AMESNE - Uma História de União, Trabalho e Progresso

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AMESNE

UMA HISTÓRIA DE UNIÃO, TRABALHO E PROGRESSO



AMESNE Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste

Uma história de união, trabalho e progresso


© Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste Concepção editorial Critério - Inteligência em Conteúdo Coordenação editorial e organização Mateus Colombo Mendes Redação e pesquisa Antonio Felipe Purcino Mateus Correa Frizzo Revisão Gabriel Schaf Projeto gráfico, capa e diagramação Luciano Maciel Imagens Acervo da Amesne (exceto quando indicado)

A514 Amesne: uma história de união, trabalho e progresso / Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste. – Porto Alegre : Critério, 2015. 144p. 1. Municipalismo. 2. Amesne – Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste. 3. Rio Grande do Sul. CDU 352(816.5)

Catalogação na publicação: Leandro Augusto dos Santos Lima – CRB 10/1273


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Galeria de Ex-Presidentes

A Encosta e Seus Encantos

Cinco Décadas de Municipalismo

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Elias Ruas Amantino Sady Fialho Fagundes Severino De Toni Nagib Stella Elias Clóvis Tartarotti Darcy Pozza Avelino Maggioni José João Santin Fortunato Rizzardo João Carlos Schmitt Armando Gusso Francisco Sérgio Turra Victório Trez Basílio Nazareno Ceratti Alexandre Postal Vandenir Antonio Miotti Antonio Borella De Conto Paulo Roberto Dalsochio Gertrudes Pelissaro Dos Santos Mario David Vanin Jacir Antônio Salvi Rogério Migotto Alci Luiz Romanini Fernando Postal Alberto Bassani Elcio Siviero Heleno José Oliboni Antonio Cettolin Gessi José Brandalise Juarez Lodi Bolivar Antônio Pasqual Vilmar Perin Zanchin Marcos Scopel Waldemar De Carli Adenir José Dallé Diogo Segabinazzi Siqueira Aícaro Umberto Ferrari

25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61

Antônio Prado Bento Gonçalves Boa Vista Do Sul Carlos Barbosa Casca Caxias Do Sul Coronel Pilar Cotiporã Fagundes Varela Farroupilha Flores Da Cunha Garibaldi Guabiju Guaporé Marau Montauri Monte Belo Do Sul Nova Araçá Nova Bassano Nova Pádua Nova Prata Nova Roma Do Sul Paraí Pinto Bandeira Protásio Alves São Jorge São Marcos Santa Tereza Serafina Corrêa União Da Serra Veranópolis Vila Flores Vista Alegre Do Prata

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SUMÁRIO

Apresentação: Uma História Que Deve ser Contada



APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA


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APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA


É este, portanto, o registro que a atual diretoria desta Associação quis deixar na história. Um registro que se faz muito bem representado pela imagem que abre este primeiro capítulo. Tal fotografia, portanto, não foi escolhida por acaso. Trata-se de uma missão técnica de lideranças atuais da Amesne. Na imagem, vemos prefeitos, trabalhadores e uma pequena parte de tudo o que a terra do Rio Grande do Sul nos dá. Ou seja, na fotografia que abre esta Apresentação, vemos homens e mulheres da encosta superior do nordeste gaúcho unidos para aprender, aplicar conhecimentos e conduzir nossa gente rumo ao progresso. São pessoas fazendo aquilo que a Amesne faz há quase meio século: unindo-se, reunindo-se e progredindo.

APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA

A trajetória da Amesne – Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste – está assentada sobre uma base forte e perene: a união. São milhares de pessoas, centenas de lideranças políticas e dezenas de municípios trabalhando em favor do desenvolvimento de uma região.

Assim, na gestão 2014-2015 da Associação, comandada pelo prefeito de Nova Araçá, Aícaro Umberto Ferrari, a Amesne, seus municípios e sua gente ganham como presente esta publicação histórica. E é este um presente ao mesmo tempo tardio e antecipado. É um presente tardio porque já se vão muito anos de dedicação, esforços e resultados, de plantios e de colheitas, mas ainda sem uma publicação que honrasse essa bela história. E é um presente antecipado porque chega às vésperas da comemoração de 50 anos da entidade. É sobre esta iniciativa, a importância e a necessidade desta publicação que nosso atual presidente fala nas próximas páginas.

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APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA


APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA

“Este livro é a reconstrução do passado da Amesne, para que sua bela história não se perca.”

Palavra do Presidente Entrevista com Aícaro Umberto Ferrari, prefeito de Nova Araçá (2013-2016) e presidente da Amesne (gestão 2014-2015)

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Às vésperas de completar 50 anos, a Amesne ainda não tinha um registro histórico consolidado. Este livro preenche esta lacuna. Como surgiu a ideia e qual a importância desta publicação?

“O surgimento da Amesne se deve à busca coletiva por soluções para as dificuldades dos municípios, e isso não é diferente nos dias de hoje.”

Nós sempre tivemos a noção clara do que a Amesne representa para todos os municípios da região. É importantíssimo que resgatemos a história de quem iniciou este projeto municipalista. Desde que assumi, em 2014, junto com a atual diretoria, pensávamos em escrever este livro. Isso porque tínhamos poucas informações sobre os primeiros anos, sobre o começo da entidade. Na verdade, quase nada se sabia além da data de fundação. Então resolvemos, numa atitude pioneira e graças aos esforços dos próprios servidores da Amesne, tentar reconstruir esse passado, para que a história da nossa Associação não se perdesse. Tentamos contar como foi que ela iniciou a partir dos poucos fragmentos que a gente tinha. Foram necessários o envolvimento de todos e a realização de uma ampla pesquisa para que encontrássemos quem e por que iniciou, quem a representou desde os primeiros anos até os dias de hoje. Poder fazer isso a uma entidade como a Amesne é motivo de muito orgulho para mim, de muita honra e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade. Sabemos que estamos retratando também 50 anos da história de nossa gente e dos municípios que compõem a nossa Associação.

De que modo o senhor avalia a evolução da Amesne como uma entidade representativa de uma causa tão importante como a municipalista? O que mudou desde o início, em 1966, quando ela foi fundada, até os dias de hoje?

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A cada ano que passa, existe uma dinâmica diferente nas administrações. Acredito que, desde o início, o principal objetivo foi representar os anseios das comunidades de cada município. Muitas vezes,


APRESENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA QUE DEVE SER CONTADA aquilo que preocupa os habitantes de diferentes municípios são temas comuns a todas as cidades – e preocupações de todos os administradores. Com certeza, há 50 anos já existia essa necessidade de os governantes se unirem para descobrir e discutir problemas em comum. O surgimento da Amesne se deve à busca coletiva por soluções para as dificuldades dos municípios, e isso não é diferente nos dias de hoje. Eu creio que o papel da Associação sempre foi o de unir esforços para o bem de todos. Essa união faz com que a gente tenha maior força de reivindicação perante outros órgãos da representatividade municipalista, como a Federação das Associações de

“Se nós não tivermos todos os prefeitos unidos, buscando o bem comum e defendendo os interesses dos municípios, com certeza nós estaremos muito mais fragilizados.”

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melhores alternativas para atender às demandas de nossas comunidades e discutir o que realmente é mais importante para o desenvolvimento da nossa região.

Qual é a importância da Amesne para o desempenho das prefeituras associadas? A palavra-chave é representatividade. De que adianta eu ir buscar sozinho com o Governo Federal a solução de um problema do meu município, mas que é comum a todas as prefeituras? Se apenas um reclamar, o problema tende a continuar. Mas se os mais de cinco mil prefeitos brasileiros se mobilizarem, a resolução é uma realidade. Por isso, cada associação de municípios é fundamental! Essas associações são as bases das federações, que, por sua vez, conformam a confederação (CNM). E, assim, fortalecemo-nos cada vez mais. É o princípio federativo da reforma política que está sendo discutido! Se nós não tivermos todos os prefeitos unidos, buscando o bem comum e defendendo os interesses dos municípios, com certeza nós estaremos muito mais fragilizados.

Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que tem uma história quase centenária. Aliás, a Famurs foi criada por associações como a Amesne. É a união da união! 14

Através da convergência de ideias, nós, governantes, podemos buscar as

Quando todos os prefeitos vão a Brasília, eles são vistos de maneira diferente. As reivindicações, se não atendidas, pelo menos são analisadas. Não é um município em específico com um interesse individual em algum aspecto. Dou um exemplo prático: a nossa luta por uma universidade federal. Estamos lutando por algo que beneficiará toda uma região. É o caso também da federalização da RS-470, que está para sair, devido a um belo trabalho realizado em conjunto com a


Então a Amesne tem esse papel: unir a região, reivindicar e solucionar os problemas de todos. Sem dúvida, isso traz enormes vantagens, diretas e indiretas, para o desempenho de cada uma das prefeituras.

Que conquistas históricas e atuais da Amesne para as comunidades o senhor destacaria? Conseguimos avançar bastante em nossa gestão, tornando realidade algumas causas antigas. Formalizamos a federalização da RS-470, uma luta sobre a qual escuto falar desde 1995 e da qual a Amesne sempre participou. Agora, já estamos partindo para uma segunda etapa desse processo, que é viabilizar os recursos para executar de fato as obras. A questão de nós termos uma região metropolitana, pelo menos nos municípios maiores, em torno da sede da Amesne, em Bento Gonçalves, também foi um tema que a Associação sempre apoiou. O trem regional é outra demanda antiga, que poderá se tornar uma realidade nesta região. Ou seja, são medidas que alavancarão a infraestrutura e, por conseguinte, a qualidade de vida da população. Há também a questão da universidade federal, que virá como um incremento ainda maior para que a gente possa solucionar alguns problemas graves de infraestrutura. Temos a expectativa de que ainda em 2015 iniciaremos o trabalho de implantação de um campus da UFRGS (Universidade Federal do

Esperamos que a Associação cresça cada vez mais e consiga ter uma representatividade cada vez maior, para que ampliemos e solidifiquemos ainda mais a nossa união e a nossa efetividade.

Rio Grande do Sul) na Serra. E em conjunto com todos os prefeitos, decidimos que o campus será construído em um terreno que será doado pela Emprapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no Vale dos Vinhedos. É um ponto muito próximo a todos os municípios desta região metropolitana, e não fica muito longe de outros mais afastados, como Nova Araçá, Paraí e Casca, que estão num raio aproximado de 80 a 100 quilômetros do local.

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Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha e a própria Assembleia Legislativa.

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queremos que nossos municípios contem com atendimentos adequados.

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“A publicação deste livro é uma forma de gratidão a todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a nossa região e para a nossa Associação.”

Essas são algumas das lutas travadas há muitos anos e que estão chegando ao fim. Como eu disse, nossa região carece de infraestrutura. Temos, por exemplo, dificuldades nas nossas estradas, em especial na RS-324, que liga Bento Gonçalves e Veranópolis a Passo Fundo. São regiões altamente produtivas, cujas ligações não possuem estradas condizentes. Estamos também envolvidos na questão da saúde, para trazer aos hospitais especialidades importantes, como traumatologia. Todos

Existe uma série de reivindicações perante o Estado e a União para a melhoria das nossas receitas. Alinhamo-nos natural e perfeitamente a todas as pautas municipalistas, tanto da Famurs como da CNM, para sempre buscar o melhor aos nossos municípios. A atuação da Amesne é muito ampla e, graças aos esforços de todos os prefeitos que passaram pela entidade e pavimentaram nosso caminho, temos obtido êxito. Esperamos que a Associação cresça cada vez mais e consiga ter uma representatividade cada vez maior, para que ampliemos e solidifiquemos ainda mais a nossa união e a nossa efetividade.

Desde a fundação, foram vários os nomes de destaque na política estadual e nacional que presidiram a Amesne. O senhor destacaria alguma gestão ou algum momento histórico como crucial para a definição das linhas de atuação da Associação? Creio que todos os presidentes, na sua época e à sua maneira, fizeram o máximo que puderam. Administrar um município já é uma honra muito grande. Enormes também são as responsabilidades. Mas ao mesmo tempo nós fazemos isso com muita honra. Entendemos a importância desse compromisso para a nossa vida e o que nosso trabalho representa para toda a comunidade. Some a isso a imensa responsabilidade que é presidir uma entidade que congrega vários


Dentro da nossa própria Associação nós encontramos diferentes realidades, de municípios pequenos, de mil e poucos habitantes, até municípios de mais de 300 mil habitantes. Isso contribui para que acabemos nos inteirando muito bem sobre a situação socioeconômica da nossa região. Independentemente do tamanho de cada município, o objetivo de um prefeito é sempre o mesmo: o desenvolvimento. A integração entre administradores proporciona um aprendizado muito grande. Com certeza, todos os prefeitos, todos os presidentes da Associação deixaram as suas marcas, as suas contribuições, de

“Quanto mais unidos e quanto mais forte nós formos, mais representativos nós seremos.”

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municípios, populações numerosas e com importantes demandas. Ao longo de sua história, a Amesne sempre contou com gente qualificadíssima e muito interessada, que a coordenou com visão e ação.

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acordo com a sua época. Na ditadura era uma situação, na democracia é outra, em alguns momentos a crise financeira era preponderante, em outros poderia haver uma crise política... Então, cada presidente enfrentou contextos distintos, com suas peculiaridades. E todos merecem o nosso respeito. A publicação deste livro é uma forma de gratidão a todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a nossa região e para a nossa Associação.

Houve um tempo em que se cogitou a separação da Amesne em duas associações distintas, mas, após inúmeros debates, decidiu-se por manter a unidade. O senhor acha que esta união favorece o fortalecimento da Associação?

“Registrar essa história é uma forma de reconhecimento.” 18

A união é importantíssima para qualquer tipo de representatividade política. Nas três vezes em que tive a oportunidade de ser prefeito, por exemplo, sempre tentei pregar essa ideia em meu município. A discussão da divisão da Amesne surgiu na minha microrregião. Queriam usar a Serra das Antas como um marco divisor. Mas essa vertente acabou não fluindo devido ao que eu falava antes. Quando se defendem assuntos regionais, isso te dá legitimidade para enfrentar vários obstáculos; quando se trabalha pelo individualismo, pela diminuição de uma associação, você acaba perdendo essa força. Uma das coisas mais importantes da atuação da Amesne é justamente a busca pela coesão entre as prefeituras e as pessoas que as administram. Mesmo que haja divergências, nossa missão sempre é buscar o melhor para todos. Nosso papel


Mas o mais importante é ter a universidade na nossa região, assim como é importante ter várias empresas aqui – não importa em qual cidade. Temos de buscar investimentos, crescimento e benefícios para a região como um todo. Este é e sempre foi um papel da Amesne: definir os principais objetivos em comum dos municípios que a compõem, lutar por eles, sempre tentando beneficiar o todo. Por isso a divisão não prosperou. Quanto mais unidos e quanto mais fortes nós formos, mais representativos nós seremos.

Qual é sua mensagem para os futuros presidentes da Associação? Em primeiro lugar, quero agradecer a todos que me apoiaram até aqui. Devo agradecer por ter tido a oportunidade de presidir uma associação da importância da Amesne. Eu sempre dizia que tinha o sonho de escrever no meu currículo esse título. Agora eu

“Esta é a história de uma Associação exemplar, que ficará para sempre. É uma história que, sem dúvida alguma, merece ser contada.”

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não é o de se concentrar nos problemas específicos de cada município. Por exemplo: todos os municípios gostariam de receber a universidade, mas temos de colocar cada assunto na balança. É preciso ter essa visão estratégica para avaliar a infraestrutura logística mais adequada. O ponto escolhido, então, fica a 60 quilômetros de Caxias do Sul, 35 quilômetros de Farroupilha, oito quilômetros de Garibaldi e cinco quilômetros de Bento Gonçalves. Ficará num “miolo”. Pensando na região, é muito melhor transportar 500 alunos da Serra das Antas para lá do que fazer com que os municípios maiores transportem milhares de estudantes, todos os dias. Depois, claro, poderemos pensar em descentralizar.

posso! Para mim, é uma honra muito grande representar a Associação neste momento em que estamos obtendo conquistas históricas. Fico muito feliz também por estar presente nesta que é uma ocasião em que, literalmente, se escreve a história da Associação. Este é o fruto de um trabalho e de um estudo muito grande realizado pela equipe técnica da Amesne, pelos parceiros da Critério – Inteligência em Conteúdo e por todos que passaram pela entidade e se dedicaram bravamente. Valeu muito a pena! Chegamos ao final com uma obra maravilhosa, construída por todos. Aliás, isso reflete muito do que a nossa Associação

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representa: o esforço de muitos e muitos prefeitos e líderes que trabalharam pelo surgimento, pelo desenvolvimento e pela consolidação da Amesne. Este é um momento de muita gratidão! Registrar essa história é uma forma de reconhecimento. É também um presente para as famílias de todos os gestores que passaram pela Amesne e que, muitas vezes, não receberam o reconhecimento devido. São pessoas que deixaram de lado suas rotinas pessoais para realizar um trabalho voluntário, que atende aos importantíssimos

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interesses de toda uma região. Essa é uma causa que merece ser lembrada. Espero que os próximos presidentes levem adiante essa importante luta. Como sei que levarão, desejo, então, que todos tenham pleno êxito e que essa história não pare aqui. Esta publicação pode servir como um documento oficial da Amesne. Por isso, seria importante que fosse atualizada a cada ano, incrementada por cada novo presidente. Esta é a história de uma Associação exemplar, que ficará para sempre. É uma história que, sem dúvida alguma, merece ser contada.


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GALERIA DOS EX-PRESIDENTES DA AMESNE Em uma democracia representativa, confiamos nossos votos em homens e mulheres que julgamos aptos para legislar e administrar a coisa pública por nós. A importância dos cargos ocupados por aqueles que elegemos é enorme, pois eles definem os rumos de nossas vidas. Na Serra Gaúcha, cada voto, de cada eleitor, tem um peso a mais, pois ajuda a decidir os prováveis comandantes da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Os prefeitos de nossa região têm uma responsabilidade a mais: além de governar para o povo de sua cidade, ao assumir a diretoria da Amesne trabalham intensamente por toda uma região, por uma História que merece ser preservada e por um futuro promissor. Neste capítulo, conhecemos cada uma das personagens que comandaram a Amesne e trabalharam por nossa gente.


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As gestões de 1966-1967 e 1967-1968 A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste, a Amesne, foi fundada em 3 de junho de 1966, em Bento Gonçalves. À época, o prefeito da cidade, Milton Rosa, estava afastado do cargo por motivos de saúde. Quem assumiu seu lugar durante a convalescença foi o vice, Evelino Plácido Bozzetto, prefeito em exercício entre 6 de novembro de 1965 e 9 de setembro de 1966. Não existem documentos que comprovem a informação, mas alguns dos membros mais antigos da Amesne garantem que Bozzetto foi o primeiro presidente da entidade, vindo a ser sucedido pelo próprio Milton Rosa (quando este retomou seu posto na Prefeitura de Bento Gonçalves).

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Elias Ruas Amantino Prefeito de Veranópolis Gestão 1968-1969 Elias Ruas Amantino foi uma das pessoas mais influentes da história de Veranópolis. Nascido em Passo Fundo, no dia 20 de julho de 1915, foi leiteiro, carroceiro, vendedor, empreiteiro e sócio-fundador da E. R. Amantino e Cia. Ltda., fábrica de armas esportivas fundada em 1955. Aos 48 anos de idade, formou-se em Contabilidade. Vice-prefeito de Veranópolis em 1959, foi alçado ao cargo máximo do Executivo Municipal com a renúncia de Argemiro Paulo Frainer, em 1962. Em 1964, Amantino, à época filiado à Arena, assumiu a prefeitura. No último ano de seu primeiro mandato (o segundo viria em 1982, já pelo PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro), assumiu também a presidência da Amesne. Entre suas contribuições para Veranópolis e arrabaldes estão as fundações do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Rincão da Roça Reúna e do Núcleo

Protetor dos Recursos Naturais; a criação da Sociedade Esportiva Recreativa Cultural – Clube Caça e Pesca; e as construções do Quartel do Corpo de Bombeiros e do Ginásio Noturno Dom Pedro II, bem como o calçamento de boa parte das ruas do município. De acordo com o seu biógrafo, Uili Bergamini, Amantino era um homem dotado de extrema responsabilidade social e comunitária. “Ele adotou Veranópolis e trabalhou com afinco para desenvolvê-la. Enquanto muitos usam a coisa pública a seu favor, ele fazia o contrário. Usava seu carro, seu dinheiro e seus pertences em prol da coisa pública”, comenta. Elias Ruas Amantino faleceu no dia 11 de fevereiro de 2011, aos 95 anos de idade. Filho de Francisco Amantino e Bernardina Ruas Amantino, foi casado com Anita Dall’Agnol, com quem teve os filhos Inês, Matilde e Manoel.

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Sady Fialho Fagundes Prefeito de Bento Gonçalves Gestão 1969-1970, 1970-1971 e 1971-1972

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Nascido em Dom Pedrito, no dia 28 de novembro de 1929, Sady Fialho Fagundes estudou na Escola Preparatória de Porto Alegre e na Academia Militar das Agulhas Negras, tornando-se aspirante em 1952. Foi designado para servir no 3º Batalhão de Engenharia de Combate, em Cachoeira do Sul, e transferido depois para a 13ª Companhia de Comunicações, em São Gabriel.

Tribuno extraordinário, dono de uma oratória incomum, em pouco tempo convenceu o eleitorado da cidade e reverteu uma decisão que os analistas políticos já davam como consolidada, vencendo as eleições por pequena margem de votos. Nos seus quatro anos de mandato, implantou importantes projetos de infraestrutura e foi um grande incentivador dos movimentos culturais.

Em 1959, concluiu o curso de Engenharia Elétrica e Civil no Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro. Designado para o Quartel General da 3ª Região Militar, em Porto Alegre, em seguida foi transferido para Bento Gonçalves.

Fialho também era advogado e foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos, em Porto Alegre. Em Bento Gonçalves, foi cofundador e lecionou no ginásio de São Roque e no Colégio Aparecida.

O que esperava o Capitão Fialho era o 1º Batalhão Ferroviário. Ele ficou responsável pelas obras no Tronco Sul, estrada de ferro que ligaria a Região Sul ao centro do país. Foi quando a política o seduziu. Procurado pelo MDB, desistiu da carreira militar e se candidatou a prefeito de Bento Gonçalves.

Morreu no dia 5 de abril de 2004, em Porto Alegre, aos 74 anos de idade.

Texto do historiador Ademir Antônio Bacca.


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Severino De Toni Prefeito de Marau Gestão 1972-1973 Nascido no município de Vila Maria, no dia 24 de setembro de 1928, Severino De Toni formou-se em Direito pela PUCRS e em Licenciatura Plena em Direito e Legislação pela UPF. Durante 30 anos, lecionou língua portuguesa em escolas de ensino fundamental e médio da região. Foi vereador de Marau entre 1964 e 1968. Nas eleições seguintes, Severino foi eleito prefeito da cidade. Ele destaca como importante contribuição ao município a compra de um amplo terreno na rua Ruy Barbosa, entre as avenidas Júlio Borella e Barão do Rio Branco, onde foi construída a Escola Estadual de 1º e 2º graus Santo Tomás de Aquino e uma quadra de esportes.

“Buscávamos convencer os prefeitos a aderirem ao movimento, para que pudéssemos todos nos ajudarmos mutuamente”, recorda. Eram ainda os primórdios da Associação, e poucas informações restam daquele tempo. Severino De Toni foi também delegado da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Rio Grande do Sul, entre 1980 e 1983, presidente da Cooperativa Agrícola de Marau, gerente da Rádio Sociedade Oeste Catarinense, de Chapecó/SC, e da Rádio Alvorada, de Marau. Casado e pai de quatro filhos, Severino está aposentado. Mora desde 2003 em Veranópolis.

Sobre o período em que presidiu a Amesne, ressalta a luta pela agregação das prefeituras.

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Nagib Stella Elias Prefeito de Nova Prata Gestão 1973-1974 Nagib foi um dos idealizadores e o primeiro presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, a Famurs. Coube a ele também a tarefa de apresentar ao presidente da Associação Paulista de Municípios, Wilson José Abdalla, a ideia de criar a Confederação Nacional de Municípios (CNM), fundada em 8 de fevereiro de 1980. Quando prefeito de Nova Prata, entre 1973 e 1977, liderou um movimento pela obtenção de um canal de comunicação, que se tornaria a Rádio Prata, a precursora no município. Nagib recorda especialmente uma reunião da Amesne, em abril de 1973, no município de Guaporé. Na oportunidade, corria a proposta de dividir o grupo de acordo com os limites do Rio das Antas: os de uma extremidade, a partir de Veranópolis, pertenceriam a uma associação; os de outra, a partir de Bento Gonçalves, a outra.

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A discrepância entre o tamanho das localidades e da correspondente arrecadação – o lado de Bento reunia ainda Caxias do Sul e Farroupilha – causou discórdia. Segundo Nagib, os prefeitos dos maiores municípios estavam dispostos a validar o acordo. Entretanto, encontraram imediata resistência. Ele conta que desafiou os presentes para que, em vez de se separar, a Amesne trabalhasse mais e melhor. Tamanha foi sua persistência que os prefeitos conclamaram que assumisse a presidência da Associação, como condição para que não se efetuasse a cisão. Foi o que ocorreu. Nagib passou a liderar a entidade, então maior e mais representativa. Para o ex-presidente, a superação dessa dificuldade mostrou que era difícil, mas não impossível, obter a união de um grupo e levar adiante a ideia de criar uma federação.


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Clóvis Tartarotti Prefeito de Farroupilha Gestão 1974-1975 e 1975-1976 Nascido e criado em Farroupilha (então distrito de Nova Vicenza), no dia 17 de maio de 1921, Clóvis Tartarotti acompanhou de perto a emancipação do município. Foi o responsável por levar o curso de Técnico em Contabilidade a sua cidade natal, juntamente com a Associação de Farroupilhenses e o Colégio dos Irmãos Maristas, instituição que coordenou e na qual foi professor por mais de cinco anos. Tartarotti entrou para a política na redemocratização, em 1945, pela União Democrática Nacional (UDN). Atuou como vereador durante 17 anos, assumindo a presidência do Legislativo Municipal em quatro oportunidades. Governou Farroupilha entre 1973 e 1977.

Ainda na década de 1970, foi presidente local da Frente Agrária Gaúcha e da Companhia Estadual de Estradas Alimentadoras Ltda. Até 2011, quando completou 90 anos, o ex-prefeito cuidava de trâmites burocráticos e do atendimento ao público na Associação dos Aposentados e Pensionistas de Farroupilha (Apopenfar), entidade que ajudou a criar. Em 2013, recebeu o título Cidadão Emérito de Farroupilha, pela distinção de suas ações para a comunidade. Devoto de Nossa Senhora de Caravaggio, Clóvis Tartarotti é casado com a professora aposentada Norma, com quem teve os filhos Helena, Renato e Jorge.

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Darcy Pozza Prefeito de Bento Gonçalves Gestão 1976-1977 e 2001-2002 Nascido a 9 de julho de 1938, o economista e contabilista Darcy Pozza foi vereador entre 1968 e 1972 e três vezes prefeito de Bento Gonçalves: de 1973 a 1976, de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004. Oriundo da Arena, com passagem pelo PDS e mais recentemente pelo Partido Progressista (PP), também foi deputado federal por três mandatos, entre 1979 e 1991.

Em reconhecimento às suas atividades políticas, o expresidente da Amesne recebeu o título de comendador da Ordem do Cavaleiro da República da Itália, em 1975; foi escolhido Prefeito do Ano/RS pela Ucape-SP, em 1976, e Colaborador Emérito da Fundação Educacional da Região dos Vinhedos de Bento Gonçalves.

Como deputado federal, Pozza foi suplente das comissões permanentes de Economia, Indústria e Comércio (entre os anos de 1979 e 1980 e entre 1986 e 1987) e de Agricultura e Política Rural (de 1981 a 1987). Foi titular da Comissão de Transportes, de 1979 a 1987, e da de Sistematização, de 1987 a 1988. Em 1981, foi membro da CPI da Reforma do Ensino.

Em 1973, Darcy Pozza integrou a Comitiva de Prefeitos Gaúchos em Visita Oficial à Itália; em 1975, participou do Curso de Administração Pública da Fundação Alemã para o Desenvolvimento Internacional, em Berlim; em 1985, foi Membro da Comitiva de Prefeitos e Deputados Gaúchos em Visita Oficial à Itália, França, Áustria e Alemanha; e, em 1989, foi Membro da Comissão de Defesa Nacional, em viagem a São José dos Campos/SP, Canoas/RS e Curitiba/PR.

Pozza teve destacada atuação na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987. Atuou como relator em duas subcomissões: de Direitos e Garantias Individuais e de Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher; e foi suplente na Subcomissão de Princípios Gerais, Intervenção do Estado, Regime da Propriedade do Subsolo e da Atividade Econômica e na Comissão da Ordem Econômica. 30

Em 2013, Pozza foi homenageado em Brasília com a Medalha da Assembleia Nacional Constituinte, pelo seu trabalho prestado na elaboração da Constituição Federal, em 1988. O ex-prefeito foi duas vezes presidente da Amesne: 1976-1977 e 2001-2002.


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Avelino Maggioni Prefeito de Farroupilha Gestão 1977-1978 Avelino Maggioni nasceu em 8 de novembro de 1930, em Farroupilha. Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi também professor de Economia e Português no Curso Técnico de Contabilidade na Escola São Tiago de Farroupilha. Durante seu primeiro mandato como prefeito (1969-1973), filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), captou recursos para a construção do Distrito Industrial de Farroupilha, considerado um marco na administração pública do município. A ação, inovadora à época, contrariou críticos e transformou uma pequena cidade em referência de desenvolvimento

econômico no estado. Maggioni esteve também à frente do Executivo Municipal de 1977 a 1983 e de 1996 a 2000, ano em que faleceu. O ex-presidente da Amesne também exerceu os cargos de diretor-geral do Departamento das Prefeituras Municipais, diretor-presidente da Vinosul, secretário da Junta Comercial do Rio Grande do Sul e diretor-administrativo do Trensurb. Foi o responsável pela organização do primeiro Simpósio Sul-Americano de Viticultura e Enologia em Bento Gonçalves. O Centro Administrativo de Farroupilha e a rodovia VRS 826 levam seu nome.

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José João Santin (Maneco) Prefeito de Marau Gestão 1978-1979 José João Santin, o Maneco, nasceu no dia 10 de novembro de 1942, em Marau, município em que foi vereador (1968-1972) e também prefeito por dois mandatos (1977-1983 e 1989-1992). Maneco é reconhecido por haver levado a cidade a mudanças significativas, executando obras de saneamento, promovendo a ampliação da rede elétrica e a instalação das primeiras linhas telefônicas. Por dez anos ocupou o cargo de Diretor da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT). Em 1968, formou-se em Direito e entrou para a política. “Sempre manifestei o desejo de ser político e sempre agi como um”, conta. Durante seu primeiro mandato como prefeito da cidade, tendo como vice o futuro prefeito Francisco Turra, assumiu a presidência da Amesne. “Tínhamos uma necessidade muito grande de ter uma associação que reunisse os prefeitos da

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região, sempre com o objetivo de fortalecer não um, mas todos os municípios”, conta Maneco. Ele recorda das reuniões mensais realizadas no Departamento de Prefeituras Municipais (DPM), na Rua dos Andradas, em Porto Alegre, e das reuniões com autoridades e secretários de Estado, a quem levavam os assuntos mais “prementes e necessários para as resoluções da associação”. Entre as maiores reivindicações de seu período frente à Amesne está a alteração do fundo de participação dos municípios junto à União. “Essa sempre foi uma bandeira que carregamos; e outros deram continuidade”, completa Maneco. Atualmente, o ex-prefeito atua ao lado do filho como advogado, atividade que exerce há 45 anos.


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Fortunato Rizzardo Prefeito de Bento Gonçalves Gestão 1979-1980 e 1992-1993 Fortunato Janir Rizzardo nasceu no dia 15 de abril de 1946, em Bento Gonçalves. Graduado em Economia, foi vereador do município entre 1973 e 1976, pela Arena. De 1975 a 1976, foi secretário municipal de Obras, Governo e Administração. Foi prefeito em duas oportunidades, entre 1977 e 1982 e entre 1989 e 1992, já pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi também presidente da Vinosul. Rizzardo foi duas vezes presidente da Amesne, entre 1979 e 1980 e entre 1992 e 1993. O ex-prefeito

conta que durante suas passagens pela Associação trabalhou pela valorização do municipalismo, investindo em negociações junto à Secretaria da Fazenda do Estado para obter o calendário da devolução de ICMS aos municípios. Procurou incentivar a emancipação de novos municípios da Encosta Superior do Nordeste e foi articulador de diversas obras de ligação asfáltica. À frente da Amesne, atuou também nas negociações para a construção da BR-470.

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João Carlos Schmitt Prefeito de Nova Prata Gestão 1980-1981 e 1991-1992 Nascido em Nova Prata, no dia 26 de novembro de 1945, João Carlos Schmitt é formado em Letras e Direito, com especializações em Ensino e Pesquisa e em Direito Internacional e Comércio Exterior, ambas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Schmitt foi duas vezes vereador e duas vezes prefeito de Nova Prata. Também em duas oportunidades foi presidente da Amesne. O ex-prefeito conta que durante sua gestão foram realizados muitos cursos para os prefeitos e servidores municipais, sobre temas como a Lei de Parcelamento do Solo Urbano. Foi criada a taxa de iluminação pública e obtida a abolição dos resíduos do ICMS, incorporando-os às parcelas mensais.

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Em seu primeiro mandato na Amesne, os prefeitos da Associação realizaram uma viagem a Itaipu, quando a Usina Hidrelétrica estava em construção. Além da visita às obras, a comitiva participou de diversas palestras sobre engenharia, geração de energia e impactos ambientais.

Do segundo mandato, recorda a implantação dos pedágios comunitários e dos Conselhos que administravam a arrecadação. O valor obtido era destinado a obras de melhoria das estradas. Uma das maiores conquistas do período foi a regionalização da UCS, que criou novos campi em diversos municípios da Amesne, como Bento Gonçalves, Guaporé, Veranópolis e Nova Prata. A parceria resultou em uma viagem de estudos a Cuba. Junto com representantes do Ministério da Ação Social e da própria universidade, os prefeitos visitaram instituições de ensino superior em Havana e outras localidades; participaram de palestras sobre a educação universal e gratuita e também sobre o sistema de atendimento de toda a população em postos de saúde nos bairros, em clínicas e hospitais. João Carlos Schmitt é mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua como professor universitário e como advogado, em Nova Prata e região.


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Armando Gusso Prefeito de Carlos Barbosa Gestão 1981-1982 e 1982-1983 Armando Gusso nasceu em Garibaldi, no dia 31 de maio de 1938. Ainda criança, trabalhou como garçom e operário em uma fábrica de sabão. Por sete anos, foi funcionário da Granja Pindorama, dos Irmãos Maristas. Mudou-se para Carlos Barbosa após cumprir serviço militar. Em 1958, foi contratado como motorista de caminhão pelo futuro vereador Ivo Edmor Demartini. O ex-prefeito lembra que costumava carregar na carroceria do veículo os propagandistas da emancipação do município. Casou-se em 1959 com Davina Gentilia Bortolini.

seguida por um programa de calouros com crianças. De segunda a sexta, apresentava um informativo com as principais notícias da região. A partir de 1969, passou a ser também comerciante. Em 1977, foi eleito prefeito do município, cargo que exerceu até 1983. Em 1989, assumiu novo mandato e, em parceria com a comunidade, pavimentou mais de 220 mil m² de vias urbanas; levou à cidade sedes do Banrisul, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. O prédio da prefeitura de Carlos Barbosa foi construído durante seu mandato. Após breve afastamento com o término do segundo mandato, voltaria à cena política em 1996, como vereador.

Em 1960, Gusso passou a trabalhar como motorista na Prefeitura, onde foi também operador de máquinas, lotador e secretário da Junta Militar. Nessa época, iniciou a graduação em Contabilidade. Em 1972, foi eleito vereador, com mais de 90% dos votos da região que representava, a comunidade de Santo Antônio de Castro. Foi durante dois anos presidente da Câmara.

Foi duas vezes presidente da Amesne. Relata que a grande bandeira de sua época na entidade foi a aprovação da Emenda Constitucional nº 17, que garantiu maior autonomia aos municípios. Outro foco de atuação, já iniciado em gestões anteriores, foi a articulação política para maiores investimentos na RST-470.

Gusso foi um dos responsáveis pela instalação da primeira rádio de Carlos Barbosa. Recorda que “passou um fio de parreira” para instalar na cidade uma sucursal da rádio Garibaldi, para a narração da “Santa Missa do domingo de manhã”, que era

Armando Gusso tem cinco filhos e onze netos. Há 12 anos, apresenta o “Domenica e L’America”, programa de resgate da cultura italiana e entretenimento, que vai ao ar todos os domingos de manhã na Rádio Estação FM, de Carlos Barbosa.

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Francisco Sérgio Turra Prefeito de Marau Gestão 1983-1984, 1984-1985 e 1985-1986 Francisco Turra foi o prefeito que mais tempo esteve à frente da Amesne. Sujeito de vasta atuação política, nasceu no dia 16 de setembro de 1942, em Marau, cidade em que foi vice-prefeito, em 1976, e prefeito, em 1982. Advogado de formação, Turra foi deputado estadual por dois mandatos (de 1986 a 1990 e de 1990 a 1994). Também atuou como presidente do Banrisul e da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Em 1998, foi Ministro da Agricultura e Abastecimento. Em 2002, elegeu-se deputado federal. Em 2006, concorreu ao Governo do Rio Grande do Sul.

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Turra relembra de um intercâmbio de prefeitosmembros da Amesne e técnicos da Emater na cidade de Toledo, no Paraná, onde encontraram nas microbacias hidrográficas (ou murundus) a solução para problemas ambientais do uso do solo. O município paranaense também contava com um banco de desenvolvimento agrícola, política implementada posteriormente em alguns municípios da Associação.

O ex-presidente destaca os painéis de discussões realizados em uma viagem de oito dias pela região do Vêneto, financiada pelo governo italiano aos prefeitos da entidade. Foram dias de compartilhamento de exemplos de sucesso de políticas públicas das próprias administrações que compõem a Amesne. “Criamos um espírito associativista muito forte para interagir e poder fazer uma verdadeira escola de receitas vencedoras”, conta. Acrescenta que figuras de destaque da esfera pública eram convidadas periodicamente para palestras sobre temas inerentes à administração, como habitação, desenvolvimento social e educação. Francisco Turra segue trabalhando em setores estratégicos à nação. Atualmente, é o presidenteexecutivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Guardo as melhores lembranças do clima de fraternidade, de partilha, e de mútuo apoio, que, aliás, fazem falta à nova política brasileira”, recorda. “A Amesne não foi só uma associação, foi uma família”.


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Victório Trez Prefeito de Caxias do Sul Gestão 1986 - 1987 Natural de Guaporé, Victório Trez ingressou na política somente aos 50 anos de idade. Em 1969, foi eleito prefeito de Caxias do Sul, pelo MDB, nas primeiras eleições realizadas após o início do Regime Militar. Homem muito popular na cidade, assumiu o Executivo Municipal após comandar a gerência da agência central do Banrisul por muitos anos. Em 1973, candidatou-se a deputado estadual, cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos. Em 1982, já no renovado PMDB, Trez foi eleito novamente prefeito de Caxias. Ficaria por seis anos no cargo, totalizando 10 anos à frente da prefeitura da

cidade, um recorde até então, só equiparado anos depois por Mansueto Serafini Filho. Entre suas principais realizações estão as construções da barragem do Faxinal e do Aeroporto Regional Hugo Cantergianni. Victório Trez assumiu a presidência da Famurs em meados de 1987, passando o cargo de presidente da Amesne ao seu vice na Associação, Basílio Nazareno Ceratti, prefeito de Carlos Barbosa. Trez morreu em 19 de junho de 2004, aos 85 anos, vítima de complicações pulmonares. Deixou a esposa Arilde Trez (já falecida) e os filhos Nádia e Neuto.

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Basílio Nazareno Ceratti Prefeito de Carlos Barbosa Gestão 1987-1988-1989 Natural de Arroio do Meio, Basílio Nazareno Ceratti foi professor dos ensinos público e privado em Arroio Canoas, Arcoverde e Carlos Barbosa. Iniciou a vida política em 1972, filiando-se à Arena. Já no ano seguinte, assumiu o cargo de vereador, no qual permaneceria até 1977. Em 1976, foi vice-prefeito de Armando Gusso. Ao final da administração, em 1982, candidatouse a prefeito, sendo eleito. Relatos apontam que a participação política de Ceratti sempre foi intensa.

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Foi grande incentivador da participação das pessoas como a forma mais adequada de buscar melhorias. Considerava a política essencial: a melhor forma de garantir os direitos de cada cidadão. Casado com Ilda Teresinha Benedusi Ceratti, a primeira vereadora da história de Carlos Barbosa, é pai de César Augusto Ceratti e Doris Regina Ceratti Padovani. No dia 8 de agosto de 2005 foi homenageado com o título de Cidadão Barbosense.


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Alexandre Postal Prefeito de Guaporé Gestão 1989-1990 Alexandre Postal nasceu em Guaporé, no dia 26 de abril de 1962. Filho de Carlos Amadeu Postal e Carmen Ignez Comparin Postal, é casado com Rosepaula Postal, com quem tem uma filha, Manuela. Alexandre é irmão gêmeo de Fernando Postal, que presidiu a Amesne entre 2000 e 2001. Formado em Gestão Pública, iniciou suas atividades políticas no final dos anos 70, em movimentos estudantis contra o regime militar. Ingressou na Assembleia Legislativa em 1983, como assessor. Foi secretário-geral e vice-presidente do PMDB de Guaporé. Elegeu-se prefeito da cidade em 1988. Durante o período, presidiu a Amesne e a Associação dos Prefeitos do PMDB. Em 1994 foi eleito deputado estadual, reelegendo-se nos anos de 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014. Em 2003, Postal foi escolhido Presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), sendo reconduzido ao cargo em 2007. Antes,

em 2001, havia sido vice-presidente do PMDB gaúcho. Exerceu as funções de líder de governo e Secretário dos Transportes na administração Germano Rigotto, entre 2003 e 2006. Em 2008, foi líder da bancada do PMDB na Assembleia. Ocupou a Primeira Secretaria do Legislativo Estadual por três vezes, setor responsável pelo gerenciamento administrativo. Em janeiro de 2012 foi empossado na Presidência da Assembleia gaúcha para o período de um ano. No cargo, assumiu o governo do Estado em duas oportunidades. Alexandre Postal é o atual vice-presidente do PMDB do Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2015 foi escolhido líder de governo de José Ivo Sartori no Palácio Farroupilha.

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Vandenir Antonio Miotti Prefeito de Garibaldi Gestão 1990-1991 Nascido em Garibaldi, no dia 19 de setembro de 1957, Vandenir Antonio Miotti iniciou a carreira política como Secretário de Administração de Garibaldi (de 1983 a 1988). Filiado ao PDS (Partido Democrático Social), foi eleito prefeito da cidade em 1988. Durante o mandato, desempenhou também as atividades de conselheiro titular do Corede Serra (1990-1991) e de presidente da Amesne, bem como de tesoureiro da Famurs. Em sua gestão, chefiou uma missão à Itália, com o objetivo de conhecer soluções para a destinação adequada de lixo urbano, especialmente inovações com biodigestores. Para Miotti, a Amesne é muito importante no incentivo à criação de novos municípios, com o intuito de fomentar o progresso e o desenvolvimento regional. “É nesse espaço que se vive e se trabalha, e onde se pratica em plenitude a descentralização pública”, afirma.

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À frente da Associação, o ex-prefeito teve participação ativa na retomada das obras e na conclusão da Rota do Sol, especialmente com a construção do trevo no entroncamento com a Rodovia São Vendelino. Entre 1997 e 1998, foi vice-presidente da Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Garibaldi. Já pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), atuou como assistente parlamentar do senador Sérgio Zambiasi (entre 2003 e 2006) e como vice-presidente regional da Federasul (de 2004 a 2008). Atualmente, Vandenir Antonio Miotti trabalha com assessoria administrativa na iniciativa privada. É também vice-presidente do Diretório do PTB de Garibaldi, diretor de Serviços da CIC da cidade e integrante do Conselho Fiscal da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS).


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Antonio Borella De Conto Prefeito de Marau Gestão 1993-1994 Nascido em Marau, no dia 18 de julho de 1942, Antonio Borella De Conto foi vereador (2001-2004 e 2005-2008) e prefeito de Marau. Trabalhou durante 23 anos no Banco do Brasil, até 1992, quando se afastou para concorrer à prefeitura. Ao ser eleito pelo PMDB, quebrou uma hegemonia de 38 anos do PDS (atual PP), na cidade. Antes de prestar concurso público para a instituição financeira federal, em 1965, De Conto foi também professor de História Econômica do Brasil na Escola Técnica de Contabilidade de Marau. Mas, logo após assumir o cargo no banco, foi transferido para o município de Sarandi, o que o obrigou a abrir mão da graduação em Ciências Jurídicas. Ao entrar para a vida pública, De Conto contrariou os interesses da família Borella, de tradição no ramo

hoteleiro da cidade. Entre 1962 e 1963, começou a escrever colunas para jornais, atividade que ainda hoje desenvolve. Nos anos que passou em Sarandi, foi também comentarista esportivo. Para o ex-presidente, a importância da Amesne está na cooperação entre prefeitos e autoridades estaduais na busca de soluções para os problemas municipais. “É no município que o povo vive; o País e Estado são entes abstratos. No município pulsa a nação e por isso é totalmente incoerente a não valorização do municipalismo no Brasil”, defende. O último cargo público que exerceu foi o de Secretário de Segurança, Trânsito e Meio Ambiente de Marau, em 2012. De Conto está aposentado. É casado com a argentina Adela Dolores Aversa De Conto e tem quatro filhos.

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Paulo Roberto Dalsochio Prefeito de Farroupilha Gestão 1994-1995 Filho de Zeferino e Elia Paese Dalsochio, Paulo Roberto nasceu em Farroupilha, no dia 15 de abril de 1953. É formado em Direito, com pós-graduação em Logística Empresarial. Após a aposentar-se pelo Banrisul, Dalsochio atuou por oito anos como controller na transportadora Plimor. Vereador entre 1988 e 1992, foi eleito prefeito em 1992, pelo PDT. Como contribuições de seu mandato, destaca obras de asfaltamento em diversas ruas centrais e em bairros. E, com o apoio da comunidade, pôde pavimentar vários acessos do interior do município.

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Quando presidiu a Amesne, em 1994 e 1995, teve como principal bandeira a implantação das praças de pedágio comunitário na região de abrangência da Associação – o que acabou não acontecendo (o modelo privado foi o adotado). Outro propósito de sua gestão foi eximir o município da tarefa de arcar com os custos da iluminação pública. Além de ser vereador na atual legislatura (20122016) em Farroupilha, Paulo Roberto Dalsochio hoje trabalha na Indústria de Vestuário Zomer e na Pescados do Vale.


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Gertrudes Pelissaro Dos Santos Prefeita de Paraí Gestão 1995 – 1996 Gertrudes Pelissaro dos Santos é a única mulher que presidiu a Amesne, em 50 anos de entidade. Nascida no dia 30 de julho de 1958, no interior de São Domingos do Sul, é formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Durante muitos anos advogou e lecionou na rede estadual de ensino. Em 1988, concorreu a vice-prefeita de Paraí. Sua chapa foi derrotada, mas nas eleições seguintes, ela voltou ao pleito, já como candidata a prefeita. Eleita pelo PMDB, quebrou uma hegemonia de 27 anos do PDS (sucessor da Arena) no município. Para Gertrudes, a união dos municípios em torno da Amesne é fundamental para o fortalecimento e proteção de todos os associados. “Os pequenos, sozinhos, teriam pouco poder de mobilização; em contrapartida, unidos a outros de grande porte,

assumem uma força capaz de mudar a realidade social. Para as grandes cidades, as vantagens não são menores, já que os municípios, juntos, formam um grupo que luta pelos mesmos interesses”, considera. Em 2001, após exercer o cargo de assessora jurídica na prefeitura de Nova Bassano, foi convidada para coordenar a Primeira Secretaria da Assembleia Legislativa. No governo Rigotto, assumiu a Subchefia da Casa Civil para Assuntos do Interior e a coordenação do Gabinete da Primeira Dama. Comandou a Secretaria de Estado dos Transportes em 2006 e, no ano seguinte, assumiu o mandato de Conselheira da Agência de Regulação do Estado do Rio Grande do Sul, a Agergs. Desde 2013, Gertrudes Pelissaro dos Santos atua como administradora do Hospital Beneficente Nossa Senhora Aparecida, em Paraí.

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Mario David Vanin Prefeito de Caxias do Sul Gestão 1996–1997 Mario David Vanin nasceu no dia 7 de dezembro de 1941, na Linha Zambicari, em São Marcos, quando o território ainda fazia parte do 2º distrito de Caxias do Sul. Filiado ao PP (Partido Progressista), foi vereador (de 1969 a 1972), vice-prefeito (de 1973 a 1974 e de 1989 a 1992) e prefeito de Caxias do Sul, por duas oportunidades, entre 1975 e 1976 e de 1993 a 1996). Também atuou no município em diversos outros cargos públicos e comunitários. Durante muitos anos, foi professor de Teoria Geral do Estado e de Direito Constitucional na Universidade de Caxias do Sul (UCS), entidade com a qual mantinha profunda ligação. Como prefeito, Vanin realizou importantes obras de infraestrutura na cidade, como o viaduto do Bairro Lourdes e a adutora da Rua Bento Gonçalves, que levou água para a Zona Leste da cidade. Foi duas vezes presidente da Festa da Uva (em 1983 e 1987).

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É membro fundador da Academia Caxiense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 11. O ex-prefeito de São Marcos, Serafim Gabriel Quissini, foi vice-presidente da Amesne na gestão de Vanin e se lembra das principais bandeiras que levantaram juntos. À época, a Associação lutava pela conclusão da Rota do Sol, a duplicação da RS-122 e a construção de um novo aeroporto na região. Somente a Rota do Sol foi concluída, desafogando o trânsito de outras vias de acesso ao Litoral Norte e facilitando o percurso para os moradores da Serra Gaúcha. Os outros anseios seguem como reivindicações. Mario Vanin morreu no dia 14 de agosto de 2011, aos 69 anos de idade. Deixou a mulher, a advogada Vera Lúcio Menegotto Vanin, os filhos Simone, Rachel e Thiago, e netos.


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Jacir Antônio Salvi Prefeito de Serafina Corrêa Gestão 1997–1998 Nascido no município de União das Serra, em 19 de setembro de 1958, Jacir Antônio Salvi é formado em Odontologia. Antes de iniciar a vida pública, foi agricultor, técnico agrícola e dentista. Em 1988, foi eleito vereador do município de Serafina Corrêa, onde também exerceu o cargo de Secretário de Saúde e prefeito, pelo PMDB, na gestão 1997-2000. Logo no seu primeiro ano à frente do Executivo Municipal, assumiu a presidência da Amesne. Atualmente, Salvi trabalha como representante comercial.

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Rogério Migotto Prefeito de Carlos Barbosa Gestão 1998–1999 Nascido em Carlos Barbosa, no dia 16 de maio de 1960, Rogério Migotto é engenheiro civil. Ainda jovem, começou a trabalhar como pedreiro com o pai, exercendo a atividade até 1992. Em 1993, foi viceprefeito de sua cidade natal e, durante o mandato, também desempenhou o cargo de secretário de obras do município. Nas eleições de 1996 foi eleito prefeito de Carlos Barbosa, vindo a assumir a Amesne em 1998. Dos avanços do período, o ex-presidente destaca a discussão sobre o consórcio para a montagem de farmácias de manipulação, que resultou na construção de três unidades de produção de medicamentos.

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Migotto ressalta que pautas históricas do municipalismo seguem sendo desafios. Cita o pacto federativo, a transferência de encargos pelo Estado e pela União “sem a devida compensação financeira”, a falta de liberdade com orçamentos e repasses “cada vez mais impositivos” e a “atuação pesada” dos Tribunais de Contas sobre os prefeitos, enquanto a carga poderia ser dividida com servidores e funcionários. “É tudo responsabilidade dos prefeitos”, lamenta. Atualmente, Rogério Migotto é sócio da Innova Arquitetura e Engenharia, onde atua na área de projetos para a construção civil privada.


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Alci Luiz Romanini Prefeito de Marau Gestão 1999-2000 Nascido em Itapuca, no dia 17 de junho de 1947, Alci Luiz Romanini é graduado em Letras e Ciência Jurídicas Sociais pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Antes de iniciar a carreira política, foi professor no ensino médio e gerente executivo de Implantação na Borella Avícola, em Marau. Após trabalhar como titular da Unidade Técnica Administrativa da prefeitura, Romanini foi escolhido Secretário de Obras de Marau, cargo exercido entre 1983 e 1988. No ano seguinte, assumiu o primeiro dos dois mandatos de vereador. Em 1997, foi eleito prefeito do município. Como chefe do Executivo Municipal, Romanini promoveu iniciativas de ampliação e fortalecimento do ensino. Segundo ele, foram criadas condições para

a implantação da Faculdade em Marau. O ex-prefeito destaca obras de suporte à atividade rurícola, como a conservação e melhoria das estradas municipais. A pavimentação de vias públicas, a implantação de um programa habitacional e a promoção de atividades de geração de renda e trabalho são outros aspectos que cita como contribuições de sua gestão. Durante o período que esteve à frente da Amesne, Romanini buscou apoio dos municípios de menor expressão econômica para a criação de um projeto de desenvolvimento da agroindústria regional. Dessa iniciativa, nasceu o Pacto por um Novo Rio Grande, com incentivos às empresas familiares. Aposentado, Alci Luiz Romanini presta serviços ocasionais e realiza ações de voluntariado.

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Fernando Postal Prefeito de Guaporé Gestão 2000-2001 e 2004 Nascido em Guaporé, no dia 26 de abril de 1962, é formado em Gestão Pública pela UCS. Filiado ao PMDB, atuou como assessor do deputado estadual Antônio Lorenzi, entre 1987 e 1988. Em 1989, foi nomeado secretário de Obras de sua cidade.

pela captação de verbas para obras de infraestrutura da região, a luta pela contribuição do Estado para as tarifas de iluminação pública e a ampliação das parcerias com a UCS e com a Associação de Turismo da Serra (Atuaserra).

Fernando Postal presidiu o diretório do PMDB de Guaporé entre 1992 e 1995, ano em que foi trabalhar na Assembleia Legislativa, como assessor parlamentar do irmão. Em 1996, foi eleito prefeito de Guaporé, permanecendo no cargo por dois mandatos consecutivos.

Postal foi também membro do Conselho de Administração da Ceasa-RS (2003-2006), diretor e presidente do Banrisul Administração de Consórcios (em 2005 e de 2007 a 2011) e presidente da FDRH-RS, a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado (2006). Entre 2011 e 2012, foi assessor do deputado federal Osmar Terra.

Em 2000, é eleito presidente da Amesne e, em seguida, assume também a vice-presidência da Famurs. Entre suas contribuições, destaca o trabalho pela renovação do Pacto Federativo, ainda hoje uma das principais bandeiras da Associação. O maior empenho à época, recorda, foi “a luta incessante” pelo aumento do Fundo de Participação dos Municípios. 48

O ex-prefeito destaca ainda o movimento político

Sua segunda passagem pela presidência da Amesne, em 2004, foi breve. Nos primeiros meses do mandato, Postal renunciou para concorrer à presidência da Famurs. Quem assumiu seu posto foi o então prefeito de Flores da Cunha, Heleno José Oliboni. Em 2012, Fernando Postal foi eleito novamente vereador de Guaporé.


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Alberto Bassani Prefeito de Fagundes Varela Gestão 2002–2003 Nascido em Fagundes Varela, no dia 18 de julho de 1954, Alberto Bassani foi prefeito de sua cidade natal por três mandatos: 1989-1992, 1997-2000 e reeleito para o período de 2001-2004. À parte da vida pública, trabalhou por 28 anos (1975-2004) no Banco do Brasil, onde exerceu as funções de fiscal e de Gerente de Expediente em diversas agências do estado e do país. Entre 2005 e 2006, foi diretor de planejamento da Secretaria Estadual de Transportes, no governo de Germano Rigotto. Em seguida, assumiu a presidência do Conselho da Autoridade Portuária do Porto de Porto Alegre. Em 2006, foi membro do Conselho da Autoridade Portuária do Porto de Rio Grande, do Conselho de Administração do Detran e do Conselho de Tráfego do Rio Grande do Sul (este até 2007).

Foi o único prefeito a receber por dois anos seguidos (2001 e 2002) o prêmio Gestão Fiscal Responsável, concedido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Recebeu também o prêmio Prefeito Empreendedor Loureiro da Silva, em 2003, título concedido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Em 2002, foi contemplado com o Prêmio Gestor Público, graças ao projeto Caminhos da Produção, que realizou asfaltamento de estradas do interior de Fagundes Varela. A distinção foi concedida pelo antigo Sindicato dos Auditores de Finanças Públicas do Rio Grande do Sul, o SINDAF-RS, hoje incorporado ao SINDIFISCO. Alberto Bassani é sócio da empresa A. Bassani @ Cia Ltda. e participa da administração da empresa Picolotto & Bassani Ltda., em Fagundes Varela.

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Elcio Siviero Prefeito de Veranópolis Gestão 2003-2004 Nascido em Veranópolis, no dia 23 de março de 1949, Elcio Siviero é economista formado pela UCS. Antes de entrar para a política, trabalhou com turismo, transporte, hotelaria, radiodifusão e urbanização de loteamentos. Sem nunca ter sido vereador, foi eleito prefeito de Veranópolis com mais de 60% dos votos, em 1996, pelo PPB (Partido Progressista Brasileiro, sucessor da Arena e do PDS e predecessor do PP). Em 2000, foi reeleito. Entre suas contribuições para o município, destaca a conclusão da obra do Hospital São Pelegrino, a implantação da área industrial e a construção de um dos maiores ginásios de esportes da cidade.

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Siviero foi um dos idealizadores do primeiro plano diretor de Veranópolis, que estabeleceu a marca de “Terra da Longevidade”. Durante sua gestão, a rede de abastecimento de água foi ampliada para 90% da cidade, e foram construídas uma subestação da companhia RGE e uma praça em cada bairro. O ex-prefeito comenta que foi também o responsável

pela descoberta de águas termais dentro dos limites do município. Como presidente da Amesne, buscou junto ao Governo do Estado o pagamento de energia elétrica de vias públicas. Com o Governo Federal, pleiteou repasses de tributos para o município. O ex-prefeito ressalta ainda o esforço pelo fortalecimento de cooperativas e pela coleta adequada de lixo nos municípios. Elcio Siviero mora em Veranópolis, onde dirige a empresa Turismo Siviero. É também diretor da Rádio Comunidade Princesa dos Vales desde sua fundação, há 25 anos. Para ele, o papel fundamental da Amesne é o de colaborar para o desempenho dos prefeitos. “A prefeitura é a porta de entrada de todos os problemas da população e o primeiro a ser atingido é o prefeito”, analisa.


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Heleno José Oliboni Gestão 2003-2004 Prefeito de Flores da Cunha Quando Fernando Postal se afastou da presidência da Amesne para concorrer à da Famurs, em 2004, quem assumiu o posto foi Heleno José Oliboni. Nascido no município de Esmeralda, no dia 30 de setembro de 1946, o ex-prefeito de Flores da Cunha é técnico em Contabilidade. Antes de iniciar a vida pública, foi auxiliar de pedreiro, auxiliar de laboratório, balconista e empresário. Heleno foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Flores da Cunha, município em que reside desde 1958. A cerimônia de inauguração, realizada em meados de 1981, contou com a presença do líder histórico da sigla, Leonel de Moura Brizola. O ex-prefeito foi também responsável pela fundação do CTG Galpão Serrano. Em 1996, foi eleito prefeito de Flores da Cunha, sendo reeleito para o mandato seguinte. Em sua gestão à frente da Amesne, Heleno salienta o enfoque dado às pautas regionais de mobilidade urbana, saúde, meio ambiente – investindo na coleta e na correta destinação

do lixo – e do aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Buscamos também a reutilização das linhas férreas para roteiros turísticos”, completa. Por parceria firmada, em 1999, o ex-prefeito recebeu o título de “Cidadão Honorário” da cidade de San Felice Circeo, na Itália, juntamente com o Cardeal Don Carlo Furno. Em 2001, foi contemplado com o Troféu Grazzie, do Jornal O Florense, pela sua destacada atuação política no município. Heleno foi também doze vezes presidente municipal do PDT – cargo que ocupa ainda hoje - e duas vezes presidente da coordenadoria regional do partido. Filho de Antônio Dante Oliboni e Maria Anatália dos Santos Oliboni, é casado há mais de 40 anos com Helena Ancila Bebber Oliboni, com quem tem uma filha, Adriana. Atualmente, é presidente da Manufatura de Couros e Madeira Oliboni Ltda., empresa que fundou com seus familiares em 1971.

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Antonio Cettolin Prefeito de Garibaldi Gestão 2005–2006 Nascido em 19 de novembro de 1959, na linha Sete de Setembro, no interior de Garibaldi, Antonio Cettolin é técnico agrícola. Filho de Faustino Cettolin e Zenaide Fior, é casado com Regina Guimarães Cettolin, com que teve os filhos Diego, Diogo e Douglas. Aos 15 anos, deixou a roça para ir trabalhar na fábrica da Tramontina. Foi líder estudantil na escola agrícola Visconde de São Leopoldo e, ao concluir a formação técnica, iniciou carreira na Emater, atuando no acompanhamento e na orientação aos agricultores. Desempenhou a função por 20 anos. “Lá começou um processo de liderança”, recorda. Após ser vereador de Garibaldi na legislatura 19972000, foi eleito prefeito do município, pelo PMDB, com 7.276 votos (45%). Em 2004, foi reeleito, com 12.135 votos (66,57%). Ao fim do segundo mandato,

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voltou para a Emater. Também trabalhou por um ano na Secretaria Estadual de Desenvolvimento, como assessor do então secretário Márcio Biolchi. O ex-presidente conta que o foco principal em sua passagem pela Amesne foi a integração direta entre os municípios. “Procurávamos que todos os prefeitos colocassem as suas demandas e compartilhassem as grandes conquistas, que muitas vezes serviam de exemplo para os outros”, recorda. “Muitas vezes um município sofre por alguma questão e acaba encontrando a solução ali do lado.” Em 2012, Antonio Cettolin foi eleito para um terceiro mandato como prefeito de Garibaldi. Para ele, a grande linha política da entidade deve ser a de servir de amparo e garantia aos interesses de todos os municípios associados.


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Gessi José Brandalise Prefeito de Vila Flores Gestão 2006-2007 Nascido em Veranópolis, no dia 14 de dezembro de 1958, Gessi José Brandalise é técnico agrícola e proprietário de um supermercado no município de Vila Flores. Filho de Antônio Luis Brandalise e Maria Luisa Omizzollo Brandalise, é casado e pai de duas filhas. Antes de iniciar as atividades políticas, trabalhou durante oito anos na Emater, em Carlos Barbosa. Após a emancipação de Vila Flores, em 1988, foi vereador por três vezes consecutivas: 1989-1992, 1993-1996 e 1997-2001. Em 2000, foi eleito prefeito, cargo que exerceu por dois mandatos. Assumiu a presidência da Amesne em 2006. O ex-prefeito conta que a grande realização promovida em seu período foi o início do processo de transferência da sede da Amesne de Porto Alegre

para Bento Gonçalves. “Foi um trabalho fantástico. Começamos a produzir muito mais porque a Associação estava aqui no meio de nós”, recorda. Segundo conta, a iniciativa implicou uma grande mudança estrutural na Associação. “Houve uma completa reformulação na parte administrativa”, informou. Brandalise afirma que ao fim de sua gestão houve uma redução de 80% nos gastos da Amesne. Uma pauta recorrente nas reuniões da época era o aumento do repasse de verba do Estado para o transporte escolar dos municípios. Em 2008, Gessi José Brandalise foi vice-presidente da Famurs, no mandato do então prefeito de Igrejinha, Elir Domingo Girardi.

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Juarez Lodi Prefeito de Camargo Gestão 2007-2008 Nascido no município de Camargo, no dia 22 de março de 1966, Juarez Lodi é formado em Filosofia (FUCMAT) e Teologia Popular (ESTEF), com especialização em Gestão Pública (UPF). Foi prefeito de sua cidade natal por três vezes: 1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008. O ex-prefeito destaca como suas principais colaborações ao município o apoio ao desenvolvimento da agricultura e da avicultura, a implantação de redes de água em todas as comunidades e as construções do Centro Municipal de Saúde, da Escola Pandiá, da Casa da Criança e do Auditório Municipal. Ao longo de seus mandatos, Lodi foi responsável também pela aquisição e implantação do Parque de Eventos da cidade, pela automação telefônica, pelo acesso asfáltico, pela estruturação do Distrito Industrial

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e pela aquisição da área para instalação da indústria de Biodiesel Biofuga. Em 2003, recebeu o prêmio Gestor Público. Vice-presidente da Amesne em 2006, assumiu a presidência em 2007. Uma das principais realizações de sua gestão foi a consolidação da transferência da sede da Associação de Porto Alegre para Bento Gonçalves. Ainda em 2007, foi um dos organizadores da viagem de intercambio à Europa, com a participação de representantes de 30 municípios. “O município é o ente da federação que tem a atribuição de executar quase tudo, e recebe os recursos em forma de migalhas”, explica o ex-prefeito. Para ele, é urgente reformular a partilha de recursos entre União, Estados e Municípios. Casado e pai de três filhos, Juarez Lodi atua na empresa Daros e Lodi Suinocultura.


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Bolivar Antônio Pasqual Prefeito de Farroupilha Gestão 2008-2009 Filho de Geraldina Zini Pasqual e Pedro Pasqual Filho, Bolivar Antônio Pasqual nasceu no dia 4 de fevereiro de 1957, em Farroupilha. É casado com Anita Maioli Pasqual e pai de Amanda e Bolivar Júnior. Antes de iniciar a vida pública, desempenhou por dez anos a função de auxiliar administrativo da empresa Rápido Farroupilha. Logo após, trabalhou por 17 anos como gerente da transportadora Tegon Valente, até que fundou a Transportadora Pasqual. Durante esse período, Bolivar também dedicava-se ao magistério, como professor de mecanografia e de processamento de dados. Em 1982, foi eleito vereador de Farroupilha, cargo que desempenhou por três mandatos consecutivos,

sendo presidente da Câmara em 1990. No ano de 2000, foi eleito prefeito do município – e reeleito para a gestão seguinte (2004-2008). Recebeu o troféu Prefeito Empreendedor do Sebrae/RS, em 2008, e o prêmio Gestor Público nos anos de 2003 e 2008. Bolivar conta que antes mesmo de ser escolhido presidente da Amesne, em 2008, já era membro ativo da Associação. Entre 2009 e 2012, foi presidente da Comissão de Educação da entidade, atividade que exercia concomitantemente à de secretário Municipal de Educação, Cultura e Desportos. Atualmente, Bolivar Antônio Pasqual trabalha como assessor do deputado estadual Álvaro Boessio.

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Vilmar Perin Zanchin Prefeito de Marau Gestão 2009–2010 Nascido em Marau, no dia 13 de fevereiro de 1972, Vilmar Perin Zanchin é formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Zanchin fez do municipalismo sua bandeira durante os períodos em que comandou a Amesne, a Famurs e agora como deputado. Ele defende, especialmente, a revisão do Pacto Federativo, para que os municípios finalmente tenham recursos que correspondam às suas atribuições. Iniciou a carreira política como líder estudantil no IESTA, maior escola estadual de Marau. Durante a graduação, foi presidente da ASSUMA, a Associação dos Universitários Marauenses. Zanchin foi secretário de Assistência Social, vereador e vice-prefeito de Marau, até ser eleito para o cargo máximo do Executivo Municipal, em 2004, cargo para o qual foi reeleito em 2008. É filiado ao PMDB.

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No período em que foi prefeito, o município obteve os maiores índices de crescimento econômico e social de sua história, alcançando o 1º lugar pelos critérios da FIRJAN/RJ. O ex-prefeito recebeu quatro vezes o Prêmio Gestor Público do Sindifisco, foi reconhecido como prefeito empreendedor pelo Sebrae/RS e ganhou o prêmio de Responsabilidade Social da Assembleia Legislativa. Durante seu segundo mandato como prefeito, assumiu a presidência da Amesne. Em 2010, foi nomeado presidente da Famurs. Casado e pai de dois filhos, Vilmar Perin Zanchin foi eleito deputado estadual em 2014, com 41.488 votos.


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Marcos Scopel Prefeito de Antônio Prado Gestão 2010–2011 Nascido em Antônio Prado, no dia 12 de maio de 1954, Marcos Scopel foi vereador de sua cidade natal entre 2000 e 2004 e prefeito por dois mandatos: de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012.

municípios que integram a Associação. Relata que esse acordo iniciou as tratativas para a instalação do campus da Universidade Federal na Serra Gaúcha, antiga reivindicação da região.

De seu período frente à Amesne, destaca a “missão técnica” dos prefeitos na Itália, com o objetivo de buscar possibilidades de intercâmbios e projetos de cooperação, incluindo visitas técnicas a empreendimentos-modelos da região de Vicenza.

As pautas das reuniões periódicas da Associação tratavam sempre de temas de grande interesse para os municípios, ressalta Scopel. Ao longo de sua gestão, o ex-prefeito promoveu diversas reuniões com entidades estruturantes da atividade administrativa, como Corsan, Sebrae, Secretaria da Saúde do Estado, Emater, entre outras.

À época, foi assinado um protocolo de cooperação entre a Amesne e a UFRGS, com o intuito de realizar ações conjuntas para o desenvolvimento social, econômico, científico, cultural e tecnológico dos

Atualmente, Marcos Scopel atua na indústria alimentícia, em Antônio Prado.

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Waldemar De Carli Prefeito de Veranópolis Gestão 2011–2012 Filho de Severino e Marcela Pelegrini De Carli, Waldemar nasceu em Nova Prata no dia 13 de maio de 1953. É formado em Medicina, com especialização em Medicina Interna, pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e em Cardiologia, pelo Instituto Nacional de Cardiologia da cidade do México. Fez seu mestrado na Universidade Nacional Autônoma do México.

protocolo para instalação do Núcleo da UFRGS na Serra - com a realização de audiências públicas nas cidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis - e pelo processo de Federalização da RST-470. Outro objetivo foi a duplicação dessa rodovia, com alto fluxo de veículos entre os municípios de Nova Prata e Carlos Barbosa.

De Carli exerceu atividade médica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e também na cidade de Veranópolis, onde foi secretário de Saúde. Em 2004, foi eleito prefeito do município, permanecendo no cargo por dois mandatos.

“Um protocolo foi assinado e a Amesne ficou como entidade representativa da implantação de um núcleo da UFRGS na Serra”, conta o ex-prefeito. Já a federalização da rodovia foi oficializada em audiências públicas no Ministério dos Transportes, no Governo do Estado e na Assembleia Legislativa, mas trâmites burocráticos ainda travam a decisão.

À frente da Amesne, trabalhou pela consolidação do Consórcio Intermunicipal, pela assinatura do

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Adenir José Dallé Prefeito de Monte Belo do Sul Gestão 2012–2013 Nascido em Bento Gonçalves, no dia 3 de março de 1964, Adenir José Dallé iniciou a vida política com a emancipação de Monte Belo do Sul, onde foi vereador por três mandatos (1993-1996, 1997-2000 e 20012004) e vice-prefeito por duas vezes. Como secretário de Saúde do município, foi o responsável por implantar o Programa Saúde da Família (PSF) no local. Entre suas realizações como prefeito, eleito em 2004, destaca o projeto de revitalização da área urbana do município, que compreende espaços como o Pórtico e as praças José Ferlin e Schiavon. Em 2008, foi reeleito com 70% dos votos válidos. Criou o programa de asfaltamento das comunidades do interior, visando alavancar o turismo e melhorar o escoamento da produção de uva. Investiu em programas de apoio à agricultura e à cultura, com

fomentos a festividades tradicionais da região, como a Festa da Abertura da Vindima e o Polentaço. Dallé atuou para ampliar as linhas de transporte escolar gratuito em todos os níveis de educação, com ênfase no universitário, levando alunos aos principais polos próximos de ensino superior: Porto Alegre, Passo Fundo, São Leopoldo e Caxias do Sul. As principais bandeiras durante o período em que presidiu a Amesne foram a federalização da RST470 e a instalação do campus da UFRGS na região. “É necessário criar parcerias para a efetivação de importantes conquistas para os nossos municípios, como atendimento em saúde, estradas em condições de trafegabilidade, saneamento básico e execução de projetos urbanos”, defende o ex-prefeito.

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Diogo Segabinazzi Siqueira Prefeito de Santa Tereza Gestão 2013–2014 Filho de Clarisse Maria Segabinazzi e Joel Luis Siqueira, Diogo Segabinazzi Siqueira nasceu em 29 de agosto de 1979, em Joaçaba, Santa Catarina. Graduado em Odontologia, trabalhou como dentista entre 2003 e 2009, ano em que assumiu a prefeitura de Santa Tereza. Foi reeleito para o cargo em 2012. Diogo assumiu a presidência da Amesne em 2013. Ele conta que à época a Associação realizou um trabalho voltado para a integração do próprio grupo, já que era o primeiro ano das novas administrações municipais.

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Relata, também, que a diretoria foi muito atuante no período. “Conseguimos reiniciar as negociações com a UFRGS e buscamos uma aproximação maior da Famurs e da CNM com os problemas regionais dos municípios da área de abrangência da Amesne”, destaca. Foi durante sua gestão que uma discussão mais aprofundada sobre o destino regional dos resíduos sólidos iniciou. Diogo ainda ressalta o trabalho realizado para a qualificação técnica dos agentes públicos, que culminou com uma viagem de intercâmbio com prefeituras e universidades do Chile.


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Aícaro Umberto Ferrari Prefeito de Nova Araçá Gestão 2014 – 2015 Nascido em Nova Araçá, no dia 13 de Junho de 1968, filho de Romulo Mário Ferrari e Zulma Lourdes Massoni Ferrari, Aícaro dedicou grande parte de sua vida à carreira política no município onde nasceu e constituiu família. Casado, pai de dois filhos, atuou no setor agropecuário, no ramo da avicultura, até 1993, e, posteriormente, como empresário, no setor plástico e calçadista. Aícaro Umberto Ferrari deu início à sua trajetória política como vereador no município de Nova Araçá (1989-1992). Elegeu-se prefeito em 1993, sendo o mais jovem chefe de executivo municipal do Rio Grande do Sul. Nesse período, criou o Distrito Industrial (pioneiro no município) e o Fundo do Desenvolvimento Industrial, incentivando a implantação de novas empresas. Foi responsável pela implantação e melhoria da telefonia em quase todas as residências das comunidades do interior. Também construiu redes de energia elétrica trifásica no interior, até então inexistentes. Em seu segundo mandato, de 2009 a 2012, Aícaro desenvolveu a flexibilização na gestão para a viabilização da área de desenvolvimento habitacional (novos loteamentos).

Já foi presidente do PMDB do município e presidente da Coordenadoria do PMDB da Encosta Superior do Nordeste. Em sua atual administração (2013 a 2016), no terceiro mandato, tem realizado significativas ampliações de programas na área da saúde. Na educação, já construiu duas escolas, uma de educação infantil e outra de ensino fundamental. Também, tem expandido o projeto de internet gratuita para todo o município. É o atual presidente Amesne, responsável pela idealização e pelo lançamento deste livro, um marco na história da Associação. Sua administração tem trabalhado fortemente em representar os municípios em suas demandas regionais e coletivas, de forma alinhada ao movimento municipalista atuante da Famurs e da CNM. Entidades como estas e a Amesne, segundo Aícaro, são constantes vigilantes dos interesses dos municípios, combatendo as injustiças e distorções de nosso federalismo e exaltando nossas conquistas. 61



A ENCOSTA E SEUS ENCANTOS Nossos municípios e sua gente são a força da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul. Portanto, seria impossível contar a história da Amesne sem apresentar cada um de seus associados. Nesta seção, oferecemos informações completas sobre as cidades que compõem a entidade. Falamos de sua história, de sua formação e de suas principais características – sociais, econômicas e geográficas. Cada página a seguir contém informações valiosas, para diferentes públicos. A quem busca prosperidade e possibilidades de investimento, nossos municípios, seus campos, suas indústrias e seus negócios representam grandes oportunidades. A quem procura lazer, belas paisagens e bons serviços de turismo, a encosta superior é destino obrigatório. Explore conosco nossa região.


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Antônio Prado

Antônio Prado foi a sexta e última das antigas colônias italianas a ser fundada, em maio de 1886. Por sugestão de Manoel Barata Góis, responsável pelas demarcações das terras, a nova colônia recebeu esse nome em homenagem a Antônio da Silva Prado, ministro da Agricultura à época, que promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao país. A partir de então, a colônia começou a desenvolver-se com a construção das moradias e da capela, além do surgimento de pequenos comércios, serviços de saúde e, mais adiante, cooperativas produtivas. A agricultura foi um dos alicerces do progresso econômico do município – característica esta comum à região de colonização italiana, destacada pela vitivinicultura. Atualmente, a agricultura ecológica começa a ganhar espaço, potencializando novo desenvolvimento no cenário rural. O crescimento da indústria, alavancado pelo setor moveleiro, tem ganhado novo impulso nas últimas décadas com a indústria de alimentos. O setor de serviços também tem significativa importância para o PIB municipal. A pequena cidade ganhou projeção nacional em 1994, quando o Centro Histórico foi cenário das gravações do filme O Quatrilho. As cenas representavam a Caxias do Sul do início do século XX e exaltavam a belíssima paisagem urbana composta pelo conjunto arquitetônico, que ganhou vida com a participação dos moradores como figurantes. O Quatrilho foi o segundo longa-metragem brasileiro a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, marcando a retomada da produção nacional de cinema.

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Em Antônio Prado, o patrimônio cultural da imigração italiana no Brasil pode ser conhecido em todos os seus aspectos. São 48 imóveis no centro urbano tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, desde 1989. Algumas das construções são importantes pontos turísticos da cidade, como a Casa da Neni, construída em 1910, que abriga o Centro Cultural Padre Schio e é sede do Museu Municipal. Já a Casa Meyer, erguida em 1919, é hoje a Estação do Trigo. A Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus representa a religiosidade do povo pradense; seus vitrais e sua pintura interna do teto chamam a


Já o patrimônio imaterial está reconhecido através de todo o conhecimento e dos costumes preservados por gerações de famílias descendentes. O talian, idioma que recentemente se tornou Referência Cultural Brasileira, é falado no dia a dia da comunidade pradense. A culinária típica também é uma forte referência, e pode ser apreciada nas festas e nos restaurantes locais. Todas essas características, associadas à hospitalidade e à simpatia dos moradores, fazem de Antônio Prado um bom lugar para se viver e visitar, um singular destino turístico brasileiro.

Fundação/emancipação: 11 de fevereiro de 1899 População: 13.274 habitantes Área: 347,62 km² PIB: R$ 325.900.000,00 PIB per capita: R$ 25.419,00 IDHM: 0,758 Prefeito Municipal: Nilson Camatti Endereço: Rua Francisco Marcantônio, 57 Telefone: (54) 3293.5600

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atenção pela beleza estética. Construída entre 1891 e 1897, possui grande semelhança com o santuário de Monte Bérico, localizado em Vicenza, na Itália.

E-mail: gabinete@antonioprado.com.br Site: www.antonioprado.com.br

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Bento Gonçalves

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Bento Gonçalves, a capital Brasileira da Uva e do Vinho, destaca-se pela sua riqueza natural, diversidade cultural e força do empreendedorismo. O município, colonizado inicialmente por imigrantes italianos, é hoje formado pela miscigenação de diversos povos. A história de Bento Gonçalves se iniciou em 1875, com a chegada das primeiras famílias de italianos na Encosta Superior do Nordeste, dando origem às colônias de Dona Isabel (Bento Gonçalves), Conde D’Eu (Garibaldi) e Nova Palmira (Caxias do Sul). Os primeiros imigrantes chegaram à Colônia Dona Isabel em 24 de dezembro de 1875. Aos poucos, a região foi se desenvolvendo, com a abertura de picadas e estradas. Em 11 de outubro de 1890, surge o município de Bento Gonçalves, então desmembrado de Montenegro. O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha.

Com a chegada do Banco Nacional do Comércio e do Banco de Pelotas, há o primeiro impulso de desenvolvimento. Entre 1919 e 1927, a luz elétrica é instalada na região. Nessa época também é inaugurado o Hospital Dr. Bartholomeu Tachini. Em 1967, ocorre um evento que muda a realidade do município: com a força da comunidade, surge a I Fenavinho – Festa Nacional do Vinho. A cidade recebeu pela primeira vez um presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. O principal produto e a força da economia de Bento Gonçalves foram divulgados em todo o Brasil, tornando a cidade conhecida nacional e internacionalmente. A indústria moveleira é a grande força econômica de Bento Gonçalves, sendo o mais importante polo do setor no Estado. A cidade produz 8% dos móveis do país, além de 40% de todo o Rio Grande, por meio de 335


Bento recebe importantes eventos com destaque nacional e internacional: a ExpoBento, que mostra o melhor da cidade, sua economia e cultura; a Feira do Livro, que em 2014 chegou à sua 29ª edição; a FIMMA Brasil, Feira Internacional de Máquinas, Máterias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira; a Movelsul; e a Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (Fiema). Alguns dos eventos ocorrem no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, espaço com 58 mil m² de área coberta. Nos anos ímpares, ocorre a Fenavinho Brasil, que reúne todas as regiões vitivinícolas do país.

Fundação/emancipação: 11 de outubro de 1890 População: 112.318 habitantes Área: 382,5 km² PIB: R$ 3.512.880.000 PIB per capita: R$ 32.036,00 IDHM: 0,778 Prefeito Municipal: Guilherme Pasin Endereço: Rua Marechal Deodoro, 70 Telefone: (54) 3055.7111

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indústrias. Bento é também a Capital Brasileira da Uva e do Vinho, sendo a primeira região do Brasil a receber a Indicação de Procedência e Denominação de Origem pelo Vale dos Vinhedos. Também são destaques na cidade a indústria metalúrgica, o setor de transportes e a fruticultura, em que se sobressai o pêssego, com uma produção de mais de 14 mil toneladas.

E-mail: gabinete@bentogoncalves.rs.gov.br Site: www.bentogoncalves.rs.gov.br

Recebendo mais de 1 milhão de visitantes por ano, Bento Gonçalves tem muito a mostrar para os turistas. A começar pelo público que busca o enoturismo. Pode-se visitar na cidade a Cooperativa Vinícola Aurora, primeira vinícola a abrir suas portas para o público. Pelo Vale dos Vinhedos, são realizadas rotas turísticas para conhecer a produção de vinhos, o cultivo das videiras e as tradições dos italianos. No bairro Cidade Alta, é possível ainda viajar pela cultura dos imigrantes, no Parque Temático Epopeia Italiana. O culto aos colonizadores está ainda no Museu do Imigrante, no monumento na Praça Achyles Mincarone e na Pipa Pórtico, cartão-postal da cidade. As igrejas são também importantes atrações turísticas da cidade, como a Igreja Matriz Cristo Rei, inaugurada em 1954, a Igreja Santo Antônio, concluída em 1894, a Igreja São Bento, em forma de pipa, e a Capela Nossa Senhora das Neves. O visitante de Bento pode ainda passear com a Maria Fumaça, trem a vapor que percorre 23 quilômetros passando por Garibaldi e Carlos Barbosa, e apreciar as paisagens da região, sobretudo no Vale dos Vinhedos, onde se destacam os parreirais e a agricultura familiar.

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Há mais de cem anos, chegaram os primeiros moradores à região de Boa Vista do Sul. As famílias de Pedro Nicolao, Luis Batistelli e Baptista Loss se dedicavam à lida da lavoura, onde produziam uva e vinho para seu próprio consumo. Por ali, também foi construído um moinho de pedra, na propriedade de Nicolao, seguindo a tradição italiana. Na primeira década do século XX, a localidade já possuía uma pousada, comércio e uma fábrica de queijos. Dessa época data ainda a construção de uma barragem no Arroio Boa Vista e a instalação de um gerador que fornecia energia aos habitantes.

As belas paisagens da região deram nome a uma área de lotes, que ia do 01 ao 80, desde a imigração italiana no final do século XIX. Ao redor do lote 27 surgiu um povoado, chamado 27 da Boa Vista. Esse local foi o embrião do município, que por muito tempo tinha suas terras divididas entre Garibaldi e Barão. A emancipação política do então Distrito do 27 da Boa Vista se deu apenas em 22 de outubro de 1995. Sua criação oficial foi dois meses depois, em 28 de dezembro de 1995, pela Lei nº 10.632. Em 1º de janeiro de 1997, a comunidade era instalada. A Boa Vista, acrescentou-se o complemento “do Sul”.

Divulgação/Prefeitura de Boa Vista do Sul

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Boa Vista do Sul

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A tradição dos imigrantes italianos ainda se manifesta na vida e na cultura do povo de Boa Vista do Sul, através de valores como família, cooperativismo e religiosidade. Costumes dos antigos seguem sendo perpetuados, como a produção colonial de pão, polenta, grappa, queijo e salame – o que torna a gastronomia artesanal um dos pontos fortes da cidade. Boa Vista do Sul oferece diversos atrativos para os seus visitantes. Para quem for ao município, é possível conhecer a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, um espaço de tranquilidade, renovação e esperança. Há também a Igreja de São Roque de Castro, uma das mais visitadas da cidade, que guarda um importante patrimônio histórico-cultural. Outro local religioso de destaque é a Igreja de Santa Helena, templo construído em 1938 e que ainda preserva

características da época. No 37 da Boa Vista está a Casa de Pedra, de propriedade da família Pozzebon. A residência, estima-se, foi erguida há mais de 150 anos e conta com paredes com cerca de 70 centímetros de espessura. A riqueza natural que deu nome à comunidade é mais um atrativo para o visitante. Há belos lugares escondidos em meio ao verde, como as cascatas naturais em São Silvestre e uma figueira centenária. Na região, é possível ainda divertir-se em um pesque-epague, em São Silvestre, bem como realizar camping.

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Divulgação/Prefeitura de Boa Vista do Sul

Completando vinte anos como município, Boa Vista do Sul se destaca na avicultura, atividade que responde por 80% da economia. Utilizando técnicas modernas na criação, a cidade é atualmente o segundo maior produtor de frangos de corte do Rio Grande do Sul, com uma produção de mais de 4 milhões de cabeças. Na pecuária, o município também desenvolve a criação de suínos e bovinos. Na agricultura, as principais culturas são a vitivinícola, milho e batata. As pequenas propriedades predominam no campo sul-boavistense.

Fundação/emancipação: 22 de outubro de 1995 População: 2.859 habitantes Área: 94,35 km² PIB: R$ 118.819.000,00 PIB per capita: R$ 42.941,00 IDHM: 0,728 Prefeito Municipal: Aloísio Rissi Endereço: Rua Emancipação, 2470 Telefone: (54) 3435.5366 E-mail: prefeito@boavistadosul.rs.gov.br Site: www.boavistadosul.rs.gov.br 69


Divulgação

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Carlos Barbosa Diversas etnias fazem parte da história barbosense. Os indígenas, mais precisamente os tupis-guaranis e os jês, foram os primeiros a ocupar a região. Os primeiros imigrantes a chegar ao município foram os lusobrasileiros, oriundos de Porto Alegre, Montenegro e São Sebastião do Caí. A colonização seguiu com a vinda de outras etnias europeias, como alemães, franceses e poloneses. No entanto, o maior número de imigrantes que se estabeleceu no povoado foi de italianos, que deram impulso ao desenvolvimento da Serra a partir de 1870. Provenientes, em sua maioria, das províncias do Vêneto e Lombardia, fixaram-se em todas as localidades do município, deixando como marcas, até hoje, sua cultura, suas tradições e seus costumes. 70

No princípio havia apenas um nome genérico que denominava a atual Carlos Barbosa: Estrada Geral ou Primeira Seção da Linha Estrada Geral; raramente

também ouvia-se “Caminho Geral”. Por volta de 1883, a comunidade também era conhecida como Trinta e Cinco, em referência ao número do lote onde se estabeleceu o primeiro núcleo social da localidade. Em 1909, passou a chamar-se Santa Luíza, uma homenagem do capataz da ferrovia, Faustino Gomes, a sua noiva, a professora belga Louise (Luíza) Marie De Sidonie Lergon Debeaupré. O nome Carlos Barbosa surgiu apenas em 25 de janeiro de 1910, pouco depois de inaugurada a Estação Ferroviária, quando o intendente de Garibaldi, Júlio Azambuja, deu à vila seu nome oficial e definitivo. O decreto intendencial homenageava o então Governador do Rio Grande do Sul, Carlos Barbosa Gonçalves, em cujo governo (1908-1913) foi concluída e inaugurada a estrada de ferro Montenegro-Caxias do Sul, na qual se inseria essa povoação, que teve na


Em março de 1958, foi dado início à luta pela emancipação da então vila, com uma primeira reunião que resultou na criação da Comissão de Emancipação, tendo por local o Salão Paroquial da comunidade. Depois de mais de um ano, a luta enfim se tornou realidade. Em 25 de setembro, o governador do estado, Leonel de Moura Brizola, sancionou a Lei nº 3.831, que criava o município de Carlos Barbosa, tendo como seu primeiro prefeito José Chies Primo. A economia de Carlos Barbosa é baseada na atividade industrial, tendo destaque o setor metalúrgico, com a Tramontina, e o setor alimentício, com a Santa Clara, ambas empresas centenárias. Os laticínios, aliás, são o mote para um dos principais atrativos do município: o Festiqueijo. O festival, que chegou à sua 25ª edição em 2014, é considerado o melhor evento gastronômico da Serra Gaúcha. Durante vários dias, o público visitante pode degustar mais de 40 tipos de queijos, além de pastéis, cucas, pizzas e outros sabores da culinária típica italiana, acompanhado de vinhos e espumantes.

Quem deseja conhecer Carlos Barbosa pode passear com a Maria Fumaça, linha de trem que percorre 23 quilômetros entre o município e Bento Gonçalves. Há também o Parque da Estação, um dos principais cartões postais, local em que se encontra a antiga Estação Férrea, construída em 1908, inaugurada em 1909 e restaurada em 2000. Destaca-se ainda a Capela de Santo Antão Abade, uma das mais antigas construções da imigração italiana, de 1882, a Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe de Deus, de 1943, e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. O esporte é mais uma das marcas do município, conhecido mundialmente por sediar a ACBF (Associação Carlos Barbosa de Futsal), equipe brasileira de maior êxito no futsal.

Fundação/emancipação: 25 de setembro de 1959 População: 25.192 habitantes Área: 228,6 km² PIB: R$ 886.899.074,00

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ferrovia o impulso para seu notável desenvolvimento. Por algum tempo, a fachada da Estação continuou com o nome Santa Luíza, porém, às vésperas do Natal de 1911 ou 1912, foi trocada às pressas para Carlos Barbosa, pois naquele dia passaria pela vila, de trem, uma grande autoridade, possivelmente o próprio Dr. Carlos Barbosa.

PIB per capita: R$ 35.205,58 IDHM: 0,796 Prefeito Municipal: Fernando Xavier da Silva Endereço: Rua Assis Brasil, nº 11, Centro Telefone: (54) 3461.8800 E-mail: prefeito@carlosbarbosa.rs.gov.br Site: www.carlosbarbosa.rs.gov.br

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Casca No fim do século XIX, José Vanzo vivia com sua família na região onde, mais tarde, seria erguido o Seminário São Rafael. Após a medição das terras, adquiriu grande área cortada por um arroio e coberta de densa vegetação. O povoado foi crescendo às margens desse arroio e passou a ser conhecido como São Luiz de Casca. A colônia foi fundada em 1890, por famílias procedentes de outras colônias mais velhas. Da Itália, vieram famílias das regiões do Vêneto, Vicenza, Pádua, Verona, entre outras províncias. Poloneses também se estabeleceram por ali.

liso e escorregadio, propício para quedas. Cair, no dialeto italiano, traduz-se por “cascar”.

O nome “Casca” tem duas possíveis origens: a extração de cascas de árvores na região com objetivos comerciais; o local de passagem dos cavaleiros e carroceiros no riacho próximo à cidade era bastante

O setor primário tem grande força na economia do município, representando mais de 50% de sua riqueza. Casca é a capital gaúcha do leite, sendo líder estadual também em produtividade por vaca ordenhada.

Durante boa parte do século XX, Casca fez parte do município de Guaporé, sendo um de seus distritos. Em 1939, passou a se denominar Casca definitivamente. Com o rápido desenvolvimento, a emancipação da região era questão de tempo. E ela se deu em 15 de dezembro de 1954, através da Lei nº 2.525. A instalação do município ocorreu em 28 de fevereiro do ano seguinte.


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Somente em 2013, teve uma produção de 65 milhões de litros de leite. O campo produz ainda suínos, frangos, milho e soja. A atividade agroindustrial de médio e pequeno porte também se destaca, com a produção de queijos, embutidos, conservas, pães, cucas, entre outros. Na indústria, a cidade é sede da Mig Plus, uma das maiores produtoras de alimentação animal do país; da Cantina Don Abel, que atua na vinicultura; além de fábricas de esquadrias, móveis, aberturas de ferro e alumínio, vestuários e madeireiras. Entre seus atrativos turísticos, destaca-se a Igreja Matriz, construída pela comunidade a partir de 1890, sendo inaugurada em 1929, em estilo gótico. O local é sede das festas do padroeiro da cidade, São Luiz Gonzaga. Os Museus Aldo Besson e Luiggi Pinzetta contam ao público um pouco da história da cidade e de seus imigrantes. Também se destacam a Casa Busato, mais antigo imóvel de Casca, e a Vila Evangelista, registro arquitetônico dos colonizadores. A leste da cidade está o Parque Municipal Arcido Perin, sede do parque de rodeio e do Estádio Nadir Antônio José Faresin. O local é ainda espaço para a prática de diversos esportes, como motocross, atletismo e ciclismo. A natureza também proporciona suas belezas, como as cascatas da Garganta, na Capela São Jacinto, e a de Evangelista.

Fundação/emancipação: 15 de dezembro de 1954

Entre os principais eventos de Casca estão a Festa da Colônia, desfile temático que resgata os usos, costumes e tradições, heranças dos imigrantes; o Rodeio Crioulo, realizado a cada dois anos pelo CTG Laço da Amizade e Piquete Tropeiro Serrano; a Semana da Pátria e Semana Farroupilha; a Festa de Aniversário do Município, que sedia a Sagra del Porco e o Doce de Casca; e o Cascaval, carnaval de rua.

IDHM: 0,785

População: 9.016 habitantes Área: 272 km² PIB: R$ 294.584.000,00 PIB per capita: R$ 33.926,00 Prefeito Municipal: Alan Martins das Chagas Endereço: Rua Tiradentes, 778 Telefone: (54) 3347.1233 E-mail: gabinete@pmcasca.com.br Site: www.pmcasca.com.br

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Caxias do Sul 74

A partir da imigração, os italianos desembarcaram na região de Caxias, em 1875, ocupando a área conhecida como Fundos de Nova Palmira. A maioria era originária do Vêneto. Dois anos depois, a localidade passou a ser Colônia Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias. Com rapidez a colônia foi se desenvolvendo, estruturada na agricultura de subsistência. A sede urbana crescia, com atividade comercial e industrial.

Em 1881, é realizada a primeira Feira Agroindustrial, origem da moderna Festa da Uva. Três anos depois, a área perde sua condição de colônia, anexando-se ao município de São Sebastião do Caí como seu 5º Distrito e passando a se chamar Freguesia de Santa Tereza de Caxias. Em 20 de junho de 1890, a freguesia passa a ser vila. Em 1º de junho de 1910, Caxias obtém sua autonomia e se torna um município. A vitivinicultura tem seu ponto de destaque na Festa da Uva, cuja primeira edição foi realizada em 1931. Com o passar do tempo, o evento foi conquistando mais e mais repercussão, saindo dos salões para ganhar as ruas, com desfiles de carros alegóricos e grupos caracterizados. Em 1965, já era o maior evento do gênero na América Latina. Em 1972, a festa foi palco de um momento histórico: a primeira transmissão de televisão a cores no Brasil. Atualmente,


Caxias sedia 20 das 500 maiores empresas do Sul do Brasil e tem diversas indústrias entre as maiores do país em seus campos de atuação. Destacam-se a Marcopolo, que produz mais da metade das carrocerias de ônibus do país; a Agrale, única montadora de caminhões e ônibus de capital nacional; além da Gazola, Randon, Chies & Chies e Intral. No setor primário, Caxias do Sul possui destacada produção de maçã (117 mil toneladas), uva (66 mil toneladas) e tomate (36 mil toneladas). A produção de milho, cebola, caqui e pêssego também é significativa. Na pecuária, os rebanhos mais importantes são os de bovinos, suínos e frangos – além da produção de ovos e leite. Caxias é ainda um importante polo universitário, contando com dez instituições de graduação – com destaque para a Universidade de Caxias do Sul (UCS), uma das principais do Estado. Caxias preserva as heranças e a história da colonização italiana. Na entrada da cidade, está o Monumento Nacional ao Imigrante, realizado pelo escultor Antônio Caringi. Diversas edificações pela cidade são hoje patrimônio histórico, como o Palacete Eberle, a Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa) e a Casa Canônica. O aspecto religioso está presente na Catedral de Caxias do Sul, construída a partir de 1895, e na Capela do Santo Sepulcro. Na Igreja de São Pelegrino é possível ainda apreciar uma grande e importante série de pinturas de Aldo Locatelli. Para o turista que visita a cidade, pode-se passear em roteiros como o La Città, Caminhos da Colônia, Estrada do Imigrante e Ana Rech, onde o visitante conhece a história da cidade e dos imigrantes, além de saborear pratos tradicionais e apreciar paisagens características. Durante o ano, Caxias realiza eventos culturais, como a Feira do Livro e a Feira Internacional de Cultura e Artesanato.

No setor econômico, a cidade sedia a Feira Brasileira da Mecânica e da Automação Industrial, além da Feira de Subcontratação e Inovação Industrial (Mercopar), que recebem milhares de visitantes e movimentam cerca de R$ 100 milhões em negócios. Com cerca de 500 mil habitantes, Caxias do Sul tem o maior PIB do interior do RS. É a primeira cidade gaúcha na lista das melhores grandes cidades do Brasil, segundo a Revista Exame.

Fundação/emancipação: 20/06/1890 População: 470.223 habitantes

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o evento ocorre a cada dois anos, celebrando a uva e o vinho de toda a Serra Gaúcha e do país.

Área: 1.644,3 km² PIB: R$ 16.651.357.000,00 PIB per capita: R$ 37.259,00 IDHM: 0,782 Prefeito Municipal: Alceu Barbosa Velho Endereço: Rua Alfredo Chaves, 1333 Telefone: (54) 3218.6001 E-mail: gabinete@caxias.rs.gov.br Site: www.caxias.rs.gov.br

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Coronel Pilar

Como em muitos municípios da região, a história de Coronel Pilar começa a partir da imigração italiana. Em 1877, a localidade, então conhecida como São Lourenço de Villas Boas, recebe as primeiras famílias, oriundas das províncias de Cremona, Bergamo, Milão, Vicenza e Trento. A área também era denominada Sessenta, em referência à sua localização no lote 60 da Linha Figueira de Mello. Entre os primeiros imigrantes, estava Francesco Baruffi, que ajudou a erguer a primeira igreja de madeira da cidade, fabricando o altar, o pavimento e as janelas. Em 1910, São Lourenço de Villas Boas passa a se chamar Floriano Peixoto, em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil na Primeira República. A atual denominação surge em 1944, como forma de júbilo ao TenenteCoronel Fabrício Pilar, falecido em 1894 durante a luta contra os federalistas. Além disso, na região existia o Tiro de Guerra, que preparava os jovens para possíveis batalhas. Essa unidade atuou entre 1920 e 1948. Então distrito de Garibaldi, Coronel Pilar deu início à busca de sua emancipação na década de 1990. Em 14 de janeiro de 1994, ocorreu a primeira reunião com esse objetivo, na sala do Grupo de Jovens (JUCOP). Em 25 de março de 1996, a população foi às urnas e decidiu pela autonomia de Coronel Pilar. A agropecuária é a principal força produtiva do município desde suas origens. No princípio, Coronel Pilar se notabilizou pela produção de banha, que, além de abastecer o mercado interno, era exportada para a Europa. O milho e a cevada também eram importantes culturas da cidade. Atualmente, o campo responde por 90,36% da economia do município. Entre os destaques estão a vitivinicultura, que em 2014 produziu 18 milhões de quilos de uva, e a avicultura, com uma produção de 6,2 milhões de cabeças em 2014. Milho, batata inglesa, cebolas, frutas cítricas, leite e suínos são outras atividades importantes para o desenvolvimento local.

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A religiosidade, herança da imigração, é muito presente em Coronel Pilar. A antiga igreja de madeira teve sua rede reformada em 1908. No entanto, em


Ao visitante, a cidade oferece como opções turísticas as diversas casas antigas que seguem conservadas, como a Casa de Pedras da Família Mattuella, construída há mais de cem anos pelos imigrantes. A natureza também oferece diversos

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No local ocorre a festa do padroeiro, realizada em agosto. No mês de maio, Coronel Pilar também sedia os festejos para Nossa Senhora do Caravaggio, na Linha Caravaggio. A cidade também rende homenagem a Santa Bárbara, que conta com um capitel em sua sede, e a São Cristóvão, durante a festa dos motoristas em novembro.

atrativos, como cascatas, belvederes, riachos e cavernas, espaços para a prática de diversos esportes. As paisagens rurais são outro ponto de destaque para quem visitar Coronel Pilar.

Fundação/emancipação: 16 de abril de 1996 População: 1.747 habitantes Área: 104,5 km² PIB: R$ 49.183.000,00 (IBGE, 2012) PIB per capita: R$ 28.897,00 (IBGE, 2012) IDHM: 0,727 (IBGE, 2010) Prefeito Municipal: Lourenço Delai Endereço: Avenida 25 de Julho, 538, Centro Telefone: (54) 3435.1115 E-mail: coronelpilar@coronelpilar.com.br Site: www.coronelpilar.rs.gov.br

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1944, decidiu-se erguer um novo templo. Sob a liderança do Padre Luís Simonaggio, a comunidade lutou para construir a melhor igreja do então município de Garibaldi. E a obra se concretizou em 10 de agosto de 1959: a Igreja de São Lourenço Mártir, padroeiro da cidade. É uma edificação em estilo gótico, com aproximadamente 600m², e hoje principal ponto turístico do município.

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Cotiporã 78

Por volta de 1885, chegam os primeiros moradores à região onde hoje está Cotiporã, antes habitada por índios caingangues. Os imigrantes italianos penetraram nas matas virgens, estabelecendose nas colônias da Primeira Linha, a Linha Frei Caneca. A seguir, outros pioneiros da colonização foram tomando posse das colônias das demais linhas. Na segunda, a Independência, formou-se um pequeno núcleo, ao qual chamaram de Monte Vêneto, em homenagem à região do Vêneto, na Itália, de onde procedia a maioria dos moradores.

No começo, a área pertencia a Lagoa Vermelha. Com a emancipação de Alfredo Chaves (hoje Veranópolis), Vêneto passa a fazer parte deste município, sendo seu terceiro distrito, em 1899. Em 1907, o Padre Eugenio Medicheschi funda a primeira cooperativa de laticínios do Brasil, a “Trabalho e Progresso”. Em 1912, é criado o frigorífico “A Sul Americana”, conhecido como o “Pai dos Frigoríficos” do Brasil. A partir de então, o povoado começa a se industrializar.


A cidade é conhecida como a “Joia da Serra Gaúcha” – além de sua beleza, destaca-se pela produção de joias, em diversas fábricas. A agricultura é outra importante força do município, especialmente a vitivinicultura. A produção de uva, vinhos e outros atrativos da gastronomia típica italiana dá força à economia e ao turismo de Cotiporã.

Fundação/emancipação: 12 de maio de 1982 População: 4.014 habitantes Área: 172,38 km² PIB: R$ 11.507.000,00 PIB per capita: R$ 28.658,00 IDHM: 0,741 Prefeito Municipal: José Carlos Breda Endereço: Rua Silveira Martins, 163 Telefone: (54) 3446.2800

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Com a Segunda Guerra Mundial, o distrito muda de nome, passando a se chamar Cotiporã. O nome, de origem indígena, é a fusão das palavras “Coti” (lugar, casa) e “Porá” (bonito, belo). Em 1955, a denominação volta a ser Monte Vêneto. Um ano mais tarde, no entanto, a região se torna novamente Cotiporã. Em 12 de maio de 1982, é promulgada a Lei nº 7.652, que garante a emancipação do município, o que impulsiona seu progresso e desenvolvimento.

E-mail: prefeito@pmcotipora.com.br Site: www.cotipora.rs.gov.br

A natureza oferece muitas atrações ao visitante, tais como: a Cascata dos Marins, localizada no Arroio Sapatinho, com duas quedas d’água; o Morro do Céu (também chamado de Morro dos Baianos, pois o local foi habitado por negros refugiados das charqueadas, chamados de “baianos” pelos descendentes dos imigrantes), formação rochosa com 70 hectares de mata nativa em seu platô; o Pico do Paraglaider, que permite a prática desse esporte, além de uma incrível vista da região; e o Encontro das Águas, junção dos rios Carreiro e Antas, que formam o Rio Taquari. Cotiporã conta ainda com mais atrativos: a Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde, construída entre 1905 e 1907 e sede da festa para a padroeira da cidade; o Museu Histórico e a Biblioteca Municipal, localizados junto ao prédio da Casa da Cultura, erguido em 1935; as residências típicas da imigração italiana, feitas de basalto ou tijolos; e a Gruta de Quartzo, no centro da cidade, totalmente revestida pelo mineral. O município ainda sedia importantes eventos, como a Feira do Livro, que em 2014 chegou à sua décima edição, na Praça Fortunatto Odorizzi. Em agosto, é realizada a Festa do Colono e Filó Italiano, que celebra a herança e as tradições dos imigrantes. A cidade celebra também a Semana da Pátria e a Semana Farroupilha.

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Fagundes Varela A história de Fagundes Varela começou a ser escrita em fevereiro de 1888, quando os primeiros imigrantes italianos chegaram em terras da Colônia de Alfredo Chaves, desbravando a mata e trilhando um novo caminho. Além de italianos, algumas famílias alemãs, polonesas e francesas também colonizaram a localidade.

A fé católica é parte fundamental da história do município desde seus primórdios, traduzida pela construção de capelas, que se espalharam pelo território. Isso também se viu no espírito de

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O povoado da capela de Santo Antônio de Pádua, fundada em 1891, foi conhecido como o Cento, por estar localizado no lote de número cem,

ou por Segunda de Barro Preto. Em 12 de junho de 1905, a localidade foi elevada à categoria de Distrito de Veranópolis (na época, Alfredo Chaves), sendo chamada de Bella Vista. Em 1938, ganhou o seu nome atual: Fagundes Varela, uma homenagem ao poeta romancista Luis Nicolau Fagundes Varela.

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Além disso, uma figura em especial marcou a história de fé do município: o Padre Ângelo Odorico Mônaco. Nascido em Montesano Sulla Marcelana, na Itália, em 1881, chegou a Fagundes Varela em 1923, permanecendo como vigário da Paróquia de Santo Antônio até sua morte, em 1948. Mônaco se notabilizou como um sacerdote dinâmico, tendo colaborado para o desenvolvimento da cidade. Era procurado pelas suas bênçãos, tidas como milagrosas. Em sua memória, os fagundenses promovem, anualmente, a Romaria ao Túmulo do Padre. A emancipação de Fagundes Varela veio em 8 de dezembro de 1987, data em que foi assinada a Lei Estadual nº 8.460. Em 1989, tomou posse a primeira gestão municipal.

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cooperação da população, que, unida pela religiosidade, abriu picadas, ergueu escolas e formou cooperativas. A principal delas foi a Cooperativa de Suinocultores Bella Vista, que produziu os afamados embutidos Sul Brasil, entre as décadas de 1930 e 1970.

passeio pelas tradições da imigração. Nos eventos, destacam-se a BellaFesta – Feira Industrial, Comercial, Agropecuária e Cultural, o Rodeio Crioulo, a Semana do Imigrante e as festas sociorreligiosas nas capelas.

A economia do município é baseada na produção agropecuária. Aves, leite, suínos, bovinos, uva, soja e milho são as principais culturas, instaladas em pequenas propriedades rurais. A indústria também se destaca, sobretudo no setor de polimento. Outras empresas, como de produção de máquinas e móveis, confecções, serrarias, além do setor comercial e de serviços, reforçam o desenvolvimento econômico.

Fundação/emancipação: 8 de dezembro de 1987

Fagundes Varela oferece inúmeros atrativos ao seu público visitante. É possível conhecer o Pórtico, a Praça Bella Vista, as capelas centenárias do interior, como Nossa Senhora do Rosário e São Pedro, o jazigo do Padre Ângelo Mônaco e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. Além disso, a gastronomia colonial típica e as casas com arquitetura italiana permitem um

Prefeito Municipal: Jean Fernando Sottili

População: 2.699 habitantes Área: 134,02 km² PIB: R$ 91.160.000,00 PIB per capita: R$ 35.116,00 IDHM: 0,763 Endereço: Avenida Alfredo Reali, 300 Telefone: (54) 3445.1066 E-mail: prefeitura@fagundesvarela.rs.gov.br Site: www.fagundesvarela.rs.gov.br

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Farroupilha A cidade de Farroupilha é o berço da colonização italiana no Rio Grande do Sul. Os primeiros imigrantes desembarcaram na localidade, que posteriormente passaria a se chamar Nova Milano (hoje distrito do município), em maio de 1875, oriundos de Milão. A estrutura do município começou a tomar forma após a instalação das primeiras famílias. Entre 1885 e 1886, instalou-se uma comunidade na Colônia Sertorina, formada por trentinos e trevisanos. O lugar hoje é o bairro de Nova Vicenza. Os primeiros moradores teriam sido imigrantes italianos já assentados na Colônia Conde D’Eu. Sentindo os potenciais de desenvolvimento da nova comunidade, venderam o que tinham e se instalaram na área. Organizados, fizeram prosperar a região, que logo recebeu um padre e uma escola. Enquanto isso, Nova Milano também progredia, então como distrito de Caxias do Sul.

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Em 1º de junho de 1910 é inaugurouse a ferrovia Montenegro-Caxias do Sul, passando entre as duas localidades de Farroupilha, inclusive com uma estação, chamada de Nova Vicenza. Com o progresso cada vez maior chegando à região, surgiram os movimentos pela emancipação. Em 1934, uma comitiva de 35 farroupilhenses, liderados por Ângelo Antonello, entregou uma petição ao então interventor federal José Antônio Flores da Cunha. Então, no dia 11 de dezembro, o município foi criado através do Decreto nº 5.779. O nome, Farroupilha,


O setor industrial é o de maior participação na economia do município, respondendo por 58,56% do PIB. Destacam-se os segmentos de metalurgia, plásticos, malhas, papelão, vinho, móveis e calçados. No campo, a cidade é a maior produtora de kiwi no Brasil. O fruto é celebrado anualmente na Festa Nacional do Kiwi (Fenakiwi), que ocorre paralelamente à Feira da Indústria de Farroupilha. No evento, o município exibe sua pujança industrial e sua culinária típica. Outro evento de destaque é o ENTRAI – Encontro das Tradições Italianas, realizado na Praça da Imigração Italiana, em Nova Milano. Música, dança, teatro, gastronomia, exposições e artesanato estão entre as atrações dessa festa que reúne o melhor da herança dos imigrantes na cidade. Tamanha é esta herança que, em 2009, Farroupilha celebrou o gemellaggio com Latina, na Itália. A Semana Farroupilha e o Aniversário do Município também são datas marcantes para o município. A história e a cultura de Farroupilha podem ser apreciadas em diversos pontos da cidade, como o Museu Casa de Pedra, localizado em uma casa de pedra construída em 1896, e o Museu Casal Moschetti. A imigração é celebrada em monumentos como a Gôndola Veneziana, presente recebido do governo da Itália, e o monumento ao centenário da

colonização, na RS 122. A religiosidade também está presente, marcada pela Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, construída em 1932, em estilo gótico, com duas torres de 49 metros de altura, e o Santuário Nossa Senhora de Caravaggio, o maior santuário religioso do sul do país. Todos os anos, o local recebe milhares de fiéis para a festa de Nossa Senhora, ou mesmo de pessoas que vão ao local pagar promessas. A natureza também oferece atrativos, como os parques dos Pinheiros e Santa Rita, e o Salto Ventoso, uma queda d’água em plena mata nativa, com 52 metros de altura. O local foi cenário para o filme O Quatrilho e a minissérie O Quinto dos Infernos, da Rede Globo.

Fundação/emancipação: 11 de dezembro de 1934 População: 68.030 habitantes Área: 359,30 km² PIB: R$ 1.926.157.000,00 PIB per capita: R$ 29.682,00

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vem a homenagear o centenário da Revolução Farroupilha, comemorado no ano seguinte.

IDHM: 0,777 Prefeito Municipal: Claiton Gonçalves Endereço: Praça da Emancipação, s/n Telefone: (54) 3268.1611 E-mail: gabinete@farroupilha.rs.gov.br Site: www.farroupilha.rs.gov.br

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Flores da Cunha A partir de 1876, o território onde hoje está Flores de Cunha passou a ser colonizado por imigrantes italianos. As maiores levas se estabeleceram entre 1878 e 1890, quando foi fundado o povoado de São Pedro e, posteriormente, o de São José, que, reunidos em 1885, formaram a vila de Nova Trento. Em 1890, a região se tornou o segundo distrito de Caxias.

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Desde seus primeiros anos, já surgiam desejos emancipatórios, principalmente em razão da pouca atenção dada pelo município-mãe. Em 17 de maio de 1924, a região conquist ousua autonomia, com o nome Nova Trento. Em 1935, o então prefeito Heitor Curra

decretou a nova denominação do município: Flores da Cunha. Foi uma homenagem ao então governador do Estado, José Antônio Flores da Cunha, que, entre outras iniciativas, beneficiou a região com a instalação do telégrafo e com estudos para a construção de um ramal férreo entre a cidade e Caxias do Sul. Flores da Cunha é conhecida como a “Terra do Galo”, devido a um inusitado episódio ocorrido em 1934. Naquele ano, um mágico teria passado pela cidade e prometido, durante sua apresentação, que cortaria a cabeça de um galo e, com uma mágica, o faria cantar novamente. No entanto, o mágico, tendo


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algumas autoridades em sua plateia, acabou por fugir, nunca mais sendo visto na região. Antes motivo de deboche por parte de municípios vizinhos, hoje a história é vista com graça. Flores da Cunha é hoje o maior produtor de vinhos e de uva do país, respondendo por mais de 80 milhões de litros ao ano em mais de 200 vinícolas – desde pequenas até grandes propriedades. Além disso, é o segundo polo moveleiro do país e o maior produtor de bebidas alcoólicas do Estado. Sua atividade industrial responde por 61,48% da economia do município. Quem chega à cidade logo enxerga a imponente Torre de Pedra, que começou a ser erguida em 1946, sendo concluída em 1949. A torre, de 55 metros de altura, é composta por 11.122 pedras de basalto. Em seu interior, há cinco sinos fundidos na França. A obra está localizada ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes. No distrito de Otávio Rocha, está a Igreja Matriz de São Marcos, construída em 1964. Em seu interior destaca-se a Via Sacra, obra de Guido Mondim, e a estátua de São Marcos, esculpida em madeira. O município possui ainda grandes belezas naturais, como o Mirante Gelain, no Travessão Alfredo Chaves, de onde é possível observar os vales da Serra. No Parque da Gruta, pode-se conferir uma cascata de 25 metros de altura. Na localidade de Alfredo Chaves, está a Cascata Bordin, em meio à mata nativa e ao Rio das Antas. Construções típicas da imigração, a gastronomia e as tradições também estão presentes. Para conhecer a história da cidade, pode-se visitar o Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, que recria ambientes do tempo dos colonizadores, e o Museu Padre Lamonatto, onde se destaca a coleção de licores e vinhos. Flores da Cunha oferece diversos roteiros turísticos, passando pelas vinícolas ou pela natureza da região. A cidade é sede ainda da Festa Nacional da Vindima, que celebra o início da colheita das uvas, atraindo até 100 mil visitantes. O Corpus Christi e a Romaria ao Frei Salvador também trazem milhares de pessoas ao município.

Fundação/emancipação: 21 de dezembro de 1935 População: 28.974 habitantes Área: 273,4 km² PIB: R$ 858.552.000,00 PIB per capita: R$ 31.054,00 IDHM: 0,754 Prefeito Municipal: Lídio Scortegagna Endereço: Rua São José, 2500 Telefone: (54) 3292.1722 E-mail: gabinete@floresdacunha.rs.gov.br Site: www.floresdacunha.rs.gov.br

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Garibaldi A história de Garibaldi começa em 24 de maio de 1870, quando o presidente da então província do Rio Grande do Sul, João Sertório, criou as colônias Conde D’Eu e Dona Isabel, dando início a um novo tempo no processo de colonização e economia do Estado. Garibaldi, em seus primórdios, era a Colônia Conde D’Eu, denominada em homenagem ao genro do imperador, casado com a Princesa Isabel. A partir de então, começaram a chegar os primeiros imigrantes, oriundos da Suíça, Polônia, Itália, França e Áustria – sendo a maioria italiana. Conde D’Eu foi o primeiro núcleo da colonização na Serra Gaúcha. A partir de 1890, já estabelecida a colônia, as casas e prédios que hoje formam o Centro

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Histórico foram construídos. Em 31 de outubro, o governo elevou Conde D’Eu à condição de município, sendo chamada a partir de então de Garibaldi, em homenagem ao italiano Giuseppe Garibaldi, que participou da Revolução Farroupilha. Apesar de os italianos serem predominantes na região, outras etnias deixaram marcas profundas na cidade. Os sírio-libaneses, que chegaram a partir de 1900, deram impulso ao comércio na região. Já os franceses tiveram forte influência na cultura, transmitida pelas congregações religiosas originárias de seu país, responsáveis por décadas pela educação dos garibaldinos.


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Hoje, Garibaldi é conhecida como a capital nacional do espumante. A bebida chegou à região pela família Peterlongo, que em 1913 elaborou o primeiro champanhe brasileiro. Algumas das mais importantes vinícolas e adegas estão localizadas no município, formando a Rota dos Espumantes, que oferece aos visitantes uma viagem pelo melhor da vinicultura da região. Além do espumante, Garibaldi se destaca pela força de sua indústria, sobretudo na produção metal-mecânica, moveleira, de alimentos e de artefatos plásticos. A unidade da Tramontina na cidade e a madeireira Madem são os destaques industriais. No campo, a avicultura responde pelas maiores exportações. A Rota do Espumante não é a única que permite ao turista passear pelo melhor que a cidade tem a oferecer. Garibaldi dispõe ainda da Estrada do Sabor, onde o visitante pode entrar em contato com a paisagem e degustar o melhor da gastronomia típica, produzida nas propriedades rurais; da Passadas – A Arquitetura do Olhar, que tem como cenário a Rua Buarque de Macedo, com 35 construções históricas da cidade; da Rota Religiosa – Aeternum, que passeia pela religiosidade garibaldense, conhecendo lugares como a Igreja Matriz São Pedro, construída em 1924, o Convento dos Capuchinhos, o Convento das Irmãs de São José e a Ermida

Nossa Senhora de Fátima; e da Rota de Compras, com estabelecimentos selecionados. Outro destaque é o passeio na Maria Fumaça, em um trajeto de 23 quilômetros que passa por Garibaldi.

Fundação/emancipação: 31/10/1900

O principal evento da cidade é a Feira Nacional do Champanhe (Fenachamp), que ocorre desde 1981. A festa celebra o grande destaque de Garibaldi, bem como sua produção e pujança econômica, além das tradições dos imigrantes, atraindo milhares de pessoas de várias partes do país. As festas religiosas, como de Nossa Senhora do Caravaggio e Santa Rita de Cássia, o Filó Italiano e a Festa do Colono estão entre os principais eventos garibaldinos.

IDHM: 0,786

População: 32.862 habitantes Área: 167,7 km² PIB: R$ 1.183.680.000,00 PIB per capita: R$ 37.783,00 Prefeito Municipal: Antônio Cettolin Endereço: Rua Júlio de Castilhos, 254 Telefone: (54) 3462.8200 E-mail: gabinete@garibaldi.rs.gov.br Site: www.garibaldi.rs.gov.br

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Guabiju

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Antes dos colonizadores, a região onde hoje se encontra Guabiju era ocupada por tribos indígenas, pertencentes aos Coroados, nação dos Gê ou Tapuias. Com a chegada dos primeiros imigrantes, os índios deram-lhes lugar. O casal Tranquilo Faversani e Ida Jacinta Ferreira Faversani foram os pioneiros a se estabelecer na região. Com o passar dos anos, as famílias foram se sucedendo na localidade. Algumas de imigrantes italianos, outras vindas de lugares próximos, como os Stocco, Cavagnol, Frizon, entre outros. Assim, as tradições italianas deram seu aspecto característico à cidade.

O nome Guabiju tem origem em uma árvore frutífera nativa, muito abundante na região, especialmente nas matas e campos naturais. Ela produz um fruto saboroso de coloração roxa, que pode tanto servir para a alimentação como para a medicina popular, sendo utilizado para regular as funções intestinais. O então povoado de Guabiju se tornou distrito de Nova Prata em 25 de novembro de 1948. Em 20 de setembro de 1964, foi fundada a primeira comunidade, a Sociedade Recreativa Bochofila Guabijuense.


A agropecuária é a principal atividade econômica do município, que possui 340 propriedades rurais. Soja, cebola, milho, tomate e uva são algumas das principais culturas. A cidade se destaca ainda pela produção de leite. Por dia, são produzidos 60 mil litros no município. A criação de bovinos e suínos complementa a pecuária guabijuense. O município é marcado por várias festas tradicionais. Em dezembro, junto às comemorações do aniversário da cidade, é realizado o Rodeio Crioulo de Guabiju. São três dias com acampamentos, provas campeiras e artísticas, além de shows musicais. O número de visitantes passa de dez mil. Na Semana Farroupilha, ocorre o Arroz Carreteiro, que é acompanhado pelas invernadas artísticas do CTG Querência de São Pedro. A festa junina e o espetáculo de Natal também são festividades importantes para a comunidade.

Fundação/emancipação: 9 de dezembro de 1987 População: 1.618 habitantes Área: 147,5 km² PIB: R$ 40.927.000,00 PIB per capita: R$ 25.969,00 IDHM: 0,758 Prefeito Municipal: Bráulio Marcos Gards Endereço: Rua José Bonifácio, 816 Telefone: (54) 3272.1266 E-mail: guabiju@pro.via-rs.com.br Site: www.guabijurs.com.br

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Em 1981, a população ingressou com o pedido na Assembleia Legislativa. O trabalho, no entanto, acabou interrompido por alguns anos, sendo retomado apenas em 1985, a partir da união de um grupo da comunidade. O resultado disso viria em 1987, quando, em 20 de setembro, os moradores decidiram em plebiscito pela emancipação de Guabiju. O novo município foi criado oficialmente em 9 de dezembro. A instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1989, quando assumiu a primeira gestão o prefeito Rachid José Elias Ghiggi.

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A região crescia e se desenvolvia, para a admiração de seus moradores. Assim, foram surgindo as primeiras aspirações pela sua emancipação.

A tradição católica marca ainda outros eventos de Guabiju, como a Festa em Honra ao Padroeiro São Pedro, que ocorre em junho, mês em que se comemora o Dia de São Pedro, padroeiro do município. Em outubro, a cidade realiza a Festa em Honra a Nossa Senhora Aparecida e dos Motoristas. 89


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Guaporé A colônia de Guaporé foi criada em 1892, em terras pertencentes aos municípios de Lajeado e Passo Fundo, sendo dirigida pelo Engenheiro José Montauri de Aguiar Leitão, que designou o também engenheiro Vespasiano Rodrigues Corrêa para limitar as terras, demarcando um total de 5 mil lotes, cada um com 25 a 30 hectares. O nome “Guaporé” tem provável origem no idioma guarani. O significado, incerto, seria “vale deserto” ou “rio encachoeirado”. Os primeiros imigrantes, oriundos das colônias de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis, logo chegaram à região. Em 1896, Guaporé já contava com cerca de 7 mil habitantes, em sua maioria italianos. Alemães, poloneses, russos e austríacos também formavam a população da região. Com seu desenvolvimento e prosperidade, a localidade foi declarada município em 11 de dezembro de 1903, tendo Vespasiano Corrêa como seu primeiro intendente. Uma de suas marcas, a produção de joias, chegou à cidade em 1907, com a Família Pasquali, que trazia em sua bagagem o conhecimento e o espírito empreendedor na ourivesaria. Dois anos depois, João Pasquali inaugura sua empresa de ourives, dando o pontapé inicial na fabricação de joias em Guaporé. O ramo joalheiro foi se desenvolvendo, ampliando negócios e gerando emprego e renda. Hoje, a cidade é polo estadual e segundo lugar no país em produção de joias folheadas. Em 1969, por iniciativa de um grupo de aficionados por automobilismo, iniciou-se a construção do Autódromo Internacional de Guaporé, hoje uma pista com 3.080 metros, em uma área de 800 mil m². O local é sede de uma das etapas da Fórmula Truck, uma das principais categorias do automobilismo no Brasil.

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Na década de 1990, o emergente mercado de moda íntima impulsionou a economia de Guaporé,


Entre seus principais pontos turísticos estão a Igreja Matriz de Santo Antônio, concluída em 1947, com estilo gótico; o Cristo Redentor, monumento com 13 metros de altura e ponto final da Via Sacra realizada no município; o Museu Municipal, que destaca a cultura italiana e o desenvolvimento da região; o Moinho Ortolan, e a Ferrovia do Trigo. Guaporé também conta com atrativos naturais: a Trilha do Taquara percorre dois quilômetros por dentro do Rio Taquara, chegando até o salto de mesmo nome, com 70 metros de altura; a Trilha do Viaduto Mula Preta, na divisa de Guaporé com Dois Lajeados; a Queda do Bíscaro; e o Rio Carreiro, onde é possível praticar rafting.

O principal evento da cidade é a Mostra Guaporé, realizada em agosto, exibindo a força econômica do município para milhares de visitantes. Guaporé sedia ainda o Rodeio Estadual, competições de mountain bike, futsal, futebol, entre outros eventos.

Fundação/emancipação: 11 de dezembro de 1903 População: 24.331 habitantes Área: 297,6 km² PIB: R$ 456.610.000,00 PIB per capita: R$ 19.656,00

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com a instalação de várias fábricas na cidade, que comercializam os produtos para todo o RS, outros estados e também para o exterior. Ao longo dos anos, outras atividades econômicas se desenvolveram no município, como a agricultura, especialmente na produção de milho, e a indústria, com a produção de couro, exportado inclusive para os Estados Unidos.

IDHM: 0,765 Prefeito Municipal: Paulo Mazutti Endereço: Avenida Sílvio Sanson, 1135 Telefone: (54) 3443.4430 E-mail: gabinete@guapore.rs.gov.br Site: www.guapore.rs.gov.br

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Marau Antes de 1827, o território onde hoje está Marau fazia parte da província jesuítica chamada de Missões Orientais do Uruguai, formada por índios guaranis e coroados. Nesse ano, começa o povoamento da raça branca, nascendo o município de Passo Fundo em 1857. Por muito tempo, a região era utilizada apenas para tropeio de gado. Depois, a Coroa distribuiu sesmarias para que os tropeiros e militares se estabelecessem em instâncias. A partir de 1904, começa a imigração italiana na área, dividida em dois núcleos populacionais, um chamado de Tope e outro de Marau.

O nome Marau se refere ao cacique Marau, chefe de um bando de Coroados. Em 1845, ele morreu em combate com os brancos às margens de um rio que passou a ser denominado Marau, assim como suas imediações. Em 1908, Tope já tinha 2.500 habitantes. Oito anos depois, o local passa a ser sede do 5º Distrito de Passo Fundo. Em 1920, o povoado de Marau é elevado à categoria de vila, tornando-se a sede do distrito. Em 1923, surge na região o Frigorífico Borella e Cia. Ltda., marco da indústria marauense, que logo seria fornecedor regional e nacional de salame,


Inicialmente marcado pela agricultura de subsistência, Marau hoje possui uma atividade econômica diversificada. O parque industrial da cidade atende aos setores de alimentos, couros, metal-mecânica e equipamentos para avicultura e suinocultura. Grandes empresas como Perdigão e Metasa estão instaladas na cidade. Na agropecuária, a produção de leite, grãos, aves e suínos se destacam. O empreendedorismo de sua população é uma marca que permanece viva no município e explica muito de seu desenvolvimento até hoje. Um dos grandes catalisadores do crescimento da cidade, a produção de embutidos segue como uma das grandes forças de Marau. A Rota das Salamarias, que percorre 13 quilômetros por propriedades familiares da área rural, reflete a herança cultural dos imigrantes italianos. O visitante que percorre a rota pode saborear cachaça produzida em alambique artesanal, apreciar as vinícolas, degustar produtos coloniais e ainda

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presunto, mortadela e banha. Em 1934, os freis capuchinhos assumem a assistência espiritual do distrito, integrando as zonas urbana e rural e dando impulso a seu desenvolvimento – o que ensejou os primeiros movimentos de emancipação. A autonomia só aconteceu em 18 de dezembro de 1954, quando foi publicada a Lei nº 2.550, criando o município de Marau. A instalação oficial do município ocorreu em 28 de fevereiro de 1955.

experimentar o melhor do salame, o produtor mais nobre da região. Tal é sua importância que o produto deu origem ao Festival Nacional do Salame, evento que celebra durante três dias as salamarias e as tradições dos colonos, atraindo milhares de visitantes.

Fundação/emancipação: 28 de fevereiro de 1955

A Expomarau é outro importante evento da cidade. Realizado a cada dois anos, a exposição reúne centenas de expositores, que mostram o melhor da indústria, da agropecuária e da cultura marauense. A última edição, realizada em 2013, recebeu mais de 70 mil visitantes.

Prefeito Municipal: Josué Longo

Outras atrações para o turista que visita Marau são a Igreja Cristo Rei; o Museu Municipal; a Casa de Cultura, que possui um dos maiores auditórios do interior do Estado, com 750 lugares; e as diversas cascatas dos rios que circundam a cidade, como as da Pedra Grande, do Cachoeirão, da Ponte, dos Tibola e do Tope.

População: 39.693 habitantes Área: 649,3 km² PIB: R$ 1.369.364.000,00 PIB per capita: R$ 36.445,00 IDHM: 0,774 Endereço: Rua Irineu Ferlin, 355 Telefone: (54) 3342.9500 E-mail: pmmarau@pmmarau.com.br Site: www.pmmarau.com.br

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Montauri A história do município de Montauri começa em 1893. Nesse ano, chega à região seu primeiro habitante, chamado J. Ruivo, que se instalou nas proximidades de um arroio, onde vivia da caça e pesca. Os pioneiros imigrantes se fixaram em 1904, sendo italianos oriundos de Caxias do Sul. As primeiras famílias eram lideradas por Vitor Spada, José Dallacorte, Henrique Nardi e Angelo Collet.

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Em 1910, Nardi instalou o primeiro comércio da localidade. Outros empreendimentos foram surgindo, como uma ferraria e um hotel. Em seguida, os imigrantes ergueram uma capela de madeira e, em

1913, uma escola. Assim tinha início a comunidade da Linha José Bonifácio, então pertencente a Guaporé. Em 1936, a região é elevada a distrito daquele município. A denominação Montauri foi dada como homenagem a José Montauri Aguiar Leitão, engenheiro civil responsável pela divisão das terras da região em linhas e lotes rurais. Em 1960, Montauri passa a fazer parte de Serafina Corrêa, como distrito do novo município. Posteriormente, foram surgindo os anseios pela emancipação da localidade, o que ocorreu em 1988. No dia 10 de abril, realizou-se o plebiscito que decidiu


Montauri possui um importante patrimônio natural. Circundado por montanhas, a região possui diversas lagoas naturais e cascatas em meio à mata nativa. Nos rios Guaporé e Lajeado, pode-se realizar trilhas ecológicas. A imigração italiana deixou vivas várias marcas,

Entre os principais eventos montaurienses estão a Festa de Aniversário do Município, realizada ao longo de todo o mês de maio; o Rodeio Crioulo, que ocorre em janeiro; a Festa do Colono e Motorista; e a Cavalgada da Semana Farroupilha. Mais de dez mil pessoas envolvem-se todos os anos com os eventos.

Fundação/emancipação: 9 de maio de 1988 População: 1.562 habitantes

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Localizado entre a Serra e o Planalto Rio-Grandense, a cidade se caracteriza por ser formada essencialmente de minifúndios. A agricultura é a principal atividade econômica de Montauri, destacando-se o rebanho de gado leiteiro, a avicultura e a suinocultura. Soja, milho, trigo e feijão estão entre as culturas predominantes no campo.

como um grande número de casarões em estilo italiano, além da gastronomia típica. A Igreja Matriz e a Praça Padre Valentim Paulo Deon são os principais pontos turísticos da comunidade. Outro destaque é a Capela de São Pedro, localizada na Linha 17, construída em madeira e ladeada com uma torre de pedra. Pelo interior, é possível conferir ainda diversos capitéis, heranças da imigração.

Área: 70 km² PIB: R$ 54.455.000,00 PIB per capita: R$ 35.802,00 IDHM: 0,764 Prefeito Municipal: Marcelo Boff Endereço: Rua Via Cardona, 600 Telefone: (54) 3319.1130 E-mail: pmmontauri@pmmontauri.com.br Site: www.pmmontauri.com.br

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pela autonomia da cidade. Em 9 de maio, era publicada a Lei nº 8.607, criando o município de Montauri.

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Monte Belo do Sul Um total de 416 famílias de imigrantes italianos deram início ao que hoje é Monte Belo do Sul. Os colonizadores chegaram à localidade em 1877. Até 1890, o lugar pertencia à Colônia Dona Isabel. A partir de sua emancipação, tornou-se o segundo distrito de Bento Gonçalves, sendo chamado de Linha Zamith – nome de origem nos capuchinhos que atendiam à paróquia local.

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Pouco tempo depois, surge o nome Monte Belo, em referência à sede do distrito, que ficava no alto de um monte. Em 1932, a denominação passou a ser Montebello, recordando a grande batalha travada

em Montebello, cidade de Pávia, na Itália. Esse nome permaneceu até 1945, quando passou a se chamar Caturetã, palavra indígena que significa “povoado bonito”. Em 1949, mais uma alteração: a região tornou-se Monte Belo novamente. O nome Monte Belo do Sul só surgiu em 1992, quando o município foi emancipado, no dia 20 de março. A principal fonte da economia local é a agricultura, com destaque para a viticultura. A cidade é o maior produtor de uvas per capita da América Latina. Do total de 2.300 hectares de parreirais, mais de 40% são de cepas nobres. No município são produzidos


A identidade cultural preservada faz da cidade um pequeno pedaço da Itália no Brasil. Um exemplo é a preservação dos costumes dos antepassados através de festas, da dança, da música e até mesmo no dia a dia, com a cultura do dialeto entre os moradores. Monte Belo do Sul também sedia o Filó da Cantoria Italiana, promovido em março, para celebrar a cultura dos imigrantes. A cidade mantém ainda um Gemellagio – convênio cultural, econômico e social – com a cidade de Schiavon, em Vicenza, na Itália. O termo foi celebrado em 2002. Por influência dos imigrantes, a religiosidade está presente na história da cidade. A Paróquia São Francisco de Assis foi criada em 12 de fevereiro de 1889. Por 36 anos, ela foi administrada pelo Padre José Ferlin, até hoje reconhecido por seu trabalho e devoção. Entre 1959 e 1965, foi erguida a Igreja Matriz. Com 65 metros de altura, suas torres sinalizam ao longe o município para o pequeno visitante.

Pelo interior, há ainda muitas outras capelas e capitéis, que remetem à história dos antepassados. O município mantém a história de sua imigração em seus porões coloniais, onde pode ser observado o artesanato dos italianos do século passado e degustado o bom vinho caseiro. A comunidade tem ainda várias atrações para o seu visitante, remontando à época da colonização italiana. Por exemplo, as casas centenárias, com sua arquitetura típica ainda preservada, o pão feito no forno de barro, produtos coloniais elaborados pelas famílias e o artesanato. Além dos muitos parreirais, a bela paisagem natural da região é, realçada pelo céu montebelense sempre azul. Nos eventos, destacam-se a Amostra do Vinho de Monte Belo do Sul, em junho, e o Belo Natal, em dezembro.

Fundação/emancipação: 20 de março de 1992 População: 2.712 habitantes Área: 70 km² PIB: R$ 83.570.000,00

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10% das uvas para a fabricação de espumante no Rio Grande do Sul. Além disso, o município é considerado berço da vitivinicultura da Serra Gaúcha. Em 1913, a Família Franzoni já produzia 15.000 hl anuais de vinhos e licores. Em 2003, um grupo de viticultores criaram a Aprobelo – Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul, motivados a estimular e promover a produção de vinhos de qualidade de origem controlada da região, onde quase 40% da área são cultivados com vinhedos.

PIB per capita: R$ 31.691,00 IDHM: 0,752 Prefeito Municipal: Lírio Turri Endereço: Rua Sagrada Família, 533 Telefone: (54) 3457.2051 E-mail: prefeitura@montebelodosul.rs.gov.br Site: www.montebelodosul.rs.gov.br

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Nova Araçá Em 1883 é instalado o município de Lagoa Vermelha, então desmembrado de Vacaria. Em seu território, encontrava-se a área onde hoje está Nova Araçá. As terras desta localidade pertenciam a estancieiros residentes em outras partes de Lagoa, principalmente no Turvo (hoje André da Rocha). Com a chegada dos imigrantes, passaram a vender a estes as terras situadas na Serra, que eram cobertas por densas florestas. Assim começava a colonização da região de Nova Araçá, ocupada principalmente por italianos. Os primeiros habitantes eram descendentes dos imigrantes, oriundos das chamadas “colônias velhas”, como Bento Gonçalves e Veranópolis. Em 8 de março

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de 1901 é criado o Núcleo Colonial Araçá, localizado no 3º Distrito de Lagoa Vermelha, com uma área de 25 mil hectares. A denominação, segundo relatos, tem origem no araçá, árvore frondosa que crescia principalmente à beira do arroio hoje também chamado Araçá, que servia de abrigo e de ponto de encontro. Em 1932, a região é anexada ao município do Prata, sendo numerada como seu quarto distrito. Já em 1945, a localidade passa a se denominar Nova Araçá. Alguns anos mais tarde, em 1962, surge em Nova Bassano um movimento emancipacionista, destinado a criar um novo município abrangendo Bassano, Nova Araçá e Paraí. Depois de muitas reuniões e


Composto por morros, vales e áreas planas, o município tem na produção primária a sua base econômica. Predominam o cultivo de milho, a fruticultura e a olericultura. A criação de suínos, bovinos de leite e aves de corte também se destaca. A indústria tem sua força manifestada em diversos setores, como a produção de móveis, estruturas metálicas, calçados, laticínios, além de um frigorífico, ligado às produções de suínos e aves. Assim, Araçá tem crescido e gerado empregos. Além disso, a cidade está hoje em 5º lugar no ranking de desenvolvimento e qualidade de vida, de acordo com o IDESE (Índice de Desenvolvimento Socioeconômico). Por faixa de população, a cidade é a 2ª colocada. Também, ocupa a 8ª posição no RS por IDH e a 5ª colocação na qualidade da educação. Nova Araçá faz parte da Rota Turística da Serra Nordeste, oferecendo muitos atrativos. As tradições italianas seguem presentes na gastronomia, no artesanato e nos costumes dos araçaenses. Essa história permanece viva também nas casas típicas dos imigrantes italianos, e na indústria Irmãos Frasson &

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discussões, foi definido que Araçá buscaria sua autonomia de maneira independente. E isso ocorreu em 22 de dezembro de 1964, quando a Lei nº 4.884 cria oficialmente Nova Araçá. Seu primeiro prefeito foi Lucídio Bernardes Todeschini, que instalou o município e tomou posse em 12 de abril de 1965.

Cia, uma das primeiras moveleiras da cidade, erguida em 1950. A cultura gaúcha também se destaca, especialmente no Rodeio Artístico, a maior festa campeira da cidade. A religiosidade marca outro importante aspecto no município. A Igreja Matriz, construída em 1940, reúne fiéis durante todo o ano, tendo seu ápice no dia 13 de outubro, quando ocorre a Festa de Nossa Senhora de Fátima, padroeira da cidade. Ainda, possui a imagem da Nossa Senhora de Fátima com os três pastorinhos esculpidos em madeira, em tamanho natural, na Igreja Matriz. Junto ao Arroio Araçá, encontra-se a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, esculpida na própria pedra em 1935. O município possui ainda atrativos naturais, como o Parque Clube Passo Velho do Afonso, balneário e ponto turístico

para descanso e camping; e o Viveiro Municipal, junto ao Parque Ecológico de Nova Araçá, onde é possível apreciar a flora e fauna nativas.

Fundação/emancipação: 22 de dezembro de 1964 Instalação: 12 de abril de 1965. População: 4.339 habitantes Área: 74 km² PIB: R$ 207.698.000,00 PIB per capita: R$ 50.449,00 IDHM: 0,785 Prefeito Municipal: Aícaro Umberto Ferrari Endereço: Rua Alexandre Gazzoni, 200 Telefone: (54) 3275.1333 / 3275.1335 / 3275.1337 E-mail: pmaraca@novaaraca.rs.gov.br Site: www.novaaraca.rs.gov.br

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Nova Bassano No ano de 1891, chegam os primeiros imigrantes à região onde hoje está o município de Nova Bassano. Oriundos da província de Vicenza, no norte da Itália, os colonizadores, que vieram em um grupo de trinta famílias, deram à localidade o nome de Bassano, uma referência a Bassano del Grappa, cidade daquele país. A nova comunidade foi fundada pelo padre scalabriniano Antônio Colbachini, que ali se estabeleceu para dar assistência religiosa aos imigrantes.

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Sete anos depois, com a emancipação de Veranópolis, as terras de Nova Bassano, que então eram parte de Lagoa Vermelha, passam a fazer parte da cidade que surgia. Em 1924, é a vez de Nova Prata obter autonomia. Com isso, Bassano se tornou

o segundo distrito do novo município. Durante a Segunda Guerra Mundial, a região é denominada Silva Paes. Somente em 1947 surge o nome definitivo: Nova Bassano. Com o crescimento da região, a população passou a idealizar a emancipação política bassanense. Em 5 de dezembro de 1962, é dado início ao processo, através de uma comissão na Assembleia Legislativa. Em 23 de maio de 1964, surge Nova Bassano, pela Lei Estadual nº 4.730, juntamente com outros dois distritos que, mais tarde, dariam origem às cidades de Paraí e Nova Araçá. Em 30 de janeiro de 1965, o município é formalmente instalado, tendo Felisberto Antonio Dalla Costa como seu primeiro prefeito. Hoje em dia, Nova Bassano é uma das cidades com maior desenvolvimento humano no Estado. Sua economia é diversificada. Tem força na indústria (55% do PIB), especialmente no setor metalúrgico. No campo, as agroindústrias têm grande importância, com a produção de queijos, salames e outras iguarias coloniais. Avicultura, suinocultura e leite também colaboram para o desenvolvimento econômico.


Para comemorar seus 50 anos, Nova Bassano realizou entre os dias 22 e 25 de maio de 2014 a Expo Bassano. Milhares de pessoas estiveram presentes no evento, que mostrou as potencialidades comerciais e industriais da cidade, além de promover a cultura do município, através da exposição de produtos do artesanato e gastronomia local. Foi realizada ainda a mostra fotográfica “Retratando Nossa História”, contando o cinquentenário da cidade através de painéis históricos e fotos resgatadas na comunidade.

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A natureza também tem seus atrativos, como o Balneário do Carreiro e a Cascata da Boa Fé, que incrementam o turismo ecológico.

Fundação/emancipação: 23 de maio de 1964 População: 9.426 habitantes Área: 211,6 km² PIB: R$ 495.885.000,00 PIB per capita: R$ 55.147,00 IDHM: 0,848 Prefeito Municipal: Darcilo Pauletto Endereço: Rua Silva Jardim, 505 Telefone: (54) 3273.1649 E-mail: administracao@bassanors.com.br Site: www.bassanors.com.br

Divulgação

A cultura italiana segue muito presente no município. Muitos dos moradores ainda cultivam o talian, uma variante da língua veneta. A gastronomia típica reforça esse legado, sendo apreciada principalmente pelos visitantes. A tradição católica também se manifesta, compondo parte do cenário turístico. Entre os destaques estão a Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, inaugurada em 1950, que conta com um campanário de 30 metros de altura; a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes; e a Cruz do Monte Páreo, na comunidade Nossa Senhora do Caravaggio. Em setembro, é possível conferir ainda a Romaria do Senhor Bom Jesus, que reúne milhares de peregrinos.

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Nova Pádua O ano era 1886. Sete famílias do Vêneto, na Itália, chegavam ao Rio Grande do Sul para habitar a 16ª légua do Campo dos Bugres, região onde hoje é Nova Pádua. Eram as famílias de Francisco Mantovani, Carlos Mantovani, João Zanini, Pedro Sartor, Francisco Menegat, Pascoal Pauleti e Pedro Menegat. Dois anos depois, era rezada a primeira missa na comunidade, pelo Padre Alexandre Pelegrini. Em 7 de junho de 1890, é abençoada a imagem de Santo Antônio de Nova Pádua. A partir de então, a 16ª légua recebe o nome de Nova Pádua.

incorporada ao novo município de Nova Trento-Flores da Cunha. Como distrito dessa cidade, conquistou várias melhorias, como escolas, estradas, pontes e eletrificação rural. Em 1935, Pádua passa a ser parte do novo município de Flores da Cunha. E assim permanece até que, como muitas comunidades da região, busca sua emancipação. Isso ocorreu em 10 de novembro de 1991, quando a população decidiu pela autonomia. Em 20 de março de 1992, é decretada a Lei que cria o município de Nova Pádua, que foi instalado em 1º de janeiro do ano seguinte.

Com seu rápido desenvolvimento, o povoado foi promovido a 4º Distrito de Caxias do Sul, o que ocorreu em 13 de abril de 1904. Em 1926, a região foi

A economia do município está amplamente ligada à agricultura, que responde por 85% do PIB. A vitivinicultura se destaca no campo, que também


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produz cebola, pêssego, maçã, tomate, entre outros. A avicultura também tem importância para o desenvolvimento da cidade. A cultura italiana segue sendo preservada e difundida em Nova Pádua. Além do espírito, do trabalho e da religiosidade, muitos outros aspectos próprios dos imigrantes continuam presentes no município. Um exemplo é o dialeto vêneto, falado por praticamente todas as famílias. A gastronomia e as festas típicas coloniais, a produção do vinho e o jogo de bocha são outras heranças que permanecem vivas. A natureza proporciona diversos espetáculos e atrações em Nova Pádua. O Rio das Antas é um prato cheio para quem busca belas paisagens e também a prática de esportes. Com formações rochosas, quedas e corredeiras, o local é um dos principais pontos do país para o rafting – descida de corredeira com bote inflável. Uma aventura que une o belo visual da região e uma boa dose de adrenalina. É possível ainda percorrer trilhas pelo vale do rio, onde se pode apreciar a mata nativa. O visitante de Nova Pádua pode conferir ainda outros atrativos, como os passeios do enoturismo. Várias vinícolas e cantinas abrem suas portas, como a Boscato, Fabian, Dom Camilo e Relosi, em uma viagem pelo melhor da vinicultura e da culinária típica. No Travessão Mutzel, o Restaurante Panorâmico Belvedere Sonda oferece espaço para 300 pessoas e uma incrível vista para o Vale do Rio das Antas. As festas religiosas são outro aspecto marcante do município. Eventos como as festividades em honra a São Pelegrino, São Paulo, São Roque, São Miguel e Nossa Senhora do Caravaggio reúnem a população ao longo de todo o ano.

Fundação/emancipação: 20 de março de 1992 População: 2.551 habitantes Área: 103,2 m² PIB: R$ 72.091.000,00 PIB per capita: R$ 29.317,00 IDHM: 0,761 Prefeito Municipal: Itamar Bernardi Endereço: Avenida dos Imigrantes, 1010 Telefone: (54) 3296.1600 E-mail: gabinete@npadua.com.br Site: www.npadua.com.br

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Nova Prata Nova Prata situa-se na Serra Gaúcha, mais precisamente na encosta superior do nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Possui um espaço territorial de 259 km² e uma população, segundo o Censo do IBGE de 2014, de 24.785 habitantes.

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De um espaço territorial habitado, inicialmente, por índios dedicados ao trabalho árduo e resistentes aos imigrantes europeus (italianos, poloneses e alemães), que aqui chegaram por volta de 1888, foi se formando o povoado que recebeu o nome de São João Batista do Herval e, mais tarde, Capoeiras.

Em 11 de agosto de 1924, criou-se, oficialmente, o município do Prata. Era, então, um polo regional de serviços, indústria e comércio alicerçado, inicialmente, na extração da madeira e, posteriormente, do basalto. Ademais, a forte indústria pratense é referência, no país, na manufatura de borracha, móveis, alimentos, fibras, metalurgia e transformação, exportando seus produtos para o mundo todo. A simpática e elegante cidade, no auge de seus 90 anos de muita história, exala tradição e cultura, estampadas na arquitetura, na gastronomia e na hospitalidade de seu povo. Nova Prata é hoje exemplo


Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre a história e a cultura do povo pratense e viajar pelas galerias de fotografias históricas da cidade, acesse o site oficial do Museu Municipal Domingos Battistel: www.museudomingosbattistel.com.br

Pontos turísticos Com seus atrativos em gastronomia, arquitetura, cultura e tradição, Nova Prata é destino turístico no Rio Grande do Sul. Muitos pontos se tornaram símbolo do povo pratense e representam a beleza, o progresso e a solidez que acompanharam o desenvolvimento do município. É o caso da Igreja Matriz São João Batista, de estilo eclético (entre gótico e romano) e altar todo feito em mármore, da Casa da Cultura Padre Adolfo Luiz Fedrizzi (em cuja construção foi aplicado barro para assentar os tijolos) e do Museu Municipal Domingos Battistel, que data de 1914 e desde 1987 sedia o Museu Municipal da cidade. Também há o Viveiro Florestal e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja São Peregrino, o Complexo Hidrotermal Caldas de Prata e Cascata da Usina e os painéis em basalto que retratam histórias e costumes locais e ornam os acessos e o centro da cidade.

Fundação/emancipação: 11 de agosto de 1924 População: 24.785 habitantes Área: 259,1 km²

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no cenário nacional por suas políticas públicas e seus projetos e programas voltados ao crescimento humano, social e econômico, fazendo desta cidade o melhor lugar para se viver e ser feliz.

PIB: R$ 800.387.000,00 PIB per capita: R$ 34.047,00 IDHM: 0,766 Prefeito Municipal: Volnei Minozzo Endereço: Avenida Fernando Luzzatto, 158 Telefone: (54) 3242.8200 E-mail: gabinete@netprata.com.br Site: www.novapratars.com.br

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Nova Roma do Sul Em meio aos profundos vales dos rios das Antas e da Prata, as terras de Nova Roma começaram a ser colonizadas em 1880, quando poloneses, suecos e russos chegaram à região. Oito anos mais tarde, teve início a imigração italiana. Em pouco tempo, já eram a maioria da população. O território onde hoje está Nova Roma do Sul pertenceu ao município de Antônio Prado por mais de um século. A comissão de colonização dividiu a localidade em oito linhas, onde foram estruturadas 14 comunidades, cada uma com sua capela. A primeira foi Castro Alves, que durante algum tempo parecia se tornar a sede. Mas em 1894, o povoado de Nova Treviso, na Linha Blessmann, passou a ser a nova sede, o que gerou muitas rivalidades entre os dois povoados.

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Em 6 de janeiro de 1899, o padre Alessandro Pelegrini, com autorização do governo, estabeleceuse entre Castro Alves e Nova Treviso, na Linha Carlos Leopoldo. Tinha início ali o povoado de Nova Roma, em homenagem à capital da Itália, Roma. Em alguns anos a região se tornou vila e, em 19 de janeiro de 1923, passou a ser o segundo distrito de Antônio Prado. Durante a Segunda Guerra, a denominação se tornou Guararapes – sendo substituída depois para Guaicurus. Em 1949, pela vontade popular, voltaria a ser Nova Roma. A partir da década de 1960, começaram as tentativas para emancipar Nova Roma. Entretanto, isso só ocorreu em 30 de novembro de 1987, quando foi adotado o nome de Nova Roma do Sul. Em 1º de


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janeiro de 1989, o município é formalmente instalado, tendo Idílio Pasuch como primeiro prefeito. O perfil econômico da cidade é diversificado. Os setores de serviços e comércio têm maior peso no PIB. A agropecuária também tem força significativa, manifestada pela vitivinicultura, além da produção de hortifrutigranjeiros e frutas e da criação de gado leiteiro e de frangos. A natureza é o principal atrativo do município, localizado em meio aos vales da Serra. O Rio das Antas se soma a um cenário que permite a prática de diversos esportes e roteiros para turistas desfrutarem das paisagens. A cidade conta com estrutura para o rafting, mountain bike, rapel, arvorismo, tirolesa, pêndulo, paintball, além de caminhadas e cavalgadas. A cultura típica é preservada e difundida não só nos costumes, mas também em duas grandes festas. A cada dois anos, em janeiro, ocorre La Prima Vendemmia, a grande festa do município. Celebrando as primeiras colheitas das uvas, o evento integra toda a cidade, com gincana, passeios turísticos e culturais, gastronomia típica, degustação de uvas, ecoturismo, filó, shows e apresentações musicais e uma feira de negócios. Já em novembro, é realizada a Semana Oscar Bertholdo de Poesia, que em 2014 chegou à sua 22ª edição. O evento celebra o talento local, com a participação

das escolas, apresentações artísticas e painéis.

Fundação/emancipação: 30 de novembro de 1987

O visitante de Nova Roma do Sul pode ainda conhecer outras atrações, como a Igreja de São Pedro e São Paulo, marco fundamental da sede do município; a Capela São José, a 200 metros do Rio da Prata; a Ponte de Ferro-Rio das Antas, cuja obra foi iniciada durante o governo de Getúlio Vargas no Rio Grande do Sul, em 1928; e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, banhada por uma cachoeira.

Área: 149 km²

População: 3.543 habitantes PIB: R$ 118.290.000,00 PIB per capita: R$ 34.894,00 IDHM: 0,741 Prefeito Municipal: Marino Testolin Endereço: Rua Júlio de Castilhos, 895 Telefone: (54) 3294.1005 E-mail: gabinete@novaromadosul.rs.gov.br Site: www.novaromadosul.rs.gov.br

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Paraí

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Segundo levantamento feito pelo padre Félix Busata, o nome Parahy foi dado em 1912 por um dos proprietários e colonizadores das terras próximas à atual cidade, Sr. Henrique Lenzi. Em 1º de setembro de 1912, esse senhor estava com um grupo de pessoas, fazendo medição de terras, quando o trabalho teve de ser interrompido por causa de uma forte nevasca que chegou a atingir 60 centímetros de altura em alguns lugares. Assim tiveram de “parar aí”, motivo pelo qual o senhor Henrique Lenzi fez constar no mapa este lugar com o nome de Parahy.

Outras hipóteses sobre a origem desse nome foram levantadas pelos primeiros habitantes destas terras, provavelmente caboclos. Em razão da colonização europeia, em defesa de suas terras teriam dito: “Para aí, esta terra é minha!” Outra hipótese é que o nome foi dado por ser um bom lugar de parada para os tropeiros descansarem. Era lugar de paradeiro, de “parar aí”. Em 1938, o nome foi oficializado definitivamente como Paraí, e, de todas as versões

existentes, a que parece mais plausível é a de que o nome tem origem indígena. Até 1925, a região fazia parte de Lagoa Vermelha, sendo elevada a 13º distrito deste município em novembro de 1927. Em 1932, passou a ser 5º distrito de Nova Prata, localidade que então surgia. Em 1965 o município conquistou sua emancipação através da Lei nº 4.997. Entre as atividades econômicas desenvolvidas em Paraí, citamos a agricultura, que compreende 47% de sua economia, a produção


A semana do aniversário da cidade concentra os principais eventos de Paraí. Entre eles estão às Olimpíadas Municipais, envolvendo toda a comunidade paraiense, e a Expo Paraí, uma grande oportunidade de negócios para a indústria e o comércio do município. Há também o Festival do Pudim, que promove a integração dos clubes de mães, entidades, movimentos sociais, e o Festival do Leitão, oferecendo o melhor da suinocultura paraiense. Durante todas as festividades também são realizados shows musicais.

Nossa Senhora de Lourdes (na estrada da comunidade Salete). As pedreiras, de onde se extrai o basalto, também são lugares a serem visitados.

Fundação/emancipação: 9 de julho de 1965 População: 7.257 pessoas Área: 120,4 km² PIB: R$ 187.267.000,00 PIB per capita: R$ 27.015,00

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leiteira, a suinocultura, a avicultura, a produção de grãos, a indústria moveleira e calçadista e também a extração de basalto, marca do município.

IDHM: 0,773

Em outras datas realizam-se a semana de Arte e Cultura e as festas religiosas.

Prefeito Municipal: Jeremias Trevizan

Entre os principais pontos turísticos da cidade estão a Igreja Matriz de São Brás, a Praça Central, a roda d’agua (localizada na Comunidade São Mateus), a cascata (na Comunidade São Caetano) e a Gruta de

Telefone: (54) 3477.1233

Endereço: Avenida Presidente Castelo Branco, 1033 E-mail: pmparai@parai.rs.gov.br Site: www.parai.rs.gov.br

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Pinto Bandeira A região de Pinto Bandeira começou a ser povoada a partir de 1876, por imigrantes de diversas etnias: poloneses, espanhóis, suecos e, em maior número, italianos. Instalados em diversas linhas da então Colônia Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves), os novos habitantes foram constituindo comunidades entre 50 e 60 famílias. Em 1890, o Padre Francesco Piccoli deixa o lote 28 da Linha Jansen. Um ano depois, estabelece-se na então Capela São Paulo da Linha Silva Pinto, onde hoje se localiza o Santuário de Pompéia. A partir disso, a área começou a se desenvolver, impulsionada pela fé católica, algo que se fortaleceu em 1897, com

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a chegada do padre Luiz Segalle. O novo pároco estimulou a devoção a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, surgida ao redor de um quadro oriundo de Pompeia, na Itália. Com um número cada vez maior de fiéis buscando a região, foi ordenada a construção de uma igreja. Em 1902, é inaugurada o santuário em honra de Nossa Senhora, o primeiro santuário mariano do Rio Grande do Sul. Em estilo romano clássico, o templo foi projetado pelo engenheiro genovês Nicolò Ferro. Nessa época, a localidade já era chamada de Nova Pompeia. Em 1913, a região foi elevada a Distrito de Bento Gonçalves. O novo nome permaneceu até 1938,


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quando, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, foram abolidos os nomes de origem italiana. Assim, a comunidade passou a ser denominada Pinto Bandeira, em homenagem ao brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, que lutou no século XVIII pela consolidação da fronteira sul do então Continente de São Pedro. Na década de 1990, a localidade buscou sua emancipação. Ela ocorreu em 16 de abril de 1996, pela Lei nº 10.749. A instalação ocorreu apenas em 2001, quando tomou posse o prefeito Severino Pavan. No entanto, por força de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, Pinto Bandeira voltou a ser distrito de Bento Gonçalves em 2003. Após muitos anos de luta, a emancipação se tornou realidade definitiva em 30 de junho de 2010, por decisão do pleno do STF. Em 2013, o município é reinstalado, com a posse de João Feliciano Pizzio.

qualidade – possuindo, inclusive, a Indicação de Procedência Geográfica, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

A fruticultura é a grande força de Pinto Bandeira. O relevo montanhoso, o clima, o solo e a localização favorecem a maturação mais lenta das frutas, conferindo cor, sabor e textura diferenciados. Reconhecido como a capital brasileira do pêssego, o município colhe aproximadamente 20 milhões de quilos da fruta por ano. Além disso, também são produzidas grandes quantidades de ameixa, caqui, nectarina, laranja, maçã e bergamota, para consumo in natura. A vitivinicultura também se destaca na cidade, que produz uvas, vinhos e espumantes de alta

A produção dos pomares e parreirais da cidade reforçam ainda o aspecto turístico. A festa da colheita da uva, o espetáculo da floração e o Dia do Vinho são alguns dos principais eventos do município. O visitante pode ainda conhecer as diversas vinícolas, apreciando não apenas o vinho produzido na região, como também emergindo na cultura de origem italiana. Os imigrantes suecos também deixaram sua marca, que pode ser vista no Museu Sueco – Svenska Kulturhuset, que promove o resgate da cultura dos antigos colonizadores. O aniversário da

cidade e a Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia são outros importantes eventos de Pinto Bandeira.

Fundação/emancipação: 16 de abril de 1996 População: 2.800 Área: 101 km² PIB: Indisponível PIB per capita: Indisponível IDHM: Indisponível Prefeito Municipal: João Feliciano Pizzio Endereço: Rua Sete de Setembro, 689 Telefone: (54) 3468.0210 E-mail: prefeito@pintobandeira.rs.gov.br Site: www.pintobandeira.rs.gov.br

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Protásio Alves A região de Protásio Alves já foi conhecida como Colônia do Chimarrão, Turvo e Independência. Foi um pequeno reduto da colonização italiana, cujos primeiros integrantes chegaram por volta de 1892. Nessa época, foram se organizando e logo construíram a primeira capela, em honra a Nossa Senhora do Rosário – atual padroeira do município. Antes dos imigrantes, a área era conhecida apenas por aventureiros e foragidos, que encontravam refúgio por ali, já que não havia estradas. 112

Em 1917, a região era parte do município de Lagoa Vermelha, já com o nome de Protásio Alves.

A denominação presta uma homenagem ao médico e deputado Protásio Antônio Alves, que fez parte da Assembleia Constituinte gaúcha em 1891 e, posteriormente, foi vice-presidente da província. Com o desmembramento do município do Prata, o distrito passa a fazer parte deste. Somente em 1988 Protásio Alves conquistou sua autonomia, através da Lei nº 8.580. Uma das figuras mais importantes da história da cidade é o Padre Antônio Serraglia. Apesar da baixa estatura, elevou-se como um símbolo por sua inteligência, energia e bondade, como definiam os


A agricultura é a base econômica de Protásio Alves. No campo, as principais culturas são: soja, fumo, milho, trigo, uva, pêssego e maçã, além de outras frutas cítricas e hortaliças. Já na pecuária, o município se destaca com a produção de leite, suínos, aves de corte e de postura. De descendência quase que totalmente italiana, os protasioalvenses herdaram de seus antepassados a alegria e a expansividade que lhes são peculiares. Em seus momentos de lazer as atividades praticadas são: jogo de bochas, jogos de baralho e futebol, bailes e reuniões dançantes. Em todas as comunidades do Município existem igrejas, capelas e salões comunitários que facilitam a integração e a diversão. Entre os atrativos turísticos está a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Projetada pelo Padre Serraglia, o templo foi inaugurado em 1914, com estilo gótico. Junto a ela, está a Torre do Sino, concluída em 1961. Os sinos, vindos da Alemanha, pesam juntos quase uma tonelada. Outro espaço de religiosidade é a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, aberta em 1941.

Para conhecer a cultura e história do município, pode-se visitar a Casa da Cultura. Localizada no antigo prédio da Canônica, construído em 1917, o espaço abriga o Museu Municipal, Centro do Artesanato, Informações Turísticas e Biblioteca Pública Municipal. Na Casa, é possível reviver o passado dos imigrantes que formaram Protásio Alves. Para o contato direto com a natureza, a cidade possui o Camping Cassol e o Parque de Águas Termais Caldas do Prata. A Festa do Colono e do Motorista, o tradicional Festival da Canção Popular Italiana e o Jantar Italiano são os principais eventos realizados no Município e proporcionam momentos de alegria e confraternização entre o povo protasioalvense e o visitante.

Fundação/emancipação: 29 de abril de 1988 População: 2.044 Área: 172 km² PIB: R$ 48.579.000,00

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moradores do município. Em 11 de janeiro de 1910, passa a residir definitivamente em Protásio Alves, onde funda a paróquia da localidade. Além de pároco, foi engenheiro, juiz e conselheiro.

PIB per capita: R$ 24.485,00 IDHM: 0,733 Prefeito Municipal: Jusandro Bortolon Endereço: Rua do Poço, 488 Telefone: (54) 3276.1225 E-mail: prefeito@pmprotasio.com.br Site: www.pmprotasio.com.br

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Santa Tereza A colonização da região de Santa Tereza começou em 1885, quando chegaram os primeiros imigrantes italianos e poloneses, que se instalaram às margens do Rio Taquari, na Linha José Júlio. O transporte era feito por balsas pelo rio, sendo a única ligação entre a capital e os municípios da região. Em 1886, é erguida a primeira capela de madeira benta, por obra do reverendo Padre Finotti. Em 1887, é criada a paróquia de Santa Tereza. O nome da localidade tem origem no engenheiro-chefe da colonização, Joaquim Rodrigues Antunes, que prestou uma homenagem à esposa, Tereza. Foi pelo rio que

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se deu o desenvolvimento da região. Ainda não havia começado o século XX e Santa Tereza já se destacava pelo comércio de produtos agrícolas, madeiras e peles. Em 1894, exportava banha, alfafa, couros e madeira. Ao longo da década de 1920, o crescimento foi cada vez maior. Foram construídos dois hospitais, bancos, fábricas e comércios. Em 1928, dá-se início à construção da torre da Igreja Matriz. Com 45 metros de altura, era uma réplica da torre de San Biaggio de Callalta, em Treviso, na Itália. O desenvolvimento seguiu com a formação de uma cooperativa, que deu impulso para o abastecimento de produtos,


A ENCOSTA E SEUS ENCANTOS eletrificação rural, além da aquisição de um moinho.

qual é elaborada a cachaça desde os tempos dos imigrantes.

Então distrito de Bento Gonçalves, Santa Tereza ansiava por crescer mais. O isolamento geográfico e os problemas nas comunicações, no entanto, eram um obstáculo. Assim, em 1990, a população decidiu lutar pela autonomia do município, o que ocorreu em 20 de março de 1992. No ano seguinte assume o primeiro prefeito da cidade, Denis Jorge Acco.

A cultura dos colonizadores é o grande destaque da cidade. Em 2011, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou a comunidade patrimônio histórico nacional. O reconhecimento foi dado ao núcleo urbano de Santa Tereza, composto por 25 casas de madeira e alvenaria construídas nos séculos XIX e XX. O município mantém praticamente intactas as características originais de seu traçado. A arquitetura da área tombada lembra as pequenas comunas do Vêneto, na Itália. Em 2007, um pouco dessa beleza foi mostrada para todo o país. A cidade foi cenário do filme Saneamento Básico – O Filme, dirigido pelo gaúcho Jorge Furtado.

Hoje, Santa Tereza tem sua economia baseada na agricultura, com destaque para o cultivo de parreiras, hortifrutigranjeiros e criação de suínos. Na indústria, a produção de móveis para exportação e metalurgia são as principais forças. O solo do Vale do Taquari é considerado um dos mais férteis do mundo, propício para o cultivo da cana-de-açúcar, com a

Santa Tereza é um recanto da tranquilidade e registro vivo da história da colonização. Ao

visitante, é possível apreciar lugares como a Igreja Matriz, a Praça Maximiliano Cremonese, as Grutas de Nossa Senhora da Uva e Nossa Senhora de Lourdes, além de passeio de balsa pelo Rio Taquari e roteiros pelos alambiques, cantinas e vinícolas do interior.

Fundação/emancipação: 20 de março de 1992 População: 1.781 habitantes Área: 72,39 km² PIB: R$ 33.675.000,00 PIB per capita: R$ 19.522,00 IDHM: 0,746 Prefeito Municipal: Diogo Segabinazzi Siqueira Endereço: Avenida Itália, 474 Telefone: (54) 3456.1033 E-mail: atendimento@santatereza.rs.gov.br Site: www.santatereza.rs.gov.br

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São Jorge Os primeiros registros dão conta de que, por volta de 1934, Pedro Nunes da Silva loteou as terras de sua propriedade e assim deu início à formação de uma vila, que recebeu famílias de diferentes localidades, como Paraí, Veranópolis, Bento Gonçalves e Antônio Prado. Entre essas famílias estavam as de Luiz Matiello, Ernesto Francisconi, Ernesto Viecelli, Vitorino Massoni, entre outras. Em 1947, é construída a primeira paróquia da localidade, tendo São Jorge como seu padroeiro. Assim, a região passou a ser denominada São Jorge. A área, então, era distrito do município de Prata. Sua emancipação aconteceu apenas em 30 de novembro de 1987.

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A economia do município é essencialmente agrícola, sendo que praticamente metade da população retira seu sustento diretamente desta prática. As culturas mais importantes são a do milho, soja e trigo. Em menor escala, outras culturas fazem parte da atividade, como pipoca, feijão, batata, tomate, entre outras. A uva tem despontado recentemente pelo crescimento de sua cultura, em diferentes variedades. Na pecuária, destaca-se a produção de leite. São Jorge possui 190 famílias que trabalham com a atividade leiteira, produzindo mais de 18 milhões de litros ao ano. Suínos e bovinos de corte também fazem parte da produção na cidade.


A ENCOSTA E SEUS ENCANTOS Conhecido como o “Portal da Serra Gaúcha”, São Jorge sedia diversos eventos todos os anos. O CTG da cidade organiza um dos maiores rodeios crioulos da região, que leva milhares de pessoas ao município no primeiro fim de semana de dezembro. Em 2009, ocorreu a primeira edição da ExpoJOR, que atraiu milhares de visitantes para conferir produtos e serviços da cidade, além de apresentações culturais e musicais. Já a Noite Italiana valoriza a colonização dos imigrantes, resgatando a culinária típica, canções, vinho e costumes. A cidade sedia ainda o Campeonato Regional de Futsal Portal da Serra Gaúcha, que reúne equipes de toda a região. A principal festa religiosa é a de Nossa Senhora do Rosário da Pompeia, que ocorre na Igreja Matriz, em outubro.

Fundação/emancipação: 30 de novembro de 1987 População: 2.848 habitantes Área: 118 km² PIB: R$ 66.562.000,00 PIB per capita: R$ 24.126,00 IDHM: 0,732 Prefeito Municipal: Ilto Nunes Abrão Endereço: Avenida Daltro Filho, 901 Telefone: (54) 3271.1112 E-mail: admin@saojorge.rs.gov.br Site: www.saojorge.rs.gov.br

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Alex Rizzon

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São Marcos Os primeiros caminhos para as terras de São Marcos foram abertos em 1864. À época, Antônio Machado de Souza, com a ideia de abrir uma estrada ligando Montenegro a São Francisco de Paula, subiu a encosta do planalto, em uma viagem perigosa, onde encontrou diversos índios que habitavam a região. Machado chegou às “campinas verdes de São Francisco de Paula de cima da Serra, lá pelo rincão de São Marcos, no fundo da invernada então pertencente ao senhor Oliveira Pedroso”. Assim começava a penetração no território que, depois, se chamaria “São Marcos Dei Polachi”. 118

Em 1883, chegaram à região os primeiros imigrantes. Dois anos mais tarde, era organizada oficialmente a Comissão de Terras, destinada a distribuir glebas aos colonizadores. Na localidade se estabeleceram inicialmente italianos (1885), que chegaram às margens dos rios São Marcos e das Antas. Na zona Riachuelo, ergueram o primeiro barracão da nova colônia, cujos escombros ainda podem ser vistos. Os italianos foram seguidos pelos poloneses (1891), além de portugueses. Os negros também marcaram presença, na Linha Juá e Rincão dos Quilombos, próximo ao Rio da Mulada.


O Monte Calvário é o principal ponto turístico do município. Com uma altitude de 795m, o local é sede do monumento do Cristo Crucificado, além de 14 capelas em pedra basalto que simbolizam a Via Sacra, percorrida pelos fiéis durante a procissão da Paixão de Cristo. Outro importante espaço religioso é a Igreja Matriz de São Marcos, em frente à Praça Dante Marcucci. Nela se encontra a Gruta de Nossa Senhora Aparecida, toda revestida com pedras de rio. A Igreja de São Luiz, totalmente construída em pedra, e a Capela Tuiuti também são atrativos. A natureza também oferece atrações para o visitante. O Vale do Rio São Marcos, rico em vegetação subtropical e com quatro pequenas

A ENCOSTA E SEUS ENCANTOS

A economia mostra sua força em diversas frentes. Na indústria, que concentra mais da metade do PIB, o município se destaca no ramo metal-mecânico e no polo moveleiro. Na agricultura, a vitivinicultura é o principal segmento. São Marcos é o quinto maior produtor de uvas e de vinhos, além de ser o maior produtor de suco de uva integral e natural do país. A cidade é também líder nacional na produção de alho nobre. Na pecuária, o destaque fica com a avicultura, com mais de 7 milhões de cabeças de frango. São Marcos é ainda a cidade brasileira com o maior número de caminhões per capita, sendo chamada de “Capital Mundial Scania”.

cascatas, é uma bela paisagem da região. O profundo Vale do Rio das Antas também se destaca, podendo ser explorado inclusive com a prática de esportes como o rafting. Para o interessado no enoturismo, a cidade faz parte da Rota da Uva e do Vinho, onde é possível saborear a gastronomia típica e passear pelas tradições dos imigrantes.

Fundação/emancipação: 9 de outubro de 1963 População: 21.117 habitantes Área: 256,2 km² PIB: R$ 460.289.000,00 PIB per capita: R$ 22.701,00 IDHM: 0,768 Prefeito Municipal: Demétrio Carlos Lazzaretti Endereço: Avenida Venâncio Aires, 720 Telefone: (54) 3291.9900 E-mail: gabinete@saomarcos-rs.com.br Site: www.saomarcos-rs.com.br

Acervo da Prefeitura

Até 1921, as terras de São Marcos pertenciam a São Francisco de Paula. Nesse ano, a região se anexou a Caxias do Sul – que construiu uma estrada ligando a localidade, então Pedras Brancas, à sede. Vários agricultores se instalaram na área, dando início ao ciclo da madeira. A maior facilidade para transporte foi determinante para a autonomia do município. A emancipação ocorreu em 9 de outubro de 1963, através da Lei nº 4.576.

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Serafina Corrêa Foi da Colônia de Guaporé, durante a imigração italiana, que surgiu Serafina Corrêa. Instalada oficialmente em 1892, a região era dividida em 22 linhas, cada uma com seis a sete quilômetros avançando na floresta virgem. Era ali que os imigrantes organizavam sua vida social e religiosa. Serafina Corrêa foi surgir na linha 11, que teve como seus primeiros moradores José Franciosi, Orestes Assoni, Antônio Marin, João Variani, Achyles Cervieri, Aníbal Fornari e Francisco Pan, além das famílias Soccol, Corso e Martineli.

O nome do município se origina da Senhora Serafina Corrêa, também conhecida como Dona Fifina. Nascida na Estância dos Vieira de Castro, era uma mulher de personalidade forte, influente e decidida. Casou-se com o engenheiro Vespasiano Rodrigues Corrêa, na cidade de Rio Grande. Depois, o casal foi para Porto Alegre. Em 1899, Vespasiano foi designado para demarcar lotes em Guaporé e, em 1904, foi nomeado o primeiro intendente do município de Guaporé, emancipado um ano antes. Em homenagem à esposa, Vespasiano

denominou o quinto distrito da cidade como Dona Fifina Corrêa – nome substituído posteriormente por Serafina Corrêa. Com o desenvolvimento que foi se dando na região, Serafina Corrêa representava 48% da arrecadação de Guaporé, surgindo assim o desejo de emancipação, cujo processo foi iniciado no final da década de 1960. O projeto foi deliberado diversas vezes na Assembleia Legislativa, sem, no entanto, conseguir êxito. Até que, em 1960, é encaminhado o pedido de emancipação de Nova Palma. Como a maioria da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia era integrante do PDS, o pedido só seria aprovado caso o de Serafina também o fosse. Assim, em 22 de Julho foi criado o município de Serafina Corrêa, tendo Amantino Lucindo Montanari como seu primeiro prefeito. A sanção do governador, publicada no Diário Oficial, se deu no dia 25 de julho – portanto, data considerada oficial. Serafina Corrêa segue em desenvolvimento. Possui uma matriz produtiva diversificada, com economia baseada na indústria e comércio. Destaca-se a presença de grandes empresas nos setores de agroindústria, setor gráfico, de papel e de embalagens plásticas. Outra importante força produtiva do


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município está nos ramos de autopeças e imobiliário. No campo, a produção de leite se sobressai. Conhecida como a “cidade simpatia”, Serafina Corrêa ainda conserva muito das tradições dos imigrantes italianos, como a arquitetura e, especialmente, o talian, língua dos colonizadores. Sua importância foi ressaltada em 2009, quando o município sancionou uma lei que oficializa o talian como língua cooficial. A ideia foi valorizar e manter viva essa língua, que é parte da própria história serafinense. A cultura italiana foi celebrada ainda com o monumento La Nave Degli Immigranti, construído em 1986. Representando a vinda dos colonizadores nos navios, a obra homenageia e destaca a bravura e o significado da imigração para a construção da cidade e do Rio Grande do Sul. Na tentativa de trazer mais da Itália ao município, alguns prédios históricos daquele país foram recriados na Via Gênova, uma das principais avenidas da cidade. Entre as réplicas estão a do Castello Inferiore (Marostica), Casa Di Romeo (Verona), Casa Di Giulietta (Verona) e La Rotonda (Vicenza). Uma réplica do Coliseu de Roma a da Torre de Pisa também estão no projeto, mas ainda não foram concluídas. Outros pontos turísticos da cidade reafirmam a fé católica, que também é herança dos imigrantes: o Santuário Nossa Senhora do Rosário, cuja obra começou em 1921; a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, também da década de 1920; o Cristo Redentor, monumento de 12,5 metros localizado no bairro Cristo Rei (o local é a estação final da Via Sacra realizada na cidade); e o Mausoléu que guarda os restos mortais de Serafina Corrêa, que possui um Cristo feito de materiais reutilizáveis. Capitéis e capelas espalhados pelo interior do município também evidenciam a religiosidade dos antigos munícipes.

Serafina Corrêa é ainda sede do Festipizza, maior festival de pizzas da Serra Gaúcha. O evento ocorre todos os anos em julho, mês de aniversário da cidade, reunindo centenas de pessoas para degustar pizzas de vários sabores, além de vinhos produzidos na região.

Fundação/emancipação: 25 de julho de 1960 População: 15.614 habitantes Área: 163,2 km² PIB: R$ 421.553.000,00 PIB per capita: R$ 28.559,00 IDHM: 0,760 Prefeito Municipal: Ademir Antonio Presotto Endereço: Avenida 25 de Julho, 202 Telefone: (54) 3444.1166 E-mail: prefeito@serafinacorrea.rs.gov.br Site: www.serafinacorrea.rs.gov.br

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União da Serra A colonização da área onde hoje está União da Serra se deu por volta de 1890. Nessa época, as famílias Galliazzi e Giordani chegaram à localidade, que mais tarde passaria a ser denominada Pulador. Alguns anos depois, em meados de 1908, outro vilarejo nas cercanias começou a receber imigrantes. A região foi denominada Oeste.

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Então parte de Guaporé, o município conquistou sua autonomia somente na década de 1990. Nesse ano, começou o movimento pela emancipação, a qual foi referendada pela população em plebiscito no dia

10 de novembro de 1991. Em 20 de março de 1992, é promulgada a Lei 9.598, que cria União da Serra. O nome tem origem na união dos distritos de Oeste e Pulador, por estarem entre a Serra e o Planalto gaúcho. Hoje, a cidade é constituída por dois distritos: São Luís e Pulador. A principal atividade econômica do município é a agropecuária, onde se destacam a criação de aves, gado leiteiro e suínos. União da Serra é a cidade com a maior concentração de população católica no país. De acordo com o Censo 2010, 99,4% dos habitantes


de Oeste, onde a religiosidade se expressa na imponente Igreja de Santo Antônio, construída em 1938. A cidade possui ainda um templo para Nossa Senhora do Rosário. Capitéis, capelas de madeira e outras imagens de santos estão espalhadas pela cidade.

Fundação/emancipação: 20 de março de 1992

Todos os anos é realizada a Festa na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, comemorada em fevereiro. O evento reúne mais de dois mil devotos da padroeira. A área da gruta é ainda um recanto de lazer em meio à natureza, com riacho e cascata, além de um grande pátio para acampamento e churrasco.

Além da festa para Nossa Senhora de Lourdes, União da Serra é sede da Noite do Filó, evento tradicional marcado por boa música e gastronomia típica dos imigrantes. Na festividade, é comemorado também o dia do agricultor e do motorista.

Prefeito Municipal: Luiz Mateus Cenci

A região de União da Serra oferece ainda vários outros atrativos. O roteiro começa no Distrito de São Luís, onde se encontra uma centenária igreja de madeira. Perto dali, no Rio Lajeado, está o salto Grechi, com diversas quedas d’água. O passeio prossegue pelo Salto do Pulador, a 9 km da sede do município. Nesse local o Rio Guaporé se estreita entre paredões de rochas. Quando o nível d’água está baixo, é possível ver a profundidade do canal e, inclusive, pular de um lado para o outro – o que deu origem ao nome de Pulador. O roteiro segue no distrito

População: 1.434 habitantes Área: 131 km² PIB: R$ 54.538.000,00 PIB per capita: R$ 38.299,00

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seguem o catolicismo. A marca é fruto da colonização italiana, que, como em toda a região, deixou a fé como uma de suas principais influências na vida da comunidade. A religiosidade está presente ainda em alguns dos principais eventos e pontos turísticos uniserranos.

IDHM: 0,733 Endereço: Avenida Monsenhor Paulo Chiaramont, 400 Telefone: (54) 3476.1144 E-mail: administracao@uniaodaserra.rs.gov.br Site: www.uniaodaserra.rs.gov.br

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Veranópolis A partir de 1884, quando a Colônia de Dona Isabel (Bento Gonçalves) estava quase toda ocupada por imigrantes, o Governo decidiu fundar uma nova colônia, chamada de Alfredo Chaves. Em 1885, a área já contava com 778 colonos, que logo se somariam a outros mais de dois

mil, provenientes de Vêneto e Lombardia, na Itália. A partir de então, a região começou a se desenvolver, com a formação de um setor primário. Em 1898, Alfredo Chaves é elevado à categoria de município. Em 1945, muda de nome. Por já existir no

Espírito Santo uma cidade mais antiga com mesmo nome, passa a se chamar Veranópolis. A nova denominação une “veraneio” com o termo grego “pólis”: cidade do veraneio. O nome aludia à significativa presença de veranistas na cidade à época, que aproveitavam o clima aprazível da região. A indústria constitui a principal atividade econômica do município, respondendo por 70,90% do PIB. Somente a indústria de transformação detém quase 70% da atividade do setor. No campo, a produção frutífera de aves, leite e suínos são os carros-chefe de Veranópolis, que também tem destaque na viticultura. A maçã é, além de uma das principais culturas, um dos símbolos da cidade. Foi introduzida na localidade de Lajeadinho pelo agricultor José Bin, em 1935. Após comprar uma única maçã, importada da Califórnia, Bin plantou as sementes da fruta e conseguiu que um pezinho sobrevivesse. Foi o início da produção no município e no país, sendo o Berço Nacional da Maçã.

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A cidade também é conhecida como a “Terra da Longevidade”, devido à sua alta população idosa – o que garante a Veranópolis uma das maiores


A ENCOSTA E SEUS ENCANTOS taxas de longevidade do mundo. O fenômeno é estudado há anos por um projeto da Organização Mundial da Saúde, capitaneado por médicos geriatras da PUCRS e UFRGS, que constataram que os hábitos saudáveis dos veranenses eram responsáveis por tais índices. Atividades físicas, consumo de vinho, integração com a comunidade e a família e boa alimentação estão entre as razões apontadas para a vida longa da população. Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Veranópolis é a Torre Mirante da Serra. Inspirada na Torre CN, de Toronto (Canadá), é a única do país com restaurante giratório, cuja volta é completada em duas horas. Do alto de seus 79,5 metros, é possível visualizar as belezas da cidade, além de municípios vizinhos

como Bento Gonçalves, Cotiporã, Monte Belo do Sul e Caxias do Sul. O visitante pode ainda conhecer outras atrações como a Igreja Matriz São Luiz Gonzaga, construída entre 1919 e 1933, o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, erguido em 1906, e a Casa de Cultura, que abriga a Biblioteca Pública e o Museu Municipal. A natureza também oferece atrativos, como o Balneário do Retiro, a Cascata dos Três Monges, a Cascata da Usina Velha e a Gruta Selvagem. Na entrada da cidade, está o Portal-Monumento, construído para homenagear os 125 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. Veranópolis proporciona ainda rotas pelas vinícolas, permitindo ao visitante conhecer um pouco da

produção de vinhos da cidade, bem como as tradições italianas que seguem vivas na região. O principal evento da cidade é a Festa Nacional da Maçã e Feira Agroindustrial (Femaçã), que reúne milhares de pessoas a cada três anos.

Fundação/emancipação: 15 de janeiro de 1898 População: 24.476 habitantes Área: 289,4 km² PIB: R$ 876.497.000,00 PIB per capita: R$ 37.594,00 IDHM: 0,773 Prefeito Municipal: Carlos Alberto Spanhol Endereço: Rua Alfredo Chaves, 366 Telefone: (54) 3441.1477 E-mail: gabinete@veranopolis.rs.gov.br Site: www.veranopolis.rs.gov.br

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Vila Flores A região onde hoje está Vila Flores era parte da Colônia de Alfredo Chaves, atual Veranópolis. No final do século XIX, a área passou a receber imigrantes oriundos das colônias Conde D’Eu e Dona Isabel, que já estavam com número expressivo de habitantes. Assim, começou o povoamento daquela região, a partir de 1884.

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Em 1898, Alfredo Chaves se desmembra de Lagoa Vermelha e é elevado à categoria de município. A área de Vila Flores, então conhecida como Pinheiro Seco, passa a ser um de seus distritos. Seu primeiro nome tem origem em um velho pinheiro

que pegou fogo em uma queimada, o qual era ponto de referência para os tropeiros que passavam pelo lugar. Em 1920, a região passa a se denominar Vila Flores, em uma homenagem à família Fiori, uma das primeiras famílias que se instalaram ali, onde iniciaram diversos negócios. O exemplo de outras comunidades que buscaram sua emancipação também levou Vila Flores a buscar sua autonomia. Logo foi formada uma comissão emancipacionista, presidida por Antônio Costella. Em apenas 72 horas a comissão reuniu todos os dados e documentos necessários para solicitar sua


A diversificação da economia colabora para o desenvolvimento de Vila Flores. Na agropecuária, destaca-se a criação de frangos e suínos, além da produção leiteira e hortifrutigranjeira. A produção de cerâmica e a extração de basalto também são atividades expressivas na região. Com reconhecimento nacional pela qualidade e variedade de produtos oferecidos, Vila Flores produz mais de 6 milhões de tijolos por mês. No interior, estão presentes diversas agroindústrias, produzindo conservas finas, massas, queijos, bolachas, vinhos artesanais e embutidos. Também despontam na cidade o cultivo e comércio de mudas e flores.

pelo Grupo de Filó de Vila Flores; a Vila do Pão, que oferece produtos coloniais; a Cantina de Vinho Frei Fabiano, que possui o raro vinho de missa; além dos ateliers que produzem o melhor do artesanato local. Para descanso, a cidade dispõe da Pousada dos Capuchinhos, antigo abrigo dos freis e que hoje serve de pousada com águas termais para os visitantes. Vila Flores é sede de diversos eventos realizados ao longo do ano. O principal é a Fest Flor, onde o município mostra o que tem de melhor. Em 2015, ocorre a quarta edição da festa. Em julho, acontece a Sagra de Nostra Gente e Nostri Valori, que celebra a cultura dos imigrantes. Tal celebração ocorre também na Semana da Etnia

Italiana, em maio. A Via Sacra, a Festa de Santo Antônio e a Festa de Nossa Senhora da Salete são outros eventos que atraem muitos visitantes para a comunidade.

Fundação/emancipação: 12 de maio de 1988 População: 3.353 habitantes Área: 107,9 km² PIB: R$ 109.924.000,00 PIB per capita: R$ 34.075,00

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autonomia. Assim, em 1988 foi realizado o plebiscito na região, que decidiu por se tornar um município, o que ocorreu no dia 12 de maio. A primeira prefeita da cidade foi Zélia Brandalise Fiori.

IDHM: 0,742 Prefeito Municipal: Vilmor Carbonera Endereço: Rua Fabiano Ferretto, 200 Telefone: (54) 3447.1313 E-mail: vilaflores@pmvilaflores.com.br Site: www.vilaflores.rs.gov.br

Marcada pela colonização italiana, a cidade mantém vivas as tradições e a cultura dos imigrantes. Para o visitante, é possível conferir o Roteiro da Fé, Pão e Vinho, que passeia por três dos destaques de Vila Flores. Podem-se conhecer templos como a Igreja Matriz Santo Antônio e Nossa Senhora da Salete, a Capela de Caravaggio e Campanário, a Capela Sagrado Coração de Jesus, a Cruz de Ferro, entre outros locais que evidenciam a forte tradição religiosa do município. A cultura italiana é vivenciada através do Filó Italiano, realizado

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Vista Alegre do Prata No início de sua colonização, a região era conhecida como Linha 6ª General Osório de Alfredo Chaves, hoje o município de Veranópolis. Por volta de 1884, com a divisão dos lotes rurais pertencentes a Alfredo Chaves, imigrantes italianos chegaram à localidade, oriundos de Treviso. Ao se estabelecer, começaram a formar o povoado, construindo a primeira escola, igreja e cemitério, além de iniciar as primeiras plantações. Algum tempo depois, imigrantes poloneses também chegaram a Vista Alegre. A região foi prosperando lentamente. Em 1916, é denominada Curato de São José da Vista Alegre. O nome tem origem na alegria trazida pelos imigrantes, que, apesar das dificuldades, iam ao trabalho cantando, voltavam cantando e se reuniam à noite para saborear sua bebida preferida, o vinho. De 1939 a 1944, a área passou a se chamar Augusto Severo. Em 1945, mudou de nome novamente, para Alexandre de Gusmão. Em 1957, a denominação foi alterada para Vista Alegre.

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Em 9 de maio de 1988, o município conquista sua emancipação política, através da Lei 8.611. Por já existir outra cidade com mesmo nome, e por ser originária de Nova Prata, a comunidade passou a se chamar Vista Alegre do Prata. O primeiro prefeito foi Heitor Gabriel Giombelli.


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O desenvolvimento da região foi muito vagaroso, em virtude da falta de estradas e da distância para o comércio. Hoje, a base econômica do município é a agropecuária e o extrativismo vegetal. A principal cultura é a erva mate – sua produção e qualidade destacadas garantiu-lhe o título de “Princesa do Erva Mate”. Também são cultivados milho, feijão, fumo, tomate e repolho. Na pecuária, desponta a produção leiteira. Aves de corte e suinocultura são outras importantes atividades do município. A natureza foi bastante generosa com Vista Alegre do Prata, que possui diversos atrativos, como a Cascata do Cirilo e as cascatas do Rio Não Sabia, um recanto de beleza e aventura em meio aos vales do Rio Carreiro. No Lago Ticz, é possível realizar atividade de camping. Casarões e capitéis antigos espalhados pela cidade revelam a história, a tradição e os costumes dos imigrantes italianos, que também são celebrados em filós. Em maio ocorrem os principais eventos da cidade, em meio às comemorações de aniversário de Vista Alegre do Prata. Nessa época, é realizado o tradicional Jantar do Frango e do Leitão. Em 2015, ocorre a primeira edição da Expoalegre, feira de caráter cultural, comercial e industrial, para mostrar a todo o Estado as potencialidades e a cultura do município. Já no mês de março são realizados o Rodeio Crioulo e a festa do padroeiro, São José.

Fundação/emancipação: 9 de maio de 1988 População: 1.613 habitantes Área: 119,3 km² PIB: R$ 53.119.000,00 PIB per capita: R$ 34.007,00 IDHM: 0,780 Prefeito Municipal: Ricardo Bidese Endereço: Rua Flores da Cunha, 102 Telefone: (54) 3478.1210 E-mail: gabinete@vistalegredoprata.rs.gov.br Site: www.vistalegredoprata.rs.gov.br

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CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO


CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

O brasão de um município representa seus valores, seus fundamentos. Conta a história do lugar e registra as formas de trabalho que sustentaram o povo e construíram o município. O brasão é um símbolo, uma representação de como as pessoas deram e dão forma ao local em que vivem. Representa uma cidade, mas, mais do que isso, representa sua gente. E é disso que a Amesne é composta: de pessoas e municípios, que são o porquê desta Associação. É por isso que nossos brasões ilustram a abertura deste capítulo. É uma forma pictórica de contar a história de nossa região e da própria Amesne. Mas quem é daqui – e mesmo quem nos visita – sabe que essas representações são verossímeis e verdadeiras. Nesses símbolos, vemos águas e sabemos que são os mares que trouxeram os imigrantes que, junto com os nativos, povoaram nossa região. São, também, os lagos e rios que irrigam nossa produção agrícola, que nos dão de beber e oferecem belas paisagens. Nos brasões dos municípios da encosta superior do nordeste gaúcho há muita terra, campos verdejantes e montanhas. É o solo em que nos instalamos há muitas décadas e do qual tiramos nosso sustento. É onde estão os animais também representados, que nos ajudam no campo, mas que também servem de alimento, companhia ou defesa. É onde estão nossas indústrias que empregam e geram riqueza. Ainda, é desse chão fértil que saem os frutos, as árvores e toda a vegetação também abundantes em nossos brasões, nos quais figuram, sobretudo, fartos

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Aliás, os escudos que abrem este capítulo levam, especialmente, duas combinações de cores: o verde, branco e vermelho da Itália e o verde, vermelho e amarelo do Rio Grande do Sul. É nossa serra, de fato, a mais italiana das regiões gaúchas. É, também, a mais gaúcha de todas as colônias italianas. Outro item constantemente presente em nossas peças heráldicas é a cruz. Símbolo do cristianismo, recebe o destaque devido em localidades orgulhosas de suas raízes latinas, amplamente cristãs, cujos valores são ainda hoje a base de sustentação de toda a civilização ocidental. Nossos brasões, portanto, não são apenas belas peças artísticas. Contam histórias, registram o passado, o presente e o futuro. Representam elementos que a Amesne também representa. A união, o trabalho e o progresso presentes no título deste livro estão desenhados em nossos símbolos e conformam o norte de nossa atuação. Esses elementos naturais, as produções do campo e da cidade, os animais, as pessoas, nossos fundamentos morais... Tudo isso, que nos faz ser quem somos, foi levado em consideração pelos fundadores da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste. Possivelmente, fazia frio naquele 3 de junho de 1966. Era uma sexta-feira o dia em que a Amesne foi criada. Estávamos às vésperas de mais uma Copa do Mundo de Futebol. O “tri” do Brasil era uma esperança – que foi frustrada. Como frustrada foi a esperança de

que, após as turbulências iniciais do Regime Militar, a democracia voltaria a fazer parte de nossas vidas. Outra frustração estaria por vir: após os acertos das políticas econômicas de Roberto Campos, na primeira fase do Regime, o nacional-desenvolvimentismo dos anos 1970 constituiria, no longo prazo, mais um grande erro do período militar (que, no campo político, com seus equívocos antidemocráticos, foi errado desde o começo). Ainda que tenha elevado o crescimento econômico a níveis hoje impensáveis, as medidas de desenvolvimento aplicadas pelo Governo Federal à época do surgimento da Amesne trariam muitos prejuízos aos municípios. A centralização das decisões políticas e do poder econômico em Brasília empobreceu e enfraqueceu os municípios. O surgimento de associações municipalistas passou a ser imperativo, indispensável. E hoje, com esse desequilíbrio agravando-se cada vez mais, essa união de forças é fundamental.

CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

cachos de uva, fruta que melhor simboliza a região. A uva está em nossos campos, em nossos pratos, em nossas taças – e em nossas bandeiras.

Desde aquela época, temos lutado por um pacto federativo verdadeiro, justo, equilibrado. Associados em entidades como a Amesne, federados com organizações como a Famurs e unidos todos na Confederação Nacional dos Municípios, temos buscado inverter a atualmente injusta balança tributária brasileira, que garante dois terços da arrecadação à União e deixa estados e – principalmente – municípios sem condições de cuidar de sua gente. A Amesne trabalha para que nossa região progrida, para que os elementos de nossos brasões continuem sendo representações fiéis à realidade, mostrando a pujança de nossos municípios.

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CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

É com esses objetivos municipalistas, fraternos e progressistas que, desde 3 de junho de 1966, estão unidos os municípios de:

Antônio Prado

Garibaldi

Paraí

Bento Gonçalves

Guabiju

Pinto Bandeira

Boa Vista Do Sul

Guaporé

Protásio Alves

Carlos Barbosa

Marau

São Jorge

Casca

Montauri

São Marcos

Caxias Do Sul

Monte Belo Do Sul

Santa Tereza

Coronel Pilar

Nova Araçá

Serafina Corrêa

Cotiporã

Nova Bassano

União Da Serra

Fagundes Varela

Nova Pádua

Veranópolis

Farroupilha

Nova Prata

Vila Flores

Flores Da Cunha

Nova Roma Do Sul

Vista Alegre Do Prata

O que se precisa saber sobre a Amesne, de facto, é que se trata de uma associação de municípios que atua não apenas em favor daqueles que defende, mas do municipalismo como um todo. E, como vimos, defender o municipalismo é defender as pessoas, pois é no município que vivemos, produzimos, compramos, vendemos, enfim, relacionamonos e fazemos a economia girar. E o que se precisa saber da Amesne, de jure, está em seu estatuto. Vejamos que diz o Artigo 3º e alíneas (grifos nossos): 134

A AMESNE, visando a solução dos problemas comuns aos municípios têm por fim associar, integrar e representar, judicial e extrajudicialmente os Municípios da região, impetrar mandados de segurança, bem como atuar nos polos ativo e passivo das ações de interesse geral, com a aprovação prévia ou referendo posterior à reunião Ordinária, ou Assembleia Geral, Ordinária ou Extraordinária diretamente ou através da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – FAMURS, e por objeto a valorização do municipalismo, desenvolvendo ações tendentes a:


Formular diretrizes no movimento municipalista regional, tendo por meta a descentralização político-administrativa da União e do Estado em favor dos municípios;

b)

Buscar e proporcionar assessoria político-administrativa, para encaminhamento de soluções aos problemas regionais e específicos de cada município integrante;

c)

Ser a instância de representação formal da região junto à FAMURS – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, pugnando por seu fortalecimento como Entidade mater do municipalismo gaúcho;

d)

Representar seus membros juntos a órgãos públicos e privados nas reivindicações socioeconômicas da região;

e)

Acompanhar a ação do Legislativo e do Executivo Federal e Estadual, intervindo conforme os interesses da região;

f)

g) h)

i)

j)

CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

a)

Conveniar com Instituições Públicas e Privadas no sentido de viabilizar estudos técnicos com elaboração de projetos comuns à região, nas áreas de Educação, Saúde, Habitação, Agricultura, Planejamento, Fazenda, Assistência Social e outras, que deverão ser encaminhados aos órgãos competentes; Estimular medidas de incentivos fiscais de outra ordem para industrialização da região, com o aproveitamento dos recursos naturais, matérias-primas e mão-de-obra disponível; Promover o intercâmbio e a troca de experiências entre os municípios; Promover estudos, sugestões e adoções de normas sobre a legislação tributárias e outras leis básicas municipais que visem a uniformização e a eficiência de arrecadação nos municípios, bem como o planejamento integrado da região; Instruir os municípios a contribuírem diretamente com a FAMURS sempre que for necessário. 135


CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

Amesne na Itália.

Como se vê, o foco da Amesne tem sido, desde seu princípio, a representatividade e a união. E representar requer conhecimento, preparo. Por isso, historicamente, a Associação tem buscado parcerias, estabelecendo aquisição de conhecimento em locais onde há desenvolvimento e nos quais haja semelhanças com nossa região.

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Exemplo disso são as missões técnicas que empreendemos, em busca de boas práticas de gestão municipal, integração regional, organização da

indústria e do comércio, exploração dos potenciais turísticos e aplicação de tecnologias. Foi isso o que a diretoria da Amesne e prefeitos de nossa região em missões à Espanha, Itália e Portugal (em 2007), à Itália novamente (2010) e ao Chile (2013). Em parceria com organismos públicos locais, autoridades e instituições de ensino, nossos representantes foram recebidos no exterior para trocas de experiências, com a intenção de voltar para a encosta superior do nordeste gaúcho e aplicar os aprendizados.


CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

Comitiva italiana em reunião com a Amesne. Da esquerda para a direita: Renata Bueno, deputada italiana nascida no Rio Grande do Sul; Aícaro Umberto Ferrari, presidente da Amesne e prefeito de Nova Araçá; Mario Gabardo, vice-prefeito de Bento Gonçalves; Mario Finozzi, ministro do Turismo da região italiana do Vêneto; Gilberto Durante, secretário de Turismo de Bento Gonçalves; Nicola Occhipinti, cônsul da Itália em Porto Alegre; César Augusto Prezzi, consultor da região do Vêneto para o RS.

Amesne na Expo Prata 2014

Assim como somos recebidos, também sabemos receber – e sempre com o mesmo objetivo: intercambiar conhecimento e proporcionar o progresso. Em novembro de 2014, participamos de uma reunião com uma comitiva italiana e o Comitato Veneto do Rio Grande do Sul, no Hotel Villa Michelon, em Bento Gonçalves. Em outro evento com o Comitato Veneto, dessa vez uma reunião ordinária da Amesne, recebemos de seu consultor, César Augusto Prezzi, um material da entidade. O encontro foi em Nova Prata, em função da Expo Prata 2014.

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CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO

Atual presidente da Amesne, Aícaro Ferrari, em reunião da Famurs.

E no que toca à nossa atuação de fato, temos nos feito presente nas mais importantes mesas de discussão política e decisória do Brasil e do Rio Grande do Sul. É o caso da primeira reunião da Famurs com o então governador eleito José Ivo Sartori, nas últimas semanas de 2014. E assim seguiremos, por muitos anos mais, trabalhando por nossa gente, dialogando com o país e com o mundo e unindo forças pelo municipalismo. A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul mantém suas portas abertas em sua sede, na cidade de Bento Gonçalves – Rua marechal Deodoro, nº 230, sala 1201. Venha nos visitar. Ou mesmo nos ligue ou nos escreva: Fone: (54) 3452.8131 E-mail: assamesne@yahoo.com.br Estamos sempre à disposição para falar de união, trabalho e progresso.

José Ivo Sartori (governador do RS – 2015-2018) e presidente Aícaro.

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CINCO DÉCADAS DE MUNICIPALISMO Gestão 2014-2015 da Amesne. Da esquerda para a direita: 2º vice-presidente, Guilherme Rech Pasin (Bento Gonçalves); presidente, Aícaro Umberto Ferrari (Nova Araçá); 1º vicepresidente, Antônio Cettolin (Garibaldi); 1º secretário, Ricardo Bidese (Vista Alegre do Prata); e 2º secretário, Demétrio Lazzaretti (São Marcos). Também faz parte da diretoria o tesoureiro Volnei Minozzo (Nova Prata). Fotografia de Mônica Rachele Lovera.

Parte da sede da Amesne, com vista para a bela Bento Gonçalves.

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© Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste





A trajetória da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste está assentada sobre uma base forte e perene: a união. São milhares de pessoas, centenas de lideranças políticas e dezenas de municípios trabalhando em favor do desenvolvimento de uma região. É este, portanto, o registro que a atual diretoria desta Associação quis deixar na história. Um registro de pessoas que fazem aquilo que a Amesne faz há quase meio século: unem-se, reunem-se e progridem. Assim, a gestão 2014-2015 da Associação lega a seus municípios e a sua gente um presente, ao mesmo tempo tardio e antecipado. É um presente tardio porque já se vão muito anos de dedicação, esforços e resultados, de plantios e de colheitas, mas ainda sem uma publicação que honrasse essa bela história. E é um presente antecipado porque chega às vésperas da comemoração de 50 anos da entidade. E é esta uma história de união, trabalho e progresso.


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