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ANO III | EDIÇÃO 3 | OUTUBRO DE 2016 | JOAÇABA/SC

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EDITORIAL

EXPEDIENTE COORDENAÇÃO Dirce Schmitt Fernanda Marca REPORTAGEM Alessandra de Barros FOTOGRAFIA Arquivo Kleberson Brocardo Alessandra de Barros PROJETO GRÁFICO Dóda Design REVISÃO Julia Schmitt Kerolen Marca IMPRESSÃO Gráfica SulOeste

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estiveram sempre abertas para nós, acreditando neste projeto de corpo e alma, motivo pelo qual o resultado não poderia ser outro: sucesso. Temos a honra de entregar um material rico, em conteúdo e histórias, para que você leitor encontre respostas e lições que o levem a ter uma vida mais saudável e longe dos males do câncer, pois, como é a bandeira da Rede Feminina de Combate ao Câncer, a prevenção é sempre o melhor remédio. Agradecemos imensamente aos apoiadores e à RFCC, pela confiança e por todo auxílio. Esta revista é de todos nós, e com certeza é um sonho que ainda vai gerar muitos frutos! Dirce e Fernanda

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TELEFONE RFCC (49) 3521-2522 ENDEREÇO DA RFCC Rua Getúlio Vargas, 1075 Centro 89.600-000 Joaçaba-SC Distribuição gratuita e realizada pelas voluntárias da RFCC de Joaçaba/SC.

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desafios a serem superados, obstáculos a serem vencidos. A ideia tornou-se muito mais grandiosa que no início. Reunimos profissionais renomados para compartilhar seus ensinamentos, relacionados não apenas ao câncer de mama, mas a diversos outros assuntos na área da saúde, pois viver bem envolve uma série de cuidados que, ao longo destas três edições, vêm sendo tratados com toda a importância que merecem. Convidamos, também, pessoas para que partilhassem seus testemunhos de superação, as quais se tornaram exemplos e fontes de inspiração para diversos leitores. Neste trajeto nos deparamos com alguns “nãos”, mas graças a Deus a enorme maioria das portas

STA CA IO E U PO

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elicidade. Este é o sentimento que nos invade ao encerrar mais uma edição da Revista Outubro Rosa. Há três anos este projeto maravilhoso nascia para se tornar uma poderosa ferramenta na luta contra o câncer. Após muito planejamento, decidimos tirar nossa ideia do papel. Ou melhor, colocar nossas ideias nele! Assim, iniciamos uma jornada em busca de apoiadores e colaboradores, pessoas que estivessem dispostas a contribuir com suas histórias, conhecimento e trabalho. Para nossa alegria, o que não faltou foi entusiasmo de todos aqueles para quem apresentamos o projeto. Ao longo do percurso encontramos barreiras a serem quebradas,

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E-MAIL RFCC rfcc_joacaba@hotmail.com


15 ANOS DA REDE câncer e também certo preconceito. Naquela época, o número de voluntárias ainda era pequeno e por isso, as que trabalhavam tinham que se desdobrar para dar conta de atender a população e ainda realizar palestras orientacionais. Mas a garra e determinação de todas que abraçaram a causa levou o trabalho à diante possibilitando que se fortalecesse.

RFCC

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esenvolver ações de prevenção e combate ao câncer e apoiar quem passa pela doença, são alguns dos objetivos que norteiam os trabalhos das voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC). E quem diria? Já são 15 anos de história, numa missão que através do trabalho voluntário acolhe, orienta e faz a diferença na comunidade. O INÍCIO Em Joaçaba, a missão da

AS PRESIDENTAS

a 15 anos atuando n cer e prevenção do cân ntes no apoio das pacie com a doença

RFCC, é através de um serviço humanizado, contribuir para a prevenção do câncer e melhoria na qualidade de vida das pacientes portadores dessa enfermidade foi iniciada em maio do ano 2001 através do senhor Irineu Parolin, na época, presidente da Associação de doadores Voluntários de Sangue de Joaçaba e região (ADVS) e para tal, o apoio de parceiros e várias entidades tornaram o sonho realidade. Inicialmente os encontros da

Rede aconteciam no Hemosc de Joaçaba. Já durante a segunda gestão, uma sala foi viabilizada junto a antiga Casa Barraquinha. Algum tempo depois, foi a vez de se mudar para a Rua Francisco Lindner e por último, para a Rua Getúlio Vargas, onde está sediada a rede até agora. Como todo novo projeto, não foi fácil consolidar o trabalho, falar em prevenção e mudar o pensamento das pessoas, que tinham medo de ouvir falar em

Ao longo desses 15 anos passaram pela presidência da RFCC as seguintes mulheres: 1ª PRESIDENTE Solange Inês Lorenzini Bertoldi (2001- 2002) 2ª PRESIDENTE Sônia M. Brollo (2002-2003) 3ª PRESIDENTE Irene Wesolowski (2003- 2004) 4ª PRESIDENTE Flávia June de Dea Lindner (2004 – 2005) 5ª PRESIDENTE Terezinha Tratsk (2005 – 2006) 6ª PRESIDENTE Carla Hofmann (2006- 2010) 7ª PRESIDENTE Wanda M. Freiberger (2010- 2014) 8ª PRESIDENTE (ATUAL) Nair Thrun Motta (2014 - 2018)

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15 ANOS DA REDE

Para a gestão 2015/2016

FORAM ELEITAS

Presidente Nair Thrun Motta; 1ª Vice presidente: Noeli Lurdes Maliska Hollerweger; 2ª Vice presidente: Vera Salete Riffel Cimadon; Secretária: Ivanilde Rhoden; Vice secretária: Helena Lovato Francio; Tesoureira: Maria Costenaro; Vice tesoureira: Vera Lucia Poyer; Conselho Fiscal: Cleide Romero Mota, Tereza Foppa, Flavia June De Dea Lindner. Conselho Consultivo: Wanda Maria Freiberger, Lorena Terezinha Ferronato Scaini, Fátima Bitencourt Lorasch, equipe voluntária que ao assumir a gestão, teve como incumbência continuar com o trabalho já realizado e na medida do possível, expandi-lo junto à comunidade. E realmente, tem dado certo! De acordo com Nair Thurn Motta, presidente em exercício da RFCC, muita coisa mudou e graças às campanhas de conscientização se tem um cenário diferente do enfrentado à época da criação da rede. “Hoje o câncer já não é mais visto como sinônimo de morte. As pessoas mudaram seu pensamento e também estão se prevenindo mais. É esse o nosso foco, levar cada vez mais pessoas a entenderem que precisam cuidar a saúde e que caso sejam acometidas pela doença também terão nosso apoio. Lembrando que, apesar do nosso foco ser as mu-

JOS É FRA NC IO, NA IR THR UN MOTTA E JAI RE FOR MIG HIE RI DE ALM EIDA JUR ÍDI CO DA RFC C – SET

lheres, a RFCC também está de portas abertas para atender homens que precisarem de orientação”, comentou Nair. Do que é feita e como trabalha a Rede Feminina de Combate ao Câncer? A RFCC de Joaçaba é formada por mais de 50 mulheres, muitas dessas, que já superaram episódios de câncer e que hoje prestam apoio a quem está passando pelo tratamento. Mulheres, que em meio à rotina de donas de casa, mães de família e entre outros afazeres, doam seu tempo para o trabalho voluntário.. Em Joaçaba, a RFCC atende na Rua Getúlio Vargas, nº 1075. No local são realizadas as coletas de material para exames preventivos de câncer de colo do úte-

ro, além do exame clínico das mamas e encaminhamento para exames de mamografia e ultrassom. O horário de atendimento para esses exames é das 16h15h às 19h00, tendo como responsável a enfermeira Solange Roden. De janeiro a junho de 2016, foram realizados pela RFCC, 652 exames preventivos, mais de 660 exames clínicos de mama, 176 mamografias e além de 140 exames de ultrassom. “A procura tem sido cada vez maior e no mês de outubro, que é o mês rosa, os números crescem significativamente”, comentou Nair Thurn Motta, presidente da Rede. Ainda na sede da

Família que vive unida se cuida unida.

Alguns fatores de risco, como ter casos de câncer de mama na família, podem aumentar as chances de desenvolver a doença. Esteja sempre atenta, visite seu médico e faça exames regulares. Apoiar o Outubro Rosa. #ESSEÉOPLANO

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RFCC, as pessoas encontram auxílio nas questões jurídicas e atividades que promovem o bem estar. Entre as atividades estão o reiki, aulas de ioga, pilates e oficinas de trabalhos manuais. A Rede atua ainda, providenciando o empréstimo de perucas, doação de lenços, fraldas geriátricas e sutiãs adaptados para as mulheres que realizaram a cirurgia de mastectomia. Mas o trabalho não se restringe apenas ao Espaço da Casa Rosa, que de longe chama a atenção e demarca a sede oficial da entidade. Em parceria com o Ambulatório Médico Universitário, as pacientes recebem atendimento psicológico e de fisioterapia e há também atendimento ginecológico na Clínica do Dr.Jonatas Deon. Já as voluntárias, vão à empresas e eventos para realizar palestras de orientação sobre o câncer e a importância da realização dos exames.


DEPOIMENTO

EMPRÉSTIMO

de Perucas

O período da realização da quimioterapia é, para as mulheres diagnosticadas com câncer, um dos mais complicados. Além dos efeitos colaterais, como náuseas, tonturas e outros sintomas há a queda de cabelo, que tanto mexe com a autoestima feminina. É tentando minimizar o impacto desse período na vida das pacientes que a RFCC atua providenciando o empréstimo de perucas. Para que as perucas estejam à disposição de quem precisa, a Rede con-

ta mais uma vez com a solidariedade de pessoas que cortam seus cabelos e sejam pessoalmente, ou, através dos salões de cabelereiros parceiros da iniciativa, repassam esses cabelos para a RFCC. O material é encaminhado para Joinville onde uma senhora chamada Maria Gracinda Custódio, faz a confecção da peruca gratuitamente.

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15 ANOS DA REDE

PARABÉNS para a Rede! Completar 15 anos de existência, sendo uma entidade sem fins lucrativos, amparada pela benevolência das voluntárias e apoiadores da causa,

não é tarefa fácil, por isso, que a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba merece comemorar. Muitos desafios foram enfrentados e outros

estão por vir, mas não há como negar que esta foi uma iniciativa que deu certo. Para manter as atividades a rede feminina conta com

Como próximos projetos a RFCC pretende consolidar a reforma do Espaço cedido pelo AMU e no qual funcionária a nova sede da entidade. Além de expandir ainda mais o trabalho, afinal, se a sementinha plantada em 2001 já mostrou que germinou e cresceu resta continuar regando para que continue dando bons frutos ao longo de muitos outros anos.

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doações de empresas, pessoas da comunidade, subvenções do poder judiciário, venda do artesanato produzido nas oficinas de trabalhos manuais e de objetos através de um brechó, e ainda, promoções organizadas pela própria rede. “Agradecemos a cada um que ao longo desses anos, divide um pouco do que tem seja através de doações, comprando no brechó ou participando de nossas promoções. Vocês todos estão canalizando seus recursos em prol do bem tendo como ponte o nosso trabalho. Convidamos para aqueles que quiserem colaborar que venham fazer uma visita, saber mais do nosso serviço voluntário, será um prazer recebe-los”. Afirmou a presidente Nair Thurn Motta.


SEDE RFCC

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m espaço com 372 metros quadrados, no último andar do Ambulatório Médico Universitário localizado, na Rua Roberto Trompowsky, n o 332, no centro de Joaçaba. É este local que deve abrigar em breve as atividades da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba (RFCC). O espaço foi cedido pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). O ato de assinatura do termo de cessão aconteceu no dia 15 de julho e tem vigência de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2031, podendo ser prorrogado, a critério das partes, por meio de termo aditivo, sendo que as despesas mensais do espaço ficam a cargo da Rede Feminina. No ato de assinatura estiveram presentes o reitor da Unoesc, professor Aristides Cimadon, o procurador jurídico da universidade, Osmar De Marco, a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba, Nair Thrun Motta, assim como membros da entidade filantrópica. “Tenho acompanhado o trabalho que as mulheres da Rede Feminina realizam e fiquei comovido pela forma como se esforçam e mesmo sem recursos ajudam tantas pessoas que passam por problemas de saúde. Por isso quando me procuraram falando que não tinham conseguido um terreno para a sede própria, estudei junto ao conselho administrativo da Unoesc

Rede feminina prepara

SEDE NOVA UNOESC

a possibilidade da cessão de um espaço no AMU. Estou ciente que elas terão um espaço maravilhoso”. Comentou o reitor da Unoesc, professor Aristídes Cimadon. Para que possa ocupar o

local, a RFFC está trabalhando em adequações do espaço. Alguns recursos, por meio de emenda Parlamentar devem auxiliar e a Universidade também deve contribuir com melhorias na parte de acesso

ao andar cedido e paralelo a RFCC está buscando ajuda com outros parceiros. De acordo com a presidente da RFCC, Nair Thrun Motta, a cessão do espaço é uma conquista bastante comemorada e que possibilitará maior conforto no atendimento a comunidade. “Estaremos num espaço no qual já são desenvolvidas outras atividades da área de saúde e principalmente em um endereço que fica na área central do município, isso facilitará o acesso aos nossos serviços, sem contar que oferecerá muito mais conforto para nossas pacientes”. Comemorou a Presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

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CLICKS

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HOMENAGEM

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HOMENAGEM

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RECONHECIMENTO

PRÊMIO DR. PINOTTI Hospital amigo da mulher

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o dia 01 de junho de 2016, as voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba receberam um diploma de menção honrosa pela indicação do Deputado Federal Jorginho Mello ao Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher, em reconhecimento aos trabalhos e ações realizados pela Rede, em especial na prevenção do câncer, por meio de promoção de saúde através de ações humanitárias, com ética e muita transparência. “As ações focadas no combate e prevenção ao câncer fazem jus aos nossos mais sinceros aplausos, e sem sombra de dúvida, ao apoio de toda a sociedade e também do poder público”, afirmou o Deputado.

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DEPOIMENTO

Na alegria e na tristeza, na saúde e na

DOENÇA

Carla e Luiz fizeram jus às promessas do matrimônio enfrentando juntos, um tipo de câncer cada um.

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ispostos a aproveitar cada segundo da vida. Esse é o pensamento de Carla Hoffmann de 55 anos, e de Luiz Carlos Coelho de 67, casal, que além da rotina e alegrias da vida a dois, batalharam contra o câncer, se curaram e estão mais unidos do que nunca. Quando Carla descobriu o câncer de mama, há 14 anos, estava no auge de sua vida profissional. Trabalhava como gerente de vendas de uma multinacional do ramo de cosméticos e, com a rotina atribulada, não tirava tempo para ir ao médico. “Descobri a doença porque desafiei meu filho dizendo que se ele fosse fazer uns exames que precisava fazer e não queria, eu tiraria tempo para fazer minha primeira mamografia. Topado o desafio, ele fez os exames dele e eu fiz o meu. No fim veio a surpresa: eu tinha um nódulo na parte superior do seio, um local que diferente de outros casos, não aparece com facilidade e talvez por isso, nunca tinha notado.” Explicou Carla. Dado o diagnóstico, Carla passou por uma cirurgia na qual se retirou o nódulo e parte do tecido atingido, mas preservou parte da mama e como precaução retirou linfonodos do braço. Em seguida, vieram as sessões de quimio e radioterapia. Um período complicado, mas que ela conseguiu tirar de

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letra, tanto que durante o período em que perdeu os cabelos, ficou mais vaidosa do que nunca, caprichando nos lenços, brincos e maquiagem. “Fiz terapia com uma psicóloga e isso ajudou muito. Ao mesmo tempo, pensava que precisava e ia superar aquilo com bom humor e positividade. Claro, teve momentos ruins como os efeitos colaterais do tratamento, mas o sorriso não saiu do meu rosto. Falava abertamente da doença com todo mundo. Tive muito apoio da empresa que eu trabalhava, dos meus filhos e principalmente do meu marido, que se mostrou um grande companheiro.” Comentou Carla. O câncer foi eliminado e pensando na prevenção, ao ter uma hemorragia, optou por retirar o útero e os ovários. Por fim, após o acompanhamento médico durante 5 e 10 anos, ela finalmente se despediu da equipe médica que a acompanhou. “Foi tanto tempo junto que quando tudo terminou lembro que o doutor me disse: Carla você tá liberada, não apareça mais por aqui” [risos]. O que ela não sabia era que


DEPOIMENTO a jornada dela no enfrentamento do câncer não estava completa, tendo que retribuir o cuidado que recebeu do marido, anos depois, quando ele também seria diagnosticado com câncer. A DOENÇA DO MARIDO Uma dor lombar que de tão severa foi capaz de deixar de cama aquele a quem todos estavam acostumados a ver não se entregar facilmente. Era o primeiro indício que algo podia estar errado com Luiz Coelho, marido de Carla. E estava mesmo, ele tinha um câncer na próstata. Diferente de outros casos, os médicos não recomendaram que Luiz operasse o tumor porque ele já tinha gerado uma metástase no osso, com isso ele foi encaminhado para as sessões de quimioterapia. “A forma

de agir do Coelho, foi diferente da que eu tive quando passei pela doença. Ele ficou mais introspectivo e abatido. Nossos filhos que se viram diante do problema novamente também tiveram um baque. Nessas horas percebi que pior do que eu ter tido dores quando passei pelo câncer era não conseguir aliviar a dor de quem eu amava. Mas, unidos nos encorajamos e superamos.” contou carla. Sabendo que não estava sozinho e tendo grandes incentivadores, Luiz, que é devoto de Nossa Senhora Aparecida, apoiou-se também na fé. Atualmente Luiz toma dois tipos de medicamentos que devem lhe acompanhar por algum tempo, mas, fora isso, está melhor do que nunca. A estrutura óssea onde ocorreu a metástase está preservada e ele não sente nenhum tipo de dor. VIAJAR E APROVEITAR A VIDA Depois de ter se curado do

câncer, Carla voltou a trabalhar por um período, mas logo se aposentou já que por causa da retirada dos linfonodos do braço não podia fazer muito esforço dirigindo ou carregando peso. Por algum tempo, também atuou ativamente na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba, afastando-se das atividades depois de duas gestões para aproveitar o tempo que teria com o marido, que após os muitos anos de trabalho, também recebeu a aposentadoria. Com os filhos criados e estando com boa saúde, o casal tem usado o tempo disponível para viajar. Visitam parentes, vão para o litoral, já foram para a Europa e tem ainda outros destinos no roteiro. Querem aproveitar cada segundo. “O pior passou, vamos viver bem a vida!” finalizou Carla.

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ARTIGO

A importância do diagnóstico precoce do

CÂNCER DE MAMA

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Câncer de mama é o câncer mais incidente e o responsável pela maior mortalidade por neoplasia na mulher brasileira. Na região sul do país, essa incidência é ainda maior. Fatores genéticos e ambientais concorrem para sua gênese que é, na maioria das vezes, de progressão lenta. Quando um tumor se torna palpável, ele já existe em média há oito anos. Além disso, o fato de que o tratamento em fases iniciais tem altas chances de cura, torna de suma importância que pacientes e seus médicos lancem mão de todas as estratégias para o diagnóstico precoce. A idade em que o câncer de mama é diagnosticado é em média 53 anos. Porém até 8% deles ocorrem em mulheres com menos de 40 anos. Acomete em 95% das vezes mulheres da raça branca. Como possui um componente genético importante, pacientes com familiares com essa doença devem procurar seu médico para que o início do rastreio se dê mais precocemente. Porém somente 10% de todos os tumores de mama acometem mulheres com história familiar, o que deve servir de alerta para a população em geral. As grandes armas que temos para o diagnóstico precoce do câncer de mama são: o exame de palpação feito pelo médico e os exames de imagem - a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. O exame clínico (palpação) da mama deve ser realizado anualmente desde a primeira consulta ginecológica. Já a mamografia

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deve ser solicitada de rotina a partir dos quarenta anos e repetida anualmente. Em pacientes de alto risco, especialmente aquelas com familiares próximos com câncer de mama, a mamografia deve ser iniciada aos 35 anos. Em pacientes jovens, a ultrassonografia é um excelente método complementar. Estudos mais recentes vêm alavancando cada vez mais o uso da ressonância mamária, seja no rastreio de pacientes de alto risco, seja na elucidação diagnóstica de nódulos sugeridos pela mamografia ou ultrassonografia. Os motivos pelos quais devemos nos esforçar ao máximo para diagnosticar precocemente a neoplasia mamária são dois: o maior índice de cura e a possibilidade de cirurgias menos agressivas. Tumores de até 1 centímetro de tamanho têm até 90% de chance de cura. Além disso, tumores menores de 2 centímetros podem, como regra, ser operados sem a ressecção total da mama, nas

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chamadas cirurgias conservadoras. A cirurgia para o câncer de mama evoluiu muito nas últimas décadas. Um procedimento que consistia na retirada de toda a mama e de todos os linfonodos (gânglios linfáticos) da região axilar causava uma mutilação física e psicológica importante. Hoje a maioria dos tumores é retirado poupando a mama. Também na maioria das vezes é retirado apenas o primeiro linfonodo que drena o tumor (linfonodo sentinela), evitando as possíveis sequelas de uma linfadenectomia axilar. Assim, vemos que o diagnóstico precoce transformou o que era uma situação de morte ou mutilação em uma de procedimentos bem menos agressivos e com cada vez melhores índices de cura. Porém, para que isso ocorra, não se pode enfatizar o suficiente a importância da busca por médicos e pacientes de um diagnóstico do câncer de mama em estágios cada vez mais iniciais.

DR. DIEGO MAESTRI

CRM – 14069 Ginecologista e Obstetra Cirurgião Geral Mestre em Cirurgia pela UFRGS Professor do Curso de Medicina da UNOESC


ARTIGO

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câncer de ovário é, felizmente, uma doença relativamente rara. Em todo o Brasil são aproximadamente 6.000 novos casos por ano. Porém a sua mortalidade é bastante alta devido, principalmente, ao fato de que seu diagnóstico se dá geralmente em estágios avançados. Isso porque não existe um bom método de rastreio para câncer de ovário. Para a mama temos a mamografia. Para o colo uterino o Papanicolau (preventivo). E para o ovário? Nada. Além disso, leve em conta também sua localização – escondido nas profundezas da pelve. Nos Estados Unidos, esse tipo de tumor já é o maior responsável por mortes por tumores ginecológicos. A essa altura você deve estar se perguntando – o que tem o câncer de ovário a ver com a laqueadura tubária no título desse artigo? Calma, chegaremos lá. Na verdade, tudo começou com o interesse pela genética do câncer. Como é amplamente conhecido, existem síndromes genéticas que aumentam sobremaneira o risco de câncer em alguns órgãos. Mama e ovário são dois deles. O recente exemplo de uma famosa atriz do cinema norte americano que retirou esses órgãos para a prevenção do câncer ganhou repercussão internacional. Porém o estudo genético das trompas uterinas (que sempre são retiradas junto com os ovários nesses casos) mostrou um achado surpreendente: tumores muito iniciais com características genéticas de câncer de ovário. O que leva a teoria – hoje já praticamente confirmada – de que os tipos mais agressivos de câncer de ovário na verdade se iniciam nas trompas uterinas. Você já viu onde vamos chegar com essa história? É isso mesmo. Se o câncer de ovário – que geralmente acomete mulheres a partir dos 60 anos – se inicia nas trompas, a retirada delas em mulheres jovens não preveniria o câncer de ovário? A resposta parece ser sim. A retirada dos ovários é a prevenção mais óbvia para o câncer de ovário. A questão é que retirar os ovários

DRA. LIANA RUSSOWSKY BRAGAGNOLO

CRM – 14067 Ginecologista e Obstetra

PODE UMA LAQUEADURA TUBÁRIA PREVENIR ALGO ALÉM DE UMA

GRAVIDEZ? é uma cirurgia com riscos inerentes, além de deixar a mulher a que ela se submete sem seus hormônios – o que é chamado de menopausa cirúrgica – que traz danos significativos à saúde global. Por isso a sua retirada só é realizada para prevenção em pacientes de alto risco. E as trompas? Estas têm seu papel encerrado após a geração dos filhos, não tendo a partir disso nenhuma outra função. Assim, embora estudos mais a longo prazo ainda sejam necessários, já é hoje uma recomendação do Colégio Norte Americano de Ginecologia que mulheres que não mais desejam gestar sejam submetidas a retirada das trompas ao invés de sua laqueadura. Também mulheres antes da menopausa que irão se submeter à retirada do útero devem ter suas trompas removidas. Estaríamos assim, efetivamente, prevenindo o câncer de ovário e não somente uma gravidez não planejada.

Cuidar da saúde é um gesto de amor à vida

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ARTIGO

DR. ALEXANDRE TIEPPO ZARPELLON

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câncer de mama aos poucos deixa de ser um tabu em nossa sociedade. Isto, muito se deve ao esforço incansável de associações, país afora, que se dedicam em divulgar informações sobre a doença e, também, ao esforço solitário, mas não menos importante e impactante, de pacientes que compartilham suas experiências nos mais diferentes meios de comunicação. A luta que a mulher tem de encarar quando recebe o diagnóstico é muitas vezes dupla. Primeiro, a luta pela cura. Esta, acompanhada de angustia, preconceito e medo de possíveis sequelas resultantes de uma cirurgia oncológica. A segunda luta, vem após estabelecida a sequela anatômica. A mama é para a mulher um símbolo importante e insubstituível em diversos aspectos, principalmente na sua feminilidade e na maternidade. Portanto, o impacto de uma cirurgia oncológica mamária é, muitas vezes, devastador na psique feminina. É neste ponto, que entra a cirurgia para reconstrução mamária. Apesar do tratamento do câncer de mama apresentar avanços extraordinários na ultima década, a sequela da cirurgia oncológica ainda é muito frequente quando necessário cirurgias maiores. Contudo, também tivemos avanços muito importantes nas técnicas de reconstrução mamaria. Existem uma gama de tec-

RECONSTRUÇÃO DE MAMA PÓS CIRURGIA

ONCOLÓGICA nicas, que podem ser utilizadas conforme cada caso em específico. A reconstrução mamaria, por exemplo, pode ser iniciada na mesma oportunidade em que houve a ressecção tumoral, diminuindo assim o impacto psicológico da paciente. Pode ser realizada com o remanejamento de tecidos da própria paciente, associando-se ou não a inclusão de próteses de silicone. Essas múltiplas opções tem como por objetivo final um denominador comum: reestabelecer a autoestima feminina. É impressionante como a cirurgia de reconstrução mamaria pode resgatar a confiança e o sorriso dessas pacientes, muitas vezes impactando inclusive na adesão ao tratamento contra a doença.

O Cirurgião Plástico Dr. Alexandre Tieppo Zarpellon é natural de Videira – SC, é especialista em Cirurgia Plástica Estética e Reconstrutiva pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), (Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Associação Médica Brasileira (AMB). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Especialista em Cirurgia Geral (MEC), pelo Hospital da Cruz Vermelha – Curitiba PR Em maio de 2016, fruto de uma idéia conjunta com o Diretor do Hospital Salvatoriano Divino Salvador (HSDS), Flamarion da Silva Lucas, inaugurou o Serviço de Cirurgia Plástica desse hospital. Duas vezes ao mês, atua como professor (preceptor) do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Cajuru (HUC) - Curitiba PR, onde compartilha seus conhecimentos com os residentes do Serviço realizando Cirurgias Estéticas e Reconstrutivas. CRM PR 26.890 ; RQE PR 20.334 ; CRM SC 22.966; RQE SC 13.589 CONSULTÓRIO Rua Saul Brandalise 440, 2º andar, Centro – Videira- SC Telefone: (49) 9904-4223 SITE www.alexandrezarpelln.com.br FACEBOOK zarpellonplastia@facebook.com instagran dr.alexandrezarpellon

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DEPOIMENTO

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ona de um dos pontos turísticos mais famosos de , Renate Felder Koroll, teve câncer de mama e conta como conseguiu tratar a doença e lidar com rotina atarefada do local. Há 12 anos, Renate e a família começavam a construir o Parque Lindendorf, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade de Treze Tílias. Por ser um local administrado pela família, cada um ficou responsável por uma função e foi com a demanda de visitantes aumentando gradativamente que Renate tomou de vez à frente da cozinha do parque, ambiente em que permanece trabalhando até hoje. Mas por que falar disso, ao invés de contar de início como ela superou o câncer de mama? Unicamente, por que foi estando ali, na ativa, que toda sua história de enfrentamento da doença se passou. Renate descobriu um nódulo na mama esquerda em 2013, quando aos 54 anos repetia por mais um ano, o exame de mamografia, que fazia desde os 40 anos de idade. De imediato, assim como todo paciente que recebe uma notícia dessas, ficou amedrontada, mas, buscou forças para seguir. “Era um nódulo pequeno, mas, que precisaria ser retirado através de cirurgia. Por isso, retirei o quadrante da mama, sendo que meu seio foi preservado. Também retirei um linfonodo que graças a Deus foi negativo para metástase. Depois, fui encaminhada para seis sessões de quimioterapia e como meu câncer não era do tipo hormonal não precisei de tratamento com hormônios.” contou. Preocupada com a saúde, mas, não querendo abandonar as atividades que desempenhava no parque ela optou por não parar de trabalhar e por isso, poucos dias depois que tinha

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“EU DOMINEI meu câncer” operado, já estava na cozinha, fazendo aquilo que gostava. “Eu usei uma tipóia para imobilizar o braço esquerdo que era do lado onde tira tirado o nódulo, mas, ainda eu tinha o braço direito bom e era com ele que mexia as panelas e me virava na cozinha. Alguns visitantes me viam pra lá e pra cá atarefada e pediam o que eu tinha feito no braço e quando eu respondia que estava tratando um câncer ficavam abismados por me ver ali com aquela disposição. Mas, é que mesmo fazendo as quimioterapias, eu não me sentia mal, era uma ou outra tontura, então vinha trabalhar” afirmou Renate. Além de disposição para o trabalho, a aparência também não entregava que ela estava doente. Logo na primeira quimioterapia Renate adiantou a retirada do cabelo, que como é comum, cairia ao longo do

tratamento “Passei pela doença sem que me visse careca. Logo no início marquei com meu cabeleireiro, para que com salão fechado, ele raspasse minha cabeça e já sai de lá com a peruca. No dia a dia, como sempre usei toucas para trabalhar, ninguém sabia dizer se aquele era meu cabelo natural ou não, e pra dormir usava algum outro gorro, então nem meu marido viu”. Comentou. Tendo passado pelas quimioterapias, vieram as radioterapias. Para essas, não teve jeito, foi preciso ficar durante a semana em Chapecó e retornar para o parque somente nos finais de semana. “Foram trinta sessões ao todo e na segunda semana já falei pro meu marido que não precisa mais me acompanhar porque ficava sozinha. Estando em Chapecó, ia pra clínica e tomava o medicamento em poucos minutos, depois disso, antes de voltar pro hotel, ia no cinema,

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lojas, lanchonetes e passear na cidade. Por outro lado, se de segunda a sexta eu estava longe dos meus afazeres , quando voltava para casa retomava meu lugar na cozinha. Fazia isso, porque se durante as quimioterapias eu já me sentia bem, nas radioterapias me sentia ainda melhor”. Explicou O ponto negativo, foi que como reflexo do esforço, Renate desenvolveu um problema no punho direito sendo necessária uma cirurgia ortopédica. Mas para quem não parou durante o câncer ela resumiu, “foi pouca coisa, me recuperei logo também.” Hoje, Renate faz acompanhamento médico apenas de rotina e segue trabalhando. Aliás, foi no intervalo, entre o almoço e o lanche dos visitantes do parque, que ela parou por alguns minutos para contar sobre sua superação. "Agora, novos planos estão passando por sua cabeça." “Sentimos que agora é a hora de parar e por isso, estamos vendendo o parque. Não temos pressa, mas, assim que fecharmos negócio vamos tirar tempo para nós, principalmente viajando em família”. Revelou. Questionada sobre por que então, não ter parado ao receber o diagnóstico do câncer Renate explicou: “Não era o momento. Além disso, me fez saber que consegui estar no controle, que não me entreguei e que eu dominei a doença. Acredito que tudo na vida é um propósito de Deus. Não devemos nos abalar ou ficar tristes com algumas situações por que sempre vem momentos melhores depois. O meu é agora, depois de anos de trabalho, poder desacelerar. e estando curada, aproveitar a vida.” Finalizou Renate.


ARTIGO

MIRTA DALLA COSTA Podologa (49) 9963.8828

Saúde

O

s pés são normalmente negligenciados, mas a sua importância à saúde de todo o corpo pode ser observada pelo descrito na Revista Podologia: “O pé pode se considerar como um verdadeiro coração periférico” e no site Angiologista.org, que cita o plexo venoso plantar de Lejars: “Pelo posicionamento anatômico das veias plantares, ao deambular, ocorre uma compressão nesses vasos, que pelo aumento da pressão intravasal, faz progredir de modo mais rápido o sangue contido nessas veias”. No atendimento podológico, cada pé recebe um tratamento personalizado (pois não existem dois pés iguais), sendo avaliado em sua complexidade devido às particularidades de cada patologia e à execu-

dos

ção do procedimento adequado. O podólogo é um profissional, que atua na área da saúde e sua formação lhe da capacidade para tratar de casos em diferentes níveis de patologias e recomendar ao seu paciente desde cuidados com a higiene podal e corte das unhas até a necessidade de consulta e tratamento com dermatologistas, endocrinologistas, ortopedistas ou outros especialistas. Porém tão imprescindível quanto o tratamento curativo é a prevenção. As consultas de avaliação periódica são importantes e necessárias, para restituir ou corrigir as possíveis alterações, que possam acarretar algumas patologias, tais como: micoses, unhas encravadas, bicho de pé, calosidades, frieira, rachaduras e

PÉS fissuras, verruga plantar, dor ao caminhar e etc. Os pacientes que passam por tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, podem apresentar efeitos colaterais, que afetam tanto as mãos como os pés, para os últimos, o papel do podólogo é fundamental para a prevenção de efeitos agravantes, que causam desconforto, dores e problemas de locomoção, observando o surgimento de descamação, edema, formigamento, prurido, sensação de queimação, enfim quaisquer sintomas que indiquem a necessidade de uma consulta médica. Por isso que o acompanhamento, por uma equipe de saúde multidisciplinar, assegura que esses pacientes tenham um período pós-tratamento mais favorável a sua recuperação.

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GINECOLOGIA

“O

ginecologista Jonatas Deon atende gratuitamente mulheres encaminhadas pela Rede feminina de Combate ao Câncer”. O câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira e de acordo com o Instituo Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, sendo que, fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual são considerados fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer. Para a prevenção é fundamental a utilização de preservativo durante as relações sexuais, que a mulher evite múltiplos parceiros e principalmente a realização do exame preventivo (Papanicolau). Aí que a parceria entre Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) e a clínica de gine-

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PARCERI

em Prol da Preven cologia do Dr. Jonatas Deon, de Joaçaba, faz a diferença. Há um ano e meio Dr. Jonatas atende as pacientes encaminhadas pela RFCC. “As pacientes procuram a Rede Feminina para fazer o exame preventivo. Se durante a coleta se percebe alguma alteração alteração no colo uterino, essa paciente é en-

caminhada para cá para que seja feita uma investigação mais apurada com exames específicos”. Explicou o ginecologista. A faixa etária mais atendida no consultório, através dos encaminhamen-

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tos da RFCC é a de 20 a 35 anos. De acordo com o ginecologista, essa idade que vem de encontro ao período sexual ativo e que, aliás, tem começado cada vez mais cedo.


IA

nção Ao todo, são disponibilizados dois horários por semana para as consultas. “A paciente vem para cá e fazemos um exame de colposcopia, no qual através da aplicação de alguns produtos e da visualização através de uma lente de aumento percebemos o tipo de lesão. Conforme a gravidade, já realizamos a biópsia que

GINECOLOGIA é levada para o posto de saúde e após o diagnóstico ela retorna pra cá para acompanharmos. Além disso também realizamos a cauterização de lesões. Tudo sem custo para a paciente”, explicou Dr. Jonatas. Para Deon, a assistência oferecida através dos atendimentos, contribuí para que muitos casos de câncer sejam evitados. “Fazer exames de todas as mulheres que procuram a RFCC no consultório seria impossível, por isso lá se faz a coleta e aqui o acompanhamento quando se tem alteração. Dessa forma, as mulheres encaminhadas, chegam aqui com lesões menos agressivas e altamente tratáveis. Tanto que nesse tempo, que firmamos essa parceria, nenhuma foi diagnosticada com o câncer”. Afirmou o médico. O recomendando é que as

mulheres façam o exame preventivo anualmente, porém de acordo com Dr. Jonatas nos casos em que os dois últimos exames não tenham apresentado alterações pode-se estender esse prazo para dois anos, mas, na duvida a mulher não deve deixar de buscar informações. Outra recomendação é que elas fiquem atentas principalmente à dores abdominais, secreções com odor fétido e principalmente sangramentos após a relação sexual. Outra forma de prevenção defendida por Dr. Jonatas, diz respeito a vacinação do HPV. “Surgiram muitas notícias sobre problemas relacionados à vacina, mas do ponto de vista científico, ainda se recomenda que a vacina seja feita, de preferência antes que a menina inicie sua atividade sexual, que é quando ela vai criar uma imunidade

maior contra o HPV. No caso de mulheres que já iniciaram sua vida sexual, há estudos que também defendem vacinação até os 26 anos trazendo assim benefícios para a mulher”. Explicou Dr. Jonatas. Dr Jonatas ressalta ainda, que está cada vez mais acessível para que as mulheres mantenham seu exame preventivo em dia. “Tem a Rede Feminina e também os postos de saúde que realizam os exames gratuitamente, aliás nesses, há campanhas com horário de atendimento estendido, possibilitando que mesmo atarefadas as mulheres encontrem tempo para se cuidar”. Concluiu o médico.

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“Cuidando da saúde bucal dos seus filhos desde a idade intra uterina, com atendimento a gestantes (pré-natal odontológico), até a idade adulta. Tratando da saúde bucal de toda a família com competência, aptidão e compromisso, fazendo a diferença em suas vidas.”

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Dr. Roberto Rheingantz da Cunha Filho Av. Santa Terezinha, 243 | Edifício Centro Profissional - Sala 302 | Joaçaba/SC

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A clínica atende adultos na especialidade de dermatologia clínica, cirurgia dermatológica e cosmiatria (rejuvenescimento e estética). Diagnosticamos e tratamos todos os tipos de doenças de pele, cabelos e unhas. Também atuamos na dermatologia pediátrica. Fazemos vários tratamentos para rejuvenescimento, como luz intensa pulsada, peelings, botox, preenchimentos e microagulhamento. Todos com produtos de qualidade, registrados na Anvisa, com objetivo de oferecer o que há mais de seguro e eficaz no mercado. Realizamos com vasta experiência cirurgias dermatológicas como retirada de pintas, nevus, verrugas, cirurgias de unha e tumores de pele. SITE

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PREVENÇÃO

Entendendo o Câncer de

TIREOIDE

A

maioria das pessoas com câncer de tireoide não têm sintomas. A causa exata do câncer de tireoide não é conhecida, mas as pessoas com certos fatores de risco são mais vulneráveis que outras à doença. Entenda e conheça mais sobre o problema.

O que é o câncer de tireoide? A glândula tireoide está localizada na parte da frente do pescoço, logo abaixo da laringe (cordas vocais). Ela produz hormônios que regulam o seu metabolismo, que é o processo de como o seu corpo usa e armazena sua energia. O câncer de tireoide ocorre quando tumores, também conhecidos como nódulos, crescem na tireoide. A maioria dos nódulos (cerca de 90%) são benignos (não-cancerosos), mas aqueles que são cancerosos podem espalhar por todo o corpo e colocar a vida em risco. O que causa o câncer de tireoide e quem está em risco? A causa exata do câncer de tireoide não é conhecida, mas as pessoas com certos fatores de risco são mais vulneráveis que outras à doença. Esses fatores de risco incluem: • tratamentos com radiação para a cabeça, pescoço ou tórax, especialmente na infância ou adolescência • história familiar de câncer de tireoide • um grande nódulo ou em

rápido crescimento • idade superior a 40 anos Ter um fator de risco não significa que você terá câncer de tireoide e algumas pessoas desenvolvem a doença não tem nenhum fator de risco. Ainda assim, ter um nódulo de tireoide com qualquer um desses fatores de risco requer avaliação.

Como é diagnosticado o câncer de tireoide? Normalmente, você pode encontrar um nódulo ou seu médico poderá encontrar um nódulo durante um exame de rotina. A maneira mais confiável de diagnosticar o câncer de tireoide é através da aspiração do nódulo com uma agulha fina. Este procedimento utiliza uma agulha fina que é inserida no nódulo para retirar células ou fluidos do nódulo que serão analisados ao microscópio. Esse teste é muito preciso para identificar nódulos cancerosos ou "suspeitos" e muitas vezes pode identificar o tipo de câncer. O que você deve fazer se achar que tem um nódulo de tireoide? Se você acha que tem um nódulo de tireoide, consulte um endocrinologista (o especialista em condições relacionadas aos hormônios) para diagnóstico e tratamento. Em seguida, siga o tratamento recomendado e acompanhe com o seu médico. Fonte http://www.endocrino.org. br/entendendo-o-cancer-de-tireoide/

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DEPOIMENTO

P

ara Sirlei Gemelli, empresária de 46 anos, o câncer de tireoide começou a dar sinais no ano passado. Porém, ela que já fazia tratamento para hipotireoidismo, não fazia ideia de que seria diagnosticada com três nódulos, sendo dois deles cancerígenos. “Me sentia cada vez mais fraca, com muito cansaço. Tinha inchaço nos braços, pernas e rosto, mas não era qualquer inchaço. Minhas unhas e cabelos ficaram fracos e não cresciam. Percebi que tinha algo errado e fui investigar.” Contou Sirlei. Foram oito meses passando por vários médicos de Joaçaba e até fora da cidade até que veio a suspeita do câncer, após uma consulta com uma endocrinologista de Passo Fundo. Para retirada dos nódulos, uma cirurgia foi realizada. O procedimento teve o risco de que Sirlei ficasse rouca, ou ainda, perdesse a voz, pois, foi necessário fazer uma raspagem muito próxima das cordas vocais. “Quando acordei da cirurgia e me ouvi respondendo normalmente as perguntas de quem estava próximo, respirei aliviada. Considero essa a minha primeira vitória”. Em seguida o material foi encaminhado para biópsia e veio a confirmação da doença. “Quando me disseram: a doutora precisa que você venha conversar com ela o mais rápido possível, eu sabia que não era algo bom e nesse momento eu desabei. Porém coloquei na mente que, ou eu enfrentava a doença, ou deixava ela me vencer, e dai em diante sempre procurei pensar positivo.” A IODOTERAPIA No caso de Sirlei não foi ne-

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O diagnóstico, o tratam iodoterapia e a vitória so

CÂNCER DE TIRE cessário fazer sessões de quimioterapia e de radioterapia, mas, após sessenta dias da cirurgia, a empresária precisou passar pelo tratamento de iodoterapia, procedimento no qual se administra por via oral, o iodo radioativo (iodo 131). O objetivo, no caso dela, foi eliminar qualquer tecido tireoidiano que a cirurgia não tivesse conseguido retirar e assim, evitar ao máximo o retorno do câncer. Foi um processo delicado e desafiador para Sirlei. Isso porque, antes da iodoterapia, o paciente passa por uma dieta restritiva evitando alimentos que contenham iodo. Sem contar que para que pudesse receber a dose indicada para seu tratamento, ela precisou ficar internada num quarto isolado e pouco iluminado. “É um procedimento padrão, uma vez que o iodo que tomamos é radioativo, então há risco de contaminarmos quem está próximo de nós. Fiquei num quarto praticamente escuro, que tinha as paredes revestidas de chumbo e as enfermeiras vinham atender com

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DEPOIMENTO

mento de obre o

EOIDE

aqueles aventais usados em exames de raio-x, para evitar que fossem contaminadas com a radiação. Foram 24 horas assim, sendo que me senti muito mal, tonta e com muito enjoo, que são os principais efeitos colaterais.” Contou Sirlei. Na volta pra casa, foi a vez de se manter longe da família. Parece irônico, a contar que, diante

de um câncer é perto dos entes queridos que o paciente se sente melhor. Mas, nesse caso, era um procedimento necessário. “Como a radiação não sai toda de uma vez, durante oito dias depois que voltei do hospital, meu marido e filhos ocuparam a parte inferior da casa, evitando contato muito próximo comigo. Eu também não chegava muito perto de outras pessoas e no caso das crianças, voltei a pegar no colo depois de mais de 15 dias.” Explicou Sirlei. Outro cuidado que a família teve foi ter que isolar com plástico maçanetas e outros objetos de metal que Sirlei pudesse tocar, uma vez que pela radiação, esses materiais enferrujavam. Paralelo a isso, ela teve ainda enjoos, tonturas e o susto de não sentir mais o sabor de nenhum alimento. “Fiquei em pânico, não importava se era doce ou salgado, eu não sentia gosto de nada. Procurei a médica e ela me

disse que era um efeito colateral e que voltaria aos poucos, foram três meses assim até que comecei a sentir primeiro o gosto de alimentos doces. Hoje estou normal, mas cheguei a pensar que ia ficar assim pra sempre.” Relembrou Sirlei. A VITÓRIA SOBRE A DOENÇA Passado o tratamento com a iodoterapia, Sirlei fez exames e recebeu a notícia de que o câncer desapareceu. Por precaução, a cada três meses uma nova bateria de exames é realizada e ao menor sintoma, já fica atenta, sendo que o acompanhamento médico deve seguir por pelo menos cinco anos. “Eu não tinha ideia de quanto a tireoide influenciava no organismo. Alguns efeitos colaterais da doença e do tratamento ainda persistem, como um pouco de inchaço e tem dias que sinto muita falta de equilíbrio, mas sei que com o tempo isso também deve

passar.” Afirmou a empresária. Sirlei destaca ainda, que se surpreendeu com a preocupação das pessoas. “Tive apoio não só da minha família e amigos, mas pessoas que eu nem imaginava que pudessem se sensibilizar com o que eu estava passando me ligaram, ou me procuraram para me encorajar. Isso fez com que eu sentisse que sou uma pessoa querida pelos que me conhecem.” Por fim, avaliando tudo que passou, Sirlei concluiu: “O câncer é uma doença que quer te abalar, te deixar deprimido, porque assim ela toma conta de você e te derruba. É fundamental não sofrer por antecipação, temendo os efeitos que poderá sofrer e ir vencendo uma etapa de cada vez. Hoje estou feliz por ter conseguido superar.”

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Considerada uma doença crescente e com proporções universais, a obesidade já possui caráter epidemiológico, por seu aumento ocorrer gradativamente desde a infância até a vida adulta e por sua constante expansão, tanto em sociedades desenvolvidas quantos em desenvolvimento.

A Obesidade

P

ossui diversas doenças associadas como diabetes mellitus, hipertensão, hipercolesterolemia, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, elevando o risco de desenvolvimento de doença cardiovascular, tornando-se um importante problema de saúde pública da sociedade moderna. A partir de levantamentos globais, estima-se que um bilhão de pessoas estão com sobrepeso e 315 milhões são obesas. Dados brasileiros mostram que desde os anos 80 até hoje, foi registrado um aumento da incidência de sobrepeso até três vezes maior. Em se tratando de obesidade, o aumento foi seis vezes maior no mesmo período. No Brasil mais de 65 milhões de pessoas, 40% da população, está com excesso de peso, enquanto 10 milhões são considerados obesos. Os números avançam rapidamente entre todas as idades e classes sociais. Mas por que ocorre a obesidade? Porque não podemos comer tudo o que queremos sem engordar? A ciencia tenta responder: o genoma humano atual foi moldado e aperfeiçoado através de gerações de tempo. Os nossos antepassados que viviam na época do paleolítico tardio (50.000 – 10.000 a.c.) dependiam da caça e da coleta. Eles eram caçadores e consumiam grandes e poucas quantidades de alimentos principalmente de proteínas, enquanto faziam trabalhos pesados. Um estilo de vida sedentário em um ambiente como esse, provavelmente significava a eliminação desse organismo individual . Em certas épocas havia escassez de alimentos e eram programados a passar fome. Alguns eram mais hábeis em assimilar e estocar energia por longos períodos de fome e sobreviviam por uma seleção natural. Esse material genético passado para nós pelos nossos ancestrais, é parcialmente responsável pelo sobrepeso e pela epidemia da obesidade. Essa doença tem sido classificada como uma desordem primariamente de alta ingestão energética. O descontrole da ingesta alimentar que pode levar a um transtorno alimentar é um dos fatores que levam à obesidade. Estudos recentes demonstram claramente que a fisiopatologia da obesidade é uma consequência de distúrbios sutis e progressivos nos mecanismos homeostáticos, devido em grande parte a

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fatores ambientais que incentivam a comer em excesso e/ou um estilo de vida sedentário ao invés de fatores predisponentes genéticos. No entanto, outras evidências sugerem que grande parte da obesidade é mais devida ao baixo gasto energético que ao alto consumo de comida, enquanto o sedentarismo da vida moderna parece ser o maior fator etiológico do crescimento dessa doença nas sociedades industrializadas. Resumindo, o excesso de peso é parte culpa da nossa herança genética e parte sua, somada aos hábitos da vida moderna: usar o carro para ir até na esquina, trabalho sentado, alimentos industrializados (mais faceis de armazenar e fazer), lanches e fast food e segue uma extensa lista. Mas então o que se pode fazer? Não podemos anular nossa herança genética, mas podemos mudar hábitos de vida e adaptar algumas coisas ao estilo de vida moderno, além de procurar ajuda profissional. O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. O método, a velocidade de perda de peso, o ajuste fisiológico e a habilidade de manter as mudanças comportamentais de dieta e atividade física é que determinarão o sucesso, em longo prazo, de qualquer programa de emagrecimento. A maioria das pessoas tem o desejo de mudar, mas não decide parar para pensar e planejar como chegar lá. Ou, ainda pior, espera conseguir emagrecer com receita médica, pílula mágica ou um tratamento milagroso. Felizmente ou infelizmente isso não existe. Em Joaçaba, contamos com a ajuda de uma unidade da rede Magrass, maior rede de clínicas especializadas em emagrecimento saudável do Brasil, que conta com uma equipe multidisciplinar e promove uma verdadeira transformação na vida das pessoas que sonham em emagrecer, com o acompanhamento de uma nutricionista que ensinará a fazer substituições inteligentes na alimentação,eliminando a gordura, alimentos industrializados, açúcar e frituras. Além de sessões semanais de estética para quebrar células de gordura. Em poucas semanas será possível sentir as mudanças positivas e notar os resultados. Além de aprender a comer bem e sem passar fome – que por sinal é muito importante – , é essencial praticar atividade física como musculação, pilates, ginástica natural ou ioga para manter uma boa saúde e conquistar os resultados esperados.


Quem não quer exibir por aí uma pele lisa, viçosa e sem manchas? Além de uma boa alimentação, alguns tratamentos estéticos ajudam a manter a beleza em dia. E uma opção muito procurada pelas mulheres é o peeling. E para quem não conhece o procedimento, o primeiro passo é consultar um bom médico. Ele vai avaliar se há

Os peelings são classificados em superficiais, médios e profundos. Dependendo do tipo de pele (oleosa, mista, seca), fototipo (cor de pele), idade do indivíduo e objetivos traçados é que será definida a profundidade a ser atingida no processo. Assim, os custos também

mesmo necessidade de realizar o procedimento e qual é o mais indicado para a sua pele. Todos os tipos de pele podem receber aplicações de peeling, porém, nem todos os tipos de pele podem receber qualquer tipo de peeling. Por esse motivo é importante consultar um especialista.Além disso, a pele deve estar preparada para receber o tratamento.

irão variar de acordo com o tipo de peeling e quantidade de sessões necessárias, Existem vários tipos de peelings, dentre eles, o mais utilizado é o peeling quimico. Peeling químico é aquele que utiliza produtos químicos, normalmente ácidos . Dentre as finalidades estão as correções ou

atenuações de marcas, manchas, linhas e rugas, além de proporcionar uma melhor qualidade da pele num âmbito geral. O inverno é a estação do ano preferida para realiazr peelings, pela menor exposição solar, por isso, se você quer melhorar sua pele, procure logo seu médico de confiança!!!

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OUTUBRO ROSA

DRA. NATÁSSIA QUIBEN PRADI

Ginecologia e obestetricia CREMESC - 18783

A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA GINECOLÓGICA DE

E

mbora o consultório ginecológico remeta ao bom funcionamento do órgão sexual feminino, ele pode se tornar a principal porta de entrada para a detecção de doenças que acometem as mulheres, desde afecções cardiovasculares a psiquiátricas. Assim, o ginecologista torna-se o clínico geral da mulher. No consultório ginecológico pode ser realizada uma abordagem preventiva das doenças. Esta abordagem deve ter início na adolescência, podendo orientar a prevenção de gestações não planejadas, bem como acompanhar e orientar a iniciação sexual, vacina contra o HPV (este principal causador do câncer do colo do útero), uso de preservativo e outros métodos contraceptivos, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, até a vida adulta e velhice, onde as principais queixas estão relacionadas à perimenopausa, menopausa e onde se tem a maior incidência dos cânceres. Dentre os rastreios realizados anualmente pelo ginecologista 30

se encontram os de câncer colo de útero através do papanicolau para todas as mulheres não virgens, e de mama para mulheres com mais de 40 anos ou com fatores de risco, através da mamografia. Menos comuns e em casos isolados se realiza rastreio de câncer de útero e de ovário. Nestes casos, o rastreio deve ser individualizado conforme histórico e queixa da paciente . Outros exames podem ser adicionados ao check-up da mulher, dependendo de suas necessidades e histórico familiar – como ultrassom pélvico, de mamas, densitometria

óssea, hemograma, avaliação de tireoide, colesterol, glicemia, vitaminas, urina e taxas hormonais. A mulher deve ser orientada sobre os fatores de risco e formas de prevenção de doenças pelo seu ginecologista a fim de fazer um diagnóstico precoce em tempo hábil de se fazer um tratamento eficaz. É importante estar à vontade com seu médico, onde se tem sempre uma porta aberta para relatar quaisquer alterações. Os encontros regulares com o ginecologista são fundamentais para a saúde da mulher ao longo dos anos.

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SOBRANCELHAS? A

s sobrancelhas são a moldura do rosto. Procurar um profissional habilitado é fundamental para que haja um resultado satisfatório. Para ajudar nesses resultados o mercado oferece hoje várias técnicas para correção de falhas e valorização do olhar. A profissional Pamela, dermomicropigmentadora e designer de sobrancelhas há 16 anos e em constante aprendizado, tem as técnicas mais inovadoras para ajudar você. Hoje uma das técnicas mais utilizadas é a Hybrid, onde utilizam-se as ferramentas da micropigmentação juntamente com microblading, técnica esta em que se desenham fios de forma realista nas sobrancelhas, deixando um aspecto natural, suave e delicado. É importante destacar que esta técnica tem colaborado de forma muito positiva para mulheres que tenham alopécia ou

que passaram por tratamentos de combate ao câncer e que por consequência perderam seus pelos. Há de se ressaltar que é uma técnica sem contraindicações e pouco invasiva, mas é claro que sempre respeitando as indicações médicas. Para que o resultado seja realmente natural os fios desenhados devem ser projetados de acordo com as linhas de cada cliente, trazendo assim mais praticidade para o dia-a-dia e o aumento da autoestima. A tendência hoje é a assimetria das sobrancelhas, ou seja, nada que fique muito “certinho”, fios desconectados que harmonizem com cada olhar, porque o bonito é ser natural. Por isso a importância na escolha do profissional. Quando for ao estabelecimento, verifique sempre a higienização, Alvará Sanitário, materiais descartáveis e a utilização de produtos e equipamentos com registro da

Anvisa. Além é claro da visualização de fotos de procedimentos realizados pelo profissional. Para melhor visualização dessa técnica curta a fan page no facebook Pamela maquiagens – Lu make up ou no Instagram Pamela maquiagens.

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ONCOLOGIA

É

quarta-feira e a recepção do setor de oncologia do Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba (Hust), assim como em quase todos os outros dias, está bem movimentada. E não podia ser diferente. É neste local que pacientes de mais de 50 municípios da região meio-oeste buscam tratamento, totalizando em média mais de mil consultas por mês. Há quem venha a cada 21 dias e quem frequente o setor diariamente. Há quem fique poucas horas e quem passa quase o dia todo, mas, independente disso, algo é comum: todos os pacientes estão recebendo apoio em um setor que é referência em tratamento oncológico. Instalado em Joaçaba em 2001, após um ano de tentativas encabeçadas pelo então administrador do hospital, Gerson Grigolo e pelo médico Ruggero Caron, o serviço de oncologia enfrentou muitas dificuldades

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REFERÊNCIA NO TRATAMENTO, setor de oncologia de Joaçaba completa 15 anos de existência

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ONCOLOGIA para se consolidar e chegar ao patamar em que está hoje. “Apesar de o hospital entender a necessidade e querer oferecer um serviço do tipo, ainda faltava estrutura e por isso foi necessário adequar. Tivemos ainda a burocracia, que foi massacrante. O Gerson Grigolo e eu fizemos inúmeras viagens para Florianópolis e perdemos a conta de quantas reuniões participamos para apresentar o projeto. Ou seja, foi preciso ter paciência”. Explicou Dr. Ruggero Caron, oncologista clínico, responsável pelo setor.

Um pouco da história No início, assim como muitos projetos que começam pequenos, a oncologia também tinha estrutura reduzida. “Na sala de quimioterapia eram apenas três poltronas e no ambulatório, três camas. A equipe era proporcional à demanda.” relembra a enfermeira Micheli Nogueira, que trabalha no local desde a implantação do serviço. Os atendimentos eram através de convênio ou particular, pois, o serviço não havia se credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS). “No segundo ano de existência da oncologia, o SUS chegou a liberar para que pacientes fossem atendidos, porém logo vetaram essa liberação e voltamos a atender de forma

privada. Daí em diante veio um processo demorado e o credenciamento pelo SUS só aconteceu oficialmente seis anos depois do início das atividades. Foi aí que o serviço deu um salto, tendo muito mais procura.” Comentou a enfermeira Michele. Com a demanda crescente, um novo espaço precisou ser pensado para bem atender os pacientes. Com a reforma e ampliação do HUST, em 2015, a oncologia passou atender em um dos andares da parte nova do hospital. Hoje, a recepção, a sala de atendimento e a enfermaria são amplas. A sala de quimioterapia, conta agora com 13 poltronas e no ambulatório, o número de leitos para os pa-

cientes mais debilitados ou que necessitam repouso numa cama enquanto fazem a sessão do tratamento, também foi ampliado. O setor conta principalmente com um grupo vasto de profissionais. São oncologistas, enfermeiras, técnicas em enfer-

magem, farmacêuticas, secretárias e funcionárias da equipe de apoio, trabalhando diretamente no local. Paralelamente nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social que atuam no hospital, também prestam serviços aos pacientes.

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ONCOLOGIA ESPECIALIDADE ENTRE AS ESPECIALIDADES OFERECIDAS ATRAVÉS DO SETOR ESTÃO: ONCOLOGIA CLÍNICA

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profissionais HEMATOLOGIA

Referência no atendimento

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profissional CIRURGIA ONCOLÓGICA

4

profissionais MASTOLOGIA

1

profissional UROLOGIA

2

profissionais Internações clínicas

1

profissional

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Algumas demandas precisam melhorar, como leitos na UTI e ampliação do centro cirúrgico, mas não temos filas para nenhuma especialidade e os processos cirúrgicos e as quimioterapias não demoram a acontecer. Acredito que estamos no melhor momento do serviço.” COMENTOU DR. RUGGERO.

Hoje, Joaçaba é referência no tratamento oncológico, o que para Dr. Ruggero é motivo de orgulho. “Tudo foi muito bem planejado, sendo que a estrutura do hospital foi crescendo e oportunizando o crescimento da oncologia também. Outro ponto importante é a regionalização do atendimento, já que diversos municípios mandam para cá seus pacientes. Se hoje setor de oncologia vai tão bem e é referência, isso se dá graças à dedicação na busca pela qualidade no atendimento.” Afirmou Dr. Ruggero Caron.

Entre os tipos de câncer mais tratados pelo setor oncológico do HUST, estão o câncer de mama e de próstata. Atualmente, a oncologia possui dois setores: a oncologia cirúrgica sob a responsabilidade do Dr. Grabriel Manfro e a oncologia clínica, que está a cargo do Dr. Ruggero Caron. No local, além da quimioterapia, os pacientes encontram também a hormonioterapia, procedimento no qual se administra um comprimido anti-hormônio para tratar principalmente de câncer de próstata e mama.

Radioterapia Completando 15 anos de existência e com o trabalho de quimioterapia consolidado, resta agora conseguir que os tratamentos de radioterapia sejam implantados no hospital. “Joaçaba já foi contemplada através de um projeto nacional para implantação da radioterapia. Diante disso, a Unoesc já doou terreno, já existe um projeto para o serviço. O hospital foi contemplado com um equipamento e até já tínhamos um radioterapeuta para vir pra cá, mas não há uma previsão para a construção do centro, pois tudo que depende do governo federal demora. Diante disso, os pacientes de Joaçaba que necessitam de radioterapia, continuam sendo encaminhados para Chapecó e Lages”. Finalizou Dr. Ruggero Caron.

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PRECAUÇÃO

DRA. CAROLINE MOREIRA

CREFITO 4703 LTT-F

FISIOTERAPIA ALIADA

ao tratamento de Câncer de Mama

O

câncer de mama é o que mais atinge mulheres no mundo todo e é o segundo tipo de câncer com maior número de registros. Estima-se que em 2016 sejam computados 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil. Tal avanço gera uma preocupação quanto à necessidade de detecção precoce e formas de tratamentos, conforme aponta o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA 2016). Existem diferentes possibilidades terapêuticas que podem ser utilizadas para o tratamento das neoplasias. Para o câncer de mama, as opções mais aplicadas são: radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e o tratamento cirúrgico, podendo haver associação de duas ou mais formas de tratamento. A mastectomia é uma opção cirúrgica necessária para o estadiamento e tratamento deste tipo de tumor. A retirada da mama pode ser parcial ou total, associada ou não ao esvaziamento dos linfonodos axilares. Porém, varia em cada caso. A linfadenectomia trata-se da reti-

rada cirúrgica de um grupo de linfonodos para os quais drena a corrente linfática da região acometida pelo tumor. Além de ser um procedimento agressivo, pode levar a diferentes sequelas e complicações, diminuindo a funcionalidade do membro superior. Considerando todos os problemas associados coloca-se em vista a qualidade de vida da mulher e sua autoestima. O tratamento apresenta várias fases, gera impacto físico e psicológico nas mulheres, em virtude dos procedimentos desgastantes a que são acometidas e principalmente por conta do processo cirúrgico de retirada da mama. Quanto ao tratamento quimioterápico pode-se destacar a queda de pelos e cabelo, perda ou ganho de peso, disfunção sexual, fadiga física e náuseas. Havendo chances de possíveis complicações, é indicada a intervenção fisioterapêutica no pós-operatório imediato, pois neste momento existe a previsibilidade de alterações em movimentos funcionais de membros superiores e em consequência disso, dificuldades nas atividades de vida diária e no retorno à

FISIOCLÍNICA UM TOQUE A MAIS NA SUA SAÚDE

função laboral habitual. Mesmo com os avanços tecnológicos e na melhora das técnicas cirúrgicas as complicações ainda são existentes, dentre elas as infecções locais, necrose cutânea, retrações cicatriciais, disfunções respiratórias, linfedema, alterações funcionais, lesões nervosas, distúrbios da sensibilidade, alteração da amplitude de movimento (ADM) do ombro e dor. Tais complicações podem refletir de forma negativa em alguns aspectos funcionais de membros superiores e consequentemente interferir no bem-estar

físico, emocional e social da paciente. O desenvolvimento de atividade física com acompanhamento individualizado tem possibilidades reais de otimizar o bem-estar, e assim surge à importância de associar a fisioterapia ao tratamento cirúrgico e medicamentoso. As mudanças advindas com o tratamento são de grande impacto na vida dessas mulheres e realizar exercícios físicos como forma de trazer estímulos e respostas tanto físicas quanto emocionais, reduz o estresse, melhora o sono e favorece à saúde mental, já muito abalada pelo tratamento. Os objetivos na fisioterapia são reabilitar, desenvolver e devolver a integralidade na vida ativa da mulher, no decorrer do tratamento os benefícios tornam-se evidentes proporcionando a recuperação no âmbito físico e psicossocial. O trabalho multiprofissional é sempre importante para que os resultados do tratamento e o bem-estar da paciente sejam satisfatórios.

DRA. CAROLINE MOREIRA CREFITO 4703 LTT-F

PILATES | SAÚDE DA MULHER | FISIOTERAPIA PÉLVICA

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PREVENÇÃO

Prevenção e diagnóstico precoce podem fazer

TODA A DIFERENÇA

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e acordo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a estimativa para o Brasil, biênio 2016-2017, aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma (aproximadamente 180 mil casos novos), ocorrerão cerca de 420 mil casos novos de câncer. Os cânceres de próstata (61 mil) em homens e mama (58 mil) em mulheres serão os mais frequentes. Nas mulheres, os cânceres de mama (28,1%), intestino (8,6%), colo do útero (7,9%), pulmão (5,3%) e estômago (3,7%) figurarão entre os principais. Os dados assustam, ao mesmo tempo, servem de alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. É com o objetivo de oferecer à população orientação,

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exames e auxílio no tratamento, que a Secretaria de Saúde de Joaçaba, através do Sistema Único de Saúde (SUS) tem desenvolvido estratégias. A atenção básica é a porta de entrada para todo o tipo de atendimento. No total, Joaçaba possuí hoje oito Estratégias de Saúde da Família é três unidades Básicas de Saúde, e é através de consultas e exames encaminhados por essas unidades que muitos casos são diagnosticados. “Em todas as unidades, para as mulheres, além das consultas são disponibilizados exames preventivos de câncer do colo de útero e exames de toque das mamas. Já as agentes de saúde, ao visitar as residências relembram a necessidade de ao menos uma vez por ano fazer esses exames. Somente no ano passado, foram aproximadamente 1200 coletas. Temos ainda as vacinas

contra o HPV disponíveis gratuitamente para as meninas de nove a treze anos de idade, que é a fase em que mais produzem anticorpos podendo se prevenir do câncer”. Explicou Angela Signori, enfermeira coordenadora da atenção Básica de Joaçaba.

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Ainda segundo enfermeira, para mulheres acima de 50 anos o SUS tem convênio para a realização de mamografias, podendo receber esse serviço outras mulheres de outras faixas-etárias, conforme histórico familiar de câncer ou suspeitas de


PREVENÇÃO

nódulos. Os exames são realizados tanto em Joaçaba como em Campos Novos, sendo que para ir até Campos Novos é disponibilizado transporte. No ano passado, 960 pacientes foram encaminhadas para mamografia. Além disso, como exames que auxiliam no diagnóstico, o SUS oferece também ultrassonografia e biópsias. Para realizar a coleta do preventivo, não é necessário agendamento, basta que a mulher procure a unidade de saúde durante seu funcionamento, que é das 7h00 as 11h00 e as 13h00 as 17h30, de segunda a sexta-feira, e esteja há pelo menos dois dias sem manter relações sexuais e há cinco do fim da menstruação. Já durante o mês de outubro, no qual é comemorado o Outubro Rosa, as unidades de saúde atendem pelo menos duas vezes por semana com o horário diferenciado das 17h30 as 20h30, ou seja, oferecendo mais oportunidades para que as mulheres possam cuidar da saúde. “Quando a mulher faz o exame preventivo, a enfermeira já fica atenta ao estado que se encontra seu colo uterino. A coleta é realizada e se está sem

É preciso deixar a vergonha de lado e não ter medo do diagnóstico, porque quanto antes se descobre maiores são as chances de resposta positiva aos tratamentos. Aliás, aqueles que ainda não fizeram seus exames, procurem as unidades de saúde de seus bairros, não esperem algum sintoma aparecer para tomar uma atitude”.

alterações aparentes o exame fica pronto em até 15 dias. Se alguma irregularidade é identificada o prazo diminui e o exame já é encaminhado para a ginecologista que toma as medidas conforme a necessidade”. Explicou Angela. MEDICAMENTOS E TRATAMENTO ONCOLÓGICO Quando um paciente recebe o diagnóstico de que está com câncer é imediatamente encaminhado para a regional de Saúde do Município que realiza as tratativas necessárias para que ele inicie o tratamento oncológico. As sessões de quimioterapia são realizadas no Hospital Universitário Santa Terezinha, já as de radioterapia, em Chapecó e também em Lages. Em termos de medicamentos o paciente também tem apoio. Alguns tipos são fornecidos pelo SUS através de um cadastro. Há também o setor de assistência social que auxilia com a compra total ou com determinados valores dependendo das condições financeiras do paciente. HOMENS TAMBÉM DEVEM SE PREVENIR Ainda segundo o INCA, sem contar

os casos de câncer de pele não melanoma, os tipos mais frequentes em homens serão próstata (28,6%), pulmão (8,1%), intestino (7,8%), estômago (6,0%) e cavidade oral (5,2%) por isso, cabe ao homem dar atenção à sua saúde. “Assim como ocorre com as mulheres, as unidades de saúde de Joaçaba também estão preparadas para prestar apoio à população masculina, a começar pela atenção básica. Temos exames clinico-gerais e também os preventivos ao câncer de próstata que no caso são o PSA, feito com análise do sangue e o toque retal principalmente após os 50 anos.” Explicou a enfermeira. Ainda conforme explica Angela, através de campanhas como o Novembro Azul, que tem como objetivo chamar atenção para que a população masculina cuide da saúde e faça exames com regularidade, muito mais homens estão frequentando os postos de saúde.

CONCLUIU ANGELA SIGNORI.

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DEPOIMENTO

“15 ANOS DEPOIS DE TER ENFRENTADO O CÂNCER, LEVO A VIDA FELIZ”

L

ogo na entrada do município de Luzerna, avistamos uma casa amarela, que com sua arquitetura antiga, chama atenção. Na varanda, está dona Alair Ghislene Zeni, aposentada de 68 anos e que há 15 enfrentou um câncer de mama. É ali, na residência, que já tem mais de 80 anos de construção e passou por outras gerações de sua família até que fosse herdada por ela, que Alair vive uma vida tranquila. “Mas nem sempre foi assim” comenta Alair ao relembrar o ano de 2001, quando aos 53 anos, foi

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diagnosticada com câncer de mama. “Quando eu descobri meu câncer, fazia três meses que meu casamento tinha acabado e meu marido saído de casa. Estava abalada emocionalmente e a notícia me deixou ainda pior. Tive vários medos como o de não superar a doença, de não conseguir dar conta das despesas que aumentaram por causa do meu estado de saú-


DEPOIMENTO de. Além disso, minha mãe já sofria com o Alzhaimer. Contei com a ajuda de meus filhos e também de familiares, mas, foi realmente um período difícil.” Contou Alair. Após o diagnóstico, a aposentada passou por duas sessões de quimioterapia. Fez a cirurgia de retirada total da mama e de linfonodos no braço e mais três sessões do mesmo tratamento. Depois vieram 16 radioterapias, até que no início de 2002, soube que havia superado a doença. Atualmente, quinze anos depois de ter se curado, o pensamento positivo norteia a rotina da aposentada. “ Eu venci e tenho fé que nunca mais vou ter câncer, faço meus exames e vivo bem”. Depois que se curou, Alair cuidou dos pais até que faleceram e continuou dando apoio aos filhos que casaram e têm suas famílias. “Tenho muita paz por saber que cuidei dos meus pais que no fim da vida deles ficaram muito doentes e de ver que meus filhos estão felizes. Quanto a mim, tenho algumas

dores na perna e no braço, mas, tomo remédios e logo passa. Não é nada que precise preocupar os outros”. Contou Alair. Apesar de morar sozinha, Alair afirma que não sente solidão. Os filhos, vizinhos e amigos telefonam e a visitam com frequência. Viajar também entrou nos planos de Alair. O nordeste foi um dos locais que visitou e tem vontade de ir para outros locais. Pela manhã ela faz exercícios, vê televisão e prepara o almoço. De tarde, visita e recebe as amigas e também vai rezar o terço, além de passar algum tempo na internet. “Gosto de mexer no Facebook . Ainda me atrapalho um pouco, mas, quando isso acontece, peço ajuda pro meu neto de oito anos que foi quem me ensinou a mexer no computador. As vezes ele me diz: - mas, vó! eu já expliquei isso pra senhora e eu digo, pois é! Mas, a vó é meio cabeça dura, me explica de novo – e ele explica”. Contou rindo, a aposentada. A casa em que mora está

vendida e será demolida. Mas, conforme o acordado, Alair ainda permanecerá morando no local em uma nova casa que será construída nos fundos do terreno. “Será uma nova fase. Por ter vivido muito anos nessa casa tenho um certo apego, mas, por ser muito grande não consigo cuidar como precisa e também já é bem antiga. Tudo que vivi aqui ficará no na minha memória e eu sei que vou viver bem na nova casa”. Comentou. Agradecida por ter vencido o câncer a aposentada deixou um

recado para àqueles que não só por questões de saúde, estão enfrentando algum problema. “ Deus nos dá as provações conforme podemos enfrentar. Eu mesma, sou prova que com fé e coragem é possível superar. Então para pessoas que estiverem passando por momentos difíceis eu digo que sejam guerreiras e não pensem pelo pior”. Finalizou Alair.

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ARTIGO

V

ocê sabe qual é o maior órgão do nosso corpo? A pele! A pele é formada por 3 camadas: epiderme, derme e hipoderme e tem diversas funções, entre elas a proteção do nosso organismo contra microrganismos, produtos químicos e mesmo fatores ambientais, como o sol. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele configura-se como o tipo de câncer mais frequente, e representa mais de 30% dos diagnósticos de câncer no país. Qualquer área da pele pode ser acometida. Ele se apresenta sob duas formas principais: o melanoma e o não melanoma. Para ambos os tipos o fator de risco mais importante é a exposição solar excessiva. Cinco ou mais episódios de queimadura solar entre 15 e 20 anos de idade aumentam o risco de melanoma em 80% e de câncer não melanoma em 68%. Mas a exposição frequente ao sol, mesmo sem queimadura, também traz risco. Outros fatores que trazem risco adicional são a pele clara, o bronzeamento artificial, a presença de muitos sinais e o histórico familiar de câncer de pele. O melanoma é o mais grave tipo de câncer de pele. Quando não tratado ele pode se espalhar para órgãos internos e levar a morte. O melanoma frequentemente se parece com uma pinta de coloração preta ou marrom. Porém, ele tem algumas características que o diferenciam das pintas ou nevos normais. As pessoas podem lembrar das características anormais do melanoma pela regra do A,B,C,D,E. REGRA DO A,B,C, D, E. A= ASSIMETRIA. Uma metade da lesão parece diferente

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e representam 95% dos tumores cutâneos registrados no Brasil. Geralmente, acometem áreas fotoexpostas de pessoas de pele clara. O CBC pode ser curado facilmente com tratamento cirúrgico e praticamente não tem risco de metástase, porem se o diagnostico for tardio o CBC invade os tecidos vizinhos, ossos e nervos podendo causar desfiguração. Já o CEC, se não for diagnosticado no início, pode se espalhar para outras áreas do corpo.

CÂNCER

DE PELE da outra metade B= BORDAS. Bordas mal definidas ou irregulares. C= COLORAÇÃO. Cores diferentes em uma mesma lesão. D= DIÂMETRO. O melanoma frequentemente é maior do que 6mm E= EVOLUÇÃO. Um sinal ou

pinta que parece diferente dos outros e muda de tamanho, formato ou coloração ao longo do tempo. Entre os canceres de pele do tipo não melanoma os carcinomas basocelulares (CBC) e os espinocelulares (CEC) são os mais frequentes

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E COMO PREVENIR O CÂNCER DE PELE? - Evite exposição solar nos horários de sol forte (especialmente entre 10h e 16h) - Use roupas protetoras como camisetas de mangas longas, calças e chapéus - Sempre aplique protetor solar. Eles devem ter 3 características: FPS 30 ou maior, amplo espectro ( protege das radiações do tipo UVB e também UVA) e resistente a água. Quando estiver ao ar livre você deve reaplicar o protetor a cada 2 horas, mesmo em dias nublados. - Cuidado quando estiver próximo a água, areia ou neve, pois eles refletem os raios do sol. - Fique longe de câmaras de bronzeamento artificial, pois assim como o sol elas podem causar câncer e o envelhecimento precoce. Recomenda-se procurar um dermatologista se notar alteração de pintas ou sinais ou se notar o surgimento de lesão na pele que não cicatriza, sangra, coça, cresce ou descama. O dermatologista é o médico habilitado para realizar o diagnostico precoce do câncer de pele, por meio de um exame chamado dermatoscopia, e também realizar o tratamento adequado.

DRA. MONIKE VIEIRA Dermatologista CRM 20233 RQE 11513


SEDE PRÓPRIA

CONQUISTA

D

epois de muitos anos de luta, a RFCC com o apoio da UNOESC, consegue realizar um sonho. Sonho de ter sua sede própria. Recebemos o apoio de muitas entidades e pessoas que interviram ao nosso favor, sendo assim queremos agradecer também aos engenheiros da AMMOC: - DENIR NARCIZO ZULIAN - ENG.

CIVIL - CREA/SC 50.805-8 - MICHEL ALBERT - ENG. CIVIL CREA/SC 80.032-6 - ANA JÚLIA UNGERICHT - ENG. CIVIL - CREA/SC 105.295-8 “Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” (Bezerra de Menezes).

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OUTUBRO É O MÊS MUNDIAL DO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA


..tão LINDA, FORTE,

�UE�R�I�A e CORAJOSA quanto super heróis de filmes.

www.luzerna.sc.gov.br www.facebook.com/PrefeituraLuzerna


PUNÇÃO E BIÓPSIA

PUNÇÃO técnicas para o diagnóstico do câncer

A

descoberta de nódulos ou indícios de tumores exige investigação médica para que seja diagnosticado com clareza a gravidade dessas lesões e assim indicar o tratamento adequado. Para tal, a medicina recorre a duas técnicas conhecidas como punção e biópsia.A Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) é um método rápido e seguro, geralmente feito ambulatoriamente. Através dele o médico faz o diagnóstico de lesões benignas e malignas sem abordagem cirúrgica. Estudos Epidemiológicos revelam que a sensibilidade da Punção Aspirativa por Agulha Fina varia de 65% a 98% (média de 85%), e a especificidade varia de 72% a 100% (média de 92%). 44

O valor preditivo das citologias positivas e suspeitas é de aproximadamente 50% e a acurácia geral do diagnóstico citológico está em torno de 95%. O PROCEDIMENTO DE PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Para a realização da Punção Aspirativa por Agulha fina, após a assepsia do local em que se encontra a lesão, o médico, guiado pelo aparelho de ultrassom, localiza e introduz a agulha no nódulo. Em seguida faz os movimentos de aspiração sugando o material ali existente e então, o deposita em lâminas que são enviadas para análise. Podem ser feitas de duas a qua-

tro punções, conforme a necessidade da amostragem. Como este é um procedimento simples, não é utilizada anestesia, uma vez que, esta pode alterar as condições do local da punção. Além

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disso, a agulha usada para aplicação do anestésico tem o mesmo calibre que a agulha da punção, com a diferença que o anestésico pode provocar ardência ao ser injetado gerando mais desconforto que a própria punção simples. O p r o cedimento como um todo demora cerca de 20 a 30 minutos e após a coleta, no mesmo dia um laudo prévio é emitido, mas, ainda há análise patológica que demora cerca de uma semana para ficar pronta. De acordo com o Dr. Luiz Eduardo Ymanishi, radiologista em Joaçaba, é possível aplicar a técnica tanto em tumores de pescoço como nas mamas e próstata, porém, indica-se com mais frequência para tireoide. “A tireoide é uma glândula bastante vascularizada e como o procedimento é menos invasivo temos melhores resultados. No caso da mama, é possível também utilizar a punção como forma de diagnóstico, mas, dependerá de onde o tumor estiver localizado. Caso contrário, se indica a biópsia”. Explicou . Ainda de acordo com o médico, a técnica de Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) tem sido cada vez mais utilizada. Só em seu consultório é realizado em média cinco PAAFs, por semana. “A técnica é indicada em casos em que se percebem as lesões precocemente e para tumores mais palpáveis. Tem as vantagens de ser um procedimento ambulatorial, ou seja, feito no próprio consultório, ser rápido e seguro”.


PUNÇÃO E BIÓPSIA

A BIÓPSIA O procedimento cirúrgico no qual se colhe células ou um pequeno fragmento de tecido orgânico para serem submetidos a estudo em laboratório, visando determinar a natureza e o grau da lesão que apresentam é chamado de biópsia. Praticamente todos os órgãos e componentes corporais: músculos, pele, ossos, líquidos, secreções, entre outros, podem passar por esse exame. Em geral, as biópsias são realizadas sem necessidade de internação. Durante a coleta, o médico escolhe a melhor área da lesão afetada para realizar a coleta do material. Esse material é conservado em solução de formol e posteriormente enviado ao laboratório de patologia para a emissão do laudo.

O prazo de emissão oscila entre 7 a 14 dias podendo chegar a um mês casa análise requerida seja mais sofisticada. “Tanto a biópsia como a punção servem para que possamos diagnosticar o tipo de câncer que está afetando o paciente. Cada uma delas tem suas especificidades, sendo que a biópsia apresenta mais sensibilidade para o diagnóstico. Ambas as técnicas evoluíram muito com o passar dos anos e são de grande valia em nosso trabalho”. Finalizou o Dr. Luiz Eduardo Ymanishi.

* Informações ABC MED.

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PREVENÇÃO

a d n i a r i n e v Pre é o melhor

O I D É M E R

S

egundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definida como sendo “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças”. Entre a correria do dia-a-dia, as pessoas têm deixado de lado cuidados básicos da própria saúde e da saúde de sua família. A maioria das doenças crônicas, que mais matam no mundo, como câncer, depressão, obesidade, diabetes, hipertensão são passiveis de prevenção e tratamento com cuidados diários e acompanhamento profissional adequados. Exames revelam somente o que existe de alterado naquele momento em que são feitos, mas são os cuidados básicos que vão predizer o que será de você daqui há me-

ses, anos ou na velhice. A Fisioclínica Joaçaba além de tratar , trabalha para prevenir doenças! Acreditamos que ao aliar serviços e atividades na área da saúde de forma integrada como; medicina, nutrição, atividade física personalizada, cuidados com o corpo e mente faz com que toda a recuperação e tratamento ganhe qualidade de vida e previna outras doenças. Qualquer dor ou alteração no bem estar físico e mental deve ser avaliado por profissionais capacitados a investigar e tratar, visando prevenir que as doenças se instalem. Favorecendo um trabalho integrado e avaliando sua saúde como

um todo. A Equipe de multiprofissionais Fisioclínica proporciona consultas médicas com o Dr. Samoel Bittencourt e Dra Daniela K. Stroher, consultoria nutricional com a nutricionista Marina Castanha Rodrigues. Avaliação Física, treinamento funcional e pilates com as instrutoras Ana Paula Dri Bittencourt (personal trainer) e a fisioterapeuta Caroline Moreira Lopes, que também atua com terapia manual, fisioterapia ortopédica e fisioterapia pélvica (incontinência urinaria). Tratamentos de bem estar, facial e corporal com a esteticista Luana Bittencourt e pós-operatório e microagulhamento com a fisioterapeuta Taylana Boaretto.

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ARTIGO

SABRINA DE MARCO

Farmacêutica CRF/SC 8304

Aumente sua

IMUNIDADE

E

m épocas passadas, podia-se dizer que os fitoterápicos aparentemente eram desconhecidos na comunidade médica. No Brasil os medicamentos fitoterápicos estão em ascensão bastante prospera e podem ser aliados na prevenção ou tratamento de diversas patologias. Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir unicamente de matérias primas ativas vegetais, são regulamentados como os medicamentos convencionais e tem que apresentar critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requerida pela Anvisa ( Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), para todos os medicamentos. Podem estar apresentados de

diversas formas farmacêuticas, como: cápsulas, comprimidos, soluções, emulsões e outras. Um fitoterápico muito utilizado é a Equinacea ( Echinacea angustifólia DC). É uma planta originária dos Estados Unidos usada há vários séculos pelos índios nativos desse país. Já em 1907 a equinacea era a mais popular erva na pratica médica americana. A parte utilizada é a raiz. Possui propriedades anti-inflamatória e antiviral. Imunoestimulante, ativando o sistema imunológico celular não-especifico, impedindo as infecções. Ativa a formação de leucócitos. Aumenta o número de células imunes na circulação. O extrato

da Equinacea estimula a fagocitose e aumenta a atividade celular respiratória. Preventivo e coadjuvante na terapia de gripes, resfriados, infecções do trato respiratório e urinário principalmente em doentes com imunidade reduzida ou fazendo quimioterapia. É usada externamente em ferimentos pela sua ação anti-inflamatória. Os cuidados do uso são os mesmos destinados a outros medicamentos. Toda patologia deve ser avaliada e o mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas a saúde. Deve-se sempre procurar orientação de um profissional da saúde e evitar automedicação.

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DEPOIMENTO

A

servidora pública, Angela Michelon da Silva descobriu neste início de ano, através de exames de rotina, um nódulo em um dos seios. Como forma de prevenção fez a retirada das duas mamas. Era semana de carnaval e não se falava em outra coisa além das noites de desfile e de festa que estavam por vir. Fosse pelo feriado ou para assistir os desfiles das escolas de samba a expectativa era de aproveitar esses dias com muita alegria. Mas, no caso de Angela, a animação logo deu lugar à preocupação, pois, foi nesse período que ela recebeu a notícia de que estava com câncer de mama. O diagnóstico veio após uma biópsia e seria necessário fazer a cirurgia para a retirada do tumor. Angela fazia seus exames com extrema regularidade e até então nunca tinham apontado nada de anormal. “Mesmo não tendo pessoas na minha família com histórico de câncer, ou ainda, sem ser ter algum fator de risco, sempre me preocupei em fazer exames anuais incluindo mamografia e ultrassom. E foi graças a um ultrassom que eu descobri o tumor. Ele tinha dois centímetros e estava entre a mama e o músculo que fica embaixo da mama, ou seja, impossível descobri-lo pelo exame de toque, também não apresentava dor, estava ali prestes a fazer um grande estrago”. Afirmou Angela. Tendo constatado pela biopsia que o tumor era maligno o médico já marcou a cirurgia, solicitando exames mais específicos para saber o tipo de tumor. Nesse momento Angela juntamente com seu médico tomou uma grande decisão.

RETIRADA DAS MAMAS Pela localização e o tamanho do tumor, Angela poderia ter passado por uma quadrantectomia, que é a cirurgia na qual se tira o tumor e se preserva o seio, mas como suas mamas eram densas e ela tinha displasia mamária e microcalcificações na mama doente, decidiram que não valeria a pena preservá-las. “Essas alterações benignas sempre foram acompanhadas anualmente. A princípio o médico me propôs retirar toda a mama afetada, mas, naquele instante eu já decidi: Tira as duas Dr.!, foi o que eu respondi, assim que ele falou em cirurgia.

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“A Angela mastectomizada de hoje é muito mais feliz que a Angela de antes” Naquele momento pensei na minha saúde e não me preocupei com a aparência. Já tinha tido filhos, já tinha amamentado e a estética corporal era o que menos me importava. Hoje se fala tanto em prevenção e por isso pensei: pra que deixar a outra mama sendo que retirando posso prevenir que esse mal me atinja de novo? Claro que não estou livre de outros tipos de câncer. Mas na mama eu quis evitar”. Explicou. Tomada a decisão, doze dias depois do diagnóstico Angela já havia operado e 15 dias após a cirurgia já estava recuperada. O resultado da cirurgia não podia ser melhor, pois, o tumor estava restrito ao local, não atingindo nenhum linfonodo nem o bico da mama, mas como era do tipo invasivo seria necessário complementar o

tratamento com 8 sessões de quimioterapia a cada 21 dias, mais o medicamento herceptin. Com relação a perda de cabelo também levei numa boa. “Assim como na decisão de retirar a mama, pensei na saúde e não na estética. Até porque, seio se reconstrói e cabelo cresce novamente. Uso lenços, toucas e peruca mas, confesso que até me gostei careca, Aliás, considero a Angela mastectomizada de hoje, muito mais feliz que a Angela de antes , pela oportunidade de evolução espiritual que a doença me trouxe”. Afirmou. Mas se para a servidora pública, a parte estética afetada pela doença foi tirada de letra, a síndrome do pânico, problema que a acompanhava desde a juventude, a fez tremer diante da desco-

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berta do câncer e de tudo que foi informada que ia precisar passar. O MEDO DO TRATAMENTO “Eu convivo com a síndrome do pânico desde muito jovem e diante da descoberta do câncer senti que estava prestes a fraquejar. Isso porque, morria de medo de tomar um remédio comum que fosse, achando que me traria efeitos colaterais. Já havia sido uma batalha há 16 anos iniciar o tratamento medicamentoso para o pânico, então imagine saber que seria submetida a um tratamento agressivo como a quimioterapia e no qual as pessoas relatavam inúmeros desconfortos? Fiquei extremamente angustiada”. Afirmou a servidora pública.


DEPOIMENTO Diante disso, Angela conta que teve vontade de desistir na primeira sessão da quimioterapia. Porém, encorajada pelo médico, pela família e principalmente pelo filho mais velho estudante de medicina, que a acompanhou desde o diagnóstico, cirurgia, tratamento, e com o pensamento de que iria se curar enfrentou o medo. “Fiquei tensa, mas, fiquei lá até o fim. Quando vi que o pós quimio não tinha me afetado muito, fui me sentindo mais confiante e o medo que eu tinha, sendo controlado. “Foi uma prova de fogo”, mas hoje posso dizer que o câncer me deixou muito mais forte do que eu era”. Comentou. Angela atribui o sucesso que tem tido em seu tratamento à rotina de vida adotada por ela e que ganhou ainda mais ênfase após a descoberta da doença. “Boa alimentação, prática de exercícios físicos, além de terapias e atividades que relaxam e abastecem a mente com boas energias, isso tem sido fundamental. Até agora, todos meus exames pré quimios foram bons e ao contrário de muitas pessoas tenho levado o tratamento sem ficar debilitada. Acredito que se eu tivesse uma vida sedentária, fumasse ou tivesse maus hábitos alimentares meu corpo não responderia tão bem”. Enfatizou Angela. Por sofrer de síndrome do pânico, Angela afirma que tinha muitos medos. Evitava certos lugares, situações, e até viagens longas com medo de ter crises, isso a paralisa-

va como pessoa. “Hoje quase não existem mais limitações, a vida tem outro sentido, vivo o melhor de mim a cada dia e da melhor maneira que posso, pequenas coisas passaram a ter mais valor”. Enfatizou. GRATIDÃO A DEUS E A FAMILIA E AOS AMIGOS Angela é extremamente grata à

sua família. “Estamos mais unidos do que nunca. Agradecemos e valorizamos muito mais os momentos que passamos juntos, desde um simples almoço. Ah! E os cuidados normais de família redobraram. Estão me mimando tanto que quando esse período passar vou estar mal acostumada”. Brincou. Amigas! Um tesouro precioso, algo

que não tem valor, sou privilegiada pois tenho amigas especiais e sou muito agradecida por isso, elas fazem toda a diferença nesses momentos, completam o alicerce que nos faz sentir seguros”. Afirmou Angela. Por fim Angela ressaltou: “Entre meus irmãos eu sempre fui a mais frágil e medrosa por ter pânico, e hoje tendo que enfrentar uma doença como essa, você muda, amadurece. Eu aprendi a ser uma irmã mais corajosa e forte. Hoje não tenho mais medo de morrer e penso que tudo está nas mãos de Deus, por isso, encaro a vida de frente. Mesmo sendo difícil lidar com um câncer, não tenho motivos para ficar triste, pois descobri tanto amor ao meu redor que não tenho o direito de desanimar. Decidi encarar a doença como algo normal e fazer o tratamento com amor e fé pensamento positivo e muito ânimo. Deus nos mostra a cada dia maneiras de nos melhorarmos como pessoa e é por isso que não canso de agradecer por estar viva e por tudo que aprendi nessa fase. Vou sair disso tudo uma outra pessoa, com certeza muito mais espiritualizada, respeitando ainda mais meu corpo e dando muito mais valor à vida. Finalizou.

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DEPOIMENTO

“NÃO SÃO AS SITUAÇÕES QUE ROUBAM NOSSA PAZ, MAS A NOSSA FORMA DE REAGIR A ELAS”

Dois anos depois de perder uma irmã para o câncer, é a vez de Eliane enfrentar a doença.

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empresária, Eliane Lehrer Vasconcellos de 47 anos, percebeu um nódulo no seio em janeiro deste ano, porém, com uma rotina atarefada, adiou a ida ao médico. Quando finalmente conseguiu encaixar uma consulta, no mês de junho, confirmou que estava com um carcinoma de sete centímetros. Em tratamento de quimioterapia, a previsão é que termine as sessões em abril de 2017 e então faça a cirurgia. “Não me desesperei. Quando o médico falou que tinha que tirar a mama, eu, com esse meu jeito espontâneo soltei um palavrão (risos). Em seguida já quis saber como seriam os procedimentos e coloquei na minha mente que ia enfrentar tudo com positividade.” Comentou Eliane. A confirmação do tumor de Eliane veio dois anos depois que ela perdeu a irmã, também vítima de câncer. No caso dela, foram nove anos lutando contra a doença. Diante disso, o que se pode imaginar é que tendo passado por uma experiência tão trágica ela iria se abater, mas, ela está dando uma lição de superação. É essa superação que quer mostrar para quem acompanha esse período de sua vida, a começar pelos pais, pessoas com quem ela, neste primeiro momento, preferiu não partilhar a notícia de seu diagnóstico. “Meu pai ficou muito abatido com tudo que minha irmã passou. Eu não quero

que nem ele nem a mãe tenham aqueles sentimentos ruins de novo. Quando eu for contar, quero poder dizer: não foi tão ruim assim, passei por isso, aquilo e vocês viram como eu estava bem? Minha intenção é que eles vejam a doença com outros olhos, mostrar que enfrentei firme, forte e sorrindo, e que eles não precisam se preocupar, porque comigo, está sendo diferente do que o que já vivemos uma vez.” Comentou. De acordo com Eliane, os efeitos colaterais que está sentindo com o tratamento são mínimos.

Aliado à isso, a confiança na medicina, que evoluiu muito, e o fato de seu câncer ser altamente curável tem lhe dado ânimo. “O médico deu uma lista enorme de remédios e disse: se te der náusea você toma esse, se der afta toma aquele e por aí vai. Minha filha comprou todos, mas não usei nenhum até agora.” Comemorou Eliane. Cumprindo o calendário com sessões de quimioterapia a cada 21 dias, ela continua dedicada à todas as atividades que já desempenhava e ainda incluiu sessões de aromaterapia e reflexologia em seu dia a dia. “Eu tenho uma locadora, três cachorras, duas filhas, casa, marido, faço natação, inglês e toco violoncelo. Quando é que vou ter tempo para o câncer? Estou me tratando e procuro não deixar a doença me abater. Graças a Deus está dando tudo certo.” Comentou Eliane com um grande sorriso. Para Eliane, o pensamento negativo só piora as situações e se deprimir não ajuda a melhorar, além disso, afirma que sempre agradeceu por tudo que a vida lhe proporcionou, mesmo que não fosse algo tão bom.

“Eu sempre fui uma pessoa positiva. Se estava chovendo eu agradecia pela chuva, se tinha sol agradecia porque tinha sol. Cabe a nós nos adaptarmos e extrair o melhor de cada situação. Se você não tem uma saída, v o c ê procura outra.” Comentou Eliane. Uma mensagem para ser guardada com carinho Entre as muitas palavras de apoio e todo o carinho que tem recebido, Eliane se deparou com uma mensagem compartilhada por um membro da família, que segundo ela, se encaixou perfeitamente com o momento que ela está passando e com aquilo que gostaria de dizer a todos que passam pela doença ou por algum outro momento difícil. “Existem dois copos cheios com a mesma quantidade de água, mas, que mostram reações diferentes. Enquanto uma pessoa se afoga, a outra flutua. E sabe por que isso? Porque não são as situações que roubam nossa paz, mas a nossa forma de reagir a elas. Na vida é sempre assim: enquanto um reclama do que acontece, o outro agradece. Enquanto um se apavora, o outro ora. Enquanto um fala mais do que devia, o outro silencia. Situações parecidas, diante de um Deus que é o mesmo para todos. Aprenda que às vezes você não pode controlar o que acontece com você, mas pode treinar a forma como reage diante do que acontece.” Finalizou Eliane.

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DEPOIMENTO

U O D U M R E C N “O CÂ , A I C N Ê R A P MINHA A MAS NÃO A ” A I C N Ê S S E A MINH elli Bressanelli ri b a G a n ri a M s, o n a 4 Aos 2 m linfoma está lutando contra u

M

arina sempre foi muito vaidosa. Aos cabelos loiros e compridos dedicava tempo e dinheiro para manter a cor e os fios macios e brilhantes. Para o corpo, além da alimentação balanceada, não abria mão de pedaladas de bicicleta e de academia, para manter a forma, mas, agora apesar de continuar vaidosa está tendo que dar um tempo em muitos dos cuidados estéticos, para se dedicar o tratamento de um linfoma. A doença foi descoberta depois que Mariana colocou uma prótese de silicone. O procedimento em si não foi a causa, mas, serviu para que ela ficasse atenta e buscasse ajuda médica. “Quando fui por a prótese tive que adiar porque estava com a imunidade muito baixa. Esse foi primeiro sintoma, mas, como sempre tive oscilação na imunidade não liguei muito, fiz o que o médico mandou para que pudesse melhorar e não me preocupei. Depois, apareceu um caroço embaixo do meu braço na direção das costas que, alias, escondi do médico e coloquei a prótese. No pós-operatório, esse caroço aumentou e com a dor ainda maior, fui investigar. Como não pertencia para o cirurgião plástico, passei

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por vários profissionais. Uma das médicas chegou a cortar o caroço achando ser um abcesso e só piorou tudo. Quando fui numa dermatologista de Joaçaba na hora, ela já me disse pra ir num oncologista que suspeitava ser linfoma”. Contou Marina. A suspeita se confirmou, porém, ainda não deixou Marina tão preocupada porque na biopsia o resultado indicou que era um tumor benigno. Mas ainda era necessário um outro exame para saber o motivo do surgimento desse tumor. “Só confirmei mesmo, depois de um exame imunohistoquímico, que é bem mais específico. Aliás, como tinha dado benigno e era caro eu já nem queria fazer esse outro exame. Só fiz, porque me falaram que já estava incluso no que já tinha pago e foi o que fez a diferença, porque mostrou que sim, era um linfoma anaplásico de grandes células t”. Lembrou Marina. Existem dois tipos de linfomas, linfoma de Hodgkin e linfo-

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DEPOIMENTO ma não-Hodgkin. O de Marina é o segundo, que é mais raro e pode surgir em várias células do sistema linfático. A boa notícia é que sua doença não atingiu a medula óssea, e que foi descoberta no início, o que aumenta as chances de cura, mas, isso não tem minimizado todos os efeitos que um tratamento para câncer pode causar. O TRATAMENTO Passando pelas sessões de quimioterapia Marina tem mostrado muita determinação. Primeiro porque enfrentar os efeitos colaterais do trata-

mento não está fácil e segundo, porque teve que encarar as mudanças na aparência . “ Faço as quimioterapias num intervalo de 21 ou 28 dias e os três dias após a sessão são os piores. Me sinto fraca, cansada e tenho náuseas. Nesses dias fico em casa mesmo só deitada até que vai passando, mas levo cerca de 10 dias para estar bem de novo”. Contou. Quanto a aparência modificada, por alguns pequenos inchaços e sem cabelos, Marina conta que também teve dificuldades para se adaptar. “O mais difícil foi cortar meu cabelo que era enorme e no décimo dia após a quimioterapia começou a cair. Decidi cortar chanel para ir me acostumando, mas, na mesma semana fui prender e ao passar as mãos saiu um punhado tão grande que deixou um buraco. Fiquei desesperada! Queria grudar de novo na cabeça e impedir que caísse. Tentei usar touca para ver se sem mexer muito eles não caiam, mas não teve jeito, 16 dias depois da primeira sessão tive que raspar. No salão, eu chorei tanto que parecia aquela cena da novela. Quando terminaram de raspar, meu namorado disse: você está bonita te gosto assim também. Tentando me deixar melhor, brincou: Feia mesmo está essa sua cara toda vermelha

de chorar. Eu ri e também não me achei feia, mas, ainda assim foi estranho me olhar. Meu conselho é para que se algum um dia for passar por isso, raspe o cabelo logo quando ver os primeiros fios caindo, pois não tem como evitar a queda, e raspar se torna menos doloroso”. Comentou Marina Não se adaptando a usar uma peruca ela optou pelo uso de lenços e hoje já encara mais naturalmente o fato de estar sem cabelos “Teve um dia que um senhor pediu de que religião eu era por estar de lenço no meio da rua. Não consegui explicar na hora, então só disse que não era religião e acabei rindo”. Contou. Apesar disso, Marina não vê a hora de estar recuperada para voltar aos cuidados com as madeixas, que inclusive, terão um comprimento ainda maior com um aplique feito com os próprios cabelos que foram cortados. Com relação aos cuidados com o corpo, ela tem tentado fazer com que o tratamento atrapalhe o mínimo possível. “Ainda vou para a academia e faço exercícios leves. Tomo muito líquido como forma de diminuir o inchaço, me alimento bem. Tem dias que estou bem triste, me sentindo feia, aí vou à loja de uma amiga, que sempre tem ideias legais de combinações de roupas e quando vejo já estou me achando linda de novo e pensando como estarei ainda mais quando estiver curada. Nessa etapa manter a auto estima é muito importante e isso é como uma terapia.” Explicou.

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DEPOIMENTO Marina teve um irmão que morreu com câncer no cérebro há alguns anos e por isso, foi impossível não se abalar ao receber o diagnóstico. Porém, com o apoio dos pais, do namorado e de amigos ela está enfrentando tudo com positividade e aprendendo dia após dia. “Passando pelo câncer estou aprendendo a dar valor para as pequenas coisas. Sabe, faz três anos que moro em TREZE TÍLIAS, mas, com a correria de trabalho, casa e outros afazeres, nunca tinha tirado tempo pra admirar o chafariz da praça. Esses dias, passeando com meu namorado paramos ali e comentamos exatamente isso. Está sendo um período em que tenho refletido mais sobre a vida e sobre o que tenho feito e percebi que não preciso de tanto quanto eu imaginava para ser feliz”. Afirmou Marina.

Agradeço, por ter descoberto o câncer no início, por estar forte para enfrentar a quimioterapia, pelo apoio da minha família, namorado e amigos. Marina afirma ainda, que aprendeu a ter mais fé em Deus, a pedir menos e agradecer mais. “Agradeço, por ter descoberto o câncer no início, por estar forte para enfrentar a quimioterapia, pelo apoio da minha família, namorado e amigos. Agradeço por conseguir meu tratamento pelo SUS e na cidade vizinha, por ter excelentes médicos e enfermei54

COMO SUPERAR? ras me acompanhando. Tudo se torna mais leve quando paramos de olhar o lado negativo e agradecemos pelo que vem de bom, e isso só depende de nós, ninguém poderia fazer isso por mim, poderiam me cuidar, ajudar fisicamente, mas, a força para enfrentar de maneira positiva e ver tudo isso como uma fase de aprendizado está dentro de mim. Antes eu me considerava uma pessoa fraca, achava que se um dia fosse passar por isso, não conseguiria enfrentar. Mas, quando realmente aconteceu, surgiu uma forca incrível dentro de mim, o meu amor e vontade de viver são muito maiores que qualquer doença”. Ressaltou. NOVOS PLANOS Marina é professora pós-graduada em matemática e no momento está com a graduação em

Ano que vem quero me dedicar à uma causa, fazer algo sem receber” física trancada, por isso, pretende assim que puder terminar essa outra formação, mas, ainda pensa sobre continuar dando aulas ano que vem. Tendo se mudado recentemente para um apartamento com o namorado está nos planos curtir ainda mais o novo espaço. As pedaladas de bicicleta também devem voltar para à lista de atividades e o cuidado com a aparência continuará. Além de tudo isso, ela ainda quer fazer a diferença. “Ano que vem quero me dedicar à uma

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causa, fazer algo sem receber”. Comentou. Marina afirma que está passando mais tempo com quem ela gosta e se sentido bem com todo o carinho que recebe. “Sempre fui muito preocupada com minha aparência, e continuo sendo, mas, estando doente vi que estar careca, ou em alguns dias com o semblante abatido, não impede que as pessoas gostem de mim e isso se dá porque no fundo a minha essência continua. Percebi acima de tudo que posso estar diferente por fora, mas, por dentro sou a Marina que todos conhecem. Se um dia a beleza estética acabar, sei que continuo cativando”. Finalizou a jovem.


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ou bigodes falsos) para espalhar a conscientização da importância do cuidado a saúde masculina, com foco principal no câncer de próstata e depressão. Além disso, diversos eventos de arrecadação de fundos foram criados. Hoje a campanha já é mundial, inclusive o bigode se tornou pouco para os participantes. Atualmente é comum o movimento levar o nome de “No Shave November” que seria, em tradução livre, Novembro sem se barbear. Durante esse período os envolvidos cultivam não mais só o bigode, mas também a barba. Alguns países continuam com o nome original (Movember ou No Shave November) e alguns – como o Brasil – utilizam o nome Novembro Azul, já que além do bigode a cor azul é símbolo da Campanha. A ideia é o máximo de pessoas usarem a cor azul, o bigode e a barba para deixar

os “desentendidos” curiosos do motivo e então a partir dessa curiosidade espalhar a conscientização sobre a prevenção ao câncer de próstata através dos exames regulares e a atenção à saúde masculina.

O U O Ç E

CO M O C O

N

o exterior a campanha é chamada de Movember (Moustache + November em inglês. Bigode e Novembro). Começou em um Pub, na Austrália, em 1999. Um grupo de amigos teve a ideia de deixar o bigode crescer durante todo o mês como apoio à conscientização da saúde masculina e arrecadação de fundos para doação às instituições de caridade. O mês de novembro foi o escolhido justamente por comemorar no dia 17 o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. A campanha foi um sucesso, alguns anos depois o país todo estava participando e foi criada o Movember Foundation Charity em 2004. A ideia então era que os homens deixassem o bigode crescer durante todo o mês de novembro (as mulheres davam seu apoio usando a cor azul

M

HISTÓRIA

NO BRASIL Quem trouxe a campanha para o Brasil foi o Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. A campanha ainda está crescendo por aqui, mas no ano passado foram realizadas 2.200 ações oficiais em todo o país e, assim como no Outubro Rosa, há a bela iluminação de pontos turísticos. Diversas celebridades e instituições apoiam a campanha e muitos eventos são criados para espalhar informação e arrecadar dinheiro para a causa. Com toda essa iniciativa, hoje a Campanha Novembro Azul faz parte do calendário nacional de prevenções.

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PREVENÇÃO Não existe uma forma de se tornar imune à doença. Por isso os exames de sangue e toque periódicos são tão importantes, eles possibilitam o diagnóstico precoce e o tratamento efetivo – além de menos invasivo – aumentando as chances de cura. A doença atinge principalmente homens acima dos 50 anos de idade e por isso homens nessa


HISTÓRIA SOBRE O CÂNCER DE PRÓSTATA

NOV EM

OA BR

A próstata é uma glândula no aparelho reprodutor masculino com a função principal de produzir o esperma. O câncer de próstata é quando as células desse órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. Estatísticas indicam que:

ZU L ?

• Esse é o segundo tipo de câncer mais mortal entre os homens. • Um em cada seis homens é alvo da doença. • Há um diagnóstico de câncer de próstata a cada 7,6 minutos. • Há um óbito por câncer de próstata a cada 40 minutos. • É o sexto tipo de câncer mais frequente no mundo.

faixa etária devem realizar os exames anualmente. Além disso, homens com história de câncer na família correm mais risco, exigindo o início dos exames anuais aos 45 anos de idade. Mas existem alguns hábitos para diminuir os riscos da doença: • Uma dieta saudável. Rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais. Evitando gorduras, principalmente de origem animal. •Atividade física. Ao menos 30 minutos, 5 vezes na semana.

A doença em seu início não apresenta nenhum sintoma, por isso é de suma importância a realização de exames de toque e de sangue periódicos. O exame de sangue NÃO substitui o de toque, visto que muitas vezes a doença não é detectada a partir do sangue, assim, os exames são complementares e devem-se fazer ambos. Normalmente, os homens são mais resistentes a cuidar de sua saúde de forma preventiva e procurar um médico regularmente. Por isso na maioria das vezes a doença é descoberta tardiamente, apenas quando os sintomas começam a aparecer.

E 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em estágio muito avançado e grave quando os sintomas começam a aparecer. Por isso é tão importante prevenir-se e descobrir a doença na fase inicial, quando as chances de cura são grandes. Mas, quais são os sintomas? Os sintomas mais comuns – que como já dito anteriormente só aparecem na fase avançada da doença – são: vontades urgentes e repentinas de urinar, dificuldade para urinar, diminuição no jato de urina, aumento da frequência urinária, dores corporais e ósseas, insuficiência renal e fortes dores.

• Controle de Peso. Evitar a obesidade e manter o peso adequado ao seu corpo. • Diminuir o consumo de álcool. É indicado que o homem limite-se à apenas duas taças diárias. • Não fumar. Essa é a principal regra para evitar qualquer tipo de câncer.

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ARTIGO

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próstata é uma glândula do tamanho de uma noz presente somente no organismo masculino. Fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto, sendo que a uretra, o canal que transporta urina, passa através dela. A próstata contém glândulas especializadas que produzem parte do líquido seminal ou sêmen, que protege e nutre os espermatozóides. Os hormônios masculinos (testosterona) fazem com que a próstata se desenvolva e cresça com o avançar da idade, principalmente após os 40 anos. Em homens mais velhos, frequentemente a parte da glândula em torno da uretra cresce continuamente, causando a hiperplasia prostática benigna (HPB), que causa dificuldades para urinar. Em 2016, cerca de 61 mil brasileiros receberão diagnóstico de câncer de próstata, sendo a segunda causa de morte por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que 1 a cada 6 homens terá câncer de próstata, mas apenas 1 em cada 34 morrerá por causa da doença. A taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte pelo fato de estar sendo diagnosticada mais precocemente. Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos, que morreram por outros motivos, tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha rapidamente. A recomendação atual é que homens saudáveis façam exames anuais de PSA e toque retal a partir dos 50 anos. Ho-

Câncer de

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como cintilografia óssea, tomografia computadorizada ou ressonência nuclear magnética podem ser solicitadas dependendo do caso. É bom lembrar que esses exames não têm 100% de precisão e que a realização de novos testes irá depender de vários fatores, entre eles sua idade e estado geral de saúde. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade, estado geral de saúde e estadiamento da doença. Cirurgia, radioterapia e terapia hormonal são as opções mais comuns. A quimioterapia pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento. Pacientes com câncer de próstata podem ter de escolher entre uma série de diferentes tratamentos, cada uma com riscos, efeitos colaterais e consequências diversas para a sua vida. É preciso ter calma para assimilar bem as informações do médico e tirar dúvidas, o que dará mais segurança quanto às escolhas terapêuticas.

PRÓSTATA mens com risco maior (aqueles que têm parentes que tiveram câncer de próstata, que são tabagistas e da raça negra) devem começar os exames mais cedo, aos 45 anos. Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer, mas também de hiperplasia benigna. É recomendável consultar um urologista se o paciente apresentar os seguintes sintomas: • urinar pouco de cada vez; • urinar com freqyência, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro; • dificuldade para urinar; • dor ou sensação de ardor ao urinar; • presença de sangue na urina ou sêmen; • ejaculação dolorosa. O câncer de próstata pode ser diagnosticado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de PSA

(do inglês prostate-specific antigen, antígeno prostático específico), e pelo exame de toque retal. Como a próstata fica logo na frente do reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos da existência de câncer, provavelmente em estágio inicial. Havendo a suspeita de câncer, deve ser realizada a biópsia trans-retal da próstata, sendo este o único procedimento capaz de confirmar a presença do câncer. O exame é feito com auxílio de uma ultrassonografia trans-retal, que ajuda a guiar o médico na inserção de uma agulha pela parede do reto até a próstata, removendo pequenas amostras de tecido. Como o câncer pode estar em apenas uma pequena área da próstata, a biópsia pode remover apenas tecido saudável. Por isso, se o médico tem fortes suspeitas de um tumor, o exame pode ser repetido. Exames adicionais

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DR.FRANCISCO LORASCHI Médico Urologista CRM - SC 10.728



DEPOIMENTO

“COM OTIMISMO ENFRENTEI DOIS TIPOS DE CÂNCER” Miguel Kury teve câncer de intestino e de próstata. Hoje, com 82 anos conta como saiu vitorioso dessas batalhas.

E

m sua mesa de trabalho, no escritório da empresa de condomínio da qual é dono, Sr. Miguel kury de 82 anos, recebeu nossa reportagem esbanjando vitalidade e simpatia. Junto dele estava Cristiane, a mulher, que como ele fez questão de contar, há 31 anos o fez mudar

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os planos de solteiro convicto, o levando a pedi-la em casamento. O motivo de nossa visita? Conhecer um pouco mais deste senhor que tirou tempo em meio à sua rotina, para contar como foi enfrentar dois tipos de câncer. O primeiro diagnóstico da doença veio em 2006 quando


DEPOIMENTO tão fiquei em casa mesmo, vendo televisão, lendo e obedecendo às orientações dos médicos, porque isso é fundamental”. Comentou. No caso do empresário, não foi necessário fazer radioterapia e logo foi lhe dada a notícia de que o câncer havia sido eliminado. Assim sendo, a vida seguiu...

um sangramento levou Sr. Miguel ao médico em Curitiba e alguns exames apontaram um tumor no intestino. Após isso, veio a cirurgia na qual, além do tumor, foi retirado cerca de 20 cm de seu intestino e depois, a jornada em busca da cura. Ao todo foram 12 sessões de quimioterapia, feitas a cada 21 dias totalizando seis meses do tratamento que consistiu em tomar parte da medicação no hospital e administrar o restante em casa, através de um equipamento dosador. Como efeitos colaterais, Sr Miguel sentiu falta de apetite, perda do paladar e ele ainda emagreceu 10 kg, mas, nada que tirasse seu bom humor. “Fiquei amigo dos médicos, funcionários do hospital e das pessoas que assim como eu estavam passando pela doença. Dentro das possibilidades do tratamento agi normalmente, sempre com otimismo, sem ficar me queixando, pois, eu sabia que tinha que enfrentar e que desanimar só ia piorar a situação”. Durante o tratamento Sr. Miguel teve ainda um problema no fêmur que lhe causou muitas dores e por um tempo dificultou sua locomoção. “Por conta de tudo isso, tive que me afastar do trabalho, en-

2015: A NOVA BATALHA CONTRA O CÂNCER Vencido o câncer de intestino, a rotina voltou ao normal. Claro que, com muito mais atenção para a saúde. Foi em 2015, ao fazer exame de PSA, que o Sr. Miguel novamente se viu desafiado. O laudo mostrava grandes alterações indicando um início de câncer, dessa vez, na próstata e que em nada tinha a ver com o primeiro. Neste segundo câncer, foram feitas 37 sessões de radioterapia que duraram de agosto até outubro de 2015. Hoje, ele ainda faz acompanhamento médico e exames, mas está livre da doença. “A forma como o Miguel enfrentou tudo isso é motivo de orgulho para nós da família. Afinal, não é fácil para alguém independente como ele, se ver ali numa situa-

ção tão frágil, tendo que ser amparado até mesmo por pessoas, que apesar de profissionais, eram desconhecidas. Ele nunca reclamou de nada ou se lamentou. Isso também nos deu força”. Comentou orgulhosa a esposa Cristiane kury. Aproveitando a oportunidade, Cristiane, que vivenciou de perto as experiências do marido, destacou a importância da sensibilidade ao falar sobre o câncer. “Os médicos não escondem do paciente e o Miguel soube que era algo sério, mas, nem por isso o “você tem câncer” foi ressaltado. E não é questão de negar a doença, mas, sim de encorajar positivamente”. Afirmou a esposa. Por fim, tendo passado por tudo que relatou, o Sr. Miguel fez questão de compartilhar uma lição: “Aprendi que o apoio da família é fundamental, que o pensamento positivo é mais forte que o negativo, e que na vida, seja como for, a fé deve ser maior que o medo”. Finalizou.

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Câncer ARTIGO

BUCAL

A Clinica Odonto Vida, traz até você o informativo sobre câncer bucal, através de dois profissionais que compõem o quadro Clinico da Empresa, Dr. Rogerio Doering Junior, Especialista em Endodontia e Mestrando em Biociências e Saúde (UNOESC) e Dra. Emilly Shoenberger, Cirurgiã Dentista.

É

um tipo de câncer que geralmente ocorre nos lábios, dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. Ocorre com maior frequência em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode ser fatal e uma das razões pelas quais este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem

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reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Ao identificar a existência de algum dos sintomas acima e sua permanência por mais de duas semanas, é indicada a realização de uma consulta com um dentista ou médico. Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças menos graves e benignas. Mas quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura, o que aumenta a importância das consultas regulares com o dentista ou o médico. Seu dentista foi

preparado para detectar os primeiros sinais do câncer bucal. Os principais fatores que podem levar ao câncer de boca são a idade superior a 40 anos, tabagismo (fumo), consumo excessivo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses mal adaptadas. O tratamento do câncer bucal varia de cada caso, para lesões iniciais tanto a cirurgia quanto a radioterapia apresentam bons resultados e suas indicações vão depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento. Lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e não apresentam disse-

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minação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia, quando apresentar aumento dos gânglios linfáticos é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido, nestes casos o prognósticos é afetado negativamente. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu uma melhor recuperação do paciente. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados,


ARTIGO OS PRINCIPAIS SINTOMAS Ferida na boca sem cicatrização (sintoma mais comum) Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias) Nódulo persistente ou espessamento na bochecha Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amídala ou revestimento da boca Irritação, dor na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta Dificuldade ou dor para mastigar ou engolir Dificuldade ou dor para mover a mandíbula ou a língua Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula Mudanças persistentes na voz ou respiração ruidosa Caroços no pescoço Perda de peso Mau hálito persistente quando a cirurgia não é possível, o prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados. Para manter a boca saudável durante o tratamento do câncer bucal use uma escova macia depois das refeições e fio dental diariamente. Evite condimentos e alimentos

ásperos como vegetais crus, nozes e biscoitos secos. Evite o fumo e o álcool. Para não ficar com a boca seca os doces e chicletes não devem conter açúcar. Antes de começar a radioterapia, consulte seu dentista e faça uma revisão completa dos seus dentes e peça ao dentista para conversar com seu oncologista.

DR. ROGÉRIO DÖERING JUNIOR CRO/SC 13.361 Graduado em Odontologia – UPF Especialização em Endodontia – Faculdade Herrero Mestrando em Biociências e Saúde – UNOESC

Câncer BUCAL Entre as patologias que afetam a cavidade bucal, destacam-se os tumores que estão diretamente associados ao hábito de fumar, ao consumo de bebidas alcoólicas e a exposição prolongada ao sol. O câncer bucal necessita de um diagnóstico precoce, influenciando diretamente no prognóstico da doença. Estes possuem a mais variadas formas de tratamento, determinadas pelo estágio evolutivo da lesão, definindo a escolha por uma abordagem minimamente invasiva ou radical, refletindo consequentemente na qualidade de

DRA. EMILLY SCHOENBERGE Cirurgiã. CRO/SC 15227

vida do indivíduo. Por isso, é de fundamental importância que seja feito o autoexame bucal, ficando atento à possíveis alterações através de inspeção visual e palpação em frente ao espelho, observando bochecha, lábios, língua, assoalho bucal e céu da boca, sendo que diante de qualquer alteração encontrada, esta deve ser examinada por um cirurgião dentista, prevenindo desta maneira o câncer bucal. Lembrando que nem toda alteração encontrada seja necessariamente um câncer e precisa ser avaliada por um profissional da área capacitado.

MATÉRIA ESCRITA PELO INTEGRANTE DO CORPO CLINICO DA CLINICA ODONTO VIDA.

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DEPOIMENTO

A

AMANDA PELICIOLLI

19 anos, natural de Luzerna/SC, Cantora e Instrumentista

manda Peliciolli, filha de Adelar Peliciolli e Margarete Tonin Peliciolli iniciou sua carreira musical com influências musicais na família, aos 7 anos de idade, onde seu avô Nadir Peliciolli e seu pai Adelar foram músicos, fazendo aulas de teclado e aulas de canto. “Conheci o trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba (RFCC), em uma missa no mês de outubro, a missa que abriria o mês rosa, onde eu e meus pais estávamos tocando. As mulheres da rede feminina nos viram cantando e no final eu cantei o hino da rede, aonde todas elas se emocionaram. Então surgiu o convite para cantar o hino da rede em outros eventos, além do evento no Teatro Alfredo Sigwalt em Joaçaba, Talentosas e Necessárias, encontro estadual da RFCC em Joaçaba , no jantar da rede onde sempre me fiz presente cantando e levando alegria e emoção à todas as pessoas.” ”A razão da minha motivação e sensibilização em relação à RFCC de Joaçaba foi em razão de minha mãe Margarete ter na época uma amiga, Arlete Hoffelder Silva, que passou por um câncer de mama, quimioterapia e radioterapia, mastectomia e reconstrução da mama, onde minha mãe esteve presente nos momentos difíceis de sua vida desde ao receber o diagnóstico da doença até sua cura e até nos dias de hoje, acompanhando-a dia a dia, vivendo de perto como era enfrentar esta doença, com muita garra, luta, sabendo que o sofrimento e as marcas que a doença deixa são intensas. Eu me comovi muito com isso pois era alguém próxima a mim, amiga da minha mãe e minha amiga também. Assim como a Arlete, todas essas mulheres que passaram e passam por um tipo de câncer são mais que guerreiras,

são exemplos de luta para todos nós. Muitas vezes reclamamos por pequenas coisas e não olhamos ao nosso lado quantas pessoas lutam dia após dia com um sorriso no rosto e dizendo vai dar tudo certo ou já deu tudo certo! O trabalho realizado por estas voluntárias é fantástico, pois é uma tarefa muito importante, elas cuidam com muito amor de tantas outras mulheres, homens, crianças com câncer, levando seu carinho, cuidado, apoio e atenção para elas. A palavra que resume hoje, eu ser a cantora oficial do hino da RFCC de Joaçaba, é gratidão. Agradeço pelo convite em todos os eventos da rede desde então, e por essa parceria maravilhosa. De coração eu agradeço pelo carinho, incentivo e reconhecimento ao meu trabalho. Hoje eu, Amanda Peliciolli sou uma voluntária da RFCC, com muito orgulho e paixão. Ser voluntário é muito mais que oferecer uma parte de seu tempo, é muito mais que olhar para a necessidade do outro, muito mais que fazer parte de uma maravilhosa corrente, muito mais que colocar o seu entendimento e experiência em benefício do todo, vai além das expectativas do ser humano e o coloca em destaque, tanto para quem doa tanto para quem recebe. O voluntário é um guerreiro silencioso que não busca fama, dinheiro ou oportunidade de riquezas, apenas dá o que tem de melhor. Então arregace as mangas, não espere para amanhã você precisar de ajuda para ser um voluntário, pois é muito gratificante fazer o bem sem olhar a quem, como diz a música, fazer um carinho, abraçar alguém, trará a luz a qualquer lugar. Se você não aprender pelo amor aprenderá pela dor!

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EQUILÍBRIO PARA UMA BOA SAÚDE


A importância da religião e da fé nos diversos setores da vida

A

palavra religião se origina do verbo latino religare, que significa o ato de religar ou fazer uma mediação, sintonizando a pessoa humana com uma outra realidade que ultrapassa a esfera da nossa imanência. Na história da humanidade, essa realidade transcendente recebeu vários nomes conforme as diversidades culturais e étnicas das grandes civilizações. Em nossa cultura ocidental, marcada profundamente pela religião cristã, chamamos de Deus a esse mistério que nos escapa e vai além da nossa capacidade de entendimento. Hoje, já se dá por reconhecida a importância da religião na construção e no desenvolvimento das sociedades com suas organizações e instituições. Não podemos negar a grande contribuição que a religião ofereceu e continua a oferecer para o aprimoramento do ser humano e do mundo em que ele habita. Basta lembrar que as religiões e de modo especial, a cristã, tem sido uma fonte de ética e de princípios morais que norteiam e incidem diretamente no comportamento das pessoas, e até serviu como inspiração na formulação de constituições de vários países, sobretudo aqueles denominados democráticos. Muitos desses países se valem de muitos princípios fornecidos pela religião, como por exemplo a partir da afirmação de que todos somos imagem de Deus e gozamos portanto da mesma dignidade e dos mesmos direitos. Outra contribuição da religião, talvez de maior importância, é a sua capacidade de devolver e alimentar a esperança no dom da vida, sobretudo para aqueles que diante dos desafios que a vida impõe, já perderam o próprio sentido da existência. Gostaria de apontar para um desafio da vida humana, que a meu ver, é o que mais pode ameaçar nossa esperança e nos levar ao desanimo total, tirando-nos a coragem de lutar e vencer. Refiro-me ao grande mistério da doença ou a enfermidade, que muitas vezes entristece e costuma ceifar muitas vidas causando dor e sofrimento. Diante desta realidade, antes de tudo, devemos agradecer a Deus por ter dado a inteligência e a sabedoria necessária para os homens alcançarem a cura de muitas doenças, através da medicina. Mas ao mesmo tempo devemos admitir que a ciência dos homens, muitas vezes se depara também com seus limites, e aqui entra o papel da fé até mesmo antes da religião.

Nós sabemos pela sagrada escritura, que Deus, o autor da vida, como criador do universo, pode intervir diretamente sobre a natureza que ele mesmo criou e ordenou com suas leis. No novo testamento, encontramos vários relatos de cura que Jesus realizou. Ele curou cegos, coxos, paralíticos, e até mesmo revivificou cadáveres como no caso da história de Lázaro, morto e sepultado há quatro dias. Normalmente nas curas que Jesus realizou, ele dizia após o milagre: “Vai, a tua fé te salvou”. Numa ocasião, ele disse aos seus discípulos: “Se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a uma montanha que saia daqui e vá para outro lugar, e ela obedecerá sua ordem”. Os apóstolos também em nome de Cristo, realizaram muitos milagres curando vários enfermos e até ressuscitando mortos como Jesus. Hoje a Igreja, também em nome de Jesus, continua realizando os mesmos sinais que Jesus realizou. Muitos ministros religiosos através da unção dos enfermos presenciaram curas milagrosas de algumas enfermidades consideradas irreversíveis pela ciência. Recentemente assistimos pelo Fantástico à canonização de Madre Tereza de Calcutá, que através

MENSAGEM

PE. PEDRO ÂNGELO MANCHINI PARÓQUIA SANTA TERESINHA

de sua oração de intercessão, obteve de Deus a cura de uma enfermidade que a ciência não soube explicar. Termino meu artigo convidando os leitores ao desafio da fé, lembrando a promessa de Jesus aos seus discípulos em uma de suas recomendações: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16, 17-18). Neste mês somos convidados, a partir da fé, intensificar nossas orações de intercessão em favor de nossos irmãos enfermos, pois acreditamos que para o nosso Deus nada é impossível. Amém!

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AGRADECIMENTOS

MADRINHA ATUAL Em 2016, assume LIGIA ZANARDO como madrinha da RFCC. “Foi uma surpresa muito grande ser convidada para ser madrinha e estar junto à uma entidade tão importante como a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Agradeço imensamente o convite. Vou abraçar a causa, não só como madrinha, mas também como amiga. Contem comigo!” Afirma a madrinha.

AGRADECIMENTOS À MADRINHA Nossos agradecimentos especiais à madrinha da RFCC no período de 2014 a 2016, que se doou em prol da causa, nos apoiando e nos prestigiando em cada ato e evento realizado pela Rede Feminina. Nosso muito obrigada!

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HINO DA REDE

Fica sempre algum perfume Nas mãos abençoadas Que oferecem rosas, Rosas desabrochando amor Perfumando de paz Os dias de aflição Rosas cheias de perdão Para aqueles que sentem A dor do seu caminho Rosas que brotam do coração E se desfolham Em suave carinho. Que o perfume dessas rosas Possam abençoar As nossas mãos

JURAMENTO DAS VOLUNTÁRIAS Prometo como voluntária da rede feminina de combate ao câncer de Joaçaba, assumir o solene compromisso de assistir com dedicação, comprometimento, amor e espírito de fé, todas as pessoas necessitadas, esperando que elas possam sentir e ver em nós, uma transparência de Maria, mãe e modelo de todas as virtudes. Que ela nos abençoe e proteja para cumprirmos a missão de levar apoio, carinho e esperança aos doentes, fazendo do sigilo a imagem do respeito.

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CÂNCER DE ENDOMÉTRIO

DIAGNÓSTICO

o que

PRECISAMOS

O

SABER?

endométrio é a camada de tecido que reveste a cavidade interna do útero, o câncer de endométrio por vezes chamado de câncer do útero, é o tumor maligno que se origina a partir das células desta região. É o tumor ginecológico mais comum entre as mulheres de países desenvolvidos, e o quarto mais comum nos países em desenvolvimento como o Brasil. Há um aumento gradativo do número de pacientes portadoras de câncer do endométrio nos últimos anos, devido ao aumento da expectativa de vida; visto que o mesmo é um câncer da mulher idosa. Há diversos fatores que elevam o risco além da idade como a hereditariedade, metabolismo hormonal natural, terapia de reposição hormonal, nuliparidade (mulheres que não

gestaram) e história de câncer de mama ou intestino. Devemos ficar de olho nos nossos hábitos de vida pois dieta rica em gordura, hipertensão e diabetes também são fatores de risco. O diagnóstico precoce do câncer de endométrio em geral não é uma tarefa fácil. O principal sintoma que deve alertar a mulher a procurar seu ginecologista é o sangramento uterino anormal caracterizado pelo sangramento vaginal após a menopausa e sangramento irregular ou volumoso no período da perimenopausa. A medida em que o tumor cresce, a paciente pode apresentar dor pélvica e edema de membros inferiores. Sintomas urinários ou intestinais, por compressão ou infiltração da bexiga ou reto, são infrequentes, mas podem ocorrer na doença avançada. Mulheres com os sintomas ci-

KATIUSSA DE WERK C. SAMPAIO

Ginecologia e Obstetricia CRM 16896 | RQE 13.316

tados ou fatores de risco devem ser avaliadas com exame ginecológico completo e ultrassonografia transvaginal. Após o rastreio para o diagnóstico definitivo é necessário a realização de biópsia por histeroscopia ou curetagem uterina. Até o momento, o tratamento com maior chance de cura para câncer de endométrio é a cirurgia, conforme o estágio da doença pode ser realizado quimioterapia e

radioterapia. Vamos fazer a nossa parte, fique atenta aos fatores de risco, converse com seu ginecologista, tire duvidas, prevenção e diagnóstico precoce são nossos aliados na luta contra os canceres femininos.

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ARTIGO

MÉTODOS DE IMAGEM

NO ESTUDO DAS MAMAS

O

câncer de mama, atualmente, é considerado o principal tipo da moléstia a acometer as mulheres. Segundo a estimativa sobre incidência de câncer no Brasil, 2014-2015, produzida pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama. Diante dos números citados, destaque-se a importância do diagnóstico precoce e, em casos do diagnóstico tardio, a adequada caracterização do avançar da patologia. Na busca do diagnóstico precoce, conforme orientações dos ginecologistas e mastologistas, as mulheres devem sempre estar atentas e realizarem o autoexame. Em caso de dúvidas ou identificação de nódulos, cabe a busca imediata de um especialista. Além do autoexame, segundo órgãos nacionais e internacionais, em mulheres acima de 40 anos ou 35 anos, nos casos de antecedentes familiares de primeiro grau, recomenda-se a realização de exames de mamografia preventiva, a cada 01 ou 02

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anos. A partir dos achados deste exame, nova investigação diagnóstica pode ser instituída. Dentre outros métodos investigativos, destacam-se a ultrassonografia (USG - Ecografia) e a ressonância magnética (RM). Ambos, via de regra, são indicados como complemento ao estudo mamográfico, ou seja, na tentativa de se caracterizar melhor alguma alteração identificada na mamografia, normalmente denominados de nódulos ou áreas de assimetrias. O que se deve entender é que um método não exclui a realização do outro. De acordo com o próprio termo usado, são “exames complementares”, assim, eles se complementam, no sentido de se concretizar o diagnóstico. A ultrassonografia das mamas é um método inócuo, ou seja, não causa nenhum dano ao paciente, uma vez que não possui irradiação. Além disto, é um exame de fácil acesso, de custo relativamente baixo e de realização rápida. Pode ser utilizado também para orientar/ guiar punções de nódulos ou demais lesões mamárias, quando ne-

cessário. Outra recomendação deste método é em pacientes jovens, as quais possuem, habitualmente, as mamas mais densas, uma vez que a densidade mamária pode gerar limitação na análise pela mamografia. O grande diferencial da ultrassonografia, em relação à mamografia, é na análise de nódulos, sendo esta uma das principais indicações para complemento mamográfico, não deixando de lado a indicação para análise dos linfonodos axilares (ínguas), principal local de disseminação das doenças mamárias (metástase). Cabe ressaltar que a identificação

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de “ínguas” nas axilas nem sempre é sinal de doença, uma vez que é um achado habitual, principalmente em mulheres. Porém, cabe atenção especial em “ínguas” grandes ou de crescimento rápido, principalmente em situações em que se tenham nódulos mamários. A principal dica é, sempre que julgar necessário, procurar um especialista. A ressonância magnética das mamas chegou ao mercado recentemente e ainda é pouco conhecida. Embora novo, é um método que se consolidou como importante ferramenta no diagnóstico precoce e


ARTIGO

DR. FLÁVIO LUIZ DE FARIA MÁRSICO Médico da equipe Digimax Medicina Diagnóstica. CRM/SC 18.660 RQE 12.656

tratamento do câncer de mama. A principal característica do método é sua altíssima sensibilidade (superior a 95%) na detecção de pequenos focos de tumor, sejam eles nódulos ou microcalcificações, uma vez que possuem o contraste endovenoso, o qual auxilia nesta identificação. As principais indicações do exame são: o rastreamento de pacientes de alto ou moderado risco para câncer (com antecedente na família) e mamas muito densas, muitas vezes, como

complemento da ultrassonografia. Segundo o colégio americano de câncer, a RM deveria ser realizada em todas pacientes com diagnóstico confirmado de câncer, pois permite identificar outros focos ocultos na mesma mama, bem como, na mama contralateral, o que pode promover alterações no planejamento cirúrgico. Outra indicação deste método é para pacientes que possuem implantes mamários (próteses). Segundo as últimas atualizações da

literatura médica, a ressonância das mamas deve ser realizada a cada 03 anos em pacientes usuárias de implantes, sendo o melhor método para detecção precoce de rupturas deste material. Com base no que foi exposto, cabe ao profissional de saúde se atualizar e entender o sentido de cada método de imagem, no intuito de se adequar a conduta para cada caso em específico, sempre em busca do melhor para seu paciente.

FAIXA I - LINEAR IMO 200

FAIXA II - LINEAR IMO 2001

FAIXA III - LINEAR IMO 217

EM JOAÇABA COM JOSÉ CHIAMULERA REVISTA OUTUBRO ROSA | EU APOIO ESTA CAUSA | EDIÇÃO 3 | 14 DE OUTUBRO DE 2016

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DICAS

5 FATOS E MITOS

SOBRE O CÂNCER DE MAMA 1. A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama? Com toda a certeza é verdade, pois com a produção de leite, as células mamárias se mantém ocupadas e assim tendem a se multiplicar em menor escala, o que dificulta os riscos de se contrair a doença. 2. Mãe com câncer na mama pode amamentar o bebê? Sim, pode, mas neste caso, é preciso procurar auxílio e orientação médica, já que a doença ou os próprios tratamentos podem dificultar na amamentação, mas nada impede que uma mãe com câncer unilateral (em ape-

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4. O sutiã pode aumentar o risco de câncer de mama? Não, afinal, não existem estudos que comprovem a ligação entre ambas as coisas.

nas uma das mamas) use o outro seio sadio para amamentar. 3. Homens podem ter câncer de mama? Podem, mas em casos muito raros. Apesar do número de ca-

sos em homens ter aumentado 25% nos últimos 25 anos, o índice correspondente ao sexo masculino ainda é muito pequeno, onde os homens beiram entre 0,6 a 1% dos casos totais de câncer de mama.

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5. O câncer de mama é incurável? Não, felizmente isto é um mito hoje em dia, graças aos avanços da medicina. Estima-se que 95 a cada 100 mulheres têm chances de cura, quando há um diagnóstico precoce. Fonte: http://www.digitalmed.com.br/noticia/10-fatos-mitos-cancer-mama/


AGRADECIMENTO

Nossos agradecimentos especiais ao fotógrafo Kleberson Brocardo, que nos apoia incansavelmente desde a primeira edição da revista, dedicando seu tempo e profissionalismo em prol da RFCC. Nosso muito obrigado! Agradecimentos, também à secretária da RFCC, Daiana Weber.

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ARTIGO O REIKI NÃO POSSUI LIGAÇÃO COM RELIGIÕES OU DOGMAS E PODE SER PRATICADO POR QUALQUER PESSOA

VIVINA GELATTI Reikiana

CURA U Energia que harmoniza e

ma arte milenar em que a imposição de mãos leva a um bem-estar profundo e à cura. Essa é a terapia reiki. O reiki é um método que promove o equilíbrio energético, permitindo a ativação da auto cura, relaxamento e redução do estresse através da energia vital universal. O reiki também é disponibilizado na RFCC para as voluntárias e pessoas que buscam auxílio. Mikao Usui, monge japonês, foi o descobridor do reiki, no final do século XIX. O reiki é uma técnica que trabalha o ser por inteiro, equilibrando a saúde física, mental emocional e espiritual. Baseia-se em imposição suave das mãos e age desbloqueando a passagem da energia, estimulando o fluxo natural energético, promovendo intenso relaxamento e ativando o swistema imunológico. Conforme a terapeuta Vivina Gelatti, as sessões de reiki promovem um bem-estar profundo e alivia as dores. “ Já atendi uma senhora que 76

pedia para que o Reiki fosse aplicado enquanto ela fazia quimioterapia e ela relatava uma paz e a diminuição do desconforto”, comenta. O reiki é um método simples, que não possui ligação com religião ou dogmas. É acessível a todos que tiverem interesse em experimentá-lo e não possui efeitos colaterais, uma vez que utiliza somente a energia vital do universo. Através da imposição das mãos do terapeuta a energia fluirá de acordo com a necessidade de cada paciente, podendo ser aplicado em conjunto a outras terapias, medicamentos, cirurgias e tratamentos. A técnica também pode ser auto aplicada e utilizada em animais e plantas. “Fazem cinco anos que eu participo da Rede e recebo o reiki. Durante as sessões é como se me tirasse um peso, me deixa tranquila, com uma paz interior. No dia a dia a gente se sente bem e até o convívio com as outras pessoas melhora”, conta a voluntária da RFCC, Beatriz Bilhar.

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HOPE

MASTECTOMIA

Sutiãs para

MASTECTOMIZADAS

O que é um sutiã para uma mastectomizada? É auxílio na recuperação da cirurgia e aumento da autoestima.

A

(49) 8802-6100 libidoModaIntimaEConfeccoes @libido

(49) 3521-2224

RUA 7 DE SETEMBRO, 80, SALA 5B CENTRO - JOAÇABA

mastectomia é a cirurgia para retirada total ou parcial do seio e é realizada nas mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama. Após a retirada, algumas, optam por fazer uma reconstrução com a colocação de prótese de silicone, outras, por não quererem ou por possuírem alguma restrição médica optam por não realizam tal procedimento. No entanto, independente do caso, uma situação é comum: todas precisarão fazer uso de sutiãs específicos para mastectomizadas. O uso desse tipo de sutiã se dá com dois objetivos: como parte do tratamento, uma vez que a peça é usada no período pós-cirúrgico, e ainda, com fins estéticos para simular a existência da mama ou até mesmo melhorar o aspecto após a colocação da prótese. Na região de Joaçaba, a mulheres que passam pelo procedimento e precisam fazer uso dessas peças tem como referência a loja Libido, localizada no centro da cidade e que há nove anos comercializa os sutiãs voltados ao pós-operatório. Na loja Libido as pacientes encontram quatro tipos de sutiãs. Todos são confeccionados com materiais de primeira linhagem com o objetivo de proporcionar conforto e segurança às mastectomizadas.

SUTIÃ ESTÉTICO REGATA É fabricado com tecido de microfibra hidrófila, permite a transpiração da pele. Auxilia na correção da postura da mulher que muitas vezes por ter recém operado e ainda sentir dores tende a ficar com os ombros contraídos para frente. Por isso, é o modelo mais indicado para as primeiras semanas do pós-operatório. Sutiã estético intermediário: Possuí modelo semelhante ao sutiã comum. Tem como vantagens o decote acentuado que não aparece conforme o tipo de roupa usada. Além disso, as alças removíveis podem ser ajustadas dando mais possibilidades de uso conforme a roupa. Sutiã estético clássico: Com ótima sustentação é diferente do sutiã estético apenas por ter um modelo tradicional estilo retrô. Serve para quem retirou a mama e para quem

reconstruiu o seio colocando prótese. Também é um modelo intermediário, indicado após o uso inicial do sutiã estético regata. Sutiãs com bojo sem aro: É indicado principalmente para as mulheres que querem maior sustentação da mama reconstruída, porém, não podem usar modelos que tenham o aro. “O pós-operatório é um período delicado e que exige muito cuidado por isso os próprios médicos já orientam que as mulheres busquem esses tipos específicos de sutiãs e é por saber a importância para a recuperação da mulher que auxiliamos para que a cliente encontre o modelo que melhor se adapta ao seu corpo. Atendemos mulheres de toda a região e nos sentimos felizes em poder contribuir para que melhorem e ainda mantenham sua autoestima elevada. ”. Comentou Gisele Roberta Beal, proprietária da Loja Libido A única demanda não atendida plenamente pela loja é o caso de mastectomizadas que já se recuperaram da cirurgia, não reconstruíram a mama e precisam de sutiãs com enchimento em apenas um dos bojos. No entanto, ainda assim essas mulheres não ficam desamparadas, já que a Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) auxilia para que a paciente encontre um modelo adequado. Nesses casos, as mulheres conseguem o sutiã indo diretamente na RFCC que lhes encaminha para uma costureira que confeccionará a peça. Caso não consigam ir até a loja, tiram as medidas na própria loja Libido que encaminha o pedido de confecção para a rede. O valor do sutiã nesse caso é simbólico basicamente para cobrir os custos do material usado, no entanto, caso alguma das mulheres ainda assim não tenha condições de pagar, a Rede Feminina arca com o custo e doa a peça para a mastectomizada.

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MASTECTOMIA

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mastectomia é a remoção da mama através de uma cirurgia indicada para muheres diagnosticadas com câncer de mama, mas também pode ser preventiva, isto é, realizada para diminuir o risco da mulher desenvolver o câncer de mama. A RFCC recebe nas terças-

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feiras, das 14:30h às 16:00h, as mastectomizadas, onde oferece várias atividades como reiki, aulas de yoga, pilates e oficinas de trabalhos manuais. Nossa homenagem a essas guerreiras que enfrentam a doença com dignidade sem nunca perder a fé e a esperança.

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SAIBA MAIS Existem 3 tipos de mastectomia: - mastectomia simples - mastectomia preventiva - mastectomia radical


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O PAPEL DO PSICÓLOGO no Tratamento do Câncer

ARTIGO

Q

uando paciente e a família recebem a notícia da doença, que provoca mudanças nos projetos familiares, tendo que por vezes adiá-los ou alterá-los, geralmente nesse período, surge uma crise familiar, afetando tanto o paciente como o restante da família. Logo, tanto o paciente quanto a família precisam receber apoio e atenção multiprofissional para encarar as dificuldades provindas da doença. O câncer desencadeia reações devastadoras tanto no âmbito orgânico como no emocional, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos, além de causar um sofrimento tão intenso capaz de resultar em desorganização psíquica. Esta doença, vista pelo indivíduo, como uma ameaça do destino, desencadeia uma série de sentimentos como impotência, desesperança, temor e apreensão, levando o diagnóstico a

A descoberta de uma doença tão delicada como o câncer afeta não somente o paciente, mas a família e amigos próximos como um todo, sendo um momento de intensa angústia, sofrimento e ansiedade. A força e estrutura necessárias para enfrentar um quadro de câncer podem vir de forma mais tranquila, ao contar com ajuda de um psicólogo.

ser, freqüentemente, acompanhado de depressão, conseqüência ocorrida pelo fato do paciente não conseguir aceitar sua doença . o diagnóstico de câncer é vivido como um momento de angústia e ansiedade, pelo motivo da doença ser rotulada como dolorosa e mortal, conseqüentemente, desencadeando preocupações em relação à morte. Além do momento do diagnóstico, ao longo do tratamento, o paciente vivencia perdas e diversos sintomas que, além de acarretar prejuízos ao organismo, coloca-o diante da incerteza em relação ao futuro, aumentando assim sua ansiedade. Frente a esses aspectos o atendimento psicológico visa auxiliar o paciente no enfrentamento de sua doença, a fim de conscientizá-lo da sua condição atual e fornecer subsídios para uma compreensão melhor da sua patologia. Auxiliando também a lidar contra as adversidades, elevar a auto-estima, lidar com as emoções e sentimentos. Além disso, o papel do psicólogo é favorecer ao paciente com câncer melhor adaptação à realidade imposta pela doença, enfrentar os problemas emocionais como a medo, raiva, depressão e ansiedade, assim como os físicos (náuseas, vômitos, falta de apetite) providos pelo câncer e seu tratamento. O estado emocional em que o paciente se encontra influenciará diretamente no andamento de seu tratamento, logo é necessário que receba orientação para enfrentar os medos, inseguranças e as adversidades. O amor e a atenção são fundamentais ao ser humano, eles fortalecem e auxiliam as pessoas a encarar a vida de forma mais positiva. A família é essencial no tratamento do câncer, pois serve como um aporte para compartilhar os medos e angústias do paciente, logo, se faz necessário aos familiares se prepararem emocionalmente para oferecerem um lugar seguro e aconchegante em que o paciente possa se sentir a vontade para expressar seus sentimentos e emoções. O atendimento da psicologia (psicoterapia) proporciona ao paciente e sua família um espaço de escuta adequado para que possam expressar seus sentimentos e pensamentos recebendo assim as orientações e intervenções necessárias. Estar em acompanhamento psicológico ajuda lidar melhor com as emoções e as novas adaptações da vida.

DRA. DAIANA LÚCIA KÖRNER VARELA Psicóloga CRP 1206827

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ARTIGO

A contribuição da alimentação para

ONCOLOGIA “A importância do nutricionista para amenizar os efeitos do tratamento quimioterápico.”

O

câncer é uma doença crônica e degenerativa. Embora existam muitos tipos de câncer, todos começam devido ao crescimento anormal das células, passando a multiplicarem-se muito rapidamente e sem controle. Com isso a presença do câncer desencadeia alterações no metabolismo do paciente afetando a nutrição e a qualidade de vida. A alimentação adequada é um fator fundamental e deve ser levado em conta, não só na prevenção do câncer, mas também no tratamento desta doença. Uma alimentação saudável melhora a qualidade de vida e pode aliviar os sintomas que determinados tratamentos podem causar. O tratamento quimioterápico pode trazer aos pacientes, efeitos colaterais e questões psicológico-emocionais, resultando em uma má-alimentação e consequentemente perda de peso involuntária. O acompanhamento do tratamento por um nutricionista pode evitar complicações, sendo importante para ajudar a enfrentar dificuldades durante o tratamento, assim como ajudará a amenizar o ganho de peso que também pode vir a ocorrer dependendo do tratamento. O organismo do paciente precisa de uma alimentação saudável e equilibrada, “o nutricionista é o profissional especializado na área de alimentação e nutrição que irá orientá-lo como se alimentar de maneira saudável du-

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rante e após o tratamento, determinando suas necessidades e orientando sua dieta, além de monitorar seu estado nutricional". É importante alimentar-se bem, mesmo quando não se tem apetite, pois uma boa alimentação fornece proteínas, vitaminas, minerais e calorias que são fundamentais para manter ou recuperar o peso, sentindo-se mais forte, diminuindo o risco de infecção, tolerando melhor o tratamento e os efeitos colaterais, devido à ajuda no funcionamento do sistema imunológico. O elevado consumo de energia que a doença ocasiona, a quantidade e a intensidade dos remédios no seu corpo podem alterar o seu apetite e diminuir a capacidade do organismo em combater infecções. Alimentos antioxidantes como frutas, verduras e legumes devem fazer parte da alimentação diária, podendo produzir uma ação protetora efetiva contra os processos oxidativos que ocorrem no organismo. A recomendação é sempre buscar ajuda de um profissional de Nutrição, pois, através do seu conhecimento poderá auxiliar no dia a dia do paciente e, melhorar a qualidade de vida.

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SANDRA BUCCO RIEPE Nutricionista CRN 10/5692


(49) 9904-4223

Cirurgião Plástico Estético e Reconstrutivo | Especialista em Cirurgia Plástica pelo MEC e SBCP | Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) | Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Salvatoriano Divino Salvador - Videira SC | Preceptor do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Cajuru (HUC) - Curitiba PR | CRM PR 26.890 ; RQE PR 20.334 ; CRM SC 22.966; RQE SC 13.589

Rua Saul Brandalise, 440, 2 andar – Videira, SC. | http://www.alexandrezarpellon.com.br



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