Simno 30 anos - leiaute

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30 anos ~

DE RESPONSABILIDADE, RESPEITO, TRADIÇAO E SUSTENTABILIDADE

1989 . 2019

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- SOB A ÓTICA DE SEUS PRESIDENTES -

CRISTIANE OLIVEIRA HENRIQUES


- MIGUEL DE CERVANTES -



TÍTULO: SIMNO - 30 anos de responsabilidade, respeito, tradição e sustentabilidade AUTORIA: Cristiane Oliveira Henriques CAPA | PROJETO GRÁFICO: Cristiane Oliveira Henriques REVISÃO: Thauany Ferreira Amaro ILUSTRAÇÃO: Luanda Soares IMAGENS: Arquivos pessoais / Simno IMPRESSÃO: Gráfica Print


CRISTIANE OLIVEIRA HENRIQUES

30 anos ~

DE RESPONSABILIDADE, RESPEITO, TRADIÇAO E SUSTENTABILIDADE 1989 . 2019

JUÍNA - MATO GROSSO 2 0 1 9



Aos valorosos homens e mulheres que dedicaram suas vidas ao setor de base florestal em Mato Grosso.



Sustentabilidade, comprometimento e respeito ambiental! Chegar aos 30 anos e poder escrever uma história formada pela garra, embalada pelos sonhos e objetivos de cada associado é ter o sentimento de dever cumprido enquanto entidade que representa esse segmento tão importante para a economia do Estado. E, para chegar até aqui, com tantas linhas de sucesso e superação, o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), nestas três décadas viveu o compromisso com o setor de base florestal madeireiro e moveleiro da região de Juína.

PAULO AUGUSTO VERONESE Presidente do Simno 09


As conquistas, com certeza, exigiriam bem mais que poucas páginas do livro desta história, mas algumas, de importante relevância, devem ser recordadas com carinho especial, pois nem todos os capítulos possíveis arregimentariam tantas histórias de união em força em prol de um setor econômico. E, ainda, recordar o início deste sonho nos remente à data de 6 de agosto de 1989, quando 18 empresários perceberam a necessidade de unir a categoria em um mecanismo institucional, capaz de representá-los e defendê-los. Era o setor madeireiro e moveleiro conquistando representatividade e definindo metas futuristas para um segmento com tamanha importância para a sociedade em geral. Marcante, a primeira reunião aconteceu há 30 anos, quando se data a fundação do Sindicato, bem como, eleição e posse da primeira diretoria. Com diretores eleitos, o Simno iniciou então sua missão de “Congregar e representar os núcleos setoriais madeireiro e moveleiro de sua base de atuação, direcionando suas ações na estrita defesa dos interesses comuns dos associados, visando o desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico, em sintonia com os pressupostos de preservação e sustentabilidade ambiental”. E neste percurso, ano após ano o Sindicato amplia sua área de atuação. Reflexo da união da categoria e dedicação de líderes comprometidos, o Sindicato possui sede própria e é composto pela união de vários parceiros. Desde o início, o pensamento de união que faz a força sempre prevaleceu, resultando em “Juntos, temos maior força. Unidos representamos nosso setor, com grande dedicação promovemos crescimento mútuo.” Parabéns guerreiros. Parabéns Simno!

PAULO AUGUSTO VERONESE Presidente do Simno 10


SUMÁRIO

PALAVRA DO PRESIDENTE - PAULO VERONESE Sustentabilidade, comprometimento e respeito ambiental! .............09 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS..................................................... 13 PALAVRA DE PRESIDENTE - RAFAEL MASON (CIPEM) 30 ANOS DE TRADIÇÃO E SOLIDEZ..................................................... 15 AGRADECIMENTOS ................................................................................... 16 APRESENTAÇÃO - GERALDO BENTO RUMO A 4.0! ................................................................................................ 19 PREFÁCIO SIMNO: 30 ANOS DE RESPONSABILIDADE, TRADIÇÃO E SUSTENTABILIDADE ................................................................................. 22 CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO ............................................................................ 28 CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO........................................................................... 42 CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ ............................................................................... 52 CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI.......................................................................................68

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 5: EDMILSON MANOEL ETTORE DE QUEIROZ ................................... 82 CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO .................................................................................... 90 CAPÍTULO 7: ROBERTO RIOS ......................................................................................... 100 CAPÍTULO 8: PAULO AUGUSTO VERONESE ............................................................ 150 QUADRO DE COLABORADORES .......................................................176 PALAVRA DE PRESIDENTE - GUSTAVO DE OLIVEIRA (FIEMT) TRÊS DÉCADAS EM DEFESA DA INDÚSTRIA DO FUTURO........185

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AABB – Associação Atlética Banco do Brasil AL/MT – Assembleia Legislativa de Mato Grosso ASCOM – Associação Comercial e Empresarial ASMOJU – Associação dos Moveleiros de Juína BTN – Bônus do Tesouro Nacional CBCN – Centro Brasileiro de Nature Conservancy e Desenvolvimento Sustentável CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas CDP – Centro de Detenção Provisória CEI – Centro de Educação Infantil CIBM – Companhia Independente de Bombeiros Militares de Juína CIPEM – Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso CODEMAT – Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho CRV – Coeficiente de Rendimento Volumétrico DIPJ – Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica ECF – Escrituração Contábil Fiscal EXPOCOL – Exposição Agroindustrial de Coloniza FAMAD-MT – Fundo de Apoio à madeira de Mato Grosso FEMMAD – Feira de Móveis e Madeira FETHAB – Fundo Estadual de Transporte e Habitação FIEAC – Federação das Indústrias do Estado do Acre FIEB – Federação das Indústrias do Estado da Bahia FIEMT – Federação das indústrias do Estado de Mato Grosso FIMMA Brasil – Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

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FNBF – Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal ForMóbile – Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira e Móveis IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IEL – Instituto Euvaldo Lodi IFMT – Instituto Federal de Mato Grosso LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real MEG – Modelo de Excelência em Gestão MMTC – Movimento Mato Grosso Competitivo NRs – Normas Regulamentadoras PCH – Pequena Central Hidrelétrica PDA – Programa de Desenvolvimento Associativo PIB – Presbiteriana do Brasil PMFS – Planos De Manejo Florestal Sustentável SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEDEC – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SESI – Serviço Social da Indústria SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil SIMAVA – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos SIMNO – Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso SINDILAM – Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados do Estado de Mato Grosso SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios SINDUSMAD – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso SINFRA/MT – Secretária de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso STIMAJUR - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madeireira de Juína e Região SUDAM – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia TAC – Termo de Ajuste de Conduta UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso

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30 anos de tradição e solidez

O sindicato empresarial passa diariamente por incontáveis enfretamentos para garantir a defesa dos interesses do setor, e estes enfrentamentos, muitas vezes, são como o vento: não é possível vêlos, mas seus efeitos são sempre sentidos seja em curto, médio ou longo prazo. Simultaneamente acontecem diálogos, articulações e tratativas para atender continuamente os pleitos do setor, melhorando sua imagem, seus negócios, expandindo mercados e, principalmente, aproximando a cadeia produtiva dos órgãos de comando e controle, uma vez que ambos almejam o mesmo propósito: a perpetuação das florestas em pé pelo manejo florestal sustentável. A celebração dos 30 anos do Simno demonstra a tradição e a solidez dos trabalhos desenvolvidos durante as três décadas de sua existência. Esta obra pretende demonstrar a trajetória árdua e gratificante do sindicato junto aos seus representados. RAFAEL JOSÉ MASON Presidente do CIPEM

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Desconheço palavra para expressar minha gratidão ao Simno pela confiança em colocar em minhas mãos esta relíquia de valor imensurável, uma pérola dentro de uma linda concha: sua história de 30 anos. Quanta honra! A emoção permeia minha memória quando me recordo do primeiro insight sobre esta obra. Em 2016, a executiva do Simno, a doce Elisandra, me relatou o sonho de que a história da entidade fosse imortalizada em forma de livro. Ali então tinha início a aspiração que, certamente, nasceu no coração de muitos, mas corajosamente foi levado adiante por ela e, seus argumentos, provaram a importância da aglomeração literária desses registros. Então, meu grande MUITO OBRIGADA, à Elisandra, que mais que eu, confiou e acreditou em meu trabalho. Minha mãe diz que algumas pessoas entram em nossas vidas sutilmente, mas seu valor excede em muito o que podemos esperar. Assim é Elisandra, que com todo seu entendimento, discernimento, paciência, sabedoria, estratégia e, acima de tudo, humildade, tem me ensinado isso ao longo dos anos de sua confiança, mas, certamente, com maior intensidade neste trabalho. Gratidão! Ao meu grande amigo, Valdinei. Sempre brincamos que se existiram outras vidas, ele foi meu irmão “mais velho” em alguma vida passada. Quanta referência, inteligência, exemplo, preocupação e dedicação. Sempre acreditando que eu posso criar forma para seus espetaculares projetos. Quanta honra, meu amigo. Minha gratidão,

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em primeiro lugar por sua amizade por mim e minha família além de sua presença carinhosa e persistente principalmente nos momentos difíceis. Valdinei é uma das mentes mais brilhantes do setor de base de florestas nativas que eu já tive a honra de conhecer. Obrigada, amigo! A cada presidente que me deu a honra de suas entrevistas. É inacreditável o que se passa dentro da mente dessas pessoas que, a meu ver, não estão onde estão ou são o que são à toa: são mentes privilegiadas. Então, meu muito obrigada, respeito e expressão de minha honradez em poder conviver com cada um de vocês (alguns mais, outros menos) por tanto tempo e aprender lições tão valiosas. À diretoria do Simno e ao presidente Paulo Veronese, minha imensa gratidão pela confiança e respeito e, acima de tudo, meu muito obrigada pela oportunidade de participar de um projeto tão grandioso. Minha satisfação e gratidão por cada um de vocês será eterna. Ao setor de base florestal do Estado de Mato Grosso, pela confiança e respeito. Minha reverência. Finalmente, aos meus! A meu esposo, Antônio Carlos. Amor incondicional, presente de Deus. Amo você! Uedson, meu filho. Meu exemplo, minha motivação. Amor incondicional. A João e Gabi, filhos do meu coração e da minha alma. Presentes que Deus me emprestou para que eu pudesse realmente aprender o verdadeiro significado de amar. A meus pais, Expedita e Osmar, que sempre me dizem que eu posso ir mais além e me fazem acreditar que sou valente. Sr. José Luís e dona Amélia, meus sogros... gratidão! A meu irmão, Nando. Alma gêmea! Amo você! A Luiz Fernando, Mariana, Giovana e Marly. Amo vocês! Ao meu pastor, Devanir Gomes: minha gratidão eterna por seu cuidado com minha família! E eu só posso agradecer a estas pessoas porque o Senhor Jesus me capacita, encoraja e me sustenta em todos os dias, por isso continuo em pé. A Ele, toda gratidão, louvor, honra e glória! Da Autora 18


ApresentacĂŁo ~

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Rumo a 4.0!

A grata oportunidade de viver para vivenciar este momento de celebração de 30 anos do Simno é imensurável. Esta obra relata muito de nossa história e, ao longo dessas décadas, percebemos que as dificuldades do setor parecem nunca cessar, mas muitos trabalhos desencadeados pelo Simno ganharam destaque em nível estadual e até mesmo nacional. Por isso, lanço nestas linhas alguns momentos determinantes para a construção desta história. Um dos mais relevantes foi a assinatura de um convênio com governo do Estado que permitiu a recuperação de mais de 280 quilômetros de estradas não pavimentadas no trecho compreendido entre os municípios de Castanheira e Colniza. A relevância dessa atividade ganhou destaque e projetou o Sindicato como case de sucesso entre os Sindicatos do país por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outro grande projeto que foi executado com muita satisfação foi o “concurso de redação e desenho florestal”, que consistiu em palestras nas escolas difundindo o conhecimento sobre a verdade do setor de base florestal por meio da sustentabilidade do manejo florestal, demonstrando que os verdadeiros guardiões da floresta são os empresários do setor. Alunos e professores interagiram brilhantemente e entenderam que a única forma de manter a floresta de pé é manejando-a. Os alunos faziam redação e desenho de acordo com a série escolar e eram premiados por sua criatividade ao demonstrar no papel o que vivenciaram. Evidencio aqui também a consolidação da parceria com Serviço Social da Indústria (Sesi) por meio de elaboração e execução 20


dos programas de saúde ocupacional com subsídio importante reduzindo o custo para os empregadores associados que ganharam duplamente com essa ação: tiveram acesso a serviço de qualidade com economia, otimizando o processo de produção e atendendo às normas de segurança do trabalho. Ainda há várias outras ações que merecem ser recordadas: Natal Solidário iniciando com doação de brinquedos para crianças menos favorecidas do Oratório São Francisco e que, posteriormente, passaram a receber em dezembro todo o material escolar do ano letivo seguinte. É uma ação que aproxima empresários do segmento florestal com a comunidade ampliando a parte social. Recordo ainda de o espaço para os associados apresentarem seus principais produtos ao mercado consumidor durante a realização das festividades de exposição, conhecida como Femmad (Feira da Madeira e Móveis). Também a realização de palestras e cursos pertinentes a produção, tributação etc. Ainda a abertura de delegacias do Sindicato para melhorar a gestão de atendimento aos empresários lotados nos municípios mais distantes da sede em Juína, dentre muitas outras. Ter estado presidente do Simno por duas gestões, com o apoio de grandes e importantes diretores a associados me remete a uma diretoria forte e unida, muito atuante nas questões impactantes e que podiam afetar o desenvolvimento da atividade. A participação de todos enviando demandas, questionando normas abusivas, contribuindo com sugestões para melhoria dos processos... isso era, é, e sempre será muito gratificante. O Simno é um espelho para as organizações sindicais do país e chegar aos 30 anos com a força e credibilidade a ele atribuídas é a certeza de que por três décadas trilhamos o caminho certo contribuindo para o fortalecimento do setor florestal. E agora, avante rumo à geração 4.0! Parabéns, bravos! GERALDO BENTO Presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF)

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“SIMNO: 30 anos de responsabilidade, tradição e sustentabilidade” Comemorar 30 anos de história de uma coletividade é muito mais que um aniversário. É a representação da força e união de pessoas. Muitas pessoas, não por um pequeno período, mas por três décadas. A história da humanidade é permeada por inícios sem fim. Afinal, é uma tendência natural do ser humano iniciar projetos e não os concluir. Parafraseando Dale Carnegie: Pessoas de ação sempre serão de ação porque sempre terminam aquilo que começam. Carnegie, escritor, orador norte-americano e autor de bestsellers, certamente teria visto esta força no Simno, se o tivesse conhecido. Porque esses 30 longos anos de história sempre resultaram em ações que, em algum momento – creio eu –, estão compreendidas neste período. Alguém não se conformou com as mazelas que abatiam um setor que nem ainda existia, mas, mesmo antes de qualquer tipo de organização nascer, existia gente. E é este o ponto principal da luta corajosa por dias melhores de tantos homens e mulheres que compunham – de alguma forma, em algum momento – o leque de objetivos com o sobrenome Simno. Nesta obra – incrivelmente desenvolvida e pensada pela diretoria que está à frente da entidade hoje, aos 30 anos, presidida pelo jovem Paulo Veronese, no futuro que chegou – você vai se 23


emocionar com os nobres objetivos que levaram um grupo de pessoas, há mais de três décadas, a iniciar uma organização que, até poderia ser duvidosa, no entanto, a vontade de vencer zerou, definitivamente, ao longo dos anos, toda e qualquer interrogação que poderia ser desenhada. Nos dias em que este material está sendo escrito é tão simples colocar num papel a história e, em nada, compara-se às dificuldades enfrentadas para que o filho fosse gerado. E isso pode ser absorvido no capítulo inicial “Nasce o setor de base florestal na região de atuação do Simno”, que permeia a evolução disso, inclusive no título que cita 'base de atuação'. Aqui um parêntese: todas das entidades sindicais patronais são geridas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e têm como objetivo gerir as relações de trabalho entre patrões e empregados em todas as classes. Mais didaticamente, os sindicatos patronais e laborais negociam entre si cláusulas financeiras e sociais e quem chancela esses acordos é o MTE. Por esse motivo o MTE é quem autoriza e valida o funcionamento e exercício dos sindicatos, por meio de um documento chamado carta sindical. Nesta carta – premissa para o funcionamento de uma entidade sindical – estão descritas as cidades em que atua e as categorias que representa. Tudo isso, hoje, é muito simples de entender. No entanto, quando se inicia uma organização, onde tudo é começo, como empreender com sucesso em meio ao desconhecido é o que este capítulo apresenta. Já na segunda fração desta saga que vem com o título “Fundação do Simno”, entendemos um pouco de como a coragem destes bravos, liderados por Vilmar Berté, primeiro presidente do sindicato, se organizaram e decidiram então rumar à fundação. Esta pesquisa alcançou documentos históricos que minuciam detalhes extraordinários da fundação como data, horário, local, participantes e uma fala emocionante de Berté: “foi um pequeno grupo que no começo deu as condições para a criação do Simno”. Folheando para o terceiro capítulo, damos início ao trabalho de cada presidente. É enfático que cada um deles, em seu devido tempo, atuou atendendo ao que o setor de base florestal e suas nuances exigiam naquele momento.

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Permita-me mais um parêntese aqui: a didática escolhida para aplicar a este material foi contar esta história a partir da gestão de cada presidente, que são seis até o momento. Isso não significa que quem não se apresenta neste material não tenha sido importante para que esta história acontecesse. Mas sim, que uma estratégia foi traçada e cumprida. O objetivo: escrever a história dos 30 anos do Simno. Como? A partir da percepção de cada presidente. Como pesquisadora da história do setor de base florestal de Mato Grosso há mais de uma década, percebo que a região noroeste do Estado tem forte tendência histórica e grandes e importantes relatos a serem descritos relacionados ao segmento. Personagens de grande significância e resultados extraordinários. Esta certamente pode ser a proposta para uma nova obra, com maior corpo, que contemple a importância de cada personagem, uma vez que não estão mais amplamente observados em “Simno: 30 anos de responsabilidade, tradição e sustentabilidade”. Retomando o terceiro capítulo, nas páginas a seguir o primeiro presidente aponta suas percepções sobre a fundação do sindicato, primeiras ações, primeiros passos, primeiras conquistas etc. Assim segue com Liani Zeni, que no quarto capítulo, também nos emociona com tanta coragem, valentia e determinação frente a tantos desafios. Foram duas gestões, num momento em que tudo era tão difícil. Imagino quão desafiador foi para uma mulher administrar a responsabilidade de escrever esta história. Exemplo simplesmente encorajador e empreendedor! Quando digo “Imagino quão desafiador foi para uma mulher” refiro-me ao fato de que naturalmente funções como mãe e esposa e, no caso de Liani, empresária, são suficientes para tomar todo nosso tempo, saúde, paciência, vida. Agora, some tudo isso a duas gestões frente à presidência de um sindicato engatinhando. E eu não poderia deixar de relatar aqui também o nascimento de duas filhas, início da empresa, dificuldades financeiras, distância da família. Estas foram apenas algumas das ações da vida de Liani que aconteceram no mesmo momento em que o Simno se consolidava junto a associados, sociedade, entidades de classe e governamentais, inclusive estaduais

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e nacionais. Nos capítulos que seguem, o presidente “Edmilson Manoel Ettore de Queiroz”, o “Tato” tem a marca do início das tratativas para que o setor moveleiro integrasse o Simno, com fundamental atuação para a organização desta categoria. A geração de presidentes do novo milênio segue com Geraldo Bento, que assumiu a presidência em 2005, seguindo por duas gestões até 2011. Uma grata surpresa que levou o nome do Simno ao mundo. Bento subiu, humildemente, cada degrau do reconhecimento e responsabilidade. Após atuação importante no Simno, foi eleito presidente do Cipem, ou seja, passa a gerir e ser porta-voz de todo o setor de base florestal de Mato Grosso e, por fim, o maior degrau a ser conquistado é nacional, a presidência do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), também sob a mentoria do madeireiro de Juína. Roberto Rios é o protagonista do capítulo sete que, por duas gestões, demostra o quanto o planejamento, empreendedorismo e paixão pelo que faz resultam em grandes realizações. Este capítulo em especial apresenta um verdadeiro espetáculo de ações em conjunto para o crescimento e desenvolvimento do setor. E finalmente, o idealizador do mérito de 30 anos. Paulo Veronese, atual presidente, que com raiz familiar completamente fincada na madeira apresenta com muita humildade e, ao mesmo tempo, uma sabedoria invejável, um projeto de expansão do setor de base florestal (percepção e palavras minhas) para as próximas três décadas. Mais uma vez, importante enfatizar que estão contidos nesta obra personagens pontuais que descortinam a história do Simno e que, se de alguma forma outras peças-chave não estão aqui inseridas é porque, infelizmente, não foram alcançadas por esta pesquisa. Prefiro observar pelo prisma da continuidade, ou seja, que esta seja a primeira de uma série de obras a relatar a tão apaixonante, desbravadora e empreendedora história do setor de base florestal da região noroeste do Estado de Mato Grosso. Boa Leitura! Da autora

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COLNIZA


TRÊS FRONTEIRAS

GUARIBA

NOVA UNIÃO

COTRIGUAÇU

JURUENA

CASTANHEIRA

NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

JUÍNA

BRASNORTE


O que em 2019 é motivo de orgulho para o Simno, começou na década de 1970 com muitas famílias vindas do Sul do país atendendo ao chamado do Governo Federal, que ainda ecoava de meados do século com a histórica Marcha para o Oeste. Há sinais desse movimento desde a época do descobrimento, mas foi no governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a colonização da floresta passou a ser vista como estratégica para os interesses nacionais. Era a época da Marcha para o Oeste, conforme a BBC Nacional. Foram anos de incentivos governamentais a fim da exploração da floresta. Estradas foram abertas para facilitar o desenvolvimento da região. Durante a ditadura militar, a política para a Amazônia ficou conhecida pelo lema "Integrar para não Entregar". O início da ditadura (1964) também deixa suas marcas na ocupação da Amazônia. Dentro de um discurso nacionalista, os militares pregam a unificação do país. Além disso, é preciso proteger a floresta contra a "internacionalização". Em 1966, o presidente Castelo Branco fala em "Integrar para não Entregar". Também nessa época começam as grandes obras rodoviárias em 30


CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

Em 1966, o presidente Castelo Branco fala em "Integrar para não Entregar".

direção à Amazônia. A Transamazônica é inaugurada em 1972 e, dois anos depois, fica pronta a Belém-Brasília. Por meio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), o governo oferece uma série de incentivos aos interessados em produzir na região. Borracha, madeira, soja, minério, pecuária - ou simplesmente o sonho de ter um pedaço de terra. Foram muitos os motivos que, historicamente, levaram brasileiros de todas as regiões à Amazônia. Para entender o contexto histórico de três décadas do Simno, é importante explorar alguns fatos. Dando mais clareza a este trajeto, iniciamos a saga apresentando como o setor de base florestal instalou-se em cidades que hoje compõem a base de atuação do Simno. Ou seja, como a indústria da madeira teve início nestas localidades e, para isso, o personagem identificado como pioneiro da madeira, ou melhor, como o primeiro madeireiro iniciou sua história nesta região em cada uma das cidades. Em 2019 a base de atuação do Simno compreende as cidades de Juína, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu e Colniza e os distritos de Nova União (de Cotriguaçu) e Guariba e Três Fronteiras (de Colniza). Por 31


CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

ainda não terem sido emancipados como municípios, suas histórias são incorporadas às cidades às quais pertencem. Esta pesquisa percorreu a região em busca da origem do segmento em cada uma delas. Assim, é possível afirmar que a indústria da madeira, no noroeste de Mato Grosso, nasce nesta ordem: 1975 – Juína 1978 - Brasnorte 1978 – Juruena 1986 – Aripuanã 1986 - Colniza 1992 - Cotriguaçu

ARQUIVO OSVALDO DA LUZ

1975 – Juína

O primeiro madeireiro de Juína, Osvaldo da Luz, em pose sobre carga de mogno, com apenas duas toras, em 1979

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CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

Coincidentemente Juína é a sede do Simno e ali inicia-se esta linha do tempo, protagonizada pelo precursor da história do setor de base florestal em Juína, Osvaldo da Luz, que chegou à cidade no ano de 1975 vindo de Matelândia, no Paraná. A serraria da família vendia toda a produção para ajudar na construção da cidade. Uma pequena parte era comercializada para Vilhena (RO). “Na época demorava-se quase oito meses para construir uma casa”, lembra o empresário que implantou a primeira madeireira na cidade. No ano de 1983, um incêndio em sua indústria destruiu todo o maquinário e estoque. A sequência da história é escrita por Liceu Alberto Veronese. Desbravar uma região no final da década de 1970 não era uma tarefa fácil. Rodovias sem asfaltos, dificuldade na comunicação e de serviços. Mas quando se está à procura de novos horizontes, na esperança de um futuro melhor para a família, qualquer dificuldade é mero detalhe. A bravura de um homem está na capacidade de vencer, entretanto, a coragem de trazer consigo mais 50 famílias para vencer juntos é um case de sucesso. Após sair do Paraná, visitou regiões em Mato Grosso do Sul e em Rondônia. Entretanto, foi no noroeste do Estado de Mato Grosso que Liceu encontrou o que tanto procurava. Quando chegou em Juína, Liceu viu com bons olhos o que aquele lugar representaria para sua vida, família e seu trabalho e decidiu se instalar na cidade e dar continuidade ao que já trabalhava quando deixou o Paraná: o setor madeireiro. Na época, a carência e as dificuldades que se acumulavam no município motivaram o pioneiro a deixar outra marca no seu legado. Liceu se tornou prefeito e ajudou a cidade crescer implantando importantes marcos como o Fórum, o Hospital Regional, faculdade. A pavimentação asfáltica no centro da cidade que ainda é da gestão de Liceu, é um exemplo de eficiência de sua administração. Além de investimentos em recuperação de estradas vicinais e a criação de novos acessos, como a estrada que liga Aripuanã passando pela Cidade Morena. Mas é do sindicato que Liceu se enche de orgulho. Para ele, a força da entidade vem da garra dos membros das diretorias passadas, que 33


FOTOS: ARQUIVO PESSOAL PAULO VERONESE

CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

1980 - Família Veronese chega a Juina e, sob o convite de Liceu, outras 50 famílias gradativamente instalam-se na cidade

1981 - Os Veronese e Damiani ajudam a escrever o início da cidade de Juína

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CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

nunca mediram esforços, deixando inclusive afazeres pessoais de lado a fim de atender os compromissos do sindicato, em defesa e apoio do setor madeireiro. Em seguida, dá continuidade à história, João Justo Damiani, natural de Carazinho (RS), que visitou Mato Grosso em outubro de 1977, vindo a Juína, a qual, na época, era apenas um acampamento da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), fixando residência na cidade dois anos depois. Casado com Erenita Rosa Veronese desde 1966, o casal teve quatro filhos: Rosana, Suzana, Ivair (Kiko) e Moacir (Preto). Desde que chegou, a família se estabeleceu no setor de chácaras, que posteriormente se tornou uma grande comunidade em Juína: a Comunidade Verdam. A, então, Madeireira Verdam já existia em São Jorge d'Oeste (PR) e detinha na direção as famílias Veronese e Damiani que, em Mato Grosso, passou de geração em geração. No início das atividades, tinha como principais produtos madeira serrada bruta, forro e assoalho, vendendo para o mercado interno. Comercializava cerejeira e mogno, sendo o último o carro-chefe da produção. Dentre as histórias que se confundem com a de Juína, João Justino Damiani estava junto no primeiro veículo particular a abastecer no primeiro posto de combustíveis da cidade. Também teve participação como sócio na fundação do primeiro hospital de Juína. 1978 – Brasnorte e Juruena Vilson Enzweiler saiu com a família do Estado de Santa Catarina com o objetivo de montar uma serraria na cidade de Brasnorte no ano de 1979. Chegando ao município iniciou as atividades da primeira madeireira da localidade no mesmo ano. No início das atividades operava com madeira serrada e beneficiada que, em sua maioria, era cedrinho e cupiuba, ambas abundantes na região. Já Bernardo Von Müller Berneck iniciou o trabalho de desbravamento na região noroeste de Mato Grosso em 1976, quando 35


FOTOS: ARQUIVO PESSOAL PAULO VERONESE

CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

1979, acima e 1981, abaixo: - madeireira da família Veronese

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL PAULO VERONESE

CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

1980 - escritório da empresa da família. Atualmente mantém-se no mesmo local

1981 - Vista aérea da Madeireira Verdam, dos Veronese

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CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

com tratores e balsas iniciou o povoamento de Brasnorte. Com espírito empreendedor e experiência no setor de base florestal, instalou ali, também em 1978, uma filial da já conhecida Berneck, madeireira paranaense e com filiais em outras cidades de Mato Grosso. A história do setor de base florestal na cidade de Juruena teve início com a família Rohden. “Samuel Rohden começou sua atividade madeireira no sul do País, em Santa Catarina. Em 1978 decidiu vir para Mato Grosso, pois era o futuro da madeira”, conta Fellipe Stuhler, diretor da indústria e filho de Samuel. A empresa foi instalada em 1980 e participou do crescimento da cidade. Exportando em torno de 30% da produção, chegou a gerar aproximadamente 170 empregos diretos. Em 2019, representa o Simno em Brasnorte, como vicepresidente, o empresário Wilcler Fabio Lima Bastistão que leva a sete empresas do setor, instaladas na cidade, as atualizações referentes à atuação do Sindicato nos mais diversos assuntos. Segundo ele, apesar de grandes possibilidades de desenvolvimento, o setor é fortemente impactado pela alta carga tributária e concorrência desleal. “A ida do Valdinei para o Cipem foi muito positiva porque assim temos a certeza de que alguém com conhecimento do setor é nossa voz frente aos problemas”, disse, referindo-se ao trabalho do executivo do Cipem, Valdinei Bento, que iniciou a carreira sindical no Simno.

1986 - Aripuanã Ednilson Faitta chegou em Aripuanã em 1986 com o projeto de enviar matéria-prima da madeira para a matriz da empresa, em Santa Catarina. Inicialmente operava com madeira serrada, em seguida, aumentou o rol de produtos com a fabricação de decks, assoalhos, pisos, tacos, batentes de portas. A necessidade de impulsionar uma indústria madeireira em Aripuanã fez com que o grupo Barra Grande, em 1986, que utilizava 38


CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

Em Juruena, primeiro galpão da Rohden em 1.978

energia elétrica oriunda de um gerador que abastecia a serraria e um beneficiamento de madeiras da mesma empresa, investisse na geração de energia. Conforme o empresário Ednilson Faitta, diretor do grupo Barra Grande, no início da década de 1990, com a resolução de aumentar a capacidade da indústria madeireira e aproveitando a energia que poderia ser absorvida por meio das cachoeiras da cidade de Aripuanã – que estão localizadas dentro de uma das áreas do grupo – montou uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), para geração de energia de 435 kva, o necessário para manter uma pequena fábrica de compensados. “No decorrer da montagem resolvemos ampliar e instalamos mais uma hidrelétrica de três megawatts, que ficou pronta em 1995”, recorda Faitta, prefeito por duas vezes e vice por outras duas. Com o funcionamento da nova unidade foi possível que a cidade começasse a se desenvolver e outras empresas madeireiras também se instalaram, uma vez que havia energia de sobra. Anos mais tarde foi necessária mais uma ampliação e outra Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de dez megawatts foi construída. O grupo vende a energia para a concessionaria de Mato Grosso e a estatal revende para as cidades de Aripuanã, Colniza, Cotriguaçu, Cidade Morena e os distritos de Nova União e Conselvan, abrangendo mais de 60 mil pessoas, inclusive em áreas rurais, que foram beneficiadas com o programa Luz para Todos, do governo federal. Da primeira etapa da construção, 35% são utilizados pelas

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CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

empresas do grupo Barra Grande e o excedente é vendido. 1986 - Colniza No extremo noroeste do Estado, a cidade de Colniza abriga uma das maiores estruturas da indústria madeireira de Mato Grosso. O pioneiro Nervílio Polles, em 1986, mudou de Estado e de atividade. No Sul do país trabalhava com lavoura. “Chegamos aqui e sofremos muito. Passamos três anos sem comer um pedaço de carne. Vivíamos de peixe e caça”, conta Polles. Em 2019 é referência estadual e chegou a empregar 1400 pessoas. Detém área de manejo florestal sustentável com 100 mil hectares de mata nativa. Opera com mais de 30 espécies, tanto para serrar, quanto para beneficiamento de piso, deck, forro e batente. Comercializa no mercado interno para São Paulo, Santa Catarina e exporta para mais de 40 países. “Vim para um bailão, chegamos aqui não tínhamos nem o que comer, fomos na borracharia, e todos sem camisa, não tinha nada de mosquito, me apaixonei pelo lugar e amo isso aqui até hoje”, comemora o empresário que comanda um império de três grandes empresas madeireiras no coração da Floresta Amazônica. 1992 - Cotriguaçu Em 1992 o grupo Berneck instalou em Cotriguaçu mais uma empresa que, em 2005 foi adquirida por investidores dos grupos Poltronieri e Pagliari e, posteriormente, Vale do Juruena. Atualmente, o empresário Artêmio Richter, é o representante do Simno em Cotriguaçu, como vice-presidente da entidade. “Estamos muito animados com o mercado. A atuação do sindicato é muito boa. É importante pela união da classe”, comemora.

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL NERVÍLIO POLLES

CAPÍTULO 1: NASCE O SETOR DE BASE FLORESTAL NA REGIÃO DE ATUAÇÃO DO SIMNO

1986 - Abertura da cidade de Colniza, pela família Polles

Início da Junp Madeiras, em Colniza

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FUNDAÇÃO DO SIMNO


O Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), há três décadas vive o compromisso com o setor de base florestal madeireiro e moveleiro da região de Juína e nasceu como a solução para a resolução de questões de um segmento industrial que historicamente fundamentou a criação de mais de 40 municípios no Estado. Naturalmente uma região produtora de madeira e que despontava no cenário nacional pela quantidade e qualidade dos produtos haveria de ter uma organização forte e séria. E, desta forma, os primeiros grupos de empresários iniciam uma organização para a busca constante de soluções e aperfeiçoamento do setor. Em uma região extremamente produtora, no entanto, geograficamente uma das localidades de mais difícil acesso e quase 700 quilômetros distante da capital. Aqui apresenta-se então a primeira grande demanda da organização: a luta por estradas e vias de escoamento. Esta luta talvez tenha sido a principal bandeira da entidade nestes 30 anos e ainda se destaca como passivo a ser resolvido. 44


CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO

Ata da assembleia geral de fundação e posse da primeira diretoria do Simno

A primeira reunião aconteceu há 30 anos originando a fundação do sindicato, bem como, eleição e posse da primeira diretoria. A data é 6 de agosto de 1989 e, naquele dia, o Juína Clube foi o ponto de encontro de 18 empresários que perceberam a necessidade de unir a categoria através de um mecanismo institucional, capaz de representá-los e defendê-los em seus interesses comuns. O setor madeireiro e moveleiro começava a ganhar espaço. E desde a sua criação, ano após ano o sindicato ampliava sua área de atuação. A criação da primeira delegacia do Simno, em Aripuanã, proporcionou maior apoio institucional às empresas de outras regiões como Colniza, Conselvam e Rondolândia. Na sequência, a segunda delegacia, instalada em Colniza, atendendo também aos municípios de 45


CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO

Guariba, Guatá e Nova União. A ação voltada ao empresário local resultou na instalação da sede do Sindilam (Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados do Estado de Mato Grosso) na região de Aripuanã, que até 2013 pertencia à base do Simno e a partir de então adquiriu status de sede sindical após o sucesso do atendimento direcionado com o trabalho da delegacia do Simno. Já em 2019, são 120 empresas associadas, instaladas nas cidades de Juína, Brasnorte, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, Colniza, e nos distritos de Nova União, Guariba e Três Fronteiras. Nestas três décadas, o Simno viabilizou várias conquistas como a construção da sede do Sesi/Senai – respectivamente Serviço Social da Indústria / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – onde são realizados inúmeros cursos de formação e qualificação de mão de obra, preparando verdadeiros profissionais para industrializar madeira e garantir maior competitividade mercadológica para os produtos desenvolvidos. Também se acrescenta ao rol de grandes realizações: a pavimentação asfáltica de grande maioria dos acessos da região noroeste; a inclusão do setor moveleiro como integrante do sindicato; a criação de estudos para destinação correta dos resíduos da madeira tendo como resultado composto orgânico em fase final de estudos. Além disso, grandes projeções como o projeto de busca junto ao Governo Federal a parceria com povos indígenas para realização de manejo florestal sustentável em suas áreas. Além do compromisso de trabalho com o setor, o Simno também está presente em espaços importantes da sociedade, como a participação em conselhos municipais, apoio a ações culturais e esportivas, e o desenvolvimento de projetos sociais. A história do Simno foi escrita devido à coragem e perseverança de muitas pessoas que já passaram pelo sindicato, mas, principalmente, como resultado do envolvimento e da confiança dos empresários associados. Juntos é mais fácil enfrentar as batalhas diárias e mais prazeroso comemorar as conquistas! 46


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CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO

Relação de empresas presentes na Assembleia geral de fundação do Simno

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CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO

Matéria do jornal “O Estado de Mato Grosso”, publicada em 31 de agosto de 1989: fundação do Simno com abrangência em Juína, Castanheira, Juruena, Aripuanã e Brasnorte e destacando a região como um dos maiores polos madeireiros do país. Segundo a matéria, o Simno foi o segundo sindicato patronal madeireiro a ser fundando em Mato Grosso, tendo sido o primeiro, o Sindusmad, na região de Sinop (norte do Estado), em 1984, com 17 associados. A matéria revela ainda que o Simno foi o 18º sindicato constituído em Mato Grosso no segmento industrial.

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CAPÍTULO 2: FUNDAÇÃO DO SIMNO

Assinaturas da diretoria na ata de fundação do Simno

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30 anos

simno


SOB A ÓTICA DE SEUS PRESIDENTES


ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ


VILMAR JOSÉ BERTÉ 1989-1992/1992-1996


DiretoriaS Gestão 1989-1992

Gestão 1992-1996

DIRETORIA (EFETIVOS)

DIRETORIA

Presidente: Vilmar José Berté

Vilmar José Berté

Tesoureiro: Loris Pedrotti

Liani Zeni

Secretário: Lourenço Carlos Matiero

Ivar José Pedrotti

DIRETORIA (SUPLENTES)

DIRETORIA (SUPLENTES)

1° Nilvo Noato

Elizeu A. Rizzieri

2° Lirio Zeni

James Arte Comim

3° Ivair Antonio Damiani

Décio Elias Carbonera

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS)

CONSELHO FISCAL (EFETIVO)

Flávio Leite Alves

Augusto Paulo Zorzo

José Roberto Gonçalves

Nilton Carlos Nogueira

Anilton de Oliveira Tonet

Nilvo Noatto

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

Horácio Khoru Yoshihara

Jorge Basílio

Janio Massato Basilio

Jandir Andreiss

Rudmar José Trevisan

Erich Deiss DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (EFETIVOS) Vilmar José Berté | Liani Zeni DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (SUPLENTES) Ivar José Pedrotti | Liceu Alberto Veronese


VILMAR JOSÉ BERTÉ A família de agricultores vinda de Cascavel (PR) iniciou a implantação de uma indústria madeireira em Brasnorte e, em seguida em Juína, uma vez que já possuía propriedades rurais em Mato Grosso, mesmo antes da divisão do Estado, em 1977. Vilmar se manteve no setor de florestas nativas por 15 anos e, em seguida, migrou para a floresta plantada, fornecendo biomassa para geração de energia e, atualmente, produz cerca de 200 mil metros cúbicos ao mês, comercializando o produto com empresas de secagem de grãos e indústrias de etanol à base de milho. Nascido em Herval d'Oeste, Santa Catarina, graduado em Negócios Internacionais e Comércio pela Universidade de Cuiabá (Unic), campus de Cuiabá/MT em 2004, tem em seu currículo: Presidente da Fiemt, CEO da Estrela Agroindustrial S/A e Presidente e acionista do Berté Florestal Ltda. Instituiu dois mil hectares de teca no Estado do Mato Grosso e 7.500 hectares de plantações de eucalipto curta 57


ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ

CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

Reunião na Fiemt com vice-governador, Oswaldo Sobrinho

rotação de produção de biomassa para energia perto de Rondonópolis. Membro do Conselho Técnico da Escola Técnica de Mato Grosso, representante da Berté Florestal Ltda. na Sociedade para Pesquisa Florestal da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa/Minas Gerais. Atualmente presidente e CEO da REPLANTAR Investimentos Florestais e Agroflorestais Ltda, pioneira na criação de sistemas silvipastoris, baseados do eucalipto no Estado de Mato Grosso para a produção de biomassa para energia e madeira para produtos sólidos de madeira, com 4.500 hectares já plantados na região do Alto Araguaia. É membro do Conselho de Administração do Centro Brasileiro de Nature Conservancy e Desenvolvimento Sustentável (CBCN) há 42 anos, uma ONG no Brasil. O primeiro presidente do Simno, empresário do setor de base Florestal, Vilmar José Berté, ao final da década de 1980 percebeu a necessidade de unir a classe madeireira de Juína e região, com maior representatividade. Primeiro-secretário da Fiemt à época, notou a importância da criação de um sindicato para que a classe fosse representada em assuntos do setor num âmbito mais amplo. “Assim surgiu a ideia da criação e, juntamente com alguns empresários da madeira, buscamos a viabilidade da fundação da entidade e, a partir desse marco, seria possível viabilizar a assistência do Sesi, Senai e IEL na região”, disse Berté que, na oportunidade, em reunião com outros empresários da madeira, criou o Sindicato das Indústrias Madeireiras e 58


CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ

Moveleiras do Noroeste do Estado de Mato Grosso. Ari Wojcik era o presidente da Fiemt naquele período e empresário do setor de base florestal, o que deu à fundação do Simno uma percepção apurada de sua real necessidade. Devidamente estabelecido, as duas primeiras gestões do Simno foram direcionadas pela consolidação da entidade e busca por empresários que entendessem o anseio coletivo que tinha o olhar voltado ao desenvolvimento não apenas daquele segmento econômico, mas também, de toda a região. Um pequeno grupo então inicia a organização da entidade, liderado por Berté (presidente aos 28 anos). Assim, compõe sua sua primeira diretoria, de 1989 a 1992 e, que tem mandato prorrogado para mais três anos. A diretoria foi eleita na mesma data da assembleia de fundação do Sindicato, em 06 de agosto de 1989, às 08h, obedecendo às diretrizes do terminal de convocação publicado em 17 de julho daquele ano. Neste mesmo dia, também foi votado o Estatuto Social do Simno, aprovado por unanimidade com a determinação de que as cidades a serem atendidas pelo recém fundado sindicato seriam: Juína,

Berté em encontro com o governador Dante de Oliveira (in memorian) solicitando melhorias nas estradas da região

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CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

Castanheira, Juruena, Aripuanã e Brasnorte. No Estatuto também constava o período de três anos para cada gestão, o que se mantém até os dias atuais. Após a eleição e aprovação estatutária, a primeira diretoria do Simno foi empossada e, na mesma noite, votado e aprovado o valor da mensalidade sindical, no valor de 50 BTNs, aprovado por unanimidade. O presidente eleito, na oportunidade, agradeceu à confiança dos empresários e os conclamou todos a trabalharem unidos para que o Simno se transformasse num sindicato forte e à altura de representar a categoria. Estiveram presentes na fundação do Simno representantes das empresas: Agroindustrial Estrela Berté Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. Indústria e Comércio de Madeiras Juína Ltda. Madeiras Verdam Ltda. Madeireira Cinta Larga Ltda. Madeireira Costinha Ltda. Madeireira Damiani Ltda. Madeireira Poleto & Cia Ltda. Madeireira São Valentim Ltda. Madeireira Vanzela Ltda. Madeireira Zeni Ltda. Odessa da Amazônia Serraria Juinense Ltda. Serraria Santa Helena “Foi um pequeno grupo que no começo deu as condições para a criação do sindicato”, recorda Berté, considerando que a partir de então a categoria começou a ter uma melhor condição de representatividade nos graves passivos do setor de base florestal que já naquele período despontava a questão da logística como agravante principal da produção não somente de madeira, mas também do desenvolvimento da região em tudo o que tange ao transporte. 60


ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ

CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

Reunião do Simno com prefeito de Juruena

“Não havia estradas pavimentadas na região. De Cuiabá a Juína o trecho asfaltado terminava bem antes de Campo Novo do Parecis, próximo à Fazenda Itamaraty Norte. Por isso a principal demanda era por rodovias, para o melhor escoamento, otimizar questões relacionadas aos preços de fretes. Além disso, era imprescindível naquele momento a construção de relacionamento e diálogo com órgãos ambientais. Esta era uma questão importante para o setor madeireiro porque, na verdade, antes desta organização era 'cada um por si e Deus por todos'. Quando começamos a transformar os problemas em união do setor começamos a ter mais voz e encontrar eco no que estávamos falando. A criação do sindicato foi neste sentido de unir o setor madeireiro porque a questão ambiental já era muito forte e precisaria ter um setor unido”, explica. Para Berté sua principal bandeira foi levar a assistência do Sesi, Senai e IEL para a região. Em seguida, buscar a doação de uma área para a implantação dessas unidades locais em Juína. Ainda destaca que levar assistência odontológica para a região, com o objetivo de atender aos funcionários as empresas foi uma de suas primeiras ações por meio de trailers odontológicos que iniciaram os atendimentos em Juruena.

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ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ

CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

Jornal “O Estado de Mato Grosso”, em 28 de março de 1990

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CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

“Entendemos a importância da assistência médica e odontológica, além de cursos profissionalizantes aos funcionários das indústrias madeireiras da região”, detalha. “Conseguimos a doação da área do Sesi e Senai, atualmente numa região privilegiada em Juína, praticamente no centro da cidade, onde foram montados os consultórios médico e odontológico e ali começou o atendimento, além do atendimento com trailer nas cidades da base de atuação do Simno” conta ele destacando que ainda na gestão de sua diretoria tiveram início as tratativas para a construção do Sesi e Senai. Um dos principais fatores para a busca da implantação as unidades foi o êxodo dos trabalhadores naquele período. Em busca de soluções para a questão o então presidente Vilmar Berté buscou junto à FIEMT o desenvolvimento de projetos que levassem serviços essenciais nas áreas de saúde, odontologia e lazer. “É preciso oferecer atrativos para que os trabalhadores se sintam realmente estimulados a permanecer na região”, disse, em entrevista ao jornal “O Estado de Mato Grosso”, em 28 de março de 1990. Ele destacou a preocupação com o êxodo dos trabalhadores devido à falta de estrutura em serviços básicos como saúde, educação e lazer disponíveis na região. Na matéria a citação: "devido à falta de infra-estrutura na área de saúde, lazer e educação os trabalhadores estão preferindo engrossar os bolsões de miséria e, conseqüentemente, aumentar o número de famílias nos grandes centros, a ter um bom salário no interior e nem sempre ter outros serviços de atendimento". Na mesma publicação o noroeste de Mato Grosso é destaque como maior polo madeireiro do Estado, com mais de três mil empresas do setor de base florestal estabelecidas e que, em especial, encontravam dificuldades para manter os trabalhadores. Ali então iniciavam-se o projeto para a implantação de unidade do SESI para atendimento médico e odontológico para mais de cinco mil famílias de trabalhadores. O então presidente da Fiemt, Ari Wojcik, destacou na entrevista ao “O Estado de Mato Grosso” que uma das principais metas da diretoria era fortalecer os sindicatos, destacando que a interiorização do atendimento aos trabalhadores solucionaria a 63


CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

situações como a de serviços odontológicos sendo oferecidos há mais de 300 quilômetros de distância daquela região. As dificuldades relacionadas à falta de estradas afetavam o atendimento do sindicato às cidades da região. O primeiro presidente conta que não havia condições de trafegar nas estradas nem para fazer reuniões com os empresários do setor nas cidades da região, em grande parte do ano. De Juína a Brasnorte, geralmente levava um dia de viagem com estradas difíceis e com atoleiros num trecho de 160 quilômetros. Vale ressaltar que os empresários James Arte Comim e Augusto Paulo Zorzo tinham suas empresas estabelecidas em Juruena e foram eleitos pelos empresários locais para representarem a categoria junto às decisões do Simno. A reunião aconteceu em 07 de julho de 1992 na sede Sociedade Esportiva e Recreativa de Juruena (SERJ) e foi presidida pelo empresário Apolinário Stühler, que representou a Rohden Indústria Lígnea Ltda. No encontro estiveram presentes representantes das empresas: Beltranorte Dennining Norte Indústria de Madeiras Ltda. Guapos Indústria e Comércio de Madeiras Ltda Madeireira Aléssio Ltda. Madeireira Irmãos Pavan Ltda. Madeireira Kampmann Ltda. Madeireira Três Barras Ltda. Rohden Indústria Lígnea Ltda. Sociedade Madeireira Paranaense Ltda. Somapar Arte Lar Indústria e Comércio de Móveis Ltda. Zonel Agroindustrial e Comércio Ltda. Em 24 de fevereiro de 1996, nas dependências do Sesi Clube, uma reunião com diretores e associados iniciou o processo de eleição da terceira gestão, bem como alterações estatutárias. Ambas as pautas foram aprovadas em reunião que ocorreu em 10 de maio do mesmo ano, na então sede do Simno. Assim, a cidade de Cotriguaçu foi incluída na base territorial do Simno, uma vez que a cidade foi fundada depois da 64


CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

ACERVO PESSOAL VILMAR BERTÉ

criação da entidade. Também foi inserida no estatuto a criação de vicepresidentes para os municípios de Juruena, Aripuanã, Brasnorte e Juína para atuarem junto à diretoria central.

Vilmar Berté se manteve no setor de florestas nativas por 15 anos e, em seguida, migrou para a floresta plantada

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CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

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Diário de Cuiabá, 07 de fevereiro de 1990

CAPÍTULO 3: VILMAR JOSÉ BERTÉ

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LIANI ELÍDIA ZENI 1996-1999 / 1999-2002


Diret

DiretoriaS Gestão 1996-1999 DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Liani Elídia Zeni 1° Vice presidente: Siderlei Mazon 2° Vice presidente: Ednilson Faitta 3° Vice presidente: Apolinário Sthüller 4° Vice Presidente: Nilton Carlos Nogueira 1ª Secretaria: BernardeteM. G. Zeni 2ª Secretária: Moacir Sonza 1° Tesoureira: Jane Regina Olienik (in memorian) 2° Tesoureiro: Nilvo Noatto DIRETORIA (SUPLENTES) Paulo Queiroz Rudmar Trevisan Dilvo Meatti Edson Marcos Erich Deiss Dilmar W. Muxfeldt Geraldo Bento Cezar Augusto Pederiva Luiz Elói B. Pereira CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) Paulo Cezar Souza Flora Casteli Zanela Ivair Pedrotti

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) James Arte Comim Edson Aguiar David Zanella

retoria DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (EFETIVOS)

Liani Zeni | Vilmar José Berté

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (SUPLENTES)

Ednilson Faitta | Bernardete M. G. Zeni

Gestão 1999-2002

DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Liani Elídia Zeni 1° Vice-Presidente: Rudmar Trevisan 2° Vice-Presidente: Erich Deiss 3° Vice-Presidente: Apolinário Sthüller 4° Vice-Presidente: Ednilson L. Faitta 1ª Secretaria: Ivanir José Poleto 2ª Secretaria: Paulo Landin 1° Tesoureira: Jane Regina Olienik 2° Tesoureiro: Nilvo Noatto 1º secretário: Ivanir José Poletto 2º secretário: Paulo Landin 1ª tesoureira: Jane Regina Olienick (in memorian) 2º tesoureiro: Nilvo Noato

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) Deocleciano Zeni José dos Santos Tety Wilson Diomar Muxfeldt

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Gilberto Antonio Cezimbra Osmar Alves Queiroz Fausto Oliveira Moura


LIANI ELÍDIA ZENI Atuando no setor de base florestal desde 1981, Lírio Zeni ainda se consolida em Juína como o empresário do segmento com uma das maiores estruturas da indústria florestal do Noroeste de Mato Grosso, ao lado de sua esposa, Liani Elídia Zeni, que durante essas quase quatro décadas está ao lado do marido na empresa da família, como responsável pelo departamento financeiro. Não diferente dos demais industriais da madeira, Lírio e Liani perceberam muito cedo as dificuldades no trabalho com o produto, desde os ambientais, até os econômicos e fiscais. “Tínhamos uma chácara de onde era colhida a madeira. Após a dissolução de uma sociedade na empresa, continuamos trabalhando sozinhos. Não tinha hora para começar e nem para terminar. O Lírio serrava e eu media as madeiras. Depois eu 'cubicava' e fazia a nota fiscal. O dia em que conseguimos comprar uma bicicleta foi a maior alegria para nós”, recorda Liani. 71


CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

A busca por soluções mais efetivas para essas demandas levou a empresária à decisão de participar das reuniões do Simno, assim que a entidade foi fundada, em 1989. O espírito empreendedor do casal levou Lírio a compor a primeira diretoria do Simno como segundo suplente. No entanto, Liani é quem mais se identificou com a vida associativa, tornando-se presidente na segunda e terceira gestões. Ela conta que sua decisão de frequentar as reuniões do recémcriado sindicato nasceu porque “cada vez eu mais percebia as dificuldades que enfrentávamos, em especial porque dependíamos do Ibama de Cuiabá”, conta a empresária, referindo-se à distância entre Juína e a capital do estado, que é de 761 quilômetros. Além disso, naquele período, grande parte do trajeto não era contemplado com pavimentação asfáltica. Liani destaca que Vilmar José Berté liderou a primeira diretoria com muito trabalho e encampou a ideia de implantar unidades do Sesi e Senai em Juína. “Identificamos a necessidade da implantação do Senai devido à qualificação de mão-de-obra e, do Sesi, inicialmente, para o atendimento odontológico dos trabalhadores da indústria em todo o entorno e Juína”. Liani Elídia Zeni esteve à frente do Simno por duas gestões, entre os anos de 1996 e 2002. A eleição da terceira gestão do sindicato aconteceu no dia 24 de julho de 1996, na sede do Simno, onde a chapa liderada por Liani teve 30 votos favoráveis e nenhum contrário. Então, em 09 de agosto de 1996, a nova diretoria tomou posse na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), com a presença do então presidente da Federação das indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Antônio Borges Garcia, e outras autoridades, além de associados ao Simno de todas as cidades de sua base de atuação. O ex-presidente, Vilmar José Berté, em seu discurso de abertura da solenidade de posse da nova diretoria, fez uma retrospectiva das ações das duas primeiras diretorias do Simno destacando avanços e entraves encontrados nos primeiros seis anos de existência da entidade. Agradeceu a todos que apoiaram as duas gestões nas quais esteve à frente da entidade e parabenizou a nova presidente. A Nova diretoria foi então 72


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empossada pelo presidente da Fiemt, Antônio Borges Garcia. Em seu discurso de posse, Liani agradeceu ao apoio recebido dos empresários do setor e destacou sua preocupação em favor da base florestal. Na oportunidade destacou que estaria vigilante às necessidades da indústria da madeira que, já à época, era submetida a pressões de órgãos controladores e governamentais, segundo ela. Ainda em seu discurso de posse, solicitou aos representantes da Fiemt, autoridades e empresários, apoio para desenvolver um bom trabalho frente ao Simno, bem como maior participação dos associados, tanto em relação a contribuições sindicais, quanto à presença em reuniões da entidade. Encerrando o dispositivo de honra daquela noite, o presidente da Fiemt enfatizou atenção e apoio ao desenvolvimento de ações para defender os direitos do segmento industrial, possibilitando o crescimento dos municípios da região. A primeira reunião da nova diretoria aconteceu no dia 15 de agosto de 1996, na sede da Laminados Vanzela. Na primeira reunião a diretoria debateu temas como a Pauta da Madeira daquele ano, proposta pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). A estratégia para a pauta foi levada para reunião com o governo do estado, na capital, em 20 de agosto pois, segundo os presentes, a proposta da Sefaz não era condizente com a realidade do setor e que, no encontro, seria apresentada lista de preços praticados por todas as empresas da base do Simno. Além destes, foram discutidos também outros pertinentes ao momento como: recadastramento dos associados para melhor comunicação; contato com agências do Banco do Brasil e Bradesco, para emissão de boletos bancários visando o recebimento das mensalidades sindicais; avaliação sobre valores das mensalidades que, à época, era meio salário mínimo para empresas maiores e 1/3 do valor para as menores. Ainda naquela reunião a diretoria iniciava as tratativas sobre montagem do estande da entidade na Feira Agropecuária de Juína, para que um ponto de encontro dos associados fosse montado para atender em 73


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todos os dias do evento. Liani destaca o desafio de conquistar empresários para a participação no sindicato. Era preciso um trabalho forte de convencimento e esses argumentos e experiências da presidente e sua diretoria foram se ampliando ao longo do tempo com a vivência sindical e com a participação em reuniões mensais da Fiemt, em Cuiabá, além de muitos outros treinamentos que a vida sindical proporcionava. “Quando participei da primeira reunião percebi novas possibilidades uma visão diferente sobre muitos assuntos”, disse a empresária recordando que as viagens a serviço do sindicato eram custeadas com recursos particulares, pois a entidade ainda não tinha faturamento para as despesas. “Os empresários começaram a entender o que era o sindicato e a confiar no trabalho. Eu tinha muitos gastos, mas nunca contei com o dinheiro do Simno”. Durante a gestão de Liani uma grande conquista foi um posto de atendimento do Ibama em Juína. No entanto, com pouca estrutura, a unidade local não conseguia atender à grande demanda das indústrias da região. Neste período o Sindicato se responsabilizou para a contratação e pagamento mensal de uma profissional auxiliar administrativo para o órgão. Com o passar do tempo e o trabalho árduo o número de associados foi aumentando, como conta a ex-presidente, o setor sindicalizado e organizado começou a ser visto de outra maneira por órgãos como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Ministério do Trabalho. “Viram que o setor sindicalizado era mais produtivo”, comemora Liani, complementando que “nossa diretoria foi de empresa em empresa mostrando a importância da união de todos”. Sendo o primeiro presidente, Vilmar Berté, membro da diretoria da Fiemt, o sindicato foi ganhando força e articulação na capital do estado para defender os interesses do segmento. “Sempre que precisávamos de algo, o Vilmar nos ajudava em Cuiabá e também sempre conseguia a participação de representantes dos órgãos relacionados ao setor florestal, nas reuniões com diretores e associados

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CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

em Juína”, relembra Liani destacando o poder de articulação e credibilidade que o Simno foi conquistando ao longo dos anos. Outra ação de importância na gestão foi a implantação de posto telefônico exclusivo para o setor florestal. À época, uma única cabine de telefone atendia toda a cidade. No entanto, as empresas madeireiras necessitavam de telefone para fins comerciais. Então o Simno encampou mais esta bandeira e, com a colaboração financeira dos empresários, construiu um posto telefônico para seu uso exclusivo. Com o tempo, a união dos empresários custeou não só a manutenção, mas também, uma secretária para atender às ligações, passar recados, dentre outras funções. Liani conta que com esta ação o sindicato ganhou mais credibilidade junto aos madeireiros. Um dos nomes marcantes de ambas as diretorias lideradas por Liani foi o de Jane Terezinha Olienik (in memórian), que ocupou a função de primeira tesoureira nas duas gestões. Na posse da segunda gestão, Jane discursou: “É muito importante a participação de todos para que o Sindicato possa representar com firmeza o setor madeireiro e buscar os benefícios necessários à categoria”. Jane foi peça fundamental na administração de recursos por meio de convênios com o governo do Estado para a recuperação de estradas que ligam as cidades do noroeste do Estado que, naquele período, não eram pavimentadas e por onde passavam todas as cargas de madeiras, além de todo o transporte da região. A luta por melhores vias de escoamento, historicamente, marca a principal bandeira do Simno desde antes de sua fundação, quando os empresários do setor empregavam nas vias precárias seu maior gargalo. Outras diversas ações marcaram as duas gestões lideradas pela empresária Liani Elídia Zeni: eventos em comemoração ao Dia do Trabalhador, que sempre movimentaram Juína e região em 1º de maio, além de diversas confraternizações com os colaboradores das indústrias e suas famílias também movimentaram por muitos anos a região, por iniciativa do Simno. “Organizávamos a festa, promovíamos campeonatos de truco, jogos de futebol de com times das madeireiras. Comprávamos a carne o comércio local contribuía com as premiações”, 75


CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

recorda Liani. Ações voltadas à saúde e segurança dos trabalhadores também foram bandeiras empunhadas pelas duas gestões, já que havia um grande número de acidentes de trabalho. Assim houve o início do incentivo à segurança com o uso de EPIs. Ainda sobre os trabalhadores, neste período o sindicato laboral ainda não havia sido constituído na região. Por isso, as negociações de salários e benefícios eram realizadas diretamente entre Simno e trabalhadores. Outra conquista importante para o setor foi um caixa exclusivo para atendimento às madeireiras no Banco do Brasil, proporcionando agilidade aos negócios. Ainda na gestão de Liani uma unidade da Sefaz se instalou em Juína, fruto da articulação e da força do Simno. O formato de trabalho de Liani ampliou as ações do Simno para toda sua base de atuação. Em ambas as gestões, a estratégia de eleger vice-presidentes em cada cidade representada fez com que as ações se estendessem mesmo que o Simno não tivesse sede nas demais cidades, considerando a logística entre as cidades da região um passivo gravíssimo, principalmente com grandes atoleiros e estadas interditadas no período de chuvas. O Simno também tem participação na Feira Agropecuária de Juína. No início a “barraca” do Sindicato apresentava os serviços do Sesi e Senai com materiais enviados pela Fiemt. Em anos posteriores as ações foram ganhando corpo com doação de mudas de árvores e, mais tarde, com o apoio dos empresários, o estande do Simno oferecia churrasco aos associados. “Fizemos quiosques - um coberto de lona e outro coberto de palha. Nesta festa nós conseguimos mostrar o sindicato e despertar a curiosidade”. Fez parte do rol de bandeiras empunhadas pelas duas gestões: - Dificuldades de participação e comunicação com as empresas de cidades vizinhas; - Pauta a madeira; - Recuperação de estradas; 76


CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

- Contribuições sindicais; - Construção da nova sede do Simno; - Construção das unidades do Sesi e Senai em Juína; - Análise de mercado com criação de clientes e funcionários mau pagadores; - Questionamentos sobre exigências sem fundamento dos órgãos ambientais; - Normas regulamentadoras; - Taxas abusivas; - Classificação de madeiras; - Suspensão de ATPFs. Ao recordar sobre a trajetória à frente da entidade Liani diz: “tenho 58 anos e vejo que foi uma vida inteira de dedicação e amor ao que fazia. Eu acordava às cinco da manhã para lavar roupas, limpar a casa e depois ia para a empresa somar e fazer nota de toda madeira. Com o nascimento das duas filhas, a rotina foi sempre aumentando para também dar atenção a elas. No início meus pais vieram nos visitar e me presentearam com uma máquina de escrever. Me recordo também de fatos como quando o combustível chegava à cidade e empurrávamos a picape para ficar na fila e comprar combustível. Era tudo novo, não tinha nada aqui e hoje vejo com muito orgulho todas os obstáculos vencidos”, emociona-se, ao concluir.

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL LIANI ZENI

CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

Posse da diretoria, liderada por Liani, em 1996

1999 - Posse para a segunda gestão

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL LIANI ZENI

CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

1999 - Posse para a segunda gestão e inauguração do Centro Integrado Sesi-Senai

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL LIANI ZENI

CAPÍTULO 4: LIANI ELÍDIA ZENI

Expoju

Inauguração da Ponte sobre o Rio Juruena

Evento em comemoração aos 20 anos do Simno

IV Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical

Missão empresarial à China

Participação na feira Ligna, em Hannover

Inauguração do Centro de Eventos do Senai

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EDMILSON M. E. QUEIROZ 2002-2005


Diretoria Gestão 2002-2005 DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Edmilson Manoel Ettore de Queiroz 1° Vice-Presidente: Rudmar José Trevisan 2° Vice-Presidente: Ednilson Luiz Faitta 3° Vice-Presidente: Apolinário Sthüller 1° Tesoureiro: José Andrade de Santana 2° Tesoureira: Liani Elidia Zeni 1ª Secretaria: Jane Regina Olienik 2ª Secretaria: Lourdes Marchi Perdoncini DIRETORIA (SUPLENTES) Elizeu A. Rizzieri James Arte Comim Décio Elias Carbonera CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Fuad Jarrus Filho 2° Conselheiro: Fausto de Oliveira Moura 3° Conselheiro: Gildo Cezar Zan

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) 1° Suplente: Edilson Guermandi de Queiroz 2° Suplente: João Gonçalves Lourenço 3° Suplente: Valmor Roberto Huttra

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Liani Elidia Zeni 2° Conselheiro: Edmilson Manoel Eltore de Queiroz

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (SUPLENTES) 1° Suplente: Ednilson Luiz Faitta 2° Suplente: Osmar Alves de Queiroz


EDMILSON QUEIROZ Em 4 de outubro de 2002 o empresário Edmilson Manoel Ettore de Queiroz, foi eleito o presidente da quinta gestão do Simno. Em reunião realizada na sede do Simno, que naquele período era sediado em uma das salas do Sesi Juína, a ex-presidente Liani Elídia Zeni, agradeceu ao apoio e companheirismo recebido durante as duas gestões que esteve à frente da entidade. O novo presidente, em seu discurso de posse, agradeceu a oportunidade que destacou seu sentimento e honra por ter sido escolhido para representar a categoria naquele momento. Ainda enfatizou que seu trabalho seria pautado na coletividade e que contava com efetiva participação de todos. O presidente paranaense de Diamante de Norte, chegou a Juína em 1989, onde iniciou atividades no segmento da pecuária e, anos depois, diversificou as atividades para o setor da madeira. Ele destaca que uma as grandes ações da diretoria foi a fusão do 85


FOTOS: ARQUIVO PESSOAL EDMILSON QUEROZ

CAPÍTULO 5: EDMILSON M.E. QUEIROZ

Evento de posse da diretoria liderada por Edmilson Queiroz

setor moveleiro que até então não participava do Simno, o que à época agregou grande força à entidade. No início do mandato de Queiroz havia a motivação do segmento dos empresários moveleiros no sentido de fundar um sindicato patronal para representar a categoria. Na oportunidade houve o convite para que os moveleiros integrassem o Simno que, naquele momento, já estruturava-se e já tinha conhecimento da organização sindical, além de acesso ao atendimento do Sesi e Senai. A categoria compunha os representados do Simno pouco tempo depois e ainda representa parcela fundamental na base associada. No mesmo período um dos pleitos da diretoria foi o início da tributação do Fethab sobre o transporte da madeira com o objetivo de ser revertido para manutenção de estradas. Grandes discussões tiveram o tema com principal tema, inclusive em âmbito estadual. Acontece que em 2003 o governo do Estado propunha a cobrança e, em março daquele ano iniciou o lançamento dos débitos, contabilizando também valores retroativos a partir de 2000, período em que foi criado o fundo pela Lei 7.263. O assunto reuniu em Cuiabá, na sede da Fiemt, presidentes dos oito

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CAPÍTULO 5: EDMILSON M.E. QUEIROZ

sindicatos patronais madeireiros em torno do assunto, sendo eles: SIMAS – Sindicato dos Madeireiros de Sorriso SIMAVA – Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos SIMENORTE – Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso SIMNO – Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso SINDIFLORA – Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Base Florestal do Estado de Mato Grosso SINDILAM – Sindicato das Indústrias de Laminados e Compensados do Estado de Mato Grosso SINDINORTE – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte no Estado De Mato Grosso SINDUSMAD – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso Da reunião entre os representantes nasce a proposta de mandato de segurança coletivo contra a imposição. Dentre as várias discussões e sendo óbvia a necessidade da união dos sindicatos para a mobilização de ações em conjunto, começa a ser discutida entre os presidentes a criação de uma associação estadual que representaria o setor de base florestal. Esta semente dá origem, em julho de 2004, ao Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de Mato Grosso (CIPEM), que em 2019 comemora 15 anos, reconhecida nacional e internacionalmente pela representatividade do setor de florestas nativas no que tange à articulação, organização, desenvolvimento de projetos e novas tecnologias. A questão do Fethab levou o então presidente da Fiemt, Nereu Pasini, à Juína em reunião com os sindicalistas, autoridades e empresários com a finalidade de buscar soluções para o embate. Na pauta da reunião, outros temas como: auxílio da Fiemt na resolução dos conflitos com o Ibama e agilidade nos processos junto à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), extinta em 2005, quando parte da competência da gestão florestal passou ao Estado, sendo atribuída à 87


CAPÍTULO 5: EDMILSON M.E. QUEIROZ

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL EDMILSON QUEROZ

Sema. Ainda no mandato de Queiroz o Simno passou a integrar o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, a partir de convite da própria entidade. Em 27 de agosto de 2003 aconteceu a primeira convenção coletiva negociada entre o Simno e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Madeireira de Juína e Região (Stimajur). A partir de então, anualmente as entidades buscam entendimento sobre cláusulas sociais e econômicas no que tange ao salário dos trabalhadores da indústria do setor de base florestal.

Posse da diretoria liderada por Edmilson Queiroz, em 2002

2003: Reunião com governador Blairo Maggi, reivindicando melhorias para a MT-170

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CAPĂ?TULO 5: EDMILSON M.E. QUEIROZ

2002: Ata de posse com assinaturas da diretoria eleita

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GERALDO BENTO 2005-2008 / 2008-2011


DiretoriaS Gestão 2005-2008

Gestão 2008-2011

DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Geraldo Bento 1° Vice- Presidente: Paulo Roberto Perfeito 2° Vice- Presidente: Siderlei Luiz Mason 3° Vice- Presidente: Josiel Batista 4° Vice- Presidente: Almir José Bassegio 5° Vice- Presidente: Artemio Richter 6° Vice- Presidente: Alessandro R.o de Aguiar 1° Tesoureiro: Roberto Rios Lima 2° Tesoureiro: Edmilson Manoel E. de Queiroz 1ª Secretaria: Valeria Marchini Mazieri 2ª Secretaria: Jane Regina Olienik

DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Geraldo Bento 1° Vice- Presidente: Roberto Rios Lima 2° Vice- Presidente: José Andrade Santana 3° Vice- Presidente: Cláudio Antonio de Branco 4° Vice- Presidente: Valdinei Bento dos Santos 5° Vice- Presidente: Almir José Bassegio 6° Vice- Presidente: Fabiana Rodrigues Aguilar 1° Tesoureiro: Sidnei Marco de Oliveira 2° Tesoureiro: Rudi Hermes 1ª Secretaria: Jane Regina Olienik 2ª Secretaria: Valdir Maffissoni

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Moacir Sonza 2° Conselheiro: Gentil Perdoncini 3° Conselheiro: Nilvo Noatto

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Gentil Perdoncini 2° Conselheiro: Moacir José Damiani 3° Conselheiro: Edilson Germandi de Queiroz

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

1° Suplente: Gildo Cézar Zan 2° Suplente: José dos Santos 3° Suplente: Djalma Miranda de Melo

1° Suplente: Edmilson Maniel Ettore de Queiroz 2° Suplente: Gildo Cézar Zan 3° Suplente: Edvaldo Dal Pozzo

DELEGADOS REPRESENTANTES

DELEGADOS REPRESENTANTES

JUNTO À FIEMT (EFETIVOS)

JUNTO À FIEMT (EFETIVOS)

1° Conselheiro: Geraldo Bento 2° Conselheiro: Paulo Roberto Perfeito

Geraldo Bento Roberto Rios Lima

DELEGADOS REPRESENTANTES

DELEGADOS REPRESENTANTES

JUNTO À FIEMT (SUPLENTES)

JUNTO À FIEMT (SUPLENTES)

1° Suplente: Siderlei Luiz Mason 2° Suplente: Josiel Batista

1° José Andrade Santana 2° Claudio Antônio de Branco


GERALDO BENTO Caravanas, ações sociais, bom relacionamento com o sindicato laboral, aumento no número de associados e, consequentemente, a arrecadação; queda na inadimplência, criação de delegacias. São ações de peso como as que abrem este capítulo que marcaram as duas gestões de Geraldo Bento, frente ao Simno 2005-2008 / 20082011. O industrial madeireiro Geraldo Bento, nasceu em Taciba (SP) e, ainda criança, mudou-se com a família para a cidade de Nova Andradina (MS), onde trabalharam com agricultura. Na maioridade, após se formar, foi trabalhar no ramo bancário onde atuou por 14 anos no Banco Itaú em Cuiabá. De lá ele rumou para Juína onde prestou serviços numa empresa do ramo de material de construção e em seguida passou para o setor da madeira no qual atualmente se encontra. Ao longo da carreira de empresário do segmento florestal, sempre teve foco maior de vendas no mercado interno com madeira serrada, 93


CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

bruta, beneficiada (como forro, batente e assoalho) e outros subprodutos. O empresário, que também é o atual Presidente do Fórum das Atividades de Base Florestal, sediado em Brasília. Também assumiu a presidência, de 2014 a 2017, e a vice presidência do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem). “Politicamente trabalhamos para reforçar a imagem do Cipem como entidade representativa do setor. E isso contribuiu em muito para o crescimento coletivo. Hoje todas as demandas dos sindicatos vão para o Cipem e este encaminha a busca por soluções.”. Ainda sobre representatividade, Geraldo Bento comenta que assumiu o FNBF num momento de incredibilidade por parte dos parceiros e sociedade. Em âmbito federal o FNBF é quem melhor representa o segmento em todo o país e é essencial que se mantenha cada vez mais forte. “Eu sou otimista em relação ao futuro, o setor madeireiro está bem enxuto, o microempresário estando focado e no futuro a madeira irá agregar valor”, disse. Geraldo Bento destaca que o mercado atual é disputado e não há muita qualidade. “Mas estamos trabalhando para que esse mercado seja mais enxuto e o nosso produto com mais qualidade, só assim iremos agregar valor”, frisa. Os problemas do setor, segundo ele, estão relacionados ao licenciamento ambiental e liberação de projetos de manejo. “Além da competitividade de mercado onde temos a maior pauta da madeira do país, perdendo espaço para o Pará, Rondônia e Acre, onde a pauta deles não chega a 30% da nossa”. O sindicato é a entidade representativa do setor e, para Geraldo Bento, que já foi Presidente do Simno, “não há condições de atender todas as demandas que o setor tem, são muitas, há muita competitividade de mercado grande e é preciso estar atento. Temos que ter uma entidade que possa nos representar e defender no setor ambiental, fiscal, tributário e trabalhista para que possamos estar atualizados”. Ele recorda que em 2005, ao assumir a presidência, a participação dos empresários era pequena. “Havia pouca participação dos empresários. Começamos a traçar um projeto de gestão do sindicato e 94


CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

conseguimos melhorar a imagem do sindicato com gestão de execução.” Criou uma estratégia diferenciada de desenvolvimento do sindicato em busca de novos associados e não associados. Buscando saber os motivos de não estarem filiados. “Os nossos associados tinham a mesma imagem que eu tinha antes de ser presidente. Não acreditavam na entidade.”. O início da estratégia foi com a criação de um corpo executivo dentro do sindicato com capacidade de conhecimento do setor e das empresas do setor madeireiro. O objetivo foi resolver as demandas e, muitas vezes, o empresário não tinha acesso a soluções, muito menos ao governo ou a qualquer outra entidade com capacidade de resolver. Foram duas gestões frente ao sindicato, de 2005 a 2011. Na primeira destaca-se o planejamento estratégico, que começou a colher resultados na segunda gestão, inclusive, com sede própria, e conseguir atender mais a demanda dos associados e foram criando projetos. “Dentro da gestão conseguimos adquirir terreno consignado com a prefeitura e dentro da área começou a construção da sede do sindicato, com 300 metros quadrados o que foi muito importante, dando nova cara [a entidade]”. Isso foi fruto do esforço da diretoria da época, trabalhando com arrecadação, fazendo rifas e tudo mais para angariar recursos. Paralelamente desenvolve o trabalho de rumo aos interesses da categoria. “Tínhamos projetos dentro da área de atuação do sindicato e visitas aos municípios criando duas delegacias em Aripuanã (200km) e coloniza (350km). O que fez com que o sindicato estivesse mais presente nas regiões mais distantes.” Bento destaca que uma das marcas da gestão foi a parceria com com Sesi, Senai e IEL e Cipem, que naquele momento começa a se desenvolver. “Fizemos caravanas em duas ou três oportunidades na gestão, levando representantes de órgãos estaduais e federais e municipais, Sema, Ibama, Sefaz para atender aos anseios da região e, muitas vezes, os empresários não tinham acesso a nada. O sindicato trabalhou nesse sentido”. De outro Norte, o Simno tem forte atuação nas ações sociais. Em datas comemorativas como dia das crianças, dia das mães, dia do meio 95


CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

ambiente e dia da árvore sempre foram marcadas por ações do sindicato com distribuição e materiais e palestras sobre a importância do setor de base florestal, da mesma forma foi estendido à escolas, com o objetivo de mostrar a verdadeira imagem do segmento, que era taxado de criminoso, bandido, devastador de florestas. “Criamos boa relação com o sindicato laboral e bom êxito nas negociações de convenção coletiva do trabalho. Da mesma forma, criamos bom relacionamento com entidades como Sema e Ibama. Minha primeira gestão começou com 58 empresas associadas. Apenas 43 pagavam suas mensalidades. Ao final da segunda gestão eram 138 filiados, atuantes e adimplentes. Foram duas gestões de trabalho coletivo com a diretoria e técnicos executivos” comemora. Quando assumiu o sindicato havia grande vulnerabilidade no setor, insegurança em todos os empresários e falta de experiência na entidade. “Para mim foi um grande desafio. Lembro-me que a primeira participação como presidente em uma reunião estadual foi em Sinop. Eu achava a Fiemt muito pacata em sua gestão. Eu não via nenhum grande projeto voltado ao setor de base florestal. Na sequência tivemos uma negociação de pauta da madeira em Cuiabá. A época o Sindusmad levantou a questão, pois o governo tinha a intenção de dar aumento de pauta da madeira em torno de 50%. E o Sindusamd levou ao governo a posição de que o setor não aceitaria mais de 15%. Foram vários presidentes de sindicatos para Cuiabá, para sentar com a SEFAZ”. Em discussão com o então secretário estadual de Fazenda, Waldir Teiss, o percentual de 30% de aumento na pauta da madeira ficou definido naquele ano. A decisão causou insatisfação em todos os presidentes de sindicato. A época cinco deputados defenderam o setor, dentre eles, Otaviano Piveta e Juarez Costa. A partir de então começa a organização para a criação do Cipem, que seria uma voz única para todos os sindicatos estaduais e suas regiões. Neste período Geraldo Bento participou da constituição tanto do Famad, quanto do Cipem. Ele ressalta a insegurança daquele período em que foram desencadeadas operações investigativas contra o setor de base florestal, 96


CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

sendo a mais contundente a Curupira, realizada em 2005, mas que manteve seus efeitos negativos por muitos anos. Com a criação do Cipem, em 2006, Geraldo cita que se inicia uma fase inédita de preparação para a evolução do mercado e do setor, além de contar com um setor cada vez mais preparado para qualquer tipo de embate. Para Geraldo, as inúmeras dificuldades sempre fizeram o Simno se despertar para a ação. “Não sabíamos se era o correto a se fazer. Mas tínhamos confiança no trabalho que fazíamos. Não mediamos esforços em prol do sindicato. Só é possível que uma entidade cresça quando demonstra confiança aos seus representados”, reflete, complementando que este momento é marcado pela participação de forma assídua em reuniões mensais da Fiemt e Cipem e assim gerar mais conteúdo e informação sobre a realidade do setor. “Não foi fácil para crescer e se desenvolver, mas percebemos os frutos positivos para um setor econômico extremamente importante para o Estado. As dificuldades são e foram enormes, a contar pelo deslocamento a Cuiabá para participar das reuniões, sendo que de Juína a Cuiabá demora um dia para ir e um dia para voltar”, diz. Planejamento Ao assumir o Simno, a diretoria liderada por Geraldo Bento teria pela frente o desafio de lidar com uma grande parcela de empresários que não via necessidade na filiação ao Simno. Isto porque uma grande parcela dos industriais do setor, na época, dedicava-se à exportação e este era um segmento que não contava com graves passivos. Sendo assim, não via utilidade no sindicato. “Entendemos que teríamos que passar segurança aos associados. Para que isso acontecesse, o passo mais assertivo seria ter mão de obra especializada dentro da entidade. Esse foi o primeiro caminho que procuramos trilhar. Assim, o corpo técnico teria condições de passar a importância do sindicato para os associados”, explica Geraldo.

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CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

Como convencer O plano estratégico começou a ser desenvolvido com uma série de visitas a empresas florestais e levantar quais eram os principais problemas que enfrentavam em seu cotidiano. E no que o sindicato poderia ajudar. Vários casos de processos trabalhistas e ambientais eram penosos para as empresas. Este grupo começou a ser orientado profissionalmente por meio de ações sindicais. Quando o sindicato não tinha condições de resolver, encaminhava ao Cipem e Fiemt. Para Geraldo Bento, a grande marca de suas gestões foi fazer com que o sindicato estivesse mais presente nas localidades onde atua. “Enquanto o sindicato não era visto ele não era lembrado. A partir do momento em que começamos a visitar as empresas, levantando as necessidades e apresentando nossa capacidade, conquistamos a confiabilidade das empresas. Delegacias Quando criamos as delegacias, tínhamos uma estratégia interessante de ter na diretoria do sindicato diretores representantes de cada cidade da base de atuação do Simno e que trouxe também muita credibilidade para o próprio sindicato. Um dos resultados positivos dessa ação foi a implantação do Sindilam em Aripuanã, pois a delegacia ali apresentou a necessidade de atendimento do segmento local com maior proximidade. Futuro “A não ser que a política florestal seja desburocratizada como a agricultura, nossa atividade vai cada vez mais perder espaço. Deve haver nova política florestal para incentivar ao setor. Temos um ativo florestal com grande potencial, mas a tendência é cair. Grande parte das indústrias opera com equipamentos obsoletos e mão de obra desqualificada”, explica o presidente.

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

CAPÍTULO 6: GERALDO BENTO

Posse da diretoria 2005 - 2008

Construção da nova sede do SIMNO

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ROBERTO RIOS lima 2011-2014 / 2014-2017



DiretoriaS Gestão 2011-2014

2014-2017

DIRETORIA (EFETIVOS)

DIRETORIA (EFETIVOS)

Presidente: Roberto Rios Lima 1° Vice- Presidente: Geraldo Bento 2° Vice- Presidente: Gilberto Antônio Cezimbra 3° Vice- Presidente: Gilberto Antônio Leidentz 4° Vice- Presidente: Fellipe Stuhler 5° Vice- Presidente: Pedro Wagner G. Zangonel 6° Vice- Presidente: Ednilson Luiz Faitta 1° Tesoureiro: Luiz Carlos Gatto 2° Tesoureiro: Sidnei Marcos de Oliveira 1ª Secretaria: Luciana Munaretto Wendler 2ª Secretaria: Paulo Rogério Jacomel Denegate

Presidente: Roberto Rios Lima 1° Vice- Presidente: Paulo Augusto Veronese 2° Vice- Presidente: Aurimar Buziquia de Lima 3° Vice- Presidente: Artênio Richter 4° Vice- Presidente: Fellipe Stuhler 5° Vice- Presidente: Ricardo Nogueira 1° Tesoureiro: Luiz Carlos Gatto 2° Tesoureiro: Paulo Rogério Jacomel Denegate 1ª Secretaria: Ana Maria Verona de Oliveira 2ª Secretaria: Luciana Munaretto Wendler

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Ivair Antônio Damiani 2° Conselheiro: Edilson Germandi de Queiroz 3° Conselheiro: Jane Regina Olienik

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Jane Regina Olienik 2° Conselheiro: Genival Domiciano 3° Conselheiro: Ivair Antônio Damiani

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

1° Suplente: Moacir José Damiani 2° Suplente: Gildo Cézar Zan 3° Suplente: Edvaldo Dal Pozzo

1° Suplente: Fernando Rodrigo Bianchi 2° Suplente: Gildo Cézar Zan 3° Suplente: Ricardo Luiz de Oliveira Gravina

DELEGADOS REPRESENTANTES

DELEGADOS REPRESENTANTES

JUNTO À FIEMT (EFETIVOS)

JUNTO À FIEMT (EFETIVOS)

Geraldo Bento Roberto Rios Lima

Roberto Rios Lima Geraldo Bento

DELEGADOS REPRESENTANTES

DELEGADOS REPRESENTANTES

JUNTO À FIEMT (SUPLENTES)

JUNTO À FIEMT (SUPLENTES)

1° Pedro Wagner Gaio Zagonel 2° Gilberto Antônio Cezimbra

1° Paulo Augusto Veronese 2° Fellipe Stuhler


ROBERTO RIOS LIMA Nascido no Estado do Espírito Santo, o empresário Roberto Rios Lima passou a infância e parte da adolescência no município de Arenápolis (MT), mas acabou adotando a cidade de Juína, onde vive com sua família há 28 anos, para instalar a sua empresa, a Madvisa Madeiras. “Sou do Espírito Santo, mas vim com minha família para Arenápolis influenciado pelas terras onde moramos por dez anos. Depois meu pai viu que era a hora de sair e a convite de meus tios viemos para o município de Juína no ano de 1985, quando eu tinha apenas 16 anos”, lembra o empresário. Na nova cidade, Roberto começou a correr atrás de seus objetivos de poder crescer e ajudar a ajudar a desenvolver a cidade. “Comecei trabalhando como Office boy em um escritório de contabilidade e em seguida fui promovido para fazer a parte de movimentação do Ibama. Depois, por eu estar sempre trabalhando junto ao setor madeireiro, eu fui convidado para trabalhar em uma multinacional que tinha aqui”, conta. 103


CAPÍTULO 7: ROBERTO RIOS LIMA

Assim, com esta bagagem que contabilizava 22 anos atuando no ramo, Roberto se viu pronto para iniciar o seu próprio negócio abrindo a Madvisa Madeiras que, em apenas três anos de mercado, já tem 60 funcionários e oferece a toda a região assoalhos, forros, portas, batentes e guarnições, tacos, rodapés, decks, meia cana e madeiras serradas em geral. Muito feliz em Juína e confiante de que o setor madeireiro ainda vai melhorar bastante, o empresário espera mais iniciativas do governo para que incentivem o mercado que ainda é muito forte na região. “Sempre acreditei no município de Juína e no potencial do nosso setor e ainda hoje ele é responsável por 54% dos nossos empregos. Por isso o governo deveria investir muito mais. Estou muito satisfeito aqui na cidade e gostaria muito de agradecer à família Vanzela que me iniciou neste setor e ao nosso ex-governador, Blairo Maggi, pelos benefícios em nossa região”, finaliza. Roberto Rios - Presidente 2011-2014 / 2014-017 A primeira gestão de Roberto Rios à frente do Simno teve início em 18 de novembro de 2011, quando iniciava uma jornada de desafios rumo à defesa dos interesses do setor de base florestal. O mandato renovou-se em sete de novembro de 2014, quando foi reeleito à presidência da entidade que representa as indústrias madeireiras do noroeste de Mato Grosso. Movimentos para a otimização do escoamento da produção junto ao governo do Estado estão entre os fatos marcantes das gestões de Rios. O principal deles foi o convencimento do então governador, Silval Barbosa, da necessidade da recuperação das rodovias não pavimentadas que ligam as cidades de Juína, Castanheira, Juruena, Aripuanã e Colniza. A representatividade do Sindicato conquistou a ação inédita em que o Governo repassou recursos públicos na ordem de R$ 4 milhões ao Simno para que, em parceria com as prefeituras e câmaras municipais destas cidades, executassem obras de recuperação dos trechos não 104


CAPÍTULO 7: ROBERTO RIOS LIMA

pavimentados das MTs 174 e 183. Os recursos foram geridos pelo Simno. Ações sociais como o Natal Solidário e Dia as Crianças demonstraram a preocupação das gestões com causas desta natureza. A educação empreendedora também foi uma das marcas das gestões que incessantemente buscou treinamentos nas áreas ambiental, tributária, econômica e trabalhista, dentre outras, para manter as empresas prontas a atuando legalmente. A educação do trabalhador e capacitações também se fizeram presentes. Parceiros como Fiemt, Cipem, CNI, Sesi, Senai e Sebrae foram essenciais para esses projetos. A busca por conhecimento expandiu fronteiros. Rios e suas diretorias buscaram tendências da tecnologia da madeira em feiras e missões nacionais e internacionais com a preocupação de sempre acompanhar as exigências do mercado da madeira. O trabalho foi reconhecido com diversas premiações e publicações especializadas, mostrando o potencial da organização sindical do noroeste do Estado. Também marcou as gestões de Rios a caminhada em busca de soluções para passivos do setor de base florestal. Com êxito, a destinação de resíduos da madeira para a criação de composto orgânico utilizado no melhoramento do solo, com inúmeros benefícios. Logística A Caravana da Sustentabilidade e Inovação, em março de 2012, demorou sete horas para percorrer os 170 quilômetros distância entre Juruena e Colniza - com veículos traçados. Quase o mesmo tempo gasto de Juína a Cuiabá (735 quilômetros). A Caravana teve o objetivo de apresentar propostas e esclarecimentos ao empresariado do setor madeireiro sobre recentes mudanças ambientais e tributárias da época. Integraram o projeto o Cipem, Fiemt, Sema, Sesi E Senai. Foram as constatações relacionadas às estradas deste percurso que deram início às tratativas com o Governo do Estado para que fosse firmado o convênio com o Simno, prefeituras e câmaras municipais de Juína, Castanheira, Juruena, Aripuanã e Colniza para obras de 105


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recuperação dos trechos não pavimentados das MTs 174 e 183. À época a Caravana da Sustentabilidade registrou as péssimas condições das rodovias da região e dezenas de carretas carregadas estacionadas a espera de melhores condições climáticas para prosseguirem. Como se não bastasse a precariedade nas estradas de terra, o asfalto entre Juína e Brasnorte também apresentava risco ao tráfego diário com crateras que se abriram ao longo do trajeto de 160 quilômetros. A alternativa A falta de manutenção na Rodovia MT-183 (entre Juína e Aripuanã) e BR-174 (Castanheira a Colniza) é uma constante ameaça de isolamento do noroeste com o restante do Estado. Historicamente, mal inicia-se o período de chuvas e as duas principais vias da região ficam sem condições de tráfego por conta da falta de manutenção. São vários atoleiros e pontos críticos, além de pontes em péssimas condições de conservação. A preocupação, além do escoamento da safra do setor de base florestal, é também com o abastecimento de alimentos, medicamentos e demais insumos básicos à população rural e urbana da região. Mesmo em gestões anteriores à de Roberto Rios, o Simno vem desenvolvendo trabalho incessante em busca de soluções para os trechos levando, por diversas vezes, às autoridades, o quadro de péssimas condições de conservação e trafegabilidade. As fortes chuvas e o fluxo intenso de cargas ocasionaram abertura de buracos na pista em diversos pontos. “Chegamos a ficar cinco meses sem escoar a produção devido às condições da estrada entre Colniza e Castanheira. Consequentemente, deixamos de faturar e de cumprir diversos compromissos financeiros e contratos com clientes”, mencionou Gilberto Cezimbra, da MGM Agroflorestal, em Colniza. As condições das estradas influenciam diretamente no custo e produtividade das indústrias, uma vez que, sem condições de 106


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trafegabilidade as viagens duram mais tempo, os caminhões sofrem mais danos - circunstâncias que acarretam o aumento dos custos - além do atraso no processamento da madeira e da entrega do produto acabado. Porém, mais do que os custos materiais, o que causa enorme preocupação são os “custos humanos”, pois o risco de acidentes fatais é iminente. Em 2013, após realização de caravanas (Sustentabilidade e Inovação) promovidas pelo Cipem e sindicatos, o Simno levou a questão ao então governador, Silval Barbosa, e um acordo firmado entre a entidade e o Governo do Estado (juntamente com as Prefeituras e Câmaras de Vereadores dos Municípios de Juína, Castanheira, Juruena, Aripuanã e Colniza) possibilitou a liberação de R$ 4 milhões, que foram geridos pelo Sindicato, também responsável por contratar as empreiteiras que realizaram a obra e, em conjunto com o Executivo e Legislativo desses municípios, fiscalizar para posteriormente prestar contas. O empresário José de Santana, da VS Madeiras, de Colniza, à época, observou que "é fundamental a manutenção da estrada porque em época de chuvas o escoamento da produção fica totalmente comprometido. Não conseguimos caminhões para transportar as cargas até os centros consumidores e quando conseguimos o valor do frete é alto e inviabiliza o trabalho. Dependemos da estrada tanto para vender o produto quanto para receber mercadorias e insumos para produzir”. O convênio O Convênio 010/2013 determinou a manutenção das Rodovias MT 170 e MT 208 não pavimentadas e pontes de madeira no trecho Castanheira, Juruena, Aripuanã e Colniza, numa extensão de 280 quilômetros. Em 2016 a MT-170 foi federalizada passando a ser BR-174. Foram 280 quilômetros recuperados com cascalhamento, abertura de estradas, manutenção de pontes e bueiros. A ação foi o efeito do abaixo-assinado com mais de oito mil assinaturas que levou ao Governo a preocupação da população com a situação das vias. 107


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O resultado: parceria entre governo, Sindicato e prefeituras dos municípios afetados. Em 60 dias as estradas já estavam parcialmente recuperadas e instaladas pontes novas e seguras aos usuários. "O Sindicato salvou o transporte neste trecho porque através da parceria do Simno e governo as estradas foram recuperadas. Vimos dinheiro aplicado honestamente", comemorou o empresário Auri Jorge Stefeni, da Madeireira Palmitos, de Juruena. Antônio Maximiano da Silva, então presidente da Câmara de Vereadores de Juruena disse que "se não houvesse esta união, com certeza, a verba não seria repassada ao Sindicato, que administrou os recursos do governo estadual.” O então prefeito de Juruena, Cicílio Rosa Neto destacou que "se fosse através de licitação seria demorado. Com o Simno administrando os recursos vimos o resultado de uma grande parceria." Fellipe Stuhler, da Rohden Indústria Lignea, de Juruena, considera que sem o Simno a indústria estaria, no mínimo, cinco anos atrasada em suas demandas. Para ele o Sindicato faz toda a diferença para a indústria porque a região tem na madeira sua principal base da economia. Em fevereiro de 2014, foram contabilizados 37 pontos de atoleiros formados e se formando no trecho entre Colniza a Castanheira. O tráfego entre Colniza/Guariba foi direcionado para Cotriguaçú/Juruena e os atoleiros aumentaram no perímetro. O executivo do Simno, Valdinei Bento dos Santos, à época, explicou: “o valor que temos para trabalhar em todo esse trecho é de aproximadamente R$ 105 mil. Estamos trabalhando para não deixar interditar retirando veículos desses atoleiros, escoando água etc.”. Naquele período para realizar o trabalho nas pontes e estradas era necessário o valor restante do recurso do convênio, de R$ 1 milhão. “Para realizar as obras nas estradas (liberar atoleiros) tivemos que interromper novamente as obras nas pontes e se não retomarmos os reparos urgentemente não conseguiremos concluir os trabalhos com o valor provisionado no Convênio 010/13, 4 milhões de reais; pois, aquelas orçadas como reforma terão que ser totalmente reconstruídas 108


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aumentando o custo”, disse o executivo. Janeiro 2015 Manifestantes bloqueiam MT-170, em Brasnorte, cobrando melhorias no trecho de cerca de 80 quilômetros entre Brasnorte e Campo Novo do Parecis. Apoiaram ao movimento Simno, o Sindilam, o Sindicato Rural de Juína, a Cooperativa de Crédito Sicredi Univales, a Associação Comercial e Empresarial (Ascom), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), dentre outros. Agosto 2015 Em agosto de 2015, na cidade de Brasnorte, a principal via de escoamento da produção da região noroeste do Estado, foi bloqueada em manifestação que contou com a adesão do Simno e liderada por caminhoneiros em razão da precariedade que a rodovia se encontra, principalmente no trecho entre o município e o trevo com a BR-364 (Sapezal). Setembro 2015 Em setembro de 2015 a rodovia MT-170 foi bloqueada por caminhoneiros locais, pois a situação, além de dificultar o acesso dos próprios moradores do município, colocava em risco a vida dos que ali transitam, causando prejuízos aos veículos. O problema, mais uma vez, foi levado ao Governo do Estado, em reunião com o vice-governador Carlos Fávaro (PP), pelo Simno e Cipem. Desde o primeiro bloqueio – em janeiro do mesmo ano – o Simno e líderes do protesto buscaram soluções do problema junto aos poderes competentes. Na ocasião o vice-governador prometeu soluções. As obras foram iniciadas e dias depois os equipamentos deixaram o local. Oito meses após foi encabeçado um novo protesto. Desta vez os 109


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organizadores avisaram que só sairiam do local quando o Governo assinasse o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) garantindo a reestruturação da MT. Em dois dias o congestionamento alcançou seis quilômetros. O governo apresentou soluções emergenciais para a MT-170 no período de chuvas. Fávaro garantiu R$5 milhões para a retomada das obras tendo em vista que financiamento da gestão passada para o programa Pró Reforma não foi liberado. Dezembro 2016 A omissão do Governo com a região deixou o trecho de 155 quilômetros por um ano sem reparos. São atoleiros, pontes caindo e a iminência de a região ficar isolada do restante do estado e sofrer com o desabastecimento de alimentos, remédios e combustíveis. A situação preocupa ainda mais o setor produtivo da região, que sem estradas não escoa matéria prima para as indústrias e nem os produtos beneficiados. Em busca de solução paliativa, o presidente do Simno, Roberto Rios, percorreu o trecho e se reuniu com autoridades e empresários das cidades de Colniza e Juruena. Roberto Rios, sobre a situação, lembrou que as indústrias sofrem com a queda nas vendas e problemas maiores – como dificuldades para pagar o 13º salário dos funcionários – se não tiverem condições de trabalhar e transportar suas mercadorias. MT-183 Ao longo da MT-183 há 12 planos de manejo florestal sustentável (PMFS), contendo aproximadamente 150 mil metros cúbicos de matéria prima. Do montante, seis projetos já foram aprovados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e estão aptos à exploração. A população daquela região – incluindo os distritos de Filadélfia e Serra Morena – depende desses PMFS, que são os responsáveis pelo abastecimento das indústrias madeireiras de Juína e Aripuanã. Parte 110


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dessa madeira é para consumo interno brasileiro e outra destinada a exploração. Manutenção garantida Após o governo do Estado recolher o maquinário do consórcio intermunicipal de desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Vale do Juruena, que tinha acabado de iniciar a manutenção na MT-183 – trecho de aproximadamente 160 quilômetros entre Juína e Aripuanã – o presidente do Simno, Roberto Rios, com apoio do Cipem, iniciou diálogo com as autoridades para reavaliar a decisão e reivindicou a restauração/conservação do trecho. Sem os devidos reparos na rodovia, o escoamento da safra da madeira necessária para abastecer as indústrias de Juína no período de estiagem, ficaria comprometido. A maioria dos projetos de manejo aprovados na região está concentrada naquele trecho. E sem logística de estradas não há como escoar a produção. Roberto restringiu sua agenda a buscar meios na Capital, junto ao secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra/MT), Marcelo Duarte Monteiro e ao Rogério Arias, para restabelecer os trabalhos de manutenção da MT-183. Parcerias foram estabelecidas durante o processo, nesse sentido o apoio do deputado estadual, Dilmar Dal Bosco (DEM) e do Cipem, que juntamente com o governo do Estado resultou na manutenção da MT183, extremamente importante para a região Noroeste. Com a parceria, o governo do Estado forneceu o óleo diesel para o maquinário e os empresários entraram com contrapartida financeira para as obras. Ponte sob o Rio Vermelho Em 25 de novembro de 2013 foi liberada para o tráfego de veículos, a ponte sob o Rio Vermelho, na MT-170, há 18 quilômetros de Castanheira. Com extensão de 60 metros, a ponte foi reconstruída no 111


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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

sistema de bate estaca, garantindo assim uma obra de qualidade e com longa duração. Os trabalhos tiveram início em 5 novembro em razão das péssimas condições em que a ponte se encontrava. Por várias vezes os funcionários da empreiteira responsável por executar a reforma chegaram a trabalhar mais de 15 horas por dia para que o trânsito fosse liberado o mais breve possível. No mesmo período mais de 48 horas seguidas acarretou a queda de um caminhão no desmoronamento de uma das pequenas pontes da estrada e a interdição do desvio utilizado por quem dependia da estrada para trafegar. Os mais de 50 veículos entre caminhões e utilitários que aguardavam nos dois lados da ponte festejaram a liberação.

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

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Ponte após conclusão das obras

Em 2013 parceiros assinaram contrato com o Governo do Estado para gerir mais de R$ 4 milhões para a recuperação de vias não pavimentadas nas MTs 170 e 208

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Aproveitamento do pó de serra O setor de base florestal sempre conviveu com o fantasma do resíduo da madeira. Diversos estudos já foram feitos de forma a resolver a problemática, desde a utilização do resíduo na geração de energia em termoelétricas até a criação de compostos orgânicos similares. No período em que Rios esteve à frente do Simno, parte do resíduo em Mato Grosso era vendida para armazéns que utilizam o material na queima, em fornos de secagem de grãos. Há, ainda, as briquetadeiras, que recolhem uma parte do resíduo e transforma-o em briquetes (bloco denso e compacto de materiais energéticos, geralmente feitos a partir de resíduos de madeira). É uma espécie de lenha ecológica e seu uso gera pouca fumaça, cinza e fuligem em virtude do baixo percentual de umidade. Todas as soluções encontradas nas últimas quatro décadas no Estado se depararam com alta carga tributária, custos altos de frete e mercado. O segmento sempre buscou uma solução ecológica, agregadora de valor e com eficiência energética. O Simno, assessorado pelo engenheiro agrônomo Tássio Souza Fernandes, em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Campus Juína, desenvolveu composto orgânico para melhoramento do solo. Os estudos agregam combinação do pó de serra, através de um processo biológico de decomposição controlada da fração orgânica contida nos resíduos, resultando em um produto estável, similar ao húmus. O resultado é um produto (composto) definido como melhorador de solo, preparado com resíduos de indústrias madeireiras e moveleiras (pó de serra) que, incorporado a material orgânico, está sendo utilizado para otimização de áreas de pastagens, hortaliças e nascentes degradadas. Os números também responderam positivamente em testes no paisagismo urbano e no aceleramento do crescimento das lavouras de café. A meta é reciclar o resíduo gerado nas empresas com o objetivo de criar soluções ambientalmente corretas e economicamente viáveis 114


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através da construção de uma composteira, tendo como produto um melhorador de solo, oferecendo melhores condições para as plantas. Tem também como objetivo gerar empregos, oferecendo capacitação de pessoas para a preparação do melhorador de solo, divulgação do projeto nas empresas e destinação correta dos resíduos, incentivo à agricultura familiar, recuperação de áreas degradadas e recuperação de pastos. O projeto, além de destinar corretamente o pó de serra, também dará uma solução para o rúmen produzido pelo boi e acumulado nos frigoríficos. Este projeto apresenta destinação correta para resíduos sólidos das indústrias madeireiras e moveleiras, além dos resíduos do Frigorífico RS LTDA, de Juína, com uma proposta para reciclagem, resultando na produção de um composto orgânico rico em nutrientes para plantas. Ainda em pequena escala, a fabricação do melhorador de solo será intensificada após o início dos trabalhos no terreno cedido em comodato pelo poder executivo à Associação dos Moveleiros de Juína (Asmoju), criada para gerir o projeto. A iniciativa foi idealizada pelo Simno, com assessoria do engenheiro agrônomo Tássio Souza Fernandes e recebe apoio do Cipem e Fiemt. Área para armazenar resíduos Em junho de 2016 o presidente do Simno, Roberto Rios, reuniu-se com os parlamentares de Juína para discutir sobre a doação de terreno, em forma de comodato, para o setor de base florestal armazenar os resíduos sólidos produzidos pelas indústrias. A área está localizada às margens da MT-170, onde funcionava o recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Indústria de cavacos Vindo de encontro ao anseio de dar destinação ao resíduo da madeira instalou-se em Juína uma indústria para fabricação de cavaco, que é produzido a partir dos resíduos gerados pelas indústrias do segmento de base florestal. Mas há outro benefício com a vinda de uma 115


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fábrica de cavacos: A destinação para o descarte das indústrias madeireiras, como maravalha, por exemplo. “A minha intenção foi de somar com a cidade contribuindo economicamente. Quero também ser parceiro do setor de base florestal, até porque a matéria prima que vou utilizar na fabricação dos cavacos dependerá exclusivamente das indústrias de Juína”, comentou Antônio Teodoro de Souza, investidor da indústria. Comentando a vinda da indústria, o presidente do Simno, Roberto Rios, declarou: “Somos parceiros de quem acredita em Juína e desejamos boas-vindas ao empresário e sua família. Em nossa cidade temos um setor forte e bastante unido”. Manejo florestal nas escolas Mais de 800 crianças e adolescentes participaram do Concurso de Redação e Desenho Florestal, promovido por Simno, Cipem e Sesi, na região noroeste de Mato Grosso, durante a gestão de Roberto Rios. O concurso foi voltado a crianças e adolescentes e teve por objetivo conscientizar o quão importante é o plano de manejo sustentável. As cidades de Brasnorte, Cotriguaçu e Juruena sediaram, em 2014, a segunda edição desse concurso, cujo tema foi “A importância da manutenção da floresta em pé por meio do manejo florestal". Foi possível demonstrar que o setor de base florestal é preocupado com a preservação da natureza e, com o manejo sustentável, a perpetuação da floresta é certa. A primeira edição do Concurso ocorreu em 2012 e foi realizada em Juína e Colniza, com a participação de quase 500 inscritos. Nos preparativos, os madeireiros, engenheiros florestais e industriais explicaram, em diversas unidades escolares dos municípios, a importância do manejo cujo objetivo é manter a floresta em pé. Para o presidente do Simno, Roberto Rios, a ação foi importante no sentido de conscientizar os estudantes e, ao mesmo tempo, mostrar a verdadeira imagem do setor. "Precisamos que a sociedade entenda que nós somos quem mais protege a floresta, afinal, precisamos dela em pé 116


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para mantermos nossa atividade funcionando", frisou. 130 crianças recebem kits escolares desde 2012 A partir do ano de 2012 o Simno - com o apoio da Fiemt e do Cipem - garantiu os materiais escolares do ano letivo seguinte para aproximadamente 130 crianças carentes do Bairro Palmiteira, assistidas pelo Oratório São Francisco de Assis. Os pequeninos, todos de famílias humildes, recebem kits com materiais escolares como presentes de Natal. A iniciativa apoia crianças e adolescentes para que estes firmem o pensamento rumo a evolução pessoal. A entrega faz parte da “Campanha Natal Solidário”, uma tradição que vem se consolidando como a mais importante iniciativa de cunho social encabeçada pela instituição e seus parceiros. Em 2017, o presidente do sindicato, Roberto Rios, fez a entrega dos presentes acompanhado da gerente da unidade de Juína do SenaiMT, Dayanni Paula Rossetto, e do gerente da unidade de Juína do SesiMT, SidineyRossa. “É uma forma de incentivar o amor ao próximo, já que se trata de famílias de baixa renda que teriam dificuldades em adquirir o material escolar para seus filhos estudarem no próximo ano. Começamos o projeto em 2012 doando brinquedos, mas ao longo do tempo percebemos a necessidade de substituir por material escolar, devido à maior importância para os assistidos, garantindo um futuro melhor”, comentou Rios. Mudas de mogno Em uma das ações voltadas ao Dia da Árvore, em 2016 a data foi comemorada com o plantio de essências nativas. 15 mudas de mogno foram plantadas pelos diretores da entidade, no entorno da Lagoa da Garça, no bairro Módulo 05. O presidente Roberto Rios, juntamente com o vice-presidente 117


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Paulo Veronese, o presidente do FNBF, Geraldo Bento e outros empresários do segmento participaram da ação. De acordo com Rios a ação significa muito para aquela área verde. "Todos os anos distribuímos mudas de árvores nativas para a população. Plantamos algumas mudas almejando seu desenvolvimento breve em um espaço bastante frequentado pela população para a prática de atividades físicas ou mesmo um passeio ao ar livre", disse. Geraldo Bento destacou: "queremos lembrar a importância da preservação do meio ambiente, principalmente para nós que somos totalmente dependentes da floresta em pé e com isso incentivar o plantio". Doação de mudas Em maio de 2015, a diretoria do Simno fez a doação de dez mudas de árvores para o Centro de Educação Infantil (CEI), Dom Franco Dalla Valle. As árvores são da essência ipê e estavam plantadas no terreno onde está situada a sede do sindicato. Para que elas pudessem continuar embelezando o meio ambiente, o presidente Roberto Rios resolveu doá-las àquela unidade educacional, que já recebe anualmente diversas ações do sindicato no dia das Crianças. Outras árvores foram doadas à Escola Renascer, da Associação Pestalozzi de Juína. “Os ipês são de várias cores e deixarão essas escolas muito mais bonitas. Como construiremos nossa sede social, tivemos que doá-los e acreditamos que serão muito bem cuidadas”, declarou Lima. A professora Maria Barreiro, então coordenadora do CEI, comemorou: “Estamos felizes em receber essas árvores. Nossa unidade foi construída recentemente e ainda não havia árvores. Os ipês produzirão sombra para nossas crianças e ainda deixarão nossa unidade mais bela”. Para que as árvores fossem transplantadas no novo lugar, o Simno contratou equipe de jardinagem especializada nesse trabalho.

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1º Florestal Tech Empresários associados ao Simno, participaram nos dias 18 a 20 de outubro de 2017, em Cuiabá, do 1º Florestal Tech, evento idealizado pelo Cipem, Sedec, Instituto WWF Brasil e Fiemt, com o objetivo de aproximar o setor, divulgando a produção das indústrias e a promoção de negócios entre os visitantes, que vieram de vários estados e até de fora do país. Integraram a caravana do Simno 15 empresários, dentre eles Artêmio Richter, de Cotriguaçu. “O Florestal Tech foi um evento muito bom, principalmente pelas palestras sobre novas tecnologias para o uso da madeira. Também foi abordado que esta nunca vai ser substituída e que cada vez mais se tornará um artigo nobre, por isso devemos valorizar a nossa matéria prima e o negócio florestal como um todo”, disse Ritcher. O Florestal Tech mostrou à comunidade o que o setor de base florestal vem fazendo ao longo dos anos para preservar a floresta, já que a matéria prima utilizada vem de projetos de manejo florestal devidamente autorizados. Outro participante do evento foi o vice-presidente do Simno, o engenheiro de produção, Paulo Veronese. Ele comentou que além de mostrar a responsabilidade do setor com a floresta, os empresários aproveitaram para expor seus produtos e o que estão desenvolvendo dentro das indústrias de madeira no Estado para o país e para o mundo. “As rodadas de negócio tiveram o objetivo de incrementar a comercialização, uma grande ajuda ao empresário do segmento. Tivemos palestras que trouxeram as novas tendências de mercado e nesse ponto vimos o que a construção civil está procurando e descobrimos quais materiais estão sendo mais utilizados. Para nossa grata surpresa, o uso de madeira na construção civil aumentou, comprovando que a utilização do produto é ambientalmente correta. Uma construção em madeira tem muito mais eficiência energética do que uma construção com outros materiais”, revelou. Ele acredita que as parcerias firmadas em favor do segmento, dentre elas com o WWF Brasil, trouxeram uma nova filosofia de 119


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trabalho, mostraram as responsabilidades do setor de manter as indústrias de forma sustentável, trazendo um olhar diferenciado da população, principalmente pelos benefícios que o segmento traz com grande geração de emprego e renda aos municípios, por exemplo. O evento também aproximou os empresários do segmento de base florestal. Eles participaram das palestras, mesas de negócios e principalmente da feira com mostra de produtos do setor. O vice-presidente Cipem e presidente do Simno, Roberto Rios, descreveu o evento como um momento único do setor industrial em Mato Grosso. “Estávamos precisando de iniciativas como essa, que valorizam o empresário e incentiva novos negócios, principalmente o de exportação, que foi um dos focos do evento. O Florestal Tech trouxe muito conhecimento aos nossos empresários, oportunidades de negócios e um novo olhar sobre a floresta. Acredito que a sociedade passou a entender que manter a floresta em pé é o nosso objetivo, e utilizamos apenas madeira legal de projetos de manejo, por isso temos muita responsabilidade com as próximas gerações”. Geração de mão-de-obra qualificada Mesas, cadeiras, banquetas, painéis e muitos outros produtos foram expostos no evento que contou com a colaboração de várias indústrias da região, como Berneck, Barsol Indústria e Comércio de Madeiras, Munaretto Móveis, Marcenaria Verona, Móveis Alba, Madezan – Zan e Cia, Móveis Maffissoni e SM Móveis. O empresário Sidnei Marcos de Oliveira, associado ao Simno, teve a experiência de transmitir as informações aos alunos nesse projeto experimental e explicou que foi uma experiência agradável e que agora são mais profissionais disponíveis no mercado de trabalho. A gerente do Senai/Juína, Dayanni Paula Rossetto, explicou que a iniciativa surgiu da necessidade de aumentar a mão de obra qualificada no setor moveleiro de Juína e o resultado foi mais que satisfatório. “Faltavam marceneiros na cidade e estamos muito contentes em oferecer esse curso de qualificação profissional a pessoas que queriam iniciar no 120


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ramo e àqueles que têm experiência e que às vezes não tinham certificado”. Para o presidente do Simno, Roberto Rios, a qualificação é fundamental e o curso contribuiu com o crescimento do setor moveleiro. “Estamos felizes por mais esse curso voltado ao setor de móveis e indústria de portas que teve por objetivo profissionalizar as pessoas que hoje estão fora do mercado de trabalho e desejam uma profissão. Nas nossas indústrias moveleiras e de portas, há muita demanda desses profissionais e que agora serão supridas”, disse Lima. Parceria com o Sebrae Transformar a região noroeste de Mato Grosso em um grande polo moveleiro. Esse é um sonho e anseio de todos os empresários do setor. Para que esse objetivo seja alcançado, o Sindicato firmou parcerias importantes, dentre elas, com o Senai, Sesi e, recentemente, como Sebrae. De acordo com Roberto Rios, com a junção de esforços é possível fortalecer o setor. “Acreditamos que é possível transformar nossa região em um importante polo moveleiro, utilizando a sobra e os resíduos de madeiras de nossas indústrias na fabricação de móveis de madeira nativa de Juína e região. E, para nos ajudar, está chegando o Sebrae que irá contribuir com esse projeto”. Com o objetivo de ouvir o setor acerca de empenho em inovação, o gerente do Sebrae/Juína, Wladimir Alves da Silva, reuniu-se com a diretoria do Simno, e ressaltou que a parceria fortalece o sindicalizado, mostrando para eles que existe sim a possibilidade de crescimento da indústria moveleira na região noroeste. “E, nesse quesito, o Sebrae entra no fortalecimento da gestão dessas empresas, melhorando-as, porque se o empresário quer melhorar a empresa, deve otimizar a gestão e, a partir de então, a busca por inovações”, declarou Silva. Ele explicou que, por serem empresas moveleiras, os cursos seriam diferenciados. “A ideia é trazer grupos de empresários que 121


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tenham a mesma necessidade para fazer uma formação voltada principalmente para o setor moveleiro. Proporcionamos capacitação técnica, de gestão, melhorando principalmente a gestão das empresas. Então, fazemos um diagnóstico e verificamos se realmente todos os anseios dos empresários são realmente as necessidades que o setor vai ter para os próximos cinco anos”, finalizou. Artesanato cria oportunidade O curso “Artesão de Pequenos Artefatos de Madeira”, ministrado pelo Senai, em parceria com o Simno, habilitou 19 alunos a ingressarem no ramo do artesanato de pequenos artefatos de madeira. Em mais de dois meses de curso, centenas de brinquedos pedagógicos foram confeccionados. Este aprendizado deve proporcionar a diversas famílias a possibilidade de aumentarem sua renda. No encerramento, foram entregues certificados de participação para os alunos. A jovem Ana Mara Figo disse que a participação no curso trouxe conhecimento para ser usado na fabricação de brinquedos, o que vai ajudar profissionais na área da educação. O instrutor do curso foi Chico Artesão. Ele falou sobre o aproveitamento de madeira. “Abordamos de tudo um pouco no curso, aprenderam o que é a madeira, a reciclagem, aproveitamento, o trabalho das peças desde o início até o término com verniz e pintura”. De acordo com a gerente do Senai, Dayanni Paula Rosetto, o curso surgiu como um projeto social entre o Simno e o Senai e todos os brinquedos seriam doados para instituições carentes que cuidam de crianças. Rios avaliou a parceria com o Senai na realização do curso como importante, uma vez que a iniciativa visou destinar parte dos resíduos gerados pelas indústrias. Normas Regulamentadoras Em junho de 2015 e em outubro de 2016, o Simno sediou o curso 122


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'Como lidar com as Normas Regulamentadoras (NRs) que mais impactam a indústria?', oferecido pela Fiemt, em parceria com o Sindicato. A capacitação é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), iniciativa da CNI, desenvolvida por meio do projeto 'Associa Indústria', em parceria com o Sebrae. Empresários e representantes de várias indústrias de Juína participaram da capacitação, que abordou as dez principais normas regulamentadoras, algumas muito técnicas, que tem causado muitas dúvidas e impacto aos industriais. “Abordamos uma série de questões, inclusive aquelas mais autuadas pelo Ministério do Trabalho”, revelou o engenheiro e consultor da CNI, Aledson Costa, responsável por transmitir as informações do curso, em 2015. Ele revelou ainda que as indústrias que não seguem essas normas correm maior risco de acidente de trabalho e consequentemente poderão ser acionadas na justiça por reclamações trabalhistas. “Não cumprir alguma NR pode ocasionar na autuação da indústria e o pagamento de multa, por isso a importância do empresário ter o conhecimento das normas que podem impactar o seu negócio”, disse Costa. Em 2016, a capacitação voltada exclusivamente para empresas do setor industrial foi ministrada pelo consultor da CNI, Luís Carlos Martins da Silva. Ainda no curso, os participantes ficaram por dentro da formulação das NRs, quais mais impactam a indústria, a segurança e saúde do trabalho e as ações da indústria para a competitividade. Além de explanação teórica, os participantes também realizaram exercícios práticos que contribuirão para a fixação do conhecimento. Dentre as normas abordadas: NR 5 - prevenção de acidentes, NR 6 - equipamentos de proteção individual, NR 9 - prevenção de riscos ambientais, NR 12 - máquinas e equipamentos, NR 15 - atividades e operações insalubres, NR 16 - atividades e operações perigosas, NR 18 ambiente de trabalho na Indústria da construção, NR 24 - condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, NR 35 – trabalho em altura. 123


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Como evitar problemas trabalhistas Em julho de 2016, empresários industriais de Juína e região puderam se capacitar gratuitamente para evitar problemas trabalhistas. O advogado trabalhista e consultor da CNI, André Araújo, apresentou as normas e procedimentos que a empresa deve observar desde a admissão de empregados até a rescisão de contratos de trabalho e como administrar conflitos. O curso foi ofertado pela Fiemt e Simno, na sede do Sindicato. No ano anterior, o treinamento foi também foi ministrado pelo consultor. “São diversos os problemas decorrentes da relação empregatícia. Entre os mais importantes está a questão da jornada de trabalho, a prestação de horas extras além das permitidas por lei e a desconfiguração do banco de horas. Existem também questões de insalubridade e periculosidade, principalmente na indústria. E, por fim, os problemas decorrentes do próprio ambiente de negócio desfavorável aos empresários como, por exemplo, o alto custo da contratação, da demissão e as exigências para cumprimento de cotas para deficientes e aprendizes”, destaca Araújo. Para o consultor, ao enfrentar uma ação trabalhista o empresário terá custos com advogados, depósito recursal e custas judiciais. “Esse problema é o mínimo que ele enfrentará. Além disso, poderá sofrer condenações de monta e, dependendo do caso, até inviabilizar a atividade econômica da empresa. É muito importante antever essa situação e prevenir qualquer tipo de problema”, disse. O curso 'Como Evitar Problemas Trabalhistas?' é uma das ações do PDA, iniciativa da CNI em parceria com o Sebrae. Legislação tributária Em 2015, foi dispensada para todas as pessoas jurídicas, exceto as optantes pelo Simples Nacional, a entrega da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) e a escrituração do LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real). Em contrapartida, foi criada a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), que contempla embutido 124


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em seus blocos e registros o LALUR e o novo e-LACS. Com o objetivo de atualizar todos os profissionais sobre a nova obrigação acessória, o Simno, em parceria com a Solaris Consultoria e Assessoria, promoveu, em sua sede, um “Seminário Especial – A nova ECF e as novas regras de apuração do IRPJ, PIS e da COFINS”, com as principais alterações trazidas pela Lei Nº 12.973/14 e IN Nº 1.515/14. Diversos profissionais do setor de base florestal, contabilistas, contadores, administradores e auditores de Juína, Brasnorte, Castanheira, Juara e Juruena participaram do curso, ministrado pelo consultor tributário e especialista em assessoria tributária José Swami Rodrigues. Durante oito horas, Rodrigues abordou as principais alterações trazidas pela lei nº 12.973/14, como a nova forma de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL, conforme a IN nº 1.515/14; nova definição de Receita Bruta; transcrição do e-LACS e e-LALUR; alterações nas regras tributárias para lucro real e lucro presumido; ECF (Escrituração Contábil e Fiscal) – aspectos principais, dentre outros temas. Representatividade Em 30 de julho de 2015 foi empossada, no espaço cultural da Fiemt, a nova diretoria do Cipem. À frente da presidência da entidade o empresário do setor florestal, José Eduardo Pinto. Na ocasião o novo gestor parabenizou o trabalho desenvolvido pelo presidente anterior, Geraldo Bento. Compôs a formação da então diretoria o presidente do Simno, Roberto Rios, na função de conselheiro. Já em agosto de 2017, quando assumiu a presidência do Cipem o empresário Rafael Mason, Roberto Rios mais uma vez integrou a diretoria da entidade, agora como vice-presidente. Fimma Brasil Em 2013, o presidente Roberto Rios e o diretor executivo, Valdinei Bento dos Santos (executivo do Cipem) participaram da Feira 125


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Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (Fimma Brasil), que aconteceu entre 18 e 22 de março na cidade de Bento Gonçalves (RS). Já em 2015 oito empresários do setor de base florestal, associados ao Simno, participaram do evento. Roberto Rios, encabeçou a caravana composta pelos empresários Ivair Damiani, GildoZan, Sidnei de Oliveira, Rudi Hermes, Weslley Maffissoni, Felippe Stuhler e Wilcler Batistão e o diretor executivo, Valdinei Bento dos Santos. Em 2017, mais uma vez, uma comitiva de empresários do setor de base florestal de Juína, filiados ao Simno, com apoio do Cipem e Fiemt, visitou a feira. A Fimma é a quinta maior feira mundial para a cadeia produtiva da madeira e móveis. Nela se apresenta o que há de mais moderno para o setor. A cada dois anos, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, toda a cadeia produtiva se reúne para conhecer as novidades e fazer negócios em uma das maiores feiras do mundo no segmento. Além de expor a vanguarda dos insumos e equipamentos para o meio moveleiro, a Fimma Brasil conta com projetos que são realizados paralelamente à feira, aproximando ainda mais quem vende de quem compra. Na feira os empresários têm acesso, desde os mais simples acessórios até grandes maquinários com de expositores de diversos lugares do mundo. Tecnologia de ponta que traz desenvolvimento para o parque fabril das empresas e para toda a cadeia produtiva de madeira e móveis. O encontro apresenta as tendências que vão orientar o trabalho das empresas nos próximos anos. Entre elas, encontram-se formatos, texturas, acabamentos e uma série de novidades que, de certa forma, revolucionam o setor moveleiro e muitos outros itens e serviços que levam mais personalidade e funcionalidade para o mercado. Manter os empresários atualizados quanto à evolução tecnológica e tendências de consumo é uma das prerrogativas deste Sindicato. Parceria com IFMT 126


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Proporcionar aos alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Juína, estágio nos projetos de manejo e indústrias do setor foi o resultado da parceira do Simno com o órgão para alunos do curso de meio ambiente integrado ao Ensino Médio do IFMT. O estágio é obrigatório para a conclusão do curso e carga horária de 240 horas e é realizado no período de férias, já que os cursos são em período integral, conforme a coordenadora de estágio do campus, Cláudia Léia Strada. Ela explicou ainda que o Instituto possui alunos dos cursos técnicos em Agropecuária, Meio Ambiente e Comércio e Tecnologia. Roberto Rios, destacou: "mostraremos aos alunos nossos projetos dentro da floresta. Conhecerão nossas indústrias desde a retirada da madeira na floresta até a logística de transporte, chegada aos pátios e beneficiamento na indústria". Referência nacional Roberto Rios participou em 2013 de uma mesa redonda na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Com o tema 'Como atrair e manter associados?', Rios apresentou as ações desenvolvidas pelo Simno para fortalecer o sindicato. “Participar desse evento representa não somente a oportunidade de divulgar nossas ações em defesa dos interesses do segmento, como também aprender com as ações e experiências dos demais sindicatos”, analisou, na época. A iniciativa, promovida pela CNI em todo o Brasil e, em Mato Grosso, realizada por meio do Conselho Temático de Desenvolvimento Sindical da Fiemt, buscou motivar os sindicatos a desenvolverem ações para estimular e manter associados. Para isso, a mesa redonda foi composta por lideranças sindicais que compartilhavam as experiências e estratégias de sucesso. FórMóbile – 2012, 2016 e 2018 127


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Um grupo de sete empresários de Juína prestigiou a Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira e Móveis (ForMóbile), realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi em São Paulo, de 26 a 29 de julho de 2016. Empresários do setor também visitaram a feira de 24 a 27 de julho de 2012, no mesmo local e de 13 a 18 de julho de 2018 no São Paulo Expo, desta vez, participando da segunda edição do Florestal Tech, em estande do Cipem que expôs materiais e dados relacionados ao setor florestal de Mato Grosso, durante a feira. A FórMobile é a mais completa feira do setor, com mais de 750 marcas expositoras e 60 mil visitantes. Nestas edições, milhares de lançamentos e eventos paralelos ocorreram repletos de informação para quem fabrica móveis. Roberto Rios, que representou também a indústria Madvisa Madeiras, revelou que a FórMobile veio para agregar-se ao setor madeireiro, mesmo sendo direcionada mais à área de móveis devido ao contato feito com diversos representantes comerciais e com as novidades em tecnologia. "Conseguimos trazer alguns empresários do segmento para conhecer e ver as novidades e tendências. A feira foi muito atrativa para quem busca tecnologia e velocidade na indústria, principalmente na questão do acabamento de móveis. Eles puderam ver ainda como o design dos móveis mudou bastante, são novidades que vão desde puxadores a parafusos", finalizou Lima. Pedro Taques no Simno O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), visitou, em 2017, a sede do Simno, durante sua agenda da Caravana da Transformação em Juína. Ele foi recepcionado pelo presidente Roberto Rios, o vicepresidente Paulo Veronese, o presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Geraldo Bento e demais empresários. 128


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O governador conheceu as dependências do sindicato e no auditório recepcionou documentos solicitando o desbloqueio de indústrias embargadas nos distritos do Guariba e Guatá pelo Ibama, por suposto problema de infração de trânsito. Ele conversou com os representantes do setor, falou de iniciativas para alavancar a economia, recebeu presentes e tirou várias fotos com a diretoria em frente à faixas de agradecimento, confeccionadas pelo Simno, Cipem e FNBF, em reconhecimento ao apoio do governador que assinou importantes normativas de incentivo ao setor de base florestal. A primeira normativa trata sobre alterações do processo de identificação de madeira, já que a obrigação de emissão de certificado é exigida em cargas de madeiras brutas emitidas pelo setor produtivo da base florestal no momento da venda para outros estados. A segunda normativa refere-se à regularização da tributação única do produto industrializado, visto que a cobrança do ICMS da tora, produto primário, poderia incidir em dupla tributação para o empreendedor madeireiro. Roberto Rios agradeceu a presença do governador. "É uma satisfação recebê-lo em nossa casa, é a primeira vez que ele visita a sede do Simno e chega com uma proposta de ajudar o nosso setor, e agora nos resta fomentar cada vez mais a produção, diversificar o mercado, aumentando a exportação, que também é o foco da nova diretoria do Cipem, tanto que ele nos convidou para integrar uma comitiva do estado que visitará a China", frisou. O governador também comentou a visita e elogiou a atuação do Simno. "Quero cumprimentar toda a diretoria do sindicato, ligada ao Cipem, e dizer que nós estamos tratando de pessoas que querem desenvolver o estado de Mato Grosso, empregam mais de 100 mil pessoas e querem expurgar aqueles que fazem coisa errada, porque nós precisamos conquistar mercados internacionais e para isso o setor, que é a quarta economia do estado, precisa de organização e eles tem feito isso, por essa razão, eu os convidei pra irmos à China agora no mês de novembro, abrirmos mercados e fazermos prospecções, 18 prefeitos e representantes de sindicatos e organizações irão conosco, porque Mato 129


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Grosso não é só agronegócio, Mato Grosso tem um setor produtivo muito forte que é a indústria de base florestal que aqui está presente, parabéns a vocês pelo trabalho que fazem aqui no noroeste do estado", elogiou. Referência Industrial Roberto Rios, foi destaque na principal revista do segmento industrial brasileiro na edição de n° 158, referente a dezembro de 2014. A Revista "Referência Industrial" é uma das principais do país e em entrevista com o presidente Rios, destacou os avanços que o sindicato obteve na última gestão, bem como as metas que já foram traçadas para o próximo triênio. Agenda cumprida Um incêndio em 12 de agosto de 2015 destruiu parcialmente a Madvisa Madeiras, do empresário Roberto Rios. O fogo destruiu todo o estoque e vários maquinários, além de danificar a rede elétrica interna. Em seu quadro de funcionários a empresa mantinha, à época, 70 colaboradores. Mesmo com o acidente, Rios participou das reuniões mensais do Cipem e da Fiemt mantendo sua agenda de compromissos com o setor. Ainda em Cuiabá, o presidente reuniu-se, no Palácio Paiaguás, com o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro e o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Duarte, com o objetivo de discutir a manutenção da MT-170, trecho de 85 km entre Brasnorte e a BR-364 (trevo de Sapezal) e entregou ofício solicitando reparos em pontes e trechos da MT-183, que liga Juína a Aripuanã. Ele também recebeu "Prêmio Top Excelência Empresarial", no salão de convenções do Hotel Delmond, em Cuiabá. A agenda também contemplou viagem a São Paulo (SP) onde representou o então presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, no “Fórum o Brasil dos próximos anos”, promovido pela Revista Exame.

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Repúdio Mais de 25 mil hectares de manejo florestal sustentável, em Juruena, pertencentes à Indústria Rohden, detentora do primeiro 'Selo Verde' de Mato Grosso, foram invadidos em 02 de abril de 2016. O Simno, representando oito cidades da região, emitiu nota de repúdio referente à ação. “O principal sindicato de base florestal da região noroeste, e um dos mais importantes do Estado, não se calou diante de tamanha agressividade já que, além de cometerem sérios danos ambientais na área, os grileiros atearam fogo em dois acampamentos dentro da floresta e dispararam contra caseiros, que só não foram mortos porque fugiram do local. Na invasão, cerca de dez hectares de floresta foram destruídos pelos grileiros que piquetearam a área e ameaçam incendiar a qualquer momento a indústria Rohden e a residência da família Stühler. Os empresários Apolinário e Fellipe Stühler, proprietários da Rohden, vieram para Mato Grosso na década de 1980 acreditando no sonho de produzir e contribuir para o desenvolvimento de Mato Grosso. Eles adquiriram a área pertencente à Rohden de forma legal e, em 12 de fevereiro de 1980, fundaram a indústria, que é hoje uma das mais promissoras da região. No ano de 1992 iniciaram o manejo. Desde então, toda madeira manejada da floresta para a produção na indústria tem origem em projeto sustentável. O grupo empregava, na ocasião da invasão, 80 trabalhadores e, diante disso, o Simno cobrou que as autoridades constituídas se posicionassem e fizessem valer o direito adquirido, retirando da área os invasores e destinando-lhes terras de reforma agrária. Memorial da Floresta Parte dos 34 anos da cidade de Juína foi contada através da 1ª Amostra do Instituto de História e Memória, exposta no plenário antigo da Câmara de Vereadores, em maio de 2016. 131


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A população pôde conferir, por meio de fotos e textos, a vida do município e de importantes instituições e organizações sindicais. O grande destaque foi o Memorial Simno e Associados, que oportunizou às novas gerações verem o quanto o segmento de base florestal contribuiu para o desenvolvimento de Juína e, principalmente na geração de empregos. Com apoio do Cipem e FNBF, o Simno elaborou uma exposição com painéis de madeira, composta por 50 peças, retratando toda a história de garra dos personagens que movimentaram (e movimentam) boa parte da economia da região noroeste. Roberto Rios, esteve presente e agradeceu à comissão do Instituto de História e Memória pela parceria. “Está sendo muito gratificante participar dessa exposição e mostrar como surgiu o setor de base florestal, graças à visão de pessoas empreendedoras que lutaram e continuam lutando por nossa região. É a história de algumas indústrias que chegaram na época; eu mesmo cheguei nesta cidade com 19 anos de idade e vi tudo isso crescer, a cidade ser feita, as ruas serem traçadas. No Módulo 5 mesmo a primeira casa foi a do meu pai e para mim é um orgulho muito grande ser cidadão juinense, chegar em maio de 1985, casar, constituir família e, no ano 2000, abrir a minha empresa", disse. O Memorial é composto por fotos e informações sobre o Simno desde sua fundação e das indústrias madeireiras e moveleiras, bem como seus proprietários, alguns colaboradores e suas famílias, ex-presidentes, funcionários que se destacaram e empresas e conta a trajetória de luta desde a fundação das empresas e suas perspectivas futuras. Além do Simno, o evento relata um pouco da história do Senai, Sesi, Escola Pestalozzi, CTG Relembrando os Pagos, CEI Dom Franco Dalla Valle e outras entidades de Juína. Expocol O Simno, responsável por alavancar a produção das indústrias da região, participa desde 2013 da Exposição Agroindustrial de Coloniza (Expocol). 132


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O estande do sindicato tem a parceria e apoio do Cipem, Sesi, e Senai e anualmente é uma das mais importantes opções de visitação. Durante os dias de festa, há exposição de produtos dos associados, como móveis rústicos (bancos, cadeiras, mesas e troncos) além do “Memorial Simno e Associados”, que apresentou aos convidados um pouco da história das indústrias da cidade. A divulgação das ações e produtos do setor iniciou no ano de 2008 em Juína, sede do Sindicato. Segundo o presidente Roberto Rios, desta forma a população poderia conhecer mais de perto o trabalho dos associados. “É um trabalho que contribuiu no fortalecimento do Sindicato e do setor como um todo, porque os empresários se sentem representados e aumenta o número de empresas sindicalizadas”, disse. Femmad Desde 2007 a Expojuína conta com o estande da Feira de Móveis e Madeira (Femmad), no estande do Simno onde são apresentados produtos como móveis, artesanatos, portas, decks, dentre outros produzidos pelo setor moveleiro e madeireiro da região noroeste. Em pouco mais de uma década o espaço se modernizou tanto em estrutura, quanto em materiais expostos e, a partir de 2013, com o lançamento do “Memorial Simno e Associados”, que conta a história do setor de base florestal do noroeste de Mato Grosso. O foco é fortalecer e valorizar o trabalho dos associados, principalmente de móveis e produtos acabados. O estande é estrategicamente localizado dentro do Parque de Exposições e fica próximo à praça de alimentação, de frente para arena e recebe muitas visitas durante as noites de exposição. Segundo Roberto Rios, a Femmad já se tornou um importante encontro de negócios do segmento de base florestal, já que aproxima produtores, indústrias e comerciantes. “O evento vem sendo aguardado com expectativa por nossos associados que veem a oportunidade de expor seus produtos, como móveis rústicos e planejados, além de madeiras beneficiadas”, explicou 133


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o presidente. Em 2017 um reforço na inovação. Rios detalha que a parceria com o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Juína possibilitou que os produtos confeccionados pelos reeducandos na marcenaria do Centro fossem expostos na Femmad. “O Simno é parceiro do CDP desde o início da construção da marcenaria, doando parte dos materiais, ajudando com doação de facas para as plainas e ainda outros materiais de trabalho, sem contar que os reeducando nos ajudaram bastante com a mão-de-obra na reforma e pintura do estande para a Femmad”, disse. O evento é realizado anualmente pelo Simno, com apoio do Sistema Fiemt, Cipem e Famad. “Melhor indústria para se trabalhar” Está localizada em Juína a terceira melhor Indústria para se Trabalhar em Mato Grosso. A informação é da Fiemt, que realizou pesquisa referente ao ano de 2016 e concluiu que a Barsol Indústria e Comércio de Madeiras possui os atributos necessários para receber o título, na categoria pequeno porte. Durante a pesquisa, 47,53% dos colaboradores da indústria se mostraram satisfeitos em trabalhar na empresa. As competências que se destacaram no índice de satisfação foram: 'Liderança e Comunicação' e 'Condições físicas do ambiente de trabalho'. A Barsol pertence aos sócios Ricardo Gravina, Algacir Barbieri e Romaldo Cominetti. Ricardo Gavina conta que o prêmio é resultado de muito esforço. “Foi uma grata surpresa receber o prêmio que veio para engrandecer todo o trabalho que desenvolvemos na nossa empresa e pelo Simno, ao qual somos associados. A partir do momento em que começamos a participar ativamente do Sindicato conquistamos muitos benefícios, executando as tarefas da maneira correta, oferecendo cursos aos nossos funcionários, condições de trabalho dignas e acompanhamento psicológico”, disse Gravina. Ricardo ressaltou: “tiramos tempo para conversar com nossos 134


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funcionários e isso nos levou a esse conceito que foi dado por eles. É uma parceria muito importante” Roberto Rios, parabenizou a Barsol pelo prêmio. “A Barsol é uma empresa importante na geração de emprego e renda em Juína e que ao longo dos anos vem trabalhando lado a lado com seus colaboradores e por esse motivo conquistou o prêmio de terceira melhor indústria para se trabalhar em 2016. Para nós do Simno é um prazer ter essa empresa como nossa associada”, concluiu Roberto. Palestra sobre logística Os alunos dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis da Faculdade Vale do Juruena (AJES), realizaram em abril de 2014, um simpósio de abertura do semestre letivo e boas-vindas aos novos acadêmicos. O 3º Sasel teve ainda por objetivo discutir a falta de logística na região. Para falar sobre o assunto várias autoridades foram convidadas, entre elas, o então presidente do Simno, Roberto Rios. "Fui convidado para falar sobre logística e transmitir o conhecimento que tenho sobre a destinação final dos produtos de Mato Grosso para outros estados além de informar que a logística de transporte do noroeste do Estado é uma das mais caras do Brasil", disse. Campanha contra queimadas O Simno selou parceira com a 14° Companhia Independente de Bombeiros Militares de Juína (CIBM) na campanha de combate às queimadas. A iniciativa tem como objetivo principal evitar as queimadas, conscientizando para os riscos e prejuízos gerados. Em reunião na sede da CIBM o presidente Roberto Rios selou a parceria. O subcomandante capitão Adailton Luz de Souza observou: "durante o período proibitivo de queimadas queremos conscientizar a população. A parceria com o Simno fortalece nossas ações. Cada setor está fazendo sua parte e o Corpo de Bombeiros está visitando as 135


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indústrias da base florestal e orientando para a prevenção de acidentes". Durante a reunião, um plano de ação foi traçado para imprevistos relacionados a incêndio de grandes proporções. "Em inúmeras ocorrências precisamos do apoio do setor florestal e fomos prontamente atendidos com seus caminhões-pipa e maquinários. Queremos renovar a parceria para que o setor possa ser nosso principal aliado. Quem mais tem a ganhar é a sociedade", disse. Roberto Rios, classificou de forma positiva a ação. "O Corpo de Bombeiros vem fazendo um excelente trabalho. A campanha é válida. Reforçamos o aviso a todo o setor sobre o perigo dos incêndios e principalmente àqueles que porventura desrespeitam e ainda queimam lixo dentro das madeireiras”. Rios complementou que o segmento florestal em Juína tem à disposição diversos caminhões-pipa, equipamentos e telefones de emergência. Linha de financiamento Diretores do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) reuniram-se com Roberto Rios e também com o presidente do FNBF, Geraldo Bento, além de outros empresários e autoridades. Rios recepcionou o presidente do Sicoob MT/MS, Mauricio Nantes; o diretor executivo, Milton Jurandir dos Santos; o diretor executivo central Sicoob MT/MS, Claudemir Salmoria e o gerente de expansão, José Aparecido Rodrigues. O objetivo da reunião foi apresentar aos empresários do setor de base florestal o sistema financeiro cooperativo que conta com mais de 3,6 milhões de associados, 2,5 mil pontos de atendimento, distribuídos em todo Brasil. O presidente do Sicoob MT/MS, Maurício Nantes, explicou que o Sicoob é composto por cooperativas financeiras e empresas de apoio, que em conjunto oferecem aos associados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, 136


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dentre outros. Cidadãos honorários A Câmara de Vereadores de Juína entregou, em 27 de novembro de 2017, “Títulos de Cidadão Juinense” para empresários e autoridades do município. Pelo setor de base florestal receberam o título o vice-presidente do Cipem e então presidente do Simno, Roberto Rios e o presidente do FNBF, Geraldo Bento. Após um breve retrospecto com imagens da trajetória dos homenageados em dois telões, os títulos foram entregues pelos vereadores Sandro Cândido (PT) e Antônio Munhoz Sanches (PT). Roberto Rios explicou que: “Eu jamais imaginei chegar até aqui, comecei trabalhando como office-boy em um escritório de contabilidade de um amigo e aos poucos fui conquistando meus sonhos. Hoje dirijo uma grande indústria e um dos maiores sindicatos do Estado, que é o Simno, por isso sinto muito orgulho de levar o nome de nossa cidade e do nosso setor por onde passo”, disse. Já o empresário Geraldo Bento dedicou o título à família e amigos. “Agradeço muito por terem lembrado de mim e compartilho esse título com minha família e amigos, inclusive com todos os vereadores desta casa”, declarou. A intenção de entregar “Títulos de Cidadão Juinense”, de acordo com o presidente da mesa diretora, vereador Sandro Cândido (PT), foi agraciar as personalidades que têm se destacado em suas respectivas áreas no município de Juína. “Essa foi a forma que pensamos em agradecimento pelo trabalho relevante que vem prestando pela nossa comunidade reconhecer por meio dos títulos. Nessa noite entregamos seis títulos e ficamos muito felizes em poder contemplar essas pessoas”, destacou Sandro. Além dos empresários Roberto Rios e Geraldo Bento, também receberam o título o Bispo da Diocese de Juína, Dom Neri José Tondello, Pastor Marcos Nass da Igreja Presbiteriana do Brasil (PIB), pelos 500 137


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anos da Reforma Protestante, e o Juiz de Direito, Dr. Roger Augusto Bin Donega, que está em processo de transferência para a cidade de Alta Floresta, no extremo norte do Estado, após promoção de carreira. Ações de fortalecimento Após receber prêmios em Cuiabá (MT) e Salvador (BA) por ações desenvolvidas no fortalecimento do Simno, o presidente Roberto Rios recebeu mais um prêmio da CNI. A entrega ocorreu durante evento na Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), na capital do Estado, Rio Branco. Ele destacou aos acreanos o crescimento que o sindicato conseguiu ao longo dos últimos anos em número de associados e explicou o trabalho realizado para esse resultado impressionante. Durante sua fala foram exibidas fotos desde o início da atuação do sindicato, quando o mesmo atendia em uma sala cedida pelo Senai até a sede própria e das principais ações/eventos desenvolvidas em favor das indústrias do setor de base florestal. “Fico muito feliz em ver que as Federações e CNI estão preocupadas em promover o fortalecimento dos sindicatos patronais. As indústrias de todos os segmentos necessitam desse apoio para promover o crescimento, apesar da realidade do Acre ser diferente dos demais estados devido a ser menor com apenas 10 Sindicatos filiados a Fieac, tem muito potencial para crescer. Nossas ações foram muito elogiadas pelos presentes que dizem ter recebido uma verdadeira aula sobre como deve ser a atuação de um sindicato”, destacou Rios. Ao final os participantes solicitaram a Fieac que reuniões como essas sejam realizadas mais de uma vez por ano. Na oportunidade, Roberto Rios visitou duas indústrias daquele estado, uma de compensados e a outra de madeira bruta e beneficiamento. A iniciativa é promovida pela CNI em todo o Brasil, e busca motivar os sindicatos a desenvolver ações para estimular e manter associados.

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Jogos da indústria Em abril de 2013 os trabalhadores de Juína participam da fase municipal dos Jogos da Indústria. A competição, realizada pelo Sesi em todo o Estado, tem o objetivo de incentivar a prática esportiva e estimular a qualidade de vida, a integração e o trabalho em equipe entre os trabalhadores. Em Juína, as modalidades disputadas foram vôlei de praia, tênis de mesa, futebol de campo e futsal. As disputas aconteceram na unidade Sesi-Juína. Após os jogos, as equipes participaram de um almoço com show regional proporcionado pelo Simno, Frigorífico RS e Câmara Municipal de Juína. Durante as competições, os trabalhadores-atletas e dependentes também tiveram atividades de recreação, gincanas e ações de saúde. Os trabalhadores-atletas que participaram dos Jogos da Indústria representaram as empresas Capek Madeiras, Maze Madeiras, Cemat, JBS, Frigorífico RS, Baza Madeiras, Fortaleza Indústria de Portas, Berneck Painéis e Serrados, Móveis Alba, Delta Madeiras, Breda Artefatos de Concreto, Vale do Juruena, GF Madeiras e GPB Artefatos de Cimento. Prêmio Quali-MT O Simno recebeu, em 22 de junho de 2017, em Cuiabá, o Prêmio de Gestão para Excelência Quali-MT, promovido pelo Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC) e classifica as organizações de acordo com o nível de maturidade na gestão. O então executivo do Simno, Ederson Aquino, destacou a importância do prêmio na disseminação de uma cultura de qualidade nas organizações, até mesmo nas mais distantes da capital. “O prêmio fortalece a imagem de todo o setor e a credibilidade do Sindicato junto à sua base no Estado. É um certificado de qualificação, reconhecimento de nossa organização que será convertido em resultados positivos”, afirmou o executivo. 139


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Durante a noite de festa, foram entregues as premiações da segunda edição do Prêmio Quali Inovação e da 1ª edição do Quali Sindical, que reconhecem a eficiência na aplicação do Modelo de Excelência em Gestão (MEG) no ciclo 2016. Dentre as 40 organizações públicas, privadas e sindicatos de diferentes segmentos que se candidataram à premiação destacaram-se os sindicatos do setor de base florestal que receberam dois prêmios na categoria sindical. O presidente do Cipem, Rafael Mason, também acompanhou a premiação e comentou o reconhecimento dado ao setor. “Essa premiação demonstra quanto o setor está empenhado na eficiência da formação de pessoas e na qualidade do serviço prestado. Vamos buscar melhorar cada vez mais enquanto setor e incluir a cada ano novas empresas e sindicatos nesta iniciativa de qualidade”, reforçou Mason. Missão à China Literalmente os empresários de base florestal de Mato Grosso buscaram fazer um negócio da China em 2015 ao resolverem dois problemas ambientais que assolam o Estado de uma única vez: os resíduos de madeira e plástico. A ideia veio após a participação de um grupo do setor florestal em uma missão empresarial, promovida pela Fiemt, em outubro, à Canton Fair, feira voltada ao setor industrial, que ocorreu na China. Lá o grupo pôde conhecer uma máquina que faz composto de madeira com plástico em meio a meio. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Vale do Arinos (Simava), Voniclei Gasparini, que fez parte do grupo que viajou, disse que ficou muito impressionado com a máquina e o resultado. “Com a solução de dois problemas que nos assolam, os resíduos de madeira e o plástico, com certeza, o meio ambiente agradece se conseguirmos a máquina para Mato Grosso”, revelou. Como a visita foi rápida ele explica que, no momento, o custo para trazer a máquina será levantado e estão buscando mais informações sobre sua funcionalidade. 140


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De acordo com ele, não existe nada similar no Brasil. O mais próximo é na Bolívia. Desta forma, Mato Grosso sairia na frente. “Mas ainda temos que buscar mercado para isso”, garantiu, cauteloso. Para ele essa é uma boa maneira de equilibrar indústria e meio ambiente e tornar o país mais competitivo. “Brasil diminuiu um por cento seu PIB no último ano enquanto a China cresceu pouco para os padrões deles, 'apenas' 7%”, avaliou. Outro que também gostou da ideia da máquina foi o presidente do Simno, Roberto Rios, que também fez parte da comitiva à China. “Uma solução para o pó de serra encontrada lá (China) é a mistura com plástico. Isso resolveria dois gargalos de Mato Grosso”, comentou. A expectativa da viagem, segundo ele, era ver máquinas e equipamentos para madeira acabada. Contudo, a feira era direcionada a outros segmentos não muito para a madeira. “Mas vimos também parte de material de embalagem e pensamos que o Cipem pode criar cooperativa de consumo para comprar máquinas em grupo como a de fitas de amarrar e pneus e serras”, destacou. Os dois diretores sindicais pensam em criar essa empresa de consumo para 2015 e um grupo para nortear as empresas a fazerem decks e forro de madeira com plástico. “Ideia é voltar à China para conhecer melhor essa tecnologia e implantá-la por aqui. Precisamos entender a parte técnica”, garantiu Rios. Na opinião de Paulo Seelend, representante do Famad e que acompanhou o grupo à China, a viagem foi uma abertura de mercado fantástica. “Muito bom para o empresariado conhecer outra realidade da forma organizada e agressiva como os chineses trabalham para buscar e inovar para manter mercados”, avaliou. Ao todo foram 13 dias de visitas às cidades de Pequim, Guangzhou e Hong Kong. O grupo também foi composto por Jaldes Langer, também representante do Famad e José Eduardo Pinto, associado do Sindusmad; junto com representantes da Fiemt e do Sebrae e empresários de outros setores como cerâmica, construção civil e Senai. Espanha e Alemanha 141


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Empresários mato-grossenses do setor de base florestal participaram das feiras Ligna e Construmat, em 2015. Organizada pela Fiemt e Sebrae-MT, a “'Missão Técnica Internacional Alemanha Espanha 2015” teve como foco promover acesso a mercados e a novos conhecimentos. A comitiva de Mato Grosso foi composta por 14 empresários, quatro profissionais do Senai-MT e um do Sebrae MT. “Nosso objetivo com todas as missões prospectivas é aumentar a competitividade das nossas indústrias, tanto através da oferta e oportunidades de negócios para exportação de produtos, como para importação de máquinas e equipamentos que possam melhorar o nível tecnológico do parque industrial. No entanto, como se trata do setor florestal, temos uma expectativa de que a missão traga soluções de desenvolvimento de novos negócios para o segmento”, disse o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan. A comitiva esteve em Hannover (Alemanha) para a principal feira internacional direcionada às indústrias de transformação da madeira – a Ligna, que envolveu toda a cadeia produtiva – da silvicultura e do comércio da madeira até a produção industrial em massa de produtos de madeira e tecnologia de tratamento de superfície. A feira reuniu 1.500 expositores em uma área de 120 mil metros. A comitiva também conheceu, em Barcelona (Espanha), as novidades e tendências levadas por 4.500 expositores de 120 países que participam da Construmat – Feira Internacional da Construção. Entre os 12 segmentos da feira estão madeira, metais, vidros e aplicações, pavimentos e revestimentos, isolamento e impermeabilização e, ainda, fachadas e telhados. Para o diretor da Fiemt, Jaldes Langer, participar de feiras e missões técnicas é um diferencial que possibilita ampliar a visão do empresário e contribui para a se manter atualizado sobre as inovações e tendências do mercado. “A participação nessas duas feiras foi requerida pelos empresários do setor de base florestal justamente porque uma complementa a outra. Em uma vemos as inovações nos produtos de base florestal e na outra a aplicação da madeira pela construção civil. O mercado europeu é muito importante porque influencia o mercado 142


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interno, e é um destino em potencial para exportação dos nossos produtos”, analisou Langer. Roberto Rios, destacou a importância do evento. "A Feira de Hannover é muito boa e produtiva, pois estamos levando para nossas indústrias, no ramo de móveis e acabamento de madeira, muitas maneiras de obter tecnologia ". Missões internacionais Em 'Missão Empresarial à China' organizada pela Fiemt, em parceria com a China Trade Center e UCB Turismo, Roberto Rios representou o setor de base florestal de Mato Grosso. No itinerário: Dubai, Beijing, Hong Kong e Guangzhou, onde ocorreu a Canton Fair, maior feira multissetorial da Ásia e segunda maior do mundo.

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

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Compostagem de pó-de-serra: Com pouco mais de 20 dias já é possível ver a diferença entre os cultivos em solo enriquecido com a compostagem de serragem daqueles plantados no solo com outros nutrientes

Juína ganha indústria para fabricação de cavacos

Kits escolares doados no Natal

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

CAPÍTULO 7: ROBERTO RIOS LIMA

Simno vai à Bahia compartilhar ações desenvolvidas em Mato Grosso

Exposição Simno e Associados conta história do setor na região noroeste

Simno firma parceria com Sebrae para fortalecer setor moveleiro

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

CAPÍTULO 7: ROBERTO RIOS LIMA

Berlim, Alemanha Ligna 2015, na Alemanha

Hamburgo, Alemanha

Missão empresarial na China

Hanover, Alemanha

Frankfurt, Alemanha

Ligna 2015, na Alemanha

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

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Missão Empresarial à China, organizada pela Fiemt, em parceria com a China Trade Center e UCB Turismo. No itinerário: Dubai, Beijing, Hong Kong e Guangzhou, onde ocorreu a Canton Fair, maior feira multi setorial da Ásia e segunda maior do mundo.

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

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Empresários do setor de base florestal de Juína participam da FIMMA Brasil

Simno recebe Prêmio Quali-MT

Geraldo Bento e Roberto Rios recebem títulos de cidadãos honorários de Juína 148



paulo veronese 2017-2020



Diretoria Gestão 2017-2020 DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Paulo Augusto Veronese 1° Vice- Presidente: Roberto Rios Lima 2° Vice- Presidente: Gilberto Antônio Cazimbra 3° Vice- Presidente: Artênio Richter 4° Vice- Presidente: Auri Jorge Stefeni 5° Vice- Presidente: Wilcler Fabio Lima Batistão 1° Tesoureiro: Ivair Antônio Damiani 2° Tesoureiro: Paulo Rogério Jacomel Denegate 1ª Secretaria: Luciana Munaretto Wendler 2ª Secretaria: Ana Maria Verona de Oliveira

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Ricardo Luiz de Oliveira Gravina 2° Conselheiro: Edvaldo Dal Pozzo 3° Conselheiro: Gildo Cezar Zan

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) 1° Suplente: Valdir Maffissoni 2° Suplente: Luiz Carlos Gatto 3° Suplente: Luciano Silva dos Santos

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (EFETIVOS) Paulo Augusto Veronese Roberto Rios Lima

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (SUPLENTES) 1° Geraldo Bento 2° Ricardo Luiz de Oliveira Gravina


A madeira está intimamente ligada à história da família Veronese. De geração em geração a história flui com novos desafios, mas também com muita determinação para enfrentar cada obstáculo. Prova é que à frente do Simno, no ano em que a entidade comemora 30 anos, está o presidente que aos 36 anos assinou, em 18 de novembro de 2017, o compromisso de fazer com que o Simno continue executando com excelência sua missão de “Congregar e representar os núcleos setoriais madeireiros e moveleiros de sua base de atuação, direcionando suas ações na estrita defesa dos interesses comuns dos associados, visando o desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico, em sintonia com os pressupostos de preservação ambiental”. Este é Paulo Augusto Veronese, de família do sul do Estado do Paraná, que já exercia atividades profissionais ligadas à madeira. A família atuava no setor madeireiro no Estado do Paraná, em São Jorge do Oeste. Ao final da década de 1970 aconteceu a primeira viagem para o Noroeste de Mato Grosso, por meio de incentivos governamentais 153


CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

1990: os irmãos Ricardo, Carlos e Paulo Veronese

Na foto acima o registro de Paulo, em 1984, com o avô, José Izonael Zílio, no pátio da madeireira

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CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Em ambos os registros, Madeireira Verdam, na década de 1980

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fomentados pela Marcha para o Oeste, para adquirirem terras. O pai Liceu Alberto Veronese, os tios (irmãos do pai) Alceu, Irineu, Romeu e Odair e os cunhados Luiz Pereira e João Damiani, principal parceiro comercial de Liceu ao longo dos anos embarcaram rumo à expedição que por décadas firmaria a família na região. O destino inicial da família era a cidade de Vilhena, em Rondônia. No entanto, ali Liceu e João foram convencidos por representantes da colonizadora de Juína a se instalarem no local. Com equipamentos vindos do Paraná, a família montou a primeira serraria. Na sequência, quando o restante da família chega a Juína, é montada a segunda serraria. Até o ano de 1986 foram duas em Juína, uma no distrito de Terra Roxa e a primeira a ser instalada em Colniza. As famílias instalaram-se na cidade de Juína em seu começo. Por ser tudo ainda incipiente não havia estrutura urbana, muito menos de comércio e serviços. Assim, em parceria com um amigo mecânico, montaram então a primeira oficina mecânica de Juína, assim como em outros segmentos como auto elétrica, borracharia e até mesmo no primeiro hospital instalado na cidade. Sempre convidados pelos pioneiros, vários grupos familiares daquela região do Paraná instalaramse em Juína. Liceu Alberto Veronese foi eleito prefeito em 1989. “A história da cidade e da família estão ligadas”, reflete o presidente. O CTG, Clube Juína e igrejas foram entidades construídas com a participação desses primeiros pioneiros. Atualmente o pai, Liceu, mora na cidade de Santarém (PA), onde instalou uma indústria madeireira. Os irmãos Carlos, Ricardo e Daniela também atuam no segmento florestal. Desde 1980 a serraria está instalada no mesmo lugar. Quanto a Paulo, direcionou seus estágios na faculdade para estudos relacionados ao compensado da madeira. O foco o levou a estágios nas indústrias Berneck, em Curitiba, que também tem uma planta industrial na cidade vizinha de Brasnorte. Já formado engenheiro industrial da madeira, Paulo casou-se com Noemi, engenheira florestal. Conhecida por ser uma região grande produtora de madeira da 156


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espécie mogno, Juína atraiu muitos pioneiros em sua formação, por conta desta aptidão para a produção da madeira de alto valor de mercado. As famílias Veronese e Damiani foram as precursoras neste sentido. Outra espécie que à época atraía novos moradores era a cerejeira, razão pela qual Liceu estruturou uma madeireira em Colniza, local de grande produção. O foco da industrialização nas empresas sempre foi na madeira serrada. Paralelamente, ainda havia atuação do grupo empresarial na fabricação de móveis de madeira maciça, principalmente para o uso das famílias que chegavam. Num segundo momento montaram então uma indústria laminadora e após, uma fábrica de compensados e, na sequência, em sociedade, uma faqueadeira em Cuiabá. Na segunda parte da primeira década de 2000 o novo momento do segmento florestal em nível nacional, que sucedia uma série de operações investigativas com algo no setor fez com que as atividades na Capital do Estado fossem paralisadas. Parte da indústria foi instalada em Juína e a outra parte em Santarém (PA). No ano de 2019, a família mantém empresas em Juína e em Santarém. Paulo atua também na consultoria em manejo florestal sustentável e licenciamento de indústrias. Na indústria de laminados faqueados tem como foco principal o mercado de Santa Catarina para onde vende produtos das essências angelim, sucupira e tauari. Sobre o assunto, Paulo exemplifica o trabalho realizado pela entidade, há anos, em busca de resolver o passivo dos resíduos da madeira: “estamos buscando soluções técnicas para resolver a questão”, explica, complementado que ao longo dos anos o resíduo das madeireiras foi queimado. Mas ao longo dos anos houve mudança de comportamento dos empresários. Inicialmente porque não há mais a queima. Uma indústria responsável por picar os restos de madeira instalou-se em Juína e absorve grande parte da produção, enviando o produto para empresas em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. 157


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Evento de posse, em 2017

No entanto, há ainda falta de solução para a serragem, que inicialmente está em processo de estudos para compostagem e uso na adubação para agricultura familiar, jardinagem. “Estamos em busca de empresas que realizem o processo de secagem do pó-de-serra para que também sejam destinados à queima em caldeiras. Ainda quanto à serragem os testes com adubo orgânico estão em fase avançada em parceria com o Senai e Universidade de Minas gerais. Está em fase final da pesquisa”, detalha. Em outro front, a diretoria liderada por Veronese também tem buscado meios de profissionalizar ainda mais o empresário madeireiro com capacitações até mesmo para lidar com assuntos do cotidiano como os relacionados à legislação, como, por exemplo, divergências na nomenclatura de madeira; identificação de madeira; alguns pontos na exploração do manejo florestal; mudanças no Sisflora; cadeia de custódia dentro de projetos de manejo. Grande projeto da gestão Veronese explica que 63% da área da cidade de Juína é composta por terras indígenas. Na região todos os municípios da base do Simno, com exceção de Castanheira, têm áreas indígenas próximas aos limites

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urbanos. Essas florestas possuem grande potencial madeireiro. Ele detalha que há grande estoque de madeira nessas regiões e garantia de sobrevivência por muitos anos para este segmento econômico, em todos os municípios da base de atuação do Simno, caso a madeira de áreas indígenas possa ser comercializada. “Há ainda questões sociais relacionadas aos povos indígenas. Chega ao nosso conhecimento relatos de indígenas passando necessidades. Manejar sustentavelmente a madeira destas áreas também impacta na repressão de crimes ambientais que ocorrem com a invasão de áreas para extração ilegal de madeira, já que a legalização tem como modalidade o manejo florestal sustentável”, disse o presidente, explicando ainda que a exploração ilegal da madeira nestas áreas conta com o aval de alguns indígenas que acabam sendo beneficiados e contribuindo para a rede da ilegalidade. A intenção do projeto é inserir os povos indígenas no trabalho, de forma com que sejam preparados para realizar o inventário florestal, abrir picadas, participar da colheita e fazer a venda da madeira na esplanada. “O projeto contempla toda a atividade, do início até a venda da madeira, com a participação dos povos indígenas. Fora, somente a parte técnica para os treinamentos. O objetivo não é entrar nas áreas, mas sim, comprar a madeira. Neste caso, a exploração seria de responsabilidade dos indígenas”, disse. A diretoria A diretoria 2017-2020 do Simno tomou posse em 08 de dezembro de 2017. À frente da gestão o empresário do setor de base florestal e engenheiro industrial da madeira, Paulo Augusto Veronese, juntamente com a nova diretoria, foi empossado presidente com a presença de associados, autoridades e demais convidados. Na oportunidade Veronese destacou que “o desafio da presidência acarreta de uma sucessão de desafios que a vida lhe impunha desde jovem, dentre eles, estudar fora e morar sozinho ainda muito jovem”. Ao assumir a entidade 'temia por sua falta de experiência em negociações e relações institucionais. No entanto, questões técnicas poderiam ser 159


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abordadas com maior efetividade, uma vez que sua formação lhe garante expertise para tal. Moção de Aplauso Durante a posse da nova diretoria, o Sindicato recebeu Moção de Aplauso concedida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) como forma de enfatizar o trabalho da entidade sindical na representação do setor de base florestal. Segundo Dilmar Dal Bosco, parlamentar que foi o proponente na Moção, a atuação do Simno frente aos interesses do segmento florestal, bem como suas conquistas, aponta o fortalecimento do segmento econômico em todo o Estado. “A indústria florestal tem importante participação no desenvolvimento de Mato Grosso e congrega uma cadeia produtiva de grande relevância. Reconhecer o trabalho é uma forma de chancelarmos nosso apoio e respeito ao empresário da madeira”, disse Dal Bosco. A primeira ação do novo presidente foi reafirmar o compromisso social com o “Projeto Natal Solidário”, que desde 2012 é realizado pelo sindicato em parceria com o Oratório São Francisco de Assis, no município de Juína. Nele mais de 100 crianças carentes do bairro Palmiteira são assistidas com ações sociais, de cidadania e religiosa. Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV) Já no início de 2018, a nova diretoria participou da primeira assembleia geral dos associados, em 08 de fevereiro. Reafirmando o compromisso de buscar soluções às questões técnicas relacionadas ao setor de base florestal, o Simno participou do trabalho piloto sobre estudos do Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV), promovido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), em parceria com Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Campus de Alta Floresta - Área de Tecnologia da Madeira. 160


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À época o presidente do Simno explicou que o início dos estudos aconteceu devido à uma demanda do sindicato junto ao órgão ambiental estadual. “Conseguimos que esse trabalho viesse para a nossa região, tendo em vista que nossas indústrias foram impactadas economicamente pela redução do CRV. Não podemos esquecer que a questão ambiental também foi atingida e é preciso buscar respostas sobre como equacionar a questão dos estoques físicos com o saldo no sistema SISFLORA obtido” explicou o presidente. Café com charme No calendário de ações anuais do Simno, o Dia Internacional da Mulher. Em 2018 a data foi celebrada com um café da manhã, oferecido às mulheres do Setor Florestal. O evento, que recebeu o nome de "Café com Charme", foi servido na sede do sindicato e contou com a presença de associadas, colaboradoras e profissionais diversas. Conversão de multas Ainda em março de 2018, por solicitação do Simno, a superintendente do Ibama, em Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins, esteve em Juína para uma reunião com representantes do setor de base florestal da região quando foram discutidos assuntos importantes para setor, como a parceria com o sindicato que converterá o pagamento integral de multas em descontos com a realização de projetos de ação ambiental. Na proposta, o empresário autuado desenvolverá uma ação voltada à comunidade e, com isso, poderá receber descontos de até 65% nas multas. As ações podem ser as mais diversas, como revitalização de canteiros, plantio de mudas de árvores em áreas de nascentes, melhorias em praças, dentre outros. Foi a primeira vez que a superintendência do órgão fiscalizador em Mato Grosso conheceu, in loco, a realidade e conversou diretamente com o sindicato na busca de soluções para os problemas do setor. 161


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Curso de Manejo Florestal Empresários do setor de base florestal, no distrito do Guariba, em Colniza, participaram do “Curso de Manejo Florestal com Exploração de Impacto Reduzido”, promovido Simno e ministrado pelo Senai, unidade de Juína. O curso teve a duração de cinco dias num total de 40 horas. Deste total, um dia e meio foi para a realização das aulas teóricas, ministradas na Escola Estadual Maria Miranda Araújo, e o restante a parte prática, realizada in loco nos PMFS. Boas práticas sindicais O Simno foi ganhador, em 24 de abril, do 1º lugar no Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais, realizado pela CNI e Fiemt. O reconhecimento faz referência a um projeto idealizado pelo sindicato, em Juína, para reaproveitamento dos resíduos da indústria madeireira para fins de compostagem. O projeto é desenvolvido em parceria com a Associação dos Moveleiros de Juína (Asmoju) e o Frigorífico RS, com Cipem. O presidente do Simno, Paulo Augusto Veronese, comentou o prêmio. "Isso vem contemplar todo o setor de base florestal. É um importante reconhecimento das ações que os sindicatos promovem que vão além apenas da questão comercial da madeira", disse Veronese. Já em 03 de julho do mesmo ano, a entidade levou o terceiro lugar no 1º Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais da CNI. A premiação ocorreu durante o Encontro Nacional da Indústria (Enai 2018), em Brasília. O projeto premiado é considerado inovador pois transforma o pó de serra das indústrias madeireiras em composto orgânico a ser utilizado como adubo para plantas. Durante a cerimônia de premiação, Veronese, reforçou que o reconhecimento contempla todo o setor de base florestal do estado e incentiva outros sindicatos do país a desenvolverem projetos. “Ficamos honrados por poder compartilhar uma boa prática, que contribui para tornar as indústrias mais sustentáveis”, disse. 162


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Além do reconhecimento, o sindicato ganhou viagem à Costa Rica, para participar de um renomado curso de gestão, ILGO 2019, no Centro de Treinamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Feira internacional da madeira A comitiva de empresários do setor florestal de Mato Grosso, que viajou em busca de novos mercados e tecnologias, participou na cidade de Nantes, na França, a Carrefour International Du Bois, considerada uma das maiores feiras de produtos madeireiros da Europa. Um dos empresários que integrou a comitiva é o presidente do Simno, Paulo Augusto Veronese. "Conhecer a realidade e as tendências de mercado do mundo todo nessa feira é de grande importância para nosso setor", comentou ele. Outubro Rosa No mês da mulher a sede do Simno ficou rosa! A área externa completamente rosa. A “roupa nova” do Simno é uma demonstração de apoio à campanha Outubro Rosa, realizada anualmente, marcando o combate ao câncer de mama. Curso sobre secagem de madeira nativa Cipem e Simno realizam, entre os dias 26 e 30 de novembro, em Juína, curso sobre secagem de madeira com padrão para atender ao mercado interno e externo. O treinamento gratuito para os associados ao Simno foi ministrado por Carlos Feck, especialista na área que presta consultorias para várias empresas. O foco principal: capacitar os profissionais da região que trabalham com madeira nativa para melhorar a qualidade final do produto ofertado e, com isso, atender as exigências do mercado consumidor, principalmente abrindo novas oportunidades no exterior. 163


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Essa demanda por madeira nativa seca com o emprego de tecnologia se intensificou após contato dos empresários mato-grossenses com compradores de outros países durante as feiras e eventos dos quais participaram. 4º Benchmarking Sindical Em 5 de dezembro de 2018 o Simno participou do 4º Benchmarking Sindical, realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O evento é uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), composto por visitas técnicas a sindicatos industriais reconhecidos por sua atuação. O Simno foi representado pela assistente financeiro/administrativo, Elisandra Ribeiro, cujo interesse foi o de conhecer as experiências exitosas e trocar informações que possam contribuir no aperfeiçoamento das atividades desenvolvidos no sindicato. Natal Solidário 2018 O presidente, acompanhado de membros da diretoria, fez a entrega de kits de materiais escolares, garantindo o ano letivo de 2018 para os pequeninos, todos de famílias humildes, e que fizeram questão de substituir brinquedos por cadernos, canetas, lápis e borracha. A campanha acontece desde 2011 e beneficia crianças carentes atendidas pelo Oratório São Francisco, moradoras dos bairros Palmiteira e Padre Duílio, em Juína. Em 2018 foram entregues 102 kits escolares, compostos por diversos materiais (cadernos, lápis de cor, estojos, entre outros) que vão apoiar as ações de educação das crianças cujas famílias não dispõem de condições financeiras para comprar esses produtos. Durante os dois primeiros anos do Natal Solidário foram entregues brinquedos. Contudo, em 2013, o Simno consultou as crianças que escolheram, elas próprias, receberem materiais escolares. Durante o dia, as crianças também participaram de um momento 164


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lúdico, com brincadeiras e danças e puderam desfrutar de um café da manhã preparado pelos parceiros especialmente para esse dia. O presidente do Simno, Paulo Augusto Veronese, reforçou o que o Natal Solidário representa. “Esta é uma forma de contribuir com o desenvolvimento social do município, estreitando os laços com a comunidade. Além disso, acreditamos que apoiar a educação de crianças é realmente investir em um futuro melhor para todos”, disse. Alvará O Simno liderou negociação com o Ministério Público, Prefeitura de Juína e Corpo de Bombeiros, sobre a ampliação do prazo de execução dos Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros, documento obrigatório exigido pelo Executivo Municipal para liberar o Alvará no exercício de 2019. O acordo foi firmado entre as entidades durante reunião no dia 28 de janeiro 2019 e prevê que as empresas do setor de base florestal terão até março de 2020 para providenciar a execução dos projetos de prevenção e combate a incêndios, a ser analisado pelo corpo de bombeiros no ato da concessão da licença de liberação do estabelecimento. O assessor jurídico da prefeitura, Juliano Cruz da Silva e os representantes do corpo de bombeiros, major José Neto da Silva e capitão Adailton Luz de Souza, afirmaram que o Simno é um grande parceiro do município e contribui com várias ações. Também ressaltaram que o setor florestal representa uma fonte importante de arrecadação de impostos e geração de empregos, argumentos que justificam o pedido de aditamento de prazo para a adequação. Após a discussão ficou acordado que será deferido aos empresários interessados a prorrogação do prazo para regularização até 31/03/2020. Para isso, o empresário deverá firmar um Termo de Ajustamento do Conduta (TAC) com o município, chancelado pelo Simno, para posterior anuência do Ministério Público. Durante esse período, as empresas deverão elaborar os projetos de prevenção e 165


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combate a incêndios e tomar as medidas necessárias para aprovação e implementação dele. Os que não se aderirem, ficam sujeitos às sanções já previstas em lei. Homenagem especial Mais de 30 mulheres participaram. Em 08 de março, de café da manhã especial em celebração ao Dia Internacional da Mulher, realizado Simno, em sua sede. Durante o evento, as convidadas também participaram de momentos lúdicos e descontraídos. Através de uma parceria com o Sesi e a Laíne estética, foram realizadas massagens relaxantes e alongamentos para aliviar as tensões do dia a dia. Também houve sorteio de brindes, como uma maquiagem especial, elaborada pela Débora Sousa, além da entrega de uma necessaire de lembrança para cada uma das participantes. O presidente do Simno, Paulo Augusto Veronese, esteve presente acompanhado de sua esposa, a engenheira florestal, Noemi Veronese, que aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância de encontros femininos com as mulheres do setor. “Nós trabalhamos bastante e quase não temos momentos como esse, de descontração, onde a gente pode encontrar as amigas, conversar sobre assuntos variados, esquecer um pouco a dura rotina. Muito boa essa iniciativa e fica a dica para o Simno realizar mais encontros como esse, destinados a nós, mulheres”, avaliou Noemi. Esta foi a segunda edição do “café com charme", realizado pelo Simno como forma de reconhecer e valorizar o papel da mulher na construção de um mundo melhor. 5º Benchmarking Sindical O Simno participou, no dia 27 de março, do 5º Benchmarking Sindical, realizado no Rio de Janeiro, pela CNI. Dentro do Programa de Desenvolvimento Associativo, o objetivo é promover visitas a sindicatos que tenham boas práticas que possam servir de inspiração para serem 166


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replicadas. Nesta quinta edição, foram apresentadas boas práticas do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa), filiado à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Durante a programação, foram abordados diversos temas sobre as práticas sindicais, como: sustentabilidade energética, formato de comunicação e convenção coletiva. O diretor executivo do Simno, Evaldo Oestreich Filho, que participou do evento, destacou algumas das experiências apresentadas, como as parcerias para desenvolvimento de projetos sociais, e a diversidade do modelo de associativismo que pode incluir a possibilidade de oferecer serviços como assessoria jurídica e contábil. No caso do Sindirepa, as empresas pagam uma mensalidade e têm, à disposição, em tempo integral, um advogado para atuar quando necessário. “Conhecer outras experiências é muito interessante para evoluirmos em nossas práticas. A partir delas, podemos dialogar com os associados aperfeiçoar as atividades e o atendimento desenvolvidos pelo sindicato”, disse Evaldo. Fimma Brasil 2019 Empresários associados ao Simno participaram da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (Fimma Brasil) realizada de 26 a 29 de março de 2019, em Bento Gonçalves-RS, que recebeu, aproximadamente, 24 mil visitantes durante os quatro dias de evento. Durante a feira, Cipem disponibilizou estande com 63 metros quadrados para exposição de produtos da madeira nativa e apresentou informações sobre o Manejo Florestal Sustentável, através de duas palestras que aconteceram no espaço Workshop Florestal. A primeira foi do arquiteto e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, José Afonso Botura Portocarrero, sobre as diversas possibilidades de uso da madeira nativa na construção civil no Brasil e no Mundo. Logo na sequência foi a vez da secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren 167


CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Lazzaretti, que explicou os procedimentos legais da cadeia produtiva da madeira em Mato Grosso. Os visitantes também puderam levar uma revista de vendas com os nomes, contatos e uma lista de produtos das empresas associadas ao sindicato. Segundo o presidente do Simno, Paulo Veronese, a participação na feira foi uma oportunidade para o setor de base florestal mostrar todo o potencial de produção do estado e de empenhar a credibilidade ao comprador de estar adquirindo um produto legal e sustentável. “Esperamos um resultado muito positivo após essa feira. O mercado da madeira está melhorando e acreditamos que será impulsionado após essa exposição”, avalia. Veronese aproveitou a oportunidade para agradecer a parceria dos empresários que disponibilizaram tempo para participar da feira, de maneira presencial, ou enviando os produtos para exposição. Um dos presentes na Fimma Brasil 2019 foi Ivair Antônio Damiani que ressaltou a importância do contato direto com os compradores. “Estando aqui a gente tem a oportunidade de explicar coisas que por telefone ou e-mail não aconteceria. Isso dá mais segurança para quem está comprando e para nós também”, disse. Na avaliação de Luciana Munaretto Wendler, quanto mais espaços o setor florestal tiver para explicar a forma de trabalho e expor a qualidade de seus produtos, mais o mercado estará aberto para entender que a madeira nativa é legal e sustentável e isso resultará em negócios. “É preciso aproveitar todas as oportunidades que temos”. Crédito especial O Banco do Brasil e o Simno, realizam evento para explicar todos os detalhes de como será o financiamento, inédito, que o setor de base florestal de Mato Grosso terá acesso. A conquista é resultado de uma parceria do Banco com o Cipem e a ong WWF-Brasil que há algum tempo vem discutindo a necessidade de ter um financiamento para incentivar a conservação da floresta amazônica, mediante o financiamento da cadeia produtiva do manejo 168


CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

florestal madeireiro sustentável. O aporte financeiro do Banco inclui apoio para as atividades de desenvolvimento de manejo florestal madeireiro sustentável, de formação de floresta comercial, de adoção de sistemas de gestão, de projetos de modernização do parque industrial, de exportação, de implantação de sistemas de geração e eficiência energética, além de aquisição de capital de giro. Os recursos disponibilizados serão oriundos de linhas de créditos como o FCO Verde, FCO Empresarial, BNDES Finame, Proger Urbano e Proex e acessíveis aos empresários dos municípios mato-grossenses através das respectivas agências bancárias. Simno e Executivo Municipal O presidente do Simno, Paulo Augusto Veronese, e empresários associados, reuniram-se com o prefeito de Juína, Altir Antonio Peruzzo, para discutir questões de interesse do setor florestal. A principal delas é a preocupação dos empresários com uma possível transferência do Distrito Industrial. O prefeito explicou que houve muitos transtornos da construção do Plano Diretor da cidade, entre paralizações, troca de empresas e mudanças de governo. E que, neste processo, a área em questão ficou classificada como mista, ou seja, permitia residências e indústrias. No entanto, posteriormente, houve uma nova interpretação que reclassificou para área secundária – apenas residencial. Após muita discussão e argumentos de ambos os lados, o entendimento é de que o assunto ainda precisa de uma avaliação qualificada, tanto do ponto de vista técnico quanto jurídico, pois envolve diretos adquiridos. A própria prefeitura ressalta o fato de que para haver residências nas proximidades das indústrias existem critérios que devem ser obedecidos, como por exemplo, a elaboração de um estudo de impacto de vizinhança, que determina como será feita a adequação delas em função das características das indústrias já estabelecidas. “Estávamos ouvindo muitos rumores. Acredito que agora esclarecemos os fatos e teremos mais segurança para garantir os diretos de quem já está 169


CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

estabelecido e, ao mesmo tempo, contribuir para que a prefeitura consiga encaminhar as soluções necessárias”, disse Veronese. Na sequência, os empresários questionarem também se essa indefinição pode resultar em problemas na emissão Alvará Municipal para as indústrias que planejam ampliar ou adquirir novos equipamentos. Em reposta, a prefeitura garantiu que é possível ampliar as dependências da empresa e conseguir o Alvará. O único cuidado é que essa ampliação esteja dentro do limite já estabelecido, não resultando em uma nova atividade industrial. Outra questão que preocupa bastante o setor é a situação caótica das estradas municipais, utilizadas para o transporte dos produtos florestais. Paulo Veronese disse que o Sindicato foi procurado recentemente para ajudar na manutenção, mas que será complicado atender em função do prazo. O que todos queriam saber é se há um planejamento e um cronograma para início das atividades de manutenção e reparo. O presidente do Simno mencionou que as estradas: Linha 5, Estrada Rio Preto, Umuarama e Pesquisa, são as rotas mais importantes para o setor. Neste sentido, Peruzzo solicitou ao Simno que enviasse ofício requerendo a manutenção emergencial dessas estradas municipais. Com relação as demais, será preciso aguardar o fim do período chuvoso. Durante a reunião, também foram apresentados e discutidos dados sobre a arrecadação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), cujos recursos poderiam ser utilizados, exclusivamente, para infraestrutura das estradas municipais. O prefeito de Juína relatou que o percentual destinado aos municípios nos últimos anos foi revisto o que diminuiu o valor repassado, comprometendo diversos serviços. Ainda sobre o assunto, houve um questionamento sobre o Conselho Municipal do Fethab, criado em 2017 para discutir e acompanhar esses assuntos, mas que não têm reuniões frequentes. O setor sugeriu a realização de reuniões periódicas para esse acompanhamento. Gerenciamento de organizações empresariais 170


CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Como resultado de 3º lugar no Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais, concedido pela CNI, em 2018, Venonese, teve a oportunidade de participar de um renomado curso na Escola de Negócios da América Latina – INCAE, na Costa Rica, em junho de 2019. Veronese passou uma semana no Centro de Treinamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na cidade de Alajuela, estudando disciplinas do programa de formação Ilgo 2019, do Instituto Latino-americano de Gerenciamento de Organizações Empresariais. Durante as 60 horas de curso, ele estudou várias disciplinas que abordaram análise política e de cenários, planejamento, estratégia e negociação. Madeira 4.0 O Programa Madeira 4.0 com ações para promover o aumento da competitividade dos negócios de base florestal em Mato Grosso realizou as primeiras atividades na região de Juína em julho de 2019, A primeira etapa do trabalho envolveu entrevistas com os diretores e empresários do Simno, realizada pela equipe do Sebrae-MT, para

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CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

diagnóstico da atuação do sindicato. Com base nas informações coletadas, a equipe do Sebrae-MT propôs um leque de ações estratégicas em diversas áreas que podem servir de base para um planejamento de atuação futura do Simno, como: eficiência energética, incentivo ao uso da energia solar, consultoria de recursos humanos, convênio médico coletivo, assessoria jurídica, orçamento anual de manutenção elétrica, conversas com o sindicato para além das demandas urgentes, instalação de uma central de negócios, promoção de rodadas de negócios com empresas de moveis, criação de aplicativo para conectar a cadeia produtiva, promoção da integração e aumento do o engajamento dos funcionários em cada empresa, através de ações esportivas e recreativas. O Programa Madeira 4.0 foi criado por meio de parceria entre Sebrae-MT e Cipem e abrange as regiões de atuação dos sindicatos patronais de base florestal do Estado.

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CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Evento de posse da diretoria 2017/2021, em 2017

Floresta Tech Rio Grande do Sul

Reuniões do Programa de capacitação em gestão florestal realizadas entre 03 e 06 de abril de 2018, em Juína, Juruena, Colniza e Aripuanã, incluindo a participação dos municípios de Brasnorte e Cotriguaçu.

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CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Natal solidario

Prêmio Boas Práticas Sindicais

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CAPÍTULO 8: PAULO VERONESE

Reunião com associados e Banco do Brasil, sobre linhas de crédito

Viagem para participação da feira, na França

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COLABORADORES DO SIMNO 38 colaboradores participaram efetivamente da história dos 30 anos do Simno. A descrição abaixo apresenta nome, função e data de contratação de cada um dos profissionais.

MARIA APARECIDA GOMES DOS SANTOS Auxiliar de escritório 01/11/1997

ANTÔNIO APARECIDO BOTTAN Guarda 01/09/99

VIVIANE LIMA ANDRADE Auxiliar de escritório 24/09/2001

DALMIR LEMES DE ANDRADE Assistente administrativo 01/10/2003

CLAUDINÉIA FERREIRA MARTINS Secretária 02/02/04

CARLA FERNANDA D. BRASIL 17/04/2006

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EURICLENE SILVA DOS SANTOS Secretรกria 19/04/2006

JANETE TERESINHA ALBA Secretรกria 01/07/2006

VANESSA GISELE STEFFEN Auxiliar de escritรณrio 02/01/2007

IVANIR JOSร POLETTO Assessor sindical 02/05/2007

JOSIMAR FERRAZ Auxiliar administrativo 07/08/2008

SIMONE CANDIDA DA COSTA Auxiliar administrativo 04/05/2009 177


MARCIO ANTONIO TRAVASSOS FILHO Assessor executivo 16/07/2009

CRISTIANE CAMPOS COSTA Auxiliar administrativo 05/10/2009

VALDINEI BENTO DOS SANTOS Diretor executivo 01/04/2011

JACKSON LEANDRO CARLOS Assessor executivo 03/05/2011

ANGELA BARBIÉRI Auxiliar administrativo 01/07/2011

IVONE APARECIDA PENTEADO Zeladora 01/12/2011 178


WELINGTON RENATO DOS REIS Assessor sindical 16/01/2012

PABLO ALVES LOPES Assessor executivo 04/04/2012

PEDRO HENRIQUE ANDRADE Assessor sindical 18/08/2012

VALDINÉIA DE SOUZA FERREIRA Assessora sindical 05/10/2012

PATRÍCIA GONÇALVES PIRES Auxiliar Administrativo 11/12/20 12

ADRIANA GABRIEL DA SILVA SOUZA Zeladora 01/04/2013 179


ELINETE LINS DE VIEIRA Assessora sindical 02/09/2013

JORGE DOMINGUES DA COSTA Assessor sindical 24/09/2013

SONIA APARECIDA BATISTA ALVES Zeladora 01/10/2013

ELISANDRA APARECIDA RIBEIRO Auxiliar administrativo 01/10/2013

GABRIELA SOCREPPA Assessoria sindical 21/07/2014

PAULO DE CARVALHO LINO Gerente administrativo 14/10/2014 180


MARCUS VINÍCIUS SOCREPPA Assessor Sindical 22/01/2015

EDERSON THOMAZ DE AQUINO Superintendente comercial 09/04/2015

ANA JÚLIA SOCREPPA Assessora sindical 15/05/2015

ADRIANA PEDRONO STANINSKI Auxiliar administrativo 13/02/2017

TATIANE DOS SANTOS BRAGA Auxiliar administrativo 30/07/2009

RAFAEL CARDOSO PINTO Assessor sindical 01/08/2017 181


ANAUM ALVES DE OLIVEIRA Assessor sindical 07/03/2018

EVALDO OSTREICH FILHO Diretor executivo 11/09/2018

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Simno: Três décadas em defesa da indústria do futuro A força do setor de base florestal no noroeste do Estado demonstra o legado do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno) em três décadas de atuação para desenvolver as empresas e desenvolver toda a região. O período exigiu coragem e muita luta dos industriais que compreenderam a grandeza de atuar fortemente para melhorar o ambiente de negócio. Um dos grandes obstáculos do setor produtivo na região sempre foi a infraestrutura, que conquistou avanços significativos nos últimos 30 anos, graças à articulação do Simno. A

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GUSTAVO DE OLIVEIRA Presidente do Sistema Fiemt


construção de pontes e a pavimentação de estradas melhoraram a logística da região, facilitando o crescimento do setor, o que impacta positivamente a economia regional e a qualidade de vida da população. A parceria com a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) é ativa e fortalece todo o setor. Juntos, nos posicionamos enfaticamente contra condições que desfavorecem a competitividade das empresas instaladas no Estado e ameaçam a atração de investimentos. Insegurança jurídica e burocracia são alguns exemplos de questões contra as quais batalhamos juntas, incessantemente. A defesa das indústrias do setor e o incentivo à inovação renderam ao Simno o reconhecimento nacional em associativismo. Além de ser premiado pela Fiemt e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o sindicato participou de conferências e eventos em vários Estados do Brasil e também no exterior, para aprendizado e compartilhamento de boas práticas que, de forma efetiva, possam continuar contribuindo com as empresas e a sociedade. Todas as conquistas do Simno e o progresso alcançado na região resultam da história de empresários que acreditaram na indústria para mudar o futuro do noroeste mato-grossense. E qual será a contribuição do sindicato para superar os desafios que estão por vir? Sabemos que o futuro é verde e a economia já está em transição. As políticas internacionais de comércio estão voltadas para processos produtivos sustentáveis, que resultam em melhoria do bem-estar social e em menos riscos e impactos ambientais. O manejo florestal sustentável engloba a essência desse modelo econômico e o segmento será um dos responsáveis por incluir Mato Grosso nessa nova era. Na economia verde, a redução da taxa de desmatamento, a recuperação de áreas degradadas e o aumento de área de cobertura florestal são soluções valiosas. A defesa da floresta em pé, com redução de resíduos e comercialização de madeira certificada oriunda de áreas não desmatadas, mais do que nunca, devem conduzir as indústrias da nossa região. Estarmos preparados para atender à demanda que surge 186


dessa tendência será um diferencial para contribuirmos com a retomada da economia brasileira, pois sabemos que a indústria forte gera riqueza e desenvolvimento social e econômico. Não podemos nos esquecer do enorme potencial de gerar empregos “verdes”. Estima-se que milhares de postos de trabalho formais vão surgir em atividades econômicas voltadas à conservação do meio ambiente – e a conservação é uma especialidade de quem atua com manejo florestal. Mesmo com tantas lutas e vitórias nesses 30 anos, a história do sindicato está apenas começando. O setor de base florestal faz parte da indústria do futuro, e o Simno continuará exercendo uma função significativa na condução do desenvolvimento sustentável. Novos desafios continuarão a surgir e vamos trabalhar juntos para colocar a indústria mato-grossense em destaque no cenário mundial. Parabéns, Simno! GUSTAVO DE OLIVEIRA Presidente do Sistema Fiemt

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FOTOS: ARQUIVO SIMNO

DIRETORIA IDEALIZADORA DESTE PROJETO


DIRETORIA (EFETIVOS) Presidente: Paulo Augusto Veronese 1° Vice- Presidente: Roberto Rios Lima 2° Vice- Presidente: Gilberto Antônio Cazimbra 3° Vice- Presidente: Artênio Richter 4° Vice- Presidente: Auri Jorge Stefeni 5° Vice- Presidente: Wilcler Fabio Lima Batistão 1° Tesoureiro: Ivair Antônio Damiani 2° Tesoureiro: Paulo Rogério Jacomel Denegate 1ª Secretaria: Luciana Munaretto Wendler 2ª Secretaria: Ana Maria Verona de Oliveira

CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) 1° Conselheiro: Ricardo Luiz de Oliveira Gravina 2° Conselheiro: Edvaldo Dal Pozzo 3° Conselheiro: Gildo Cezar Zan

Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso - SIMNO

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) 1° Suplente: Valdir Maffissoni 2° Suplente: Luiz Carlos Gatto 3° Suplente: Luciano Silva dos Santos

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (EFETIVOS) Paulo Augusto Veronese Roberto Rios Lima

EQUIPE TÉCNICA

ANAUM ALVES DE OLIVEIRA Assessor sindical ELISANDRA APARECIDA RIBEIRO Departamento Financeiro EVALDO OSTREICH FILHO Diretor executivo SONIA APARECIDA BATISTA ALVES Serviços gerais

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FIEMT (SUPLENTES) 1° Geraldo Bento 2° Ricardo Luiz de Oliveira Gravina

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3566-1698

Av. Floresta, Nº 484-N Setor B CEP 78320-000 | Juína - MT

www.simno.com.br


A Autora Cristiane Oliveira Henriques, 40 anos, contadora, jornalista e designer. Em 2010 teve a oportunidade de percorrer 42 cidades do estado de Mato Grosso pesquisando a história do setor de base florestal com a finalidade de criar a exposição Memorial Guardiões da Floresta, projeto capitaneado pelo Sindicato as Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), onde a autora atuou nas funções de assessora de imprensa e executiva de 2008 a 2015. Na oportunidade, a missão era buscar respostas ao projeto proposto pelo então presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto, que englobaria uma série de ações para que a sociedade conhecesse a verdadeira imagem do segmento madeireiro. Cristiane também foi fotógrafa oficial das imagens geradas durante a pesquisa e responsável pela criação da marca Guardiões da Floresta, em 2011. No mesmo ano escreveu, apresentou e dirigiu o documentário Memorial Guardiões da Floresta e lançou o livro "A Saga dos Guardiões da Floresta", com duas edições esgotadas em mais de dez mil exemplares. A obra teve seu lançamento oficial nas cidades de Sinop e Cuiabá. Sobre o tema ministrou palestras em diversas entidades para os mais diferentes públicos. Em 2013, foi convidada a integrar o rol de escritores e cientistas da Academia Sinopense de Ciências e Letras (ASCL), ocupando a cadeira de número 11, tendo como patrono o escritor Machado de Assis. Em 2014, em projeto também capitaneado pelo Sindusmad, lançou o livro "Sindusmad: 30 anos de compromisso com a floresta", contando a importância da entidade para o norte do Estado, bem como, atuação de suas diretorias.


- AARON LEVIEE -


VALDINEI BENTO DOS SANTOS Executivo do Cipem

Esta obra retrata a história e luta de um sindicato e de seus representados evoluindo em meio a todas as mudanças do processo de produção florestal no Brasil ressaltando o bem maior, agregação de “valores” sociais, ambientais e econômicos. Nossa trajetória foi marcada pela adversidade, por desencontros normativos e operacionais, porém a esperança prevalece sempre. Determinados por natureza, esses empreendedores visionários continuamente inovam em seus processos focando a melhoria da gestão do seu negócio em harmonia com os pressupostos de conservação ambiental. Caríssimo leitor, o convidamos a conhecer situações que se tornaram e continuarão se tornando exemplos para as gerações vindouras e que ao mergulhar nas páginas desta obra, possa ser tocado de alguma forma na certeza de que o setor de base florestal nos ensina a manejar a vida.


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