Em 2010, as mulheres reafirmaram a sua posição de luta e demonstraram para uma sociedade patriarcal e machista que nós podemos. A eleição de Dilma Roussef e Marta Suplicy, ambas comprometidas com a plataforma política das mulheres, mostrou que "podemos e queremos muito mais": Não temos dúvidas que com a garra e o espírito de luta de nossas companheiras vamos ocupar o que é nosso por direito, ampliando nossa representação no parlamento, no mercado de trabalho e, principalmente, no movimento sindical, como já vem acontecendo. Neste ano, nós mulheres estaremos em luta pela igualdade no trabalho e salário, como também pela valorização do salário mínimo. Não podemos nos esquecer que esta é uma política fundamental e de grande impacto na vida das companheiras que recebem apenas um salário e são chefes de família. Em 2011, levaremos para a sociedade o debate por creches públicas, que é um direito da criança, da família e responsabilidade do Estado e do empregador. Outro tema que, infelizmente, faz parte do nosso cotidiano é a violência contra a mulher, por isso temos que fortalecer a Lei Maria da Penha, repudiando qualquer ato de agressão e ou entendimento do Supremo Tribunal de Justiça que possa tornar mais branda a pena para a selvageria praticada. Durante o mês de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, realizaremos diversas atividades em todo o Estado de São Paulo, como o CUT Cidadã. Estes serão momentos importantes de reflexão, organização e mobilização rumo a Marcha das Margaridas, que colocará 100 mil mulheres em Brasília, ecoando que temos 2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, liberdade e igualdade. Temas importantes serão tratados em várias conferências de políticas públicas, dentre elas, a III Conferência de Políticas para as Mulheres, que terá como foco o combate a miséria e a pobreza, uma vez que são as mulheres, maioria da população, e especialmente as negras, que vivem na pobreza extrema desse país. Conclamamos toda a classe trabalhadora a intensificar a mobilização e participar ativamente de todo o calendário de luta para que possamos avançar em novas e históricas conquistas: autonomia econômica, social e política das mulheres. Vamos mostrar que nós podemos e queremos muito mais, sempre de olhos bem abertos para que sejam ampliadas nossas vitórias, sem permitir nenhum tipo de retrocesso. "Estamos de olho nos direitos das mulheres". SECRETARIA ESTADUAL DA MULHER TRABALHADORA Sônia Auxiliadora