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do Ensino Médio criam projeto de que identifica “Boa Noite Cinderela”

Entre palestras de pesquisadores renomados e oficinas em diferentes áreas, as estrelas da Mostra Sesi Com@Ciência foram os estudantes. No total, 175 projetos de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio foram expostos em setembro de 2022 no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.

Um dos projetos procura solução para algo que gera medo em muita gente – ingerir acidentalmente a substância GHB, conhecida como “Boa Noite Cinderela”, que faz com que a vítima adormeça e perca memórias recentes. A droga costuma ser utilizada para o cometimento de crimes como roubo e estupro.

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Pensando nisso, as alunas Giovanna Freitas, Giovanna Moraes, Nicolli Marques e Natally Souza iniciaram estudos para desenvolver um copo que detecta a substância e, aí, muda de cor. As adolescentes, que estudam na Escola Sesi de Ensino Médio Albino Marques Gomes, de Gravataí, começaram o trabalho em outubro de 2021, ao perceber que casos relacionados a essa droga aconteciam com frequência.

Atualmente, o desafio das meninas é encontrar um reagente ao GHB que não seja tóxico, já que ele será aplicado em um objeto usado para a ingestão de bebidas. Como ainda não foi definido qual reagente será usado, ainda não é possível estabelecer um preço para esses copos, que seriam vendidos em bares. As jovens, que chamaram o projeto de “Keep Safe – Copo detector de GHB”, levaram a ideia a sério e já têm divulgado seus experimentos e participações em eventos em redes sociais. O objetivo delas é tornar este projeto piloto em uma empresa, e acreditam que as graduações que pretendem seguir a partir do ano que vem – Psicologia, Direito e Química – têm tudo para contribuir com esse projeto de vida.

FONTE: GaúchaZH

Foram divulgados pela Academia Real das Ciências da Suécia no último dia 05 de outubro, os vencedores do Prêmio Nobel de Química 2022: os americanos Carolyn R. Bertozzi e K Barry Sharpless (recebendo seu segundo prêmio Nobel) e o dinamarquês Morten Meldal. O Prêmio, que totaliza 10 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 4,8 milhões) será dividido pelo trio pela criação de uma ferramenta criativa para construção de moléculas com o “desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal”.

A chamada “química do clique” permite que produtos farmacêuticos mais precisos sejam desenvolvidos, tornando a chegada destes medicamentos nos locais corretos do organismo humano mais assertiva. A cereja do bolo da química do clique” são duas moléculas facilmente preparadas em laboratórios: a azida e alcino, que unidas a um terceiro item – íons de cobre – produzem reações químicas de forma simples. Esse tipo de ligação que, de acordo com o Comitê do Nobel, lembra do “clique de um cinto” muda a Química para a sempre, pois permite que crie-se uma grande variedade de moléculas. Nos anos 2000, Barry Sharpless e Morten Meldal apresentaram este conceito em trabalhos de forma independente, porém, com uma importante limitação: os íons de cobres utilizados são tóxicos para o corpo humano. Neste momento entrou em cena Carolyn Bertozzi, que descobriu que as azidas e alcinos podem reagir de maneira quase explosiva se o alcino for forçado a formar uma estrutura química em forma de anel. Além disso, essas reações tiveram ainda mais sucesso em ambientes celulares sem interrupção da bioquímica normal da célula (reações bioortogonais). Com isso, lançou-se uma base para uma forma funcional da química, em que diversas moléculas são construídas de forma rápida e eficiente.

Atualmente, a técnica é estudada para o desenvolvimento de fármacos que produzam anticorpos “clicáveis” contra tumores. Segundo o Comitê do Nobel, com a descoberta é possível fazer uma infinidade de coisas que trarão benefícios para a sociedade, desde medicamentos específicos e eficazes a materiais complexos e diferentes.

FONTE: G1

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