PARQUE VERTICAL AÉREO:
EXPLORANDO NOVAS DIMENSÕES PROJETUAIS...
PARQUE VERTICAL AÉREO
EXPLORANDO NOVAS DIMENSÕES PROJETUAIS...
AUTOR: DANILO CAZENTINI MEDEIROS ORIENTADOR: RITA FANTINI TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO [TFG]
ARQUITETURA E URBANISMO UNISEB-COC RIBEIRÃO PRETO/SP 2012
"Nada grandioso foi conquistado sem entusiasmo" Ralph Waldo Emerson (1803-82) (KOOLHAAS, 2011, p.18)
"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará a seu tamanho original...” (Albert Einstein)
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AGRADECIMENTOS É difícil depois de um ano inteiro eleger certos nomes que resumem toda e qualquer atitude que direta ou indiretamente me auxiliaram, tornando meus dias melhores ou aqueles que tecnicamente me deram as ferramentas para “construir” no papel, por isso primeiramente agradeço a todos aqueles que durante 24 anos proporcionaram-me as oportunidades para que eu esteja aqui hoje. Agradeço primeiramente aos meus pais Marta e Sérgio, pelo amor, dedicação e confiança desde quando eu nem sabia o que era luz... Agradeço a minha família pelo apoio, pelo interesse e pelas reuniões de comilança sem fim porque saco vazio não para em pé, muito menos pensa... Agradeço a minha namorada e melhor amiga Gabi, por me aguentar nesse ano “correria” e estar sempre do meu lado independente do motivo ou humor...por demostrar carinho e amor nesses anos juntos e acima de tudo compartilhar o desejo de que esse tempo se multiplique eternamente. Agradeço meus amigos por me proporcionarem momentos de distração e lazer, o que foi fundamental para a digestão de idéias mantidas no limbo e a elaboração de novas... Agradeço a minha orientadora Rita Fantini, por abrir as portas de seu escritório semanalmente na tentativa de acompanhar-me nesse desafio, proporcionando ótimas idéias e garantindo o bom andamento do projeto. Agradeço aos professores: Vera Lúcia Migliorini e Ricardo Gomez por agirem praticamente como co-orientadores, auxiliando-me na revisão do trabalho e no desenvolvimento do mesmo. Agradeço muito ao coordenador César Muniz e a todos os professores da UNISEB pelos cinco anos de muito esforço que me proporcionaram as ferramentas para o ingresso no mercado de trabalho. Agradeço aos colegas de sala por uma convivência harmoniosa de 5 anos e que esta amizade se estenda através dos diferentes caminhos escolhidos. Por fim agradeço a Deus por tornar a matéria e a antimatéria realidade e proporcionar a experiência vital. MUITO OBRIGADO A TODOS! Fig.00
X-Y-Z Nos confins de quatro paredes, você, por você, a ignição cerebral diária e a luta para que os quatro cantos do monitor não te consumam, tudo deve ser absorvido, tudo deve ser analisado, o volume de cada livro persuadindo novas rotas e alternativas, madrugadas a dentro buscando organizar o espaço e entender a cidade, estímulos vindos do universo paralelo da mente para que o peso do dia não sobrecarregue suas pálpebras, toda ação é válida, todo rabisco é ouro, para que após trezentos e sessenta e cinco dias uma fagulha possa incendiar a vontade de moldar o futuro. Dan Medeiros - 10/11/2012
RESUMO
O crescimento populacional mundial, e a migração campo-cidade, implicam, progressivamente, a falta de áreas livres próximas aos centros urbanos, tendenciando ao espraiamento da cidade e ao uso constante do automóvel. Como consequência disso, ocorrem diversos problemas relacionados a qualidade de vida urbana e outros aspectos administrativos. O trabalho, por meio do levantamento de técnicas variadas de utilização do espaço projetual nos meios urbanos, evidencia novos métodos de apropriação dos limites da cidade mediante intervenção aérea e subterrânea. Esse procedimento seria desenvolvido pelo projeto de um parque ou área de utilização coletiva que se constroi nos interstícios das quadras e multiplica-se por uma estrutura modular variável adaptativa. De acordo com as teorias contemporâneas a favor do adensamento e verticalização, estudos arquitetônicos provindos do Japão e de alguns países orientais objetivam a minimização espacial em virtude da necessidade e o manejamento de mega estruturas no estímulo a sustentabilidade. Foi escolhida, como objeto de estudo, a área central da cidade de Ribeirão Preto/SP, que assim como a maioria das demais cidades do mundo, apresenta composição densa e vertical em comparação a outras áreas da cidade. Foram levantadas, além das características gerais, lotes e espaços potenciais de projeto (interstícios urbanos) que estariam, por sua vez, inutilizados ou subutilizados. Por meio da escolha do local de atuação, iniciou-se o desenvolvimento de um projeto que tem como objetivo compreender as características da “cidade-compacta sustentável” ao estruturar-se em sentido vertical aéreo em meio aos edifícios e volumes pré-existentes, formando um complexo e rico espaço de interação, circulação e contemplação. Esse projeto extrapola o sentido regular que constitui a denominação de uma área pública de lazer, assim como um parque na transição de uma área originalmente vasta em meio à compreensão dos centros urbanos. O programa é integrado por estruturas modulares pensadas com o objetivo de adição ou subtração ocasional, o que segue o desenvolvimento da malha urbana do entorno, oferecendo um programa que vise principalmente a interação e o uso alternativo de circulação e atividade dos habitantes locais. Além disso, a iniciativa atrai pessoas e investimentos, o que viria a tornar mais eficiente o deslocamento e a “habitabilidade”, ou seja, a maior e melhor qualidade de vida na área em questão. Nesse sentido, projeto como um todo fortalece demasiadamente as qualidades do crescimento vertical e evidencia as potencialidades urbanas da teoria da compactação.
ABSTRACT VERTICAL AERIAL PARK EXPLORING NEW DIMENSIONS OF DESIGN... World population growth and migration from rural to urban areas imply progressively lack of free areas close to urban centers, leading the city to spreading and to the constant use of cars. As aconsequence, many problems occur relating urban life quality and other administrative subjects. This work, by researching varied procedures for the use of designing space in urban environments, turns evident new methods of appropriating the inner limits of the city, by aerial and underground interventions. The proceeding would be developed by designing a park or an area of collective use, which is built on the interstices of the blocks and is multiplied by a variable and adaptable modular structure. According to the contemporary theories in favor of densification and verticalization, architectural studies from Japan and some asian countries aim spacial minimization due to both the need and management of megastructures for stimulus to sustainability. As an object of study, it was chosen the central area of the city RibeirĂŁo Preto(SP), which, like most cities in the world, presents dense and vertical composition compared to other areas within the city. Besides general features, other lots and potential spaces (urban interstices) were researched, which, for its turn, would be non- or sub-utilized. Been chosen the local to perform, the design development was started, which goal is to understand the characteristics of the “sustainable compact cityâ€?, structuring it vertically amid the pre-existing buildings and volumes, forming a complex and rich space of interaction, circulation and contemplation. This project extrapolates the regular sense of what is called a public leisure area or a park, with the transition of an originally vast area as a means to understand the urban centers. The program is integrated by modular structures, having in mind occasional addition or subtraction, following the development of the surrounding urban mesh, offering a plan that aims mainly integration, alternate circulation and activity for local inhabitants. Besides that, the initiative attracts people and investments, which would make displacement and inhabitance more efficient, that is, a bigger and better quality of life at the mentioned area. There in, the design, as a whole, strengthens very much qualities of vertical growth and shows up urban potentialities of the theory of compactness.
ÍNDICE: 1.INTRODUÇÃO 2.URBANISMO- VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO X ESPRAIAMENTO E DISPERSÃO Novas teorias urbanas sobre verticalização e espraiamento + megaestruturas + áreas verdes aéreas. 3.ÁREAS VERDES URBANAS Parques e praças [tradicionais] e novas propostas NY 4. ÁREAS VERDES EM RIBEIRÃO PRETO Levantamento com análise crítica 5. PARQUE VERTICAL AÉREO Uma proposta [ Desenvolvimento do Projeto ]
1.INTRODUÇÃO
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m 1957, o primeiro satélite era lançado na órbita da terra. Depois de 40 anos, em 1997, enquanto Richard Rogers lançava seu livro “Cidades para um pequeno planeta” já haviam em média 400 satélites em órbita. (ROGERS, 2008:p.1/3). Hoje, 2012, são mais de 800... Apesar de quase a total extensão do nosso planeta estar mapeada e supervisionada por esses satélites, o ser humano ainda tem dificuldades de enxergar os diversos problemas que a falta de cuidados em relação aos recursos naturais podem causar ao planeta e sua organização. A constante luta entre o homem e a natureza só tende a acelerar o futuro caos, como nos filmes que presenciamos constantemente sobre temas de fim do mundo, apocalipse ou até mesmo pandemia, sempre presenciamos um cenário de destruição após uma vasta parte da população ter sido dizimada, com isso muitos deles mostram cidades e edifícios invadidos pelo verde, ou seja, é a natureza retomando o espaço que lhe foi tirado. Um filme em especial mostra essa ação natural de retomada de forma bem característica:”I’m the Legend” (Warner Bros., 2007) que mostra a tentativa de sobrevivência de um homem se ele fosse o último homem no planeta, com os edifícios e monumentos construídos, tomados inteiramente pela flora e a fauna, ou seja, não somente pelas criaturas ou pela ação, mas deve-se ter a percepção que em nossas cidades ainda não há uma divisão justa entre natural e artificial.
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Fig.01: Satélite fotográfico de exploração figurativo... Símbolo de uma banda de rock alternativo americana denominada “Cave-In”, na qual, foca seu trabalho na discussão de usos de tecnologia, o universo e a possibilidade de vida intergaláctica.
ÁTOMO: Representação gráfica Ilustrativa
Fig.02: Gráficos desenvolvidos a partir de estudos de sistemas numéricos de efeitos caóticos de onde surgiu a teoria do efeito borboleta (Similaridade do gráfico com as asas de uma borboleta).
“Teoria do Caos” - “Efeito Borboleta” – “O simples bater de asas de uma borboleta pode alterar o curso natural das coisas e assim, talvez, provocar um tufão do outro lado do mundo” – Lorenz, Edward - 1963
As cidades conformam-se como um acontecimento recente, se pensarmos em bilhões de anos que a história registra o passado do planeta terra, não sabemos ao certo o que veio antes disso e muito menos o que teremos de enfrentar com as constantes mudanças que o planeta vem sofrendo, tanto por ações naturais, mas principalmente por ações humanas ou artificiais. Apesar da vida de uma espécie ser momentânea e suas ações serem mínimas se comparadas ao tamanho e tempo de existência da terra, devemos considerar que toda ação humana, considerada na escala do microcosmo, tem uma relação ou rebatimento no macrocosmo. Deveríamos lembrar que estudos de física quântica já provaram que toda a matéria é composta por átomos, sendo sua organização e “velocidade de vibração” responsáveis por todas as formas conhecidas, que da mesma forma poderíamos pensar o ser humano e suas ações no planeta, na qual, a junção de uma atividade pode representar um feito totalmente positivo ou uma grande catástrofe. A “Teoria do Caos” utiliza a frase impactante do “Efeito Borboleta”, como uma alegoria que simboliza uma grande alteração determinada por algo pequeno. Sendo assim, poderíamos relacionar essa teoria diretamente com o organismo de uma cidade dependendo de cada bairro, cada bairro de cada vizinhança, cada vizinhança de cada edifício e cada edifício dos seus projetistas e usuários.
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Com essa dependência direta entre os componentes macros e micros das cidades, ou acima delas, podemos observar o desenho urbano regido por ações principalmente em favor da especulação imobiliária, da estocagem e circulação automobilística e segregação financeira. Essa ação em crescimento radial torna-se prejudicial no incentivo à dispersão urbana, tanto fisica quanto emocionalmente, dando-nos subsídios para repensarmos os distintos tipos de organização espacial nos quais as sociedades contemporâneas estão inseridas. Em países orientais como o Japão, por exemplo, onde há restrições espaciais para a expansão de malha urbana, além de diversos fatores que dificultaram e ainda dificultam sua ocupação, forçaram a busca por planos alternativos de ocupação considerando o aproveitamento de espaços como o subsolo, o ar e o mar para expansão de sua área úti. Como forma de sobreviver às imposições naturais, os japoneses buscaram a implementação de técnicas, adaptando-as às suas necessidades. Isso produziu uma riquíssima gama de produtos, tanto utópicos como concretos, que não somente solucionavam muitos de seus problemas, mas deixavam ao resto do mundo um novo modo de se pensar arquitetura e urbanismo... um novo conceito de cidade...
日本
Fig.03: Silhueta do mapa do Japão. Como uma mancha disforme e fragmentada, ocupação complexa.
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Em busca da definição organizacional da arquitetura, nos anos 20, Charles Edouard Jeanneret, mais conhecido como “Le Corbusier”, publica os 5 pontos da arquitetura, que além de buscarem uma formatação para a arquitetura moderna, já demonstravam as vantagens que alguns destes pontos traziam em função da sustentabilidade, como os “pilotis” e o “terraço jardim”, que já previam melhorias quanto a circulação e a disposição espacial da área de lazer, o que potencializaria o fluxo em geral, dando importância maior ao indivíduo.
O crescimento populacional mundial e a migração campo-cidade tornam cada vez maior a falta de áreas livres próximas aos centros urbanos, tendenciando ao espraiamento da cidade e ao uso constante do automóvel, o que causa diversos problemas em função da qualidade de vida urbana e outras dificuldades de gerenciamento. Cidades como Nova Iorque (Manhattan), Tóquio e Hong-Kong já se encontram em um grau elevado de adensamento e verticalização, o que nos leva a repensar novas formas de ocupação espacial. Em contrapartida, a situação de algumas cidades, em questão de área útil, não é tão crítica em comparação com os exemplos citados, sendo assim, estas cidades acabam apresentando seu crescimento em direção a um espraiamento, o que obriga seus habitante ao uso do veículo particular para se locomover entre suas diversas regiões, além de aumentar a poluição e encarecer a infra-estrutura que surge com o aumento das distâncias.
香港 Fig.04: Interpretação artística do caos das áreas centrais da cidade de Hong-Kong devido ao seu adensamento e falta de espaço físico. Sobreposição de moradias e seres...onde até os monstros orientais procuram seu lugar... Núvens como respposta?
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Apesar de várias cidades não se encontrarem na situação de superpopulação e super-adensamento, como é o caso de Ribeirão Preto, as possibilidades de utilização das técnicas já descritas poderiam vir a qualificar intensamente o desenho dessas cidades e até mesmo levantar os pontos positivos de ocupação vertical, tanto para o dia a dia de seus usuários quanto para a sustentabilidade sobre o terreno natural. Comumente, áreas de lazer como parques, bosques e clubes estão necessariamente localizados longe dos centros urbanos e longe de áreas com o mínimo de espaço disponível para a sua configuração, o que torna quase que obrigatório o uso de veículos para o seu acesso. Os poucos lotes ou áreas livres encontrados em meio às áreas mais densas das cidades são comumente utilizados como estacionamentos ou depósitos, o que vem a salientar o valor maior que é dado aos carros em comparação aos usuários, supremacia da máquina sobre o homem. Esse fato levanta a questão principal da possibilidade da existência de parques em meio a centros urbanos adensados, utilizando espaços de projeto como o ar e o subsolo, que são muito pouco explorados em programas desse tipo. Estacionamentos, edifícios ou casas abandonadas, praças pequenas e sub-utilizadas ou até mesmo lotes inutilizados acabam por incentivar uma ocupação imprópria ou irregular, o que os transforma em “palcos” perfeitos para o desenvolvimento de idéias que se baseiam na projeção de um parque vertical aéreo.
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Fig.05: Junção e colagem de imagens distintas com o intuito de ilustrar as distâncias das áreas verdes dos centros urbanos.
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2.ADENSAMENTO X DISPERSÃO
NOVAS TEORIAS URBANAS SOBRE VERTICALIZAÇÃO E ESPRAIAMENTO + MEGAESTRUTURAS + ÁREAS VERDES AÉREAS.
“O que é movimento? Uma forma de conspiração? Um cardume de peixes mudando de direção rapidamente? Uma forma de apresentação circense? Uma pirâmide humana instável? Ou simplesmente a crise que irrompe entre gênios para tornar impensável a continuidade do tradicional?” (KOOLHAAS, 2011: p.12)
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s cidades, hoje, encontram-se em estado de crescimento acelerado. Elas sempre estiveram em mudança contínua, mas MOVIMENTO MOVIMENTO ultimamente, estas mudanças acontecem CENTRÍPETO CENTRÍFUGO VERTICAL HORIZONTAL cada vez mais rapidamente. Os distintos espaços da cidade, produzidos pela demanda do sistema especulativo, são moldados de Fig.06: “Helix City” de Kisho Kurokawa - 1961 - Tokio, Japão acordo com a conveniência mercadológica Projeto conhecido do movimento dos metabolistas, cidade que se desenvolve em movimento helicoidal como um DNA em ocupação vigente, que cada vez mais fere o sentido humanista, ao produzir o espraiamento em aérea (Megaestrutura). sentido centrífugo horizontal, prejudicando a mobilidade e a interação entre os indivíduos, com a priorização do automóvel para a projeção do desenho urbano. Na década de 60, no Japão, um movimento de grande importância para a arquitetura (o último dos movimentos modernos) conseguiu provar que talvez, o crescimento devesse ser em outro sentido...uma idéia que abrangesse a multiplicação centrípeta vertical. O movimento dos “Metabolistas” foi de fundamental importância para o que se diz hoje sobre exploração de novos planos ou eixos de projeto, ou seja, o ar, o mar e o subsolo como possibilidades de apropriação.
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“[...]Onde a arquitetura ocidental é baseada em um mito da tábula rasa - um novo começo no velho mundo, Japão, apresenta uma falta de espaço sufocante, que faz a arte de planejar, intoleravelmente pressurizada, ou simplesmente fútil. Uma série de fenômenos naturais e/ou de origem humana, com intervalos de uma década, de repente, quase por acaso, oferecem ao Japão um vasto espaço aberto novíssimo que força a experimentação arquitetônica em grande escala.[...]. “(KOOLHAAS, 2011: p.57) O território japonês apresenta diversas limitações quanto à disponibilidade de área útil para o desenvolvimento de grandes cidades abertas e espraiadas, sendo que, de seu território total, apenas 25% pode ser aproveitado para inserção de malha urbana, o restante simplesmente é considerado território impróprio para a ocupação, composto por áreas íngremes e montanhas vulcânicas. Além dos aspectos físicos, deve-se ressaltar os acidentes atômicos provenientes da Segunda Guerra Mundial que acabaram por devastar uma porcentagem significativa do território japonês e os desastres naturais resultados de sua posição desfavorável nas área de atrito das placas tectônicas. Com esses fatores somados pode-se ter uma breve noção da situação que os arquitetos e urbanistas japoneses tiveram que enfrentar na missão de construir e re-construir o país, fazendo-os procurar por alternativas cabíveis que solucionassem os problemas existentes e até mesmo em algumas ocasiões fazendo-os recomeçar com o princípio da “Tábula Rasa”. Fig.07: Com todas as dificuldades do Japão, não é de se estranhar a figura do ‘Godzilla”, tirando uma folga, enquanto que os desastres naturais fazem todo o trabalho sujo...
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Fig.08: Maquete Física de “Clusters in the Air” de Arata Isozaki
“[...]Começando nos 45 metros de altura, uma rede de tetraedros interligados pairam sobre os edifícios existentes mantendo-os intactos, criando um chão artificial elevado para a habitação, livres da densidade e do tráfico das ruas abaixo[...]." (KOOLHAAS, 2011: p.41) Fig.09: O grande teto (Big Roof) de Kenzo Tange na Osaka Expo’70
Arquitetos de suma importância para esse movimento como Kenzo Tange e Arara Isozaki estão entre os principais difusores das idéias dos metabolistas na prática e teoria, respectivamente. As idéias de Isozaki pela ocupação aérea, apesar de radicais, são incrivelmente lúcidas e sensatas, ao nos depararmos com seu objeto de estudo, a cidade japonesa de Tókio...Ex: “Clusters in the Air” (Emaranhados no Ar) “[...]Tokyo não possui esperanças, Isozaki declara: Eu não irei mais considerar a arquitetura que está abaixo de 30 metros de altura... Eu estou deixando tudo abaixo de 30 metros para os outros. Se eles pensam que podem resolver a bagunça nessa cidade, deixe-os tentar.[...]” (ISOZAKI, Arata,1962 citado por KOOLHAAS, 2011: p.40). Kenzo Tange, por sua vez, além dos diversos trabalhos que foi responsável, destaca-se pelas idéias base que conformaram a grande exposição de Osaka de 1970, em que seu projeto, apelidado por “Big-Roof”, ou grande teto, baseou-se no uso de estruturas pré-fabricadas para a disposição de uma grande praça livre, onde a mutabilidade e a alteração eram priorizadas. Diversos arquitetos metabolistas merecem destaque ao analisarmos o movimento mais atentamente, mas o trabalho de Kenzo Tange e Arata Isozaki se sobrepõem ao considerarmos suas contribuições para a arquitetura japonesa e a sua inserção no mundo moderno, fazendo suas idéias ecoarem em caminho ao aperfeiçoamento dos fundamentos da arquitetura contemporânea.
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O que a população japonesa teve que resolver a partir da necessidade, o restante do mundo pode absorver como potencialidade. Em outras palavras, ou seja, as diversas soluções que os metabolistas japoneses propuseram desde 1960, até as soluções mais contemporâneas que vislumbram alternativas compatíveis com a vida em planos alternativos e expostos a variáveis naturais, podem ser consideradas lições de grande valor para aplicação em cidades ocidentais distintas. A discussão sobre a possibilidade da constituição de uma cidade aérea, uma mega estrutura que possa suportar os diversos sistemas de infra estrutura e transportes, além da disposição de áreas variadas com usos variados, é de extrema importância para pensarmos a situação das cidades hoje e em um futuro próximo. Há a tendência cada vez maior das cidades se aglomerarem, se compactarem e conseqüentemente se verticalizarem, não apenas pela própria economia espacial ou mesmo pela melhoria administrativa, mas sim, principalmente, pelo incentivo à sustentabilidade, à circulação do pedestre e à economia de recursos naturais e artificiais. “[...]Em nenhum outro lugar a implementação da ‘sustentabilidade’ pode ser mais poderosa e benéfica do que na cidade. De fato, os benefícios oriundos dessa posição possuem um potencial tão grande que a sustentabilidade do meio ambiente deve transformar-se no princípio orientador do moderno desenho urbano[...].” (ROGERS, 2008: p.1/5)
Fig.10: Representação de “City in the Air” (Cidade no ar) de Arata Isozaki, como outro exemplo de seus “Mega” projetos, Isozaki procura elevar a a cidade através de uma grande estrutura que se repete conforme a necessidade de crescimento.
ARATA ISOSAKI
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De acordo com Richard Rogers (1997: p.1/9 e 1/10) em sua referência ao cientista político Michael Walzer, o espaço urbano pode ser classificado em dois grupos distintos, os Monofuncionais e os Multifuncionais, como os próprios nomes já os descrevem. O primeiro pode ser entendido como espaços de atividade restrita, ou seja, geralmente desenvolvidos por incorporadores ou especuladores imobiliários, no qual objetiva-se exclusivamente o lucro pela ocupação espacial, já o segundo de maneira oposta, pode ser entendido como espaços de atividade mutável, variável, transformável, objetivando-se a qualidade espacial pela ação do usuário ou indivíduo. Essa caracterização de espaços urbanos define muito bem a divisão principal das cidades em geral, nas quais existe a luta constante entre o lucro e a qualidade, sendo que, infelizmente, na maioria das vezes presenciamos a supremacia do primeiro em relação ao segundo. “[...] Espaços monofuncionais x multifuncionais, infelizmente presenciamos ao primeiro eclipsar o segundo. O espaço multifunFig.11: Silhueta de uma volumecional deu lugar ao espaço monofuncional, e em seu encalço estria urbana qualquer, ilustrando o placo onde espaços multifuncionais tamos testemunhando a destruição da própria idéia de cidade[...].“ (ROGERS,2008: p.1/10) e monofuncionais “competem” sua existência. É utópico dizer ou achar que as cidades deveriam funcionar ao contrário, mas com toda certeza, elas teriam uma relação com seu usuário, com o homem de uma forma muito mais abrangente e inteligente, e conseqüentemente da mesma forma com o espaço natural.
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Espaços multifuncionais estão relacionados diretamente com o movimento metabolista, já que a escassez espacial forçou-os a aproveitar o mínimo oferecido nas planícies. Todo espaço é importante e deve ser pensado, não somente em função de seu aproveitamento, mas sim na variedade de opções que ele pode oferecer. “[...]A beleza cívica é resultado do compromisso social e cultural das comunidades de uma sociedade urbana. É uma força dinâmica que colore todos os aspectos da vida urbana até o projeto de seus edifícios[...].” (ROGERS, 2008: p.1/15) Os agentes produtores dos espaços monofuncionais, além de não se preocupar com o uso das áreas da cidades, são os principais responsáveis pelo movimento de dispersão das pessoas através do vasto território urbano. Prometem tranqüilidade e bem estar em condomínios fechados, longe do caos dos centros, e quando uma área fica cheia novamente, o mercado imobiliário parte em busca de novas áreas, mais distantes, sempre expandindo e alargando o traçado das cidades cada vez mais. Essa grande área a ser explorada nos arredores produz distância, que produz poluição, que produz dispersão e torna as cidades cada vez mais dependentes de meios de transporte e cada vez menos humanas. O que fazer nessa situação? “[...]A construção de nosso habitat continua a ser dominada pelas forças do mercado e imperativos financeiros de curto prazo. Não é de surpreender, portanto, os tremendos e caóticos resultados produzidos[...].“(ROGERS, 2008: p.1/17) Richard Rogers têm a solução....
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“[...] A cidade é a corporificação da sociedade, em sua forma deve ser sempre vista em relação a nossos objetivos sociais. Os problemas das cidades de hoje não são o resultado de um desenvolvimento tecnológico excessivo, mas de uma excessiva aplicação equivocada.[...]” (ROGERS, 2008: p.1/22)
“[...]O desafio que enfrentamos é mudarmos de um sistema que explora o desenvolvimento tecnológico por puro lucro, para um outro que tem objetivo de tornar as cidades sustentáveis[...]” (ROGERS, 2008: p.1/23) As experiências descritas sobre os metabolistas por Rem Koolhaas e as análises conceituais distintas de cidades sustentáveis de Richard Rogers tendem a potencializar o questionamento sobre a atual configuração do traçado urbano, nos levando a crer que deve-se levar em contar as possibilidades de atuação em cima do desenho existente, buscando sua adequação e melhoria, o que inicia a transformação da cidade no sentido de garantir novas relações espaciais. “[...]Como as cidades poderiam ser pensadas para absorver o enorme aumento no crescimento urbano e ainda ser auto-sustentáveis: cidades que, atualmente, ofereçam oportunidades sem colocar em risco as futuras gerações.[...]” (ROGERS, 2008: p.2/28)
“[...]Neste redemoinho, as leis do mercado é que comandam o jogo. Mas a ‘mão invisível’ do mercado não é uma força natural ou do homem. A sociedade , na forma de seus governos e outras instituições, tem a responsabilidade de concentrar a dinâmica da vida moderna, de dirigir a aplicação de nova tecnologia, de confrontar velhos valores com os novos[...]. (ROGERS, 2008: p.1/22)
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Fig.12: Junção e colagem de imagens distintas, buscando, ilustrar as ações do mercado sobre o espaço físico da cidade e como isso se rebate na vida de seus cidadão, assim como um jogo de tabuleiro (o jogador = figura maior + o tabuleiro = cidade + as peças = pessoas).
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Cidades inteiras como megaestruturas flutuando por entre os diversos ambientes e espaços do planeta seria realmente uma coisa impressionante de se ver. (Grupo Archigram - “cidades aéreas”) Sozinhas ou integradas em malhas já existentes as megaestruturas poderiam trazer inúmeros benefícios quanto à qualidade espacial para o usuário, como, por exemplo, a proximidade dos diversos serviços, estabelecimentos comerciais, Instituições, equipamentos públicos, áreas verdes e de lazer poderiam incentivar os espaços de convívio e encontros. Em cidades compactas, onde o vertical é o eixo de pensamento, as possibilidades projetuais multiplicariam-se se saíssemos das restrições do uso dos eixos X e Y e partíssemos para a exploração do eixo Z. “[...]As cidades compactas sustentáveis recolocam a cidade como o habitat ideal para uma sociedade baseada na comunidade. É um tipo de estrutura urbana estabelecida que pode ser interpretada de todas as maneiras em resposta a todas as culturas. As cidades devem estar próximas de seus habitantes, propiciando o contato olho a olho, dispostas a agirem como fermento da atividade humana, da geração e da expressão de uma cultura local.[...]” (ROGERS, 2008: p.2/40) O gasto energético e econômico com a multiplicação de infra-estrutura em sentido linear surge como um dos principais fatores que podem prejudicar em sentido sustentável a continuidade do crescimento das cidades. Em uma cidade compacta, como nas megaestruturas, o sistema energético, além de funcionar integrado, como se fosse um único plano, poderia reduzir o impacto de ampliação e adaptação.
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“[...]Da mesma forma que o elevador tornou possível a existência do arranha-céu, o automóvel possibilitou que os cidadãos vivessem longe dos centros urbanos. Em todo o mundo, as cidades estão sendo transformadas para facilitar a vida dos carros, mesmo que sejam eles, e não as indústrias, os responsáveis pela maior parcela de poluição do ar, a mesma poluição que expulsou os moradores para bairros residenciais distantes.[...]” (ROGERS, 1997, p.2/35) A situação das cidades perante os automóveis é um problema grave que deveria ser revisto urgentemente, como um dos “cartões postais” de todas cidades grandes. O que vem à mente ao pensarmos em amplas estruturas urbanas são buzinas de automóveis, o estresse dos cidadãos na tentativa de se locomover, e as vias lotadas sem espaço suficiente para acomodar todos os veículos. A situação descrita pode ser classificada de diversas formas, menos humanista. A cidade linear plana que conhecemos é desenvolvida a partir da especulação imobiliária e cresce conforme seus anseios, usando a malha viária como forma de interligar seus distintos “bens” espalhados pela área urbana; a cidade cresce priorizando o automóvel.
Fig.13+14: “Walking City”, projeto de Ron Herron do grupo “Archigram” em 1963, na mesma linha dos metabolistas muitos dos projetos realizados pelo grupo Archigram baseavam-se em mega estruturas mutáveis se desenvolvento e conquistando o espaço aéreo.
Fig.15: Arte surreal figurativa da ascenção dos arranha-céus pelo traçado urbano, com a invenção do elevador, como se os edifícios crescecem que nem plantas buscando alcançar o sol, garantindo sua sobrevivência a partir da maior exposição.
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“[...]Uma simples operação de lógica mostra os males causados com o aumento do número de veículos. A rua, antes um local de brincadeiras e do encontro, é tomada pelos carros estacionados. Uma única vaga requer cerca de 20 metros quadrados. Mesmo supondo que apenas um em cada cinco habitantes possua um automóvel, então seria uma cidade de 10 milhões de habitantes só para estacionamento.[...]” (ROGERS, 2008: p.2/36) Com as cidades moldando-se para absorver os veículos particulares, há a necessidade de se pensar onde estes irão ser armazenados na rotina variável dos cidadãos por entre os diferente setores da mesma. Isso culmina com a criação de inúmeros estacionamentos e utilização de lotes vazios como áreas para a estocagem de automóveis. Não somente como simples serviços aos motoristas da cidade, a conformação dos estacionamentos muitas vezes funciona como uma forma de “enganar” as leis que visam dar utilidade ao lote vazio em áreas de interesse para a cidades. Como a estrutura de apoio para estacionamentos é mínima, pode-se gastar muito pouco, e assim quando o lote se valorizar por sua localização, o proprietário poderá decidir seu destino da forma que mais lhe convenha. É lamentável que, em áreas especialmente densas, haja grande ocupação de lotes por estacionamentos ao ar livre. Uma cidade que poderia ser ocupada em função da produção espacial que valorizasse a integração e as ações humanas acaba sendo inibida pela priorização do transporte particular.
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O zoneamento das arividades induz à utilização e dependência do automóvel particular.
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Distância que exige deslocamento de carro
Imagem: Formação das cidades compactas Fonte: (ROGERS, 2008: p.39) - Reestruturação gráfica pelo autor
Fig.16: “Sketch” de um amontoado de veículos como se estivessem em um grande engarrafamento, ilustrando a necessidade dos cidadão da maioria das cidades pelo uso do veículo particular.
Núcleos compactos reduzem as distâncias e permitem o deslocamento a pé ou de bicicleta.
MORADIA
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LAZER Distância que pode ser percorrida a pé ou de bicicleta.
Fig.17: Imagem ilustrativa, retirada do livro “Cidades para um pequeno planeta” que exprimem de forma bastante coerente as vantagens da compactação das cidades.
“[...]A criação da moderna cidade compacta exige a rejeição do modelo do desenvolvimento monofuncional e a predominância do automóvel. A questão é como pensar e planejar cidades, onde as comunidades prosperem e a mobilidade aumente, como buscar a mobilidade do cidadão sem permitir a destruição da vida comunitária pelo automóvel, além de como intensificar o uso de sistemas eficientes de transporte e reequilibrar o uso de nossas ruas em favor do pedestre e da comunidade. A cidade compacta abrange todas essas questões. Ela cresce em volta dos centros de atividades sociais e comerciais localizadas junto aos pontos nodais de transporte público, pontos focais, em volta dos quais, as vizinhanças, cada uma delas com seus parques e espaços públicos, acomodando uma diversidade de atividades públicas e privadas sobrepostas.[...]” (ROGERS, 2008:p.2/38-p.2/39) As cidades, sendo tomadas aos poucos pelo automóvel, acabam por impossibilitar a doce e ocasional probabilidade de sem querer esbarrarmos com um conhecido, ou mesmo fazermos um novo amigo. Com o desenvolvimento do ciberespaço essa tendência só tem a aumentar, promovendo indivíduos isolados e distantes. Entende-se a área urbana como perigosa e traiçoeira, contrapondo-se a ela a idéia de que apenas a proteção de condomínios fechados, câmeras de vigilância e “insulfilm” nos veículos podem garantir a sua sobrevivência nos dias de hoje.
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“[...]Quando perguntadas sobre as cidades, provavelmente as pessoas irão falar de edifícios e carros, em vez de falar de ruas e praças. Se perguntadas sobre a vida na cidade, falarão mais de distanciamento, isolamento, medo da violência ou congestionamento e poluição do que de comunidade, participação, animação beleza e prazer.[...]” (ROGERS, 2008: p.1/9) É evidente que o uso de transporte particular não vai se extinguir, mas poderia, sim, diminuir, incentivando-se o uso e criação de transportes públicos de qualidade. Em cidades pelo planeta existem inúmeros estacionamentos a céu aberto, restringindo as possibilidades de interação homem-cidade, mas poderiam surgir esforços que os relocalizassem para o plano sub-solo da cidade, assim como acontece em áreas da cidade de Paris, na França, liberando assim o térreo e melhorando a vida urbana. A possibilidade da existência dos estacionamentos em plano subterrâneo permite a liberação de várias estruturas que poderiam servir como barreiras tanto visuais como físicas, possibilitando a ocorrência de vazios por entre as quadras limpando, de certa forma, o visual como um todo. Já que os carros estariam no subsolo, o leito carroçável ficaria mais livre, permitindo o melhor fluxo dos pedestres, bicicletas ou outros meios de transporte coletivo e menos poluentes. O que fazer com as áreas livres para impedir que se tornem apenas vazios urbanos sem sentido e uso ou apenas ocupadas pelos automóveis?
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Fig.18: Imagem de uma cena de uma série de desenhos animados intitulada “Ugly Americans”, que através da vida de um personagem, relata o caos e as dificuldades que a ilha de Manhattan apresentaria em um futuro composto por outro tipos de criaturas dividindo o mesmo espaço físico...(muito mais trânsito, muito menos espaço).
Fig.19: Imagem ilustrativa de uma possível composição de quadra, na qual o edifício se constituiria fragmentado, proporcioando a permeabilidade urbana e a melhor do fluxo como um todo.
[...]A quadra definiu a repartição do cheio e do vazio, a relação entre os edifícios e a cidade. É preciso redefinir essas relações. E é a indagação que me conduziu ao esquema de quadra aberta, o qual permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol[...]Os espaços vazios, os intermédios, dão lugar a terraços privativos que permitem passar a luz e o olhar.[...]. (PORTZAMPARC, 1997: p.47) Em um texto sobre a conformação das cidades dentro de sua evolução, Chistian de Portzamparc discute as vantagens de se projetar uma cidade através da conformação de quadras abertas, o que traz diversos benefícios à questão da circulação física, visual, de luz solar e ventilação. Esse pensamento torna-se útil ao lidarmos novamente com temas sustentáveis e de realce humanista em combate à especulação, mas deve ser tratado com cautela se a acomodação dos edifícios acabarem por se distanciar ainda mais. A colocação de Portzamparc ajuda a justificar a priorização das ações humanas dentro do território da cidade. A partir de sua idéia poderíamos solucionar o problema gerado pela conformação de estacionamentos através de sua transformação nas áreas de “miolo de quadra” tão valorizadas pelo autor em suas etapas projetuais, como as conhecidas “quadras abertas”.
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Com a ocupação humana/artificial desenfreada desde as primeiras cidades, a preservação das áreas verdes não era prioridade, sendo que havia facilidade de acesso a elas devido à sua proximidade. Com o crescimento da malha urbana, essas áreas verdes foram sendo ocupadas, ficando cada vez mais distantes dos centros urbanos. Hoje em dia, o que se pode encontrar na maioria dos centros urbanos é a conformação de pequenas a medianas praças construídas em área pública, enquanto o espaço restante permanece “abarrotado” por edificações disformes, mediante a ocupação máxima do lote. Os parques ou grandes áreas de lazer foram deixados de lado e conseqüentemente a maioria acabou por se localizar nas áreas perimetrais das cidades, o que dificulta muito o acesso dos cidadãos. Se as cidades, desde o início, tivessem sido pensadas levando-se em conta esta disposição, a divisão entre cidade e áreas verdes não seria tão drástica como o que se observa contemporaneamente. As quadras abertas de Portzamparc teriam resolvido o problema, mas o que fazer agora que o “estrago” já foi feito? Qual o modo mais fácil de aproximar novamente a cidade com o verde de forma equilibrada? Vamos utilizar a sobreposição aérea como forma de solução, integrando o homem com a natureza em um novo plano de projeto....o plano aéreo... Fig.20: Imagem ilustrativa, de uma volumetria urbana fictícia, que procura demonstrar a utilização de quadras livres, conseguindo uma maior mesclagem entre o natural e o articial, entre o verde e as massas construidas.
Fig.21: Imagem satírica, de pessoas flutuando, já que a quadra foi inteiramente ocupada pelo edifício e agora a única solução espacial seria o ar.
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3.ÁREAS VERDES URBANAS
ANÁLISE DE MANHATTAN [NYC] + PARQUES, PRAÇAS, ÁREAS DE LAZER [NOVAS PROPOSTAS]
Fig.22: Sentimento de competição pelo espaço entre as áreas verdes e os edifícios de forma exagerada, na qual não há vencedor (muito de um ou de outro é prejudicial para a vida urbana).
“[...]Acredito piamente que a arquitetura, o urbanismo e o planejamento urbano possam evoluir ainda mais para nos proporcionar ferramentas cruciais para garantir nosso futuro, através da criação de cidades com ambientes sustentáveis e civilizados e que as cidades futuras podem ser o trampolim para restaurar a harmonia da humanidade com o meio ambiente. [...]” (ROGERS,2008, p.1/4)
A
dualidade entre o respeito e a invasão das áreas verdes pela conformação do traçado urbano sempre foi alvo de polêmica na iniciativa projetual dos diversos tipos profissionais responsáveis pelo desenho da cidade. As leis variam de país para país e cidade para cidade, mas com certeza podese afirmar que todas elas contemplam a exigência mínima de preservação de área verde. Contudo muitas delas não são cumpridas, ou são cumpridas em parte. Essas leis surgem quase sempre em função do mercado imobiliário, e se alteram a partir de seus interesses. Com isso nota-se em algumas cidades a baixa incidência de parques ou áreas verdes em meio às áreas de interesse especulativo. As áreas verdes são resolvidas através de praças mais urbanas e parques que, por sua dimensão, acabem ficando distantes dos centros urbanos. Não é estranho pensar em ter que enfrentar um trânsito caótico para ter acesso a um local com qualidade de lazer? Não seria ideal que as cidades já fossem planejadas mesclando grandes áreas verdes de uso constante por entre os edifícios?...bem seria...mas como já existem muitas cidades e situações condensadas, deveriam haver novas formas de trazer o verde em meio à rotina dos grandes centros.
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De uma perspectiva interna, em Manhattan, não há como perceber que se trata de uma grande ilha, composta por grandes edifícios próximos um do outro, arranha-céus de escala colossal, sendo alguns deles construidos ocupando uma quadra inteira e avenidas lotadas por veículos de várias grandezas que disputam diariamente seu lugar dentre a intensa variação do fluxo viário. Sua malha ortogonal divide-se em quadras retangulares e a organização viária apresenta-se de forma bem estruturada, numerada para a facilidade de circulação, com um dos símbolos da cidade, o Central Park, posicionado um pouco ao norte do centro da ilha, representando uma divisão clara entre o “natural” e o artificial, com seu entorno super verticalizado e adensado funcionando como se fosse uma grande barreira composta por empreendimentos imobiliários que visivelmente aproveitaram-se do total espaço disponível na sua execução. Fig.23: Ilustração representativa do adensamento e verticalização da ilha de Manhattan, imagem retirada de um livro chamado “New York - Line by Line”, no qual seu autor procura representar a cidade a partir de “Sketchs” fieis de todo o cotidiano e o aglomerado que a ilha de Manhttan apresenta.
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A dualidade entre o espaço construido e o espaço de lazer na ilha de Manhattan é evidente, e o contraste de ambos é ressaltado pela situação territorial imposta. Por tratar-se de uma ilha, fica clara a “euforia” de construções em massa, já que o espaço físico é restrito. Sendo assim, a opção restante de intervenção fica obrigatoriamente voltada a opções que fujam da indisponibilidade do térreo, já ocupado. Em uma das cidades mais adensadas e verticalizadas do mundo, não é de se estranhar que o famoso “King Kong” um dia confundiu os grandes arranha-céus com árvores gigantescas...e não seria de se estranhar que ele ainda estivesse escondido em algum lugar por lá sem que ninguém percebesse. Fig.24: Ilustração representativa do famoso gorila “King Kong” que teve sua primeira aparição em um long-metragem de 1933, onde a cena de um macaco gigante escalando o Empire State se transformou em símbolo mundial.
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A disposição de áreas verdes por Manhattan pode ser entendida facilmente. Apesar de serem poucas, são extensas e pontuais, concentrando-se na zona oeste, noroeste, sudeste e centro da ilha, assim como ilustra a figura 25. Apesar dessas áreas verdes estarem posicionadas com a intenção de “remediar” os problemas decorrentes da aglomeração urbana gerada pela falta de planejamento prévio, elas funcionam como se fossem “universos paralelos” dentro do conjunto da cidade, ou seja, há uma variação tão drástica entre o natural e o artificial que fica complicado o constante contato dos habitante com o verde (o privilégio do contato paira sobre aqueles que conseguiram chegar primeiro à beira do parque). O Central Park, mais do que uma tentativa de reparação, apresenta qualidades indiscutíveis perante a ilha de Manhattan, não somente como símbolo e atração turística, mas sim como um sucedido esforço em conseguir trazer um parque dessas dimensões para o meio de uma organização pré-estabelecida. O posicionamento de um grande parque em meio ao traçado urbano possui suas vantagens, apesar de representar uma concentração e uma hierarquia, produzindo a valorização territorial. Entretanto, a opção por fragmentação de espaços de qualidade pela extensão das cidades não se apresentaria como opção mais positiva? Imagine um pedacinho do Central Park próximo a cada um dos habitantes da ilha de Manhattan, certamente não teria o mesmo impacto que possui hoje, mas com certeza possibilitaria o acesso mais próximo, direto e igualitario dos cidadões à área verde. A situação descrita, da conformação de um grande parque em meio a uma cidade altamente verticalizada e adensada, é rara, não sendo a realidade da maioria das demais cidades existentes, o que reforça a procura por opções que possam transpor a possibilidade de projeto em um nível que extrapole o convencional e aproxime as pessoas a partir de eixos subterrâneos ou aéreos. [...] Central park, inserido na malha retangular centrífuga da cidade, porém afastado do centro , é integrante da estratégia da valorização imobiliária, junto com a criação de um parque rural.[...] (ALEX,2008: p.89) Fig.25: Mapa da ilha de Manhattan, destacando-se as concentrações de áreas verdes principais.
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Fig.26: (Pág. 29) Foto do Central Park, NYC
[...]A arborização de Paris pode ter efeitos mais positivos e extensivos para a qualidade ambiental da cidade do que o grande parque de Nova York. O central Park é um retângulo de 850 m de largura por 4 mil metros de comprimentom num total de 3.400.000 m², implantado no centro de uma malha contígua de ruas ortogonais e quadras regulares. A área do Central Park corresponde a 160 quilômetros de ruas, com calçadas de 10 m de largura em cada lado. Nessa conta, a superfície arborizada dos 165 quilômetros de avenidas e bulevares acrescidos por Haussmann ao tecido urbano de Paris equivaleria ao verde rural do central Park, além da contribuição daquelas vias à configuração da paisagen urbana parisiense, à circulação de passoas e mercadorias e à flânerie social.[...] (ALEX, 2008: p.87) A ilha de Manhattan, assim como algumas das cidades orientais já citadas, apresenta-se com alta densidade populacional e de edifícios, o que dificulta a organização de novas áreas de lazer e parques urbanos. Por isso já são incentivadas ações que visem novas formas projetuais, como alguns projetos recentes que visam utilizar linhas de trem e metro abandonadas como possibilidades de intervenção para criação de áreas verdes. Fig.27: Ilustração representativa do “Chrysler Building” um dos arranha-céus mais conhecidos de Manhattan e ao fundo a sensação de cidade infinita com todos os demais edifícios que a compõe.
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HIGH LINE PARK
James Corner + Diller Scofidio
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O High-Line Park é hoje um dos projetos que mais se aproxima da idéia de parque aéreo. Apesar de sua altura em relação ao nível do passeio público não ultrapassar 16 metros, sua configuração estende-se por uma grande parte da zona oeste de Manhattan, tendo sido projetado sobre antigos trilhos de uma ferrovia, construídos em 1930 para o transporte industrial. Com a configuração de parque linear, High Line ainda se encontra em execução e expansão, mas já é diariamente utilizado pela população local. Esta idéia simples conseguiu, de maneira surpreendente, a requalificação urbana ao longo de sua extensão, atraindo usuários que queiram “fugir” e distanciar-se um pouco do caos organizacional do nível viário, transportando seu “deslocamento” diário, ou mesmo a procura por um local de relaxamento, literalmente a um outro nível, ao nível aéreo, onde não há problemas relacionados com trânsito, e existe uma relação com o entorno e com os edifícios ali posicionados totalmente diferente, constituindo uma nova visão da cidade, um novo modo de circulação e apreciação do entorno. Diversos pontos de acesso são propostos para facilitar o seu uso. Apesar do espaço de circulação desenvolver-se em níveis elevados, ele é totalmente acessível a todo o tipo de pessoa. 03
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LOCAL: Manhattan (NYC) - E.U.A.
ANO: 2009 [em expans達o]
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Diversos pontos do projeto interessaram a esse trabalho para que ele fosse incluído entre as referências pelo impacto positivo que a proposta de utilização do espaço aéreo trouxe para a nova possibilidade de configuração de um parque. A idéia de inserção em meio aos edifícios e estruturas existentes, que vêm potencializar de maneira única as possibilidades de uma apropriação espacial atípica, certamente será uma necessidade no futuro das cidades. Com a idéia de parque vertical, nossa proposta é nos aproximarmos dos conceitos desse projeto e garantir a amplificação de possibilidades quanto à espacialidade construtiva. Alem disso, em se tratando principalmente de uma área verde, muitos desafios surgem com a manipulação de vegetação e espaços de lazer em alturas variadas. Concluindo, o projeto de Nova Iorque apresenta-se como uma proposta altamente positiva à cidade e seus habitantes, e já é referência em diversos projetos pelo mundo. Sendo assim, o desejo particular que a fagulha do High Line despertou só tende a aumentar nossas projeções de levar a questão das possibilidades espaciais para um outro nível, literalmente falando...
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Fig.28: Ilustração representativa de um paraquedista caminhando sobre o “High Line Park”, seria o sentimento que a arquitetura havia alcançado novos patamares? A associação entre o esporte aéreo (paraquedismo,por exemplo) com o desenvolvimento de um parque, vem ressaltar o aumento da abrangência projetual ao pensarmos em áreas verdes.
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BOSCO VERTICALE Como projeto de fundamental importância na decisão formal e estética do projeto do parque vertical, Bosco Verticale é considerado o primeiro bosque vertical do mundo, resultado de uma fachada completamente coberta por árvores de médio porte, o que se confirma em parte, pois o objeto não se trata de uma área de lazer e sim de um empreendimento residencial. Os pontos que mais interessam à proposta do parque vertical passam principalmente pelas questões do aproveitamento integral energético, aproveitamento da água da chuva, a “pele verde” que filtra o Sol ,o CO2 e seu sistema complexo de irrigação, além é claro, de sua estrutura projetada para suportar toda a carga das raízes profundas da vegetação. Os dois edifícios verdes sustentáveis estão em plena construção em Milão, na Itália, e já chamam atenção pela seu aspecto irregular e inovação. Nos dias de hoje, as ideias desse tipo tendem a garantir supremacia em meio a uma realidade que faz o ser humano enxergar possibilidades maiores no espaço aéreo urbano. Como se pode perceber, pela sua implantação, os dois edifícios componentes do projeto ocupam uma pequena área em relação ao seu “lote”, permitindo que o espaço remanescente possibilite o uso de parque/lazer, o que vem melhorar o fluxo urbano, se aproximando ao conceito de quadra aberta, além é claro, das vantagens em termos sustentáveis, do mínimo contato com o solo e da mínima impermeabilização, sustentando as teorias de adensamento e verticalização urbana.
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Stefano Boeri
LOCAL: Milão - Itália
ANO: 2007 [em construção]
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FIG.01
FIG.03
FIG.03 Esquema representativo do sistema de irrigação necessário para a manutanção e a preservação das espécies arbóreas dispostas nas fachadas do edifício.
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FIG.02
FIG.01 Esquemas representativos dos benefícios de se ter um fechamento composto por árvores em relação a iluminação, ventilação, filtragem, barreira sonora, térmica e na troca gasosa de CO² e O². FIG.02 Estudos da disposição de árvores de diferentes portes e o comportamento das mesmas sobre as lajes do edifício.
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LUZ COMPLEX O complexo cultural da luz, na cidade de São Paulo, será alvo de um projeto grandioso desenvolvido pelo conceituado escritório suíço Herzog & de Meuron. Sua forma origina-se, basicamente, da superposição de lajes em forma de grandes fitas que se deslocam ortogonalmente pelo terreno, criando vazios e fechando espaços distintos. O programa irá contar com: teatros, companhia de dança, escola de música, estruturas de apoio e passeio público. Como se fossem uma extensão da calçada, as “grandes fitas” trazem o público ao interior gradativamente e mesclam as noções de público e semi-público de forma sutil. Um dos pontos mais interessantes do projeto está no fato de que ele integra muito bem arquitetura, urbanismo e paisagismo. Ele poderia muito bem estar inserido em qualquer uma dessas discussões, sendo assim, mostra-se de extrema importância para análise. Apesar do projeto do grande multi-espaço cultural estar restrito às dimensões de uma grande quadra, ele consegue de forma impressionante transitar entre distintas escalas espaciais e níveis de altura de modo a transmitir ao usuário uma facilidade acessível em seu fluxo, além de uma leveza formal distinta com o posicionamento das lajes em conjunto às suas espessuras. A opção de um parque aéreo que se acomodasse em lâminas estruturais e que tivesse a possibilidade de transitar por entre os vazios da cidade aproxima-se muito das opções formais obtidas com o projeto do complexo da Luz.
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Herzog & De Meuron
LOCAL: S達o Paulo - Brasil
ANO: previs達o para 2016
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EDITT TOWER O projeto de uma torre verde, em Cingapura, é uma das grandes influências para o desenvolvimento do projeto de um parque vertical. Além de apresentar parte da área de sua elevação coberta por espécies vegetais e estar equipado por múltiplos equipamentos sustentáveis, o prédio multifuncional apresenta em sua estrutura a possibilidade de extensão de sua superfície útil para além do lote, ou seja, o edifício é composto por “braços” que se interligam a coberturas adjacentes do entorno, através da utilização de passarelas aéreas, possibilitando assim o desenvolvimento de um fluxo alternativo. De modo incomum, Editt Tower, questiona a possibilidade de relação com os edifícios vizinhos e formalmente, exemplifica uma relação harmônica entre o natural e artificial, impactando de formma positiva em seu entorno. Na questão sustentável, Editt Tower é um exemplo notável, sendo que seus 26 andares são revestidos por painéis solares, posicionados entre a vegetação. O fechamento verde, além de permitir a filtragem do ar e da luz, permite a passagem da ventilação de forma natural, preservando a utilização de equipamentos de ar-condicionado. O edifíco também recicla água de chuva, faz a conversão do esgoto em biogás e é constituido em sua maioria por material reciclado. Só como protótipo, esse projeto já prevê uma melhoria imensa nas condições locais, Não seria o momento de sua reprodução ser pensada em uma escala mais ampla, valorizando o máximo possível das cidades?
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T. R. Hamzah & Yeang
LOCAL: Cingapura
ANO:Design de 1998 [pendente]
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THE CLOUD
MVRDV
Os projetos deste escritório já são referência no campo da arquitetura contemporânea, principalmente no que diz respeito à inovação formal e no constante teste de novos tipos de materiais. É notável o modo como esse escritório lida com suas idéias e o fato como os limites do espaço contido no lote são sempre questionados. Não há receio por parte dos projetistas de se apropriarem do campo aéreo e subterrâneo na acomodação de suas concepções. Isto permite a amplificação de possibilidades na proposição de formas de ocupação totalmente atípicas, que garantem fortemente a manutenção de ideias novas e criativas. O projeto, em si, mostra-se como uma reinvenção do arranha céu. Como um grande “Nó”, as duas torres se entrelaçam em pleno espaço aéreo, se assimilando a uma imensa nuvem que sobrepõe a linearidade formal dos edifícios, compondo assim um grande espaço com diferentes tipos de comércio, serviços e um espaço verde localizado em sua cobertura, proporcionando, ao mesmo tempo, um momento de relaxamento e a possibilidade de apreciação do entorno urbano através de um ponto de vista diferente, uma praça nas alturas. As características projetuais que mais se tornam influências nesse projeto, além das já citadas, é a possibilidade de proposição de um espaço coletivo desenvolvido, literalmente, nos ares, onde há a sensação de que parte do edifício realmente paira, agindo contra a força da gravidade. A possibilidade de plantio de árvores de médio porte e o desenvolvimento de lajes jardim na área do parque aéreo de “Clouds” só tendem a intensificar e justificar ainda mais nossas idéias para projeto do “Parque Vertical” e concretizarem ainda mais as certezas de que esse é um caminho a ser seguido na arquitetura e urbanismo contemporâneo para a manutenção de espaços que venham a acrescentar qualidade ao seu usuário e que possibilitem a ocupação sustentável na cidade.
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LOCAL: Seoul - Korea
ANO: previs達o para 2015
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SKY VILLAGE
MVRDV
O projeto de Sky Village foi o ganhador de um concurso para um arranha céu em Rødovre, um município próximo a Copenhagem, na Dinamarca. Seguindo a busca pela ocupação aérea, o escritório MVRDV propõe o desenvolvimento de um edifício multifuncional de116 andares. O projeto é constituido por um hotel, áreas de lazer, escritórios, comércio e habitações, sendo estruturado dentro dos preceitos metabolistas. Mantendo o mínimo de contato com o solo, o edifício se constrói a partir de um núcleo central, no qual são acoplados cubos de dimensões idênticas que se estruturam formando aglomerados disformes, como se fosse uma cidade vertical. Conforme os aglomerados se formam, aumenta a área de cobertura disponível dos diversos cubos, que foram utilizados como terraços jardim, otimizando ainda mais as possibilidades do edifício de aproveitamento espacial para proporcionar um contato mais direto com espaços verdes. Os principais motivos que levaram a anexação de “Sky Village” dentre as referências do projeto do Parque Vertical Aéreo, estão baseadas no conceito do escritório de pensar a cidade e suas diversas áreas disponiveis como peças “rearranjáveis “, sendo sua reprodução possível em sentido vertical e na aproximação com os ideais sustentáveis de incorporação de energias renováveis com o uso de técnologia de ponta e técnicas estruturais avançadas.
ILUMINÂNCIA + VISUALIZAÇÃO DO ENTORNO + TERRAÇOS JARDIM
ESQUEMA REPRESENTATIVO DA COMPOSIÇÃO FORMAL DO EDIFÍCIO
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LOCAL: Copenhagem - Dinamarca ANO: Competição de 2008
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SESC POMPÉIA
Lina Bo Bardi
Um espaço condenado pela ação do tempo que conseguiu transformar antigos galpões fabris em um grande complexo cultural diversificado e pulsante e de importância fundamental para a arquitetura brasileira. O que mais chama atenção na proposta do SESC, como um todo, e que se relaciona diretamente ao projeto de um parque vertical, está na grande oferta de espaços de atividades diversas, que estão dispostos de maneira totalmente inusitada. Há um grande edifício, que foi projetado como integrante aos galpões já existentes, cuja forma divide-se em dois principais usos. A menor parte é uma torre administrativa, ligada por diversas passarelas a um grande prisma composto por diversas quadras esportivas, piscina e espaços voltados ao lazer e a prática de esportes, o que chama muita atenção graças ao sistema estrutural adotado, tanto para suportar as diversas vibrações da quadras esportivas quanto para manter as grandes passarelas de concreto armado suspensas no ar. Importantes lições de arquitetura na oferta de um grande equipamento público devem ser tiradas desse projeto, e se encaixam perfeitamente nas ideias do parque vertical que ocupa o espaço aéreo. A arquiteta Lina Bo Bardi surpreende a todos ao propor, em plenos anos 80, essa referência arquitetônica brasileira composta por espaços que se interrelacionam através de um sistema estrutural desafiador. A proposta é resultante da equação entre uma área tombada e um pequeno lote para ampliação. Com isso em mãos, um dos caminhos óbvios a ser seguido pela arquiteta para a área nova foi o caminho aéro, onde os equipamentos de lazer foram distribuidos verticalmente a partir dos pavimentos do volume anexo, o que vem torná-lo pertinente como referência projetual.
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LOCAL: S達o Paulo - Brasil
ANO: 1977
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FAZENDAS VERTICAIS
Juntamente com o crescimento da população mundial, nota-se o deslocamento das pessoas de áreas rurais para áreas urbanas, o que se torna cada vez mais intenso. Hoje já existem grandes problemas relacionados com a falta de alimento, incompatibilidade de terras com condições climáticas e grandes distâncias entre a produção e o consumo.
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As fazendas verticais surgem no sentido de minimizar drasticamente os maiores problemas relacionados com o desenvolvimento atual das fazendas horizontais. Têm como idéia principal o aproveitamento espacial economizando vastas áreas agricultáveis minimizadas e organizadas de forma sobreposta em arranha-céus de 30 a 50 andares. A verticalidade funcionaria de modo a utilizar de técnicas de agricultura orgânica, livre de pesticidas e técnicas de hidroponia organizadas a partir de andares voltados a similaridade de espécies administradas por tecnologia especializada em tratamento agrícola, que possa garantir as melhores condições para o desenvolvimento pleno dos meios de cultura.
Além da idéia de cultivo, já é pensado, na composição das fazendas verticais, o tratamento de animais, tanto para consumo e pesquisa, quanto para contemplação como zoológicos verticais. Algumas análises recentes mostram-se contra a composição das fazendas verticais em função de seu alto investimento, sendo sua viabilidade muito prejudicada. Em contrapartida, sua eficácia fica comprovada em termos ambientais e de sustentabilidade, pois juntamente com o projeto são utilizadas técnicas de aproveitamento de água, gás metano, painéis solares e moinhos com pás de vento no topo para a produção de energia. Como consequência de sua superfície estar repleta de tipos vegetais, são melhoradas as trocas gasosas do espaço, criando um pequeno microclima favorável ao desenvolvimento dos seres vivos e à filtragem natural.
Fig.30: Ilustração de maquete digital de uma fazenda vertical chamada “Mithun Vertical Farm”, desenvolvida pelo centro urbano de agricultura de da cidade de Seattle nos E.U.A.
Fig.29:Conjunto de ilustrações e esquemas de um projeto de uma fazenda vertical chamado “Cactus” de um grupo de arquitetos chamado SOA, as imagens exploram o estudo de incidência solar, perspectiva digital interna e implantação do projeto em meio urbano.
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Tais técnicas certamente anulariam, em longo prazo, todo o investimento exercido, e trariam retorno não apenas monetário, mas qualitativo, não somente para o proprietário, mas também para os seus vizinhos localizados no entorno de sua implantação e para a cidade como um todo beneficiado com a proximidade de um equipamento totalmente sustentável e eficiente na sua distribuição e objetivo. Estudos sobre a implantação destas, nos arredores de uma das maiores metrópoles mundiais como a de Nova Iorque, já foram realizados. Seus resultados já se mostram muito positivos para minimizar os problemas apresentados na cidade por dificuldade de transporte de alimentos, a falta de vastas áreas agricultáveis próximas e a oferta de novas oportunidades de emprego nesses complexos agrícolas que um dia farão parte da realidade de nosso cotidiano.
VERTICAL FARMS Fig.31: Ilustração representativa de modelo de projeto de um ecossistema urbano artificial chamado EVF (Experimental Vertical Farm) - Fazenda experimental vertical.
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As fazendas verticais podem ser as estruturas projetuais que hoje mais se aproximam aos objetivos do parque vertical. A transição dos vastos campos de plantações produtoras alimentícias para o interior do traçado urbano relaciona-se diretamente com os propósitos de aproximação dos parques localizados em áreas perimetrais das cidades para os centros mais adensados e verticalizados. O desejo de adensamento, ao aproximar áreas vastas, como fazendas ou grandes propriedades rurais, daquelas caracterizadas pela concentração populacional reforça novamente as qualidades que neste deslocamento estão atreladas de sustentabilidade, economia, facilidade de locomoção, entre outras, que trasformariam a cidade em um lugar mais atrativo, próximo e muito mais humano.
Fig.32: Um dos projetos de Fazendas verticais do já comentado grupo de arquitetos SOA, este chama-se “The Living Tower” e destaca-se pelo seu revestimento por painéis solares, e geradores movidos a vento localizados no terraço.
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Os projetos citados não apenas constituem-se como exemplos isolados que se destacam na tentativa de alcançar questões sustentáveis, mas sim exemplos que procuram explorar novas possibilidades de se pensar arquitetura, sendo através de idéias mais simples que resolvam problemas estruturais, de espaço restrito e de adaptação com o existente, como o SESC Pompéia, até os mais complexos, como as Fazendas Verticais, que propõem alternativas de compressão de áreas imensas como propriedades rurais em meio a metrópoles já pré estabelecidas, adensadas e verticalizadas. Cidades como Nova York, Hong-Kong e Tóquio seriam palcos ideais para o desenvolvimento dos projetos citados ainda não executados, o que levaria ao início da exploração por novas vertentes projetuais. Em organizações urbanas onde não há muitas opções espaciais é que surge a vontade de alguns por uma mudança de direção nos referenciais de ocupação do solo, influenciando assim demais cidades através do globo através da manifestação de um novo olhar. Em um tempo onde as cidades crescem por cima de áreas verdes naturais, “engolindo”e se apoderando de espaços que poderiam ser revertidos para um uso mais coerente, em que houvesse a possibilidade de manutenção de locais de lazer e encontro em meio às contruções urbanas, há a tendência de reversão destas ações por meio de iniciativas projetuais que surgiram com o movimento metabolista, mas que agora começam a reverberar por entre as novas propostas, o que poderá representar os primeiros passos para a cura de uma relativa supremacia megalomaniaca de empreendimentos imobilários que vieram, de certa maneira, prejudicar a cidade.
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Fig.33: Foto artística surreal distorcida do edifício “Empire State Building” da ilha de Manhattan, representando ao mesmo tempo questões relativas a verticalização e adensamento, sem qualquer sinal de espaços verdes.
Fig.34: Esquema gráfico representando um aglomerado urbano e os caminhos para que o “verde retorne” para o interior do traçado urbano interagindo de forma harmônica com a cidade e seus habitantes.
Richard Rogers utiliza o símbolo do camaleão para metaforizar o impacto que os projetos deveriam ter em meio ao ambiente natural, ou seja, assim como o camaleão possui a característica de mimetização sobre o ambiente, os projetos e intervenções deveriam seguir as mesmas linhas não impactando de forma alguma sobre o local de apropriação e o entorno. [...]A arquitetura vem se mostrando cada vez mais racional e eficiente à medida que suas formas interagem com as forças naturais.[...] (ROGERS, 2008: p.98) Fig.35: Ilustração representativa de um Camaleão, caricaturizado com o objetivo de associar os conceitos de arquitetura mimética de Richard Rogers.
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4.ÁREAS VERDES RIBEIRÃO PRETO
LEVANTAMENTO DOS PARQUES + ANÁLISE CRÍTICA
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H
á quatro anos consecutivos a secretaria do Estado do meio ambiente (SMA), avalia em média 650 cidades sobre seu desempenho ambiental a partir de diretivas baseadas em ações nas áreas de: esgoto tratado, lixo, recuperação da mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental, habitação sustentável, uso da água, poluição do ar, estrutura ambiental e conselho do meio ambiente. Neste ano de 2012, 485 cidades enviaram informações para fazer parte do ranking “verde azul” (cores representativas da qualidade dos meios naturais do planeta) e dentre elas, apenas 20% conseguiram a média necessária de 80 de 100 pontos para serem aprovadas. Ribeirão Preto encontra-se entre as aprovadas, e isso é uma notícia boa, mas o que realmente preocupa em comparação ao ano anterior da pesquisa é o fato de ela ter caído 66 posições no ranking, indo da posição 56 para 122, entre as das cidades ambientalmente corretas, ficando com a nota 81,90 pontos (Só entrariam no ranking as cidades com notas acima de 80 pontos, do contrário não seriam reconhecidades como ambientalmente corretas), ou seja, a cidade posicionou-se no limiar inferior, o que causaria problemas na oferta de recursos para investimento ambiental.
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Documento digital disponível nos endereços abaixo - acesso: dia 17 de Abril de 2012 http://www.encontraribeiraopreto.com.br/noticias/ribeirao-preto-cai-66-posicoes-em-ranking-ambiental-dos-municipios-paulistas/ http://www.ambiente.sp.gov.br/verNoticia.php?id=1368
Ao pensarmos em alternativas para a melhoria da qualidade ambiental de Ribeirão Preto, poderiam surgir diversas alternativas, mas é certo que a preservação de áreas verdes e a criação de novos espaços que possibilitem a sua existência estariam entre as principais diretrizes de melhoria da situação existente. Com isso, através de uma análise da relação entre espaços verdes da cidade, nota-se sua configuração prejudicada pela distribuição de parques pelo traçado urbano de maneira perimetral, com poucos espaços localizados mais acessíveis às áreas centrais e em alguns bairros da cidade, com exceção de algumas praças localizadas em pequenos espaços públicos e lotes “quebrados” ou desvalorizados.
Fig.36: Ilustração gráfica da cidade de Ribeirão Preto por artista local chamado Ruy Marques, a imagem procura agregar a organização urbana da cidade marcando seus pontos mais significativos e iconográfficos.
Imagem: Ribeirão Preto Fonte: Revista RPHQ,2012: contracapa frontal Documento digital disponível nos endereços abaixo - acesso: dia 17 de Abril de 2012 http://www.encontraribeiraopreto.com.br/noticias/ribeirao-preto-cai-66-posicoes-em-ranking-ambiental-dos-municipios-paulistas/ http://www.ambiente.sp.gov.br/verNoticia.php?id=1368
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Ultimamente, nota-se na cidade de Ribeirão Preto o crescimento no número de pessoas, aumentando a procura por áreas de moradia, o número de edifícios e demanda por infra-estrutura, conseqüentemente elevando de maneira significativa a densidade urbana. Nesse contexto, a necessidade por áreas para parques e praças surge como fator fundamental para a garantia da qualidade de vida dos seus habitantes, que necessitam de áreas de encontro, lazer e de atividades diferenciadas. Tais espaços representam um respiro em meio a toda trama desenvolvida pela engrenagem urbana. Entre os diversos tons de cinza misturados ao asfalto e o concreto, a presença do verde contribui de maneira determinante para o bom funcionamento entre o natural e o artificial, e na mesma medida desta necessidade crescem potencialmente as áreas impermeabilizadas pelos novos bairros. Não somente com função contemplativa e cênica, os espaços verdes contribuem na organização da cidade, na equalização climática, estabilidade e controle da umidade, além da filtragem e qualidade do ar. Ribeirão Preto possui ao todo 234 praças, sete parques (Tom Jobim; Luis Carlos Raya; Luís Roberto Jábali - Curupira; Roberto de Melo Genaro; Maurílio Biagi; Ángelo Rinaldi - Horto Municipal e Morro do São Bento - Bosque e Zoológico), cobrindo entretanto uma porção pequeno em relação ao total do território urbanizado.
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Fonte: Espaços verdes Urbanos. Revide, n.12, 23 Mar 2012, Ano 26, Edição 600. P . 16 – 17
Estima-se que alguns dos “espaços verdes” citados, tais como os parques Maurílio Biagi, Raya e Curupira, são utilizados por em média 2.500 pessoas nos finais de semana e que o público da cidade é atraído pela configuração dessas áreas de lazer. Por outro lado, há parques citados que encontram-se quase que desertos por uma boa parte da semana, enquanto outros encontram-se em uso constante. Este problema seria gerado pela oferta de atividades diferenciadas e qualidade espacial ou pela localização? A manutenção desses espaços, apesar de ser responsabilidade de uma divisão específica da Secretaria de Obras Públicas (Divisão de Praças e Parques Públicos) é agravada por constantes problemas gerados por variados atos de vandalismo e por constituírem refúgio de usuários de entorpecentes e andarilhos, o que muitas vezes acaba por afugentar os seus usurários. Fig.37: Representação do mapa geográfico do município de Ribeirão Preto, mostrando a influência que a cidade tem em relação às cidades vizinhas, que pressiona o aumento da população e consequentemente a demanda por moradias.
Fig.38: Foto de “Skyline”da cidade de Ribeirão Preto
Fonte: Espaços verdes Urbanos. Revide, n.12, 23 Mar 2012, Ano 26, Edição 600. P . 16 – 17
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Todos os parques da cidade de Ribeirão Preto possuem características comuns, tais como: pista destinada a caminhada, corrida, ciclismo, e/ou patinação e playgrounds. Estão localizados em grandes áreas livres, com espaços generosos para a configuração de diversos tipos de lazer e variedade de opções de atividades, enquadrando-se dentre o desenho padrão que esse tipo de área verde deve apresentar. Mas até que ponto isto se torna uma vantagem? Deve-se analisar as qualidades projetuais na técnica de reprodução existente nos parques da cidade e observar os vários problemas que representam em relação à proposição espacial variada de cidade e natureza. Com o objtevo de apresentar os parques da cidade, estes foram classificados em: - Parques de pedreiras abandonadas Organizados em áreas verdes abandonadas por pedreiras extintas; - Parques de fundo de vale Organizados junto aos leito de rios, geralmente em áreas de APP - Áreas de Preservação Permanente; - Parques ecológicos ou reservas Organizados com o intuito de preservação de mata-nativa e espécies de flora e fauna; e - Parque conformando bosque e/ou zoológico Organizado com o objetivo principal de atração turística.
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OS 7 PARQUES DE RIBEIRÃO PRETO PARQUE TOM JOBIM
PARQUE MORRO DO SÃO BENTO (ZOOLÓGICO + BOSQUE)
PARQUE MAURÍLIO BIAGI
PARQUE LUIZ ROBERTO JÁBALI (CURUPIRA) PARQUE DR. LUIS CARLOS RAYA
PARQUE ROBERTO DE MELO GENARO
PARQUE ECOLÓGICO ÂNGELO RINALDI (HORTO MUNICIPAL)
Fig.40: Massa vegetal intensificando-se conforme distancia-se dá área construída das cidades
Fig.39: Mapa desenvolvido com o objetivo de exaltar as áreas verdes de importânncia pública na cidade de Ribeirão Preto. Estão inclusas reservas eccológicas, praças de maior porte e áreas de interesse para o desenvolvimento futuro de parques.
TRAÇADO URBANO PRINCIPAL DE RIBEIRÃO PRETO
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PARQUE LUIZ ROBERTO JÁBALI (CURUPIRA)
Área: 152.000m² Local: Av. Costábile Romano, 337 (Ribeirânia) Funcionamento: todos os dias, das 6h às 20h Serviços: cachoeiras e lagos artificiais localizados próximos a uma Praça de Eventos. A área é entrecortada por trilhas para caminhada e ciclismo. O parque oferece uma praça de alimentação, além de internet wi-fi. Seu estacionamento tem capacidade de receber 200 carros. Representa um dos parques mais populares da cidade e está localizado em uma grande pedreira abandonada junto a uma das avenidas mais importantes e movimentadas da cidade. Apresenta uma grande diversidade de espaços e áreas de lazer. Dentre os modelos dispostos em Ribeirão Preto dotados do conjunto composto por cachoeiras artificiais envoltas por cenários bucólicos criados em pedreiras abandonadas, este é o maior deles. Sua principal característica é a localização privilegiada e sua arborização diversa e constante mescladas com bolsões livres e abertos para a entrada de luz e circulação de ar.
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PARQUE DE PEDREIRAS ABANDONADAS
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PARQUE DR. LUIS CARLOS RAYA
Área: 39.560 m² Local: Av. Wladimir Meirelles Ferreira (Jardim Botânico) Funcionamento: todos os dias, das 6h às 20h Serviços: lagos e cachoeiras artificiais, um palco coberto com 600m², 1.100 m de pista asfaltada para caminhada e, ainda, administração e almoxarifados, guarita e internet wi-fi. Seguindo os mesmos traços do parque Curupira, este configura-se em uma ampla área verde, bem espraiada, que apresenta espaços de estadia com bancos, playgrounds, um pequeno palco, cachoeira e circuito de caminhada. Este não se diferencia muito do estilo projetual dos parques existentes na cidade de Ribeirão Preto, e sua principal característica é a oferta de grandes espaços abertos com pouca quantidade de árvores. Como ele esta localizado próximo a bairros nobres, pode ser observado a constante manutenção e seu freqüente uso por moradores locais e a presença de segurança constante.
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PARQUE DE PEDREIRAS ABANDONADAS
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PARQUE ROBERTO DE MELO GENARO Área: 9.400m² Local: Av. Caramuru, 525 (Jardim Sumaré) Funcionamento: todos os dias, das 6h às 20h Serviços: espaço para caminhada, ciclismo e prática de exercícios. Conta também com bicicletário, banheiros masculino e feminino e mina natural, onde foi construído um lago com queda d’água, povoado por peixes, tartarugas e patos. Dentro da idéia comum de apropriação de pedreiras abandonadas, recentemente, foi desenvolvida uma pequena área livre nos mesmos traços do parque Curupira. Sua loca-lização, embora tímida e escondida, apresenta um espaço que possibilita a utilização pelos habitantes locais e promove a ligação entre duas ruas separadas anteriormente por um grande desnível. O parque possui escadas para acesso, além de uma cachoeira artificial, um mini- playground, e arborização em crescimento, tudo organizado em um espaço relativamente pequeno para a escala de um parque, mas que funciona como um respiro para a rotina da vizinhança.
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PARQUE DE PEDREIRAS ABANDONADAS
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PARQUE MAURÍLIO BIAGI
Área: 70.000 m² Local: Av. Jerônimo Gonçalves (Centro) Funcionamento: todos os dias, das 6h às 20h Serviços: quadras de futebol, ciclovia, pista para caminhada, estacionamento, praça de alimentação com lanchonete e restaurante, sistema de iluminação e espaço para eventos e shows. Como um dos projetos mais recentes da cidade envolvendo grandes áreas verdes públicas, o parque Maurílio Biagi possui uma localização privilegiada e diferenciada dos demais parques existentes no perímetro urbano. Localiza-se próximo a área central e a rodoviária, o que facilita a circulação de pessoas e intensifica seu uso diariamente. É composto por espaços amplos e variados de lazer, e consegue de maneira única proporcionar a seus usuários uma rápida fuga do ambiente central caótico que o envolve. Possui quadras para jogos variados, apresenta ainda um diferencial que são as rampas para skate.
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PARQUE DE FUNDO DE VALE
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PARQUE TOM JOBIM Área: 63.448 m² Local: Av. Octávio Golfeto (Jardim José Sampaio Júnior) Funcionamento: todos os dias, das 6h às 20h. Serviços: lagos para pesca, quadra de esportes e área para caminhada. Este parque, em relação aos demais, é o que se encontra mais distante do quadrilátero central, próximo ao traçado perimetral norte. Este parque está em meio a bairros de baixa renda, e suas dimensões podem ser consideradas de pequenas a médias comparando-se com os outros. De todos os parques, este é o que está em pior estado de conservação, sendo que sua grade limítrofe de proteção encontra-se danificada em vários pontos. Algumas de suas estruturas, como playgrounds, bancos e quadras, encontram-se muito danificadas e em péssimo estado, sento este o fator principal da diminuição de sua utilização pela população local, o que atrai a má utilização do espaço por usuários de droga e vândalos, degradando ainda mais o ambiente.
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PARQUE DE FUNDO DE VALE
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PARQUE MORRO DO SÃO BENTO (ZOOLÓGICO + BOSQUE)
Área: 250.880m² Local: Rua Capitão Salomão (Campos Elíseos) Funcionamento: de quarta feira a domingo, das 9h às 17h. Serviços: Bosque “Fábio Barreto”, Complexo Esportivo e Complexo Cultural Esta área é uma das mais altas da cidade, e possui ligação com o Jardim Japonês, que está em meio ao Bosque e lá localizam-se o Teatro Municipal, o Teatro de Arena e a Casa da Cultura. Apesar da área do morro do São Bento estar um pouco descuidada, todo o espaço destinado ao zoológico e o bosque estão em boas condições de preservação, recebendo visitantes das cidades vizinhas constantemente para a apreciação dos diversos tipos de animais que alí se encontram, além da própria paisagem, que se configura com espaços diversos de descanso e contemplação. Toda a área do parque configura-se como atrativa para a exploração e a circulação de seus usuários, e no meio destes caminhos existe um mirante, que privilegia a vista ampla da parte nordeste do quadrilátero central e de seus bairros vizinhos.
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PARQUE CONFORMANDO BOSQUE E ZOOLÓGICO
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PARQUE ECOLÓGICO ÂNGELO RINALDI (HORTO MUNICIPAL) Área: 182.986 m² Local: Av. Manoel Antônio s/n (Jardim Marchesi) Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. Serviços: o local tem 90% de sua área reflorestada e produz mudas para a arborização urbana e reflorestamento ciliar. Diferentemente do padrão observado dos outros parques de Ribeirão Preto, o parque ecológico Ângelo Rinaldi não apresenta estrutura para o seu uso público, ou seja, ele é um exemplo de área de preservação natural de diversas espécies vegetais locais, assim não há uma circulação de pessoas que se compare aos demais, como não há espaços para interação e utilização humana. Sua localização aproxima-se das extremidades do traçado perimetral, sua análise constrói-se de modo distinto, fora dos padrões que regem as linhas de oferta de grandes áreas verdes de uso público.
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PARQUE ECOLÓGICO OU RESERVA Fig.41: Vista Aérea
Para a escala de parque ser alcançada hoje, é pensado comumente em vasdo High Line Park tas áreas livres ou áreas espraiadas para que se possa trabalhar com a préexistência natural e a possibilidade de conformação de um local amplo e livre, com possibilidades inúmeras de atividades e alternativas de lazer. Sendo assim, entende-se a configuração observada na cidade de Ribeirão Preto e nas demais cidades pelo mundo como reflexo da situação atual de crescimento urbano. Com a tendência dos espaços livres se tornarem cada vez mais escassos, surge a necessidade de apropriação de áreas atípicas do traçado urbano, como por exemplo eixos aéreos e subterrâneos. Como um grande exemplo contemporâneo a utilizar essas ideias, destaca-se o “High Line Park” (HLP), um projetos recente da cidade de Nova Yorque, que de modo notável chamou atenção do restante do mundo para novas possibilidades de projeção de áreas verdes em locais não usuais, restritos e incomuns, e se resume na utilização de antigas linhas aéreas de trens abandonadas como espaço de lazer, transição e contemplação. Trata-se de um parque linear urbano aéreo, assim como é classificado. Dando sequência a essa linha de raciocínio, já há projetos para a ocupação subterrânea das linhas de metrô inutilizadas, da mesma forma como foi feito no HLP, que será conhecida como “Low Line Park”. Para uma cidade como Nova Yorque onde questões a respeito de adensamento e verticalização visivelmente fazem parte do cotidiano da população, é necessária a manutenção de novos conceitos a respeito da ocupação urbana contemporânea, assim como a ocupação verde, com parques, praças e áreas de lazer.
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A cidade de Ribeirão Preto, assim como diversas cidades pelo mundo, sofre pela tentativa de aliar espaços construídos pelo homem e espaços naturais. Este fato só tende a fortalecer as diretrizes projetuais da configuração de um “parque vertical”, pois a tendência de aumento pela demanda de espaços e terrenos térreos, cada vez mais raros, o que justifica a ocupação aérea, minimizando ao máximo o contato com o solo e proporcionando a inserção desses espaços em meio a trama edificada da cidade. Apesar de Ribeirão Preto não apresentar problemas graves de adensamento e verticalização em comparação a outras cidades como Tóquio e Cingapura, essa idéia configura-se como alternativa ideal para locais onde o aproveitamento espacial deve ser prioridade ou onde o metro quadrado é muito valorizado, mas não é excluída a possibilidade de ocupação do espaço aéreo para toda e qualquer área que procure encontrar os benefícios que existem na composição dessa organização projetual. Fig.42: Ilustração gráfica de um “Skyline” da cidade de Ribeirão Preto, agregando aguns de seus edifícios iconográficos por artista local chamado de “Daré”
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Fazendo uma relação direta com três dos espaços públicos mais utilizados de Ribeirão Preto, o parque Prefeito Dr. Luíz Roberto Jábali ou mais conhecido como Curupira , o parque Ecológico Maurílio Biagi , o parque Tom Jobim e o parque Municipal Dr. Carlos Raya, podemos por uma análise geral dizer que estes estão entre os mais populares da cidade, sendo o primeiro de porte médio a grande, apresentando uma área de aproximadamente152 mil metros quadrados, o segundo de porte pequeno a médio de aproximadamente 70 mil metros quadrados e o terceiro de porte pequeno a médio de aproximadamente 64mil metros quadrados e o quarto de porte pequeno possui aproximadamente 40 mil metros quadrados. Fig.43: Ilustração gráfica do parque Dr. Luíz Roberto Jábali (Curupidra) da cidade de Ribeirão Preto por artista local chamado Saulo Michelin.
OBS: Junção das figuras com a intenção de contrastar espaços verdes e espaços edificados.
Imagens: Curupira + Skyline Fonte: Revista RPHQ,2012: Capa e pรกgina 33
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5.PARQUE AÉREO VERTICAL
UMA PROPOSTA... [ DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ]
C
omparando as áreas dos parques apresentados com o tamanho médio das quadras das áreas mais adensadas, observa-se que as quadras das cidades variam principalmente entre as medidas de 100 m x 100 m e 50 m x 200 m o que nos dá uma área de aproximadamente10 mil metros quadrados. Utilizando a área de árvores como referência espacial, o porte das árvores em geral podem variar bastante, assim como a área de suas copas. Neste caso, pode-se trabalhar com os seguintes padrões: árvores de pequeno porte com copas de diâmetro de 4m e área de 12,50m², de médio porte com copas de diâmeetro de 6m e área de 28,30m², e de grande porte com copas de diâmetro de 8m e área de 50,20m². -1 quadra = 10.000m², aproximadamente 800 árvores de pequeno porte, 354 árvores de porte médio, e 200 árvores de grande porte. - Parque Curupira = 152.000m² Área verde, aproximadamente 70.000m² = 7 quadras = 5.600 árvores de pequeno porte, 2.478 árvores de porte médio e 1.400 árvores de grande porte. - Parque Maurílio Biagi = 70.000m² Área verde, aproxidamente 40.000m² = 4 quadras = 3.200 árvores de pequeno porte, 1.416 árvores de porte médio, e 800 árvores de grande porte. - Parque Tom Jobim = 64.000m² Área verde, aproximadamente 30.000m² = 3 quadras = 2.400 árvores de pequeno porte, 1.062 árvores de porte médio e 600 árvores de grande porte. -Parque Dr.Carlos Raya = 40.000m² Área verde, aproximadamente 20.000m² = 2 quadras = 1.600 árvores de pequeno porte, 708 árvores de porte médio e 400 árvores de grande porte.
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Dentro do projeto de um “parque vertical”, estas associações de área funcionam como pontos positivos no desenvolvimento da proposta. Para que se justifique a idéia de um equipamento localizado em áreas densas, a evidência de que há possibilidade de sobreposição de fragmentos componentes de um parque horizontal dentro do máximo de área de uma quadra comum surge como fator de partido para o dimensionamento médio desses novos espaços, assim como a quantidade de pavimentos que terão em comparação com a área útil já desenvolvidas em áreas de lazer existentes. Assim, pode-se afirmar que se percebe uma relação clara com as dimensões estabelecidas. Como a área de desenvolvimento do parque vertical é sempre incerta, aproveitando brechas e lotes disponíveis em áreas saturadas, o número de seus pavimentos será determinado pela disponibilidade de espaço, quanto menos espaço mais vertical e quanto maior o espaço, menos vertical. Fig.44: Composição gráfica, ilustrando as possibilidades espaciais do Parque Vertical Aéreo.
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Como exemplo, será utilizada a metragem de aproximadamente 50.000m² a 80.000m² de área de parque vertical, que será dividida por entre pavimentos distintos com funções variadas, ou seja, se a área disponível fosse de meia quadra, o parque teria 10 pavimentos, mas se a área disponível estivesse próxima de outra área livre como por exemplo 1/4 de quadra, o número de pavimentos poderiam cair para 7,5 andares. Se a área disponível fosse de uma quadra inteira, 5 pavimentos seriam suficientes para o desenvolvimento do parque vertical. O projeto busca a adaptação de áreas verdes de lazer e recreio em locais restritos, mas no nosso ponto de vista seria esta dificuldade de encontrar tais disponibilidades absolutas que evidenciaria a beleza do projeto. Quanto mais áreas quebradas e próximas com metragens distintas, maior a possibilidade de variação formal e possibilidades de interligação com o entorno existente, assim como o aproveitamento do espaço aéreo, que funcionaria como ligação entre os distintos pavimentos e ambientes do projeto.
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RIBEIRテグ PRETO/SP 2012
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Fig.45: Foto aérea da área escolhida para o desenvolvimento do projedo: Parque Vertical Aéreo
Para o projeto do parque vertical aéreo, foi escolhida uma área do quadrilátero central de Ribeirão Preto, que como ilustra a figura 45, está configurada como o setor mais adensado e verticalizado da cidade. Margeado pelas avenidas Nove de julho, Independência, Dr. Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, o centro é conhecido pela sua variedade de opções de comércio e serviços, destacando-se a área do calçadão e a presença de um grande número de pessoas tanto residentes quanto vindas de outras partes da cidade. Apesar da decadência recente da utilização dos espaços do centro com a conformação de nóvas áreas residenciais pela cidade, seu espaço ainda é valorizado como área de interesse imobiliário, aumentando a presença de lotes com utilização temporária, tais como os estacionamentos que se multiplicam a cada ano, prejudicando o desenvolvimento local.
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PRINCIPAIS EDIFÍCIOS DO QUADRILÁTERO CENTRAL: 01020304050607080910111213-
14CHOPERIA PINGUIM 15TEATRO PEDRO II 16PALACE HOTEL 17EDIFÍCIO DIEDERICHSEN BIBLIOTÉCA ALTINO ARANTES 1819MARP PALÁCIO DO RIO BRANCO PREF.2021COLÉGIO N.S. AUXILIADORA 22ESC. EST. CÔNEGO BARROS 23SESC 24ESC. EST. RUI BARBOSA ESTÚDIO KAISER DE CINEMA 2526MERCADO MUNICIPAL
CENT. POPULAR DE COMPRAS SEB COC - UNI. LAFAIETE CATEDRAL PALÁCIO ARCEBISPO ESC. EST. GUIMARÃES JUNIOR COLÉGIO METODISTA COLÉGIO OBJETIVO ESC. EST. OTONIEL MOTTA SHOPPING SANTA ÚRSULA CLUBE RECREATIVA COLÉGIO MARISTA HOSPITAL SÃO FRANCISCO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
PRAÇAS E ESPAÇOS VERDES DO QUADRILÁTERO CENTRAL: A- PRAÇA XV DE NOVEMBRO B- PRAÇA CARLOS GOMES C- PRAÇA DAS BANDEIRAS
D- PRAÇA DA CATEDRAL E- PRAÇA LUIS DE CAMÕES F- PRAÇA 7 DE SETEMBRO
CALÇADÃO ÁREAS POTENCIAIS DE PROJETO
Fig.46: Levantamento aerofotogramétrico disponibilizado pelo “Google Earth” da área de interesse.
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O trabalho iniciou-se com o levantamento dos estacionamentos do centro, buscando o entendimento da situação atual. Entre as ruas Duque de Caxias e Visconde do Rio Branco foi identificada a maior concentração de estacionamentos da área central, transformando-a na área de interesse principal. (Quase 50% da área de cada lote nessa faixa é composta por estacionamentos). Como meio de tentar entender a configuração da área de interesse, foi desenvolvido um levandamento volumétrico do localárea em questão, analisando a topografia e o gabarito dos edifícios existentes. Rua Visconde do Rio Branco Rua Duque de Caxias
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Croquis influenciados pela leitura do texto de Christian de Portzamparc, “A terceira era da cidade”... Misturas, adições e subtrações que fazem diferença, buscando as melhores configurações para a composição de uma quadra e consequentemente seus edifícios e usuários.
DESENHO DA ÁREA DE INTERESSE PROJETUAL....
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Croquis iniciais de projeto...
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Antes e Depois...
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VIABILIZAÇÃO PROJETUAL UMA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA...
O plano de desenvolvimento da idéia da constituição de uma mega estrutura nova e aérea em meio a uma área previamente consolidada legalmente não seria possível sem respaldo de um instrumento de planejamento e desenvolvimento urbano previsto no estatuto da cidade, conhecido como “Operações Urbanas Consorciadas”, também instituída no capítulo que define os instrumentos da Política Urbana, mais precisamente no artigo 5o implementado pelo Plano Diretor de Ribeirão Preto, Lei Complementar n.o 501, de 15 de outubro de 1995. “As operações urbanas consorciadas referem-se a um conjunto de intervenções e medidas, coordenadas pelo poder público municipal, com a finalidade de preservação, recuperação ou transformação de áreas urbanas contando com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados. O objetivo é alcançar, em determinada área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.” (O Estatuto da Cidade – Lei 10.257 de 10/07/01 - Art.32 -1°) Através deste instrumento, é compreendida a possibilidade de ampliação ou manutenção das restrições urbanísticas definidas pela legislação vigente em favor da melhoria urbana a partir de um acordo entre os participantes e afetados pela área de abrangência do projeto a ser implementado, sendo estabelecidas trocas de vantagens espaciais e construtivas que possam viabilizar a operação urbana consorciada. A partir do uso desse instrumento legal, as diretrizes do programa não usuais ou impróprias, segundo a legislação vigente, para a área de projeto, poderiam ser acordadas em relação à variedade situacional dos atingidos pela constituição do novo empreendimento. Sendo assim, o acordo que viabilizará a Operação Urbana Consorciada para implantação do parque aéreo vertical proposto neste trabalho poderá se estabelecer da seguinte forma: -O programa básico de ocupação será inicialmente compreendido pela área delimitada pelas seguintes vias: Av. Dr. Francisco Junqueira, Rua São Sebastião, Rua Comandante Marcondes Salgado e Av. Jerônimo Gonçalves. -Em cada lote envolvido no empreendimento, seus proprietários poderão adquirir certificados de potencial adicional construtivo, obedecendo as áreas e os limites máximos determinados pelo projeto, para a ocupação de edifícios ligados à estrutura do “parque”(Edifícios Fantasma). Os valores arrecadados mediante a negociação destes potenciais construtivos deverão ser depositados em um fundo específico destinado ao financiamento da implantação de toda a Operação Urbana Consorciada. -Com o objetivo de expansão do plano útil de área pública, o índice que determina o coeficiente de aproveitamento máximo na área especial do quadrilátero central (AQC), na zona de Urbanização Restrita (ZUR) no subsetor L1, dentro do zoneamento especificado pela operação subirá de no máximo três vezes a área do terreno para seis vezes, proporcionando não somente o incentivo ao crescimento vertical e denso, mas também estimulando os proprietários existentes a participarem do investimento na constituição da nova área, em forma de retorno positivo a ambas as partes.
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-Para minimizar os impactos no sistema viário, primeiramente serão desenvolvidos estacionamentos subterrâneos voltados a vias de porte pequeno,com função de coletoras ou locais, sendo estes concentrados sob a projeção da previsão dos novos edifícios a serem construídos futuramente. Além disso, como objetivo de “desafogar” ainda mais as vias que fazem parte da área em questão, há a proposta de desvio da rota dos grandes veículos de transporte público como os ônibus para áreas perimetrais do centro, para que posteriormente, veículos de menor porte, como vans, possam distribuir o fluxo de pessoas para os locais desejados. -Situações de passarelas transpassando projeções aéreas de edifícios pré-existentes, o contato ou ligação da estrutura com edifícios vizinhos, tanto em pavimentos intermediários, quanto na cobertura entrariam diretamente nas negociações entre o poder público e os envolvidos no desenvolvimento dessa possibilidade, na qual o ganho seria mútuo e proporcional aos impactos gerados por estas passagens. De modo geral, a implantação de uma Operação Urbana Consorciada viria a potencializar de grande forma as interações na sua área de abrangência, na qual os acordos geridos, além de permitirem a qualificação urbana da área da operação como um todo, “trabalharia” em conjunto com os moradores e/ou empreendedores que têm interesse na valorização econômica de seus terrenos, possibilitando um crescimento local controlado e mais adequado das construções, todas parte de um mesmo plano, cujos benefícios espaciais e sociais atingiriam todos os seus habitantes e usuários.
Delimitação volumétrica da área de atuação da operação.
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MEMORIAL DESCRITIVO + PROGRAMA O projeto partiu da idéia da junção entre arquitetura; urbanismo e paisagismo, buscando se acomodar nos interstícios e quaisquer lotes que estejam sub-utilizados e que possam apresentar potencial de requalificação. Utilizando-se de “peças” modulares, reajustáveis e de livre associação, através da adição ou subtração, o parque tem total liberdade de ser instalado em qualquer lote, cidade ou país. Assim como um brinquedo de montar, as peças possuem variações que as diferenciam e se conectam, fazendo com que a forma final e o uso de cada espaço possuam variações infinitas, dando a individualidade e peculiaridade de cada uma das áreas de utilização. Com a disposição de módulos subdivididos, diferentes espaços podem ser desenvolvidos e criados, como praças secas, jardins de variadas espécies e tamanhos de plantas, espelhos d’água e até piscinas e fontes, Equipamentos esportivos, equipamentos de lazer, eixos de circulação horizontal e vertical e espaços fechados que possam conter programas de apoio. Para a estruturação e conexão das peças, foi pensada uma estrutura de pilares de aço com formato em cruz de dimensões 0,8 m X 0,8 m e módulos de concreto de 5 m X 5 m ou submódulos de 2,5 m X 2,5 m que podem ser parafusados entre si e nos pilares. O vão entre pilares pode variar de 5 a 15 metros. Na estruturação das passarelas que cruzam quadras a solução foi a utilização de tirantes, assim como os utilizados em pontes que necessitam vencer um grande vão.
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O pé direito do parque é bastante variado para o estímulo à iluminação, ventilação natural e a disposição de vegetação de portes distintos. Como os módulos podem ter até 25 subdivisões, placas de diferentes materiais como deck de madeira e chapas de aço perfurado podem servir de alternativa para configurar diferentes qualidades em cada módulo. A opção por utilizar a estrutura invertida não somente resolve os problemas de armazenamento da terra e agua, mas propicia a passagem de infra estrutura que venha a ser necessária no desenvolvimento do parque, como também sua iluminação, que utilizará luminárias de LED fotovoltáicas que carregam automaticamente com a luz do sol e o posicionamento nos canteiros, no interior dos módulos nas circulações. Visando o pleno aproveitamento das diversas áreas do parque vertical aéreo, a circulação aparece como ponto fundamental, sendo resolvida através de rampas, escadas e plataformas elevatórias. Como o desenvolvimento de um parque em meio a uma área já densa viria a intensificar o trânsito, há a necessidade de desenvolvimento de pisos inferiores para a armazenagem de veículos, sendo estas totalmente ligadas ao parque. Os chamados “Edifícios Fantasma” funcionam como previsão da valorização urbana local e que atrairia o desenvolvimento e a especulação imobiliária. Esses edifícios já estariam previamente organizados junto a composição geral do parque. Para esse projeto foi proposto o seguinte programa: Perspectiva geral da composição formal do projeto do parque vertical.
-Jardins diversos com distintas espécies e tamanhos vegetais -Praças secas para a configuração de atividades variadas -Espelhos d’água, fontes, cachoeiras -Quadras poliesportivas -Playgrounds -Mirantes -Pistas de caminhada e ciclovia -Áreas de descanso, encontros e alimentação -Jogos de menor escala ex.tabuleiros de xadres e damas - Arquibancadas para descanso e circulação vertical -Plataformas elevatórias, escadas e rampas -Eixos fechados de suporte com salas multifuncionais -Sanitários -Bicicletário -Depoisito de materiais de manutenção -Palcos de teatro, shows de musica e arena -Áreas de contemplação -Edifícios fantasma
5/95
LOTES POTÊNCIAIS
Q3
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
RUA BARÃO DO AMAZONAS
N 5/96
Q1
RUA VISCONDE DO RIO BRANCO OBS: QUADRAS ESCOLHIDAS: 01;02;03 E 04/ RESTANTES COMO POTENCIAIS DE EXPANSÃO. TOPOGRAFIA: DESCE NO SENTIDO RUA DUQUE DE CAXIAS - VISCONDE DO RIO BRANCO
RUA DUQUE DE CAXIAS
Q2
Q4
TOPOGRAFIA METRO EM METRO
ESCALA GRÁFICA (M)
RUA AMADOR BUENO
RUA TIBIRIÇÀ
RUA ÁLVARES CABRAL
RUA MARIANA JUNQUEIRA
5/97
ANÁLISE DAS QUATRO QUADRAS E LOTES INDIVIDUALMENTE
3
1
2 1
2
2 4
2
2 5 2
2
1
QUADRA 01: ÁREA= 2.277,62m² GABARITO: OS EDIFÍCIOS ADJACENTES AO LOTE VARIAM DE 1 A 5 PAVIMENTOS. TOPOGRAFIA: VARIAÇÃO DE 4 METROS DESCENDO DA RUA DUQUE DE CAXIAS ATÉ MARIANA JUNQUEIRA. ACESSOS: SAÍDA PARA RUA TIBIRIÇA (14,38m);SAÍDA PARA RUA MARIANA JUNQUEIRA (37,46m) E SAÍDA PARA RUA DUQUE DE CAXIAS (7,54m). ATUALMENTE: ESTACIONAMENTO DO BANCO DA BRADESCO.
2 2 2
1
QUADRA 02: ÁREA= 4.008,21m² (BAA INCLUSA) GABARITO: OS EDIFÍCIOS ADJACENTES AO LOTE VARIAM DE 1 A 20 PAVIMENTOS. TOPOGRAFIA: VARIAÇÃO DE 3 METROS DESCENDO DA RUA DUQUE DE CAXIAS ATÉ MARIANA JUNQUEIRA. ACESSOS: SAÍDA PARA RUA TIBIRIÇA (17,93m);SAÍDA PARA RUA MARIANA JUNQUEIRA (32,99m); SAÍDA PARA RUA DUQUE DE CAXIAS (45,75m - BAA INCLUSA) E SAÍDA PARA RUA ÁLVARES CABRAL (10,90m). ATUALMENTE: ESTACIONAMENTOS
5/98
N
OBS: BAA - BIBLIOTÉCA ALTINO ARANTES
1
2
2
2
1 14
20
QUADRA 03: ÁREA= 3.043,75m² GABARITO: OS EDIFÍCIOS ADJACENTES AO LOTE VARIAM DE 2 A 14 PAVIMENTOS. TOPOGRAFIA: VARIAÇÃO DE 2 METROS DESCENDO DA RUA DUQUE DE CAXIAS ATÉ MARIANA JUNQUEIRA. ACESSOS: SAÍDAS PARA RUA VISCONDE DE INHAUMA(15,78m + 28,57m) E SAÍDA PARA RUA MARIANA JUNQUEIRA (61,56m) ATUALMENTE: ESTACIONAMENTOS
2
2
5 2
2 2
2
14
1 2 2
QUADRA 04: ÁREA=1.392,42m² + 934,18m² GABARITO: OS EDIFÍCIOS ADJACENTES AO LOTE VARIAM DE 1 A 18 PAVIMENTOS. TOPOGRAFIA: VARIAÇÃO DE 2 METROS DESCENDO DA RUA DUQUE DE CAXIAS ATÉ MARIANA JUNQUEIRA. ACESSOS: SAÍDAS PARA RUA ÁLVARES CABRAL (36,34m + 25,27m) E SAÍDA PARA RUA MARIANA JUNQUEIRA (38,07m) ATUALMENTE: ESTACIONAMENTOS
8
2 3
17
2 3
3
1
2
1 18
3 18
5/99
FOTOS DA ÁREA + ENTORNO ESTACIONAMENTO - QUADRA 03
PALACETE JORGE LOBATO
PALACETE CAMILO DE MATTOS
ACESSO A QUADRA 03
CANTEIRO CENTRAL - MINI PRAÇA
ESTACIONAMENTO BANCO BRADESCO ESTACIONAMENTO - ACESSO QUADRA 01
N 5/100
PONTO DE ÔNIBUS - ACESSO QUADRA 01
VIELA DE ACESSO A QUADRA 01
BIBLIOTECA ALTINO ARANTES (BAA)
ACESSO A QUADRA 02 - ESTACIO.
ACESSO A QUADRA 04 - ESTACIO.
GRANDE ESTACIONAMENTO
ESTACIONAMENTO - ACESSO QUADRA 02
ESQUINA - QUADRA 02
ACESSO A QUADRA 02 - ESTACIO.
5/101
ENTENDENDO A VOLUMETRIA - DESENHO E MAQUETE DA ÁREA
DESENHO DA ÁREA DE PREOJETO
MAQUETE VOLUMÉTRICA DA ÁREA DE PROJETO
5/102
5/103
PRIMEIRA ABORDAGEM Desenvolvimento da primeira idéia de ocupação através de módulos idênticos...
5/104
5/105
PRIMEIROS ESTUDOS
Estudo gráfico aproximado de um dos lotes para avaliação volumétrica e estética, dando início às próximas intensões de projeto e expansão.
5/106
01 RA
QU AD Estudos de compatibilzação através de programas especializados nas circunstâncias reais de organização espacial. - Desenhos a mão -Plantas e cortes e elevações no CAD -Volumetria no Sketch UP e 3D MAX Studio. Início do processo de compreensão do projeto e de seus caminhos e desdobramentos futuros ...
5/107
DETALHES DE MONTAGEM E EXECUÇÃO ENCAIXE DOS PARAFUSOS NOS MÓDULOS
MÓDULO PADRÃO
DETALHE DA SEÇÃO DOS PILARES
LUMINÁRIA FOTOVOLTÁICA TIPO 1 - INTERNA
TAMANHOS VARIADOS PLACA SOLAR EXTERNA MÓDULO JARDINEIRA
MÓDULO ESPELHO D’ÁGUA
5/108
LUMINÁRIA FOTOVOLTÁICA TIPO 2 - EXTERNA
LUMINÁRIAS TRANSPASSANDO A CHAPA METÁLICA MARCANDO O CAMINHO.
OBS: ESTRUTURAS EM GERAL DE FECHAMENTO POSSUEM FLEXIBILIDADE QUANTO A MANUTENÇÃO POR APRESENTAREM ACESSO DIRETO AOS PARAFUSOS.
FECHAMENTO VEGETAL
FECHAMENTO DECK DE MADEIRA
FECHAMENTO CHAPA DE AÇO PERFURADO
FECHAMENTO PLACA DE CONCRETO
MÓDULOS DE ESPELHO D’ÁGUA POSSUEM VARIAÇÃO EM SEU REVESTIMENTO INTENO DEVIDO A IMPERMEABILIZAÇÃO
FECHAMENTO DE ÁGUA
5/109
DETALHES DE MONTAGEM E EXECUÇÃO
CORTE MOBILIÁRIO
CORTE MÓDULO PADRÃO
CORTE MÓDULO JARDINEIRA
PLANTA MOBILIÁRIO ABERTO
PLANTA MÓDULO PADRÃO ABERTO
PLANTA MÓDULO JARDINEIRA ABERTO
PLANTA MOBILIÁRIO FECHADO
PLANTA MÓDULO PADRÃO FECHADO
PLANTA MÓDULO JARDINEIRA FECHADO
PLANTAS ABERTAS E FECHADAS DOS MÓDULOS 2,5X2,5 m
5/110
ESCALA GRÁFICA (M)
PLANTA MÓDULO ESP. D’ÁGUA ABERTO
PLANTA MÓDULO ESP. D’ÁGUA FECHADO
DETALHAMENTO DE ENCAIXE DOS PILARES NOS MÓDULOS
CORTE MÓDULO ESP. D’ÁGUA
MÓDULOS COM ENCAIXE DE PILARES SERÃO LIGEIRAMENTE DISTINTOS NOS CANTOS PARA PERFEITA JUNÇÃO DA ESTRUTURA
ENCAIXE 2 MÓDULOS LADO A LADO
ENCAIXE 1 MÓDULO CANTO
5/111
COMPONENTES E PEÇAS PRINCIPAIS MÓDULO PADRÃO COM VARIAÇÕES DE FECHAMENTO COMO EXEMPLO 5X5 METROS
TIPOS DE MATERIAIS PARA FECHAMENTO DOS MÓDULOS
MÓDULO PADRÃO FECHAMENTO EM PLACAS DE CONCRETO 5X5 METROS
MÓDULO MOBILIÁRIO POSSUI VARIAÇÕES DE FORMA E DIVISÃO.
MÓDULOS JARDINEIRA E ESPELHO D’ÁGUA 5X5 E 2,5X2,5 METROS
5/112
PARAFUSOS DE JUNÇÃO MODULAR MÓDULO PADRÃO VÃO ABERTO 5X5 METROS
ESCADAS DOIS LANCES 10X5 METROS
MÓDULO PADRÃO FECHAMENTO EM PLACAS DE CONCRETO 2,5X2,5 METROS
PILAR FORMA CRUZ - 0,8X0,8 METROS
5/113
COMPONENTES EM UTILIZAÇÃO CHAPA METÁLICA
5/114
DECK MADEIRA
PLACA JARDIM CONCRETO FLOREIRA
ESPELHO D’ÁGUA
5/115
SUGESTÕES PARA A CONFIGURAÇÃO DO LAYOUT DOS EIXOS
COPA
SAN. MASCULINO
BANCADA SAN. PPNE SAN. MASC. E FEM.
SAN. FEMININO
LAYOUT SANITÁRIO: SAN. MASCULINO, FEMININO E PPNE
LAYOUT REFEITÓRIO: COPA, SANITÁRIOS E BANCADA
SAIR DESCANSO BICICLETÁRIO
SANITÁRIOS ESTAR
LAYOUT ESTAR 02: DESCANSO, ESTAR E SANITÁRIOS
5/116
ENTRAR
LAYOUT BICICLETÁRIO: ESTOQUE DE BICICLETAS
OBS: TODOS OS LAYOUTS SÃO TOTALMENTE AJUSTAVEIS EM QUALQUER ÁREA DO PARQUE EM QUALQUER POSIÇÃO E ORIENTAÇÃO DENTRO DA MODULAÇÃO DE 5X5 METROS.
ARQUIVO DESCANSO ESTAÇÃO SAN. MASC. E FEM.
SANITÁRIOS ESTAR
LAYOUT ESCRITÓRIO ADM.: ARQUIVO, SANITÁRIOS E ESTAÇÃO
LAYOUT ESTAR 01: DESCANSO, ESTAR E SANITÁRIOS
ESPAÇO PARA A CONFIGURAÇÃO DE ATIVIDADES DIVERSAS CONFORME NECESSIDADE.
ESTOQUE
LAYOUT ESTOQUE/MANUTENÇÃO: ESTOQUE DE MATERIAL DIVERSO
LAYOUT MULTIFUNCIONAL: ORGANIZAÇÃO ALTERNATIVA ESCALA GRÁFICA (M)
5/117
LEGENDA MÓDULOS DE CONCRETO 5X5 M OU 2,5X2,5 m CONSTITUI A ESTRUTURA BÁSICA DO PROJETO E SUA SUPERFÍCIE PODE SER CUSTOMIZADA DE ACORDO COM A NECESSIDADE. COMO CADA MÓDULO É COMPOSTO POR 25 SUBDIVISÕES, E CADA UM DELES PODE SER ORGANIZADO DE MANEIRA DIFERENTE CRIANDO ASSOCIAÇÕES DISTINTAS. MÓDULOS DE JARDINEIRA 5X5 M OU 2,5X2,5 m PEÇA FUNDAMENTAL PARA A ORGANIZAÇÃO DA PAISAGEM “AÉREA”, APRESENTA VARIAÇÃO DE ALTURA DE ACORDO COM O TIPO E PORTE DE VEGETAÇÃO A SER PLANTADA (1m PARA CIMA OU BAIXO). VARIA DE: 1m PARA VEGETAÇÃO DE PEQUENO PORTE, 2m PARA MÉDIO PORTE E 3m PARA GRANDE PORTE. MÓDULOS DE ESPELHO D’AGUA 5X5 M OU 2,5X2,5 m NÃO SÓMENTE COMO FUNÇÃO CONTEMPLATIVA, MAS CLIMATIZADORA E ATÉ UTILIZÁVEL, DEPENDENDO DA NECESSIDADE, HÁ ASSIM COMO OS MÓDULOS DESCRITOS ANTERIORMENTE A POSSIBILIDADE DE ORGANIZAÇÃO VARIADA JUNTANDO E MISTURANDO-SE COM OS DEMAIS COMPONETES DO PARQUE VERTICAL. MÓDULO RAMPADO 5X5 m ESSES TIPOS DE MÓDULO SE DIFERENCIAM DO REGULAR POR APRESENTAREM UMA INCLINAÇÃO DE 9%, OU SEJA, HÁ UMA VARIAÇÃO DE 45 CENTÍMETROS AO LONGO DOS SEUS 5 METROS DE EXTENSÃO, POSSIBILITANDO A TRANSIÇÃO ENTRE PAVIMENTOS POR PEDESTRES E CICLISTAS DE FORMA SUAVE. MÓDULO PLATAFORMA ELEVATÓRIA 5X5 m COMO UMA ALTERNATIVA PARA O DESLOCAMENTO ENTRE PAVIMENTOS, O MÓDULO PLATAFORMA APARECEM EM TODOS LOTES, COMO FORMA DE INCENTIVO E FACILIDADE AO USUÁRIO A EXPLORAÇÃO DE TODOS OS ESPAÇOS DO PARQUE AÉREO. EDIFÍCIOS DO ENTORNO COR REPRESENTATIVA DOS EDIFÍCIOS EXISTENTES LOCALIZADOS NO ENTORNO DA ÁREA DE PROJETO.
5/118
N
INDICAÇÃO DE NORTE NORTE GEOGRÀFICO QUE SE ENCONTRA O PROJETO E A ÁREA DE INTERVENÇÂO
ESCADA DUPLA OU SIMPLES 5X10 m DA MESMA FORMA QUE A PLATAFORMA ELEVATÓRIA AS ESCADAS ESTÃO DISPOSTAS EM TODOS LOTES PROPORCIONANDO MAIS UMA ALTERNATIVA DE DESLOCAMENTO VERTICAL ATRAVÉS DOS ESPAÇOS DO PARQUE ARQUIBANCADA 5X10 m ALTERNATIVA PARA SER UTILIZADA PRINCIPALMENTE NOS ESPAÇOS DE PALCO, MAS PODE ESTAR POSICIONADA EM QUALQUER ÁREA DO PARQUE, POSSIBILITANDO A LIGAÇÃO ENTRE PAVIMENTOS, OU SEJA, O ACESSO INDEPENDE DO PONTO MAIS BAIXO OU ALTO. QUADRAS POLIESPORTIVAS 20X30 m CORES REPRESENTATIVAS DAS QUADRAS POLIESPORTIVAS, QUE SEMPRE DEVEM ESTAR LOCALIZADAS SOB UM PÉ-DIREITO DE NO MÍNIMO 7m, PARA A PRÁTICA DE QUALQUER TIPO DE ESPORTE, COMO O PISO A PISO COMUM DO PARQUE É DE 9m ESSE PONTO É SEMPRE ANTENDIDO. EDIFÍCIOS FANTASMA HACHURA REPRESENTATIVA DOS “EDIFÍCIOS FANTASMA” NOME DADO EM FUNÇÃO DA PRÉ-PROJEÇÃO DE ÁREAS NOS LOTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE EDIFÍCIOS MULTIFUNCIONAIS PREVISTOS PARA FUTURAMENTE FAZEREM PARTE DA COMPOSIÇÃO DO PARQUE AÉREO VERTICAL, FUNCIONANDO DE FORMA INTEGRADA. ÁREA DO LOTE NÃO UTILIZADA EM NÍVEL SUBSOLO HACHURA REPRESENTATIVA DA ÁREA NÃO UTILIZADA NO NÍVEL DOS ESTACIONAMENTOS LOCALIZADOS NO SUBSOLO.
INDICAÇÃO DE VAZIO. USO PROPOSITAL NA SUBTRAÇÃO DE MÓDULOS COM O OBJETIVO DE AUMENTAR O PÉ-DIREITO.
ESTRUTURA EM CRUZ 0,8X0,8 m PILARES POSSUEM FORMA DE CRUZ, ALÉM DA ESTÉTICA PARA ENCAIXAREM NAS JUNÇÕES ENTRE MÓDULOS DA MELHOR FORMA OCUPANDO MENOR ÁREA POSSÌVEL.
5/119
IMPLANTAÇÃO (QUADRAS 01 E 02 - PARQUE VERTICAL)
N 5/120
ESCALA GRテ:ICA (M)
5/121
QUADRA 01
2° SUBSOLO (NÍVEL - 9,00 METROS) A
D
C
N 5/122
A
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -ESTACIONAMENTO -SANITÁRIO -PLATAORMA ELEVATÓRIA
QUADRA 02
B
D
5/123
QUADRA 01
1° SUBSOLO (NÍVEL - 4,50 METROS) A
D
C
N 5/124
A
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -ESTACIONAMENTO -SANITÁRIO -PLATAORMA ELEVATÓRIA
QUADRA 02
B
D
5/125
QUADRA 01
TÉRREO (NÍVEL 0,00 METROS) A
D
C
N 5/126
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -TEATRO DE ARENA/EXPOSIÇÃO -ACESSOS AOS ESTACIONAMENTOS -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ACESSO À BIBLIOTECA ALTINO ARANTES -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/127
QUADRA 01
1°PAV. (NÍVEL + 4,50 METROS) A
D
C
N 5/128
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -PALCO DE TEATRO OU SHOW -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -PRAÇA SECA -SANITÁRIOS -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/129
QUADRA 01
2°PAV. (NÍVEL + 9,00 METROS) A
D
C
N 5/130
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -QUADRA POLIESPORTIVA -SANITÁRIOS + BICICLETÁRIO -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS/RAMPA -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ACESSO AOS EDIFÍCIOS FANTASMA 01 , 02 E 03 -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/131
QUADRA 01
3°PAV. (NÍVEL + 13,50 METROS) A
D
C
N 5/132
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -ARQUIBANCADA -SANITÁRIOS -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS/RAMPA -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/133
QUADRA 01
4°PAV. (NÍVEL + 18,00 METROS)A
D
C
N 5/134
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -ACESSO AOS EDIFÍCIOS FANTASMA 04 E 05 -SANITÁRIOS + SUPORTE -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS/RAMPA -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO -PALCO PARA TEATRO OU SHOW
QUADRA 02
B
5/135
QUADRA 01
5°PAV. (NÍVEL + 22,50 METROS)A
D
C
N 5/136
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -PLAYGROUND -SANITÁRIOS + SALA MULTIFUNCIONAL -PLATAFORMA ELEVATÓRIA/ESCADAS/RAMPA -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO -ARQUIBANCADA
QUADRA 02
B
5/137
QUADRA 01
6°PAV. (NÍVEL + 27,00 METROS)A
D
C
N 5/138
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -RAMPA -ACESSO AO PRÉDIO VIZINHO EXISTENTE -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/139
QUADRA 01
7°PAV. (NÍVEL + 31,50 METROS)A
D
C
N 5/140
A
D
C
B ESCALA GRÁFICA (M) -ESTOQUE -MIRANTE -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 02
B
5/141
IMPLANTAÇÃO (QUADRAS 03 E 04 - EDIFÍCIOS FANTASMA)
N 5/142
COTA 0,00 A PARTIR DA RUA MARIANA JUNQUEIRA
ESCALA GRテ:ICA (M)
5/143
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - TÉRREO (NÍVEL 0,0 METROS)
N 5/144
ESCALA GRÁFICA (M)
5/145
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -ARQUIBANCADA PARA DESCANSO -MESASA DE JOGOS E REFEIÇÕES -JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 04
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - 1° PAV (NÍVEL 4,5 METROS)
N 5/146
ESCALA GRÁFICA (M)
5/147
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -PLATAFORMA ELEVATÓRIA
QUADRA 04
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - 2° PAV (NÍVEL 9,00 METROS)
N 5/148
ESCALA GRÁFICA (M)
5/149
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -QUADRA POLIESPORTIVA -PRAÇA SECA -PLAYGROUND -ACESSO À QUADRA 04
QUADRA 04
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - 3° PAV (NÍVEL 13,50 METROS)
N 5/150
ESCALA GRÁFICA (M)
5/151
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -PLATAFORMA ELEVATÓRIA
QUADRA 04
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - 4° PAV (NÍVEL 18,00 METROS)
N 5/152
ESCALA GRÁFICA (M)
5/153
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -QUADRA POLIESPORTIVA -PLATAFORMA ELEVATÓRIA + SANITÁRIO --JARDINS VARIADOS/DIFERENTES ESPÉCIES -ESPELHOS D’ÁGUA -ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO
QUADRA 04
QUADRA 03
EDIFÍCIOS FANTASMA - 5° PAV (NÍVEL 22,50 METROS)
N 5/154
OBS: OS “EDIFÍCIOS FANTASMA” CONTINUAM ATÉ ATINGIREM O H/6 PERMITIDO COM A OPERAÇÃO CONSORCIADA, IMAGEM ILUSTRA SOMENTE LIGAÇÕES DO PARQUE.
ESCALA GRÁFICA (M)
5/155
-EDIFÍCIOSS FANTASMA 02 , 03 , 04 e 05 -PLATAFORMA ELEVATÓRIA
QUADRA 04
CORTES CORTE TRANSVERSAL AA
5/156
ESCALA GRテ:ICA (M)
CORTE TRANSVERSAL BB
ESCALA GRテ:ICA (M)
5/157
CORTE LONGITUDINAL CC
5/158
ESCALA GRテ:ICA (M)
5/159
CORTE LONGITUDINAL DD
5/160
ESCALA GRテ:ICA (M)
5/161
IMPLANTAÇÃO
5/162
ESTRUTURA DE CRESCIMENTO CONTÍNUO...
5/163
VISTA GERAL DA PROPOSTA
5/164
PARQUE
VERTICAL AÉREO RIBEIRÃO PRETO/SP
5/165
VISTA DAS QUADRAS CENTRAIS 01 E 02
5/166
RUA MARIANA JUNQUEIRA
5/167
VISTA A PARTIR DA BIBLIOTECA ALTINO ARANTES (BAA)
5/168
RUA DUQUE DE CAXIAS
5/169
VISTA AÉREA DA QUADRA 02
5/170
RUA MARIANA JUNQUEIRA
5/171
VISTA DO ACESSO A QUADRA 02 - PALCO AÉREO
5/172
RUA MARIANA JUNQUEIRA
5/173
VISTA DA QUADRA 03 - “EDIFÍCIO FANTASMA”
5/174
RUA VISCONDE DO INHAÚMA
5/175
VISTA DO ACESSO À QUADRA 01 - TÉRREO
5/176
RUA MARIANA JUNQUEIRA
5/177
VISTA DO ANFITEATRO DO PAV. TÉRREO DA QUADRA 01
5/178
5/179
VISTA DA ÁREA DE DESCANSO DO PAV. TÉRREO DA QUADRA 03
5/180
5/181
VISTA A PARTIR DA PASSARELA ENTRE AS QUADRAS 01 E 03
5/182
5/183
VISTA A PARTIR DA PASSARELA ENTRE AS QUADRAS 02 E 04
5/184
5/185
VISTA AÉREA DAS RAMPAS NO INTERIOR DO PARQUE
5/186
5/187
VISTA INTERIOR DO PARQUE A PARTIR DO 4째PAV. - QUADRA 01
5/188
5/189
VISTA INTERIOR DO PARQUE A PARTIR DO 3째PAV. - QUADRA 02
5/190
5/191
VISTA INTERIOR DO PARQUE - QUADRA POLIESPORTIVA
5/192
5/193
VISTA A PARTIR DO MIRANTE DA QUADRA 02
5/194
5/195
PARQUE VERTICAL AÉREO
5/196
EXPLORANDO NOVAS DIMENSÕES PROJETUAIS...
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FONTE DAS FIGURAS: FIG.00 - Agradecimentos: Documento digital disponível em:http://amacaca.wordpress.com/2011/01/09/ - Data de acesso:17/06/2012 FIG 01 - Ilustração de Cave-In - "Satellite" Documento digital disponível em :http://www.hydrahead.org/hh/press/cavein/extras.htm Data de acesso:06/06/2012 FIG 02 - Ilustração de um gráfico "efeito borboleta" - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://www.atrfb.org.br/blog/?m=201106&paged=2 Data de acesso:06/06/2012 OBS:Modificado pelo autor FIG 03 - Ilustração de "Black Vector Japan" - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://pt.depositphotos.com/1204901/stock-illustration-Black-Japan-map.html Data de acesso:06/06/2012 OBS:Modificado pelo autor FIG 04 - Iluatração de "Atomier" - "Hong Kong's Informal Rooftop Communities" Documento digital disponível em :http://unhoused.livejournal.com/29091.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 05 - Ilustrações variadas - Autores desconhecidos Documentos digitais disponíveis em :http://www.clker.com/clipart-cincinnati-skyline.html http://www.wallpapersonweb.com/image-7160.html http://www.freetattooideas.net/bird-tattoos/ http://www.therustykey.com/The_Front_Gate.html http://www.arthursclipart.org/silhouettes/plants.htm Data de acesso:06/06/2012 OBS:Modificação e Composição pelo autor de diversas imagens. FIG 06 - Ilustração de Kisho kurokawa - "Helix City" Documento digital dissponível em :http://www.archpaper.com/news/articles.asp?id=5722 Data de acesso:06/06/2012 FIG 07 - Ilustração de Olivier Pichard - "Godzilla reading" Doumento digital disponível em :http://denverlibrary.org/blog/looking-something-awesome-read Data de acesso:06/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 08 - Foto de projeto de Arata Isozaki - Maquete física de "Clusters in the Air" Documento digital disponível em :http://tokyoarquitetura.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 09 - Foto de projeto de Kenzo Tange - Osaka Expo' 70 "The Big Roof" Documento digital disponível em :http://www.libri.it/catalog/product_info.php?products_id=5586 Data de acesso:06/06/2012 FIG 10 - Ilustração de Arata isozaki - "City in the Air" Documento digital disponível em :http://thetemplesofconsumption.blogspot.com.br/2012/03/arata-isozaki.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 11 - Ilustração de Skyline - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://openclipart.org/tags/skyline Data de acesso:06/06/2012 FIG 12 - Ilustrações variadas - Autores desconhecidos Documento digital disponível em :http://my-direct-lender.com/calcMonthlyPayment.php http://www.intermediairpw.nl/artikel/vakinformatie/249482/vergrijzing-permanent-probleem-arbeidsmarkt.html http://www.shoutawards.com.my/2010/shout-category.html Data de acesso:06/06/2012 OBS:Modificação e Composição pelo autor de diversas imagens. FIG 13 - Ilustração de Ron Herron - "The Walking City" Documento digital disponível em :http://www.pro.ba/utopia/?p=340 Data de acesso:06/06/2012 FIG 14 - Ilustração de Ron Herron - "The Walking City" Documento digital disponível em :https://ksamedia.osu.edu/media/18605 Data de acesso:06/06/2012 FIG 15 - Ilustração de "Madart" - "The Eternal City" Documento digital disponível em :http://fineartamerica.com/featured/abstract-surreal-artoriginal-cityscape-painting-the-eternal-city-by-madart-megan-duncanson.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 16 - Ilustração de Diane Watson - "Traffic jam" Documento digital disponível em :http://walkingollie.wordpress.com/2008/06/26/dianes-cars-ii/ Data de acesso:06/06/2012
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FIG 17 - Releitura de ilustração disponível no livro: “Cidades para um pequeno planeta” - Richar Rogers - 2008 FIG 18 - Ilustração de Ugly Americans - "New York Mess" Documento digital disponível em :http://extravirgem.wordpress.com/2011/01/05/feiura-americana/ Data de acesso:06/06/2012 FIG 19 - Ilustração de "SADAR+VUGA" - "Center for Promotion of Science" Documento digital disponível em :http://www.bustler.net/index.php/article_image/block_39_center_for_promotion_of_science_by_sadarvuga/image/3053 Data de acesso:06/06/2012 FIG 20 - Ilustração de "Zone City" - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://digitalmeans.host22.com/ Data de acesso:06/06/2012 FIG 21 - Ilustração de "Dan perjovschi" - "Fifth floor drawing" Documento digital disponível em :http://arttattler.com/archiveideastakingspace.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 22 - Ilustração de "Skycrappers" - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://www.taringa.net/posts/imagenes/4342900/hiperpost-de-wallpapers-HQ_paisajes_-imagenes-vectoriales_.html Data de acesso:06/06/2012 FIG 23 - Ilustração de capa e contracapa do livro: "New York Line by Line [From Broadway to the Battery]" - Robinson - 2009 FIG 24 - Ilustração de "Ridd Sorensen" - "King Kong" Documento digital disponível em :http://dabeehive.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html Data de acesso:06/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 25 - Ilustração de Larissa Groszko - "New York Green Spaces" Documento digital disponível em :http://www.behance.net/gallery/Dense-Cities-Manhattan/2131240 Data de acesso:13/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 26 - Foto panorâmica do Central park - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://reinalldy.blogspot.com.br/2012_01_01_archive.html Data de acesso:13/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 27 - Ilustração de "HR-FM" - "Manhattan" Documento digital disponível em :http://hr-fm.deviantart.com/gallery/?offset=24#/d248n7d Data de acesso:06/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIGURAS DE DESENHOS DE ALGUMAS DAS REFERÊNCIAS: Desenvolvido pelo autor HIGH LINE PARK: - Fotos do Autor (01;02;03) + Ilustração do Símbolo do parque - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://conhedesign.com/2011/04/28/high-line-park-illustration/ Data de acesso:13/06/2012 + Ilustração de "Ex-machina Comics"- "parachutist in High Line" Documento digital disponível em : http://comicsqueers.tumblr.com/page/66 Data de acesso:13/06/2012 BOSCO VERTICALE: - Ilustração do autor + Ilustrações de projeto e esquemas projetuais Documento digital disponível em :http://www.stefanoboeriarchitetti.net/?p=207 Data de acesso:13/06/2012 LUZ COMPLEX: - Ilustrações de projeto e esquemas projetuais Documento digital disponível em :http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao-paulo-23-05-2012.html Data de acesso:13/06/2012 EDITT TOWER: - Ilustração do autor + Ilustrações de projeto e esquemas projetuais Documento digital disponível em :http://www.trhamzahyeang.com/project/skyscrapers/edit-tower01.html Data de acesso:13/06/2012 THE CLOUD: - Ilustrações de projeto e esquemas projetuais Documento digital disponível em :http://www.designboom.com/weblog/cat/9/view/18051/mvrdv-the-cloud.html Data de acesso:13/06/2012 SKY VILLAGE: - lustrações de projeto e esquemas projetuais Documento digital disponível em :http://www.dysturb.net/2008/mvrdvs-sky-village-winning-skyscraper-competition-entry/ Data de acesso:13/06/2012
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SESC POMPÉIA: - Ilustração do autor + Ilustração de "Eduardo Bajzec" - SESC Pompéia Documento digital disponível em :http://ebbilustracoes.blogspot.com.br/2010_02_01_archive.html Data de acesso:13/06/2012 + Foto das passarelas e da caixa d'água do SESC Pompéia - Autor Desconhecido Documento digital disponível em :http://kikipedia.wordpress.com/tag/croqui/ Data de acesso:13/06/2012 FIG 29 - Composição de imagens do projeto de uma fazenda vertical - SOA Architects Documento digital disponível em :http://afasiaarq.blogspot.com.br/2012/01/soa.html Data de acesso:13/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 30 - Ilustração de Maquete digital de fazenda vertical - Mithun Vertical Farm Documento digital disponível em :http://www.ecogeek.org/architecture?start=85 Data de acesso:13/06/2012 FIG 31 - Ilustração de apresentação de um projeto de um ecossistemaurbano artificial chamado EVF (Experimental Vertical Farm) Documento digital disponível em :http://geovolosnea.blogspot.com.br/2010/02/vertical-farm-project.html Data de acesso:13/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 32 - Ilustração de maquete digital de um projeto de uma fazenda vertical "The Living Tower" - SOA Architects Documento digital disponível em :http://urfarmer.wordpress.com/ Data de acesso:13/06/2012 FIG 33 - Foto de Scott Slavin - Empire State Surreal Documento digital disponível em :http://www.terrapapers.com/?p=8631 Data de acesso:06/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 34 - Ilusrtração de "Cidade Verde" - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Cidade-verde/ Data de acesso:13/06/2012 FIG 35 - Ilustração representativa de um camaleão - Corporate Chameleon Documento digital disponível em :http://corporatecatapult.wordpress.com/2010/08/05/be-more-influential-by-loving-yourself/ Data de acesso:13/06/2012 FIG 36 - Ilustração de Ribeirão Preto pelo artista Ruy Marques - Revista RPHQ, 2012: contracapa frontal FIG 37 - Ilustração de mapa de área de abrangência de Ribeirão Preto - Núcleo Regional de Programa e Projeto de Ribeirão Preto Documento digital disponível em :http://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam2/Default.aspx?idPagina=9375 Data de acesso:13/06/2012 FIG 38 - Foto de "Lucso" - "Skyline da cidade de Ribeirão Preto" Documento digital disponível em :http://browse.deviantart.com/?order=9&q=ribeir%E3o+preto&offset=48#/d2e9bro Data de acesso:13/06/2012 FIG 39 - Ilustração do mapa da cidade de Ribeirão Preto destacando as áreas verdes de relevância Desenvolvimento do Autor pelo programa AUTOCAD FIGURAS DOS PARQUES DE RIBEIRÃO PRETO: Fotos tiradas pelo autor em campo FIG 40 - Ilustração de "Smilaz" - Wildfire Planning" Documento digital disponível em :http://browse.deviantart.com/?qh=&section=&q=wildfire+planning#/d1hm0rw Data de acesso:13/06/2012 FIG 41 - Foto Aére do High Line park - NYC - Autor desconhecido Documento digital disponível em :http://www.domusweb.it/it/architecture/osservare-muoversi-e-riunirsi-le-funzioni-dell-high-line/ Data de acesso:06/06/2012 FIG 42 - Ilustração do Curupira em Ribebeirão Preto pelo artista Saulo Michelin - Revista RPHQ, 2012:p.33 OBS: Modificado pelo autor FIG 43 - Ilustração de "Skyline" de Ribeirão Preto pelo artista Daré - Revista RPHQ, 2012: capa OBS: Modificado pelo autor FIG 44 - Ilustrações variadas - Autores desconhecidos Documentos digitais disponíveis em : http://www.featurepics.com/online/Vehicle-Silhouettes-Illustrations176849.aspx http://alzahra213901390.blogfa.com/post-23.aspx Data de acesso:06/06/2012 OBS:Modificação e Composição pelo autor de diversas imagens. FIG 45 - Foto aérea da cidade de Ribeirão Preto - Autor desconhecido Documento digital disponível em : http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=708720 Data de acesso:13/06/2012 OBS: Modificado pelo autor FIG 46 - Foto Aerofotogramétrica de parte da área central de Ribeirão Preto coletado através do programa “Google Earth”
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BIBLIOGRAFIA: ROGERS, Richard, GUMUCHDJIAN, Philip (ed.). Cidades para um Pequeno Planeta Barcelona: Gustavo Gili GG, 2008 KOOLHAAS, Rem, OBRIST, Hans Ulrich (ed.). Project Japan: Metabolism Talks... Barcelona: TASCHEN GmbH, 2011 SUN, Alex (ed.). Projeto da Praça: Convívio e Exclusão no Espaço Público São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008 ARANTES, Otília (ed.). CHAI-NA São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo EDUSP, 2011 ROBINSON (ed.). NEW YORK LINE BY LINE: From Broadway to the Battery New York: UNIVERSE, 2009 INGELS, Bjarke (ed.). An Archicomic on Architectural Evolution Barcelona: TASCHEN GmbH, 2009 PORTZAMPARC, Christian. “A terceira era da Cidade”, In: Revista Óculum 9 Campinas, Fau Puccamp, 1992
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