100 PILULAS MAÇÔNICAS

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2011 L`Áquila Romana Alfério Di Giaimo Neto

[100 PILULAS MAÇÔNICA] Compilações maçônicas sobre experiências e pesquisas, elaboradas pelo Ir.’. Alfério Di Giaimo Neto especialmente para o 10° aniversario da Loja L`Áquila Romana.


Alfério Di Giaimo Neto, para 10° aniversário da Loja L`Áquila Romana

ESCLARECIMENTOS DO AUTOR PÍLULAS MAÇÔNICAS Estes pequenos artigos, denominados “Pílulas Maçônicas”, com texto raramente ocupando espaço maior que uma folha A4, em tamanho normal de letra, tem uma única finalidade: oferecer aos Aprendizes e Companheiros Maçons os ensinamentos e idéias contidas em livros e enciclopédias, escritas por escritores e historiadores maçônicos verídicos e idôneos. Esses livros, muitas vezes caros e raros, não são de fácil acesso para a maioria dos maçons citados acima. Tem servido também para uso no “Tempo de Estudos” de muitas Lojas, quando nenhum trabalho foi anteriormente preparado pelos Obreiros dessas Lojas.. Entre os escritores de renome e sérios, temos: José Castellani (o mais citado), Nicola Aslan, Theobaldo Varolli Filho, Raimundo Rodrigues, Kurt Prober, Jules Boucher, Alec Mellor, Albert Gallatin Mackey, Bernard Jones, Henry Wilson Coil, Gould e muitos outros. Esta coletânea de ensinamentos, editada em forma de livro, NÃO TEM FINS LUCRATIVOS. OU SEJA, NENHUM EXEMPLAR PODERÁ SER VENDIDO OU COMERCIALIZADO DE NENHUMA FORMA. Não sou, nem pretendo ser escritor ou historiador maçônico. Simplesmente procuro separar o “joio do trigo” e transmitir que o que há de bom e verdadeiro contido nos livros acima mencionados, para maçons interessados na história e realidade da nossa sublime Ordem. Igualmente, não sou dono da “verdade”, pois devo ter errado em muitos dos artigos feitos. Porém, como bom maçom, estou sempre correndo atrás da verdade. Meus agradecimentos e um forte abraço a todos.

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O que são as Pílulas Maçônicas? Como e por que surgiram?

Alguns anos atrás, quando eu fui o Venerável Mestre da Loja de Pesquisas “Solidariedade e Progresso”, pertencente à Associação Barão de Mauá, comecei a notar a necessidade de certos esclarecimentos maçônicos, simples, na maioria das vezes. Essa necessidade não era coberta pelas apresentações mensais dos Trabalhos dessa Loja e começamos colocar mais um pequeno trabalho, curto e conciso, sem permitir debates, antes dos Trabalhos mensais, que eram mais profundos e com longos debates. Assim começaram a aparecer as primeiras Pílulas Maçônicas. Na época, o Primeiro Vigilante era o Ir.:Pedro Américo de Souza, meu Irmão gêmeo, que escreveu uma Pílula sobre o “Ágape” que está guardada comigo ainda hoje. Estava lançada a idéia! Com o passar do tempo e com minhas visitas a diversas Lojas, começaram a surgir as “sementes” de novas pílulas. Desse modo, por exemplo, surgia a dúvida como se escreve Hiram Abi. Ou seria Hiram Abif? Foi a semente para uma Pílula. Na Ritualística, é maçonicamente permitido cruzar o Malhete no peito como saudação? Foi semente para uma nova Pílula. E, assim, sucessivamente. Esse processo se repete ainda hoje para novas Pílulas. Depois de uma dezena delas, ficou claro que eram úteis e poderiam ser esclarecedoras, principalmente para os Aprendizes e para os Companheiros.

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As Pílulas começaram a ter um padrão próprio e objetivo bem definidos: são resumos de informações tiradas de enciclopédias e livros ingleses, americanos, franceses, neozelandeses e brasileiros selecionados. O objetivo é transmitir conhecimentos de livros idôneos, muitas vezes caros e raros, nem sempre disponíveis para a maioria dos Aprendizes e Companheiros e para os Maçons de uma forma geral. Não são informações dirigidas especificamente para Aprendizes, ou para Companheiros ou para Mestres. São informações maçônicas que servem para todos, sem revelar os segredos de cada Grau. Não sou, nem pretendo ser escritor ou historiador maçônico. Simplesmente pesquiso, procurando separar o “joio do trigo” e transmitir que o que há de bom e verdadeiro contido nos livros acima mencionados, para maçons interessados na história e realidade da nossa sublime Ordem. Igualmente, não sou dono da “verdade”, pois devo ter errado em muitos dos artigos feitos. Porém, como bom maçom, estou sempre correndo atrás da verdade.

ALFÉRIO DI GIAIMO NETO MESTRE INSTALADO CIM 196017

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APRESENTAÇÃO Fazer a apresentação de Ir∴ tão ilustre é um verdadeiro desafio, principalmente pelo respeito, estima admiração e amizade que nutro pelo querido Ir∴ Alfério Di Giaimo Neto. Com muita humildade e desprendimento ele chegou a concluir a centésima Pílula Maçônica somente para permitir que seu trabalho incessante em busca de esclarecimentos para os mais novos na nossa Ordem, fosse publicado em tempo por ocasião do aniversario da A∴ R∴ L∴ S∴ L`Áquila Romana, atendendo solicitação do nosso atual V∴ M∴ Júlio Takano. O Mestre faz pouca distinção entre seu trabalho e seu lazer, entre sua mente e seu corpo. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo o que faz, deixando para os outros a decisão de saber se ele está trabalhando ou se divertindo. Ele está simplesmente fazendo ambas as coisas simultaneamente. Eu e o Alfério estivemos juntos inúmeras vezes, sempre questionando um ao outro sobre assuntos maçônicos ou filosóficos, as respostas variavam, às vezes em concordância e outras nos proporcionavam extensos debates, que sempre culminavam em um aprendizado mutuo. Ao cabo de uma longa caminhada penetramos em um vasto horizonte onde notamos que quanto mais dele nos aproximávamos, mais ele se afastava.

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Tinha a sensação que as palpitações de meu coração eram ouvidas a grande distancia, entretanto era somente minha ansiedade em confirmar que realmente o homem está destinado a buscar incessantemente a verdade, mas... a esperança de alcança-la está delegada a um segundo plano. Ë assim que vejo o Ir∴ Alfério Di Giaimo Neto, homem tranquilo e maçom dedicado à ordem com afinco aos estudos e pesquisas maçônicas e nos brindas com estas Pílulas Maçônica que, assim como um verdadeiro elixir medicinal, tomando uma ou mais pílulas ao dia, nos leva a um melhor conhecimento saudável e precioso sobre os assuntos abordados, não excluindo a possibilidade de questionamento e posicionamentos diversos dos apresentados. Parabéns, Alfério! Sinto uma alegria imensa em poder desfrutar de sua amizade e de seus conhecimentos, oxalá mais e mais Iir ∴ como você apareçam e ofereçam seus conhecimentos como você o faz. “É preferível arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glorias, mesmo expondo-se à derrota, que formar filas com os pobres de espirito que não gozam muito nem sofrem muito, porque vivem na penumbra obscura e cinzenta dos que não conhecem a vitória, nem a derrota.” Seu admirador, amigo e Ir∴ Mario Fiorentino- CIM 82763

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PREFACIO PELO Ir.’. Fernando Tullio Colacioppo Sobrinho

Prefácio O prefácio deve informar o leitor sobre o livro: seu conteúdo, formato, dados subjacentes, sobre o autor ou outras informações que o prefaciador julgue importantes para a compreensão do mesmo e seu entorno. Portanto pretendo abordar alguns aspectos deste livro que julgo relevantes para sua compreensão, bem como, visando contribuir, se possível, para contextualizá-lo. É óbvio que em fazendo isto estarei adicionando meu próprio viés e idiossincrasia. * Entre as 100 pílulas maçônicas abordadas com profundidade e propriedade destaco duas que permeiam toda a obra. O livro, embora tendo como tema central a Maçonaria, NÃO REVELA UM SECREDO MAÇÔNICO. E a ética do autor em não causar dano a nossa amada Ordem, expondo-a desnecessáriamente ao mundo fora de nosso templos. * Ética é a subdivisão da filosofia que estuda os aspectos ligados com a moral das relações humanas, portanto trata também das relações entre Irmãos Maçons. Hipócrates advertia seus discípulos, em um de seus aforismos, que não 6


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causar dano era um dos princípios fundamentais das atividades dos esculápios em todos os lugares e épocas; que estes deveriam curar quando possível, mitigar as dores freqüentemente, consolar sempre e nunca causar danos. Do ponto de vista ético não se pode aceitar portanto, que um Irmão busque um Livro para aprender e acabe adquirindo um problema maior do que tinha ao procurar ajuda. * Desta forma quando se fala em Pílulas Maçônicas, além de uma atividade técnica específica, se está falando em “remédio” de uma conduta ética recomendável e desejável. * Por outro lado, nunca é demais enfatizar, como fica amplamente claro ao longo do livro, que escrever sobre Maçonaria não necessariamente significa revelar seu segredo. * A história deste livro começou a ser escrita no inicio deste no século, quando o irmão Alfério teve a iniciativa, pioneira em escrever ensinamentos em pequenas doses aos novos maçons. Portanto este livro traz em seu bojo muito do conhecimento dos antigos maçons. E o Venerável Mestre da Loja L´Aquila Romana nº 3365 Julio Takano, resolveu publicar em comemoração aos 10 anos da Loja, que é dia 03/02/2011. 7


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* Por fim uma palavra sobre o autor do livro. Com irmão Alfério Di Giaimo Neto compreendi o que é escrever, traçar e falar sem revelar mistério, sua importância, seus métodos e seu alcance; sou grato a ele por isto como creio seus leitores também o serão. irmão Alfério consegue juntar nesta obra o conhecimento e a ciência que caracterizam sua vida fora de nossos templos. Sua honestidade e integridade pessoais transparecem do começo ao fim. Nada compromete seu amor pela verdade científica e humana. Tenho certeza de que os irmãos maçons terão muito mais a apreender com este livro. Nele está a grandeza humana do do autor. * Conheço alguns dos outros editores e vários colaboradores: trata-se de uma equipe de primeira linha cuja experiência somada dificilmente poderá ser ultrapassada. Sinto-me honrado em poder prefaciar o trabalho do irmão Alfério Di Giaimo Neto. Fernando Tullio Colacioppo Sobrinho CIM 205.702

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PILULA MAÇÔNICA - Nº1 O significado da palavra "BRETHREN" - a palavra "Brethren" é uma antiga forma do plural de "brother", e não é usada em circunstancias normais. Ela é usada com frequencia para distinguir "irmãos de sangue" e "irmãos" membros de comunidades religiosas ou fraternais, que é o caso da Maçonaria. É encontrada principalmente nos Rituais ingleses (incluindo Nova Zelandia) e Rituais americanos. Outras fraternidades, distintas da Maçonaria, também a usam. Parece haver um senso comum em usá-la, e seu uso frequente e continuado, o justifica amplamente. PILULA MAÇONICA - Nº 2 CARTA CONSTITUTIVA Nos primórdios, uma Loja era formada por si só, sem nenhuma cerimônia, normalmente auxiliada por outra da vizinhança, se um numero suficiente de Irmãos decidissem formar uma delas. Mas, em 1722, a Grande Loja da Inglaterra recém formada em Londres, determinou que cada nova Loja na Inglaterra deveria ter uma patente, e desde aqueles tempos todos os Irmãos que resolvessem formar uma nova Loja, empenhavam-se para obter a permissão, a certificação, em forma de carta, da Grande Loja. Esta nova Loja ficava, então, unida à Grande Loja da Inglaterra, como uma filial, se comprometendo em trabalhar de acordo com seu sistema, e se manter dentro dos antigos landmarks.

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Então, a tal Loja era chamada justa, perfeita e regular. Temos hoje, conforme nos orienta o Mestre Alec Mellor, que nenhuma Loja ou Capitulo pode existir regularmente sem um título de constituição, chamado Carta Constitutiva (em inglês, Warrant ou Charter) que é ao mesmo tempo, a sua certificação de nascimento e, de certa forma, seu alvará de funcionamento. Henry Wilson Coil nos esclarece que não há uma essencial diferença entre Warrant e Charter, mas ambas as palavras, nos primórdios eram usadas para descrever a autorização, emitida pelo Grão Mestre, consentida pela Grande Loja, de modo oral primeiramente, em seguida por escrito, para a constituição de uma nova Loja. PILULA MAÇONICA - Nº 3 OLD CHARGES (Antigas Instruções) Este é o nome popularmente dado a mais de 100 antigos Manuscritos em inglês ou (ocasionalmente) em escocês, de aproximadamente 600 anos atrás. Eles parecem ter servido nas Lojas Operativas Inglesas para alguns propósitos, como, por exemplo, no Livro das Constituições e Rituais. Eles são frequentemente achados escritos em pergaminhos com aproximadamente 1,8 metros de comprimento por 22,8 centímetros de largura. Eles geralmente consistem em três partes: - uma Invocação ao "Poder do Senhor no Céu", etc - uma História Tradicional diferindo largamente daquelas que usamos hoje em dia,

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começando com Lamech, incluindo Euclides e indo até o tempo de Athestan. - Instruções, em Geral ou no Particular, as quais são regras para uma boa conduta da ordem (Craft) ou para a conduta dos Maçons, individualmente.

As duas últimas versões bem conhecidas estão agora no Museu Britânico. A mais antiga, o REGIUS, é considerada datar de 1390, e o COOKE, de 1425. Entretanto, evidencias interna indicam que o COOKE foi transcrito de um Original, mais antigo que o REGIUS. PILULA MAÇONICA - Nº 4 Fanáticos e Fanatismo Em termos religiosos, temos que, segundo os dicionários, fanático “é quem, ou que se julga inspirado por Deus”. De modo geral fanático “é quem, ou que se apaixona demasiadamente por uma causa ou pessoa”. Podemos aprofundar esta nossa pesquisa consultando trabalhos do pranteado Ir.:Nicola Aslan, dizendo que os fanáticos eram os sacerdotes antigos dos cultos de Isis, Cibele, Belona, etc., que eram tomados de delírio sagrado, e que se laceravam até fazer correr sangue. A palavra tomou, assim, o sentido de misticismo vulgar, que admite poderes ocultos, que podem intervir graças ao uso de certos Rituais. Emprega-se, também, para indicar a intolerância obstinada daquele que luta por uma posição, que considera evidente e verdadeira, e que está disposto a empregar até a violência para fazer valer suas opiniões e para converter a outros que não aceitam as suas idéias. Dai tomar-se o termo, por extensão, para

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apontar toda e qualquer crença, quer religiosa, ou não, desde que haja manifestação obstinada por parte de quem a segue. Esta palavra vem do latim fanum, Templo, lugar sagrado. Fanaticus era, em latim, o inspirado, o entusiasmado, o agitado por um furor divino. Posteriormente, tomou o sentido de exaltado, de delirante, de frenético. E, . finalmente, o de supersticioso. Desse modo, podemos agora definir o Fanatismo como sendo a dedicação cega, excessiva, ao zelo religioso; paixão; adesão cega a uma doutrina ou sistema qualquer, inclusive político. Podemos afirmar que o abuso das praticas religiosas podem levar até a exaltação que impedem o fanático a praticar atos criminosos em nome da religião ou de um poder político. Conforme a Enciclopédia Portuguesa Ilustrada temos que: o fanatismo é uma fé cega, irrefletida, inconsciente, e a maior parte das vezes independente da própria vontade, que algumas pessoas sentem por uma doutrina ou um partido. O fanatismo é uma autosugestão, que se sente independente da própria vontade e que faz sentir uma paixão desordenada a que nos abandonamos. Enquanto o fanatismo não intervém nas relações sociais dos indivíduos, não deve ser considerado perigoso; mas não sucede o mesmo quando os seus efeitos se manifestam numa sociedade compacta, onde reina a diversidade de crenças e opiniões. O fanatismo causou males em todas as sociedades antigas, e na Idade Media viram-se também excessos produzidos por ele. A Maçonaria condena o fanatismo com todas as suas forças. Em vários Graus, as instruções giram em torno desta execrável paixão, considerada como um dos inimigos da Ordem Maçônica.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 5 Collegia Fabrorum e as Guildas O Collegia Fabrorum era uma Associação romana na época (iniciada em 500a.C.) das grandes conquistas de cidades pelos romanos, até o ano aproximadamente 400 d.C. Os guerreiros destruíam as construções de todos os tipos, na subjugação dos povos e devido a selvageria das batalhas, e esse grupo de construtores, talhadores de pedras, artistas, carpinteiros, etc, iam atrás reconstruindo o que era de interesse para as tropas e aos comandantes de Roma. Tinha um caráter religioso, politeísta, adorando e oferecendo seus trabalhos, aos seus deuses protetores e benfeitores. É possível que, com a aceitação do Cristianismo pelos romanos, essa associação tenha se tornado monoteísta. As Guildas eram Associações corporativistas, auto protetivas, que apareceram, na Idade Média, depois de 800 d.C. Eram grupos de operários, negociantes e outras classes. Existiram, com o passar do tempo, diversos tipos de “Guildas”: religiosas, de ofício, etc, entre outras. No caso das de oficio, se auto protegiam, e protegiam seus membros e, muito importante, protegiam seus conhecimentos técnicos, adquiridos pelos membros mais velhos e experientes, e os transmitiam, oralmente, em segredo, em locais afastados e adequados, longe de pessoas estranhas ao grupo formado. Como eram grandes, precisavam de sinais de reconhecimento, palavras de passe, etc. E, obviamente, de pessoas que coordenassem, que vigiassem tudo isso. Também é obvio, que para que a Guilda tivesse continuidade, precisavam de jovens, que seriam por um determinado tempo, aprendizes desses conhecimentos. Na festa de confraternização, comiam juntos, dividiam o mesmo pão entre eles ( do latim

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“cum panis”, gerando, talvez, a palavra “Companheiro”). Etc, etc, etc. O leitor Maçom , já entendeu aonde eu quero chegar. A que mais se destacou e evolui grandemente, foi a Guilda dos Construtores em alvenaria, principalmente de igrejas e palácios. Como a Igreja Católica Apostólica Romana, na época, dominava tudo, e os padres, por dever de ofício, eram os únicos letrados, nada mais natural que os mestres (de maneira bem ampla) fossem eles. Como sacerdotes, eram venerados, e porque ensinavam, eram mestres. Há uma teoria, e é a minha também, que “Venerável Mestre” derivou disso aí explicado: Venerável por ser sacerdote e Mestre porque ensinava! Posteriormente, essas confrarias perderam essa predominância da Igreja, apesar de não deixarem de serem altamente religiosas, e geraram os Ofícios Francos (ou Francomaçonaria) formados por artesões com privilégios ofertados pelo Feudo e pelo Clero.

PILULA MAÇÔNICA Nº 6 Maçonaria Especulativa Até 1717 d.C., quando houve a fusão de quatro Lojas inglesas, semente da Grande Loja Unida Inglaterra, a Maçonaria é chamada de “Maçonaria Operativa”, pois o “saber” era empírico, adquirido de maneira prática. As ferramentas e o manuseio estavam sempre presentes. O Maçom Operativo era um profissional da arte de construir. A partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de “Maçonaria Especulativa”. A palavra “especulação” vem do latim – specullum – cuja tradução é espelho. Como nos

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esclarece, IrN.Aslan: “é a ação de especular, que significar indagar, pesquisar, observar, espelhar, as coisas físicas e mentais, para estuda-las atentamente, para observa-las cuidadosamente, minuciosamente, do ponto de vista teórico. Disso extraímos idéias e formulamos hipóteses”. Bernard Jones nos esclarece: “os Maçons aceitos” elaborando ou adquirindo o conhecimento da Ordem, caíram sobre o termo favorito, embora fosse inadequado, pois não havia outro que melhor qualificasse suas intenções. Distinguiram-se dos talhadores de pedras, denominando-se “Maçons Especulativos”. Os “aceitos” começaram a fazer parte da Ordem, em torno de 1600 d.C., e nada mais justo do que chamálos de especulativos, pois na maioria das vezes faziam parte da ala social da Maçonaria, como mecenas ou colaboradores, e, literalmente “não metiam a mão na massa”. O “especulativo” era o planejador, o calculista, o pesquisador, e não o homem de ação ou o profissional braçal. Na profissão de construtores, seja de qualquer época, sempre foi exigido um “trabalho especulativo”, ou seja, a teoria adquirida pelo Mestre-de-Obra, desmembrada na geometria, nas teorias dos planos, na resistência dos materiais, nas forças resultantes nas vigas e arcos de sustentação, etc. Desse modo, o trabalho que usasse de ferramentas e manuseio, era o “prático”, ou “operativo”. Devemos esclarecer que o termo “especular” pode significar a atividade pela qual, pessoas se propõem obter lucros ou vantagens, em negociações ou afins. Obviamente, não tem nenhuma ligação com o termo, semelhante, usado na Maçonaria.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 7 “Hiram Abi” ou “Hiram Abif”? Hiram, é o nome do arquiteto que, segundo a lenda maçônica, foi encarregado de dirigir os trabalhos da construção do Templo de Salomão. Segundo a Bíblia, em algumas passagens, era filho de uma viúva da tribo de Dan e de um tírio chamado Ur. Em outras, era filho de uma viúva da tribo de Neftali, “porém seu pai era tírio e trabalhava o bronze”. Entretanto, qual o nome correto, “Hiram Abi” ou “Hiram Abif”? Essa dúvida é muito comum e poucas pessoas sabem qual o modo certo. Na verdade os dois estão certos, conforme explico abaixo: A palavra Ab, do original hebraico, significa “pai” (muitas vezes equivalente a amigo, conselheiro ou enviado) e dependendo do sufixo que recebe pode ter o significado de “meu pai” ou “seu pai”. Desse modo, conforme a “Encyclopaedia” de Mackey, quando usamos o sufixo “i” tem o significado de “meu” e quando usamos “if” tem o significado de “seu”. A palavra Ab, com seus sufixos é encontrada nos Livros dos Reis e nos das Crônicas, em referencia a Hiram, o Construtor. Quando o Rei Hiram de Tiro, respeitosamente fala dele, chamando-o “meu pai”, encontramos Hiram Abi e quando o escritor do Livro das Crônicas fala dele e do Rei Salomão, na mesma passagem, chama-o de “pai de Salomão” – “seu pai”, encontramos Hiram Abif. A única diferença resulta da diferente denominação dos pronomes meu e seu, em hebraico.

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Portanto, quando os Maçons escrevem ou falam dele, Hiram, o Construtor, o correto é Hiram Abif.

PILULA MAÇÔNICA Nº 8 Aprendiz A palavra tem origem no tempo dos Maçons Operativos. Os Maçons da Idade Média formavam um grupo seleto, e era a mais alta classe de artesãos naquele tempo. Isso requeria boa saúde, personalidade de moral impecável, alta inteligência, para ser um excelente Maçom Operativo, permitido trabalhar nas grandes casas de Deus, as magnificentes Catedrais, que era o seu trabalho. Os operativos eram orgulhosos de suas habilidades, de sua reputação e da rigorosidade de suas leis. Para se tornar um Maçom, um jovem era escolhido para servir por aproximadamente sete anos no aprendizado, antes de ser permitido fazer e submeter aos seus superiores, sua “Peça de Mestre” e ser admitido como um “Companheiro” da Ordem. Antes dele começar o aprendizado, ele passava por uma prova, num curto período de tempo, onde deveria mostrar ser possuidor das qualificações necessárias de habilidade, decência e probidade. Somente depois disso é que ele era “registrado” como Aprendiz. É por isso que na Maçonaria inglesa e americana, ainda se encontra, na maneira de escrever, esse fato: “Entered Apprentice”. Originalmente um Aprendiz não era considerado como membro da Ordem, mesmo após ter sido registrado no livro da Loja. Somente após ter passado seu aprendizado e ter sido aceito como

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“Companheiro” é que ele se tornava um legítimo membro da Ordem Maçônica. Esse comportamento foi aos poucos se modificando e após 1717, Aprendizes iniciados numa Loja faziam parte do conjunto constituinte da Ordem. O Ritual nos ensina que o Aprendiz é o símbolo da juventude, o Companheiro é o símbolo da maturidade e o Mestre o da velhice. Provavelmente esse conceito é derivado do fato que, de modo geral, discípulos, iniciantes, são jovens; os experimentados são homens já formados na idade; e os criteriosos e informados, formam o grupo mais idoso.

Pílula Maçônica nº 9 Nossa tríplice aclamação HUZZÉ Mestre Castellani deixa bem claro em seu “Consultório Maçônico” que o “tríplice Huzzé” trata-se de uma aclamação (aplaudir, aprovar ou saudar alguém com alegria) e não uma exclamação (bradar, gritar, vociferar). Apesar de origem controversa, é muito provável que derive do vocábulo árabe Uzza, que é uma aclamação a um ente divino e um dos nomes de um dos deuses deles. É usado no Rito Escocês Antigo e Aceito, substituindo a palavra inglesa Huzza (mas cuja pronuncia é “huzzé”) cujo significado é uma aclamação de saudação ao Rei (Viva o Rei!). É a mesma aclamação, com outra palavra, usada pelos franceses – Vivat – também para saudar o Rei. Como o Rito Escocês teve sua origem na França, é possível que tenha sido introduzida no rito nessa época, obviamente usando o vocábulo inglês. Aliás, na língua inglesa existe o verbo to huzza, que significa aclamar.

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Para o historiador francês maçônico Albert Lantoine, essa palavra é sinônimo de Hurrah!, extremamente conhecida no mundo todo. No famoso dicionário “Michaellis” temos que: huzza – interjeição (de alegria), viva, hurra – v. gritar “hurra!”, aclamar. Em suma, é uma aclamação de alegria, e corresponde ao “Vivat” dos latinos.

Pílula Maçônica nº 10 Segredo e Mistérios Maçônicos Segredo – fato ou circunstância mantida oculta; o que a ninguém deve ser dito (Michaelis). Segredo Maçônico – segundo Nicola Aslan, a Maçonaria Operativa mantinha em rigoroso segredo processos técnicos que asseguravam a sobrevivência da arte e dos Talhadores de Pedra, enquanto os modos de reconhecimento garantiam trabalho e proteção para aqueles que viajavam de um lugar para outro. Hoje, na Maçonaria Especulativa não há mais segredos técnicos e os mesmos Sinais, Toques e Palavras constituíram e constituem o famoso “segredo da Maçonaria” que as autoridades civis e eclesiásticas, sempre desconfiadas, nunca quiseram acreditar. Porém, segundo Alec Mellor , existe “O Segredo” que é um conceito totalmente filosófico, de conteúdo variável, concebido por alguns como o estado de iluminação interior que se alcança pela Iniciação, que a linguagem humana não poderia traduzir e, portanto, trair, pois as palavras correspondem a conceitos, enquanto o pensamento iniciático transcende o pensamento conceitual.

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Mistério – o que é inexplicado, mas que nos deixa perplexos e incita à investigação. Indica tudo que é ocultado, e que é conhecido de uns poucos, que guardam segredo. Mistérios – era o conjunto das cerimônias do culto religioso que, antigamente, era praticado ocultamente, e ao qual se podia assistir se fosse iniciado. Diz-se também que os mistérios eram centros de instrução e de educação da antiguidade, e que eram divididos em Pequenos Mistérios (instrução primaria) e Grandes Mistérios (instrução superior). Alguns livros ingleses nos dizem que “Jogos de Mistério” (peças teatrais) eram a mais popular forma de entretenimento na Idade Media. Cada Guilda (associação, corporação) ou profissão tinha seus dramas próprios preferidos. A maioria era de origem bíblica. Eles eram produzidos, encenados, e simulados pelos membros da corporação, primeiro nas igrejas, e depois nas praças públicas, para as quais eles eram expulsos quando os jogos (encenações) se tornavam muito impetuosos e irreverentes (desrespeitosos) para as autoridades sacerdotais. Esses dramas eram chamados mysteries, não porque eles tratavam de mistérios, magias, fantasmas ou coisas secretas, mas porque eles eram produzidos pelas associações ou mysteres . Esta palavra é uma variante da palavra francesa “mestaire” , cujo significado é: uma ordem ou associação (guilda). Então essas encenações ficaram conhecidas na Inglaterra como “mysteres’ ou “mysteries”, por que elas eram produzidas pelos “mestaires” ou guildas. A expressão “Mistérios da Francomaçonaria” significa as cerimônias ritualísticas, ou o trabalho em Loja. PILULA MAÇONICA Nº 11

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ALEGORIA A palavra Alegoria tem sido definida como “uma descrição de um evento sob a imagem de outro”, o objetivo sendo impor uma verdade moral através de uma estória. Alegoria é exprimida em linguagem figurativa ou descritiva, conduzindo a uma abertura ou significado literal e, ou, a um dissimulado ou algo figurativo. Segundo Bro Nicola Aslan, temos o que segue: “existem duas espécies de Alegorias: uma que pode ter a extensão de um poema, a outra que pode ser contida em algumas palavras (Nas asas do Tempo voa a Tristeza). Quase todos os apólogos e os provérbios são alegorias.... sendo a Maçonaria, como a definem os anglosaxões, “um sistema particular de moral, velado por alegorias e ilustrado por Símbolos”, quase todas as lendas maçônicas são mais ou menos alegorias, inclusive a lenda do terceiro Grau, que deve ser interpretada como ensinando a ressurreição, o que se percebe pela própria lenda, sem qualquer acordo ou convenção””.

PILULA MAÇONICA Nº 12 O que é Simbolismo? Por que é importante na Maçonaria? Simbolismo é o uso e interpretação de símbolos e emblemas. Um Símbolo é a representação visível de algum objeto ou coisa, real ou imaginária, empregado para transmitir uma certa idéia. Nós não temos outro caminho para expressar idéias do que o uso de símbolos. As palavras são símbolos.

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No uso ordinário, entretanto, por um símbolo nós damos significado a um objeto, o qual declara uma idéia. A bandeira é o símbolo de um país; o leão da coragem; o carneiro da inocência; o Esquadro é símbolo da virtude Maçônica. Tem sido declarado que “o Simbolismo da Maçonaria é a alma da Maçonaria”. E isto tem que ficar claro ao Aprendiz, pois não deve ser encarado como uma declaração de idéias, mas deve ser dirigida com ênfase para ele, para que fique retido em sua mente. Simbolismo é talvez o ramo mais difícil da Francomaçonaria, e sobre ele se tem dito e escrito as mais insensatas e absurdas coisas. A Francomaçonaria é repleta de símbolos. Mas onde, muitas vezes, somente existe um genuíno simbolismo, alguns irmãos nos convidam, ou impõem, a aceitar uma grande quantidade de escondidos e profundos significados simbólicos. Muito dessa quantidade é chamado de misticismo e é justamente o absurdo mencionado acima.

PILULA MAÇONICA Nº 13 A MAÇONARIA OPERATIVA Na Idade Média os maçons eram distintos. Era essa a sensação generalizada na Inglaterra, França e Europa Central, pois enquanto os outros trabalhadores trabalhavam para os senhores feudais, sem sair de seu vilarejo, os maçons eram especialistas e serviam aos reis e nobreza e viajam para todos os cantos desses paises. Trabalhavam as pedras e erigiam castelos, catedrais e abadias.

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Inglaterra A vida profissional era bem estabelecida. Existiam dois tipos de maçons: os “rústicos” que cortavam e moviam os blocos para o alicerce e os “especialistas” que faziam o trabalho em blocos para a arquitetura em geral, acabamento e ornamentação. Pertenciam a Grêmios que eram compostos pelos principais empregadores do ramo e, as vezes, controlados por um funcionário real. Tinham “deveres” (Charges) estabelecidos por esses Grêmios. O primeiro era com Deus: deviam crer na doutrina da Igreja Católica e repudiar todas as heresias. O segundo era com o Rei, cuja soberania deviam obedecer. O terceiro era para com seu mestre, o empreiteiro das obras. Formavam sindicatos, ilegais, pois contrariavam as determinações salariais dos grêmios, e se reuniam secretamente correndo o risco de penalidades da lei. França Os maçons eram, como na Inglaterra, a elite dos trabalhadores. Diferentemente, formaram uma organização que não tenha paralelo na Inglaterra: a “Compagnonnage”. Os “Compagnons” (companheiros), seus membros, que algumas vezes eram trabalhadores com outros ofícios, formavam uma forte organização. Os reis e governos da França não aprovavam essa situação e, por diversas vezes, ditaram leis e decretos contra a Companonnage (1498, 1506, 1539...). Em 1601, um estatuto proibia que se reunissem em mais de três nas tabernas. Em 1655, a Faculdade de Sorbone, proclamou que os compagnons eram malvados e ofendiam as leis de Deus. Alemanha e centro da Europa Os maçons eram chamados de Steinmetzen, e da mesma forma eram a elite dos trabalhadores. Suas

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atividades eram também reguladas por corporações do ramo. Havia Lojas importantes de Steinmetzen em Viena, Colônia, Berna e Zurich, mas todas aceitavam a liderança dos maçons de Estrasburgo. Inclusive, o imperador Maximiliano I proclamou um decreto em que dava força de lei ao seu código de conduta (diferente do que foi escrito para Inglaterra e França). Essa liderança durou até 1685, quando a cidade foi invadida pelo exercito de Luiz XIV e anexada à França. Escócia Os Grêmios de maçons eram mais antigos do que os da Inglaterra. Em 1057, o rei Malcolm III Canmore outorgou uma Carta, com o poder e obrigação de regular o oficio, à Companhia de Maçons de Glasgow. Infelizmente, por não haver em abundancia a pedra franca na região, tiveram menos êxito para manter a boa posição já citada. Inclusive, nesse país foi modificada a regra para os “aprendizes ingressados” de tal modo que, o aprendizado ficou com um lapso de tempo mais curto, do que na Inglaterra, por exemplo. Os mestres mais antigos, qualificados, para se protegerem profissionalmente, começaram a usar uma palavra secreta que era transmitida entre eles, para o reconhecimento entre si. Essa palavra chave ficou conhecida como a “Palavra Maçônica”.

PILULA MAÇONICA Nº 14 Lojas, Ordem e Obediências Maçônicas. Brethren, vejam o que nos ensina o francês, IrMarius Lepage, sobre o acima mencionado: As Lojas podem existir sem Grandes Lojas ou Grandes Orientes, garantindo sua federação. O inverso, porém, não é verdadeiro. Nem Grande Loja, nem

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Grande Oriente podem existir sem as Oficinas chamadas “azuis”, que são sua base. Assim, fica muito claro a diferença entre a Ordem e a Obediência Maçônicas. A Ordem – a Franco-Maçonaria tradicional e iniciática – não tem origem historicamente conhecida. Usando a expressão habitualmente empregada, podemos dizer que ela data de “tempos imemoriais”. “...antes do século XIV nada encontramos que se possa ligar, com provas irrefutáveis, à Maçonaria. Todos os documentos que possuímos estabelecem que foi da Maçonaria Operativa que saiu nossa Ordem, e demonstram apenas isso, a não ser para aqueles que suplementam fatos e fontes com a imaginação...” (F.Marcy, l´Histoirie du Grand Orient de France). As Obediências, ao contrário, são criações recentes, das quais é possível – embora com algumas dificuldades e imperfeições – descrever o nascimento, e cuja existência, a partir daí, é bem conhecida na maior parte dos pormenores. Entretanto, se a Ordem é universal, as Obediências, sejam elas quais forem, mostram-se particularistas, influenciadas pelas condições sociais, religiosas, econômicas e políticas dos países em que se desenvolveram. A Ordem é, por essência, indefinível e absoluta: a Obediência está sujeita a todas as variações da fraqueza congênita ao espírito humano

PILULA MAÇONICA Nº 15 PALAVRAS

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O termo “palavra” é entendido, como sendo a expressão de uma idéia e o conjunto de sinais que esta representa graficamente.

Palavra do Maçom – esta peculiaridade da Maçonaria Escocesa, é a que eu me refiro na “Pílula nº 13”. Supõese, segundo Nicola Aslan, ter consistido de duas palavras, provavelmente acompanhada de um sinal. Era claramente esotérica e usada, presumivelmente, como um meio de reconhecimento. Mackey complementa: “nas atas e nos documentos das Lojas da Escócia durante os séculos XVI, XVII e XVIII, a expressão “Mason Word” é constantemente usada. Este contínuo uso indicaria que apenas um conjunto de palavras era então conhecido”. Palavra de Passe – é a que se pronuncia ao dar-se os Toques e os sinais de reconhecimento. Palavra Perdida – continuando com o Mestre Nicola, temos que a história lendária da Maçonaria refere-se a uma lenda segundo a qual teria existido, outrora, uma Palavra de valor transcendente, objeto de grande veneração, e que teria sido conhecida apenas por alguns poucos. Com o decorrer dos tempos, esta Palavra teria sido perdida e substituida por outra. Esta lenda entrou no sistema escocês e, segundo ela, Hiram Abif, construtor do Templo, teria gravado esta palavra sobre um Triângulo de ouro, o qual era levado em seu pescoço e com o lado gravado sobre o peito... e continua a lenda que não é, no momento, objeto deste estudo. Palavra Sagrada – é uma palavra peculiar a cada Grau e que deve ser dita baixinho ao ouvido, como um sopro, e com muita precaução. Vejam o que diz o Bro Albert G. Mackey a respeito: é o termo aplicado à palavra capital ou mais proeminente de um Grau, indicando assim o seu peculiar caráter sagrado, em contra posição com a

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Palavra de Passe, que é entendida simplesmente como um mero modo de reconhecimento. Diz-se muitas vezes, por desconhecimento, “Palavra secreta”. Todas as palavras importantes da Maçonaria são secretas. Mas somente algumas são Sagradas. Entretanto, concordo com o Ir.Moretzsohn que o ”elo de ligação” entre Operativa e Especulativa, levantado pelo IrSenador, deva ser estudado com mais carinho. Vou tecer algumas considerações, expostas abaixo, que, de um ou outro modo, sem dúvida, vão por “lenha na fogueira”: •

A Francomaçonaria possui dois ramos principais, bem distintos quando à origem e ao comportamento. O ramo Inglês e o Francês. A Francomaçonaria Brasileira, e as demais da América do Sul, são de origem francesa. Na Inglaterra, a idéia de uma sociedade obreira declinava pouco a pouco, e reencontrou força e vigor graças ao acrescentamento de elementos novos, encontrados, antes de tudo na burguesia e nas profissões liberais e, posteriormente na nobreza e realeza. Aos primeiros, essa nova organização, oriunda de uma guilda quase moribunda de ofícios, estendia seus fins e sua influência, dando-lhes um novo aval entre os homens de condição social mais elevada. Na França, o povo começava a despertar para idéias novas (emprestadas da Inglaterra, evidentemente) e preparava sua Revolução, enquanto a Inglaterra já fizera a sua e decapitara seus reis. Submetera a Igreja ao Estado, e aspirava repouso. Desse modo, pelo exposto acima, enquanto a Lojas Inglesas reúnem, de maneira geral, pessoas extremamente respeitáveis,

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ponderadas, cultivando cuidadosamente, com submissão, as leis do reino e as leis da natureza, as Lojas Francesas abrigam, sob a Lei do Silencio, tudo quanto o reino pode conter de hermetistas, alquimistas, “filósofos” e “iluminados”. Desse modo, a Loja vai torna-se a veste que lhes permitirá passar despercebidas – e, em seguida, ficar ao abrigo das perseguições do poder real e do poder religioso – uma sociedade frívola que dança inconscientemente seus últimos minuetos, quando a casa, já rachada, começa a desmoronar. (Marius Lebage) CONCLUINDO: respondendo agora a pergunta do IrSenador, com uma maior reflexão e um parecer mais abrangente, pedido pelo IrMoretzsohn, creio que o “ELO DE LIGAÇÃO ENTRE A OPERATIVA E A ESPECULATIVA CHAMA-SE INTERESSE”. Na Inglaterra: INTERESSE em se misturar e contatar pessoas da alta sociedade e se sentir no mesmo nível, característica da Maçonaria. Na França: INTERESSE em ter base camuflada para contestar a Igreja e o governo, e ter local para expressar livremente seus pensamentos.

PILULA MAÇONICA Nº 16 RETIRADA DOS METAIS NA INICIAÇÃO Qual seria a origem do costume de retirar o dinheiro e as substâncias metálicas do Candidato quando está sendo preparado para a sua Iniciação? A

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resposta é muito subjetiva, deste modo vou dar a mais lógica encontrada nos livros pesquisados. Muitos homens se deliciam, se encantam com metais como ouro e prata, para seu interesse próprio, não tendo nenhum outro padrão que os substituam e, para esses homens tudo gira em torno de tais metais. Como a decisão de entrar na Maçonaria é somente dele, o Candidato deve ter o desejo de renunciar a tudo isso como sendo sua prioridade, pois na Ordem o que menos importa é sua riqueza e posição. O IrLional Vibert, em seus escritos “Vestígios dos Antigos Dias” sugere (como pura especulação) que isso pode ser uma lembrança dos Tempos Operativos quando o mais obvio caminho de ensinamentos para um Maçom Operativo eram as lições de pobreza, caridade e humildade e que sua maior riqueza eram as ferramentas de trabalho com as quais podia obter seu sustento e da sua família.

PILULA MAÇÔNICA Nº 17 Venerável Mestre e Vigilantes. Brethren, mais uma vez vamos recorrer aos conhecimentos do inesquecível Ir.:José Castellani: “Os poderes do Venerável Mestre são legitimados, não na eleição, mas sim, na posse, ou seja na Instalação, pois instalação é sinônimo de posse, mesmo que não haja a Cerimônia de Instalação, que é própria do Rito de Emulação (York) e que foi copiada pelos demais Ritos. Assim, um Vigilante, na ausência do Venerável Mestre, pode assumir o primeiro Malhete da Loja e despachar todos os assuntos administrativos. Só não pode atuar em algumas cerimônias Litúrgicas, que

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são privativas de quem o poder de fato e de direito: o Venerável Mestre que foi empossado (Instalado) no cargo”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 18 Esclarecendo: Tronco de Solidariedade e Reflexão no Átrio. - o Tronco tem origem na França, daí seu título, pois, em francês, a palavra “tronc” tanto significa tronco de árvore como caixa de esmolas. As igrejas francesas têm, logo à entrada, uma caixa de coleta, onde se lê, simplesmente a palavra TRONC. E o nome primitivo, em Maçonaria, era Tronco da Viúva, ou seja, Caixa de Esmolas da Viúva (já que os Maçons são Filhos da Viúva). Nem se sabe por que cargas d’água ele passou a ser Tronco de Beneficência ou Tronco de Solidariedade, já que “caixa de esmolas de beneficência” é redundância (Castellani). - no Rito Escocês Antigo e Aceito, é comum, no Átrio, antes da entrada no Templo, o Mestre de Cerimônias solicitar a um dos Obreiros presentes que faça uma oração, ou invocação, ou reflexão, ao fim da qual todos os Irmãos devem dizer “Assim Seja”. Sem criticar ou desmerecer tal ato, devo esclarecer, porém que, essa prática não pertence ao Rito Escocês Antigo e Aceito, mas sim, ao Rito Adoniramita.

PILULA MAÇÔNICA Nº19 LOJA Nos tempos da Maçonaria Operativa, quando os Maçons começavam a ereção de uma Catedral ou qualquer outra construção em pedra, eles construíam

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uma choupana ou galpão, o qual era referido como a “Loja”. Esse galpão era usado como um salão de trabalho e também como moradia temporária para os trabalhadores mais jovens. Quando eles se reuniam para discutir planos, ou qualquer outro assunto ligado à atual obra, estava constituída a Loja. Lionel Vibert, em seu trabalho “A Loja nos Tempos Medievais” declara que a construção contratada frequentemente tinha uma clausula que dizia que a “Loja” seria construída pelos Maçons envolvidos na referida obra. Em York no ano de 1428, Maçons recrutados em todas as regiões vizinhas eram conhecidos como os “Maçons da Loja”. Como foi dito, os jovens trabalhadores (aprendizes?) da Fraternidade, viviam e trabalhavam na Loja, obedecendo as “Antigas Regras dos Construtores”. A palavra “Loja” (Lodge) vem do francês “loge” significando uma estrutura temporária. A aplicação do nome do lugar, designando um evento ou fato, é comum no uso corriqueiro de qualquer língua.

PILULA MAÇÔNICA Nº 20 PEDREIRO LIVRE (Free Mason) Qual seria a origem desse nome? Quando, onde e por que foi dado? Algumas supostas respostas, dadas a seguir, foram baseadas no conteúdo do livro do Ir.:Bernard Jones “The Freemason’s Guide and Compendium”. Na verdade, muitas explicações são dadas sobre esse assunto. O que se sabe é que nos tempos das construções das Catedrais, os Maçons eram divididos

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em duas categorias: os maçons “rústicos”, quebradores de pedras, que extraiam os blocos e davam uma preparação preliminar aos mesmos, e os “especialistas” cujo trabalho era o de “acabamento” das referidas pedras, dando corte, formato e acabamento conforme o requerido na etapa final da construção. Esses últimos eram os mais qualificados do grupo de Maçons. Podemos dizer que eram verdadeiros artistas na arte de acabamento em pedras. Estes maçons é que foram chamados de “Freemasons”. Aparentemente esse nome foi usado nos primórdios dos Operativos. Bernard Jones esclarece que a palavra “free” tinha muitos significados e é difícil precisar qual deles foi utilizado no termo “Freemason”. Três deles serão dados a seguir: 1) “Free” pode indicar a pessoa que era imune a leis e regras restritivas, particularmente com a liberdade de ir e vir para diversos lugares, conforme a necessidade do seu trabalho. 2) Muitos Maçons de hoje acham que o termo foi aplicado originalmente, àquele fisicamente livre, que não era servo, muito menos um escravo. 3) O “Freemason” seria talvez aquele que trabalhava na pedra livre (free stone) que é um tipo de pedra calcárea, fácil de manusear, não muito dura.

PILULA MAÇÔNICA Nº21 LANDMARKS.

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Isto é um assunto sobre o qual se pode escrever páginas e mais páginas. Isso só para definir o que é um “Landmark”. Mais uma vez vou recorrer ao “Compendium” do ilustríssimo Ir.:Bernard Jones. Landmarks podem ser definidos como “aquelas coisas que, sem a aceitação pela Maçonaria, a mesma deixa de ser a Maçonaria”. Nos antigos tempos, citados na Bíblia, terras planas sem marcações evidentes, marcas (landmarks) de contornos e limites eram de grande importância, e grandes esforços eram feitos devido a necessidade de respeitá-los. O Deuteronômio XXVII, 17 menciona: “maldito aquele que remover as marcas (landmarks) de seu vizinho”. Provérbios XXII, 28 temos: “Não remover as antigas marcas (landmarks) que foram fixadas por seus pais”. Portanto, é dessa idéia bíblica de algo que não deve ser removido, que o antigo conceito Maçônico foi erigido. Melhor do que a idéia de uma elevada quantidade de “marcas”, fixadas, das quais condutas devam ser tomadas e seguidas. O termo “landmarks” é encontrado em todos os Graus Simbólicos, nos quais sempre é mencionado a necessidade imperativa de obedecê-los. Mesmo a Grande Loja Unida da Inglaterra, enquanto possuir o poder de ditar certas leis e regulamentos, deve estar sempre atenta para que os Antigos Landmarks sejam preservados. Definições específicas podem ser dadas; 1-

Princípios que tem existido desde tempos imemoriais, em leis escritas ou não, os quais são identificados como a

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essência e forma da Ordem; os quais a grande maioria dos membros concorda, que não podem ser mudados, e os quais cada Maçom é compelido manter intactos, sob as mais solenes e invioláveis penalidades. 2-

Um limite fixado para checar qualquer inovação.

3-

Uma parte fundamental da Maçonaria que não pode ser mudada sem destruir a identidade da Maçonaria.

Usos e costumes já aceitos por longo tempo, NÃO são necessariamente Landmarks. Observando isso, muitas listas feitas por diversos autores Maçônicos, como exemplo Albert Gallatin Mackey, seriam reduzidas nos seus itens. Sobre isso deve ser lido a Obra do nosso querido Ir.:Jose Castellani “Consultório Maçônico” onde é feito um “pente fino” sobre os 25 itens do Mackey, e de outros, e fica claro que, pelas definições obtidas, nem tudo que está lá, é Landmarck. É uma pena que pessoas capazes como nosso Ir.;Castellani, tenha que primeiro morrer para depois ser reconhecido. A inveja e o egoísmo não tem limites (nem landmarks).

Finalizando, um escritor americano disse que “Landmarck é algo que, sem o qual, a Maçonaria não pode existir, e determina os limites até onde a Grande Loja Unida da Inglaterra pode ir. Alguma coisa na Maçonaria que a GLUI tem o direito de mudar, NÂO é um Landmark.

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O teste é: poderia a Maçonaria permanecer essencialmente a mesma se algum particular princípio for removido?

PILULA MAÇONICA Nº 22 COMPANHEIRO E COMPANONNAGE NA MAÇONARIA É sabido que, até o ano de 1738, quando houve a revisão da Constituição de Anderson feita em 1723, havia somente dois graus na Maçonaria: o Entered Apprentice (vide Pílula Maçônica nº 8) que é o nosso APRENDIZ e o Fellow Craft que é o nosso COMPANHEIRO. O grau de Master, que é o nosso MESTRE, apareceu somente após 1738, como mencionado, inclusive com o aparecimento da Simbologia, Alegorias, Lendas, etc, que na fase Operativa da Maçonaria não existiam, mesmo porque nessa fase, a Maçonaria era muito ligada à Igreja Católica e isso não era permitido. Por sua vez, o COMPANONNAGE, era uma Associação de Trabalhadores de uma mesma profissão que tinha, também, uma assistência mútua, e era requisitada pelos Cavaleiros Templários, para construção e/ou reconstrução de suas fortalezas ( quem tiver oportunidade visite a fortaleza de Tomar em Portugal) e seus membros também eram chamados de “companheiros”. E como escreveu nosso pranteado Mestre Ir.:Castellani, no livro Cartilha do Companheiro: “não se deve, todavia, confundir o Grau de Companheiro Maçom, com o Companonnage – associação de companheiros – surgido na Idade Média, em função direta das atividades da Ordem dos Templários...e existente até hoje, embora sem as mesmas finalidades da organização original, como ocorre, também, com a

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Maçonaria. O Companonnage foi criado porque os Templários necessitavam, em suas distantes comendadorias do Oriente, de trabalhadores cristãos; assim organizaram-nos de acordo com sua própria doutrina, dando-lhes um regulamento chamado Dever. E esses trabalhadores construíram formidáveis cidadelas no Oriente Médio e, lá, adquiriram os métodos de trabalho herdados da Antiquidade, os quais lhes permitiram construir, no Ocidente, as obras de arte, os edifícios públicos e os templos góticos, que tanto tem maravilhado, esteticamente, a Humanidade”.

PILULA MAÇONICA Nº 23 APRENDIZ PODE FALAR EM LOJA? É sabido que, em muitas Lojas por nós conhecidas, os Aprendizes estão proibidos de se manifestarem na “Palavra ao Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular”. Não é o caso, felizmente, dos Aprendizes pertencentes às Lojas da ABBM. Mas, para sabermos o que é correto, referente a esse assunto, vamos recorrer mais uma vez, ao Mestre José Castellani, resumindo e usando nosso palavreado, o que nos diz, em seu livro “Consultório Maçônico – VIII”. “essa proibição não é constitucional nem regimental. Tradicionalmente, sabe-se que as sociedades iniciáticas, geralmente de cunho religioso, nas quais os Neófitos limitavam-se durante um certo tempo, a ouvir e a aprender. “Era o caso do Mitraismo persa – culto do deus Mitra, o Sol – que era composto de sete etapas; na primeira o neófito era o Corvo, por que o corvo, no

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Mitraismo, era o servo do Sol e porque ele pode imitar fala, mas não criar idéias próprias, sendo assim, mais um ouvinte, do que um participante ativo. Idem para as Escolas Pitagóricas, onde existiam três etapas: Ouvintes, Matemáticos e Físicos”. “em Maçonaria, todavia, não existe essa tradição, mas, sim, o Simbolismo. Ou seja, simbolicamente, o Aprendiz é uma criança, que não sabe falar, mas só soletrar. Isto é simbólico e não pode ser levado ao pé da letra. O Aprendiz pode e deve falar em assuntos inerentes ao seu Grau, ou nos que interessem a comunidade, de maneira geral”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 24 LUZES Este é um assunto muito controverso, pois como é subjetivo, diversas opiniões são dadas, por diversos autores. Estou considerando o que há de mais razoável em uma série de livros considerados como “sérios” da Maçonaria. Segundo o grande Mestre Nicola Aslan, no seu “Dicionário Enciclopédico”: “em Maçonaria, a palavra Luz tem um significado de Verdade, Conhecimento, Ciência, Saber, instrução e prática de todas as virtudes. Diz-se que um profano “recebe a luz”, quando é Iniciado”. Mackey, na sua “Enciclopédia”, escreve: “Luz é uma palavra importante do sistema maçônico, transmitindo um sentido mais longíquo e oculto do que geralmente pensa a maioria dos leitores. É, de fato, o primeiro de todos os Símbolos apresentados ao Neófito e que continua a ser-lhe apresentado na carreira

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maçônica. Os maçons são enfaticamente chamados de “filhos da Luz”, porque são, ou pelo menos são julgados possuidores do verdadeiro sentido do Símbolo; ao passo que os profanos, os não Iniciados, que não receberam esse conhecimento, são, por uma expressão equivalente, considerados como estando nas trevas”. São consideradas, na Maçonaria inglesa principalmente, dois tipos de “Luzes”: as Luzes Emblemáticas da Maçonaria e as Luzes Simbólicas da Loja. As Luzes Emblemáticas se dividem em duas: - Luzes Maiores, que são a Bíblia, o Esquadro e o Compasso. - Luzes Menores representado pelo Venerável Mestre, pelo Primeiro Vigilante e pelo Segundo Vigilante. As Luzes Simbólicas da Loja são as velas, ou lâmpadas, que são acessas durante as Lojas: três para o grau de Aprendiz (uma no Oriente, uma no Ocidente e outra no Meio-Dia), cinco para o grau de Companheiro (três no Oriente, uma no Ocidente e uma no Meio-dia) e nove para o grau de Mestre (.três no Oriente, três no Ocidente e três no Meio-Dia). O assunto pode ter controvérsias, mas me parece que essa explanação do Mestre Castellani é bem razoável e muito “pé no chão”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 25 IDADE DA MAÇONARIA Não existe, realmente, uma data que possa ser dada como a data de origem da Francomaçonaria.

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Entretanto, sem dúvidas, pode ser dito, que ela se desenvolveu, paralelamente, nos países da Europa e nas Ilhas Britânicas durante a Idade Média. A Maçonaria atual, chamada Especulativa, também, sem duvidas, se desenvolveu nas Ilhas Britânicas (Escócia, Irlanda e, principalmente, na Inglaterra) e se espalhou para a Europa e restante do Mundo. Um dos primeiros registros escritos conhecido hoje em dia, é o Manuscrito de Halliwell ou Poema Regius escrito em torno de 1390 da nossa era. Muitos dos nossos Símbolos Maçônicos vieram da Maçonaria Operativa dos tempos Medievais. Existe a “Carta de Bolonha”, menos conhecido, mais antigo do que o citado acima, datado de 1248. Lá é citado que haviam “Sociedades de Mestres Maçons e Carpinteiros” em anos anteriores à data mencionada. Esse documento é conservado até hoje no Arquivo do Estado de Bolonha. A Maçonaria Moderna, dita Especulativa, como é hoje conhecida, data da formação da Grande Loja de Londres e Westminster, posteriormente, Grande Loja Unida da Inglaterra, a qual foi originada em Londres em 1717. Do século precedente a essa data, existem amplas evidencias da existência de Lojas Operativas, e durante os anos que antecederam 1717, essas Lojas Operativas mudaram gradualmente suas características, com a introdução de pessoas que não eram Maçons pela profissão e eram chamados de NãoOperativos ou Especulativos. Eram os Aceitos. O Ritual das Lojas Operativas era de característica bastante elementar, consistindo em o Candidato ser obrigado a se sujeitar “ao livro de deveres e obrigações” “the Book”, mantido pelos membros mais antigos (Elders), e concordar com as

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Obrigações (Charges) lidas para ele. Levou muitos anos até o Ritual ter o conteúdo e a forma que tem hoje e, de acordo com referencias e informações disponíveis, ele assumiu a presente forma em torno de 1825. Concluindo, de acordo com escritores sérios, incluindo o pessoal da Loja Quatuor Coronati, parece não haver dúvidas que a Maçonaria se originou na Idade Média (opinião inclusive do Mestre Castellani). É temeroso, por falta de provas e evidências concretas, afirmar que a Maçonaria deve origem na época do Rei Salomão, nos Antigos Egípcios, nos Essênios, etc, etc. Uma drástica distinção deve ser feita entre a Ordem Maçônica, como uma organização, e as Lendas e Tradições, através das quais os ensinamentos da Ordem são ensinados. Para bom entendedor, meia palavra basta. Para os fanáticos, uma Enciclopédia é insuficiente. PILULA MAÇÔNICA Nº 26 “Teísmo” , “Deísmo” e “Agnosticismo” Teísmo : é a doutrina de um Deus, Eterno, auto suficiente, Onisciente, Onipresente, impregnando toda a criação, Criador, Preservador, Protetor, e Benfeitor de todas as coisas e do Homem. É a negação, o oposto do ateísmo – a doutrina na qual não há nenhum Deus. Idem para o politeísmo – doutrina na qual se tem muitos deuses e mesmo do Deísmo, cuja definição vem no parágrafo abaixo. Deísmo : é a crença em Deus, com base somente na Natureza e na Razão. Ela rejeita a revelação sobrenatural e todos os elementos sobrenaturais de uma religião. Desse modo, é um sistema ou atitude dos que, rejeitando toda espécie de revelação divina, e portanto a autoridade de qualquer igreja, aceitam,

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todavia, a existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderá ou não haver influído na criação do Universo Muitos “livres pensadores”, principalmente da Inglaterra e da França na época do século XVI e XVII foram classificados como deístas. Percebe-se claramente que na realização da primeira edição do Livro das Constituições do reverendo James Anderson, em 1723, há uma tendência de abandono ao cristianismo, liberando as crenças e o pensamento, quando afirma que “Um maçom fica obrigado por ocasião de seu ingresso, a obedecer a Lei Moral e se ele entender corretamente a Arte, ele nunca será um ateu estúpido, e nem tampouco um libertino irreligioso. Porque desde os "tempos imemoriais", os maçons eram obrigados, em todos os países, a seguir a religião de seu país de origem, qualquer que ela fosse; mas atualmente o maçom é obrigado a ter aquela religião, com que todos ou a maioria concorda....” .

Agnosticismo : doutrina que ensina a existência de uma ordem de realidade incognoscível. Tem posição metodológica pela qual só se aceita como objetivamente verdadeira uma proposição que tenha evidencia lógica satisfatória. Mantém a atitude que considera a metafísica como algo fútil. É diferente do Ateísmo que é a doutrina (se é que pode ser assim chamada) daqueles que não crêem em Deus ou nos deuses. São ímpios, não tendo fé em nada. Incrédulos.

PILULA MAÇÔNICA Nº 27 A letra “G” Muitas das informações abaixo relatadas foram tiradas da Coil´s Masonic Encyclopedia.

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A letra “G” é um símbolo bem conhecido na Francomaçonaria, apesar de não ser muito antigo. A época em que foi adotado é desconhecida, mas, provavelmente, não foi muito antes do meio do século XVIII. Não derivou das Constituições Góticas nem das Old Charges ou de qualquer outro manuscrito do tempo dos Maçons Operativos. Não foi mencionada em nenhum ritual antigo, anterior ao de Samuel Prichard – A Maçonaria Dissecada – de 1730. Assim mesmo, nesse último, o seu significado não estava totalmente desenvolvido. Esse foi o primeiro Ritual exposto que dividia os trabalhos da Maçonaria em três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. É surpreendente que somente depois de 1850, aproximadamente, que a letra “G” começou aparecer no meio do Compasso e do Esquadro entrelaçados, como se vê hoje em dia em distintivos de lapela ou emblemas. E é suposto que tenha sido originado por projeto de algum criativo joalheiro e não por ação de alguma autoridade Maçônica. Anteriormente a essa data, sempre eram vistos a letra “G” num lugar e o Compasso e Esquadro em outro. Se refletirmos um pouco sobre esse “ajuntamento”, algo nos alertará que isso é uma incongruência, pois o lugar da letra “G” é suspensa, acima do 2º Vigilante (REAA) no Ocidente e o Compasso e o Esquadro estão sempre no Oriente. Além de que, os últimos mencionados são “Grandes Luzes” e a letra “G” não é. Percebe-se que o significado do símbolo não é esotérico, pois o mesmo é exposto em lugares público nos Templos, fazendo parte da decoração dos mesmos. Alguns pesquisadores acham que a letra “G”, nos locais onde a língua é de origem inglesa ou mesmo

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grega, simboliza Deus (God). Creio que o mesmo não se aplica em locais onde a língua é de origem latina. Mackey em sua “Enciclopédia” nos esclarece o que segue: “Não há dúvidas que a letra G é um símbolo moderno, não pertencendo a nenhum antigo sistema de origem inglesa. É, de fato, uma corruptela de um antigo símbolo Cabalístico Hebreu, a letra “yod”, pela qual o sagrado nome de Deus – na verdade o mais sagrado nome, o Tetragramaton – é expresso. Esta letra “yod” é a letra inicial da palavra “Jehovah” , e é constantemente encontrada entre os escritos Hebreus, como a abreviação ou símbolo do mais santo nome, o qual, sem a menor dúvida, não pode nunca ser escrito por inteiro. Primeiramente adotada pelo Cerimonial Inglês e, sem mudanças, foi transferida para a Maçonaria do Continente e pode ser achada como símbolo nos Sistemas Maçônicos da Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal, e em todos os outros paises onde a Maçonaria foi introduzida.” Muitas vezes nos vem em mente a pergunta: por que a letra “G” só aparece no Segundo Grau? A resposta é relativamente simples. É aceitação geral que o significado da letra “G” é “Geometria”. O Segundo Grau, de Companheiro, relaciona-se com os mistérios da Natureza e da Ciência, sendo aí o lugar correto para a Geometria. E a título de informação, sabe-se que o Segundo Grau foi consideravelmente modificado entre 1730 e 1813 para trazer mais harmonia entre o Primeiro e o Terceiro Grau.

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Maçonaria e os Antigos Mistérios Egípcios Muitas vezes nós lemos ou ouvimos afirmativas que a Maçonaria atual teve origem nos antigos Mistérios Egípcios. A Maçonaria Especulativa derivou das Lojas dos Maçons Operativos da Idade Média. Não será possível aqui rever toda a História, mas a opinião Maçônica reputável é que não há fundamento para a alegação que nós tivemos nossa origem nos antigos Mistérios Egípcios. É sabido que não muitos anos atrás esta versão de nossa origem era largamente mantida entre experimentados e zelosas Maçons. Entretanto, na certeza pode ser declarado que, para autênticos historiadores, não há nenhuma evidencia direta conhecida que possa ser aceita, fazendo a conexão. Vejam o que nos diz Mestre Euletério Nicolau da Conceição: “Da mesma forma como os antigos construtores procuravam suas origens fazendo-as remontar primeiro ao construtor da Torre de Babel e depois a Salomão e seu templo, alguns dos novos maçons queriam vincular sua instituição às antigas filosofias religiosas dos Orientes próximo e distante. As interpretações de origem mística acrescentadas compõem uma verdadeira colcha de retalhos simbólico/filosófica que podemos chamar de sincretismo maçônico e que foi penetrando, sendo aceito e incorporado em diferentes graus nos países para onde a Maçonaria se expandiu. O que a maioria dos autores que abordam este tema parece não compreender é que, quando descrevem os ritos egípcios, estão falando de específicas manifestações filosófico/religiosas dos egípcios, não da Maçonaria. O que existe de comum entre a Ordem Maçônica e aquelas antigas manifestações religiosas é, em certa proporção, o método iniciático e alguns elementos simbólicos, mas a Maçonaria não

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constitui, de maneira alguma, uma versão atualizada daquelas organizações”. Nicola Aslan, abordando o mesmo tema, acrescenta: “Dentro da vasta bibliografia...constam as obras de escritores que foram buscar o berço da Maçonaria nas mais variadas e inesperadas sociedades da antiguidade, do Egito, da Grécia e de Roma. Nela encontramos obras vinculadas as hipóteses mais espetaculares, tornando a Ordem Maçônica a herdeira e sucessora dos pitagóricos, essênios,iniciados nos mistérios, albigenses, maniqueus e até mesmo templários. Contudo, são meras hipóteses que não conseguem resistir a um exame mais sério”. Brethren, depois do exposto, que cada um tire suas conclusões.

PILULA MAÇÔNICA Nº 29 Estágios da Evolução da Maçonaria

Nosso Ir.:Douglas Knoop, famoso historiador Maçônico, num de seus trabalhos para a Loja Quatuor Coronati da Inglaterra, expressa a opinião dele, descrevendo qual parece ter sido a evolução que uma Loja Maçônica sofreu através dos tempos. Ele dividiu essa evolução em três estágios descritos abaixo. “1) Lojas Operativas: organizações permanentes desempenhando certas funções profissionais. Entre os membros, poderia ter havido alguns “Não-Operativos” mas que não podiam se manifestar e desse modo, os “Não-Operativos” não exerciam nenhuma influência nos trabalhos e na política da Loja.

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2) Lojas de Maçons Aceitos: nos séculos XVII e XVIII, em Lojas ocasionais ou semi- permanentes, eles seguiam as práticas em voga principalmente nas Lojas Operativas Escocesas, ou seja, a leitura de uma versão das “Old Charges”, junto com as formalidades, associada com a comunicação da “Palavra do Maçom” (Mason Word). Tais Ritos de “Aceitação”, juntamente com as devidas Cerimônias, sofreram um gradual processo de modificação, e é impossível dizer exatamente em que estágio eles deixaram de ser “Aceitos” e se tornaram “Especulativos”. O principal interesse dos Maçons Aceitos era, provavelmente, a antiqüidade da Loja. 3) Lojas de Maçons Especulativos: nas quais, a leitura dos Antigos Deveres (Old Charges) e a prática de alguns usos incipientes e frases associadas com o fornecimento da Palavra do Maçom (Mason Word) tem sido quase que inteiramente substituídas pelo ensinamento de um peculiar”Sistema de Moralidade, velado em Alegorias e ilustrado por Símbolos”. A característica fundamental dessas Lojas é “Moralização” usando a expressão do Bro Rylands.”

Como foi dito acima, essa é a opinião desse estudioso maçônico, que após diversas pesquisas, chegou a essa conclusão exposta. Insistimos na palavra “opinião”, pois certeza mesmo, ninguém tem sobre este assunto.

PILULA MAÇÔNICA Nº 29 Estágios da Evolução da Maçonaria Nosso Ir.:Douglas Knoop, famoso historiador Maçônico, num de seus trabalhos para a Loja Quatuor Coronati da Inglaterra, expressa a opinião dele, descrevendo qual parece ter sido a evolução que uma

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Loja Maçônica sofreu através dos tempos. Ele dividiu essa evolução em três estágios descritos abaixo. “1) Lojas Operativas: organizações permanentes desempenhando certas funções profissionais. Entre os membros, poderia ter havido alguns “Não-Operativos” mas que não podiam se manifestar e desse modo, os “Não-Operativos” não exerciam nenhuma influência nos trabalhos e na política da Loja. 2) Lojas de Maçons Aceitos: nos séculos XVII e XVIII, em Lojas ocasionais ou semi- permanentes, eles seguiam as práticas em voga principalmente nas Lojas Operativas Escocesas, ou seja, a leitura de uma versão das “Old Charges”, junto com as formalidades, associada com a comunicação da “Palavra do Maçom” (Mason Word). Tais Ritos de “Aceitação”, juntamente com as devidas Cerimônias, sofreram um gradual processo de modificação, e é impossível dizer exatamente em que estágio eles deixaram de ser “Aceitos” e se tornaram “Especulativos”. O principal interesse dos Maçons Aceitos era, provavelmente, a antiqüidade da Loja. 3) Lojas de Maçons Especulativos: nas quais, a leitura dos Antigos Deveres (Old Charges) e a prática de alguns usos incipientes e frases associadas com o fornecimento da Palavra do Maçom (Mason Word) tem sido quase que inteiramente substituídas pelo ensinamento de um peculiar”Sistema de Moralidade, velado em Alegorias e ilustrado por Símbolos”. A característica fundamental dessas Lojas é “Moralização” usando a expressão do Bro Rylands.” Como foi dito acima, essa é a opinião desse estudioso maçônico, que após diversas pesquisas, chegou a essa conclusão exposta. Insistimos na palavra “opinião”, pois certeza mesmo, ninguém tem sobre este assunto. PILULA MAÇÔNICA Nº 30

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Maçonaria e Religião A Maçonaria, dita Especulativa, redigiu as famosas “Constituições” em 1723, tendo como principais mentores o Reverendo Anderson, que era pastor protestante e “Doutor em Divindade” e o teólogo da época, Jean Theophile Desaguiliers, que era Capelão do Príncipe de Gales. É interessante de se notar que a Maçonaria Operativa cresceu e prosperou sob o patrocínio e controle da Igreja Católica Romana e os dois Maçons acima descritos, apesar de possuírem pensamentos teológicos definidos, exigiram que a Maçonaria tivesse somente “um princípio Criador”, que denomina “Grande Arquiteto do Universo”, sem nada acrescentarem sobre reencarnação, ressurreição, inferno, paraíso, etc, etc, etc. Nosso Mestre Eleutério Nicolau da Conceição, no seu livro “Maçonaria”, pg 88, nos explica: “a razão é simples: a nova instituição que estava sendo moldada a partir da antiga guilda de pedreiros tinha como princípio fundamental a fraternidade – acima das divisões humanas, tendências políticas, filosóficas ou religiosas. Se optassem por uma das definições teológicas já existente na época, estariam filiando a Maçonaria à instituição que emitira aquele conceito, e desse modo, afastariam todos aqueles que pensassem de maneira diferente; se propusessem uma nova concepção, estariam dando à Ordem os contornos de uma nova religião, e assim afastariam também os sinceros adeptos de todas as outras. Como nos ensina o Landmark 21 (Mackey), a Maçonaria jamais pretendeu ser uma religião, ou favorecer qualquer daquelas já existentes. Simplesmente deixa a seus membros a decisão de escolherem o caminho religioso que mais lhe agradar. O princípio de proibir discussão de religião e política dentro dos trabalhos de Loja deve-se à necessidade de

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evitar confronto de idéias, que pela sua natureza envolvente venham a suscitar animosidades que acabem por prejudicar a harmonia e fraternidade das reuniões, porquanto questões religiosas e políticas tem sido historicamente motivadoras de sangrentos conflitos, às vezes entre pessoas de uma mesma nação. Assim, enquanto não se alinha com qualquer das religiões já existentes, a Maçonaria também não deseja apresentarse como sendo uma possível substituta. Não existe no pensamento maçônico a pretensão de apresentar a instituição como detentora de verdades mais amplas, superiores e profundas do que aquelas das religiões, sendo portanto, desprovido de significado falar-se de “Deus maçônico”, ou de “conceito maçônico de Deus”. Contudo, mesmo sem desenvolver qualquer teologia, os landmarks estabelecem a importância fundamental de estar o Maçom vinculado a uma religião que admita um princípio criador, cuja caracterização, entretanto, é função dessas religiões, não da Maçonaria.” Portanto, aos fanáticos religiosos, e a todos aqueles que acham que “Maçonaria” é a palavra mágica que resolve todos os problemas do mundo, fique claro que a Maçonaria, em termos de religiosidade tem suas normas bem definidas, conforme explicado acima.

PILULA MAÇÔNICA Nº 31 LÚCIFER A palavra LÚCIFER tem uma origem tremendamente simples. Entretanto, foi e é fruto dos “oportunistas” religiosos que, normalmente visando obtenção de bens materiais, se aproveitavam e se aproveitam da ignorância das pessoas. Desse modo, devido à convenientes interpretações, tem essa palavra, hoje, diversos significados.

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A origem correta é: portador(a) da luz (do Latim lucis = luz e ferre = carregar, portar, trazer. Idem para o grego heosphoros), e era o nome dado ao planeta Vênus, que é visível antes do alvorecer e que, simbolicamente, seria o portador da luz do Sol que em breve estaria brilhando. Segundo o pesquisador iconográfico Luther Link, Isaias, na Bíblia fez uma designação descritiva aplicada a uma metáfora referente aos excessos de um “rei da Babilônia”, e não a uma entidade em si: “Como caíste do céu, o Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante” Isaias não estava falando do Diabo. Usando imagens possivelmente retiradas de um antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei babilônico. (Wikipédia) Aproveitemos as informações dessa Enciclopédia: “A expressão hebraica (heilel ben-shahar) é traduzida como “o que brilha”. A tradução “Lúcifer” (portador de luz), deriva da Vulgata latina de Jerônimo e isso explica a ocorrência desse termo em diversas versões da Bíblia. Mas alguns argumentam que Lúcifer seja satanás e por isso, também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Arcanjos. Assim, muitos nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan, Adversário). Os judeus o chamam de heilel ben-shachar, onde heilel significa Vênus e benshachar significa "o luminoso, filho da manhã". Alguns judeus interpretam Lúcifer como uma referência bíblica a um rei babilônico. Mais tarde a tradição judaica elaborou a queda dos anjos sob a liderança de Samhazai, vindo daí a mesma tradição dos padres da Igreja.

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Segundo a igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Arcanjos. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus,"O Homem", e revoltou-se contra o Altíssimo. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos corrompidos; já os anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper a mais magnífica das criaturas mortais feitas por Deus, o homem; do outro lado Deus, os anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra as forças do Mal (personificado em Lúcifer). Que maior vitória obteria o Anticristo frente a Deus do que corromper e condenar as almas dos humanos aos infernos, sua morada verdadeira?” Abrindo um parenteses: dá para se perceber que a imaginação do ser humano não tem limites. Anjo... Arcanjo...o mais forte e belo dos Arcanjos...auxiliares de Deus...Caramba! é interessante como se dá um “comportamento totalmente humano” à Deus e muitos aceitam como se fosse a coisa mais natural do mundo! Na Enciclopédia do Mestre Nicola Aslan temos: “Entre os cristãos, esse nome acabou por ser aplicado ao espírito do Mal. Esta denominação nasceu, em certos Padres da Igreja, por alusão a várias passagens de Isaias...em que o profeta anuncia a queda do rei da Babilonia e o assombro que ela causa, nestes termos – Como é que caiste do céu, tu, Lúcifer, astro da manhã? – Os padres aplicaram a palavra ao demonio, anjo caído.” Sem mais comentários.

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Comportamento Ritualístico Existem normas básicas para postura e comportamento em Loja. Abusando e usufruindo mais uma vez dos conhecimentos do Mestre Castellani, vamos ver o que ele escreveu no seu “Consultório Maçônico” editado pela Trolha: Em Lojas Simbólicas, em qualquer Grau e em qualquer Rito, nosso comportamento ritualístico deverá ser: 1- NÃO SE FAZ SINAL DE ORDEM, QUANDO EM CIRCULAÇÃO, pois só em pé e parado é que o Maçom pode fazer o Sinal. A exceção é a “Marcha do Grau”, para entrada no Templo. Fora disso, tanto a circulação dos Irmãos que circulam por dever de oficio, quanto a dos demais que a fazem esporadicamente, deve ser feita sem Sinal. 2- NÃO SE FAZEM OS SINAIS COM INSTRUMENTO DE TRABALHO e isso vale tanto para o Sinal de Ordem quanto para saudação. Assim, Veneráveis e Vigilantes, na abertura e fechamento dos trabalhos, devem deixar os malhetes sobre suas mesas, fazendo os Sinais com as mãos, só usando os malhetes para as baterias. Da mesma forma, os demais portadores de instrumentos (espadas, bastões) não devem usá-los para Sinais. 3- QUANDO SENTADOS, OS IRMÃOS NÃO FAZEM SINAIS DE ESPÉCIE ALGUMA, pois vale repetir, só em pé e parado é que o Maçom pode fazer sinais. Assim é errado os Veneráveis e Vigilantes responderem à saudação com o Sinal, devendo limitar-se a um simples aceno, com inclinação da cabeça. Estão também, duplamente errados, os Veneráveis e Vigilantes que fazem Sinais como os Malhetes e estando sentados; isso, ritualisticamente, é horrível, mas ocorre,

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infelizmente, na maior parte das Lojas. A única exceção a essa regra é o Banquete Ritualístico. 4PILULA MAÇÔNICA Nº 33 Como Entender e Estudar o Simbolismo Deve ser lembrado, antes de mais nada, que o Maçom deve ter um comportamento essencialmente pratico em suas ações e idéias, principalmente quanto à origem de certos objetos ligados à Maçonaria. Em outras palavras, uma explanação simples e obvia de um símbolo Maçônico, é preferível a uma explanação fantástica, altamente imaginativa ou romântica. Seis pontos devem ser considerados: 1A Ordem (Francomaçonaria) tem origem nas Guildas Maçônicas na fase Operativa, na Idade Média. 2As várias referências Egípcias e Orientais nos rituais maçônicos representam acréscimos ou adições, feitas de tempos em tempos nos rituais originais, mais antigos. 3O Simbolismo só se transformou em algo proeminente, notório, na Maçonaria, em tempo passado, relativamente curto. 4A posse de nossos Símbolos por outros corpos organizacionais, Sociedades e Ritos, e vice-versa, não indica, por si, nenhuma conexão entre essas organizações e a Maçonaria, ou, de nenhuma maneira, indica a origem da nossa Ordem Maçônica. 5A influência que possa ter existido na Maçonaria, de Rituais de antigos Ritos Iniciáticos, na certeza, não ocorreu antes da terceira década do século XVIII.

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6Com respeito a alguns Maçons que acham que a Maçonaria é derivada dos “mistérios” do Antigo Egito e que todos nossos símbolos são de origem egípcia, deve ser ficar esclarecido que esses “mistérios” não são bem conhecidos e muitos deles estão totalmente perdidos. Finalmente deve ser dito que alguns objetos encontrados na Maçonaria, que numa primeira visão parecem ser Símbolos Maçônicos, mas que, com uma analise mais rigorosa, veremos que não são. É necessário o devido cuidado para distinguir entre genuínos Símbolos Maçônicos daquelas coisas chamadas “Símbolos”, devido uma fértil imaginação e/ou um super entusiasmo maçônico. (livre tradução de livros ingleses e neo-zelandeses)

PILULA MAÇÔNICA Nº 34 Tenha orgulho de ser Maçom! O candidato quando é Iniciado, Elevado e Exaltado, fica enlevado com as “histórias” mostradas nos Rituais, baseadas na Bíblia. Fica encantado com os fatos enevoados ligando a Maçonaria com os acontecimentos Bíblicos. Fica convencido e soberbo de saber que, como Maçom, é um descendente direto dos construtores do Templo do Rei Salomão! De Aprendiz passa para Companheiro e depois para Mestre e, raramente, pergunta quem planejou o Templo ou quem acompanhou todos os trabalhos feitos em ouro, prata e pedras preciosas. Quem esculpiu, quem decorou as obras de arte. Fica plenamente satisfeito em saber que tudo foi feito por Hiram, que era o filho de uma viúva da tribo de Naftali. Com o passar do tempo, ele lê alguns livros maçônicos idôneos, e fica assombrado e chocado ao

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aprender que, sem dúvida alguma, os atuais Maçons são descendentes dos construtores das catedrais, na Idade Média, da Inglaterra, Alemanha, França, etc, etc. Seu panorama mental sobre a Maçonaria fica nublado, seu orgulho fica abalado e sua admiração, contentamento no seu curto sonho maçônico fica minimizado. Isto é um retrato real e frequentemente ocorre! O que deve ficar claro para todos nós é que os Maçons não são descendentes de simples trabalhadores. Nossos ancestrais não eram simples talhadores de pedras, pedreiros, escultores, etc. Eles eram os maiores artistas, especialistas em trabalhar e construir em pedras na Idade Média. Poucos homens podem construir um galpão usando serrote, martelo e pregos. Mas, a maioria deles não consegue construir a sua própria moradia. Eles não sabem como ler uma planta. Eles nada sabem sobre resistência dos materiais. Eles nada sabem sobre códigos de construções. Para obter sua casa eles precisam empregar um arquiteto e um construtor, os quais tenham o conhecimento especializado requerido. Hoje em dia nós temos a eletrônica e os computadores, mas na Idade Média, todo esculpido era obra da experiência e da habilidade manual. Não havia livros e desenhos especializados. Mesmo hoje, as modernas construções dificilmente se igualam na beleza das proporções, no vigor, na suntuosidade e na magnificência das Catedrais, dos Castelos, dos Mosteiros, das Abadias feitas pelos Mestres Construtores dos quais a Maçonaria é descendente. Pessoas simples não fariam esse tipo de construção, cuja estrutura, grandeza, resistência e

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beleza, desafiam os séculos, nas intempéries e nas guerras. Nossa Ordem escolhe hoje em dia, os futuros Aprendizes, com bastante critério. Os construtores de Catedrais da Idade Média também procuravam e escolhiam aqueles que tinham conhecimento, caráter e habilidade para aprender. Quando se tornavam Companheiros, tinham orgulho de seu trabalho. Sabiam que não podia falhar e davam o melhor de si, por toda sua vida. Não é este, para todos nós, o maior motivo de orgulho, em sermos descendentes desses homens especiais?

PILULA MAÇÔNICA Nº 35 GUILDAS E CORPORAÇÕES DE OFÍCIO A Idade Média, que vai do Século V ao Século XV, da nossa era, teve um período conhecido como Era do Obscurantismo, que apesar do nome, teve um desenvolvimento na agricultura, no comércio e na vida urbana. As cidades se desenvolveram, principalmente no final da Idade Média, e isso fez com que um grande número de artífices a elas se dirigisse e se associasse, formando primeiramente as Guildas e depois as Corporações de Oficio. Conforme nos esclarece o Ir.: Joaquim R.P.Cortez, em “Maçonaria, Origem, Teoria e Prática”, a definição de Feudo seria: “Um marco tradicional nesse período, é a concentração de algumas atividades dentro e nas proximidades de um castelo. Estes são geralmente de pedras, bastante fortificados, empoleirados nos altos de um morro para permitir uma visão privilegiada de seus arredores, muitas vezes cercados por um fosso e

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pertencentes a um senhor local. Neles se concentram todos os materiais necessários à guerra ou à sua própria defesa. Temos, então, perfeitamente delineado o feudo, com o seu senhor, o seu castelo e sua área de dominio. À volta desses lugares fortificados, e que se tornaram pontos de referência, passou a se acumular um agrupamento humano que prestava serviços ao castelo. Esses foram os primeiros núcleos de formação das cidades. Com a derrocada do Feudalismo, houve um constante deslocamento das populações, que se viram livres dos trabalhos nos campos, para as aglomerações urbanas que passaram a experimentar uma época de grande crescimento.” A pesquisadora Anne Fremantle nos esclarece no seu livro “A Idade da Fé”: “Cresciam as cidades e cresciam as Guildas, que eram associações formadas pelos comerciantes e artesãos. O diretório das Guildas, escolhido por eleição, esforçava-se para manter a boa qualidade e preços dos produtos locais. Uma prova do seu crescente poder pode ser dada, por exemplo, pelo monopólio usufruído pelos tintureiros de Derby, na Inglaterra, onde ninguém podia tingir panos até a distância de dez léguas de Derby, senão em Derby.” Durante o decorrer da Idade Média, as Guildas foram evoluindo passando para Corporações de Mercadores, posteriormente para Corporações de Artífices e, nos primórdios do Renascimento, transformou-se em Corporações de Oficio. O pesquisador Edward McNall Burns em “História da Civilização Oriental”, nos deixa bem claro esses eventos, relatando o segue abaixo. “Tanto as Corporações de Ofício como as de Mercadores, desempenhavam outras funções, além das relacionadas diretamente com a produção ou o

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comércio. Desempenhavam o papel de associações religiosas, sociedades beneficentes e clubes sociais. Cada corporação tinha seu santo padroeiro e seus membros comemoravam juntos os principais dias santificados e festas da igreja. Com a secularização gradual do teatro, as representações de milagres e mistérios* foram transferidas para a feira e as corporações assumiram o encargo de apresenta-Ias. Além disso, cada organização acudia as necessidades de seus membros que adoecessem ou se encontrassem em dificuldades de qualquer espécie. Destinavam fundos a socorrer viúvas e órfãos. Um membro que já não fosse capaz de trabalhar ou tivesse sido posto na prisão pelos seus inimigos, poderia contar com os colegas para ajuda-lo. Até as dívidas de um confrade sem sorte poderiam ser assumidas pela corporação se fosse sério o estado de suas finanças.” E, resumindo o que nos diz o Ir. Joaquim R.P.Cortez sobre a origem da Maçonaria Operativa, no seu livro a “Maconaria Escocesa” pg35-36 - Editora Trolha, do qual esta Pilula foi extraida: Nos diz que, no final da Idade Média, as Corporações de Oficio já estavam bastante evoluidas e cumpriam todas as suas finalidades.e haviam diversas Corporações de Oficio. A associação dessas Corporações poderia ter gerado a Maçonaria Operativa, crescendo e se aperfeiçoando com o passar do tempo. Qualquer outro ponto de origemda Maçonaria, fora das Corporações de Oficio, ao final da Idade Média, será, sem duvidas, mera suposição ou puramente lendário. PILULA MAÇÔNICA Nº 36 Loja Regular Segundo Mackey, na “Encyclopedia Freemansory” está definido o que segue abaixo:

of

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“uma Loja trabalhando sob autoridade de uma Carta Constitutiva legal, é dita regular. Essa palavra foi primeiramente usada nas Constituições de Anderson, em 1723.” Alec Mellor complementa: “a noção de Regularidade aplicase às Potencias, às Lojas e aos Maçons. Um Maçom é regular quando ele passa por uma Iniciação em uma Loja justa, perfeita e regular”. Percebe-se claramente que somente é “regular” a Potencia que tem a chancela da Inglaterra, ou então, a chancela da Maçonaria Norte Americana (que a Maçonaria Inglesa teve que aceitar, muito a contragosto). No mundo, hoje, conforme relatado no livro “Ramos da Acácia – Editora A Trolha”, existem dois blocos maçônicos: o “bloco regular” que são reconhecidos pela Grande Loja Unida da Inglaterra, ou pelas Grandes Lojas dos EUA, e o “bloco irregular”, no caso de não ser reconhecido. Desse modo, a Inglaterra, por ter sido a primeira obediência institucionalizada, arroga-se o direito de ser a única do poder de emitir Warrants de reconhecimento, aceitando, por tabela, que a poderosa Maçonaria Norte Americana, que também os emita. No Brasil, a única Potência Maçônica reconhecida pela Maçonaria Inglesa é o GOB ( em 06 de maio de 1935). As Grandes Lojas (1927) são tidas como “regulares” através das Grandes Lojas Americanas. E, para finalizar e para que cada um tire as suas próprias conclusões, vou citar mais um parágrafo do “Ramos da Acácia”, citado acima, na página 38: Na Maçonaria, a norma fundamental é a

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Constituição de Anderson (1723) e suas fontes são os Landmarks, institutos nos quais foi baseada. Os antigos postulados, as Old Charges, os Landmarks, são anteriores à norma fundamental (Constituições) e não expressam qualquer noção de submissão a qualquer instituição e nem mesmo nas Constituições inexistem afirmativas de que uma Loja Regular é aquela que pertença à Grande Loja de Londres. Portanto, a Maçonaria Regular, do ponto de vista LEGAL, é a que observa, imperativamente, os critérios tradicionais. Já a Maçonaria "Regular", politicamente, é aquela que tem o tratado de reconhecimento com a Grande Loja Unida da Inglaterra.

PILULA MAÇÔNICA Nº 37 Origem do REAA e do Supremo Conselho A Inglaterra, no fim da Idade Média, se antecipou do restante do “mundo” ocidental, tanto industrial como socialmente. Assim, enquanto a França, no século XVII, ainda tinha um regime absolutista de Direito Divino aos reis, ela já havia feito suas revoluções para liquidar esse regime. Durante o período de 1558 a 1603 ocorreu o reinado de Elizabeth I, da Dinastia Tudor, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, e como não teve descendentes, teve como sucessor Jayme I, da Dinastia Escocesa Stuart. Este tornou-se rei da Inglaterra Escócia e Irlanda, que havia sido submetida ao domínio inglês.O novo rei tornou-se impopular, forçando o exílio voluntário dos Ingleses, que migraram para as Colônias Americanas. Seu filho Carlos I reinou de 1625 até 1649 e era, também, absolutista. No fim desse período, começaram as guerras civis, e Carlos I foi executado.

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Tivemos um período de Republica, dirigida por um Conselho de Estado, presidido por Cromwell. O que é importante saber, é que a esposa de Carlos I, Rainha Henriette, juntamente com seu filho, Carlos II, refugiaram-se na França, e com todos os partidários e parasitas da Corte, porque ela era prima irmã do Rei Luiz XIV, na época Rei da França. Posteriormente, em 1660, Carlos II e seu filho Jaime II, voltaram a reinar na Inglaterra, pois os ingleses ficaram descontentes com Cromwell, até que no reinado de Jaime II, em 1688, houve a famosa Revolução Gloriosa e, novamente a Corte inglesa se refugiou na França. E, como nos relata Irmão Joaquim R.P.Cortez: ”Entende-se perfeitamente, a formação de diversos batalhões de tropas fiéis a eles e a formação de Lojas Maçônicas ligadas aos Regimentos Militares. Essas Lojas teriam sido o núcleo fundador da Maçonaria Escocesa. É evidente que essa Maçonaria, de Escoceses e Irlandeses, era totalmente desvinculada da Maçonaria Inglesas, mesmo porque, segundo consta, em seus encontros, sob sigilo maçônico, tramava-se a restauração dos Stuarts no trono inglês. Essa Maçonaria passou por uma série de transformações posteriores, ganhando um caráter elitista, aderindo a um grande misticismo e simbolismo, derivados do Hermetismo e Ocultismo, divulgando-se por toda a França. Com o aparecimento dos chamados “Altos Graus” e do primeiro Supremo Conselho, nos EUA em 1801, ela tomou um caráter internacional e difundiu-se para todo o mundo, transformando-se naquilo que conhecemos hoje por Rito Escocês Antigo e Aceito.” O Supremo Conselho do Grau 33. O Maçom André Michel de Ramsay, nascido na Escócia, sonhava alto e dizia ser aristocrata (apesar de não ser) e foi escorraçado da Maçonaria

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da Escócia, por insistir em criar graus cavalheirescos. Na França, realizou seu sonho e foi aristocratizado como Cavaleiro da Ordem de São Lázaro. Preparou um discurso em 1737, onde pretendia, de acordo com suas antigas idéias, aristocratizar a Maçonaria, reformulando-a com a adoção de um sistema de Altos Graus, ligando-a aos Templários e aos nobres das famosas Cruzadas. Não se sabe se ele leu ou não esse discurso, mas, aparentemente, a semente vaidosa dos Altos Graus estava plantada e, em 1754, em Paris, surgiu o Capítulo de Clermont, de curta duração, que propunha-se a desenvolver os Altos Graus na Maçonaria Conforme nos relata Mestre Castellani: “em 1758, a semente germinaria, e esse sistema “escocês”, em Paris, França, fundou o “Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente”, ou, conhecido como “Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém”. Nesse mesmo ano, o “Conselho” criou um Sistema de Altos Graus, num total de 25 graus. Em 1762, esse sistema foi oficializado e esses graus superiores foram chamados de “Graus de Perfeição” e essa escala de 25 graus foi chamada de “Rito de Perfeição” ou “Rito de Héredom”. Em 1761, o Maçom Etienne Morin, membro do Conselho, conseguiu autorização para fundar lojas de Altos Graus na América do Norte e isso foi feito. Entretanto, a Historia Maçônica nos conta que ele havia sido precedido, o que não impediu que esses Altos Graus, no Novo Mundo, progredissem e prosperassem. Entretanto, sem um poder moderador, para disciplinar e organizar o sistema, o mesmo se transformou num verdadeiro caos. Diante desse caos existente, um grupo de Maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, no estado de Carolina do Sul, por onde passa o Paralelo 33 da Terra, resolveu acrescentar alguns graus e criar o “Supremo Conselho do Grau 33” que, por ser o primeiro do mundo, denominou-se “Mother Council of

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the World”. Marcando o inicio de uma fase de organização e método de concessão dos Altos Graus. Esse primeiro Conselho adotou a divisa “Ordo ab Chao”, o ordem no caos que se havia transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem critério lógico, e sem que houvesse um poder organizador e disciplinador”. Conclusão. O Rito Escocês Antigo e Aceito é um Rito especial, o primeiro a ter seus Altos Graus e, principalmente, no que diz respeito às suas origens, pois é dito “Escocês” e nasceu, como vimos na França. Os seus Altos Graus teve o motivo de criação, muito provavelmente, devido à vaidades pessoais dos membros da aristocracia em busca de títulos, apesar que, outros historiadores achem outros motivos para tal. O que é importante considerar é que no seu nascimento, esse Rito era católico e o mesmo foi aristocratizado, motivos pelo qual a cor do Rito é vermelha (púrpura) que distingue os Cardeais, príncipes da Igreja, e os nobres e a realeza, com o uso do manto vermelho, que os dignificam.

PILULA MAÇÔNICA Nº 38 Supremos Conselhos do REAA Comentamos em “Pilula Maçônica” nº 37, sobre a regularidade e legitimidade de Lojas Simbólicas. Estabeleceu-se, como vimos, que é legítimo o que é reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra; mas, diante da importância mundial da Maçonaria norte-americana, também é considerado legítimo o que é reconhecido pelas suas principais Grandes Lojas, como as de Nova

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lorque, Ohio, Texas, Massachussets, Virgínia, entre outras). Já foi dito anteriormente: “os ingleses criaram a moderna Maçonaria, registraram a patente e abriram "franchising" (franquia); e que quem quis a franquia, tem que agir de acordo com o franqueador” No caso de Supremos Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceito, a coisa é um pouco diferente. Conforme declarado, alguns anos atrás, pelo Mestre José Castellani, no “Consultório Maçônico” – Editora Trolha” temos: “convencionou-se em Congressos dos Supremos Conselhos e por consenso, que só pode haver um Supremo Conselho por país. A exceção está nos Estados Unidos, onde são admitidos dois: um na jurisdição Sul (é o primeiro Supremo Conselho do mundo) e o outro na jurisdição Norte. Afinal de contas foram os norte-americanos que criaram o Supremo Conselho, a 31 de maio de 1801, pondo Ordem no caos (ordo ab chao), o caos que era a concessão indiscriminada de Altos Graus, sem um poder moderador, que disciplinasse essa concessão. Diga-se, a bem da verdade, que eles sabem o que fazem, pois são raríssimos os Maçons colados no 33 Grau, que representa o mais alto galardão do Rito; existem, inclusive, Estados norte-americanos que possuem apenas um Maçom colado no Grau 33, pois o Grau 32 é o máximo e o 33 só é concedido aos realmente fora de série, por méritos extraordinários. Bem diferente, portanto, do que ocorre no Brasil, onde há a maior concentração de Graus 33 por milímetro quadrado, do mundo. E muitos são tão desconhecedores do Rito, que deveriam reverter ao Grau de Aprendiz por toda a eternidade. No Brasil existem dois Supremos Conselhos Nacionais, ambos disputando, ainda, a legitimidade.

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Um - que podemos rotular como "de Jacarepaguá" nasceu em 1927, de uma dissidência no Supremo Conselho Original (fundado a 12 de novembro de 1832); e o outro que podemos rotular como "de São Cristóvão" - que em 1927 foi reconstituído, a partir dos membros remanescentes, que não participaram da dissidência. O primeiro acabou sendo reconhecido na Convenção de Paris, em 1929, onde não faltaram os lances de bastidores; o segundo, julgando-se prejudicado por essa decisão, luta, baseado em documentação da época, pelo reconhecimento internacional, com a conseqüente biterritorialidade no país. Nesse caso, é claro que os "Supremos Conselhos Estaduais" - surgidos após a cisão de 1973, da qual se originaram os Grandes Orientes Independentes, não têm a mínima chance de qualquer reconhecimento por Supremos Conselhos considerados regulares e legítimos”. Devo deixar bem claro que não atingi ainda o Grau 33 e estou transmitindo a opinião e os fatos colhidos pelo Mestre Castellani, tempos atrás. Muita coisa pode ter sido mudada e não é do meu conhecimento. Como o intuito das “Pílulas Maçônicas” é esclarecer os IIr.: do Sistema Barão de Mauá sobre assuntos Maçônicos, peço aos Obreiros do mesmo que, caso tenham informações mais atualizadas e queiram colaborar, que as mandem via email.

PILULA MAÇÔNICA Nº 39 Bandeira Pirata dos Templários A história da Ordem dos Templários já foi mencionada em diversos livros e é do conhecimento da maioria dos maçons. Resumindo, podemos dizer que

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teve um grande poder, um enorme prestígio, acumulou uma grande quantidade de conhecimentos e técnicas, principalmente referentes à navegação, além de uma incontável fortuna. A maioria sabe, também, que o Símbolo representado por um crânio (ou caveira) sobre duas tíbias cruzadas pertence à Ordem dos Templários. Inclusive, quem teve a felicidade de ter assistido a palestra proferida pelo nosso querido Irmão Jamil El Chehimi (hoje no Orinte Eterno) sobre esse assunto, viu claramente esse Símbolo. Condensando um capítulo do livro “Regnum” do Ir.:Carlos Alberto Gonçalves – Editora “A Trolha”, citando o historiador Juan Atieza, temos o que segue abaixo: “A Ordem dos Templários nasce, desenvolve-se, alcança seu zênite, decai e desaparece após um período de duzentos anos (1118 – 1312).” “O Rei Felipe, que já vinha desviando seus olhares e sua cobiça para o imenso patrimônio e a enorme fortuna templária em solo francês, contava com as condições perfeitas para levar a cabo suas idéias e executar o seu ambicioso plano: A extinção da ordem dos Templários, com o apoio do Papa.” “Na noite de 13 de outubro de 1307, Felipe desencadeou um forte ataque surpresa a todas as dependências templárias francesas, capturando 15 mil homens, além do seu Grão Mestre Jacques de Molay e sua guarda de 60 homens. Porém, apesar dos esforços de Felipe, nem todos os templários foram aprisionados, tendo logrado escapar 24 homens e toda a frota naval templária existente em portos franceses.” Afinal que aconteceu com essa frota que navegou para locais desconhecidos? Muitos

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historiadores concordam que tenha incorporado as frotas portuguesas (talvez pela afinidade entre Portugal e a Grã Bretanha) e as frotas Escocesas. Baigent e Leigt, em “O Templo e a Loja” afirmam: “a frota templária escapou em massa dos diversos portos do Mediterraneo e do norte da Europa e partiu para um misterioso destino onde poderia encontrar asilo político e segurança. Esse destino seria a Escócia, via Portugal, onde uma parte dela seria incorporada.” “coincidência ou não, a pirataria européia começou nessa época e seu padrão sugere que muitos piratas não eram meros flibusteiros que atacavam qualquer um, mas “piratas” muito curiosos que limitavam sua atenção aos navios do Vaticano e outros, leais ao catolicismo (espanhóis, franceses, italianos, etc)” “quando a Inquisição espanhola foi estabelecida no Novo Mundo, depois de 1492, os “piratas templários” estenderam seus ataques ao Caribe e, até mesmo, aos portos do pacífico, do Peru e do México, tudo em nome de uma guerra naval que foi travada por mais de 200 anos.”

PILULA MAÇONICA Nº 40 Loja Quatuor Coronati Esta Loja, registrada sob o nº 2076 na Grande Loja Unida da Inglaterra, tem o orgulho de manter o lugar de primeira Loja de Pesquisa Maçônica do mundo. Está localizada em Londres e seus membros são todos reconhecidos como sendo os mais notáveis conhecedores de assuntos sobre Maçonaria.

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Os tratados, os artigos da Loja, ou seja, os “Arts Quatuor Coronatorum” são totalmente aceitos como os mais competentes no assunto. Há um Circulo de Correspondentes no mundo todo A Loja tem também prestado enorme serviço à Ordem através de publicações de cópias exatas de importantes manuscritos, os Old Charges, etc. Os “quatuor coronati” (os quatro mártires coroados, apesar de que na verdade eram nove (09) na estória relatada) tem sido por longo tempo considerados como os Santos Patronos da Ordem Maçônica. A breve estória sobre eles é a seguinte: o Imperador Dioclesiano visitou as pedreiras de Pannonia onde haviam quatro profissionais altamente qualificados na “Arte de Esquadrejar Pedras”. Eles eram Cristãos e mantinham isso em segredo, fazendo todos seus trabalhos em Nome do Senhor. A eles foi unido um outro profissional, de igual comportamento, inspirado no exemplo dos outros quatro. Esses trabalhadores recusaram os pedidos do Imperador de fazerem uma estátua do deus pagão Aesculapius. Foram martirizados sendo colocados em caixões de chumbo e jogados no rio. Dioclesiano tinha um Templo erigido a esse deus pagão e ordenou a seus soldados de fazerem oferendas a esse deus. Quatro soldados também cristãos se recusaram e, consequentemente, foram martirizados por açoitamento até a morte. Alguns anos mais tarde, uma Igreja foi erigida e dedicada aos “Quatro Mártires Coroados” (Four Crowned Martyrs), apesar de comemorarem o total de nove mártires.

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A referencia de estarem sendo “coroados” se presume estar ligado com o dito popular “a coroação do mártir” dando a entender as ricas gratificações para todos aqueles que morrem pela fé.

PILULA MAÇONICA Nº 41 DESCRISTIANIZAÇÃO DA MAÇONARIA As “Old Charges” mostram que na Maçonaria Operativa os maçons eram, sem dúvidas, Cristãos Trinitários. Entretanto após a formação da Grande Loja de Londres e Westminster, em 1717, na Inglaterra, houve uma “descristianização” durante a formação da Maçonaria Especulativa. A mudança se concretizou em 1723 na Constituição de Anderson, onde, no Capítulo referente a “Deus e Religião” ficou estabelecido que as opiniões religiosas seriam particulares e a Ordem (Craft) teria a Religião que todos os homens concordam. Isto, obviamente, era baseado na política dessa nova Grande Loja para evitar discussões religiosas e políticas, sendo estas os principais motivos de discórdia e destruição da harmonia na época. Devemos observar que os maçons já tinham conhecimento, naqueles tempos, dos perigos apresentados nas discussões sobre religião e política. A Grande Loja foi formada logo após a rebelião abortiva de James Stuart, o “Antigo Pretendente” (filho de James II). Opiniões políticas e religiosas eram conduzidas de modo duro e amargo, e a desunião entre os Whigs (Hanoverianos) e os Toris (Stuarts) era muito profunda. O primeiro grupo era, na maioria, Protestantes e o segundo grupo, Católicos Romanos.

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Uma introdução de qualquer tendência na Política e/ou Religião na Francomaçonaria, naquele estágio, poderia ser desastrosa. Consequentemente, essa alteração na base religiosa da Ordem permitiu que Judeus, Muçulmanos, Budistas e outros não-Cristãos, mas que acreditam em um Supremo Criador, se torne membros da francomaçonaria.

PILULA MAÇÔNICA Nº 42 Arquitetura Brethren, Vejam o que nos diz o Bro Robert Macoy no seu “A Dictionary of Freemasonry”: “arquitetura é uma das primeiras profissões que o homem tornou propícia para si, e como consequencia, foi o primeiro passo no desenvolvimento de sua mente. Surpreendentemente, tem a ciência da Arquitetura crescido e tem sempre honrado e tornado respeitável um arquiteto experiente! A ciência começou com a construção de simples cabanas; o próximo passo foi erigir “altares” nos quais se ofereciam sacrifícios para os deuses ( na minha opinião, a situação aqui é invertida: me parece que o homem primeiro construiu os altares e, posteriormente, para se proteger, construiu as barracas ou cabanas). De sua fértil e própria imaginação seguiram-se moradas e casas mais complexas, após as quais, em rápida sucessão, vieram os palácios para suas princesas, pontes sobre rios de fortes correntezas, para que pudessem, cada vez mais, manter contatos com seus vizinhos e amigos. Piramides e torres, orgulhosamente apontando para os céus

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Catacumbas de enormes dimensões para o sepultamento de seus mortos, e o mais deslumbrante Templo em honra do Grande Arquiteto do céu e da terra. Nós, então, adotamos o título de “Maçons” para nossa nossa antiga Ordem, em alusão a mais antiga e honrável ocupação profissional do ser humano. As ferramentas de trabalho da Maçonaria Operativa se tornaram nossos Símbolos, por que não acharíamos nada melhor, nem mais expressivas do que elas. Nenhuma outra ocupação é tão extensa e que tem tão estreita ligação com as outras. Tem inumerávéis caminhos, nos quais faz tremendo esforço, para entrar no Templo Imperecível dos conhecimentos.”

PILULA MAÇÔNICA Nº 43 Possível Origem Das Três Batidas O uso de batidas para chamar a atenção de pessoas presentes em uma reunião é um antigo costume. Tanto é verdade que, numa fabrica de tecidos, em 1335, em York Minster, Inglaterra, foi registrado os detalhes de uma construção que estava sendo feita nessa fabrica, por um grupo de Maçons Operativos. Ali é mencionando o trabalho em si, descanso, etc, e menciona, também, que os Maçons eram chamados após a refeição para assumirem novamente o trabalho, por batidas dadas na porta da Loja. Esta Loja, como já foi dito em outras Pílulas, sem duvida, deveria ser um abrigo coberto perto da referida construção. Hoje em dia, na Maçonaria Especulativa, as batidas foram deliberadamente variadas para distinguir os três Graus Simbólicos, uns dos outros. Muitas das praticas maçônicas tem forte semelhança com as praticas Eclesiásticas, apesar que,

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muitas vezes, falta uma evidencia definitiva. Entretanto, é fato que a Maçonaria Operativa foi empregada largamente nas construções de Catedrais e outras construções para a Igreja, onde podemos supor que as praticas e costumes dos monges, abades, etc, não eram inteiramente desconhecidas dos integrantes da Maçonaria Operativa, da qual a Maçonaria Especulativa derivou. Um exemplo do uso eclesiástico de batidas é visto quando um novo Bispo esta sendo entronado. Ele se aproxima da porta Leste da Catedral e com três pancadas nesta, com o seu Bastão Pastoral, obtém a atenção do Deão e dos membros do Capitulo, dos quais ele obterá permissão para entrar na conclusão da Cerimônia para sua total introdução no Episcopado.

PILULA MAÇÔNICA Nº 44 Esotérico e Exotérico Brethren, Vejam duas palavras muito semelhantes, mas de significado totalmente diferente. O “Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa – Aurélio” nos relata: - ESOTÉRICO: 1)diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos. 2) todo ensinamento ensinado a circulo restrito e fechado de ouvintes. 3) diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo. 4) compreensível apenas por poucos; obscuro; hermético. - EXOTÉRICO: 1)diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era transmitido ao publico sem restrição, dado o interesse generalizado que suscitava e a forma acessível em que podia ser

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exposto, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil. Referente à Maçonaria, temos alguns relatos de conceituados Mestres: Octaviano Bastos: “na Maçonaria, a parte esotérica ou interna só é conhecida dos estudiosos e compreendida dos homens de alma e faculdades privilegiadas, e por isso o esoterismo da Ordem constitui a Iniciação íntima em todos os segredos e tendências Maçônicas”. Albert G. Mackey: “as palavras esoterikós, interno, e exoterikós, externo, derivam do grego e foram usadas, em primeiro lugar, por Pitágoras, cuja filosofia foi dividida em exotérica, isto é, aquela que ensinava a todos; e a esotérica, ou aquela ensinada a alguns poucos selecionados; dessa forma, os seus discípulos foram divididos em duas classes, de acordo com o grau de Iniciação que tinham atingido ... esse modo dúplice de instrução foi imitado por Pitágoras dos sacerdotes egípcios, cuja teologia eram de duas espécies – uma exotérica dirigida para o público em geral e a outra esotérica, e limitada a um número selecionado de sacerdotes e aos que possuíam ou estavam para receber o poder real. Dois séculos mais tarde, Aristóteles adotou o sistema de Pitágoras, e no Liceu de Atenas, de manhã, comunicava aos discípulos selecionados as suas sutis e ocultas doutrinas., e a tarde, ensinava sobre assuntos elementares a uma assistência indistinta”. Nicola Aslan: “como em todas as escolas filosóficas e iniciáticas são inúmeros aqueles que não passam do umbral. Por isso, inúmeros Maçons, que não passaram do estudo do aspecto social da Maçonaria, não tendo conseguido compreender ou se interessar ao aspecto esotérico e iniciático da Instituição, tem-se mostrado desiludidos. Porem, se por seus próprios esforços conseguirem retirar a venda que tem sobre os olhos, há

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de lhes aparecer uma visão deslumbrante da “Luz” iniciática e maçônica”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 45 O que a Maçonaria não é... Brethren, Na maioria dos livros maçônicos nós temos uma série de afirmativas dizendo o que é a Maçonaria. Vamos fazer um caminho paralelo e fazer algumas afirmativas para esclarecer o que a Maçonaria não é ( extraído de livros Neo Zelandeses).

1) A Maçonaria não é uma Instituição de Caridade, apesar de que ela realmente pratica Caridade. Devemos deixar claro que “Caridade” não consiste necessariamente somente de doação em dinheiro. 2) A Maçonaria não se ocupa somente de providenciar benefícios por doença ou morte de seus Obreiros. Isso é uma função especifica da área “fraternal” da nossa Ordem. Igualmente, a Maçonaria, como regra geral, não providencia assistência para maçons idosos ou maçons enfermos. Nada impede que ela o faça, inclusive, que dê assistência em causas meritórias na comunidade, como um todo. 3) A Maçonaria não é uma religião. Ela tem uma filosofia própria, a qual está em harmonia com todas as crenças, e que transcende a fé sectária. Cada Irmão deverá venerar conforme sua própria opinião e devoção. 4) A Maçonaria não existe, nem deve ser usada, para promover os Obreiros em si, muito menos para

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promover interesses comerciais.

de negócios

ou atividades

5) A Maçonaria não é um “Clube Social”, apesar de ter uma vida social entre seus membros. Alguns Irmãos tendem, realmente, a fazer disso a maior parte de suas vidas Maçônicas. É um erro que deve ser corrigido, quando ocorre. Enfim, a Maçonaria é um peculiar Sistema de Moralidade velada em Alegorias e ilustrada por Símbolos.

PILULA MAÇÔNICA Nº 46 Soberano ou Sereníssimo? Brethren, Muitas vezes recebemos informações através da Rede Colméia ou de outras fontes, sobre os Grãos Mestres das Grandes Lojas brasileiras e o titulo é de “Sereníssimo”. Quando se relata algo sobre o Grão Mestre do Brasil, o título usado é de “Soberano”. Na maioria das Obediências do mundo o título é “Sereníssimo”. Não há nada de errado, somente acontecimentos ao longo da historia da Maçonaria brasileira, que vou procurar elucidar, conforme o que segue abaixo. Tempos atrás, aqui no Brasil e em mais alguns outros países, existia uma única autoridade máxima para o Supremo Conselho dos Altos Graus e para o Grão Mestre das Lojas Simbólicas. Seu titulo era de “Soberano Grande Comendador Grão Mestre”. Houve um encontro Maçônico em Lausane, Suíça, em 1925, onde ficou decidido que uma única pessoa

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não poderia ocupar os dois cargos ao mesmo. Posteriormente, o Brasil, acatando essa decisão, fez a devida correção, porem o titulo de “Soberano” continuou sendo usado para o Grão Mestre das Lojas Simbólicas, ao invés de “Sereníssimo”, o que era de se esperar. Posteriormente foi oficializado e assim ficou até hoje. NOTA: esta pequena pesquisa foi baseada em historiadores brasileiros, principalmente no maior deles, que foi o Mestre Castellani. Como a finalidade das Pílulas Maçônicas é transmitir conhecimentos, se alguém tiver uma outra versão, ou detalhes, para o que foi descrito acima, queira, por favor, nos comunicar. Como já dissemos, não somos dono da verdade.

PILULA MAÇÔNICA Nº 47 Ahiman Rezon Vamos falar de um assunto pouco comentado, mesmo porque não é do interesse dos descendentes dos ingleses fundadores da Grande Loja de Londres em 1717, que se tornou a “Loja Mãe” de toda comunidade Maçônica mundial. Ou seja, se uma Obediência quer ser reconhecida no meio Maçônico mundial, tem que ser reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). Apesar de que, e são pedras no sapato da GLUI, as grandes Lojas dos EUA, estão reconhecendo as Obediências com o mesmo valor da GLUI. Ahiman Rezon foi um caprichoso nome dado por Laurence Dermott para o “Livro da Constituição” da Grande Loja dos Antigos, primeiramente publicado em 1756. Muita tinta e papel tem sido gasto para se saber a

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origem, o significado e a interpretação desse titulo, apesar de que atualmente não tem tido tanta importância, como teve no passado. Essa importância se diluiu com a formação da Grande Loja Unida da Inglaterra em 1813. Abrindo parênteses sobre essa “união” da Grande Loja dos Antigos (1751) e da Grande Loja dos Modernos (1717), não se iludam os mais afoitos, pois o fato de que os Grãos Mestres das duas Grandes Lojas, apesar de irmãos de sangue, tenham se unido, não foi, aparentemente, um rasgo de fraternidade. O que realmente ocorreu foi que Napoleão estava nos calcanhares da Inglaterra e toda e qualquer união deveria ser feita para enfrentar o “Grande Conquistador”. Dessa união foi formada a Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). Voltando ao nosso Ahiman Rezon, é interessante notar que esse titulo tem sido explicado numa grande variedade de interpretações, tais como: “A Vontade de Irmãos Selecionados”; “A Lei para Irmãos Preparados”; “Segredos de um Irmão Preparado”, etc, e nenhuma decisão satisfatória foi obtida até agora. O nome é supostamente de origem hebraica, provavelmente inspirada em alguma tradução Bíblica, na qual Dermott esteve interessado. Mas há diversas outras hipóteses. Nicola Aslan nos revela em seu “Grande Dicionário Enciclopédico”: “Foi esse o nome dado ao Livro das Constituições da Grande Loja dos Antigos Maçons da Inglaterra, que resultou da dissidência iniciada, por volta de 1745, pelo irlandês Laurence Dermott, autor do “Ahiman Rezon”, contra a primeira Grande Loja da Inglaterra que ele passou a chamar “dos Modernos”. Essa dissidência teve como finalidade o reerguimento da Maçonaria Britânica, que, felizmente, após varias décadas, conseguiu realizar.

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O livro cuja primeira edição foi lançada em 1756 tinha, segundo o costume da época, o seguinte título prolixo e propagandístico: “Ahiman Rezon: ou um Auxílio a um Irmão; mostrando a excelência do segredo, e a primeira causa ou motivo da Instituição da Maçonaria; os Princípios da Ordem; e os benefícios que se obtém da estrita observância dos mesmos; também os antigos e novos regulamentos. Pelo irmão Laurence Dermott, Secretário” Assim, no próprio titulo do livro, o autor dá a verdadeira interpretação de Ahiman Rezon, o seja, “um auxilio a um Irmão”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 48 Quem inventou a Maçonaria? Algumas Organizações, de um modo geral, semelhantes ou não à nossa Ordem, foram idealizadas, projetadas e, finalmente, estabelecidas. Por exemplo, podemos citar a o “Escotismo” que foi fruto de uma pequena experiência com um grupo de jovens, planejada, por seu fundador Lord Robert Baden Powell, na Inglaterra em 1907. Com o êxito dessa experiência, foi planejado e desenvolvido um movimento sem fins lucrativos, agora totalmente estruturado, com suas leis, símbolos, deveres, etc, que é um sucesso até hoje. E quem inventou ou planejou a Maçonaria? Baseado em pesquisas feitas em livros ingleses e neo-zelandeses, pode ser dito que ninguém ou qualquer grupo de indivíduos descobriu, planejou ou inventou a Maçonaria. Ela é uma Instituição que se desenvolveu gradualmente ao longo de um período de anos, e muitas pessoas tomaram parte e colaboraram com seu crescimento.

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A nossa Ordem criou raízes dentro das Lojas dos Maçons Operativos e nós podemos seguir seu curso desde o começo através do “Cerimonial” (Iniciação, Colação de Grau, Instalação, etc). Muito simbolismo tem sido enxertado no “Ritual” (Inglaterra) em tempos mais ou menos recentes e mesmo a eminência do Templo do Rei Salomão e a Lenda de Hiram Abif, aparecem, com já dito, em tempos comparativamente recentes. A Grande Loja de Londres e Westminster (posteriormente transformada na Grande Loja Unida da Inglaterra em 1813) foi fundada em 1717, mas a Lenda de Hiram Abif somente aparece imprimida em 1730 no “livro” de Samuel Prichard denominado “A Maçonaria Dissecada”. Uma Lenda alternativa referente aos “Filhos de Noé” foi achada nos Manuscritos de Graham em 1726. A maneira de se expressar, a “linguagem” do “Ritual”, foi extraída da Literatura Inglesa da época compreendida entre 1790 e 1820 e, a partir desse período, o “Ritual” assume a presente forma. Ele foi, também, enxertado com passagens da Bíblia e pensamentos de escritores ingleses famosos na época. Em torno de 1825, o “Ritual” foi praticamente estabelecido e somente pequenas alterações foram feitas. Relíquias da antiga forma do “Ritual” são ainda encontradas em livros catequéticos, na forma de perguntas e respostas. Uma das maiores mudanças foi o abandono desse tipo de ensinamento (perguntas e respostas) e estabelecendo o tipo encontrado no atual “Ritual”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 49 Simbolismo da “Luz” na Maçonaria

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Já comentamos sobre Simbolismo e sobre alguns Símbolos pertencentes à Maçonaria. Vamos agora comentar sobre o termo simbólico “LUZ”, que foi traduzido e adaptado da “Masonic Holy Bible” dos EUA, Wichita, Kansas. “LUZ é de longe o mais importante e misterioso termo na Maçonaria, que é assim aceito pela maioria dos membros da Fraternidade. É o primeiro dos símbolos apresentado ao Iniciado, e continua sendo apresentado a ele com varias modificações através de todo seu futuro progresso na vida Maçônica. Ela representa, como é geralmente aceito, “Conhecimento, Verdade ou Sabedoria, mas ela contem dentro de si uma alusão muito mais difícil de compreender dentro da essência da Maçonaria Especulativa, e abraça, dentro dela, o significado de todos os outros símbolos contidos na Ordem. Maçons são enfaticamente chamados de “filhos da Luz” porque eles estão, ou deveriam estar, na posse do verdadeiro significado do símbolo; enquanto os profanos ou não-iniciados estão, pela analogia da expressão, na “Escuridão”. Em todas as antigas religiões e em todos os “antigos mistérios”, a reverencia para a LUZ, como uma emblemática representação do ETERNO PRINCIPIO DO BEM, é predominante. Isto foi verdade no Hebraísmo e Judaísmo, e é verdade no Cristianismo; isto é verdade do começo ao fim do Ritual da Maçonaria. no sentido mais predominante. A maior LUZ da Maçonaria é a Palavra de Deus; maçons são empenhados em solicitar dessa fonte de verdadeira luz e dos princípios da Ordem e crescer avançando na LUZ.

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A fonte original de toda verdadeira LUZ MAÇONICA é Deus; somente os homens que caminham nessa luz podem evitar a “escuridão”; somente esses homens são ditos ‘filhos da Luz””.

PILULA MAÇÔNICA Nº 50 Liberdade, Igualdade e Fraternidade Nós sabemos que a Maçonaria no mundo teve duas vertentes principais: a Inglesa e a Francesa. No Brasil, apesar de estarmos estritamente ligados com a Grande Loja Unida da Inglaterra, e reconhecidos por ela, a nossa origem é francesa, igualmente como todas as Obediências Maçônicas dos paises da América Latina. É, portanto, muito comum ouvirmos nas Lojas brasileiras a trilogia “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, o que não é comum nas Lojas dos EUA, ou na Nova Zelândia, por exemplo, locais onde a origem foi inglesa. Muitos Maçons alegam que essa divisa maçônica., foi usada durante a Revolução Francesa, em 1789, provando que esta última foi articulada e planejada pela Maçonaria. Nada mais falso! Vejamos o que nos diz o historiador maçônico Alec Mellor, francês, em seu “Dicionário da Francomaçonaria e dos Francomaçons”: “é inteiramente falso que essa divisa republicana seja de origem maçônica. Louis Blanc e outros autores pretenderam que o seu inventor teria sido Louis Claude de San Martin, o “filosofo desconhecido”. O historiador mais autorizado da vida e do pensamento desse ultimo, Robert Amadou, mostrou que ele não o foi”.

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“A senhora B.F.Hyslop examinou uma boa quantidade de diplomas maçônicos emitidos de 1771 a 1799 na Biblioteca Nacional. Encontrou somente dois nos quais as três palavras encontram-se reunidas. Quase todos comportam: “Salvação-Força_Uniao”, ou falam do Templo onde reinam “o Silencio, a União e a Paz” (ver Anais da Ver. Francesa, jan. 1951)”. “A 1ª Republicana empregou bastante a divisa: “Liberdade, Igualdade ou a Morte”, mas não é preciso dizer que tal programa ideológico jamais foi o da Francomaçonaria. Somente na 2ª Republica apareceu a “divisa tripla””. “Não foi a Republica que tomou a divisa emprestada da Maçonaria, mas sim esta ultima que a tomou emprestada da Republica”.

O Mestre Castellani nos diz, em seu “Consultório Maçônico”, editora A Trolha: “A trilogia foi tomada da 2ª Republica Francesa, instalada após a revolução de 1848, e não como muitos pensam, da 1ª Republica, proclamada em 1893, algum tempo depois da Revolução Francesa, já que a divisa era “Liberdade, Igualdade, ou a Morte””. “Não é verdade, portanto, como costumam afirmar Maçons ufanos, que essa divisa republicana tenha origem maçônica, já que ocorreu foi exatamente o contrario: a divisa maçônica é que tem origem na Republica Francesa”. Seria muito bom para todos os Maçons do mundo: • Se a Liberdade fosse melhor entendida e que se respeitasse os limites do próximo, pois nossa liberdade termina onde começa os direitos de nosso Irmão.

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• Se a Igualdade fosse disseminada com mais intensidade e a diferença entre os Obreiros fosse minimizada e que todos ficassem no mesmo Nivel. Se a Fraternidade, esteio básico para que possa existir a Maçonaria, fosse bem entendida e aplicada.

PILULA MAÇÔNICA Nº 51 Os Três Pontos A data de 1717 é tida como a divisória entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa. Houve, nesta última, a partir dessa data, um incremento na Ritualística com novos eventos na Iniciação e nos demais acontecimentos. Essa Ritualística tinha sua “fala” decorada e era proibido fazer cópias manuscritas. Com o passar dos anos, houve uma perda do controle e começaram a aparecer cópias no ambiente maçônico do mundo todo. Para dificultar o entendimento, caso essas cópias caíssem em mãos de profanos, as palavras foram abreviadas. Essa supressão de fonema ou de sílaba no final da palavra denomina-se “APOCOPE”. Esse sistema era, e é ainda, usado também em documentos transferidos entre Potências Maçônicas. Na Inglaterra, EUA, Nova Zelândia e Austrália essa abreviação é feita por um ponto, somente. Na França, e paises da América Latina, que é o caso do Brasil, a abreviação é tripontuada. Nos países onde houve influencia da Maçonaria Francesa, é comum colocar os três pontos no final da assinatura, ou entremeados na mesma. Não se sabe bem o motivo de tal comportamento.

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Provavelmente, uma maneira, reconhecimento entre Maçons.

não

oficial,

de

O conjunto de três pontos não é um Símbolo e nem representa nada na Maçonaria, e é usado somente em alguns países. Mesmo assim, não faltaram Maçons de mente fértil que inventaram representações para eles como o Delta Sagrado, as Três Luzes da Loja, etc, etc. Mackey em sua Enciclopédia deixa isso bem claro: “não é um Símbolo; simplesmente uma abreviatura. Qualquer coisa fora desse sentido é futilidade”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 52 Lembrando aos Aprendizes que... Trono e Altar são coisas diferentes. Trono é uma cadeira ou poltrona, normalmente num nível elevado, onde o Venerável Mestre da Loja senta. Altar é uma mesa, ou pedestal quadrado, onde são realizadas certas cerimônias. O Altar do Venerável Mestre (ou de Salomão) fica em frente do Trono. É onde fica a Espada Flamígera, o castiçal para três velas e onde, antigamente, eram feitos alguns juramentos. Sólio é sinônimo de trono. Existem três tipos de Altares no Templo (R.E.A.A.): Altar do Venerável Mestre, Altar dos Juramentos e o Altar dos Perfumes. Os Vigilantes não têm altares. Eles têm mesas, sem a mínima necessidade de serem triangulares, comumente encontradas nos nossos Templos. Telhar e Trolhar são coisas totalmente diversas. Trolhar, na Maçonaria, é alisar as asperezas, aparar as diferenças entre os Obreiros. A Trolha, que é uma “colher de pedreiro”, é usada para alisar a argamassa. Telhar, na Maçonaria, é verificar, através de perguntas, se uma pessoa é realmente Maçom e se está

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no Grau requerido. Ou para verificar se um Maçom está inteirado de conhecimentos num determinado Grau. Cobrir o Templo é protegê-lo de tal forma que, pessoas que estão fora não saibam o que está ocorrendo dentro dele. É um erro crasso pedir aos Aprendizes, ou Companheiros, ou Mestres, cobrirem o templo temporariamente. O Templo é que será coberto para eles. Ou seja, eles não saberão o que ocorrerá dentro desse Templo, num determinado período de tempo. Quem cobre o Templo é o Cobridor Externo. No local onde está escrito (inclusive em alguns rituais), referindo-se ao Salmo 133: “ ...; como o orvalho de Hermon, que desce sobre...”, está errado! Hermon não é um tipo de orvalho. Hermon é uma montanha que produz orvalho nas suas encostas. Portanto, o correto é: “... ;como o orvalho do Hermon, que desce sobre....”. Aclamação é aprovar, saudar, através de brados. Diferente, portanto, de exclamação.

PILULA MAÇÔNICA Nº 53 As Duas Colunas Externas dos Templos Desde as épocas mais remotas da Civilização, a mente humana se volta para os “deuses” na procura de esclarecimentos e auxílio divino para a vida cotidiana. Temerosos e, consequentemente, devotos, os primitivos ofertavam comidas, objetos e sacrifícios para aplacar a ira dos “deuses” que se manifestava pela intempérie e animais selvagens. O local onde eles faziam essas oferendas era “solo sagrado”, provavelmente, num recanto sombrio de uma floresta, e só os mais “esclarecidos” podiam fazê-las.

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Com a evolução e certa estabilidade, o ser humano rudimentar tornou-se observador do céu e do horizonte. E ele começou a perceber que o Sol (sem dúvidas um dos deuses) nem sempre sumia no horizonte no mesmo local. Percebeu que o Sol se deslocava para a direita por um determinado tempo. Parava por um período e retrocedia no sentido contrário e parava novamente, agora no lado oposto. E repetia tudo novamente. Percebeu, também, que a claridade (horas de sol) variava com esse deslocamento. E, mais importante, associou o tempo frio, a neve, a alta temperatura, as chuvas, etc com esse deslocamento, e com a melhor época de plantio, de enchente dos rios, etc. Com isso, o “solo sagrado” foi deslocado para o cume de um pequeno monte, onde o sacerdote podia observar o horizonte e verificar onde o Sol estava se pondo e fazer seus presságios dos sinais observados. Para melhor controle, os sacerdotes colocaram nos dois extremos atingidos pelo Sol, duas estacas, que posteriormente se transformaram em colunas. O “solo sagrado”, agora fixo num determinado local, recebeu para melhor proteção dos sacerdotes (augures) uma cobertura, e posteriormente, paredes feitas de pedras, transformando-se num Templo do passado. Devo esclarecer que a palavra Templum vem do latim e era a denominação dada a essa faixa do horizonte, entre as duas colunas, onde as adivinhações eram feitas. O Sacerdote contemplava aquela região e tirava as conclusões. Com o passar dos tempos, os Templos, locais agora onde os adoradores iam rezar e fazer suas oferendas, mantinham na frente, na parte externa, as

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duas colunas. Virou tradição. Todos os Templos construídos, mesmo sem saber o “por que” daquilo, tinham que ter as duas colunas.

Hoje nós sabemos que o deslocamento do Sol é aparente (quem se desloca é a Terra) e os pontos assinalados pelas estacas são os Solstícios (de Inverno e de Verão) e o meio deles assinala o Equinócio.

PILULA MAÇÔNICA Nº 54 Solstícios e Equinócios A Astronomia e a Astrologia são ciências extremamente importantes, mas não é de nosso interesse, e nem tenho capacidade de fazer um tratado sobre os Solstícios e os Equinócios. Vou simplesmente dar algumas definições e conclusões, da maneira mais pratica possível e, no final, fazer uma observação, que ao meu ver é de extrema importância pois definiu eventos religiosos importantes. É sabido que a Terra tem movimento de rotação em torno de seu próprio eixo e gira em torno do Sol num trajeto com formato de uma elipse. Entretanto, se tomarmos um ponto da Terra como “referência”, aparentemente, o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Só que não nasce sempre no mesmo local. Ele caminha num sentido (para a direita, por exemplo), permanece parado por um período, e volta no sentido contrário até atingir o outro extremo. Permanece parado por um período e recomeça tudo outra vez. Leva seis meses para ir de um extremo a outro e, portanto, um ano para voltar ao mesmo extremo.

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Essas aparentes “paradas”, que são as posições da Terra nos extremos mais longos da elipse, são chamados de “Solstícios” de Verão e de Inverno. Abaixo da Linha do Equador ocorrem em 24 de dezembro e em 24 de junho, aproximadamente. Acima da Linha do Equador, as datas são as mesmas, e onde é Verão é Inverno e vice-versa. O “Equinócio” é quando o Sol encontra-se no meio dos dois extremos. E, obviamente, temos também dois: o de Outono e da Primavera. O mais interessante de tudo que foi escrito é que, nos Solstícios, a quantidade de horas de sol (claridade) e de escuridão varia durante o período de 24h do dia , e se alterna. Desse modo, no Solstício de Verão a quantidade de horas de claridade é muito maior que a escuridão, durante as 24h de um dia. E ao contrário no Solstício de Inverno. Como o Sol, nas religiões das civilizações antigas era considerado como um dos “deuses”, essa variação crescente da sua presença durante seis meses nos dias, foi base de uma religião muito antiga chamada “Solis Invictus” (e também do Mitraismo). Recapitulando, o Solstício de Inverno, acima da Linha do Equador, que foi onde as civilizações mais se desenvolveram, no dia 24 de dezembro tinha uma quantidade maior de horas de escuridão do que as de claridade. E, a partir desse dia, essa religião comemorava sua festa máxima que era o “Natalis Solis Invictus” que era quando o Sol começava a aumentar sua presença ao longo dos dias, até o próximo Equinócio quando as horas de escuridão e claridade seriam iguais. Esse dia era de extrema importância para os adeptos dessa religião: era quando o “Sol nascia e crescia em força e vigor”.

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O cristianismo, na época de Constantino, o Grande, foi alçada à condição de religião de Estado, apesar de que ele próprio, até próximo a sua morte, pertenceu a religião “Solis Invistus”. A festa máxima era o nascimento de Jesus Cristo, que era comemorada em 06 de janeiro. Entretanto, como foi uma religião “imposta” pelos governantes, as convicções antigas permaneceram e eram também comemoradas. Para resolver esse problema, as festas católicas tiveram as datas trocadas, coincidindo com as antigas festas do “Solis Invictus”. Inclusive, a data de nascimento de Jesus que era comemorada em 06 de janeiro, foi trocada para a data de 24 de dezembro, por Constantino em 521 d.C. Desse modo, a atitude de um déspota daquela época, que por interesses político e temporal, influenciou, e continua a influenciar, no comportamento de milhares de pessoas, no tocante as suas convicções religiosas. P.S.: de um lugar fixo do meu quintal, desde 12/05/2009, venho obtendo fotos, duas vezes ao mês, do “pôr” do Sol para registrar essa caminhada aparente do mesmo. É muito interessante, pois é algo que ocorre continuadamente e não nos damos conta.

PILULA MAÇÔNICA Nº 55 A Loja de York A cidade de York, apesar de nos seus primórdios ter tido outro nome, já nasceu famosa pois essa província foi escolhida pelos romanos para conter as residências dos Imperadores e dos altos comandantes durante a estadia deles no norte da

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Inglaterra. O antigo nome era Eboracum e foi considerada a capital do norte desse país por muito tempo (estamos falando da época aproximada de 50 a.C). Referente à Maçonaria, conta-se muita coisa, e não se sabe se é lenda ou história verdadeira. É dito que no ano 926 d.C, nessa cidade, teria sido realizada uma Assembléia Geral de Maçons, convocada pelo príncipe Edwin, irmão ou filho do Rei Saxão Athelstan. A finalidade desta Assembléia era a de gerar uma Constituição que serviria de lei única para a Fraternidade dos Maçons. Essa Constituição, também chamada de “Manuscrito de Krauser” (foi dito ele ter feito a tradução do original) foi acreditada por muitos durante muito tempo, porém dúvidas apareceram sobre sua existência e veracidade. Em 1864, J.G.Findel foi designado pela Maçonaria alemã para descobrir o documento original, mas nada encontrou. A Loja de York era de considerável idade tendo originalmente sido uma Loja Operativa. Sabe-se que em 1705, essa Loja e outras fundaram uma espécie de Federação. Em 1725, estimulada pelo sucesso da Grande Loja de Londres e Westminster , essa Federação transformou-se em uma Grande Loja sob o título de “Grande Loja de Toda a Inglaterra”, com sede em York e redigiu 19 artigos que deveriam ser seguidos. De 1740 até 1760 esse corpo ficou mais ou menos dormente, mas em 1761 a Grande Loja dos Modernos deu uma Carta Constitutiva a uma Loja em New York o que estimulou o interesse da Grande Loja original, resultando então na formação de 14 Lojas em Yorkshire, Lancashire e Cheshire. Em 1790 a “Grande Loja de Toda Inglaterra” abateu Colunas (foi extinta), tendo seus antigos

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registros preservados, até hoje, pela Loja de York nº 236. Não se sabe com certeza como que foi seu Ritual ainda que numerosas Lojas americanas se dizem hoje do Rito de York, o qual permanece em vigor nos EUA. Entretanto, isso é assunto para uma próxima “Pílula Maçônica”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 56 As Seis Grandes Lojas da Inglaterra Nos séculos XVIII e inicio do século XIX ocorreu na Inglaterra uma formação simultânea de “Grandes Lojas”, começando pela primeira em todo o mundo, que foi a Grande Loja de Londres e Westminster, em 1717. Posteriormente, algo semelhante ocorreria, também, nos demais países. Baseando-me em livros de origem inglesa, inclusive um pequeno livro editado pela Grande Loja Unida da Inglaterra, a mim ofertado pelo meu Irmão gêmeo Pedro Américo (The History of English Freemasonry), vou expor abaixo um resumo das seis Grandes Lojas que apareceram na Inglaterra naquela época. • A primeira delas foi a “Grande Loja de Londres e Westminster”, de 1717, a mãe de todas as Grandes Lojas do mundo, que permaneceu ativa ao longo dos anos, transformando-se, em 1813, na Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). • A segunda delas, apareceu em 1725: a antiga Loja da cidade de York, norte da Inglaterra, transformou-se na “Grande Loja de Toda a Inglaterra”.

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Entretanto, sua influencia se restringia nas províncias de York, Cheshire, e Lancashire. Ela existiu por algumas décadas, elegendo seus próprios Grãos Mestres, erigindo também suas próprias oficinas de Royal Arch e Cavaleiros Templários. Dessa Grande Loja apareceu uma outra em 1779, que será a 4ª em nossa seqüência.. • A terceira Grande Loja foi a “Grande Loja dos Antigos” em 1751, a qual, juntando-se, em 1813, com a primeira mencionada acima, também conhecida como a dos “Modernos”, formou a “Grande Loja Unida da Inglaterra” (GLUI). • A quarta foi formada em 1779. Com a responsabilidade e autoridade da Grande Loja de Toda Inglaterra foi formada a “Grande Loja do Sul do Rio Trent”, constituída de antigas Lojas que estavam em desacordo com as diretrizes da primeira Grande Loja. Em 1788, ajuntou-se com a terceira das Grandes Lojas, a “Grande Loja dos Antigos” e parou de existir. • A quinta delas, e é a que existe hoje, foi formada em 1813. A primeira Grande Loja juntou-se com a “Grande Loja dos Antigos” para dar ao mundo maçônico a “Grande Loja Unida dos Antigos Maçons, Livres e Aceitos da Inglaterra”, conhecida por todos hoje em dia como a “Grande Loja Unida da Inglaterra” (GLUI) A sexta e ultima apareceu e sumiu da seguinte forma: após a união, descrita acima, em 1813, houve dificuldades com algumas Lojas e quatro delas, afastadas da GLUI, formaram em1823, estabelecida em Wigan, a “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra de acordo com as Antigas Constituições” depois de dois anos ficou inativa até 1838. Em 1844, teve uma aceleração das atividades até 1858, e depois

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foi decaindo aos poucos, sendo que em 1866 foi o ano em que suas ultimas Atas foram registradas.

PILULA MAÇÔNICA Nº 57 Aquisição e desenvolvimento de um Mestre Maçom No caso de uma Loja Maçônica querer adquirir um novo membro na Ordem, o primeiro passo é a Sindicância. Como é sabido, o conjunto de informações conseguidas sobre um profano, denomina-se “Sindicância”. É extremamente importante a seriedade com que os Sindicantes deverão fazer esse trabalho exigido pela Loja. Mais importante ainda, é a indicação feita pelo proponente. Se o candidato foi indicado por ser amigo do proponente e não por ter qualidades e virtudes que o transformarão em um bom Maçom, segue-se uma Sindicância imperfeita. O proponente, antes de mais nada, deve saber muito sobre a Maçonaria para poder esclarecer o candidato que fará, sem duvidas, uma série de perguntas: o que é; para que serve; sua história; metas; etc, etc. Se o proponente não responde com clareza e certeza, o candidato poderá se tornar um Maçom, sem saber o principal, confiando no amigo que disse que a Maçonaria é uma “coisa legal! Você vai gostar!”. O processo de Iniciação é importantíssimo. O candidato, vendado, é conduzido em diversas passagens e deve estar confiante, sem temor, crendo que está entre pessoas nobres e diferenciadas. Cerimônias com passagens bisonhas, gracejos, brincadeiras perigosas ou de mau gosto, fazem que

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ocorra uma má Iniciação, gerando um Maçom que nunca levará a sério a nossa sublime Ordem. Uma vez Aprendiz Maçom, receberá este, uma série de Instruções sobre a Simbologia, sobre as Ferramentas do Grau, etc, para que processe o desbaste da “pedra bruta”. Enfim, Maçonaria é estudo...estudo...estudo... E o Aprendiz mal instruído devido a didática pobre do instrutor, da falta de leitura dos clássicos maçônicos, da falta de conhecimento e cumprimento da Legislação Maçônica, das pavonices e vaidades em Loja, das incoerências ritualísticas, etc, dará um Companheiro despreparado e desmotivado. Tudo pode ser agravado pela pressa no “aumento de salário”. Ensinar, é transmitir conhecimento. Conhecimento sólido, abrangente que se transformará no alicerce de um verdadeiro Mestre Maçom. Instruções mal dadas, transmissão precária de conhecimentos, não exigir trabalhos sérios e bem pesquisados, farão um mau Aprendiz, que será um péssimo Companheiro e um Mestre ridículo.

PILULA MAÇÔNICA - Nº 58 Tradição Maçônica A manutenção da Tradição de nossa Ordem faz com que a pratiquemos, agora no século XXI, periodicamente e de forma constante, conforme Rituais estabelecidos em 1790, aproximadamente. É por meio da Tradição que grupos humanos mantém seus costumes, seus hábitos, suas conquistas morais e sociais, entre outras coisas. A cultura

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adquirida é assim mantida. Desse modo, a manutenção dos parâmetros estabelecidos nesses Rituais é que permite que a Maçonaria seja secular. Se assim não fosse nossa Ordem já teria se pulverizado. Ao contrário do que muitos pensam, nossa Ordem não desconsidera a evolução e os atuais meios de comunicação e a tecnologia. Repare que, mantendo a Tradição, e ao mesmo tempo, a tecnologia é aplicada na medida do possível. Vamos dar alguns exemplos: o Pavimento de Mosaicos permanece o mesmo, porém o material do qual é feito muda. O que antigamente era somente feito de granito preto e mármore branco, hoje existe variedade enorme de materiais sintéticos que os substituem. A função do Secretário era antigamente executada totalmente através de manuscritos. Hoje nos usamos os recursos dos computadores. Inclusive, existem Lojas nas quais as Atas são enviadas pela Internet e a concordância é feita na próxima Loja. O “Tempo de Estudos” era feito somente através da leitura do Trabalho. Hoje nós temos uma série de recursos fornecidos pela mais alta tecnologia, como o uso de computadores e projeção em tela, comandados a distancia. Além de outros recursos áudio visuais. As Colunas “J” e “B” antigamente eram fundidas em metal, e posteriormente feitas em pedras e gesso. Hoje a tecnologia do Plástico está adiantadíssima e nos permite que as mesmas sejam feitas com esse material extremamente leve e durável. A manutenção imutável do Ritual através da Tradição, faz com que a Ordem também seja imutável ao longo dos séculos. Isso não quer dizer que ficará ou está obsoleta.

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Mesmo assim, pequenas mudanças ocorrem. Apesar do rigor em manter a tradição, o GOB reconhece hoje seis Ritos. Ou seja, pequenas mudanças foram feitas no Ritual original e geraram derivativos, cuja única finalidade, ao meu ver, foi satisfazer a vaidade de pessoas, pois a essência desses Ritos são iguais. Qual a necessidade do GOB ser reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra? O GOB não funcionaria do mesmo modo sem esse reconhecimento? A resposta é sim. Entretanto, esse reconhecimento, mantém a Tradição, e não permite mudanças radicais, fazendo com que o Sistema permaneça imutável, não descambe e nem se modifique alterando as características originais. Por que o MacDonald´s é igual no mundo todo? Se você quiser montar um no seu bairro, vai ter que fazer exatamente conforme descrito no contrato do franchise, e nada poderá ser mudado, ou não será feito. Por que? Porque essa é a maneira de preservar algo que deu certo, é bom e teve sucesso!

PILULA MAÇÔNICA - Nº 59 TERIA SIDO JESUS, UM ESSÊNIO? Teria, realmente, Jesus pertencido à seita judaica dos Essênios? Aparentemente, de acordo com as opiniões, dadas abaixo, de alguns escritores famosos sobre o fato, escritores historiadores, que são os que se aplicam neste caso, tudo nos leva a crer que, não. Em caso afirmativo, a conclusão mais razoável é que se Jesus conviveu com os Essênios, tendo assimilado algumas de suas figuras e idéias, deles se afastou, divergindo em pontos fundamentais.

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Vamos abrir parênteses para dar uma excelente definição de “historiador”, de Cervantes: “Os historiadores devem ser precisos, verídicos e totalmente imparciais; nem o interesse, nem o medo, o ódio ou a afeição poderiam afastá-los da senda da verdade, da qual a história é a mãe, a conservadora das grandes ações, o testemunho do passado, o exemplo e o ensinamento para o presente e a advertência para o futuro”. Deste modo, vejam a opinião de Eleutério Nicolau da Conceição, no livro “Maçonaria – Raízes Históricas e Filosóficas”, pg 177 : “Certos livros afirmam que Jesus e Batista tinham sido Essênios, mas que Jesus era um grau superior ao de João. Por ocasião de seu batismo, Jesus se teria dado a conhecer por sinal, toque e palavra....etc. Parece incrível que histórias desse tipo sejam repetidas sem que aqueles que o fazem, tenham levantado perguntas óbvias: como aquela informação teria chegado ao escritor? Os autores desses artigos não exercitaram seu pensamento critico para perguntar como o autor original teria acesso a essas informações desconhecidas de todos os estudiosos do tema, que buscam avidamente referencias palpáveis, verificáveis na arqueologia e documentos antigos, da passagem pela Terra do Jesus histórico” Continuemos obtendo mais depoimentos de escritores, como, por exemplo, James H. Charleswort – no livro “Jesus dentro do Judaísmo”, pg 74 : “....Assim como não existem dados sustentando a idéia de Jesus ter sido Essênio, já que não há qualquer referencia a ele nos documentos conhecidos, não se pode tampouco afirmar que nunca houve contato entre ambos os grupos, cristãos e Essênios. Existem, contudo, oposições evidentes nos ensinamentos e praticas de Jesus comparados com os da seita zadokita: os Essênios eram rigorosos cumpridores da lei, guardando o sábado com maior rigor até do que os fariseus. Jesus ensinava: “o

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sábado foi feito por causa do homem, não o homem por causa do sábado”. Em certas ocasiões mandou seus discípulos que colhessem espigas (trabalhassem) para se alimentar no sábado.Os Essênios superiores praticavam todo um ritual, mantendo rigor ainda maior em relação a estranhos, e o compartilhar de refeições era para eles um ato sagrado, apenas com os membros de seu grupo; Jesus era acusado pelos fariseus de comer com publicanos e pecadores, a ralé da época, o que, se feito por um Essênio, provocaria sua expulsão da Ordem.Por último, os Essênios tinham uma cerimônia na qual amaldiçoavam seus inimigos; enquanto Jesus ensinava: “Amai vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem”. Igualmente, o historiador John P. Meir – no livro “Um Judeu Marginal”, Imago, 1993, pg 100, nos relata, com muita sabedoria: “Seja como for (e não há como verificar tal afirmação), não existem indicações de que Jesus tenha tido contato direto com a comunidade de Qumrãn, em qualquer tempo. Ele não é mencionado nos documentos encontrados em Qumrãn, ou próximo a ele, e sua atitude independente com relação à interpretação estrita da Lei Mosaica é a própria antítese dos rigorosos membros da seita Qumrãn, que consideravam até os fariseus muito indulgentes. Tudo isso não evitou que alguns escritores imaginosos vissem Jesus e Batista em alguns textos de Qumrãn, o que apenas mostra que a fantasia intelectual não conhece limites!”

PILULA MAÇÔNICA Nº 60 Viver de modo Maçônico Desde a época do aparecimento do Homem na Terra, tem havido a necessidade de um serviço humanitário – um serviço fraternal que pode beneficiar a todo ser humano. Hoje, em todo país civilizado do

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mundo, o bem social do indivíduo tem se tornado a preocupação mundial. A Francomaçonaria com a sua historia, tradição e as lições administradas em seus vários graus, preenche essa necessidade. Cada pessoa vem a este planeta com um propósito. Como Maçons, nós temos uma missão a cumprir. Nós estamos cientes que nossa vida é por tempo limitado, e é nosso dever e responsabilidade completar esta missão nesse terminado espaço de tempo. Como Maçons nós projetamos diariamente uma imagem sobre pessoas que estão em contato conosco, e as influenciamos. A Fraternidade Maçônica está alicerçada no rochedo da dignidade humana. Este é o conceito básico de todas as lições em todos os Rituais da Ordem. O principio fundamental da Fraternidade é que cada homem é individual e deve ser tratado como tal. Em cada homem há uma qualidade que merece respeito. A teoria da Maçonaria Especulativa é que o maior esforço deve ser direcionado na direção do desenvolvimento do caráter e no aperfeiçoamento da vida mental, espiritual, ética e moral do Obreiro. Esta teoria é sensacional e eterna, mas deve ser repartida ou ela para de fluir. Deste modo, lideranças maçônicas dedicadas podem levar para longe essa teoria e prestar grande serviço para a humanidade. O mundo está pronto e esperando por isso. Será um remédio para o vírus da ilegalidade e corrupção que está afetando o corpo inteiro da humanidade nos dias de hoje. Maçonaria não é para qualquer pessoa. Nós guardamos muito bem nossos portais e aceitamos somente aqueles que nós acreditamos que somarão

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mais vigor. Tanto o pobre como o rico, bate em nossas portas, e são admitidos, pois temos aprendido que “a vida de um homem não consiste na abundancia das coisas que possui”. A Maçonaria escolhe homens bons, educa e os prepara para atuarem na vida profana, repletos de intenção de construir uma nova e melhor sociedade – um monumento que crescerá em perfeição com o passar dos anos e constituir um crescimento legal para o futuro. Nossa caridade não é avaliada inteiramente em termos de dinheiro corrente. Caridade vem do coração do individuo e é uma das grandes lições ensinada em todos os graus da Ordem. Como maçons, é nosso dever pratica-la atenciosamente todos os dias de nossa vida, não somente para os membros de nossa grande Fraternidade, mas a todos, indistintamente. Nossa Ordem é educacional e caridosa, cuja estrutura é derivada dos construtores medievais das grandes catedrais. Com conhecimento e habilidade eles erigiram as superestruturas que maravilharam a todos. Como construtores de melhores homens nesta era de conflitos e confusões que estão transtornando o mundo de hoje, nós podemos fazer a Maçonaria um modo de vida e uma mais valorosa contribuição para todos. Então, o que tem inspirado homens de todos os tipos, presidentes de países, de grandes indústrias, de grandes instituições de ensino, comerciantes, liberais, pesquisadores, e pessoas simples como eu e você, nestes últimos trezentos anos, a dar seu tempo e talento para promover esta antiga Ordem? É a elevação moral e espiritual que recebemos do fato de fazermos alguma coisa valer a pena. É a satisfação do trabalho fecundo um com outro, lado a lado, como membros da mais antiga Fraternidade do

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mundo. É a concordância da necessidade de servir a humanidade, o estado e o país onde vivemos – e mais importante de tudo, é aquele espírito fraternal, repleto de amor e afeição que nos une e cimenta, como pedras vivas, para a construção do Grande Templo. P.S.: este artigo foi baseado e adaptado dos discursos do M.W. Bro Roger White nas Lojas de Maine, EUA.

PILULA MAÇÔNICA Nº 61 Trolhar e Telhar É interessante, na Maçonaria, como certas coisas realizadas, praticadas, ou palavras ditas ou interpretadas erradamente por Veneráveis Mestres, se espalham numa velocidade vertiginosa e tendem a se tornarem verídicas. Desse modo, é muito comum, Veneráveis e Vigilantes saudarem Obreiros, cruzando o Malhete no peito. Ou então, em Lojas no R.:E.:A.:A.:, o Mestre de Cerimônia andar em esquadria, parecendo “robot”, devido “achismo” do Venerável que confundiu os Ritos. Nesta Pílula, vamos aprofundar nosso estudo nas palavras TELHAR e TROLHAR, que tendo significados, na Maçonaria, totalmente diferentes, na maioria das vezes, são ditas uma substituindo a outra, como se fossem iguais. Nos Dicionários, temos que o substantivo “trolha” é definido como uma “colher de pedreiro”, que é usada para colocar e/ou alisar a argamassa que está sendo usada. É utilizada para estender a argamassa e cobrir todas as irregularidades, fazendo que o edifício construído fique parecido como se formado por um único bloco. O substantivo “telha” é definido como peça, geralmente de barro cozido, usada na cobertura de edifícios. A palavra telha vem do latim: “tegula”. Daí

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temos “telha” em português; “tuille” em francês; “tyle” em inglês. Temos em inglês, "tyler" como cobridor. Temos em francês, "tuileur" como cobridor. Em português, apesar de existir a palavra “telhador” o mais comum foi não usar a raiz da palavra e ficou "cobridor", denominação para aquele que coloca telhas, cobre, oculta, protege uma área de um edifício. Entretanto, na Maçonaria, os verbos derivados dessas duas palavras, têm os significados dados abaixo. Trolhar: é esquecer as injúrias, as desavenças entre os Irmãos. É perdoar um agravo, dissimular um ressentimento, perdoar uma falta de outro Obreiro. É reforçar os sentimentos de fraternidade, de bondade e de afeto, que unem todos os membros da família maçônica. Esses sentimentos devem ser contínuos, sem falhas, sem asperezas e sem rugosidades. Se isso ocorre em uma Loja, o Venerável Mestre deve se inteirar do que está ocorrendo e “trolhar” os envolvidos. Por isso que, na Inglaterra, o Símbolo com o formato de uma “colher de pedreiro” é usada pelos Mestres Instalados. Telhar: é verificar, através de perguntas, se uma pessoa é realmente Maçom e se está no Grau requerido. Ou para verificar se um Maçom está inteirado de conhecimentos num determinado Grau. Visitantes são “telhados” pelo Cobridor, com essa finalidade. Cobrir o Templo é protegê-lo de tal forma que, pessoas que estão fora não saibam o que está ocorrendo dentro dele. É um erro crasso pedir aos Aprendizes, ou Companheiros, ou Mestres, cobrirem o templo temporariamente, em Colação de Grau ou Instalação. O Templo é que será coberto para eles. Ou seja, eles não saberão o que ocorrerá dentro desse Templo, num determinado período de tempo. Quem cobre o Templo é o Cobridor Externo, não o Aprendiz ou o Companheiro ou o Mestre.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 62 Antimaçonaria – Leo Taxil Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo Taxil, tornou-se origem das acusações de luciferismo e cultos satânicos contra a Maçonaria, acentuando a discordância entre esta última e o Clero. Leo Taxil teve uma juventude turbulenta, estudando em diversos colégios católicos dos Jesuítas, sendo expulso de alguns deles e sai da casa paterna antes dos 16 anos. Dedicado inteiramente ao jornalismo, em 1871 já com o pseudônimo de Leo Taxil, para ludibriar seu severo pai, ingressa no “A Igualdade”; funda posteriormente o “La Marote”, a “Jovem República” e em 1874 dirige “O Furacão”. Em todas essas ocasiões, seus artigos eram uma seqüência de folhetins anticlericais, dos mais violentos, sofrendo diversos processos por excesso de linguagem. Em 1876, foge para a Suiça, voltando posteriormente a Paris. Tinha 24 anos e começa uma carreira vertiginosa uma vez que os republicanos e anticlericais triunfavam. Em 1879 funda a Biblioteca Anticlerical e alimenta a França com uma enxurrada de panfletos sensacionalistas. Ganhou, com o passar dos anos, muito dinheiro e diversos processos movidos pelo Clero. Em 1881, Taxil havia sido Iniciado na Loja Maçônica “Os Amigos da Honra Francesa”, da qual foi expulso após dez meses, ainda na fase de Aprendiz. O interesse pela sua literatura sensacionalista decai, as vendas sofreram brusca queda, o que fez que, em 1885, após intensa atividade anticlerical, Leo Taxil

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declara-se “convertido”, repentinamente, sem transição alguma. Confessa-se e passa a viver com os clericais freqüentando bibliotecas religiosas e aplica um novo golpe: começa a escrever contra a Maçonaria. Assim, na condição de “católico penitente”, dedica-se, a partir de 1885 à publicações antimaçônicas. Seus livros descreviam rituais maçônicos entremeados de fantasias mirabolantes, passando posteriormente, a inventar e descrever rituais fantásticos, cultos luciferinos, satânicos. Esses livros eram devorados pelos leitores ávidos de sensacionalismo, tornando-se um grande e lucrativo negócio. O negócio floresceu e chegou ao ponto culminante com a invenção de “Miss Diana Vaughan” no seu livro “As Irmãs Maçons”, onde tal personagem era a sacerdotisa de um culto demoníaco feminino a que chamou de Palladismo. Tal personagem queria livrar-se das garras do satanismo e voltar à Santa Igreja Católica mas era impedida pelos Maçons. As autoridades eclesiásticas apoiavam de público e através de cartas as “revelações” do autor, chegando algumas delas a oferecer auxílio à fictícia Diana Vaughan. Em visita ao Vaticano, Leo Taxil foi cordialmente recebido por Cardeais e teve uma entrevista pessoal com o próprio Leão XIII. As obras de Taxil foram traduzidas em diversos idiomas e seus artigos publicados em revistas e jornais católicos. Outros autores, influenciado pelo sucesso de Taxil, e tomando-o como referência, começaram também a explorar o mesmo tema. Durante doze anos toda essa miscelânea de imbecilidades forjadas por Leo Taxil foi devorada por um público cativo. Apesar da desconfiança de algumas autoridades de tudo não passar de um embuste, os livros de Taxil

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continuavam a ser vendidos. Sua influência crescia também em outras nações, a ponto de na Espanha e Bélgica serem formadas comissões especiais para investigação da Maçonaria. Até que finalmente, na Itália, em setembro de 1896, realizou-se um Congresso Antimaçônico em Trento, incentivado pelo Papa Leão XIII. Lá, algumas manifestações de descrédito dos exageros de Taxil começavam a aparecer. O monsenhor alemão Gratzfeld, provou que Miss Diana Vaughan era um embuste, mas não foi levado a sério. Comissões foram criadas e aí começaram a aparecer dúvidas sobre a veracidade dos escritos e das personagens. Começava, assim, o fim de uma mistificação. Depois de muito relutar, na Sociedade Geográfica de Paris, Taxil denunciou sua própria fraude, gabando-se de ter conseguido iludir as autoridades eclesiásticas por doze anos. A reação às declarações de Taxil foi de tal ordem que ele teve de deixar o local sob proteção policial. Não mais se ouviu falar sobre Taxil que veio a falecer em 1907. Eleutério N. Conceição esclarece: “todavia, aplica-se a este caso a conhecida figura do travesseiro de penas sacudido ao vento: é impossível recolher todas as penas”. De tempos em tempos, aparecem livros antimaçônicos, inspirados nas idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele. E, assim, os Maçons norte americanos, que periodicamente sofrem campanhas movidas por igrejas fundamentalistas, repisando sempre as mesmas teclas de Leo Taxil, referem-se à fraude como “The lie that will never die” – a mentira que nunca morrerá.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 63 PRANCHETA A “Prancheta”, também chamada de “Tábua de Delinear”, "Prancha a Traçar" ou "Prancha de Delinear", é constituída por duas figuras e um ponto, móvel, desenhadas (ou esculpidas, ou pintadas, etc) sobre uma placa retangular de madeira, ou outro material semelhante. As dimensões usuais desse retângulo é de, aproximadamente, 40cm x 50cm,, nada impedindo que tenha outros valores. Uma das figuras é constituída por duas linhas paralelas horizontais e duas linhas paralelas verticais, também chamada de Cruz Quádrupla, e por duas retas que se cruzam em angulo reto, ou não, formando um “X”. Essas figuras estão uma ao lado da outra, podendo ser tanto na horizontal como na vertical. Nas pesquisas, tanto do Mestre Nicola Aslan, bem como nas do Mestre Jules Boucher, nada é mencionado sobre isso.

A “Prancheta” é uma das “Jóias Fixas” da Loja (as outras são a “Pedra Bruta”, onde trabalham os Aprendizes, e a “Pedra Cúbica”, onde trabalham os

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Companheiros) e é nela (Prancheta) onde trabalham os Mestres. São "Esquadros" colocados de forma simples, outras vezes sobrepostos formando quadrados, constituindo o Alfabeto Maçônico, e reproduzindo, desse modo, o equivalente às letras do nosso alfabeto. Um item bastante importante é o "ponto" que é usado com critério, para diferenciar a letra "a" da letra "b", ou letra "o" da letra "p", como exemplos. Na verdade, existem dois tipos com origens diferentes, com pequenas diferenças entre si: um sistema denominado “Alemão” e outro denominado “Inglês”. Ambos são lidos, sempre, da direita para a esquerda, Em Loja, a Prancheta fica apoiada no Altar, na parte inferior, na direita do Venerável Mestre quando sentado no Trono. Segundo Jules Boucher, ignora-se a origem desse alfabeto maçônico.

PILULA MAÇÔNICA Nº 64 Grade do Oriente As igrejas católicas foram, sem dúvidas, juntamente com o Parlamento Inglês, os principais arquétipos dos Templos Maçônicos, sendo o primeiro deles erigido na Inglaterra, em 1776. Esses Templos tem a orientação dirigida do Ocidente para o Oriente, tendo a direita, de quem entra, o Sul, e na esquerda, o Norte. Normalmente, mas nem sempre é obedecido, o Ocidente é uma vez e meia maior do que o Oriente, no comprimento. Nos Templos onde se praticam alguns

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Ritos, como o R.:E.:A.:A.:, por exemplo, existe uma grade baixa, conhecida como Balaustrada, ou Gradil, ou Grade do Oriente, com uma passagem no meio dela, separando o Oriente do Ocidente (nos templos onde se praticam os Ritos de York e Schroeder, ela não existe). Nesses Templos onde existe a Grade do Oriente, ela nada mais é, do que uma separação física, delimitando as duas áreas citadas acima. Nas Igrejas, existe algo semelhante, a qual separa o Presbitério da Nave, e que a Maçonaria, sabiamente copiou. Assim, o Oriente dos Templos Maçônicos onde ficam o Venerável Mestre, autoridades Maçônicas, Mestres Instalados, etc, assemelha-se ao Presbitério, onde ficam os Sacerdotes. O Ocidente, onde ficam os demais Obreiros, assemelha-se à Nave, onde ficam os fiéis.

PILULA MAÇÔNICA Nº 65 Free Masons Por que será que apareceu o termo “Free Mason – Maçom livre”? Esse termo foi originado na época dos Maçons Operativos, na Inglaterra, Escócia ou Irlanda . Há muitas teorias: um homem era um Maçom livre porque seus antecedentes não eram escravos e ele não era um escravo Ele era assim chamado porque ele era livre dentro da Guilda a qual pertencia ou era livre das leis da Guilda a qual pertencia e podia, então, viajar e trabalhar em outros locais ou outros países, conforme suas necessidades, desejos ou quando era requisitado. Isso nos leva a conclusão que havia dois tipos de Maçons: o Maçom que fazia um serviço mais rústico e um outro tipo que fazia um serviço que requeria mais

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habilidade, mais conhecimentos, mais destreza. Era este último que dava o acabamento, a beleza, a arte nas construções: era o artesão especializado, o artista! E era requisitado, obviamente, pelos reis, alto clero e nobres. Esse era, provavelmente, o Free Mason. Pessoas com essas habilidades não são feitas. Elas nascem artistas e se desenvolvem, ou não. Não se produz um Michelangelo, ou um Leonardo da Vinci, ou um Rafael. Eles aparecem independentemente de nossos desejos (que fique claro que não estou afirmando que esses últimos citados fossem maçons operativos. São somente exemplos de artistas). O Free Mason podia ter sido assim chamado porque ele trabalhava um tipo de pedra, adequada e fácil de se trabalhar manualmente, chamada “freestone”, existente nas Ilhas Britânicas. Elas podem ser cortadas, cinzeladas e esculpidas facilmente. Ele podia ser sido chamado de “livre” quando tinha terminado seu aprendizado, na fase de Aprendiz e se tornado um Companheiro dentro da Ordem (Fellow). Ele podia ter sido chamado de “livre” quando saiu do estado de servo feudal e legalmente se tornado livre.

Em algum tempo, os Maçons foram chamados de “ Free Mason – Maçom livre” por alguma dessas razões mencionadas acima, ou talvez devido a todas elas. O consenso, conforme dou a entender no terceiro parágrafo, tende para a teoria de que o termo Free Mason era devido a sua habilidade, seu conhecimento e sua destreza que o tornavam livre de determinadas condições, leis, regras e costumes, as

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quais limitavam maçons com menores habilidades, na época das construções das grandes Catedrais.

PILULA MAÇÔNICA Nº 65 Free Masons Por que será que apareceu o termo “Free Mason – Maçom livre”? Esse termo foi originado na época dos Maçons Operativos, na Inglaterra, Escócia ou Irlanda . Há muitas teorias: um homem era um Maçom livre porque seus antecedentes não eram escravos e ele não era um escravo Ele era assim chamado porque ele era livre dentro da Guilda a qual pertencia ou era livre das leis da Guilda a qual pertencia e podia, então, viajar e trabalhar em outros locais ou outros países, conforme suas necessidades, desejos ou quando era requisitado. Isso nos leva a conclusão que havia dois tipos de Maçons: o Maçom que fazia um serviço mais rústico e um outro tipo que fazia um serviço que requeria mais habilidade, mais conhecimentos, mais destreza. Era este último que dava o acabamento, a beleza, a arte nas construções: era o artesão especializado, o artista! E era requisitado, obviamente, pelos reis, alto clero e nobres. Esse era, provavelmente, o Free Mason. Pessoas com essas habilidades não são feitas. Elas nascem artistas e se desenvolvem, ou não. Não se produz um Michelangelo, ou um Leonardo da Vinci, ou um Rafael. Eles aparecem independentemente de nossos desejos (que fique claro que não estou afirmando que esses últimos citados fossem maçons operativos. São somente exemplos de artistas). O Free Mason podia ter sido assim chamado porque ele trabalhava um tipo de pedra, adequada e

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fácil de se trabalhar manualmente, chamada “freestone”, existente nas Ilhas Britânicas. Elas podem ser cortadas, cinzeladas e esculpidas facilmente. Ele podia ser sido chamado de “livre” quando tinha terminado seu aprendizado, na fase de Aprendiz e se tornado um Companheiro dentro da Ordem (Fellow). Ele podia ter sido chamado de “livre” quando saiu do estado de servo feudal e legalmente se tornado livre. Em algum tempo, os Maçons foram chamados de “ Free Mason – Maçom livre” por alguma dessas razões mencionadas acima, ou talvez devido a todas elas. O consenso, conforme dou a entender no terceiro parágrafo, tende para a teoria de que o termo Free Mason era devido a sua habilidade, seu conhecimento e sua destreza que o tornavam livre de determinadas condições, leis, regras e costumes, as quais limitavam maçons com menores habilidades, na época das construções das grandes Catedrais.

PILULA MAÇÔNICA Nº 66 Maçom Aceito O termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos maçons. Membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de

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procedimentos das citadas companhias. Elias Ashmole, por exemplo, foi um dos “Aceitos”. O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro. Dessa pratica em uso, cresceu ao longo do tempo, o uso das palavras “Aceito” ou “Adotado” para indicar um homem que tinha sido admitido dentro da irmandade dos maçons simbólicos. Existem poucas referencias históricas, entretanto, não há nenhuma duvida que os maçons, mais geralmente conhecidos como Maçons Aceitos, foram se tornando bem conhecidos no ultimo quarto do século XVII. Nas Lojas da Maçonaria Escocesa Operativa era comum o uso do termo “Admitido” entre os seus membros. Aliás, na pequena nobreza e nas famílias conceituadas, também era comum o uso desse termo. Livre e Aceito. Apesar do termo “Maçom” estar em uso nos dias da idade média e candidatos serem “aceitos” na Francomaçonaria, na metade do século XVII, a primeira vez que apareceu a frase “Maçom Livre e Aceito” foi em 1722, cinco anos após a Primeira Grande Loja ter sido fundada. Isso ocorreu no título de um panfleto, que hoje é conhecido como “Roberts´ Pamphlet”, imprimido em Londres em 1722. O título era: “As Antigas Constituições pertencentes a Antiga e Respeitável

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Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos ”. Oficialmente, a frase foi usada pelo Dr.Anderson na segunda edição das Constituições em 1738 e ao longo do tempo, foi adotada pelas Grandes Lojas da Irlanda, Escócia e grande numero das Grandes Lojas dos EUA. A teoria admitida é que as duas palavras entraram em conjunção para um objetivo comum, pois muitas antigas Lojas tinham entre seus membros, “Maçons Aceitos” e outros que eles chamavam de “Freemasons – Maçons Livres”. Isso, tanto na Maçonaria Operativa, como na Especulativa. Então, foi razoável aceitar o termo “livre e aceito” para cobrir os dois grupos que se expandiam rapidamente e que estavam em fusão.

PILULA MAÇÔNICA Nº 67 O Ritual na Maçonaria Um “Ritual” é a forma de conduzir, com procedimentos e cerimoniais anteriormente estabelecidos, todas as cerimônias de um determinado Rito Maçônico. Portanto, na Maçonaria, é o livro que contem as fórmulas e demais instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. Cada grau tem o seu Ritual particular e também cada espécie de cerimônia, havendo Rituais de Iniciação, de Banquete, etc. A forma de abrir e fechar os Trabalhos, assume a forma de um diálogo com a repetição de certos fatos relativos à Ordem (Nicola Aslan – Grande Dicionário Enciclopédico – Ed. Trolha). E por que se usa um Ritual na Maçonaria? Por que há uma forma fixada para abrir e fechar uma Loja? Por que não fazer isso tudo com um golpe do Malhete?

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A Maçonaria usa o ritual pelo mesmo motivo que um ator usa o “script”: para estar seguro que cada Oficial da Loja saiba, na certeza, o que tem para falar e fazer, e, muito importante, o que os demais Oficiais falarão e farão. O Ritual está enraizado na tradição da Maçonaria. A repetição dos acontecimentos e das “falas” está em linha com a Natureza – o surgimento e o pôr do Sol – o fluxo e refluxo das marés – as mudanças das estações do ano, etc. As repetições nos dão a oportunidade de ver, mais e mais as belezas das nossas Cerimônias. É possível que, sem o uso do Ritual, a Maçonaria Simbólica, pararia de existir. Na Inglaterra, EUA, Nova Zelândia e Austrália, o Ritual é decorado, exigindo muito trabalho e força de vontade dos Oficiais da Loja. Com isso, apesar de exigir mais sacrifício, esse comportamento valoriza e dignifica um pouco mais as funções dos Oficiais. A prática do uso do Ritual parece ser um instinto profundo enraizado na natureza humana. Desse modo, o Ritual está presente nas cerimônias religiosas, nas preces, e em outras cerimônias com as quais estamos acostumados no nosso dia-a dia, incluindo: Batismo, Casamento, Funeral, Júri e muitas outras.

PILULA MAÇÔNICA Nº 68 Lance o balde onde você está! Brethren, Saindo um pouco da nossa seqüência de assuntos Maçônicos, quero apresentar uma tradução de

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um pequeno artigo, que em 1961 era comentado pelo Past Máster da “Cortage Grove Lodge nº51”, Oregon, EUA, Mr. Elbert Bede. Dizia ele que Booker T. Washington, famoso educador da raça negra, quando queria encorajar seu povo, contava a estória de um veleiro, parado devido à calmaria reinante no litoral norte da América do Sul. A tripulação da embarcação estava em desespero devido à falta de água potável. Todos estavam com sede, necessitando tomar água o mais rápido possível. Nisso, uma outra embarcação se aproximou e o capitão da embarcação necessitada mandou mensagens explicando a necessidade de água fresca. Ele obteve como resposta: “lance o balde onde você está!”. O capitão não entendeu porque deveria lançar o balde no mar e trazer água salgada. Por mais três vezes mandou mensagens mostrando a necessidade de água potável. E por mais três vezes recebeu como resposta: “lance o balde onde você está!”. Finalmente, ele mandou que lançassem o balde e o mesmo veio cheio de água fresca e potável. Milagre! Foi o primeiro pensamento de todos na embarcação necessitada. Não. Simplesmente eles estavam na foz do rio Amazonas, que lança milhares de toneladas de água fresca mar adentro, e eles não haviam se apercebido de tal fato. Ali, as margens são tão distantes que se tem a impressão de estar em mar aberto. Todos tinham tido a oportunidade de matar a sede, mas a oportunidade não havia sido reconhecida. Mr. Bede complementava seu comentário: “não está aqui uma lição para nossa vida na Maçonaria e na nossa vida do dia-a-dia? Muitos reclamam que as oportunidades nunca aparecem onde eles estão. A

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verdade é que falhamos em reconhece-las. Se trabalhamos numa firma grande, achamos que as oportunidades estão nas firmas pequenas. E vice versa. Nas Lojas a mesma coisa. Se me dessem chance eu faria isso, ou seria aquilo, etc. O segredo é esse: LANCE O SEU BALDE ONDE VOCE ESTÁ! E você verá as coisas acontecerem. Os exemplos estão em todas as partes do mundo. Em todas as áreas. Pois é...podíamos ao menos pensar sobre isso.

PILULA MAÇÔNICA Nº 69 Justa, Perfeita e Regular Por que são usados os termos “Justa, Perfeita e Regular” para descrever uma Loja Simbólica? Muitas vezes nós ouvimos essa expressão e nos passa despercebidos seu significação e a consideração devida. Muitas vezes são pronunciadas em bom tom, para enfatizar algo e repercutir de maneira adequada. Essa expressão é usada para descrever uma Loja Simbólica e garantir que seus membros, Aprendizes, Companheiros e Mestres, são verdadeiramente membros da Pura e Antiga Maçonaria. Uma Loja é JUSTA quando as Três Grandes Luzes Emblemáticas estão presentes. Uma Loja é PERFEITA quando o número de obreiros está dentro do requerido constitucionalmente. Uma Loja é REGULAR quando está trabalhando na presença de Carta Constitutiva, emitida por uma autoridade maçônica legal.

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Dessa maneira, como afirma Nicola Aslan no “Grande Dicionário Enciclopédico”, a Loja Justa, Perfeita e Regular é a que goza de pleno uso de todos os seus direitos Maçônicos, completamente independente de qualquer outra Loja e sem outras limitações a não ser aquelas estabelecidas na Constituição e nos Regulamentos Gerais da Obediência da qual é jurisdicionada.

PILULA MAÇÔNICA Nº 70 Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Uma boa parte dos Maçons do Brasil, principalmente aqueles com o peito cheio de ufanismo, com um desvanecimento típico dos que vêm a Maçonaria em todas as coisas e causadora de tudo que ocorre, acha que a Revolução Francesa, em 1789, usou essa divisa maçônica. Inclusive, esse pessoal acha que a Maçonaria promoveu e articulou a Revolução Francesa. Sabe-se hoje que isso não é verídico. Na verdade, a história nua e crua é bem diferente. Na época da Revolução Francesa existiu a trilogia: “Liberdade, Igualdade ou a Morte (Liberte, Égalité ou la Mort)”. Os detalhes de como apareceu, encontram-se em livros de história e não serão citados. Somente em 1848, portanto quase 60 anos depois, no momento político na França, denominado pelos franceses de “2ª Republica” é que a trilogia citada se transforma em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Aí, nessa época, é que ocorreu o inverso do que boa parte dos Maçons pensa: a Maçonaria Francesa adotou essa divisa e, devido a influencia e a disseminação da mesma em todo o mundo maçônico, a

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divisa foi junto, chegando ao Brasil e em toda América Latina. Alec Mellor, conceituado historiador francês, no “Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco Maçons” (Coleção Arcanum, primeira edição brasileira em 1989, pela Livraria Martins Fontes Editora Ltda) deixa bem claro aos leitores que na 1ª Republica Francesa apareceu a divisa “Liberdade, Igualdade ou a Morte” e que não foi ideologia maçônica. Na 2ª Republica se transformou em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e que a Maçonaria tomou tal divisa emprestada à Republica. Esse hábito que a Maçonaria tem em adotar Símbolos, Emblemas, Divisas, etc, é muito salutar, no sentido de incutir força moral em seus ensinamentos. Desse modo, como exemplo, ela foi buscar e adotou a “Estrela de Cinco Pontas” e promove, através dela, todo esoterismo cabível e adequado. Esse Símbolo é muito antigo e muitos Maçons acham que a Maçonaria, por possuí-lo, é tão antiga quanto ele. Ledo engano: esquecem que esse Símbolo só apareceu na Maçonaria na sua Fase Especulativa, de 1717 para cá. PILULA MAÇÔNICA Nº 71 Fênix e Ouroboros O elemento mitológico “Fênix” e o símbolo esotérico “Ouroboros” O “mito”, em geral, é uma narração que descreve e retrata em linguagem simbólica a origem dos elementos e postulados básicos de uma cultura. É um fenômeno cultural complexo e que pode ser encarado de vários pontos de vista. Como os mitos se

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referem a um tempo e lugar extraordinários, bem como a deuses e processos sobrenaturais, têm sido considerados com aspectos de religião. A Maçonaria, entre outros, refere-se com freqüência, a um mito e a um símbolo, que descreveremos a seguir: “Fênix” – ave lendária na região da Arábia, era consumida pelo fogo a cada período de tempo, e a mesma Fênix, nova e jovem, surgia de suas próprias cinzas. Deste modo, quando sentia próximo o seu fim, ela juntava em seu ninho, madeira bem seca e palha, que exposto aos raios solares se incendiava e, juntamente com a ave, ardia em chamas. Confiante e a espera da própria ressurreição, pois o fogo que a consumia não lograva matá-la, surgia do resíduo da combustão de seus ossos, uma larva, cujo crescimento ocasionava o aparecimento, novamente, da própria Fênix. Assim, a Fênix é o símbolo da imortalidade de nossa alma e da materialidade de nossos corpos. Fixa a idéia de que o “corpo” se reduz a cinzas, enquanto que a “alma” é eterna. Há quem vê nesse mito, o caráter cíclico dos acontecimentos, mas existe um símbolo esotérico, mais apropriado para essa interpretação, que é o que descrevo a seguir: “Esoterismo”, vocábulo arcaico grego, referiase aos ensinamentos reservados, normalmente obras de grandes filósofos, sobre a origem do mundo, nossa origem e nosso fim, transformando-se em verdadeiros tratados, dados a pessoas preparadas, ou em preparação, com condições de absorve-los, conhecidos como “adeptos” ou “iniciados”. É o oposto de “Exoterismo”, que referia-se ao conhecimento comum, transmitido ao público, em geral.

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“Ouroboros” – importantíssimo símbolo esotérico, de origem muito antiga, representada pela serpente que morde a própria cauda, nos dá a entender o caráter cíclico de todas as coisas. Significando que, como afirmava IrCastellani, “todo começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo”. É o símbolo do tempo e a continuidade da vida. Os “ciclos” se completam, e conforme os ocultistas, os retornos promovem a renovação perpétua. Deste modo, como nos dizia o IrVaroli Filho “É possível que tudo o que existe já tenha existido”. O “Eclesiastes” já proclamou que não há nada de novo sob o sol. Escavações arqueológicas, descobertas de áreas semelhantes a campos de aviação, mapas antigos como os do almirante turco Piri Reis, revelando verdades surpreendentes, nos faz crer, que um ciclo semelhante ao nosso tempo atual, nos precedeu. O Universo está em expansão. Tudo nos leva a crer (não existe confirmação, só hipótese) que após ela, o Universo irá se contrair. E depois? Provavelmente, novo “Big Bang” e nova expansão!

PILULA MAÇÔNICA Nº72 Abater Colunas Em todos os Templos das Lojas Simbólicas existem, próximas à porta de entrada, muitas vezes no Átrio, outras vezes pelo lado de dentro do Templo, duas colunas com as letras “B” e “J”. Na minha opinião, devem estar no lado de dentro, pois são consideradas como Símbolos Maçônicos. Entretanto, o termo “abater colunas” não se refere à essas colunas, mas à outras, que ao meu ver, são muito mais importantes, como veremos a seguir.

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As Colunas “B” e “J”, determinam, principalmente, o local que deve ser ocupado em Loja, respectivamente, pelos Aprendizes e pelos Companheiros. Há diferenças, dependendo do Rito em que a Loja está trabalhando. Assim, para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Coluna “B” está à esquerda de quem adentra o Templo, e a Coluna “J”, à direita. Formam, pois a Coluna dos Aprendizes e a Coluna dos Companheiros. Considerando, simbolicamente, que ao longo do Oriente-Ocidente da Loja está a Linha do Equador, temos, então, a Coluna do Norte e a Coluna do Sul, sempre citadas em nossos rituais. Além dessas existem ainda, no R.:E.:A.:A.: as Colunas Zodiacais. Finalizando, existem outras “Colunas”, simbólicas, importantíssimas. Desse modo, simbolicamente, a Loja está apoiada em três colunas: a Coluna do Venerável Mestre, ou a “Coluna da Sabedoria”; a Coluna do Primeiro Vigilante ou a “Coluna da Força”; e a Coluna do Segundo Vigilante ou a “Coluna da Beleza”. Portanto, abater colunas, é derrubar as colunas que sustentam, simbolicamente, uma Loja, ou seja, é abater as Colunas da Sabedoria, da Força, e da Beleza! “Abater Colunas”, segundo Mestre Nicola Aslan “é quando uma Loja Maçônica não se reúne mais com regularidade, nem mesmo para renovar os mandatos de sua administração, e por falta de Obreiros suspende os seus Trabalhos”. Dizemos, então, que “abateu colunas” ou “adormeceu”. Os procedimentos exigem, que para uma Loja continuar trabalhando, existam ao menos sete Obreiros, sendo, pelo menos, três Mestres.

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Somente como esclarecimento, deve fique claro que: “estar entre Colunas” ou “falar entre Colunas” estamos nos referindo à essas últimas colunas citadas, ou seja, as Colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, e não, estar entre as Colunas “B” e “J”, ou entre as Colunas Zodiacais. PILULA MAÇÔNICA Nº 73 Instalação do Venerável Mestre É uma cerimônia Maçônica, repleta de simbolismo e alegorias, tendo por finalidade a transmissão do cargo de Venerável Mestre, que é a autoridade máxima de uma determinada Loja. Ao ocupar o “Trono de Salomão”, alegoricamente falando, o obreiro deverá ficar revestido de poder e sabedoria e, durante um ou dois anos, assumirá o veneralato da referida Loja. Segundo alguns historiadores maçônicos essa cerimônia foi, a princípio, típica do Rito praticado na Inglaterra, metade do século XVIII, quando ainda haviam lá duas emergentes Obediências: a dos Modernos e a dos Antigos, que posteriormente, em 1813, se uniram e formaram a GLUI. Segundo Mackey, a Instalação é mais antiga, surgindo juntamente com as Constituições de Anderson, em 1723, elaborada por Desaguliers Inclusive, em 1827, devido à pequenos desvios que começaram a surgir, foi criado, pelo Grão Mestre, na Inglaterra, um “Conselho de Mestres Instalados” com a finalidade de coordenar todas as atividades contidas no Ritual de Instalação. Com o passar dos tempos, todos os demais Ritos, como o R.:E.:A.:A.:, por exemplo, copiaram e adotaram essa prática Maçônica.

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O novo Venerável Mestre é “Instalado” pelo Mestre Instalador, que pode ser um Grão Mestre, ou um ex- Venerável Mestre, e sua comitiva. Em seguida, o novo Venerável Mestre instala todos os Oficiais de sua Loja que realizarão suas funções, sob juramento, até que sejam substituídos por outros, instalados da mesma forma. Na verdade, esse ato de dar posse de um cargo, dando o direito de exercer os privilégios inerentes, é bem antiga e já era praticada pelos antigos romanos, que instalavam seus novos sacerdotes, normalmente pelos Augures (sacerdotes que prediziam o futuro). A origem do nome “instalação”, em português, vem da palavra francesa installer que por sua vez vem do latim medieval Installare (stallum significa cadeira, e in é estar dentro, adentrar). Outras associações iniciáticas, também possuem Instalações. Os padres da Igreja Católica, por exemplo, também são instalados em suas paróquias.

PILULA MAÇÔNICA Nº 74 Erro não! Tentativa de acerto. Na Maçonaria, os Aprendizes, por alguns meses ficam calados, quietos na sua Coluna, absorvendo os modos e maneiras de se comportarem em Loja de acordo com o Rito usado, e isso e é totalmente normal. Entretanto, com o passar desses meses, esses Aprendizes devem se liberar da inibição inicial e começar a expressar suas opiniões sobre Peças de Arquitetura, que são os Trabalhos apresentados por outros Aprendizes. Além do mais, devem apresentar

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também suas Peças de Arquitetura, além daquelas exigidas pelo regulamento da Loja. O que ocorre é que, muitas vezes, com medo de errarem e de serem criticados, esses Maçons se retraem e geram uma auto castração da criatividade e da iniciativa, na participação dos trabalhos da Loja. Ficam como passarinhos na muda das penas: quietos e calados! Entretanto, existe uma diferença muito grande em “errar” deliberadamente e “fazer uma tentativa de acerto”. Ninguém gosta de cometer erros ou de fazer trabalhos inadequados. Entretanto, quando fazemos algo de modo bem intencionado, convicto de estarmos certo e, assim mesmo, ficar provado que algo era inverídico, isso não deve ficar caracterizado como um erro, mas como uma tentativa de acerto. Devemos aprender com as nossas tentativas de acerto. Com as dos outros, também! É por isso que estudamos História. Para aprendermos, ou deveríamos aprender, o que não deve ser repetido e como não deve ser repetido. Se encararmos o “erro” como uma “tentativa de acerto” veremos que, mesmo ocorrendo fatos ou trabalhos inadequados, nossa auto estima e confiança aumentam, fazendo com que continuemos trabalhando, tomando decisões, dando opiniões. Temos que ter em mente que é humanamente impossível “acertarmos” todas as vezes. Portanto, essas “tentativas de acerto” devem ser como uma aprendizagem. Em cada “tentativa de acerto” faremos cada vez melhor o que foi proposto. Thomas Edson falava e fazia exatamente o que está descrito acima É isso que a vida, em geral, nos tem mostrado. As grandes descobertas não foram realizadas de uma única vez, mas, passo a passo, aprendendo com falhas anteriores e, inclusive, falhas dos outros.

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Por isso, meus Irmãos Aprendizes, façam Trabalhos, participem, colaborem com suas idéias e opiniões pois, não trabalhar, não participar e ficar calado é improdutivo e menos gratificante. Pessoas que não tentam fazer ou falar algo, com medo de errar, não se desenvolvem! Todos os Aprendizes bem intencionados devem parar de pensar que podem estar cometendo “erros” e, sim, pensar que estão fazendo “tentativas de acerto”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 75 Cores na Maçonaria. O estudo do significado das cores, na Maçonaria, é de vital importância pois permite facilidades e melhor entendimento no estudo do Simbolismo. Elas figuram e estão presentes em todos os Ritos e em todos os Graus. É muito importante que se estude, também, o simbolismo das cores para que possamos entender o seu significado nos nossos paramentos, painéis e estandartes. Na natureza, o “Arco Iris” formado pelas gotículas de água refletindo a luz solar tem as seguintes cores (de dentro para fora): violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. No Rito Escoces Antigo e Aceito percebemos que há uma estreita ligação entre suas cores usadas e o que está descrito acima. Assim, nesse Rito, que é composto de 33 Graus, o mesmo é dividido em cinco secções. Nelas é que aparecem as definições das cores na Maçonaria, conforme descrito abaixo: A “Maçonaria Azul” compreende os Graus Simbólicos, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre.

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A “Maçonaria Verde” que refere-se às Lojas de Perfeição, que compreende os grau do 4 ao 14. A “Maçonaria Vermelha” que refere-se às Lojas Capitulares (Capítulos Rosa-Cruz), que compreende os grau do 15 ao 18. A “Maçonaria Negra” que refere-se às Lojas do Conselho Kadosh, que compreende os grau do 19 ao 30. A “Maçonaria Branca” que que refere-se às Lojas do Consistório e Supremo Conselho, que compreende os graus do 30 ao 33. De acordo com Mestre Nicola Aslan, em seu Dicionário Enciclopédico, temos: - AZUL: é simbolicamente, na Maçonaria, a cor do céu no seu infinito, como infinita deve ser a tolerãncia condicionada nas atitudes dos Maçons nos tres primeiros graus – Aprendiz, Companheiro e Mestre. - VERDE: essa cor simboliza, precisamente, a transição, a passagem da “pedra cúbica” para a “pedra polida”. Esse polimento é a abertura da mente do Mestre para novos e surpreendentes conhecimentos. - VERMELHO: é a cor do elemento fogo. É a cor do sacrificio e do ardor que deve animar o comportamento dos Rosa-Cruzes. - PRETA: é a cor do luto e da tristeza que atormentam o Iniciado quando acredita que o seu desejo de excelsitude, o seu sacrifício e o seu ardor têm sido vãos. - BRANCA: é a cor que simboliza a paz e a serenidade do Iniciado que alcançou a plenitude da Iniciação, quando desenvolveu em si a espiritualidade pura, livre de toda sentimentalidade.

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Infelizmente, é comum se ouvir em trabalhos de Mestres, sobre “Maçonaria Azul” e “Maçonaria Vermelha” informando que a vertente da Maçonaria oriunda da França, com tendências revolucionárias, é a “Maçonaria Vermelha” e a vertente mais conservadora, mais comportada, oriunda da Inglaterra, é a “Maçonaria Azul”. Entretanto, essas afirmativas não encontram respaldo dos historiadores maçônicos, sérios.

PILULA MAÇÔNICA Nº 76 A Colméia e a Maçonaria. A Colméia, e consequentemente a ação das abelhas, teve seu aparecimento anteriormente no Egito, Roma antiga e no mundo Cristão, antes de fazer parte do Simbolismo da Francomaçonaria. No antigo Egito, nos esclarece o Mestre Nicola Aslan, “a Colméia tinha interpretações místicas. Representava as leis da natureza e princípios divinos. Lembrava que o homem devia construir um lugar onde pudesse trabalhar, e isto era representado pelo Templo. Dentro desse Templo todos devemos estar ocupados numa produção cooperativa e mútua”. No século XVIII a Francomaçonaria adotou a Colméia como um símbolo do trabalho, ou seja, como símbolo da diligência, assiduidade, esforço, da atividade constante.A Colméia e suas abelhas simbolizam também a Sabedoria, a Obediência e o Rejuvescimento. Desde então, este simbolo maçônico tem aparecido, e antigamente com mais frequencia, nas ilustrações maçônicas. Na “Enciclopédia da Francomaçonaria” de Albert G. Mackey, é dito que os maçons devem “observar as abelhas e aprender como são laboriosas e

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que notável trabalho elas produzem, prevalecendo os valores da sabedoria, apesar de serem frágéis e pequenas”. Em outras literaturas, temos encontrado também que: “a Colmeia é um emblema do trabalho assíduo, ensinando-nos um comportamento racional e inteligente, laborioso e nunca descansarmos enquanto tivermos ao nosso redor Irmãos necessitados, aos quais podemos ajudar, sem prejuizo para outros”. E, para finalizar, podemos citar Ralph M. Lewis, na sua interpretação mística desse Simbolo: “o homem deve modelar suas ações e seu corpo fisico de modo que possa conter e preservar as riquezas, doçuras e frutos de seu trabalho e experiências, não para um uso egoísta, mas para ajudar e fortalecer aos outros”.

PILULA MAÇÔNICA Nº 77 Lembrando aos Maçons que... Filosofismo, palavra cuja raiz vem de “filosofia” (estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem) é muitas vezes usada designar os Altos Graus de alguns Ritos, principalmente o REAA. A aplicação está errada, pois filosofismo tem como significado: mania filosófica ou falsa filosofia. Venerança, termo muitas vezes usado designar o cargo do Venerável Mestre de uma Loja está errado, pois apesar supormos ser um neologismo do linguajar maçônico, o correto é Veneralato, tendo similaridade com as palavras terminadas em “el”. Coronel – Coronelato. Venerável – Veneralato.

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Escocismo, palavra usada para nos referirmos ao REAA. Esse uso está errado, pois o correto é pegarmos a palavra e acrescentarmos o sufixo “ismo” (formador de nomes seitas, doutrinas, vícios, etc). Assim : ingles inglesismo. Portugues portuguesismo. Escocês - Escocesismo. Kadosch, palavra designando a Oficina Litúrgica que trabalha nos graus 19 a 30 do REAA, está com a grafia errada, pois o correto é Kadosh (sagrado, em hebraico). Igualmente para Conselho Kadosh (e não Conselho de Kadosh). O Primeiro Conselho do REAA teve sua fundação em Charleston, no estado da Carolina do Sul, EUA, em 31 de maio de 1801, liderada por Frederic Dalcho, usando a divisa “Ordo ab Chao” (Ordem no Caos) tirando a Maçonaria da anarquia em que se encontrava, nos Altos Graus.. Há uma versão histórica de que esse Primeiro Conselho foi organizado por Frederico II, rei da Prússia, em 1786. Não há nada de verídico nisso, pois em 1786, Frederico já estava bastante doente, e velho para a época, vindo a falecer nesse mesmo ano. Além disso, por que motivo esse fato ficaria oculto na Europa até 1802, quando começou a aparecer nos EUA.? A verdade é a Europa nunca aceitou esse importante episódio maçônico ser fruto de um país “selvagem” como os EUA, na época, e criou mais uma “lenda”. Elias Ashmole não redigiu os Rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom em 1646, 1647 e 1649, respectivamente. Isso é balela do ultrapassado escritor maçônico Jean-Marie Ragon (1781-1862). A Grande Loja Unida da Inglaterra não menciona isso. O próprio Ashmole, em seu “Diário” assinala somente duas passagens maçônicas: uma em 1646 e outra em 1682. Portanto, 36 anos depois. O grau de Mestre, cujo Ritual se diz ter sido feito por Ashmole em 1649, só apareceu cerca de oitenta anos depois!

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Além disso, Ashmole foi Iniciado em 16 de outubro de 1646. Como poderia ter escrito o Ritual de Aprendiz, nesse mesmo ano? ( esta Pilula foi baseada em diversos livros e Trabalhos do Mestre Castellani)

PILULA MAÇÔNICA Nº 78 Sessão Magna As Sessões de uma Loja, de acordo com o Regulamento Geral da Federação (RGF) estão regulamentados pelos artigos 108 a 113. Para melhor elucidação, transcreve-se o art. 108: “Art. 108. As sessões das Lojas serão ordinárias, magnas ou extraordinárias. As magnas se subdividem em : sessões magnas privativas de Maçons e sessões magnas admitida a presença de não-maçons (conferencias, palestras, como exemplo). Essa última, admitindo a presença de nãomaçons, tem uma ritualística própria que está descrita abaixo, juntamente com alguns esclarecimentos: Essa sessão é chamada também de Magna Pública. Muitas Lojas chamam-na de “Sessão Branca” o que é um erro, pois dá a entender que existe uma “Sessão Negra” o que não é verdade. Essa Sessão deverá ser aberta sempre no Grau de Aprendiz, estando presentes os Irmãos do quadro da Loja e Irmãos visitantes de outras Lojas, se for o caso. A rigor deveria ser aberta ritualisticamente

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com os membros da Loja e, só depois disso liberar a entradas dos Irmãos visitantes. Em seguida, após golpe de malhete, advertir a todos que será feita a entrada dos visitantes nãomaçons e que todos os sinais maçônicos estão suspensos. O Mestre de Cerimonias obedecendo os protocolos próprios (espadas, etc), dá entrada do pessoal, orientará e colocará, como é costume em nossas Lojas, as mulheres nos assentos do lado direito de quem entra (Coluna da Beleza – 2º Vigilante) e os homens nos assentos da esquerda (Coluna da Força – 1º Vigilante). Após isso, caso exista altas autoridades Maçônicas, elas deverão entrar e, em seguida entra a Bandeira Nacional, considerada a maior autoridade. Isso tudo obedecendo os protocolos do Rito praticado. Após as solenidades, faz-se o inverso, terminando com o encerramento Ritualístico da Sessão.

PILULA MAÇÔNICA Nº 79 Escada de Jacó e Escada em Caracol Apesar das duas serem Símbolos Maçônicos, e se tratar de escadas, na verdade, são bem distintos um do outro. A Escada de Jacó é um Símbolo Iniciático, com forte caráter religioso, é usado em outras Ordens, inclusive religiosas. A Maçonaria, apesar de não ser uma religião, a utiliza na Simbologia, para transmitir seus ensinamentos. Ela se se origina na Bíblia, referindo-se ao sonho que Jacó, filho de Isaac e de Rebeca e irmão de

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Esaú, teve um dia, no campo. Lá diz que, Jacó temendo a cólera de seu pai, pois havia comprado os direitos de primogênito de Esaú, seu irmão, fugiu para a Mesopotâmia. No caminho, em Betel, enquanto dormia com a cabeça apoiada numa pedra, sonhou com uma escada fixa na terra e a outra extremidade tocando o céu. Por ela os anjos subiam e desciam e ele ouvia Deus dizendo que sua descendência seria extremamente numerosa. Obviamente, pode-se dar inúmeras interpretações a esse sonho. Vai depender somente da nossa imaginação. A interpretação que a Maçonaria dá para essa lenda é de que o conhecimento de todas as coisas é adquirido de forma gradual, como se estivéssemos subindo uma escada, degrau por degrau. Aparentemente isso parece ser fácil, mas não é. Exige sacrificios, constancia e persistencia. Aliás, pensar que tudo é fácil, é uma característica do ser humano. Uma vez eu ouvi em Loja que fazer uma piramide, como as dos Egito é muito simples...só precisa colocar as pedras uma em cima das outras. Realmente muito simples! Conforme Nicola Aslan (Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria), esse símbolo está contido no painel do Grau de Aprendiz, com sete degraus, representando as sete virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza da alma, Prudência, Justiça, Fé, Esperança e Caridade. Ë comum, pois, depois da Iniciação, dizer-se que o Aprendiz subiu o primeiro degrau da Escada de Jacó, ou seja, deu o primeiro passo no caminho de seu aperfeiçoamento moral. A Escada em Caracol, como o próprio nome diz, é uma escada em espiral, e é o Símbolo do Companheiro. No Grau de Companheiro é onde o Obreiro adquire o máximo de conhecimentos, e isso é típico desse grau, preparando-se para entrar no Grau de Mestre. Simbolicamente, nesse grau, ele deve girar em torno de si , absorvendo tudo a sua volta e

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atingindo, além disso, níveis superiores, cada vez mais aperfeiçoados. Assim, ao atingir o Grau de Mestre que é o esplendor da sua carreira maçônica, o Obreiro poderá começar a transmitir seus conhecimentos adquiridos, ou iluminar, clarear, a mente dos novos Aprendizes e de todos com os quais convive. Ser Mestre Maçom não é ser o dono da Verdade! Mas é ser dono da própria vontade e buscá-la, sem esmorecer e mostra-la ao mundo. PILULA MAÇÔNICA Nº 80 O significado de “loja” na Idade Média. Conforme explicação no artigo escrito “Irmãos na Idade Média” do Irmão N.B.Spencer, da Nova Zelandia, 1944, temos que: “os Maçons da Idade Média, usavam a Loja (ver Pilula Maçônica nº 19) como um local de trabalho, reservado aos olhares de curiosos. A pedra não trabalhada, disforme, era trazida das pedreiras e era trabalhada, conformada e colocada no esquadro, dentro dessa área coberta, chamada de “Loja”. Essa Loja era colocada, evidentemente, ao longo das grandes construções e podia ter janelas somente em tres dos seus lados”. Na antiga Maçonaria Especulativa já era comum serem feitas as perguntas: - quantas Luzes Fixas há na Loja? “Três” é a resposta. - Para que são usadas? “Para ser a fonte de luz aos homens e iluminar o seu trabalho” é a outra resposta. Desse modo, o Venerável Mestre e os dois Vigilantes, que fazem o trabalho que exige maior habilidade, devem estar sentados abaixo das janelas no Leste, Sul e Oeste, e os Aprendizes que fazem trabalhos mais

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simples, não necessitam da mesma quantidade de luz, se sentam ao Norte, onde não há janela. PILULA MAÇÔNICA Nº 81 O que é o “Poema Regius” Como o próprio nome diz, é um poema, muitas vezes chamado de “Manuscrito Regius” ou “Manuscrito Halliwell”. É considerado o mais antigo documento manuscrito dos “Antigos Deveres” (Old Charges) da Francomaçonaria. É datado de aproximadamente 1390 e está escrito em ingles arcaico, sendo, portanto, difícil de ser lido sem ajuda de especialistas. Está preservado no Museu Britânico para qual foi presenteado pelo Rei George II. Sua importância não foi reconhecida até 1840 quando a primeira versão foi imprimida por J.O Halliwell. A razão de ter sido, por longo tempo, não reconhecido como um documento Maçônico, foi porque ele estava indexado com o título de “Um Poema de Deveres Morais”. O Manuscrito Regius foi recentemente reimprimido por Knoop, Jones e Hamer no artigo “Os Dois Mais Antigos Manuscritos”. A tradicional história nessa versão, começa com a estória de Euclides e em adição, instruções Maçônicas que contêm muita orientação, em geral, comportamental e algumas de cunho religioso. O Manuscrito Regius contém, também, a lenda do “Quatuor Coronati” versando sobre os quatro mártires coroados (ver Pílula Maçônica nº 40). (artigo extraido de livros Neo Zelandeses).

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PILULA MAÇÔNICA Nº 82 Abraço Fraternal Maçônico Segundo o grande Mestre Nicola Aslan, no “Dicionário Enciclopédico da Maçonaria, editora “A Trolha” , o Abraço Fraternal, ou Tríplice Abraço, dos Maçons consiste em passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Irmão e o braço esquerdo por baixo do braço direito do mesmo. Estando os dois nessa posição, batem brandamente com a mão direita as pancadas que constituem a bateria do Aprendiz. Feito isso, invertem a posição dos braços. Por fim, invertemse novamente, voltando a primeira posição, repetindose sempre, a formalidade da bateria. Dá-se o abraço toda vez que um Oficial titular de um cargo retornar ao seu lugar, provisoriamente ocupado por um substituto. Além do mencionado acima, o Abraço Fraternal maçônico é dado também no Ritual da Iniciação O abraço dado sinceramente prova, melhor do que tudo, a verdadeira fraternidade maçônica. Seguramente, e já fui questiomado sobre isso, o Abraço Fraternal Maçônico não tem nada a ver com os "cinco pontos da perfeição". Somente dois movimentos são semelhantes. Inclusive, no primeiro caso o abraço é dado ao Recipiendário pelo Venerável Mestre na Iniciação do mesmo. No segundo caso, estamos nos referindo ao Grau de Mestre. Portanto, se tivessem algum relacionamento, o Triplice Abraço só poderia ser dado aos Irmãos que tivessem chegado ao terceiro Grau Simbólico, o que não ocorre. PILULA MAÇÔNICA Nº 83 REUNIÃO EM FAMILIA Brethren,

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A título de esclarecimento, vamos comentar o que segue abaixo: 1) Existe uma Loja Extraordinaria, conforme Regulamento Geral da Federação (RGF), denominada "Conselho de Familia" que é constituida para conciliação de seus membros (Art. 108-113 e Art. 223). 2) Existe um outro tipo de Loja denominada "Loja de Familia", que segundo o Mestre Nicola Aslan em seu "Grande Dicionário Enciclopédico Maçônico" é a denominação às Sessões destinadas exclusivamente aos assuntos administrativos e particulares de uma Oficina. 3) existe um outro evento maçônico, que é colocar uma Sessão Ordinaria "em família", muito comum no R.E.A.A. A sessão é interrompida para discussão de um assunto, ou para a apresentação de um Trabalho, ou para Instruções dos Graus. Muitas vezes, na apresentação de um Trabalho com projeção de imagens, por exemplo, os Obreiros deixam suas posições iniciais, inclusive os Oficiais, e se sentam de frente para a tela. Nas Instruções, pode-se formar um círculo, de tal modo que, todos os envolvidos na Instrução, estejam face a face. Para realizar isso, o Venerável avisa, e ele tem autoridade para isso, que com o bater de seu malhete e dizendo que a "Loja está em familia", a Ritualistica não será mais seguida. Para interromper, bate com seu malhete e declara "em Loja meus Irmãos". No Rito de York também existe algo parecido, quando a sessão é interrompida por alguns minutos para os Obreiros beberem algo e comerem alguns “salgadinhos”, Posteriormente, entram em sessão novamente e depois realizam o ágape.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 84 A Grande Loja dos “Antigos” na Inglaterra Já foi esclarecido anteriormente que, além da Primeira Grande Loja de Londres, houve outras e a mais importante, a grande rival, foi a dos “Antigos” fundada por um irlandês, pintor de paredes, de sobrenome Dermott. Sabemos também que em 1813 elas se uniram, dando origem a Grande Loja Unida Inglaterra. Na minha opinião, o nome deveria ser “Tradicionalistas” em vez de “Antigos” pois pretendiam, como veremos abaixo, manter, de maneira extremamente rígida, as antigas tradições maçônicas e apelidaram, de modo pejorativo, os membros da Primeira Grande Loja, de 1717, de avançados, modernos. Os membros das Lojas dos Antigos, até recentemente eram chamados de “separatistas”, mas investigações tem mostrado que nenhum dos fundadores pertenceu a qualquer uma das Lojas aderentes a Primeira Grande Loja. Portanto, esse termo “separatistas” parece não ser aplicado, no caso. Eles eram, na maioria, Irlandeses residentes em Londres. Isso nos permite pensar e concluir que tenha ocorrido um racismo, muito comum na época, por parte dos ingleses formadores da Primeira Grande Loja. As causas da separação foram enraizadas principalmente na negligência e na débil administração da Primeira Grande Loja naquele tempo e, principalmente, em certas mudanças nos costumes e na Ritualística, as quais foram feitas deliberadamente com o propósito de excluir impostores e oportunistas na Ordem, devido publicação do livro “A Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard.

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Vamos citar abaixo, algumas prováveis mudanças que provavelmente colaboraram na referida separação: • A descristianização da Francomaçonaria desde os primórdios, em 1723, quando foi feito o livro das “Constituições” pelo reverendo Anderson. • Desleixo referente aos dias de São João Batista e São João Evangelista, como festivais especiais Maçônicos. • A mudança dos modos de reconhecimento no Grau de Aprendiz e no Grau de Companheiro. Esta era, aparentemente, a principal causa ofensiva. • Abandono de partes esotéricas na Instalação de Mestres. • Negligências referente ao Catecismo, ligadas a cada Grau. Felizmente, em 1813, após anos de preparação e acertos, as duas grandes Lojas se uniram e deram ao mundo maçônico a Grande Loja Unida da Inglaterra, Potência Mor das Obediências Maçônicas.

PILULA MAÇÔNICA Nº 85 Carater Social na Maçonaria Neste artigo, vou transmitir para todos aquilo que o Irmão Mestre Albert Gallatin Mackey afirma na sua “Encyclopédia of Freemasonry – vol 2”: A Francomaçonaria atrai nossa atenção como uma grande Instituição Social

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Deixando de lado, dentro da Loja, as artificiais distinções de posição e riqueza que são, contudo, nececessárias no mundo para o progresso normal da sociedade profana, os seus membros reunem-se em suas Lojas tendo em comum um nível de fraternidade e igualdade. Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem preeminência, sendo o grande objetivo de todos o esforço para poder trabalhar melhor e colaborar ao máximo com todos. A forte amizade e a afeição fraternal são incultadas ativamente e são assiduamente cultivadas e, tendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira peculiar a sociedade alí formada. E é por isso que Washington declarou que o benevolente propósito da Instituição Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça humana. NOTA: Albert Gallatin Mackey, americano, foi um dos maiores historiadores maçônicos. Grande pesquisador da Ritualística e da Simbologia maçônica. Ele nasceu em Charleston, Carolina do Sul, em 12 de março de 1807, falecendo em 1881.

PILULA MAÇÔNICA Nº 86 Os Princípios da Maçonaria Brethren, Entre os muitos Princípios que orientam nossa sublime Ordem vou destacar alguns:

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• A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, educativa, beneficente e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. • É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um. • A Maçonaria não promete nada aos Iniciados. Somente lhes fornece as ferramentas, e os ensina como desbastar a “Pedra Bruta”. Por incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os profanos, intensamente, procuram desvendar. • A Maçonaria prima pela Liberdade. Na Maçonaria, o Maçom livre, deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos. Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de "bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a uma vida mais perfeita e aproveitável. • A Maçonaria prima pela Tolerância. É o princípio da tolerância que permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém, como citou o IrTheobaldo Varoli Filho: "não se entendam por tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a passividade

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exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer credo". • Proclama que os homens são livres e iguais em direitos. Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico.

PILULA MAÇÔNICA Nº 87 A Importância do Maçom Aceito Como já visto em artigo anterior (vide Pílula Maçônica Nº66), o termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos Maçons. Lá é mencionado, também, entre outras coisas, que os membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. O primeiro deles, parece ter sido John Boswell (Lord Auchinleck), em Edimburgo, Escócia. Robert Murray (1641) e Elias Ashmole, por exemplo, também foram “Aceitos”. O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos

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demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro. Mestre Raimundo Rodrigues relata em “Cartilha do Mestre” – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda: “os rosacrucianos, ao lado de nobres, religiosos, hermetistas, intelectuais, alquimistas, ingressando nas lojas da Escócia e Inglaterra, proporcionaram mudanças tais que fizeram com que a nova Maçonaria adquirisse normas e formas completamente diferentes de tudo aquilo que formava a Maçonaria Operativa, até pelos idos do século XVI.....aliás, a maçonaria adotou normas, princípios filosóficos não só dos rosacrucianos, mas de uma série de organizações, algumas mais antigas, como Steinmetzen, dos alemães, Guildas, Compagnonage, Templários, Essênios, etc. Sabe-se com absoluta certeza que a Ordem Maçônica formou todo seu arcabouço doutrinário por meio da adoção de todos aqueles sadios princípios abraçados por Instituições sérias, de grande conteúdo moral e ético.” Existem documentos e relatos que comprovam que, após a “Reforma Religiosa”, houve uma escassez de obras, provocando a decadência dos Operativos. Com a entrada dos “Aceitos”, em crescente número de príncipes, lordes e homens de cultura, houve uma forte modificação nos hábitos e na maneira de agir dos Operativos. Surgindo, Especulativa.

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O Avental Na Maçonaria o Avental é o símbolo do trabalho. Todos nós sabemos que sem estar vestindo o avental é proibido entrar em Loja Simbólica. Na Maçonaria Operativa o Avental era de couro, sendo usado naquela época, pelos canteiros e talhadores de pedra das corporações de oficio medievais para proteção do corpo contra estilhaços de pedra. Cobria o peito, abdome e parte dos membros inferiores. O Avental Maçônico entrou para a Maçonaria Especulativa como um legado da Maçonaria Operativa. Apesar de que, por ser a Maçonaria uma Instituição Iniciática, os simbolistas, principalmente os franceses, ligaram o Avental às sociedades iniciáticas do passado, nas quais o avental também era tido como um símbolo. Ligado a isso, o Avental tornou-se, ao mesmo tempo, o símbolo do trabalho constante e da pureza de suas intenções. É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria e é a primeira insígnia que o Aprendiz recebe quando é Iniciado. Ele é totalmente branco e essa cor alude à pureza, à candura e a inocência que deve possuir aquele a quem orna. Como sempre afirmamos, a imaginação dos Maçons é extremamente fértil e o que criaram, ou melhor, inventaram sobre as interpretações do Avental, daria (e deu) para escrever diversos livros. Para finalizar, conciliando os pensamentos de diversos escritores autênticos, como Theobaldo Varolli Filho, Nicola Aslan e José Castellani, sobre isso, temos: “são ridículas e desprezíveis as interpretações em torno dos Aventais, feitas por Maçons apegados a fantasias e invencionices.

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Diversas bobagens se infiltraram lamentavelmente na Maçonaria, mas devem ser de todo repelidas pelos Maçons autênticos. Manifestações sectárias são desrespeitosas à consciência de Irmãos de outras crenças.”

PILULA MAÇÔNICA Nº 89 A Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é um “repeteco” do meu primeiro trabalho quando era Aprendiz, feito muitos anos atrás. É um trabalho curto e simples sobre a Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é dirigida, principalmente aos Aprendizes que estão se iniciando na realização espiritual e na condução ao aperfeiçoamento. Esse início é o despertar da consciência adormecida, da mente, das emoções e aprimoramento dos atos. É o amanhecer da consciência interior, que esteve até agora, adormecida ou inativa. Devemos nos descobrir e caminhar da direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas. A Paciência, é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência. Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com

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o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios. Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores.. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro. A paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “ O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”. Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito. Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos: “A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”.

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PILULA MAÇÔNICA Nº 90 Circulação em Loja Referente à circulação em Loja, no R.E.A.A., praticada pelo Hospitaleiro (Tronco de Beneficência) e pelo Mestre de Cerimônias (Saco de Propostas e Informações) vamos esclarecer alguma coisa, com o texto que segue abaixo, baseado nos diversos artigos do Mestre José Castellani: Primeiramente deve ser dito e elucidado que as “Três Luzes da Loja”, como já dito, são o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante. Eles são também as “Dignidades” da Loja. O Orador e o Secretário são as outras “Dignidades” e os demais membros da Administração são os “Oficiais”. Igualmente deve ser dito que o Cobridor (interno e externo) pela importância da função, pois segundo a antiga tradição, cuida da segurança da Loja, esse cargo normalmente era ocupado pelo Past Máster mais antigo, devido a experiência adquirida. Assim, levando em consideração o escrito acima, a circulação formal começa no Venerável Mestre, seguindo em direção ao Primeiro Vigilante e ao Segundo Vigilante. Volta ao Oriente, com o Orador, o Secretário e posteriormente, com o Cobridor. Em seguida, todos os Mestres com assento no Oriente. Continuando, os Mestres no Ocidente, com assento na Coluna do Sul seguido dos Mestres com assento na Coluna do Norte. Depois os Companheiros e finalmente os Aprendizes. Caso o Grão Mestre, ou seu Adjunto, estarem presentes em Loja, após o Venerável, o segundo contato, na circulação, é com eles.

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Como foi dito, essa é a circulação formal nesse Rito, e foi baseada na tradição. Devido ao fato de, aparentemente, os três primeiros contatos formarem um triangulo com o ápice para cima e os outros três contatos formarem um triangulo com o ápice para baixo, formando, de modo um tanto quanto forçado, uma Estrela Hexagonal, as “corrente místicas” sugerem ser este o motivo dos seis primeiros movimentos da circulação em Loja.

PILULA MAÇÔNICA Nº 91 O Formato do Templo A forma do Templo Maçônico (extraído e adaptado em tradução livre da “Enciclopédia” – Albert G. Mackey) é dito ser um paralelogramo – tendo seu maior comprimento na direção Leste-Oeste – sua largura do Norte para o Sul. Um quadrado, um círculo, um triangulo ou qualquer outra forma que não seja um paralelogramo, é maçonicamente incorreto, pois esse formato deve ser a expressão da idéia maçônica que foi intencionadamente convencionada. Na era Salomônica – que foi a época da construção do primeiro Templo de Jerusalém – o “mundo”, e isto deve ser lembrado, era suposto ter a forma oblonga, a qual foi então simbolizada. Se, por exemplo, no mapa-mundi atual nós traçarmos uma figura oblonga, com as linhas que a formam, circunscrevendo e incluindo aquela porção que era conhecida e habitada nos dias de Salomão, veremos que essas linhas englobam, o parte da Ásia (Asia Menor) e , indo para oeste, o início do Mar

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Mediterrâneo. No Norte, abrange a Europa e no Sul, a parte superior da África. Os Pilares de Hércules, a oeste, um de cada lado no Estreito de Gilbraltar, podem apropriadamente, serem referenciados aos dois Pilares, “B” e “J” que existem nos Templos Maçônicos. Esse paralelogramo formado tem, aproximadamente, um comprimento três vezes maior que a largura, regra que deve ser mantida, sempre que possível, na construção de um Templo Maçônico. Desse modo, repetindo, o Templo Maçônico é simbolicamente a representação do Mundo. Como, numa maneira usual de falar, o Mundo é sinônimo do Universo, o Templo se torna uma representação do Universo, nas suas três dimensões.

PILULA MAÇÔNICA Nº 92 William Preston Brethren, Vamos descrever abaixo parte da vida maçônica do grande Maçom William Preston, descrita por outro grande escritor Maçom Alec Mellor, da França. É interessante para nosso conhecimento, pontos de vista de escritores não ingleses, como neste caso. Nascido em Edimburgo em 1742, William Preston foi a Londres em 1760 e foi iniciado em 1763. A sua carreira maçônica foi fecunda e brilhante. Após vários veneralatos, foi colocado na cadeira do rei Salomão pela Loja Antiquity nº 1 (atualmente nº 2), que trabalhava sem carta, já que era “de tempos imemoriais” (situação que persiste até hoje).

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No dia de São João de 1777, uma delegação dessa Loja, precedida por Preston, foi à Igreja SaintDunstan para nela assistir ao ofício, com os Irmãos com os seus aventais, condecorações e luvas, a igreja encontrando-se a pouca distancia e a delegação só tendo uma rua para atravessar. Depois voltou à Loja. O incidente fez com que a Grande Loja condenasse Preston, em virtude da proibição tradicional às Lojas de se mostrarem assim publicamente sem a sua autorização. Preston invocou a titulo de privilégio o fato de que a sua Loja trabalhava “desde tempos imemoriais”, opinião juridicamente insustentável, pois ela colocava a Loja na condição de Obediência autônoma. Preston foi expulso da Maçonaria. Seguiu-se um cisma, a Loja Antiquity nº 1 separando-se da Grande Loja e constituindo-se em um outro corpo, com o nome de Grand Lodge of England South of the River Trent (Grande Loja da Inglaterra do sul do Rio Trent) – ver Pílula Maçônica nº 56. Em 1787, depois dos cismáticos terem dado as satisfações exigidas pela Grande Loja, esta reintegrou-os. O nome de William Preston permanece ligado aos seus “Illustrations of Freemasonry” (Esclarecimentos sobre a Franco-Maçonaria), cuja primeira edição é de 1772. A obra teve dezessete edições, das quais doze durante a vida do autor, que morreu em 1818. Foi enterrado na catedral de São Paulo em Londres. Os “Illustrations of Freemasonry” constituem uma coletânea de conferências eruditas e de alto valor literário para uso nas Lojas.

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A Grande Loja da Inglaterra deve ainda a William Preston a fundação das famosas “Prestonian lectures”, que, não obstante algumas interrupções, permanecem atuais até hoje, conferências em geral notáveis sobre assuntos de interesse maçônico. A coletânea é publicada pela Loja Quatuor Coronati nº 2076 de Londres.

PILULA MAÇÔNICA Nº 93 A Ordem Maçônica O termo “ORDEM”, nas línguas de origem latina, como o francês e o português, define-se como sendo a designação da Franco-maçonaria Universal. O termo inglês equivalente é “CRAFT”, com o significado mais de corporação, de ofício, no sentido das Guildas (A História Resumida da Franco-maçonaria de Louis Lartigue). As expressões “Ordem dos franco-maçons” e “Ordem Maçônica” remontam à própria introdução da Arte Real na França, e sublinham o caráter aristocrático que ela logo assumiu. Teria desagradado aos grandes senhores da Corte de Luiz XV traduzir Craft por “corporação”, expressão honorável, porém plebeia, enquanto que o termo Ordem poderia referir-se tanto a Ordem Real, ou as Ordens Religiosas, etc. Observe-se, a titulo de curiosidade, que foi nessa época que se instituiu nas Lojas Francesas o costume do porte da espada, privilégio nobre, e por esta razão muito utilizado na Loja pelos plebeus (Alec Mellor). Esse mesmo termo (colocar-se na ordem), porém escrito com “o” minúsculo é usado na Maçonaria,

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com o significado de efetuar o sinal simbólico do grau no qual trabalha a Loja. Existem ligeiras diferenças entre os diversos sinais de Rito para Rito, inclusive, nos sinais de ordem. Ritualmente, o sinal de ordem só deve ser dado em duas condições: - em Loja. - no telhamento.

PILULA MAÇÔNICA Nº 94 As mini colunas O que será descrito nesta Pílula não é comum a todos os Ritos, mas somente no Rito de York (Ritual Emulation). Nesse Rito, em Loja, são mantidas sobre o Altar do Venerável Mestre e nas mesas (lembrar que Altar só existe um) dos Vigilantes umas miniaturas de colunas (colunetas), com altura variando de 20 a 40cm. No Altar do Venerável Mestre, uma com as características de uma coluna Jônica, lembrando os atributos de Sabedoria. Na mesa do Primeiro Vigilante, uma outra com as características de uma coluna Dórica lembrando os atributos da força. E, na mesa do Segundo Vigilante, uma outra coluna com as características de uma coluna Coríntia, lembrando os atributos da Beleza. Elas ficam em pé ou abaixadas, nas mesas dos Vigilantes de acordo com o andamento da Sessão.

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Assim, com a Sessão em desenvolvimento, a coluna do Primeiro Vigilante permanece em pé e do Segundo Vigilante, deitada; quando a Sessão é suspensa, invertem-se as posições. Deve-se esclarecer que no Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o mais praticado aqui no Brasil, essa prática é inexistente! Como muitas vezes os templos são comunizados para a prática de Ritos, tanto de York como do Escoces Antigo e Aceito, ou outros, elas permanecem nas mesas simplesmente como elementos decorativos.

PILULA MAÇÔNICA Nº 95 O Olho Que Tudo Vê O “Olho de Deus”, também conhecido como o “Olho Que Tudo Vê” é um Símbolo mostrando um olho circundado por raios de luz e, normalmente, no centro de um triângulo eqüilátero. Ele é comumente interpretado, na Maçonaria, como “Olho do Grande Arquiteto do Universo” mantendo uma vigilância sobre o comportamento da raça humana e, principalmente, dos Maçons. Sua origem pode ser encontrada na antiga Mitologia Egípcia juntamente com o “Olho de Orus”. Este último, para os Egípcios, era o Símbolo do Poder e Proteção. Na Maçonaria serve para lembrar a todos os maçons que o Grande Arquiteto do Universo sempre observa seus feitos e ações. Muitas vezes aparece dentro de um triangulo, o que é, talvez, uma referencia para a preferência Maçônica para o número “três” na

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numerologia. Algumas vezes, mas de raro modo, a letra “G”, representando o Grande Arquiteto, substitui o olho. Na literatura maçônica a primeira referencia parece ter sido feita por Thomas Smith Webb no “The Freemasons Monitor” onde cita algo semelhante a “pensamentos, palavras e ações, podem ser escondidos dos olhos do Homem, mas ao Olho que Tudo Vê nada pode ser escondido, pois penetra no fundo do coração do ser Humano, premiando ou punido conforme seus méritos”. Posteriormente, ficou bem conhecido quando apareceu como parte do simbolismo, no verso do Grande Selo dos Estados Unidos da América, acompanhado das palavras “annuit coeptis” (favorável aos nossos empreendimentos). Ele está posicionado em cima de uma pirâmide truncada A anti-maçonaria, sempre alerta, alega que a origem do Grande Selo tenha sido na Maçonaria, idealizado por projetistas maçons. Hoje sabe-se que isso é uma tremenda bobagem, pois nenhum deles era Maçom. Aparentemente, os comentários se acentuaram quando um professor da Harvard, Elliot Norton, em 1884, disse o verso da nota de “um dólar” lembrava, pela aparência, um emblema da fraternidade maçônica. Na verdade, apesar da Maçonaria ter adotado esse Símbolo, o mesmo não é exclusivo da mesma. Ele aparece com freqüência na arte Cristã, nas Antigas Seitas, e foi muito usado durante o comportamento “deísta” no Renascimento.

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Michelângelo Buonarotti

Caso único entre os artistas, Michelângelo é comumente tido como uma espécie de super homem. Quando a morte o alcançou, com a idade de 89 anos, ainda estava criando obras de arte. Suas pinturas e esculturas de figuras de homens e mulheres são quase sobre humanos em beleza, força e energia. Foi uma criação da Renascença, sendo arquiteto, poeta, pintor e escultor de suprema relevância. Não foi o único; diversos artistas de renome apareceram nesse período, mas sem dúvida foi o maior artista entre todos eles. O “mundo” de Michelângelo foi bem pequeno, restringindo-se as cidades de Florença e de Roma, distantes 233 Km entre si. Percebe-se, pois, que os efeitos enriquecedores de viagens ao redor do mundo não foram o motivo de sua incrível genialidade. Michelângelo Buonarotti nasceu em 06 de março de 1475, na cidade de Caprese, próximo à Florença e era filho de Lodovico di Leonardo di Buonarotti Simoni, que nessa cidade estava trabalhando quando do seu nascimento. Foi criado por uma governanta, cujo marido era mineiro e deve ter lhe passado as técnicas de, com um malho e cinzel, esculpir em pedra. Em 1488, com treze anos de idade, foi aluno de um dos principais pintores da época – Guirlandaio, com técnica especializada em pintar e decorar paredes e tetos, em afresco. Depois de um ano e meio com Guirlandaio, foi notado por Lorenzo de Médici “O Magnífico”, o qual foi imediatamente surpreendido pela habilidade de Michelângelo em esculpir e levou-o ao seu palácio, que era o centro cultural de Florença. Lá, encontrou Bertoldo di Giovanni, sexagenário que havia

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sido aluno de Donatello, considerado o maior escultor do século XV. Quando Lorenzo “O Magnífico”, morreu em 1492, Michelângelo voltou para a casa de seu pai, iniciando nessa época seus estudos sobre anatomia, através de dissecação de cadáveres. Deste modo, artistas como Leonardo da Vinci e Michelângelo, da Alta Renascença, podiam revelar, em suas obras, a musculatura por baixo das roupas porque haviam estudado os músculos debaixo da pele. Em 1496, em contato com o Cardeal Riário, e devido seu talento, foi convidado a ir a Roma. O primeiro trabalho conhecido de Michelângelo foi o “Baco”, para um vizinho do Cardeal. Essa obra, de grande beleza e naturalidade, mostra de forma adequada a embriaguez do deus do vinho, Baco, que com as pernas semi dobradas, parece que está prestes a cair. Em seguida fez um trabalho mais ambicioso, a “Pietá”, uma representação da tristeza da Virgem Maria, segurando Jesus crucificado, em seus braços. Peça esculpida com riquezas de detalhes e perfeições jamais vistas em outras obras de igual envergadura. Michelângelo voltou para Florença em 1501 e encontra um bloco de mármore de 5,4m de altura, num quintal próximo da Catedral de Florença e seus serviços são encomendados para trabalhar o bloco, e a estátua, conforme combinado, deveria ser de Davi, o herói bíblico, em confronto com o gigante filisteu – Golias. A maravilha produzida mostra a imagem do jovem Davi, carregando no ombro a funda com a qual derrotará o filisteu Golias. Em 1505 foi convocado pelo Papa Júlio II, para pintar a Capela Sistina e, em 1520, prepara a Capela dos Médici.

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No final da Renascença, as cidades italianas tiveram as maiores realizações culturais e Florença era uma das mais poderosas cidades italianas, próspera no comércio de tecidos e sedas, tornando-se um centro financeiro internacional. Produziu a maioria das grandes figuras do início do Renascimento, começando com Cimabue e Giotto, terminando com Leonardo da Vinci, Michelângelo e Rafael, entre outros. Florença era normalmente uma república, mas durante quase todo o século XV foi controlada por uma única família – os Médici. Suas principais propriedades eram um banco com filiais ou agências por quase toda Europa, e a habilidade política, tradição familiar. O banco trouxe enorme poder e prestígio, a habilidade política os induzia a evitar danos à vaidade florentina, controlando a cidade por detrás dos bastidores. O real fundador da dinastia, Cósimo de Médici, usou o poder por mais de trinta anos. Ele foi grande apreciador das artes, embora suplantado por seu neto Lorenzo “O Magnífico”. Lorenzo foi, quando Michelângelo era adolescente, seu protetor e estimulador na arte de esculpir, levando-o a frequentar a escola por ele patrocinada, no palácio. Apesar de Lorenzo ter morrido em 1492, e Florença pensar estar livre da influência dos Médici, em 1494, após conflitos com a França, trouxeram o poder dos Médici de volta, mais acentuadamente em 1512, como veremos adiante. Depois de 1505, já famoso por algumas de suas obras, Michelângelo foi trabalhar para o Papa Júlio II, em Roma. Esse personagem era, além de Papa, um notável guerreiro, tornando-se um governante poderoso, tanto leiga como espiritualmente. Apesar de ambos estarem sempre em atrito, Michelângelo pintou a Capela Sistina, tornando-se mais conhecido e mais famoso ainda.

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Em 1513, o Papa Júlio II morre, no auge de seu poder. Como dissemos, os Médici se reinstalaram no poder e o Cardeal Giovanni de Médici, o segundo filho de Lorenzo “O Magnífico”, em 1514, foi inesperadamente levado ao trono papal como Papa Leão X, e os Médici viram-se no poder tanto em Florença, como agora em Roma, os “dois mundos” de Michelângelo. Em 1520, o Papa Leão X, para celebrar a volta da família Médici ao poder, estava ansioso para erguer uma maravilhosa fachada na Igreja Médici de São Lorenzo, Florença. Entretanto, não houve entendimentos entre o Papa Leão X e Michelângelo, e nada foi feito. Ainda assim, ele de maneira nenhuma havia caido em desgraça com os Médici. Depois de certo tempo, envolveu-se em um novo projeto para a igreja de São Lorenzo. Na verdade eram diversos trabalhos e consistiam em projetar a Capela dos Médici. Além disso, deveria esculpir quatro túmulos para os Médici, e criar uma enorme biblioteca para a Igreja. Um dos túmulos seria destinado ao mais importante homem da geração anterior: Lorenzo de Médici “O Magnífico”, primeiro protetor de Michelângelo. O outro túmulo seria do Irmão de Lorenzo, Giuliano de Médici, que havia sido assassinado já a muito tempo, quando Michelângelo tinha três anos. Na velhice de Michelângelo, a Arquitetura tomou lugar da Escultura, permitindo-lhe continuar a moldar rochas sem o duro esforço de esculpir, projetando diversas Praças. E assim, na idade de 89 anos, morre um artista cuja magnitude jamais será suplantada.

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PÍLULA MAÇONICA Nº 97 Elo de Ligação Tempos atrás, o Irmão Ronaldo Teixeira, da Loja Jacques de Molay, levantou um assunto interessante: qual o elo de ligação entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa? Aparentemente, a resposta é: a necessidade de sobrevivência da Ordem. Mas para sobreviver, é necessário que haja crescimento. Esse crescimento foi gerado pelo “Interesse”. Vou tecer algumas considerações, expostas abaixo, para no final esclarecer o que vem a ser esse “interesse”. • A Francomaçonaria possuiu dois ramos principais, bem distintos quando à origem e ao comportamento. O ramo Inglês e o Francês. A Francomaçonaria Brasileira, e as demais da América do Sul, são de origem francesa. Na Austrália, EUA e Nova Zelandia a origem é inglesa. • Na Inglaterra, a idéia de uma sociedade obreira declinava pouco a pouco, e reencontrou força e vigor graças ao acrescentamento de elementos novos, encontrados, antes de tudo na burguesia e nas profissões liberais e, posteriormente na nobreza e realeza. Aos primeiros, essa nova organização, oriunda de uma guilda quase moribunda de ofícios, estendia seus fins e sua influência, dando-lhes um novo aval entre os homens de condição social mais elevada. • Na França, diferentemente do exposto acima, o povo começava a despertar para idéias novas (emprestadas da Inglaterra, evidentemente) e preparava sua Revolução, enquanto a Inglaterra já fizera a sua e decapitara seus reis. Submetera a Igreja ao Estado, e aspirava repouso. • Desse modo, enquanto a Lojas Inglesas reuniam,, de maneira geral, pessoas extremamente respeitáveis, ponderadas, cultivando cuidadosamente,

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com submissão, as leis do reino e as leis da natureza, as Lojas Francesas abrigavam, sob a Lei do Silencio, tudo quanto o reino podia conter de hermetistas, alquimistas, “filósofos” e “iluminados”. Desse modo, a Loja tornou-se a veste que lhes permitiu passar despercebida – e, em seguida, ficar ao abrigo das perseguições do poder real e do poder religioso – uma sociedade frívola que dança inconscientemente seus últimos minuetos, quando a casa, já rachada, começou a desmoronar. (Marius Lebage). Aparentemente, o “elo’ de ligação entre a Maçonaria Operativa e Especulativa, denomina-se ’interesse” no sentido mais amplo a palavra. Na Inglaterra: INTERESSE em contatar, e se misturar com pessoas da alta sociedade e se sentir no mesmo nível, característica da Maçonaria mundial. Na França: INTERESSE em se ter base camuflada para contestar a Igreja e o governo, e ter local para expressar livremente seus pensamentos.

PILULA MAÇÔNICA Nº 98 A Instalação – Mestre Instalado Nas Lojas Simbólicas de diversos Ritos é comum, principalmente no R.E.A.A, o Primeiro Vigilante ser o substituto imediato do Venerável Mestre, como dirigente administrativo da Loja. Muitas Lojas possuem Regimento Interno, no qual esse item se torna obrigatório. No caso de uma substituição, na ausência do Venerável Mestre em Loja, o Primeiro Vigilante pode tomar as medidas necessárias ao bom andamento da mesma, só não podendo Iniciar, Elevar ou Exaltar novos Obreiros.

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Ou seja, ele não pode proceder à sagração. Este termo, sagração, de acordo com Mestre Castellani – “é conferir a dignidade do grau, dos novos Aprendizes, Companheiros e Mestres”. Esse ato é privativo do Mestre Instalado! A Instalação é simplesmente a tomada de posse do cargo de Venerável Mestre de uma determinada Loja (ver também Pilula Maçônica nº73). Essa tomada de posse pode, ou não, ser acompanhada de Cerimonial de Instalação. Essa cerimônia é típica do ‘Emulation Ritual”, da Inglaterra, e foi adotada em outros Ritos como o Escocês, o Adoniramita, o Moderno e outros, no mundo todo. Sobre esse assunto, Mestre Castellani publicou, em 1994, “O Mestre Instalado” na revista a “A TROLHA” nº 94, pag 34, que deixa claro o que segue abaixo: “a Cerimônia de Instalação de Veneráveis Mestres, com uma ritualística específica, é própria do Ritual de Emulação, sendo inexistente, inicialmente, nos demais Ritos, embora acabasse sendo, posteriormente imitada. Em nosso país, primeiro em 1928 – no âmbito das Grandes Lojas brasileiras, oriundas da dissidência de 1927 – e, posteriormente no Grande Oriente do Brasil (GOB). Neste, essa cerimônia surgiu com a impressão de um Ritual de Instalação, em 1967, na gestão do Grão Mestre Álvaro Palmeira. Esse Ritual seria herdado pelos Grandes Orientes Autônomos, surgidos da dissidência de 1973, no Grande Oriente do Brasil.” Hoje, essa cerimônia é adotada no mundo maçônico e, ser “Mestre Instalado”, deve ser o principal sonho de todo e qualquer Mestre. Talvez seja, ao meu ver, mais importante que a obtenção dos Altos Graus, pois este último é uma

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conquista enquanto ser Mestre Instalado é uma realização!

PILULA MAÇÔNICA Nº 99 Quem foi Leo Taxil ? Qual era a ligação de Leo taxil com a Maçonaria, na Europa? Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo Taxil, foi educado por Jesuítas e mais tarde se juntou a Maçonaria. Posteriormente, ele pediu demissão e retornou para a fé católica. Começou a escrever contra a Maçonaria dizendo que a mesma praticava cultos satânicos, acentuando a discordância entre esta última e o Clero. De 1885 a 1897 ele publicou muitos livros anti-maçônicos e durante esse período perpetrou uma fraude enorme sobre a Igreja Católica Romana, que na época não se apercebeu de suas intenções. Essas suas atividades anti-maçônicas, eram altamente rentáveis para ele, financeiramente. Além de seus livros anti-maçônicos, conseguiu ser recebido em audiência solene pelo Papa Leão XIII. Qualquer sugestão de ser um trote de Leo Taxil, era rebatida e compensada pelos depoimentos de altas autoridades da Igreja. Seu esforço e embuste supremo foi a invenção de uma mulher "Diana Vaughan" acusada de ter nascido em 1874 como a filha do "Satã". Diana Vaughan, não existia, mas, através dele, foi uma escritora prolífica sobre assuntos anti-maçônico e recebeu grande publicidade e elogios entusiasmados dos chefes da Igreja Católica.

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Esse assunto foi questionado no Congresso anti-maçônico realizada em Trient em 1896, e um comitê foi criado para determinar a veracidade do mesmo de uma vez por todas. Taxil produziu, falsamente, uma "fotografia" da Miss Vaughan na Conferência. Eventualmente, em 1897, numa reunião convocada por ele em Paris, Taxi! informou diante de um imenso, que ele havia conseguido perpetrar o maior embuste dos tempos modernos; que Diana Vaughan nunca havia existido e que, por 12 anos ele tinha enganado a Igreja Católica Romana, da maneira mais flagrante. Quase foi linchado e fugiu com proteção da polícia local. De tempos em tempos, aparece livros antimaçônicos, inspirados nas idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele. Na Maçonaria norte americana, igrejas fundamentalistas encontram, nesses livros, material para suas campanhas.. Toda a história é completamente fantástica, existe em diversos livros, e vale a pena ser lida em detalhes.

PILULA MAÇÔNICA Nº 100 ATERSATA Atersata, palavra muitas vezes escrita de forma errada como “artezata”, ou “aterzata”, é de dificil localização nos dicionários maçônicos em geral (tanto nos nacionais como nos escritos na lingua inglesa). Na língua inglesa é escrito como “athersada”.

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É uma palavra de origem Persa, com o significado de “mão forte, mão poderosa”. Obviamente, a tradução com significado mais objetivo é: “o Governador que dirige com total poder, com mão forte!”. Na verdade, esse nome encontrado na Biblia (Septuaginta) é o nome dada ao Governador Persa de Jerusalém que acompanhou Zorobabel e Nehemias (vide “Esdras” II. 63; “Nehemias” VII. 65-70, descritos abaixo). E o Atersata proibiu-os de comer coisas sagradas, até que conseguissem encontrar um sacerdote..... Por isto tudo, fizemos uma aliança sagrada....pelos nossos sacerdotes. Estes foram os que assinaram: Neemias, o Atersata, filho de Helquias.... Na Ordem de Heredom de Kilwinning, este era o nome do chefe supremo dessa Ordem. E, na Maçonaria Francesa e na Brasileira, entre outras, é o nome do presidente do “Sublime Capítulo Rosacruz” do Rito Escocês Antigo e Aceito, na divisão que vai do 15º ao 18º Grau. Em 586 a.C, Judá, a remanescente e importante cidade do grupo das 12 tribos dos Hebreus (cisma de 921 a.C.), foi conquistada e destruida por Nabudonossor II, chefe dos Babilônios. Nessa época, o primeiro Templo, o de Salomão, construido em 980 a.C, foi totalmente destruido e todos os hebreus foram levados, cativos, para o exílio na Babilônia. Posteriormente, em 538 a.C. a Babilônia foi conquistada por Ciro, o Grande, que, diferente dos demais conquistadores, dava liberdade religiosa e de costumes, aos povos conquistados. Dessa forma, os hebreus tiveram permissão de retornarem a sua terra.

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Depois disso é que todos os hebreus começaram a serem chamados de ‘judeus”, o que anteriormente, era usado somente para os pertencentes aos nascidos em Judá. O titulo de Atersata foi recebido por Neemias dado pelo Rei da Persia, provavelmente Dario III, a quem servia, para ser o Governador da nova Judéia. Após o retorno dos judeus o segundo Templo foi construido, denominado de templo de Zorobabel.

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