Revista Label - 01ª Edição

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Se

você acha

que já




carta do editor

Uma ideia inovadora e conteúdo jornalístico grátis

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onteúdo e qualidade. Essas foram as duas palavras que impulsionaram a criação de uma revista voltada para o público homossexual de Pernambuco. Deparandome com um cenário cansado de informações supérfulas e pornografias escancaradas, surgiu a ideia de lançar algo no mercado que, realmente, exigisse um pouco mais do teor interpretativo de cada leitor – seja ele homossexual ou não. A Label entra em circulação para oferecer o que as pessoas sentem falta: conteúdo jornalístico gratuito.

de comunicação atuante na defesa da causa LGBT e oferecer informações de especialistas em vários segmentos (música, consumo, cultura, marketing, entre outros).

Na edição especial de lançamento da revista Label, a matéria de capa trará um dos assuntos mais delicados na vida dos jovens homossexuais (e adultos também): o momento da revelação da sexualidade para a família. O assunto é frequentemente levantado em rodas de bate papo com amigos e, certamente, também chama a atenção de famílias que já se viram nessa A partir desta edição, vocês poderão navegar nas situação. Além disso, a primeira edição traz uma páginas da revistas e ficar por dentro dos últimos explicação detalhada sobre a sigla LGBT, que tanto acontecimentos do mundo LGBT e ler reportagens já mudou e confundiu a cabeça da população. especiais sobre assuntos que estão sempre em destaque. Diante desse desafio, traçamos alguns Boa leitura! objetivos para a nossa linha editorial: abordar pautas com temática homossexual, ser um meio

Danilo Brasil

Editor Chefe danilo@revistalabel.com.br


Leitor

índice O leitor Victor Andrade comenta seu ponto de vista sobre sexualidade, preconceito e justiça

Entrevista

A cantora Gerlane Lops bate um papo descontraído com a Revista Label e fala sobre sua carreira

Coluna

LGBT

As várias mudanças da sigla LGBT. O que mudou e qual a sigla correta nessa confusa sopa de letrinhas

Darlan Gomes, na sua primeira coluna de Música, fala um pouco sobre o ‘boom’ da e-music

Social

Capa

A revelação da homossexualidade para a família: um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa

Conheça um pouco mais do trabalho do Instituto PAPAI, uma das organizações mais sérias do Estado

Coluna

O jornalista Flaviano Quaresma fala sobre consumo, tendência e influência tecnológica na vida das pessoas Coluna

Coluna

A coluna Marketing Colorido mostra a Campanha Rio Sem Homofobia e o primeiro beijo gay da TV brasileira

A coluna Falando em Clicks expluca um pouco sobre o movimento Queer Art, iniciado nos anos 80

e +...

16 - A Revista Label dá dicas de livrod e CDs para os leitores 29 - Os fatos do mundo gay que foram notícia em junho 32 - Conheça um dos pontos turísticos mais visitados do Recife


espaço do leitor

Da união pela igualdade

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sexualidade de um ser humano passa durante sua vida por três estágios: a descoberta, a aceitação e a intolerância. Intolerância por não poder expressar seu sentimento sem medo de ser reprimido; intolerância por ter que ouvir comentários degenerativos que medem sua capacidade a comparando com sua sexualidade; intolerância por ter que seguir um padrão ou até mesmo um rótulo, que diz que se for homo tem que ter trejeitos.

meus caros, a ouvir comentários tão absurdos contra as mulheres, que para mim são heroínas e representam a igualdade dos sexos. Eu vejo: faço parte de uma juventude intolerante, não inconsequente como diz aqueles que foram jovens no século passado. A gente não quer apenas pão e circo, a gente não luta pelo reconhecimento de uma determinada classe. A gente luta pela igualdade de todos para que todos sejam vistos e aceitos do jeito que são. A gente vai a luta, a gente não desiste, nós respeitamos e acreditamos em toda forma de amor.

Não vou ser piegas e focar apenas na homossexualidade, visto que vejo o preconceito Por que a gente não quer destaque, a gente quer ainda bastante forte também sobre a mulher, igualdade e queremos também todo amor que que assume sua sexualidade e não nega aos houver nessa vida! prazeres da vida. Eu também sou obrigado,

Victor Andrade Administrador e blogueiro

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Escreva sua história com temas relacionados a tribo LGBT para que ela seja publicada na Revista Label. Envie um e-mail para cartas@revistalabel. com.br juntamente com uma foto e seu texto de até 800 caracteres.


coluna

Marketing Colorido Por Danilo Brasil

danilo@revistalabel.com.br

Em prol da luta e da quebra de tabus

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ampanha - O Rio de Janeiro dá mais um passo na luta contra homofobia. A cidade, que já tinha sido escolhida o melhor destino gay do mundo, acaba de lançar a campanha Rio Sem Homofobia, pelas mãos do Governador Sério Cabral. Spots para rádio e filmes para TV, outdoors, busdoors, mobiliário urbano, folhetos; um website (www.riosemhomofobia.rj.gov. br), itens promocionais tais como camisetas, barracas de praia, entre outros são algumas das sugestões que integram o plano de mídia. A campanha vai reforçar a mensagem contra a homofobia mostrando os homossexuais em peças que mostram os personagens em situações cotidianas, positivas e afirmativas.

Sexo Frágil - Nada de selinho, cena cortada ou amasso no escuro. O primeiro beijo gay exibido por uma telenovela brasileira foi daqueles de tirar o fôlego do expectador e ainda contou com um “fogo” que só Pernambuco tem. A recifense Giselle Tigre e a ex-paquita Luciana Vendramini protagonizaram a cena que há anos as telenovelas tinham receio de mostrar, com direito a carícias e lances de perna. O autor do folhetim, Tiago Santiago, comemorou o feito pelo twitter: “Parabéns pela coragem. Não à violência e à homofobia. Parabéns, atrizes maravilhosas, Luciana Vendramini e Giselle Tigre”.

Danilo Brasil é Jornalista


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Gerlane Lops

No samba “Da Branca”


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empre com muita simpatia, a cantora Gerlane Lops concedeu entrevista para a Revista Label e falou um pouco sobre sua carreira, seu público e política.

A simplicidade da pernambucana que virou ícone do samba para o Estado Desde quando você despertou para a música? Na verdade foi através de um programa de TV, que a minha irmã fazia parte e eu sempre ia para acompanhá-la. O nome do programa era Coral Catavento e passava na TV Canal 2, no fim da década de 70 e começo da década de 80. Na época, eu tinha quatro anos e a minha irmã tinha 15. O meu interesse pela música começou a partir daí. Aos 10 anos eu comecei a tocar em bandas, aos 17 comecei a estudar canto. Logo depois veio o convite para participar do Festival Canta Nordeste de 1996, no qual eu obtive o 1º lugar na eliminatória pernambucana com a música “Tempo de Varanda” e não parei mais.

Você nem sempre cantou samba. O que te fez mudar de ritmo no meio da carreira? Não foi bem uma mudança de ritmo. Eu vivo de música há 18 anos e, desse tempo, faz 15 anos que eu toco samba. Quem me incentivou no samba foi meu parceiro João Carlos Gomes, quando me apresentou a música popular brasileira e, entre as canções que eu conheci, também havia o samba. Eu recordo que os primeiros sambas que eu interpretei foram “Dança da Solidão” e “Recado”, de Paulinho da Viola. O que representou para a sua carreira o lançamento de um DVD em parceria com a Rede Globo, que é uma das maiores emissoras do mundo?

Foi um enorme privilégio e uma felicidade muito grande, porque o momento ficou marcado na minha carreira. Eu só tenho a agradecer a todo mundo que trabalha comigo, porque eles são grandes profissionais e passaram pela minha vida. Para uma pernambucana fazer um show especial de fim de ano foi simplesmente inesquecível. Um prazer indescritível. Como você se conceitua dentro do cenário musical pernambucano? Quem é Gerlane Lops para Pernambuco? Uma artista que faz música com muito prazer e com muita felicidade, fazendo com que as pessoas se sintam cada vez mais felizes. Uma artista que faz tudo


pay-per-view com muita delicadeza, que tem muito cuidado com o que faz e faz para o povo. Acima de tudo, coloco muita verdade no que eu faço e, quando as coisas têm verdade, as pessoas abraçam como têm abraçado esses anos todos. No seu show, qual é a essência que você tenta passar para o seu público? Eu gosto de interpretar e fazer com que as pessoas saiam dali e entendam, através das canções, aquilo que eu tenho vontade de viver. Eu gosto de cantar o amor, as pessoas, as coisas, as relações humanas. Eu gosto de passar isso para o meu público. Quais são as suas influências musicais dentro do samba? Paulinho da Viola com toda a sua forma doce de se expressar. Clara Nunes, que, apesar de ter visto muito pouco, o que eu vi me encantou e, sempre que vejo, continuo me encantando pela força que ela tem de interpretar. Elis Regina que não é do samba, mas eu também a tenho como referência. A Velha Guarda de todos os sambas da Mangueira, da Portela. Eu sou apaixonada pelo saudosismo dessa época. Cito também Cartola, Noel, Nelson do Cavaquinho. Todos eles me encantam. Beth Carvalho, então, nem preciso nem falar.

“Meu sonho é dividir o palco com Bethânia”

Como seria um show dos sonhos de Gerlane Lops? Onde seria esse show e quais artistas fariam participações especiais? Nossa. (risos) Eu acho que não tem um espaço físico exato dos meus sonhos. Aqui em Recife, dois lugares que eu tinha muita vontade de me apresentar era o Teatro Santa Isabel e no Teatro Guararapes, mas esses dois sonhos eu já realizei. O lançamento do meu último trabalho foi no Teatro Santa Isabel e a gravação do meu DVD, em dezembro de 2010, foi no Guararapes. Sobre quais artistas fariam participações especiais no show dos meus sonhos é um pouco mais complicado. Sem querer desmerecer as pessoas que fizeram participações

especiais durante a minha carreira, mas o meu sonho é poder dividir o palco com Maria Bethania. Ela é a grande dama da música popular brasileira. Eu gostaria de cantar pelo menos uma canção com ela. Como você lida com o sucesso? Às vezes, o assédio incomoda? Pelo menos para mim, até hoje, não atrapalhou em nada. Eu tento levar uma vida muito normal. Gosto de andar de chinelo, de short, de bermuda, de camiseta. Eu prefiro fazer com que as pessoas enxerguem a minha magia apenas no palco e levem para casa delas. Eu sou escorpiana e isso é uma característica muito forte minha. O sucesso é bom, mas se você não souber lidar


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“O público gay gosta de coisas legais, divertidas e alto astral” você pode se atrapalhar. Ele é O publico gay se identifica consequência de um trabalho muito com você. Você acha que isso acontece pela qualidade árduo e perseverante. do seu som ou por você ser Existe alguma diferença uma pessoa bem resolvida do samba feito aqui em sexualmente e faz com que eles Pernambuco em relação aos se espelhem em você como pessoa? outros lugares do Brasil? Eu estive no Rio de Janeiro há Eu acho que as pessoas separam pouco tempo e, conversando muito bem as coisas. O povo gay é um povo que gosta de com alguns produtores, essa coisas legais, divertidas e alto questão foi levantada. Eu acho astral. Tanto o meu som, como a que aqui em Pernambuco a minha música e tudo aquilo que gente faz as coisas do jeito que me cerca, eu acredito que traz nós queremos, de acordo com uma energia positiva e alegre a forma de vida que a gente para esse público se identificar tem. Acrescentamos ao nosso comigo. samba um pouco do maracatu, do coco, da raiz da nossa da Logo quando você começou cultura e isso para mim vem sua carreira, você imaginou que como um sinônimo de coisa fosse ter tantos fãs gays? boa. O resultado final só pode Eu nunca imaginei nem que ser algo muito positivo. ia ter tantos fãs (risos). Eu

simplesmente fui fazendo meu trabalho do mesmo jeito que faço até hoje. Eu tenho todo tipo de público: gays, idosos, crianças. Eu não gosto de separar uma coisa da outra, porque quando eu estou fazendo música eu gosto é de agregar. Então, independente da identidade sexual, da idade, da cor, da raça, eu tenho um público que curte a minha música. Você faz shows em vários lugares que são bem frequentados por gays em Pernambuco. Quando você está de folga, esses lugares podem ser opções de diversão ou você prefere outros ambientes? Eu moro numa área que possui um dos maiores pólos gastronômicos de Pernambuco,


pay-per-view que é o bairro de Boa Viagem. Quando eu não estou viajando ou fazendo shows, é por aqui que eu gosto de passar a maior parte do meu tempo. Eu não tenho costumes de frequentar lugares gays, por preferir ficar mais na companhia dos meus amigos que moram por aqui. Qual a sua opinião sobre a legalização da união estável homossexual? Eu acho que foi uma coisa muito boa que aconteceu, porque não deixa de ser uma forma de fazer com que o preconceito diminua na sociedade, então é válido. Dar essa visibilidade aos casais gays faz com que as pessoas

respeitem mais eles e isso é muito importante. Eu não tenho como dizer se na vida pessoal deles vai melhorar ou piorar, mas eu acho que as pessoas vão passar a encarar a relação gay com menos preconceito. No ultimo mês, o deputado Jair Bolsonaro tomou inúmeras atitudes contra o movimento gay e a homossexualidade. Uma delas foi a declaração: “Se meu filho fosse gay, eu teria vergonha dele”. O que você acha dessa atitude? Eu acho que isso é uma questão mais de educação, de comportamento. Cada um pensa de uma forma e, quem sabe, daqui a alguns dias ele

não venha a pensar diferente. Se você estivesse prestes a encerrar um show onde todos os seus fãs estivessem presentes, o que você diria para eles? Não tem muito que dizer nessas horas: “muito obrigada”. Eu agradeço sempre por meus fãs estarem comigo. Isso é fundamental. Acho que não tem frase melhor para esse momento. É muito importante onde a gente estiver, estar com os nossos fãs por perto. É fantástico. A gente se sente mais seguro. É como se eles fizessem parte da nossa banda, da nossa música, mesmo que eles não estejam no palco conosco. Eu só tenho a agradecer.


Admistura-fina tatet veliqua tionseq uiscidunt in velis et loborem iriliquis exer sent prat ipit ipsusci liquat.A Ut nostio odipis acilla ad tinim quamet volum atl ad tatumsan Sopa magna consecte core duntU iriure dolut dipsum in utem velit lutatiniam nis exa ectet alis alit irillutet il ulputpate feugiam dignai core volorpe riustrud tis digna de eui eum inge er ad tinis augiat, volore dolobor summod tisisitc irit augiamet am quamcommy nos amconsecteme augiam, quat laor si. El do dunt lum vulla consequi atuero esectem endit aliqui tet, sis dolore min henisa nos do delissim Letrinhas... irilis autat.a Ut in hent la aliquat. Unt ing ea feuisi. Si. Duiscinn erostrud doloreet luptatu eriliquis elesto od moditU in et aut venis nummodip eu faccumsan henibhe i eu feugue dionumsan velit ad te tat etum velis a ç n a ud última m uitas a e d s nos de as m alit lor sit pratet doloree nulpute delJá fula velit afaccum m , o m az três a i n acrô é a sigl l o l a e u p q m y. abe sofrida uta ga del ent lorperat, quipn l a não s d a n i d a tie min ulputpatummy nim s ião pessoa pois da a a un t e n d e s o e ã r n p ou que re mudou e u q o ercil in utpat. Afinal,Duisi blaor iure ex eu facin venismot o? alteraçã dionsecte dolum vel ea faccummy nulla feugaite alisis delit esed tat, sum eu feuguerci blaor si erd augiate el etummodio odio dolorer cillan esenima iuscilis dolenisl dolore cor sequisi bla faci erosto a


mistura-fina Ad tatet veliqua tionseq uiscidunt in velis et loborem iriliquis exer sent prat ipit ipsusci liquat. Ut nostio odipis acilla ad tinim quamet volum at ad tatumsan magna consecte core dunt iriure dolut dipsum in utem velit lutatiniam nis ex ectet alis alit irillutet il ulputpate feugiam digna em faz tanto tempo assim, mas grande A sopa de letrinhas dá o que falar. eum Por isso, a ing core volorpe riustrud tis digna eui parte da população já deve ter se Revista Label bateu um papo com Luciano membro dasummod ONG Leões do Norte, perguntado quantas vezesvolore a sigla que Freitas, er ad tinis augiat, dolobor tisisit sediada no Recife. Na entrevista ele diz que representa a luta homossexual no Brasil já e defende a mudança, mas Só para refrescar a memória, a Revista a entidade apoia irit mudou. augiamet am quamcommy nos amconsectem explica que são apenas letras. “Trata-se de uma Label traz um breve histórico. sigla para além de letras. São identidades que augiam, quat laor si. El do dunt lum vulla consequ No início, o termo mais comum era GLS, que representam sujeitos e sujeitas de direitos na representava os Gays, Lésbicas e Simpatizantes. perspectiva de sua orientação afetivo-sexual. atuero endit aliquiQuando tet,colocamos sis dolore min henis o L na frente, clamamos por Porém,esectem com o crescimento do movimento contra a homofobia, foi acrescido a letra B na visibilidade das lésbicas por serem discriminadas, sexual, autat. mas nos sigla, doquedelissim irilis incluía os Bissexuais, originando o não apenas por sua orientação GLBS. Esta alteração, por sua vez, não demorou também pelo seu gênero. As mulheres lésbicas também sofrem preconceito por parte dos muito para ser alterada. Pouco tempo depois, Ut in hent la aliquat. Unta ing ea feuisi. Si. Duiscin homens. Essa é uma deliberação dos acadêmicos sigla se transformou em GLBT ou GLBTS, com a e ativistas do Brasil e do mundo”, diz Luciano. inclusão da categoria dos transgêneros. erostrud doloreet luptatu eriliquis elesto od modit Exterior – Em alguns países, a sigla pode ser A última mudança sofrida pela sigla – e a que in etduraaut venis nummodip euda faccumsan henibh acrescida letra Q de Queer, que era uma até hoje – aconteceu na 1ª Conferência gíria pejorativa para os homossexuais e significa Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis “estranhos” Ao longo dos eu feugue dionumsan velit adoute“esquesitos”. tat etum velis e Transexuais, sediada em Brasília, no dia 7 de anos, o termo foi aceito e incorporado como junho de 2008 – recém completados três anos. mais um adjetivo para denominar todos esses nulpute del faccum alit Alor sit pratet dolore O acrônimo GLBTula foi alterado para LGBT.velit O “esquisitos”. conotação positiva que a palavra motivo, segundo o grupo, foi o crescimento do ganhou pode estar associada à superposição de tie min ulputpatummy nim del ent lorperat, quip movimento lésbico no país e o apoio concedido significado com a palavra Queen, que significa pela comunidade gay às mulheres homossexuais. “Rainha” e representa todo o “glamour” a letra L (Lésbicas), mudou de posição, vivenciado ercilCominisso,utpat. Duisi blaor iure ex eu facin venismo teoricamente por alguns gays. O fato ganhou mais destaque e foi um grande passo é: a sigla é fundamental, mas não é o objeto para a desconstrução do pensamento machista, principal na luta pelos direitos homossexuais. dionsecte dolum vel ea faccummy nulla feugait tanto para os heterossexuais como para os O que vale mesmo é ir em busca da justiça, próprios homossexuais. acabar com o preconceito. alisis delit esed tat, sum tentando eu feuguerci blaor si er augiate el etummodio odio dolorer cillan esenim.

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janela-aberta Voz de arrepiar 21 é o segundo CD da britânica de 21 anos, Adele. Após dois anos do lançamento de seu primeiro disco, 19, Adele conquistou a crítica mundial e dois Grammy’s. Um por melhor artista feminina e outro por revelação. O seu segundo trabalho demonstra claramente o amadurecimento da cantora em relação ao primeiro. Dona de uma voz incrível, Adele foi comparada a Amy Winehouse pelo seu talento de cantora e sua capacidade de impressionar qualquer platéia.

Duas gerações Esse CD é o resultado de uma união de sucesso entre Caetano Veloso e Maria Gadú, num show composto por voz e violão. O grande encontro entre gerações diferentes da música brasileira resultou em uma grande obra, com 1 CD duplo de 25 faixas e um DVD incrível com 26 canções. Músicas de alta qualidade! Caetano e Gadú cantam e encantam com incríveis canções como: Sampa, O Leãozinho, Odara, Vaca Profana, Alegria Alegria, Rapte-me Camalea, Podres Poderes entre outros.


janela-aberta A vez do samba

Depois de muitos artistas que figuram a cena musical da MPB “descobrirem” o samba em um passe de mágica, Adriana Calcanhoto dá a sua visão do que é o ritmo. Em Micróbio do Samba, a cantora reflete em tom intimista que só ela sabe fazer. A obra é um presente para os fãs que poderão curtir músicas leves, calmas e com melodias deliciosas. Adriana ainda aproveita para prestar uma homenagem à Marisa Monte e Martinália.

História econômica

Em uma narrativa que só a Miriam Leitão sabe fazer, o livro relata a história econômica do Brasil. De épocas turbulentas, como os congelamentos e os inúmeros planos que não passavam mais que um breve verão canarinho até o Plano Real, a obra procura mostrar como o povo sofreu até a estabilização da moeda. Sobretudo, é um livro que define a história econômica recente do país que já está esquecida pelas novas gerações.

Arte circense Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.

Realidade crua

Depois de Sábado à Noite é o nome do livro de estréia de Kiko Riaze pelo universo homoerótico. O livro narra de forma alegre e leve, e às vezes também um tanto crua e bastante explícita, a história de Cadu, um rapaz bonito, bem resolvido profissionalmente, independente e… homossexual! O autor reconstrói um mundo cada vez menos hipócrita que deixa de ser rotulado de universo paralelo. Vale lembrar que Kiko Riaze é homossexual assumido, tem uma relação estável e tem apoio do pai, da mãe e dos dois irmãos mais novos.


coluna

Hey Mr. DJ Por Darlan Gomes

djland@revistalabel.com.br

Novidades das divas da E-Music

U

ltimamente, o que vem chamando a atenção dos frequentadores de baladas são os hits feitos por cantoras nacionais, no qual estão mostrando competência e criando uma legião de fãs por onde passam. Quem andou se destacando na cena eletrônica nacional foi a cantora Natália Damini, natural de Fortaleza, e atualmente está no seu segundo single, ‘Your lies’. Para se ter ideia, a música ganhou até vídeo clipe, abordando a temática gay e mostrando a mentira como foco do enredo. Gravado na cidade de São Paulo, o clipe está disponível na conta oficial da cantora no Youtube e também está em fase de divulgação com forte ação nas redes sociais, como Twitter e Facebook. O remix da

música pode ser baixado gratuitamente através do site da cantora: www.nataliadamini.com.br. Outra novidade é a cantora Wanessa, ex-Camargo, que, depois dos sucessos nas pistas de dança em 2010, lançou um álbum totalmente em inglês, incluindo quatro canções do projeto “Music Ticket”. São elas: ‘Party Line’, ‘Stuck on Repeat’, ‘Falling For U’ e ‘Worth It’. Em relação a carreira internacional, a cantora no momento evita falar, pois seu principal foco é o Brasil. No momento, o som que está embalando as pistas de dança é ‘Stuck on Repeat’, que é o terceiro single do projeto, a canção recebeu ótimas críticas e está fazendo sucesso nas baladas.

Para os admiradores de música, aqui está o meu top 10 de Junho:

1- Beyoncè - Run The World (Girls) 2- Pitbull & Neyo, Afrojack - Give Me Everything 3- Jessie J Feat. B.O.B - Price Tag 4- Adele - Rolling In The Deep 5- Lady Gaga – The Edge Of Glory 6- Diddy & D. Money, Skylar G. - Coming Home 7- Alexis Jordan - Happiness 8- Alex Gaudino Feat. Kelly Rowland - What A Feeling 9- Flo Rida & Akon - Who Dat Girl 10- Katy Perry & Kanye West - E.T

Darlan Gomes é DeeJay


capa

A HORA DO TERROR?

“MÃE, EU SOU GAY!”

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air do armário. Essa é a fase que preocupa 10 entre cada 10 homossexuais que tomam a difícil decisão de falar abertamente sobre a sua sexualidade. Antes da notícia chegar aos ouvidos da família, certamente, o indivíduo que se sente preparado para assumir a sua identidade sexual já participou de rodas de conversas com seus amigos mais próximos ou até mesmo já solicitou a ajuda de algum profissional. Pedir opinião alheia, nesse caso, nunca é demais, porém, por mais conselhos que se receba, o homossexual nunca vai estar tranquilo o suficiente para dar uma notícia dessas para a família.


capa A hora de revelar a identidade sexual para a família é um momento difícil para qualquer homossexual O caso do estudante Hugo*, de 24 anos, não foi diferente. Ele ainda era adolescente quando começou a perceber que os seus desejos eram diferentes das demais pessoas em sua volta. Começou a frequentar a igreja evangélica aos 11 anos de idade, justamente na sua maior fase de descoberta sexual e começou a se condenar à medida que os desejos iam crescendo. Os princípios religiosos seguidos por Hugo iam 100% contra o desejo homossexual que ele teimava em mascarar. Durante anos ele ficou se martirizando e pedindo a Deus que tirasse tudo aquilo de dentro dele, por saber que era “errado”.

e, depois de seis meses de terapia, o garoto finalmente resolveu se assumir gay. A sua irmã foi a primeira pessoa da família a saber e admitiu que há algum tempo já tinha certas desconfianças da orientação sexual do irmão. A notícia não foi dada com muita facilidade. O clima estava tenso e foi inevitável as lágrimas naquela conversa, porém, a irmã do rapaz lhe deu total apoio e disse que sempre iria amá-lo independente dos seus gostos. “Eu precisava me revelar para alguém, pois eu estava com uma necessidade enorme de arrumar um namorado. E esse foi meu próximo passo”, admitiu.

Quando resolveu se afastar das ideologias da igreja de que ser homossexual estava errado, em 2006, no auge da sua juventude com 19 anos, Hugo procurou a ajuda de um psicólogo para lhe orientar naquele momento de extrema confusão. O profissional orientou para que ele fizesse aquilo que lhe deixasse bem

A parte mais difícil de toda essa história foi quando a mãe de Hugo ficou sabendo da orientação sexual do filho. Certo dia, ele estava sentado na cozinha da sua casa e chorava bastante, pois estava sofrendo por um amor mal resolvido com outro homem. Quando foi indagado pela sua mãe o motivo das lágrimas,


capa ele ficou calado. Prontamente, a mãe, que já desconfiava de que seu filho poderia ser gay, perguntou se ele estava apaixonado por um homem. A pergunta emudeceu o rapaz, que jamais esperava aquela pergunta da própria mãe. “Eu fiquei perplexo quando eu escutei a pergunta. Neguei tudo na hora, me levantei da cadeira e fui para o meu quarto”, afirmou. Poucos dias depois, a mãe de Hugo procurou a sua outra filha e admitiu as suas desconfianças de que seu filho poderia ser gay. Como já sabia de tudo, a irmã de Hugo abriu todo o jogo e confessou que ele já tinha contado para ela que realmente preferia homens à mulheres.

Não demorou muito para acontecer uma conversa definitiva entre Hugo a sua mãe. Nesse dia, ele chegou para falar com ela muito tenso, como já era de se esperar. Do outro lado, sua mãe, que, teoricamente, já estava preparada para o que ia escutar. Após a revelação “oficial”, os dois choraram muito abraçados. Apesar da criação antiga que recebeu no passado, a mãe de Hugo sabia que aquilo não era nenhuma doença e que ter um filho homossexual não era o fim do mundo. Entre muitas lágrimas, a mãe do rapaz lhe assegurou que não iria permitir nenhum tipo de preconceito com ele e que amava ele de qualquer forma. “Naquele dia eu pude

perceber claramente o quanto é importante para uma pessoa ter o afeto de uma mãe. Ela me passou toda a segurança que eu precisava”, confessou. Porém, nem tudo foram flores. Apesar de ter uma cabeça relativamente aberta, a mãe de Hugo impôs algumas questões para o filho seguir a partir daquele dia. Primeiro: sob hipótese alguma o rapaz poderia levar namorado para dormir em casa. Segundo: Hugo teria que evitar qualquer troca de afeto com os seus futuros namorados na frente dela, pois seria algo muito chocante. As condições foram aceitas na mesma hora e a atitude de ter se assumido gay somente melhorou sua relação com a família.


capa “Os maiores problemas na fase da autoaceitação estão na família e na escola”

Assim como Hugo, muitas pessoas enfrentam problemas desde a sua autoaceitação. O psicólogo Thiago Carvalho explica que um dos maiores problemas enfrentados pelos indivíduos na fase da autoaceitação está concentrado na família. “Algumas famílias não estão preparadas para falar sobre o tema e muitas têm dificuldades em aceitar um membro homossexual,” afirma. A escola também pode ser considerada um ambiente que dificulta a autoaceitação, pois o sistema de educação ainda não está preparado para lidar com esse assunto. Apesar de não existir uma idade certa para que um homossexual comece a sentir desejos por pessoas do mesmo sexo, isso geralmente acontece

entre 11 e 14 anos, ou seja, na idade que ele frequenta a escola. Dessa forma, o indivíduo homossexual se descobre de uma forma solitária e não fala para a família, nem amigos logo no início por se achar um errado, doente, pecador. O psicólogo também comenta que não existe uma hora certa para revelar a homossexualidade para a família e que, sequer ela precisa ser revelada. “A orientação afetivo-sexual é algo particular de cada pessoa e não necessariamente deve ser dito a família. O mais importante nesse processo é que o homossexual se conheça, aceite sua sexualidade, viva feliz com ela e tenha qualidade de vida”, ressalta. Thiago concorda que essas atitudes farão com que o homossexual tenha grande chance de viver

a sua sexualidade de forma satisfatória e que contar para a família não será encarado como uma necessidade e sim como uma consequência. Porém, mesmo sem essa necessidade de revelação para a família, a maioria dos gays encara essa atitude como um “grande peso tirado das costas”. Para esses, que já amadureceram sua identidade sexual e convivem com isso tranquilamente, Thiago acrescenta que quem decide a melhor hora para se revelar são eles mesmos, pois mais do que ninguém sabem o que a família pensa sobre o assunto. “É preciso ter sensibilidade para saber se a família é


capa mais aberta ao assunto ou mais preconceituosa. Além disso, tem que levar em consideração se o indivíduo já é independente”, alerta. A sugestão é “sondar” os pais antes da revelação e perceber o que eles pensam sobre o tema. “Não tem como prevê uma reação. Muitas vezes prevemos as reações das pessoas e acabamos nos enganando. O ser humano é muito subjetivo”, afirma Thiago. A revelação da homossexualidade para a família deve ser encarada de forma séria, pois não se trata de uma brincadeira. Além disso, a forma de conviver com a família, às vezes, pode

mudar depois desse dia. “A homossexualidade é uma característica que o indivíduo vai levar para a vida toda, como a cor da pele e a cor dos olhos. É por isso que os gays não devem se sentir melhor ou pior do que ninguém”, explica Thiago. Muitos pais sugerem a ida do filho ao psicólogo depois da revelação da sexualidade como se quisessem acreditar em alguma forma de “cura”, mas essa é uma atitude errônea. Caso o filho vivencie sua orientação afetivo-sexual de forma saudável e, por outro lado, os pais colocarem esse tema como um problema, o profissional de psicologia deve fazer um trabalho de psicoeducação com os pais e, dependendo do nível

de preconceito, encaminhá-los para uma psicoterapia. No caso de Flávio*, as coisas foram um pouco mais difíceis. O garoto tinha 18 anos e estava curtindo seu primeiro relacionamento homo-afetivo quando a sua mãe descobriu que ele é gay. Nesse dia, Flávio escreveu uma carta para o seu namorado, mas como preferiu não entregar, ele a guardou dentro de um livro e deixou no seu guarda-roupa. Sua mãe, já desconfiada que o filho pudesse ser homossexual, estava arrumando o quarto de Flávio quando pegou o livro e leu a carta. Não deve ter sido nada fácil suportar a surpresa de saber que tem um filho gay.

a m u é e d a i lid a a v u x o u se d í s v o i m nd o i r h o o c A e “ a o qu m a c o i c t , a rís s” d e o t o h t c l a o d s i cara o v d aa or r c a a p r e e l e leva da p


capa Já era noite quando Flávio chegou do seu trabalho e viu em cima da cama a carta que tinha escrito para o seu namorado. As partes mais “relevantes” estavam grifadas com sublinhador laranja. O jovem engoliu seco quando reconheceu que aquela carta era dele para o seu namorado. A partir daquele dia, não tinha mais como negar sua homossexualidade. Flávio estava sentado na cama, com a carta na mão e ainda atônito com toda a situação quando a sua mãe entrou pelo quarto e cobrou uma explicação para aquilo. Ele ainda tentou adiar aquela conversa para outro dizendo que não queria

casa”, lembra Flávio. No outro dia pela manhã, o pai de Flávio ^ VIOLENCIA chamou o garoto e perguntou se era realmente aquilo que GAY ele tinha entendido. Após a confirmação, o jovem recebeu apoio do pai, que disse não ter necessidade dele trancar a faculdade e muito menos sair falar sobre a carta naquele de casa. momento. A resposta da mãe foi uma tapa na cara. “Eu ainda Após a revelação, a mãe de Tiago fico mal quando me lembro das fez com que ele freqüentasse palavras que ouvi da minha mãe sessões com uma psicóloga, naquele dia. Ela me disse que supondo uma possível cura aquilo era coisa de veado e veio para a homossexualidade do para cima de mim com tudo filho, e ainda o forçou a ir para até rasgar toda a roupa que eu igreja. Toda a rotina do garoto estava vestido. Por fim, ela disse passou a ser controlada: para que preferia que eu estivesse onde ia, com quem saia, quem morto, me mandou trancar a ligava para ele, horário na faculdade e me expulsou de internet, entre outras coisas.


capa A situação estava cada dia pior e as discussões com a sua mãe só aumentando. Numa das brigas, a mãe do garoto estipulou um prazo para ele arrumar uma namorada. Caso o prazo não fosse cumprido, ele deveria sair de casa. “Ela disse que se eu não fizesse isso iria me negar como mãe e acrescentou que, para pessoas da minha laia, nem os ossos serviam”, afirma. Depois de várias brigas, a situação começou a ficar mais calma. Atualmente, Tiago já pode sair para passar a noite fora de casa com os amigos e está prestes a concluir seu curso de administração na faculdade.

Apesar disso, ele não acredita que as coisas voltem a ser como eram antes da descoberta. “Eu e minha mãe éramos muito amigos antes de tudo isso. É impossível o relacionamento voltar como era antes”, conclui. Assim como Hugo e Tiago, várias pessoas procuram a ajuda de um profissional para pedirem orientação sobre a situação. Tendo em vista que a homossexualidade não é uma doença, os psicólogos são os profissionais mais requisitados para darem orientações nessa situação, pois a psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos

* Nome fictício ** Leia a resolução completa em www.pol.org.br

mentais. Para direcionar esse atendimento psicológico, o Conselho Federal de Psicologia adotou a Resolução N° 001/99**, que estabelece algumas normas de atuação para os psicólogos em relação à questão de orientação sexual. Esta resolução fortalece a ideia de que o psicólogo deverá contribuir com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações contra os homossexuais, além de criar outras normatizações sobre o comportamento dos profissionais nessas situações.


causa-justa

Amor de

Fundado em 1997, o Instituto PAPAI é uma organização feminista, com sede no Recife, formada por homens e mulheres, que tem por objetivo desconstruir o modelo machista da sociedade, através de diferentes ações de promoção à saúde e direitos sexuais e reprodutivos. Desde 2002, o Instituto tem contribuído com as causas das organizações que compõem o movimento LGBT em Pernambuco, a partir do projeto “Diversidade Sexual como Direito”. A ideia desse trabalho é desenvolver um conjunto de atividades pelo fim do preconceito e discriminação contra pessoas LGBT, investindo nas áreas da educação e da saúde como forma de quebrar o ciclo da violência homofóbica.


causa-justa Com 14 anos de militância, Instituto PAPAI continua na luta pelos direitos LGBT

A

entidade acredita que o fortalecimento da sociedade civil organizada é uma das estratégias mais eficazes para o enfrentamento da violência e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. No Estado, os grupos e organizações que integram o Fórum LGBT PE fazem parte desta resistência política na promoção dos direitos humanos. Assim, o Instituto PAPAI, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem promovido apoio direto à atuação do Fórum, por meio da organização de atos públicos, confecção de material sócioeducativo e realização de cursos de formação, como o oferecido em 2009 e 2010 com mais de 60 lideranças da capital e do interior.

Diversidade de Pernambuco, desde a sua primeira edição, em 2002. Um dos principais objetivos da entidade no evento é a construção de pautas políticas, que alimentam os processos de comunicação e divulgação das atividades. Campanhas - O Instituto PAPAI promove pesquisas, cursos de formação e capacitação, materiais educativos, além de estimular as discussões públicas acerca da homofobia e atuar em campanhas voltadas para os temas da paternidade, diversidade sexual e prevenção da violência.

Algumas dessas iniciativas são: a Campanha Paternidade – Desejo, Direito e Compromisso e a Campanha Brasileira do Laço Branco. A primeira envolve os Desta forma, a instituição possibilita homens em questões relacionadas o crescimento, fortalecimento ao cuidado e à paternidade, no e visibilidade do sujeito político contexto da saúde e direitos LGBT junto às representações reprodutivos. E a segunda tem políticas em instâncias de gestão como objetivo sensibilizar, pública e com a população em envolver e mobilizar os homens no geral. Esse processo contribui para engajamento pelo fim da violência a autoestima da população LGBT e contra a mulher. para o fortalecimento da cidadania e do exercício da democracia. Além de todas essas ações, o Instituto PAPAI participa também da organização da Parada da

Instituto PAPAI Rua Mardonio de A. Nascimento, 119, Várzea. Recife-PE CEP 50741-380 Site: www.papai.org.br E-mail: papai@papai.org.br Fone/fax: (81) 32714804

Campanha pela legalização do Aborto

Participação na posse da presidente Dilma Rousseff

Congresso Educação Sexual, na China

Bloco do Laço Branco durante o Dia Internacional das Mulheres


coluna

Consumado Por Flaviano Quaresma

flaviano@revistalabel.com.br

Somos o que você consome

A

primeira coluna “consumado” vai começar falando sobre tendências de consumo. E são tendências definidas por quem entende de comportamento de moda. Isso mesmo. Porque muitos podem não saber, mas hoje tendências de comportamento, de usos, de práticas e de consumo estão definindo o que vamos usar, comer e amar nas próximas temporadas. O pesquisador latino Néstor García Canclini já afirmava em seu livro “Consumidores e Cidadãos”, que o desejo de possuir “o novo” não atua como algo irracional ou independente da cultura coletiva a que se pertence. E isso é tão claro como as influências analisadas no comportamento das pessoas em sociedade. E saiba mais: a tecnologia tem grande contribuição nisso. A tecnologia mudou nossa relação com as pessoas, com o mundo e com as mercadorias e serviços que compramos (consumimos). Essas transformações também fizeram as empresas que produzem “nossos desejos” pensar melhor seus produtos para suprir melhor “nossas necessidades”, agora, também emocionais. Assim, os caçadores de comportamento entram em ação para observar e analisar nossas práticas sociais e definir como uma previsão, do que vamos chegar a gostar daqui a um tempo, de acordo com o que estamos “adorando” hoje.

As tendências são – nada mais nada menos que – suposições. Suposições que dão certo porque já estão intimamente ligadas às nossas práticas e aos nossos desejos cotidianos. Agora, no finalzinho de maio, por exemplo, o Senai Moda e Design lançou seu caderno de tendências e aspirações Inverno 2012. Nele, estão detalhadamente explícitas como foram definidas as macrotendências NEOSURREALISMO (baseada no design emotivo, que não se baseia apenas na beleza, mas no valor agregado a alguma forma de emoção e sensação que irá proporcionar ao consumidor); VÍCIO DO EXAGERO (evidenciando as diversas maneiras com que a sociedade expõe ações desproporcionais, que nada mais são do que reflexos da vida moderna, cheia de exageros); CURADORIA DIGITAL (um mundo marcado pelo social marketing, a transformação dos aplicativos em negócios, a conexão imediata com o consumidor, que vem ditando as regras e participando ativamente das transformações); e SANTUÁRIO PRIMITIVO (com inspiração na natureza, em todos os elementos provenientes do meio ambiente e do que há de mais natural e autêntico). Então está CONSUMADO: o que você faz no seu dia a dia, os seus gostos e desejos, o que ouve no ipod e suas relações via redes sociais podem produzir o que todo mundo vai consumir amanhã. Não é bacana?

Flaviano Quaresma é Jornalista, Mestre em Comunicação para o Desenvolvimento Local, editor geral da Leia Moda Mag Online (www.leiamoda.com.br) e compartilha suas ideias e sensações no twitter @leiaflaviano Compartilhe as suas.


fato-ativo

Folha.com

“Pouco importa se o cara é homossexual, bissexual, transexual”, afirma técnico Bernardinho Acostumado a usar a palavra meritocracia quando se refere à sua seleção, Bernardinho afirma já ter trabalhado com muitos jogadores e jogadoras homossexuais ao longo de sua carreira como técnico. Um dos seus comandados foi Michael, meio de rede do Vôlei Futuro. Na semifinal da Superliga, o atleta foi alvo de ofensas homofóbicas por parte da torcida do Cruzeiro. “O Michael, que se declarou homossexual, trabalhou comigo na seleção B. Ele é um cara do bem, bacanérrimo. Adorei trabalhar com ele. O resto não interessa. Ponto. Se o jogador quer pintar o cabelo ou se tem um namorado ou namorada, tanto faz”, afirma o treinador. “Aqui pouco importa se o cara é homossexual, bissexual, transexual, se é branco, preto, amarelo ou roxo. Se ele jogou bem, é um cara correto, vai ter espaço aqui.”

Dilma suspende ‘kit gay’ após protesto da bancada evangélica Folha.com

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira a suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a “costumes” passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados. Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Dilma considerou o material do MEC “inadequado” e o vídeo “impróprio para seu objetivo”.

Grande Rio vai homenagear a superação do pernambucano David Brazil

Gazeta Online

David Brazil será homenageado pela escola de samba Acadêmicos do Grande Rio no carnaval 2012. A homenagem não visa enaltecer a amizade e popularidade do promoter com os famosos nem seu carisma junto ao grande público. O enredo que a escola de Duque de Caxias vai apresentar no ano que vem - “Eu acredito em você, e você?” - é sobre a superação da humanidade, e David, 41 anos, é experiente nesse quesito. Tanto que será destaque de um carro criado só para ele pelo carnavalesco Cahê Rodrigues.


fato-ativo

NE10

Gays pedem licença à programação junina e realizam beijaço no Sítio da Trindade O Sítio da Trindade, em plena programação junina, foi o local escolhido pela ONG Leões do Norte para realização de um “beijaço” gay na data que é aclamada pelo Brasil inteiro como o Dia dos Namorados (12). “No dia dos namorados e das namoradas, nós nos beijamos pelo direito de amar diferente, quando milhares de homossexuais não podem expressar o amor que sentem em razão do preconceito e da discriminação”, dizia o panfleto distribuído pelos organizadores do manifesto. A convocatória, feita no boca a boca e nas redes sociais, porém, não surtiu grande efeito. Uma pequena quantidade de casais compareceu ao ato. Alguns homossexuais presentes ainda optaram por não participar da beijação coletiva - seis casais apenas realmente selaram com um grande beijo o momento da manifestação.

ONG Leões do Norte promove caravana para o São João de Caruaru Quem acha que a turma gay não está nem aí para dançar um “forrozinho”, está enganado. A ONG Leões do Norte organiza uma caravana com destino à Caruaru, no dia 23 de junho, com saída de Recife, prevista para às 14h. A excursão contará com ônibus climatizado e clone de cerveja durante o percurso. Para os que não quiserem curtir os shows do Pátio de Eventos (Garota Safada, Jorge de Altinho, Herbert Lucena, Santanna e Brasas do Forró), terão a opção de aproveitar os bares, boates e ruas alternativas da cidade, que é dona do Maior São João do Mundo. Os interessados em entrar no clima de São João, rumo à Caruaru, deverão entrar em contato com (81) 9670-6826 ou (81) 8782-2794.


coluna

Falando em Clicks Por Janaina Ventura

janaina@revistalabel.com.br

Queer Art

A

Queer Art ou Homo Art é um movimento Fotógrafa - Lydia Schouten artístico que, direta ou indiretamente, aborda questões relacionadas à homosexualidade, com ligações na arte erótica e a arte conceitual, iniciado nos anos 80 nos Estados Unidos e Europa. Para quem não sabe do que se trata o termo, queer (do inglês, estranho) é sinônimo de gay. Queer passou a ser considerado um adjetivo positivo, porque simboliza respeito à diversidade sexual e a luta contra o preconceito. Na década de 90, o Queer Art ou Homo Art popularizou-se no teatro, nas artes Como é a sensação de ser um objeto sexual? plásticas, no cinema e, como não poderia deixar de (1979 em Dublin, Irlanda) ser, também na fotografia. A fotógrafa criou uma atmosfera sombria,

retratando e questionando a posição do objeto

Infelizmente no Brasil essa forma de expressão através sexual. da pintura praticamente inexiste e na fotografia ela ainda é de certa forma mal interpretada. Porém o movimento existe e continua ativo e atual na Europa.

Pintor - David W. Haskins Retrato de Albert Trabalho muito interessante, e uma nova forma de Homo Art, chamada de Queer Elderly representada por artistas que gostam de retratar gays mais velhos e idosos.

Janaina Ventura é fotógrafa e produtora


ponto-a-ponto

Casa da Cultura: de paredes sombrias a acervo da cultura popular pernambucana

U

m programinha “light”, mas não menos interessante do que outros para a turma LGBT é tirar uma tarde para um passeio na Casa da Cultura, um dos pontos turísticos mais visitados do Recife. A antiga penitenciária, criada em 1867, reúne um forte acervo da cultura popular do Estado e oferece várias opções para presentear amigos e

familiares por um precinho bem em conta. Por ser um ponto de concentração cultural, a Casa da Cultura recebeu o título de maior Centro da Cultura e Arte Pernambucana, abrigando artesanato de todo o Estado, do litoral ao sertão, em cerca de 150 boxes.

a única livraria especializada em livros de Pernambuco, Cybercafé, sala de pesquisa e cursos diversos, Teatro, Concha Acústica e Anfiteatro externo, Museu do Frevo e ainda várias entidades culturais como o do Balé Popular do Recife, a Associação dos Lojistas da Casa da Cultura, Federação de Teatro Assuasantigascelas,alémdelojas de Pernambuco e a Associação artesanais, também abrigam de Capoeira.


ponto-a-ponto Uma polêmica muito grande dividiu opiniões da população e de intelectuais da cidade foi durante a reforma de 2004. A obra recuperou a área externa e todas as instalações hidráulicas e elétricas, instalando três novos elevadores panorâmicos, mas opiniões divergentes acharam que isso poderia descaracterizar o projeto arquitetônico original e, consequentemente, a perda da identidade do ambiente. Foi colocado um painel em cada um dos 3 portais de acesso e outros no saguão central para representar a Revolução de 1817 e o martírio de Frei Caneca.

A movimentação na Casa varia com os períodos do ano, mas sempre é uma alternativa para se fazer um ótimo programa vespertino. O espaço é uma ótima pedida para fazer novas amizades, uma vez que se localiza no coração do Recife, ao lado da estação central do metro, além de ser o point preferido de muita gente que trabalha no centro para relaxar no horário de almoço. História – O prédio que atualmente abriga a Casa da Cultura funcionou como penitenciária durante 118 anos. Em 1848, o governo da província

de Pernambuco resolveu construir uma nova cadeia no Recife. As obras iniciadas em 1850 se basearam no projeto do engenheiro Mamede Alves Ferreira, atual secretário de Obras Públicas do Estado e idealizador de mais dois prédio históricos tombados: o Ginásio Pernambuco e o Hospital Pedro II. A nova Casa de Detenção do Recife com 8400 m² de área construída e 6000 m² de pátio externo apresentava o formato de cruz e era tido como referência por seguir o modelo de penitenciária mais moderna existente na época.



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