ANO 38 - Nº 462 ABRIL 2013 - R$ 9,90
Especial
2012
Mérito Lojista BRASIL Mudanças à vista Aumento nas vendas depende de adequação do varejo às exigências do novo consumidor brasileiro E MAIS: • Varejo destaca as principais parcerias de 2012 • Segmentos premiados se mostram otimistas para 2013
HOMENAGEADOS Destaque Responsabilidade Socioambiental
Abrace
Destaque Marketing
Havan
Destaque Empreendedorismo
Rede Plaza de Hotéis Destaque Inovação
Agentto
Destaque Excelência Comercial
Intelbras
Destaque Mérito Lojista do Ano
Seller Magazine
Destaque Economia Alexandre Antonio Tombini Destaque Parlamentar
Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral
Ganhadores do Prêmio
Cama, Mesa e Banho Cama
Mídia Jornal Especializado em Negócios
Serviços Transportadora
Materiais de Construção Argamassa
Cama, Mesa e Banho Banho
Papelaria Caderno
Móveis Estandes e Rakes Combinados
Materiais de Construção Reservatório - Caixa d`agua
Móveis Cozinha de Aço
Móveis Colchões
Móveis Quarto
Serviços Banco Cooperativo
Moda Confecção Feminina
Serviços Financeira / Sistema CDC
Móveis Estofados
Comunicação Jornal Estadual (AM)
Comunicação Jornal Estadual (GO)
Comunicação Jornal Estadual (AC)
Comunicação Jornal Estadual (DF)
Comunicação Jornal Estadual (ES)
Comunicação Jornal Estadual (PB)
Comunicação Jornal Estadual (RR)
Comunicação Jornal Estadual (RO)
Comunicação Jornal Estadual (RN)
Comunicação Jornal Estadual (TO)
Comunicação Jornal Estadual (CE)
Comunicação Jornal Estadual (PI)
Comunicação Jornal Estadual (MA)
Comunicação Jornal Estadual (PR)
Comunicação Jornal Estadual (RJ)
Comunicação Jornal Estadual (PE)
Comunicação Jornal Estadual (SC)
Comunicação Jornal Estadual (MG)
Comunicação Jornal Estadual (AP)
Comunicação Jornal Estadual (MT)
Comunicação Jornal Estadual (PA)
Comunicação Jornal Estadual (SE)
Comunicação Jornal Estadual (MS)
20 12
Nesta EDIÇÃO Os especialistas são categóricos: com os megaeventos esportivos previstos para acontecer no Brasil a partir de junho deste ano, o varejo deve sofrer uma guinada nas vendas que vai impulsionar alguns setores, sobretudo o de construção civil, eletroeletrônicos e serviços. Aliado à melhora do poder de compra do brasileiro, sobretudo nas classes D e E à prorrogação da redução do IPI, as perspectivas para 2013 parecem justificar o otimismo do varejo, que poderá crescer em 5% este ano. Para tanto, investimentos na ampliação de portfólio de produtos, maior atenção ao ponto de venda e destaque à cenografia das lojas são tendências a serem empregadas no varejo físico e que devem estar no foco dos empresários, assim como a mobilidade. Os principais desafios enfrentados em 2012 pelo varejo estão relacionados nesta edição especial da Dirigente Lojista, que também traz uma perspectiva do que os setores esperam para este ano. Sobreviver (e vencer) neste mercado é uma luta diária. O Prêmio Mérito Lojista reconhece os esforços dos principais parceiros dos lojistas. Aqui, as histórias de sucesso ajudam a construir um país mais próspero.
Boa leitura! Juliana Tavares Editora
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
DIRETORIA CNDL Presidente - Roque Pellizzaro Jr 1º Vice-presidente - Vitor Augusto Koch Vice-presidente - Marcelo Salles Barbosa Vice-presidente - Francisco H. P. Alves Vice-presidente - Geraldo César de Araújo Vice-presidente - José César da Costa Vice-presidente - Melchior Luiz D. de Abreu F. Diretor Administrativo e Financeiro Sílvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC - Roberto Alfeu P. Gomes Diretor CDL Jovem - Samuel Torres Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag Maurício Stainoff Sérgio Alexandre Medeiros Jair Francisco Gomes Marcelo Caetano Rosado Maia Batista Mustafá MorhyJunior Paulo N. Gasparoto Ilson Xavier Bozi Maria do Socorro Teixeira Noronha Antônio Xará Fernando Luis Palaoro Francisco Régis Cavalcante Dias Diretorias Especiais Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães José Manoel Ramos Antoine Youssef Tawil Geovanne Gualberto Telles Valdir Luiz Della Giustinna Darcy Junior Santos Egnaldo Pedro da Silva
Conselho Superior Romão Tavares da Rocha Aliomar Luciano dos Santos Moacyr Menegati Junior Francisco Freitas Cordeiro Álvaro Cordoval de Carvalho Conselhos Fiscais Efetivos - Eduardo Melo Catão, Marcelino Campos, Alberto Fontoura Nogueira da Cruz Suplentes - Milton Araújo, Divino José Dias, Jayme Tassinari Superintendente - André Luiz Pellizzaro Gerente - Kleber Sérgio Carvalho Silva Supervisão - Luiz Santana Conselho Deliberativo do SPC Brasil: Presidente Itamar José da Silva Vice-presidente - José César da Costa Conselho de Administração do SPC Brasil: Presidente - Roberto Alfeu Pena Gomes Vice-presidente - Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho Diretor Financeiro - Sílvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-diretor financeiro - Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação - Dr. Francisco de Freitas Superintendente Nival Martins Júnior Conselho Fiscal do SPC Brasil Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Youssef Tawil.
Assinatura e Serviço ao Assinante assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br | (61) 3213-2000
A revista Dirigente Lojista Edição Especial Prêmio Mérito Lojista é produzida pela CS Comunicação Diretor geral
Fernando Sant’Anna Borba fernando@cscomunicacao.com Editora Responsável
Juliana Tavares (MTb. 30640) Jornalistas: Kelli Gomes, Tatiane Seoane Projeto Gráfico e diagramação:
Guto Leirião Imagens: Shutterstock
Produção Gráfica:
Rio de Janeiro
Triunvirato Desenvolvimento Empresarial Ltda. Milla de Souza milla@triunvirato.com.br Rua São José, 40 – 4º andar Centro – 20010-020 Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996
A OS LO j I STAS
Mais de três décadas de credibilidade
F
ruto de uma escolha totalmente democrática, na medida em que os vencedores são escolhidos, em voto direto, pelos lojistas de todo o país, o Mérito Lojista é uma consagração para os fornecedores, imprensa e prestadores de serviços laureados, pois todos contribuem para o desenvolvimento, inovação e qualidade de todos os ramos do varejo. Realizado pela CNDL e SPC Brasil, e organizado com apoio das Federações das Câmaras de Dirigentes Lojistas – FCDLs e Câmaras de Dirigentes Lojistas – CDLs, o Mérito Lojista já ultrapassa os 30 anos de existência. Estas mais de três décadas de premiação aos destaques do varejo, também mostra a credibilidade e ressonância do evento. A entrega do troféu Deusa da Fortuna é um momento de celebração e encontro, pois reúne lideranças, autoridades, personalidades, profissionais da mídia e representantes do Movimento Lojista de norte a sul do país. A cerimônia, pela sua diversidade, abrangência e reconhecimento, é considerada um verdadeiro “Oscar” do varejo nacional. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, que congrega
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
foto: divulgação
e reconhecimento “um consumidor cada vez mais exigente e um mercado cada vez mais diversificado nos espera” Roque Pellizzaro Junior Presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas)
27 Federações Estaduais (FCDLs), mais de 1.500 Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) e cerca de 2.000 Serviços de Proteção ao Crédito (SPCs) em todo o país, sente-se honrada em poder fazer anualmente esta homenagem aos grandes parceiros do varejo. Sabemos que todos são vencedores, independente da categoria, pois vencer num mercado competitivo, na conjuntura econômica em que vivemos e com uma alta carga tributária é uma atitude de campeão. Prova disso é que no ano passado, o ínfimo PIB brasileiro de 0,9% só não foi negativo, porque os resultados positivos foram puxados pelo comér-
cio, na medida em que a indústria enfrentou muitas dificuldades, com desempenho abaixo do esperado. Parabenizamos mais uma vez a participação de todos no Mérito Lojista, desejando que o troféu sirva de incentivo para enfrentar novos desafios com muita determinação e confiança, acreditando num futuro melhor não só para o varejo, mas para toda a sociedade. Um mundo cada vez mais interativo, um consumidor cada vez mais exigente e um mercado cada vez mais diversificado nos espera. Assim, é preciso uma especial atenção de nossa parte para estarmos cada vez mais preparados a fim de melhor atender.
í n di ce
Edição
462
48
44 Bazar UD
60 Eletroeletrônicos
64 Entretenimento
80 Moda 10
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Calçados
68 Iluminação
84 Móveis
88 Papelaria
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O futuro já chegoou
O varejo nacional deve se adaptar às exigências do brasileiro
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Campeões do varejo
A lista completa dos ganhadores do Prêmio “Mérito Lojista 2012” e os homenageados desta edição
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Artigo
Navegando guiado apenas pelas estrelas
52 Cama, Mesa e Banho
56 Eletrodomésticos
Destaques 28 Mérito Lojista do Ano 30 Inovação
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Materiais de Construção
Informática
32 Empreendedorismo 34 Excelência Comercial 36 Marketing 38 Responsabilidade Social
92 Serviços
96 Comunicação
40 Parlamentar 42 Economia
ESPECIAL I 2012 - 2013
O futuro já chegou
Apesar do tropeço na economia global, os consumidores continuaram a gastar em 2012. O varejo nacional deve se adaptar às exigências do brasileiro, que já não liga em pagar mais pelos produtos em troca de algum diferencial
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ão precisa dizer que o Brasil é a bola da vez. Tantos megaeventos esportivos para acontecer chamam a atenção do mundo para o país e, claro, o varejo nacional não fica de fora desta toada. Otimismo é a palavra chave para definir o cenário econômico brasileiro e o setor varejista seguiu essa onda, em 2012: segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do setor fechou o ano em alta de 8,4%, com peso significativo de 44,6% da taxa anual do varejo para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. No acumulado no ano, o avanço foi de 12,3%. O segundo maior impacto na taxa do varejo partiu de móveis e eletrodomésticos, que avançou 12,3% sobre 2011. O desempenho, segundo o próprio IBGE, foi decorrente da manutenção do crescimento do emprego, do rendimento e da disponibilidade de crédito; bem como da redução dos preços, principalmente no que tange aos eletrodomésticos, estimulado pela redução do IPI. No acumulado no ano, todos os estados tiveram taxas positivas no volume de vendas. Os maiores avanços ocorreram em Roraima (26,7%), no Amapá (17,7%), em Mato Grosso do Sul (16,9%), no Tocantins (15,3%) e no Acre (12,8%). Inegável que parte do desempenho positivo no setor se deu à melhora do poder de compra do brasileiro, sobretudo na classe D e E – a que mais cresceu em consumo de bens não duráveis, sobretudo no primeiro trimestre de 2012, comparado ao mesmo período de 2011. Nos três primeiros meses, os consumidores da baixa renda passaram de 25% em participação nos gastos para 30%, representando uma expansão de 12%. Uma das justificativas para a evolução no poder de compra das clasess D e E foi o crescimento da variedade de produtos adquiridos. A expansão do consumo também é considerada reflexo do desenvolvimento dos pequenos centros brasileiros, onde 70% das clasess D e E está presente. A prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em 2012, favoreceu o setor de veículos
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ESPECIAL I 2012 - 2013
Apesar do bom resultado registrado para automóveis e comerciais leves, a soma do setor teve queda de 2,25%
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de transporte, que registrou crescimento acima do esperado, com 6,11%, em relação a 2011, totalizando 5, 6 milhões de unidades em 2012, contra 5, 7 milhões em 2011. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que representa mais de sete mil concessionários de veículos no Brasil, calculava uma evolução 4,8% para o ano passado. Apesar do bom resultado registrado para automóveis e comerciais leves, a soma de todo o setor, que inclui caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros veículos, como carretinha para transporte, re-
gistrou queda de 2,25% no comparativo entre 2011 e 2012 – o que mostra que tanto otimismo não se estende para todos os setores.
Expectativas Para 2013, a Fenabrave estima crescimento de 3%, acompanhando as expectativas para evolução do PIB (Produto Interno Bruto), e está otimista em relação às medidas do governo com o recente anúncio da volta gradual do IPI durante o primeiro semestre de 2013, período tradicionalmente mais fraco nas vendas de veículos no Brasil. Contudo, o setor de caminhões é o que tem as maiores apostas com previsão de aumento de 15%, alcançando assim, cerca de 158 mil unidades este ano. Já para automóveis e comerciais leves, a expectativa é de 2,6% e, no segmento motocicletas, espera-se 3,7% de crescimento, este ano. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FECOMÉRCIO-SP) estima
ESPECIAL I 2012 - 2013
que o Varejo Nacional poderá crescer em 5% este ano. “Os estímulos fiscais continuam para alguns setores, o que incentiva o consumo. Sem contar que a proximidade dos grandes eventos esportivos permitirá a realização de ações que incentivem o consumidor, sobretudo na aquisição de novos eletroeletrônicos”, explica a assessora econômica da federação, Fernanda Della Rosa. Embora fatores como alta e m p r e -
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ESPECIAL I 2012 - 2013
gabilidade, crescimento salarial real, taxa de juros baixa e ampliação da oferta de crédito favoreçam o consumo, todas as molas propulsoras de desenvolvimento apresentam sinais de esgotamento: sem aumento da produtividade, não se pode empregar mais gente nem aumentar salários. Além disso, a inflação continua corroendo o salário do trabalhador e não apresenta nenhum sinal de arrefecimento. Otimismo pode ser reconfortante, mas a cautela, neste quadro, ainda é o melhor remédio.
Foco no consumidor De acordo com Marcelo Prado, diretor do Núcleo de Inteligência de
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Mercado do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a marca e a qualidade do produto são um grande chamariz para a realização de compra para 70% dos consumidores que, agora mais exigentes, não ligam em pagar mais pelos produtos desde que tenham uma experiência positiva de compra, como a localização e ambientação da loja, além do bom atendimento. Para tanto, a ampliação de portfólio de produtos, maior atenção ao ponto de venda e destaque à cenografia das lojas são as tendências a serem empregadas no varejo físico e que devem estar no foco dos empresários para, no médio prazo, conseguirem obter
Otimismo pode ser reconfortante, mas a cautela, neste quadro, ainda é o melhor remédio
ESPECIAL I 2012 - 2013
crescimento de suas vendas. Mas é a tecnologia o grande canal de transformação do varejo para os próximos anos. Soluções como cloud computing, business analytics e mobilidade serão indispensáveis ao varejista que quiser acompanhar essa evolução. Quem conseguir tirar proveito desse volume de informação terá um grande diferencial estratégico em relação à concorrência e definirá o futuro do setor, desvendando o comportamento do novo cons u m i d o r. “Além disso, o varejo terá de se adaptar ao consumidor: o tele-
fone celular (smartphone e o iPhone) é, hoje, uma ferramenta de interligação do cliente com a loja, possibilitando a procura do produto, consulta do preço e realização da compra e pagamento, em qualquer horário e em qualquer lugar em que ele esteja. O uso da tecnologia vai mudar a forma de fazer varejo. Mudará a relação da loja com o cliente e do cliente com a loja. É, portanto, necessário que o empresário lojista se adapte
A expectativa para 2013 é de uma expansão de 35% no varejo em comparação a 2012
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a essa nova realidade”, explica Reynaldo Saad, sócio e responsável pela área da indústria de varejo e bens de consumo da Deloitte. O e-commerce também tem um longo caminho a percorrer até atingir o patamar dos principais players globais. Segundo a Fecomercio, o comércio digital mal chegou a 1,5% de todo o comercio nacional, enquanto em regiões como a América do Norte e Europa o número chega a 5%. De acordo com estimativas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), contudo, a expectativa para 2013 é de um crescimento significativo no setor, no Brasil, com uma expansão de 35% em comparação a 2012. A forte pressão em relação à inovação de canais eletrônicos de vendas, tanto por parte do governo (NFR-e e ICMS) como pelos clientes será a responsável por esse desempenho. “É adaptar para sobreviver ou estagnar e fracassar”, diz Saad.
ES P ECIAL I P r ê m io M é r it o lo j i s ta
Campeões do varejo
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ojistas de todo o Brasil escolheram, por voto direto, os vencedores da 34ª edição do Prêmio Mérito Lojista. Além das ações desenvolvidas em prol do varejo pelos diferentes parceiros, também foram considerados nesta premiação quesitos como qualidade dos produtos oferecidos, preço, serviço, atendimento, promoção e propaganda de cada empresa participante. Os ganhadores serão agraciados numa cerimônia que acontece no dia 18 de abril, no Royal Tulip Brasília Alvorada (SHTN – Trecho 1, Conj. 1-B, Bloco C – Balroom), em Brasília. Além de reunir os principais representantes do varejo, da imprensa e do governo, as empresas premiadas receberão o troféu Mérito Lojista, uma estatueta da Deusa da Fortuna
– concebida pelo artista plástico Gustavo Nakle e considerada o “Oscar do Varejo”. A premiação mantém a tradição de promover e valorizar os esforços de fornecedores, imprensa e prestadores de serviço que foram parceiros dos lojistas em 2012. Promovida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas desde 1980, o prêmio deste ano contemplou 87 empresas, divididas em 14 categorias de mercado, além de homenagear pessoas e empresas que se destacaram no ano passado por seu desempenho no varejo. Tudo isso, mais um breve panorama dos principais setores do varejo, você pode conferir nesta edição da revista Dirigente Lojista Especial Mérito Lojista. Aproveite!
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ESPECIAL I P rêmio Mérito lo j ista
Reconhecimento aos Parceiros Confira a lista completa dos ganhadores do prêmio Mérito Lojista Brasil 2011 BAZAR/ UD
ENTRETENIMENTO
Cutelaria................................TRAMONTINA Louças..................................OXFORD Vidros....................................CISPER
Bicicletas...............................TRACK BIKES Brinquedos............................MATTEL Jogos Eletrônicos..................SONY
CALÇADOS
ILUMINAÇÃO
Feminino...............................AZALEIA Infantil....................................ORTOPÉ Masculino..............................DEMOCRATA Tênis..................................... ADIDAS
Cabos................................... SIL Disjuntores............................ SIEMENS Interruptores e Tomadas....... FAME Lâmpadas............................ FLC Reatores............................... INTRAL
CAMA, MESA E BANHO Banho...................................BUDDMEYER Cama....................................ALTENBURG Mesa.....................................TEKA
INFORMÁTICA Computadores......................SAMSUNG Impressora............................LEXMARK Suprimentos..........................KALUNGA
ELETRODOMÉSTICOS Ar Condicionado.................. SPRINGER Portáteis................................ ELETROLUX Exaustor................................ FISCHER Linha Branca........................ LG
ELETROELETRÔNICOS Som e Imagem.....................LG Aparelho Celular....................SAMSUNG
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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Argamassa............................WEBER Chuveiros e Aquecedores.... CARDALL Ferragens e Segurança.........STAM Ferramentas..........................COOPERTOOLS Louças..................................INCEPA Metais e Acessórios..............DOCOL Pisos e Azulejos....................ELIANE Portas e Janelas....................SASAZAKI Reservatório / Caixa d’Água..ETERNIT Tubos e Conexões................AMANCO
ES P ECIAL I P r ê m io M é r it o lo j i s ta
MODA Feminina................................MALWEE Infantil ...................................MARISOL Jovem .................................. HERING Masculina............................. LACOSTE
MÓVEIS Colchões.............................. CASTOR Cozinha................................. KAPPESBERG Cozinha de Aço.....................ITATIAIA Estandes e Rakes.................MADESA Estofados..............................HERVAL Infantil....................................KAPPESBERG Quarto ...................................HENN Sala de Jantar .......................MOVEIS WW
MÍDIA Jornal Especializado em Negócios ............. VALOR ECONOMICO Rádio AM................... CBN Rádio FM................... JOVEM PAN Rede Nacional de Televisão.............. REDE GLOBO Revista Especializada em Negócios............ PEGN Revista de Circulação Nacional.. VEJA
PAPELARIA Borrachas............................. MERCUR Canetas................................ SHEAFFER Cadernos.............................. TILIBRA Escrita e Corretivos............... BIC Lápis..................................... FABER-CASTELL Papel.....................................CHAMEX
SERVIÇOS Banco Cooperativo.............. SICREDI Transportadora......................BRASPRESS Financeira / Sistema CDC.....LOSANGO
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ESPECIAL I P rêmio Mérito lo j ista
MÍDIA Jornais Estaduais
Acre ........................................... A GAZETA Amazonas...................................... DIÁRIO DO AMAZONAS Amapá ........................................... JORNAL DO DIA Ceará............................................. DIÁRIO DO NORDESTE Distrito Federal............................... CORREIO BRASILIENSE Espírito Santo................................. A TRIBUNA Goiás............................................. O POPULAR Maranhão....................................... ESTADO DO MARANHÃO Minas Gerais.................................. O TEMPO Mato Grosso do Sul....................... A CRÍTICA Mato Grosso.................................. A GAZETA Pará................................................ O LIBERAL Paraíba........................................... JORNAL DA PARAÍBA Pernambuco.................................. JORNAL DO COMMÉRCIO Piauí............................................... JORNAL O DIA Paraná ........................................... A GAZETA DO POVO Rio de Janeiro................................ O FLUMINENSE Rondônia........................................ DIÁRIO DA AMAZONIA Rio Grande do Norte...................... A TRIBUNA DO NORTE Roraima.......................................... FOLHA DE BOA VISTA Santa Catarina................................ DIÁRIO CATARINENSE Sergipe........................................... CINFORM Tocantins........................................ JORNAL DO TOCANTINS
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HOMENAGEADOS Destaque Responsabilidade Socioambiental Associação Brasileira de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil (Abrace) Destaque Marketing Havan Destaque Empreendedorismo Rede Plaza de Hotéis, Resorts & SPAs Destaque Inovação Agentto Destaque Excelência Comercial Intelbras Destaque Mérito Lojista do Ano Seller Magazine Destaque Economia Alexandre Antonio Tombini Destaque Parlamentar Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral
D e sta q ue I mé r ito lojis ta d o an o
Trabalho em equipe
foto: divulgação
Com quase 20 anos de varejo, a Seller Magazine conta com mais de 60 lojas distribuídas em três Estados brasileiros
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evar ao consumidor uma variedade de produtos multimarca e marca própria nos segmentos de moda, cama, mesa, banho, decoração e utilidades domésticas, numa loja moderna, com espaços setorizados e exclusivos para cada nicho. Esse tem sido o principal objetivo da Seller Magazine, cuja trajetória começou em 1995, quando foi inaugurada a loja em Campinas, no interior de São Paulo. Naquela época, a loja vendia apenas tecidos e artigos de cama, mesa, banho e decoração. De lá pra cá, 18 anos se passaram e a empresa continua expandindo seu alcance Brasil a fora. Hoje, são mais de 60 lojas distribuídas em três Estados brasileiros: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais que, juntas, somam 3 mil colaboradores. “Nosso objetivo é chegar em 2015 com 100 lojas Seller e, aproximadamente, 3.500 colaboradores”, afirma o presidente da Seller, Zulmiro José Furlan. “Além de ser mais um atrativo regional, a abertura da loja fortalece a economia da cidade, aumenta a arrecadação e gera empregos diretos e indiretos.” Para o executivo, a homenagem no quesito Mérito Lojista é o reconhecimento de uma trajetória empresarial dedicada a fazer bem feito
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Além de ser mais um atrativo regional, a abertura da loja
fortalece a economia
da cidade, aumenta a arrecadação e gera empregos diretos e indiretos
tudo ao que se propõe. “Somos uma empresa que valoriza o trabalho em equipe, o atendimento, a qualidade dos serviços e produtos”, diz. A preocupação com a capacitação e integração da equipe, aliás, é apontada por Furlan como o principal diferencial da Seller Magazine frente às concorrentes. “São esses treinamentos que permitem mantermos a excelência de atendimento ao cliente”, revela. “Não adianta ter qualidade no serviço e no produto, mas não ter uma equipe pronta para atender o cliente como ele necessita.” Além disso, segundo o executivo, a Seller valoriza, tanto nas lojas Home, quanto na Magazine, o conceito “loja dentro de loja”, respeitando a cultura de cada cidade como forma de manter um relacionamento mais próximo com os clientes.
D e sta q ue I inovação
Força brasileira na Internet foto: divulgação
Aplicativo consegue integrar tecnologia e solidariedade das redes sociais e garante a segurança de pessoas e empresas
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udo começou com um questionamento. “Se o smartphone pode interagir e conectar pessoas pela Internet móvel, por que não contribuiria para a segurança delas?”, pensava o empresário Sérgio Paim, CEO do Agentto. Mas foi um sonho (literalmente) que trouxe a resposta de como seria possível unir a tecnologia e a solidariedade das redes sociais numa solução que aumentaria a segurança da população. O feeling de empreendedor e os anos de estudo em tecnologia possibilitaram transformar o sonho em realidade. E, não por acaso, em 2012, o Agentto, uma solução de segurança, viral e baseada no conceito de redes sociais e mobilidade, tornou-se um dos destaques em tecnologia e inovação do ano. Desenvolvido por um grupo de 50 especialistas com recursos do MCTI/ FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), o Agentto é um aplicativo que promete melhorar a segurança pública e proteger usuários de smartphones e computadores pessoais, permitindo que qualquer pessoa ou empresa avise familiares, colegas, amigos, comunidades e autoridades sobre algum problema pelo qual estejam passando, como um acidente de trânsito, agressão ou incêndio. Ao todo, serão investidos R$ 10 milhões
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O Agentto, uma solução de segurança, viral e baseada no conceito de
redes sociais e mobilidade, tornou-se um dos destaques em inovação em 2012
no desenvolvimento da solução, que pode ser baixada gratuitamente em aparelhos Google Android, Windows Phone e Apple iPhone e para PCs com Windows. Quem receber o pedido pode usar as informações para acionar, por exemplo, a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros. Segundo o diretor-executivo do Agentto, Sérgio Paim, a rede social de segurança ainda leva em conta questões éticas, que buscam evitar fraudes ou o envio de informações equivocadas. “O Agentto permite repreender um usuário e seus amigos de confiança caso ele faça trotes ou se comporte de maneira que a própria sociedade julgue inadequada”, diz o executivo.
D e sta q ue I em pr een d e d o r ism o
Prazer em atender bem
foto: divulgação
Pensando na Copa de 2014, hotéis da rede Plaza passam por um vasto processo de reestruturação
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uperar expectativas. Esse é um dos objetivos da Rede Plaza de Hotéis, Resorts & Spas, presente nos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina com seis hotéis (três executivos e três resorts). É por essa razão que, até 2014, a rede pretende injetar R$ 20 milhões em melhorais de infraestrutura e gestão dos hotéis e resorts, como forma de demonstrar o seu comprometimento em bem atender os seus hóspedes. Os recursos dos novos investimentos estão sendo garantidos por financiamentos e reservas próprias. O Plaza Porto Alegre Hotel, por exemplo, é o mais antigo do grupo e passou, em 2012, por um processo de reformulação e atualização tecnológica que previu, inclusive, a instalação de novos equipamentos. “Toda essa reestruturação pretende adaptar a rede aos meios de hospedagem de padrão internacional”, explica o diretor de Marketing do grupo, Abdon Barretto Filho. “Somos uma rede 100% brasileira, onde a tradição e a excelência em serviços estão em primeiro lugar. Por isso, para não ficar defasado, é necessário fazer investimentos frequentes.” A gestão também passou por uma reavaliação. Desde 2012, a rede conta com grupos de trabalho
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Não por acaso
somos referência no
setor em matéria de atração e manutenção de clientes, aumento das vendas e
visibilidade do mercado
que, além de valorizar as ideias e iniciativas dos colaboradores para melhorar o atendimento da rede, contribuem com a descentralização da gestão. “Buscamos a melhoria contínua dos nossos serviços a partir da perspectiva do cliente, seja ele hóspede ou não hóspede. Criamos e investimos em diferenciais competitivos e, finalmente, acompanhamos as tendências mundiais e as novas teorias de estratégia, tática e operação, devidamente adaptadas à nossa realidade”, afirma ele. Os resultados, de acordo com o diretor de Marketing, são visíveis. “Não por acaso somos referência no setor em matéria de atração e manutenção de clientes, aumento das vendas e visibilidade do mercado”, afirma.
D e sta q ue I E xc elênc ia c o m e r cial
Líder de vendas
foto: composição shutterstock
Empresa registra crescimento em segurança eletrônica, e se consolida como marca reconhecida no mercado
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mpresa com capital 100% nacional, a Intelbras foi fundada em 1976 e atua nas áreas de Telecomunicações, Redes e Segurança Eletrônica, com presença em todo o território nacional e em diversos países na América Latina (onde é líder em telecomunicações) e África. Nessas três áreas, é líder nacional em gerenciamento de imagem, em centrais condominiais, na fabricação de produtos de segurança eletrônica, em switches para pequenas e médias empresas e em telefonia. Em 2012, uma pesquisa elaborada pela Nielsen deu à fabricante catarinense a primeira posição na 14ª edição da Pesquisa Líderes de Vendas, na categoria Telefonia Fixa. A pesquisa fez um levantamento das cinco marcas mais vendidas em lojas de autosserviço em âmbito nacional e regional, em relação a 220 categorias de produtos. A Intelbras garantiu a primeira colocação em nível nacional e em todas as 11 regiões consideradas pela pesquisa para análise das marcas. “Esse prêmio, assim como a homenagem da Mérito Lojista, traduz todo o esforço da Intelbras em querer sempre ofertar o melhor produto aos nossos clientes. Esse é um resultado do trabalho de todas as áreas da empresa.” destaca o gerente da unidade de Consumo da Intelbras em Telecom, Fabio Sebastiani. 34
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Essa homenagem traduz todo o esforço da Intelbras em querer sempre
ofertar o melhor
produto aos seus clientes
Além de ter seus produtos ofertados em aproximadamente 9 mil pontos de venda de varejo e em 10 mil revendedores corporativos, a Intelbras se destaca pela sua grande capacidade produtiva, distribuída em quatro unidades fabris: matriz e parque fabril II em São José/SC (região metropolitana de Florianópolis), e filiais em Santa Rita do Sapucaí/ MG e Manaus/AM. Com um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) privado da América Latina, além de uma das maiores redes de assistência técnica no mercado brasileiro e importantes certificações, como a ISO 14001 na matriz e a ISO 9001 também na matriz, parque fabril II e filial MG, a empresa possui 1.800 colaboradores.
D e sta q ue I ma r ketin g
Pela liberdade de escolha
foto: divulgação
A catarinense Havan renova o padrão arquitetônico de suas lojas e incrementa o seu plano de expansão
A
lém dos grandes investimentos em expansão, a loja de departamento catarinense Havan se destacou, em 2012, pelo forte compromisso em trazer o que há de mais moderno no comércio mundial para as regiões onde está presente. Contudo, foram as ousadas estratégias de marketing adotadas para se aproximar do consumidor que garantiram-lhe a homenagem na categoria pelo prêmio Mérito Lojista. Em 2012, por exemplo, aproveitando a expectativa mundial pelo fim do mundo, a Havan resolveu criar uma promoção para interagir com os clientes: quem fizesse compras num determinado período, só passaria a pagar depois do dia 21 de dezembro, logo depois da data prevista para o apocalipse. “Mas só se o mundo não acabar”. O bom humor de suas campanhas atrai público e, como consequência, aumenta as vendas. A loja Havan também vem desenvolvendo ações estratégicas e operacionais no e-commerce, como criação de campanhas virais e e-mails marketing promocionais, além da administração do posicionamento da empresa nas redes sociais, anúncios online (links patrocinados) e ações mobile: uma metodologia que busca pelo crescimento inicial da audiência, passando pela sustentação do proje-
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Nunca deixamos de estar em contato com nossos clientes, seja através das constantes promoções ou pelos investimentos
em mídia
to web e a consolidação/conquista da liderança no segmento. “A nossa política de oferecer produtos de qualidade a preços baixos nos referencia no mercado”, explica o presidente da empresa, Luciano Hang. “Outro fator é que nunca deixamos de estar em contato com nossos clientes, seja através das constantes promoções ou pelos investimentos em mídia, ou ainda, pelas ações sociais que desenvolvemos.” Para 2013, a empresa renova o seu plano de expansão, com a meta de alcançar 100 lojas até 2015. Para começar, neste ano serão implantadas 15 filiais, nos estados onde já está presente e também em novos mercados, como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
D e sta q ue I Res p onsabil i dad e So cio am b ie n tal
Saúde humanizada
foto: Lorena Lopes
Inauguração do Hospital José de Alencar pretende oferecer um atendimento público de saúde com qualidade
O
ano de 2012 foi de uma enorme conquista para a Associação Brasileira de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil (Abrace), que atende, por ano, 1500 crianças e 4500 famílias. O recém-inaugurado Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, cuja construção foi iniciada em 2005, representou a possibilidade de proporcionar agilidade e qualidade no tratamento das crianças e jovens com câncer. “A inauguração do hospital, em novembro de 2011, foi a realização de um esforço coletivo entre a Abrace, equipe de saúde e pacientes, mas é, acima de tudo, um grande passo em direção a um atendimento público de saúde, humanizado e de qualidade. Por isso, é uma conquista importantíssima para Brasília e, principalmente, para as nossas crianças e adolescentes que agora podem contar com um tratamento ágil e eficiente em um espaço totalmente adequado para eles”, afirma a presidente da Abrace, Ilda Ribeiro Peliz. Além do apoio às famílias das crianças assistidas, a instituição atua pressionando o poder público por melhores condições de tratamento. “Para a construção da primeira parte do hospital, que é público, totalmente voltado para consultas e procedimentos ambulatoriais e com capacidade para atender 5 mil pessoas por mês, foram necessários investimentos de 38
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
A inauguração do hospital, em novembro de 2011, foi a realização de um esforço coletivo entre a Abrace, equipe de saúde e pacientes
R$ 15 milhões. O segundo bloco, voltado para internação, cirurgias, UTI e diagnóstico especializado, ainda está em construção e, depois de inaugurado, permitirá ampliarmos o número de atendidos para 300 mil por ano”, garante. O maior desafio da Abrace, segundo Ilda Ribeiro Peliz, é a sustentabilidade da instituição, que vive de doações e não conta com recursos públicos para proporcionar qualidade de vida para as crianças assistidas e suas famílias. “Nossa expectativa se apoia na esperança de que mais pessoas se sensibilizem com a causa e nos ajudem a vencer os desafios que a doença, muitas vezes agravada por condições socioeconômicas precárias, nos impõe cotidianamente.”
D e sta q ue I Pa r lamenta r
MPEs fortalecidas
foto: Diógines Santos
Projeto de Lei pretende atualizar o Simples Nacional e prevê, entre outras medidas, o fim da substituição tributária
A
quinta revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (PLP 237/2012) começou a tramitar na Câmara dos Deputados, e irá revisar pela quinta vez a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE). Esse novo projeto de revisão é todo voltado para o fortalecimento da MPE, no qual o varejo tem grande destaque. Entre as principais propostas está o fim da substituição tributária sobre a MPE, medida que vem causando muitos danos ao pequeno empreendedor. “É necessário ter mecanismos eficientes que a neutralizem”, garante o deputado federal Pedro Eugênio, presidente da Frente Parlamentar Mista que trata da matéria. “Os estados estão arrecadando mais do que deveriam em cima das MPEs que, por lei federal, estão no regime tributário diferenciado. Precisamos encontrar uma solução e, por isso, estamos dialogando com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e vamos dar prioridade à aprovação da proposta que impede que ela seja aplicada sobre a categoria.” Pedro Eugênio também destaca a chamada “morte súbita” de quem cresce e deixa de ter enquadramento no Simples como algo que deve ser mudado com a proposta. “Sair do Simples e entrar no regime de lucro
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Novo projeto de revisão é todo voltado para o fortalecimento da MPE, no qual o varejo tem grande
destaque
presumido é um salto que muitos não conseguem realizar. É necessário criar um amortecimento, um sistema que permita uma transição suave. Na Frente Parlamentar estamos trabalhando esta questão com o apoio do SEBRAE”, informa. Entre as principais propostas do projeto estão o fim da substituição tributária; a inclusão de novas categorias; a redução de custos para abertura de cadastros; estímulo às exportações e compras governamentais; extensão dos benefícios aos produtores rurais pessoa física e agricultores familiares. A maioria das propostas do PLP é de natureza tributária. A matéria, segundo o deputado, será amplamente discutida em 2013.
D e sta q ue I ec onomia
Consolidação da Estabilidade foto: divulgação
Para o presidente do Banco Central, atual cenário econômico traz benefícios para o varejista e para o cidadão
O
varejo é setor fundamental da economia, tanto por seus impactos diretos na geração de empregos e renda, quanto pelos impactos indiretos no restante da economia devido ao seu papel de conectar consumidores e produtores, demanda e oferta.” Essa é a opinião do atual presidente do Banco Central, Alexandre Antonio Tombini, o economista homenageado nesta edição do prêmio Mérito Lojista. Segundo ele, nos últimos anos, o consumo das famílias tem sido uma fonte de dinamismo para a economia nacional, em especial devido à incorporação de 40 milhões de brasileiros à classe média ao longo da última década. “Isso se traduz num desempenho forte para o varejo, que cresceu 8,4% em 2012, enquanto o chamado varejo ampliado, que inclui as vendas de automóveis e materiais de construção, cresceu 8%”, explica. A principal contribuição que o Banco Central pode dar para o desenvolvimento do varejo nacional é, de acordo com ele, continuar avançando na consolidação da estabilidade macroeconômica. “O cumprimento da meta para inflação por nove anos consecutivos, combinada com importantes avanços institucionais, permitiu a redução significativa de prêmios de riscos que são embuti-
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
O consumo das famílias tem sido uma fonte de dinamismo para a economia nacional, em especial devido ao crescimento da classe
média
dos nas taxas de juros domésticas”, diz. “Mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais e o aprofundamento do mercado de crédito favoreceram o processo de redução das taxas de juros praticadas no país. Essas transformações caracterizam-se por elevado grau de perenidade e representam uma importante contribuição para o desenvolvimento do segmento varejista.” Com o constante desenvolvimento tecnológico tem surgido novos serviços. Para o economista, esse cenário, traz benefícios para o varejista e para o cidadão, como a redução de custos, maior conveniência, melhoria da qualidade, facilitação da inclusão financeira e maior competição na prestação de serviços de pagamento.
B a za r i ud
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Ascensão em
ritmo crescente Consumidor interno conquista maior poder de compra e investe, cada vez mais, em conforto e bem estar para a casa
O
os vencedores
setor de Bazar e UD
te ano, alinhar a necessidade do
tem se mostrado forte
consumidor com o produto vendido,
e em plena ascensão
criando uma sincronicidade entre o
por conta da junção de fatores de-
que o cliente deseja e o que é ofe-
cisivos que impulsionaram o merca-
recido. “Entender as necessidades
do: crescimento da classe C, maior
dos consumidores, adaptar-se às
poder de compra da classe média,
suas aspirações a fim de oferecer
o boom do mercado imobiliário, so-
produtos com mais benefícios e
mado a uma forte tendência com-
que se adéquam às necessidades
portamental das pessoas que pas-
do consumidor são a chave para o
saram a se cercar de conforto, para
aumento das vendas”, avalia Yaka-
ficarem mais tempo em suas casas.
ra Biancalana, diretora comercial do
Segundo a Associação Brasileira de
segmento de utilidades domésticas
Design de Interiores (ABD), o seg-
da Owens-Illions/Cisper, uma das
mento de decoração cresceu cerca
ganhadoras na categoria Vidros e
TRAMONTINA
de 500% em 10 anos. Estudos da
Cristais. A empresa, que teve uma
Louças
entidade mostram, ainda, que as
receita de US$7,4 milhões de dóla-
famílias com renda familiar de até
res em 2011, emprega mais de 24
5 mil reais aumentaram em até seis
mil pessoas, distribuídas em 81 fá-
vezes os gastos com produtos para
bricas nos 21 países em que atua.
o interior da residência, gerando um
De acordo com Yakara, para 2013,
movimento anual de R$ 18 milhões.
a Owens-Illions/Cisper planeja re-
Para seguir essa estimativa, o
forçar a sua presença em utilidades
setor de Bazar e UD planejam, nes-
domésticas, ampliando a sua identi-
Cutelaria
OXFORD
Vidros
CISPER
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
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B a za r i ud
foto: divulgação
dade com o consumidor. “Para tanto, investimos numa nova comunicação visual e melhoramos o custo/ benefício de nossos produtos para o consumidor final.”
Desempenho comprometido Apesar da previsão otimista, em
A OwensIllions/Cisper se adapta às aspirações do consumidor a fim de oferecer produtos com mais benefícios e aumentar as vendas
2012, o setor teve seu crescimento fortemente comprometido. “Ano passado sofremos o impacto das variações cambiais e, como se não bastasse, teve ainda a greve da Receita Federal, que impediu a chegada de produtos importados ao Brasil”, explica Cecília Rima Braz, presidente da Associação Brasileira de Utilidades e Presentes (Abup). “Esperamos que 2013 seja bem melhor”. Para ampliar o alcance do setor de Bazar e UD, feiras importantes acontecem em todo o país, como a Abup Show que, este ano, abriu o calendário de eventos do segmento Casa e Decoração, com 130 empresas associadas. Outra importante feira para o mercado é a Gift Fair que está em 46° edição. Com uma visitação estimada de 65 mil profissionais que visitam cerca de 700 expositores numa área de 70 mil m2. Paralelamente a Gift Fair, acontece a 16° D.A.D (Decoração, Arquitetura e Design), que apresenta objetos de decoração, artesanato e artigos para uso pessoal. O cenário interno não pareceu afetar o desempenho da Oxford Por-
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Cecília Rima Braz - Abup “Esperamos que 2013 seja bem melhor”
celanas, ganhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria Louças. Os últimos anos para a empresa foram marcados pelo aumento constante nas vendas, com ações efetivas em produtos com designer inovador que fizeram a diferença e chamaram a atenção do consumidor. “Em 2013, planejamos elevar as vendas em 23% sobre os R$ 152 milhões faturados em 2012”, esclarece Zaira da Silva, diretora de marketing da Oxford Porcelanas. “Este ano será decisivo para a marca: nosso desafio é aumentar a nossa presença no mercado externo, adicionando em nossa linha peças assinadas pelo designer internacional Karim Rashid: criando, assim, maior visibilidade em nossos produtos”, revela.
c alça do s
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Acertando o
passo Medidas para inibir a importação de calçados ainda não foram suficientes para acabar com a concorrência desleal
A
o contrário do que se
naram e perfizeram o pior resulta-
pressupunha, as me-
do em 25 anos, 15,7% menor no
didas
governamentais
ano passado do que em 2012, to-
limitando a importação de calça-
talizando US$ 1,09 bilhão. Ao mes-
dos da China não foram suficien-
mo tempo, as importações cresce-
tes para que o mercado nacional
ram 19% no período, fazendo com
voltasse
a expandir. Em 2012, a
que a balança comercial de calça-
produção física de calçados caiu
dos caísse quase 33% em relação
3,3%, conforme índice medido pelo
a 2011.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.
Reação em cadeia
Ademais, provocado, o gigan-
Para Fernando Brigagão, gestor
te asiático não tardou em mostrar
de produtos e marketing dos sapa-
as suas garras. “Agora, a China en-
tos Democrata, uma das principais
via para o Brasil os seus produtos
marcas de calçados masculinos e
ORTOPÉ
desmontados, conseguindo, assim,
ganhadora do prêmio Mérito Lojis-
Masculino
os vencedores Feminino AZALEIA
Infantil
passar pela fiscalização. Também há
ta, após 2012 ter sido um ano de
DEMOCRATA
registros de falsificação do certifica-
incertezas, 2013 já está demons-
Tênis
do de origem”, lamenta Heitor Klein,
trando grande reação. “No primei-
diretor executivo da Associação Bra-
ro trimestre deste ano, os números
sileira de Calçados (Abicalçados).
já demonstram a reação do setor,
ADIDAS
As exportações também decli-
com um aumento de 10% no fatura-
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
49
c alça do s
foto: divulgação
mento em relação ao mesmo período no ano passado”, sinaliza. Além da distribuição dos calçados para revenda em multimarcas, a Democrata está prevendo, este ano, a abertura de 20 lojas especializadas somente em calçados da marca.
Modernização
O incremento no faturamento da Ortopé foi de 35% em 2012, com aumento em mais de mil clientes ativos no segundo semestre
As empresas calçadistas estão se reiventando e apostando em modernização para superar entraves e continuar crescendo. Esse, pelo menos, tem sido o segredo da Ortopé, ganhadora do prêmio na categoria Infantil, que vem passando imune aos resultados do setor. “Em cinco anos, a marca vem reconquistando o mercado e para
milhões, para uma produção um
isso, profissionalizou-se, ajustou a
pouco acima de 2 milhões de pares.
produção, a distribuição e a qualidade dos produtos, além de fazer
Na contramão do mercado está
namento de mercado. Agora, é a
a Azaléia, ganhadora do prêmio
hora de começar a colher os pri-
na categoria Calçado Feminino,
meiros resultados desta reestrutu-
cujo processo de internacionaliza-
ração”, comemora Carlos Haack,
ção da marca vem se fortalecendo
gestor da marca.
ao longo dos anos: em 2012, por
cremento no faturamento foi de 35%
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Internacionalização
grandes investimentos no posicio-
A receita, parece, deu certo: o in-
50
Fernando Brigagão - Democrata “Setor está reagindo: já tivemos aumento de 10% no faturamento”
exemplo, registrou um crescimento de 20%.
em 2012, com aumento em mais de
Além disso, a empresa continua
mil clientes ativos somente no se-
com seu processo de exportação
gundo semestre do ano passado.
para mais de 30 países, entre a Amé-
A expectativa da marca para 2013 é
rica Latina, Europa e Oriente Médio
crescer mais de 28% em seu fatura-
– o que inclui investimentos em ma-
mento, alcançando a cifra de R$95
terial publicitário e promocional.
c am a , m esa e banho
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Novas
estratégias Crises econômicas, aumento das importações e maior poder de compra dos brasileiros impulsionam o mercado interno
N
os vencedores Banho
BUDDMEYER
Cama
ALTENBURG
Mesa TEKA
em faz tanto tempo assim
o saldo negativo foi ainda maior, che-
quando os grandes fabri-
gando a US$256,6 milhões, de acor-
cantes de Cama, Mesa e
do com um estudo do IEMI. Ainda,
Banho do Brasil viam na exportação
segundo o estudo, as exportações
o seu principal canal de faturamento.
caíram 73,3% em valores, enquanto
“Com o agravamento da crise eco-
que as importações mais que dobra-
nômica nos países europeus e norte-
ram, com alta de 105,3%.
-americanos e o aumento nas impor-
Como uma das consequências
tações do setor, os grandes tiveram
da queda das exportações de Cama,
que voltar a se dedicar ao consumi-
Mesa e Banho houve uma desacele-
dor interno”, informa Marcelo Prado ,
ração no faturamento do setor têxtil
diretor do Núcleo de Inteligência de
e de confecção que, em 2011, foi de
Mercado do Instituto de Estudos e
U$ 67 bilhões, caindo para U$56,7
Marketing Industrial (IEMI).
bilhões no ano passado, segundo
Assim, mudanças significativas
dados da Associação Brasileira da
ocorreram no mercado e, em pouco
Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
tempo, o Brasil passou de exportador
Com o mercado interno estabiliza-
de artigos de cama, mesa e banho
do, o brasileiro, no ano passado, saiu
para importador. Em 2011, pela pri-
às compras interrompendo um ciclo
meira vez, as importações se sobre-
negativo de dois anos. As estimativas
puseram às exportações, gerando
do setor preveem que 2013 será me-
um déficit de US$182,2 milhões na
lhor do que nos anos anteriores, com
balança comercial. No ano passado,
alta na produção de 6,7% de contra DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
53
c am a , m esa e banho
foto: divulgação
os 2,2% no ano passado. “Toda essa perspectiva positiva mostra que o setor, agora interessado em ampliar terrítorio interno, irá se empenhar em atender as exigências do público brasileiro que agora sabe que tem o poder de
A Buddemeyer criou condições para que sua marca não só fosse reconhecida pelo consumidor brasileiro, mas também na Alemanha, Argentina, Paraguai, Rússia, Uruguai e Venezuela
54
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
compra em suas mãos”, diz Prado. A marca e a qualidade do produto ainda são um grande chamariz para a efetuação de compra de produtos para Cama, Mesa e Banho. De acordo com pesquisa da IEMI, 70% dos consumidores não ligam em pagar mais pelos produtos em troca de algum diferencial, que pode ser a localização, ambientação ou, ainda, o bom atendimento da loja. Mesmo assim, segundo
Rolf Buddemeyer - Buddemeyer, “Sem o sucesso do seu distribuidor, nenhuma marca se sustenta”
a pesquisa, eles não compram de forma impulsiva: 71% das compras foram feitas mediante pesquisa de produtos, marcas e preços nas lojas.
Qualidade internacional Em um segmento acostumado a abusar das promoções de preços, construir uma marca revela a existência de fortes atributos de qualidade e design nos produtos e de estratégias de mercado consistentes ao longo do tempo. Esse tem sido o principal esforço da Buddemeyer, vencedora na categoria Cama, do prêmio Mérito Lojista.
década de 1990, a empresa aplicou todo conhecimento adquirido no mercado interno, desenvolvendo design e acabamentos diferenciados , além de fortalecer a parceria varejo especializado em Cama, Mesa e Banho a partir de um conceito simples: sem o sucesso do seu cliente que distribui o produto ao consumidor final, nenhuma marca se sustenta por muito tempo’, informa Rolf Buddemeyer, presidente da empresa. Com valores fortes, produtos únicos, bons parceiros no comércio e um
Para tanto, foi necessário traçar
profundo respeito pelo consumidor, a
uma estratégia. Primeiramente, ao
Buddemeyer criou condições para
se voltar para os Estados Unidos e
que sua marca não só fosse reconhe-
Europa, a marca teve de se adequar
cida pelo consumidor brasileiro, mas
a mercados bem mais competitivos
também na Alemanha, Argentina, Pa-
que o brasileiro. “A partir do início da
raguai, Rússia, Uruguai e Venezuela.
el etro do mésticos
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Vendas
otimistas Para 2013, os principais desafios do setor será continuar defendendo a redução do IPI para a linha branca
C
os vencedores Ar Condicionado SPRINGER
Portáteis
ELETROLUX
Exaustor FISCHER
Linha Branca LG
om a segunda prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), desde 2011, o mercado de eletrodomésticos contou, até agosto do ano passado, com a alíquota de 15 para 5% no comércio de geladeiras, 20 para 10% para as máquinas de lavar; já os fogões que pagavam 4% e os tanquinhos 10% tiveram o imposto reduzido para zero. Isto junto a outras medidas de incentivo como o cartão de financiamento da Caixa, que proporciona taxas diferenciadas para clientes do Programa Minha Casa, Minha Vida, fez com que o setor de eletrodomésticos apresentasse resultados positivos, em todas as suas categorias, nas vendas do ano passado. De acordo com dados da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), o comércio de máquinas de lavar automáticas e semi-automáticas tiveram crescimento de 18 e 16%, respectivamente, em relação a 2001. Os refrige-
radores apresentaram acréscimo de 16% nas vendas; enquanto os fogões chegaram a subir 20%, na comparação anual. Os eletros-portáteis, como liquidificadores, processadores, ventiladores e ferros de passar, tiveram crescimento de cerca de 10% no ano. A venda de televisores fechou 2012 com 14,364 milhões de aparelhos, sendo 90% deles modelos de tela fina (LED, LCD e plasma). “Pode-se observar também uma crescente demanda por “smartTV´s”, que são acionadas remotamente via gestos, voz e movimentos”, conta Lourival Kiçula, presidente da Eletros. A associação estima também que os grandes eventos esportivos devem impulsionar ainda mais as vendas de televisores. Segundo Kiçula, o principal desafio este ano será continuar defendendo a redução do IPI para a linha branca, como forma de garantir a competitividade do setor. Já na venda de portáteis, o desafio de 2013 DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
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el etro do mésticos
foto: divulgação
será barrar a forte concorrência com os produtos importados. A LG, ganhadora na categoria áudio e vídeo, é a principal marca de home theater no Brasil, lançou, este ano, dois produtos: a terceira geração do Home Theater 3D Sound, que possui detalhes que ampliam a sensação de imersão do som; e o
As altas temperaturas no País, em 2012, aqueceram os negócios da Springer, que registrou recordes de vendas no 2º semestre
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
modelo HLX50W - um home theater em formato de barra – ambos com novidades em suas funcionalidades, design e tecnologia 3D. Para o portfólio de 2013, a fabricante apresenta o DockStations, uma nova categoria de produtos. O principal lançamento da companhia é o modelo ND8520, com design cúbico e 80W de potência. O diferencial é que este aparelho possibilita o
Lourival Kiçula - Eletros “O desafio este ano será continuar defendendo a redução do IPI”
acesso ao acervo musical de iPods, iPhones ou iPads, bem como reproduzir músicas direto do iTunes, acessando uma rede Wi-Fi por meio da tecnologia Air Play ou bluetooth.
Mercado aquecido As altas temperaturas no País, em 2012, aqueceram os negócios da Springer, a maior fabricante de ar condicionado da América Latina, ganhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria. A fabricante registrou recordes de vendas no 2º semestre do ano passado. Uma de suas principais ações no ano passado foi o investimento na unidade de produção, com o novo parque industrial em Manaus, o que significou aumento na contratação de funcionários, além de novos canais de atendimento ao consumidor
e no aprimoramento nos serviços pós-vendas. Além disso, a fabricante promoveu lançamentos de produtos de design arrojado, visual clean e em novas tecnologias, como o ar-condicionado portátil Springer Nova, novidade que permite ao usuário climatizar cômodos da casa (que possuam janela) por meio de um simplificado sistema de instalação. Segundo Henrique Mascarenhas, diretor de marketing da empresa, para 2013 a expectativa é de otimismo moderado, devido, principalmente, à expansão do PIB (Produto Interno Bruto). “Esperamos também a manutenção dos níveis de demanda dos últimos anos, com perspectiva de incremento no consumo dos produtos que comercializamos”, conta.
el etro ele trônicos
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Mercado na
balança Setor é atingido pela crise internacional e baixa no consumo, mas comemora as vendas pela internet
A
os vencedores Som e Imagem LG
Aparelho Celular SAMSUNG
crise internacional, que provocou a retração dos investimentos produtivos, e a baixa no consumo marcaram o setor de eletroeletrônico em 2012. De acordo com dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), ainda com crescimento de 5%, em relação a 2011, o faturamento de R$ 145 bilhões não atingiu as estimativas de 13%, esperadas para o mercado no ano passado. A Abinee avalia também que um dos principais desafios do setor em 2012 foi a competição com produtos importados inseridos em território nacional. Segundo dados da associação, as importações de produtos elétricos e eletrônicos apresentaram crescimento de 1% em comparação a 2011, somando US$ 41,2 bilhões. Já as exportações de produtos eletroeletrônicos alcançaram US$ 7,8 bilhões, o que representa 5% abaixo das realizadas em 2011. As vendas
para a Argentina – um dos principais mercados de produtos eletroeletrônicos – por exemplo, registraram queda de 23%. Contudo, ainda diante destes resultados, o mercado de exportações obteve aumento de 11% no faturamento da indústria eletroeletrônica. Isto porque a taxa de câmbio, que apresentou equilíbrio em 2012, ofereceu mais competitividade ao setor. Nos negócios com outros países, a Abinee aponta um crescimento de 1% em dólar, o que corresponde a um aumento de 17% em reais. A participação das exportações no faturamento da indústria passou de 9,9%, em 2011, para 10,4%, em 2012. Diante disso, as expectativas para 2013, ainda de acordo com a Abinee, são as apostas em relação às taxas de câmbio, além da redução de custos de energia elétrica, que também deverá reduzir os custos de produção da indústria. A associação estima uma evolução de 4% nas exportações, alcançando US$ 8,1 bilhões. DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
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el etro ele trônicos
foto: composição shutterstock
Com as importações, calcula-se US$ 43,6 bilhões, de acordo com os 6% de crescimento esperados. O déficit comercial do setor, em 2013, deverá ser 6% maior que 2012, totalizando US$ 35,5 bilhões Assim como diversos outros setores do varejo nacional, espera-se que a Copa do Mundo e as Olimpíadas acelerem os investimentos em
No Brasil, a Samsung investiu em novidades com alta tecnologia, como o lançamento, em 2012, do Samsung Galaxy SIII
infraestrutura, principalmente na área de telecomunicações, que poderão aumentar 8%, com faturamento de R$ 156,7 bilhões. Por outro lado, Mauricio Salvador, presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), estima ainda um acréscimo de 30% nas vendas pela internet, impulsionadas pela entrada de nove milhões
Setor de Eletroeletrônicos O faturamento de R$ 145 bilhões não atingiu as estimativas de 13%
de novos e-consumidores, devido ao crescimento do uso de dispositivos
preço sugerido de R$ 2099, funcio-
móveis, como celulares e tablets.
nalidades intuitivas e mais conve-
Segundo Salvador, isso se deve
nientes às necessidades do usuário.
ao forte investimento das lojas virtu-
Em julho do ano passado, a fabri-
ais em ferramentas que possibilitam
cante fechou parceria com a Deco-
o aumento das taxas de conversão e
lar.com e, com isso, possibilitou aos
às campanhas de marketing digital,
usuários o uso exclusivo, por alguns
baseadas no comportamento de na-
meses, de serviços de reservas de
vegação dos visitantes.
voos e hotéis na América Latina a
“Ainda assim, logística e operações continuam sendo um ponto fraco de muitas lojas virtuais”, conta o presidente de ABComm.
partir de smartphones com plataforma Android da Samsung. Já a LG, ganhadora na categoria Áudio e Vídeo, lançou, este ano, dois produtos: a terceira geração do
De fora para dentro
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Home Theater 3D Sound, que pos-
Ganhadora do prêmio Mérito Lo-
sui detalhes que ampliam a sensa-
jista na categoria Aparelho Celular, a
ção de imersão do som; e o modelo
Samsung investiu, em 2012, em no-
HLX50W – um home theater em for-
vidades com alta tecnologia no Bra-
mato de barra – ambos com novida-
sil. Uma delas foi trazer ao mercado
des em suas funcionalidades, design
nacional o Samsung Galaxy SIII a um
e tecnologia 3D.
en treteni mento
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Verde e amarelo
em evidência O consumidor brasileiro volta a dar preferência pelas peças fabricadas no país, fortificando o setor
H
á
pelo
menos
cinco
anos, a produção nacio-
de 2011, o que comprova a diminuição do subfaturamento.
nal de brinquedos vinha
Na avaliação do presidente da
sofrendo com o crescimento em rit-
Abrinq, Synésio Batista da Costa,
mo acelerado das importações de
o principal fator para a queda na
brinquedos, principalmente os vin-
importação de brinquedos está na
dos da China. A disputa de preços
perda de competitividade da China
entre os brinquedos nacionais e os
no mercado mundial. “Mudanças
importados colocava em desvanta-
estruturais nas relações de trabalho,
gem a produção brasileira, caracte-
como o aumento de salário em 20%
rizada pela excelência na qualidade
nos últimos três anos e pagamen-
dos produtos e pelo cumprimento
tos de leis sociais, além de fatores
de todas as exigências trabalhistas
como a valorização da moeda local,
impostas por lei. Segundo levan-
a desaceleração da economia nos
tamento da Associação Brasilei-
EUA e na Comunidade Européia,
TRACK BIKES
ra de Fabricantes de Brinquedos
aumentam os preços dos produtos
Brinquedos
(Abrinq), em conjunto com a Se-
chineses e tornam a exportação me-
cretaria de Comércio Exterior, a en-
nos atrativa”, explica Costa.
os vencedores Bicicletas
MATTEL
Jogos Eletrônicos SONY
trada de brinquedos vindos de fora
As bicicletas, por sua vez, con-
fechou 2012 com 3,2% em volume,
tinuam com o mercado aquecido
e de 3,9% em dólares. Em janeiro,
devido, principalmente, a maior
houve aumento de 12,16% no pre-
consciência da população na utiliza-
ço médio por quilo importado, na
ção desse meio de transporte, por
comparação com o mesmo período
não poluir o meio ambiente e ainda
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
65
en treteni mento
foto: divulgação
oferecer maior qualidade física e mental aos praticantes. Tanto que as vendas de bicicletas em 2011 e 2012 tiveram um aumento de 20% se comparados ao ano de 2010. O otimismo chegou à Trackbikes, ga-
A Sony, ganhadora na categoria Jogos Eletrônicos, intensifica a batalha entre os fabricantes com novos dispositivos que permitem controlar jogos com movimentos do corpo
nhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria bicicletas, que, em 2012, planeja elevar em 20% as vendas com aumento do market share. De acordo com David Kamkhagi, diretor geral da Trackbikes, para que o consumidor tenha maior incentivo para a compra da bicicleta há muitas questões que podem ser melhoradas, entre eles os gargalos encontrados na cadeia produtiva e na importação de peças. “A bicicleta não sofreu nenhuma desoneração de impostos como aconteceu com os carros. Se o setor tivesse esse incentivo, o consumidor teria maior estímulo para contribuir com a redução do trânsito e, por consequência, a diminuição de poluentes”, diz.
Vender bem A venda de brinquedos nacionais também continua em ascensão constante. Segundo dados dos fabricantes nacionais varejistas, o destaque do período foi a linha fabricada em madeira que, em 2010, era 6,6% da fatia do mercado, e em 2011 passou para 7,4%. Outra linha que demonstrou maior desempenho foi a de pelúcia, com um aumento
66
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
David Kamkhagi – Trackbikes “Com incentivo, o consumidor contribuiria com a redução do trânsito”
para 1,7%. O setor de bonecos havia demonstrado queda depois de sua ascensão em 2008, quando chegou a 20,8% da fatia do mercado. Em 2011, voltou a se estabelecer, atingindo 17,5. Com mais de 75 anos de tradição no desenvolvimento, pesquisa e fabricação de brinquedos globais, com marcas amplamente reconhecidas nos mais de 150 países em que comercializa seus produtos, a Mattel, vencedora no prêmio Mérito Lojista na categoria Brinquedos, é referência mundial e líder na maior parte dos mercados em que atua. Hoje, o mercado brasileiro representa o segundo lugar em vendas
de 0,9% entre 2010 e 2011. A linha
da empresa, com mais de 200 mi-
de eletrônicos que, em 2010, era de
lhões de produtos fabricados no
somente 0,3%, expandiu as vendas
país ao ano.
i lu mi na ção
68
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
A espera de
mais luz Apesar da burocracia e da guerra fiscal, conscientização dos consumidores se tornou positiva para as vendas
O
os vencedores Cabos SIL
setor
de
iluminação
pelas regras nos níveis municipal,
se manteve estável no
estadual e federal e a guerra fiscal
ano passado, em com-
entre estados”, afirma Fagundes.
paração a 2011, com faturamento
Um fato positivo pelo qual pas-
de R$ 3,8 bilhões e, assim, as ex-
sou o setor em 2012 foi a redução
pectativas para 2013 estão contro-
de 15 para 5% das alíquotas do IPI
ladas. Para Carlos Eduardo Uchôa
(Imposto sobre Produtos Industriali-
Fagundes, presidente da Abilux
zados), relativas às luminárias. A en-
(Associação Brasileira da Indústria
tidade destaca também a conscien-
de Iluminação), este será um ano
tização dos consumidores sobre os
difícil. Porém, espera-se um saldo
conceitos de eficiência energética
positivo em decorrência dos negó-
e o processo de encaminhamento
cios a serem gerados pela Copa
para o Inmetro (Instituto Nacional de
das Confederações, Copa do Mun-
Metrologia, Qualidade e Tecnologia)
do e Olimpíadas.
da proposta de regulamentação de
Atualmente com 660 indústrias
luminárias com LED – diodos emis-
SIEMENS
em território nacional, o setor con-
sores de luz – para iluminação públi-
Interruptores e Tomadas
tinua preocupado com os possíveis
ca. “O uso das luminárias com LED
aumentos nos custos dos insumos
traz um número significativo de van-
FLC
importados pela variação cambial e
tagens como a economia de ener-
Reatores
a falta de financiamento para os pro-
gia e ainda são mais leves e de fácil
jetos de eficiência energética. “Além
instalação e manutenção”, explica o
disso, existe a burocracia gerada
presidente da Abilux.
Disjuntores
FAME
Lâmpadas
INTRAL
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
69
i lu mi na ção
foto: divulgação
Ainda de acordo com a associação, o País consome anualmente 250 milhões de lâmpadas incandescentes, 200 milhões de fluorescentes compactas, 90 milhões de tubulares, 20 milhões de halógenas e, por último, 0,5 milhões de LEDs.
Vencedora na categoria Reatores, a Intral apostou nos ambientes internos e lançou, em 2012, luminárias voltadas para decoração
70
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Para a FLC, ganhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria Lâmpadas, a estratégia para o aumento das vendas no ano passado foi investir no lançamento da nova marca de LED, a FLC LED, em parceria com a empresa de iluminação decorativa Startec, que trouxe soluções em iluminação com design e qualidade.
Carlos Eduardo Fagundes - Abilux “Esperamos um saldo positivo em decorrência dos negócios a serem gerados pela Copa”
Segundo Nilton Silva, diretor geral da companhia, a empresa estima, para 2013, um crescimento de
redes de energia subterrâneas.
50%, em relação a 2012. “Para isso,
Luiz Eustáquio Perucci da Silva,
estamos apostando em produtos
gerente de marketing da unidade de
com tecnologias inovadoras, na ca-
produtos de média e baixa tensão
pacitação da equipe de vendas e no
da Siemens no Brasil, afirma que a
desenvolvimento dos processos de
invasão de produtos asiáticos ganha
logística”, conta Silva.
vantagem no mercado brasileiro e prejudica o setor de disjuntores de-
Estratégias contra os asiáticos
vido à manipulação cambial no país de origem, pelos reduzidos custos
No mercado de disjuntores, a
de mão de obra e à baixa carga tri-
fabricante Siemens, ganhadora na
butária. “Nosso objetivo é alcançar
categoria Disjuntores, se destacou
um ambiente de mercado sadio, com
com produtos de maior capacidade
condições justas e igualitárias entre
de interrupção, que são normalmen-
todos os players “, conta o executivo.
te aplicados em instalações de maior
Vencedora na categoria Reato-
envergadura como prédios comer-
res, a Intral apostou nos ambientes
ciais e industriais e, também, em edi-
internos e lançou, em 2012, luminá-
fícios residenciais, alimentados por
rias voltadas para decoração.
i n f o rm áti c a
72
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Menores
e mais baratos A redução da taxa Selic e os incentivos fiscais contribuíram para a boa atuação deste segmento do varejo em 2012
A
inda com queda nas
mente de dispositivos mais baratos
vendas, o mercado na-
como tablets e smartphones. Os ou-
cional de PCs, em 2012,
tros 26,7% foram para o segmento
voltou a ocupar a quarta posição no
corporativo e 6,7% para governo e
ranking mundial – atrás de China,
educação. A IDC mostra que a dis-
Estados Unidos e Japão – registrando 15,5 milhões de computadores comercializados no período, sendo 8,9 milhões de portáteis e 6,6 milhões de desktops, de acordo com o estudo BrazilQuarterly PC Tracker, realizado pela consultoria IDC Bra-
tribuição dos recursos dos brasileiros entre produtos de informática seria menor devido aos impostos reduzidos nos setores como o de automóveis e de produtos de linha branca, no ano passado.
sil. O ano apresentou uma baixa sig-
Isto pode ser observado nas ven-
nificante no comércio de desktops
das do último trimestre – período de
(12%), enquanto os portáteis ven-
maior crescimento das vendas do
SAMSUNG
deram mais 7%, devido à base de
setor –, mas que apresentou uma
Impressora
os vencedores Computadores
computadores instalados em em-
queda de 8% em relação ao ter-
LEXMARK
presas ainda ser maior. No total, o
ceiro trimestre. Foram 3,7 milhões
Suprimentos
mercado apresentou uma caída de
de unidades vendidas, sendo 41%
2%, em relação a 2011.
desktops e 59% portáteis. Segundo
KALUNGA
As vendas para o usuário do-
a consultoria, em 2013 serão comer-
méstico, que durante 2012 repre-
cializados 14,4 milhões de compu-
sentou 66,6% do mercado total de
tadores, o que significa 7,2%, em
computadores,
comparação a 2012.
foram
principal-
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
73
i n f o rm áti c a
foto: divulgação
Em contrapartida, a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), afirma que este ano o setor apresentará crescimento de 3%, considerando as estimativas em relação ao aumento da renda, do emprego e do crédito que repetiu, em 2012, desempenho positivo do mercado de informática, segundo conta a assessora econômica da federação, Fernanda Della Rosa.
Kalunga abre 20 lojas em 2012 e vê faturamento crescer 19% em relação ao ano anterior
74
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
“Além disso, a redução da taxa Selic, que chegou ao seu nível mais baixo (7,25% a.a), e os incentivos fiscais contribuíram fortemente para a boa atuação deste segmento do varejo”, completa.
Tony Firjam - Samsung “A Samsung deve fortalecer a parceria com os principais varejistas do país”
Entre as 10 maiores fabrican-
Vender mais
tes de computadores portáteis no
Com faturamento superior a
Brasil, a Samsung, vencedora na
2011 em 19%, a Kalunga, vencedo-
categoria Computadores, apresen-
ra do prêmio Mérito Lojista na ca-
tou novidades em 2012. Como es-
tegoria Suprimentos Informáticos,
tratégia de negócio, a companhia
registrou faturamento de R$ 1,3 bi-
aposta em trazer ao Brasil os pro-
lhão no ano passado.
dutos que são tendência no mer-
“Um dos motivadores para este
cado mundial, como o ATIV Smart
crescimento pode estar relacio-
PC, um notebook touch screen com
nado com a abertura de 20 lojas”,
teclado removível que é convertido
afirma Hoslei Pimenta, diretor co-
em tablet.
mercial da empresa. Os produtos
De acordo com Tony Firjam, di-
com melhor desempenho de ven-
retor de vendas e marketing da divi-
das foram os notebooks, tablets e
são de tecnologia da informação da
impressoras multifuncionais com
Samsung, a empresa pretende tam-
menor custo de impressão e maior
bém investir no fortalecimento da
capacidade. A expectativa da em-
parceria com os principais varejistas
presa para este ano é de alcançar
no país, com a intenção de alcançar
receita de R$ 1,5 bilhão.
a liderança nas vendas.
Aguardando anĂşncio
m at eri a i s de c onstru çã o
76
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Mais obras
a caminho Setor da construção é um dos pilares do crescimento do País e assim deve permanecer por mais alguns anos
O
ano passado não foi
com boas perspectivas para o futu-
dos melhores para a
ro próximo.
indústria de materiais
Ainda assim, a associação alerta
de construção. Em 2012, enquanto
para a necessidade de incrementar
a expectativa era de crescimento
investimentos públicos e privados,
de 4,5%, o ano fechou registran-
mas mantendo as políticas de in-
do um acréscimo de 3,4%. Isso se
centivo ao consumo. Para isso, e
WEBER
deve à inibição de investimentos
ainda de acordo com a Abramat, os
Chuveiros e Aquecedores
os vencedores Argamassa
públicos e privados, provocados
governos estaduais precisarão fazer
CARDALL
pelo andamento da economia in-
sua parte na desoneração dos im-
Ferragens e Segurança
ternacional e brasileira, de acordo
postos, particularmente reduzindo o
com dados da Abramat (Associa-
ICMS e simplificando o procedimen-
COOPERTOOLS
ção Brasileira da Indústria de Ma-
to da Substituição Tributária.
Louças
teriais de Construção).
STAM
Ferramentas
INCEPA
A associação afirma também
O varejo continuará como o prin-
que a indústria está satisfeita com
cipal responsável pelo desenvolvi-
as iniciativas do governo federal de
mento do setor este ano, segundo
reduzir o “custo Brasil” com medi-
ELIANE
estimativas da entidade. Isto porque
das de desoneração e redução de
Portas e Janelas
as vendas de produtos para obras
juros, mas vê com preocupação a
de reformas e ampliações de casas
sobrevalorização do Real, que tem
ETERNIT
dependem, fundamentalmente, de
impactado o mercado com um au-
Tubos e Conexões
renda, emprego e crédito – todos
mento continuado de importações
Metais e Acessórios DOCOL
Pisos e Azulejos
SASAZAKI
Reservatório / Caixa d’Água
AMANCO
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
77
m at eri a i s de c onstru çã o
foto: divulgação
e estagnação nas exportações dos materiais de construção. Assim como para 2012, as expectativas para este ano continuam em 4,5% de crescimento do setor. Para as vendas da indústria de materiais para o varejo e do varejo para as famílias, é esperado um
Para a Incepa, 2012 foi um ano com desenvolvimento superior ao crescimento do mercado e lançamentos de produtos focados no segmento médio luxo
78
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
acréscimo de 8% em 2013.
Portas abertas Neste mesmo sentido, a Sasazaki, ganhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria Portas e Janelas, registrou estabilidade nas vendas em 2012, contudo, espera por melhores resultados para este ano.
Leonardo Sasazaki - Sasazaki “Nossa expectativa é de registrar uma ampliação de 6% das vendas em 2013”
“Nossa expectativa é de registrar uma ampliação de 6% das vendas
economia, adotadas pelo governo
e no faturamento em comparação
federal deverão provocar efeito este
ao ano passado”, afirma Leonardo
ano, favorecendo a atividade de di-
Kozo Sasazaki, diretor vice-presi-
versos setores”, conta Sasazaki.
dente da companhia.
Para isso, a fabricante está in-
O executivo acredita que o se-
vestindo em tendências inovadoras
tor da construção ainda é um dos
e no lançamento de dez modelos
pilares do crescimento do País e
de esquadrias padronizadas.
deverá se manter desta forma por
Ganhadora na categoria Lou-
alguns anos. “No Brasil, há sem-
ças, a Incepa afirma que 2012 foi
pre o consumidor que está cons-
um ano com desenvolvimento su-
truindo ou reformando e isso con-
perior ao crescimento do merca-
tribui para as vendas de portas e
do. No ano passado, a fabricante
janelas”, afirma.
apresentou novas linhas de produ-
Uma aposta para este ano é o au-
tos focados no segmento médio
mento da demanda como consequ-
luxo. Para este ano, a Incepa está
ência dos investimentos para a Copa
investindo na entrada de novos
do Mundo e Olimpíadas. “Diversas
negócios, como metais sanitários,
medidas de estímulo à indústria e à
banheiras e móveis para banheiro.
m o da
80
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Ajustando
a roupa Ações emergenciais para adaptações ao mercado interno fizeram com que o setor voltasse a ser otimista
A
pós anos de crescimen-
Mesmo assim, o volume de importa-
to, a indústria da moda
ções de vestuário ultrapassou a pas-
atravessou tempos di-
sos largos as vendas do varejo, com
fíceis. Por conta
da importação
de vestuários vindos da China, da
os vencedores
19,6%, segundo dados da Abit, em parceria com a AliceWeb e o IBGE.
lenta recuperação da crise nos mer-
Por consequência ao saldo ne-
cados desenvolvidos e da taxa de
gativo, os trabalhadores perderam
câmbio ainda muito valorizada para
as suas funções. “Estimamos que,
exportação, o ano de 2012 foi muito
em 2012, a redução do pessoal
aquém do esperado. O faturamento
ocupado assalariado foi de 130 mil
do setor têxtil e de confecção pas-
postos de trabalho. Com a taxa de
sou de US$ 67 bilhões em 2011,
desemprego na indústria de trans-
para US$ 56,7 bilhões no ano pas-
formação de -1,5%, a de têxtil -5,7%
sado. O setor de vestuário no Brasil,
e da de confecção de -8,9%”, avalia
MALWEE
que já estava com saldo negativo
Aguinaldo Diniz Filho, presidente do
Infantil
em 2011 de -4,4%, inclinou negati-
conselho da Abit. O setor têxtil e de
vamente para -10,5% em 2012.
confecção tem o quarto maior gas-
Feminina
MARISOL
Jovem
HERING
Masculina LACOSTE
Segundo dados da Associação
to com pessoal, índice que gira em
Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), o
torno de US$ 12,4 bilhões por ano,
único setor que se manteve foi o de
só ficando atrás da indústria de ali-
varejo estabilizando-se em 3,6% em
mentos, automotivo e de máquinas
2011 contra os 3,4% no ano passado.
e equipamentos.
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
81
m o da
foto: divulgação
O ano de 2013 será de muito trabalho e com alguns indícios de que este ano será positivo para o setor. “Estamos prevendo que o crescimento da produção do setor têxtil e de confecção tenha alta de até 2%, com faturamento de US$ 53 bilhões”, ressalta Aguinaldo Diniz Filho. Estimativas do Pyxis Consu-
Nos últimos anos, a Hering deixou de ser sinônimo de roupa básica para ser sinônimo de moda
mo do Ibope divulgadas esse ano apontam que o brasileiro pretende gastar R$ 786 com vestuário neste ano. Pela mesma pesquisa, o potencial de consumo da classe C é de R$ 52 bilhões e o da classe B, de R$ 51 bilhões, de um total de R$ 129 bilhões estimados para 2013. A quantia total é 18% superior à registrada no ano passado. Já o poten-
sempre atualizadas com as últimas
cial de consumo da classe A é bem
tendências de moda. Atualmente, a
menor, estimado em R$ 15 bilhões.
empresa soma 584 lojas no Brasil
Mesmo assim, o valor está bem aci-
e 16 no exterior, além de uma rede
ma dos R$ 13 bilhões de 2012.
de multimarcas. Já a Lacoste, vencedora na cate-
Liderança de mercado
82
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Lacoste Vencedora na categoria Moda Masculina, marca celebra 80 anos em grande estilo
goria Moda Masculina da premiação,
Marca fruto de trabalho iniciado
para celebrar os 80 anos da marca
há 130 anos, a Hering, ganhadora
em grande estilo, convidou o céle-
no prêmio Mérito Lojista na catego-
bre designer britânico Peter Saville
ria Jovem, está entre os 10 líderes
para criar o símbolo deste marco na
de vendas do país, com produção
sua história. Com vários lançamen-
de cerca de 4 milhões de peças
tos ao longo do ano, cada coleção
por mês. Nos últimos anos, deixou
apresentada irá destacar um aspec-
de ser sinônimo de roupa básica
to em especial da personalidade da
para ser sinônimo de moda, con-
marca, sempre demonstrando o es-
solidando-se como uma marca de
tilo “Unconventional Chic” do hall da
vestuário completo com coleções
fama do crocodilo.
m ó vei s
84
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Boas
perspectivas O setor moveleiro se reaquece depois de uma temporada com faturamento abaixo do esperado
C
os vencedores Colchões CASTOR
Cozinha
om o país estabilizado
A produção industrial demons-
economicamente e os
trou que também está voltando ao
diferentes
programas
seu ritmo normal, com um aumen-
de crédito que facilitam o finan-
to de 7% em valores nominais, e
ciamento com taxas mais baixas
alta da produtividade de 18,7% em
e maior prazo de pagamento, o
volumes físicos se comparados
brasileiro pode realizar o sonho
com 2011. “Somente os empregos
de comprar a casa própria. Com
ainda não demonstram reação,
a compra da casa, contudo, o
com volume negativo de -7,7% em
consumidor comprometeu grande
2012”, informa Lutz.
KAPPESBERG
parte da sua renda no longo prazo,
Houve uma queda nas exporta-
Cozinha de Aço
não sobrando muito capital para a
ções de 1,3 em 2012, devido ao fator
compra dos móveis. “Mesmo com
cambial, o que desfavoreceu a com-
MADESA
este tipo de endividamento tão ex-
petitividade dos produtos brasileiros
Estofados
tenso, o desempenho do setor mo-
perante aos de outros países. As im-
veleiro no mercado do varejo foi
portações de móveis no ano passa-
KAPPESBERG
de 8,8% no ano passado”, afirma
do chegaram a 30%. “Os móveis de
Quarto
Daniel Lutz, presidente da Asso-
fora chegam com valor inferior, atra-
ciação Brasileira das Indústrias de
palhando a livre concorrência entre
Móveis (Abimóvel).
os produtos,” esclarece Lutz.
ITATIAIA
Estandes e Rakes
HERVAL
Infantil
HENN
Sala de Jantar MOVEIS WW
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
85
m ó vei s
foto: divulgação
De acordo com o executivo, os eventos que o Brasil receberá nos próximos anos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos , em 2016, devem incentivar a aceleração na construção civil. “As indústrias estão operando somente com 85% de sua capacidade, ficando ainda 15% da sua linha
Para 2013, a Castor tem boas expectativas, visto que o primeiro trimestre já se mostrou positivo para a empresa
de produção ociosa. Esperamos que, com o bom ritmo da construção civil, a consequência direta disso seja a aceleração do setor moveleiro”, acredita Daniel.
Futuro promissor Apesar
das
dificuldades
do
mercado, a Castor, vencedora do prêmio Mérito Lojista na categoria Colchões, apresentou desempenho satisfatório em 2012, tanto no que se refere a vendas e movimentação, como em finanças. “Foi um ano cheio de altos e baixos. Para
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
A Kappesberg, ganhadora do prêmio Mérito Lojista na categoria Cozinha e Infantil, se especializou em oferecer soluções acessíveis em móveis com acabamentos de alto padrão econômico. Pensar nas pessoas e contribuir para um futuro
2013, temos boas expectativas,
melhor também são marcas da em-
visto que o primeiro trimestre já se
presa, que destina anualmente ver-
mostrou bem positivo”, revela Hélio
bas para o “Fundo da Criança e do
Antônio Silva, diretor superinten-
Adolescente” de municípios próxi-
dente da empresa.
mos de Tupandi, no Rio Grande do
A Henn, ganhadora na categoria
86
Castor - unidade fabril Empresa apresentou desempenho satisfatório em 2012
Sul, onde reside a fábrica.
Quarto do prêmio Mérito Lojista, se
A Kappesberg também faz toda
destacou pela forte forte responsa-
a reciclagem dos resíduos pro-
bilidade social e compromisso com
duzidos na empresa, trata todo o
o meio ambiente: todos os seus
sistema de esgoto e usa somente
resíduos são encaminhados a um
madeira de reflorestamento na fa-
rigoroso processo de reciclagem.
bricação de seu mobiliário.
pa pela ri a
88
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Ritmo
acelerado Novas regras do mercado e linhas sustentáveis são os trunfos para o setor continuar crescendo
P
ara quem entende que o
grande quantidade de CO2 que po-
setor de papelaria alcança
deria ser emitido ao meio ambiente”,
números de vendas com
explica Carlos Zuccolo, diretor de
apostas somente em acessórios de primeira utilidade, pode se espan-
os vencedores Borrachas MERCUR
marketing da Faber-Castell. Constante
desenvolvimento
e
tar quando começar a conhecer as
aperfeiçoamento de produtos tam-
linhas oferecidas pelo mercado.
bém é o lema da Sheaffer, ganhado-
Produtos luxuosos, altamente tec-
ra na categoria Canetas. Prestes a
nológicos e, acima de tudo, susten-
completar 100 anos de existência, a
táveis conferem a atenção com que
marca comemora 2012 com 7% de
os fabricantes estão olhando para
aumento no faturamento e volume de
o consumidor, que agora está mais
peças. Para dar continuidade a este
exigente e em busca de novidades
ritmo ascendente, a categoria instru-
sem, claro, deixar de lado a linha tra-
mento de escrita fina precisa enfrentar
dicional de seus produtos. A Faber-
alguns desafios, como analisa Glen-
-Castell, uma das ganhadoras do
da Carvalhal, gerente de desenvolvi-
prêmio Mérito Lojista na categoria
mento de canal Sheaffer. “No Brasil,
Lápis, está investindo fortemente nos
há muitos entraves que envolvem
processos produtivos, inovação e na
legislação, altas cargas tributárias,
SHEAFFER
qualidade de vida das pessoas.¨ Re-
além dos altos custos de importação
Cadernos
alizamos pesquisas e estudos cons-
e a grande burocracia que emperra o
tantes para sempre aprimorarmos os
processo como um todo”.
Canetas
TILIBRA
Escrita e Corretivos
produtos e desenvolver novidades.
Outra desafio para o mercado é a
Como os produtos Eco Lápis que
Portaria 481, do Instituto Nacional de
FABER-CASTELL
são desenvolvidos a partir de maté-
Metrologia, Qualidade e Tecnologia
Papel
ria-prima renovável, a empresa retém
(Inmetro), que instituiu a certificação
BIC
Lápis
CHAMEX
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
89
pa pela ri a
foto: divulgação
compulsória para artigos escolares com a proposta de estabelecer critérios para minimizar a possibilidade de acidentes que coloquem em risco a saúde e a segurança de crianças com menos de 14 anos de idade. Para a Bic Brasil, ganhadora na categoria Escrita e Corretivos, este não será um empecilho, mas um diferencial no mercado. “Para a marca, a
A FaberCastell está investindo fortemente nos processos produtivos, inovação e na qualidade de vida das pessoas
qualidade de seus produtos está em primeiro lugar. Por isso, a empresa já possui toda a linha regulamentada pelo Inmetro”, garante Thaís Negretti, gerente de papelaria da empresa.
Outros números A produção brasileira de celulose e papel, em 2012, se manteve estável num comparativo com 2011. Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), de janeiro a dezembro foram produzidos 13,8 milhões de toneladas de celulose (-0,2%) e 10, 1 milhões de toneladas de papel (0,2%). Já nas importações, o ano que passou foram exportadas 8,5 milhões de toneladas de celulose e 1,8 milhão de toneladas de papel, totalizando US$ 6,6 bilhões no ano, o que representa uma queda de 7,4% em relação ao valor de 2011. A Europa se manteve como o principal destino da celulose brasileira e gerou 33% da receita com as vendas externas do produto, seguida pela China e América do Norte, respectivamente, com 18,7% e 13,7%. Já a América Latina permaneceu como principal mercado e foi responsável por 58,4% dessa receita.
90
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Thaís Negretti - bic “A empresa já possui toda a linha de produtos regulamentada pelo Inmetro”
Em relação ao papel, a receita de exportação acumulada registrou queda de 10,8%, na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 1,9 bilhão. Para a Chamex, ganhadora na categoria Papel, o Brasil é a plataforma de grande crescimento para a América Latina. “Entramos no mercado de embalagem por meio da joint venture com o Grupo Orsa, com um investimento de aproximadamente US$ 470 milhões, e ainda concluímos a construção da nova caldeira de biomassa na fábrica de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, em um investimento de cerca de US$ 90 milhões”, sinaliza Gisele Gaspar, gerente de comunicação corporativa da International Paper. “Estamos otimistas em relação a essas novas possibilidades.”
s ervi ço s
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Distribuindo
os serviços O ano de 2012 foi positivo para o setor, graças ao aumento da renda do trabalhador e ao baixo índice de desemprego
P
os vencedores Banco Cooperativo SICREDI
ara a Losango, ganhadora
nhamento mais próximo junto a cada
do Prêmio Mérito Lojista
lojista, além de ter sido intensificado
na categoria financeira/
os treinamentos do Portal de Treina-
sistema CDC (crédito direto ao con-
mentos, que têm o objetivo de pre-
sumidor), 2012 foi um ano desafia-
parar os vendedores parceiros para
dor. As expectativas de crescimento
oferecer o crédito mais adequado a
do PIB (Produto Interno Bruto), o
cada cliente. Como resultado, todas
aumento da renda do trabalhador e
as novas safras de negócios origi-
o baixo índice de desemprego gera-
nadas a partir de abril, medidas 90
ram estimativas de crescimento de
dias depois, foram melhores que as
mais de 10% nas novas aberturas
do mesmo período de 2011.
de negócios e redução nas perdas de crédito.
No ano passado, a Losango também entrou no segmento de tu-
No entanto, logo no primeiro tri-
rismo, acrescentou mais de oito mil
BRASPRESS
mestre, a companhia identificou um
novas sociedades espalhadas pelo
Financeira / Sistema CDC
aumento da inadimplência, sendo
País, principalmente nos segmentos
necessárias diversas medidas para
de móveis, materiais de construção
ajustar esta tendência, ao mesmo
e eletroeletrônicos. Fechou, ainda,
tempo em que reduziu as estimati-
parceria com a rede Polishop. Já
vas de aumento das vendas. Com
para 2013, a empresa insistirá no
isso, a situação foi revertida no se-
crescimento de 10% das vendas e
gundo semestre, fechando o ano
em novos negócios. Mais do que
com resultados positivos.
novos produtos ou serviços, a prin-
Transportadora
LOSANGO
Para isso, foi feito um acompa-
cipal meta da Losango para este
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
93
s ervi ço s
foto: divulgação
ano será fortalecer a sua presença no interior do Brasil.
Grandes investimentos Com crescimento de 7% em relação a 2011, a Braspress, que ganhou o troféu Mérito Lojista na categoria Transportadora, fechou o ano com faturamento de R$ 881 mi-
Para a Losango, todas as novas safras de negócios originadas a partir de abril foram melhores que as do mesmo período de 2011
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
lhões. “Neste caminho, as expectativas para 2013 são tão positivas que já investimos R$ 13 milhões com a aquisição de 150 carretas da Facchini, com o objetivo de atender a demanda prevista diante do PIB”, conta o diretor-comercial da Braspress, Giuseppe Lumare Júnior. Isto porque, no ano passado, a Braspress registrou excesso de
Giuseppe Lumare Júnior – Braspress “A previsão de crescimento para 2013 está em torno de 10 a 15%”
pedidos, o que acabou ocasionando crescimento nos custos e redu-
Em 2012, a companhia já havia
ção nos resultados da empresa. A
investido outros R$ 5 milhões em
previsão de crescimento para 2013
equipamentos para a inauguração
está em torno de 10 a 15%.
do Grupo H&P, a Braspress Logís-
A principal novidade de 2012 foi
tica, sediada em Alphaville, Grande
a inauguração do Hub de 200 mil
São Paulo, que vem executando
m², na cidade de Santa Maria, no
operações de warehouse em seu
Rio Grande do Sul, o que permitiu a
Centro de Distribuição (CD), onde
implantação da operação ‘’Overni-
é realizada uma gestão integrada
ght’’, interligando em 24 horas todo
das operações de recebimento;
o Estado gaúcho.
conferência; armazenagem; pro-
Ainda para este ano, a Braspress
cessamento de pedidos; picking;
contará também com novas filiais
packing; controle de qualidade;
em Eunápolis e Barreiras, na Bahia,
adequação de produtos nas em-
além de mais dois novos terminais,
balagens e etiquetagens; expedi-
um em Bauru, interior de São Paulo,
ção; montagens de kits; sistema
de 50 mil m² e com investimentos
de inventário; gestão de transporte;
de R$ 5 milhões; e outro em Novo
controles sistêmicos (WMS e TMS);
Hamburgo, no Rio Grande do Sul,
controles gráficos (KPI’S) e consul-
com área de mais de 53 mil m².
toria logística/fiscal.
c om uni ca ç ão
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• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
COMUNICAÇãO
ativa Mercado de trabalho praticamente imune à crise impactou positivamente o setor de mídia
E
xiste uma expectativa mui-
de maior peso na economia, salvou o
to positiva para este ano
país de um resultado negativo para o
no setor de mídia, devido
PIB (Produto Interno Bruto), em 2012,
ao quadro de crescimento da massa
o que, consequentemente, impulsio-
VALOR ECONOMICO
salarial e do consumo, segundo con-
nou o segmento de rádio e TV.
Rádio AM
os vencedores Jornal Especializado em Negócios
ta Théo Rochefort, diretor de comu-
Contudo, há, também, muitos
CBN
nicação e relações públicas da Abert
desafios a serem enfrentados, como
Rádio FM
(Associação Brasileira de Emissoras
nos campos fiscal, tributário, regu-
de Rádio e Televisão). “Mas, a gran-
latório e trabalhista. “Mais que isso
REDE GLOBO
de estrela do ano, especialmente
são as dificuldades em defender a
Revista Especializada em Negócios
JOVEM PAN
Rede Nacional de Televisão
para a TV aberta e o rádio, será o
faixa de 700 megahertz, que o go-
PEGN
esporte, com a realização da Copa
verno pretende compartilhar para a
Revista de Circulação Nacional
das Confederações, um aquecimen-
banda larga 4G, de resolução es-
to para a Copa do Mundo, em 2014,
sencial para garantir o acesso de
e as Olimpíadas do Rio de Janeiro,
milhões de brasileiros à TV aberta”,
em 2016”, completa.
conta Rochefort .
VEJA
Jornais Estaduais (AC) A GAZETA - (AM) DIÁRIO DO AMAZONAS - (AP) JORNAL DO DIA - (CE) DIÁRIO DO NORDESTE - (DF) CORREIO BRASILIENSE - (ES) A TRIBUNA - (GO) O POPULAR - (MA) ESTADO DO MARANHÃO - (MG) O TEMPO - (MS) A CRÍTICA - (MT) A GAZETA - (PA) O LIBERAL - (PB) JORNAL DA PARAÍBA - (PE) JORNAL DO COMMÉRCIO - (PI) JORNAL O DIA - (PR) A GAZETA DO POVO - (RJ) O FLUMINENSE - (RO) DIÁRIO DA AMAZONIA - (RN) A TRIBUNA DO NORTE - (RR) FOLHA DE BOA VISTA - (SC) DIÁRIO CATARINENSE - (SE) CINFORM - (TO) JORNAL DO TOCANTINS
Além disso, a renda em expansão
O executivo da Abert afirma ainda
e o mercado de trabalho praticamen-
que a agenda setorial no Congresso
te imune à crise (o desemprego foi o
é extensa, dando ênfase às iniciati-
menor desde 2003, de acordo com
vas que restringem a publicidade em
dados do IBGE - Instituto Brasileiro de
geral (com destaque para alimentos
Geografia e Estatística) fizeram o con-
e bebidas), que confiscam espaço
sumo das famílias brasileiras crescer
nas grades das emissoras sob di-
3,1%. Assim, o setor de serviços, o
versas alegações e ainda compro-
DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013 •
97
c om uni ca ç ão
foto: divulgação
metem a liberdade de expressão e controlam a imprensa.
Ano de prêmios Para a Pequenas Empresas, Grandes Negócios (PEGN), ganhadora na categoria Revista Especializada em Negócios, 2012 foi um ano de êxitos. O veículo cresceu a sua popularidade nas redes sociais, com um aumento no número de seguidores, somando cerca de 300 mil pessoas. Além dis-
Para o Valor Econômico, o destaque de 2012 está no crescimento da receita em 19% com a publicidade
so, teve evidência com os prêmios em jornalismo, com o primeiro lugar no Afras de Sustentabilidade, finalista do Prêmio CNH de Jornalismo Econômico e ganhou os 1º e 3º lugares no Sudeste do Prêmio Sebrae (Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário), na categoria melhor
Valor, o aumento foi de mais de 115%.
reportagem de revista.
Já com a publicidade legal, um dos
Este ano, a revista contará com
pontos cruciais da receita do jornal, o
reformulação gráfica das seções de
desempenho, no ano passado, contou
serviço. “Além disso, vamos também
com 508 balanços publicados.
celebrar os 10 anos do Guia de Fran-
A principal novidade de 2012 foi
quias e manter os vários projetos que
o Valor PRO, serviço de informação
encorajam e capacitam nossos lei-
em tempo real, que contém índices,
tores, como Extreme Makeover e o
cotações, informações de empresas,
Empreendedor de Sucesso”, conta
bastidores e notícias.
Sandra Boccia, diretora de redação da revista.
98
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
Sandra Boccia – PEGN “A revista cresceu a sua popularidade nas redes sociais em 2012”
A meta do grupo para este ano é aumentar a circulação, a captação de
Para o Valor Econômico, ganhador
publicidade legal e a quantidade de
na categoria Jornal Especializado em
eventos e seminários realizados. O
Negócios, o destaque de 2012 está no
número de leitores cresceu, em 2012,
crescimento da receita em 19%, com
29%, chegando a 418 mil, atualmente.
a publicidade, somando 335 novos
Além do jornal diário, o grupo conta
anunciantes. No faturamento com os
com plataformas digitais, 120 suple-
eventos e seminários promovidos pelo
mentos e 30 revistas.
Aguardando anĂşncio
a r ti go I a bril 2013
Navegando guiado apenas
pelas estrelas foto: divulgação
Prof. Dr.Claudio Felisoni de Angelo Presidente do Conselho do PROVAR – FIA
U
ma das definições mais
O comércio, de modo especial o
tacado em um ambiente altamente
varejo, não apenas no Brasil, mas
competitivo, onde todos vendem de
também no mundo, avançou mais
tudo em quase todos os lugares.
lentamente na incorporação dos
Obviamente os entes próximos ao
avanços propiciados pelo nível de
motor dessa corrente, ou seja, o con-
conhecimento humano. A razão
sumidor, dispõem de grandes opor-
desse movimento menos intenso
tunidades. O varejo está exatamente
prende-se a própria natureza da
nesta posição. Cabe a ele decodifi-
atividade. Sendo o varejo uma ati-
car os desejos transformando-os em
vidade basicamente de ligação,
atitudes que orientem a produção e
imaginava-se que seu exercício in-
oferta de bens e serviços.
corporava pouco valor aos produ-
Diz-se que as necessidades são
tos ou mesmo aos serviços. Assim
ilimitadas, mas os recursos limita-
pensavam, por exemplo, alguns
dos. Assim sendo, a compreensão
economistas clássicos.
desses anseios, provenientes do
adequadas de tecnologia
Vê-se hoje que não é assim. A
mercado, é o primeiro passo para
qualifica o termo como o
empresa só existe porque existe
que se movimente o sistema econô-
conjunto de conhecimentos oriun-
mercado,
mico na direção do que se conside-
dos do senso comum e da ciência
porque existem pessoas dispostas
aplicados a finalidades comerciais.
a comprar. Uma empresa só pode
Essa concepção vem se tor-
Desse modo, portanto, a tecnolo-
ser compreendida e dimensionada
nando cada vez mais presente. De
gia está presente em todos os ne-
a partir do mercado que atende. Ou
modo especial no Brasil, após 1994
seja, o consumidor e suas vontades
com a edição do Plano Real, a eco-
é que dão a lógica a partir da qual a
nomia brasileira alçou uma nova
organização opera.
e inédita posição. Os mercados a
gócios. Os processos produtivos de bens e serviços se estabelecem por meio da interveniência de processos suportados por técnicas e meios desenvolvidos e apropriados ao longo do tempo. 100
• DIRIGENTE LOJISTA • ABRIL 2013
mais
especificamente,
ra socialmente desejável.
Tal dinâmica manifesta no mer-
partir desse marco histórico gra-
cado, isto é, nas interações entre a
dativamente, mas de forma firme,
demanda e oferta, tem papel des-
foram se tornando cada vez mais
a r ti go I a bril 2013
A direção do desenvolvimento tecnológico no varejo está intimamente associada aos processos técnicos destinados a compreender as decisões de consumo a partir do comportamento dos indivíduos em suas escolhas
competitivos. De forma crescente,
e da distribuição,
as vantagens estratégicas ,outrora
trata-se de um ce-
confortavelmente estabelecidas na
nário
base de posições hegemônicas,
identificação
foram sendo abaladas pela plura-
tendências.
lidade das opções disponíveis ao
to as discussões
consumidor final. Nesse novo cená-
como a mostra dei-
rio que foi se desenhando o posi-
xaram claro que a
cionamento estratégico competitivo
direção do desen-
passou a requerer uma compreen-
volvimento
são mais precisa do pensamento e
lógico no varejo está intimamente
aparatos certamente podem aju-
atitudes do consumidor.
associada aos processos técni-
dar a obter vantagens competitivas
Em janeiro desse ano, como já
cos destinados a compreender as
sustentáveis. Entretanto, como se
acontece tradicionalmente, na ci-
decisões de consumo a partir do
sabe, para dirigir não basta ter um
dade de Nova York, ocorreu o maior
comportamento dos indivíduos em
carro. É preciso também saber mo-
evento do varejo mundial promovi-
suas escolhas.
ver-se de forma adequada. Aqui,
propício
à de
Tan-
tecno-
das decisões de compra.
Esses
do pela National Retail Federation.
Tendo como referência os pró-
também dispor da tecnologia não
O mencionado evento, além das
prios dados colhidos pela empre-
é de modo algum suficiente. A tare-
palestras e seminários, realiza, pa-
sa, informações do mercado e a
fa de conduzir o veículo tornou-se
ralelamente às seções, uma feira
observação
comportamento
sem dúvida muito mais complexa.
de tecnologia. Para os empresários
dos indivíduos no ponto de venda,
É bom que se saiba que se morre
é uma oportunidade de ver novas
os recursos técnicos procuram,
no deserto por falta de água, mas
possibilidades. Porém, para os es-
pode-se dizer figuradamente, fo-
também se pode perder a vida afo-
tudiosos do mercado de consumo
tografar os desejos motivadores
gado em um oceano de dados.
102
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do