Guia do Torcedor - Nº 106 - Cruzeiro x América-MG - ABR/17

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Semifinal | Campeonato Mineiro

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Quiz do cruzeirão expediente Presidente: Gilvan de Pinho Tavares 1º Vice-Presidente: José Francisco Lemos Filho 2º Vice-Presidente: Márcio Rodrigues Silva Vice-Presidente de Futebol Bruno Vicintin Presidente do Conselho Deliberativo: João Carlos Gontijo de Amorim Diretor de Marketing: Marcone Barbosa Diretor Comercial: Robson Pires Gerente Comercial: Leonardo Meira Comercial: Jacqueline Dias Priscilla Gouvêa Raquel Correa Rose Beatriz comercial@clube.cruzeiro.com.br Conselho Editorial: Ana Flávia Nazaré Guilherme Mendes Textos: Bruno Mateus Edição: Bruno Faleiro Colaboração: Lucas Leite Mericks Mendes Projeto Gráfico e Diagramação: Rogério Vieira Vinícius Raposo Foto Capa: Washington Alves / Cruzeiro / Light Press

Se o Atlético-MG levou de 6 a 1 no Campeonato Brasileiro de 2011, o América-MG também foi atropelado pelo mesmo placar em um jogo válido pelo Campeonato Mineiro. Em que ano isso aconteceu? Dica: marcaram os gols Cleison, três vezes, Toninho Cerezo, Ronaldo e Macalé. a) 1992 b) 1993 c) 1994 d) 1995 Cruzeiro e América-MG decidiram o Campeonato Mineiro de 1992. A Raposa venceu a primeira partida por 3 a 2 e a segunda por 2 a 0. Todos os jogadores abaixo participaram da decisão, exceto: a) Luizinho b) Tôto c) Renato Gaúcho d) Nonato O treinador Matturio Fabbi, conhecido como “Capuccino Rosso”, foi responsável por levar o Cruzeiro ao primeiro tricampeonato mineiro de sua história. Em quais temporadas o técnico conseguiu esse feito? a) 1928-29-30 b) 1943-44-45 c) 1959-60-61 d) 1965-66-67 Essa é fácil e inesquecível. Em 2008 e 2009, o Cruzeiro enfrentou uma equipe de Belo Horizonte na final do Campeonato Mineiro. Sem dó nem piedade, o Maior de Minas encheu a mão e goleou o oponente por 5 a 0 na primeira partida das duas finais. Quem é o adversário em questão? a) Atlético-MG b) Clube Atlético Mineiro c) Atlético Mineiro d) Todas as respostas anteriores

Conteúdo produzido por: Cruzeiro Esporte Clube Respostas: c, b, a, d



\\\RAIO X

Estatísticas

cruzeiro x América-MG Na história do Campeonato Mineiro, Cruzeiro e América-MG já se enfrentaram mais de 200 vezes. A Raposa apresenta ampla vantagem no duelo.

219JogoS Vitórias: 100 Empates: 65 Derrotas: 54

640gols Feitos: 369 Contra: 271 Maior vitória celeste no confronto pelo estadual: Cruzeiro 8 x 1 América-MG (Estádio do Barro Preto, setembro de 1931) Gols: Niginho (4), Alcides (2), Bengala e Piorra

Semifinal Jogo de IDA

1 - 1 Domingo - 16/04/2017 - 16h Arena Independência

Jogo de volta

Domingo - 23/04/2017 - 18h Estádio Mineirão

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\\\Recordar é viver

Na realidade, um grande campeão Célio Lúcio e Douglas falam sobre a decisão do Mineiro de 1992, quando o esquadrão azul bateu o América-MG e venceu a competição de forma invicta A temporada de 1992 foi memorável para o Cruzeiro. No segundo semestre, a diretoria celeste reforçou o elenco com o zagueiro Luizinho, o volante Douglas, destaque da Raposa na década anterior, e o meia Betinho, que veio de Portugal. No ataque, Roberto Gaúcho e a estrela Renato Gaúcho completaram a lista. Com os grandes atletas que já faziam parte do esquadrão, estava formado o “dream team”, ou time dos sonhos, apelido que fazia referência à equipe de basquete norte-americana que ganhou ouro nas Olimpíadas de Barcelona com Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird e outros craques das quadras. Depois de uma maratona de jogos e da conquista do bicampeonato da Supercopa no fim de novembro, a Raposa ainda enfrentou quatro adversários em 10 dias até chegar à final do Campeonato Mineiro diante do América-MG. Para se ter uma ideia do poderio do esquadrão azul, o time que entrou em campo nos dois confrontos tinha Paulo César, Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato na defesa. O meio-campo era formado

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por Douglas, Boiadeiro, Luiz Fernando Flores e Betinho. A infalível dupla Roberto Gaúcho e Renato Gaúcho comandava o ataque. A primeira partida da decisão aconteceu em 13 de dezembro. Cinquenta mil torcedores lotaram o Mineirão em um domingo de muito sol em Belo Horizonte. Antes de a bola rolar, Renato Gaúcho deu a letra: “Se [os torcedores do América-MG] provocarem, já já vai ter gol”. E não demorou. Logo aos 9 minutos, após lançamento de Boiadeiro, o atacante ganhou do zagueiro, tirou do goleiro e tocou a bola para a rede. Aos 27, o América-MG empatou. Na etapa final, o jogo ficou eletrizante. Renato Gaúcho marcou aos 31 e, aos 47, o rival deixou tudo igual. Quando o 2 a 2 parecia definitivo, Renato Gaúcho, de novo ele, chutou fraco da entrada da área, mas o goleiro aceitou. Festa da Nação Azul. A difícil vitória por 3 a 2 deixou o elenco cruzeirense em alerta para a segunda partida. O time cinco estrelas não podia dar brecha para o azar.


Heróis da conquista do Campeonato Mineiro de 1992. (Foto: Acervo / Cruzeiro)

“Tivemos muita dificuldade no primeiro jogo. O [então treinador da Raposa] Jair Pereira achou que não estávamos bem e eu tinha falado para ele que nosso time estava cansado. Durante a semana treinamos mais leve para o pessoal recuperar. No último jogo, estávamos voando. Toda dividida era nossa”, lembra Douglas, volante daquele timaço. Quase 25 anos depois, o ex-zagueiro Célio Lúcio fala sobre a decisão. “Não podíamos relaxar contra o América, eles tinham um time muito bom. Quando terminou a partida, ainda no vestiário, fizemos uma rodinha de oração. Todo mundo ficou focado no título e a palavra humildade foi uma das mais faladas. Houve uma concentração muito grande e o segundo jogo foi até mais fácil”, diz. Domingo, 20 de dezembro. Era hora de entrar em campo e levantar o troféu diante de mais de 60

mil cruzeirenses. O implacável Renato Gaúcho fez aos 9 do primeiro tempo. Roberto Gaúcho, logo aos 3 da etapa final, liquidou a fatura. O Cruzeiro era campeão mineiro de 1992 invicto. Há seis anos como auxiliar técnico do sub-20 celeste, Célio Lúcio, que ajudou a revelar nomes como Mayke, Rafael e Lucas Silva, se sente um privilegiado por ter feito parte daquela equipe. “Em termos de técnica, de jogadores acostumados a vencer e que resolviam a parada, foi o melhor time em que joguei. Hoje, graças a Deus, estou no Cruzeiro. É o clube que eu amo”, afirma. O cruzeirense Douglas não esconde a emoção ao falar sobre as glórias do passado. “Dá muita saudade daqueles tempos. Minha família é toda cruzeirense, meus filhos vão ao Mineirão. Tomara que o resultado de 1992 se repita neste domingo.”

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\\\CAPA

Uma religião

chamada Cruzeiro. Santificado seja

o nosso manto,

amém!

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Foto: Pedro Vilela / agência i7

Crônica por Bruno Mateus Hoje é dia de lutar por mais uma classificação. Com o apoio dos fiéis cruzeirenses, o time de Mano Menezes e do menino Denner Jonathan parte pra cima do América-MG neste domingo de culto à camisa celeste no Mineirão

Que sufoco! Não quero ser o chato que fala “bem que eu avisei”, mas escrevi aqui na última coluna que deveríamos tomar muito cuidado com o São Paulo, apesar da vantagem de dois gols. O jogo foi mais tenso do que eu pensei que seria. No fim das contas, avançamos na Copa do Brasil. Estava eu no Espetinho do Pinho, primo do Gilvan, ali no Boa Vista, bairro da Leste, comemorando o aniversário do meu amigo Marcos Mardem. A cada ataque do adversário, um susto e um trago nervoso no cigarro. E que golzinho salvador de Thiago Neves! Depois dos 90 minutos, meu rosto tenso e vidrado na televisão deu lugar à expressão de alívio e um sorriso de consagração. De saideira, comemorei a classificação tomando uma cerveja japonesa chamada Suntory. Acho que é isso. Meu cunhado trouxe de lá há pouco e me deu de presente. Enquanto eu tomava a cerveja, estava tudo bem, tudo ótimo. Mas no dia seguinte eu enfrentei – bravamente, diga-se de passagem – as consequências que a birita nipônica me impôs. Ela veio lá do outro lado do mundo para tentar me derrubar, porém, fui mais forte e sobrevivi àquilo que se chama ressaca. Pelas notícias que circularam por aí, o beatle Paul McCartney, depois de quatro anos, tocará em Belo Horizonte novamente. Dessa vez com a turnê comemorativa dos 50 anos do “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, o disco de 1967 que mudou tanta coisa que se eu fosse falar aqui teria que preencher todo este Guia. E o show já tem até data: 17 de outubro, uma terça-feira. Estarei lá, de novo. Cruzeiro classificado na Copa do Brasil, Paul e “Sgt. Peppers” em BH e, hoje, uma decisão pela frente.

Cruzeiro e América-MG se enfrentam por uma vaga na final. Depois do 1 a 1 na primeira partida, temos a vantagem de jogar por outro empate. Mas eu quero a vitória. Porque essa coisa de jogar desesperadamente pelo empate, com o livrinho do regulamento debaixo do sovaco, não cheira a coisa boa. E o jogo caiu em um domingo às 18h. Horário de missa. Pela minha rigorosa formação cruzeirense, meus domingos de igreja eram no Mineirão, o nosso templo. Nas arquibancadas, podemos falar palavrão e até blasfemar. É daqui que empurraremos o time a mais uma classificação. Se você leu a matéria sobre a decisão do Mineiro de 1992, verá que bons tempos eram aqueles. O Cruzeiro tinha um timaço, dos melhores que eu vi. O América-MG era inferior, mas tinha uma boa equipe e nos deu um trabalho danado! Eu fui no primeiro jogo da final. Tinha 9 anos, um monte de sonhos na cabeça, outras tantas perguntas. Acompanhar o Cruzeiro como um fanático que segue sua religião já fazia parte dos meus dias. Agradeço sempre por ser cruzeirense. Eis que esta noite de domingo nos reserva outra decisão. Passaram-se quase 25 anos e muita coisa mudou. O mundo mudou. O que continua intacta é a minha, a nossa paixão por essa camisa que representa mais de oito milhões de fanáticos. E agora me vejo no menino Denner Jonathan, o pequeno-grande cruzeirense que desenhou sua própria camisa. E ainda tem gente que fala que é só um jogo de 11 contra 11 num gramado qualquer. Perdoai, oh, deuses da bola: eles não sabem o que fazem.


\\\Páscoa

Páscoa cinco estrelas Domingo de Páscoa contou com programação especial na Sede Pampulha e no Parque Esportivo do Barro Preto O domingo de Páscoa, celebrado no último dia 16, foi de festa para a família cruzeirense. Centenas de associados se reuniram na Sede Pampulha e no Parque Esportivo do Barro Preto para comemorar a data com muitas brincadeiras e uma programação especial para os pequenos torcedores durante toda a manhã. Nas oficinas de ovos de Páscoa gourmet, as crianças montaram deliciosos ovos com bolo, confeitos e coberturas. Houve também uma oficina de pintura facial e confecção de orelhinhas de coelhinhos. O ponto alto da festa foi a chegada do coelhinho da Páscoa. Ele fez a alegria da criançada, tirou fotos com os pequenos e participou de brincadeiras. Todos os anos, o Cruzeiro prepara uma agenda especial para os associados. O Domingo de Páscoa faz parte do calendário de eventos da Sede Pampulha e do Parque Esportivo do Barro Preto.

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Crianças tiveram um domingo de Páscoa especial nos clubes de lazer do Cruzeiro. (Foto: Eliza Carvalho/Cruzeiro)


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\\\Papo de Arquibancada

De Villa Lugano para o Maior de Minas A infância de Alejandro Ariel Cabral, apaixonado por futebol desde sempre, se parece a de milhões de crianças brasileiras que também sonham em fazer sucesso em um time profissional. Na Villa 20, uma das maiores favelas de Buenos Aires, no bairro de Villa Lugano, Cabral se juntava com os amigos para brincar nos campinhos de várzea. “Foi uma infância muito humilde, mas nunca me faltou nada. Jogava futebol, bolinha de gude, fazia bola com meia”, conta. A carreira foi construída no Vélez Sarsfield, tradicional clube da capital argentina.

O camisa 5 cruzeirense passou por todas as divisões de base da equipe e, em 2007, foi campeão mundial sub-20 com a seleção argentina. Em agosto de 2015, o volante chegou ao Cruzeiro como um bom mineiro. Sem fazer alarde e comendo pelas beiradas, cavou seu lugar no time titular e hoje tem um papel fundamental na equipe de Mano Menezes. Completamente adaptado a Belo Horizonte, Ariel Cabral, aos 29 anos, não vê a hora de conquistar seus primeiros títulos com a camisa celeste e deixar o nome escrito na história da Raposa.

Ariel Cabral foi apresentado em agosto de 2015, na Toca da Raposa II. (Foto: Pedro Vilela/LightPress/Cruzeiro)

Você mora em BH há quase dois anos. Do que sente mais saudade da Argentina? Dos amigos, dos hábitos que eu tinha lá. Em Buenos Aires, eu tinha mais contato com família, tios, primos e muitos amigos que encontrava. Tinha mais relação social. Sou uma pessoa que fica com saudade desses momentos. A música, por exemplo, continuo escutando aqui. Cumbia, rock, salsa... Agora gosto de sertanejo, que minha filha gosta muito. Vou misturando tudo para variar. A música também é importante, porque, às vezes, a pessoa fica pensativa, melancólica.

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Qual é a maior diferença entre os brasileiros e os argentinos? Não sei se com todos os brasileiros, mas em se tratando de Minas Gerais e Belo Horizonte, não há tanta diferença. Aqui tratam muito bem as pessoas, o povo é muito companheiro, respeitoso, amigo. Eu também sou assim. Talvez em Buenos Aires há mais movimento naquela loucura toda, mas me sinto muito bem aqui. E o que você mais gosta em Belo Horizonte? Sei que você se reúne para fazer churrasco com os hermanos e os outros jogadores do Cruzeiro. Quem é o churrasqueiro da turma? Temos um churrasqueiro que é nosso conhecido. Ainda não pegamos o jeito de fazer churrasco aqui e ele faz da maneira que vocês comem. Falamos para ele não cortar a carne tão fininha. [risos] Porque aqui cortam a carne fininha e vão comendo aos poucos. Gosto muito da tranquilidade de Belo Horizonte, as pessoas são respeitosas, sempre me tratam bem quando saio, me cumprimentam. Gosto da natureza, do verde que há em BH. Quando posso, vou às cachoeiras perto da cidade, andar a cavalo com minha filha, pescar. Se não posso ir para a Argentina, vou passear um pouco por aqui. De argentinos agora no Cruzeiro estão você, Romero e Ábila. Vocês têm planos de implantar uma República Argentina na Toca II? [risos] E teve um momento que éramos mais com Sanchéz Miño, Pisano... Éramos muitos! Tratamos de não faltar com respeito a ninguém,

e as pessoas sempre se portaram da melhor maneira com a gente. Quando chegou ao Cruzeiro, você disse que a nossa torcida é muito apaixonada, canta, empurra o time. E você também disse que quando a torcida começa a cantar, é impossível o jogador atuar mal. Como é jogar com todo esse apoio? Quando a torcida começa a cantar e apoia o time, o jogador sente muito. Eles são um jogador a mais. No campo, você se sente mais seguro, acompanhado, pede mais a bola. Quando você começa a escutar, tira força de onde não tem.

São Paulo x Cruzeiro, quarta fase da Copa do Brasil. (Foto: Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro)

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