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Rádio em Revista setembro 2010 Reportagem ● Amaury Santos
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Durante anos, em suas transmissões esportivas, o garotinho José Carlos Araújo usou o bordão para mostrar a importância do Rádio no cotidiano do brasileiro.
A cada dia, essa é uma verdade que se amplia na proporção direta em que se multiplicam as possibilidades do meio.
Hoje, o formato Rádio chega aos brasileiros em seus em diversos modelos – micro-sistems, auto-rádio, walk-mans e todos os radinhos à pilha – nos computadores, ipods, telefones e até na televisão, que ainda “faz” Rádio em vários momentos. Talvez por isso, depois de muito tempo, o meio Rádio consiga tímida reação e apresente um pequeno crescimento na participação do “bolo publicitário”.
Dia do rádio “O brasileiro não vive sem Rádio”
Mas o mais interessante é que, se hoje todos falam e consideram importante estar em dia com as novas tecnologias, essa postura não é moderna e não é antiga: é eterna. Em 1923, um visionário, já pensando no uso das novas tecnologias da comunicação e da informação para difundir sua mensagem educacional, criou a primeira Rádio do Brasil, a Rádio Sociedade RJ (hoje Rádio MEC): Edgar Roquette Pinto.
Por isso, no início do século 20, abandonou quase tudo que construíra como etnógrafo, antropólogo, geógrafo, pela tecnologia do Rádio e o impacto que poderia ter sobre a educação. Na década de 70, o Rádio passa a oferecer ao ouvinte um produto tecnicamente mais sofi sticado,
Dia do rádio “O brasileiro não vive sem Rádio”
um serviço de radiodifusão sonora sem as interferências atmosféricas e com excelente sinal de áudio.
Usando a Modulação por Freqüência, surgem as emissoras de FM. A qualidade da transmissão, numa pequena área de cobertura, fez das FMs as líderes de audiência nos grandes centros urbanos. Depois de virar rotina, a simples programação musical não atraia mais os ouvintes. E as FMs se popularizaram que não se distinguiam mais de uma rádio AM. Mais uma vez, o foco volta-se para a idéia de qualidade e convergência de serviços via radiodifusão. É hora de se pensar em digitalizar a radiodifusão sonora.
Por isso, Roquette Pinto, que já nos deixou há quase 56 anos, tem tudo a ver com a idéia do rádio digital e com modernidade. É olhando pra ele e para seus conceitos e convicções que temos em vista que as tecnologias da informação e comunicação, cada vez mais sofi sticadas e poderosas, são apenas meios e não têm fi ns em si mesmas. Roquette defi nia o Rádio como “a escola dos que não têm escola; o jornal de quem não sabe ler; o divertimento gratuito do pobre; o animador de novas esperanças, o consolador dos enfermos e o guia dos sãos”.
Dia 25 de setembro é a data de nascimento de Roquette Pinto e como homenagem tornou-se o DIA DO RÁDIO. ●
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