CADERNO DAS LETRAS 2020.2021
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MARTIM DE FREITAS Rua André de Gouveia, Coimbra https://www.agrupamentomartimdefreitas.com/web/
RESPONSABILIDADE Grupo de português Biblioteca escolar
EDITORIAL Caderno das Letras
representa o ponto de chegada das várias atividades de escrita dos alunos do Agrupamento de Escolas Martim de Freitas ao longo do ano letivo de 2020/ 2021. Num ano com continuados percalços inesperados no seu percurso, nem todos os trabalhos estão aqui registados porque a distância impediu, por vezes, um mais próximo acompanhamento das produções dos alunos. Vamos continuar a esperar que o futuro nos reserve o convívio mais próximo e que nos ofereça todas as vantagens da escola.
TEXTOS
TEXTOS NARRATIVOS
Martim de Freitas Viaja ao Século XXI Uma bela manhã, um nobre português, Martim de Freitas, recebeu uma inesperada encomenda que a sua coruja lhe enviara. Com medo do que poderia ser, respirou fundo e contou para si: — Um, dois, três! – e abriu… Era apenas uma caixa azul que tinha algo gravado: “Para Martim de Freitas”. Este, equivocado, pensou. — Quem será que enviou isto? – mal sabia o que o esperava… Tocou na caixa e, magicamente, teletransportou-se para um lugar que desconhecia. Desconfiado como era, pensou logo que o estavam a raptar, mas, pensando melhor, talvez fosse vantajoso, talvez fosse apenas sorte em vir a conhecer um novo lugar. Caminhou, caminhou até perceber que estava no futuro. Pois… não reconhecia qualquer objeto ou lugar. Então, decidiu perguntar a uma menina que por ali passava: — Olá, eu sou a Maria! E tu como te chamas? — Eu chamo-me Martim de Freitas. Podias-me dizer onde estamos? — Claro! – respondeu Maria - Estamos na Escola Martim de Freitas! — Mas esse é o meu nome! – exclamou o nobre português. — Nunca te disseram que eras o patrono desta escola? – interrogou a menina. — Não, mas é bom saber! – disse Martim de Freitas.
— Agora será que nos podemos conhecer melhor? — Mas, é claro! - respondeu ele – Eu sou um nobre português que viveu no reinado de D. Sancho II e D. Afonso III, conhecido como o Bolonhês. Nasci no ano de 1215. — Mas, se o senhor já faleceu, como é que aqui está? – perguntou ela. — É uma longa história. Eu consegui teletransportar-me … — Mas que incrível! Quem me dera experimentar! — Quem sabe se um dia podes tentar! – exclamou Martim de Freitas. – Mas, o grande desafio é saber quem é que me enviou esta caixa… — Pode ter sido alguém do futuro… - supôs ela. — Mas, eu cá só te conheço a ti! Vamos descobrir este mistério! – afirmou Martim de Freitas, determinado a descobrir a verdade. — Pensa! Se calhar, conseguimos descobrir quem foi pela letra! – adiantou Maria. — Esta letra é-me realmente familiar! Acho que a vi num documento de… D. Sancho II. — Mas, como é que ele te enviou se faleceu? – questionou Maria, novamente. Os dois perceberam finalmente que tudo não passava de magia. Martim de Freitas voltou para casa, na sua época, e nunca mais se esqueceu de Maria. Maria Marques, n.º 12, 5ºA
Viagem ao tempo de Martim de Freitas Estava eu e os meus colegas a ir para a escola quando vimos o inesperado: a construção da estátua do Martim de Freitas. O Professor Alberto estava ali, então, decidi perguntar-lhe: - Sr. Diretor, porque é que estão a construir esta estátua? - Ora, jovem! Não te lembras? Hoje a nossa escola faz cinquenta anos! Então, decidi mandá-la construir. - Ok, obrigado. Mas enquanto estava a admirar a estátua, esta desapareceu e, por magia, nas minhas costas, apareceu Martim de Freitas. - Olá, senhor Martim de Freitas, o que faz aqui? - Olá, menino, também não sei o que faço aqui…. Estava no meu mundo quando comecei a voar, olhei para cima e tinha uma máquina qualquer a levar-me. - Deve ser um milagre! Hoje a sua escola faz cinquenta anos! - A sério? Espera, eu tenho uma escola? - Sim, tem! O senhor é o patrono desta escola.
- E como é que o criador dessa escola me conhece? - O senhor está na história de Coimbra! Pela lealdade ao seu senhor! - Eu gostaria de ver a escola, pode ser? - Claro, eu estudo lá, posso guiá-lo na visita. E lá fui eu e Martim de Freitas até à escola. Os alunos ficaram admirados por ele estar ali e começaram a gritar: - Martim de Freitas! Martim de Freitas! Martim de Freitas! - Eles gostam mesmo de mim! Continuei a mostrar-lhe a escola: o refeitório, o recreio, os blocos, tudo. Mas por algum motivo, Martim de Freitas começou a desaparecer e a estátua a aparecer. - Acho que vou ter de me ir embora. Adeus, menino, foi bom conhecer-te. Ah!... Diz aos teus colegas que também foi bom conhecê-los. - Adeus, Martim de Freitas! Nunca me irei esquecer deste dia! E a estátua voltou ao que era. Guilherme Costa, nº7, 5ºB
Martim de Freitas veio ao século XXI
Numa tarde calma, na aula de História,
De repente, a máquina dele começou a fumegar.
aprendíamos os reis de Portugal. Estava tudo
Fomos buscar água, para ela não queimar a sala.
sossegado.
Mas como é que Martim de Freitas iria voltar?
De repente, quando virámos uma das páginas
Estávamos com um grande problema!
do livro, um grande clarão branco invadiu a sala.
Pusemos mãos à obra e começámos a
Este clarão originou um objeto enorme. Tinha uma
trabalhar. Trabalhávamos e continuamos a fazer-
cor dourada, uma janela redonda e uma grande
lhe perguntas. Martim de Freitas explicou-nos que
porta. Esta começou a abrir e escondemo-nos
ser alcaide-mor era uma grande responsabilidade.
todos debaixo da mesa. Não podíamos acreditar! Era Martim de Freitas! O patrono! O silêncio instalou-se até ele exclamar: - Olá! Tudo bem?
Fomos para o intervalo, levámos o alcaide e a máquina. Entretanto, ele foi com a turma visitar a escola de que era patrono, pois não chegara a conhecê-la. Passado
um
tempo,
depois
de
comer,
- Sim! - respondeu a turma em coro.
experimentámos a máquina e esta funcionou.
O patrono perguntou:
Martim de Freitas entrou nela, despediu-se e
- Em que ano estou?
clicou nos botões para voltar ao passado. A
- O senhor está em dois mil e vinte e um! -
máquina começou a piscar. O objeto desapareceu
respondeu o nosso professor. A minha turma começou-lhe a fazer perguntas do género: “Como é que o senhor está aqui?”; “No
e nós fomos para a aula. Esta foi a minha aventura com o patrono da nossa escola.
seu tempo as coisas eram muito diferentes?” … O alcaide-mor respondeu a todas elas, até conversou connosco!...
Luísa Figueiredo, nº11, 5ºB
Martim de Freitas veio ao século XXI Era uma vez uma personagem histórica do século XIII que veio à minha escola. Tudo começou num dia de chuva, uma sexta feira de aulas. Eu cheguei à escola, como sempre,
Eu entendi o Gonçalo, mas continuava sem entender o que é que fazia o Martim na nossa escola. Fomos almoçar e, sem qualquer medo, coloquei-
de manhã bem cedo (8:00h) e, ao contrário do
me em pé na mesa e gritei:
habitual, o meu amigo Gonçalo já tinha chegado.
- Ó Martim de Freitas…!
Ele estava muito nervoso, pois tinha ouvido falar de uma notícia que dizia que naquele dia uma figura histórica do século XIII vinha a uma escola de Coimbra. Eu, claramente, achei um disparate, mas esta notícia estava a espalhar-se por toda a escola.
Passados
segundos,
ele
apareceu,
inacreditavelmente. Todos na minha escola sabiam quem ele era, mas achavam impossível uma figura histórica do século XIII aparecer no século XXI. Receosos, começaram a tentar atacá-lo!!!
Às 8:40h, fomos para as aulas, mas a professora
Mas eu não deixei, peguei na caneta que tinha à
de Matemática estava atrasada, então nós
mão e dei-a ao Martim. Este, com muito rigor e,
começámos a brincar e a falar sobre a notícia tão
em frente à escola inteira, declarou:
viral na escola. Finalmente, ela chegou e a aula começou. Eu só sentia calafrios no corpo e pedi à professora para ir à casa de banho. Quando lá cheguei, vi-o. Como por magia, apareceu o patrono da nossa escola, o tal Martim de Freitas. Tentei aproximar-me dele, mas este disse para
- Olá, o meu nome é Martim de Freitas e estou aqui para ver como está a escola que eu criei! Todos bateram muitas palmas e com alguma excitação regressaram às aulas. Mas o Martim já lá estava na nossa sala, para nos conhecer melhor.
eu regressar às aulas. Para além disso, ajudou-me
A Sara, um pouco tímida, levantou o braço e fez
a resolver um exercício, que eu não estava a
algumas perguntas. Logo depois, seguiram-se
conseguir fazer.
outras perguntas, nomeadamente do Bernardo
Regressei às aulas e, passado pouco tempo, já estávamos no intervalo.
Relvas, do Vasco, da Margarida e do meu grande amigo Gonçalo.
Contei aos meus colegas, mas eles não
Depois de muita conversa, Martim de Freitas
acreditaram, então fui contar a uma última pessoa,
falou um pouco do seu rei, D. Sancho II, e deu um
o Gonçalo:
conselho:
- Ó Gonçalo, sabes, eu vi o Martim de Freitas, quando fui à casa de banho. - Que estranho, mas acho que consigo acreditar!
- Sabem, devem sempre ser fiéis às pessoas que vocês amam, nomeadamente aos vossos pais, como eu fiz com o meu rei.
- afirmou o Gonçalo, recordando o que tinha ouvido dizer.
Guilherme de Figueiredo Farela Neves, 5º D
Martim de Freitas veio ao século XXI
Numa manhã de sol, no dia 20 de outubro de
Os alunos levaram esta figura histórica ao
2020, os alunos do 5ºD estavam na biblioteca, uns
recreio. Ao ver as crianças a jogarem futebol e a
jogavam jogos no computador e outros liam livros.
brincarem, Martim ficou impressionado com o que
De repente, o Vasco deu um grito, pois estava a
havia no século XXI.
sair uma perna do computador. Todos foram a
Por último, levaram-no à sala do 5ºD e
correr para lá e, entretanto, começou a sair um
novamente
corpo e, quando os professores chegaram, saiu
evolução nas aprendizagens das crianças e ainda
uma cabeça.
ficou mais feliz e honrado quando soube que
- Nasceu alguém do computador, nu e com mau aspeto – gritaram o Guilherme e o Gonçalo ao mesmo tempo. Os alunos estavam impressionados e os professores ainda mais. - O que é isto? – perguntou timidamente aquela pessoa. - Primeiro, quem és tu? – questionaram os alunos.
ficou
impressionado
com
tanta
aquela escola tinha o seu nome! Então o patrono da escola quis dar uma lição a todos aqueles alunos: - Meninos, como sabem, fui alcaide-mor da cidade de Coimbra. Não era fácil e tinha de prestar lealdade e fidelidade ao meu rei. Quando recebi a notícia de que ele tinha morrido, não acreditei e, por essa razão, é que fui até Toledo confirmar a informação. Só quando vi que o meu rei estava
- Sou Martim de Freitas – respondeu ele.
morto, é que entreguei as chaves a D. Afonso III e
Os professores não queriam acreditar e os
isso é uma prova de lealdade. Queria pedir-vos
alunos ficaram de boquiabertos.
que sempre fizessem o mesmo.
Rapidamente as crianças apressaram-se a
Os alunos disseram que iam tomar Martim de
perguntar se Martim queria fazer uma visita guiada
Freitas como exemplo e despediram-se dele,
à escola, mas ele não queria, pois estava nu, mas
depois de um dia deveras muito interessante!
não resistiu à simpatia das crianças e dos professores, acabando por aceitar. Vestiu umas calças de ganga e uma t-shirt emprestadas.
Gonçalo Lucas, nº5, 5ºD
Martim de Freitas veio ao século XXI Um certo dia, eu e os meus colegas, João, Tomás e Miguel, estávamos a ter aula de História quando
subitamente
uma
figura
- Mas o que é um alcaide? – perguntou o Miguel, muito interessado.
histórica,
- Um alcaide é uma pessoa designada pelo rei
chamada Martim de Freitas, apareceu na sala.
para guardar as chaves do castelo. Continuando a
Então, o João perguntou:
lenda….
Então D. Afonso III montou um cerco a
- Como se chama?
Coimbra, mas eu resisti. Aquando da chegada da
- Eu chamo-me Martim de Freitas – respondeu
notícia a Coimbra, da morte de D. Sancho II, eu
ele
necessitava de uma evidência mais forte que
- Esse é o nome da nossa escola?! – exclamei.
corroborasse o triste sucedido. Pousei as chaves
- Sim, eu sou o patrono da vossa escola.
nas mãos frias de D. Sancho II e retirei-lhas. De
- Mas o senhor não faleceu em 1293? –
seguida, fui entregar as chaves ao novo rei.
interrogou o Tomás, intrigado. - Certo, mas decidi viajar até o século XXI para ver como é que …
- Do que eu gostei mais na lenda foi da lealdade que o senhor mostrou para com D. Sancho II – comentou o João.
- Mas como é que veio para 2021?
- Agora tenho que ir para o passado.
- Um velho sábio deu-me uma máquina do
Esta conversa, para além de divertida, foi muito
tempo.
interessante e valiosa, pois lembrou-nos a
- Pode contar-nos a sua lenda? – questionei.
importância de sermos fiéis às nossas palavras e
- Sim. D. Afonso III, com o apoio do Papa, depôs
compromissos.
D. Sancho II. Mas alguns castelos recusaram entregar as chaves a D. Afonso III. O castelo de Coimbra foi um deles, cujo alcaide-mor era eu…
Guilherme Santos, nº 14, 5ºG
Martim de Freitas veio ao sec. XXI
Com o milagre da tecnologia, Martim de Freitas
Depois
das
análises
estarem
concluídas,
viajou até aos dias de hoje e apareceu na minha
descobriram que Martim de Freitas só tinha a sua
sala de aula.
memória ativa no passado, mas havia esperanças.
Todos nós, espantados com aquele milagre,
Fizeram-se testes e testes, passaram-se meses
começamos a fazer muitas perguntas, mas Martim
e meses, até que se descobriu uma cura para
de Freitas não se lembrava de nada.
reavivar a sua memória.
Quando nos apercebemos de que ele não sabia nada (o seu nome, a sua profissão, etc.),
Depois da cura concluída, deram-na a Martim de Freitas e começaram as perguntas:
começamos a pensar numa estratégia para
- Qual é o seu nome?
reavivar a sua memória. Pois a curiosidade era
Ele não respondeu, então voltaram a perguntar:
muita!...
- Qual é o seu nome?
Nenhum de nós teve uma boa ideia (que não fosse impossível), por isso decidimos contratar um cientista. Então, procuramos o melhor, até que o encontramos, mas primeiro tínhamos de o convencer: - Bom dia!!! - exclamamos em coro. - Bom dia! - cumprimentou-nos o cientista.
E aí, sim, ouviu-se muito baixinho: - O meu nome é Martim de Freitas e sou alcaidemor!!! - Vive em que reinado e em que cidade? perguntámos todos nós, ansiosos. - Eu vivo no reinado de D. Sancho II e vivo na cidade de Coimbra!! - declarou ele.
- Bom, vamos ao que interessa, está interessado
E então as perguntas fizeram-se, cada vez mais
em reavivar a memória de Martim de Freitas? -
perguntas e, a partir de aí, Martim de Freitas vive
perguntámos nós.
nos dias de hoje, como patrono da nossa escola.
- Sim, mas como é obvio preciso de ouvir as suas respostas! - explicou o cientista. - Combinado! - afirmamos nós. No dia seguinte, começou o trabalho. O cientista foi à escola e analisou o seu cérebro.
Francisco Silva, nº12, 5ºG
Martim de Freitas veio ao século XXI Na bela manhã do dia 20 de janeiro de 2021, na aula de Ciências, alguém bateu à porta da sala.
– Preferes Coimbra como está agora, ou como era no teu tempo? - perguntei-lhe.
Como já estamos habituados, não estranhamos,
– Agora, claro! - afirmou ele - Além de terem a
mas naquele dia, quando a professora a abriu,
vida muito mais facilitada em quase tudo, já não
ficamos todos de boca aberta. Sabem porquê? Era
existem guerras para conquistar países!
Martim de Freitas!!! Fomos todos a correr para a porta, porque queríamos conhecê-lo! A primeira pergunta que eu lhe fiz foi: – Se o senhor nasceu em 1215 e morreu em 1293, como é que está aqui agora? – Em primeiro lugar, podem tratar-me por tu, e em segundo lugar, no céu inventaram um teletransporte para mortos - continuou ele - que funciona da seguinte forma: entramos no portal e,
Depois de todas estas perguntas, fomos dar uma longa e interessante volta pela escola, para lhe podermos mostrar tudo. Quando terminamos a visita guiada, o sol estava a começar a pôr-se, ou seja, estava na hora da despedida. – Adeus, Martim de Freitas…Volta mais vezes! gritamos em coro. – Ok, eu volto mais vezes… Adeus amigos! exclamou ele enquanto desaparecia.
além de nos trazer ao presente, também nos
Quando eu estava no carro com os meus pais,
transforma em humanos durante um dia. Ao pôr do
para regressar a casa, contei-lhes todos os
sol, irei desaparecer.
pormenores deste maravilhoso e emocionante dia.
– E gostas de ser o patrono da nossa escola? -
O melhor de todos da minha vida!
perguntou a Marta. – Claro! É uma honra ter uma escola com o meu nome. - declarou ele, dignamente.
Alice Brás, nº 2, 5ºG
Martim de Freitas veio ao século XXI Olá, eu sou o Tomás e vou contar-vos a história da viagem de Martim de Freitas ao séc. XXI.
O Diretor da escola começou por lhe comunicar várias melhorias que a escola devia e queria ter.
Há uns dias atrás, estava eu a jogar e a brincar com os meus amigos, no final da tarde, já
Martim,
enquanto
ouvia,
preparava-se
para
conceder os desejos.
cansados, quando um dos meus colegas avistou
No final do discurso, Martim deu um toque na
uma luz forte, de cor azul, a aproximar-se de nós.
esfera e, por um segundo, não vimos nada, mas
Ele avisou-me, tocando com força no meu ombro.
logo
Então, pensei: “Será que é um portal?”. E estava
remodelada. Os blocos reformados, quadros
certo.
brancos e canetas, autoclismos duplos, net
O portal abriu-se, e quem apareceu? O grandioso
Martim
de
Freitas,
personagem
histórica do séc. XIII.
depois, a
nossa
escola
estava
toda
usável... e muitas outras melhorias. Agradecemos muito a Martim de Freitas e pedimos-lhe para ficar e ser o Diretor da escola,
Somente os professores que estavam por perto
mas ele respondeu:
é que reconheceram quem era. Todos os outros
- Meus amigos, dei-vos o que desejavam, e
presentes só ficaram a saber quando este proferiu,
agora, como meu último desejo, vou voltar para o
com a sua voz grossa, a seguinte afirmação:
céu da minha época. Obrigado por criarem uma
- Meus caros amigos, eu sou Martim de Freitas! Viajei no tempo com uma esfera que contém três desejos, oferecida pelos deuses do céu. Toda
a
escola
ficou
espantada
com
o
esfera que ele tinha nas mãos. sua homenagem, foi criada a escola “Martim de Freitas”. Também explicamos vários avanços de tecnologia e ele ficou muito admirado. uma
ideia
- Não posso, miúdo, já vivi uma vida, e não viverei mais outra. Martim tocou na esfera e voltou para os céus.
Primeiro, começamos por lhe explicar que em
tive
- Porquê, Martim? Fique connosco, por favor! – exclamei eu.
“renascimento” de Martim de Freitas e com a
Entretanto,
escola com o meu nome.
e
Mas a nossa escola não ficou triste, pois era a vontade dele. E a partir desse dia, a nossa escola foi muito melhor, graças a Martim de Freitas, o nosso
deram-me
patrono.
permissão para falar. - Sr. Martim, qual vai ser o seu próximo desejo?
Tomás Xavier Colaço dos Santos Martins,
- Boa pergunta, miúdo, estou a pensar fazer
n.º 26, 5.ºG
alguma coisa nesta escola... – respondeu ele.
Martim De Freitas veio ao século XXI
Num dia de muito frio, os alunos do 5ºG estavam
Afonso III. Eu, tendo jurado fidelidade ao rei,
na aula de História a aprender a importância da
recusei-me a entregar as chaves do castelo de
personalidade de Martim de Freitas, quando, de
Coimbra. Até que um dia se falou da morte de D.
repente, apareceu um homem, vindo do nada, a
Sancho II. Como sabia que se tinha exilado em
dizer:
Toledo, insisti que precisava de verificar a sua
- Olá, alunos do 5ºG! Estou a ver que estão
morte. Dirigi-me a Toledo, tendo obtido um salvo
muito interessados em ouvir falar sobre Martim de
conduto para abrir o seu túmulo. De seguida,
Freitas.
depositei as chaves de Coimbra sobre o corpo de
- Sim, mas quem é o senhor? – questionou o João.
D. Sancho II. Entretanto, retirei-as, voltei a Portugal e entreguei-as finalmente a D. Afonso III.
De seguida, ouviram a mesma voz a falar:
Este rei reconheceu-me a dedicação e fidelidade
- Sou o próprio Martim de Freitas!
que tinha tido para com D. Sancho II e foi-me
- E como é que o senhor veio aqui parar? –
proposto manter a alcaidaria, mas não aceitei.
interrogou o Guilherme, muito admirado.
Esta foi a minha história, gostaram?
Martim de Freitas respondeu:
- Adorámos! E admiramos muito a sua honradez – afirmou a turma toda, em coro.
- Teletransportei-me! Todos
os
alunos
estavam
espantados
e
Assim se passou a aventura com Martim de
curiosos, até que Martim de Freitas lhes contou
Freitas e os alunos do 5ºG, na escola que lhe dá o
uma história:
nome.
- Certo dia, estando o povo descontente com a maneira de governar de D Sancho II, foi-lhe retirado o cargo de rei e conferido ao seu irmão, D.
João Pedro Saraiva, nº15, 5ºG
Martim de Freitas viaja ao século XXI Era uma sexta feira e eu e o meu irmão estávamos a ir para a portaria da escola, quando eu comecei a fazer perguntas ao Francisco:
De repente, o nosso pai ligou. Dissemos-lhe que estávamos atrasados e desligámos. Então, o Xico foi discretamente buscar algumas
- Xico, podes dar-me ideias?
ferramentas que pertenciam à escola, enquanto
- Para quê? - perguntou ele.
eu “tomava conta” do Martim de Freitas. Não
- Bem, eu vou ter de escrever um texto sobre o
consegui resistir e comecei a fazer perguntas:
Martim de Freitas. - Sim e qual é o problema? - questionou o Xico. - Eu estou sem ideias. - murmurei. - Tenta lá! - exclamou ele. - Ok. Sei que Martim de Freitas nasceu em 1215 e que morreu em 1293...
- Como é Coimbra no seu tempo? Quem está a reinar em Portugal? É verdade que é leal e fiel? -
Tantas
perguntas!
-
exclamou
ele
surpreendido. Quando
o
Francisco
chegou
com
as
ferramentas, começou a arranjar a máquina.
Ainda nem tinha terminado de falar, quando
- Bem, Coimbra está repleta de povo. Está a
surgiu um clarão. Era uma máquina do tempo e de
reinar D. Sancho II e acho que sou leal e fiel, como
lá saiu Martim de Freitas.
tu dizes. - respondeu Martim de Freitas.
- Ahhhhhhh! – gritei, assustada. - Xana, acalma-te. - disse o Xico baixinho. Então, Martim de Freitas começou a dirigir-se para nós, enquanto apontava para a máquina. - Aquela coisa está estragada. - disse ele surpreendido. Era preciso arranjá-la o mais depressa possível. Então o meu irmão falou: - Se ele não voltar ao século XIII a tempo, ninguém vai encorajar as pessoas e o cerco à cidade de Coimbra pode ser uma catástrofe. - Como é que este rapaz sabe disso? -
- A máquina está arranjada! - exclamou o meu irmão satisfeito. - Acho que está na hora de ir embora. Adeus, crianças e muito, muito obrigado por me ajudarem! - exclamou Martim de Freitas alegremente. - Adeus! - gritámos eu e o Xico. Surgiu
outro
clarão
e então
a máquina
desapareceu. - Bem Xana, se depois disto tudo não tiveres ideias, eu assusto-me.- riu o meu irmão. E assim foi a nossa aventura com o Martim de Freitas.
perguntou Martim de Freitas. - Demos isso em H.G.P.- disse eu. Alexandra de Oliveira Carreiro, nº3, 6ºH
As viagens de Martim de Freitas Era uma vez, no ano de 1260, um homem chamado Martim de Freitas. Um dia, quando entrou em sua casa, encontrou uma porta no meio da cozinha. Abriu a porta e, de seguida, deu um passo em frente.
vegetação, e também edifícios amarelos, cúbicos, os blocos, nos quais os alunos tinham a maior parte das aulas. Pouco depois os alunos começaram a sair para o exterior dos vários blocos e do pavilhão e Martim
Quando o fez, acidentalmente viajou no tempo.
de Freitas ficou desesperado. Tinha que se
Sim, eu sei que parece estranho haver uma
esconder, mas já não tinha tempo.
porta em que, quando a abrimos, permite viajar no
Era quase impossível esconder-se de mais de
tempo, mas temos que ter criatividade para
mil pessoas, numa escola. Então, fugiu e nunca
acreditar.
mais foi visto. Mas também ainda só tinham
Então, onde é que eu ia? Ah, já me lembro.
passado dois dias. Logo iriam encontrá-lo num
Quando Martim de Freitas entrou, viajou para o
esgoto ou na Sé Velha, ou talvez Martim de Freitas
ano de 2021. Várias pessoas olhavam, de forma
conseguisse voltar para casa.
estranha, para ele, mas não discordo delas.
Quanto a mim, continuo preso no ano de 1260
Martim de Freitas tinha roupas de couro rasgadas
a escrever esta história toda com uma pena de
e uma boina com uma pena, para não falar da sua
gaivota e tinta azul, pois ainda não inventaram as
grande barba.
canetas.
Mas mal sabiam de quem se tratava! Ele próprio desconhecia o local onde se encontrava. Era uma
Afonso Manuel dos Santos Cabral Pereira
escola muito grande, com grades azuis em seu
Dias, nº1, 7ºA
redor, um pavilhão branco e laranja, com bastante
Uma viagem estranha
- E foi assim que a escola foi fundada. Pelo
Então, aproximei-me calmamente do meu amigo
menos foi o que eu disse aos miúdos do 5ª ano,
Afonso, que vestia uma camisola da NASA,
quando lhes contava a história de Martim de
calções e calçava umas Nike. Encontrava-se todo
Freitas. E eles odiaram! Foi então que, quando eu
despenteado e com cara de quem também não
me estava a levantar para ir almoçar, algo de
estava a compreender nada.
estranho aconteceu. No céu, no grande céu azul, vi um buraco gigante, gigantesco que mais parecia uma espécie de portal. Corri para fora do bloco E, onde eu me
-Olá pessoas esquisitas, com roupas esquisitas! - disse um deles. -E dizem que nós é que temos roupa esquisita! disse-me o Afonso.
encontrava. Lá fora, via-se bem aquele buraco
-É verdade, Afonso. -disse-lhe eu.
enorme com cores roxas, amarelas, azuis e dele,
Vi logo o que se passava ali. Aquelas pessoas
bem do seu meio, vinham nuvens carregadas de
eram do passado. Quisemos ajudá-las, mas
água e relâmpagos. E ele estava a ficar cada vez
estava tudo destruído. Até que…tive uma ideia!
maior e maior, até que, do seu interior, começaram
Com a madeira das árvores caídas, construímos
a sair e cair pessoas e mais pessoas e… Martim
uma catapulta. Metemos todos lá dentro e a
de Freitas.
grande velocidade partiram e regressaram ao seu
Quando tudo acalmou, saí do meu abrigo que
tempo, no passado.
não era mais do que uma mesa caída que tinha
Depois disto, eu só queria ir para casa
voado no meio daquela loucura. Vi imensas
descansar e pôr o sono em dia, pois esta história
pessoas: alunos, professores, funcionárias e a
fora incrivelmente estranha.
cozinheira, mas todos vestidos de forma estranha, à antiga.
Duarte Gonçalves Tavares, nº6, 7ºA
A viagem no tempo Certo dia, Martim de Freitas, alcaide-mor de
computadores, nos telemóveis, nos projetores.
Coimbra, pensou numa ideia revolucionária que
Confuso, perguntou-me a mim e aos meus amigos
podia mudar a vida de toda a gente em Portugal:
onde e quando estava. Dissemos-lhe que se
a eletricidade.
encontrava na escola Martim de Freitas. Logo
Martim nunca foi bom na área de física e, por
percebemos que era o patrono da nossa escola.
isso, ele sabia que ia precisar de ajuda. Foi a casa
Demos-lhe um copo de água, para se acalmar e,
de um velho amigo seu que era cientista. Esse seu
quando já estava calmo, perguntámos-lhe como é
amigo tinha cabelo e barbas brancas, olhos azuis,
que tinha ido parar ao século XXI. Ele lá nos
um nariz enorme e uma grande capacidade
contou tudo e ficámos mesmo estupefactos!
mental. Martim de Freitas contou, então, ao seu
Afirmámos então, com toda a certeza, que íamos
amigo a sua ideia e este logo aceitou ajudá-lo.
ajudá-lo a voltar ao seu século, mas antes ainda
Depois de muito trabalho, o cientista pensou que tinha conseguido encontrar a maneira certa de
lhe mostrámos a escola, já que ele é o seu patrono.
criar a eletricidade, mas quando foi testar… havia
Chamámos a nossa professora de ciências para
luzes por toda a casa que emitiam muita
nos ajudar e resultou. Conseguimos enviar Martim
intensidade e quando Martim deu por si estava
de Freitas para o século dele.
noutro sítio. Pessoas
Este foi o dia mais louco e divertido da minha com
máscara
rodeavam-no,
perguntando se se tinha magoado. Era tudo muito
vida! Nunca pensei que pudesse conhecer o patrono da minha escola.
futurista, cheio de mesas, quadros e o que deixou Martim
mais
fascinado:
eletricidade. Existia
eletricidade por todo o lado: no teto, nos
João Pedro Campelo Brito, nº11, 7ºA
Uma hora com o patrono da minha escola Hoje apresentei um trabalho sobre Martim
a guardar, eu resisti. Mais tarde, D. Sancho II foi
Esteves Freitas, no qual relatei os factos sobre a
para Castela, onde acabou por falecer, tendo sido
sua vida.
sepultado em Toledo, a onde me dirigi para lhe
Martim de Freitas foi um nobre e militar português, foi o terceiro senhor de Honra de Freitas e foi Alcaide-mor de Coimbra na época de D. Sancho II.
entregar a chave da cidade e assim me desobrigar do juramento feito. Terminada a narração, fomos dar um passeio pela escola até chegarmos ao bloco C. Martim de
Apareceu um raio de luz brilhante sobre a minha
Freitas ao ver o símbolo do agrupamento,
sala. Saiu de lá Martim de Freitas e eu fiquei
questionou-me sobre o que simbolizava. Eu disse-
boquiaberta. Ele ficou espantado, admirado,
lhe que simbolizava a chave que tinha guardado.
quando viu uma turma na sua casa e ficou feliz por
Quando fomos à sala de formação, ele observou
poder ajudar-nos. Era um homem alto, forte,
um quadro bordado, com ele entregava a chave a
bondoso e com um bom sentido de humor.
D. Sancho II.
Ele viu uma foto sua no projeto e começou a falar do que aconteceu naquela época. Ele contou: - Há séculos, eu fui Alcaide-mor desta cidade, na época de D. Sancho II, quando D. Afonso II chegou a Portugal com intenção de depor do
Ficou encantado, maravilhado, feliz por saber que
era
patrono
de
uma
escola
que
o
homenageou. Pouco depois, despediu-se da minha turma e foi novamente para sua casa.
cargo o seu irmão, D. Sancho II. Como este me tinha confiado a chave do castelo de Coimbra para
Laura Fernandes, 7º B
Noutra dimensão
Estava um lindo dia de sol na cidade de
sala. Estava com uma tosse recorrente e parecia
Coimbra. As cores do céu azul confundiam-se com
que tinha engolido alguma coisa. Tossia, tossia e,
o tom branco das nuvens. Eu e as minhas amigas
finalmente, algo saiu da sua boca. Era uma chave!
estávamos a dar uma volta à escola como
Ficámos intrigados, mas o homem explicou:
normalmente fazemos.
- Olá, alunos do futuro! O meu nome é Martim de
Enquanto andávamos, observámos um homem
Freitas e esta chave é do castelo de Coimbra. Eu
a correr com roupas estranhas, pareciam da
estava a fugir de D. Afonso e vim parar a esta
época medieval: ele tinha cabelo médio e escuro,
dimensão. Fiquem com a chave para ninguém a
possuía uma barba que quase lhe ocupava a cara
encontrar e… adeusinho!
e andava com uma espada à cintura. Tivemos um pouco de medo e, com alguma sorte, a campainha tocou. Íamos ter uma aula de português. Começámos por falar de um homem chamado Martim de Freitas. Questionei-me sobre o porquê
Nós ficámos com a chave e vimos Martim a atravessar um portal. Anos depois, a chave foi emoldurada numa parede da escola, em nome da visita de Martim de Freitas.
de estarmos a falar sobre ele, mas, depois, o homem que tínhamos visto no recreio entrou pela
Rita Morais Varandas, nº 19, 7ºB
Uma visita inesperada
Era um dia frio e sem cor, as árvores sem folhas dançavam ao sabor do vento, provocando um ruído típico de inverno.
Freitas, uma celebração em honra do patrono.
Castelo
entrámos os dois no buraco que o quadro antes escondia.
Entrei numa sala onde havia vários quadros a Alcaide-Mor do
falecimento de D. Sancho II. Com medo de que alguém batesse à porta,
Mesmo assim, havia festa na Escola Martim de
homenagear o
ao novo soberano, depois de ter confirmado o
Se pensávamos que estávamos de volta ao
de
Século XII, enganámo-nos certamente, pois
Coimbra. Mas quando ia a sair, ouvi um barulho
tínhamos entrado no período jurássico, onde havia
vindo da parede. Olhei em volta e apercebi-me
dinossauros por todo o lado. E que grandes estas
que um dos quadros abanava tanto que quase
criaturas eram!
caía.
Regressámos
ao
portal,
mas,
de
novo
Decidi verificar o que estava irrequieto atrás da
estávamos no sítio errado, agora no futuro. Havia
parede. Ao início, parecia um sonho, mas
tecnologias a vigiar a cidade por todos os cantos.
realmente não era. Martim Esteves de Freitas encontrava-se
Voltámos ao pequeno buraco e, finalmente, Martim de Freitas reconheceu a sua cidade.
mesmo à minha frente! Com olhos, cabelo e barba
Como já tudo tinha voltado ao normal, regressei
negros como carvão, transmitia uma sensação de
à escola. No entanto, quando voltei perdi a
preocupação.
memória, uma vez que vi coisas que mais ninguém
Perguntei-lhe, então, o que se passava e com
pode saber.
uma voz grossa contou-me que procurava a cidade de Coimbra, para poder entregar as chaves
Joana Marques Neves, nº 10, 7º D
Uma aventura no tempo
Era uma vez, uma cidade à beira rio plantada, ladeada pelo verde choupal, com a magnificência do jardim Botânico e a Cabra lá no alto: “Coimbra é uma lição de sonho e tradição, cidade da saudade. Coimbra dos Doutores e fonte dos amores”. A cidade encontrava-se numa crise pandémica que assolou o mundo inteiro e eram pedidos milagres que a salvassem. Um dia, após semanas em que estavam “rotas as fontes do grande abismo e abertas as cataratas do céu”, as águas do mondego subiram e, com elas, como que por milagre, emergiu Martim de Freitas numa barca. Nobre militar português, Martim de Freitas, III Senhor da Honra de Freitas, foi Alcaide-Mor da cidade de Coimbra, no século XIII, no tempo de D. Sancho II. Reza a lenda que quando o conde de Bolonha, futuro D. Afonso III, pusera cerco a Coimbra, Martim de Freitas, fiel ao juramento prestado a D. Sancho II, recusou render-se e, nem promessas nem combates conseguiram reduzir os cercados. Um dia, chegou a notícia da morte de D. Sancho II. Perante a qual, dirigiu-se a Toledo e ali, pôde comprovar a morte do Senhor a quem jurara fidelidade, certificando-se da verdade. Depois, abriu as portas de Coimbra e deixou entrar na cidade o exército do novo Rei. Martim, ao olhar em seu redor, ficou estupefacto. Onde outrora existiram quintas, agora, existiam prédios altíssimos que pareciam tocar o céu azul, grandes urbanizações, avenidas, carros (e não carroças). Tudo era diferente! As vestes das pessoas eram agora mais “curtas e despidas”. No entanto reparou num pormenor: as caras das pessoas andavam tapadas e os olhos de algumas exprimiam tristeza, cansaço e um certo pânico. Ao observar, tentava dar resposta às próprias perguntas: Porque andariam as pessoas assim, com a cara tapada? E qual o motivo de tão grande tristeza? O que teria acontecido para que a sua velha cidade se tivesse tornado no que era hoje? Quem agora zelava pela proteção da cidade e das gentes que nela habitavam?
O tempo foi passando. E Martim de Freitas observava atentamente a paisagem e as pessoas ao seu redor, com ar misterioso. Até que, uma corrente de água fez abanar a barca e Martim, distraído, acaba por cair à água, sendo obrigado a nadar até à margem. Ali, agora debruçado sobre as águas, olhava para si mesmo aterrorizado. Estava vestido como os outros! Levantou-se, repentinamente, acabando por ir contra um transeunte. Senhor já de idade, todo arranjadinho, com os seus cabelos da cor da neve, olhos azuis como o mar profundo e sua pele enrugada, mas aparentemente macia, uma característica dos velhotes encantadores e simpáticos. Este perguntou-lhe: ⎯ Como te chamas meu rapaz? ⎯ Chamo-me Martim de Freitas. ⎯ Engraçado. Há muito tempo, habitou aqui, um Martim de Freitas que, símbolo dos homens que na queda de D. Sancho II, souberam respeitar a honra de cavaleiro e, desse modo, defender Coimbra. Foi por isso escolhido como patrono da Escola Martim de Freitas e, ainda nos nossos dias, encontram-se representadas no símbolo da mesma, as chaves da cidade de Coimbra. – disse o senhor. E assim, seguiu-se uma longa conversa, onde cada um transmitiu o seu modo de viver. Depois de tomar conhecimento da situação pandémica que se vivia, Martim decidiu falar com o novo “Alcaide-Mor” que agora tomava conta da cidade. Ao qual sugeriu que fosse colocado um novo “cerco” à cidade, de modo que ninguém entrasse ou saísse de Coimbra para diminuir o número de contágios. E, foi assim, com a medida proposta por Martim de Freitas, que a cidade se salvou. Após este feito, Martim de Freitas cumpriu o objetivo de salvar novamente a cidade e pôde regressar ao seu tempo. Ana Filipa Silva Simões, nº 3, 8º B
Uma viagem atribulada
Era uma manhã fria de inverno na Escola Martim de Freitas. Eu estava a andar junto ao bloco E
- O quê? Olha, sabeis que mais, agora não temos tempo, tendes de sair daqui.
quando... sabem que mais? Estou-me a adiantar.
- Porquê? - perguntei.
…O meu nome é Guilherme Rocha e esta é a
- Olha, para resumir a história, estava a ir ver o
história do dia mais estapafúrdio da minha vida. Como estava a dizer, estava a caminhar junto ao bloco , quando à minha frente apareceu um vortex
cadáv...- começou. - Eu já sei essa parte! Como é que acabaste aqui?
cor de safira. Tentei correr, mas as minhas pernas
- Eu estava a ser perseguido pelos Dalithas,
eram gelo. Após uns trinta segundos , o portal
mercenários implacáveis que me estavam a tentar
cuspiu um homem, este levantou-se e eu olhei
matar, quando aquele portal apareceu. Eles vão
para ele. Tinha um manto vestido e estava
estar aqui não tarda, tendes de fugir.- argumentou
encapuçado, parecia saído de “Assassin’s Creed”,
ele.
usava uma variedade de facas no cinto, um molho de chaves e a tiracolo um machado.Tirou o capuz
- Sabe que mais? Não. O senhor tem de voltar para 1250, e eu vou ajudá-lo- disse eu.
e eu vi a sua cara, tinha uma cicatriz horrível na
- Como?
cara, olheiras e estava pálido, parecia doente, mas
- Vá lá para dentro. - disse eu, apontando para
a sua voz soou como um trovão quando disse: - Sou Martim de Freitas, filho de Estevão de Freitas, terceiro senhor da Honra de Freitas e alcaide-mor do Castelo de Coimbra. Quem és tu, gaiato, e onde estamos? - Guilherme Rocha- disse eu - filho de Manuel Rodrigues e viciado em chocolate. Quanto à
uma arrecadação. Ele entrou. “Timing” perfeito, mas do portal saltaram oito figuras encapuçadas. - Ei! - gritei eu. - O tipo das chaves foi por ali! berrei. Eles desataram a correr, agradecendo-me. O alcaide-mor saiu da arrecadação, sorrindo.
segunda pergunta, estamos na minha escola.
- Saia daqui enquanto pode- ralhei.
Devias perguntar-te em que ano é que estamos.
Ele apertou-me a mão e disse:
- Como assim? - respondeu ele. - Em que ano é que achas que estamos? questionei eu.
- Obrigado. Se alguma vez fores a 1250, será bem-vindo no castelo de Coimbra. Sorri. Ele saltou para o vortex e este encerrou-
- 1249. - respondeu ele, desconfiado.
se, deixando-me em 2019 com uma história
- Estamos em 2019. - disse eu.
inacreditável e oito assassinos profissionais. Guilherme Rocha , nº 13 , 8ºB
Chance Perdida
Um dia, na escola Martim de Freitas, estava uma
não sabia de onde, disse-lhe para esperar na
turma a ter uma aula de história. Aprendiam sobre
arrecadação enquanto acabava a minha aula,
a lenda deste Martim, quem tinha sido e o que
afinal ninguém ia àquela arrecadação há anos.
tinha feito para atribuírem o seu nome à escola.
Voltei para a sala e lembrei que me tinha
Enquanto todos estavam interessados a escutar
esquecido de lhe perguntar o seu nome. Fiquei
a professora, lá estava eu, cansado de a ouvir a
intrigado durante toda a aula, até que a professora
falar sobre pessoas que já não existiam há muitos
mostrou a foto de um senhor, era Martim de
anos e que, pensava eu, seriam desinteressantes.
Freitas, patrono da nossa escola! Questionei a
Então, decidi pedir para ir à casa de banho, assim
professora sobre o que é que ele tinha feito para
sempre podia esticar as pernas.
ser tão importante. Esta ficou ofendida e disse que
Entretanto, inicia-se uma grande ventania dentro
não ia voltar a explicar pois tinha passado as duas
de um cubículo da casa de banho, mas não dei
horas anteriores a fazê-lo. Não percebi porquê
atenção. Após uns segundos, ouvi um barulho, um
tanta raiva, para mim a aula tinha começado ali,
estrondo, de repente, um homem na casa dos
há dois minutos atrás.
cinquentas anos, com a sua toga e os seus colares
A aula termina e volto para ir buscar aquele
de ouro sai a correr de dentro da casa de banho a
homem estranho, mas já não estava lá. Só depois
gritar algo como: “Preciso de voltar para o meu
raciocinei e me ocorreu que ele poderia ser Martim
Rei”. Tentei ajudá-lo. Quando finalmente se
de Freitas, tão importante para a nossa história eu
acalmou, contou-me toda a sua história, mas acho
tinha-o deixado à solta, pela Escola, todo molhado
que ficou ofendido por eu não o conhecer, por isso
com água da sanita, perto de apanhar uma
ou porque a primeira pergunta que lhe fiz quando
constipação…!
me dirigi a ele foi: “Quantos anos tem?”. Eu parecia reconhecer aquela cara de algum lado, só
Pedro Melo, nº22, 8º B
Viagem ao presente Estávamos
no
intervalo
e
tudo
corria
- Esssssssse é o meu nome...
otimamente, até que avistei um homem de toga,
Eu e o Dinis olhámos um para o outro.
alto, elegante, com uma barba castanha e um
- É ele!! - exclamámos ambos.
cabelo também castanho, encaracolado como as
- Martim de Freitas? Então foste tu que abriste
ondas do mar. Parecia confuso, olhava-se de cima a baixo. Foi tudo muito rápido, num momento estava lá, bem atrás do Dinis, e num piscar de olhos,
o
mesmo
havia
desaparecido
completamente. - Estarei maluca? - pensava. Calculei que fosse algum tipo de alucinação, não liguei. Já na aula, a professora Filomena afirmava
as portas do castelo? - perguntou Dinis. - Calma, eu consegui? - perguntava Martim, surpreendido. - Sim, tu conseguiste. Mas, como vieste parar aqui? - Estava a abrir um caixão, depositei as chaves dentro do mesmo e vim parar aqui... Acho que estou no futuro, preciso voltar, preciso de abrir as portas!
contente que a escola, havia feito 50 anos.
No final de tudo, conseguimos ajudar Martim a
Ficámos extremamente contentes e, no intervalo,
voltar para o passado através de um livro
eu e o Dinis vimo-lo. Era ele, ficámos os três numa
escondido por Sancho, um grande amigo de
troca de olhares intensa. Ele confuso, eu e o Dinis
Martim que lhe havia contado onde era o
assustados.
esconderijo antes de morrer. Martim de Freitas
- Quem és tu? O que fazes aqui? – perguntou o Dinis surpreendido.
conseguiu de facto concluir a sua missão, e hoje, é visto como um grande homem.
- Euuu..eu não sei... - gaguejava - estou extremamente perdido. Onde é que eu estou? - Estás numa escola, na Martim de Freitas. afirmei.
Sara Alves, nº27, 8º B
Viagem ao Presente
Era o ano de 2021, estava um dia ensolarado e
nome da escola onde estudavam. Ele parecia
as folhas das árvores reluziam. Os alunos do 8ºC,
bastante rude, mas logo descobriram que a sua
calados e atentos, estavam a ter aula de história.
atitude era provocada pelo medo.
Eis que surgiu, de repente, à porta da sala, um
Então, começaram as perguntas: “Como veio
homem alto, barbudo, com roupas da Idade Média
parar aqui?”, “Utilizou algum tipo de dispositivo
e com uma cara muito confusa. Os alunos viraram-
para viajar no tempo?”…
se imediatamente muito espantados com o que
O homem ficou tão assustado que paralisou. A
acabavam de ver. Após alguns segundos de
professora pediu aos alunos para se acalmarem e
silêncio, um burburinho começou a percorrer a
explicou a Martim de Freitas onde estava e em que
sala inteira, espalhando-se mais rápido que um
século estava.
vírus.
Depois desta explicação, o homem ficou
A professora perguntou ao homem como se
tranquilo. Os alunos perguntaram à professora se
chamava e se precisava de ajuda, ao que ele
podiam fazer uma visita guiada com ele pela
respondeu:
escola, ao que a professora acedeu.
- Eu sou Martim de Freitas, 3º Senhor da Honra
Por fim, despediram-se do patrono da escola e
de Freitas, vassalo e confidente de D. Sancho II, e
ele voltou para o seu tempo, satisfeito pelo legado
exijo saber onde estou!
que deixara.
Todos os alunos estavam curiosos para saber mais sobre aquela figura, uma vez que tinha o
Filipa Gomes, nº9, 8ºC
A viagem da antiguidade
Estava eu a regressar à escola, depois de alguns meses em confinamento, sem ver os meus
trajes deslumbrantes, vermelhos e pretos, e com sapatos elegantes.
amigos, sem ter aulas presenciais e sem poder
Espantados, todos disseram em voz alta:
sair de casa. Era bom poder voltar a revê-los e
- UAAAAUUU!
contar-lhes o quanto estava feliz por poder
Todos estavam encantados e mal conseguiam
regressar à escola. No recreio, depois da nossa primeira aula, estávamos a refletir sobre o facto de, antigamente,
expressar-se ou dizer alguma palavra. O homem, porém, parecia assustado, confuso e encantado ao mesmo tempo.
as pessoas viverem tão pouco tempo, tão poucos
A minha amiga comentou comigo que aquele
anos. No meio da nossa conversa, surgiram-me
homem se parecia muito com Martim de Freitas e
algumas dúvidas sobre o porquê da nossa escola
pelos nossos fatos realmente só podia ser ele.
se chamar Martim de Freitas. Quando questionei os colegas sobre o meu pensamento, os meus
De repente, o homem desconhecido disse em voz alta e serena:
amigos encontravam-se na mesma situação que
- Eu sou Martim de Freitas, senhor desta terra,
eu: confusos e curiosos. Todos concordámos em
deste lugar, do chão que pisam com os vossos
ir à biblioteca tentar descobrir algo sobre Martim
pés. Vim de um lugar muito distante e longínquo e
de Freitas.
espero poder levá-los numa aventura comigo.
No dia seguinte, todos vieram de suas casas esclarecidos de todos os seus pensamentos e dúvidas em relação à história da nossa escola. No
Encerra-se este capítulo com uma pergunta bastante interessante: - O que acham? Nós devemos aceitar ou não!?
meio da nossa discussão, viu-se uma luz ofuscante vinda do além que quase nos fazia cerrar os olhos. De lá veio um homem alto com
Lara Marques, nº 16, 8ºC
Martim de Freitas no presente Martim de Freitas era uma personagem da Idade
- Agora deixe-me entrar para eu ir ver os alunos
Média que, com uma evolução da tecnologia,
a estudarem na escola com o meu nome - pediu
conseguiu criar uma máquina do tempo e viajar
Martim de Freitas.
para o nosso presente para fazer uma surpresa à escola de que é patrono.
Entrando, na escola, foi de sala em sala saudando os alunos, até chegar à sala onde eu e
A viagem foi bem atribulada. Quando chegou,
os meus colegas nos encontrávamos a fazer uma
ficou com algumas tonturas, não sabia onde
apresentação sobre ele mesmo. Ao entrar na sala,
estava, mas logo reconheceu a Cruz de Celas. Foi
todos ficaram surpresos: por um lado, os alunos
andando, andando, até encontrar a escola Martim
por o vê-lo e, por outro, ele próprio por ver que os
de Freitas.
alunos ainda o reconheciam. Ele ficou muito feliz
Quando chegou mais perto, estava um silêncio
o resto do dia por saber que, mesmo depois ter
na escola, mas viu logo uma funcionária, que o
passado tanto tempo, eles ainda reconheciam o
reconheceu:
grande homem que ele tinha sido.
- Martim de Freitas, é mesmo o senhor? – perguntou-lhe ela. - Sim, sou eu, o verdadeiro Martim de Freitas respondeu Martim de Freitas.
Algum tempo depois, chegou a hora de se ir embora com uma grande alegria no coração. E foi assim que Martim de Freitas voltou ao presente e à escola de que era patrono.
Olavo Araújo, 8ºC
A História de Martim de Freitas
Ontem, entrei na vida de muitas crianças. Comecei desta maneira:
Como não podia governar, tivemos de achar outra solução que foi chamar o seu irmão D. Afonso III.
- Olá, crianças, eu sou o Alcaide-Mor, Martim de
No início não me agradou a ideia, pois eu confiava
Freitas e sou a principal razão para a vossa escola
em D. Sancho e, para além disso, D. Afonso,
ter este nome. Muitos de vocês estão a achar
parecia ter um coração frio, por isso não lhe
estranho eu estar assim vestido, mas era assim
entreguei de imediato as chaves do castelo. Até
que, no meu tempo, as pessoas se vestiam, com
que chegou a Portugal a notícia de que D. Sancho
calças e camisolas rasgadas… Mas chega de falar
tinha falecido. Por momentos não acreditei e foi
do vestuário e vamos começar a falar de
por isso que tive de ir a Castela confirmar se era
antigamente.
verdade e, para minha tristeza, era. Levava
Reparei logo no olhar de curiosidade das
comigo as chaves do castelo que, por instantes,
crianças e prossegui: “Tudo começou há muitos
poisei sobre o seu cadáver, mas sabia que, lá no
séculos. Estava a governar Portugal D. Sancho II,
fundo, tinha de entregar as chaves a D. Afonso III
desde muito novo, ele tinha cerca de treze anos
e foi isso que fiz quando cheguei a Coimbra”.
quando começou a governar. Na flor da idade,
Acabei a visita, dizendo aos alunos:
nomeou-me Alcaide-Mor do Castelo de Coimbra.
- Esta é história da vossa escola, espero que
Vi o rei a crescer, mas também o vi a envelhecer.
tenham gostado e nunca se esqueçam de amar as
Já era velho, ele já não tinha capacidade para
pessoas tal como eu amava D. Sancho.
continuar a reinar, então ele tomou a decisão de ir para Castela, mais precisamente para Toledo.
Laura Lopes, 8ºA
A visita de Martim de Freitas
Estávamos num dia de temperatura amena e, no
Passado algum tempo, Martim de Freitas
final de uma aula de Português, fomos para o
começou a contar histórias da época em que era
intervalo do almoço. No fim de comermos, abriu-
alcaide, do que tinha sucedido entre D. Sancho II
se um portal no meio do campo e de lá saiu, nem
e D. Afonso III e como nunca tinha deixado de ser
mais nem menos, Martim de Freitas! Tanto eu
leal a D. Sancho II, nem mesmo após a morte do
como a minha turma ficámos surpreendidos ao ver
mesmo.
aquele homem de cabelo castanho como uma
Descobrimos também que a causa de ele estar
avelã, olhos verdes como a relva e roupas que,
aqui tinha sido um projeto que estava a ser feito e
definitivamente, não eram deste século.
teve uma falha, abrindo um portal. Ele estava
Imediatamente o reconhecemos, pois era o
muito contente, pois estava vivo outra vez, mas
patrono da nossa escola e dirigimo-nos a ele ainda
sabia que quando voltasse ao seu tempo iria de
estupefactos, porque, supostamente, ele tinha
novo estar morto.
morrido em 1248. Quando nos aproximámos,
Passada talvez uma hora, o portal voltou a abrir-
conseguimos perceber o medo nos seus olhos,
se e Martim de Freitas despediu-se de nós e
mas dissemos-lhe quem éramos e que estava em
entrou nesse portal.
2021. Ele perguntou-nos o porquê das máscaras
Amámos a experiência com Martim de Freitas,
e respondemos que estávamos a viver uma
um nobre extremamente simpático e amável. Esta
pandemia e que as máscaras eram a nossa
foi definitivamente uma experiência a recordar.
proteção. Joana Mateus, nº 10, 8ºA,
Os relâmpagos marítimos E lá andava eu! Um destemido cavaleiro a
De imediato fez-se silêncio, ficámos quietos,
velejar nos sete mares, louco por aventura e com
muito quietos e calados. Tinha falado o experiente
sangue de aventureiro! Encontrava-me no meio
Capitão e nós olhámos uns para os outros,
daquele mar imenso, num navio repleto de
acenámos com as nossas cabeças e sem hesitar
peregrinos e com o seu corajoso Capitão.
seguimos as suas ordens. Alguns homens corriam
Tudo parecia muito calmo e tranquilo, as águas
com troncos de madeira para consertar as partes
serenas e quietas e a brisa soprava suavemente.
estragadas, outros baixavam e subiam velas às
Até que, de repente, o vento soprou mais forte, o
suas ordens e, no meio daquilo, as ondas,
céu escureceu, as nuvens ficaram pintadas de
relâmpagos e o vento ficavam mais inquietos e
negro. Eu fiquei nervoso e os peregrinos também,
perigosos.
mas o Capitão manteve-se impávido e pensativo, como se ele fizesse aquilo todo o santo dia.
Subitamente, um desses relâmpagos acabou por acertar numa das velas. O Capitão, aquela
Não havia demorado muito até que o mar se
figura imponente, deu ordem para conserto e nós,
agitasse. Ondas de dez metros, umas atrás das
sem hesitar, cumpríamos os seus pedidos, agora
outras embatiam na embarcação, com toda a sua
ordens.
força, como se não houvesse amanhã. Alguns
Tal como tinha começado aquela tempestade,
momentos depois, gotículas de água começaram
também acalmou e nós acabámos por escapar. O
a cair do céu, juntamente com grandes feixes de
navio, muito destruído, manteve-se de pé, tal
luz acompanhados de um estrondo ensurdecedor.
como o bravo Capitão.
Assustados, chorosos, em grande sofrimento
Estava a tremelicar de medo, horror e espanto,
pensavam que iriam ali morrer. Corriam de um
mas também de orgulho naquele homem, que nos
lado para o outro, em pânico, gritando e rezando,
salvou a todos e sem o qual não teríamos
até que…
sobrevivido.
-Ouçam bem, seu bando de lesmas marítimas! Vocês querem seguir as minhas ordens e ficarem vivos ou serem o prato principal dos tubarões de hoje?
Uma coisa sei…jamais esquecerei aquela viagem! Duarte Gonçalves Tavares, nº6, 7ºA
Uma aventura com o animal de estimação
Leonor e o seu irmão Guilherme jogavam xadrez para se entreterem dentro de sua casa no verão.
- SIM! - gritaram em coro. Depois de alguns minutos de discussão, Leonor
- Cheque! - anunciou ela, triunfante.
teve uma brilhante ideia. Chamar-se-ia Chocolate,
Ele, apesar de ter sete anos, conhecia o xadrez
como a cor do seu pelo belíssimo.
melhor e era esperto. Retirou o seu rei, comendo a rainha da irmã. Restavam dois reis.
No dia seguinte, os três saíram de casa para passear o Chocolate e encontraram uma das
- Empate. Boa tentativa, mana - concluiu.
antigas colegas de Leonor, que também tinha
Ela arrumou o jogo.
recebido um cachorrinho recentemente.
A mãe deles entrou na sala com um pacote nas mãos.
- Leonor! Por favor, ajuda-me! O Rocky entrou dentro da escola, mas nós não podemos entrar
- Meninos, cheguem aqui - pediu-lhes ela.
nela, a senhora da portaria diz que estou a
Os dois levantaram-se e foram ter com ela,
inventar e que nenhum cão lá entrou.
curiosos. A mãe pôs o pacote misterioso no chão. Leonor
Enquanto isso, Chocolate farejava Mariana e entrou também.
abriu-o depois do consentimento da mãe e não
- Chocolate! NÃO!
acreditou no que via: um cachorrinho “labrador
Os quatro lamentavam-se, quando Chocolate e
retriever”. O seu pelo era castanho brilhante como o
Rocky passaram as grades e vieram ter com eles. - Rocky!
chocolate, os seus olhos eram também castanhos,
- Lindo menino, Chocolate.
e tinha o olhar mais ternurento do mundo.
Convidaram Mariana para vir lanchar em sua
Eles estavam à espera de um cão há anos e estavam felicíssimos. Ela quase chorou.
casa e Rocky e Chocolate brincaram juntos a tarde toda.
- Querem dar-lhe um nome? - perguntou-lhes a mãe.
Leonor Santos, nº 15, 7ºB
Peregrinos do Conhecimento Assim que vi o pinheiro, uma sensação de
Assim fiz. Falei-lhe de tudo o que vivi, o medo, a
alegria e alívio percorreu-me o corpo. Ao longe
frustração, a determinação, a felicidade que senti.
ouviam-se os sinos da igreja, ding dong, ding
Contei-lhe todas as histórias que ouvi. Descrevi-
dong. No total doze, as doze baladas, pois era
lhe tudo o que vi: os vales verdejantes, as
meia-noite, e eu tinha conseguido cumprir a minha
montanhas com neve branca como açúcar, os rios
promessa graças aos anjos que me guiaram.
espelhados
de
Veneza
e
as
monstruosas
Abri a porta e fui recebido em grande euforia: a
construções de Itália. Ensinei-lhe tudo o que
minha mulher chorava aliviada, os meus filhos
aprendi, a matemática, a física, a arte, a cultura e
pararam de brincar, os criados saíram da cozinha,
a história. Quando acabei, ele disse-me:
os
meus
amigos
vieram
cumprimentar-me.
Estavam todos ali, todos os que amo.
ouvirei, virei e viverei tudo o que ouço de ti.
Sentámo-nos à mesa a comer, a rir e a aproveitar
os
momentos
juntos.
- Papá, um dia irei à Terra Santa tal e, como tu,
Horas
E assim dois anos após a partida do cavaleiro,
se
este voltou a partir, desta vez com seu filho. Não
passaram, a casa pulsava de felicidade, até que
procuravam o perdão pelos pecados, mas sim o
um dos meus filhos, Xerófito, perguntou:
perdão pela ignorância. E juntos, pai e filho,
- Papá, conta-nos como chegaste cá, conta o
partiram em busca do conhecimento.
que aprendeste e viste. Ana Filipa Carvalho Simões, nº4, 7º G
TEXTOS POÉTICOS
Saúde e bem-estar Saúde e bem-estar é do corpo cuidar. A nossa maior riqueza É a saúde cá estar.
A viagem Quando na cabeça algo não anda bem,
Hoje é dia de escolher,
não estão em lugar algum
Onde vamos viajar,
também.
Holanda, Tóquio, Japão Talvez Caraíbas visitar.
Apagar más memórias e viver novas histórias!
Fazer as malas,
regar a mente
É sempre uma animação,
é refletir novamente!
andamos de um lado para o outro, Ai meu Deus,
Estar bem com a vida
Que agitação!
é amar e reconhecer que a saúde tem sempre
Temos de despertar cedo
sim sempre, que permanecer!
Para o aeroporto ir. Acordo com tanto sono,
Maria Marques, nº12, 5ºA
Que no carro vou a dormir.
Chegados ao aeroporto, Espera-nos o avião, com medo de o perder lá vamos nós a correr.
Finalmente no ar, Já podemos descansar, Espreitar pela janela, a paisagem observar, um sonho a concretizar num país a visitar!
Luana Branco, nº15, 6ºD
O cão Ele não é humano, Apenas quer brincar, Dele eu gosto tanto E nunca pararei de gostar!
Quando estou triste, Companhia vem-me fazer Põe-me logo a sorrir,
O sonho
Mal me começa a lamber.
Chega a noite, vou para a cama,
Quando lhe cheira a comida,
Fecho os olhos pr’a descansar
Vem a correr pr’a petiscar.
Em pouco tempo adormeço
Se não lhe dou nada,
E começo a sonhar.
Começa logo a ladrar!
Ontem, fui um dragão,
O quatro patas rafeiro,
Com filhos a ensinar,
Sempre tão brincalhão,
Eram tão pequenos e fofinhos
Uma amizade nos une,
E eu, pobre de mim,
Meu amigo e companheiro
Sem chama para os treinar.
Em horas de solidão
Esta noite fui uma princesa,
Luana Branco, nº15, 6ºD
Linda, mas a chorar. Estava sozinha e tão triste Sem ninguém com quem brincar.
Com tantos sonhos sonhados, Uma certeza eu já tenho, Sei que não posso escolher O que de noite vou imaginar, Dragões, princesas, soldados Tudo pode acontecer e vai ser lindo, podes crer!
Luana Branco, nº15, 6ºD
TEXTOS DESCRITIVOS
RETRATOS
Bruno um homem já de certa idade, alto e
Era inteligente e curioso, gostava de ler sentado
magro, com uns olhos amendoados e azuis da cor
numa pedra retangular e recordava-se de, em
da roupa, rosto expressivo, ficava a ler. Com um
criança, esperar ali para ir para a escola.
boné a tapar a peruca que parecia um jardim queimado, umas sobrancelhas da cor do carvão e umas mãos magras e compridas que seguravam o jornal.
Alexandre Jesus, n.º 1, 5ºA
Diogo Aveiro Marques, mais conhecido por
No dia em que o conheci na escola, vi que usava
Dylan, de 12 anos de idade, feitos no passado fim-
camisola de manga cava às riscas verdes com
de-semana, era o famoso rapper da escola Martim
uma terminação no pescoço e braços cor-de-rosa.
de Freitas.
Lembrava-me uma viçosa melancia! Trazia umas
Era muito simpático e bem-comportado nas
calças de ganga azuis claras e a sua camisola
aulas. Às vezes, parecia um pouco tímido, mas,
estava por dentro das calças. Dylan gostava muito
quando cantava, era extrovertido e alegre. As suas
de colocar as suas mãos compridas dentro dos
músicas falavam de coisas sérias a brincar porque
bolsos. Para mim, ele não parecia nada um
Dylan era esperto e brincalhão.
rapper, porque nem usava boné, nem phones,
Tinha 1,56m, era moreno, magro e levezinho
nem aqueles acessórios que os rappers gostam
como uma pena. Esta característica permitia-lhe
tanto de usar! Depois de o conhecer melhor, a sua
dançar
cantava.
simpatia, atitude e performance fizeram com que
Apresentava cabelo curto acastanhado, rosto
nos tornássemos grandes amigos e agora não
redondo ovalado, olhos azuis brilhantes da cor do
perco um concerto dele!!!
ao
mesmo
tempo
que
mar e nariz comprido, com duas narinas que pareciam mini-bolinhas de ping-pong. A sua boca era
sorridente
e
os
lábios
vermelhos
assemelhavam-se a gelatina de morango.
Diogo Sequeira, n.º 4, 5ºA
Com cabelo ruivo e olhos azuis, Roberta, uma
Como ela andava sempre vestida de preto,
rapariga tímida, mais ou menos com 18 anos de
parecia que queria ir a algum funeral ou, então,
idade, passeava pela rua com os ombros
não queria dar nas vistas...
descaídos e o olhar cabisbaixo. Parecia que não procurava atenção, mas até
Na minha opinião, é uma personagem bastante atraente e confiante.
tinha uma grande cabeleira que fazia com que não
Só tenho uma pergunta: se ela tinha o cabelo tão
passasse despercebida. E aquele cabelo estava
farto, então por que é que ela não se protegia do
completamente enrolado. Até parecia um novelo
sol? (Bem, parecia que ela tinha um escaldão no
emaranhado!
pescoço. Por isso…).
Talvez ela quisesse pôr-se na moda, com aqueles brincos em forma de argola…
Laura Costa, n.º 7, 5ºA
A Ana é uma jovem com cerca de 23 anos.
seus amigos. Quando isso acontece, fica muito
Ela é uma rapariga esbelta, alta e magra.
ansiosa e triste porque, afinal, não consegue lutar
Estuda psicologia na Universidade, em Londres.
por aquilo em que acredita.
Tem uns lindos cabelos ruivos como o pôr do sol
O seu melhor e mais fiel amigo é o cão Caracol
num dia quente de verão, uns belos olhos azuis da
de pelo branco, fofo e macio. Quando está com
cor do mar e uns lábios tão encarnados que
ele, a Ana encontra a calma e tranquilidade que
parecem um morango. O seu pequeno nariz é
tanto
arrebitado. Dele e das suas bochechas surgem
atribulados.
umas
pequeníssimas
sardas
que
precisa
nos
dias
mais
cinzentos
e
parecem
formigas a andar de um lado para o outro. Ela sempre foi verdadeira, simpática, honesta e justa pois não quer que as pessoas façam mal aos
Laura Rodrigues, n.º 8, 5ºA
Anabela é uma jovem de vinte e quatro anos.
É muito simpática e calma, mas, por vezes, irrita-
Tem cabelo curto e encaracolado que chama à
se quando o seu cachorro não para de latir. Apesar
atenção pela cor ruiva. O seu rosto é comprido e
de ser muito tímida, quando convive com os seus
expressivo. Os seus olhos são pequenos e azuis
amigos próximos, transforma-se numa pessoa
como o mar, com pequenas pestanas negras. Tem
muito extrovertida.
um nariz fino e arrebitado, coberto por muitas sardas. Apesar de pequena, a sua boca mostra sempre um sorriso.
Maria João Lemos, n.º 10, 5ºA
O senhor Alfredo morava numa pequena aldeia. Todas as tardes costumava ir ler o seu jornal para
Calçava umas antigas alpercatas de cor negra como o carvão.
um pequeno recanto. Sentava-se num muro de
Na cabeça, usava uma boina azul. Tinha no
pedra e era nessa altura que todos os habitantes
rosto um pontiagudo e estreito bigode, um nariz
costumavam dizer que ele “desaparecia” ...
pequeno e uma boca curta. Expressava sempre
Tinha olhos pequenos, atentos e bondosos, era baixo, mas mostrava um grande sentido de humor.
enrugadas. Alfredo, apesar de idoso, adorava ler, pois era o
Utilizava no seu corpo fino uma larga bata azul e, nas
boas emoções nas feições já envelhecidas e
pernas
desbotadas.
curtas, umas
que mais fazia quando era criança...
leves calças Maria Marques, n.º 12, 5ºA
O Rodrigo é um jovem alto, franzino e
macias como o algodão, da parte de baixo suas
bonito. Seu cabelo é liso como uma folha de papel,
calças azuis clarinhas como a água da nascente.
curto e preto, rosto oval e expressivo, pele tão
O jovem é calmo e sereno como a brisa do mar e
clara como a luz das estrelas, olhos brilhantes
simpático. Aparenta ser distraído e só querer
como o sol, pestanudos e pretos como carvão, seu
brincadeira. Tem ar de ser bom rapaz como eu.
nariz arrebitado e boca pequena de lábios finos. Tem vestido uma camisola às riscas verde escuro e claro como a erva pura e bordas rosa,
Martim Afonso, n.º 14, 5ºA
Todos os dias, à saída da escola, passava por
A postura era tranquila, calma, com ar tímido e
um senhor a ler o jornal que me lembrava o meu avô.
pacato. A forma como lia o jornal, delicadamente,
De cabelo curto, nariz estreito, boca pequena e bigode de cor branca e cinza, o seu rosto comprido, assemelhava-se a uma pessoa de origem oriental.
expressava
uma
personalidade
pacífica
e
simpática. Talvez fosse um homem apreensivo, ou mesmo triste.
Os pequenos olhos, sempre direcionados para o seu jornal, pareciam alimentar-se de palavras!
Nuno Cardoso, n.º 16, 5ºA
É uma rapariga jovem de estatura bem
Na orelha esquerda, sobressai uma grande
composta. O seu rosto é bolachudo, com sardas e
argola cinzenta e veste uma camisola de malha
faces coradas. Os olhos são azuis e brilhantes
preta.
como a água do mar iluminada por raios de sol. Tem um narizinho pequenino e arrebitado e a boca
Parece ser simpática, calma, mas envergonhada e de poucas palavras.
é pequena, com lábios finos rosados. Tem uma grande cabeleira encaracolada, de cor ruiva e corte curto.
Os
seus
Francisco Dinis, n.º 10, 5ºC
cabelos
são
curtos,
ruivos,
Ao olhar para esta imagem, penso que esta
encaracolados. Salientam os seus brincos. O seu
senhora é uma gerente de negócios bem-
rosto é fino e de bochechas rosadas. Tem um
sucedida, mas que está muito longe da sua família
aspeto cuidado e sem rugas. Os seus olhos são
e, por isso, encontra-se um pouco triste. Aparenta
tão pequenos que não distingo a sua cor, o seu
ser uma pessoa sensível e magra, mas de carácter
olhar é distraído e triste. Tem um nariz estreito e
forte para atingir os seus objetivos profissionais.
arrebitado que combina com os seus lábios finos,
Concluindo, gostava de chamar-lhe Maria Vitória
mas bem definidos cor de pêssego. O pescoço é
porque todas as mulheres são Marias e vitória
esguio, sem adereços de moda, traz uma blusa de
pelas conquistas no âmbito familiar e profissional.
cor preta. Gabriel Gonçalves, n.º 11, 5ºC
O rapaz entrou na sala. O seu nome é Noah e
É um rapaz simpático, honesto, inteligente,
tem 10 anos. É um rapaz bonito, de cabelo curto,
muito extrovertido e falador e que, por vezes, é um
castanho e com franja. Os olhos são expressivos,
bocado irresponsável! Faz-me lembrar a minha
de cor preta e o seu nariz é saliente. Tem uma
prima que também é muito extrovertida e fala
boca pequena com lábios finos. É magro e de
pelos cotovelos!
corpo franzino. Nicole Sousa, n.º 18, 5ºC Tinha chegado o Outono… Tudo à minha volta
A Joana não me parecia uma daquelas miúdas
me dizia que era assim: o ar mais frio, as folhas
vaidosas que só pensam em estar fashion. Pelo
laranja, o cheiro a erva seca e até as pessoas.
contrário, tinha um aspeto muito descontraído,
Quero dizer, a pessoa. Pois era a única que se via
mas confesso que fiquei a desejar ter uma
em todo o parque. Já a tinha visto na minha rua.
camisola
Lembrei-me que o seu nome era Joana. De
iguaizinhas às dela!
preta
e
umas
argolas
de
latão
estatura média, aparentava ter uns 20 anos. O seu
Tudo nela parecia misturar-se com a paisagem.
rosto era jovem, mas pálido. Parecia até
Tão tímida, calma e delicada, parecia uma boneca
inexpressivo, como se os seus pensamentos
de porcelana, esquecida num parque numa tarde
estivessem noutro lugar qualquer. Os seus lábios
de Outono.
finos e rosados contrastavam com o ruivo do seu cabelo encaracolado. Os olhos azuis olhavam para o lago do parque, onde nadavam dois patos-
Olívia Madeira, n.º 18, 5ºC
reais.
Vou falar-vos de um amigo meu chamado Larry, também com dez anos, e que, tal como eu, é de cor castanha.
praia, os pelos do seu corpo ficam como os meus, dourados pelo sol. Ainda não vos disse, mas o meu amigo Larry é
Rapaz inteligente e curioso sobre o mundo que
alto, elegante e bonito, daqueles amigos que eu
o rodeia, energético desde que acorda até ao
me orgulho de ter. Habitualmente com um ar
deitar, parece o flash pela velocidade que tem
honesto e verdadeiro de quem não mente e eu
para fazer tudo. O cabelo dele curtinho, com
gosto muito disso. Calmo, bom confidente,
caracóis pequenos e cor castanha, lembra-me
passamos horas em longas conversas e ele sabe
África. O seu rosto, sempre doce e expressivo,
tão bem guardar os meus segredos. Às vezes, dá
com uns olhos capazes de falar sem verbalizar. O
nas vistas e faz palhaçadas para que olhem para
nariz achatado, típico da raça negra, dá-lhe um ar
ele e isso é a coisa que eu menos gosto dele.
divertido.
A
boca
é
carnuda,
vermelha
e
O Larry é um amigo de que eu gosto muito e que
sorridente, mostrando bem o que ele sente e o
não me arrependo de acompanhar. Já partilhámos
modo brincalhão como lida com os outros. A sua
muitos momentos juntos e ele é como se fosse um
pele de cor castanha parece sempre brilhante e
irmão para mim.
macia como a minha. No verão, quando vamos à
Rodrigo Almeida, n.º 20, 5ºC
A imagem da menina com a camisola às riscas
costume. Esta rapariga adorava companhia para
verdes lembra-me a minha amiga Sofia que
as suas brincadeiras. A sua boca era muito grande
conheci nas férias de verão há quatro anos atrás.
e cheia de sorrisos. Nunca estava fechada,
Na altura, ela tinha uns 5 anos, mas parecia muito
sempre a falar! Tal como na imagem da menina, a
mais velha. Era muito alta e cheia de energia. Não
Sofia tinha o cabelo curtinho, castanho escuro e
parava quieta. Por ser tão extrovertida e faladora,
liso, o que lembrava um rapaz. Ela era uma
era ela, na maior parte das vezes, quem decidia
verdadeira Maria-rapaz e o seu sonho era ser
os jogos e brincadeiras.
futebolista.
Os seus olhos eram castanhos muito escuros, grandes e expressivos, que refletiam felicidade quando nos encontrava na praia, no sítio do
PAISAGEM
Maria Luís Garcia, n.º 29, 5ºF
O céu é azul, da cor do mar, de que só se vê uma pequenina parte, pois está cheio de nuvens
estrada cinzenta que vai dar a um cais, passando pela habitação anteriormente descrita.
que parecem algodão, tão brancas como a neve e
Esse cais é feito de pedra, com uma rede à sua
tão fofas como um peluche. A montanha rochosa
volta e com um rochedo atrás de si, parecido com
é tão alta que quase chega às nuvens.
a montanha.
Em cima dela está um bonito farol, um pouco vermelho com um pequeno apoio no alto para as pessoas que nele trabalham não caírem.
À frente do cais estão alguns rochedos e alguns barcos de várias cores. O oceano que rodeia esta parte da ilha é tão azul
Também há um muro branco que se prolonga um pouco para a frente e depois desce a montanha.
como o céu. No lado de cá da montanha, há uma rede a cercar a estrada para eventualmente prevenir
Na parte de baixo da mesma, existe uma casa
acidentes com carros.
branca pequena encostada à montanha com uma garagem ao seu lado. À frente dessa casa há uma
Lia Sequeira, n.º 9, 5ºA
Localizada na ilha da Madeira, a Vila de Câmara
horizonte e se confunde com o céu. Que belo é o
de Lobos ilumina-se com a sua beleza. Beleza
mar!
simples criada pela natureza. Ao longe vê-se um
No cimo do promontório ergue-se um colorido
enorme conjunto de rochas, de cor cinzenta
farol, pintado de branco com riscas vermelhas. É
brilhante onde o sol bate iluminando ainda mais o
um farol muito alto.
cinzento das rochas. Nestas nascem pequenos
No mar, barcos grandes e pequenos de
arbustos verdes, radiosos e que, na Primavera, se
várias cores tornam a paisagem ainda mais bonita.
iluminam com pequenas flores de várias cores,
À noite, quando o farol se acende, as cores
vermelhas, cor de laranja, amarelo, tantas cores
desta paisagem ganham vida. No céu, as nuvens
que ainda tornam a paisagem mais bonita.
dançam com as luzes do farol.
Este conjunto de rochas que entra pelo mar chama-se
promontório
e
permite
ter
uma
magnífica vista sobre o vasto Oceano Atlântico,
Assim é a paisagem de Câmara de Lobos, um sítio único, agradável, cheio de vida e que nos faz sonhar.
enorme e de um azul profundo que se perde no Santiago Castanheira, n.º 18, 5ºA
O céu azul, imenso azul, ao longe confundindo-
Veem-se uns barcos pequenos distribuídos
se com o mar e acrescentando as nuvens que
pelas águas da costa e uma entrada para pegar
parecem um campo lavrado.
num e navegar.
Ao lado direito, encontram-se umas rochas muito escuras, há uma barreira com um posto de
Que bonita paisagem! O mar está calmo e faz lembrar a linda costa de Faro, onde nasci.
vigia. Da base da rocha sobem umas escadas que vão em direção a um farol vermelho e branco.
Tiago Sant’Ana, n.º 19, 5ºA
Numa bela e pacífica manhã, o mar estava
branca e acabava num farol da mesma cor. Todas
sereno, não batia nas rochas, mas havia um odor
as obras ali construídas pelo ser humano eram
muito forte no ar a maresia, frio e fresco como uma
brancas e vermelhas. As rochas eram de um tom
brisa a passar pela cara pela primeira vez. Não se
castanho alaranjado. Havia um cais feito de
viam as gaivotas no ar nem os peixes a nadar. O
madeira que saía das rochas como se fosse o bico
único ruído que havia era o da respiração. Lá ao
da ilha. No cimo do farol, o ar era fresco, frio e leve.
fundo, havia algumas rochas solitárias e rugosas
Parecia que conseguia tocar nas nuvens.
que estavam molhadas pelo mar. Não havia
No
céu
havia
duas
nuvens
grandes
e
poluição e, assim, refletia-se a total grandiosidade
transparentes com alguns buracos. Na separação
do céu. Nem o sol batia na água. Por isso, estava
havia uma única nuvem. Esta era mais espessa e
fria como a neve.
pequena e parecia uma chucha branca. O céu era
Junto à água havia uma pequena ilha que se
azul-safira. Não havia sol nem muita luz, mas a
refletia na água, como se ela estivesse junto a um
suficiente para se ver claramente, antecipando
espelho. As pedras eram rugosas e duras, faziam
uma noite calma.
um chão plano, apesar de, ao longe, haver uma grande elevação. Esta só era acessível por uma
Tomás Chung, n.º 20, 5ºA
escada que começava numa pequena casa
Ao chegar ao cais de Câmara de Lobos, surge-
À direita, vemos um ilhéu, uma rocha imponente,
nos, em primeiro plano, o mar sereno, tranquilo de
escarpada e rugosa, no cimo da qual se avista um
águas quentes a beijar as pedras do calhau. Nele
farol. Este, embora pequeno, está sempre de
flutuam
vigia.
pequenos
e
coloridos
barcos
de
pescadores, denominados xavelhas. Mais ao fundo, o mar calmo parece misturar-se
Esta
paisagem
desperta
sentimentos
de
tranquilidade, alegria e saudade.
com o céu brilhante e azul decorado com nuvens brancas que lembram algodão.
Lara Freitas, n.º 15, 5ºC
Vejo uma montanha com profundos vales, picos
Este cabo tem ligação com o Oceano, onde se
altos e uma falésia. Tem um cabo alongado e
encontram alguns barcos de pesca, fazendo uma
pouco elevado. No topo da montanha, encontra-se
junção entre o azul do mar e o branco das nuvens.
um farol o qual possui umas escadas brancas que rasgam as rochas.
Leonor Castanheira, n.º 16, 5ºC
Na minha primeira manhã em Câmara de Lobos,
paredes rugosas. No meio do rochedo existia uma
acordei bem cedo, abri as janelas, inspirei o ar
escada branca que levava a uma espécie de farol
puro e refrescante que me batia no rosto e fiquei
velho ou uma torre de controle para detetar
ali a apreciar a maravilhosa paisagem.
(supostamente) se o mar estava calmo ou não.
O céu estava pintado com vários tons de azul e
Por baixo, o mar imenso tinha uns barcos
um manto de nuvens brancas pairava sobre ele.
pequeníssimos que de longe pareciam pequenas
Eram nuvens tão finas, mas tão finas que
rochas a flutuar sobre as águas calmas.
pareciam a espuma de uma onda vinda do mar. Por outro lado, essas mesmas nuvens pareciam
Fechei a janela e senti uma grande paz e alegria por toda aquela natureza que vi no meu olhar.
estar divididas em duas, como se o céu fosse um rio e as nuvens as suas margens.
Dinis Simões, n.º 6, 5ºF
Mais ao fundo, à direita, um rochedo alteroso, como uma montanha carbonizada em suas
Neste local observa-se uma costa de rochas
no céu e que se mexem devagarinho por lá. Um
acinzentadas e escarpadas com barcos, casas e
local calmo e lindo onde o silêncio predomina e
um farol belíssimo e firme rodeado de um mar
apenas se ouvem as ondas a bater nas rochas.
cristalino e azulado. O céu é um azul mais claro com nuvens de algodão colocadas aleatoriamente
O verão tinha chegado ao cais da Câmara de Lobos, na Madeira. Por cima do cais, o céu estava azulado, cheio de nuvens altas que pareciam algodão doce. Nas rochas rugosas, no lado direito, havia um
João Perpétuo, n.º 15, 5ºF
O cais estava muito calmo, mas o cheiro a sal do peixe ainda estava no ar. No pontão do cais não se via ninguém. Talvez a hora tardia e a festa que começava na cidade tenham afastado todos do cais.
farol tão pequeno que parecia uma casa para anões. Não havia ondas e, em primeiro plano, os
Maria Flor Loureiro, n.º 21, 5ºF
barcos de todas as cores nem se mexiam...
Naquele dia, Câmara de Lobos apresentava uma tranquilidade impressionante! Via-se um grandioso céu azul, com imensas nuvens como o algodão doce das feiras populares.
barcos de pesca depois de um dia de trabalho árduo. As imponentes rochas escuras que suportavam o farol que quase tocava no céu.
O mar parecia estar adormecido, tal era a calma das suas águas onde descansavam pequenos
Rita Batista, n.º 26, 5ºF
TEXTOS DE OPINIÃO
Relativamente às desvantagens, o ensino à
Ensino à Distância: vantagens e
distância pode ser difícil para os alunos que não
desvantagens
têm o equipamento e uma ligação de internet que lhes permita acompanhar as aulas. Por outro lado, Passámos do ensino presencial para o ensino à
nem
sempre
as
condições
para
ouvir
os
professores a dar/explicar as matérias são as
distância. A pandemia implicou muitas mudanças no nosso
melhores. Isto faz com que não aprendamos da melhor forma.
dia-a-dia, inclusive na forma de aprender. Na minha opinião, o ensino à distância tem as suas vantagens, mas também desvantagens. Quanto às vantagens, o ensino à distância permite-nos continuar a aprender de forma segura, o que, em tempos de pandemia, tornou-se
Por tudo isto, penso que o ensino presencial é aquele que tem as melhores condições para o ensino e para a aprendizagem, embora reconheça que em tempos de pandemia o ensino à distância tenha sido importante.
importante, uma vez que foi necessário manter o distanciamento. Uma outra vantagem é o facto de aprendermos no conforto da nossa casa, podendo Maria Leonor Maia Cardoso, nº11, 5ºA
gerir os horários com mais liberdade.
As desvantagens das aulas online
Seguidamente, os problemas na Internet são outra dificuldade nesta modalidade de
É importante para as crianças terem condições
adequadas
para
as
ensino, já que, muitas vezes os alunos não
suas
conseguem ligar o microfone, o que os leva a
aprendizagens. Na minha opinião, o ensino à
usar o Chat, o qual nem sempre é utilizado
distância não traz as condições necessárias
para assuntos importantes em relação à aula.
para as mesmas serem realizadas, logo não
Por último,
os alunos têm bastantes
vejo que tenha alguma vantagem.
dificuldades em aprender as matérias, uma
Em primeiro lugar, nunca se sabe o que os
vez que se podem distrair facilmente por falta
alunos estão a fazer, uma vez que podem
de um professor a impedir que isso aconteça.
desligar a câmara e o microfone, e ir realizar
É por todos os argumentos referidos
outras atividades, como, por exemplo: jogar
anteriormente que eu não concordo com as
no telemóvel, enviar mensagens e até mesmo
aulas online.
tirar fotos aos professores, sem que eles o saibam.
Alexandra de Oliveira Carreiro, nº3, 6ºH
© 2021