20170416 da

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Presidente Cassiano Anunciação

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Domingo, 16 de abril de 2017 d24am.com.br Manaus Amazonas Ano32 Número 12164

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4/ POLÍTICA

PRESO CUSTA O DOBRO POR ‘FALTA DE ESTRADAS’ Em ação que pede o fim do contrato com a Umanizzare, o Governo do Amazonas diz que paga mais que o dobro de São Paulo “pela escassez de rodovias”. A maior compra de itens no serviço é na alimentação

19/ CIDADES

Estado está sem helicópteros para salvamentos

Jair Araújo Sandro Pereira

20/ CIDADES

11/ ECONOMIA

População do Viver Melhor convive com insegurança e medo

Quase 40 mil no Estado ainda têm direito ao abono 24/ CIDADES

Se escondendo da ação dos traficantes e dos presidiários foragidos, milhares de moradores temem pela segurança de suas famílias Bairro teve, pelo menos, 11 assassinatos

Católicos têm três celebrações Eucarísticas


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OPERAÇÃO COMBATE GARIMPO ILEGAL DE OURO NA TERRA INDÍGENA YANOMAMI Ibama/Divulgação

Terra:mais 48assassinatos ocorreramnaAmazôniaLegal

N

esta segunda-feira, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2016. É a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais. O lançamento ocorrerá a partir das 14h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). O relatório de 2016 destaca o maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos 13 anos, 61 assassinatos – 11 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 50 assassinatos. 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal. Além do aumento no número de assassinatos, houve aumento em outras violências. Ameaças de morte subiram 86% e tentativas de assassinato 68%. Os dados mostram 2016 como um dos anos mais violentos do período em que a CPT faz o registro desde 1985.

nOIbama,aFunai,aPolíciaFederal(PF)eoExércitoBrasileirorealizaram,naúltimasemana,operaçãodecombateao

garimpoilegaldeourona terraYanomami,emRoraima, que resultou nadestruiçãode 20 acampamentos enaapreensão de quatro balsas, uma voadeira, 6 motores, 5 geradores, 1 telefone satelital e 200 metros de mangueira para garimpo, alémdaaplicaçãodeR$1,3 milhãoemmultas. Três garimpeiros foramdetidos eencaminhados parainterrogatórionaPF.

n

Gastos dobrados Em 2014, ano da reeleição de José Melo (PROs), a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas gastou R$ 209.642,62 em passagens e diárias. No ano seguinte, 2015, R$ 76.799,80

n

Eron no TCE 1 Na semana em que foi acusado por delator na operação Lava Jato, o ex-deputado Eron Bezerra (PCdoB) foi notificado sobre decisão desfavorável no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

n

Eron no TCE 2 Ele deve tomar ciência de uma decisão sobre convênio da Secretaria de Produção Rural, da qual foi secretário, com uma associação de produtores de guaraná de Maués .

n

R$ 37 mi em pediatria A Susam acaba de homologar um contrato de R$ 37 milhões com a Sociedade Pediátrica de Assistência Neonatal do Amazonas, para plantões em suas maternidades.

n

Stents de R$ 266 mil A Susam também acaba de dispensar licitação para comprar 42 stents farmacológicos para pacientes com angioplastia coronariana, por R$ 266,4 mil, da empresa Biosaúde.

Fachin falou da responsabilidade da sociedade OministroEdsonFachin disse,emagosto, quenão subscreviapor inteiroaideia de quea últimapalavraéado SupremoTribunalFederal. “O STFdefineoestadodaarte numdadomomentoenum dado tempo. Mas o titular últimoacaba remetendoà própria sociedade”,disse.

n Delator: senha era vim pegar o meu chocolate Ochefedo setor depropinas daOdebrecht,Hilberto Mascarenhas,disse queera usado umesquemade senhas paraidentificar apessoaa quemdeveria ser entregueo suborno. Oenviadopela pessoa que receberiao subordodiziaaoentregador: “vimpegar meu chocolate”.

Atuação do MP-AM 1 Começa nesta segunda-feira o Workshop Geração de Cenários Prospectivos, do Ministério Público do Estado (MP-AM).

n

Atuação do MP-AM 2 O evento vai apresentar e analisar o resultado da pesquisa sobre temas de impacto sobre a atuação do órgão.

n

Ajuda a venezuelanos Ogovernofederalenviou R$480 milaogovernodeRoraima,para atender os fugidos dodesemprego edafomedaVenezuela.

n

Gabinete do vice Em 2016, de acordo com o Portal da Transparência do Estado, o gabinete do vice-governador custou R$ 1,8 milhão aos cofres públicos.

n

Previdência em discussão Entidades sindicais vão discutir a proposta do governo para a Reforma da Previdência, de 24 a 27 de abril, no Campus da Ufam.

n

Com 198 vagas OTREdoAmazonas abriu novo estacionamento,paramagistrados, advogados e servidores.

MAIS INFO

11,36 milhões de declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) foram enviadas pelos contribuintes até as 17h de quinta-feira, segundo informações da Secretaria da Receita Federal.

50 centímetros é quanto falta para o Rio Negro atingir os níveis observados nos anos em que ocorreram as cheias históricas. No Porto de Manaus, o nível do Negro segue abaixo do observado no mesmo período, em 2012, quando ocorreu a maior cheia.


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ZFM PARA MUNICÍPIOS AGUARDA TRAMITAÇÃO Câmara dos Deputados Projeto leva incentivos a Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e Manacapuru Álisson Castro Redacao@diarioam.com.br Manaus

O

projeto de lei que pretende expandir a área de atuação da Zona Franca de Manaus pra outras cidades da região metropolitana ainda deve demorar para ser votado na Câmara dos Deputados, de

acordo com o trâmite na Casa Legislativa. O projeto foi apresentado em 22 de fevereiro pelo deputado federal Hissa Abrahão (PDT) e pretende levar a Zona Franca de Manaus para os municípios de Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, CareiroCastanho,Autazes,Silves, Itapiranga, Manaquiri e Manacapuru.

Atualmente, a proposta está tramitando na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) onde, no último dia 5, foi designado como relator o deputado federal pelo Amazonas Átila Lins (PSD). Desde o dia 7, a Comissão está contando prazo de cinco sessões da Câmara para apresentação de emendas à proposta.

Após passar pela Cindra, o projetoainda tramitaránas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Finanças e Tributação além da Constituição e Justiça e de Cidadania. Na justificação do projeto, o deputado Hissa Abrahão cita que a inauguração da Ponte Rio Negro causou crescimento urbano na margem direita do Rio Negro, o que refletiu em

um maior desenvolvimento econômico na região. “Desta forma, cumpre salientar que a área física de Manaus propostas as instalações, acomodações e arranjos dos empreendimentos advindos em razão do regime tributário diferençado, queas atrai, torna-seabstrusa, sendo este mais um ensejo claro e óbvio da admissão da acenada ideação legal em comento”, cita o parlamentar.


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Política

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Governo do Estado diz que paga mais caro para a Umanizzare por ‘falta de estradas’ Defesa na Justiça Em março, a ministra Cármen Lúcia criticou o alto custo dos presos no Amazonas: Está custando, em média, R$ 4,9 mil por mês, sendo que, em São Paulo, o valor é de menos de R$ 2 mil por mês” Edmar Barros/Futura/Estadão

Álisson Castro Redacao@diarioam.com.br Brasília

M

esmo após a ministra presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cármen Lúcia, afirmar que o Amazonas paga o preço mais caro do País por cada detento do sistema prisional do Estado, o Governo do Amazonas voltou a defender a manutenção do contrato com a empresa Umanizzare. A defesa foi feita na ação popular, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em que advogados pedem o cancelamento do contrato, por indícios de superfaturamento. O governo alega que os preços são mais altos por falta de estradas no Estado. Em documento apresentado a Justiça Estadual para justificar o alto custo de gastos com presos no Amazonas, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) diz que “os indícios de superfaturamento no contrato (que o custo individual de cada preso do Estado do Amazonas) supera a média nacional não está comprovado nos autos de forma categórica, pois para tanto se necessita de perícia contábil para exata compreensão da quantificação, tendo em vista que é fato notório que os preços no Amazonas tendem a ser mais elevados que no resto do Brasil, em virtude da dificuldade logística que o Estado possui, pela escassez de rodovias e necessidade de se utilizar, em grande parte, de transporte aéreo”. No último dia 17 de março, a ministra criticou o alto custo dos presos no Amazonas, durante uma sessão do CNJ. “O preso do Amazonas é um dos presos mais caros do País, hoje. Está custando, em média, R$ 4,9 mil por mês, sendo que, em São Paulo, o valor é de menos de R$ 2 mil por mês”, disse a ministra. Para o governo, “não havendo prova de lesividade, no que diz respeito ao aspecto econômico-financeiro, deve a

Massacre de Presos Umannizare é responsável pelo Complexo Penitenciário Anísio Jobim e pela Unidade do Puraquequara, onde rebeliões terminaram com 60 mortos

presente argumentação ser rejeitada, passando o Estado a demonstrar a legalidade dos demais procedimentos relacionados à contratação e prorrogação do contrato administrativo em tela”. Em outro trecho da contestação, o governo garante não haver provas de que as doações eleitorais que a empresa Umanizzare fez a campanha do governador tenha relação com a renovação do contrato com a empresa. “Os autores populares alegam que a relação contratual firmada entre o Estado do Amazonas e a Umanizzare está viciada por desvio de finalidade, com suposta alegação de que ‘há ligações espúrias’ entre a Administração da Umanizzare e o alto Escalão do Poder Executivo do Estado, havendo, inclusive, a realização de doações em período eleitoral. Trata-se de argumentação que não sobrevive à análise mais apurada, pois carece de provas para sustentá-las, sendo meras conjecturas, pois não se pode confundir a possibilidade jurídica de doações eleitorais com o desvio de finalidade do contrato administrativo em questão”, cita a PGE. Contrato

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que a parceria público-privada responsável pela administração prisional no Amazonas representa uma despesa milionária para a so-

ciedade, pois o Governo do Amazonas desembolsou R$ 326,3 milhões, em 2016, para cumprir o contrato de cogestão prisional com a empresa Umanizzare. Para gerir cinco das 12 unidades do sistema

GRUPO

Doações de R$ 1,2 milhão para campanha do governador Melo Protagonistade ummonopólio nagestão terceirizadade presídios noAmazonas,afamília dopresidentedaFederaçãodo ComérciodoCeará (Fecomércio-CE),Luiz Gastão Bittencourt, usou umaempresa com sedeemFortalezae sem negócios comoestadodoNorte para realizar,em 2014, umadas maiores doações decampanha doatualgovernador,JoséMelo (PROS):R$1,2 milhão. O repasse foifeitoatravés daServalServiços eLimpeza, que temcomo administrador Luiz Fernando MonteiroBittencourt,filhode Gastão. Umaoutrafirma,aAuxílio AgenciamentodeRecursos Humanos, que tementreos sócios oprópriopresidenteda

Fecomércio-CEejáadministrou cadeias doAmazonas,doou mais R$ 300 mil. Procuradopor meio de suaassessoriadeimprensa,o governador não sepronunciou. Umlevantamentofeitopelo jornalOGlobomostrou que, desde 2003,foramcriadas ao menos 12 empresas queorbitam em tornodafamíliaBittencourt e tomaramcontadomercadode gestãodecadeias noAmazonas. OMinistérioPúblicopediu ao TribunaldeContas doEstado (TCE) queavaliea rescisãodos contratos comaUmannizare. As suspeitas sãode superfaturamento,mau usodo dinheiropúblico,conflitode interesses empresariais e ineficáciadagestão.

prisional do Estado, que tem cerca de 10 mil presos, a companhia se tornou a principal recebedora de recursos do Governo do Amazonas. Para o CNJ, a situação está sem perspectiva de mudança. Um dos exemplos é que, em 7 de fevereiro, o Diário Oficial do Estado (DOE) publicou a prorrogação de três contratos da Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda., por mais 12 meses, no valor total de R$ 108.607.494,4, para serviços em presídios do Amazonas. A Auxílio, antiga Companhia Nacional de Administração Prisional (Conap), faz parte do grupo empresarial que recebeu R$ 1,1 bilhão do Estado do Amazonas, entre 2010 e 2016, para administrar os presídios de Manaus. O grupo é composto também pela Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda. que faz parte do Consórcio Pamas - Penitenciárias do Amazonas, formado com a LFG Locações e Serviços Ltda., e tem contrato com o governo com prazo de 27 anos, prorrogável até 35 anos. Só a Umanizzare já recebeu mais de R$ 1 bilhão do Estado do Amazonas.


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Laptop de diretor da área de propina da Odebrecht foi jogado no mar de Miami Delação da Lava Jato Com computador, foi jogado no Oceano Atlântico, no hemisfério norte, o Pen drive com o programa ‘Iron key’, dispositivo que daria acesso ao banco de dados do setor de propina Reprodução/TV

Estadão Conetúdo Redacao@diarioam.com.br Brasília

P

rocurado por integrantes do setor de tecnologia da Odebrecht para entregar o computador pessoal, o diretor do setor de Operações Estruturadas, responsável pela distribuição de propinas, Hilberto Mascarenhas tomou a decisão de se desfazer do aparelho jogando-o ao mar,emMiami. A decisão foi revelada pelo ex-dirigente em delação premiada prestada no âmbito da operação Lava Jato. No depoimento, os investigadores questionaram Mascarenhas sobre a destruição de provas e mudan-

ças do setor para a República Dominicana. Ao falar sobre a entrega do laptopaumdosfuncionários da área de tecnologia da empresa, Mascarenhas disse que não iria fazer o procedimento, uma vez que, no aparelho, além dos dados do setor, havia informações pessoais. “Tentei tirar. Comprei um hard disc para poder gravar as coisas pessoais, mas não consegui porque na hora que disse que não ia entregar o computador, ele bloqueou as minhas senhas. Então, eu não conseguia ligar o computador. Desfiz do meu computador nessa viagem (aMiami)sem tirarminhascoisas pessoais e nem a da empresa”, ressaltou oex-dirigente. Segundo ele, junto com

Mascarenhas “Marcelo vivia enchendo o saco da gente para não ter guardado nada”

computador, foi jogado o pen drive com o programa ‘Iron key’, dispositivo que daria acessoaobancodedados dosetor de propina. Ao falar sobre o con-

teúdo que continha no computador pessoal e no celular da empresa, o ex-diretor disse que não havia o costume de guardar muitas informações e alfinetou

o ex-chefe Marcelo Odebrecht, ex-presidentedaconstrutora. “OMarcelo viviaenchendoo saco da gente para não ter guardado nada no nosso (aparelho) e, quandoelefoipreso,numdele tinha tudo”, ironizou. Mascarenhas também informou que a mudança do setor de propinas, em 2014, da cidade de Salvador (BA) para a República Dominicanafoi umadecisãodeMarcelo Odebrecht. A decisão ocorreu após os avanços das investigações da Lava Jato. Na mudança, também foram transferidos os funcionários Luiz EduardoSoares e Fernando Migliaccio, que passaram a trabalhar de segunda a sexta-feira na República Dominicana e, nos finais de semana, se encontravam com familiares emMiami.


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Política

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‘Jamais pagaria propina’, disse Marcelo Odebrecht a Sérgio Moro antes da delação Investigações Em fevereiro de 2016, empresa sofreu um golpe: a prisão de Maria Lucia Tavares, secretária do emblemático Setor de Operações Estruturadas, o já famoso ‘Departamento de Propinas’ do grupo Ebc.com.br

Estadão Conteúdo Redacao@diarioam.com.br São Paulo

E

m 29 de outubro de 2015, o maior empreiteiro do País, Marcelo Odebrecht, entrou na sala do juiz federal Sérgio Moro com um discurso pronto, no qual afirmou categoricamente, ao magistrado da Lava Jato, jamais ter orientado pagamento de propina. O depoimento de Odebrecht foi por escrito - ele entregou a Moro uma lista de perguntas e repostas preparadas por sua própria defesa e se recusou a responder o interrogatório. Odebrecht havia sido preso quatro meses antes, em 19 de junho. Quatro meses depois da audiência, em fevereiro de 2016, a Odebrecht e seu líder sofreram um golpe inesperado: a prisão de Maria Lucia Tavares, secretária do emblemático Setor de Operações Estruturadas, o famoso ‘Departamento de Propinas’ do Grupo. Maria Lucia entregou à Lava Jato os segredos do setor e os caminhos da propina paga a políticos e agentes públicos. Começava aí a ruir a versão

Dezembro de 2016 Empreiteiro e outros 76 executivos da Odebrecht fecharam acordo de delação premiada e confessam

inicial de Marcelo Odebrecht. Em dezembro de 2016, o empreiteiro e outros 76 executivos da Odebrecht fecharam acordo de delação premiada por meio do qual todos confessam uma longa rotina de pagamentos ilícitos. No documento que entregou ao juiz federal Sérgio Moro, o empreiteiro apresentou uma sequência de 60 perguntas a ele próprio, escolhidas

seletivamente por seus advogados. A estratégia era evitar questionamentos do juiz Moro. A pergunta 32 era relativa à corrupção. “32. O senhor já efetuou pagamentos de propina ou orientou que fossem feitos pagamentos de propina? O senhor tem conhecimento de pagamento de propina pela Odebrecht?” “Resposta de Marcelo

Odebrecht: Não e não. Jamais orientaria esse tipo de conduta ilegal. Esta acusação é profundamente injusta. Aliás, isso também está comprovado nos autos, que não apontam nenhuma conduta minha nesse sentido”. Não eram caixa 2 Marcelo disse em um de seus depoimentos de delação premiada que nem todos os

recursos repassados pela empresa para financiar campanhas de políticos eram caixa 2. Segundo o empresário, muitos candidatos preferem que as doações não sejam contabilizadas para não indicar os valores dos gastos de campanha e para evitar reclamações de partidos que receberam menos doações que outros. As declarações estão no depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, no ano passado, na ação penal em que o ex-ministro Antonio Palocci é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato. Ao ser perguntado por Moro por qual motivo eram feitas doações via caixa 2, Marcelo Odebrecht respondeu que os repasses dependem do relacionamento com o político. “Nenhum candidato queria mostrar na sua declaração tudo o que ele gastava. As empresas também não queriam mostrar que apoiaram um candidato mais do que outro. Eu não sei quanto teve de caixa 2 para quem, mas eu posso afirmar que, se a gente tinha uma relação diferenciada com determinado político, com certeza ali tem caixa 2”, disse o empresário.

Divulgação

Delator:R$5,1milhãoempropinapara destravar a transposiçãodoVelhoChico A Odebrecht pagou R$ 5,1 milhões em suborno e caixa dois a quatro políticos nordestinos paradestravar as obras do Canal do Sertão, trecho da Transposição do Rio São Francisco. Conforme os depoimentos de seis delatores, os valores foram repassados ao ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (R$ 2,8 milhões), do PSDB; ao senador e ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (R$ 1,05milhão),doPSB; eao senador Renan Calheiros (R$ 500 mil), do PMDB. O procurador-geral da Re-

pública, Rodrigo Janot, também considera que uma doaçãooficialdeR$829milàcampanha do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), em 2014 foi propina envolvendo os interesses da empreiteira no projeto. O Hotel Radisson, à beira-mar de Maceió, foi o palco de alguns dos encontros para acertar os pagamentos, segundo o relato dos depoentes. Ali Renan Calheiros se reuniu com o funcionário da Odebrecht Ariel Parente. “Relatei a ele queaempresaestavadestinando R$ 250 mil, em duas parce-

las, fazendo o total de R$ 500 mil. Não me recordo se ele indicou alguma pessoa da confiançadelepara receber. Me recordo queelenãoficou satisfeito com o valor. Me transmitiu essa insatisfação achando que estava pouco”, relatou o executivo, em depoimento à Procuradoria Geral da República. Parente explicou que os R$ 500 mil seriam pagos como caixa dois, por fora de doação oficial ao então candidato ao Senado. Contou que Renan “queria mais” e cobrou “1 milhão e tanto”. Diante da reclamação, submeteu o problema

São Francisco Caixa dois a Renan visava liberar a obra do Canal do Sertão

para seus superiores. O senador alega que nunca participou de nenhum encontro com Parente. O ex-diretor da Odebrecht no Nordeste João Pacífico confirmou o pagamento, em duas parcelas, em agosto e setembro de 2010, dos R$ 500

mil. Ele apresentou planilhas como comprovação. Pacífico explicou que o caixa dois a Renan naquele ano visava à ajuda dele para liberar a obra do Canal do Sertão, um dos trechos da Transposição do Rio São Francisco.


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Odebrecht doou para Marina após encontro em hotel, diz delator Executivo da Odebrecht Marina Silva, ex-candidata à presidência da República pela Rede, não é investigada na operação Lava Jato

Das Agências Redacao@diarioam.com.br Brasília

U Empresa Marina disse que sua campanha foi procurada pela Odebrecht

Jucá diz que governo está fazendo reforma da previdência porque recebeu herança maldita O governo cometeu equívocos com relação à reforma da Previdência, mas não recuou e nem voltou atrás, está apenas corrigindo alguns pontos para ficar de acordo com a realidade. As afirmações foram feitas pelo líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RR), em entrevista ao programa Moreno no Rádio, na CBN. Segundo ele, “esses erros desgastaram muito a reforma”, citando como exemplo algumas mudanças feitas na aposentadoria rural. Ainda nas palavras do senador, “ao abrir concessões (na reforma da previdência), é preciso discutir compensações. Não estamos fazendo reforma da previdência porque queremos prejudicar alguém”. A motivação por trás da reforma da Previdência e de outras ações adotadas pelo governo Michel Temer, segundo o peemedebista, é o que ele classificou de “herança maldita” da

gestão da petista Dilma Rousseff. “Estamos fazendo a reforma porque pegamos um governo quebrado, e comprometendo o futuro do País”. Renan Calheiros Na entrevista, Romero Jucá foi indagado sobre a atual postura crítica do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros. “Ele está entre idas e vindas, e lá atrás já disse que o único caminho para o Brasil era o Michel. Renan é um animal político e está avaliando os caminhos, respeito isso, se ele quer tomar um outro tipo de posição para sobreviver, não podemos pedir para ele fazer suicídio eleitoral”, disse, argumentando, contudo, que a postura do correligionário não se coaduna com a posição de um líder do partido no Senado. Romero Jucá disse, ainda, na entrevista, crer que essa situação irá se resolver não em discussões pela imprensa, mas pelo diálogo político, no qual “Renan é um expert”.

m hotel perto do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foi o local do primeiro encontro em 2014 entre Marina Silva (Rede), então presidenciável pelo PSB, e Marcelo Odebrecht, herdeiro

e ex-presidente da empreiteira. Quem relata o encontro é Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira. O depoimento integra a delação do executivo à Lava Jato. “A partir daí, houve uma conversa de Marcelo com ela, onde foram colocados posicionamento e valores -valores culturais, não monetários-, e estratégias”, diz. Alencar con-

tou que, após as conversas, a empreiteira acertou doação de R$ 1,25 milhão à campanha, em recursos declarados à Justiça. Por meio de sua assessoria de imprensa, Marina Silva diz que sua campanha foi procurada pela Odebrecht e que a candidata se reuniu com Marcelo Odebrecht e outros dirigentes em uma sala no Hotel Pullman, em Guarulhos.


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Política

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visite D24am.com Luis Macedo/Câmara dos Deputados

LeicontraaTorturafaz 20 anos eaindahámuitos relatos docrimenoPaís Brasil Profundo A ditadura militar acabou, o País voltou a respirar ares mais democráticos, mas o problema continua Marinho Relatório, de 132 páginas, prevê o fim da contribuição sindical Ebc.com.br

Agência Câmara Redacao@diarioam.com.br

Reforma trabalhista: relator fortalece acordo coletivo sobre legislação

Brasília

A

Constituição de 1988 diz que ninguém será submetido a tortura no Brasil, mas esse dispositivo constitucional só foi regulamentado quase uma década depois, em 7 de abril de 1997, com a sanção da Lei 9.455. Quando se pensa em tortura, o que vem à mente é a ditadura militar, especialmente após a edição do ato institucional número cinco (AI-5), de dezembro de 1968. A ditadura acabou, o País voltou a respirar ares mais democráticos, mas o problema continua. No lugar dos presos políticos, as vítimas são cidadãos comuns. A Lei da Tortura definiu o crime e estabeleceu penas de até 21 anos de prisão para quem o pratica. Nasceu na esteira da divulgação de um vídeo que mostrava policiais espancando inocentes na Favela Naval, em Diadema (SP). Um dos moradores foi assassinado. O artigo primeiro diz que é crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. Além disso, é considerado tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Não há levantamentos para precisar quais grupos sociais são os mais vulneráveis a essa agressão, mas estudiosos do tema avaliam como razoável uma analogia com as estatísticas sobre homicídios. O relatório final da CPI do Senado sobre o assassinato de jovens, encerrada em junho de 2016, deu conta de que a cada 23 minutos um jovem negro perde a vida de forma violenta.

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) leu seu relatório ao projeto de reforma trabalhista (PL 6787/16). O documento, de 132 páginas, amplia a proposta do governo sobre a prevalência da negociação coletiva em relação à legislação. O texto também traz salvaguardas ao trabalhador na Lei da Terceirização(13.429/17)e retiraocaráter obrigatório da contribuição sindical. Pelo substitutivo os acordos entre patrões e empregados poderão prevalecer sobre a lei como regra geral. O texto lista 16 temas para exemplificar esse ponto, como banco

Brasil Ato relembra tortura de presas políticas no antigo DOI-Codi

A taxa de homicídios de negros é quatro vezes maior do que a de brancos da mesma faixa etária, entre 15 e 29 anos. A assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Renata Neder, considera bem provável que os também negros, homens, jovens e pobres ou muito pobres sejam os mais vitimados pela tortura. “A tortura está muito presente ainda nos dias de hoje e não apenas nos locais de privação de liberdade, como os presídios. Há muitos casos de tortura por policiais depois que detêm alguém. É amplamente usada dentro do sistema prisional e também pelas forças de segurança pública”, afirma. Com 33 anos de Polícia Militar e carregando a experiên-

cia de ter sido comandante-geral da PM do Rio de Janeiro, o coronel da reserva Íbis Silva Pereira acredita que a tortura é também consequência dos 300 anos de escravidão em terras brasileiras. Confia que uma parcela da população aprendeu e vem repassando ao longo dos séculos o aprendizado de que há certas pessoas – pobres, negros e homossexuais, por exemplo – que são coisas e não gente. A tortura no Brasil não é obra apenas da polícia, de acordo com organizações não governamentais. A ONG Conectas Direitos Humanos apresentou à Organização das Nações Unidas (ONU), no início de março, a denúncia de que outros atores do sistema judicial agem para perpetuar a prática.

de horas, parcelamento de férias e plano de cargos e salários. Marinho acrescentou uma lista de 29 direitos que não podem ser reduzidos ou suprimidos por negociação. Entre eles estão liberdade sindical e o direito de greve; FGTS; salário-mínimo; 13º salário; hora extra, seguro desemprego, salário família; licenças maternidade e paternidade; aposentadoria; férias; aviso prévio de 30 dias; e repouso semanal remunerado. O texto do Executivo vedava apenas aalteraçãopor acordo coletivo de normas de segurança e medicina do trabalho.

Leitura de relatório da PEC do foro privilegiado deve ocorrer quarta-feira SENADO

A reunião da última quarta-feira (12) da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) foi cancelada por falta de quórum. Com isso, ficou para a próxima quarta-feira (19) a leitura do relatório do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à proposta de emenda à Constituição que extingue o foro especial por prerrogativa de função – mais conhecido como foro privilegiado – para autoridades brasileiras. A PEC 10/2013, do senador Alvaro Dias (PV-PR), revoga todos os trechos da

Constituição que concedem foro especial de julgamento em casos de crimes comuns para políticos, ministros, desembargadores, juízes, procuradores, promotores e comandantes militares. Além disso, o restabelecimento do foro privilegiado passa a ser vedado pelo texto constitucional. O senador Randolfe Rodrigues defende a aprovação do texto sob o argumento de que o foro, que foi concebido pela Constituição como uma garantia de estabilidade institucional e contra arbitrariedades tem sido distorcido por aqueles privilegiados por ele.


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Debatedores divergem sobre combate ao assédio ideológico em sala de aula Câmara dos Deputados O relator da proposta disse que retirou do texto o dispositivo que criminalizava o assédio ideológico. Ele informou que vai apresentar o relatório sobre o projeto na Comissão de Educação Camara.gov.br

Agência Câmara Redacao@diarioam.com.br Brasília

O

assédio ideológico praticado por professores em escolas foi temadeaudiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. A comissão vem recebendo denúncias de que estudantes vêm sendo doutrinados ideologicamente por professores em sala de aula. Duas propostas sobre o tema já tramitam na Casa. A comissão recebeu seis convidados, três a favor e três contra medidas que impeçam o assédio ideológico nas escolas. O autor de uma das propostas (PL 1411/15), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), defende o combate a esse tipo deassédio. “Acriançaeojovem sãoapartefracada relaçãoaluno/professor. Imagine que um posicionamento político-ideológico do professor é contraditado por aluno em prova, ele pode inclusive perder nota”, disse o deputado. Rogério Marinho afirmou que essa prática

viola a Constituição. Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin, disse que a proposta impede que alunos e professores se integrem para discutir problemas da própria comunidade. “Os alunos quefazempartede uma comunidade não podem ser incentivados a participar de um movimento democrático reivindicatório de toda a comunidade?”, questionou. Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) Bráulio Tarcísio, no entanto, o professor deve estar na sala de aula apenas para ensinar sua disciplina. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) discordou desse posicionamento. “Não existe qualquer possibilidade de se negar a relação entre escola e sociedade. A escola só faz sentido quando é integrada ao processo de transformação da sociedade”, afirmou. Mesma opinião teve o professor da UnB Erlando Rêses. Para ele, a medida cerceia a liberdade de expressão, garantida na Constituição e também em acordos internacionais, co-

Discussão de parecer sobre reforma política no Brasil foi adiada OrelatordaComissãoEspecial da Reforma Política, deputado Vicente Candido (PT-SP), disse que a proposta do Senado sobre o tema, em discussão na Câmara dos Deputados, não se choca com o parecer que ele apresentou nasemanapassada, eos doistextos podem tramitar sem que umprejudiqueooutro. “Um pode complementar o outro sem nenhum problema”, disseCandido. A comissão especial deveria tercomeçadoadiscussãodorelatório,mas oiníciodas votações no Plenário da Câmara adiou a reunião para a próxima semana.

Vicente Candido, relator da comissão especial, defendeu a adoção da lista fechada para as eleições proporcionais(deputados e vereadores), que ele propôs no relatório. Segundo o relator, o financiamentopúblicodecampanha, queelepropôsnoparecer, sóserá viável se o modelo de eleição for de lista preordenada pelos partidos. “Se quisermos usar o orçamento público dentro do princípio do razoável, que seja entendido pela população, temosquebaixarmuitoocustode campanha. Eomelhor caminho neste momento é a lista preordenada.”

Câmara dos Deputados A comissão recebeu seis convidados, três a favor e três contra medidas propostas

mo a Convenção Interamericana de Direitos Humanos. Porém, o coordenador do Movimento Escola Sem Partido, Miguel Nagib, afirmou que esse argumento não cabe, ressaltando que o professor precisa cumprir suas obrigações de ensinar e que a sala de aula tem regras.

Ele defendeu proposta (PL 867/15) em tramitação na Comissão de Educação que obriga a fixação, nas salas de aula, dos “deveres do professor”, para impedi-lo de cooptar para correntes políticas, ideológicas e partidárias, incitar alunos a participarem de manifestações ou prejudicar os alunos

em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas. Miguel Nagib afirmou que o Movimento Escola Sem Partido apenas defende a aplicação em sala de aula do que já está previsto na Constituição,comoaliberdade de consciência e crença do estudante.


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Política

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Taquiprati

O TESTAMENTO DO JUDAS E O SERRA VELHO

SábadodeAleluia. Tradicionalmalhaçãodo Judas. NobairrodeAparecida,emManaus,o bonecopenduradonoposte traziao testamento nobolso,escritopeloEdilson,ogaguinho,com estrofes sem um só versodepé-quebrado. Ogênio dapoesiapopular,irreverenteeatrevido, resumia intrigas políticas efofocas dobairro. Nãopoupava ninguém,nemelemesmo. Depois daleiturapúblicado testamentoeda queimadeJudas,iniciavaacruelcerimôniado “SerraVelho”. Namadrugada,jovens com serrotes,pedaços depau elatas faziambarulho infernalnafrentedacasadomorador mais idoso– só respeitavamaqueles doentes - quandoentão cantavam: -As caveiras dooutromundo / vieramlhe dizer-êêê / queagoranesteano / você vai morrer-êêê. Depois gritavamemcoro: -EncomendeaalmaaDeus,porque seu corpojá não valenada. Alguns velhos entendiamcomogozaçãoeaté apareciamnajanelapara umdedodeprosa. Outros seirritavam,comodonaMariaRosa, que jogavaoconteúdode umpenico sobreas “aves agourentas”. PsicografadopeloEdilson, apresento-lheaquio testamentodoJudas de 2017. 1. Hádois milanos memalham Mudaomundo,pramimnada Chegao sábadodeAleluia Emeenchemdeporrada. 2. Mas antes demeferrarem Emorrer mais uma vez Eis aquioinventário Do queeu legopra vocês. 3. AoTrumpbundãoeu deixo OmurodeJericó EaespadadeHerodes Praenfiar nofiofó. 4. A ti,Temer,legar-te-ei Minhacordadeenforcado Pendurar-te-ás nafigueira Seu traíradesgraçado. 5. Ao “Índio”Euníciodeixo AFunai, sódepirraça. Queelapoupeos índios, Mas acabecom tua raça. 6. RenánCalheiros é quemherda Umimplantedepentelho, Feitocom verbas doSenado, Comeleeu meaconselho. 7. AoRodrigo,o “Botafogo”, Vil sucessor doCunha DeixoodedãodoTemer Pra rasgar o tu coma unha. 8. AoCunha, quepresonãoestá Sóé usufrutuáriodacela. Legomeu caixãodedefunto Para quandoespichar acanela. 9. Aos dalistadoFachin Dou umpenetrantecréu Comdelaçãopremiada Legooatestadode réu. 10. Ohministros eparlamentares! Deixo-lhes omeu CaixaDois Compropinamilionária Sois ladrões,orapois pois. 11. AoEliseu Padilha,o “Primo”, AmigodeTemer,deFHC, Deixo-lheobalcãodenegócios EdaOdebrecht o seu guichê. 12. AOdebrecht atirou Opau nogato te-otó Atingiu MoreiraFranco

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OAngorádo quiproquó. 13. AoJucá queafalcatrua Fez sair dapindaíba Deixoa surubacomCunha NaprisãodeCuritiba 14. OLula “amigo”herda, Um tríplex emGuarujá, Um sítioemAtibaia Até tu comeu ojabá? 15. As trintamoedas deprata Eocaroçodesseangu DeixoproSérgioCabral Curtir no spadeBangu. 16. AooutroSérgio,oCortes, Dançou emParis noinverno. DeixoaFaturaExposta Prabailar lánoinferno. 17. AoMoro,o vazaajato, praRedeGlobo vaza veloz Lego tuafotocomAécio Tãopromíscuae tãoatroz. 18. Ao “paladinodahonradez” AoCollor das Alterosas AoAécio, tucanoecorvo, Deixopropinas fuderosas. 19. ParaAlexandredeMoraes Oplagiador kinder-ovo DeixooevangelhodeLucas Pracopiar tudodenovo. 20. Gilmar Mendes a tideixo Oexamedecoproscopia Da tuadiarreia verbal OJanot temmerdofobia. 21. QueopatodaFIESPfique Comos seis milhões doSkaf Eleenganou os paneleiros? Quedaprisãonãomeescape. 22. Anastasia, tu finges ser Um santinhodopau ôco Enchesteaburradegrana Taquipratiomeu cotôco. 23. DeixoaArenadaAmazônia, Ao senador Braga,oDudu Coma superfaturaexposta Queele vá tomar na rima. 24. Legoao senador Omar Aziz Aponte superfaturada, viu? Comapropinaembolsada Vápraponte que separtiu. 25. ÀVanessaeaoEron QueestãonalistadoFachin Deixo umcapitalpolpudo EmMoscou ou emPequim. 26. A tiJoséMeloMerenda, Estadistadeigarapé Deixoas verbas desviadas Para ser cassadopeloTSE. 27. Ola-lá,olhaoboi,o que tedá? Eu tireidaalgibeira ApropinadoCaixa 2 ÉparaoCaboPereira. 28. Paguei,paguei,paguei Paguei tornoapagar. AoAlfredoNascimento AoDudu eaoOmar. 29. AoprefeitoArtur Neto Deixo um restodedecoro Vaiaposentar okimono Depois de se ver comoMoro. 30. Por criticar oArtur naLavaJato AoMarceloRamos,o velhonovo Pralembrar seu amigoBuchada, Deixo-lhe umacatuabacomovo 31. Aos paneleiros quepouparam OBarrabás,grandeladrão. Deixomeu arrependimento Para quegritem:ForaPoltrão. 32. AoJoséMayer assediador Quediz estar arrependido DeixoMadalena,apecadora Para testar seébandido. 33. Láondeperdias botas Legoaopovobrasileiro Adesconfiançanesses pulhas Aesperançado testamenteiro.

Leandro Mazzini Jornalista contato@colunaesplanada.com.br

ora, Cunha segura o livro que, sob pseudônimo, relata alguns bastidores suspeitos da cúpula do PMDB.

COLUNA ESPLANADA

Espectro

Justiça tarda

O pacote da reforma da A investigação e o julgamento no Supremo Tribunal Federal dos que forem comprovadamente envolvidos no esquema da Odebrecht pode durar mais de cinco anos (o Mensalão, de pagamento de mesada por votações, demorou sete anos desde a revelação). Em suma, a Procuradoria Geral da República colocou todos os citados num balaio só: o STF e a PGR terão de descobrir ainda o que é caixa dois, o que é propina e o que é doação legal para os políticos. Parte dos deletados pode ser inocentada. Ou seja..

.. Será longo caminho, o que pode frustrar expectativas geradas pela sociedade de Justiça rápida. Até o julgamento, muita gente pode se livrar ou não ter mais mandato. Blindagem

José Alencar, saudoso ex-vice, citava que o maior problema é a impunidade. Michel Temer, por exemplo, não pode ser investigado por supostos crimes antes do mandato. Reformas

Nota-se que não é a Previdência, a Fiscal ou Trabalhista. Para o País ter jeito as reformas serão a Cultural, a do Código do Processo Penal e a do Código Penal. Ainda manda

Eduardo Cunha deu um drible na editora Record, que por força de liminar da Justiça do Rio não pode até agora soltar o “Diário da Cadeia” nas livrarias. Cunha mandava recados para o Palácio para ser atendido. De repente, num sábado de março, seu representante na Câmara, André Moura (PSC-SE), foi promovido a Líder do Governo no Congresso, dois dias depois após ser destituído da liderança na Câmara. Gritou, levou

Entrelinhas, Cunha gritou lá de Curitiba e foi ouvido no Palácio. Temer e ministros palacianos ainda temem uma delação do ex-deputado. Por

Aliados do Palácio passaram os últimos dias tentando colocar panos quentes na bombástica repercussão da “segunda lista de Janot” – ou agora a “Lista de Fachin”. Efraim Filho (PB), líder do DEM, garantiu que a base do Governo se mantém “unida”. Sem paralisia

“As citações atingiram todo o espectro de poder – tanto da oposição quanto da base. Tem que deixar o Congresso cuidar das reformas”, reagiu o democrata. Alma lavada

O vídeo da delação de Emílio Odebrecht mostra tranquilidade e espontaneidade com risos. Só faltou ele chamar os procuradores para um chope em Salvador . Descarrilou

Paulo Bernardo, o ‘Filósofo’ na planilha da Odebrecht, segundo delator pediu R$ 3 milhões para incluir no PAC obra de linha de trem no Rio Grande do Sul. Nada a declarar

Ex-ministro dos Governos Lula e Dilma, o deputado Patrus Ananias (PT-MG) evitou comentar a abertura de dos inquéritos contra vários colegas. “Como advogado, prefiro não falar sobre um processo que não tenho conhecimento”, desconversa. Enforcados

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) ironiza o silêncio do Palácio, após a revelação de que nove ministros serão investigados: “Foi o silêncio dos temerosos. Não se fala de corda em casa de enforcado”. Mar de sangue

Paraíso de bacanas do eixo Rio-SP, Trancoso (BA) vive uma onda de violência resultante do tráfico de drogas. Mais de 30 já foram assassinatos (em confronto de gangues ou com a PM), desde dezembro. Correção

Ao contrário do publicado ontem, a Lava Jato saiu em 2014, e não 2013, um ano depois de Dilma Rousseff fazer uma limpa nas diretorias da Petrobras


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PENDENTES

NO AM, 34,9 MIL AINDA TÊM DIREITO AO ABONO Benefício No Estado, 298,7 mil trabalhadores sacaram o abono salarial até 31 de março, com um volume de R$ 207,5 milhões que movimentaram a economia local, segundo o Ministério do Trabalho Recurso O abono do PIS-Pasep é destinado para quem recebeu de até dois salários-mínimos, em 2015

Da Redação redacao@diarioam.com.br Manaus

M

ais de 34,9 mil trabalhadores do Amazonas ainda não sacaram o abono salarial ano-base 2015. É o segundo maior volume de saques pendentes da Região Norte, segundo dados da Divisão do Seguro-Desemprego e Abono Salarial, do Ministério do Trabalho. A retirada do benefício pode ser feita até 30 de junho. Até 31 de março, 298,7 mil trabalhadores do Amazonas já haviam sacado o abono salarial, movimentando um volume de R$ 207,56 milhões na economia local. O Estado tem, para o ano-base 2015, 333,7 mil cidadãos com direito ao benefício. Segundo o Ministério do Trabalho, no volume de saques não realizados, o Amazonas perde apenas para o Pará, onde 60,1 mil ainda não retiraram o benefício. A Região Norte tem o me-

nor número de saques pendentes, com 134,48 mil benefícios. O abono já foi retirado por 1,24 milhão de trabalhadores ou 90,28% de 1,38 milhão liberados na região. Roraima (3,03 mil) e Acre (3,58 mil) têm os menores números de saques pendentes no País. De acordo com o Ministério do Trabalho, mais de 1,11 milhão de saques do abono estão pendentes na Região Sudeste. O número representa 50,65% do total de 2,2 milhões de benefícios que ainda estão à disposição dos trabalhadores em todo o Brasil. Maior volume O resultado da Região Sudeste é puxado por São Paulo, que tem 621,3 mil saques pendentes, 28,21% de todo Brasil. O número, no entanto, representa pouco mais de 10% dos benefícios disponíveis no Estado, que é de 5,85 milhões de trabalhadores. Até 31 de março, foram retirados 5,22 milhões desses benefícios, totalizando R$ 3,59 bilhões pagos aos cidadãos de São Paulo.

A Região Sul tem 411,63 mil benefícios que ainda não foram retirados. A maioria está no Paraná, que tem 152,57 mil saques pendentes. Já a Região Centro-Oeste apresenta o maior atraso, com 88,51% de saques realizados. São 220,07 mil benefícios disponíveis, a maioria em Goiás (79,1 mil). Mas é o Distrito Federal que apresenta o menor índice de saques da região e do Brasil, com apenas 84,13%. De um total de 411,08 mil benefícios, ainda estão disponíveis 65,23 mil. A Região Nordeste lidera os índices de saques do abono, onde 94,16% dos benefícios já foram retirados, totalizando mais de R$ 3,77 bilhões para 5,16 milhões de trabalhadores. Outros 320,65 mil ainda podem buscar o dinheiro, sendo a maior parte deles da Bahia (83,7 mil). Em todo o País, foram liberados lotes do abono salarial para 24,25 milhões de trabalhadores, com valores que variam entre R$ 78 e R$ 937, dependendo do tempo de trabalho formal, em 2015.

Nathalie Brasil 03-06-14

BENEFÍCIO

Valor pago é proporcional aos meses trabalhados, no ano-base O abono salarial ano-base 2015 está disponível para quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias naquele ano, com remuneração média de até dois salários-mínimos. O trabalhador precisava estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, além de ter seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O saque pode ser feito até o próximo dia 30 de junho. O chefe de divisão do Seguro-Desemprego e Abono Salarial do Ministério do Trabalho, Márcio Ubiratan, explica que o valor pago é baseado no salário-mínimo vigente, de R$ 937 neste ano, e é proporcional aos meses trabalhados durante o ano-base. “Quem trabalhou por apenas 30 dias receberá o equivalente a 1/12 do

salário-mínimo, e assim sucessivamente. Para receber o valor integral é preciso ter trabalhado formalmente durante todo o ano de 2015”, explica Ubiratan. O benefício está disponível na Caixa e no Banco do Brasil. A Caixa paga os trabalhadores da iniciativa privada, vinculados ao PIS. O Banco do Brasil paga os servidores públicos vinculados ao Pasep. O recurso do abono salarial vem do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é mantido pela contribuição de empregadores e gerido pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). Ele se destina exclusivamente ao pagamento do abono salarial e do seguro-desemprego. Para o pagamento do abono ano-base 2015, já foram liberados mais de R$ 15,51 bilhões.


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Economia

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ReduçãodoFies ameaçacriar monopóliode EstácioeKroton Financiamento Os dois grupos dominam o crédito estudantil e terão mais força com a redução de recursos Investigação A fusão da Estacio com a Kroton aguarda o aval do órgão regulador da livre concorrência

Agência Estado redacao@diarioam.com.br Brasília

A

redução do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) planejada pelo governo federal poderá criar um monopólio no financiamento ao Ensino Superior com a fusão entre a Kroton e a Estácio, operação anunciada em meados de 2016 e que aguarda o aval do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) até o meio deste ano. Os dois grupos praticamente dominam o crédito estudantil privado no País e te-

rão mais força no setor com a redução de recursos do Tesouro Nacional para o programa estatal. A reportagem apurou que esse efeito colateral da possível fusão entre as duas companhias tem preocupado os demais concorrentes do mercado de Ensino Superior presencial e a distância (EAD). Há duas semanas, os ministérios da Educação e da Fazenda preparam uma mudança drástica nas regras do Fies, após a inadimplência do programa ter chegado a mais de 50% e a conta em 2016 aos cofres públicos ter batido a casa dos R$ 32,2 bilhões. Kroton e Estácio são os

dois maiores grupos de educação superior do Brasil e, juntos, terão um valor de mercado que poderá chegar a aproximadamente R$ 30 bilhões. Concorrência Caso o Cade autorize a operação, a nova companhia dominará mais de 20% do setor e terá cerca de 1,6 milhão de alunos. É justamente esse poder econômico - capaz de absorver níveis maiores de inadimplência no financiamento estudantil - que preocupa grupos concorrentes que têm feito lobby contra a apro-

vação da fusão pelo órgão antitruste. Em parecer publicado no começo de fevereiro deste ano, a Superintendência Geral do Cade recomendou que o tribunal de defesa da concorrência não aprovasse a fusão, alegando que a operação teria o potencial de gerar distorções no mercado não apenas em termos locais, mas em todo o território nacional, dada a forte presença de ambos os grupos no ensino a distância. Dados levantados por empresas rivais no setor apontam que no EAD de administração, por exemplo, a nova

ANTITRUSTE

companhia teria 60% do mercado. Em ciências contábeis, essa concentração chegaria a 65% dos alunos matriculados na modalidade a distância. Em engenharia civil (50%) e marketing e propaganda (45%), o novo grupo também deteria fatias elevadas desse segmento de ensino. Por isso, para convencer o Cade a aprovar o negócio, a Kroton deve propor a venda de 100% do ensino a distância da Estácio para um terceiro competidor, mas a medida pode não ser suficiente para convencer os conselheiros do órgão antitruste.

DENÚNCIA

Ex-membros do Cade são contratados pela empresa

OAB do Rio questiona legalidade da fusão no setor

Para angariar o máximo de apoio jurídico à aprovação da fusão, a Kroton montou uma verdadeira seleção de ex-membros do Cade para produzir pareceres favoráveis ao negócio. Entre eles, estariam o ex-presidente do tribunal Vinícius Marques de Carvalho, o ex-superintendente-geral do órgão Carlos Ragazzo e a ex-conselheira Ana Frazão, que foi a relatora que colocou diversas restrições à compra da Anhanguera pela própria Kroton, em 2015. Atémesmooex-ministroda JustiçaJoséEduardoCardozo, queindicou boapartedos atuais conselheiros do tribunal,produzirá umapeçaafavor dafusão. Procuradapela reportagem,a Krotoninformou quenão comentaráoassuntoenquanto ocasonãofor julgadopeloCade.

Em junho do ano passado, a Ordem dos Advogados do Brasil / Seção do Rio de Janeiro (OAB/RJ) entrou com denúncia no Cade contra fusão das duas empresas. A Ordem alega que a operação trará concentração econômica ilegal ao mercado, ferindo a Lei 12.529, do âmbito do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, além de causar riscos à qualidade do ensino. “Vislumbra-se a possibilidade de haver grande prejuízo à concorrência no setor de ensino. Segundo relatório da agência Educa Insight2, a fusão dos dois grupos geraria, em 75 cidades brasileiras, a concentração de mais de 30% dos alunos matriculados nas mãos da ‘nova’ instituição”, diz trecho do documento. O limite estabelecido pelo Cade é de 20%, como consta na Lei 12.529.


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Economia

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Profissionais já apostam na economia compartilhada Colaboração Modalidade é adotada por profissionais liberais e empresas com foco no social, sustentável e econômico Karla Mendes Redacao@diarioam.com.br Manaus

U

ma nova ‘forma de economia’ vem sendo adotada por muitos profissionais, em um cenário de preocupação com a crise financeira e com questões ambientais e sociais. Trata-se da economia compartilhada. Essa forma de trabalho funciona como uma rede que une pessoas que têm interesses em comum, para a troca de serviços, como alugar uma casa, usar determinado espaço ou roupas, por exemplo. Esse comportamento é adotado também por empresas como uma maneira de gerar lucros mais altos. O economista e consultor de empresas Ailson Rezende, 52, explica como funciona a economia compartilhada. “A economia colaborativa ou compartilhada é uma nova modalidade onde os pilares são o social, a sustentabilidade e o econômico. O social acontece quando, ao invés de você comprar um item novo, você reutiliza. Como uma bicicleta que você guarda em casa e pode utilizar pra ganhar dinheiro. A sustentabilidade é a parte que você não usa um objeto que demoraria centenas de anos para se decompor. E a econômica é a capacidade de gerar uma renda que talvez não existisse se o objeto estivesse parado”, explica. Espaço compartilhado O empresário Marcus Bessa, 30, que junto com sua sócia Juliana Teles, 26, é um dos fundadores do Impact Hub Manaus, para pessoas utilizarem como um espaço físico para trabalhar, realizar palestras e reuniões. “Temos 130 membros na rede, divididos entre os que

usam diariamente e os que utilizam o espaço de vez em quando”, diz Marcus. De acordo com o Censo Coworking Brasil realizado em 2016, os espaços compartilhados, também conhecidos como ‘coworkings’, cresceram 52% em relação ao ano de 2015. São mais de 370 espaços no Brasil e três deles são do Amazonas. Bessa também afirma que existe uma facilidade na utilização desses espaços. “A gente contabiliza os pagantes pelo espaço, pela sala privada, sala de reunião e estações de trabalho. Alugamos espaços por horas, por dia e por períodos em casos de reuniões, por exemplo. Qualquer área que você imaginar pode-se trabalhar aqui. Temos pessoas que cuidam de assuntos de panificação à tecnologia’, afirma. ‘Pop up-shop’ O modelo de lojas ‘pop-up’ já é bem conhecido no exterior e recentemente começou a ser usado também no Brasil. Nesse modelo, as lojas se diferenciam das comuns por funcionar apenas por alguns dias ou meses lançando as tendências do momento. Em lojas ‘pop up’ não existe a obrigação de ter um espaço físico ou continuidade das vendas. A empresária Bruna Chamma, 35, criou a ‘Pop Up-shop’ pensando em um conceito diferente de brechó. “Eu e quatro amigos nos reunimos cada um com seu produto, eu com decoração, outra amiga com assessórios, jardins em potes e moda, onde buscamos fugir do nome ‘bazar’ e criamos uma loja estilo ‘pop up’, que são lojas temporárias. Queremos trazer o conceito que grandes marcas já usam para divulgação. Alugamos o coworking por algumas horas, dividimos os custos e fazemos um evento bem bacana”, conta.

Rede A economia colaborativa reúne profissionais desde a panificação até a tecnologia


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Economia

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LEGISLAÇÃO

REFORMA TRABALHIS

Alterações O Projeto de Lei 6.787 de 2016 modifica pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em vig dos terceirizados ao mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos demais empregados. A matéri

AgênciaBrasileEstadãoConteúdo redacao@diarioam.com.br Brasília

O

parecer da reforma trabalhista apresentado pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), na Câmara, divide opiniões. O Projeto de Lei 6.787 de 2016 modifica pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em vigor desde 1943. Para o doutor em direito do trabalho e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Ricardo Pereira Guimarães, a própria necessidade da reforma é questionável. “Na minha opinião o que deve existir é uma reforma fiscal. Em uma relação de emprego, a grande questão do custo do empregado é em razão dos tributos, não em relação ao que ele ganha: décimo terceiro e fundos”, disse em entrevista à Agência Brasil. Um dos pontos fundamentais da reforma, a possibilidade dos acordos entre empregados e empresas tenham mais valor do que normas legais também é criticado por Guimarães . “A questão do negociado sobre legislado poderia ser possível, até deveria, se a gente tivesse sindicatos que realmente representem os empregados, o que hoje não acontece. O sindicato se instala, fica recebendo a contribuição e não faz nada”, disse o especialista, que defende uma reforma sindical. O texto apresentado pelo relator prevê 40 pontos em que esse tipo de negociação pode ser feita, incluindo plano de cargos e salários e parcelamento de férias anuais em até três vezes. As alterações no cumprimento das jornadas de trabalho e os parcelamentos dos períodos de descanso e férias podem, entretanto, ter efeitos colaterais, na avaliação de Guimarães. “Tudo que há em relação aos descansos tem

uma razão de ser. Têm estudos sobre isso, convenções da Organização Internacional do Trabalho. O que me preocupa muito é a questão da saúde. Um número muito grande de acidentes de trabalho acontecem após a sétima hora de trabalho. Então eu permitir que ele faça 12 (horas) é um pouco complicado, estou botando um pouco em risco essa pessoa”, disse. Sobre o fim da contribuição sindical, paga obrigatoriamente por todos os trabalhadores assalariados, o professor diz ser favorável, apesar de achar necessário que a mudança esteja em uma reforma sindical. O vice-presidente da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), Ivo Dall’Acqua, avalia que o texto da reforma trabalhista “empodera as entidades sindicais” e “traz as relações de trabalho para a realidade e para o cumprimento dos contratos”. Dall’Acqua acredita que a reforma traz vários instrumentos importantes e faz com que os contratos de trabalho possam ser adequados às diferentes realidades. “Nós temos dentro do Brasil muitos brasis. Nós temos desde a mais alta condição até aqueles de trabalho mais simples. Trazendo para a realidade a responsabilidade do sindicato de adequar a estrutura da legislação que está posta ao cumprimento do contrato de trabalho, dentro das condições e do espaço em que se está vivendo aquilo, facilita muito”, disse. Essa e outras flexibilidades, se aprovadas, vão, na opinião de Dall’Acqua, não só beneficiar o trabalhador, como dar mais dinamismo ao mercado de trabalho. “Você ter essa possibilidade de dosar o tempo de trabalho ajuda, do lado dos empregadores, aqueles que tem período concentrado de necessidade de força de trabalho, do lado dos trabalhadores, aqueles que não têm condições ou não querem a jornada regular”, disse.

Modificações Reforma permitirá que acordos trabalhistas tenham mais valor do que normais legais

NEGOCIAÇÃO 1

Possibilidade de acordo entre as partes ter peso de lei é contestada A proposta de dar valor de lei aos acordos entre empregadores e trabalhadores recebe críticas. O membro da secretaria-executiva da CSP-Conlutas, Paulo Barela, tem uma posição contrária. “Nós somos a favor de negociações, mas com mobilização dos trabalhadores. Infelizmente, no nosso País, as organizações sindicais (mantém) ainda, dada a pressão dos patrões, a forma discriminatória como os trabalhadores são tratados e (se caracterizam) por um nível muito alto de burocracia sindical. Os trabalhadores, em sua maioria, não têm organizações sindicais saudáveis a ponto de

impor negociações que tragam vantagens”, diz o sindicalista. De maneira geral, a central sindical se opõe ao projeto. “Nós não achamos que o problema quanto ao nível de emprego no País tem a ver com as leis trabalhistas. Não achamos que a produção, o desenvolvimento econômico tem a ver com leis retrógradas”, diz Barela. Bareladefendemudanças que nãoestão sendodiscutidas no projetoatualem tramitaçãona Câmara,comoa reduçãodas jornadas de trabalho. “Tem que estabelecer omáximode40 horas semanais. Parao serviço público, 30 horas semanais émais do que suficiente:dois turnos de seis horas. Portanto, vocêamplia

oatendimentoaopúblicoeà populaçãomais carente”. O sindicalista seposicionou ainda contra qualquer formade contribuiçãoobrigatóriaàs entidades que representamos trabalhadores. “Nós achamos queoimposto sindicalé uma imposiçãoestatal quefabrica burocraciae sindicatos fantasmas quenão servemaos interesses dos trabalhadores. Nós achamos queaatividade sindical tem que ser financiadaespontaneamente por meiodas contribuições mensais aos sindicatos”,disse. O tributo é recolhido anualmente e corresponde a um dia de trabalho, para os empregados, e a um percentual do capital social da empresa, no caso dos empregadores. Segundo o deputado autor do texto, o País tem 17 mil sindicatos que recolhem R$ 3,6 bilhões em tributos anualmente.


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STA DIVIDE OPINIÕES

or desde 1943, e deve avançar sobre trechos da Lei 13.429/17, a Lei da Terceirização, como igualar os direitos foi aprovada recentemente na Câmara e sancionada pelo presidente Michel Temer, após críticas da oposição Sandro Pereira

Arte: Wagner Alves

REFORMA TRABALHISTA PRINCIPAIS MUDANÇAS

PARECER JORNADA DE TRABALHO Poderá ser negociada com o empregador, mas com limite de até 220 horas por mês ou 12 horas por dia. DESLOCAMENTO Conta como horas trabalhadas, o tempo que o empregado utilizar o transporte dado pela empresa. FÉRIAS Poderão ser divididas em até três vezes no ano. CONTRATAÇÃO Está prevista a regulamentação de novas formas de contratação, como o home office, ou o trabalho em casa. DEMISSÃO O contrato de trabalho poderá ser extinto, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, se for acordado entre as partes. INTERVALO Tempo de descanso deverá ser de, no mínimo, 30 minutos. LUCROS Empregados terão direito à participação nos resultados da empresa.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL O desconto uma vez ao ano para o sindicato da categoria passa a ser opcional. A decisão será do próprio trabalhador. FGTS O trabalhador poderá ter acesso a 80% do valor depositado pela empresa em sua conta do FGTS, mas o empregado não terá direito ao seguro-desemprego. RECONTRATAÇÃO Após a demissão do empregado, a empresa não poderá recontratar na sequência como terceirizado. A proibição valerá por 18 meses. LEI DA TERCEIRIZAÇÃO O parecer altera parte da Lei da Terceirização (13.429/17), aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. TERCEIRIZADOS Com a proposta de alteração da Lei 13.429, os terceirizados terão direito aos s mesmos serviços de alimentação, transporte, segurança e atendimento médico dos contratados diretamente. Fonte: Câmara dos Deputados

NEGOCIAÇÃO 2

“NA MINHA OPINIÃO, O QUE DEVE EXISTIR É UMA REFORMA FISCAL. EM UMA RELAÇÃO DE EMPREGO, A GRANDE QUESTÃO DO CUSTO DO EMPREGADO É EM RAZÃO DOS TRIBUTOS, NÃO EM RELAÇÃO AO QUE ELE GANHA” Ricardo Pereira Guimarães, professor doutor da PUC São Paulo.

“NÓS NÃO ACHAMOS QUE O PROBLEMA QUANTO AO NÍVEL DE EMPREGO NO PAÍS TEM A VER COM AS LEIS TRABALHISTAS. NÃO ACHAMOS QUE A PRODUÇÃO, O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TEM A VER COM LEIS RETRÓGRADAS” Paulo Barela, membro da secretaria-executiva da CSP-Conlutas.

“NÓS TEMOS DENTRO DO BRASIL MUITOS BRASIS. NÓS TEMOS DESDE A MAIS ALTA CONDIÇÃO ATÉ AQUELES DE TRABALHO MAIS SIMPLES” Ivo Dall’Acqua, vice-presidente da Fecomércio-SP.

Relatório inclui nova proposta de demissão de comum acordo entre trabalhador e empresa O relatório da reforma trabalhista lido na última quarta-feira, na comissão especial da Câmara dos Deputados, prevê a demissão “de comum acordo” entre trabalhador e empresa. Pela proposta, havendo consenso, o contrato de trabalho poderá ser extinto, com pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida prevê também que o trabalhador poderá ter acesso a 80% do valor depositado pela empresa em sua conta do FGTS. Por outro lado, o empregado não terá direito ao seguro-desemprego, que é pago em cinco parcelas.

A proposta não constava nos projetos enviados pelo governo ao Congresso e foi incluída pelo relator da reforma, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), em seu parecer. “A medida visa coibir o costumeiro acordo informal, pelo qual é feita a demissão sem justa causa, para que o empregado possa receber o seguro-desemprego e o saldo depositado em sua conta no FGTS, com a posterior devolução do valor correspondente à multa do Fundo de Garantia ao empregador”, justifica Marinho no relatório. Atualmente, um contrato de trabalho pode ser rescindido de duas formas: a pedido do

trabalhador ou por decisão da empresa. Quando o empregado pede demissão, ele não é indenizado com a multa de 40% sobre o saldo depositado no FGTS, nem tem acesso ao fundo de garantia. Além disso, se ele não cumprir o aviso prévio de 30 dias, o valor é descontado na hora da rescisão. A empresa, por sua vez, pode demitir por justa causa e sem justa causa. No primeiro caso, as regras são as mesmas de quando o trabalhador pede demissão. Já quando não há justa causa, o empregado tem direito a aviso prévio, multa de 40% sobre FGTS e acesso a 100% do que está depositado no fundo de garantia.

Propostas alteram dois itens da Lei da Terceirização O parecer da reforma trabalhista incluiu proteção aos trabalhadores terceirizados, com duas medidas para alterar a Lei da Terceirização (13.429/17), aprovada recentemente na Câmara dos Deputados. A primeira estabelece uma quarentena de 18 meses entre a demissão de um trabalhador e sua recontratação, pela mesma empresa, como terceirizado. A segunda medida garante ao terceirizado que trabalha nas dependências da empresa contratante o mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos demais empregados. A lei atual permite, mas não obriga a empresa a oferecer o mesmo tratamento. A Lei de Terceirização foi sancionada pelo presidente Michel Temer após críticas de parlamentares da oposição. A norma permite às empresas terceirizar a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A legislação prevê que a contratação terceirizada ocorra sem restrições, inclusive na administração pública. Antes, decisões judiciais vedavam a terceirização da atividade-fim e a permitiam apenas para atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa. A medida sancionada por Temer prevê, ainda, que a empresa de terceirização terá autorização para subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, o que é chamado de ‘quarteirização’.


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Construtoras envolvidas na Lava Jato fazem cortes Hibernação Parte das empreiteiras suspendeu as obras e outras enfrentam recuperação judicial e sem perspectivas Crise Imagem das empresas foi comprometida junto ao mercado com as revelações feitas pelas investigações

Agência Estado redacao@diarioam.com.br São Paulo

T

rês anos depois de deflagrada a primeira etapa da operação Lava Jato, em março de 2014, as empreiteiras envolvidas encontram cada vez mais dificuldades para se manter de pé. Mesmo com cortes radicais na estrutura para se adequar à nova realidade de recei-

tas, as empresas não conseguem reagir, atropeladas pela grave crise na imagem e pela recessão econômica. Algumas decidiram ‘hibernar’ os negócios até que o cenário melhore. Isso significa desativar praticamente toda a área de construção. Outras estão em recuperação judicial, sem muitas perspectivas de sair. Eháainda aquelas que decidiram focar os negócios empaíses distantes. Enfrentam essa situação construtoras que até o início

da Lava Jato estavam entre as 15 maiores empresas do setor, como Carioca, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Constran (UTC) e OAS. As quatro maiores da construção - Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão também estão com grandes dificuldades para se recuperar, mas ainda têm gordura para queimar e um pouco mais de obras para concluir.

Na maioria das construtoras, porém, a carteira de projetos se deteriorou rapidamente no último ano e deve continuar assim em 2017. Segundo relatóriodaagênciadeclassificaçãode risco Fitch Rating, conforme executam os melhores projetos, as empreiteiras ficam com outros que estão com pagamentos atrasados ou emritmolento. Issoenfraqueceas expectativas de fluxodecaixaede recuperação.

A Carioca Christiani-Nielsen, por exemplo, viu sua carteira de obras desaparecer de 2014pracá. Sónoprimeiroano sob o efeito da Lava Jato a empresa perdeu 22% das receitas. Situação semelhante vive a Constran, do grupo UTC. Dos projetos, os maiores estão com problemas, como o da Linha 6 do Metrô de São Paulo, cujas obras estão suspensas por desequilíbrio no contrato.


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Governo federal pagou benefício voltado a baixa renda até para quem morreu Fraudes O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é pago a idosos acima 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber depois de já terem morrido Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Agência Estado redacao@diarioam.com.br Brasília

O

governo federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido. “Isso aí já entra para a esfera policial, vamos estudar caso a caso para ver o que aconteceu, ver se tem alguma coisa organizada por trás disso”, afirmou à reportagem o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame. O governo ainda identificou como beneficiárias do BPC famílias com renda per capita acima de dois salários mínimos (R$ 1.874). A lei diz que só têm direito ao auxílio as famílias que ganham até 1/4 do salário-mínimo (R$ 234,25) por pessoa. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 937). A pasta começou a fazer um pente-fino no BPC em janeiro, após uma década sem que os benefícios tivessem sido revisados, embora a lei preveja uma verificação periódica a cada dois anos. De caráter assistencial (quem recebe não precisa ter contribuído ao INSS), o BPC pagou R$ 49 bilhões a 4,4 milhões de beneficiários em 2016 e é alvo de propostas dentro da reforma da Previdência para tentar endurecer as regras de concessão, por conta do seu elevado e crescente custo aos cofres da União. O cruzamento com outras bases de dados do governo federal encontrou 1.194 beneficiários já falecidos. Desses, 719 já tiveram o auxílio suspenso, e outros 475 serão interrompidos na próxima folha de pagamento, de acordo com dados do governo. O custo com esses benefícios, pagos indevidamente, é estimado em R$ 13,4 milhões ao ano.

Desvios Para o secretário executivo do MDSA, Alberto Beltrame, esses casos serão encaminhados à polícia, mas apuração vai indicar como foi autorizado

O grupo também detectou 52,8 mil benefícios que vêm sendo pagos a famílias com renda per capita superior a meio salário-mínimo - em quase metade dos casos, a renda per capita chega a superar dois salários-mínimos. A maior parte foi concedida pela via administrativa, mas há uma parcela menor desses auxílios que foi autorizada após ações judiciais, individuais ou coletivas. Convocação Por ser mais simples, o governo vaicomeçar a revisãopelos benefícios concedidos pela via administrativa. Serão convocadas 42,9 mil pessoas para prestar contas, 20 mil delas com renda per capita identificada acima dos dois salários-mínimos. A primeira remessa de cartas, que será despachada a partir desta segunda-feira, inclui 17 mil beneficiários com as maiores rendas. “Tem gente com renda comprovada até acima de três salários-mínimos per capita. É muito provável que esses beneficiários subdeclararam ren-

CONVOCAÇÃO

Portadores de deficiência serão chamados para fazer perícia Depois de confrontar a renda dos beneficiários do BPC, o governo vai convocar as pessoas com deficiência para uma perícia médica. Dos 4,4 milhões de beneficiários, 60% deles são pessoas com deficiência. A intenção dos técnicos é identificar não só quem já se recuperou, mas também pessoas que têm deficiência considerada irreversível e que dispensam novas avaliações periódicas. “Não tem por que causar constrangimento à família para ir lá e verificar o óbvio”, observou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame. O processo de avaliação médica dos beneficiários do BPC deve durar outros dois anos. Para as novas concessões, o governo estuda um novo

critério, que leve em conta não só a verificação da incapacidade e a renda, mas também o grau de deficiência. A força-tarefa dos técnicos do governo também pretende incluir os beneficiários do BPC no Cadastro Único (CadÚnico), que reúne informações das famílias de baixa renda que integram os programas sociais do governo. Hoje, apenas 40% dos que recebem o BPC fazem parte dessa base de dados, o que é considerado uma falha grave, pois o CadÚnico facilita a fiscalização. A ideia é cadastrar todos os idosos ao longo deste ano e todas as pessoas com deficiência, em 2018. “Fazer gestão adequada da concessão do benefício e da manutenção é essencial para a sobrevivência do programa e para a adequação dele a um Orçamento que é finito”, disse Beltrame.

da no momento da concessão”, disse o secretário Beltrame. Cada beneficiário tem até 40 dias para apresentar sua defesa, ou o benefício é cancelado. “Do universo de quem está acima de dois salários, a economia seria de R$ 2,1 bilhões ao ano. Mas, nesse momento, ainda é precoce dizer que vamos economizar isso, seria considerar que todos eles estão irregulares. Mas é provável que a gente chegue a números expressivos nessa primeira revisão administrativa, pelo menos R$ 1 bilhão ao ano”, acrescentou o secretário. Neste momento, o governo ainda não vai convocar os mais de 137 mil beneficiários com renda per capita identificada entre 25% e meio salário-mínimo. Pela lei, essas pessoas não poderiam receber o BPC, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou esse critério insuficiente para detectar uma eventualcondiçãode vulnerabilidade. Há um “vácuo jurídico” em relação a um novo critério, que o MDSA espera preencher até que as revisões dos primeiros grupos sejamconcluídas.


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Crise impõe transformações no varejo e muda comportamento do consumidor Comércio Algumas mudanças, já em curso, foram captadas por lojistas, que estão se adaptando para conquistar novos mercados, após se concentrarem em sobreviver na época de forte queda nas vendas Eraldo Lopes

Agência Estado redacao@diarioam.com.br Punta Del Este

A

mais longa e profunda recessão que se abateu sobre o País atingiu em cheio o varejo e mudou a forma de o brasileiro consumir. “Com a crise, parecia que o mundo ia acabar. Não acabou, mas se transformou”, avalia a diretora de Varejo e Shopping do Ibope Inteligência, Márcia Sola. No início do mês, a especialista apresentou a uma plateia de empresários do setor de comércio e serviços um estudo sobre a perspectiva do varejo para os próximos cinco anos. Durante o 2º Simpósio de Varejo e Shopping, realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) em Punta Del Este, no Uruguai, Márcia apontou as cinco principais tendências de consumo que devem se consolidar no varejo até 2022. Algumas delas, já em curso, foram captadas por lojistas, que estão se adaptando às mudanças para conquistar novos

“A CRISE MUDOU O COMPORTAMENTO DO BRASILEIRO NA HORA DE IR ÀS COMPRAS (...) RECICLAR É UMA TENDÊNCIA QUE VEIO PARA FICAR” Márcia Sola, diretora de Varejo e Shopping do Ibope Inteligência.

mercados. Na opinião do presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, grande parte dos lojistas não captou essas tendências porque, nos últimos tempos, esteve ocupada em enfrentar os desafios do dia a dia. Com dois anos seguidos de crise e queda nas vendas, Sahyoun explicou que os empresários do setor sobretudo os pequenos, que são a maioria nos shoppings tiveram de correr atrás de capital de giro para fechar as contas do mês. Em função dessa conjuntura complicada, os investimentos em novos segmentos foram deixados de lado pela maioria dos pequenos lojistas. No entanto, o presidente da Alshop acredita que há um potencial de mercado escondido nas tendências apontadas pelo estudo.

SEGMENTOS

Transformações Setor varejista busca adaptação às novas demandas e nichos do mercado

“A crise mudou o comportamento do brasileiro na hora de ir às compras”, observou a diretora do Ibope Inteligência, apontando para o avanço do consumo de produtos reciclados ou usados. Quando a economia ia bem, lembrou a especialista, o consumo estava relacionado com artigos novos.

Com a crise, o produto reciclado com cara de novo vem ganhando a cena, destacou. Enquanto o volume de vendas de mercadorias novas caiu 6,1%, no ano passado, a maior retração da série iniciada em 2001, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vários sites e lojas físicas

de produtos de segunda mão cresceram na faixa de dois dígitos. Além do aperto no bolso, a venda de itens reciclados foi impulsionada por uma nova visão de mundo, isto é, de um consumo mais consciente. “Reciclar é uma tendência que veio para ficar”, disse Márcia.

MERCADOS

Intercâmbio para aprendizagem e idioma atrai novo tipo de cliente

Avanço de consumidores acima de 60 anos cria oportunidades

A ideia de que a população com mais de 60 anos quer mais do que plano de saúde e cruzeiro de navio quando se aposenta foi comprovada pela operadora de turismo CVC. Em 2015, a empresa decidiu apostar em viagens de intercâmbio para aprendizagem de idiomas e criou roteiros para um público com idade entre 18 e 24 anos, mas descobriu que os programas foram muito procurados pelos clientes com mais de 50. “Para minha surpresa, os clientes com mais de 50 anos representaram 8% das vendas de intercâmbio”, contou Santuza Bicalho, diretora da Unidade de Intercâmbio do Grupo CVC. Para entender melhor, a executiva começou a ligar para as

A outra tendência identificada foi o avanço de consumidores com mais de 60 anos. Em 1997, essa faixa etária reunia 13 milhões de pessoas. Neste ano, 26 milhões; em cinco anos, serão 32 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, segundo a especialista. Esse público já representa 14% da população, detém 22% da renda e é a faixa etária que mais vai crescer nos próximos 20 anos. “O varejo trata mal esse consumidor, que tem dinheiro e tempo para gastá-lo”, observou Márcia. Como até hoje o comércio e a indústria estiveram voltados para o público jovem, salvo raras exceções, não existem produtos adequados para os

lojas onde as vendas dos pacotes tinham sido feitas. Os clientes relataram que, quando jovens, não tiveram condições de fazer um intercâmbio e agora estavam realizando um sonho antigo. Santuzacontou queamaior surpresaocorreu quandoa operadora vendeu uma viagem deintercâmbiode três semanas paraoHavaí(EUA)paraduas senhoras nafaixados 70 anos que moravamemBrasília. Alémdo cursodeinglês,oprogramaincluía surfar nas ondas doPacífico. Apesar da crise, a procura de intercâmbio por quem tem mais de 50 anos vem se mantendo, disse Santuza. “A crise não abalou o mercado porque pessoas mais velhas têm um comportamento anticíclico”.

que têm mais de 60 anos. “Eles querem mais do que planos de saúde e cruzeiros de navio, querem ser desafiados”. No polo oposto, a diretora do Ibope Inteligência ressaltou o avanço do mercado infantil como outra tendência ainda pouco explorada no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, um terço das vendas da Target, a maior rede de lojas de departamento do país, é de itens para crianças.

Nicho Uma tendência importante identificada pelo estudo são os nichos de mercado. Hoje, por exemplo, mais da metade dos brasileiros (53%) está acima do peso e 18% são considerados

obesos - o que significa um universo 34 milhões de pessoas. “O varejo não faz provavelmente nada com essa informação”, alertou a especialista. Por falta de produtos feitos sob medida para esses consumidores, muitos preferem comprar em sites internacionais. “O futuro é o mercado de nicho, o varejo especializado. O consumidor não quer nada adaptado”, disse. A quinta tendência reveladapelo estudo-obomatendimentopodeparecer óbvia,mas nãoé paramuitos varejistas. Como avançodocomércioeletrônicoe das redes sociais, quandoo consumidor vaia umalojafísica,ele já temmuitas informações sobreo produto quedesejacomprar. Por contadisso,esperaalgoamais,isto é, ter umaboaexperiênciade compra. “O vendedor éo embaixador damarcaepoucos lojistas estãopreparados”,finalizou aespecialista.


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Programa Mesa Brasil no Amazonas terá o primeiro banco de alimento da Região Norte O Serviço Social do Comércio (Sesc) inaugura, no próximo dia 24 de abril, o primeiro banco de alimentos da Região Norte de iniciativa privada, e que funcionará como sede do Programa Mesa Brasil no Amazonas. O espaço será chamado: ‘Banco de Alimentos Ubaldino Meirelles da Silva’, em homenagem ao funcionário autárquico e político brasileiro. O Programa Mesa Brasil é uma

iniciativa nacional do Sesc, inspirado em ações de colheitas de alimentos do Departamento Regional de São Paulo. No Amazonas, a Administração Regional do Sesc integrou-se a ação social, lançando o Programa no dia 22 de setembro de 2003. Ao longo de 13 anos de atuação, inúmeras ações foram realizadas, tanto no campo nutricional quanto no social, com

o objetivo de combater a fome e o desperdício, além de garantir às instituições sociais e pessoas atendidas o acesso à alimentação segura, à geração de renda e melhor qualidade de vida. A evolução do programa, incluindo seus indicadores e ampliação das atividades, demandaram a construção de um espaço próprio para o MesaBrasil no Estado. A nova sede estálocalizadano Balneário José Ribeiro Soares (Sesc Balneário), zona centro-oestedeManaus, edispõe

Cidades

de 1.296,00m² de área construída. A infraestrutura conta com sala de atendimento às instituições e doadores, uma cozinha-escola e sala de treinamento apropriada ao desenvolvimento de cursos, oficinas e palestras que estimulem práticas de alimentação saudável, aproveitamento integral de alimentos e a geração de renda. Para se ter uma ideia da importância e dimensão desse trabalho, segundo o Sesc, o Mesa Brasil Sesc Amazonas distribuiu, nesses 13 anos, mais de 21 toneladas de alimentos no Estado.

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SEGURANÇA

AMTEM4AERONAVESNO CONSERTOOUREFORMA Monitoramento O Estado tem seis aeronaves, duas estão em uso. A previsão do governo é que todas as aeronaves, tanto de asa fixa quanto de asa rotativa, estejam em funcionamento até o fim de abril Uso O plano de Fontes é que as aeronaves sejam usadas para identificar ações de queimadas

Girlene Medeiros Redacao@diarioam.com.br Manaus

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as seis aeronaves do Amazonas, duas estão em uso pelo Estado, um helicóptero, modelo Esquilo AS-350, e um ultraleve. As demais aeronaves estão em conserto ou reforma, segundo informações o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Sérgio Fontes. A previsão do secretário é que todas as seis aeronaves, tanto de asa fixa quanto de asa rotativa, este-

jam em funcionamento até o fim deste mês de abril. De acordo com o secretário, o conserto das aeronaves de asa fixa (hidroavião e um avião monotor Cessna 210) e das duas aeronaves de asa rotatória (um helicóptero Esquilo AS-350, que está com problema na hélice, e outro helicóptero modelo Schweizer 300 CBI) está na fase de empenho e os pagamentos foram autorizados. Um dos helicópteros, modelo Esquilo, e o Schweiser pertencem ao Grupamento de Rádio Patrulhamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar do Amazonas

(PM-AM) e os demais pertencem à SSP, conforme informou o titular da secretaria. Em março do ano passado, pelo menos dois helicópteros do Estado foram submetidos à manutenção. O secretário da SSP informou que, na época, uma das aeronaves foi consertada. “Por conta da crise, a gente conseguiu ajeitar apenas um helicóptero que é o que está em condições de voo”, afirmou Fontes, acrescentando que, o conserto das aeronaves restantes será realizado assim que o pagamento for realizado pelo governo do Estado.

Jamile Galvão/SSP-AM/Divulgação

O secretário acrescentou que os helicópteros, o monomotor e o ultraleve estão no Aeroclube do Estado do Amazonas, na zona centro-sul da capital, e o hidroavião está em uma base para aeronaves do tipo no bairro Tarumã, zona oeste. Fontes acrescentou que a SSP está em negociação para que as aeronaves tenham um novo hangar compartilhado no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona oeste. “As aeronaves vão voar. Não estão voando mais por causa das chuvas constantes”, disse.

Utilidade O secretário afirmou que o avião monotor Cessna 210, que tem capacidade para seis pessoas, deve ser usado para transportar policiais no interior do Estado. Fontes afirmou que as aeronaves estão disponíveis para serviço do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, PM e Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM). O plano do secretário é que as aeronaves sejam usadas, após o período de chuvas, para identificar suspeitas de queimadas e reprimir as incidências dessas ocorrências.


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ZONA NORTE

INSEGURANÇA E MED Santa Etelvina Em dez horas, três pessoas foram mortas e população diz que foragidos se escondem na área

Situação Moradores do Santa Etelvina relatam o abandono da segurança pública

Gisele Rodrigues Redacao@diarioam.com.br Manaus

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om medo da ação dos traficantes e dos presidiários foragidos, moradores do bairro Santa Etelvina, temem pela segurança de suas famílias. No extremo da zona norte de Manaus, moradores relataram o abandono da segurança pública na região. A REDE DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (RDC) apurou que, somente nos primeiros quatro meses deste ano, pelo menos 11 assassinatos foram cometidos no bairro, três deles, em menos de dez horas, no último final de semana entre os dias 8 e 9 de abril. O clima de insegurança foi percebido logo quando a reportagem chegou ao bairro Santa Etelvina, para conversar com os moradores. Uma das entrevistadas se recusou afalar sobre o assunto, afirmando que tinha medo dos traficantes da região. Grandepartedos en-

trevistados pediu para não serem identificados, também com medo de sofrerem represálias. “Aqui a gente vive com medo,não sabeo quepodeacontecer com a gente ou com nossa família. Parece que tudo o que não presta na cidade veio morar aqui. Até porque esse pessoal todo morava nos rip-raps, vieram pessoas de bem, mas o que não presta que morava nessas áreas vieram todos para o mesmo lugar”, disse uma desempregada do conjunto residencial Viver Melhor 2, na zona norte da cidade. Sofrendo com os constantes assaltos, o aposentado Carlos Farias, 65, disse sair de casa, sempre, sem o telefone celular. Segundo ele, os assaltos aos ônibus são diários no bairro. “Está terrível essa situação. Estou saindo sem nada, por causa desses assaltos. A gente não pode se expor porque está muito perigoso. E ainda tem outra coisa, o tráfico está demais e ninguém vê polícia”, disse o aposentado pouco antes de entra em um ônibus do

Sandro Pereira

transporte público. O aposentado lembrou, inclusive, que um motorista de micro-ônibus foi executado, após um roubo ocorrido na localidade. O condutor do micro-ônibus do transporte alternativo Antônio Alves de Souza,59,foimortocom um tiro na nuca, por volta das 18h30, no início do mês de março, na Rua Nossa Senhora de Fátima, bairro Santa Etelvina, zona nortedeManaus,em umlatrocínio, roubo seguido de morte. Deacordocominformações de investigadores da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o suspeito, Diemerson Monteiro Silva, foi preso pela Polícia Militar (PM) e foi reconhecido pelo cobrador e uma passageira que estavam no coletivo. Avenidas como a Sete de Maio, no bairro Santa Etelvina, é conhecida, segundo a desempregada Tatiane Cardoso, 26, pelos assaltos nas primeiras horas da manhã. “Aqui bandido acorda é cedo para roubar, dá umas 5h30 até umas 7h, é cheio de assalto

por aqui nesse horário. A gente tem que ficar trancado dentro de casa. A questão da segurança está péssima no bairro. Não vejo policial na rua, quando vejo estão pegando dinheiro com traficantes”, afirmou. Para a vendedora Aliane Monteiro, 20,a segurançapública piorou, após a entrega dos apartamentos do conjunto Viver Melhor. Na avaliação de Monteiro, antes da chegada do residencialobairro quejánão tinha estrutura, contava com pouco policiamento. “Eu ando mais de um quilômetro todo dia parachegar ao trabalho. Eeu vou te falar, chego aqui apavorada, ando super-rápido, morrendo demedoeemalerta”, relatou. Medo Moradores do Viver Melhor, também, no bairro Santa Etelvina, são os que apresentaram mais receio em relatar, à reportagem, os problemas enfrentados na comunidade. Um vendedor de frutas, que preferiu não se identificar, disse que os tiroteios na madrugada são quase que diários.

“A gente tem que se fazer de mudo, porque se não sobra para a gente”, disse ele. Um dos problemas do bairro que fica afastado do centro da capital, conforme o vendedor, está na proximidade do conjunto Viver Melhor com os presídios do Estado. Os presos deixam o sistema prisional e se escondem, segundo os moradores, dentro dos apartamentos do residencial. “A verdade é que a gente não sabe nem quem é que mora no apartamento de cima, sabe? Muitos presos vem se esconder aqui e como é muito grande acho até difícil a polícia achar, fora que a gente tem medo de denunciar também”, afirmou. No final do mês, Alexsandro de Souza Reis, 29, que havia fugido da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, foi recapturado, na Comunidade Lago Azul, no Santa Etelvina, na zona norte, no último domingo (9). Alexsandro, que cumpria pena por roubo foi localizado por policiais.


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DO NO VIVER MELHOR

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Cicom diz ser impossível fazer segurança de 70 mil pessoas O comandante da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), capitão Bruno Dayvisson, confirmou que um dos pontos de parada dos presidiários foragidos é o Viver Melhor. Segundo ele, cuidar da segurança de quase 70 mil pessoas, sendo 58 mil somente nos conjuntos 1 e 2 do Viver Melhor é uma tarefa quase impossível. Atualmente, a Cicom dispõe de uma viatura e uma motocicleta para realizar a ronda policial na comunidade. “Nós estamos intensificando as ações, mas uma área com quase 70 mil pessoas é extremamente difícil encontrar os criminosos. Ainda tem uma invasão na área de mata, que as viaturas não patrulham lá, porque não tem acesso há alguns. Já teve troca de tiros à noite com os policiais”, disse o capitão. Ainda sobre os foragidos, Dayvisson afirmou que existem ramais, dentro da mata, que ligam os presídios ao residencial, tanto saindo pela AM-010 quanto saindo do Puraquequara. Após os três homicídios registrados no bairro, nos dias 8 e 9 de abril, o comandante da Cicom informou que as ações foram intensificadas pelos policiais,

por meio de uma operação para combater o tráfico de drogas na região. A atividade batizada de operação Onça apreendeu, em sete dias, 19 trouxinhas de maconha, 15 pacotes de skank, sete trouxinhas de cocaína, quatro trouxinhas de supostamente oxi e R$ 20 em espécie. Segundo o capitão da 26ª Cicom, 245 pessoas abordadas, em ônibus, carros e motos. Para Dayvisson, o problema da comunidade não é somente de segurança. Na avaliação do capitão, faltam oportunidades dentro do bairro. “O ideal seria uma nova Cicom, mas aquele povo está carente é de oportunidade, não adianta ter 50 viaturas e não ter oportunidade, porque eles caem na criminalidade. Nós fazemos um projeto esportivo com o acompanhamento das notas (das crianças). O problema é que não é essa missão da Polícia Militar (PM), falta política pública para aquela região”, avaliou. Para denúncias, o policial indicou os telefones 98842-1767 ou 98842-1721. Nos contatos, segundo o capitão é possível falar diretamente com os comandantes da Cicom e do Viver Melhor 1 e 2.


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visite D24am.com WWF-Brasil/Adriano Gambarini

Pesquisadores vão ‘vigiar’ Amazônia em tempo real FlorestaPesquisadores estão instalando câmeras, microfones e sensores de movimento embaixo das copas das árvores Agência Estado Redacao@diarioam.com.br Brasília

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esquisadores do Instituto Mamirauá, organização ambiental que é mantida com recursos do governo federal, estão instalando câmeras, microfones e sensores de movimento embaixo das copas das árvores na região central da Amazônia. Eles querem compartilhar, em tempo real, imagens e sons de mamíferos, aves e répteis, o que vai ajudar a conhecer melhor as diferentes espécies que habitam a região. Chamado de Providence, o projeto ainda está em fase inicial de testes: os pesquisadores terminaram de instalar os primeiros dez módulos nos próximos dias. Por enquanto,eles estão sendocolocadosnumaárea de dez quilômetros quadrados ao redor da sede de pesquisas do instituto na Reserva Mamirauá, a cerca de 600 quilômetros dacapitalamazonense. Monitorar uma floresta densa e extensa como a Amazônia não é tarefa fácil. Hoje, os pesquisadores só conseguem ver em tempo real imagens do que acontece sobre a copa das árvores, obtidas por meio de satélites e radares. Para acompanhar a fauna da floresta, porém, é preciso mandar pesquisadores para contar os animais em trilhas ou instalar câmeras com sensores. Elas detectam mudanças de calor e fotografam os animais que estão passando. Entretanto, esses equipamentos só captam animais em um perímetro de até 50 metros. Além disso, não transmitem dados pela internet, o que obriga os pesquisadores a voltar ao local em até seis meses. “Espalhar câmeras na Amazônia inteira é um trabalho gigantesco e é necessário que uma equipe busque os car-

“ESTAMOS COLOCANDO NOSSO EQUIPAMENTO NA FLORESTA, PARA VER SE ELE CONSEGUE SOBREVIVER À CHUVA, AO CALOR, À UMIDADE E AOS ANIMAIS” Ashley Tews, da Csiro.

tões de memória para analisar o que o equipamento registrou”, explica o biólogo Emiliano Ramalho, pesquisador do Instituto Mamirauá e responsável pelo projeto Providence. Rapidez Ramalho teve a ideia do projeto em agosto de 2016, depois de trabalhar por 14 anos no Instituto Mamirauá. Nesse período, ele sentiu na pele as dificuldades de monitorar os animais. O projeto se tornou viável no fim do ano passado, depois que ele conseguiu ajuda da Fundação Gordon & Betty Moore - criada pelo cofundador da fabricante de chips Intel e sua esposa. A entidade investiu US$ 1,4 milhão no projeto. O biólogo brasileiro buscou parcerias internacionais com outros institutos de pesquisa. A Organização para Pesquisas da Comunidade Científica e Industrial (Csiro, na sigla em inglês), vinculada ao governo da Austrália, é uma delas. Ela foi responsável por desenvolver o mecanismo de transmissão dos dados registrados pelas câmeras e microfones. JáaTheSilenceFoundation - da Universidade Politécnica daCatalunha,naEspanha-ajudaaidentificar as espécies pelos sons. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) faz a detecçãodeespécies por imagem. “Estamos colocando nosso equipamento na floresta, para ver seeleconseguesobreviver à chuva,aocalor,àumidadeeaos animais”,diz oaustralianoAshley Tews, da Csiro. Segundo ele, a instalação dos dispositivos tem sido um dos principais desafios dos pesquisadores.

Ação Para acompanhar a fauna é preciso mandar pesquisadores para contar os animais ou instalar câmeras com sensores

ESTUDO Estadão/Amanda Lelis

Especialistas em segurança propõem agenda de debates Por usar tecnologias já existentes e a internet para resolver um problema importante da pesquisa sobre meio ambiente, o Providence é visto como inovador por especialistas. Segundo Sergio Cavalcanti, superintendente do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), a tecnologia tem potencial para ajudar biólogos que precisam monitorar outras áreas, como oceanos, rios e, até mesmo, lavouras. “O Brasil é um País gigante, que pode aproveitar o

desenvolvimento da ‘internet das coisas’ na área ambiental”, diz Cavalcanti. Segundo Ramalho, a primeira fase de testes do projeto Providence será concluída em março de 2018. Em seguida, os pesquisadores pretendem aprimorar os protótipos dos módulos desenvolvidos e, com isso, começar a desenvolver um plano de expansão. Se der certo, a intenção dos pesquisadores é instalar módulos semelhantes por toda a Floresta Amazônica

Trabalho O Providence é visto como inovador por especialistas da área


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Estudantes realizam palestras educativas para jovens e adolescentes da rede pública de ensino

Gedeão Grangeiro Fernandes de Menezes Advogado e Pastor Presidente da Assembleia de Deus Tradicional no Estado do Amazonas

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Com o objetivo de colocar em prática o conteúdo abordado na sala de aula e, ainda, contribuir para a educação de jovens e adolescentes, alunos do Centro Literatus (CEL) realizam palestras em instituições públicas da capital amazonense. Prostituição infantil, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), pedofilia, transtorno alimentar, bullying, gravidez precoce e acidentes domésticos foram algumas das temáticas trabalhadas durante as apresentações realizadas para estudantes das escolas estaduais Angelo Ramazzotti, Cacilda Braule Pinto e Padre Luis Ruas. De acordo com a coordenadora pedagógica do CEL, Alexandra Andrade, outra vantagem das apresentações é que elas também ajudam os

alunos da instituição a vencerem barreiras. “Afinal, saber falar em público é competência necessária para todos os profissionais”, destacou. A próxima apresentação será na próxima terça-feira (18),naEscolaEstadualPadre Luis Ruas, no bairro Zumbi, zonaleste. Alémdas palestras, a instituição também levará alguns serviços gratuitos como aferição de pressão, massagemehigienizaçãofacial. A coordenadora do CEL afirma que a preparação das apresentações começa dias antes e os alunos ficam bastante empolgados, estudam o que irão falar, treinam e trazem objetos para realizarem demonstrações. “Estar familiarizado com o tema a ser abordado é fundamental para qualquer apresentação”, apontaAlexandra. Divulgação

Educação Transtorno alimentar e gravidez são alguns dos temas abordados

CRISTO, A VERDADEIRA PÁSCOA Há, aproximadamente, 1.445 a. C. , ocorre a noite mais escura da terra do Egito, em uma ação julgadora de parte de Deus, em livramento à Israel. Todas as casas do Egito e todas as famílias, enfrentam o luto, a dor da perda e o sofrimento das lágrimas da morte. Em um acampamento próximo, em Gósen, uma nação celebra um momento histórico da liberdade de uma escravidão de quatro séculos. Deus estabeleceu e denominou esta celebração de ‘Páscoa’ (do hebraico ‘pesah’, que significa “passar por cima”, ou “pular além da marca”). Cada família tomaria um cordeiro, sem defeito, de um ano, que deveria ser assado e comido com pães sem fermento, e com ervas amargas; Deveriam comê-lo com a postura de peregrinos: sapatos nos pés, cajado na mão, e lombos cingidos (Êxodo 12:1). O sangue deveria ser aspergido nos umbrais de cada porta. Esse seria o sinal que impediria a morte de adentrar, e os

livraria! Embora se tenha em torno da Páscoa, hoje, competitivo comércio, e embora respeitemos os símbolos que, culturalmente, foram se adaptando a este momento, a Páscoa, biblicamente, não é representada por ‘coelhinhos’, nem ‘ovos de chocolate’. A Páscoa apontava para Cristo. A escravidão termina para Israel, com a celebração da Páscoa. Cristo compara o domínio do pecado sobre os homens, à escravidão. “O que comete pecado se torna escravo do pecado... Se o Filho do homem vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. O sangue aspergido nas portas aponta para o sangue inocente de Cristo, que foi derramado na cruz do Calvário. João, o apóstolo, declara que o “sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:9). O cordeiro era sem defeito. Cristo viveu uma vida pura, santa e moralmente inatacável. Ele é o Cordeiro puro, santo, sem mácula e sem defeito. O cordeiro pascoal serviu de alimento, mostrando que devemos receber vida, fortaleza, força, saúde e graça através de Cristo. Ele representa saúde perfeita e plena para nossas almas. Alimentar-se dEle é receber vigor, fortaleza, alegria e as bênçãos decorrentes de sua salvação. Os pães sem fermento falavam da pureza e da

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santidade e do afastamento e separação do pecado. As ervas amargas seriam a lembrança do sofrimento cruciante da escravidão. Seria importante lembrar o passado para avançar no presente. Um cordeiro para cada casa: a salvação se projeta para cada família. A porta da graça está aberta, de par em par, para todos sem exceção. Deus sempre se interessou pela família. Você se lembra da pergunta que Deus fez a Caim? “Onde está o teu irmão?” A resposta insolente de Caim (“sou eu, acaso, o tutor de meu irmão”), relembra a tragédia de mentes enfraquecidas e almas enfermas, tentando se eximir da responsabilidade de cuidado e proteção ao nosso próximo. Ouvi certo erudito mestre dizendo, certa feita: “Nenhum sucesso lá fora, no mundo, justifica o fracasso dentro de casa!” Assim como a única possibilidade de escape era através do sangue aspergido nos umbrais das portas, não haveria salvação senão através de Cristo. Cristo é a única resposta. Não há vitória plena sem Cristo. Antes do sofrimento da cruz, Cristo celebrou a páscoa com seus discípulos (Mateus 26:17-25). A Páscoa seria um memorial perpétuo para os judeus (Êxodo 12:14). Relembre hoje que Cristo é o verdadeiro Cordeiro Pascal, através do qual temos a verdadeira vida!


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Igreja Católica realiza, neste Domingo de Páscoa, três Celebrações Eucarísticas Religião “Nós, como cristãos, celebramos a ressureição de nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus veio ao mundo para nos salvar. Morreu para nos salvar. Mas não ficou na morte”, afirmou o pároco Hudson Ribeiro Sandro Pereira

Da Redação Redacao@diarioam.com.br Manaus

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este domingo, a igreja Católica em Manaus realiza a Celebração Eucarística com três missas. Às 6h, a missa será presidida pelo arcebispo de Manaus, dom Sergio Castriani; às 10h, pelo padre Hudson Ribeiro, pároco da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, conhecida como igreja da Matriz; e, às 18h, será ministrada pelo padre Vantuy Neto, vigário paroquial da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição. As celebrações serão na Catedral Nossa Senhora da Conceição, na Praça Oswaldo Cruz, no Centro de Manaus. “A igreja estará aberta em Manaus e no mundo todo para celebrar a importância da Pás-

Charles Cunha da Silva Padre Master Coach charles.cunhasilva@gmail.com

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A ESPERANÇA TEM NOME E ROSTO

Neste domingo celebra-se o ápice da liturgia cristã, a páscoa do Senhor e nossa páscoa. O próprio Jesus de Nazaré havia dito que sofreria muito, mas ao terceiro dia iria ressuscitar; assim aconteceu, Ele apareceu a Maria sua mãe, a Maria Madalena e aos seus discípulos, dando-lhes a paz verdadeira, não a que o mundo dá, mas aquela que vem do coração amoroso de Deus. Celebrar a páscoa não apenas fazendo memória à libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, mas como a festa da ressurreição do Senhor, celebrando a vitória da vida sobre a morte, da redenção

coa”, afirmou o pároco Hudson. Segundo ele, a Páscoa do Senhor é o momento para a igreja estar unida, para que as famílias celebrem juntas e com suas comunidades. Opárocoexplica quePáscoa significa passagem. “Nós, como cristãos,celebramos a ressureição de nosso Senhor Jesus Cristo. Essa é a nossa Páscoa. Jesus veio ao mundo para nos salvar. Morreu para nos salvar. Mas não ficou na morte. Ele venceamorte ressuscitandono terceirodia”,detalhou. Padre Hudson afirma que a Semana Santa, uma das datas mais importantes para o cristão católico, iniciou no Domingo de Ramos (9). O ápice é o tríduo pascal iniciado na Quinta-feira Santa. “Na quinta pela manhã, realizamos a missa do crisma e a benção dos Santos Óleos. E, à noite, celebramos a instituição da Santa Ceia do Senhor e realizamos o

sobre o sofrimento, da passagem do medo para a esperança. A ressurreição de Cristo oferece a toda a humanidade uma nova esperança. Antes deste fato, havia o medo e a incerteza. Depois do sepulcro vazio, o cristão pode afirmar com toda a fé presente em seu coração: “A esperança tem nome e rosto. A esperança é uma pessoa. Nossa esperança é Jesus, o Vivente”. Acreditar neste fato é acreditar na salvação. São Paulo diz em sua carta aos romanos: “É na esperança que fomos salvos”(Rm 8,24). Ser salvo é ser redimido. É acreditar como disse o Papa Bento XVI: o presente ainda que custoso, pode ser vivido e aceito, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta. Se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho. A nossa meta foi evidenciada nos vestígios do Ressuscitado presentes no sepulcro vazio. A nossa meta, o nosso futuro é a vida eterna manifesta em Jesus Cristo. Acreditar na ressurreição de

Programação As celebrações, neste Domingo de Páscoa, iniciam, às 6h, com a missa ministrada por dom Sergio Castriani

rito do lava pés, compreendemos que na eucaristia recebemos o grande mandamento do Senhor, que a gente se ame como ele nos amou e isso nos mostra que o verdadeiro amor deve se transformar em gestos

concretos de serviço”. Sexta-feira Santa realizamos a via-sacra e, no sábado, a noite a vigília pascal. “É um momento rico para todo cristão católico esse final de semana. É um grande feriadão, um

momento de reflexão, para se retomar os textos bíblicos, caminhar e realizar o significado da Páscoa na própria vida como sinal de ressureição para as pessoas que estão necessitadas”, avaliou o pároco.

Cristo é crer na vida eterna como um futuro já presente entre nós e que será pleno após a morte. Por isso o cristão pode pela fé, acreditar que a vida não acaba no vazio. O amor lança fora o temor. O Deus que é amor, resgatará para a vida, a humanidade ferida pela morte. Por isso, a devida compreensão do dia de hoje, conduz o coração humano a acreditar que viver vale a pena, mesmo que para alguns, ou em algum momento da vida para outros, viver seja um caminhar no vale de lágrimas. Mas, a garantia da vitória que Cristo nos trouxe com sua ressurreição torna-se um chamado, um convite a viver cada dia movido por uma certeza: “Aconteça o que acontecer Deus nos espera porque nos ama”. A última palavra na trajetória humana não será do sofrimento, mas de um Deus único e verdadeiro que na hora da nossa morte dirá: “Vem e segue-me”. E a esperança não decepciona. E quem tem esperança tem fé. A

esperança revigora a fé. A fé não nos tira nada. A fé confere a vida um novo fundamento, sobre o qual o homem pode se apoiar e seguir em frente sem vacilar, com os olhos fixos em Jesus que leva a fé à perfeição. Muito necessário compreender nos dias de hoje, envolto em tantas realidades efêmeras, o que diz Papa Bento XVI sobre a eternidade: “esta realidade não deve ser entendida como sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, em que a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade. Seria o instante de mergulhar no oceano do amor infinito para o qual o tempo, o antes e o depois, já não existe. Viver a eternidade é acolher o momento presente, seja ele como for. É reconhecer cada chamado que a vida nos faz como uma historia humana rica em vida mesmo que dilacerada pelo sofrimento. Na fé, o sofrimento jamais anda sozinho, ele é acompanhado pela

esperança. A oração é a escola da esperança e da fé. Como diz o salmista, no Senhor encontra-se o refúgio e a salvação. Na oração, Deus está sempre disposto a ouvir aquele que ninguém mais escuta. Deus está sempre disposto a falar com aquele que não consegue mais soltar a voz; a ajudar aquele que ninguém percebe caído a beira do caminho; a fazer companhia àquele que encontra-se na mais profunda solidão. O orante jamais está totalmente só. Na oração, o coração humano dilata-se para acolher o amor transbordante de Deus, que se faz próximo de todo aquele que o procura de coração sincero. Portanto, a oração é o lugar, o momento no qual, a pedra do coração humano é removida. Os olhos se abrem para contemplar a luz do ressuscitado a iluminar a vida, levando-a a seguir adiante, a lançar as redes em águas mais profunda, e a dizer para si mesmo: “Ele vive e eu posso crer no amanhã”.


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Arnaldo Péres Magistrado arnaldocperes@hotmail.com

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A SÍRIA É AQUI

Na última semana, o secretário municipal de educação do Rio de Janeiro postou no seu diário em uma rede social a triste notícia do assassinato de Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, nas dependências da Escola Daniel Piza, em Acari. O dia havia sido de tiroteios em várias regiões da cidade e muitos colégios não funcionaram deixando centenas de alunos sem aula. Além disso, ele mostrou uma foto onde todas as crianças estavam deitadas com medo de serem atingidas. Para vergonha nossa, a notícia circulou em

vários países, do “New York Times”, passando pelos principais meios de comunicação europeus, até a TV árabe “Al Jazera”, acostumada a avaliar a importância do fato sobre violência. Em todo mundo, com maior ou menor intensidade, as sociedades modernas vivem o pesadelo da violência impune a ameaçar-lhes a sobrevivência. Dupla ameaça: à civilização, o somatório das conquistas da convivência social, seus valores humanitários e, principalmente à democracia, incapaz de sobreviver no caos. A escalada desses episódios hoje nos morros do Rio, nos leva a defrontar um drama permanente, que é a existência de comunidades vivendo à margem dos nossos padrões de organização social, a exigir reflexão e ação. Até aí, nenhuma novidade, afinal a cidade

há muito já vive num estado de guerra constante, onde traficantes, o crime organizado, milícias, polícia, moradores, todos se misturam num conflito que parece não ter fim. A novidade emerge quando se verifica a total omissão do Estado que até hoje não enfrentou o problema de forma efetiva, com vontade política e competência, como já fizeram outros países com êxito. Deixemos de farsas inúteis. O crime organizado, os traficantes, os bicheiros, continuam nas favelas cariocas porque agentes de segurança toleram suas atividades ilícitas. Desnecessário dizer que, há muito, as populações dessas comunidades carentes foram abandonadas pelo poder público que dele só conhecem a face do achaque e da repressão ilegal. Enquanto o governo federal não

encarar com seriedade a questão, com a definição de um plano nacional de segurança pública, o espetáculo diário com sangue e mortes de cidadãos inocentes ou não, vai continuar nas periferias perdidas, Brasil afora. Exatamente como aconteceu semana passada próximo à escola, onde dois suspeitos foram mortos por policiais. As imagens revelam que houve ali simplesmente uma brutal execução. O episódio mostrado pelo “Jornal Nacional” é um desses acontecimentos capazes de entorpecer a opinião pública ou chocá-la. Não há meio termo. Nesse contexto, a população percebe que hoje, quem reside nos grandes centros urbanos, vive momento decisivo de sua segurança. De um lado, está entregue a violência do tráfico comandado de dentro dos presídios e dos assaltantes avulsos em

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cada esquina. De outro, também sofre por não confiar na polícia, não raro, sem condições para manter a ordem e enfrentar a bandidagem. Talvez até por isso alguns, infelizmente, ainda apoiam a execução sumária, como meio de enfrentar o problema. Convenhamos, de forma equivocada, porque afinal esse não é e nunca será o caminho. Além disso, um país sério, obviamente há de se respeitar a Constituição e as leis. Mas, por enquanto, somos todos reféns da violência. As operações vão continuar provocando mortes de suspeitos, mas também de inocentes. Principalmente, pobres, pretos e favelados, é claro. E a turma de Ipanema? Bem… esses estão todos na praia, longe dos tiros. Afinal, ali nunca ninguém vendeu nem consumiu droga. Aliás, também nunca assaltaram os cofres públicos…


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visite D24am.com Franklin Pinheiro/Divulgação

Empresário reclama de cratera de cinco metros na Rua 186 Desde o início deste ano os moradores da Rua 186, do Núcleo 15, do bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus, estão sendo obrigados a conviver com crateras no local. Em dias de Sol, a poeira dos buracos sujam as casas, em dias de chuva, os buracos ficam cheios de água, causando

transtornos aos motoristas e a população que mora no local. O empresário Diego Macedo disse que a população já reclamou junto a Prefeitura de Manaus, mas até agora nada foi feito. “No período de eleição vieram aqui e taparam os buracos que tinham na nossa rua, mas a cratera que abriu agora é algo absurdo e ninguém faz nada”. Ele contou que a cratera tem uns cinco metros e já viu vários motoristas que não conheciam o local danificarem seus carros.

“Sem falar nos motoristas de ônibus que são obrigados a passar pela rua e acabam danificando o veículo”, afirmou o empresário. Pela Rua 186 passam quatro linhas do transporte público de Manaus são elas 440, 423, 807 e 841. Em dias de Sol, segundo Diego, as casas da rua ficam cheia de poeira do bairro. No dia de chuva, a lama também atrapalha a população. A reportagementrou emcontato comaassessoriadeimprensada SecretariaMunicipaldeInfraestrutura (Seminf),mas nãoobteve resposta, atéofechamentodestaedição.

INFRAESTRUTURA

MOTORISTAS RECLAMAM DE BURACOS NA AVENIDA DJALMA BATISTA

Instrutor afirma que, diariamente, falta energia na zona norte

Sandro Pereira

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Motoristas reclamam dos buracos na Avenida Djalma Batista, no bairro Chapada, zona centro-sul de Manaus. Pelo menos dois buracos estão localizados na via, no sentido Centro-bairro, entre dois shoppings da avenida. Segundo o funcionário público Theo Ferreira, 33, é difícil evitar passar por cima dos buracos, principalmente em horários de grande fluxo de veículos. Em um dos buracos, localizado em frente a uma loja de papelaria, o funcionário público afirmou que até mesmo o gradiu, que ele acredita ser da tubulação de esgoto, está exposto por causa do pavimento desgastado. “É inadmissível que uma avenida dessa, com tanta passagem de ônibus, de carros, a principal da cidade, esteja esburacada. Se acontece isso na Djalma, imagina nos bairros mais pobres”, afirmou ele. De acordo com Ferreira, a situação dos buracos compromete também o trânsito. Os veículos dos transporte público tentam desviar das crateras causando forte congestionamento. Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou, por meio de assessoria de imprensa, que a reclamação foi recebida pela secretaria e que será informada ao chefe do Distrito de Obras que atende a área reclamada para que sejam tomadas providências. Vicente Ferreira/Divulgação

Rua parece ‘campo minado’ , afirma microempresário Moradores da Rua Rio Jordão (antiga Rua 2), no conjunto Colina do Aleixo, no bairro São José, zona leste de Manaus, reclamam de buracos na via. O problema incomoda, principalmente, os motoristas que trafegam pela via e enfrentam buracos não somente nessa via, como também em outras vias do conjunto que

apresentavam buracos anteriormente. Segundo a dona de casa Rosana Souza, 45, que costuma trafegar pelo conjunto Colina do Aleixo, o problema deve ser sanado pela Prefeitura já que todos os moradores pagam impostos e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Sei que tem bairros que estão bem piores, mas temos que exigir nossos direitos”, disse Rosana. O microempresário José Raimundo Vieira da Silva, 61, que também costuma trafegar pelo

conjunto, semanalmente, quando vai visitar familiares no local, disse que os buracos são um “campo minado” e os motoristas têm que ficar alerta. “Ou presta atenção ou vai direto para o mecânico desembolsar uma grana”, afirmou. Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou, por meio de assessoria de imprensa, que a reclamação dos moradores foi informada ao Distrito de Obras que atende o conjunto Colina do Aleixo para que o problema seja resolvido.

MoradoresdaRuaSalmon,nobairro AlfredoNascimento,nazonanorte, sofremcomquedasconstantesde energiaelétrica.Segundooinstrutorde autoescolaJeffersonCavalcante,40,o problemaédiárioejácausouprejuízos paraváriosmoradoresdarua. Após a instalação de uma invasão nas proximidades da rua, na avaliação do instrutor, o transformador ficou sobrecarregado, o que teria ocasionado as quedas constantes. Uma equipe da Eletrobras Amazonas Energia já visitou o local e fez um estudo sobre a distribuição de energia na localidade, segundo informou Cavalcante, mas, na ocasião, a empresa informou que não havia a sobrecarga do transformador. Segundo ele, a distribuidora de energia também não indicou uma solução para o problema enfrentado pelos moradores. “Fizemos um estudo também aqui, na comunidade, e as pessoas que entendem mais do que eu sobre isso, nos disseram que precisa de outro transformador. Muita gente já levou prejuízo. Eu estou com uma geladeira queimada na garagem, mas já tive micro-ondas queimado também”, disse. Conforme o morador, as quedas começam a ocorrer, principalmente, no período da noite, quando a maioria dos moradores está em casa. “A gente nota que é sobrecarga, por isso, basta dar 18h que começa a oscilar, porque as pessoas chegam esse horário, ligam o ar-condicionado, os eletrodomésticos em casa. Aí começa, a televisão liga e desliga e isso é diariamente”, explicou. A Eletrobras Distribuição Amazonas informou que serão enviadas equipes ao local para avaliar a situação e solucionar o problema no tempo mais breve possível. Em situações como essa, a concessionária orienta que o usuário informe a distribuidora por meio da central de atendimento 0800 701 3001.


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FUTEBOL AMERICANO: MANAUS BRONCOS E AMAZON BLACK HAWKS SE ENFRENTAM, NESTE DOMINGO, PELO ‘ORANGE BOWL’ Diário do Amazonas

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CARIOCA

VASCO E BOTAFOGO DECIDEM A TAÇA RIO Final Duelo deste domingo, no Engenhão, a partir das 15h (de Manaus), vale o título do segundo turno do Carioca. O Glorioso foi derrotado pelo Gigante da Colina nas duas últimas finais da competição Clássico Jogo deste domingo valerá troféu, mas a semifinal do Estadual segue inalterada

Das Agências Redacao@diarioam.com.br Rio de Janeiro

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asco e Botafogo fazem a final da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca, neste domingo, a partir das 15h (de Manaus), no estádio Engenhão. Como tiveram melhores campanhas na classificação geral, Flamengo e Fluminense ganharam o direito à vantagem do empate na semifinal do Estadual. Com isso, o jogo entre botafoguenses e vascaínos na Taça Rio transformou-se em um

amistoso com direito a faixas e troféu. No entanto, a conquista teria um suave gostinho de revanche para o Bota, que foi derrotado pelo Gigante da Colina nas duas últimas finais do Campeonato Carioca. O treinador do time alvinegro deverá utilizar somente alguns dos principais jogadores do elenco. Mas a separação entre reservas e titulares não incomoda os demais jogadores. “O Jair fala que temos que ganhar. Nãoimportaojogo. No mundo do futebol isso é muito importante. É uma final, vamos pra vencer, com força máxima. Eu considero todo mundo titular. Todos treinam com a mesma força para chegar

bem nestes momentos”, destacou Matheus Fernandes. Depois da vitória sobre o Atlético Nacional, em Medellín, a delegação do Botafogo se dividiu. A maioria dos titulares e alguns integrantes da comissão técnica viajaram para Guayaquil, no Equador, local da próxima partida pela Libertadores, contra o Barcelona. Jair Ventura voltou para o Rio de Janeiro com os atletas Helton Leite, Fernandes, João Paulo, Gilson, Leandrinho, Guilherme, Sassá, Bruno Silva e Igor Rabello. “Não gostaríamos de correr riscos nesta fase da Libertadores, mas é preciso entender que disputar um clássico, com

: Divulgação

a chance de ter a primeira conquista do ano, é muito importante”, afirmou o comandante. Do lado do Vasco, o técnico Milton Mendes preferiu fazer mistério e não confirmou a escalação do time para o jogo. Para o duelo, a principal novidade deve ser o retorno do atacante Luis Fabiano. O centroavante conseguiu um efeito suspensivo depois de ter sido expulso no clássico contra o Flamengo. Luis Fabiano deu uma ‘barrigada’ no árbitro Luiz Antonio Silva Santos, conhecido como Índio, por não concordar com uma marcação no duelo que terminou empatado em 2 a 2. Inicialmente, recebeu uma pena

de quatro jogos e cumpriu duas. Provável titular na decisão, ele tentará balançar a rede pela primeira vez pelo novo clube. Principal contratação do Vasco para a temporada, ele disputou seis jogos e passou todos em branco. Milton Mendes comemorou o retorno do atacante e minimizou o jejum de gols. “O Luis tem se mostrado um verdadeiro exemplo. Treinou muito bem e com certeza vai estar em um momento melhor do que antes. Fizemos um trabalho especial com ele. Mas se o gol não sair agora, certamente vai nos ajudar muito”, comentou.


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Morumbi São Paulo e Corinthians entram em campo neste domingo, às 18h (de Manaus), para o primeiro jogo das semifinais do Paulistão 2017

São Paulo e Corinthians fazem clássico da semifinal Linha de frente Enquanto a equipe do técnico Rogério Ceni tem ataque poderoso e uma defesa de dar calafrios, os corintianos apostam em seu organizado setor defensivo, mas sofrem para balançar as redes Agência Estado Redacao@diarioam.com.br São Paulo

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São Paulo e Corinthians entram em campo neste domingo, às 18h (deste domingo), no estádio do Morumbi, na capital paulista, para disputar um clássico pela primeira semifinal do Campeonato Paulista que promete ser ‘estudado’, já que a virtude de um time é o defeito do outro e vice-versa - enquanto a

equipe do técnico Rogério Ceni tem ataque poderoso e uma defesa de dar calafrios, os corintianos apostam em seu organizado setor defensivo, mas sofrem para balançar as redes dos adversários - são oito vitórias por placar magro de 1 a 0. Apesar da dificuldade para marcar gols, quem aparece como forte candidato a protagonista é Jô. Artilheiro do Corinthians no ano, com cinco gols, ele fez três em clássicos: contra Palmeiras e Santos, em duas vitórias por 1 a 0, e diante do próprio São Paulo, no em-

pate por 1 a 1. O sucesso nos clássicos o fez ser chamado pelos corintianos de "God (Deus, em inglês) of Clássicos", fazendo uma clara provocação ao zagueiro são-paulino Maicon, apelidado pelos torcedores de ‘God of Zaga’. Jô não gostou da brincadeira por uma questão religiosa, mas espera manter a fama de ser decisivo diante dos grandes. “Era difícil imaginar uma volta tão boa. Estou melhorando, apesar do começo não ter sido dos melhores, mas as coisas estão andando

legal agora”, comemorou o atacante. Na temporada, o Corinthians fez 27 gols em 22 jogos e sofreu somente 12, o que confirma a tese de ser um time forte na defesa e deficitário no ataque. Já o São Paulo marcou 40 gols, foi vazado 25 e tem um dos atacantes mais badalados do futebol paulista: Lucas Pratto. O argentino foi contratado do Atlético Mineiro por mais de R$ 20 milhões e chegou com a missão de resolver os problemas do ataque tricolor.

Lucas Pratto marcou cinco gols, mesma quantidade que Jô, mas ainda não foi aquele atacante que todo são-paulino esperava. Para piorar, fez gol contra na derrota para o Cruzeiro em casa, pela Copa do Brasil. Pode começar a mudar esta visão justamente contra o maior rival. Após convocações para a seleção argentina e a recuperação de lesão, o atacante carrega o peso de ser a contratação mais cara do elenco. Isso parece não afetá-lo. Ele demonstra tranquilidade.

Fabio Menotti/Ag Palmeiras/Divulgação

Palmeiras deve ter força máxima para duelo contra a Ponte Preta A segunda semifinal do Campeonato Paulista, neste domingo, será entre Ponte Preta e Palmeiras, às 14h (de Manaus). O time de Campinas eliminou o Santos nas quartas de final e agora quer aprontar pra cima de outro grande paulista. Além disso, a Macaca conseguiu vencer recentemente o Verdão em Campinas, por 1 a 0, na última rodada da fase de

grupos da competição. Para evitar uma nova derrota o treinador Eduardo Baptista quer o Palmeiras com força máxima no novo reencontro com o seu ex-clube, e como conhece bem o adversário deste domingo, já planeja como sair em vantagem na semifinal do Paulista. Na Ponte Preta, Jádson se tornou um nome importante na Ponte Preta. Antes reserva da equipe campi-

neira, o volante virou peça chave no esquema de Gilson Kleina e voltará ao gramado no duelo contra o Palmeiras no estádio Moisés Lucarelli. O curioso é que a condição do jogador foi adquirida recentemente. Para melhorar ainda mais, ele ganhou a camisa 10 da equipe do interior de São Paulo. Prestígio e titularidade são aspectos preponderantes em seu momento no semi-

Primeiro jogo Times duelam neste domingo e fazem a volta no dia 22

finalista do torneio estadual. Os dois times voltam a se enfrentar no próximo sá-

bado, dia 22, na partida de volta das semifinais do Paulistão. O jogo será às 17h (de Manaus).


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‘Orange Bowl’ reúne Broncos e Black Hawks, hoje, na Vila Futebol Americano Com entrada gratuita, partida comemora o aniversário da equipe Manaus Broncos e abre a temporada de 2017 das equipes que praticam o futebol com a bola oval, no Amazonas Mauro Neto/Divulgação Sejel

Diogo Rocha vencer@diarioam.com.br Manaus

V

ice-campeão do Manaus Bowl, após perder a final do 11º Campeonato Amazonense de Futebol Americano para o North Lions, em dezembro, na Arena da Amazônia, o Manaus Broncos se prepara para um calendário cheio de desafios, em 2017. E para comemorar os dois anos de fundação do clube e incrementar a pré-temporada para os futuros jogos no Torneio Monte Roraima e 1ª Copa Norte, o Broncos criou o Orange Bowl, uma partida amistosa de aniversário que será anual. Para a edição inaugural do Orange, que faz referência à cor laranja da equipe do Manaus Broncos, o time convidado será o Amazon Black Hawks, que detém três títulos pelo Estadual de Futebol Americano. A partida será neste domingo, às 14h, no campo da Vila Olímpica de Manaus, no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da cidade, com entrada gratuita para o público. “Como a temporada (do Estadual) inicia no final do primeiro semestre devido o período de chuvas para preservar os campos, tínhamos poucos eventos de futebol americano. Então, criamos um evento (o Orange Bowl), que será realizado todo ano, primeiramente para comemorar o aniversário do time convidando um time de Manaus ou de fora do Amazonas e para movimentar a pré-temporada”, disse o presidente do Manaus Broncos, Renner Silva. Fundado por ex-integrantes do extinto Mustangs, o Broncos fez aniversário no domingo passado, dia 9. O confronto com o Amazon Black Hawks servirá de teste final da equipe, que está em pré-temporada desde fevereiro para disputar o Torneio Monte Roraima, em Boa Vista (RR), entre os dias 28 e 30 deste mês. Em 2016, o North

Metas Equipes amazonenses têm mostrado evolução e planejam alçar voos maiores no cenário nacional

Lions, atual campeão amazonense, conquistou o título do Monte Roraima, mas, neste ano, os ‘Leões’ desistiram da competição. “No ano passado, tivemos uma vitória e uma derrota (no Torneio Monte Roraima) nas semifinais. Eram quatro clubes (dois de Roraima e dois de Manaus) e ficamos em terceiro lugar. A escolha do Amazon Black Hawks para o Orange Bowl foi por ser um adversário de tradição, tricampeão estadual, e com 11 anos de existência sendo um dos pioneiros do futebol americano (no Amazonas)”, explicou Silva. Despedida O jogo amistoso na Vila Olímpica marca também uma despedida tardia do coach William Cobra, que deixou o Manaus Broncos, em 2016. Neste ano, Cobra voltou a ser comandante dos ‘Falcões Negros’. “Todos terão acessos às arquibancadas e vamos oferecer alimentos também. Esperamos de 500 a 1 mil pessoas

ORGANIZAÇÃO

Clubes criam a Fefaam e extinguem antiga federação Em 2017,os setes clubes defutebol americanodoAmazonas (North Lions,Manaus Broncos,Manaus Cavaliers,AmazonBlackHawks, AjuricabaWarriors,Lobos FAe Manaus Raptors) se unirampara criar umanovaligadamodalidade: aFederaçãodeFutebol AmericanodoAmazonas (Fefaam). Aentidade substituia FederaçãoAmazonensede FutebolAmericano(Feamfa), que sofreacusações de irregularidades,e rebatizou o Manaus BowldeAmazonas Bowl, unificando todas as 11edições passadas doEstadual. “Afederação que realizou os últimos Estaduais nãoexistia (legitimamente). Nesteano,a Fefaamjáexistededireito,com CNPJ,enós estamos tentando melhorar as estruturas dos jogos tantoparaas equipes quantopara as torcidas buscandonovos

campos”,explicou Renner Silva, queédiretor financeirodaFefaam. Com 22 jogadores novos contratados noanopassado,o Manaus Broncos manteráo mesmoelencoparaa temporada decompetições de 2017. “Nós somos o único time queoferece bolsa-atletaparajogadores mais experientes. Os valores dabolsa sãodivididos em quatroníveis,de acordocomos títulos doatleta, comodeBrasileiro,deoutro Estadoou Amazonense”,disse Silva, quepreferiu não revelar os valores das bolsas. Nesteano,oEstadual seráde turno único,comjogos deidae voltanas semifinais e umapartida únicana final. “Vamos registrar oCNPJda federaçãoparapodermos assinar umconvêniocomaSejelparanos disponibilizaremos campos e recursos parainvestir no campeonato”,afirmou odirigente.

para assistir o jogo. É a primeira vez que uma partida de futebol americano será no campo da Vila Olímpica”, afirmou. Em parceria no futebol de campo com o Tarumã, o Manaus Broncos tem utilizado a estrutura da Vila Olímpica, com o apoio da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), para o treinamento do grupo, que atualmente conta com 120 jogadores. Deste total, 40 pertencem à equipe Sub-19. “A Sejel já nos oferece fisioterapeuta, academia e os campos para fazer alguns jogos. Esse evento (do Orange Bowl) serve de testes para a temporada do Amazonense, que começa no dia 25 de junho, e se der certo para o primeiro jogo da Copa Norte (prevista para o dia 12 de agosto), que será na Vila Olímpica de Manaus”, declarou Renner Silva. Para a Copa Norte, além do Manaus Broncos, o Manaus Cavaliers (3º colocado do Estadual) também representará o Amazonas.


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Em Família: Irmãos trilham carreira de sucesso no MMA Fraternidade Confirmados no card do M-1 Challenge Global, no dia 22, Diego Davella e Heliton dos Santos Davella se preparam juntos para o evento russo e admitem ‘frio na barriga’ por lutarem na mesma noite Fotos: Reinaldo Okita e Divulgação

Thiago Fernando vencer@diarioam.com.br Manaus

S

e o próximo dia 22 já prometia ser especial para a família Davella, na última semana, a data ganhou ainda mais importância. Após anunciar que Diego Davella faria o co-main event da edição 76 do evento russo de MMA, M-1 Challenge Global, a organização confirmou que seu irmão mais novo, Heliton dos Santos Davella, irá fazer suaestreianoGlobalcontra o lutador local, Khamzat Dalgiev,nomesmodia. Os atletas, oriundos do jiu-jítsu, estão em fase final de preparação na academia The Prime, localizada no Novo Aleixo, zona leste de Manaus, e embarcam nessa semana para Inguchétia, uma divisão federal da Rússia. Detentor do cinturão do peso-pena (até 66 quilos) do Rei da Selva Combat, Heliton dos Santos tem um cartel bem positivo e repleto de lutas empolgantes. Aos 26 anos, o lutador coleciona 15 vitórias e apenas cinco derrotas na carreira. Entre os adversários, Heliton já enfrentou Dileno Lopes, Naldo Silva e Thiago Belo. Seu adversário, o russo Khamzat Dalgiev tem nove lutas na carreira. No total, são oito vitórias e apenas uma derrota, em sua estreia, no M-1 Challenge 49. Devido à característica dos lutadores, o duelo deve ser um combate no solo. Tanto Heliton quanto Dalgiev tem como forte a luta agarrada. Sobre isso, o amazonense comentou que a estratégia é conseguir cair por cima ou surpreender na trocação. “Vou enfrentar um cara fortenalutaagarrada. Estamos montando uma estratégia para defender queda, e se cair, cair por cima para finalizar ou nocautear. Estamos treinando em cima de uma estratégia. Estamos treinando forte tudo, porque sabemos o que o russo quer. Estamos treinando muay-thai, jiu-jítsu e a parte física”, disse o lutador, que afirmou ter ficado muito feliz com

Determinação Amazonenses Diego Davella e Heliton dos Santos Davella vão à Rússia em busca de vitórias para a família

a confirmação da primeira chance internacional. “Estava esperando esse contato, essa chance. Fiquei muito feliz. Era uma coisa que já esperava faz tempo. Uma vitoria na Rússia dará um up na minha carreira. Todos os atletas precisam de uma chance e agora chegou a minha vez”, citou Heliton. Essanão seráaprimeira vez em que os irmãos lutaram no mesmo evento. Diego disse que, apesar deles ficarem com um frio na barriga na hora da luta do outro, eles gostam, pois conseguem fazer a preparação juntos. “Já lutamos em outros cards, mas não ficamos nervosos, muito pelo fato de um con-

fiar no trabalho do outro. Conseguimos acompanhar no corner a luta do outro, mas dá aquele friozinho na barriga. Se Deus quiser, vem mais vitórias ai. A parte boa de lutar no mesmo card é que estamos juntos. Crescemos juntos, um ajudando o outro e estamos muito confiantes que vamos trazer duas vitórias e dois prêmios”, concluiu Davella. Lutar pelo cinturão Essa será a segunda luta de Diego no evento internacional. Em sua estreia, em dezembro de 2016, o amazonense finalizou o russo Zalimbek Omarov no segundo round. Além da vitória, Davella ganhou o prêmio de melhor fi-

nalização do evento. Bem recebido pelos organizadores e com moral graças a boa atuação, o amazonense lutará pelo cinturão de sua categoria, peso-pena (até 66 quilos), caso vença no próximo sábado. “O M-1 Global é um evento importante na Europa. No final do ano passado fechei um contratodedois anos eluteiem dezembro. Saindodestaluta vitorioso tenho a promessa que vou disputar o cinturão da categoria. Isso é importante para qualquer atleta. Estou bem animado, pois sei da minha qualidade”, citou Diego, que conquistou, em Manaus, o cinturão do Mr. Cage. Seu adversário, o russo Ti-

mur Nagibin, tem 10 lutas na carreira, sendo oito vitórias. Apesar de ser oriundo da luta agarrada, as vitórias dele foram por nocautes (3) e decisão dos juízes (2). Esta será a sexta vez que o atleta participará do M-1 Global. Aposta em brasileiros Desde o ano passado, o M-1 Global passou a investir em lutadores brasileiros visando atrair os olhares dos apaixonados pelo MMA. Além dos irmãos Davella, os russos confirmaram a chegada de outros atletas como ex-UFC Vinny Magalhães e Mario Miranda. Oevento russojá tevecomo estrelaprincipaloiranianoGegard Mousasi.


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ENTREVISTA

GAMER AMAZONENSE DIZ VIVER SONHO NO CBLOL Destaque Nacional Mais jovem cyber-atleta a disputar uma partida do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLol), pela empresa KaBum! e-Sports, Alexandre ‘TitaN’ Lima fala sobre a experiência nacional Divulgação/ KaBum! e-Sports

Diogo Rocha vencer@diarioam.com.br Manaus

H

á mais de um mês morando em São Paulo, o jovem amazonense Alexandre ‘TitaN’Lima,deapenas 16 anos, está vivendo um sonho. Ele é o mais novo cyber-atleta da equipe KaBum! e-Sports para jogar profissionalmente League of Legends (LoL), famoso game multiplayer de batalhas. Em março, TitaN, que já era conhecido na região Norte no circuito degames,foiconvocadoàs pressas pela empresa de Limeira (SP) para disputar o Campeonato Brasileiro (CBLoL). Ele deixou Manaus, acompanhado do pai Alexandre Oliveira, que também joga Lol e se tornou o maior incentivador na carreira do filho. A equipe da KaBum! acabou em penúltimo lugar no CBLoL e rebaixada para o Circuito Desafiante, a segunda divisão do campeonato. Mas a experiência empolgou Alexandre Lima, que não deseja voltar tão cedoparaa terranatalcomorevelou em entrevista à REDE DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (RDC),por e-mail. RDC - Você é o jogador mais jovem a competir em uma edição do Campeonato Brasileiro (CBLoL). Quais qualidades ou características queconsidera queo torna um player prodígio? Você costuma ser muitoautocrítico? Titan - Vamos lá, qualidades eu diria a autoconfiança e autoestima altas, já que ambas, se acabam,podem tefazerdesistir. Dentro das características, dou como exemplo a determinação, forçadevontadeparacontinuar - especialmente diante de críticas que irão aparecer depois de atingir o que queria - além de sempre ter humildade. Eu não costumo ser autocrítico, já que acho quenãoposso somente ver meus erros e apontar, e sim devocompartilhar commeus parceiros e permitir que eles entrem nessa questão. Dessa for-

Substituto Alexandre ‘TitaN’ Lima foi convocado às pressas para a disputa do CBLol

ma, fico mais tranquilo quanto ao retorno e exatamente não é necessário ser autocrítico. De que forma seu pai foi importante para influenciar e desenvolver seu talento em jogos, como League of Legends (LoL)? O meu pai foi importante desde que comecei esse jogo, comapenas9anosdeidade.Ele sempre teve preocupação quantoaficar muitotempofora de casa ou até mesmo medo de eu seguir outro caminho. Além disso, desde menor, ele me apoiou em tudo quefiz. Meu pai foi e é a minha peça fundamental para desenvolver o meu talento. Como era sua rotina de treinamento, em Manaus, para competir nos games? Davaparaconciliarbemcom os estudos nocolégio? Sobre a minha rotina, era um pouco conturbada pelo fato de mal ter tempo, e claro, conciliar a escola com o jogo (League of Legends). Eu sempre disse quefaria tudoo quefossenecessáriopara ser umproplayer e,às vezes, você precisa sacrificar algo para poder obter o que você mais deseja. Minha rotina consistia em acordar às 6h, ir ao colégio, voltar paraminhacasapor volta das 12h e, após uma hora de intervalo para tomar banho, merendar ou almoçar, começa-

va os treinos. Esse preparo durava toda a tarde, se prolongandoatéanoite.Erabastantecansativo, tantofisicamente quanto mentalmente. Eu saía do computador e ia jantar e ir pra minha cama, ou seja, uma rotina intensa. Como avalia o nível técnico dos jogadores e das competições de games, em Manaus? Existe uma boa estrutura para competir? A quantidade de players tem crescidoemManaus? Vou usar o exemplo do futebol. Pense no técnico do Barcelona contra um time da Série B do Brasil. Essa é a diferença que eu apontaria. Grande, não? Quando estava saindo de Manaus, os jogadores locais estavam criando iniciativas para construir um cenário melhor. Sempre enfrentamos muitas dificuldades, a exemplo das vezes em que jogávamos ao lado decaixasde sonsqueatrapalhavam a comunicação. Antes de sair de Manaus, eu havia jogado um campeonato da Games Norte, quefoioúnico quejoguei sem problemas. Quanto aos players, como eu sempre ganhava os campeonatos da região, o pessoal muitas vezes se desmotivava. Acredito que isso ocorria pela falta de incentivo e pensamento pessimista. Depois que me mudei e vim jogar pelo KaBuM!e-Sports,percebiquea

maioria dos players de Manaus voltou a jogar e, pelo que vejo daqui, estão treinando mais para buscar a vitória no campeonato. Espero que o competitivo tenhamelhorado. Você ficou surpreendido com sua convocação para a equipe KaBuM! para disputar logo a maior competição doPaís deLoL?Como temsidoaexperiêncianogrupo? Sim, fiquei surpreso! Até pela posição em que estava, como reserva. Mas, não perdi as esperançasedisseaomeupai queeu estava disposto a entrar em qualquer equipe, desde que me dessem motivo para acreditar e continuar a viver o meu sonho. Nas equipes em que entrei, no passado, tive muitas promessas não cumpridas. Foi quando, ao retornar da aula, durante a noite, meu pai me falou para arrumar minha mala, que eu já iria viajar. Eu não esperava e fiquei paralisado por um momento, sem acreditar que aquilo era real e que eu iria viajar às 2h da madrugada. E, quer saber? Eu chorei bastante de felicidade, mas por outro lado fiquei um pouco triste de deixar meus pais. É realmente uma decisão difícil de lidar. No entanto, a experiênciaéalgoinigualável,com talestruturaeníveldecompetitividade. Na KaBum!, você mudou

de função no LoL passando de AD Carry (atirador) para Mid Laner (central). A transiçãofoifácil? Não,eu vinhacom tudopara jogar aChallenger Series. Inclusive, a equipe que eu ia representar,aMAZE, quehojeéMerciless, se qualificaram e estou muitocontente. Comcertezafoi difícil, porque eu precisava de tempo para me adaptar à função. O que mudou foi a maior responsabilidade,anecessidade de mais comunicação, pushs de waves, wavecontrol,quando saber ir para as sides e ser mais proativo. Meu desempenho, avalio junto com a equipe, mas acho que, mesmo não estando emminha role, tive umaparticipação muito legal, graças à confiança que tiveram em mim e a segurança que minha equipe mepassou dentrodojogo. Você acredita que carreira de jogador profissional de games é rentável? Quais são as expectativas? Sim,dápraviver muitobem, com certeza! Minhas expectativas? Eu sempregosteidecomeçar de baixo, como uma equipe unida, e crescer para ser campeãodoCBLoL,assimcomotodos os atletas que jogam profissionalmente desejam. No entanto, neste momento estou mais focado no que vou fazer e como vão ser ascoisas daquipra frente. Eu sou novo ainda e as condições ideais para seguir na carreira são exatamente as que tenho hoje na KaBuM! e-Sports, que é uma grande organização. O treinamento deve seguir, em Manaus? Qual deve ser a próxima competição quedisputará? Tenho um contrato vigente comaKaBuM!e-Sports eatualmente estou morando em São Paulo, na Gaming House da equipe.Nãopretendovoltarpara Manaus, pois os maiores campeonatos do País são realizados em São Paulo. A próxima competiçãoa ser disputada será o Circuito Desafiante, que permite a classificação para o CBLoL.


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Longevidade de Federer quebra paradigma do tênis Fenômeno nas Quadras Aos 35 anos, tenista suíço contiua jogando em alto nível e conquistando títulos importantes, contrariando a lógica do tempo médio de carreira de outras lendas do tênis mundial Marwan Naamani/AFP (Arquivo)

Agência Estado vencer@diarioam.com.br

OPINIÕES

‘Corpo são’ e ‘mente sã’ são os maiores aliados

São Paulo

B

jorn Borg levantou seu último troféu de Grand Slam aos 25 anos. Ivan Lendl ganhou suas últimas taças aos 33. John McEnroe faturou o título derradeiro aos 32, mesma idade em que Andre Agassi foi campeão de um Grand Slam pela última vez. Pete Sampras se aposentou após faturar o US Open de 2002, aos 31. Em 2017, aos 35anos, umcerto suíçoestá acabando com esta barreira da idade, que antes parecia intransponível. Não apenas faturou umGrandSlam,naAustrália, como também levou os títulos de Masters 1000 de Indian Wells e Miami, os principais do início da temporada. Mas, afinal, qual é o segredo da longevidadedeRoger Federer? René Stauffer, compatriota e biógrafo do suíço, aposta no planejamento a longo prazo para explicar a vitalidade do donodo recordede18 títulos de Grand Slam. “Roger nunca buscou metas de curto prazo, ele sempre quis estender ao máximo o seu tempo no circuito”,afirmou ojornalista. Um dos méritos do veterano, na sua avaliação, foi escolher bem o seu estafe. “Ele conta com uma equipe muito boa ao redor dele e todos trabalham com planos de longo prazo. Pierre Paganini, o preparador físico, é a figura principal no seu elaborado planejamento”, disse o suíço, autor de “A BiografiadeRoger Federer”. Mas não é somente o eficienteplanejamento queexplica a rápida recuperação de Federer no circuito, após se afastarporseis mesesdascompetições para tratar uma lesão no joelho. “Primeiro de tudo: ele está em forma novamente. Seu joelho não o incomoda mais. Além disso, teve seis meses para ficar em forma, um luxo que nunca teve. Também não tinha expectativas e jogou sem a pressão de ter que vencer em seu retorno. E, por fim, sua esquerda está melhor do que nunca”,enumerou obiógrafo.

Entre os Maiores Com 18 conquistas, Roger Federer tem o recorde mundial de títulos de Grand Slam

“O SEGREDO DELE É TRABALHAR BEM, SE CUIDAR, SABER SEUS LIMITES, CONHECER O PRÓPRIO CORPO. SABER O QUE É CAPAZ DE FAZER” André Sá, tenista brasileiro ao comentar a longevidade de Federer.

Para o ex-tenista Thomaz Koch, a condição física é uma das chaves para explicar o sucesso do suíço. “O preparo físico está impressionante”, afirmou o brasileiro, de 71 anos, quebrilhou nocircuitoentreas décadas de 1960 e 1970. Contemporâneo de Federer no circuito, Thomaz Bellucci tam-

bém se surpreende com a forma física do ex-líder do ranking. “Os jogadores mais velhos geralmente perdem rendimento devido à parte física. Com o Federer, isso não aconteceu”, disse o atual número 1 doBrasil. Com a experiência de 21 anos decircuito,o veteranoAndré Sá atribui a longevidade à disciplina do suíço. “O segredo dele é trabalhar bem, se cuidar, saber seus limites, conhecer o própriocorpo. Saber o queécapaz de fazer. E ter uma equipe fantástica ao lado dele”, declarou oduplistade 39anos. “Federer é um verdadeiro

“SÓ SE CONSEGUE CHEGAR A ESTE PONTO SENDO MUITO BOM JOGADOR, SE CUIDANDO MUITO BEM E ESCOLHENDO MUITO BEM OS TORNEIOS QUE VAI DISPUTAR” Ferando Meligeni, ex-tenista.

atleta, é muito regrado”, complementou Fernando Meligeni, para quem o suíço é o melhor da história. “Só se consegue chegar a este ponto sendo muito bom jogador, se cuidando muito bem e escolhendo muito bem os torneios que vai disputar. Ele cumpre estes três pontos commaestria”.

Para tenistas e ex-atletas ouvidos pela reportagem, foi o bom preparo físico que permitiu a Federer evoluir ainda mais técnica e mentalmente. “Antes ele batia na bola com um passo para atrás na quadra. Agora, ele dá quase um passo para dentro da quadra. É a diferença entre uma bola defensiva e uma ofensiva”, explica Meligeni. “É aí que entra o preparo físico e, hoje, ele está muito mais rápido do que estava nos últimos anos. Está mais bem posicionado para acertar a bola”. Esta evolução toda, somada a uma raquete com cabeça maior, abriu espaço para uma mudança no estilo de jogo. “Ele já vinha tentando isso há uns dois anos, sem tanto sucesso, mas agora, com a esquerda muito melhor, consegue encurtar os pontos e vencer rapidamente os jogos, sem se desgastar muito”, disse Thomaz Koch. A alteração no jeito de jogar, na avaliação do ex-tenista, acompanha uma mudança mental. “A cabeça dele mudou demais. Está mais concentrado, mais agressivo, não deixa o adversário respirar. E essa confiança com a esquerda tem o dedo do treinador, com certeza”, argumentou Koch, referindo-se ao croata Ivan Ljubicic, ex-Top 10 do ranking e dono de uma das esquerdas mais poderosas do circuito. A confiança elevada também faz a diferença fora da quadra, na opinião de Gustavo Kuerten, que assim como Federer já ocupou o topo do ranking. “Ele encara tudo com muita tranquilidade e simplicidade, tanto dentro quanto fora da quadra, na rotina do dia a dia. Isso economiza muito esforço, empenho. Só dessa forma ele consegue chegar tão longe”, disse o catarinense.


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Em inglês, biografia mostra Sócrates além do futebol ‘Doctor Socrates’ Livro escrito por jornalista escocês correspondente no Brasil da agência de notícias Reuters apresenta para o mundo a história do ex-jogador que se tornou lenda por sua influência política Agência Estado vencer@diarioam.com.br São Paulo

D

octor Socrates: Footballer, Philosopher, Legend não é um livro somente para estrangeiros interessados em conhecer mais sobrea vidadoicônico jogador da Seleção Brasileira, Corinthians e Fiorentina, entre outros clubes, morto em 2011. É uma obra também para brasileiros. Ela retrata o ídolo muito além das quatro linhas do campo. Mostra, sobretudo, a militância política que transformou Sócrates em uma lenda. “Se não fosse a sua partici-

pação política na década de 1980, ele seria apenas mais um brilhantejogadorbrasileiro,como tantos outros. Ele transcende o futebol. O que fez fora de campo o diferencia de todos os outros”,contou oautor Andrew Downie, jornalista escocês correspondente no Brasil da agênciadenotícias Reuters. Lançada em inglês pela editora Simon & Schuster, a biografia de Sócrates começou a ser escrita por Downie, em 2014. Durante dois anos, o jornalistafez mais de100 entrevistas. Pesquisou os arquivos da revista Placar e dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S. PauloeJornaldaTarde.Visitou ainda Ribeirão Preto (SP), Santos,RiodeJaneiro,Florença,na

Itália,eoutrascidades poronde Sócrates passou durante a sua carreira. O prefácio é de outro gêniodabola:oholandês Johan Cruyff,mortonoanopassado. O livo mostra três facetas do craque:o seu poder deliderança como atleta, a vida extracampo e o ativismo político. Boa parte da obra é dedicada à primeira metadedadécadade1980,auge da carreira de Sócrates como jogador do Corinthians e período em que ele se transformou em um dos principais símbolos da luta pela redemocratização doBrasil. “Sócrates usou seu poder como jogador de futebol para fazerpessoas quenãogostavam de política a se interessar pelo assunto. Ele sabia que, quando

um político falava, as pessoas não prestavam nenhuma atenção. Mas, quando ele falava de política, todomundoparavaparaouvir”, relatou Downie. Mas nem sempre foi assim. Quando ainda era estudante de Medicina em Ribeirão Preto, Sócrates pouco se importava pela vida em Brasília. “Ouvi de seus colegas de classe que ele era umalienado. Certa vez,chegou a dizer na turma que política e futebol nunca deveriam se misturar”,informou oautor. O rumodahistóriacomeçou a mudar em 1978, quando Sócrates trocou o Botafogo, de Ribeirão Preto, pelo Corinthians. “Foi somente depois de sua chegada à cidade de São Paulo que ele começou a ser uma voz

atuante no futebol em relação à políticadoPaís”,disseDownie. Sócrates chegou a aceitar convite feito por Antonio Palocci para se candidatar a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Dias depois, voltou atrás, interrompendo o projeto. “Só de pensar queteriadedefenderideiasque não eram suas, ele desistiu. Sócrates eraautêntico. Semprefez questão de ser ele mesmo, sem disfarces. Não gostava de se adaptar a determinadas situações”, lembrou. Palocci está presohácincomeses na sededa superintendênciadaPolíciaFederal, em Curitiba, acusado de receber propinadaOdebrecht e interferir emdecisões dogoverno.


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AL. NASC. - `~ë~ ÇÉ ~äîÉåK ÅL

OèíçëI ëä~I ÅçòI ïÅI ÅÉêI ÑçêêI Öê~ÇI ÄÉã äçÅ~äáò~Ç~ ÇÉ ∑åáÄìëI ÉëÅçä~ oAPMãáäK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP 179625766

AL. NASC. PX POSTO IPIRANGA - `~ë~

ÇÉ ~äîÉåK ÅL NÅçãçÇçI íÉêê UñNS éñ ÇÉ ∑åáÄìëI äçí~J ´©çI ÉëÅçä~I μíáã~ äçÅ~äáJ Ç~ÇÉ oANSãáä cWVVOOPJ QUPSLVVNMQJ UNUP

179625771

179625814

LOTEAMENTO CASTANHEIRA - _ç~

îáä~ ÇÉ ~äîK ÅL R âáíáåÉíÉëI •êÉ~ ÇÉ ëÉêîI μíáãç äçÅ~äI íÉêêK NMñOMK oAVMãáä ^ÅK éêçJ éçëí~ Éã ÇáåÜÉáêçK cWVNPSJ PMQP

179625721

NOVA VITÓRIA - iáåÇ~ îáä~ ÅL P

~éíçëI íÉêêKUñORK oARMãáä cWVVNPS PMQP

179625712

SÃO JOSÉ III, PX DO COLÉGIO ADVENTISTA - ^îK éêáåÅK îÇç R

~éíçë H N Å~ë~ ÅL OèíëI ëäI ÅçòI ÑçêêI Öê~ÇI íÇ~ å~ ÅÉJ êßãI ÇÉ Éëèìáå~I éñ ÇÉ íÇçK oANUMãáä cWVVNQQJ NQPQL VUOONJ RNSM

179625741

ÇÉ ~äîÉåK OèíçëI ëä~I ÅçòI ïÅI ÅÉêI ÑçêêI Öê~ÇÉ~Ç~I H âáíáåÉíÉë ~äìÖ~ÇçI ãìêI oATMãáäK cWVVOOPJQUPSL VVNMQJ UNUP

179625762

BRAGA MENDES PX BIG AMIGAO - `~ë~

ÅL NëíÉI ëä~I ÅçòI ïÅI íÉêê UñOM Öê~ÇÉ~Ç~I oAPOãáäK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP

179625773

CIDADE NOVA/FAZENDINHA - å~ oì~

Çç `çä¨Öáç iÉí∞Åá~K sÇç Å~ë~ ÅL NëíI ëäI ÅçòI íÉêêK TñNO ãìêK oARRãáä kÉÖçÅá•îÉä ëçJ ãÉåíÉ åç ÇáåÜÉáêçK cWVVQUOJMORMLVUNROJ VSMQ 179625800

1 QUARTO

179625822

B NOVOPXFEIRA DOPRODUTOR - `~ë~

îÇç Åë~ ÅL MNèíç ëä~ Åçò ïÅ Ñçê ÅÉJ êßã ÅL •êK ~íê•ë ÅçÄÉêí~ éêçåí~ éLä~àÉI ÅLéáëç ~ ãÉíK íÇ~ åç íáàçäç éLQÅçãé~êíK EçÄëW_ÉÅçFI éñK ∑åáÄìë äçí~´©ç Åçä¨ÖáJ çë oAPPKjáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

ARM. MENDES -

179625749

ARMANDO MENDES - Äç~ Å~ë~ ÇÉ

~äîK ÅL èíI ëäI ÅçòI ÇÉ ÉëJ èìáå~K oARMãáäK cWVNPSJ PMQPLV VNOPJSOQS

179625703

ARMANDO MENDES - Å~ë~ ÇÉ ~äîK

ÅL èíI ëäI ÅçòI ÇÉ Éëèìáå~I éñ ¶ éêáåÅK _~ê~íç> oAQUãáäK cWVNPSJ PMQPLV VNOPJ SOQS 179625720

CIDADE NOVA/RIACHO DOCE - éñ ~ç

`~ãéç É r_pK háíáåÉíÉ ÅL èíI ÅçòI ïÅI Ö~êI ÅÉêßãI ÑçêêK oANTKRMMK cWVVQUOJMORML VUNROJ VSMQ 179625796

CONJ ADRIANOPOLIS - bñÅÉäÉåíÉ

fãμîÉä éL `ä∞åáÅ~ É çì íêçëK ÅL Qëä~ë ëÇç O ÅL ïÅIpä~ ÉëéÉê~ ÅL ïÅHQëíÉëI OïÅIëäIÅò É •êÉ~ ÇÉ ëÉêîI R î~Ö~ë ÇÉ Éëí~ÅK íÉêê NTñPMKmñ Ççë `çäK i~íç pÉåëç É ^Ç~ä ÄÉêíç s~äÉK AURMãáä kÉÖçÅá•îÉäK VVPUOJRVVOLVUNOSJ ORPNK

179625794

G. VITÓRIA - îÇç Å~ë~ ÅLMNèíç

ë~ä~ Åçò ïÅ Ñçêê~Ç~ ∑åáJ Äìë å~ éçêí~ oAPMKjáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625734

G. VITÓRIA - îÇç Å~ë~ ÅLMNèíç

ë~ä~ Åçò ïÅ Ñçêê~Ç~ ∑åáJ Äìë å~ éçêí~ oAPMKjáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625742

GDE VIT PX BARATÃO DA CARNE - `~ë~

ÇÉ ~äîÉåK ÅL ëä~I èíçI ÅçòI ïÅI Öê~ÇÉ~Ç~I é~êÅá~äJ ãÉåíÉ ãìê~Ç~I íÉêê éä~áåç å~ mêáåÅK Çç ∑åáÄìëI íÉêê VñOU ÇÉëçÅìé~Ç~ oAQRãáäK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP

179625772

GDE VITORIA PX BARATÃO DA CAR NE - `~ë~ ÇÉ ~äîÉå ÅL OèíçëI

ëä~I ÅçòI ïÅI Öê~ÇI ÅÉêI ÑçêêI íÉêê UñPM oAPRãáäK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP

179625776

GRANDE VITÓRIA, PX DE COLÉGIO -

Å~ë~ ÅL èíI ëäI ÅçòI ïÅI íÉêêK éä~åç UñOMI ãìêK oAPRãáä rêÖÉåíÉ> cWVVNSNJOQNT

179625759

JORGE TEIXEIRA IV ETAPA - mñ ÉëÅçä~

s~ëÅç î~ëèìÉò `~ë~ ÇÉ ~äîÉåK OèíçëI ëä~I ÅçòI ïÅI íÉêê VñPM ÇÉëçÅìé~Ç~ oAORãáäK cWVVOOPJQUPSL VVNMQJ UNUP

179625780

MONTEDASOLIVEIRAS/COM.LUÍZOTÁVIO - éñ ¶ êì~ sáíμêá~K sÇç âáíáJ

åÉíÉ Éã ~äîK ÅL ïÅI ÇÉJ ëçÅI íÉêêK RñNR ¶ Åáã~ Ç~ êì~K oANOKRMM ãçíáîç ãìÇ~å´~K cWVVQUOJMORML VUNROJ VSMQ

OURO VERDE - mñK • éê~ÅáåÜ~ îÇç

Åë~ ÅLMNèíç ëä~ Åçò ïÅ Ñçê ÅÉêßã ãìê~Ç~ ∑åáÄìë å~ éçêí~ μíáã~ ãçê~Çá~ oAQRKjáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625750

SANTA ETELVINA - sÉåÇÉJëÉ ìã~

Å~ë~ ÇÉ oAOR jáä ÉåíêK oAR jáä êÉëí~åíÉ é~êÅÉä~Çç cWVVPVVJTMUNLVVPORJ MSVPLVUORMJVUUN

379625791

ZUMBI II - îÇç OÅ~ë~ë åç ãÉëãç

íÉêê N⁄ ÅLNèíç ëä~ Åçò ïÅ ÅÉêßã Ö~ê~Ö OK⁄Åë~ Pèíçë ëä~ Åçò ïÅ ÅÉê íÉêêWNMñOR ãìê Öê~Ç éñK ∑åáÄìë äçí~J ´©ç Åçä¨Öáçë oAURKjáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM 179625746

2 QUARTOS

179625731

O Å∑ãçÇçë É ïÅ áåíÉêåçI èìáåí~äI íÉêêKTñOO éä~åçI ÇÉëçÅìé~Ç~I éñ ¶ éêáåÅK oAOPãáäK cWVVNPSJ PMQP

179625723

NOVA VITÓRIA - `~ë~ ÇÉ ~äîÉå

ÅL OèíçëI ëä~I ÅçòI ïÅI íÉêê VñOR oAORãáäK cWVVOOPJ QUPSLVVNMQJ UNUP 179625763

NOVA VITORIA - `~ë~ èíçI ëä~I

ÅçòI ïÅ H éçåíç ÅçãÉêÅáJ ~ä íÉêê VñOR oARUãáäK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP

179625782

oÉëáÇÆåÅá~I íÉêêÉåç ãÉÇK NMñRMK fãéÉêÇ∞îÉäK qê~í~ê Åçã ç éêçéêáÉí•êáçK cWVVOORJ RQUT

179625819

CIDADE DE DEUS - Å~ë~ ÅL OèíëI

ëäI ÅçòI ïÅI Ö~êI ãìêI íÇ~ å~ ÅÉêßãI Öê~ÇI éñ Ç~ éêáåÅK Åçä¨ÖáçI äçí~´©çK oASRãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625728

CIDADE DE DEUS - Å~ë~ ÅL OèíëI

ëäI ÅçòI ïÅI íÇ~ å~ ÅÉêßãI ÑçêêI Öê~ÇI ãìêI ÅßãÉê~ ÇÉ ëÉÖI Ö~êK éL P Å~êêI èìáåJ í~äK oARRãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

îÉëë~ mçäá~å~I éçê íê•ë Çç ÅÉåíêç ÇÉ ÅçåîáîÆåÅá~K `~ë~ ÅL OèíçëI ÅçòI ïÅI íÉêêK NMñPMK oASPãáä kÉÖçÅá•îÉä ëμ ¶ îáëí~K cWVVQUOJMORML VUNROJ VSMQ

NOVA VITÓRIA -

NOVA VITÓRIA - Å~ë~ ÇÉ ~äîK ÅL

179625700

CENTRO / VDO LOTERIA - mê¨ÇáçL

CIDADE NOVA/RIACHO DOCE - qê~J

ÅLNèíçI ë~ä~I ÅçòI êì~ éä~J å~I íÉêêK ãìêK éä~åçK oAQUãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625777

OèíëI ëäI ÅçòI Ö~êI íÉêêK UñORK oARRãáä ^ÅK oAPMãáä ÇÉ Éåíê~Ç~ É é~êÅÉäç ç êÉëíçK cWVNPSJ PMQPLV VNOPJ SOQS

179625751

179625799

NOVA CIDADE, PX DO DB - îÇç Å~ë~

O `~ë~ë åç ãÉëãç íÉêêÉåç Å~Ç~ ÅL èíçI ëä~I ÅçòI ïÅ Éã ~äîÉåK íÉêê UñOM oAPPKRMMK cWVVOOPJ QUPSLVVNMQJ UNUP

CASTANHEIRA - Å~ë~ ÇÉ ~äîK ÅL

179625798

ARMANDO MENDES - `~ë~ ÅL Oèíë

CJ HILÉIA 2 - bñÅÉäÉåíÉ `~ë~

nìáí~Ç~ OèíçI ãìêI éí©ç ~äìãI ÇÉëçÅK oAOSMjáä cW VVOORJ RQUT

ëÉåÇç NëíI ëäI ÅçòI ïÅK ëçÅI å~ ä~àÉI íÇ~ å~ ÅÉêßãI ãìêI Öê~ÇI íÉêêK éL éåíç ÅçJ ãÉêÅK ~ç ä~Çç Ç~ éáëí~ éêáåÅáé~äI éñ ÇÉ ÑÉáê~I ÅçJ ä¨Öáç É ÉíÅK oANOMãáä açÅK çâ> cWVVNQQJNQPQL VUOONJ RNSM

CJ HILÉIA I PX A IGREJA CATÓLICA -

ARMANDO MENDES. CASA DE 2 P ISOS - N⁄ éáëç OèíëI ëäI ÅçòI ïÅI

COMUNIDADE DA SHARP, PX DA B OLA - Çç ^êã~åÇç jÉåÇÉëK `~ë~

179625739

179625733

179625732

íÇ~ å~ ÅÉêßãI ãìêI Öê~ÇK O⁄ Çç ãÉëãç àÉáíç èìÉ ç N⁄ éáëç H N ~éíç ÅL èíI ëäI ÅçòI ïÅI èìáåí~äI ∑åáÄìë å~ éçêí~K oANQMãáä cWVVNQQJ NQPQL VUOONJ RNSM

179625818

bñÅÉäÉåíÉ `~ë~ ÇÉ ~äîK ä~àÉ N èíçI ÅçòI ïÅ ëçÅI ëäI íÉêê ãÉÇ NNñOOI ãìê~Çç oAPPãáäK cWVVOORJ RQUT

179625817

ÅL Oèíë ëÉåÇç NëíI ëäI ÅçòI ïÅK ëçÅI íÇ~ å~ ÅÉêßãI ãìêI Öê~ÇI å~ ä~àÉI èìáåí~ä ~ÅáJ ãÉåí~ÇçI Ö~êI íÉêêK UñORK oAVMãáä cWVVNQQJNQPQL VUOONJ RNSM


Domingo, 16 de abril de 2017

CASTANHEIRA, AV. PENETRAÇÃO - îÇç

2 QUARTOS

íÉêêK ãÉÇK QñNSK oANRãáä cWVVNSNJ OQNT

GRANDE VITÓRIA - Å~ë~ ÅL OèíëI

ëäI ÅçòI ïÅI èìáåí~äI ÉëÅçJ ä~ å~ ÑêÉåíÉI íÇ~ å~ ÅÉJ êßãK oAQRãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625760

ESTRADA DE MANACAPURU, KM 69 - o~ã~ä Çç ^Å~à~íìÄ~K iáåÇç

GRANDE VITÓRIA - Å~ë~ ÅL OèíëI

qÉêêK ~êÄçêáò~Çç ãÉÇK QMñNSM ÅL äáåÇç áÖ~ê~é¨ ÇÉ •Öì~ äáãé~I Äçã ê~ã~äI Äç~ îáJ òáåÜ~å´~Iäìò Éä¨íêáÅ~I Äçã éL ë∞íáç É ä~òÉêK oAPRãáäK cWVNPSJPMQP

179625753

FARIAS IMÓVEIS - i~å´~ãÉåíç

179625738

ëäI ÅçòI ïÅI íÇ~ å~ ÅÉêßãI èìáåí~äI íÉêêK NPñOMI éñ ÇÉ Åçä¨Öáç É ∑åáÄìëK oARRãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625706

ÇÉ ÅÜ•Å~ê~ë åç fê~åÇìJ Ä~IoaKj~åK rêÄ~åç âãNV båíêKHé~êÅKoAPQTI cWVVRMVJ MTOP NMMB äÉÖ~äáò~ÇçK

GRANDE VITÓRIA AO LADO DA AV. PRINC. - pÉåÇç O Å~ë~ë åç ãëã

íÉêêK ãÉÇK UñORK _~ê~íç> oAQOãáä cWVVNPS PMQP

159624265

179625716

MANACAPURU PEQUENA FAZENDA -

GRANDE VITÓRIA, ATRÁS DO BARA TÃO - äáåÇ~ Å~ë~ OèíëI ëäI ÅçòI Ö~êK

kç o~ã~ä Çç ^Å~à~íìÄ~I é~ëíç éL Ö~ÇçI ÅÉêÅ~ÇçI O êÉëáÇÆåÅá~ëI äìò Éä¨íêáÅ~I ÅÉêÅ~Çç ÇÉ áÖ~ê~é¨I ãìáJ í~ë ÑêìíÉáê~ëI ãÉÇK OUMñNUMMK oANOMãáäK ÅL êÉÖáëíêç É ÉëÅêáíìê~K cWVNPSJ PMQP

éL O Å~êêI éí©ç ÇÉ ~äìãI èìáåí~äI éñ ÇÉ íÇçK oAVMãáä cWVVNPS PMQP

179625713

JAPIIM 1/ PX AO JORNAL DO COM -

sÇç Å~ë~ Éã ÅçåëíK ÅL O èíçëI ëäI ÅçòI ïÅI íÉêê TñNQI Ñ~äJ í~åÇç ÅçÄÉêíìê~ É ÉãÄìJ ´~ê APRãáäK kÉÖçÅá~äLlìJ êç îÉêÇÉ Éã ÑêÉåíÉ ~ç gK i∫Åáç íÉêê PMñRM fãéÉêÇáîÉä AONMãáäK VVOORJ RQUTK

179625707

MANACAPURU, KM 69 - Äçåáíç ë∞íáçI

ÑêìíÉáê~ëI áÖ~ê~é¨I éä~åçI ãÉÇK SMñNSMI Å~ë~ ÇÉ ã~ÇÉáê~ ÅL OèíëI ëäI ÅçòI μíáãç äçJ Å~äI Äç~ îáòáåÜ~å´~I äìò Éä¨íêáÅ~I Ñçêã~ÇçI ~ÅK íêçJ Å~ Å~ë~ Éã j~å~ìë Çç ãëã î~äçêK oAQUãáä cWVVNPSJ PMQP

179625815

LOTEAMENTO CASTANHEIRA - Å~J

ë~ ÅLOèíçë ëä~ Åçò ïÅ ÅÉJ êßã èìáåí~ä ãìê~Ç~ Öê~Ç Ö~ê~Ö OîÖ~ë mçêí©ç ÇÉ ~äìãK oAVMKjáä cWVVNQQJ NQPQL VUOONJ RNSM

179625745

LOTEAMENTO CASTANHEIRA - Å~J

ë~ ÇÉ ~äîK OèíëI ëäI ÅçòI î~ê~åÇ~I íÉêêK NMñOOI ãìêI èìáåí~äK oARRãáä cWVNPSJ PMQP

179625719

MONTEDASOLIVEIRAS/COM.LUIZOTÁVIO - éñ bëÅçä~ açã jáäíçåK `~ë~

ÅL OëíëI ëäI ÅçòI ÅÉêßãI ÄäáåÇÉñK oAQUãáä pμ ¶ îáëí~K cWVVQUOJMORMLVUNROJ VSMQ 179625803

MUNDO NOVO PX AV DAS TORRES -

Å~ë~ ÅL O èíçë ëÇç NëíÉI ëä Åçò ïÅ ëçÅK •êÉ~ ÇÉ ëÉêîK ãìê~Ç~ íÉêê NMñOR ÑçêêI éí ~äìãK éç´ç oANNMjáäK ^ÅK Å~êêç kÉÖKcWVVOORJ RQUT

179625816

N. S. DE FÁTIMA I - sÇç çì íêçJ

Åç ÅL Oèíçë ëä Åçò ïÅ Ö~ê OîÖë íÇK Éã Çá~ë éç´ç íKNMñOR oAUM jáä cWVVPONJURSV 379625071

NOVA FLORESTA PX ITAUBA - `~J

ë~ ÇÉ ~äîÉå íçÇ~ å~ ä~àÉI OèíëI ëäI ÅòI ïÅI H O âáíáåÉíÉë Éëíêìíìê~ é~ê~ P éáëçëI ãìê~ÇçI íÉêê UñOR oATMãáäK ^ÅK kÉÖçÅá~´©ç båíê~Ç~ APRãáä H é~êÅÉä~ë ÇÉ ANPMMK cWVVOOPJQUPSLVVNMQJ UNUP

179625765

_ç~ Å~ë~ O Å∑ãçÇçë ÅL Ä~åÜK ÇÉåíêçI ~ç ä~Çç Ç~ ~îK éêáåÅK íÉêêKUñOM oAOPãáä cWVVNPS PMQP

NOVA VITÓRIA -

179625704

NOVA CIDADE - íÉêêK UñOMI •Öì~

É äìòI éñ ÇÉ ∑åáÄìë äçí~J ´©çI Åçä¨ÖáçK oANRãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

SÃO JOSÉ 1, PX AO 9ºDP - Å~ë~ ÅL

ZUMBI II - `~ë~ ÅL OèíëI ëäI ÅçòI

179625740

179625727

OèíëI ëäI ÅçòI ïÅI ãìêI Öê~ÇI íÇ~ å~ ÅÉêßãI ÑçêêI Ö~êK oANPMãáä cWVVNQQJ NQPQL VUOONJ RNSM

SÃO JOSÉ 4/ SÃO LUCAS - Å~ë~ H

éåíç ÅçãÉêÅK ÅL OèíëI ëäI ÅçòI å~ ÅÉêßãI ÑçêêK oAOUãáä cWVVNSNJOQNT

179625758

SÃO JOSÉ I - Å~ë~ ÅLOèíçë ëä~

Åçò ïÅ ÅÉêßã èìáåí~ä ãìJ ê~Ç~ Öê~Ç mçêí©ç ÇÉ ~äìãK oAVMKjáä mñK dK `áêÅìä~ê éçëíç ÇÉ ë~∫ÇÉ äçí~´©ç Åçä¨Öáçë μíáã~ ãçê~Çá~ cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625744

VENDEMOS CASAS - ÇÉ O É P èíçë

Éã ÅçåÇK ÑÉÅÜ~Çç Ñáå~åÅáJ ~ãÉåíç éêμéêáç É éÉäç Ä~åÅç cWVVPVVJTMUNLVVPORJ MSVPLVUORMJVUUN

379625769

VENDO CASAS - Éã

ÅçåÇK ÑÉJ ÅÜ~Çç ÅL •êÉ~ ÇÉ ä~òÉê ÅçãéäÉí~ É ëÉÖìê~å´~ OQÜ oANSM jáä Ñáå~åÅá~Çç cWVVPVVJTMUNLVVPORJ MSVPLVUORMJVUUN

379625790

ZUMBI - _ç~ Å~ë~ Oèíë ëÉåJ

Çç NëíI ëäI èíI ÅçòI Öê~ÇI ãìêI ÅÉêßãI éñ ¶ ÑÉáê~I èìáåí~äK oAPRãáä cWVNPSJ PMQP

179625711

179625708

OURO VERDE - Å~ë~ ÅL OèíëI O ëäÛëI

ZUMBI - _ç~ Å~ë~ ãÉí~ÇÉ ä~àÉI

179625735

179625717

ÅçòI ïÅI íÇ~ ÑçêêI éñ ¶ Q äáJ åÜ~ ÇÉ ∑åáÄìëK oARUãáä cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

ãìêI OèíëI ëäI ÅçòI èìáåí~äI Äçã äçÅ~äI íÉêêK NMñOR ãìêK oATUãáä cWVVNPS PMQP

ïÅI éåíç ÅçãÉêÅK H N Å~J ë~ ÅL èíI ëäI ÅçòI ïÅI íÉêêK NMñROI éñ ÇÉ íÇçK oAUMãáä cWVVNQQJNQPQL VUOONJ RNSM

ZUMBI II - Å~ë~ ÅLéíç ÅçãÉêÅ

Oèíçë ëä~ Åçò ïÅ ÅÉêßã Ñçê ãìê Öê~Ç oASMKjáä mñKÅ~J ëáåÜ~ ÇÉ ë~∫ÇÉ äçí~´©ç Åçä¨Öáçë μíáã~ ãçê~Çá~ cWVVNQQJ NQPQLVUOONJ RNSM

179625743

CJ.AMADEU BOTELHO - mÉÅÜáåJ

ÅÜ~> `~ë~ P ëìáíÉëI ëäI ÅòI Ö~ê éLP Å~êêçëI NTR㦠ÇÉ Åçåëíêì´©ç íÉêê NMñUM íÇç ãìê~Çç mñ OT⁄ aáéK ÉëÅçJ ä~ É é~ê~Ç~ ÇÉ ∑åáÄìë oAOQRãáä ^ÅK mêçéK VVQUUJRNQNLVUNMNJPNVR

179625563

COND. ALPINIA/ PORTARIA 24H - ëäI

O èíçëIÅçòIïÅIÖ~ê~ÖIéáëÅI ÅÜìêêI Ö•ë ÉåÅ~å~Çç ANNPjáä ^ÅK cáå~åÅKcëWVVNNMJ QSPVL VUNQPJ NMPV ÅêÉëÅá ONTQ

179625792

ZUMBI II, PX AO MERC. BOM PREÇO - `~ë~ ÅL OèíëI ëäI ÅçòI ïÅI

ä~î~åÇÉêá~I èìáåí~ä H ~éíç ~ç ä~Çç ÅL èíI ëäI ÅçòI ïÅI ë~ä©ç ÇÉ ÄÉäÉò~I ∑åáÄìë É äçí~J ´©ç å~ ÑêÉåíÉI Åçä¨Öáç É ÉíÅK oA NNMãáä cWVVNQQJNQPQL VUOONJ RNSM

179625729

3 QUARTOS ARMANDO MENDES, RUA M - Å~ë~

~äîK PèíëI ëäI ÅçòI ãìêI íÉêêK UñORK oASMãáäK cWVVNPSJ PMQPL V VQRPJ QUTU

179625718

CID. NOVA/CJ. SÉRGIO PESSOA NETO - `~ë~ èìáíK ÅL Pèíë ïÅ

Ö~ê~Ö èìáåí~ä oANTM jáä pçãÉåíÉ ¶ îáëí~ VVNRUJ PRUS

379625655

CIDADE NOVA/FRANCISCA MENDES -

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G. VITÓRIA - îÇç Å~ë~ ÅL éçåJ

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JORGE TEIXEIRA - Å~ë~ ~äîK PèíëI

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JORGE TEIXEIRA 1ª ETAPA CASA - O

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SANTA INÊS - Å~ë~ ÅL QèíëI ëäI

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SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, ATRÁS DO - eçëéáí~ä gç©ç i∫ÅáçK Å~J

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CASAS ALUGUEL 2 QUARTOS JAPIIM 2 / PX. IGREJA CATÓLICA - `~ë~

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GRANDE VITÓRIA - μíáãç

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TANCREDO NEVES, AV. PRINCIPAL -

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PONTOS COMERCIAIS

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SALAS COMERCIAIS

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TERRENOS, SÍTIOS E FAZENDAS

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CACHOEIRINHA PRÓX HOSPITAL -

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Domingo, 16 de abril de 2017

MOTOS

FESTAS E EVENTOS FESTAS

ALUGO CHÁCARA PARA EVENTOS -

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CONSTRUÇÃO REFORMAS - ~ãéäáJ ONIX PARCELADO COMPLETO 4P 2015 - säê SPM êÉ~áë Hé~êÅ PUM å©ç

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SERVIÇOS PROFISSIONAIS ADVOCACIA

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ANTENAS

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DETETIVE DETETIVE - ÉëéÉÅá~äáò~Çç Éã

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SERVIÇOS CONTÁBEIS SERVIÇOS CONTÁBEIS - ~ÄÉêíìê~I

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DIVERSOS

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DEMOLIÇÃO - Åçã é• ãÉÅßåáJ

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38 Radar de notícias

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Contra multa de R$ 190,23, escapamento requer maior atenção Essencial O chamado sistema de exaustão do veículo serve para filtrar as emissões de gases e reduzir o ruído do motor

Agência Estado redacao@diarioam.com.br São Paulo

C

hamado popularmente de escapamento, o sistema de exaustão do veículo serve para filtrar as emissões de gases e reduzir o ruído do motor. Se algum componente do conjunto estiver danificado, além de haver aumento do consumo de combustível, pode render multa (grave) no valor de R$ 190,23 e cinco pontos no prontuário do motorista. Em geral, as peças não podem ser reparadas. Dependendo do tipo de veículo e do que for preciso substituir, os preços vão de R$ 180 a R$ 1.500. O sistema é formado por

quatro partes interligadas. O tubo dianteiro (a maioria dos carros tem motor na frente) capta os gases gerados pela queima do combustível e os leva ao catalisador, onde a toxicidade é reduzida em até 95%. A seguir, os resíduos passam pelos silenciosos intermediário e traseiro, que diminuem o nível de ruído do motor e ajudam a filtrar os poluentes. Por fim, são expelidos no ar. Com o tempo, é natural que essas peças se deteriorem e tenham de ser trocadas. A principal causa é a oxidação provocada pela água liberada no processo de combustão. “O uso de combustível de má qualidade acentua a corrosão, por conter maior quantidade de água misturada”, diz o responsável por escapamentos de uma oficina paulista,

Reginaldo Nogueira. “Às vezes, a chapa do escapamento ainda está boa, mas o miolo ficou podre”. A durabilidade média de um sistema original, em que as peças são de aço inoxidável, varia de cinco a dez anos. “Na hora da troca, o mais comum é recorrer a peças galvanizadas, que são mais baratas e duram de dois a três anos”, diz Nogueira. Proprietário de uma loja especializada em escapamentos, na zona norte de São Paulo, Ricardo Arena lembra que peças defeituosas colaboram com o aumento do consumo. “O sistema de alimentação pode receber informações erradas e enviar mais combustível que o necessário”, explica. Além disso, se os gases não forem filtrados, tornam-se prejudiciais à saúde.

Manutenção A principal causa para a substituição de peças desse sistema é a oxidação provocada pela água liberada no processo de combustão

Divulgação

Em época de ‘vacas magras’, montadoras apelam para os chamados bônus de fábrica É uma praxe no mercado de carros novos em tempos de ‘vacas magras’: para turbinar as vendas, as montadoras oferecem o chamado bônus de fábrica. Mesmo com a alta das vendas em março, a primeira em 26 meses no comparativo anual, montadoras como Volkswagen, Fiat e Renault estão bancando descontos que podem passar de 10%. Da marca alemã, as promoções englobam quase toda a gama, com destaque para as linhas Golf e Jetta. No caso do hatch, a versão 1.6 Comfortline com câm-

bio automático agora parte de R$ 77.530 — são R$ 6 mil abaixo da tabela “normal”. Para a mesma versão da Golf Variant (1.4, com câmbio automatizado), com o abatimento de R$ 8 mil, o preço é de R$ 95.990. São 7,2% e 7,7% de bônus, respectivamente. Para o Jetta, há plano de financiamento com entrada de 60% do valor do veículo. O saldo pode ser pago em até 18 vezes sem juros. À vista, a versão Comfortline 1.4 está à venda por R$ 87.990, ante os R$ 93.936 sugeridos na tabela — o

Volkswagen As promoções englobam quase toda a gama, com destaque para as linhas Golf e Jetta

desconto é de 6,3%. Dos carros mais em conta, uma das melhores opções é o Voyage Trendline 1.0. O sedã sai a R$ 42.550, ante R$ 45.350 (-6,2%) da tabela. A Fiat tem bônus para Toro, Mobi e Grand Siena. A versão Freedom 1.8 da picape, tabelada a R$ 84.590, sai

a R$ 79.990 (desconto de 5,4%). Já o Mobi Easy 1.0 está a R$ 30.990, ante os R$ 33.700 da tabela regular (-8,05%) e o sedã, na opção Attractive 1.6, sai a R$ 48.490. São R$ 2.260 (4,4%) a menos. Na Renault, a melhor pedida é o Sandero Authentique

com motor 1 0. O preço promocional, de R$ 38.490, é R$ 2.660 (5,5%) mais baixo que o sugerido na tabela. As ações das três marcas são por tempo indeterminado. Vale lembrar que, mesmo havendo bônus, dá para pechinchar e obter mais descontos ou brindes, como acessórios.


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Tecnologia assistiva desenvolvida no Brasil ganha mercado local e ‘gringo’ Acessibilidade Aplicativos como ‘Livox’ e ‘Hugo’ atendem pessoas com deficiência motora, auditiva e na fala, enquanto a mesa digital ‘Playtable’ auxilia crianças com síndrome de Down e autismo Divulgação/Playmove

Agência Estado redacao@diarioam.com.br São Paulo

C

rianças com Síndrome de Down ou doenças do Espectro de Autismo estão sendo alfabetizadas por meio de uma mesa digital chamada ‘PlayTable’. Já pessoas com deficiência na fala e dificuldade motora podem se comunicar baixando o aplicativo ‘Livox’ em tablets. A população com deficiência auditiva, que, no Brasil, chega a 9,7 milhões de pessoas, pôde ampliar a interação com o mundo com o surgimento do ‘Hugo’, intérprete virtual criado pela Hand Talk. A ferramenta é um tradutor mobile e dicionário de bolso que converte automaticamente texto e áudio em Língua Brasileira de Sinais (Libras). O que esses produtos têm em comum? Todos foram produzidos por empresas que atuam no segmento de tecnologia assistiva — produtos e serviços que proporcionam e ampliam habilidades de pessoas com deficiência —, e criados por empreendedores determinados a promover impacto social. Outro ponto em comum: eles foram acelerados pela Artemisia, organização que fomenta negócios com potencial para transformar o País por meio da melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda. Gerente de relações Institucionais da Artemisia, Priscila Martins afirma que as pessoas com deficiência que estão na base da pirâmide são ainda mais desassistidas. “Elas estão impedidas de ter seu desenvolvimento pleno por falta de acesso a produtos e serviços adaptados as suas necessidades. Estão expostas a um circulo vicioso de não prosperidade e desenvolvimento”, afirma. Dados do IBGE apontam que 24% da população brasilei-

“ELAS ESTÃO IMPEDIDAS DE TER SEU DESENVOLVIMENTO PLENO POR FALTA DE ACESSO A PRODUTOS E SERVIÇOS ADAPTADOS AS SUAS NECESSIDADES” Priscila Martins, gerente de relações Institucionais da Artemisia, sobre o público-alvo dessas inovações.

ra têm algum tipo de deficiência e representam um mercado potencial de 45,5 milhões de pessoas. No mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada sete habitantes do planeta, um vive com algum tipo de deficiência. Reconhecimento Os números demonstram o tamanho de um mercado carente de produtos que proporcionem acessibilidade e inclusão a esse público. O proprietário da Livox, Carlos Pereira, desenvolveu o aplicativo que dá nome à empresa para que ele e Aline, sua mulher, pudessem se comunicar com a filha, Clara, que tem paralisia cerebral. “A comunicação é a necessidade mais básica do ser humano. Segundo a ONU, 1 milhão de pessoas têm algum tipo de deficiência. Eles formam a maior minoria do planeta e correm maior risco de exclusão”, diz Pereira. Pela iniciativa, o empresário recebeu, no último dia 6, o Prêmio Empreendedor Social 2016 na América Latina, concedido pelo Fórum Econômico Mundial. Pereira conta que a empresa também recebeu chancela da ONU por ter desenvolvido o melhor aplicativo do planeta, além de investimento do Google de US$ 550 mil. No momento, ele vive com a família e seu time de engenheiros nos Estados Unidos. “Estamos desenvolvendo tecnologia que vai permitir que a comunicação ocorra 20 vezes mais rápida”, antecipa. O aplicativo está disponível em 25 idiomas e a empresa se prepara para comercializá-lo em 22 países do mundo árabe. Para que o produto chegue à

‘PlayTable’ A mesa possibilita trabalho cognitivo e ajuda a desenvolver coordenação motora, atenção, percepção e socialização, por meio dos jogos, de crianças com síndrome de Down e autismo

população de baixa renda, a Livox mantém parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “Usuários dos serviços da instituição podem comprar licença vitalícia do aplicativo com desconto de 74%. A licença normal é vendida por R$ 1.350,00”. Alcance Mesmo não conhecendo

nenhum deficiente auditivo, o fundador da Hand Talk, Rodrigo Tenório, ficou sensibilizado com o fato de 70% dos surdos terem dificuldade de compreender o português e criou o projeto do aplicativo que funciona como um intérprete para Libras. “O aplicativo gratuito foi lançado em 2013, após um ano de desenvolvimento. Até

LÚDICO

Mesa digital é ferramenta para crianças com Down e autismo APlaymove,deMarlonSouza, comercializaa ‘PlayTable’,mesa digitaladaptadaparaajudar na alfabetizaçãoe sociabilizaçãode crianças comDowneautismo. Fundadaem 2013,encerrou 2016 com 3,5mil unidades comercializadas. “Estamos emmais de800 escolas doPaís, sendo 60% públicas, tambémaumentamos presençaemclínicas de reabilitaçãoede psicopedagogos,em unidades daAssociaçãodeAssistênciaà CriançaDeficiente(AACD)eda

Apae”,diz. SegundoSouza,amesa possibilita trabalhocognitivoe ajudaadesenvolver coordenaçãomotora,atenção, percepçãoe socialização,por meiodos jogos. “Outroobjetivo é ser usadacomo reforçoescolar tantonaalfabetização quanto emoperações matemáticas e demais disciplinas doensino regular. Ela temmais de40 jogos,cada umcom um objetivo. Temos distribuidores naEuropa,Emirados Árabes e Estados Unidos”.

agora, mais de um milhão de downloads já foram feitos. Em 2014, o MEC comprou 600 mil tablets contendo o aplicativo para serem usados em escolas públicas de todo o País”, conta. Segundo ele, o modelo de negócio da empresa gira em torno de ações corporativas. “Nosso carro-chefe é o tradutor para sites, tornando-os acessíveis em Libra. Até então, a internet era inacessível para os surdos e as empresas estavam com as portas fechadas para eles. Hoje, temos mais de 5 mil sites usando a ferramenta. Desde pequenos blogs até grandes magazines e instituições como a Pinacoteca do Estado de São Paulo”. Segundo ele, as empresas pagam assinatura mensal. Os preços variam conforme o volume de acessos. A Hand Talk já ganhou vários prêmios, incluindo um da ONU, de melhor aplicativo social do mundo. “No final de 2016, tive a honra de ser o primeiro brasileiro a receber prêmio da The Health & Life Sciences University (UMIT), como um dos 35 jovens mais inovadores do mundo”, conta.


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Homem é preso com armas, munições e drogas, no Alvorada 1 Mauro Sérgio Ferreira Reis, 37, foi preso, na madrugada deste sábado, com armas de fogo, munições e entorpecentes, na rua Madalena, bairro Alvorada 1, zona centro-oeste de Manaus. A Polícia Militar (PM) informou, por meio de

assessoria de imprensa, que o homem foi encontrado com uma espingarda calibre 12 e duas munições intactas. A equipe policial chegou até o suspeito após denúncias anônimas informando que o homem era traficante e estava escondendo armas de fogo em um terreno no final do beco. Mauro Sérgio confessou, segundo a PM, que a arma era dele e entregou uma mochila contendo um revólver

calibre 38, outro revólver com o mesmo calibre com numeração suprimida, uma porção média de maconha, uma pedra de cocaína, uma balança de precisão para pesar drogas e sacos transparentes para embalo. Ao término da verificação e das buscas no local, o suspeito foi encaminhado ao 10° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para os procedimentos legais, informou a polícia.

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Bombeiros procuram vigilante quepulou no rioparafugir deassalto O Corpo de Bombeiros está fazendo as buscas por um homem, conhecido como ‘Vitônio’, que teria se jogado no rio após assalto em um porto na Colônia Oliveira Machado, zona sul de Manaus, na madrugada deste

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sábado. De acordo com os Bombeiros, o homem é vigilante de uma balsa do Porto Chibatão. A assessoria de imprensa do Porto Chibatão negou que o assalto tenha acontecido no local e afirmou que nenhum de seus vigilantes está ferido ou desaparecido. Segundo os Bombeiros, sete assaltantes chegaram em duas lanchas e renderam quatro vigilantes das balsas no porto.

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R$

2,00

Taxista é sequestrado por adolescentes e se joga do veículo que capota, no São José Perseguição Grupo rendeu o motorista para praticar assaltos no bairro e, ao ser avistado por uma viatura da 11ª Cicom, colidiu o veículo no canteiro central, após o taxista se atirar do carro em movimento Divulgação/PM

Thiago Fernando Redacao@diarioam.com.br Manaus

D

ois adolescentes, de 17 anos, foram apreendidos, na manhã deste sábado, suspeitos de sequestrar um taxista para praticar vários assaltos na zona leste de Manaus. De acordo com a polícia, durante a perseguição policial, os adolescentes atiraram contra o carro da corporação e o taxista se jogou do veículo, que capotou ao bater no canteiro central da Alameda Cosme Ferreira, bairro São José, zona leste de Manaus. Segundo informações repassadas pela vítima, o taxista Toni Ramos Amorim dos Santos, 38, os menores o renderam na madrugada deste sábado, na zona leste. Armados, os adolescentes o obrigaram a di-

rigir enquanto faziam um arrastão pelo bairro São José. Quando chegavam à rotatória do São José, o táxi passou a ser perseguido por uma viatura da 11ª Companhia Interativa Comunitária (11ª Cicom). Foi nesse momento, segundo policiais da 11ª Cicom, que os menores tentaram fugir e passaram a atirar contra o carro da polícia e o taxista se jogou do veículo. No táxi, foram encontrados vários celulares e pertences das vítimas do arrastão. Um dos adolescentes foi baleado com um tiro nas nádegas e foi encaminhado ao Hospital Pronto-Socorro 28 de Agosto, na Avenida Mário Ypiranga, zona centro-sul. O segundo suspeito foi apreendido e encaminhado para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), onde o caso foi registrado.

STAFF Vice-Presidente Cyro Batará Anunciação Diretora Financeira Waldelina Maciel Tavares Superintendente Leandro Barreto Diretor de Redação Sérgio Bártholo Propriedade da Editora Ana Cássia S/A CNPJ: 04.816.658/0001-27 Av. Djalma Batista, nº 2010 - Chapada CEP.: 69.050-010 Manaus -AM- Tel: 3643-5060 Afiliado na: ANJ e IVC

Colisão Rendido pelos infratores, o taxista se jogou e o carro capotou ao bater no canteiro central da via

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