15 minute read
MEIO AMBIENTE
Entrevista com Daniela Clivatti: compreendendo o conceito de carreiras verdes
Por Leonardo Santos
Advertisement
Daniela Clivatti é psicóloga, consultora de carreira há mais de 10 anos, possui mestrado em desenvolvimento profissional pela UFSC, onde pesquisou os aspectos psicológicos relacionados a profissionais que contribuem com o desenvolvimento sustentável e regenerativo. É então, a partir de sua pesquisa, que surge o conceito das carreiras verdes e para entender mais sobre esse conceito realizamos essa entrevista com ela. Confira logo abaixo.
Fale um pouco sobre você e o seu trabalho desenvolvido com os empregos verdes, em que contexto surge o conceito de empregos verdes e carreiras verdes?
Meu interesse pela sustentabilidade iniciou em 2013, quando eu ainda estava na graduação em psicologia e fiz trabalho voluntário por três anos numa ONG internacional chamada Net Impact, que tem como tema norteador o desenvolvimento sustentável. Desde aquele ano, eu estudo vários conceitos relacionados às questões socioambientais, o que resultou no mestrado e na minha atuação especializada para carreiras verdes. Atualmente, trabalho com planejamento de carreira e apoio à inserção no mercado de trabalho de jovens e adultos. Além disso, atuo como psicoterapeuta e percebi um sofrimento mental relacionado às mudanças climáticas. Então, recentemente, iniciei estudos e intervenções para ajudar as pessoas a lidarem com eco emoções (ecoansiedade, solastalgia, etc.).
Esse debate dos empregos verdes surgiu por conta da economia verde a partir dos relatórios da ONU e do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O debate se estabeleceu no início dos anos 2008 - 2009 com as primeiras publicações sobre os empregos verdes, que estão relacionados à economia verde, que é uma economia de baixo carbono. Os empregos verdes são empregos que respeitam os critérios de trabalho decente, sendo esses critérios estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), e têm como objetivo mitigar e reduzir impactos negativos ou criar impactos positivos no meio ambiente.
Basicamente, os empregos verdes têm essa definição. Já as carreiras verdes são definidas como carreiras que atuam pelo desenvolvimento sustentável e regenerativo. Nesse sentido, é um conceito mais atualizado do que os empregos verdes, ao trazer a regeneração também, já que sustentar não é mais suficiente porque precisamos trabalhar para restaurar os sistemas ambientais e sociais. Além disso, as carreiras verdes não contemplam só empregos, mas também trabalhos como trabalhos voluntários, profissões autônomas e trabalhos de empreendedores, enquanto a definição de empregos relaciona-se a atividades com vínculo formal. Então, essa diferenciação entre emprego e trabalho é importante para se pensar em uma carreira verde, porque o campo de atuação profissional não se restringe somente às empresas. Há outras formas de trabalhar, embora as empresas ainda sejam um grande empregador de carreiras verdes, pois oferecem muitas oportunidades.
No campo das carreiras verdes, os profissionais são norteados por valores como transparência e coerência, por exemplo, e o perfil ético pautado no impacto positivo ao meio ambiente. Sempre que escutamos falar sobre carreiras verdes e o esverdeamento dos trabalhos, fala-se muito sobre questões ambientais. Mas existem, junto
(Foto: freepik)
com isso, questões sociais muito importantes. A crise climática também é uma crise de justiça social. É necessário lembrar que meio ambiente e sociedade não estão dissociados.
Como você vê as áreas de engenharia, arquitetura e design nesse panorama dos empregos verdes ? De que maneira essas áreas podem se “esverdear” ?
Todas as carreiras têm condições de se esverdear, mas como vamos construir isso é um desafio para todas as áreas. Por exemplo, no campo da construção civil, é necessário pensar no uso de energias renováveis, no aproveitamento da luz solar, ventilação cruzada, priorizar pelas lâmpadas que usam menos energia e possuem alternativas para o descarte correto, aplicar sistemas de reuso de água, etc. Então, tem várias questões que vão desde pensar como mitigar os impactos dos materiais à necessidade de pensar uma construção que reaproveite os recursos e cause menos danos ao meio ambiente. E claro, que preze pelo bem estar de todas pessoas envolvidas nas etapas da construção.
No campo do desenvolvimento de tecnologias, na engenharia da computação, por exemplo, já existem muitas publicações relacionadas a TI Verde, que está associada a um sistema de computação que utiliza menos energia elétrica e que também faz reaproveitamento de materiais reciclados no desenvolvimento de hardware. Além disso, a TI verde realiza estudos de uso de energia e desenvolve soluções para reduzir o gasto energético dos equipamentos. Há também um debate sobre os materiais que são utilizados na fabricação dos computadores e outros dispositivos, porque isso envolve extração de recursos não renováveis e isso precisa ser aprimorado.
Na área do design, quando falamos sobre comunicação a partir de peças gráficas existe um grande desafio que é a questão de não fazer greenwashing (falsa comunicação de um produto sustentável). Isso é muito sério e delicado de tratar, pois grande parte das empresas ainda fazem greenwashing e as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre esse aspecto. Por isso a comunicação tem que respeitar o consumidor, além de considerar questões de diversidade tanto na fala, quanto na parte visual.
Sobre o design de produto há uma grande dor no mundo na questão da produção de coisas. Há uma frase conhecida que diz que “todo lixo é um erro de design”, porque as coisas são produzidas sem considerar todo o ciclo de vida delas. Os produtos são fabricados sem considerar como serão feitos o reaproveitamento ou o descarte correto, por exemplo. Então falar sobre isso é pensar sobre as criações, pensar sobre coisas que possuem utilidade e que essa utilidade compense o impacto que irá causar, pois tudo que formos colocar no mundo irá causar impacto. O produto vai ser criado, vai ser utilizado, mas para onde ele vai quando terminar o tempo útil dele? Ele vai ser reciclado? Tudo isso envolve um tipo de material. De onde vem esse material? Vem de uma extração que envolve trabalho justo e respeito ao meio ambiente? Pensar em tudo isso é um desafio urgente.
Portanto, existem vários caminhos para o esverdeamento das carreiras. Para isso é necessário pensar que toda tecnologia tem que respeitar os ciclos da natureza, não dá para achar que qualquer tecnologia causará um impacto positivo sem considerar isso. As energias renováveis são muito
importantes para redução de impactos ambientais e sociais. Mas instalar placas na superfície de rios, uma sugestão que já está sendo feita, é interessante? Por que precisamos fazer isso? Essa alternativa tem um grande impacto no ciclo de vida daquele ecossistema. Não podemos criar coisas desconectadas dos recursos naturais e do ciclo de vida da natureza.
Por esse motivo, para os profissionais se prepararem para esse esverdeamento das carreiras é necessário muito estudo para conhecer a conexão de vários conhecimentos que envolvem trabalhos e empregos de carreira verdes. É necessário entender, por exemplo, o que é a pegada de carbono, o que é o ciclo de vida, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o que de fato é o impacto positivo na questão ambiental e social. Ter uma construção de um conhecimento muito mais amplo do que aquele que adquirimos durante a graduação.
O que pensar sobre a formação profissional no contexto das carreiras verdes?
Quando falamos de formação profissional, existe algo que espero muito que aconteça. Que é uma formação profissional que tenha como base o conhecimento técnico necessário, mas que também tenha um conhecimento sobre as mudanças climáticas, os recursos naturais, os ciclos de vida da natureza, a pegada de carbono, a justiça social e outros temas relacionados. É uma formação técnica que não exclui uma formação cidadã, uma formação que mobiliza as pessoas, tanto afetivamente de se importar com o mundo, quanto na construção de pensamento crítico sobre políticas sociais, políticas públicas e justiça social. É necessário uma formação que passe por três vias: uma formação técnica, uma formação que considere questões ambientais e uma formação cidadã. Por exemplo, incluindo ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), temas sobre mudanças climáticas, refugiados climáticos, etc. nas disciplinas das escolas e universidades. Todos esses temas precisam ser considerados em uma formação de uma carreira verde.
Os profissionais precisam se perguntar: a minha área de atuação profissional hoje, ou em um futuro próximo, como ela pode contribuir para o desenvolvimento sustentável e regenerativo? Como ela pode impactar positivamente as questões ambientais e sociais? Estamos vivendo uma transição no mundo, não será possível no futuro separar o trabalho dessas questões. É necessário repensar o quanto nos importamos e como podemos nos colocar como atores em uma construção de um mundo melhor.
Considerações finais: É importante que as pessoas entendam, no quesito esverdeamento das carreiras, que a formação nas instituições de ensino no Brasil ainda está distante do ideal. Isso faz com que tenhamos que buscar conhecimento “por fora”. As pessoas irão fazer todas as atividades acadêmicas, procurar estágios e fazer uma formação técnica para atuar em áreas tradicionais. Paralelamente a isso, precisarão buscar por conta própria conhecimentos que agreguem valor para as carreiras verdes. Isso pode ser feito ao longo da graduação e, claro, através de cursos de especialização, mestrado ou doutorado após o término do curso superior. Além disso, investir em networking, seja através de um trabalho voluntário, experiências de estágio e iniciação científica, participação em grupos e eventos, é um fator que colabora muito para acessar oportunidades e ter suporte social para enfrentar os desafios inerentes a qualquer trajetória profissional. Estudar inglês é um fator determinante para o acesso ao conhecimento e a oportunidades, pois há muita pesquisa e oportunidades de trabalho para carreiras verdes em outros países e saber inglês pode abrir portas interessantes para a carreira.
-Ficaram interessados, querem mais informações? Vocês podem saber mais pelas redes sociais da Daniela, o instagram é @danielaclivatti.carreiras e o site é https://www.carreirasverdes.com/. Neles é possível encontrar artigos e materiais que explicam a noção de carreira verde, como também outras informações complementares.
Entrevista com a professora Samiria Silva: crise energética e o futuro dos recursos hídricos
Por Paulo Souza
Conte um pouco sobre a sua jornada pessoal e profissional dentro da UFC.
Ingressei na UFC em 2003 para cursar Engenharia de Pesca. Na graduação fui bolsista do Programa de Iniciação à Docência - PID e depois migrei para o Programa de Educação Tutorial – PET. Os dois programas propiciaram-me experiências na área acadêmica relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão. Além disso, foram fonte de renda para mim como é para muitos de nossos estudantes.Profissionalmente, trabalhei na Coordenadoria de Pesca da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, mas o anseio pela carreira acadêmica fez-me voltar à UFC para cursar o Mestrado em Economia Rural.
No Doutorado migrei do Centro de Ciências Agrárias para o Centro de Tecnologia e no CT fui aluna da Pós-Graduação em Engenharia Civil – Recursos Hídricos (POSDEHA), e iniciei as pesquisas ligada a Planejamento, Gestão e Economia dos Recursos Hídricos. No Grupo de Pesquisa de Risco Climático e Sustentabilidade Hídrica (GRC) tive oportunidade de trabalhar em pesquisas conduzidas por problemas reais e associadas às instituições de gestão e planejamento de recursos hídricos.
Em 2018 voltei para o Centro de Tecnologia ligada ao Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental por meio de outro concurso público para professora. Sou filha e neta de professoras do ensino básico e tive contato com as dificuldades e prazeres da profissão. A universidade foi o meio que busquei para alinhar o ensino e a pesquisa científica. Nela, tive a sorte de ter encontrado grandes professores e cientistas que inspiram a minha caminhada e também tenho a sorte de sempre ter tido o apoio da minha família, em especial, do Anderson Brandão, meu esposo.
Hoje sou Vice Coordenadora do POSDEHA, coordeno projetos vinculados ao CNPq, Funcap, Cagece e Cogerh. Sou integrante do Programa Ciência e Inovação em Recursos Hídricos, membro do Comitê de Bacia Hidrográfica da RMF, representante suplente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, além de orientadora de pós-graduação e graduação e revisora de artigos científicos.
Poderia explicar a respeito da pesquisa que você faz? O que é? Como funciona? Que pesquisas são feitas?
Trabalho com Planejamento, Gestão e Economia dos Recursos Hídricos. Nessa temática estudamos a alocação de água, os instrumentos de gestão (em especial a cobrança pelo uso da água bruta), a relação água e economia regional, entre outros aspectos. É uma linha de pesquisa que requer o envolvimento do pesquisador com as instituições de recursos hídricos e o conhecimento dos problemas e práticas da gestão. Três projetos explicam o que tenho trabalhado, atualmente:
1. Projeto Matriz Hídrica de Abastecimento de Fortaleza – É um projeto de planejamento de recursos hídricos, pois buscamos olhar o futuro e suas incertezas para auxiliar na tomada de decisão sobre a segurança hídrica da cidade. O projeto visa construir um modelo de expansão da oferta hídrica do Sistema Integrado de Abastecimento de
Água de Fortaleza (SIAA-Fortaleza) de forma a diversificar a matriz hídrica considerando a incorporação de fontes alternativas. O modelo consiste em determinar a combinação de fontes hídricas (águas superficiais, dessalinização, reuso de água industrial, reuso de água residencial e cisternas) e suas respectivas capacidades de oferta de água, minimizando os custos ao mesmo tempo em que reduzem o risco de falha no atendimento a demanda.
A diversificação é uma estratégia para promover a segurança hídrica em períodos de seca extrema visto a correlação existente entre as águas superficiais e a precipitação. Temos que buscar a diversificação das fontes para enfrentar as crises hídricas e também as energéticas. Lembrando que as secas são características do nosso clima, assim, temos que nos adaptar e buscar meios para reduzir a vulnerabilidade da sociedade.
2. Contabilidade Macroeconômica da Água – Neste projeto, buscamos olhar os recursos hídricos sob a ótica da macroeconomia, diferenciando-se da clássica ótica microeconômica. Por meio dele, e com o apoio do IPECE, construímos a Matriz Insumo-Produto de Recursos Hídricos, que é um modelo que nos permite analisar as relações entre a alocação de recursos hídricos e os setores de produção. Com isso, podemos identificar os setores-chave para a estrutura econômica do estado observando os fluxos hídricos e estimar o nível de impacto de cada um desses setores no intuito de evidenciar características sistêmicas na economia regional e subsidiar o estabelecimento de prioridades de uso da água e a avaliação da segurança hídrica. Ressalto que estamos no semiárido e entender a relação água e economia torna-se primordial para definirmos uma economia regional adaptada às nossas condições climáticas e que promova a sustentabilidade hídrica.
3. Projeto Gerenciamento da alocação de água para a promoção da sustentabilidade hídrica – É um projeto que busca analisar os riscos e incertezas da alocação de água no sistema Jaguaribe-Metropolitano, principal sistema de abastecimento de água bruta do estado. Esse tipo de pesquisa é relevante, visto que, a alocação de água, no contexto de escassez hídrica relativa, tem o desafio de distribuir o risco climático entre agentes econômicos e sociais. No âmbito desse projeto também estudamos a cobrança pelo uso da água bruta e os custos associados à transferência de água entre regiões hidrográficas, pois temos que avançar na compreensão do valor da água.
Quais benefícios isso pode exercer na sociedade e como os cursos do CT podem contribuir para melhorar essa questão?
Todas as pesquisas estão relacionadas a problemas reais do nosso estado. Especificamente, as pesquisas têm ajudado a aprimorar os instrumentos e as práticas de gestão de recursos hídricos, a construir ferramentas tecnológicas e técnicas que auxiliam na tomada de decisão. Além disso, o nosso grupo de pesquisa tem buscado levar os conhecimentos técnicos para os atores sociais envolvidos na gestão dos recursos hídricos, por meio de contribuições junto aos Comitês de Bacias Hidrográficas. Os cursos do CT podem contribuir na formação de pessoal qualificado para lidar com as questões relacionadas à crise hídrica e energética e para pensar em soluções técnicas e tecnológicas.
MEIO AMBIENTE Falando com o professor Paulo Alexandre sobre a energia renovável solar
Por Paulo Souza
Conte um pouco sobre a sua jornada pessoal e profissional na UFC.
Sou prata da casa, fiz minha graduação (Eng. Química), mestrado e doutorado (Eng. Civil) na UFC. Após a graduação, trabalhei um tempo na indústria de bebidas e fiz consultoria de engenharia, enquanto fazia o mestrado e doutorado. Perto do fim do doutorado, entrei como professor substituto de Estatística na UECE, de onde trago boas lembranças e amigos.
Quando terminei o doutorado (2006), fui convidado pela Profa. Maria Eugênia (minha orientadora de iniciação científica da graduação) para trabalhar aqui como professor visitante, o que durou dois anos. Pouco tempo após esse período, teve um concurso para professor efetivo na área de Mecânica dos Fluidos do então Departamento, de Engenharia Mecânica e de Produção, no qual fui aprovado.
Então, desde 2008, sou professor efetivo da instituição, tendo publicado vários trabalhos, além de várias orientações com pessoas espetaculares.
Poderia explicar a respeito da pesquisa que você faz em energias renováveis (solar)? O que é? Como funciona? No que sua pesquisa foca? Meu vínculo com Energia Solar vem desde o início da minha formação, ainda na iniciação científica. Minha orientadora, Profa. Maria Eugênia era uma visionária e já percebia há quase três décadas o papel que a energia vinda do Sol iria ter na nossa sociedade.
Ela fundou um dos primeiros laboratórios de pesquisa sobre o tema do Brasil, de onde saiu gente muito boa e que abriu muitas portas para a inserção dessa temática no desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. Assim, nunca perdi meu vínculo com a pesquisa em energia solar, mesmo tendo, também, a energia eólica como eixo de atuação, por conta da área do meu concurso (Mecânica dos Fluidos).
Nosso foco é o aproveitamento térmico, e vi muito da evolução do tema ao longo de todo esse tempo, vindo desde coletores, dessalinização, aplicação em ciclos de potência e agora estamos nos engajando na produção de hidrogênio verde a partir de fonte solar.
Quais os benefícios que ela pode exercer na sociedade? Na nossa cidade, por exemplo. Definitivamente a energia solar é a maior responsável pela vida na Terra, sendo praticamente sua única fonte de energia, e considerada infinita dentro do horizonte de existência humana. Os usos, as formas de aproveitamento, as tecnologias envolvidas, estes vêm evoluindo (me arrisco dizer) há séculos, o que, brincadeiras à parte, vai garantir que não nos livremos dela tão cedo. A tecnologia que envolve o aproveitamento da energia vinda do Sol abrange temas diversos e variados ramos do conhecimento, o que faz com que a pesquisa na área se mantenha no topo dos interesses por um longo tempo, e sem prognóstico de arrefecimento. Fortaleza, uma grande cidade em todos os aspectos, vem se beneficiando tanto pelo aproveitamento local direto, por meio de painéis fotovoltaicos, o que só tende a crescer, como pelo potencial de aproveitamento de tecnologias mais recentes, como usinas com ciclo de potência e geração de hidrogênio verde. Isso tudo vem para fortalecer nossa vocação de sociedade sustentável.