CENTRO COMUNITร RIO Um espaรงo multiuso para todos
DAIANE LEMOS DE SOUSA FIAM FAAM | TFG 2017
FIAM FAAM CENTRO UNIVERSITÁRIO
DAIANE LEMOS DE SOUSA
CENTRO COMUNITÁRIO
SÃO PAULO 2017
FIAM FAAM CENTRO UNIVERSITÁRIO
DAIANE LEMOS DE SOUSA
CENTRO COMUNITÁRIO
Trabalho Final de Graduação apresentado à banca Examinadora da FIAM-FAAM Centro Universitário, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob orientação do Prof. Marciel Peinado.
SÃO PAULO 2017
SOUSA, Daiane Lemos de. Centro Comunitário Pirituba. Daiane Lemos de Sousa – São Paulo, 2017. 110 páginas. Notas 1. Centro Comunitário 2. Pirituba 3. Comunidade
DAIANE LEMOS DE SOUSA
CENTRO COMUNITÁRIO
Trabalho Final de Graduação ao curso de Arquitetura e Urbanismo sob orientação do Professor Marciel Peinado. Defendido e aprovado em_____ de ____________ de 2017, pela banca examinadora constituída pelos professores:
Marciel Peinado FIAM FAAM - Orientador
Ana Gabriella Guimarães FIAM FAAM - Professora
Paulo Pignanelli Convidado
SÃO PAULO 2017
AGRADECIMENTOS
Primeiramente aos meus pais, Eliene Rodrigues Lemos e Antônio Lúcio de Sousa, obrigada pelo o apoio e incentivo, pelo amor incondicional, por me ensinar sempre o caminho do correto para me tornar uma pessoa de bem. Aos professores do curso, pelo amor que sentem em passar conhecimento aos seus alunos, por passar para nós o verdadeiro sentido da Arquitetura e Urbanismo. Sem vocês, professores, não chegaríamos até aqui. Em especial, ao meu orientador, Professor Marciel Peinado, por sua atenção, dedicação e paciência. Á Fábio Ryoiti Okamura, a pessoa mais gentil e humilde que já conheci, sempre compreensivo, me apoiando nos momentos mais difíceis, me ensinando sempre ser uma pessoa melhor. Obrigada por estar ao meu lado nesta etapa. Por fim, aos amigos e colegas que fiz nesses cinco anos do curso, por todas as noites de trabalho juntos, pelas angústias nas entregas dos trabalhos, pelo companheirismo em dias de provas, pelas brigas e risadas, meus futuros parceiros de profissão, que ficarão sempre em minha memória. Muito obrigada!
“Para mim todo dia é algo novo. Encaro cada projeto como uma nova insegurança (...), entro e começo a trabalhar sem ter certeza para onde estou indo – se soubesse para onde estou indo, não faria nada” Frank Gehry
RESUMO
Este trabalho acadêmico apresenta uma proposta de projeto arquitetônico de um Centro Comunitário no bairro de Pirituba, região Noroeste da cidade de São Paulo. O projeto tem como objetivo, proporcionar a integração social e cultural em uma região mais afastada da metrópole, proporcionando para a população em sua volta, um equipamento com diversos usos que pode ajudar a suprir carências que a área oferece, promovendo a valorização da região, tornando-se uma referência para a comunidade e o seu entorno. Palavras-chave: Centro Pirituba. Jaraguá.
Comunitário.
Comunidade.
ABSTRACT
This academic paper presents a proposal for the architectural design of a Community Center in the Pirituba neighborhood, Northwest region of the São Paulo City. The project aims to provide social and cultural integration in a region farthest from the metropolis, providing the population around it a variety of uses that can help to fill the needs of the area, promoting the appreciation of the region, making it a reference for the community and your surroundings. Keywords: Community Center. Community. Pirituba. Jaraguá.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 17 1 1.1 1.2 1.3 1.4
CONCEITUAÇÃO DO TEMA Centro Comunidade Centros Comunitários, o que são? Finalidade
19 20 20 20 21
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6
ANÁLISE SOCIOECONÔMICA E URBANÍSTICA Análise Macro: O bairro Histórico Características Análise Micro: O terreno Levantamento Fotográfico Legislação
23 24 29 34 42 44 49
3
REFÊNCIAS PROJETUAIS
51
4 PROPOSTA 4.1 Apresentação 4.2 Partido Arquitetônico 4.3 Diretrizes de Projeto 4.4 Programa de Necessidades 4.5 Estudos de Formas 4.6 Descrição Técnica do Projeto 4.7 Estrutura 4.8 Peças Gráficas do Projeto
63 64 65 66 67 70 74 76 79
CONCLUSÃO
106
REFERÊNCIAS 107
INTRODUÇÃO
O projeto a seguir, é resultado de uma série de fatores, ideias e soluções que foram adotadas para atender as necessidades e expectativas que a região exige com base em análises feitas. No primeiro capítulo será abordado, brevemente, a conceituação do tema, a relação do Centro Comunitário com a população, com a cidade, a necessidade do Centro Comunitário no mundo contemporâneo e sua importância na sociedade e no bairro. No segundo capítulo, apresentaremos uma análise urbana e socioeconômica, tendo como primeiro momento uma abrangência em uma escala macro, com dados atuais do bairro e seu entorno e uma abordagem no Contexto Histórico da região. Em seguida, partimos para um estudo urbano na escala micro, com análises mais aproximadas do terreno onde será inserido o projeto proposto. No terceiro e último capítulo, veremos inicialmente, dois projetos que serviram de inspiração e referência projetual para elaboração apresentado. Após, iniciaremos a apresentação da proposta do projeto para um Centro Comunitário, veremos a conceituação da sua morfologia, seu partido arquitetônico e estrutural, seu programa de necessidades, e por fim, uma descrição técnica do projeto e a suas peças gráficas.
17
CONCEITUAÇÃO DO TEMA
1
1.1 CENTRO
Com diversos significados, os Centros referente a lugar, ao um espaço físico, são áreas que possuem intensas atividades e são lugares onde as pessoas se reúnem para qualquer finalidade. Os Centros promovem para o seu entorno um maior crescimento e desenvolvimento e é onde acontece as principais ações de um determinado lugar.
1.2 COMUNIDADE
Comunidade pode ser entendida como um grupo de tamanho variável de pessoas, que compartilham interesses em comuns, são residentes em uma área geográfica especifica, como: aldeias, bairros ou cidades, atuando coletivamente para alcançar algum objetivo ou uma meta, seus integrantes podem ser interligados por suas histórias, ideologias ou conquistas.
1.3 CENTROS COMUNITÁRIOS, O QUE SÃO?
Os centros comunitários, são espaços multiuso que proporciona diversas atividades voltadas para a família e para a sua comunidade, eles trazem recursos e equipamentos que podem contribuir para o desenvolvimento da região local e do seu entorno.
20
Com apoio coletivo, os Centros Comunitários trazem ações para prevenir futuras problemáticas sociais, onde a participação da população é importante para que haja discussões que estimulam ideias para trazer melhorias para aquele local.
1.4 FINALIDADE
Os centros comunitários têm como objetivo a integração social, cultural e cidadã das pessoas em territórios mais carentes, onde ele possa contribuir no desenvolvimento dessas áreas que também predomina a falta de equipamentos em assistência humanitária, cultural e de lazer. “O centro comunitário é uma estrutura polivalente onde se desenvolvem serviços e atividades que, de uma forma articulada, tendem a constituir um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento
local,
colectivamente
assumido.” (BONFIM et. al., 2000).
Além de prestar a assistência social, os centros comunitários promovem o conhecimento, e trazem o interesse da população para a elaboração de projetos para o seu bairro.
21
ANÁLISE SOCIOECONÔMICA E URBANÍSTICA
2
2.1 ANÁLISE MACRO: O BAIRRO
Localizada na região Norte da cidade São Paulo, a Subprefeitura de Pirituba compõe-se com os distritos de Pirituba, Jaraguá e São Domingos. Com 437.592 habitantes possui um total de 54,70 km² de extensão, fazendo divisa também com as subprefeituras de Perus, Lapa, Freguesia do Ó e Brasilândia
JARAGUÁ
PIRITUBA
SÃO DOMINGOS
Prefeituras Regionais
Pirituba
Área (km²)
População (2010)
Densi. Demográfica (Hab/km²)
Jaraguá
27,6
184.818
6.696
Pirituba
17,1
167.931
9.821
10
84.843
8.484
54,7
437.592
8.000
Distritos
São Domingos TOTAL
24
Figura 1: Estado de São Paulo > Municipio de São Paulo > Subprefeitura de Pirituba e seus distritos. Elaboração Própria.
Tabebela 1: Dados demográficos dos distritos pertencentes a Subprefeitura de Pirituba. Fonte: http://www. prefeitura.sp.gov.br
Dimensão/Indicador
2004
2005
2006
1.1 População com renda per capita familiar inferior a 1/2 salário mínimo (%) 1.2 Domicílios com rede de esgoto (%)
11,37
11,37
11,37
86,86
86,86
86,86
1.3 Analfabetos com 15 anos ou mais (%)**
7,75
5,20
5,20
1.4 População residente em domicílios com densidade maior que três moradores por dormitório (%) 1.5 Responsáveis pelo domicílio com escolaridade precária (menos de 4 anos de estudo) (%)** 1.6 População residente em favela (%)**
18,72
18,72
18,72
37,53
16,70
16,70
13,06
13,06
12,56
1.7 Taxa média de desemprego (%)
18,90
15,20
15,20
1.8 Coeficiente de Mortalidade Infantil (mortos por mil nascidos vivos)
16,88
14,46
15,29
45,99
30,78
27,18
297,98
315,95
70,66
126,84
74,23
55,80
4,90
4,30
4,20
3.1 Não aprovação e evasão - Ensino Fundamental (%)
4,60
4,24
7,48
3.2 Alunos com defasagem idade/série - Ensino Fundamental (%) 3.3 Não aprovação e evasão - Ensino Médio (%)
12,86
9,34
8,18
22,16
12,39
25,90
3.4 Alunos com defasagem idade/série - Ensino Médio (%)
34,79
30,77
23,79
3.5 Taxa de adolescentes que cumprem medida socioeducativa (ocorrências por 100 mil jovens de 14 a 18 anos) 3.6 Taxa de internação de crianças até 4 anos por Infecção Respiratória Aguda (IRA) (ocorrências por 100 mil crian¸as nesta faixa etária) 3.7 Taxa de internação de crianças até 14 anos, vitimas de agressão (ocorrências por 100 mil crianças nesta faixa etária) 3.8 Relação oferta e demanda de vagas nas creches da rede municipal (nº de candidatos por vaga)
641,52
328,48
350,21
8,48
12,67
10,48
0,96
6,65
2,84
*
*
1,14
Socioeconômica
Violência 2.1 Taxa de homicídios e tentativas de homicídios (ocorrências por 100 mil habitantes) 2.2 Taxa de Lesão Corporal Dolosa (ocorrências por 100 mil habitantes) 2.3 Taxa de homicídios de homens de 15 a 29 anos (ocorrências por 100 mil habitantes nesta faixa etária) 2.4 Mortes por ação policial (%) Criança e Adolescente
Tabela 2: Dados Comparativos 2004 a 2006. Amarelo Sem mudanças. Laranja: Piora. Verde: Melhora. Fonte: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/simdh/compara/dc_pirituba.htm
25
Conforme os dados analisados, a subprefeitura de Pirituba obteve melhorias principalmente em relação a violência, podemos observar um caimento para 70% na taxa de Lesão Corporal Dolosa, um percentual significativo, já que em 2005 como mostra os dados na tabela 2, era quase 300% a taxa de Lesão Corporal Dolosa. A região possui umas das rendas mais baixas de São Paulo, conforme o mapa1 , 20 a 45% da população possui renda de até 3 salários mínimos. O bairro de Pirituba e São Domingos atualmente pertencem ao Grupo 3, na escala de Vulnerabilidade Juvenil, onde engloba 25 distritos que se posicionam em uma escala intermediária de vulnerabilidade. Já o bairro do Jaraguá, está no grupo 4, que engloba 22 distritos que se classificam em segundo lugar entre os mais vulneráveis.
26
Figura 2: Distribuição de Domicílios, Segundo Faixa de Renda. Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.
DISTRIBUIÇÃO DE DOMICÍLIOS, SEGUNDO FAIXA DE RENDA
Até 10% De 10,01 a 20,00 De 20,01 a 30,30 De 30,01 a 45,00 De 45,01 a mais
27
ESCALA DE VULNERABILIDADE
Até 21 Pontos De 22 a 38 Pontos De 39 a 52 Pontos De 53 a 65 Pontos Mais de 65 Pontos
28
2.2 HISTÓRICO
A área onde se desenvolveu os bairros de Pirituba e Jaraguá era ocupada por grandes fazendas cafeeiras, de propriedade de pessoas de grande influência política na época, sua paisagem, consistia em cafezais, pastos e matas, e possuía poucos habitantes. As fazendas de maior destaque eram: Fazenda Barreto, de propriedade do médico e político Luiz Pereira Barreto, a Fazenda do Brigadeiro Tobias, marido da Marquesa de Santos, a “preferida” do imperador dom Pedro I, e a Fazenda Jaraguá, em grande parte propriedade do Governo de São Paulo até os dias de hoje. A região se desenvolve graças as grandes fazendas de café unido a influência dos seus proprietários que faz com que seja construída a estação de Pirituba da São Paulo Railway, em 01 de fevereiro de 1885 para transportar imigrante e carregamentos de café que se destinavam ao porto de Santos. O bairro São Domingos tem origem nas fazendas do Coronel Anastácio de Freitas Trancoso, que cultivava cereais, café e chá. Com a morte do coronel em 1839, seus descendentes venderam a fazenda em 1856 para o Brigadeiro Tobias que depois, em 1917, vende as terras para a Companhia Armour do Brasil que as vende novamente para a Novo Mundo Investimentos Ltda. A partir de 1950, a Novo Mundo Investimentos Ltda loteia parte das terras dando origem ao Parque São Domingos.
Figura 3: Grupos de Vulnerabilidade Juvenil Distritos do Município de São Paulo 2000. Fundação SEADE.
Devido ao crescimento da indústria cafeeira em todo Estado de São Paulo e, depois, a transferência da produção de café para a zona da Av. Paulista, as fazendas se transformaram em pastos abandonados, sendo divididas posteriormente por seus proprietários (Luiz Pereira Barreto e Brigadeiro
29
Tobias) em pequenos sítios e vilas, em destaque a Vila Pereira Barreto, região central da povoação de Pirituba. Neste mesmo período Pirituba recebeu três importantes empreendimentos que é considerado como verdadeiros patrimônios do Bairro: a Fábrica de Tecidos, o Sanatório Pinel e a Capela São Luiz de Gonzaga, empreendimentos esses que não abordavam a produção de café e fizeram com que a região driblasse a saída do café, até então principal fonte econômica da região. Graças a esses empreendimentos a energia elétrica chega ao bairro, e novas industrias se firmam na região. Umas dessas industrias é a Companhia City de Desenvolvimento que foi responsável pelo surgimento de mais de uma dezena de bairros, a Cia ficaria com uma área destinada
30
Figura 4: Estação de Pirituba em 1885. Fonte: www.jornalspnorte. com.br
à criação de gado que a loteou, atraindo moradores e fábricas para a região. O nome de Pirituba vem de origem indigena e é resultado da palavra “piri”, que significa vegetação de brejo unido do aumentativo “tuba”, que na língua tupi significa “muito”. Em 1 de fevereiro de 2017, comemoram-se os 132 anos. Jaraguá, na língua Tupi significa Gruta do Senhor, Guarda do Vale ou Senhor dos Vales. Figura 5: Vista parcial da Avenida Mutinga, no bairro de Pirituba, em 1969 Foto: LEMYR MARTINS/ ESTADÃO CONTEÚDO/AE
O nome do bairro São Domingos é uma homenagem ao santo católico, São Domingos Sávio.
31
Figura 6: Mapeamento Sara Brasil. 1930. Fonte: Geosampa
Figura 7: Foto AĂŠrea. 1940. Fonte: Geosampa.
Figura 8: Mapeamento Vasp Cruzeiro. 1954. Fonte: Geosampa.
32
Figura 9: Gegran. 1975. Fonte: Geosampa
Figura 10: Ortofoto. 2004. Fonte: Geosampa.
Figura 11: Foto de SatĂŠlite. 2017. Fonte: Google Earth.
33
2.3 CARACTERÍSTICAS
Tererno do Projeto Cheios
Cheios e Vazios Podemos observar que há um adensamento predominantemente alto ao Sul do mapa, e ao o Norte, já um adensamento mais baixo. Observa-se que o território foi o ocupado sem um planejamento antecipado de vias e as edificações percorrem através do desenho do viário.
34
Figura 12: Cheios e Vazios. Escala 1:500. Elaboração própria. Refência: Google Earth e Geosampa.
Tererno do Projeto
Comercial
Indústrias e Galpões
Residencial
Misto. Res e Com.
Institucional
Uso Do Solo
Figura 13: Uso do Solo. Escala 1:500. Elaboração própria. Refência: Google Earth e Geosampa.
A região é predominantemente residencial, possui um comércio médio, porém bastante consolidado ao centro do mapa. Podemos notar a presença de poucas indústrias e grandes pontos de uso institucional.
35
Tererno do Projeto
1 à 3 Pavimentos 5 Pavimentos ou mais.
Gabarito Atualmente o entorno é predominantemente horizontal, não possuindo marcos arquiteônicos em sua paisagem, porém, a região se valorizou ao londo dos anos e com o interesse do mercado imobiliário, já podemos ver a expanção de empreendimentos mais vertais sendo construidos.
36
Figura 14: Gabaritos Escala 1:500. Elaboração própria. Refência: Google Earth e Geosampa.
Tererno do Projeto
Educação
Saúde
Assistência Social
Esporte
Terminal de ônibus Estação de Trem
Equipamentos
Figura 15: Equipamentos Escala 1:500. Elaboração própria. Refência: Prefeitura de São Paulo.
A região tem como umas das características possuir muitos pontos de infraestrutura urbana como: Terminal de ônibus, estação de trem da CPTM, comércios, escolas e dois shoppings centers nos arredores.
37
Tererno do Projeto
Fluxo Alto Fluxo Médio Fluxo Baixo
Fluxos de Veículos Como podemos análisar, a região possui dois grandes eixos que divide o entorno, esses eixos possuem fluxo intenso de véiculos. Observa-se que nos arredores o fluxo dimui, classificado-os como fluxo médio.
38
Figura 16: Fluxos de Veículos Escala 1:500. Elaboração própria.
Tererno do Projeto
Cota Mestre Cota Intermedária
Topografia
Figura 17: Equipamentos Escala 1:500. Elaboração própria. Refência: Prefeitura de São Paulo.
O entorno possui uma topografia bastante acidentada. Em suas extremidades, possui desnível de mais de 50m. Na parte central do mapa podemos ver que houve movimentação de terra, fazendo com essa região fique mais plana.
39
Tererno do Projeto
Predominância de Áreas Verdes
Áreas Verdes A Subprefeitura de Pirituba é considerada umas das regiões mais verdes da cidade de São Paulo, tendo como referências: o parque Estadual do Jaraguá, Parque São domingos e o Parque Cidade de Toronto, porém, podemos notar que no perímetro estudado, a existência de massa arbórea é muito baixa, observando-se que onde predominase áreas verdes é onde a topografia mais se acidenta.
40
Figura 18: Massa Armórea Escala 1:500. Elaboração própria. Google Earth e Geosampa.
Tererno do Projeto
ZM ZEU ZEIS ZEUP
Figura 19: Zoneamennto. Escala 1:500. Elaboração própria. Fonte : Google Earth e Geosampa.
Zoneamento No entorno predomina-se a Zona Mista (ZM) e Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU).
41
2.4 ANÁLISE MICRO: O TERRENO
Conforme a análise do entorno, observa-se que a região dispõe de diversos equipamentos de transporte muito próximos dos arredores, e por tanto, isso viabiliza o acesso fácil para quem vier de outras regiões para visitar o futuro empreendimento. O terreno possibilita acesso à Avenida Raimundo Pereira de Magalhães [1], importante avenida que proporciona acesso ao Rodoanel Mário Covas, a Rodovia dos Bandeirantes [2], e a Marginal Tietê [3], o terreno também está próximo à Avenida Mutinga [4], que facilita acesso rápido à Rodovia Anhanguera [5]. Com 3000m², o terreno está localizado em uma esquina, situada em um ponto estratégico, entre a Rua Arcangélica [6] e Av. Dr. Felipe Pinel [7], ao lado, possui dois ferros velhos, próximos ao terminal de ônibus de Pirituba [8] e da estação de trem Linha 7 Rubi da CPTM [9].
Figura 20: Imagem áerea. Sem escala. Fonte: Google Earth e Geosampa.
Figura 20: Imagem áerea aproximada do terreno. Sem escala. Fonte: Google Earth.
42
4
1
2 5 3
6
8
7
9
43
2.5 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Figura 21: Av. Raimundo Pereira de Magalhães. Umas das Av. mais importantes da Zona Norte, ao lado do terreno do projeto. Foto retirada pela autora.
Figura 22: Hospital Psiquiátrico Pinel. Importante Marco histórico do bairro. Foto retirada pela autora.
44
Figura 23: Andando pelos arredores, a regiĂŁo possui muitos sobaados de uso misto, residencial e comercial. Foto retirada pela autora.
Figura 24: Vista frontal do terreno na Rua ArcangĂŠlica. Foto retirada pela autora.
Figura 25: Vista da Rua Dr. Felipe Pinel. À direira, o terreno. Foto retirada pela autora.
45
Figura 26: Ferro velho ao lado do terreno. Vista da rua Dr. Felipe Pinel. Foto retirada pela autora.
Figura 27: Terminal de ônibus Pirituba, um dos mais movimentados da região da Zona Norte de São Paulo. Foto retirada pela autora.
Figura 28: Estão Pirituba. Rubi da CPTM. Av. Paula Ferreira. Foto retirada pela autora.
46
Figura 29: Vista da Rua Arcangélica, possuindo um fluxo alto de veículos e médio de pedestres. Foto retirada pela autora.
Figura 30: Vista da rua Rua Arcangélica, à direita, Rua Coníferas Foto retirada pela autora.
A região de Pirituba teve diversos investimentos de infraestrutura urbana ao longo dos anos, mas ainda enfrenta problemas sociais e culturais, por esses fatores, a região também é carente de equipamentos como espaços culturais, teatros, museus e bibliotecas e pode ser considerada como um bairro misto, pois possui muitas residências, comércios e serviços e abriga todas as classes sociais. Vendo isso, o terreno foi escolhido para abranger não só o entorno imediato, mas sim ocasionar a integração da população em uma escala maior.
47
Figura 30: Foto parcial da maquete do entorno.
48
2.6 LEGISLAÇÃO
O terreno está classificado segundo a nova Lei de Zoneamento nº 16.402, de 22 de março de 2016, como Zona mista (ZM).
Tabela 3: Dados retirados Via: Quadro 3 - Parâmetros de ocupação, exceto de Quota Ambiental. ANEXO INTEGRANTE DA LEI Nº 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016.
ZONA DE
QUALIFICAÇÃO
Coeficiente de Aproveitamento
ZONA MISTA
Taxa de Ocupação Máxima
C.A. mínimo
C.A. básico
C.A. máximo (m)
T.O. para lotes até 500 metros²
T.O. para lotes igual ou superior a 500 metros²
0,3
1
2
0,85
0,7
Recuos Mínimos (metros) Gabarito de altura máxima (metros)
28
Tabela 4: Dados retirados Via: Quadro 3A - Quota Ambiental. ANEXO INTEGRANTE DA LEI Nº 16.402, DE 22 DE MARÇO DE 2016.
Fundos e Laterais Frente (i)
Altura da edificação menor ou igual a 10 metros
Altura da edificação superior a 10 metros
5
NA
3 (j)
Cota parte máxima de terreno por unidade (metros²)
NA
TAXA DE PERMEABILIDADE (a) (b)
Perímetro de Qualificação Ambiental
Lote ≤ 500 m²
Lote > 500 m²
PA 3
0,15
0,25
49
50
REFÊNCIAS PROJETUAIS
3
51
CENTRO CULTURAL MUNICIPAL DA JUVENTUDE (CCJ) Conhecido popularmente como CCJ, ou Centro Cultural Ruth Cardoso (Antigo Centro de Cidadania da Juventude), e atualmente pelo decreto 50.121/2008, o CCJ ficou denominado como Centro Cultural Municipal da Juventude Ruth Cardoso, possui todo um programa para suprir as necessidades culturais e sociais ausentes na região da Vila nova Cachoerinha, pois, de acordo com a Fundação Seade, a localidade possui os índices mais altos de vulnerabilidade juvenil. Antigamente no local possuía uma construção que serviria como um sacolão, ela foi iniciada no mandato de Jânio Quadros, na segunda metade da década de 1980, mas não foi finalizada e sua estrutura ficou abandonada durantes anos conhecida também popularmente como “Esqueleto do Jânio”. Em 2005, a proposta de aproveitar o espaço para um centro cultural da juventude foi retomada graças a mobilização da população.
52
Figura 31: Entrada do CCJ. Fonte: http:// ongprojetogusmao04. blogspot.com.br
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Eiji Ueda (autor); Wanderley Ariza, Eliana Ramos e Laís Tescari (coautores) Área construída: 7.100m² Ano: 2003 - 2006 Localização: Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. Arquitetura: Moderna
O Centro Cultural Municipal da Juventude Ruth Cardoso tem como principais equipamentos: biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos, laboratório de idiomas, laboratório de pesquisas, estúdio para gravações musicais, ilhas de edição de vídeo e de áudio, ateliê de artes plásticas, sala de oficinas e galeria para exposições, além de uma ampla área de convivência e com computadores com acesso à internet. A região de Vila nova Cachoerinha é bastante afastada dos polos econômicos de São Paulo, não tendo equipamentos muitas opções culturais no seu entrono, sendo similar com o perímetro da região do futuro projeto em Pirituba. Seu programa foi a principal referência para a elaboração do Centro Comunitário em Pirituba, ele também foi escolhido pois é considerado o maior centro público dedicado aos interesses da juventude da cidade de São Paulo.
53
7 1 2
8 4
6
2 3
13 13
9
10
Figura 32: Planta do Pavimento Térreo. Fonte: http://www.cbca-acobrasil. org.br. Setorização elaborado pela autora.
2 5 6 5 2
MEZANINO 1.Circulação 2.Exposições 3.Depósito 4.Administração 5.Sanitáios 6.Copa 7.Camarim 8.Caixa-d’água
54
14
11 12
8
5
TÉRREO 1.Ambulatório 2.Vestiários 3.Depósito 4.Teatro de arena 5. Recepção 6.Circulação 7.Terraço 8.Exposições 9.Platéia 10.Palco 11Coxia 12.Camarim 13.Sanitários 14.Caixa-d’água
1
11 12
3
7
8
4 7
Figura 33: Planta do Mesanino. Fonte: http:// www.cbca-acobrasil.org.br. Setorização elaborado pela autora.
8
2 1 3 4 5
12
15 6 7 13
14
13
4
11 10
9
1º SUBSOLO 1.Telecentro 2.Espera 3.Sala de aula 4.Recepção 5.Terminais de computadores 6.Reuniões 7.Salas multiuso 8.Terraço 9.Guarda-volumes 10.Gibiteca 11.Áudio/videoteca 12.Biblioteca 13.Convivência 14.Sanitários 15.Circulação
14
Figura 34: Planta do 1º Subsolo. Fonte: http:// www.cbca-acobrasil.org.br. Setorização elaborado pela autora.
12
10
10 11
1
1
4
2
3
5
6 7 8
2º SUBSOLO 1.Núcleo multimídia 2.Ateliê 3.Oficina 4.Circulação 5.Lanchonete 6.Refeitório 7.Almoxarifado 8.PABXA 9.Aministração 10.Terraço 11.Sanitários 12.Jardim
9
11
Figura 35: Planta do 2º e último Subsolo. Fonte: http://www.cbca-acobrasil. org.br. Setorização elaborado pela autora.
55
PROGRAMA Setor
Ambiente
Social
Cultural
Educacional
Administrtivo
Serviços
Recreação Circulação TOTAL
56
Quant.
Área m²
%
Ambulatório
1
10
0,14
Sala de exposições
1
690
9,71
Teatro arena
1
490
6,9
Camarins
4
70
0,98
Platéia
1
165
2,32
Palco
1
130
1,83
Coxia
2
50
0,7
Telecentro
1
35
0,5
Espera
1
10
0,15
Sala de aulas
1
10
0,15
Recepção
2
20
0,3
Terminais de computadores
2
35
0,5
Reuniões
4
75
1,05
Salas multiuso
6
145
2,04
Guarda-volumes
1
30
0,45
Gibiteca
1
130
1,83
Áudio/videoteca
1
115
1,61
Biblioteca
1
460
6,47
Núcleo multimídia
2
60
0,84
Ateliê
1
30
0,45
Oficina
1
30
0,45
Administração
1
60
0,84
Sanitáios
8
165
2,32
Vestiários
2
45
0,63
Copa
1
10
0,15
Depósito
2
20
0,28
Lanchonete
1
35
0,5
Refeitório
1
15
0,21
Almoxarifado
1
10
0,15
Teraço livre
3
1220
17,18
Convivência
2
170
2,32
2560
36,05
7100
100
Circulação
CASA DE CULTURA EN KU.BE
Tabela 5: Programa de necessidades do Centro Cultural Municipal da Juventude Ruth Cardoso CCJ. Tabela elaborada pela autora.
Figura 36: Fachada da Casa da Cultura em Movimento Ku.Be. https://www. plataformaarquitectura.cl
A Casa da Cultura em Movimento Ku.Be, conhecida também como Centro Comunitário KU.BE, foi projetada para ser um ponto de referência tanto para a comunidade imediata quanto para a área de Copenhagen em geral. Seu objetivo era de se tornar uma nova extensão na paisagem urbana de Frederiksberg, e possibilitar a integração da comunidade para promover o desenvolvimento do bairro. Seu programa veio a partir de respostas a reuniões feitas pelos habitantes do bairro, onde foi pedido um edifício que toda população pudesse se apropriar, possibilitando o conhecimento de novas pessoas e melhorando a qualidade de vida das mesmas.
57
FICHA TÉCNICA Arquiteto: MVRDV, ADEPT Área construída: 3000m² Ano: 2009 - 2016 Localização: Frederiksberg, Dinamarca Arquitetura: Contemporânea
Para responder as premissas ditas a cima, o projeto possui diversas atividades como: teatro, áreas para esportes, áreas para aprendizagem e espaços onde o corpo e a mente são ativados para promover um estilo de vida mais saudável, independentemente da idade, capacidade ou interesse. Esse projeto trouxe como principal referência a morfologia de suas plantas, os pavimentos possuem linhas irregulares, que fez com que o arquiteto usasse das formas para setorizar o programa e proporcionar diversas atividades para os usários. A implantação do edifício veio em decorrência de pedidos da população com o objetivo do melhoramento do entorno, tendo similaridade com o conceito principal para um centro comunitário em Pirituaba.
58
5
1
7 4
6
3
2
Figura 37: Planta do do Pavimento Térreo. Fonte: https://www. plataformaarquitectura.cl. Setorização elaborado pela autora.
TÉRREO 1.Sanitários 2.Vestiários 3.Cozinha 4.Refeitório 5.Depósito 6.Recreação 7.Circulação
6
2
3 1
8 7
4
5
1º PAVIMENTO 1.Teatro 2.Exposições 3.Convivência 4.Área de estudos 5.Sanitários 6.Circulação 7.Admisnitração 8.Vazíos
Figura 38: Planta do 1º Pavimento. Fonte: https://www. plataformaarquitectura.cl. Setorização elaborado pela autora.
59
3
2 1
4 5 6
7 5
Figura 39: Planta do 2º Pavimento. Fonte: https://www. plataformaarquitectura.cl. Setorização elaborado pela autora.
2º PAVIMENTO 1.Teatro 2.Exposições 3.Área de estudos 4.Sanitários 5.Circulação 6.Admisnitração 7.Vazíos
5
2 7 1 5
1º PAVIMENTO 1.Teatro 2.Exposições 3.Convivência 4.Área de estudos 5.Sanitários 6.Circulação 7.Admisnitração 8.Vazíos
60
3
6 4
Figura 40: Planta do 4º e último Pavimento. Fonte: https://www. plataformaarquitectura.cl. Setorização elaborado pela autora.
PROGRAMA Setor Cultural Educacional Administrtivo
Serviços
Ambiente
Quant.
Área m²
%
Sala de exposições
2
240
8
Teatro
1
360
12
Espaço para Yoga
1
40
1,5
Área para oficinas
3
340
11,5
Administração
2
30
1
Sanitáios
6
200
6,7
Vestiários
1
20
0,7
Depósito
2
25
0,9
Cozinha
1
55
1,9
Refeitório
1
115
3,9
Recreação
Espaços livres
775
25,2
Circulação
Circulação
800
26,7
3000
100
TOTAL
Tabela 6: Programa de necessidades da Casa da Cultura em Movimento Ku.Be. Tabela elaborada pela autora.
61
62
PROPOSTA
4
63
4.1 APRESENTAÇÃO
O Centro Comunitário na região de Pirituba, será um espaço para a elaboração de projetos para a comunidade, visando melhorias no desenvolvimento intelectual e social em crianças, jovens, idosos e famílias, possibilitando a diminuição do fluxo de pessoas que atualmente vão para as áreas mais afastadas em busca de equipamento como este ou similares. Podemos ver, o território é carente de espaços de convívio, cultura e de recreação e para minimizar esses fatores, a imersão das pessoas em um espaço onde elas possam conviver em harmonia auxiliando no melhoramento de seu bairro, ajudando a redução dos efeitos da segregação social, é também um dos objetivos de projetos como este. Projetos como este, onde a população pode encontrar respostas para suprir ou auxiliar suas carências e suas necessidades. Além de promover todo uma parte cultural e de aprendizagem, ele ajudará no crescimento econômico da região e de seu entorno, transformando-se em um ponto de referência na região.
64
4.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO
Para a elaboração do projeto, foi utilizado como uma das premissas, o melhoramento dos acessos das pessoas na vinda ao edifício, pois no local, apresenta acentuado desnível topográfico. Essa diferencia de nível exigiu utilização de rampas, pois a colocação de escadas possibilitaria uma barreira para a permeabilidade imediata das pessoas. A arquitetura do edifício foi concebida em primeiro plano pela morfologia do terreno, o mesmo, está localizado em uma esquina que possui um desenho peculiar, e manter essa característica para “conversar” com o desenho do terreno foi uma das condicionantes para e elaboração da volumetria
65
4.3 DIRETRIZES DE PROJETO
Mais permeabilidade. No terreno existe uma diferença de nível de 5m, fazendo uma barreira para as pessoas cruzarem o lote. Paisagem, valorizar seu entorno. O terreno está voltado para a linha de trem 7 Rubi da CPTM, e em sua direção, não possui marcos arquitetônicos, pois na região predomine-se gabaritos baixos, de usos comerciais e residenciais, de no máximo 2 ou 3 pavimentos. Requalificar a área. A região possui bastante movimento de pessoas e veículos, porém não possui equipamentos de cultura e lazer junto a assistência social, a proposta de um edifício com múltiplas funcionalidades, poderá ser um marco para a região e seus bairros vizinhos, sendo o primeiro equipamento desse tipo na região.
66
4.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa foi elaborado conforme os estudos das referências projetuais e pensado para operar diversas atividades que pudessem desenvolver a criatividade das pessoas da região e ajudala-as de alguma forma. O programa é composto por:
Figura 41: A setorização em cada pavimento. Imagem elaborada pela autora.
67
TERRÉO
1º PAVIMENTO
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
265
SANITÁRIOS
36
RECEPÇÃO E ESPERA
100
REFEITÓRIO
225
COZINHA
36
DISPENSA
14
SANITÁRIO COZINHA
6
ADMINISTRATIVO COZINHA
30
SALA DE MATERIAL DE LIMPEZA
7
VESTIÁRIOS
42
DEPÓSITO DE LIXO
7
DEPÓSITO GERAL
7
DOCAS
95
TOTAL
965
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
200
SANITÁRIOS
36
RECEPÇÃO, ESPERA E QUARDA VOLUMES
116
ESPAÇOS PARA LEITURA
120
ACERVO BIBLIOTECA
165
ESPAÇO PARA ACESSO LIVRE A INTERNET
80
CABINE DE SOM
30
FUNDO AUDITÓRIO 90 LUGARES
140
ENSAIO
80
CAMARINS
30
FIGURINOS
13
TOTAL
2º PAVIMENTO
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
300
SANITÁRIOS
35
RECEPÇÃO E ESPERA
110
SALÃO PARA EXPOSIÇÕES
200
CAFÉ E LOJA
150
FOYER
80
AUDITÓRIO 90 LUGARES
140
DEPÓSITO DE FIGURINOS
60
DEPÓSITO DE INSTRUMENTOS
35
TOTAL
68
1200
1160
3º PAVIMEMENTO
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
80
SANITÁRIOS
35
RECEPÇÃO
33
ESPAÇO MULTIUSO
90
OFICINA
100
AULA DE ARTESANATO
80
AULA DE PINTURA E ESCULTURA
125
AULA DE CABELO E UNHA
70
AULA DE INFORMÁTICA
70
AULA MDE IDIOMAS
70
AULA DE CORTE E COSTURA
125
DEPÓSITOS TOTAL
4º PAVIMENTO
COBERTURA
12 1200
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
407
SANITÁRIOS
35
RECEPÇÃO
90
BRINQUEDOTECA
90
SALAS DE REUNIÕES
50
ASSOCIAÇÃO DO MORADORES
16
CONSULTÓRIO PSCOLÓGICO
16
ASSISTENTE SOCIAL
16
ALMOXARIFADO
16
DIRETORIA
16
COORDENAÇÃO
16
ADMINISTRATIVO
16
SECRETARIA
16
COPA
20
SALA FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES
90
TOTAL
960
CIRCULAÇÃO VERTICAL
50
JARDIM
1155
ESPAÇO ABERTO LIVRE
120
TOTAL
1325
TOTAL
5485m²
Tabela 6: Programa de necessidades do Centro Comunitário em Pirituba. Elaborado pela autora.
69
4.5 ESTUDOS DE FORMAS
Imagém a direita é um dos primeiros croquis realizados, mostrando a ideia de pé-deito duplo e a volumetria com propósito ter relação com a morfologia do terreno. A primeira ideia era ter uma grande abertura central e fazer um “jogo” com as lajes.
Figura 42: Croquis.
70
71
Segundo estudo realizado, as lajes ficaram mais robustas e as aberturas centrais da ideia inicial, se deu por aberturas nos cantos do edifício, proporcionando um pé-direito duplo como na ideia inicial e um melhor aproveitamento de cada andar. O desenho também ficou mais linear com linhas mais paralelas, e nessa etapa podemos observar a setorização do programa por pavimentos.
Figura 43: Croquis.
72
Figura 44: Croquis.
Nesse croqui, iniciava os estudos de estrutura, as caixas de elevadores, escadas e banheiros como um único núcleo rígido. Nessa etapa, a localização das vigas e pilares também foi pensada, pois os mesmos influenciariam constantemente mente no recorte e no desenho nas lajes e circulações.
73
4.6 DESCRIÇÃO TÉCNICA DO PROJETO
No pavimento térreo, o projeto possibilita acesso de pedestre por uma rampa que vence duas cotas de níveis, outra rampa na fachada sul foi estabelecida para acesso de veículos as vagas de estacionamento. Por com da legislação, um jardim contorna todo o perímetro de rampas, viabilizando o índice de permeabilidade que o terreno precisa. Nesse pavimento está localizado a parte de cozinha e refeitório, acesso a docas (carga e descarga de caminhão) e assim que entramos, nos deparamos com o 1º pé direito duplo na parte do refeitório. No primeiro pavimento está localizado o acervo da biblioteca e mesas para leitura ou reuniões de estudantes, no mesmo local, um espaço para acesso livre a internet. No segundo pavimento está o acesso ao público ao auditório para 90 pessoas, após a saída do público ao foyer, um grande salão para exposições ou amostras e um café. No terceiro pavimento está localizado toda a parte de cursos profissionalizantes, ateliês e oficinas, salas fechadas ou abertas unido ao um pé-direito duplo que persiste em todos pavimentos. No quarto pavimento foi proposto toda a parte filantrópica, com salas de assistência social, administrativa, secretária e uma brinquedoteca. Na cobertura, para reunião das pessoas, um grande jardim aberto contornando as platibandas da cobertura e bancos para uso livre e contemplação da paisagem.
74
Em cada pavimento possui aberturas nas lajes que proporciona uma visualização da paisagem mais ampla para quem está dentro e fora do edifício. Cada pavimento possui 3,35m de pé direito (do piso a laje), pois o mesmo não precisava de um pé direito muito alto, já que possui grandes aberturas em cada pavimento. Por conta da insolação estudada da região, na parte posterior do edifício (fachada Norte), a utilização de Brises foi fundamental para quebrar o sol que nessa fachada se predominava. Um corredor com banheiros e escadas de incendendo nessa parte de fachada, foi requerido já que a incendeia solar é mais alta nessa região e não poderia colocar salas neste local. O edifício visto de fora, possui transparência e leveza, sua fachada principal (fachada sul) possibilita ver toda a estrutura do complexo junto ao seu programa. O edifício possui fechamento de vidro para trazer essa transparência.
75
4.7 ESTRUTURA
As lajes se submetem a grandes cargas por conta do uso do projeto, como a biblioteca e auditório, os pavimentos do edifico também possuem grandes vãos livres de tamanhos variados, por essas razões, necessitou-se da utilização de dois grupos de tamanhos de pilares, o primeiro grupo na parte central da planta possui sessão circular em concreto armado de 1,45m de diâmetro, e o segundo grupo está localizado nas bordas da planta com sessão circular em concreto armado de 1,15m de diâmetro. Dado isso, para vencer esses vãos, também optou-se pela utilização da laje do tipo Grelha com Vigas Faixas moldadas no local. A laje grelha diferente das lajes maciças proporciona vencer grandes vãos com um tamanho menor de vigas.
Figura 45: Fachada Sul. Esquema Estrutural.
O edifico também está apoiado em duas caixas de núcleo rígidos com alvenaria estrutural, aproveitando a localidade inserida de banheiros e elevadores.
Figura 46: Fachada Norte. Esquema Estrutural.
76
77
4.8 PEÇAS GRÁFICAS DO PROJETO
R
AV
. D R.
FE
LIP
E
PIN
EL
80
RUA ARCANGÉLICA
RUA CONÍFERAS
AV. DR. FELIPE PINEL
81
82
83
84
85
86
87
88
89
8
10
5
2
90 1 3
4 6
7 9
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
CONCLUSÃO
Após os estudos e levantamentos realizados, para a realização do presente trabalho, concluímos que um projeto centro comunitário, pode ajudar a solucionar a ausência de equipamentos sócio cultural em bairros mais afastados e ajudar no desenvolvimento da população e no bairro como um todo. O projeto além promover uma nova centralidade, faz com que a região se valorize, tornam-se em ponto de referência para a população. Conforme os dados analisados, vimos que região é carente de espaços tanto sócio cultural, quanto de lazer, e por tanto, o projeto de um centro comunitário que engloba diversas atividades em um só lugar, traz vantagens e benefícios para aquele que residem nas regiões mais periféricas, auxiliando também em uma melhor qualidade de vida para todos.
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REFERÊNCIAS
BONFIM, C. J et. al. Centro Comunitário. Direcção-Geral da Acção Social. Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação. Lisboa, setembro de 2000. GEOSAMPA. Disponível em: <http://geosampa.prefeitura. sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx#>. Acesso em 15 Set 2017. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Disponível em: <http:// w w w. p r e fe i t u ra . s p . g o v. b r / c i d a d e / s e c r e t a r i a s / regionais/subprefeituras/dados_dedemografic/index. php?p=12758>. Acesso em 15 Set 2017. INFOCIDADE. Disponível em: <http://infocidade.prefeitura. sp.gov.br/index.php?sub=mapas&cat=8&mpgraf=1>. Acesso em 17 Set 2017. A ORIGEM DE PIRITUBA. Disponível em: <https://www. pirituba.net/pirituba/>. Acesso em 18 Set 2017. CASA DE LA CULTURA Y EL MOVIMIENTO, FREDERIKSBERG. Disponível em: http://arqa.com/arquitectura/proyectos/ mvrdv-y-adept-ganan-la-competencia-por-la-casa-de-lacultura-y-el-movimiento-frederiksberg-dinamarca.html. Acesso em 18 Set 2017. CENTRO COMUNITARIO KUBE. Disponível em: http://www. revistaplot.com/es/centro-comunitario-kube/. Acesso em 10 Abr 2017.
109
ESTRUTURA ABANDONADA FOI PONTO DE PARTIDA DO CENTRO PARA JOVENS. Disponível em: http:// w w w. c b c a - a c o b r a s i l . o r g . b r / n o t i c i a s - d e t a l h e s . php?cod=2622&orig=obras&codOrig=90143. Acesso em 10 Abr 2017. O QUE É COMUNIDADE. Disponível em: <https://www. significados.com.br/comunidade/>. Acesso em 01 Out 2017. CENTRO - DEFINIÇÃO, CONCEITO, SIGNIFICADO, O QUE É CENTRO. Disponível em:<https://edukavita.blogspot.com. br/2013/02/centro.html>. Acesso em 01 Out 2017. FUNDAÇÃO SEADE. ÍNDICE DE VULNERABILIDADE JUVENIL. Disponível em: <http://produtos.seade.gov.br/produtos/ ivj/index.php?tip=pri/>. Acesso em 10 Abr 2017.
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