram, tiveram dois filhotes. Os nomes deles eram Violeta e Felipe. Essa família viveu feliz para sempre.
O ANIVERSÁRIO DE PIPO Carolina Amor No dia 31 de agosto de 1897, uma garota chamada Júlia tinha um cachorro chamado Pipo. Todos os dias, bem cedinho, eles iam para o parque e brincavam de jogar gravetos e escorregar no escorregador. Depois, iam almoçar no restaurante. Até que um dia, chegou o aniversário de Pipo! Todos os amigos foram comemorar.
O presente que Pipo mais gostou foi o da Júlia: uma jarra! De noite, eles foram fazer uma caminhada e Júlia viu um monte de madeira. Decidiram passar a noite lá. De manhã, a mesma rotina.
O JARDIM ENCANTADO Clara Mazza Em 1989, no Paranรก, uma linda camponesa, que se chamava Catarina, estava colhendo frutos no campo. Ela achou uma passagem e foi entrando devagar. Entรฃo, ela descobriu que ela tinha um jardim secreto e um sol iluminado. Catarina resolveu construir uma casa bem bonita e foi para a cidade. Lรก, encontrou um menino perdido e o levou para a casa.
Ela disse: - Qual é o seu nome? Ele disse: - Eu não tenho nome. Ela disse: - Então eu vou te dar um nome... que tal, Samuel? Ele concordou e os dois ficaram juntos para sempre.
A MENINA PERFEITA Sara Fassbender Uma quarta-feira, dia ensolarado, a Laura estava brincando. Algumas crianças começaram a falar de Laura e ela escutou. - Eu estou com inveja da Laura! - Eu também estou! Então, a Laura ficou feliz, porque ela sempre tinha sido uma menina triste.
O AMOR DE JOÃO E GABRIELA Lucas Fonseca O príncipe encantado.
João
morava
em
um
castelo
Em um baile no castelo, João conheceu Gabriela e eles se apaixonaram. Eles se ajudaram e se casaram. Governaram o país por muitos anos. Essa é a história de João e de Gabriela.
A MULHER E A NATUREZA Carolina Freitas HĂĄ um tempo, uma mulher resolveu fazer um passeio pela floresta. Ela andou muito e resolveu parar um pouco. Ela se sentou em um tronco. Depois, ela observou e disse: - Como a natureza ĂŠ linda! Quando ela disse isso, ela aprendeu a gostar da natureza e foi para casa muito feliz!
A PINTURA DE GUSTAVO Cecilia Tesi Era uma vez, há muito tempo, uma menina chamada Marien. Ela morava na França. Ela tinha acabado de voltar de um casamento e estava tão bonita que o pintor, que se chamava Gustavo, perguntou a ela: - Eu posso ir para sua casa, para te pintar? Ela logo chamou os pais e os pais disseram que sim, mas com uma condição, que ela se comportasse.
Marien disse: - É claro, papai e mamãe! Às cinco horas da tarde, o pintor Gustavo chegou e começou a pintar. Este pintor, na época, ficou muito famoso e a menina Marien, desde então, foi a inspiração do pintor Gustavo. Aquela pintura se tornou a mais famosa e bonita do mundo!
DUAS MENINAS SAPECAS Nina Souki Era um dia em 1855. Duas meninas que se chamavam Clara e Mariana, moravam na Europa e iriam para uma festa com a babรก. A babรก se chamava Lene e iria ficar na festa. Chegando lรก, elas adoraram tudo. Na hora de ir embora, Lene nรฃo conseguiu encontrรก-las. As duas meninas haviam se escondido dentro do carrossel.
Quando elas chegaram em casa, o pai deu uma bronca nelas. Lene se demitiu e ninguĂŠm mais teve notĂcias dela.
O SUPER CACHORRO Angelo Viticchié Um dia, um menino se perdeu no deserto. O nome dele era Davide e ele tinha cinco anos. A família da criança era pobre e precisava de ajuda. Davide apareceu.
gritou
cinco
vezes
e
um
monstro
Não tinha saída, mas um cachorro apareceu e derrotou o monstro.
Depois, o cachorro levou a crianรงa de volta para casa e nunca mais se separaram.
O CAVALO DEUS DA DESTRUIÇÃO Victor Hill No século X, um cavalo ameaçava as pessoas por causa de uma maçã dourada. Ele queria a maçã dourada para ser o deus da destruição. Séculos depois, ele conseguiu, mas ele só queria ajudar as pessoas, porque vinha um tsunami. As pessoas começaram a fazer uma muralha, mas quando viram o cavalo da destruição. Ele era, na verdade, um alienígena. Eles lutaram e viram que a tsunami estava a um quilômetro de distância. Por sorte, ninguém se machucou e o cavalo fez a tecnologia, salvou a todos e eles o deixaram ficar e se reproduzir.
UM PINTOR Maria Luiza Milagres Hรก um tempo, na Inglaterra, a rainha Elizabeth queria ter um quadro dela. Ela escolheu um pintor, que se chamava Pedro. Ele nรฃo acreditou no convite. A rainha ficou impressionada com ele e decidiu anuncia-lo como o novo pintor real. Ela gostou tanto dele, que enquanto ele fazia o quadro, eles se apaixonaram fรกcil, fรกcil.
Ele continuou sendo pintor, mas tambĂŠm se tornou o rei da Inglaterra.
BOB E SUAS FAMÍLIAS Joana de Lima Era uma vez, um cachorrinho chamado Bob. Ele tinha dois donos. Ele chamava o home de Senhor Certinho e a mulher de Sabichona. Ele amava passear. Um dia, eles chamaram o Bob para passear. Quando chegaram ao parque, eles viram que o parque estava lotado de gente que eles não conheciam. Bob chegou perto de três pessoas. Uma estava fazendo tricô, a outra estava fumando e a última estava observando o lago.
Bob não achou seus donos e começou a chorar. A menina que estava fazendo tricô viu Bob. Perguntou ao seu pai se podia ficar com ele e ele respondeu que sim. Agora só faltava perguntar para seu marido. Quando perguntou, ele disse assim: - Se ele não estiver sujo, pode. Então, ela pensou que podia ser um sim. Ela levou Bob até a sua casa. Bob gostou muito mais deles do que os outros donos. Bob chamava a mulher de Sonhadora, o marido dela de Carinhoso e o pai dela de Vovô.
PIETRO, O GÊNIO Leonardo Morato Era uma vez, em 1770, um homem chamado Pietro, que vivia em Veneza, na Itália. Pietro era uma pessoa muito estudiosa e gostava de observar o globo terrestre. Seus estudos eram sobre as placas tectônicas e ele queria saber como era o seu funcionamento. Pietro descobriu que alguns fenômenos da natureza, como tsunamis e terremotos eram causados pelo movimento das placas tectônicas.
A partir das suas descobertas, Pietro ficou muito famoso e conhecido no mundo inteiro.
PEDRO, O AVENTUREIRO Daniel Augustus Braga Era uma vez, um menino que se chamava Pedro. Ele morava com sua mãe num velho casarão na pacata cidade do interior chamada Vale Verde. Pedro tinha oito anos de idade e adorava se aventurar pela floresta que existia perto de sua casa. Numa tarde de céu cinzento, com muitas nuvens carregadas, a mãe de Pedro o alertou para que não
saísse de casa, pois uma forte tempestade estava por vir. Porém, Pedro, com seu espírito aventureiro, desobedeceu sua mãe e, escondido, pulou a janela da cozinha do casarão e foi correndo em direção à floresta. Não demorou muito e a tempestade caiu com muita chuva, ventos fortes e muitas trovoadas. Pedro buscou um abrigo numa gruta que ele já tinha o costume de brincar de casinha. Mas a chuva demorava para ir embora e a noite começava a cair. Pedro começou a ficar aflito. Pedro sentia muito frio e estava com medo de ficar ali na escuridão da noite. Ele então ouviu gritos distantes de pessoas que chamavam seu nome. Nesse momento, Pedro saiu da gruta e começou a gritar bem alto: - Socorro!!! Eu estou aqui! Não demorou muito tempo, quatro homens, que eram vizinhos de Pedro o encontraram e o levaram de volta para sua casa, onde sua mãe aguardava cheia de preocupação, o retorno de seu filho. Pedro, ao ver sua mãe, correu para abraça-la e lhe disse: - Perdoe-me, mamãe! desobedecer a você.
Nunca
mais
irei
Depois desse dia, toda vez que Pedro ia sair de casa para se aventurar na floresta, ele pedia permissão
para sua mãe. Assim, nunca mais trouxe preocupação para ela.
O QUADRO MÁGICO Joana Drumond Esta história aconteceu no século XVIII, no museu Leonardo da Vinci, em Florença. Um certo dia, o museu estava em chamas, porque a fiação danificou, devido a uma forte ventania que aconteceu na cidade. No museu estavam expostos quadros mágicos, mas entre eles um era especial. Ele tinha o poder de criar vida à noite.
Tinha um problema: o poder só durava até a meia noite. Quando o quadro já estava há quilômetros do museu, as chamas já tinham se apagado. O quadro viveu uma aventura tanto! Estava dando meia noite... Então, o quadro correu até o museu, a tempo do guarda verificar se estava tudo em ordem depois do incêndio.