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Aspectos Nutricionais do Envelhecimento Uma das funções inevitáveis do organismo é o envelhecimento, esse processo não discrimina cor, raça, clero e mesmo o dígitos em sua conta bancária. A idade para ser considerado idoso pode ser considerada quando o indivíduo completa um idade superior a 65 anos de idade. Mas o Governo Americano, para o benefício de Securidade Social, a pessoa é consider idosa aos 62 anos de idade. O percentual de idosos em relação ao número total da população tem aumentado desde o início do século, o que pode ser observada na Figura 01 abaixo.
As hipóteses para as causas do envelhecimento podem ser divididas em 2: hipótese genética e hipótese do desgaste sofrimento. A hipótese genética propõem que a morte da célula é desencadeada quando o gene de interromper as funções célula é ativado (morte celular programada). Essa hipótese é sustentada pelo fato de que, culturas de células em labora dividem somente um certo número antes de morrerem. Se as células param de dividir e continuam morrer, o número tot células tende a diminuir, o que resultaria em morte. O estimo de vida é muito importante, pois as pessoas não morrem n mesma idade, assim sendo, é possível diminuir ou acelerar a função de morte celular programada. O que pode explica exemplo, nos EUA a expectativa de vida seja de aproximadamente 73 anos para o homem e 80 anos para a mulher; e no Zaire 46 anos para o homem e 49 anos para a mulher. A hipótese de desgaste e sofrimento sugere que o envelhecimento é resultado do acúmulo de danos celulares, que pode resultar de erros na síntese de DNA ou influências do meio ambiente ( radiação e agentes químicos poluentes ). Uma d maiores fontes de danos celulares são os radicais livres, que são substâncias químicas reativas formadas através de metabólicos normais e exposição a fatores ambientais. 2.1. Alterações Anatomofisiológicas ocorridas com o envelhecimento Com o envelhecimento, o organismo começa a perder determinadas funções e capacidades, o que é plausível. No entanto, pode não tornar evidente por um longo período de tempo porque cada órgão ou sistema orgânico possui uma capacidad reserva ( o que possibilita ao órgão manter uma função ótima mesmo com um número ou função celular diminuídas indivíduos adultos jovens a capacidade de reserva chega a ser 4 a 10 vezes aquele necessária para a manutenção da vida, já em indivíduos idosos essa capacidade diminui e os efeitos do envelhecimento começam a ser evidentes, como: 1. diminuição da função cardíaca e respiratória; 2. diminuição das funções renais; aumento dos ricos a desidratação e mudanças na composição corporal (diminuição da massa muscular magra e aumento da massa gordura, diminuição na densidade óssea aumentando o risco de fraturas ); 3. mudanças nos níveis hormonais dificultando a manutenção da temperatura corporal e níveis de açucar no sangue; 4. diminuição do sistema imunológico aumentando a incidência ao câncer e outras doenças e outras. 5. redução da eficiência com que o oxigênio é liberado para os tecidos; 2.2. Qual o papel da nutrição no envelhecimento É conhecido que uma nutrição pobre podem encurtar a vida, mas a pergunta seria: se a alimentação ingerida no dia-a-dia
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pode afetar a longevidade. Em algumas regiões do planeta, há um grande número de habitantes com idade elevadas ( acima da média em outros locais ), como por exemplo partes da Rússia, Paquistão e Equador. Em todas essas regiões as pessoas não estão acima do peso, hipertensão é quase inexistente, os níveis de colesterol são muito baixos, como são a frequên cardíaca e os níveis de fraturas por osteoporose. O estudo dietético nestas regiões encontrou alimentos incomuns, mas estilo de vida semelhantes: todas as pessoas trabalhavam no campo, consumiam uma grande quantidade de vegetais e tinham um forte suporte psicológico para suportar o envelhecimento. Um dado interessante é que, animais que se alimentam com apenas 2/3 de sua dieta normal, eles encontram todos os nutrientes necessários e o processo de envelhecimento é retardado e o tempo de vida foi de aproximadamente 70% ma restrição alimentar atrasa ou diminui as mudanças fisiológicas associadas com a idade, tal como alteração nos níveis hormonais e funções autoimunes, reduzindo assim a incidência de doenças como: câncer, ríns, coração e desorden autoimunes. Esse efeito é desconhecido em humanos, mas pessoas com peso menor que 11 a 20% em relação a média tê menos fatores de riscos a doença. 2.3. Exercício e dieta saudável em relação ao envelhecimento As maiores causas de morte atualmente são as doenças cardiovasculares, hipertensão e câncer. Essas doenças desen lentamente e os seus sintomas aparecem após muitos anos de leves mudanças. O exercício e a dieta saudável necessariamente não previne essas doenças, mas elas podem diminuir essas mudanças que acumulam com o tempo. Assim sendo em relação a obesidade pode prevenir pela apropriada ingestão e gasto calórico. # em relação aos fatores de riscos para doenças cardiovasculares podem ser diminuídas pelo exercício e por uma dieta baixa em gorduras saturadas. # a hipertensão pode ser reduzida através do exercício e de uma dieta pobre em sódio e adequada de potássio, cálcio e minerais. # o câncer poderá ser reduzido por uma dieta rica em fibras, vegetais e alimentos antioxidantes. # a osteoporose pode ser diminuída por uma dieta adequada de cálcio e exercícios por toda a vida. # o exercício também pode atrasar o início das doenças crônicas e prevenir algumas mudanças que estão associa envelhecimento: prevenir a diminuição do VO2, função cardíaca, massa magra, tamanho e força musculares, taxa de captação de glicose pela célula e conteúdo mineral ósseo. 2.4. Fatores que afetam a ingestão, absorção e utilização alimentar em idosos. A. Fatores que afetam a absorção e utilização dos nutrientes Com a idade observa-se redução na secreção de ácido estomacais, que diminuem a absorção de ferro, cálcio, vitamina B12 e outros nutrientes da dieta. A secreção de sucos digestivos do pâncreas e intestino delgado também diminuem, reduzi habilidade para a digestão e absorção dos nutrientes. Diminuição da função do cólon, da elasticidade e motilidade i diminuição do tônus nos músculos abdominais e pélvicos e da percepção sensorial causam constipação que é 4 ou 8 veze maior nos idosos em relação aos indivíduos jovens. A gordura pode infiltrar no fígado com o envelhecimento reduzindo sua função. O pâncreas pode menos responsívo aos níveis de glicose no sangue e as células corporais podem tornar-se mais resistentes à insulina ( resultando em diabetes ). Mudanças no coração e nos vasos corporais diminuem o fluxo sangüíneo para os ríns, dificultando a remoção da urina. B. Fatores que afetam a ingestão alimentar As mudanças sensoriais são as reduções na sensação olfativa e gustativa com a idade, acarretando a diminuição na busca e prazer na alimentação. visão também diminui, acarretando dificuldades na escolha e na própria alimentação. Nesses casos, recomenda-se uma die rica em frutas e vegetais que contenham nutrientes antioxidantes capazes de prevenir ou amenizar estas desordens. limitações físicas As podem interferir na habilidade em consumir, adquirir e preparar alimentos. O mais comum problema que afeta o consumo de alimentos é a incapacidade de mastigação ( doença denominada de periodontal: degeneração dos ossos de sustentação d dentes ), diminuição na secreção da salivação ( causando boca seca e dificuldade em mastigar ) e medicamentos qu hipertensão, antidepressívos e descongestionantes diminuem a salivação e como conseqüência a própria mastigação p interferir no sabor e assim diminui o interesse no alimento. A habilidade em adquirir e preparar alimentos pode também ser limitada pela diminuição da mobilidade física, que p diminuída pela redução da eficiência cardiorespiratória (que pode ser diminuída pelo sedentarismo, sendo possível modificada por um programa de condicionamento físico). A osteoporose pode levar a fraturas que levam a diminuiç mobilidade, atividade física e interação social e portanto afetar a ingestão alimentar. Outra doença que contribuem p diminuição da mobilidade é a artrite. A diminuição da função mental pode também afetar o acesso ao alimento e a habilidade em prepara-lo. A doença é denominada de Dementia, que é
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diminuição de memória, raciocínio e julgamento. Em 1987, National Institutes of Health Consensus Conference on Diagnosis of Dementing Diseases conclui que a deficiência as vitaminas B12 e C como uma das mais comuns causas da doença. Em estudos com suplementação de vitamina B12 na dieta em pacientes com dementia, essa doença diminuiu 61%. As outras causas é a doença de mal de Alzeimer ( progressiva e incurável perda da função mental ), derrames ( que po reduzida por uma dieta pobre em gordura e moderada em sódio ) e em menor intensidade o álcool. Os fatores ambientais e socioeconômicos também podem afetar a ingestão alimentar. Aproxi- madamente 30% dos idosos americanos moram sozinhos, o isolamen social pode causar isolamento e depressão que consequentemente reduzem o apetite e a quantidade e qualidade alimentar renda e falta de meio de transporte podem limitar o acesso do idoso ao alimento. Os idosos tomam muitos medicamentos ( drogas ) pois são acometidos de doenças agudas e crônicas, representando cerca de 25% dos usuários ( sendo apenas 11% da população adulta americana ). Alguns medicamentos podem afetar o apetite, absorção, metabolismo e excreção de nutrientes. A aspirina possui a capacidade de irritar o sistema gastrointestinal possibilitando perdas de ferro e a digoxina promove perda do apetite e naúseas. Algumas drogas diminuem a absorção aos nutrientes: questran (utilizando para diminuir o coleste também diminui a absorção de vitaminas A, D, E, K, B12 e Fe. Antiácidos ( contendo magnésio) diminui a absorção de fósforo e a longo tempo a osteoporose. Laxante depleta cálcio, potássio e gorduras. Os diuréticos ( usados para tratamento de hipertensão e edema ) causam perda de líquidos e excreção de potássio. 2.5. Recomendações nutricionais para o idoso A. Necessidades protéicas e energética A necessidade energética diminui com a idade, tanto a obesidade como abaixo do peso são problemas no envelhecimento. No entanto, deve-se comentar um aspecto muito interessante, os níveis de obesidade são maiores em idosos que mora sozinhos. Em asilos predomina idosos com pesos abaixos da média ( isto se deve, talvez, a alimentação diminuta ). A ma magra diminui com a idade como também a atividade física, exigindo uma diminuição na energia requerida. A atividade física pode contribuir em amenizar a perda de massa muscular magra. B. Necessidades de Fluídos As recomendações de ingestão de fluídos é a mesma para idosos e jovens. No entanto, nos idosos há diminuição na sensação de sede, que pode diminuir a ingestão de fluídos, diminuindo a perda de água. As perdas também podem ser aumentada devido a diabetes ou doenças causadas pelo vômito ou diarréia. Todos esses fatores aumentam a chance de desidrata indivíduos idosos. C. Necessidades Vitamínicas e Minerais Os idosos podem apresentar deficiências em vitaminas e minerais, isto se deve a deficiências na ingestão, perdas exce aumento nas necessidades ou a combinação de vários fatores. Um exemplo disto é em relação a vitamina D: o idoso que níveis sangüíneos abaixos dos normais, isto pode ser devido a baixa ingestão, limitada exposição ao sol, diminuição capacidade de síntese na pele e diminuta capacidade para formar a vitamina ativa nos ríns. A baixa concentração de vitamina D diminui a absorção de cálcio e consequentemente osteoporose. Dietas acima de 800mg de cálcio não tem sido satisfatória em reverter esse quadro. Vários pesquisadores, Ribaya-Mercado, J. D., et al, 1991; Klein, S., et al, 1990 e Fanelli, M. T., et al, 1989, estudaram o quadro vitamínico dos idosos e suas conclusões foram muito semelhantes. %0 a 90% ingerem uma dose menor de Vitamina B6, mais de 42% ingerem dose menores de Vitamina C e 65% ingerem dose menores de Vitamina A. Segundo Chandra, R. K., 1992, suas conclusões sugerem uma alimentação ( via alimentos ou suplementação ) ideal de micronutrientes são necessário aumentar nas respostas imunológicas em idosos. No entanto, deve-se saber qual micronutriente a ser suplementado. Pois a ingestão oral de magnésio (15 mmol/dia ) e pacientes da unidade coronária durante 18 meses para prevenir a incidência de infarto agudo no miocárdio não aprese qualquer benefício, segundo Galloes, A.M., et al, 1993. O assunto é muito importante pois a população de idosos nos EUA, Canadá e também no Brasil tende a aumentar. Tornado-os uma faixa de grandes interesses governamentais e de negócios. Assim sendo, no Canadá existem vários projetos ( Food Guide Pyramid or Canada’s Food Guide to Healthy Eating, The Dietary Guidelines and Canada’s Guidelines fo Healthy Eating ) que buscam estudar melhor o idoso e sua relação com a nutrição. Como também, em 1991, as vendas de suplement vitamínicos movimentou somente nos EUA 4,2 bilhões de dólares.
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