Coroinhas e Acólitos

Page 1

Motivados e orientados para servir ao Senhor

COROINHAS E ACÓLITOS 5ª EDIÇÃO

PE. RAMIRO JOSÉ PEROTTO


COROINHAS E ACÓLITOS


CATALOGAÇÃO xxx,xxxxx Título: Coroinhas e Acólitos xxxxx – Autor: xxxxxxx Sinop – Mato Grosso 000 páginas ISBN xxxxxxxx

Autor: xxxxxxxxxxxx Revisão: xxxxxx Apoio: Projeto Gráco: Cris Oliveira Capa: Cris Oliveira Gráca: Eplot Gráca

CDD xxxxxx


MENSAGEM DO BISPO Amadas crianças e adolescentes, sinto-me feliz com a vossa presença na igreja servindo o Altar com dedicação e zelo. Acolho-vos com o mesmo carinho que o próprio Jesus Cristo acolheu as crianças que trouxeram para ele abençoar (MT 19,13-15) peço que Deus vos abençoe e proteja com muito amor. Jesus disse que é das crianças o reino do céu, porque elas representam a pureza, a simplicidade e a abertura decoração para acolher a palavra de Deus. Que vocês se sintam responsáveis a testemunharem o reino dos céus com a pureza, a simplicidade, abertura do coração e o zelo pelo serviço de ser coroinha. Sintam-se amados por Deus, ele vos quer muito bem e espera que cada um e cada uma se comprometa a cada vez mais com as coisas que Ele mesmo conou a vós. Ser coroinha é zelar das coisas de Deus durante a celebração e praticar a palavra de Deus em casa com os pais e os irmãos, na escola com os professores e amigos, na rua com os colegas. Ser coroinha é amar a todos como Jesus pediu que amassem. Desejo que vocês encontrem no serviço do altar e no amor de Deus o sentido para vossa vida, e caminhem conforme os mandamentos que a igreja nos ensina. Com a minha bênção episcopal peço que estejam sobre vós e vossa família todas as graças que vem de Deus. Dom Canísio Claus Bispo diocesano 05


ÍNDICE 05

MENSAGEM DO BISPO

07

PREFÁCIO

09

SÃO TARCÍSIO

11

ORAÇÃO DO COROINHA

12 14 14

O QUE É SER COROINHA POR QUE SER COROINHA? SER COROINHA NÃO É UM PRIVILÉGIO. É UM SERVIÇO. UM MINISTÉRIO!!! UM COROINHA PRECISA O COROINHA DEVE UM COROINHA NÃO DEVE POSTURA DO COROINHA A IGREJA A COMUNIDADE LITURGIA ANO LITÚRGICO A MISSA AS ETAPAS DA MISSA ETAPAS DA CELEBRAÇÃO LITURGIA DA PALAVRA LITURGIA EUCARÍSTICA A FUNÇÃO DO COROINHA NA MISSA A EUCARISTIA OS SACRAMENTOS O BATISMO EUCARISTIA CRISMA ORDEM MATRIMÔNIO RECONCILIAÇÃO UNÇÃO DOS ENFERMOS A ORAÇÃO AS VESTES LITÚRGICAS UTENSÍLIOS LITÚRGICOS

15 15 16 16 17 18 19 20 22 22 23 24 24 25 25 28 29 30 31 32 33 33 34 36 37 38

40 41 42 43 45

LIVROS LITÚRGICOS SÍMBOLOS E GESTOS NA LITURGIA A MISSÃO DO COROINHA TRÊS ATITUDES FUNDAMENTAIS VOCAÇÃO

49 50 51 52 53 55 56 57 58 58 59 60 61

ACÓLITO: A MISSÃO CONTINUA HISTÓRIA DO MINISTÉRIO DOS ACÓLITOS A CRUZ E O CRICIFERÁRIO A VELA E O CEROFERÁRIO / CERIFERÁRIO TURÍBULO / TURIFERÁRIO EVANLEHO E EVANGELIÁRIO CREDÊNCIA MISSAL PARA SER ACÓLITO MISSÃO DO ACÓLITO COROINHAS / ACÓLITOS E O AMOR DE DEUS A LARANJA, A JABUTICABA E A ROSA ORIENTADOS E MOTIVADOS

64 65 65 66 66 66 66 66 67 67 67 68 68 68 69 71

ORAÇÕES ORAÇÃO DO COROINHA ORAÇÃO DO ACÓLITO ORAÇÃO DE SÃO TARCÍSIO PAI NOSSO AVE MARIA PROFISSÃO DE FÉ ORAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANJO DA GUARDA SALVE RAINHA ANGELUS CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA ORAÇÃO DA MANHÃ ORAÇÃO DA NOITE O ROSÁRIO HINO DOS COROINHAS


PREFÁCIO A igreja é ministerial. Ela é formada por ministros consagrados (diáconos, padres, bispos) e leigos (catequistas, leitores, cantores, coroinhas…). A igreja é um corpo que contém muitos membros. Cada membro tem uma importante utilidade e um não pode exercer função do outro (I Cor 4,4-12-SC 28). Assumir um ministério é uma vocação. Vocação é um chamado, e é Deus quem chama para assumir um ministério. Assumir um ministério é colocar-se a serviço da comunidade para que todos celebrem com dignidade e alegria. O primeiro Ministério que assumimos na comunidade é o do coroinha. Desde pequenos assumimos um compromisso com Deus na comunidade para que nossa vida seja sempre um serviço ao reino de Deus. Coroinha é o ministério das crianças. É o ministério da acolhida e da Pureza que Jesus ensinou seus apóstolos quando disse: '' deixai vir a mim as crianças porque delas é o reino dos céus” (Mt 19,14). Preparei esse pequeno material sobre o ministério do coroinha por dois motivos: 1 - Percebo o crescente interesse das Crianças em estar a serviço, em auxiliar na liturgia. Elas precisam ser acolhidas e orientada para que exerçam este bonito ministério com alegria, Dedicação e, acima de tudo, seriedade, sabendo que fazer. 2- Sempre fui um Apaixonado pelo ministério do coroinha. Fui coroinha com 11 anos e sempre procurei, na minha vida de padre, valorizar este ministério. Achei oportuno escrever algumas palavras aos coroinhas que estão atuando nas comunidades. O que se percebe em nossas comunidades é a falta de conhecimento, de 07


esclarecimento de como agir em determinada função. É a falta de formação adequada para exercer o ministério com segurança. Este pequeno material quer ser, nas mãos dos coroinhas e seus coordenadores, um manual que auxilia no exercício de sua função. Um conhecimento a mais para melhor exercer o ministério como lhes foi conado por Deus, através da igreja. Ele é um pequeno manual para os coroinhas que desejam conhecer melhor os elementos básicos e necessários referentes ao seu ministério. Minha intenção é que este material possa ser útil aos coroinhas e também àqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre estes assuntos que dizem respeito a todos nós católicos. Que vosso ministério seja iluminado. Um bom uso e que Deus vos abençoe!

Pe. Ramiro Perotto

08


SÃO TARCÍSIO O Santo é uma pessoa que nasceu como cada um de nós, humana, foi batizado e Assumiu a missão que Deus lhe conou e se dedicou ao reino de Deus de uma maneira incansável que a igreja, sob ação do Espírito Santo, declarou ela alcançou a santidade em suas atitudes. São Tarcísio foi uma pessoa assim. Um menino simples, humilde e de família comprometida com a fé católica. Assumiu o batismo como missão de viver o amor de Deus em suas atitudes. Morreu ainda jovem, mas o tempo que viveu foi suciente para deixar Deus agir em sua vida e testemunhar a missão que recebeu. A igreja o declarou Santo porque ele agiu com santidade Divina em tudo aquilo que fazia. São Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas e acólitos. Padroeiro é aquele que representa uma comunidade ou um grupo porque inspira a fazer o mesmo que fez. Não adorá-lo ou imitá-lo, mas seguir o mesmo Deus que ele seguiu e ter a coragem de imitar as suas atitudes em favor da fé. Tarcísio nasceu em Roma no ano de 263 falei faleceu em 276 com apenas 12 anos. Era um adolescente e exercia a função de coroinha. Um menino de muita oração e zelo pela liturgia. Sua família o educou a estar ao lado de Deus e ajudar na igreja. Naquele tempo (século III), muitos cristãos estavam sendo perseguidos, presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. o difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão eucarística. Nas vésperas de numerosos execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como 09


levar a Eucaristia a cadeia. O coroinha Tarcísio ofereceu-se ir até o cárcere levar Eucaristia aos cristãos, mas o papa disse a ele: “És jovem ainda, Tarcísio, e não sabe desempenhar esta santa missão”. Tarcísio retrucou: “ Tanto melhor, porque de mim ninguém desconará, podemos de tal maneira me aproximar de nossos irmãos encarcerados. E também sei guardar as santas hóstias aos pagãos. Aqueles que perseguiam e matavam os cristãos banalizavam A Eucaristia e cometia sacrilégio com o corpo de cristo. O papa evitava que o precioso sacramento caísse nas mãos daqueles que queriam pôr um m nos cristãos. Comovido com esta coragem de Tarcísio, o Papa entregou-lhe uma teca com as hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires e o pequeno coroinha foi ao encontro dos cristãos. Passando pela via Ápia (um lugar em Roma) uns, rapazes notaram que Tarcísio trazia algo consigo e começaram a indagar o que era, eles suspeitavam ser algum segredo do cristão. Tarcísio negou-se a responder. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram lhe e o corpo nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honoríca sepultura. Tarcísio foi declarado santo e padroeiro dos coroinhas devido a sua coragem em testemunho diante do corpo de Cristo, um exemplo a ser seguido por aqueles que servem a Deus na liturgia. Percebemos a importância da Eucaristia na vida do Cristão e vemos que os santos existem não Para serem adorados, mas para nos lembrar que tiveram fé e conança em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que devemos buscar a cada dia de nossa vida. A exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a servir. A coragem do coroinha Tarcísio tem muito a nos ensinar. Em primeiro lugar a sua prontidão, coroinha e acólito devem estar sempre em prontidão para auxiliar no que for preciso. Prontidão é dizer sim ao que precisa ser feito, é estar atento ao que devemos realizar e nunca faze-lo por obrigação. Também a coragem de Tarcísio, ela nos ensina que devemos enfrentar as diculdades que a vida apresenta. Ter coragem é vencer o medo e enfrentar as diculdades considerando as capacidades que temos. Por mim, também o zeloque Tarcísio tinha pela Eucaristia. Zelar pela Eucaristia bem como todas as coisas de Deus é zelar pela vida. O coroinha deve ter zelo por tudo, para consigo mesmo, a família, o estudo e as coisas de Deus. São Tarcísio é exemplo e modelo de como devemos cuidar da Eucaristia. A festa litúrgica em sua memória é comemorada no dia 15 de agosto.

10


ORAÇÃO DO COROINHA Ó Jesus adolescente, Que vivas com o Pai Celeste Em profunda e lial sintonia, Aceita nossa dedicação A serviço da liturgia Nosso desejo é trata com respeito, Sem preconceito, As pessoas da comunidade, Que contam com teu auxilio Na difícil caminhada; Dá-nos um coração repleto de amor Aos pobres e simples deste mundo. Alimenta-nos com a tua palavra E com os teus ensinamentos, Pois queremos te ajudar, ó Jesus, A transformar a sociedade, E assim celebramos dignamente, Com sinais, ritos e movimentos, A salvação que ofereces Hoje e sempre Em favor da humanidade. Amém!

11


O QUE É SER COROINHA Para denirmos o que é um coroinha, precisamos antes de olhar para as funções diversas que existem em nossas celebrações. Para celebrarmos a Eucaristia, é necessário a presença de várias vocações. O padre, o cantor, o leitor o coroinha.... Há muitas e diversas funções. '' Nas celebrações litúrgicas, cada qual, ministro ou el, ao desempenhar a sua função, faça e só aquilo que pela natureza das coisas ou pelas normas litúrgicas lhe compete''. (SC-28). A palavra ministro é usada da palavra hebraica ABODAH, que signica trabalho, labor, ministério ou serviço. O ministro é aquele que exerce no serviço. Aquele que com seu labor ministra uma ação. Assim devemos compreender que todas as funções exercidas na liturgia são um ministério. Aquele que exerce ministério é um ministro. Ser coroinha é assumir um ministério na assembleia litúrgica. O coroinha é um ministro. Mesmo com pouca idade, Ele é um ministro que assume uma determinada função na assembleia litúrgica. Na liturgia, temos o ministro da eucaristia, ministro extraordinário da comunhão eucarística, Ministro do canto, ministro do auxílio (coroinha). A palavra coroinha vem do latim ''pueri chori'', Signica ''menino do couro''. O coral das igrejas antigas era formado por crianças. Essas crianças eram chamadas de ''meninos do couro''. Alguns eram destinados ajudar o padre durante a celebração, e estes passaram a serem chamados de coroinhas. Coroinhas não signica apenas aquelas crianças que estão na igreja com a pequena túnica e ajudam padre, mas as pessoas que se dedicam o serviço da 12


liturgia. Ser coroinha é dedicar-se ao serviço da liturgia em algumas determinadas funções e realizá-las com dedicação, zelo e devoção a Deus. Durante as celebrações na assembleia litúrgica, é necessário que tenha aqueles que cuidem das funções mais simples, porém tão importantes quanto as outras, e que podem ser destinados às crianças. Tocar o sininho, distribuir folhetos, recepcionar os éis, auxiliar o padre... funções próprias do coroinha que deve ser exercida com amor e dedicação. Ser coroinha é estar a serviço. Está a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do mi mistério Pascal de Cristo, da sua Paixão, morte e Ressurreição. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o evangelho. O coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e dedicação às coisas sagradas. Deve demonstrar que vive sua fé, que observa os mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Ser continuamente uma testemunha de que Cristo é seu senhor e mestre. Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e amor e, assim, santica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus. Por ocasião da Páscoa no ano de 2004, o Papa João Paulo II pediu ao sacerdote e também a toda comunidade paroquial, que dediquem maior atenção os coroinhas que ajuda no serviço do altar, pois constituem um ''viveiro de vocações sacerdotais''. O Papa quis lembrar a importância em valorizar este bonito ministério e também o cultivo da vocação que brota no coração da pessoa desde cedo. Ser coroinha, é contar grávida desde pequeno ao serviço de Deus. É viver a infância na alegria de ser útil ao reino de Deus. Reexão: 1- O que signica ministério? 2- Qual o signicado da palavra coroinha? 3- Para mim o que é ser coroinha?

13


POR QUE SER COROINHA? Quando nascemos recebemos de Deus a vida como um dom. Quando somos batizados, consagramos esse dom tornando-nos cristão. Através do batismo estamos comprometidos com Deus na pessoa do lho, Jesus Cristo, auxiliados pelo Espírito Santo, ao anúncio do seu reino de amor. Somos cristãos porque seguimos Jesus Cristo e somos chamados a anunciar o seu nome e o seu amor. A cada serviço dedicado à comunidade estamos respondendo o chamado de Deus a anunciar o Seu reino de amor. O Ministério do coroinha é um chamado de Deus aqui desde pequeno nos consagramos ao Seu serviço. É uma resposta ao batismo que nos convida, o quanto antes, assumirmos a realidade de sermos anunciadores do amor de Jesus Cristo. Se perguntarmos a uma criança porque ela é coroinha, ela nos responderá que ela gosta. Que ela se sente bem e é feliz sendo coroinha. Alguns Talvez nos responda que estão assumindo um ministério e quem sabe encontraremos ao menos um que nos alegres com a resposta de que está anunciando o reino de Deus no serviço da comunidade. Mas, o importante é a presença dela na comunidade, colocando sua vida à disposição da celebração que é o anúncio do reino de Deus. A comunidade precisa de coroinha e a criança assume a esse ministério porque por ela também a igreja anuncia que Deus valoriza a todos no serviço de anunciar a paixão, a morte a ressurreição de Jesus Cristo. A razão de ser coroinha está na pessoa de Jesus Cristo que se colocou a serviço de Deus Pai no anúncio do reino de amor e paz. Quando uma criança aceita ser coroinha, está oferecendo a vida a serviço deste mesmo anúncio. SER COROINHA NÃO É UM PRIVILÉGIO, É UM SERVIÇO... UM MINISTÉRIO!!! Algumas atitudes que são necessárias ao coroinha para assumir este ministério com dignidade serviços: - Espírito de disponibilidade: está pronto para ajudar. Ser disponível. - Espírito de sensibilidade: está atento às necessidades. Ter exibilidade. - Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito menos a Igreja e o reino de Deus. Trabalhar em conjunto. - Espírito de fé: a celebração eucarística é o momento mais forte da vida da comunidade. Ter participação ativa na comunidade é acreditar na graça de 14


Deus. - Espírito de partilha: Saber doar-se ao outro. Partilhar as experiências e a diculdades com o grupo. - Espírito de caridade: Saber oferecer ao outro. Ter caridade com as pessoas necessitadas de ajuda. -Espírito de alegria: Saber desconto descontração e seriedade. Alegrar-se com a vida, a presença das pessoas e ser feliz. - Espírito de paz: Saber viver em harmonia e serenidade com todos e com o mundo. Fazer a paz acontecer em todos os lugares. -Espírito de amor: Saber Amar a todos sem distinção. Fazer o amor ser uma atitude na vida REFLEXÃO: 1- Porque eu aceitei e continuo sendo coroinha? 2- Para que a comunidade precisa do coroinha? 3- Quais as atitudes necessárias que o coroinha deve ter? UM COROINHA PRECISA -Tem vontade de ajudar e aprender as funções que vai desempenhar. - Estar disponível quando a comunidade necessitar. - Prestar atenção e estar sempre atento. - Ser amigo dos demais coroinhas. - Trabalhar em equipe. - Esforçar-se para ser bom, vivendo o que Jesus ensinou em casa, na escola e na comunidade. - Dar testemunho e gostar das coisas de Deus. - Ser uma pessoa alegre. - Comportar-se com dignidade. Reexão: 1- O que penso que um coroinha precisa ter? 2- Ser coroinha é um ministério, o que precisa fazer para que esse ministério realizado com amor e doação? O COROINHA DEVE -Participar das reuniões de formação e das missas e ou celebração da 15


palavra dominical (mesmo se não estiver na escala). - Cumprir os horários determinados. Chegar no início das reuniões e ao menos meia hora antes da celebração. - Está sempre limpo, cabelo penteado e roupa arrumada. - Ter cuidado com os objetos da igreja. Tratá-los com respeito, eles são foi destinado ao culto divino. -Ser humilde e prestar atenção em todas as coisas que lhe foram ensinadas. - Cultivar a oração e ler a Bíblia. - Ler sobre a liturgia e preparar-se para celebrar cada vez melhor. - Fazer silêncio na igreja e na sacristia. - Manter a concentração durante toda a celebração e principalmente no momento em que estiver fazendo algo. - Respeitar o coordenador, O Padre e demais pessoas na comunidade. -Ser o mesmo que estão na igreja e fora dela: na família, na escola, com os amigos. UM COROINHA NÃO DEVE -Conversar, fazer brincadeiras e circular no presbitério. - Buscar competição e discutir com os demais coroinhas. - Correr na igreja. - Chegar em cima da hora. - Conversar alto na sacristia. - Desrespeitar os pais. - Brigar na escola, na rua. - Falar palavrão. - Fazer bagunça na escola. Reexão: 1- O que o coroinha deve fazer para expressar o amor de Jesus Cristo? 2- O que um coroinha não deve fazer para ser um cristão que testemunha o amor Jesus Cristo? POSTURA DO COROINHA Ser coroinha é muito mais do que está ao lado do padre no altar é ajudar 16


transportar objetos litúrgicos. Ser coroinha é participa ativamente do ministério celebrado e dar testemunho de pessoa que está a serviço. E para ser esse testemunho, o coroinha precisa adotar algumas posturas. -O cuidado com gestos: não demais (ser exagerado) e nem de menos parecendo uma estátua. -Silêncio durante a celebração. - Não car rindo e nem fazer sinais durante a celebração. - Atitude de oração: Rezar com assembleia e não apenas executar funções. - Ser alegre: não signica car rindo, mas ter atitude Serena no olhar. - Evitar caminhar durante a missa desnecessariamente. Caminhar somente o necessário. - Concentrar-se no que está fazendo. - Não fazer as coisas com pressa. - Ser educado para com todas as pessoas. Reexão: 1- O que é postura? 2- Por que o coroinha deve ter uma postura decente? A IGREJA Em Mateus 16,18-19, Jesus edica a sua igreja na pessoa de Pedro. Ele entrega as chaves do reino dos céus e da autoridade para que as coisas na terra sejam ligadas ou desligadas no céu. A igreja que está no coração de Deus, é entregue aos discípulos de Jesus para que eles evangelizem e leva em todas as pessoas a viverem o amor de Deus na terra, por intermédio da igreja. A palavra Igreja vem Eclésia: assembleia reunião de pessoas (reunião de pessoas).A igreja é assembleiade povo que Deus convoca e reúne de todos os conns da terra, para construir um povo santo que vive no seu amor. Deus reuniu o povo na liderança de Moisés que o libertou da escravidão do Egito e o conduziu a uma terra onde vivessem com dignidade. Esse povo reunido foi assembleia daqueles que caminharam para Deus. Mais tarde Jesus Cristo, o lho de Deus, veio anunciar o reino de amor, de paz e de justiça. Ele inaugura uma nova igreja no coração dos seus discípulos: assembleia que se reúne para celebrar o amor de Deus que entregou seu lho para nossa salvação. E essa celebração precisa de um lugar. Após a sua morte Ressurreição, seus discípulos começam a anunciar o reino por Ele anunciado e 17


espalham-se pelo mundo formando a Igreja de Jesus Cristo. A igreja é a presença de Jesus Cristo espalhado pelo mundo. Ela a anuncia a graça do amor de Deus através da liturgia que celebramos todas as vezes que nos encontramos. A presença da Igreja entre nós nos traz duas realidades: a) Igreja material-Jesus Cristo é a presença do amor de Deus que a Igreja revela. A igreja é revelação da pessoa de Jesus Cristo Ressuscitado que desejou ter uma igreja material. Ele alicerçou a sua Igreja na pessoa dos seus discípulos que inauguraram a missão de levar a Igreja pelo mundo. A Igreja material é o lugar, a determinada casa onde nos encontramos para celebrar. b) Igreja espiritual- Cada batizado na Igreja de Jesus Cristo, torna-se igreja. Todo batizado é Igreja espiritual que pertence à Igreja material de Jesus Cristo. A Igreja espiritual são as pessoas que participam da vida de Jesus Cristo e celebram a fé.

Reexão: 1-O que signica Igreja? 2-Quais são as duas Igrejas que existe? 3- O que eu estou fazendo para ajudar a Igreja? A COMUNINADE Já ouvimos falar das Igrejas nas comunidades do meio rural. São conhecidos por comunidades. E são. São comunidades porque têm um grupo de pessoas que ali se reúnem para rezar, partilhar fé, celebrar a vida. Comunidade é um grupo de pessoas que se reúne para uma determinada função. Comunidade é um grupo de pessoas que vive uma realidade em comum. Naquela igreja do Meio Rural forma-se uma comunidade, porém, também na cidade existe uma comunidade que se reúne. Não só comunidade daquele determinado bairro, mas também a comunidade que se reúne na matriz. Todas as comunidades que se reúnem fazem parte de uma paróquia. Paróquia e igreja material e espiritual de uma determinada localidade que compreende a matriz e as comunidades. E a matriz também formam a comunidade. Nela também se reúne pessoas para celebrar. 18


A comunidade é a reunião de pessoas que buscam viver em comum, o amor de Deus que Jesus Cristo ensinou. A comunidade é viver com outro uma realidade conjunta. A igreja de Jesus Cristo, na comunidade, se torna igreja viva na medida que participa ativamente dos seus mistérios. Cada pessoa que se reúne para celebrar é a Igreja que vai até a Igreja para ser Igreja viva e fortalecida. Essa comunidade que Deus deseja que sejamos. Reexão: 1- O que é comunidade? 2-Qual a diferença entre Igreja e comunidade? 3- Como é a minha participação na comunidade? LITURGIA A palavra liturgia signica serviço das pessoas. É uma expressão bastante antiga que signica o serviço que uma pessoa presta para uma outra pessoa ou uma entidade. Bem antes de ser uma denição para denir um ato que era exercido em favor da sociedade. Na celebração, a liturgia tem o mesmo signicado sendo um serviço que a pessoa presta em favor de Deus na comunidade. A celebração da liturgia é um serviço que exercemos na comunidade para que Deus seja lembrado e memorizado em nossas vidas. Toda celebração litúrgica tem a função de ser um serviço que nos coloca diante de Deus e do Seu amor. É uma doação pessoal e comunitária em favor da igreja que celebra o amor de Deus. A liturgia é a celebração do amor de Deus na Igreja. Quando falamos de liturgia, imaginamos a missa. Não está errado, mas a liturgia também existe em outras ocasiões. A missa é apenas, um dos momentos onde o amor de Deus é celebrado. Porém, a missa é sim, momento especial da liturgia, porque nela celebramos a paixão, a morte e a ressurreição que se completa na Eucaristia. Reexão: 1- O que é liturgia/ 2- De alguns exemplos de liturgia na comunidade. 3- Eu estou fazendo parte da liturgia? De que maneira?

19


O ANO LITÚRGICO No dia 1 de janeiro inicia um novo ano na sociedade. Felicitamos as pessoas com a chegada de um novo tempo dizendo: '' feliz ano novo''. Alegramo-nos, pois ele sempre nos traz vida nova, ânimo, esperança... Na liturgia da Igreja, o ano inicia no primeiro domingo do Advento. Dia 1 de janeiro inicia o ano civil. No primeiro domingo do Advento inicia o ano litúrgico. O ano litúrgico é o ciclo celebrativo que a igreja medita no período dos 365 dias (ano bissexto 364). A vida humana inicia-se no nascimento. Advento é a preparação para o nascimento de Jesus Cristo. Advento é a espera do Natal. Uma mulher gestante, está esperando Nascimento, a chegada do lho que trará alegria. Assim é o Advento. Ele é a gravidez de Jesus Cristo que no Natal para o início de uma vida nova. Essa vinda é preparada com alegria. O Advento É um período de 4 Semanas que nos recorda a caminhada de Moisés no deserto, 40 anos; a preparação de Jesus também no deserto, 40 dias. Os 4 elementos da natureza, (terra: dela tiramos nosso sustento; fogo; a presença do Espírito Santo na vida da Igreja; ar: O espírito de Deus pairava sobre as águas e água: batismo). O número 4 signica caminhada. As quatro velas que acendemos uma cada semana indica que a caminhada de nossa vida deve ser iluminada pelo Cristo que se aproxima, que vai nascer no Natal. O Natal é o nascimento. Aquele em que preparamos a sua vinda. Está entre nós e é o príncipe da paz. Deus habita entre nós, humanizado na Páscoa de Jesus Cristo nascendo de Maria. Torna-se o Divino humanizado para ser nosso Salvador. O período natalino contempla o Advento, o dia do Natal, a Festa da Sagrada Família, a epifania (manifestação) do Senhor o Batismo de Jesus. Com a celebração do batismo de Jesus encerra-se o período do Natal. Em seguida, inicia-se o período comum. O Período Comum é dividido em duas partes: uma antes e uma depois do período da Páscoa. Ele contempla a missão de Jesus Cristo, medita sua caminhada anunciando o reino de Deus. A vida pública de Jesus Cristo é celebrada nesse período que dá uma parada quando iniciamos outro período, o da Páscoa. Assim como Natal tem um tempo de preparação (Advento), a Páscoa 20


também tem o seu (Quaresma). A Quaresma é o tempo de preparação para a Páscoa. Quaresma, quarenta. Novamente revivemos a espiritualidade da caminhada de Moisés e de Jesus no deserto. São quarenta dias de preparação para adentrarmos o Mistério da Páscoa com o coração bem sintonizado. A Páscoa signica passagem. Ao longo da história, Deus passou inúmeras vezes entre o povo. Povo de Israel passou do Egito à terra prometida, através do mar e Deus esteve com Ele. Tornou-se motivo de alegria e celebração (Ex.12). Jesus passou da morte à vida. Essa é a nossa maior alegria. Ele ressuscitou para estar vivo entre nós e nos amar eternamente. Essa é a nossa Páscoa. No período Pascoal, contemplamos O Mistério de Jesus Cristo que se entrega, morre e ressuscita. Preparamos (quaresma), acompanhamos sua entrega (semana santa) e celebramos alegremente a sua ressurreição (o dia da Páscoa). Período Pascoal estende-se por oito semanas. Na sétima semana celebramos a Ascensão de Jesus e na oitava Pentecostes. São oito semanas que nos envolvem no Mistério do Cristo Vivo e presente entre nós. Após a solenidade de Pentecostes, celebramos a solenidade da Santíssima Trindade e em seguida reiniciamos o período comum. A II parte do período comum dá continuidade na I parte. Separamos na 8 semana, reiniciamos na 9, com a mesma espiritualidade. Reviver tudo que Jesus disse, fez e ensinou sobre o reino de Deus. O Período Comum encerra-se com a solenidade de Cristo Rei do Universo. E na semana seguinte, com Advento, inicia um novo ano litúrgico. A liturgia possuiu um ciclo litúrgico de três anos: A, B e C. Ano A dedicado ao Evangelista Mateus, Ano B ao Evangelista Marcos e ano C ao Evangelista Lucas. Durante o ano litúrgico, o evangelho escrito por determinado evangelista é destaque. Ao término do C retorna o A e assim segue sucessivamente. O evangelista João é dedicado às solenidades especiais. Reexão: 1- O que é o ano litúrgico? 2-o ano litúrgico é dividido em quantos e quais períodos? 3- a liturgia possui um ciclo de litúrgicos de três anos, A, B e C. Eles são dedicados a quem? 21


A MISSA A palavra Missa vem do latim missa, que deriva a palavra Missio (missão). Signica que a celebração da Eucaristia que foi instituída por Jesus Cristo como a melhor e mais agradável oração a Deus, é uma missão, envio para evangelizar. Quando a Igreja rezar em latim, a despedida do padre era ''ite missa est'' (vão, estão dispensados). Dispensados para cumprir a missão de levar adiante o que ouviram. A missa é o sacrifício de Jesus Cristo oferecido no Altar pela nossa salvação. Sua vida foi um envio de Deus entre nós e uma missão de amor que Ele realizou. Quando vamos à missa, participamos da missão inaugurada por Jesus Cristo e deixada a todos nós na pessoa dos seus apóstolos (Mt 28,16-20). Participar da Missa, É assumir a missão que ele nos deixou: Celebrar o amor de Deus (Atos 2,42-47), Viver o amor de Deus (I Jo 4,7-11) e anunciar o amor de Deus. A missa deve ser a nossa principal oração. ela é a mais completa ação de graças oferecida Deus. Ela deve fazer parte de nossa vida cotidiana, onde vivenciamos o que celebramos assumindo como missão o anúncio do que ouvimos. Não é obrigatório participar da missa todo dia. Quem assim faz, ótimo. Melhor. Mas deve saber que a missão é maior. Através da igreja, Deus nos pede como compromisso a missa dominical. É o compromisso de iniciarmos a semana com a bênção e a missão de Deus no nosso coração. Precisamos lembrar que a missa celebrada no sábado à noite e liturgicamente missa dominical. Ela tem o caráter dominical por utilizar o mesmo rito e seguir a tradição judaica que Jesus utilizou. Após as 18h do sábado, liturgicamente é domingo. O coroinha deve ter a espiritualidade de participar da missa com amor e devoção e não ir à missa somente porque está na escala. Deve fazer da missa a sua principal oração. É participando dela com amor e devoção que alimenta a vida de coroinha, de lho, de aluno, de amigo para viver o amor de Deus. A missa deve ser o local onde encontrar-se com Deus é uma alegria. AS ETAPAS DA MISSA A primeira etapa da missa é a nossa casa. Em casa que decidimos e a missa inicia-se a preparação de nosso espírito. Preparamo-nos para ir rezar e não para um ir a um lugar qualquer. Preparamos nosso coração para o encontro 22


com Deus. A segunda etapa é a caminhada até a Igreja. Assim como o povo caminhou pelo deserto em busca da terra prometida, o caminho até a igreja signica nossa busca por Deus. Ainda uma terceira etapa, é o encontro com a comunidade. Encontramos com os irmãos que também buscam a Deus e em comunhão celebramos a fé.

ETAPAS DA CELEBRAÇÃO Acolhida O comentarista, ou a equipe de canto deseja boas-vindas. Acolhe a todos com Breves palavras em seguida o canto Inicial nos introduz no mistério que vamos celebrar. Procissão de entrada Durante o canto inicial, o padre com a equipe que o auxiliará, realiza a procissão de entrada de maneira solene, relembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Após saudar o altar com beijo (o amor pelo sacrifício Eucarístico que vai oferecer), o padre saúda cordialmente a comunidade em volta a presença da Trindade Santa. É em nome dela que vamos celebrar. Ato penitencial Somos convidados a limpar nossa ''casa coração''. Puricar nossas vidas. Arrependermo-nos de nossos pecados. O ato penitencial nos conduz a uma sintonia profunda com a trindade para celebrarmos dignamente com coração arrependido de nossos pecados. O ato penitencial não é sacramento da Reconciliação. Ele é apenas um momento para aliviar-nos o coração para a celebração. Hino de louvor Louvemos a Deus por inúmeros maravilhas realizadas em nossas vidas. Deus nos ama innitamente sem reservas e merece nosso louvor. Oração da coleta Deus colhe as orações que estão em nossos corações.E o momento para depositar o motivo de nossa presença na celebração. Uns instantes de silêncio... e em seguida O Padre e leva as mãos e profere a oração. Nesse ato de 23


levantar as mãos, ele está elevando a Deus todas as intenções dos éis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é nossa. LITURGIA DA PALAVRA Sentados, em sinal de escuta, ouviremos a voz de Deus soar através da palavra proclamada pelos leitores. Primeiro e segunda leitura, salmo e Evangelho. Se for missa ferial (durante a semana), não terá segunda leitura, a não ser que seja uma festa ou solenidade. A homilia Profere uma resposta atualizada da Palavra de Deus que é seguida da prossão de fé (creio) e a oração da assembleia (preces). LITURGIA EUCARISTICA Inicia-se com apresentação das oferendas. Pão e Vinho São apresentados a Deus no Altar para que sejam aceitos por Deus e consagrados no corpo e sangue de Jesus Cristo. Junto ao vinho, o padre coloca uma gota d'água para representar Nossa humanidade aceita na divindade de Jesus Cristo. Rito da comunhão Pai Nosso Não podemos deixar de rezar oração formalizada que Jesus ensinou. Chamar Deus de pai e comprometer-se com seus ensinamentos e seguir seus mandamentos. É considera -se e viver como lhos muito amados. Oração da Paz A saudação de Jesus ressuscitado ao aparecer aos seus discípulos foi ''a paz esteja convosco'' (Jo 20, 19-23). Essa oração é um pedido de paz aos nossos corações (desejo de Jesus Cristo) e o compromisso que assumimos diante de Deus de vivê-la e levá-la a todos. Fração do pão O Corpo e o Sangue de Jesus Cristo é o mesmo mistério. 24


No corpo e no Sangue encontra-se o mesmo Deus. Por isso Padre tira um pedaço do corpo e coloca junto ao sangue. A fração do Pão, ao Cordeiro de Deus, é o Cristo cordeiro que se Imola por nossos pecados e nos convida ao feliz banquete de Seu reino de amor e partilha. Comunhão O momento mais solene da santa missa é este, quando vamos ao encontro do Senhor na Eucaristia. Caminhamos ao seu encontro porque Ele nos espera para entrar em nossas vidas e alimentar nos com a sua. A comunhão é a sintonia mais profunda entre nós e Jesus Cristo. Entramos no mistério da Eucaristia e ela passa a ter a sua nalidade: morar em nós. A comunhão deve ser um momento de intimidade profunda com Deus Pai, que oferece-nos o Filho, para vivamos sob ação do Espirito Santo todas as graças e compromissos por Ele reveladas. Deve ser momento de adoração, respeito e silêncio interior. Oração nal Após a comunhão é um momento de silêncio, o padre profere a oração nal. É um agradecimento pela Eucaristia celebrada e um pedido de forças para vivermos em graça na oração. Benção A Missa não termina. Apenas conclui-se a determinada celebração. É um momento de recebermos o ''ite missa est''.Momento de recebermos a missão. Ir para melhor executar mus a missão conado por Deus, Pelas mãos do padre, Ele nos deixará a bênção (Nm 6,27). Reexão: 1-Onde inicia-se a missa? 2- Quais são as etapas da celebração? 3- Qual é o valor da missa na minha vida?

25


A FUNÇÃO DO COROINHA NA MISSA O acólito é um ministério instituído para o serviço do altar, auxiliando padre. O serviço ao altar é dos acólitos,mas na impossibilidade de todas as paróquias terem quantidadesuciente desses ministros, são encarregados, praticamente com a mesmadesignações, os coroinhas. O coroinha é o ministério das crianças e ou adolescentes que também auxiliam a celebração da comunidade. Geralmente fazem também o serviço do altar porque nem todas as paróquias tem acólitos. Precisamos denir bem a diferença entre coroinha e acólito. O acólito é auxiliar do padre nas funções especícas do Altar. E o ministério instituído pelo bispo e tem como função especíca na liturgia: -Coordenar ou turíbulo. -Apresentar o Evangeliário para A proclamação do Evangelho (se tiver diácono é função dele). - Auxiliar apresentação e expor as oferendas sobre o altar. - Ajudar o padre na Missal. Os coroinhas também desempenham ministério, porém, instituído pelo pároco e com outras determinadas funções. Onde não há acólitos, os coroinhas exercem a sua função e dos acólitos(credência, Turíbulo, missal, Evangeliário).Onde há acólitos, os coroinhas exercem funções próprias do coroinha como: · A corrida dos éis; · Coleta; · Auxiliar a apresentação das oferendas, trazidas pelo povo; · Tocar o Sininho; · Distribuir livros de cantos; Reexão 1- Qual a diferença entre coroinha e acólito? 2- Qual é a função especíca do coroinha? A EUCARISTA Eu tinha 10 anos quando comecei a frequentar a catequese e com 12 anos recebi Eucaristia pela primeira vez. Foi um momento muito lindo e inesquecível. Sapato, calça, com camisa.... Tudo novo. Mas, somente alguns anos depois eu fui entender que Deus queria pôr um coração novo em mim. 26


Fazer com que a Eucaristia fosse o vigor condutor de minha vida. Oferecer o Coração de Jesus Cristo para morar junto com o meu. A Eucaristia é o alimento indispensável e necessário para a vivência do Cristo católico. Deus pede através da igreja, que a vivência do cristão católico. Deus pede o trabalho, que comunguemos ao menos pela Páscoa da Ressurreição, porém, é necessário que tenhamos uma perseverança semanal se quisermos ser alimentados pela força de Deus. A norma exigida, '' ao menos pela Páscoa da ressurreição'' ,é para lembrarmos que não podemos car sem Ela. Sem entender muito sobre a Eucaristia e o Ministério do coroinha, eu frequentava Igreja, comungava e ajudava o padre no altar. Era bom estar ali. Deus alimentava minha vocação sem eu saber. A vocação de pertence a Deus. A Eucaristia é o alimento que Deus nos oferece Para vivermos a graça plena da presença do seu Filho, Jesus Cristo entre nós (Mt 28,20). Ele prometeu car conosco, e cou. A Eucaristia é a presença real de Jesus Cristo entre nós, amando-nos e guiando nossos passos. Certa vez, o povo de Deus estava sofrendo no deserto. Não tinham terra, eram escravos e viviam indignamente. Deus chamou Moisés e pediu que conduzisse todos ao encontro de uma vida melhor: a terra prometida. Foram 40 anos de caminhada e a graça aconteceu. Deus ofereceu a terra, dignidade e uma nova vida. Foi a Páscoa do povo de Deus. A passagem da opressão a libertação. (Ex 12-15). Páscoa signica passagem. O povo passou a celebrar a Páscoa como louvor e Ação de Graças pelas maravilhas que Deus havia realizado em suas vidas. Alguns séculos mais tarde, Deus enviou seu lho, Jesus Cristo para trazer uma nova mensagem:Deus nos ama profundamente deseja que todos O tenhamos no coração. Jesus Cristo ofereceu a própria vida para realizar este plano de amor do pai. O pai O ressuscitou e O envia novamente a cada Eucaristia que celebramos. A Eucaristia é ação de graças pela Páscoa. Jesus Cristo passa da morte à vida para estar sempre conosco. Ele é a Páscoa. Jesus Cristo é a Eucaristia. A igreja passou a celebrar a Eucaristia desde o início na pregação dos Apóstolos e com passar do tempo, Pão do Espírito Santo, essa celebração foi assim enriquecendo liturgicamente. Esse enriquecimento é a Missa. A missa é a celebração da Eucaristia ornamentada de orações que envolvem o Mistério de Deus em nós. A Eucaristia é bem mais que a Missa e a Missa apresentam a Eucaristia. A Eucaristia, é a presença real de Jesus Cristo que realiza o plano do amor 27


de Deus para nossa vida. Ela é alma da igreja, Ela é a igreja. Ela faz a igreja. Ela é alma porque da vida que a igreja necessita para viver. Sem a Eucaristia não existiria igreja, porque. Ela mesma é a igreja. Quando Jesus instituiu a Eucaristia (Lc 22, 14-20), alimentou os seus Apóstolos com Sua presença para continuar vivendo neles. A Eucaristia é o Coração de Jesus Cristo que pulsa na vida de quem O recebe. Paulo Viver o Amor e a missão de Deus até entregar a própria vida no martírio. Morreu decapitado por amor Jesus Cristo e não renunciar a fé. Quando ele Foi questionado sobre seus ensinamentos, se eram de Deus ou dos homens, e se responde respondeu que vivia, mas na verdade era Jesus Cristo que vivia nele. (GI 2,20). Ele sabe o valor da Eucaristia e viveu a presença dela na sua missão. E nós? Quando vamos à missa, o que a Eucaristia nos representa? Vamos conrmando essa presença de Jesus Cristo em nossa vida? Reexão: 1- O que é Eucaristia? 2- O que signica Páscoa? 3- Qual é o valor da Eucaristia na minha vida? OS SACRAMENTOS Na vida social, deparamo-nos com muitos sinais e símbolos que nos indicam o que deve ser feito, é uma realidade representativa.Sinais de trânsito, sinal de alerta, a bandeira, aceno de mão, a cor branca… Quando ouvimos uma sirene avançar pela rua sabemos que alguma coisa grave aconteceu. São os bombeiros que vão apagar incêndio ou uma ambulância e levando alguém às pressas para o hospital. Os alunos que ouvem a sirene da escola tocar, já sabem que estar na hora de se dirigirem à sala, pois a aula vai iniciar. Quando a luz do Semáforo ca vermelha temos que parar. Os sinais indicam. Eles podem ser gestuais, sonoros e visuais e querem nos auxiliar no encontro de uma realidade visível. Os sacramentos também são sinais. São além daquela que vemos. Os sacramentos por sua vez são sinais da graça de Deus que Se manifesta de maneira visível para expressar uma realidade invisível. Realidade invisível é a liação divina que se assume espécie de maneira visível, a água derramada sobre a cabeça. O catecismo diz que '' sacramento é um sinal sensível, instituído por 28


Nosso Senhor Jesus Cristo, para produzir a graça em nossas almas e santicálas. '' Sacramento eu sinal Perpétuo de Deus em nossa vida que Jesus Cristo instituiu para viver plenamente no seu amor. Jesus Cristo viveu a realidade sacramental e a instituiu para ser a graça de Deus que se permanece em nossa vida. Existem pessoas que não tem conhecimento da palavra e do plano de Deus dizendo que o Sacramento são invenções da Igreja. É uma pena que pense assim e não assimilam em suas vidas essa realidade tão grande. Vejamos: BATISMO Mt 3, 11-12 - Jesus é o lho legítimo de Deus e não precisava passar pelo batismo. Mas, ao assumir iniciar a sua missão de Filho em Salvador, Ele deixaSe batizar para imergir profundamente na realidade sacramental de Deus. O Batismo imersão. Nem tanto imersão na água que é um símbolo batismal, mas a invenção da vida. Batismo signica imersão, banho, Vida nova. Imergir a minha vida, banhá-la No amor de Deus na Pessoa de Jesus Cristo. É a vida nova que ganhamos em Deus. O Batismo é Sacramento porque uma vez batizado não tem mais volta. O sacramento é a graça de Deus assinalada no coração que o Filho viveu e ensinou como missão do amor de Deus Pai. Sacramento eu encontro mais perfeito entre nós e Deus que perdura a vida toda e o batismo é o início desse encontro. O Batismo é a Regeneração do amor de Deus. Pelo batismo Deus nos regera. Gera de novo. Temos para a vida no mundo físico e agora renascemos, nascemos de novo para a vida espiritual, inserida na graça perpétua de Deus. Existem cristãos que negam esse renascimento na vida das crianças, alegando que elas não podem manifestar o desejo se querem ou não serem batizadas. Mas por que registram seus lhos no cartório como brasileiros? Eles não podem manifestar o desejo de serem brasileiros. Não podem ser brasileiros apenas por terem nascidos no Brasil. Assim igualmente no batismo, não podem ser apenas um ritual de inclusão, mas uma vivência que está na responsabilidade dos pais e padrinhos. E os pais e os Padrinhos vivem a fé batismal e a veem com importância, podem aos vossos lhos. At 1,16. Os padrinhos, testemunhas escolhidas pelos pais, são chamados de compadres (cooperadores dos pais na missão). Eles têm a função de auxiliar os pais na educação cristã dos alhados. Jesus salientou a importância desse sacramento, sem exclusão ao pedir 29


aos seus que batizassem todos em todo o mundo: Mt. 28, 18-20. Ele arma que o Batismo é a necessidade para inclusão na graça do pai, enviando os seus a batizarem em seu nome. Ser batizado, é fazer parte do povo escolhido de Deus para viver o Seu amor. Não fomos nós que escolhemos, mas Deus que nos quis e nos quer consagrados a Ele para vivermos agraciados. EUCARISTIA Lc 22,14-20 - Ao voltar para o pai, Jesus encorajou os seus, anunciou aos seus apóstolos, armando que estaria com eles em todos os dias até a consumação dos tempos. Ele prometeu se fazer com eles. Mt 25,20. Um pouco antes desse retorno, os discípulos de Emaús tiveram a experiência de caminhar com Jesus e só o reconheceram quando Ele partiu o pão. Lc 24, 11+-35. A Eucaristia é a presença de Jesus Cristo em nossas vidas. A Eucaristia é sacramento Por que é sinal de Deus entre nós na pessoa do Filho que se entrega para nós e por nós em Corpo e Sangue. Naquela última ceia antes da sua entrega na cruz, Jesus olha para os seus apóstolos, realiza o mistério do amor de Deus nos convida a fazer o mesmo em Sua memória. Naquele momento Jesus apresentou a Eucaristia como ação de Graças, partilha, a memória da salvação, Mas acima de tudo como o sacramento que alimenta e fundamenta todos os demais sacramentos. Ele se torna Eucaristia. Torna-se o alimento na caminhada. A partir do momento em que os apóstolos passa uma celebrar a Eucaristia, eles encontram o alimento principal que os fortalece na grandeza da missão. Atos 2, 42 -47. Desde a ressurreição de Jesus Cristo a igreja celebra Eucaristia. Ela celebra o mandamento que Ele deixou para perpetuação de Sua presença na vida de todas as pessoas. Celebrar a Eucaristia, é tornar a presença de Cristo vivo em nossa vida. É fazer com que a Sua ressurreição esteja sempre presente indicando no caminho certo rumo à casa do pai. Ela é a fonte e o centro da vida cristã (SC,10). A Eucaristia é sacramento que nos alimenta com a presença de Jesus Cristo para que, saciados por tão grande mistério, recebamos todos os benefícios que ele nos deixou só a aparência do pão e do vinho; o Seu corpo com o alimento e o Seu sangue como bebida. Não há nada de mais precioso do que este banquete. Não existem mais 30


sacrifícios de animais e sim o próprio Deus Filho oferecendo-Se como sacramento do amor eterno. E para que tamanho amor expressado por Jesus Cristo, durante a vida pública, casse gravado no coração de todos, ele instituiu a Eucaristia. CRISMA Atos 1,8 - No sacramento do batismo somos assinalados no peito para sermos puricados e consagrados e na fronte para vivermos fortalecidos pela força e proteção do Espírito Santo. Essa proteção do Espírito Santo é conrmada no sacramento da Crisma como missão. A Crisma é missão. É o sacramento que conrma o batismo. Por isso também é chamado de Sacramento da conrmação. Sacramento da consumação da Graça batismal. No dia de Pentecostes, os discípulos Jesus Cristo receberam o Espírito Santo e foram revestidos da Graça divina para terem força na missão de serem Igreja. No Antigo Testamento, vem do Senhor que Consagra para missão e faz discernir para o amor de Deus (Is 11,2). É o mesmo espírito que está com Jesus Cristo e que Ele anuncia (Lc 4, 16-22). No Sacramento da Crisma, o Espírito Santo é derramado com os seus dons Para Ser Um ser espiritual entre o batizado e a graça de Deus. Pela unção somos consagrados para viver o bom odor de Jesus Cristo Que também foi marcado com o selo do Pai (Jo 6,27). O selo do Espírito Santo marca pertença total a Jesus Cristo e a sua missão evangelizadora (II Cor 1,21-22). Para sermos Cristãos verdadeiros, não basta sermos batizados e conrmados, mas fazemos nossa vida ser uma adesão sincera, madura e consciente a vida e missão de Jesus Cristo. Muitas vezes ouviremos falar que a crisma é o sacramento da maturidade Cristã; pois ele traz em nossos dons do Espírito Santo para vincular-nos nossa vida a graça de Deus que nos dá coragem para viver segundo os Seus mandamentos (Rm 8,15). Por isso que este Sacramento deve ser assumido com a responsabilidade de vivermos como batizados, que assumem a força do espírito missionário que mora em nós. Se você ainda não recebeu o Sacramento da Crisma, tem algo faltando na graça batismal que lhe foi derramada. Procure a sua paróquia e assuma o amor de Deus por inteiro na sua vida. Se você já é crismado, reviva cada dia os dons 31


do Espírito Santo que o Pai e o Filho lhe concedeu. O Espírito Santo faz em você o amor de Deus se espalhar pelo mundo. ORDEM Lc 22,19-20. Durante a última ceia, celebrada com seus apóstolos, Jesus Cristo conou aqueles que aderiram ao seu plano de amor. A missão de continuar o anúncio do reino de Deus. Eles foram revestidos pelo Espírito Santo com o sacramento da Ordem, a m de que, consagrados inteiramente a Deus, obedecer sem este mandamento de Jesus Cristo: ''ide e anunciai' (Mt 28, 19). Ordem signica mandato. Uma determinação a ser cumprida. Aquele que recebe o mandato divino de consagrar a vida inteiramente a missão de Jesus Cristo, é conhecido como o sacerdote, presbítero ou padre. Sacerdote é aquele que oferece o sacrifício no altar. Aquele a quem o lho conou a consagração do pão e vinho em Seu corpo e sangue. Presbítero é o homem do presbitério, da Igreja. Aquele que está incorporado a um grupo de outros consagrados e com eles forma uma comunhão juntamente com o bispo. Padre signica pai. Uma palavra carinhosa que os cristãos encontraram para referir-se aquele que se dedica inteiramente como o pai espiritual de uma comunidade. Deus convida o jovem a sair de sua comunidade e se preparar para retornar à comunidade ela dedicar-se inteiramente a missão de reger, orientar e santicar. O sacramento da Ordem, realiza na pessoa a graça de ser ordenado, ou seja, consagrado e a enviado com a ordem de executar uma missão. A missão de viver e anunciar o projeto salvíco de Deus. Para cumprir essa ordem dada por Deus, o jovem que ca padre, renuncia o direito de construir uma família e assumir interesses pessoais. Ele passa dedicar sua vida exclusivamente ao mandato feito por Deus. Ser padre é viver intensamente na pessoa de Jesus Cristo a Sua própria missão. Celebrar a vida dos sacramentos na vida das pessoas. É ter graça de oferecer a Eucaristia que foi consagrada pela imposição de suas mãos. Ser padre é ser pai oferecendo a vida pelo bom caminho dos lhos. A Ordem, é o sacramento que Jesus Cristo instituiu na pessoa dos doze apóstolos para que Sua missão de anunciar o reino de Deus continuar se perpetuada como uma consagração ao reino. A Ordem é a consagração da vida ao anúncio do reino. Na sua Paróquia existe um ou mais padres que estão doando a vida por este anúncio. Consagrou a vida ao serviço da comunidade para nela anunciar e levar todos ao amor de Deus. 32


Pela graça da existência do padre, Jesus Cristo realiza os batizados, os matrimônios, abençoa a comunidade, traz até nós seu Corpo e Sangue. Sem o padre não teríamos os sacramentos. Não teríamos Jesus Cristo na Eucaristia. Precisamos rezar a Deus em louvor por este Sacramento e emprestes pela vida de nossos padres. Pedi ao Senhor da Messe que envie operários para sua vinha. Que nossas comunidades despertem a vocação em jovens para se consagrarem a Deus. MATRIMÔNIO Mt 19, 5-6. Quando o rapaz e a moça se apaixonam e começam a namorar, desejam construir juntos uma nova realidade em suas vidas, desejam car sempre juntos e viveram felizes. Um sentimento de carinho brota no coração que pede para carem sempre perto um do outro. Isso é o amor. O amor Entre Duas Pessoas é muito bonito quando ele a entrega, doação, alegria. Quando ele tem a intenção de fazer o outro feliz e o plano de transformar-se em Sacramento do Matrimônio. Matrimônio é um Sacramento destinado para unir duas pessoas que se amam mutuamente no amor sacramental de Deus. O matrimônio é o Sinal do ''amor doação'' para a construção da família. Em toda história temos a celebração do amor entre duas pessoas. O amor que nasce entre duas pessoas é manifestado e concretizado numa celebração festiva. Jesus Cristo foi convidado para um casamento com seus discípulos. E esse relacionamento entre duas pessoas Jesus transforma em Sacramento do matrimônio, pois ele deve ser um amor para sempre com a presença e a graça de Deus. O relacionamento transformado em matrimônio é a vocação do amorserviço à Pessoa de quem amo para com ela construir um lar abençoado por Deus. Bel chama a viver os nossos sentimentos na sua presença e com a Sua bênção. Se a vocação e construir uma família com uma pessoa que, deve ser uma construção sacramental. O amor deve ser transformado em Sacramento para ser vivido e celebrado como plano de Deus. RECONCILIAÇÃO Tg 5,16- Quando duas pessoas amigas rompem um laço afetivo por causa de uma briga, de um desacerto, elas passam a não mais se falar, a conviver até sente mágoa uma da outra. Porém, é possível que retomem amizade. 33


Depende de ambas a reconciliarem. Os desafetos retornarem a boa convivência. É necessário a humildade para reconhecer e pedir perdão. Entre Deus e nós existe a mesma medida. A única diferença é que ele é o ofendido que dará o perdão e nós somos os ofensores que devemos buscar a reconciliação. A reconciliação, na Qualidade de Sacramento, é a graça que temos de Deus ser pai e ser um pai misericordioso que não guarda mágoas. Ele já foi para com tantas pessoas na história espera ser conosco também. Para isso, precisamos ter a humildade de reconhecer os pecados e a coragem de pedir perdão deixando os nas Suas mãos. Para que a reconciliação se tornasse Sacramento, Jesus instituiu-o na pessoa dos apóstolos, Dando-lhe autoridade sacramental para perdoar (Mt 1 6,19) e orientando a confessar os pecados (Tg 5,16). O sacramento da Reconciliação, não é plenamente compreendido com a misericórdia divina: o que resulta na diculdade de confessar os pecados. Precisamos vencer a ideia distorcida de um ritual predominantemente marcado pela tristeza; uma certa humilhação que resulta numa penitência dura. Pelo contrário, a reconciliação é fonte de paz e de alegria. A reconciliação, conssão, Penitência ou Sacramento do perdão é o sacramento que envolve a remissão de pecados Perante o padre ou bispo, que neste momento a tua em nome de Cristo, (Mt 20,23). Ele implica em receber o perdão divino das faltas compensadas e de uma penitência (reparação de danos causado pelo pecado). Temos a tentação de questionar, por que é preciso confessar o padre e não diretamente a Deus? Todo Sacramento deve ser uma apresentação a Deus. Quando confessamos, não ao padre, mas a Deus, o padre é o representante consagrado para ouvir, Estamos apresentando a Deus os pecados que desejamos que sejam perdoados.Manifestamos o desejo do Perdão. Queremos ser perdoados. Então levamos os pecados até Deus. Podemos sim pedir perdão a Deus apenas no pensamento. Mas é preciso lembrar que não é sacramento. Não é sinal do Perdão. Apenas manifestados e Deus pelo pensamento não absolve os pecados. UNÇÃO DOS ENFERMOS Tg 5,4. O mundo oferece alegrias e dores. Em nossa vida temos momentos de paz e de conitos. Na caminhada do dia a dia nos deparamos com a saúde e a doença. Tempos difíceis para esse em uma cruz pesada demais. São as dores que o mundo oferece e que precisamos suportar. 34


A doença que pode chegar em nossa vida e a fragilidade humana que caminha conosco. E para esse momento, Jesus Cristo deixou um Sacramento: a Unção dos Enfermos. Enfermo é aquele que está fragilizado, tanto física quanto espiritualmente. A enfermidade é uma cruz que pode ser aliviada. Quem está enfermo deseja recuperar-se. E é neste momento que a Igreja oferece Sacramento da unção como conforto. A unção que fortalece na fragilidade. O enfermo necessita antes de tudo a certeza de que Deus está presente na sua vida, de que Deus não esqueceu e a comunidade não abandonou. Se ele não tiver essa presença, poderá cair no desânimo. Precisamos evitar conceitos errados quanto a este sacramento. Ele não é o último e nem os últimos ritos que o enfermo receberá. Ele é a misericórdia e a presença confortante de Deus no momento da dor. A Unção dos Enfermos é ministrada somente pelo padre ou bispo, devido a conferir junto Sacramento da Misericórdia. Ele confere a graça de o Deus Misericórdia e o conforto da alma diante do sofrimento, diante da pesada cruz que tenho que carregar. Para cada etapa da vida Deus oferecem Sacramento. O nascimento é a marca da vida. Pelo batismo renascemos para a vida em Deus. Na vida precisamos alimentar o corpo para viver. A Eucaristia alimenta a vida cristã. Crescemos E começamos a decidir nossos caminhos. A Crisma é o crescimento e maturidade na fé. Erramos porque somos humanos. A reconciliação é a reparação dos erros cometidos a Deus. Adoecemos porque somos frágeis. A unção dos enfermos é o conforto na dor. Amamos porque fomos feitos para amar. O matrimônio é o amor celebrado na graça de Deus. Dediquemos- nos a uma função. Deus chama muito a dedicar a vida em função do reino consagrado inteiramente pela ordem. Somos chamados a viver a vida na realidade sacramental. Deus nos chama a viver no seu amor testemunhado o sacramento que recebemos. Reexão: 1-Quantos e quais são os sacramentos? 35


2-O que signica Sacramento e qual é o valor que eles têm na minha vida? 3- A qual Sacramento Deus já me chamou e continua chamando? A ORAÇÃO ''Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a Ti me conou, a piedade divina sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine, Amém''! Quando eu era criança, todo dia o nal da noite minha mãe e ao pé da cama rezava o santo anjo junto comigo e dizia boa-noite. Foi a primeira oração que eu aprendi e a que mais marcou minha vida. Com o tempo, eu aprendi muitas outras orações que dirijo a Deus até hoje, todas com grande signicado que expressam minha realidade humana na presença de Deus. Quando jovem, frequentei a catequese para receber o Crisma. Aprendi com minha catequista que isso que devemos rezar sempre a Deus, pedindo a Sua presença em nossa vida. E com ele outro modelo de oração. Aquela que Brota do coração com palavras espontâneas. Espontaneamente, dialogamos com Deus expressando nossos sentimentos, nossas necessidades, nossos louvores. Esses dois modelos diferentes de oração são importantes. Duas maneiras diferentes de dialogar com Deus e que levam até ele nossos Sentimentos. Oração é um diálogo com Deus. É uma convivência que temos com ele onde apresentamos nossa realidade para que ela seja ouvida e acolhida. Aprendemos a dialogar com Deus na família, na catequese, na missa...Através de várias orações que conservamos diariamente como uma prática habitual. A oração deve ser uma prática diária que nos coloca ao lado de Deus. Cada oração que professamos (Pai-Nosso, Ave-Maria, Santo Anjo, Creio ou mesmo espontânea) Tem uma fórmula que expressa através das palavras proferidas, uma realidade de convivência com Deus. Ela coloca nossa humanidade ao lado do divino para reconhecermos nEle sua grandeza e clamarmos por nossa necessidade. A oração formalizada demonstra Nossa perseverança em clamar a Deus e a espontânea demonstra nossa criatividade ao falar com Deus. Seja com orações formalizada sou espontânea, nossa vida deve ser uma vida de oração. Devemos ter a prática de dialogar com Deus constantemente. Quem dialoga com Deus, oferece a vida para que seja cuidado por Ele e tem suas preces ouvidas e atendidas. Jesus Cristo disse ''pedi e recebereis'' (Lc 11,9). Porém, Deus necessita de nossa perseverança para que nossa oração se transforme em graças recebidas. 36


Ter uma vida de oração signica dialogar com Deus de maneira constante perseverante. Ter a vida direcionada à realidade que Deus nos oferece e conduzi-la em sintonia com ele. Uma vida de oração é uma Bíblia que comece constantemente com Deus. Na vida do coroinha a oração é fundamental, Pois é pela oração que se relaciona mais facilmente com Deus. O coroinha precisa ser íntimo de Deus, relacionar-se com Ele. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Deus se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço ao altar de forma digna. Reexão: 1-O que é oração? 2- Qual é a frequência da oração na minha vida? 3- Por que a oração é fundamental em nossa vida?

AS VESTES LITÚRGICAS Amito - Pano branco colocado no pescoço debaixo da túnica. Veste clerical, mas não muito usado atualmente. Alguns padres ainda usam. É opcional. Túnica / Alva - Veste que cobre todo o corpo. Geralmente branca. Vemos também algumas marrons claras. Ela representa a pureza que o clérigo representa diante do Mistério que Está celebrando. Estola - Faixa que o clérigo usa sobre o pescoço com duas pontas para frente. Signica a dignidade sacerdotal. Estola diaconal - O diácono usa a estola de maneira transversal. Da direita para esquerda com as duas pontas xas. Cíngulo - Cordão branco, ou da cor usada na liturgia do dia. É usado para xar na cintura. Geralmente usado pelos clérigos (xa a estola na túnica), mas também coroinhas e acólitos usam. Casula - Veste na cor litúrgica que o clérigo usa sobre a escola. Signica revestir-se de Cristo. 37


Dalmática- Veste diaconal semelhante à casula. O diácono usa por cima da estola. Capa pluvial- Capa branca ou Dourada utilizada para transladação e bênção do Santíssimo. Usada pelo clérigo.

UTENSÍLIOS LITÚRGICOS CÁLICE Tem o formato de uma taça. É utilizado para colocar o vinho que será transformado em Sangue de Cristo. ÂMBULA/ CIBÓRIO/PIXIDE Tem o formato parecido com cálice, porém, um pouco mais arredondado. É utilizada para as espécies que serão consagrados em Corpo de Cristo. PATENA Uma pequena peça Redonda em forma de um prato. é utilizada para colocar a hóstia de tamanho maior que o padre e leva na hora da Consagração. OSTENSÓRIO / CUSTÓDIA Peça em forma de um estojo redondo. É o suporte para a hóstia que será exposta para adoração ou procissão. TECA Pequeno estojo redondo, utilizado para transportar o viático: Eucaristia aos doentes. PALA Papelão quadrado forrado com pano branco. Utilizado para cobrir o cálice durante a celebração, evitando assim que caiam um certo sobre o sangue de Cristo. CORPORAL Pedaço de pano branco que é aberto sobre o Altar e sobre ele é colocado o corpo e o Sangue de Cristo.

38


SANGUINHO / SANGUÍNEO Pano branco utilizado para puricação do cálice. MANUSTÉRGIO Toalhinha com que o padre enxuga as mãos após apresentação das oferendas. LAVADO Conjunto de utensílios usados para a puricação do padre após apresentação das oferendas. Tem parte do lavado: a bacia, a jarra para água e o manustérgio. ALFAIAS São as toalhas utilizadas para revestir o altar, o Ambão (mesa da palavra) e a Credência. Geralmente são na cor litúrgica. GALHETAS Pequenos recipientes, geralmente de vidro, utilizado para pôr a água e o vinho que são usados na consagração. TURÍBULO Vaso de metal com uma correntinha. Serve para queimar o incenso. NAVETA Acompanha o turíbulo. Pequeno recipiente também de metal onde é depositado incenso. INCENSO Resina aromática extraída de árvores. É queimada para soltar fumaça, também nossas orações sobem ao céu como aroma agradável. CÍRIO PASCAL Vela grande acesa na celebração da Vigília Pascal. Ela é a luz do Cristo ressuscitado que vence a escuridão da morte. É utilizada durante o período pascal, nas celebrações do batismo, de Primeira Eucaristia e Crisma. Acesa na celebração da vigília Pascal e recolhida no domingo de Pentecostes. VELA Ela representa a luz. O afastamento da escuridão. Jesus Cristo é a luz que 39


vence a escuridão. ALTAR Mesa centralizada no presbitério. Sobre ele é oferecido o sacrifício Eucarístico. Representa o lugar onde Jesus celebrou a última Páscoa Judaica e a primeira eucaristia com os seus apóstolos. Deve ser adornado com belas alfaias e evitando que se coloque sobre ele objetos não utilizados para o sacrifício Eucarístico. CREDÊNCIA Mesinha no canto do presbitério onde são colocados os utensílios para o sacrifício Eucarístico. Também deve ser evitado colocar objetos não utilizados no sacrifício Eucarístico. AMBÃO (MESA DA PALAVRA) Lugar de onde são proclamadas as leituras. Na Igreja antiga também chamada de púlpito. SACRÁRIO Lugar sagrado onde são depositadas as espécies consagradas. Geralmente ca no canto do presbitério e é identicado com uma pequena luzinha colorida. CRUCIFIXO Representa a presença de Jesus crucicado na liturgia. Maior símbolo do cristianismo.

LIVROS LITÚRGICOS LECIONÁRIO Lecionário vem de leitura. É o livro das leituras proclamados na celebração litúrgica. As leituras da celebração liturgia são repetidas a cada três anos. É um clico de três anos chamados de anos A, B e C. Ano A: dedicado ao Evangelista Mateus. Ano B: dedicado ao Evangelista Marcos. Ano C: dedicado ao Evangelista Lucas.

40


O Evangelista João é utilizado nas solenidades. O lecionário é dividido em três volumes: I - Dominical - Contém as leituras dominicais dos anos A, B e C. II - Semanal - Contém as leituras semanais e é dividido em ano par e ímpar. III - Santoral - Contém as leituras para memórias e festas dos Santos.

MISSAL Livro utilizado no Altar. Ele contém as orações próprias que o padre profere durante a missa: coleta, sobre as oferendas, orações eucarísticas, bênçãos… EVANGELIÁRIO Livro grande onde encontramos a leitura do Evangelho. Ele contém apenas a leitura do Evangelho. RITUAIS São livros litúrgicos especiais para o rito do Sacramento e sacramentais. Ritual para o sacramento do Batismo, da Penitência, do matrimônio, da unção dos Enfermos. O Ritual para crisma e a ordem é encontrado no cerimonial dos Bispos. Ainda há o ritual para os sacramentais: exéquias (encomendação de um corpo), bênção de casas e bênção em geral.

SÍMBOLOS E GESTOS NA LITURGIA ESTAR DE PÉ Signica estar em prontidão. Posição para seguir. Ap. 7,9: Está de pé diante do cordeiro que é Jesus. SENTADO Sinal de escuta, de atenção. Posição em que ouvimos. Lc 10,39: Maria estava assentada aos pés de Jesus para ouvi-lo. AJOELHADO Sinal de adoração. FI. 2,10: Todo joelho se dobre diante de Jesus, nos céus e na terra. Em todo lugar. Ajoelhamos durante a consagração. É opcional ajoelhar 41


para uma oração pessoal ao entrar na igreja e após a comunhão. INCLINAR Sinal de respeito, de veneração. CAMINHAR As procissões e até a caminhada de nossa casa até a igreja, indicam que somos o povo de Deus que caminha para o Seu reino. MÃOS LEVANTADAS Atitude orante de Clemência Desus. Tm 2,8: Paulo fala que deseja que os homens rezem a Deus erguendo as mãos para o céu. MÃOS POSTAS Atitude orante de recolhimento interior e busca de Deus. MÃOS DADAS Atitude de unidade e solidariedade. Signica caminhar juntos e ter o mesmo objetivo.

A MISSÃO DO COROINHA Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o coroinha é um batizado. Aquele que foi batizado em Cristo é um cristão e o Cristão deve seguir os ensinamentos deixados por Jesus Cristo. Ser Cristão verdadeiro é assumir e viver todos os dias o compromisso que a realidade batismal trouxe na vida: Cristão, lho de Deus e consagrado para o amor. Após a consciência da realidade batismal, o coroinha precisa ter clareza de que a sua participação na comunidade é uma convivência com os Irmãos na Fé, vivendo o amor de Deus na Eucaristia. Participar da comunidade é partilhar a vida e a Eucaristia com aqueles que também procura as bênçãos de Deus Pai. Em seguida, temos a presença do coroinha exercendo sua função na celebração. É um ministério na comunidade. O coroinha está respondendo Chamado de Deus a fazer-se presente na comunidade e auxiliar a celebração da Eucaristia com seus serviços. Ser coroinha na missa é exercer um ministério que contribui para a construção do reino de Deus e responde com a vida e os dons ao chamado de 42


Deus. A missão do coroinha é viver um amor de Deus respondendo com a sua vida de criança e adolescente, O chamado de Deus faz a participar e servir a Eucaristia. Alimentar-se com o Pão do céu e auxiliar a outros também alimentar-se. O coroinha que está presente e vivenciando o amor de Deus na comunidade, tem como missão principal ser sinal e testemunha Jesus Cristo que ensinou a importância da Vida em comunidade. A vida em comunidade exige abertura de coração para acolher e respeitar o outro que celebra a mesma fé e partilha mesma realidade. A missão principal é o amor às coisas de Deus e ensiná-los com sua própria vida, com seu jeito de viver. Reexão: 1- Qual é a missão do coroinha? 2- O que é a vida de comunidade exige do coroinha? 3- Como viver o amor de Deus como a missão na vida?

TRÊS ATITUDES FUNDAMENTAIS Apresente do coroinha na comunidade não é apenas o ministério que deve ser exercido ou alguém que está ajudando o padre em algumas funções. Acima de tudo, é a Presença de uma pessoa batizada que está respondendo o chamado de Deus para o serviço na comunidade. O coroinha está respondendo o chamado de Deus a viver o batismo a serviço da comunidade. Ele está respondendo a uma vocação. Estar à frente na comunidade, vestir uma túnica e necessariamente ser visualizado por todos, requer que tenhamos uma postura decente, coerente e disciplinada. O coroinha precisa considerar que a sua vida e a sua presença fala em nome de Deus. É uma vocação para que Deus esteja no coração de todas as pessoas. Para que o coroinha. Exerça a sua vocação com dignidade, três atitudes são fundamentais: DIÁLOGO Quem diálogo expressa seus pensamentos e conhece pensamentos da outra pessoa. O diálogo é a melhor solução para o entendimento e a boa 43


convivência. O coroinha precisa dialogar, entender e se fazer entender compadre, os ministros, a equipe de canto, os leitores etc. É importante e indispensável que o coroinha saiba tudo sobre a sua função e também sobre a função dos demais ministérios. Através do diálogo, sabe-se como ser a condução da celebração. Quais os cantos, os momentos em que os ministros ajudarão o padre, se terá procissão da palavra… haverá uma maior sintonia na celebração. O que precisamos evitar, é que cada coroinha que chega a Igreja faça perguntas para o padre, os ministros e cantores. O grupo dos coroinhas que estará em função naquela determinada a celebração dialoga junto, ou um dialoga e depois repassa para o grupo. Dialogar não é conversar o tempo todo e muitas vezes coisas desnecessárias. Dialogar e se fazer entender com outro. É fazer da fala um serviço de comunicação. Durante toda a celebração, o coroinha precisa saber o que e como está acontecendo e está atento, para isso é necessário dialogar antes com aqueles que estão exercendo um ministério. Assim haverá mais comunicação sem palavras porque dialogamos e nos entendendo. A celebração cará mais bonita e agradável.

RESPEITO Respeito é quando aceitamos e tratamos a outra pessoa como ela é e com dignidade. É aceitar o outro como diferente de nós e que convive conosco no mesmo espaço. Te respeito é compreender a outra pessoa no seu estado de vida pessoal. O coroinha precisa ter respeito para com todos, especialmente por aqueles que também atuam na comunidade e que pensam e fazem diferente. Respeito pelo padre, ministros, leitores, cantores, demais coroinhas etc. O coroinha deve respeitar a todos como atitudes do próprio Jesus que acolhia a todos, valorizava as diferenças e respeitava a todos pensamentos diferentes. O respeito que o coroinha deve exercer, é o reconhecimento da outra pessoa como lha de Deus e seus valores. O amor que Deus tem pelo coroinha, igualmente ele tem pelo padre, ministros, cantores e assim como Deus ama e respeita a todos, o coroinha deve seguir esse exemplo. COMPREENSÃO Compreender signica conhecer profundamente e também aceitar o outro 44


na sua diferente realidade. Compreender conhecer no mais profundo. Quem conhece, entendi o porquê dos erros e atitudes. Compreensão, ainda é ter atitude de aceitar e acolher o outro com seus erros e atitudes. Ter compreensão, é saber amar e aceitar as pessoas sem olhar para as suas atitudes. Não somos apenas o que aparentemente demonstramos em nossas ações. Compreensão saber acolher e amar as pessoas apesar de seus defeitos. O coroinha precisa ter compreensão para com todos, sabendo reconhecer que as pessoas são maiores que seus defeitos e que eles não resumem quem elas são. A compreensão, é uma atitude que precisa estar presente na vida do coroinha que sabe reconhecer que todos somos diferentes e mais importantes que nossos pecados. Quando compreendemos as pessoas, vivemos melhor nossas vidas e nossa vocação. Reexão: 1- Quais as três atitudes fundamentais que precisamos ter? 2- Qual a atitude que devemos ter para exercermos o ministério de coroinha com mais dignidade? VOCAÇÃO Todos somos chamados a manifestar em nossa vida o que de especial ela tem. Expressar por e nela o amor com que Deus nos dotou com seus dons, a m de vivermos na sua graça e contribuirmos para que o reino de Deus seja anunciado. Vocação é responder ao amor de Deus. Um dia morávamos em Deus e já pertencíamos ao seu plano de amor. Ele nos presenteou com um corpo e passamos habitar no mundo. Porque Ele achou que seria bom, bonito e nos faria bem; mas por que tem um plano para nossa vida. Um plano de amor que passa por nós e para atingir a todos que convivem conosco. Vocação é conviver e anunciar o amor de Deus com nossa vida. Deus não chamou a vida e nossos pais responderão por nós. Eles contribuíram para que o amor de Deus em nós fosse uma realidade. O amor é uma realidade de Deus que somos chamados a viver. Com o dom da vida que há em nós, vivenciamos muitas realidades: umas são pertencentes ao amor de Deus, alegram-nos, outras nos entristecem e 45


também a Deus por serem contrárias ao seu plano para nossa vida. Quando respondemos ao Seu amor, seguindo seus ensinamentos, estamos respondendo ao chamado para viver intensamente na Sua graça. Mas anal, o que é vocação? Vocação não é uma inclinação ou aptidão para alguma coisa. Vocação é um chamado que Deus dirige a toda pessoa para que ela realize uma missão na vida. Vocação é um chamado que exige uma resposta para o engajamento no serviço da Comunidade. Vocação é um caminho para realização de um projeto de vida. Vocação é a realização da vida do jeito que Deus quer e de acordo com as necessidades do tempo. Vocação provém do latim Vacare: chamar ao chamado. Vocação é um chamado que Deus nos dirige a m de vivermos plenamente o que nos foi reservado por Ele. Toda pessoa é vocacionada. Chamada a dar uma resposta positiva do amor de Deus. A vida do vocacionado é um permanentemente viver em Deus. A primeira vocação aqui respondemos é a vida. Somos chamados por Deus a existir, manifestar a graça de ser uma presença no mundo. Com a vida somos chamados a amar, manifestar a realidade que é Deus em nós. Nessa realidade está expresso sentido de nossa existência. Deus nos chamou não apenas para vivermos por viver, mas para manifestarmos Seu amor em nós e darmos pleno sentido ao nosso existir. Para isso, Ele vai ao longo de nossa caminhada no chamando a exercermos uma função especial na vida. O Batismo, primeiro sacramento que recebemos, é a vocação a que respondemos para assumimos a realidade de sermos lhos legítimos de Deus e vivermos a graça de tê-lo por Pai. O pai sempre ama seus lhos acima de todas as coisas, e por isso que Deus nos presenteia com a vocação. A participação na Sua vida. O dom de manifestar mento com a vida a participação do Seu reino. Terezinha dizia que a sua vocação era o amor de Deus e a sua vida fazer a vontade dEle. Morreu com apenas 24 anos e tornou-se Santa Terezinha, por que viveu essa realidade intensamente doando a vida por esta causa. Vocação é doar à vida por uma causa. Abraão doou a Vida Diante do chamado que Deus fez para deixar a sua terra e recomeçar a vida no lugar diferente e desconhecido. Ele foi obediente, fez a vontade de Deus e sua vida fez parte do Reino de Deus (Gn 12). Jeremias tentou resistir, mas Deus insistiu e ele abraçou a missão que foi designada para a sua vida (Jr 1). Vocação é assumir o plano de Deus. Jesus chamou Pedro, Thiago, João, Mateus... que O seguiram e suas vidas foram moldadas conforme o plano de Deus. Já ouvimos a história de muito santos e santas que receberam o chamado 46


de Deus, responderam, e são para nós testemunhas em sinal para que também façamos de nossas vidas uma resposta positiva ao Seu amor. Assim como eles, também nós somos constantemente chamados assumir esse plano de amor em nossa vida; e para respondermos a essa realidade que está em Deus, não podemos resistir e nem tem medo de assumir o que nos foi o proposto. Somos chamados a vencer o medo e não resistimos a nossa vocação, que foi escolhida por Deus. Assumir a vocação é responder ao Chamado de Deus, é deixar nossa vida ser moldada pelo Seu amor. Quem chama é sempre Deus. Chama-nos para assumirmos uma missão evangelizadora de fazermos da vida um sinal de seu reino. Somos chamados a responder com a vida ao amor que constrói, edica realiza todos. Esse chamado, Deus o faz em toda a nossa vida para que respondamos sempre a nossa vocação que faz parte das etapas da vida. Com a primeira vocação, a vida, temos a capacidade para respondermos a todas as vocações que Deus nos faz. Ainda frágeis, necessitados de inúmeros cuidados, somos chamados a consagrar nossa vida a Deus. É a vocação do Batismo aqui nossos pais responderam por nós. Continuamos sendo chamados, agora a viver como batizados conduzindo a vida de cristãos segundo os ensinamentos recebidos. É a vocação da santidade, da vivência plena do amor de Deus. Cada Sacramento que recebemos é uma vocação para alimentarmos a vivência do amor de Deus. Crescemos, amadurecemos e tomamos conhecimento dos caminhos que a vida oferece. São muitos. Temos a liberdade de escolher para buscarmos nossa felicidade. Porém, precisamos sempre lembrar que a vocação é de Deus. Ele nos chama assumimos a vida com responsabilidade, maturidade e missão. É o sacramento da crisma. É conrmação do Batismo, agora com nossa resposta de fé. Ao percebermos o valor e a necessidade de ser comunidade, fazemos parte dela como membros ativos que colaboram na construção do reino de amor que Deus ensinou. Darmos nosso sim para que outros também vivam a alegria de encontrarem Deus. Ele nos chama viver nossa vida como serviços na comunidade. Como catequista, Ministro, leitor da palavra, músico, padre, religiosa...a comunidade necessita de nossos dons e Deus nos chama oferecêlos. Alguns são chamados ao matrimônio. Construir com outra pessoa ou um relacionamento amoroso que edique ambos e forme uma família. Outros a consagrar vida para estar plena inteiramente a serviço de Deus. Ainda há 47


aqueles que assume a vocação do matrimônio e dedicam boa parte do seu tempo para missão de Deus na Igreja. Consagram parte da sua vida à família e parte à missão de evangelizador. Todos somos chamados por Deus. Precisamos reetir a que Ele nos chama. A vocação é uma iniciativa de Deus que chama pelo nome, confere uma missão e capacita para sua realização. A resposta é nossa que pode ser sim ou não. Nessa resposta está o plano de Deus realizado em nós. Quem dá sentido à vida é a própria pessoa, respondendo ao chamado de Deus dedicando-se a uma causa nobre, no convívio com outros, aceitando com coragem o sofrimento e valorizando cada vitória conquistada. A vida é dom de Deus. A vocação é um chamado para valorizar a vida e dar-lhe pleno sentido. Reexão: 1-O que é vocação? 2- Como descobrir a minha vocação? 3- Para que serve a vocação?

48


ACÓLITO… A MISSÃO CONTINUA HISTÓRIA DO MINISTÉRIO DOS ACÓLITOS Ser coroinha é uma vocação, acólito é igualmente um chamado de Deus para exercer um serviço na liturgia. Acólito é uma vocação ao serviço da liturgia destinado especicamente no presbitério. Acólito do verbo acolitar signica acompanhar pelo caminho. Acólito é aquele que acompanha o caminho da celebração da Eucaristia e auxilia aquele que preside a cerimônia do início ao m. O Ministério do acolitato é bastante antiga na Igreja bem mais que o dos coroinhas. Quando as missas eram rezadas em latim e o padre cava de frente com sacrário, uma pessoa estava ao lado para auxiliá-lo durante a celebração. Era essa pessoa, conhecida como sacristão, que abriu o livro, tocava o sininho, segurava o microfone…, auxiliava o presidente da celebração. Após o concílio Vaticano II (1962-1965), o padre a rezar de frente para o povo e comunicar-se mais com a assembleia litúrgica, foi quando o sacristão teve que se adaptar em suas funções linguísticas e a partir daí o presbitério passou a ter dois ministérios distintos: leitorado e acolitato. Então leitor passa auxiliar a liturgia da palavra e o acólito o serviço referente a credência e Altar. Esses dois ministérios tornou-se instituído pelo bispo para jovens que aspiravam ao sacerdócio e, mais tarde, a igreja passou a admitir esses ministérios a todos os jovens, não apenas aqueles que desejavam ser padres. Hoje a igreja acolhe também meninas para o ministério de acólitos que, 49


conferido para meninos e meninas é uma continuidade do ministério do coroinha. Um passo para o ministério extraordinário da comunhão eucarística. A Missão de viver e anunciar o evangelho na liturgia continua. Ser acólito é continuar a missão já recebida, agora com algumas funções a mais. Já ao ministério do leitor tornou-se comum e acessível aos leigos que desejavam fazer parte da liturgia. O coroinha permanece com a função de acolher as pessoas na porta da igreja, tocar o sininho, passar a caixinha durante apresentação das oferendas, carão lado do ministro durante distribuição da Eucaristia, distribuir os livros de cantos e outros... e o acólito passa a exercer as funções especícas referente a liturgia do presbitério. A CRUZ E O CRUCIFERÁRIO A Cruz está muito presente nas igrejas e na vida de todos os cristãos. É o símbolo mais utilizado e representa a entrega total a Jesus Cristo pelos pecados de todos. É o símbolo do sacrifício de Jesus Cristo. Ao colocarmos uma cruz em destaque em nossa casa, local de trabalho ou mesmo carregando no peito, testemunhamos que somos cristãos e pedimos a força que ela representa - testemunho de Jesus Cristo- para vivermos abençoados pelo amor de Jesus Cristo demonstrou ao ser pregado nela. Colocar uma cruz em destaque ou carregá-la no peito é fácil, pode até ser apenas um adorno. O difícil e comprometedor é assumir que ela representa:dedicação total ao próximo sem esperar recompensa. Em todas as celebrações, a Cruz deve estar em destaque porque rezamos no coração o amor, a entrega e o serviço de Jesus Cristo por nossos pecados. Ela torna-se um sinal e um testemunho para seguirmos elmente na caminhada em que Ele nos guiou ao morrer na cruz. Na Procissão de entrada, a cruz vai sempre à frente, e suspensa em nossas cabeças. Foi assim que Jesus Cristo entregou sua vida por amor a nós, suspenso, a cima de tudo e de todos. Ele vai sempre à frente porque nós seguimos a Jesus Cristo que nos mostrou o caminho que leva ao Pai. A cruz tem duas hastes, uma vertical e horizontal. A haste vertical, com a ponta mais baixo e a outra para cima indicados que devemos ter a vida xa na realidade de nossas famílias, de nossa comunidade, nossos projetos de vida, e que sejam uma vida que aponta para o alto que é Deus. A haste horizontal, com as pontas para esquerda e para direita, indicamos que devemos abrir os braços para a convivência com nossos irmãos, também 50


lhos de Deus. A Cruz indica-nos as duas realidades espirituais que precisamos cultivar em nossas vidas: nós e Deus (Vertical), nós e todas as pessoas (horizontal). O Acólito que conduz a cruz na procissão de entrada Chama Cruciferário. Ele conduz a Cruz até o presbitério, segura-a voltada para assembleia até que todos os demais participantes da equipe de celebração (coroinha, ministros, leitores, Padre) terminei de fazer-lhe a reverência. Enquanto o padre se dirige o altar para saudá-lo, o Cruciferário coloca a cruz em seu lugar, no qual ela irá permanecer durante a celebração. Terminada a celebração, assim com iniciou, o Cruciferário toma frente para procissão de saída. É a função do acólito e à frente como Cruciferário na procissão de entrada e saída. A VELA E O CEROFERÁRIO/CERIFERÁRIO A vela representa a luz. A nalidade da vela é iluminar. Se ela estiver apagada é apenas um objeto, se estiver acesa é o símbolo da luz. Quando falta luz durante a noite a primeira coisa que vem a nossa mente é a existência de vela em casa. Se temos vela vamos atrás de algo para acendê-la (fósforo, isqueiro). Se há vela, temos que procurar outro objeto que ilumine (lanterna, iluminador elétrico) mas a primeira opção de nosso pensamento é a vela. A vela sempre foi, e ainda é, bastante utilizada na liturgia. Até em nossa casa quando nos reunimos para rezar acendemos uma vela, por que desejamos que nossa oração seja iluminada pelas graças de Deus. Na liturgia a vela representa a luz de Deus. Quando somos batizados, recebemos uma vela acesa das mãos do padrinho que acende Círio Pascal, luz do ressuscitado que a igreja acende na fogueira do Sábado Santo. Na primeira comunhão, acendemos uma vela, também Círio Pascal. Na celebração da crisma assim acendemos outra vela no Círio Pascal. A missão é não deixar apagar, não a vela matéria. Essa se consumirá mesmo que guardamos para lembrança. A que não devemos deixar apagar, é que acendemos no coração: a vela da Fé, símbolo que é a luz de Jesus Cristo. A missão de todo batizado, é caminhar na luz que é Jesus Cristo para afastar-se das trevas, do pecado e da morte espiritual. Quem já faleceu, não consegue acender a vela da fé, por isso que vamos ao cemitério e acendemos por ela. Nós amamos quem se foi e queremos que esteja sempre na luz de Deus. 51


Em todas as celebrações acendemos uma ou mais velas. Na celebração da Eucaristia e da Palavra, acendemos as velas que cam ao lado do altar. Pedimos que Deus ilumine sempre a nossa vida através do grandiosíssimo mistério ali celebrado. O Mistério (Jesus na Eucaristia) é a nossa luz e pedimos Que permaneça sempre conosco. Uma liturgia bem celebrada é uma liturgia conduzida com simplicidade e espiritualidade. As velas fazem parte dessa liturgia. Dois acólitos entram ao lado da cruz com as velas a serem colocadas ao lado do altar. Chegando ao presbitério colocam as velas no lugar preparados para elas. Os acólitos que conduzem a vela são chamados de Ceroferário ou Ceriferário, Que no m da celebração retiram-se da mesma maneira como entraram, ao lado da cruz.

TURÍBULO E TURIFERÁRIO Turíbulo é um recipiente de metal em formato de um vaso, suspenso por correntinha e tem a nalidade de levar as brasas onde se deita o incenso para aromatizar o ambiente litúrgico. Esse aroma vem de um incenso que é depositado sobre as brasas. Ele queima, liberando uma fumaça branca e aromática. Incenso é uma matéria romântica em forma de pó ou pequenas pedrinhas, provenientes de plantas aromáticas ou medicinais. Ele é transportado na '' Naveta'' (pequeno recipiente também de metal). O Turíbulo com incenso faz parte da celebração litúrgica solene para incensar as pessoas, os objetos litúrgicos, é o próprio Jesus Cristo. A incensação que libera fumaça aromatizada sobre assim como devem subir nossas orações e louvores a Deus. O espaço litúrgico aromatizados conduz a sentir o perfume do amor de Deus na liturgia e fazer o ambiente transformar-se em solene. O incenso auxilia a demonstrar a solenidade. São precisos dois acólitos para atuar na incensação. Um para o turíbulo e o outro para naveta. O Acólito do turíbulo, com a mão direita, segura as correntinhas pelas argolas com os dedos polegar e mínimo. Com a mão esquerda prende as correntinhas pelo meio do recipiente e a mão direita e conforme vai caminhando na procissão de entrada, faz o movimento para frente e para trás com o turíbulo ao lado. 52


TURÍBULO VAI À FRENTE DA CRUZ Quando chegar ao presbitério o turiferário espera todos da equipe chegarem e entrega o turíbulo ao padre que vai incensar o altar. Enquanto o acólito estiver parado, com o turíbulo em mãos, deve movimentá-lo para a esquerda e para a direita em frente ao corpo. O padre incensa o altar circulando-o, lançando a fumaça com movimentos repetitivos para cima e para baixo. Ao terminar, devolve o turíbulo ao acólito turiferário que se retira com o acólito naveteiro. O turíbulo retorna para a proclamação do Evangelho. Enquanto isso, os acólitos devem manter as brasas acesas. Quando iniciar o canto de aclamação, os acólitos entram e postam se ao lado da mesa da palavra. O padre, ou o diácono, anuncia o evangelho e depois incensa o livro. A seguir inicia proclamação. O acólito abre a naveta e aquele que vai proclamar o evangelho coloca o incenso no turíbulo, pega-o das mãos do acólito e incensa-o com três movimentos duplos de baixo para cima sobre o livro. Devolve o turíbulo ao acólito que permanece ao lado da mesa da palavra acompanhando a proclamação. Ao terminar a proclamação, os acólitos retiram-se com turíbulo e a naveta. Quando a celebração foi presidida pelo bispo é ele quem coloca o incenso para a proclamação do Evangelho. Os Acólitos se aproxima do bispo, ajoelham e estendem o turíbulo e a naveta. O bispo coloca o incenso e os acólitos o conduzem até a mesa da palavra entregando para ele que irá proclamar o evangelho. Se o próprio bispo ir a proclamar o evangelho ele coloca o incenso ao lado da mesa da palavra. O turíbulo retorna para apresentação das oferendas. Aquele que está presidindo a celebração termina de apresentar as oferendas sobre o altar, toma o turíbulo, coloca o incenso e incensa as oferendas com dois movimentos duplos de baixo para cima. Neste movimento incensa apenas as oferendas e não o altar, porém não há necessidade de circulá-lo. Ao terminar, entrego o turíbulo ao acólito que incensa padre com três movimentos duplos de baixo para o alto. Dirige-se para assembleia e incensa todos com dois movimentos duplos em cada leira de bancos. Ao terminarem retira-se novamente. Ao iniciar o canto do Santo os acólitos retornam com turíbulo, e ajoelhouse ao degrau do presbitério frente ao altar. Durante a elevação das oferendas transformadas em Corpo e Sangue de 53


Jesus Cristo o acólito Incensa-as com três movimentos triplos de baixo para cima. Enquanto o naveteiro coloca o incenso, aquele que preside que está anunciando as palavras da consagração, e após pronunciá-las, o turiferário incensa a Eucaristia em silêncio. Após o anúncio do ''Eis o mistério da fé'', os acólitos levantam-se e retiramse. Após este momento, pode-se apagar as brasas e os acólitos permanecem no presbitério a partir da oração do Pai Nosso. Nunca jogar água para apagar as brasas. É conveniente colocar areia ou retirá-las e depositá-las no lugar seguro para que se apague aos poucos. Obs: Na celebração de Quinta-feira o turíbulo será utilizado no nal, porém conservam-se As brasas acesas. Esse momento deve ser combinado com o presidente da celebração. EVANGELHO E EVANGELIÁRIO Evangelho é a Boa Nova de Jesus Cristo. É a mensagem do reino que Ele anunciou através de palavras, ações e testemunho. A palavra Evangelho, do grego evangelho, signica uma boa mensagem, uma boa notícia. Boa Notícia que Jesus Cristo veio trazer. Uma Boa nova porque ele trouxe uma nova mensagem do amor de Deus pai para com todos. A Boa Nova de Jesus Cristo, o Evangelho, é a mensagem que Ele deixou como ensinamento e doutrina durante os anos que viveu no meio do povo. Essa mensagem foi transmitida pelos seus discípulos a todo mundo. Passaram-se mais de 2000 anos e ela continua sendo transmitida pela igreja a todas as pessoas e comunidades. Após sua ressurreição, os discípulos iniciaram sua missão de transmitir a mensagem da Boa Nova do reino ensinada por Jesus Cristo. E algumas das verdades ensinadas foram registradas E enviadas para as comunidades em forma de livros. Esses registros, contam a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo, o seu Evangelho. Os escritores, Mateus, Marcos, Lucas e João, que registraram este evangelho, são chamados de Evangelistas. Mateus, Marcos, Lucas e João são chamados de Evangelista porque relataram e registram o evangelho como livro autêntico da palavra de Deus e está na sagrada Escritura. Na Celebração da Eucaristia- presidida pelo padre- e também na celebração da Palavra de Deus- presidida pelo ministro- são proclamados alguns versículos do evangelho para a reexão e iluminação de nossa caminhada. Esta Proclamação é feita logo após a segunda leitura e introduzida 54


com canto de aclamação. Estes Versículos são localizados no lecionário e também no Evangeliário. O Lecionário é utilizado nas missas feriais e dominicais e nele estão as leituras e salmos. O Evangeliário tem apenas o evangelho que podemos utilizar todos os domingos em missas solenes (Corpus Christi, Imaculada Conceição, Nossa Senhora Aparecida…) qie são celebradas em dias feriais. Orienta se proclamar as leituras e o Salmos do lecionário e o evangelho do Evangeliário. O acólito tem a função de conduzir o Evangeliário até o altar na procissão de entrada, porém, não suspenso sobre a cabeça, mas sobre o peito. O diácono é quem conduz suspenso sobre a cabeça. Se há diácono na celebração é ele que conduz o Evangeliário. Se não, o acólito conduz e coloca-o sobre o altar. Na proclamação do Evangelho, o padre conduz do altar até a mesa da palavra (ambão) e proclama o Evangelho. Durante o canto de aclamação o acólito retira o lecionário da mesa da palavra e guarda-o, deixando a mesa livre para o Evangeliário. CREDÊNCIA Credência é a mesinha que ca no presbitério no qual são colocados os objetos a serem utilizados no Altar. Cálice, Cibório, Patena, Galhetas, Lavabo, Manustérgio, Pala, Corporal e Sanguíneo. Esses são os objetos utilizados na consagração. Quando forem utilizados, pode-se também colocar o ostensório, a teca, o aspersor, copo com água benta, ritual. Quando houver batismo, é conveniente colocar outra mesinha para os óleos consagrados a água para o batismo, a vela. Evita-se colocar na credência objetos que não serão utilizados no Altar. O acólito deve vericar com antecedência se tudo que será utilizado na missa está na credência e se está colocado de maneira correta. Durante o canto das oferendas, o acólito traz os objetos e entrega para aqueles que irá preparar o altar. Com calma, cuidado, e espiritualidade, traz um objeto de cada vez. Após terminar o rito do Lavabo, a puricação das mãos daquele que preside, o acólito faz uma simples reverência e retorna ao lugar. Após a distribuição da Eucaristia, o acólito deve auxiliar aquele que fará a puricação dos vasos sagrados e colocá-los de volta na credência.

55


MISSAL O Missal, o livro de capa vermelha que ca sobre o altar, é utilizado durante a celebração da Eucaristia várias vezes. O acólito pode auxiliar aquele que preside no seu manuseio. Nesse caso, é importante que antes que combine com presidente da celebração como vai fazer isso. O Missal é usado na oração da coleta, quando aquele que preside diz “Oremos” e lê a oração do dia. Oração da coleta porque ele colhe todas as intenções e eleva-as a Deus em forma de oração. Após a oração do dia (coleta) vem a oração sobre as oferendas que é lida logo após terminar a preparação do Altar. Em seguida, o prefácio e a oração eucarística. Terminada a Oração Eucarística, inicia o rito da comunhão e, após a puricação dos vasos consagrados, oremos nal. O Missal tem quatro (4) a cinco (5) Fitinhas coloridas que facilitam a localização das páginas. A função delas é marcar o lugar a ser rezado. A primeira tinha pode ser utilizada para marcar oração do dia. Segunda tinha pode ser utilizada para marcar o prefácio. A terceira tinha pode ser utilizada para marcar as bênçãos nais. A quarta tinha pode ser utilizada para marcar o santo do dia (se houver naquele dia memória de algum santo). Uma outra tinha pode marcar alguma bênção ou oração especial que o presidente da celebração deseja fazer. A oração eucarística não precisa ser marcada com uma tinha, todas elas têm um sinalizador verde em algarismos romanos e o sinalizador vermelho que indica continuidade daquela oração iniciado no sinalizador verde. Esse sinalizador ca na lateral do Missal e serve para que se abra na página certa. Ao virar a página durante a oração eucarística utiliza-se esse sinalizador. Evitar virar página como viramos em um livro qualquer. Esse sinalizador tem esta nalidade. Encontramos 14 orações eucarísticas no Missal. I - Possui prefácio próprio; II - Possui prefácio próprio; III - Não possui prefácio próprio; IV - Possui prefácio próprio; V - Possui prefácio próprio; VI - A (I) - Possui prefácio próprio; VI - B (II) - Possui prefácio próprio; VI - C (III) - Possui prefácio próprio; 56


VI - D (IV) - Possui prefácio próprio; VII - Sobre a reconciliação I - Possui prefácio próprio; VIII - Sobre a reconciliação II - Possui prefácio próprio; IX - Para missa com crianças I - Possui prefácio próprio; X - Para missa com crianças II - Possui prefácio próprio; XI - Para missa com crianças III - Possui prefácio próprio; Na primeira parte do Missal, próprio do tempo, encontramos as orações próprias para o ano litúrgico. Em sequência: Advento, Natal, Quaresma e Tempo Comum. A sequência é a mesma do ano litúrgico. Terminadas as semanas do tempo comum, encontramos em seguida as solenidades celebrada neste tempo: Santíssima Trindade, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus Cristo Rei do universo. Em seguida encontramos a segunda parte, ordinário missa com o povo. Encontramos a sequência da missa a partir do sinal da cruz até a benção nal. Nessa sequência da missa encontramos os prefácios. Para advento, quaresma, páscoa, tempo comum e para celebrações especiais: memória dos santos, dos mártires, da Virgem Maria, para os sacramentos e demais ocasiões celebrativas que pedem uma reexão especial. Terminado o ordinário da missa com o povo, encontramos em seguida as bênçãos solenes e diversas circunstâncias e oração do povo. Em seguida inicia-se o próprio dos santos. Encontramos ali as orações próprias de memórias e festas de santos por ordem de calendário. Na sequência encontramos os formulários comuns, que são as orações para as dedicações: Igreja, comum dos mártires, dos santos, de Nossa Senhora, dos pastores. Após os formulários comuns, encontramos as Missas Rituais: Sacramentos, dedicações, prossão religiosa. Em seguida encontramos as Missas e Orações para diversas circunstâncias. Missas vocacionais, evangelização dos povos, ação de graças, para diversas circunstâncias da vida pública. Na sequência encontramos as Missas votivas e para os éis defuntos. No nal encontramos o índice geral que auxilia o seu manuseio. O acólito que estiver segurando Missal deve utilizar as duas mãos com dedo polegar apoiando a parte de trás e os demais quatro dedos prendendo a parte da frente inclinando- o sobre o peito. Quando estiver sentado, o missal pode ser colocado no colo. Não o deixar na cadeira ou no chão. Durante a oração eucarística, ele pode car sobre o altar preparado, e o acólito permanece ao lado para auxiliar nas páginas. Combinar com presidente 57


da celebração como fazer isso. PARA SER ACÓLITO… Para ser acólito não precisa necessariamente ter sido coroinhas, mas é preciso ter a idade estipulada pela diocese e ter recebido o Sacramento da Crisma. É preciso ser indicado por alguém da comunidade e ser aprovado pelo padre, para especíca e ser instituída pelo bispo (ou pelo pároco, com autorização do bispo). Mesmo que o adolescente tenha sido coroinha precisa ser indicado e aprovado. Acólito não é substituído do ministro ou coroinha, é um ministério para adolescentes que se coloca a serviço do Senhor na liturgia do presbitério. Porém, ele tem sua função própria e deve exercê-la com simplicidade, seriedade e responsabilidade. Todas as pessoas que estão a serviço da liturgia são ministros. Todos estão exercendo ministério para que a liturgia seja agradável, bem rezada e reetida. O acólito é ministro do auxílio; Ele deve auxiliar com responsabilidade tendo consciência daquilo que se deve ser feito por ele, e não, por outra pessoa. Para ser acólito é preciso ter consciência da seriedade deste ministério e exercido com sabedoria e alegria. Aquele que assume ser acólito deve seguir com discernimento e consciência de estar respondendo ao chamado de Deus. O acólito precisa ser uma adolescente/jovem que busca viver o amor de Deus na sua vida. Ele deve testemunhar, no dia a dia, o que celebrou na igreja. Ser uma luz, uma presença do amor de Deus para todas as pessoas. MISSÃO DO ACÓLITO Todo batizado tem uma missão para realizar diante de Deus e da comunidade. A missão comum de todos é amar servir como Jesus Cristo ensinou. Quando sumir em um ministério do acolitato, o jovem/adolescente tem uma missão especial: além de servir e amar, ser testemunha viva daquilo que celebrou no presbitério, a m de que os outros adolescentes/jovem se encanta com as coisas de Deus e tem um gosto pela participação na igreja. A missão do acólito, além servir no presbitério, evangelizar os adolescentes e jovens com a própria vida. Para que essa evangelização aconteça é preciso que o acólito rege no coração todas as funções que exerce na liturgia. A sua missão de acólito deve fazer parte da vida cotidiana em seus diversos momentos e lugares de 58


convivência. Tudo que for celebrado na liturgia deve fazer sentido na vida de lho, amigo, aluno... essa é a missão do acólito. Testemunha é representar e apresentar a verdade do que aconteceu através de palavra e atos. É viver a alegria do amor de Deus sendo espelho reexo do que rezamos e acreditamos. Se eu acho na rua com a camiseta do Grêmio sou facilmente reconhecido como um gremista. Ao olhar para mim saberão para qual time que torço. Testemunha é isso: representar e apresentar a verdade daquilo que está no coração. Com as coisas de Deus é a mesma medida, precisamos ser reexo exterior daquilo que trazemos no coração. COROINHAS/ ACÓLITOS E O AMOR DE DEUS Tudo que fazemos na liturgia deve ser com amor e dedicação. O amor é a essência e a dedicação é o zelo que precisamos ter com as coisas de Deus. Não apenas na liturgia, mas em tudo o que fazemos na vida deve ser com amor e dedicação. O coroinha e o acólito que aceita servir a Deus na sua igreja deve ser uma pessoa dedicada e que faça tudo com muito amor, pois Deus mesmo nos ama profundamente e se dedica a cuidar de nossa vida. Servir a Deus é amar e dedicar-se. Aprendemos tudo o que precisamos fazer: tocar a sineta, ajudar na coleta, carregar a cruz, auxiliar o padre no livro…, então... O que mais precisamos fazer? Agirmos como que cristãos católicos que amam a Deus e deixam ser amados por Ele em todos os ambientes, não apenas quando atuamos na liturgia. O amor de Deus vai além do que realizamos na liturgia. Ele não ama apenas porque servimos na liturgia ou porque vamos à igreja. Deus nos ama porque somos seus lhos e deseja que O respeitemos como pai. O amor de Deus é o amor de pai que cuida de seus lhos com carinho. Todos somos imensamente os amados por Deus. Se somos amados por Deus, precisamos corresponder a esse amor e vivêlo diariamente. E nossa família, na escola, não encontro com amigos…, viver o mandamento é missão de toda pessoa que amada por Deus. Jesus disse '' Amai-vos uns aos outros como eu vos amei'' (Jo 13,34). O amor por todas as pessoas…, é o que Deus quer de nós. Se Ele nos ama tanto e quer o nosso bem sempre, também devemos amar e ter estima por todas as pessoas, não estamos seguindo os mandamentos deixando deixados 59


por Ele para a nossa felicidade. Quem ama a Deus também deve amar os lhos de Deus. Jesus Cristo disse: '' Se alguém me ama, guardará a minha palavra'' (Jo 14,23). Guardar a palavra de Jesus Cristo é esforçar-se para fazer o bem e amar a todos. Em nossa vida de lho de Deus, o primeiro lugar que devemos nos esforçar para viver o amor de Deus é na família. A família são as pessoas que Deus me deu para conviver, amar e respeitar. É na família que passamos maior parte do nosso tempo. É na família que devemos exercitar o diálogo, o respeito e harmonia, valores deixados por Deus como ensinamento e caminho para a paz. Não devemos ter atitudes diferentes nosso lar e na Igreja. O amor de Deus que rezamos é manifestado no serviço da liturgia, deve ser também uma vivência e nossa família. O mesmo amor e respeito que manifestado para com Deus na Igreja devem ser exercitados dentro de nosso lar com os pais e os irmãos. O amor de Deus exige que amamos e respeitamos aqueles que convivem conosco. Todos os lugares que frequentamos devem ser experiência do amor de Deus em nossa vida. Jesus disse: '' Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros'' (Jo 13,35). A LARANJA, A JABUTICABA E A ROSA Certa vez um homem plantou uma Jabuticabeira no quintal da sua casa, adubou, aguou e teve paciência, esperando-a crescer. Passaram-se dois anos até que a árvore cou bastante robusta e bela, dando vida nova ao Jardim da sua casa. Começaram a aparecer algumas ores, e o Seu Dono sempre insistindo em adubá-la e aguá-la. Resultado: ela correspondeu e as ores transformaram-se em linda jabuticaba que foram por ele saboreados após uma longa espera. Porém, o lho gostava de laranja. A esposa preferia ver ali uma roseira vermelha. Mas era uma Jabuticabeira e produzia jabuticabas. Jabuticabeira não produz laranjas e nem solta rosas vermelhas. Gostos diferentes e realidades presentes. Foi preciso acostumar-se. O lho teve que buscar laranja em outro lugar, a esposa plantar roseira em outra parte do quintal e aquele senhor saber que era 60


ele que gostava de jabuticaba, não a esposa e o lho, mas a família era mais importante que uma laranjeira, uma Jabuticabeira e uma roseira. Faltou diálogo antes do plantio. Além da Jabuticabeira poderiam ter sido plantadas uma laranjeira e também uma roseira. Todos caram satisfeitos com seus gostos e os gostos dos outros. Três coisas para uma boa convivência e um bom serviço na liturgia: - Rosas não são comestíveis, mas são belas. Assim preciso pensar no outro e na beleza da vida que a liturgia que é demonstrar. - Não se tira laranja de jabuticabeira. Isto é, não podemos esperar da outra pessoa aquilo que ela não está preparada para oferecer. Cada um de nós oferece aquilo que tem no coração. Por isso que devemos respeitar e aceitar o outro como ele é, na sua condição de lho de Deus, pecador e batizado, que também busca ser feliz em ser útil para comunidade. - Podemos plantar jabuticabeiras, laranjeiras e roseiras. Ou seja, aquilo que eu faço e gosto na liturgia pode não ser a mesma espiritualidade do outro. Se eu gosto de ajoelhar-me para rezar após receber a comunhão, devo fazer com piedade e espiritualidade, mas não exigir que o outro também assim faça. Cada um de nós tem uma maneira de comunicar-se e conviver com Deus Assim, liturgia não pode ser apenas uma beleza celebrativa, precisa também ser saboreada. Se carmos apenas na beleza dos gestos, canto, ritos…. Correndo risco de passar fome de Deus. Liturgia deve ser um alimento para a vida. Roseira é bonita, quando produz, não produz fruto alimentício, só embeleza o jardim. A liturgia não pode apenas embelezar, precisa alimentar a vida dos batizados. Sejamos roseira... Produzamos a beleza a vida. Sejamos jabuticabeira ...Produzamos os frutos que Deus plantou em nosso coração. Sejamos laranja…. Mesmo que não gostamos dela, o outro gosta. Nossa vida faz mais sentido quando somos úteis para os outros. O esforço vale a pena. Jesus Cristo fez assim e pediu que imitemos seus gestos. Ensinounos que deve ser assim se quisermos fazer a vontade do Pai. Para reexão nal: Lc 13 ,6-9 Que Deus vos abençoe e vos guarde sempre na paz. Que seu ministério seja iluminado pela cruz de Cristo! ORIENTADOS E MOTIVADOS Diante de quem somos, lhos de Deus e ao que somos chamados a 61


desempenhar em nossa vida, precisamos considerar três realidades importante: a nossa humanidade, as necessidades que o reino de Deus apresenta e os dons que recebemos. A nossa humanidade - somos humanos e limitados. Todos os que participam na comunidade (e aqueles que não participam também) São pessoas humanas e assim como nós buscam ser felizes e desejam ser acolhidas com amor, respeitadas e valorizadas. Assim como desejamos ser respeitados e amados todos aqueles que convivem conosco também desejam. Jesus nos orientou a seguir os caminhos do Pai e deixou os mandamentos ''amai-vos uns aos outros'' (cf Jo 15,12) Não apenas como fonte de boa convivência, mas uma estima e uma consideração pelo outro como irmão, lhos de Deus como nós. Antes de ter determinado comportamento e ser daquele jeito, aquela pessoa é lha de Deus que merece todo nosso amor e respeito. Por isso, somos chamados a conviver de maneira saudável com o diferente, seja ele homossexual, de cor diferente, pobre, de culto diferente. Jesus acolheu e conviveu com todos, sem fazer distinção de cultura, posição social, privilégios impostos pela sociedade. Ele anunciou o reino de Deus a todos com fraternidade e respeito pelo diferente. Devemos agir da mesma maneira valorizando a vida acima de todas as coisas. Devemos valorizar e cuidar de nossos princípios, ser quem somos e não nos inuenciarmos pelas tentações que o mundo nos impõe. Cuidar do dom que Deus semeou em nosso coração é viver conforme a sua graça, renunciar as coisas que não são de Deus e seguir os ensinamentos que Ele nos orienta a pratica. Todos temos os mesmos direitos e deveres, precisamos cuidar da nossa vida e respeitar a vida dos outros que pensam diferentes. Porém, quando percebemos que as atitudes do outro não são de Deus devemos orientá-lo para que reita, mas devemos fazer com caridade e nunca chamar atenção da pessoa em público, convidá-lo a sós e dialogar como Jesus dialogava com seus discípulos, com amor, respeito e fraternidade. As necessidades que o reino de Deus apresenta- Contribuir no anúncio do Reino de Deus. Jesus convidou alguns a segui-lo e os orientou para que fossem éis e coerentes em tudo o que zessem e falassem. Jesus chamou discípulos porque o reino de Deus precisou ser anunciado. Ele convidou o Pedro, Tiago, João, Bartolomeu... a segui-lo e continua a convidar hoje por meio da igreja para que o mesmo reino de Deus seja anunciado por nós. A igreja anuncia do Reino de Deus por meio das celebrações, das quais somos chamados a participar e contribuir com ministério que assumimos. O ministério que assumimos é um sim que damos ao anúncio do reino de 62


Deus. Através de nossos serviços o Evangelho é anunciado aos corações. Assim como Jesus contou com seus discípulos, Ele conta conosco hoje, e para isso é preciso que todos os dias nos lembremos que devemos ser éis ao Seu amor. Devemos estar bem orientados para servir com amor e dignidade, dedicação e zelo na liturgia. Servir ao reino de Deus requer que estejam sempre prontos para dizer sim, seguir os passos de Jesus e nos motivar a anunciar o Seu reino de amor. A Cada Eucaristia que celebramos estamos anunciando o reino de Deus, Primeiro o nosso próprio coração quando ouvimos a palavra de Deus e comungamos o Corpo de Cristo, Deus vivo entre nós que orienta o caminho que devemos seguir e segundo quando auxiliamos na celebração para que através de nossa dedicação o Evangelho continue sendo anunciado a todos os corações. Os dons que recebemos da vida é graça de Deus. Nascemos agraciados trazendo conosco a marca do amor de Deus nos enriquece de dons e carisma. Olhando para nossa vida percebemos a riqueza que ela é, grandeza que somos diante do mistério que é a vida e também percebemos o quão pequeno somos diante da grandeza de Deus. Mas cada um de nós carrega o mistério da vida e os dons que ela contempla. Aos dons que recebemos e as próprias vidas enriquecidos com o amor de Deus. Alguns tem uma belíssima voz e cantam maravilhosamente, outros sabem falar bem, outro já não cantam e não conseguem falar bem, mas sabem tocar algum instrumento, e existem aqueles que ao invés de tocar, cantar e falar bem tem o dom de alegrar as pessoas com o seu carisma descontraído, outros são mais calados mais excelentes organizadores de grupos. Cada um de nós recebeu dons e carismas diferentes que vamos desenvolvendo aos poucos e a missão é colocá-los a serviço da comunidade. Se possuímos determinados dom ele deve ser o útil a toda comunidade. Devemos ser conscientes que somos pessoas humanas e limitadas, porém possuímos dons que devem ser colocados a serviço da comunidade para colaborarmos com as necessidades do reino de Deus apresenta. Esse mistério da vida deve ser a nossa orientação e a motivação que nos leva a servir com dedicação, amor e alegria.

63


ORAÇÕES

64


ORAÇÃO DO COROINHA Ó Jesus Adolescente, que vivias com o Pai Celeste em profunda e lial sintonia, aceita nossa dedicação a serviço da liturgia. Nosso desejo é tratar com respeito, sem preconceito, as pessoas da comunidade, que contam com teu auxílio na difícil caminhada; dá-nos um coração repleto de amor aos pobres e simples deste mundo. Alimenta-nos com a tua palavra e com os teus ensinamentos, pois queremos te ajudar, ó Jesus, a transformar a sociedade, e assim celebrarmos dignamente, com sinais, ritos e movimentos, a salvação que ofereces hoje e sempre em favor da humanidade. Amém! ORAÇÃO DO ACÓLITO Pelo sinal † da santa cruz, livrai nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos, espirituais e carnais. Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo. Amém. Senhor Jesus Cristo sempre vivo e presente conosco, tornai-me digno de Vos servir no Altar da Eucaristia, onde se renova o sacrifício da Cruz e Vos ofereceis a todas as pessoas. Concedei-me por Vosso imenso amor, a graça de ser como São Tarcísio que está por causa da delidade a Vós e pela proteção constante à Santa Eucaristia. Dai-me Senhor respeito e atenção por Vós, e assim, Tarcísio, zelo pelas coisas sagradas. Livrai-me da maldade e de tudo o que pode me separar de Vós, do próximo e da salvação eterna porque me chamaste ao vosso serviço. Vós quereis ser para cada um, o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, concedei-me também uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta para Vos testemunhar e servir, permiti que Vos procure e Vos encontre, e, pelo sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre. Amém.

65


ORAÇAO DE SÃO TARCÍSIO Ó glorioso São Tarcísio, que agora no céu estais gozando o prêmio do vosso amor verdadeiro a Deus, de delidade e proteção constante à Santa Eucaristia. Abençoais nossas famílias e os devotos, que buscam em Ti o Amor e a Coragem de lutar por Jesus Cristo. Quero, neste dia, seguir sua bravura, sentindo em meu coração a Santa Eucaristia, seguindo a Jesus Cristo, amando e respeitando o serviço de sua Igreja, o Magistério de nossa fé. Livrai-me da maldade e de tudo o que pode me separar de Deus, do próximo e da salvação eterna. PAI NOSSO Pai Nosso que estais nos céus, santicado seja o Vosso Nome. Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal. Amém AVE MARIA Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém PROFISSÃO DE FÉ (CREIO APOSTÓLICO) Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucicado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos. Ressuscitou ao terceiro dia. Subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-Poderoso, donde há de vira julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém! ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos éis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos éis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas 66


segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém ANJO DA GUARDA Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me conou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém. SALVE RAINHA Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados lhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente! ó piedosa! ó doce e sempre Virgem Maria. V. Rogai por nós, Santa mãe de Deus V. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém. ANGELUS DIRIGENTE: O anjo do Senhor anunciou a Maria. TODOS: E ela concebeu do Espírito Santo. Ave Maria... DIRIGENTE: Eis aqui a escrava do Senhor TODOS: Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra. Ave Maria DIRIGENTE: E o Verbo divino encarnou TODOS: E habitou entre nós Ave Maria DIRIGENTE: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. TODOS: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos: Infundi, Senhor, em nossos corações a Vossa graça, a m de que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso 67


Filho, Cheguemos pela sua paixão e morte à gloria da ressurreição. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor. Amém. CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA Ó minha Senhora, ó minha mãe! Eu me ofereço todo a vós, e em prova de minha devoção para convosco, vos consagro nestes meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, e inteiramente todo o meu ser. E como assim sou vosso ó incomparável Mãe, guardai-me, defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém. ORAÇÃO DA MANHÃ Senhor, obrigada pelo sono repousante que tive nesta noite. No início deste dia, venho pedir-te saúde, força paz e sabedoria. Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheio de amor, ser paciente, compreensivo, justo, com alegre quero ver além das aparências, os Teus lhos como Tu mesmo os vê-se assim não ver não o bem cada um. Cerra meus ouvidos as calúnias. Guarda minha língua de toda maldade. Que eu seja tão bondoso e alegre, que encha meu espírito. Que eu seja tão bondoso e alegre, que todos quantos se aproximarem de mim sintam a tua presença. ORAÇÃO DA NOITE Boa noite, Pai. Termina o dia e a Ti entrego meu cansaço. Obrigado por tudo e…perdão. Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças; obrigada pelo exemplo que recebi daquele meu irmão; obrigada também por isso que me fez sofrer.... Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo superação ...Obrigado Pai porque me destes Maria, uma mãe compreensível e carinhosa! Eu me entrego nas tuas mãos, ó Pai, que ao despertar me domine um novo entusiasmo que o dia de amanhã seja um contínuo sim, uma vida consciente. Boa noite, Pai! Até amanhã.

68


O ROSÁRIO MISTÉRIOS GOZOSOS (segundas-feiras e sábados) 1º Mistério: A Anunciação a Nossa Senhora (Lc 1,26-38) 2º Mistério: A Visita da Virgem Maria à sua prima Isabel. (Lc 1,39-56) 3º Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém (Lc 2, 1-20) 4º Mistério: A Apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-38) 5º Mistério: A perda e o encontro de Jesus no Templo entre os doutores da lei (Lc 2, 41-50). MISTÉRIOS DOLOROSOS (terças e sextas-feiras) 1º Mistério: Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (Lc 22,39-46) 2º Mistério: A Flagelação de Jesus (Mt 27,26). 3º Mistério: A Coroação de espinhos (Mt 27, 27-31) 4º Mistério: Jesus a caminho do calvário (Lc 23, 26-32) 5º Mistério: A Crucicação e morte de Jesus (Lc 23,33-46) MISTÉRIOS GLORIOSOS (quartas-feiras e domingos) 1º Mistério: A Ressurreição de Nosso Senhor (Lc 24)

69


2º Mistério: A Ascensão de Jesus Cristo ao Céu (Lc 24, 51-52) 3º Mistério: A vinda do Espírito Santo ( At 2, 1-13) 4º Mistério: Assunção de Nossa Senhora ao céu (GI 4, 1-7) 5º Mistério: Coroação de Maria ( Ap 12,1). MISTÉRIO LUMINOSOS (quinta-feiras) 1º Mistério: O batismo no Jesus (Mt 3, 13-17). 2º Mistério: O primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná ( Jo 2, 1-11) 3º Mistério: Jesus anuncia o reino de Deus. 4º Mistério: A transguração de Jesus (Mt 17, 1-8). 5º Mistério: A Instituição da Eucaristia (MT 26, 26-29).

70


HINO DOS COROINHAS Nós somos, com alegria a cantar coroinhas a serviço do altar! Nós somos, é o amor que nos conduz, coroinhas à serviço de Jesus! Nós amamos a Igreja, a liturgia, nós servimos a Jesus na Eucaristia. Não importa a idade, a cor, a condição: foi Jesus quem nos chamou, é vocação! Coroinha é ter na Igreja uma missão, disponível para servir de coração. Nosso espaço é em torno do altar: coroinha as coisas santas devem amar! São Tarcísio, padroeiro e protetor, nos ensina a doar a vida por amor. É um exemplo: amou Jesus até o m, Como ele nós queremos ser assim!

71



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.