Jornal CRMRR Edição 41

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Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima EDIÇÃO: 41ª | Julho 2014

CRM – RR intensifica fiscalizações e cobra melhorias do setor público Pág. 7

Em Roraima, apenas 16% das ações do PAC 2 em saúde foram concluídas

Agosto haverá eleição para Conselheiro Federal

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EDITORIAL

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Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima

Valorização da Medicina e do Exercício Profissional O

s momentos de crise devem servir para reflexões e busca de soluções. A medicina brasileira e o trabalho do médico, seja no SUS ou no Sistema Suplementar, vêm passando por momentos difíceis nos últimos anos. Precisamos buscar urgentemente a valorização do profissional, fortalecendo as nossas instituições. O médico não pode estar afastado delas, seja: em Conselhos de Medicina, Sindicatos Médicos, Conselhos de Saúde – Estadual ou Municipal – Associações Médicas e Cooperativas Médicas. Para buscar a valorização profissional devemos ter como

base quatro pilares importantes:

tinuada. O profissional bem preparado tem maiores chances de conseguir uma remuneração justa.

O primeiro é o fortalecimento dos Sindicatos. Para que isto

O Conselho Regional de Medicina de Roraima tem atuado

ocorra é preciso se filiar e participar ativamente das suas ativida-

incondicionalmente no fortalecimento desses quatro pilares.

des. Através da participação e da mobilização é que teremos força

Somos 728 médicos em atividade no estado (lista atualizada

para fazer valer nossas reivindicações. Permita-me lembrar uma

em 20/05/2014). É preciso que os médicos do Estado entendam

frase lendária de Getúlio Vargas, dita em seu pronunciamento

que somos uma força considerável e precisamos nos inserir

no dia 1 de maio de 1951, para os trabalhadores brasileiros: “O

mais nas discussões e decisões dos governos no que se referem

sindicato é a vossa arma de luta, a vossa fortaleza”.

às questões de políticas de saúde. A valorização da medicina e

O segundo é o apoio incondicional dos Conselhos Regio-

do trabalho médico passa necessariamente pela valorização do

nais e Conselho Federal de Medicina. Os Conselhos podem e

Sistema Único de Saúde. Queremos para o SUS uma gestão com

devem sentar nas rodadas de negociações em busca da valo-

planejamento, sem desvio de recursos e com metas e objetivos

rização do trabalho médico e de uma assistência médica de

a alcançar.

qualidade para o povo brasileiro. A atuação dos Conselhos de

Temos uma capacidade política ainda pouco aproveitada.

Medicina e de seus representantes nos Conselhos de Saúde é

Isto se dá pela distância que os médicos mantêm das suas ins-

fundamental para a valorização do médico e buscar melhorias

tituições. Este afastamento, além de enfraquecê-las, cria uma

no Sistema Único de Saúde.

sobrecarga em cima dos seus dirigentes, que na maioria das

O terceiro é o fortalecimento dos Conselhos através da

vezes, são obrigados a tomar decisões solitárias, que podem

participação dos médicos nos eventos científicos e éticos, e nas

gerar descontentamento na categoria. É preciso que se crie uma

Câmaras Técnicas quando convidados.

consciência local e nacional a respeito da participação de cada

E em quarto, é preciso intensificar a capacitação dos nossos profissionais através dos Programas de Educação Médica Con-

um de nós, no contexto político das decisões a serem tomadas em todos os níveis de gestão.

“É preciso que se crie uma consciência local e nacional a respeito da participação de cada um de nós, no contexto político das decisões a serem tomadas em todos os níveis de gestão”. WIRLANDE DA LUZ Editor-chefe


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Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima

PALAVRA DO

PRESIDENTE Alexandre de Magalhães Marques Não vamos nos afastar jamais do nosso

estive pessoalmente alertando ao Secretário

compromisso de exercer uma fiscalização ri-

Estadual de Saúde e ao próprio governador do

gorosa para protegermos o bom exercício da

Estado de que mais mortes evitáveis podem

medicina e, consequentemente, a sociedade.

ocorrer, caso não seja tomado providências

Está sendo assim, quase que diariamente, nas

urgentes.

dimento é realizado na base do improviso. Tal

nossas idas às Unidades de Saúde.

fato perdura há mais de dois anos. Em uma fiscalização ao LAPER (Labo-

Temos questionado aos gestores, o por-

ratório de Patologia do Estado) verificamos

Em procedimento de fiscalização no

quê da péssima qualidade da assistência pres-

as péssimas condições de trabalho e de estru-

Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de

tada aos usuários do SUS. Nossos relatórios

tura daquela unidade. Ambiente totalmente

Nazaré encontramos várias irregularidades a

têm sido enviados ao Ministério Público da

inadequado para que os profissionais possam

serem sanadas, aliás, as mesmas que há anos

Saúde que, como órgão fiscalizador, também

realizar seu trabalho com dignidade e, acima

foram identificadas durante as várias fiscali-

tem cobrado junto às autoridades responsáveis

de tudo, com segurança. A Comissão de Fis-

zações realizadas naquele local.

pela devida assistência ao cidadão roraimense.

calização do CRM-RR entendeu ser necessário fazer uma interdição parcial do laboratório. E

Estivemos na UTI do HGR, onde re-

assim o fizemos.

Estamos trabalhando muito. Nossos relatórios com dezenas de fotos anexas são enca-

centemente ocorreram mortes de pacientes

minhados aos gestores e Ministério Público.

por falta do básico como: oxigênio, noradre-

A Comissão de fiscalização esteve tam-

Mas, nos parece, não haver vontade política

nalina, trombolítico, antibióticos e outros

bém no Hospital da Criança Santo Antonio

para resolver os problemas estruturais e de

medicamentos. Nossos colegas e os demais

onde havia denúncia sobre as dificuldades en-

abastecimento das Unidades de Saúde. Some-

profissionais trabalham angustiados e numa

frentadas pelos profissionais para realizarem

-se a esse fato, o financiamento inadequado, o

insegurança inaceitável. Como presidente,

procedimento de Diálise Peritonial. O proce-

desperdício e a sangria dos recursos do SUS.

EXPEDIENTE

Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima

DIRETORIA

Presidente: Alexandre de Magalhães Marques 1º Vice-Presidente: Rosa de Fátima Leal de Souza 2º Vice-Presidente: Francinéa Rodrigues de Moura 1ª Secretária: Anete Maria Barroso de Vasconcelos 2ª Secretária: Maria Hormecinda Almeida de Souza Cruz Tesoureira: Nite Lago Modernell Corregedora: Blenda Avelino Garcia Sub-Corregedor: Marcelo Henrique de Sá Arruda COMISSÃO DE ESPECIALIDADE

Presidente: Bruno Figueiredo dos Santos Membro: Marcos Antônio Chaves Cavalcanti de Albuquerque Membro: Paulo Roberto de Lima COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO

Coordenadora: Rosa de Fátima Leal de Souza Membro: José Antônio do Nascimento Filho Membro: Niete Lago Modernell Membro: Bruno Figueiredo dos Santos Membro: Domingos Sávio Matos Dantas Membro: Alexandre de Magalhães Marques Membro: Alberto Ignácio Olivares Olivares Membro: Francinéa Rodrigues de Moura COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS – CAP

Membro:Laerth Macellaro Thomé Membro: Raimundo Júnior Prado Oliveira Membro: Elana Faustino Almeida

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA

Coordenador: Vitor Manuel Montenegro da Costa Membro: Samanta Hosokawa Dias de Nóvoa Rocha Membro: Cristiane Greca de Born Membro: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro Membro: Débora Maia da Silva

REPRESENTANTE DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE

Titular: Mareny Damasceno de Souza Suplente: Débora Maia da Silva

REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

Alexandre Magalhães Marques Aurino José da Silva

CÂMARA TÉCNICA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Membro: Anete Maria Barroso de Vasconcelos Membro: Niete Lago Modernell Membro: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro Membro: Rosa de Fátima Leal de Souza

CONSELHO EDITORIAL:

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS

ASSESSORIA CONTÁBIL

Membro: Elana Faustino Almeida Membro: Aurino José da Silva Membro: Álvaro Túlio Fortes

Membro: Wirlande Santos da Luz Membro: Alexandre de Magalhães Marques Membro: Laerth Macellaro Thomé Eudes Martins Filho

ASSESSORIA JURÍDICA

Kardec e Advogados Associados

COMISSÃO DE LICITAÇÃO

Presidente: Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro Membro: Domingos Sávio Matos Danta Membro: Marcelo Cabral Barbosa Efetivo: Paulo Ernesto Coelho De Oliveira Suplente: Mauro Shosuka Asato

JORNALISTA RESPONSÁVEL Marta Gardênia Barros REVISÃO TEXTUAL Rita de Cássia Costa PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO David Eugene FOTOS Guilherme Moraes IMPRESSÃO Gráfica Ióris TIRAGEM 1000 exemplares

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Marta Gardênia Barros

ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA CONSELHEIROS FEDERAIS - RORAIMA

EDITOR-CHEFE Wirlande Santos da Luz

Wirlande Santos da Luz

Av. Ville Roy, 4123, Canarinho, Boa Vista, Roraima Tel.: (95) 3623-1542 Fax: (95) 3623-1554 E-mail: crmrr@portalmedico.org.br Site: www.crmrr.cfm.org.br


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ARTIGO

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NARGUILÉ

PERIGO CONSTANTE O Narguilé é uma espécie de cachimbo consti-

a atenção para outro hábito perigoso que envolve

tuído de um fornilho, um tubo longo e um pequeno

o uso do narguilé: “a mistura de maconha, vodca,

recipiente contendo água perfumada. É muito usado

tabaco e essência no mesmo recipiente”.

por hindus, persas e turcos.

“As pessoas acham que a água consegue filtrar a

O Instituto Nacional de Câncer alerta de que um

nicotina, mas estão erradas, pois essa substância não

pouco mais de uma hora, o consumo provocaexposição

é solúvel em água”, esclarece Viegas. Além disso, relata

a componentes tóxicos presentes em 100 cigarros. A

de que “a fumaça do narguilé tem maior concentração

fumaça passa pelo ducto até chegar à boca do usuário.

de CO porque, além do tabaco, há o carvão”.

Geralmente uma sessão de Narguilé dura de 20 a 80

A Dra. Eliane de Fátima Duarte, Coordenadora

minutos, o que corresponde à exposição acima citada.

do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital

Compartilhar o bocal entre os usuários pode

Universitário de Brasília (HUB), alerta para o que

resultar na transmissão de doenças como Herpes,

chama de Prejuízos Generalizados: “As folhas do

Hepatite “C” e Tuberculose.

fumo tem 7.356 substâncias tóxicas, entre elas uma

A nicotina não causa problemas apenas no

psiquicamente ativa, a nicotina”. “Outras 50, que estão

sistema respiratório. A inges-

no alcatrão, são comprovadamente carcinogênicas e

tãointerfere no funcionamento

20 são potenciais causadoras de câncer”. “Tudo isso

de todos os órgãos do corpo, tais

na folha no tabaco, que quando queimada se mistura

como:- queda de cabelo, irrita-

a outros elementos químicos”. “A fumaça contem o

ção nasal, câncer nasal, câncer

monóxidode carbono, a mesma coisa expelida no

de mama, doença coronariana,

escapamento dos carros”. “Possui também arsênio,

problemas respiratórios, câncer

que é veneno, além de formol, naftalina, amônia e

de pulmão, abortos espontâne-

tíner”. “O cigarro causa derrame cerebral, gangrena

os, arteriosclerose, impotência

nas pernas e inflamação de todas as veias e artérias

para homens, envelhecimento

do corpo”. “As pessoas só procuram ajuda para parar

precoce da pele.

quando alguém próximo morre”. “O paciente vive a

O Instituto Nacional de Câncer alerta de que um pouco mais de uma hora, o consumo provocaexposição a componentes tóxicos presentes em 100 cigarros.

O Professor e Pneumologista da UnB, Dr. Carlos

ilusão de que a fotografia no verso do maço não é real, mas aquele é o retrato de um fumante”.

Alberto de AssisViegas, alerta de que “as essências ajudam a melhorar o paladar e

Dr. José Antônio

fazem com que a pessoa trague com maior profun-

Médico ginecologista

didade e intensidade, mas não existe tabaco para narguilé sem a nicotina”. OProfessor ainda chama

Jornal Correio Brasiliense (agosto/2013)


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A DOR DE VIVER D

iferentemente de outras especialidades médicas a psiquiatria anda de braços dados com outras áreas do conhecimento. Talvez a literatura seja aquela mais “bem chegada”. Nasceu dela a motivação para o artigo. Explico: Encontrei-a quando lia outra vez o livro Terra Sonâmbula de Mia Couto (Antônio Emílio Leite Couto), escritor moçambicano, da Beira, que conheci nos idos de 1995 quando visitei a Feira do Livro de Zimbabwe. Adquiri-o no seu lançamento em Lisboa em 2004. Consegui lê-lo mais tarde no Brasil. A depressão é uma enfermidade mental que nos casos mais graves pode ter um resultado devastador. Considerado o desfecho de um fenômeno complexo e multidimensional o suicídio tem na depressão um fator importante de risco de acordo com investigações de base populacional nos Estados Unidos, Canadá e áreas urbanas da China efetuadas pelo National Cormorbidity Survey e pela Epidemiologic Catchmente Area. É de Mia Couto, obra citada - Décimo caderno de Kindzu - a seguinte perola literária, que S.M.J. traduz o que podemos imaginar ser o universo anedônico do deprimido: “[...], uma doença que me apagasse toda a paisagem por dentro (grifo nosso)”. A depressão reduz aquele que a vivencia a uma situação limite no qual percebe o passado possuído pela culpa, o presente cheio de angústia e o futuro sem esperança. Já não há confiança em si mesmo, perde-se a autoestima, falta ânimo, vitalidade, energia e a atividade holotímica de base está grandemente reduzida. Tudo isso acompanhado de um sentimento de culpa avassalador e a crença de que nada vai ter solução. É fácil prever a escolha de alguém nessa situação. Meu objetivo hoje não é relembrar a semiologia psiquiátrica da depressão, seus aspectos neuroquímicos, seus recentes achados científicos e avanços no tratamento. Uma referência a Freud entremente é indispensável. E o que pensa Freud? Os grupos categoriais que Freud estabelece para pensar a clínica são os mesmos que a psiquiatria do fim do século XIX e começo do século XX utiliza. Disso decorre que o conceito de depressão tem origem médica e inexista na nosologia freudiana uma categoria específica que a codifique o que não nos impossibilita de localizá-la numa leitura apurada na obra do Mestre. Podemos inicialmente buscar as raízes do conceito freudiano de depressão na metapsicologia expressa no

texto “Mal estar na Civilização” de 1930. Hoje representado no “excesso de desamparo” da pós-modernidade de Jean-François Lyotard, Jean Baudrillard, Walter Bejamin ou de Fredric Jameson se preferirem. O desenvolvimento da questão agora é com você Doutor (a). Mas, como afirmei nosso objetivo aqui é outro - tentar responder à seguinte pergunta: Qual o papel que amigos e principalmente familiares podem ter diante de alguém fortemente deprimido? É possível ajudar? Em primeiro lugar compreender que é muito difícil entender a depressão sem tê-la vivenciado. Em seguida devemos dentre outras condutas: • Descartar atitudes críticas ou negativas por falta de colaboração da pessoa deprimida; • Não fazer exigências de atividades e atitudes para as quais o deprimido não seja capaz de tomar ou executar; • Desestimular a tomada de decisão importante durante o episódio depressivo - troca de trabalho, de domicílio, separação matrimonial, investimentos, dentre outros; • Detectar câmbios bruscos de humor e conduta, especialmente naqueles pacientes já diagnosticados e em tratamento para a depressão - atenção particular àqueles em uso de medicação antidepressiva - ou quaisquer outros indícios que sugiram uma situação de alarme; • Demonstrar com sinceridade compreensão, disponibilidade geral, disponibilidade particular de escuta, companhia, apoio e afeto tendo consciência de que tais atitudes não resolverão o problema, mas se constituirão num valioso suporte; Finalmente em casos de depressão grave - com sintomas psicóticos ou ideação suicida - promover sempre consulta com um psiquiatra e verificar o estrito cumprimento de sua indicação terapêutica uma vez que o objetivo final do tratamento é atingir a remissão, isto é, a ausência dos sintomas. A depressão é uma enfermidade grave, porém tratável (grifo nosso) por meios psicológicos, farmacológicos ou biológicos e seus portadores devem receber ajuda e tratamento precoz e de forma continuada o que às vezes não evita, como ocorre na prevenção em geral de termos surpresas desagradáveis.

DR. LAERTH THOMÉ MÉDICO PSIQUIATRA

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O PAPEL POLÍTICO do Conselho Federal de Medicina C

riado em 1951, com a responsabilidade de fazer o registro profissional do médico e aplicar as sanções do Código de Ética Médica, o Conselho Federal de Medicina hoje, além da sua função cartorial e judicante, tem atribuições constitucionais importantes como órgão fiscalizador e de normatização do exercício profissional.

Mas, não podemos deixar em segundo plano, o papel político extremamente importante de interesse da sociedade que a entidade tem operado na defesa da saúde da população e dos médicos brasileiros. Até parece um contra senso o fato de que, ao mesmo tempo em que defendemos os interesses da sociedade, defendemos também os interesses do médico. Mas não é bem assim. O que defendemos é a boa prática médica, o exercício ético da profissão e uma boa formação técnica e humanista. Acreditamos que essa é a melhor forma de defender a sociedade. O papel político, tanto do Conselho Federal, quanto dos Conselhos Regionais de Medicina vem crescendo a cada ano. Principalmente, após a criação da Comissão de Assuntos Políticos e Comissão Pró-SUS, com representantes de três entidades médicas – CFM, AMB e FENAM. É nesse contexto político que entra a participação efetiva e a disposição política dos representantes de cada Estado no Conselho Federal de Medicina. O trabalho político do Conselheiro Federal é árduo. O acompanhamento de projetos e proposições requer paciência. Sem uma atividade política eficaz fica difícil avançar e conseguir êxito em nossas propostas de melhorias na assistência médica

e condições dignas de trabalho. Entendo que hoje a atividade política dos Conselhos é tão importante quanto a atividade cartorial, judicante e de fiscalização. Os governos costumam tratar a saúde pública com descaso e o profissional de saúde, com mais descaso ainda. Os projetos importantes, de interesse da medicina e do profissional médico que hoje tramitam na Câmara e Senado Federal, se não acompanhados atentamente quase sempre são aprovados com prejuízo para os médicos brasileiros. Hoje, a atuação do Conselho Federal se tornou mais abrangente. Não é possível ficarmos de braços cruzados esperando que as coisas aconteçam. É necessário enfrentar com muita habilidade, e com conhecimento de causa, o jogo político nacional e ter participação efetiva nas mesas de discussões das políticas de saúde públicas, principalmente, quando se tem no poder um governo que não respeita os profissionais e joga todas as mazelas da saúde pública brasileira no lombo do médico. Precisamos de um Conselho PROATIVO E PROPOSITIVO. Dr. Wirlande da Luz Membro da Comissão de Assuntos Políticos e Pró-SUS do CFM


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CRM – RR intensifica fiscalizações Em 2013, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) realizou uma série de fiscalização nas unidades de Saúde da Capital e interior. Totalizando 33 vistorias. De acordo com o coordenador da Comissão de Fiscalização que atuou ano passado, José Antônio, apenas o município do Uiramutã não recebeu vistorias, por uma questão de logística. “A cada fiscalização feita, um relatório é gerado e enviado pelo CRM a todos os órgãos competentes. Nosso desejo é que todas as falhas apontadas sejam corrigidas e as necessidades sejam supridas. Nosso trabalho é por melhorias no atendimento e condições adequadas de trabalho”, disse José Antônio. Nesse ano, foram realizadas 14 fiscalizações em unidades particulares e públicas de Boa Vista. A intenção é verificar as condições de funcionamento e a regularização dos profissionais que atuam nesses locais, garantindo assim, um atendimento de qualidade à população. De acordo com a atual coordenadora da Comissão de Fiscalização, Rosa de Fátima Leal de Souza, está previsto ainda para o mês de julho, o inicio das vistorias nos municípios do interior. “Com a nova resolução, intensificaram-se as fiscalizações, até porque é de pleno interesse do CFM saber como andam os aspectos físicos e de atendimento às comunidades. Quem sai ganhando com esse trabalho é, principalmente,

Fotos: Arquivo CRM/RR

Situação encontrada no LAPER (foto a cima) e no Hospital da Criança Santo Antônio (foto a direita) a população. Pois, cobra-se para que seja ofertada saúde de qualidade. Um bom atendimento não diz respeito apenas ao profissional, mas à estrutura física e acesso aos exames”, disse Rosa Leal. HCSA Depois da denúncia de vários profissionais do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), sobre a precariedade no serviço de diálise peritoneal oferecidos às crianças, a Comissão de Fiscalização esteve realizando a vistoria na unidade, no dia 19 de maio. A precariedade do serviço oferecido foi constatada pela equipe de fiscalização, de acordo com os funcionários da unidade. O problema perdurava há anos. “Cumprimos com o nosso papel e solici-

tamos que as providências fossem tomadas, pois o problema identificado é tão sério que poderia colocar em risco a vida das crianças”, explicou Rosa. LAPER O Laboratório do Estado de Roraima (LAPER) também foi fiscalizado pelo CRM – RR, e como apresentava diversas inadequações foi interditado pelo Conselho de Medicina, Ministério Público e Vigilância Sanitária Estadual.

CRM – RR já utiliza o novo manual de fiscalização As novas regras de fiscalização determinadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) é um instrumento a mais para a garantia da qualidade da assistência em saúde. Os Conselhos Regionais de Medicina contam com uma lista mínima com a descrição de equipamentos e de infraestrutura necessários para o funcionamento de consultórios e ambulatórios médicos, como os postos de saúde (mais conhecidos como UBSs). Em Roraima, as fiscalizações já estão obedecendo ao novo critério estabelecido pelo CFM. Os pontos não respeitados serão objeto de cobrança junto aos gestores e denunciados aos órgãos competentes, como Tribunais de Conta, Ministério Público, entre outros. Para a coordenadora da Comissão de Fiscalização do CRM – RR, Rosa de Fátima Leal de Souza, o novo roteiro de vistorias voltadas para hospitais, prontos socorro e outros tipos de estabelecimentos de saúde, estão somando e dando mais qualidade

Marta Gardênia

Fiscalizações realizadas em 2014 DATA

Rosa de Fátima Leal de Souza coordenadora da Comissão de Fiscalização do CRM – RR ao trabalho de fiscalização que é realizado. “Já tínhamos um trabalho eficiente de fiscalização. Mas, diante da atual situação que a saúde enfrenta, nós do CRM – RR intensificamos as vistorias e cobramos melhorias tanto para as condições de trabalho quanto para o melhor atendimento à população”, disse Rosa Leal.

LOCAL

09/01/2014

Policlínica Perola LTDA

10/02/2014

Hospital Geral de Roraima - Setor de Acolhimento

11/02/2014

Hospital da Criança Santo Antonio (HCSA) – Setor de Residência Médica de Pediatria

25/02/2014

INSS Roraima

26/02/2014

Policlínica Cosme e Silva- Setor de Acolhimento e Classificação de Risco

27/02/2014

Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré – Setor de Acolhimento

11/03/2014

J.A. Serviços Médicos LTDA – Clínica Ultradens

14/03/2014

Clínica Nutromed

28/03/2014

Galeria Odontoclinica (Galeria Odontoclinica LTDA-ME)

16/04/2014

Clínica Endocárdio

19/05/2014

Hospital da Criança Santo Antonio

20/05/2014

Laboratório do Estado de Roraima (LAPER)


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CRM – RR cobra do governador

melhorias para a saúde No dia 12 de maio, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Alexandre Marques, juntamente com os conselheiros da instituição recebeu na sede da instituição os diretores do Hospital Geral de Roraima (HGR) Douglas Henrique Teixeira e a diretora da Maternidade Ana Carolina Lima Lopes Brito. O objetivo da reunião era pedir apoio do CRM – RR para tentar mudar a situação vivida pelas unidades de saúde que enfrentam desabastecimento de medicamentos e falta de condições adequadas para realização do trabalho. Logo após a reunião, os mé-

dicos seguiram para o Palácio Senador Hélio Campos onde foram recebidos pelo governador Chico Rodrigues. Estavam presentes ainda o Secretário Estadual de Saúde, Stênio Nascimento e secretário adjunto de saúde Alysson Lins. D e a c ord o c om A l e x an dre Marques, foi relatada para o governador e secretário de saúde a situação vivida pelos profissionais de saúde que tem dificultado o bom atendimento ao paciente. “Para oferecer saúde de qualidade e com dignidade para a população precisamos de condições de trabalho, medicamentos e ins-

Guilherme Moraes

O Governador Chico Rodrigues e o Presidente do CRM-RR, Alexandre Marques trumentos necessários. Avaliamos positivamente o posicionamento do governador e contamos com as providências prometidas”, disse Alexandre.

CONSELHEIROS Os conselheiros do CRM – RR que participaram da reunião foram o Bruno de Figueiredo dos Santos, Marcelo Arruda e Vitor Montenegro.

Em Roraima, apenas 16% das ações em saúde foram concluídas Durante o mês de abril, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) apresentou para a população por meio de entrevistas para imprensa local, a situação das ações previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A denúncia é do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, a partir dos relatórios oficiais do programa, criticou o baixo desempenho dos projetos – reflexo do subfinanciamento crônico da saúde e da má gestão administrativa no setor. Os dados são alarmantes, apenas 16,3% das ações previstas no PAC 2 para a área da saúde no estado de Roraima foram concluídas desde 2011, ano de lançamento da segunda edição programa. Dos 153 projetos selecionados no programa para o Estado, todos sob responsabilidade do Ministério da Saúde ou da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), apenas 25 foram concluídos até dezembro do ano passado.

Marta Gardênia Barros

O presidente do CRM – RR, Alexandre Marques, participou de entrevistas de rádios, tv’s e jornais impressos para falar sobre as obras do PAC 2 em Roraima “É necessário que o poder público e autoridades competentes possam fazer o bom gerenciamento dos recursos destinados à saúde. Devido a falta de condições adequadas nas unidades de saúde, o atendimento à população não acontece como deveria, pois, além de infraestrutura falta medicamentos, acesso a exames, leitos, etc”, disse o presidente do CRM

– RR, Alexandre Marques. Mais um terço (37%) das ações programadas para o Estado no período de 2011 a 2014 continuam nos estágios classificados como “ação preparatória” (estudo e licenciamento) ou “em contratação”. Enquanto isso, 71 ações constam em obras ou em execução, quantidade que representa 46% do total.

“Numa perspectiva otimista, mesmo que o Governo Federal consiga concluir os projetos em andamento, o Programa chegará ao fim deste ano sem cumprir a metade do prometido”, avaliou Marques. Os 25 empreendimentos concluídos fazem com que o estado apareça em 22º lugar na lista de unidades federativas com o maior número absoluto de obras inauguradas. Em termos percentuais, o estado aparece com desempenho ligeiramente acima da média nacional (11%). Em 2011, foram prometidas a construção ou ampliação de 70 UBSs, das quais apenas quatro foram concluídas. Também estava prevista uma UPA, que, até dezembro de 2013, não havia sido concluída. Também constam no Programa iniciativas de saneamento voltadas a qualidade da saúde em áreas indígenas, rurais e melhorias sanitárias nas cidades. Dentre as 82 ações desta natureza, 21 foram entregues.


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Pleito para escolha do Conselheiro Federal do CRM – RR será dia 25 de agosto Dos dias 26 de maio de 2014 a 24 de junho deste ano, foi o período do registro das chapas que participarão da eleição para escolha dos conselheiros federais efetivos e suplentes do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR). Duas chapas foram inscritas para participarem do pleito. A eleição acontecerá no dia 25 de agosto. A votação será presencial, das 8h às 20h, na sede do CRM – RR, localizada na Avenida Ville Roy, 4183, bairro Canarinho, Boa Vista. Quanto aos votos por correspondência, deverão ser encaminhados pelos Correios, conforme instruções contidas na Resolução do CFM nº 2.024/2013. As normas pertinentes ao processo eleitoral estão disponíveis no site do Conselho Federal de Medicina (www.portalmedico.org.br) e no site www.crmrr.cfm.org.br, do CRM – RR. O voto é obrigatório e secreto para os médicos que estejam em gozo de seus direitos políticos

O voto poderá ser presencial ou por correspondência via

DIVULGAÇÃO

e profissionais, inscritos primária ou secundariamente no CRM – RR, e quites com o pagamento de suas anuidades. Para as pessoas com mais de 70 anos é facultativo.

O mandato para conselheiro federal, efetivo e suplente tem duração de cinco anos e é meramente honorífico. A posse dos candidatos eleitos acontecerá no dia 1º de outubro em Brasília, na sede do CFM.

Unimed atende solicitação do CRM – RR e realiza eleição para Diretor Clínico Auribete Deodato

O médico Aurino José da Silva terá mandato de dois anos como diretor clinico do Hospital Unimed

O presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Alexandre Marques, atendendo às solicitações de médicos cooperados da Unimed, requereu via ofício no dia 17 de março, que a Unimed realizasse votação para eleger um diretor clínico para o Hospital da Instituição. A Unimed atendeu a solicitação do CRM – RR e realizou votação no dia 27 de maio, das 8h às 17h, no próprio Hospital Unimed. De acordo com a Instituição, dos 90 médicos cooperados aptos a votar, 59 participaram da eleição. Duas chapas participaram do processo. A Chapa 1, liderada pelo médico Aurino José da Silva, obteve o total de 31 votos contra 28 da Chapa 2, comandada pelo cooperado Paulo Emílio Mello de Oliveira. O médico Aurino José da Silva é o novo diretor clinico do Hospital Unimed e terá mandato de dois anos.

“O CRM – RR sempre está aberto a ouvir os anseios de seus profissionais e intermediar nas questões possíveis e pertinentes. Com um diretor clínico no Hospital Unimed, tanto os usuários quanto a equipe que lá trabalham, saem ganhando” Alexandre Marques


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Protesto no Dia Mundial da Saúde No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou o retrato da saúde pública no Brasil. De acordo com relatório, a realidade dos hospitais brasileiros se assemelha aos de uma enfermaria de guerra, com pacientes internados e deixados sobre macas pelos corredores ou em colchões espalhados no chão. Esta face cruel da assistência médica oferecida à população nos principais hospitais públicos de urgência e emergência no país foi constatada pelo CFM, numa ação desenvolvida em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM). Essas circunstâncias foram apresentadas à imprensa em evento realizado na sede do Conselho, em Brasília, no dia 7 de abril. O encontro reuniu autoridades, parlamentares e representantes da sociedade, para chamar atenção de todas as instâncias da sociedade sobre a necessidade imediata de tomada de decisões para evitar a penalização de pacientes e profissionais. Em Roraima, o quadro não é muito diferente daquele que acomete rotineiramente os demais centros médicos do país. Os médicos do Estado também enfrentam falta de medicamentos, de equipamentos e condições dignas para trabalhar e atender bem a população. “Vemos que sempre tiram o foco do abandono e descaso para com a saúde pública e culpam o médico pelos problemas ocorridos nos hospitais e unidades de saúde. Mas, a realidade é do conhecimento de todos. Lutamos contra a falta de estrutura, de medicamentos e materiais e, às vezes, falta até o básico. Queremos, sim, oferecer uma saúde de qualidade e com dignidade para a população. Por isso, sempre lutaremos por este ideal”, disse o presidente do CRM – RR, Alexandre Marques. Os médicos de Roraima não fizeram paralisação, pois acreditam que a população já sofre em demasia com a falta de estrutura. Para manifestarem apoio à causa, roupa, laço preto, cor símbolo do luto, foi usada no dia 7 de abril.

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Conselheiros participaram do I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2014 CRM – RR acompanha o caso de mortes no HGR

Os Conselheiros de Roraima estiveram participando, de discussões importantes sobre a Medicina, com profissionais de outros estados No mês de março, um grupo de Conselheiros do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) participou de importantes discussões referentes à área de saúde em João Pessoa, durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2014 (I ENCM 2014). Na ocasião, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d’Avila, lembrou a gravidade do momento atual para a saúde e o exercício da profissão no país. “Em tempos difíceis temos que estar preparados para os desafios. É isso que estamos fazendo: discutindo, planejando e cuidando de nossas estratégias”, afirmou o Roberto D’Ávila. O presidente do CRM – RR, Alexandre Marques, considerou o evento bastante proveitoso. Pois, além de debaterem temas relevantes e atuais, também proporcionou uma troca de experiência e de confraternização entre os profissionais do país.

“Esses eventos possibilitam um momento de relacionamento entre os Conselhos de Medicina, troca de experiência e, sobretudo aprendizado. Pois, diariamente precisamos nos aprimorar, até mesmo para lidar com questões inerentes à profissão e outras que afetam a boa prática médica”, disse Alexandre.

Diante da denúncia de que as duas mortes ocorridas no dia 17 de junho no Hospital Geral, podem ter acontecido devido a falta de oxigênio, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Alexandre Marques, procurou o coordenador da UTI do local e, posteriormente, o Secretário Estadual de Saúde em exercício Alysson Lins, para tomar conhecimento dos fatos. De acordo com Alexandre, o CRM – RR tem estado atento a todos os acontecimentos relacionados à saúde. Por isso, tem intensificado as fiscalizações tanto nas unidades de saúde estadual quanto municipais. “Sugerimos que o contrato com a empresa que fornece oxigênio para o HGR fosse rompido e, imediatamente, uma empresa idônea fosse contratada. Vamos continuar trabalhando em prol de melhorias para a saúde. Estamos acompanhando todos os casos e por duas vezes já estivemos com o governador cobrando melhorias para o setor”, disse Alexandre Marques.

Comissão de Defesa Profissional reúne-se com a UNIDAS No dia 19 de maio, o presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Alexandre Marques e o médico Bruno Figueiredo dos Santos, representando a Comissão de Defesa Profissional da instituição, estiveram reunidos com os representantes da UNIDAS – RR (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Grupo Executivo de Assistência Patronal (GEAP – RR) e Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI - RR) para tratarem do aumento das consultas médicas.

De acordo com Alexandre Marques, a reunião foi solicitada pela Comissão depois da adoção da quarta edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “O acordo visou o aumento das consultas médicas para pediatras e outras especialidades e também para procedimentos médicos. Mais uma vez o CRM – RR trabalhou em prol dos. Obtivemos mais uma vitória que atendeu aos anseios da categoria”, comentou Alexandre.

O cardiologista José Deodato de Carvalho recebeu em março deste ano, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Título de Associado Remido em reconhecimento aos anos de contribuição à Cardiologia Nacional.


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FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS

Parâmetros para funcionamento de postos de saúde e consultórios entram em vigor A Resolução 2.056/13, que redefine as regras para fiscalização do exercício da medicina em território nacional, entrou em vigor no dia 13 de maio. Editada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em novembro de 2013, a norma cumpriu o prazo de 180 dias para que o Manual de Vistoria e Fiscalização da Medicina no Brasil e seus roteiros de vistoria comecem a valer. Até o momento, Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) de todo o país realizaram vistorias educativas com base nos novos parâmetros e também para treinar seus fiscais no uso das novas ferramentas. Contudo, a partir de 13 de maio, as unidades de saúde fiscalizadas terão 15 dias (prorrogáveis por igual período) para solucionar os problemas apontados. Em caso de não cumprimento das orientações, o CRM poderá chegar a propor a interdição ética do estabelecimento e apresentar denúncias aos órgãos competentes, como Ministério Público e Tribunais de Contas. Nestes casos, o médico fica proibido de trabalhar no local até que sejam providenciadas as devidas condições de trabalho. Medidas desse porte são tomadas quando se percebe que os atendimentos nestes locais podem expor o paciente e os profissionais a situações de risco. Outro ponto importante da Resolução 2.056/13 é que, ao alterar substancialmente o trabalho nos CRMs em suas atividades de fiscalização de serviços médico-assistenciais, ela uniformiza essa prática em todos os estados. “Será uma verdadeira transformação no modo de ensinar e exercer a medicina”, afirmou o diretor do Departamento de Fiscalização e 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes. Para poder colocar essa nova metodologia em prática, os 27 CRMs receberam do CFM kits, que cumprem as determinações do Manual de Vistoria e Fiscalização. No pacote, estão tablets, máquinas fotográficas, medidores a laser (para averiguar o tamanho dos ambientes), scanners digitais e impressoras portáteis. Também estão incluindo softwares para permitir que os formulários de visitas sejam preenchidos e enviados pela internet para os Departamentos de Fiscalização em alguns cliques. Com a mudança, as vistorias passam a cumprir um check list padrão, gerando o envio de relatórios ao CFM, a parametrização e a análise estatística tanto regional quanto nacional. Outras normas que aperfeiçoam o sistema de fiscalização dos conselhos devem ser editadas nos próximos meses. Entre elas, estão as que estabelecem os parâmetros para funcionamento de serviços de urgência e emergência.

CONSULTÓRIOS MÉDICOS SERÃO DIVIDIDOS EM GRUPOS A Resolução 2.056/13 fixa nova sistemática para as vistorias e traz um modelo para o preenchimento de prontuários e para a elaboração das anamneses (entrevistas dos médicos com os pacientes). O Manual de Vistoria e Fiscalização da Medicina no Brasil estabelece a infraestrutura mínima a ser exigida dos consultórios e ambulatórios médicos, de acordo com sua atividade fim e/ou especialidade. Os consultórios e ambulatórios foram divididos em quatro grupos, que vão desde os que oferecem serviços mais simples, sem anestesia local e sedação, até àqueles que realizam procedimentos invasivos, com riscos de anafilaxias (reações alérgicas sistêmicas) ou paradas cardiorrespiratórias. “Até a edição desta resolução, cada conselho estabelecia regras no vácuo deixado por uma normativa nacional, sendo que os grandes conselhos apresentavam estratégias mais eficientes nesse controle que os menores. Agora está tudo parametrizado, o que facilitará a averiguação”, constata o diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), Antônio Celso Ayub, participante do grupo de trabalho responsável pela elaboração da Resolução 2.056/12. Equipamentos mínimos Dos consultórios e serviços do Grupo 1, no qual são realizadas apenas consultas, serão exigidos, por exemplo, equipamentos básicos como tensiômetro, estetoscópio, termômetro, maca, lençóis, pia, cadeira para o médico e mais duas para o paciente e acompanhante, entre outras exigências. “Vamos exigir, além da infraestrutura física, todos os equipamentos para a propedêutica e a avaliação clínica, sem os quais o médico não vai poder atuar”, avisa Emmanuel Fortes. Já para os do Grupo 2, onde se executam procedimentos sem anestesia local e sem sedação, como o consultório de um cardiologista que faz apenas eletrocardiogramas, serão exigidos, além do listado no consultório básico, os equipamentos necessários para os exames específicos. Nos consultórios ou ser viços com procedimentos invasivos ou que exponham

os pacientes a risco de vida, do Grupo 3, que realizem, por exemplo, teste ergométrico ou procedimento com anestesia local ou sedações leves, os fiscais devem averiguar se existem os instrumentos que assegurem a aplicação de forma segura e, em havendo complicação, o médico tenha disponíveis equipamentos de socorro à vida. Este médico também precisa ser preparado para realizar os primeiros procedimentos de suporte. Há, ainda, o Grupo 4, que envolve os locais de realização de endoscopia, os quais devem ter tudo o que é exigido do Grupo 3, mais o que for específico do procedimento. A resolução também exige a presença de médicos plantonistas em ambientes onde são mantidos pacientes em descanso ou em observação. Comunidades terapêuticas médicas também ficam obrigadas a ter médicos plantonistas e equipamentos de suporte à vida. A mesma exigência é feita aos CAPs AD II e III e ao CAPs III, locais de atendimento psiquiátrico.


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Aimberê Freitas: Uma história de superação e amor por Roraima A vida do escritor Aimberê Freitas rende um livro com direito a várias edições. Tanto é, que ele lançará este mês uma biografia intitulada “O que eu vi da vida”. O lançamento aconteceu este mês primeiramente em Manaus – AM, onde ele viveu durante seis anos. Os pais, paraibanos, vieram para o Estado em 1945. No ano seguinte, Aimberê nasceu à beira do Igarapé do Caxangá. A família era humilde, porém, com muita dignidade. O sonho do pai era que os filhos se interessassem pelos estudos e se tornassem doutor. Nem todos os filhos se concentraram nesse sonho. Mas, Aimberê conta que sempre gostou de estudar e queria honrar o pai. Ele estudou na Escola Professor Diomedes e no Ginásio Euclides da Cunha (GEC), em Boa Vista. Como na época, em Roraima só havia até o ensino fundamental, foi preciso mudar-se para o Rio de Janeiro. “Aq u e l e s q u e p o d i a m e q u e r i a m , aventuraram-se Brasil a fora para fazer o segundo grau e a universidade. A maioria foi para Belém – PA. Outros como eu, seguiram para o Rio de Janeiro – RJ. Não tinha condições financeiras de sair para estudar fora. Lembro que meu pai reuniu todos os familiares para saber se aprovavam minha ida. Ninguém aceitou. Mesmo assim, meu pai me mandou para estudar fora. Nunca tinha saído de Boa Vista e muito menos viajado de avião”, contou Aimberê. Desde a sua chegada no Rio de Janeiro até a realização do sonho final de cursar uma faculdade, muitos foram os percalços. A princípio,

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

PIONEIRO NOS LIVROS SOBRE RORAIMA

Aimberê Freitas é pioneiro em escrever livros sobre a geografia e história de Roraima Aimberê cogitou até retornar a Roraima, depois que um incêndio destruiu tudo que ele tinha, inclusive a ultima quantia de dinheiro. Porém, a sorte soprou a seu favor. Além de ser ressarcido com a quantia de dinheiro queimada no incêndio, ainda foi contemplado com uma bolsa de estudos na Associação Cristã de Moços (ACM), onde cursou todo o ensino médio. Em seguida, passou para o curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, Rio de Janeiro. Como sempre foi um apaixonado pelos estudos, concluiu Mestrado em Administração Pública e também Planejamento Urbano na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo; fez Especialidade em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto, São Paulo, e Doutorado em Engenharia de Transportes e Logística pela COPPE – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Aimberê é pioneiro em escrever livros sobre a geografia e história de Roraima. O trabalho é fonte de estudo para concursos públicos e vestibulares. O interesse em escrever sobre o Estado surgiu nos anos 90 quando, numa conversa com os filhos, percebeu que eles não conheciam a história local e na escola o assunto não era ensinado. O primeiro foi escrito em 1993: “A História Política e Administrativa de Roraima 1943/1985”. Desde então, já se foram mais de 18 obras. Esse m ê s a bi o g r af i a “O qu e e u v i d a v i d a” f o i l a n ç a d a e m Ma n au s . E p o ste r i or me nte, s e r á l anç a d a e m Roraima. Existe outra obra biográfica quase pronta, mas segundo Aimberê, ele deixará para os filhos fazerem depois que ele morrer. Aimberê também escreveu um livro infantil “Boa Vista Boa de Viver”. A obra foi um convite da editora Cortez.

CARREIRA PÚBLICA

Aimberê e a esposa durante a posse na Academia Brasileira de Medicina Veterinária O menino pobre, que sonhava em estudar e realizar o sonho do pai, superou as próprias expectativas. Conseguiu galgar os cargos mais altos da vida púbica, como assumir a cadeira de prefeito e vereador de Boa Vista. Secretário de

Estado da Economia, Agricultura e Colonização, Secretário de Estado da Agricultura, Secretário de Estado da Promoção Social. Também foi Secretário de Estado – Chefe da Casa Civil, Diretor da Companhia Energética de Roraima, Diretor da Codesaima, Coordenador de Pesca na Amazônia Ocidental, Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Presidente da Agência de Fomento do Estado de Roraima, Superintendente da Federação das Indústrias de Roraima – FIER, Professor de Administração, Economia e Agronomia da FARES de Boa Vista e Consultor de Comércio Exterior do SEBRAE-RR. Além do currículo extenso, Aimberê é membro da Academia Roraimense de Letras e no mês de maio deste ano, assumiu uma cadeira na Academia Brasileira de Medicina Veterinária.

Capa da sétima edição do livro Geografia e História de Roraima


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RELATÓRIO ANUAL DA CORREGEDORIA/CRM-RR REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2014 COMPOSIÇÃO DA CORREGEDORIA OBJETIVO

Dra Blenda Avelino Garcia - Corregedora Dr. Marcelo Henrique de Sá Arruda – Sub Corregedor

Proporcionar ao corpo conselhal do CRM-RR, à classe médica e à sociedade, o bom andamento das Denúncias, Processos Consulta e Processos Éticos Profissionais recebidos pela Corregedoria do ano de

CORREGEDORIA EM NÚMEROS 1 - SINDICÂNCIAS 1-1 EM TRÂMITE (do exercício atual e anteriores)

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1-2 JULGADAS

35

2- PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL 2-1 EM TRÂMITE (do exercício atual e anteriores)

20

2-2 JULGADOS

03

3- PROCESSOS CONSULTA 3-1 EM TRÂMITE do exercício atual e anteriores)

04

3-2 APROVADOS

01

CÂMARA DE JULGAMENTO DE SINDICÂNCIA Dra Blenda Avelino Garcia Dr. Marcelo Henrique de Sá Arruda Dra. Anete Maria Barroso de Vasconcelos COMPOSIÇÃO DA CÂMARA (última realizada 10ª)

Dr. Marcos Antonio Chaves Cavalcanti de Albuquerque Dr. Raimundo Junior Prado de Oliveira Dra. Cristiane Greca de Born Dra. Elana Faustino de Almeida Dr. Rosa de Fátima Leal de Souza

BOA VISTA/RR, 10 de junho de 2014.


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ginecologista e obstetra Alceste Madeira é um apaixonado pelo que faz. Aos 70 anos, diz não ter ideia de quando pretende parar de exercer a profissão. Segundo ele, enquanto as mãos estiverem firmes, ele estará realizando cirurgias. Alceste é filho de mãe Amazonense com pai Acreano. Nasceu em Manaus – AM. Aos três anos de idade passou a morar com a família no Rio Grande do Sul. Lá concluiu todos os estudos, inclusive o curso de Medicina na Universidade Federal de Santa Maria. O interesse pela Medicina surgiu ainda quando criança. Fez apenas um vestibular para o único curso pelo qual se interessou.. Durante a vida acadêmica se identificou com a área de ginecologia e obstetrícia, que o levou ao Rio de Janeiro para realizar residência e especialização no assunto.

Como tantos outros jovens à época, Alceste veio para Roraima em 1970 pelo projeto Rondom . Conheceu um Estado que ainda não tinha infra-estrutura e o exercício da Medicina era feito com muita coragem e ousadia. Segundo Alceste, ele identificou em Roraima um lugar promissor que poderia lhe oferecer, futuramente, uma vida digna. Com isso, decidiu permanecer aqui e ajudar no desenvolvimento da cidade. A convite do ex-governador Ottomar de Sousa Pinto ingressou na política. Mesmo começando sem muitas pretensões, durante 16 anos atuou como deputado federal. Na primeira eleição que participou em 1990, foi o segundo parlamentar mais votado.

EN TRE A T S I V

RA I E D A M E T S DR. ALCE muito ligado a movimentos políticos, culturais e sociais. Nós todos temos essa veia. Sem Fotos: Marta Gardênia

planejar nada, o ex- governador Ottomar de Sousa Pinto veio ao meu consultório e trouxe uma ficha de filiação partidária e a partir dai, foram quatro mandatos, somando-se então, 16 anos como deputado federal.

Mesmo deputado federal, o senhor continuou atuando como médico?

Sim. Nunca deixei de exercer a profissão de médico. Sempre realizei minhas cirurgias.

Além de médico, Alceste atuou como deputado federal por 16 anos O senhor embora amazonense, tinha morado boa parte da sua vida no Rio Grande Sul. O que lhe motivou a permanecer em Roraima?

Eu gosto muito do Sul, meus irmãos ainda moram lá. Sou um frequentador assíduo da cidade. Quando cheguei aqui, Boa Vista era muito pequena. Só tinha asfalto na Jaime Brasil. O 6º BEC estava fazendo muitas obras, que eram de recursos federais. E achei que a cidade iria se desenvolver e crescer. Também me dei muito bem com o clima. Eu tinha renite alérgica e como no Rio Grande do Sul só três meses fazem verão, eu passava o resto do ano muito ruim, sempre com nariz entupido, coriza. O clima e a visão de que Roraima seria um estado promissor, me motivaram a permanecer.

Como foi o seu ingresso na vida política?

Na cidade de pequeno e médio porte, o trabalho médico tem uma atuação muito significativa frente a sociedade. E desde o tempo de escola, eu atuava nos grêmios escolares, fui até presidente de centro acadêmico. Sempre estive

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Qual o aprendizado desses 16 anos como deputado federal?

Sem dúvida nenhuma o convívio na vida política, dá um espírito mais universalizado. Quem já tem uma vocação social humanitária, acaba por conhecer mais de todo o Brasil e de vários países, e tem uma noção mais abrangente do desenvolvimento que a nação precisa. Conhece as limitações econômicas que os municípios pequenos têm; as necessidades sociais, de saúde, educação e cultura. A gente cresce muito na captação desses anseios. Aqui aloquei muito recursos, tive muita participação em obras, postos de saúde e escolas. Valeu muito esses 16 anos.

A medicina, de quando o senhor começou a atuar, é muito diferente da atual?

Como as demais ciências, a Medicina também tem crescimento a cada ano. Quando cheguei aqui não tínhamos sequer um eletrocardiograma, não tínhamos equipamentos finos. Operei sob luz de vela! Hoje nós temos uma estrutura bem montada, avanço técnico significativo, equipamentos de ponta. Roraima já entrou nesse patamar, faz hoje uma medicina de ponta.

Quais são as características para ser um profissional de excelência?

Aprimoramento profissional constante é muito importante. Hoje estou na terceira idade, mas

nunca parei de fazer cursos. Sempre faço de dois a três cursos por ano, sempre na área de cirurgia e ginecologia. Porém, se não tiver amor pelo que faz não adianta. Eu sou viciado em bloco cirúrgico. Enquanto minhas mãos não tremerem continuarei a realizar as cirurgias.

Quando surgiu o amor pela obstetrícia?

Estava no Rio de Janeiro fazendo um internato, num desses momentos quando realizei minha primeira cesariana e, ao terminar, escrevi uma carta para o meu pai, que ele guardou. Dizia o seguinte: Pai, eu vou ficar na obstetrícia, porque diferente das outras áreas que a gente tira câncer, tumor, aqui a gente tira vida. É uma alegria muito grande.

Existe alguma história que marcou o senhor durante esses anos de atuação?

Sim. Tenho várias. Mas, um dos fatos mais gratificantes que eu tive na vida, foi num plantão de natal, há uns 25 anos. Estava no bloco cirúrgico e uma enfermeira veio me dizer que tinha chegado uma parturiente passando mal. E uma outra paciente grávida, porém, chegou morta. Nesse momento, não pensei duas vezes, deixei a primeira aos cuidados de uma enfermeira,coloquei a grávida morta numa maca, e realizei o parto. A criança saiu flácida, roxinha, a equipe de enfermagem começou a massagear e a oxigenar a criança, e logo ela começou a chorar fraquinho e depois aumentou o choro. A enfermagem foi muito importante. Foi uma grande festa. Momento muito emotivo para todos.

“Eu sou um viciado em bloco cirúrgico”


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A saúde no Brasil enfrenta uma crise grave, o que não é segredo para ninguém, principalmente para aqueles brasileiros que esperam horas por atendimento, semanas por uma consulta e até anos por uma cirurgia. Colocados entre a urgência dos pacientes e a falta de estrutura do sistema público de saúde, os médicos enfrentam as mais difíceis situações. Impedidos de praticar a boa medicina, fazem o possível para prestar um atendimento digno e humano. Há tempos, os médicos denunciam esta realidade inaceitável e cobram mais recursos para a saúde, maior controle e avaliação dos gastos para evitar abusos, melhoria na qualidade de gestão e criação da carreira de Estado para a categoria. O país não precisa de medidas paliativas, mas de ações concretas pelo bem de todos.

www.portalmedico.org.br

O Brasil tem urgência de ser bem tratado. Todos juntos por uma saúde melhor.

CORREIOS CRM-RR

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