Panfleto Ato primeiro de Abril - 50 anos do Golpe

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Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora Jornalistas, dirigentes sindicais e representantes de movimentos sociais uniram-se para criar o Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora. O objetivo é discutir alternativas para contrapor a mídia tradicional, diante da necessidade da disputa de ideias para que os trabalhadores sejam vistos e ouvidos. O Fórum é mais um passo para avançar na luta contra o monopólio da mídia e pela democratização da comunicação.

Prioridades de lutas do Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora: 1) Democratização dos Meios de Comunicação: - Luta por Lei de Meios/ Marco Regulatório da Internet; - Aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para Democratização das Comunicações no Brasil. 2) Criação de uma Agência de Notícias Sindical e de Movimentos Sociais na Internet.

Por uma comunicação para os trabalhadores! Esta luta deve ser de todos nós Entidades que assinam o Manifesto e fundaram o Fórum: Sindprevs/SC, Sinasefe, Sindaspi, Sintrajusc, Seeb Floripa, Sintespe, Sintufsc, Sindicato dos Farmacêuticos, Sindes, SindSaúde, Sinergia, Sintaema, CUT/SC, CTB, MST, Consulta Popular, Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura (CpCC), Portal Desacato e Revista Pobres & Nojentas.


Manifesto do Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora

A

mídia burguesa transformou a notícia em produto do mercado, tirando dela a função social. A pauta é construída visando lucro e tornou as pessoas em consumidores passivos do espetáculo que substituiu a informação, a reflexão e a contextualização dos fatos, com a finalidade de invisibilizar ou distorcer o que não responda às expectativas do capital. O Brasil vive décadas de atraso, se comparamos o que acumularam as elites com a espetacularização da comunicação, a banalização da mentira e a alienação da sociedade. Isso provoca a pouca mobilização dos trabalhadores no sentido de defender a Soberania Comunicacional e seu Direito Humano à comunicação diversa e democrática. Os donos da mídia viram suas costas para a classe trabalhadora, ignorando suas pautas e apresentando sobre ela ideias distorcidas e enganosas. Agem como partido político a serviço da elite (são a própria elite) e, em tempos eleitorais, produzem fatos em nome dos interesses do capital e da concentração de poder. A falta de um marco regulatório das comunicações no Brasil, amplamente discutido com a sociedade, é a brecha que permite a concentração comunicacional e que o dinheiro e o poder

definam as regras do jogo das concessões de rádio e TV. O monopólio das comunicações impede a construção de um jornalismo libertário que ofereça espaço para a manifestação dos diversos atores sociais e da pluralidade cultural brasileira. Diante do desafio de enfrentar o monopólio da mídia conservadora e da necessidade de construirmos uma comunicação oriunda da classe trabalhadora, surge mais um instrumento coletivo e representativo da luta dos trabalhadores organizados: a criação do Fórum de Comunicação de Santa Catarina, que integra diferentes entidades dos movimentos sindical e social e alguns veículos formados por trabalhadores, unificados em torno da democratização da comunicação. O Fórum nasce também com o objetivo de unificar os diversos agentes regionais comprometidos com ações contra -hegemônicas à ditadura comunicacional imposta pela mídia tradicional. O Fórum se propõe a debater e pensar ações e atividades para uma comunicação que ofereça espaços nos quais a voz do povo, dos trabalhadores e trabalhadoras possa, de fato, se expressar, sendo mais um passo em direção à construção de outra informação, que não interesse somente aos que detêm os meios de produção, mas à classe que move o mundo, a classe trabalhadora.


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