Foto: Dorival Elze Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR
1995-2013: governo estadual do PSDB assinou 618 contratos em várias áreas, suspeitos de superfaturamento e pagamento de propina. O governo Fleury (1990-1994) também esteve envolvido. As irregularidades vêm sendo denunciadas desde 2008, mas só agora ganharam destaque na mídia, depois que um executivo da Siemens admitiu que a empresa pagou suborno para ganhar licitações.
Flaviana Serafim
José Luis da Conceição/GovSP
Gilberto Marques/GovSP
Um dos casos envolve o Metrô e a CPTM, no qual as empresas ao lado formaram um cartel da corrupção, ou seja, fizeram acordo entre si para participarem das licitações, aumentando o custo das obras em até 30% e pagando ao governo estadual cerca de 8% do valor dos contratos em propina. Este dinheiro poderia ter sido investido em habitação, transporte de qualidade, educação, saúde e até em tarifa gratuita para a população na capital e no interior.
As comissões parlamentares de inquérito, também conhecidas pela sigla CPI, servem para levantar informações e fiscalizar um determinado assunto de interesse da sociedade. A criação da CPI da corrupção do PSDB na Assembléia Legislativa de São Paulo (ALESP) irá investigar os desvios de recursos públicos nas obras do Metrô e da CPTM. Para que isso seja possível, você pode ajudar fazendo pressão sobre os parlamentares de sua região. Para a criação de uma CPI, 32 deputados precisam assinar o pedido a ser protocolado na ALESP. Até agosto deste ano, apenas 27 deputados assinaram a solicitação.
02
01
Baleia Rossi PMDB
Samuel Moreira PSDB
08
Chico Sardelli PV
Carlos Cezar PSB
Rafael Silva PDT
10
Dilmo dos Santos PV
16
Rita Passos PSD
04
Aldo Demarchi DEM
Barros Munhoz PSDB
09
15
03
17
Roberto Engler PSDB
05
Cauê Macris PSDB
11
Feliciano Filho PEN
Gilson de Sousa DEM
18
Roberto Massafera PSDB
Campos Machado PTB
12
19
Rogerio Nogueira PDT
07
06
Célia Leao PSDB
13
Maria Lucia Amary PSDB
14
Milton Vieira PSD
21
20
Roberto Morais PPS
Welson Gasparini PSDB
01 samuelmoreira@al.sp.gov.br 02 baleiarossi@al.sp.gov.br 03 barrosmunhoz@yahoo.com.br 04 ademarchi@al.sp.gov.br 05 cauemacris@al.sp.gov.br 06 cmachado@al.sp.gov.br 07 cleao@al.sp.gov.br 08 chicosardelli@al.sp.gov.br 09 carloscezar@al.sp.gov.br 10 dilmodossantos@al.sp.gov.br 11 felicianofilho@al.sp.gov.br 12 deputadogilson@al.sp.gov.br 13 mlamary@al.sp.gov.br 14 miltonvieira@al.sp.gov.br 15 rsilva@al.sp.gov.br 16 rpassos@al.sp.gov.br 17 rengler@al.sp.gov.br 18 rmassafera@al.sp.gov.br 19 rnogueira@al.sp.gov.br 20 rmorais@al.sp.gov.br 21 welsongasparini@welsongasparini.com.br
O alto valor dos pedágios paulistas prejudica tanto quem usa carro ou ônibus quanto aqueles que sequer têm um veículo, já que o custo aumenta o preço dos produtos transportados, fazendo com que alimentos, remédios e outros cheguem sempre mais caros à população. O valor médio das tarifas nas rodovias paulistas é de R$ 12,76 a cada 100 km, contra R$ 5,11 nas estradas federais e R$ 8,00 do custo médio em outros países. Isso é o resultado de 15 anos de privatizações nas estradas, quando o governo do PSDB passou às
concessionárias a responsabilidade pela administração das rodovias. São 6,3 mil km privatizados, com mais de 140 praças de pedágio. Quem vai da capital até Bauru (330 km), paga R$ 50,60 na ida e mais R$ 53 na volta. Até nos trajetos menores, o preço é elevado. Quem sai de Indaiatuba para trabalhar em Campinas, paga R$ 21 diariamente para circular apenas 31 km em cada trajeto, ou R$ 462 mensais, só nos dias úteis. Assalto ao bolso dos trabalhadores/as - Mesmo sem o reajuste anual - que seria em julho último, mas foi
suspenso por conta da pressão das manifestações populares - o preço continua muito caro. Desde as privatizações, o aumento dos pedágios chegou a 168% acima da inflação. Um verdadeiro roubo ao bolso da população! E enquanto todos nós bancamos esse 'assalto', empresas e governo 'engordam' seus cofres - de 1998 a maio de 2013, as concessionárias lucraram mais de R$ 52 bilhões e outros R$ 10,4 bilhões foram repassados ao governo estadual do PSDB.
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