Carlos Alberto Schneeberger Luiz Antonio Farago
1a Edição revista
EXPEDIENTE Editor Responsável Coordenadora de Produção Editorial Assistente Editorial Autores Projeto Gráfico Diagramação Pesquisa Iconográfica Cartografia Capa Preparação Revisão
Italo Amadio Katia F. Amadio Edna Emiko Nomura Carlos Alberto Schneeberger Luiz Antonio Farago Jairo Souza Cristhiane Garcia Maria Alice Silva Bragança Mauri Camilo Eduardo Locilento Kimie Imai Ariadne Escobar Branco da Silva Sérgio Torres
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Schneeberger, Carlos Alberto Minimanual compacto de geografia geral : teoria e prática / Carlos Alberto Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo : Rideel, 2003. ISBN 85-339-0584-X 1.
Geografia - Estudo e ensino I. Farago, Luiz Antonio. II. Título.
03-4710
CDD-910.7
Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia geral : Estudo e ensino
910.7
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APRESENTAÇÃO O Minimanual Compacto de Geografia Geral foi concebido para aqueles que almejam desenvolver ou concluir seus estudos, para os que se preparam para participar dos principais vestibulares do país, e a todos que se interessam pela matéria. Sua importância está também, em sua utilização como fonte de pesquisa, pois além de a teoria ter sido apresentada de forma objetiva e com linguagem clara, foi distribuída com o equilíbrio necessário para a sistematização dos estudos e das consultas. O conteúdo conceitual da obra vem acompanhado de gráficos, mapas, ilustrações e fotos que dialogam com o texto auxiliando na sua compreensão. Todos os capítulos receberam, ao final, questões de vestibulares aplicadas pelas melhores instituições educacionais de Ensino Superior do país. Complementando este Minimanual, em sua parte final, há um Mapa-múndi político e um físico além de um encarte informativo, todo colorido e ilustrado, com curiosidades de geografia, cuja leitura aguça o interesse e amplia o seu conhecimento.
O Editor.
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SUMÁRIO Capítulo 1 – Introdução à Geografia ................................. O tempo e o espaço em Geografia ............................ O estudo do espaço celeste ....................................... A história da Astronomia ............................................. Principais corpos e fenômenos celestes .................... Afélio ................................................................. Cometa .............................................................. Constelação ...................................................... Dia ..................................................................... Eclipse ............................................................... Eclíptica ............................................................. Equinócio .......................................................... Estações do ano ............................................... Estrelas ............................................................. Lua .................................................................... Meteoros e Meteoritos ...................................... Noite .................................................................. Periélio .............................................................. Planetas ............................................................ Rotação ............................................................. Sistema Solar .................................................... Sol ..................................................................... Solstício ............................................................. Translação ......................................................... Zodíaco ............................................................. Questões de vestibular ...............................................
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13 13 16 16 18 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 24 24 24 25 25 26 26 7
Capítulo 2 – O planeta Terra ............................................. Os seus movimentos .................................................. Estrutura e camadas da Terra .................................... Eras geológicas .......................................................... As formas de relevo terrestre ..................................... Os agentes criadores e modificadores do relevo terrestre ........................................................... Questões de vestibular ...............................................
31 31 33 36 39
Capítulo 3 – A representação da Terra .............................. Coordenadas geográficas e fusos horários ............... A Terra e as maneiras de ser representada ............... Questões de vestibular ...............................................
50 50 54 57
Capítulo 4 – A atmosfera e os fatores climáticos .............. A atmosfera e suas partes ......................................... Troposfera ......................................................... Estratosfera ....................................................... Ionosfera ........................................................... Conhecendo a atmosfera ........................................... Amplitude térmica ............................................. Anemômetro ...................................................... Pressão atmosférica ......................................... Umidade atmosférica ........................................ Escalas termométricas ...................................... Questões de vestibular ...............................................
60 60 60 61 61 61 61 62 62 63 64 65
41 44
Capítulo 5 – Oceanos, mares e rios .................................. 68 O planeta Água .......................................................... 68 8
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As águas do mar ............................................... As bacias oceânicas ......................................... A água no subsolo ............................................. A formação, divisão e características dos rios .. Os tipos de foz .................................................. Os acidentes de um curso fluvial ...................... Questões de vestibular ...............................................
70 70 70 71 73 73 75
Capítulo 6 – As grandes paisagens climato botânicas da Terra ........................................................ Os tipos de clima ........................................................ Climas tropicais da zona quente e úmida ......... Climas polares ou frios ...................................... Zonas intermediárias ......................................... Os tipos de floresta .................................................... Florestas equatoriais e tropicais ....................... Florestas boreais ou taiga ................................. Florestas temperadas ....................................... Savanas ............................................................ Estepes ............................................................. Tundra ............................................................... Desertos ............................................................ A biodiversidade natural .................................... A desertificação do solo ............................................. Questões de Vestibular ..............................................
79 79 79 79 80 82 82 82 83 83 83 84 84 84 85 86
Capítulo 7 – Geografia dos continentes ............................ 91 Continente americano: panorama geral ..................... 91
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Quadro natural .................................................. 95 Morfologia ......................................................... 95 Clima e paisagens vegetais ............................ 100 Ocupação do território e população ................ 103 Economia ......................................................... 111 Países americanos .................................................... 113 América do Norte .................................... 113 Questões de Vestibular ................................... 130 América Central ..................................... 134 Questões de Vestibular ................................... 148 América do Sul ....................................... 153 Questões de Vestibular ................................... 165 O continente europeu: panorama geral ................... 171 Aspectos físicos .............................................. 171 Aspectos humanos e econômicos .................. 178 Países europeus ............................................. 180 Questões de Vestibular ............................................ 194 O continente africano: panorama geral .................... 199 Aspectos físicos .............................................. 199 Aspectos demográficos e econômicos ............ 203 Aspectos geográficos dos principais países africanos .............................................. 207 Países da África setentrional .......................... 207 Países da África subsaariana ......................... 213 Países da África meridional ............................ 228 Questões de Vestibular ............................................ 233 O continente asiático: panorama geral .................... 239 Aspectos físicos .............................................. 239 Aspectos populacionais e econômicos ........... 241 10
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Países do continente asiático ......................... Alguns países asiáticos ................................... Questões de Vestibular ............................................ Oceania: panorama geral ......................................... Países ............................................................. Dados sobre os principais países ................... Questões de Vestibular ............................................
245 245 266 271 275 275 286
Capítulo 8 – Espaço e globalização ................................ 289 O espaço e seus elementos ..................................... 289 A diversidade espacial .............................................. 292 Globalização ............................................................. 293 O caminhar de um longo processo ................. 298 Os espaços da globalização: um mundo sem fronteiras ................................................. 300 Os blocos econômicos ............................................. 301 Globalização e blocos regionais ..................... 301 Blocos econômicos: caracterização ................ 303 Antecedentes do Mercosul: a Alalc ................. 303 A criação do Mercosul ..................................... 305 A Alca: um mercado americano ...................... 307 Principais blocos e sub-blocos ................................. 309 Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) ou União Aduaneira do Sul da África ............................. 309 Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) ................................................. 311 Área de Livre Comércio das Américas (Alca) ............................................... 312
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Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) ................................ Comunidades dos Estados Independentes (CEI) ....................................... Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) ................................ Pacto Andino ................................................... União Européia ............................................... Mercosul: dados estatísticos sobre os países membros ...................................................... Questões de Vestibular ............................................ Indicadores econômicos e sociais ............................ Setor econômico ............................................. Setor populacional .......................................... Setor da saúde e saneamento básico ............. Setor da educação .......................................... Setor do meio-ambiente .................................. Índice de desenvolvimento humano (IDH) ............... Índice de pobreza humana (IPH) ............................. Questões de Vestibular ............................................ Capítulo 9 – Geopolítica do mundo contemporâneo ...... Introdução ................................................................ Guerra Fria ou a “ordem bipolar” .............................. O fim da Ordem Bipolar ............................................ Conflitos atuais ......................................................... Questões de vestibular .............................................
313 314 315 317 318 320 325 334 335 337 339 340 341 342 344 345 350 350 353 356 357 361
Gabarito .......................................................................... 364 12
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Capítulo 1 Introdução à Geografia
A palavra “Geografia” é de origem grega (geo = terra + grafia = descrição, seja por meio de escrita fonética, seja por meio de desenhos). Portanto, originalmente Geografia era a “descrição da Terra”. Aos poucos, esta palavra adquiriu um sentido bem mais abrangente, e, ao se consolidar como uma das Ciências Humanas, seu objeto de estudo ampliou-se consideravelmente. Dois são os elementos fundamentais em Geografia: o tempo e o espaço. O espaço era inicialmente a “natureza selvagem”, hoje largamente substituída pela “natureza civilizada”, também conhecida como “natureza artificial”. A “natureza selvagem” tem sido vítima de um incessante processo de transformação e destruição causada pela ação humana. O crescimento populacional, os avanços tecnológicos, a enorme ambição e a ganância se juntam ao desrespeito e à despreocupação pela conservação do meio ambiente. Embora o espaço se desnaturalize, ele ainda se mantém vivo. Além disso, a energia, existente e gerada no interior de nosso planeta, pressiona e modifica a crosta na superfície, originando terremotos e maremotos. A nossa atmosfera, reciclando a energia solar, dá origem aos ventos, à evaporação e condensação da água. São as chuvas, verdadeiras torrentes d’água nas regiões tropicais. A sua intensidade causa a erosão das encostas das A Terra vista da Lua
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O tempo e o espaço em Geografia
montanhas junto aos rios, especialmente no período das enchentes, provocando os desmoronamentos e assoreando o seu próprio leito, carregado de sedimentos. Por outro lado, as secas prolongadas que afetam as plantas causam impactos ambientais. A mídia explora emotivamente esses fenômenos naturais, resultando em espanto e temor nas pessoas, quando o verdadeiro horror é a brutal destruição que a ação humana tem causado à natureza. Todos os locais em nosso planeta podem ser determinados, devido ao uso das linhas longitudinais e latitudinais, cujo cruzamento forma as coordenadas geográficas. Satélites artificiais, especialmente os “espiões militares”, são capazes de localizar acidentes geográficos, construções, veículos e muitos outros objetos, com enorme precisão. Por seu lado, o tempo é um instrumento fundamental para o trabalho dos geógrafos, especialmente os geofísicos, que dele se utilizam para datar os lugares, estudando a idade das camadas rochosas, as fases de formação e transformaDesenho da Terra, cortada pelas linhas ção natural da Terra. Tamlatitudinais e longitudinais bém é fundamental para se saber quando a ação humana, origem da natureza artificial, se manifesta, a época em que ela produz e emprega a sua tecnologia modificadora e, geralmente, destruidora. Assim, o conhecimento da Geografia fornece os instrumentos para o conhecimento da “natureza selvagem” ou do “espaço natural” e dos processos de transformação que o ser humano imprimiu na Terra, originando a “natureza civilizada” ou o “espaço artificial”. A humanidade produziu, nesses últimos séculos, um enorme avanço material, especialmente após o desencadeamento da 14
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Uma sala de aula improvisada, num país da África do Sul
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Revolução Industrial. Iniciada na Inglaterra a partir da metade do século XVIII, ela ampliou consideravelmente a capacidade produtiva do ser humano, mas exigiu crescente oferta de matériasprimas e mercados consumidores. O mundo, desde então, tem sido moldado em função, principalmente, dos interesses do setor industrial. Em conseqüência, há o reverso da medalha. A terra e a sociedade humana acumulam problemas crônicos de modificação, quase ininterrupta, da natureza, com danos a ela e a nós mesmos. O progresso material contrasta com o alastramento da situação de miséria absoluta que atinge centenas de milhões de pessoas, das doenças, da violência, da degradação ambiental, das modificações dos ecossistemas etc. Há um cenário contrastante de vida opulenta, para poucos, e de morte degradante, para muitos, num planeta cada vez mais povoado e desigual, com problemas cada vez mais globais e cada vez menos possíveis de serem solucionados, por falta de vontade política e respeito humano.
Uma sala de aula de aula em escola na França
A velocidade do avanço tecnológico no setor das informações é assombrosa, se comparada com a capacidade que temos em assimilá-las. A atual realidade exige retomar o passado para compreendermos o presente e visualizarmos soluções cabíveis no futuro, para a nossa própria salvação. Assim, o estudo científico da Geografia torna-se relevante, pois revela o mundo em que vivemos, acompanhando suas transformações. Cientes da realidade estaremos aptos a buscar respostas promovendo a continuidade da vida em nosso planeta, construindo
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uma sociedade capaz de partilhar utopias, capaz de respeitar as diferenças culturais, étnicas, de idade, religião, costumes, gêneros, sistemas econômicos e políticos, “com discernimento quanto às formas de dominação e preservação da fauna, flora e recursos naturais”.
O estudo do espaço celeste O estudo dos astros celestes é uma das mais remotas preocupações do ser humano. Documentos e inscrições originais provam que as antigas civilizações orientais, milhares de anos antes de Cristo, já possuíam informações sobre o comportamento e as principais características dos astros mais conhecidos, ou seja, aqueles que são facilmente visíveis a olho nu. Devemos aos astrônomos da Antigüidade, mais precisamente aos caldeus, a criação do zodíaco, e de uma pseudociência, a Astrologia. A importância que os astros tiveram no curso dos primeiros tempos da história da humanidade é tão grande que a maior parte dos povos antigos divinizava os astros celestes, especialmente a Lua e o Sol. Muito embora milênios já tenham decorrido, ainda são encontradas algumas práticas religiosas ou crendices nos povos contemporâneos, heranças daquelas influências. Assim, desde os dias em que o ser humano se preocupou em desvendar os mecanismos do espaço celeste, até a atualidade, o conhecimento do Universo foi tornando-se cada vez mais completo e, simultaneamente, mais complexo. Para muitos, à medida que se ampliam esses conhecimentos, mais difícil se torna explicar o que é o Universo.
A história da Astronomia Astronomia é a ciência que estuda a constituição e o movimento dos astros naturais do Universo. Nascida séculos antes de Cristo, teve entre os caldeus seus primeiros estudiosos. Eles 16
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previram os eclipses e calcularam a movimentação do Sol e da Lua numa faixa da esfera terrestre conhecida como zodíaco. A origem da Astronomia parece estar ligada à necessidade das pessoas da Antigüidade em conhecer a sucessão das estações, imposta pela agricultura. Ela pode ser dividida em três grandes períodos no seu desenvolvimento como ciência. O primeiro período se estende desde os primórdios do desenvolvimento da ciência, na mais remota Antigüidade, quando ainda era difícil separar o conhecimento da mitologia, até a época em que viveu o grego Ptolomeu (100 d.C.-170 d.C.), o maior astrônomo do Mundo Antigo. O segundo período corresponde à época em que viveram dois grandes astrônomos dos Tempos Modernos, Copérnico (1473-1543) e Galileu (1564-1642). Esse período começa quando, depois de séculos de plena Copérnico Galileu aceitação das idéias de Ptolomeu, essas idéias foram contestadas graças principalmente a esses dois astrônomos e à invenção da luneta telescópica. Promoveu-se uma radical transformação das idéias até então aceitas, passando-se do geocentrismo para o heliocentrismo. Mas o momento mais importante deste segundo período situa-se na passagem do século XIX para o XX, quando houve considerável expansão das pesquisas siderais com a utilização de possantes telescópios montados em grandes observatórios, especialmente nos países do hemisfério norte. A descoberta de novos planetas, estrelas, galáxias, bem como a determinação de medidas e valores da mecânica celeste com grande precisão, teve lugar nessa fase, o que fez da Astronomia uma das ciências de maior prestígio então.
Principais corpos e fenômenos celestes Reprodução
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Nos dias atuais, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as principais nações aplicaram enormes recursos financeiros na pesquisa científica em setores diretamente ligados à Astronomia. A construção de veículos para navegação espacial, a utilização de potentes telescópios, como o Hubble, os novos conhecimentos da física e da química, ligados à estrutura e ao conhecimento da matéria e da energia, e o Edwin Hubble, no interior da Hubble aparecimento de novas e importantes teorias sobre as origens do Universo antevêem o aparecimento de uma terceira fase, e talvez a mais importante delas, na história dos conhecimentos de Astronomia.
Afélio É o ponto da órbita de um astro em que a sua distância em relação ao Sol é máxima. Veja periélio.
Cometa São astros celestes, muito numerosos, que descrevem no Sistema Solar órbitas elípticas parabólicas ou hiperbólicas. Podem possuir até quatro componentes: o núcleo, a parte mais luminosa, onde existiriam matérias sólidas que refletem a luz solar, além de partículas radioativas; a cabeça ou cabeleira, massa nebulosa brilhante, que envolve o núcleo; os filamen18
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Imagem do cometa: Ikeya-Seki, descoberto em 1965 por dois dedicados astrônomos japoneses
tos, que conjuntamente com a cauda são feixes de matéria gasosa irradiada a partir do núcleo; a cauda, que distingue-se dos filamentos por sua enorme extensão.
Constelação É o nome dado a um agrupamento de estrelas. O observador, localizado na Terra, percebe na esfera celeste zonas de concentração estelar. Por uma tradição herdada dos astrônomos da Antigüidade os nomes foram atribuídos de maneira arbitrária, nascidos da pura imaginação, como escorpião, touro, capricórnio etc.
Dia Período de tempo correspondente a uma volta da Terra em torno do seu eixo. Medido a partir de duas passagens sucessivas de uma estrela num meridiano, o dia sideral dura 23h56’4”. A mesma medida feita em relação ao Sol fornece um aumento de 8” na duração do dia, que é chamado dia solar. Denominamos também dia o período de tempo decorrido entre o nascer e o pôr-do-sol. A sua duração é variável segundo a proximidade com o pólo e a estação do ano. Duração do dia
Latitude ................. Mais longo ............... Mais curto 0o ......................... 12h05’ ...................... 11h55’ 30o ........................ 14h20’ ...................... 9h40’ 60o ........................ 18h45’ ...................... 5h15’ Nas regiões polares a duração do dia ou da noite supera 24 horas, podendo durar alguns meses. A inclinação do eixo terrestre e o movimento de translação provocam a variação da duração do dia e da noite. Para efeito da contagem do tempo, o dia é dividido em 24 horas: é o dia civil e começa à 0 hora, no primeiro minuto logo após a meia-noite do dia anterior.
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Eclipse É a ocultação de um astro quando este é atingido pela sombra de outro, ou quando, pela posição, um encobre o outro. Quando isso ocorre com um astro qualquer, chama-se ocultação. Quando ocorre com o Sol ou com a Lua, denomina-se eclipse. Eclipses da Lua: há dois tipos, o parcial e o total. É quando a Lua fica encoberta total ou parcialmente pelo cone de sombra projetado pela Terra. Ocorre quando os três astros estão em oposição. Eclipses do Sol: ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol estão em conjunção. A passagem da Lua em frente ao disco solar faz com que uma parte da Terra seja atingida pelo vértice do cone de sombras da Eclipse solar à esquerda e eclipse lunar à direita Lua. Nessa parte ocorre um eclipse total do Sol. Nas vizinhanças, atingidas somente pela penumbra, teremos um eclipse parcial, isto é, o disco solar não fica totalmente encoberto. Quando o cone de sombra não chega a atingir a Terra, pode ser observado um eclipse anular. Neste caso tem-se a impressão de que o disco lunar de menor diâmetro não consegue encobrir o disco solar, deixando uma auréola solar exposta na sua periferia.
Eclíptica Denomina-se plano da eclíptica o plano circunscrito pela órbita do movimento da Terra ao redor do Sol. A interseção do plano da eclíptica com o plano do equador solar forma um ângulo de 23o27’. O trajeto do movimento aparente do Sol coincide com o círculo da eclíptica. 20
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Equinócio Ponto da órbita da Terra em que a duração do dia e da noite são iguais. É o que ocorre nos dias 21 de março e 23 de setembro. Coincide, no plano da eclíptica, com a posição da Terra no mesmo nível do plano do equador solar.
Estações do ano Como decorrência do movimento de translação, a Terra ocupa diferentes posições no plano da eclíptica. Ela poderá estar acima do plano do equador solar, abaixo do equador solar ou no mesmo nível. Essas diferentes posições são responsáveis pela inclinação com que os raios solares atingem a superfície da Terra, determinando aumento ou diminuição de calor recebido. Quando a Terra ocupa a posição do dia 22 de dezembro, ela está no solstício de verão para o hemisfério sul. Nesse dia começa o verão no hemisfério sul (austral) e o inverno no hemisfério norte (boreal). Isso se deve ao fato de a Terra, pela inclinação do seu eixo e pela posição que nesse dia ocupa no plano da eclíptica, receber raios solares mais perpendiculares no hemisfério sul e raios mais oblíquos no hemisfério norte. Essa diferença de ângulo de incidência (inclinação) determina no primeiro caso a absorção de mais calor e no segundo, menos calor por parte da Terra. Seis meses depois dessa data temos, em 22 de junho, a inversão dessa posição, pois a Terra fica num ponto de sua órbita abaixo do plano do equador e então a maior incidência de calor se faz no hemisfério norte. Na passagem de 22 de junho para 22 de dezembro, a Terra ocupará um ponto a meia distância dos dois, no dia 21 de setembro, quando a duração do dia e da noite são iguais e a distribuição de calor é igual nos dois hemisférios. Esse ponto coincide com o momento em que a Terra, na sua trajetória, está no nível do plano do equador solar. O fato vai repetir-se depois de 22 de dezembro quando, em 21 de março, estará novamente a Terra em posição equivalente, mas agora do lado oposto do Sol. Esses quatro pontos ou datas correspondem às quatro posições da Terra na sua órbita e têm características climáticas, que são bem definidas nas regiões de
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clima temperado. Essas posições representam as quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Astronomicamente, o verão e o inverno correspondem aos solstícios, e a primavera e o outono, aos equinócios.
As estações, nas regiões de clima temperado, duram três meses cada uma, assim distribuídas ao longo do ano:
Hemisfério sul: • Verão – de 22 de dezembro a 20 de março • Outono – de 21 de março a 21 de junho • Inverno – de 22 de junho a 22 de setembro • Primavera – de 23 de setembro a 21 de dezembro
Hemisfério norte: • Verão – de 22 de junho a 22 de setembro • Outono – de 23 de setembro a 21 de dezembro • Inverno – de 22 de dezembro a 20 de março • Primavera – de 21 de março a 21 de junho
Estrelas São astros dotados de luz própria. Magnitude é a intensidade do brilho de uma estrela, cuja medida permite a sua classificação. Quanto as suas dimensões, elas podem ser gigantes, quando muito grandes, ou anãs, quando pequenas. Para melhor serem estudadas, os astrônomos as agrupam em constelações.
Lua É o único satélite natural da Terra. Seu diâmetro é de 3.480 km, quatro vezes menor do que o da Terra; seu volume é 49 vezes menor. É dotada de três movimentos: translação, ao redor da Terra, com duração de 27 dias, 7 horas e 43 minutos; rotação, em 22
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torno de si mesma, no mesmo tempo em que executa a translação; revolução, em torno do Sol, acompanhando a Terra. Ao girar em torno da Terra, a Lua apresenta-se em quatro posições diferentes.
Fases da Lua • Lua nova: posição entre a Terra e o Sol, em conjugação • Quarto crescente: posição em ângulo reto com a Terra no vértice, em quadratura • Lua cheia: a Terra fica entre a Lua e o Sol, em oposição • Quarto minguante: posição invertida ao quarto crescente, em quadratura
Quarto minguante
Lua nova
Quarto crescente
Lua cheia
Meteoros e meteoritos São também chamados de estrelas cadentes e quando ingressam na atmosfera terrestre tornam-se incandescentes, explodindo. Alguns fragmentos de vários tamanhos, atingindo até mesmo toneladas, podem cair na superfície da Terra e provocar danos. Podem ser restos de asteróides ou cometas e na sua constituição predomina o ferro.
Noite É o período de tempo em que o Sol está abaixo da linha do horizonte. Sua duração é inversamente proporcional ao dia: a noite mais longa do ano corresponde ao dia mais curto.
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Periélio É o ponto de menor afastamento da Terra no seu movimento de translação em torno do Sol. Veja afélio.
Planetas São os astros não-dotados de iluminação natural e que, com o Sol e os respectivos satélites, constituem o Sistema Solar. Os planetóides ou asteróides são planetas menores que gravitam numa órbita entre Marte e Júpiter, de natureza provavelmente granítica. São milhares e variam desde menos de um quilômetro de diâmetro até 720 quilômetros, que é o diâmetro. Sua origem é desconhecida.
Rotação É o movimento que a Terra realiza ao redor de si mesma, em torno de um eixo imaginário, com a duração de 23h56’4”. Sua velocidade é de 1.666 km/h na altura do Equador e nula nos pólos. Esse movimento provoca a sucessão dos dias e das noites e cria o movimento aparente do Sol. Dele decorrem alterações nos ventos que sopram em direção ao equador terrestre: os que são provenientes do Norte sofrem um desvio para Sudoeste e os do Sul, um desvio para Noroeste. As correntes marítimas que circulam nas proximidades do equador terrestre sofrem um desvio, correndo para sentido oposto ao do movimento de rotação.
Sistema Solar É formado pelo conjunto de uma estrela, o Sol, nove planetas conhecidos, seus 32 satélites naturais, os asteróides entre Marte e Júpiter, numerosos meteoros e cometas. Supõe-se que sua formação data de 5 bilhões de anos.
Sol É uma estrela com 1.400.000 quilômetros de diâmetro, com temperatura na superfície de aproximadamente 6.000o C, e no 24
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interior, de 15 milhões de graus Kelvin. Situa-se a cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra. Compõe-se de uma atmosfera de diversas camadas de gases. A mais próxima da superfície é chamada cromosfera, com cerca de 16 mil quilômetros de espessura. A seguir, uma camada conhecida como coroa solar, com algumas centenas de milhares de quilômetros de espessura, que é vista por ocasião dos eclipses solares. A superfície do Sol é denominada fotosfera, e tanto nela como na cromosfera ocorrem as manchas solares e as protuberâncias solares que são perturbações turbulentas e acompanhadas de explosões ou tempestades solares. Ocorrem ciclicamente, em períodos de onze anos, e provocam perturbações nas comunicações telegráficas e radiofônicas da Terra, além de ocorrer aumento considerável na emissão de raios cósmicos. A parte interior do Sol chama-se núcleo solar.
Solstício Nome da posição que a Terra ocupa no dia 22 de junho e no dia 22 de dezembro, quando começa o verão ou o inverno, no hemisfério sul ou norte.
Translação Nome do movimento executado por um corpo celeste em torno de outro, assim como pela Terra ao redor do Sol em 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 9 segundos. É o ano sideral. Medida a duração do movimento a partir de duas passagens sucessíveis da Terra pelo mesmo ponto equinocial, obtém-se o ano solar com 20 minutos e 20 segundos de diferença a menos. Esse movimento determina, em conjunto com a inclinação do eixo terrestre em relação ao plano da eclíptica, as quatro estações do ano ou as estações astronômicas. É a base do calendário solar adotado pela grande maioria dos países (alguns calendários podem ser de base lunar, como o dos muçulmanos e dos israelitas). O ano civil comporta uma divisão em doze meses. As seis horas e os minutos restantes compõem um dia a mais, acrescentado ao mês de fevereiro, a cada quatro anos, chamado de ano bissexto.
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Zodíaco É o nome de uma zona celeste que corresponde ao plano do equador solar, ficando entre o Hemisfério Boreal e o Austral Celeste. Possui doze constelações.
Questões de vestibular 1) (Fuvest) No mapa ao lado teCopenhague mos, esquematicamente reRegião Polar presentada, uma rota aérea intercontinental, sem escalas, no espaço ártico. Considerando a forma da Terra e a localização das cidades indiLos Angeles cadas, essa rota é utilizada, principalmente, devido: a) à menor distância e ao menor custo operacional. b) à necessidade de evitar o espaço aéreo da ex-URSS. c) ao grande congestionamento aéreo do nordeste americano. d) à ausência de radiação ultravioleta e de risco para a ozonosfera. e) à possibilidade de vôos em baixas altitudes e com maior estabilidade. N
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E
S
2) (UFPR) Em relação aos movimentos da Terra, é CORRETO afirmar que: 01) a Terra realiza em torno de si mesma o movimento de rotação, que dura 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. Sua velocidade é de 1.666 km/h na altura do Equador e nula nos pólos. 02) os solstícios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul da Terra são desigualmente iluminados. 04) no dia 21 de junho o Sol encontra-se sobre o Trópico de Capricórnio. 08) os equinócios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados. 16) no dia 23 de setembro o Sol encontra-se sobre o Trópico de Câncer. 32) o dia 21 de dezembro marca o solstício de verão no hemisfério sul. Soma = ( ) 26
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3) (UFPE) Assinale “F” (Falso) ou “V” (Verdadeiro). Em relação ao Universo, podemos afirmar: ( ) entre todas as galáxias, a Via-Láctea é a que mais nos interessa, pois nela está situado o Sistema Solar. ( ) as constelações boreais estão situadas no hemisfério Sul celeste. ( ) gravitando entre as órbitas de Marte e Júpiter encontram-se os pequenos astros denominados Planetóides ou Asteróides. ( ) a teoria do “Big Bang” procura explicar a origem do universo, como tendo sido resultante da explosão de um átomo primordial fortemente carregado de energia, ocorrida há aproximadamente 15 bilhões de anos. ( ) há o eclipse solar quando a Lua penetra no cone de sombra da Terra, ocultando o Sol total ou parcialmente. 4) (UFMG) Todas as alternativas apresentam mecanismos responsáveis pelas mudanças das estações ao longo do ano, EXCETO: a) a inclinação do eixo de rotação da Terra determina que, a cada seis meses, um hemisfério esteja mais exposto ao sol que o outro. b) as estações são determinadas pela maior ou menor proximidade da Terra ao Sol, distância que, ao variar ao longo do ano, altera a quantidade de energia solar incidida sobre o planeta. c) o Sol, ao atingir seu ponto de maior deslocamento ao Norte — a máxima declinação boreal — determina, no Hemisfério Sul, dias mais curtos e noites mais longas. d) os equinócios ocorrem, respectivamente, quando os hemisférios Norte e Sul são igualmente iluminados, marcando o início astronômico da primavera e do outono. e) os solstícios ocorrem, respectivamente, quando a iluminação é máxima em um hemisfério e mínima no outro, marcando o início astronômico do verão e do inverno. 5) (UFPB) Sobre o movimento de translação da Terra, é FALSO afirmar: a) as estações do ano ocorrem em função do movimento de translação e da inclinação de 23° 27' do eixo da Terra em relação ao Sol.
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b) o eixo de inclinação da Terra estabelece linhas imaginárias, denominadas Trópico de Câncer, no hemisfério sul, e Trópico de Capricórnio, no hemisfério norte. c) equinócio significa dias e noites iguais e ocorre em março e setembro, determinando, respectivamente, a primavera e o outono no hemisfério norte. d) solstício significa dias e noites extremamente desiguais e ocorre em junho e dezembro, determinando, respectivamente, o inverno e o verão no hemisfério sul. e) a zona situada próximo ao Equador quase não apresenta diferenças na inclinação dos raios solares. 6) (UnBr) A inter-relação funcional entre o Sol e a Terra é de vital importância, uma vez que a vida terrestre depende da energia solar. A respeito dos movimentos de rotação e de revolução da Terra, que alteram constantemente a sua posição em relação ao Sol, julgue os itens a seguir: (1) o movimento aparente do Sol, da Lua e das estrelas é oposto ao verdadeiro sentido da rotação terrestre. (2) a variação da exposição da Terra à luz solar influencia o movimento dos ventos. (3) os raios solares que incidem na superfície da Terra o fazem em diferentes ângulos de incidência, de acordo com a latitude, o que se traduz em diferentes quantidades de absorção de calor por parte da Terra. 7) (UFRS) A posição indicada na figura ao lado marca, em nosso planeta, o início de uma estação em cada hemisfério. Esta estação é: a) a primavera no Hemisfério Norte, estando a Terra no equinócio. b) o outono no Hemisfério Sul, estando a Terra nas proximidades do solstício. 28
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c) o verão meridional, estando a Terra no solstício. d) o outono setentrional, estando a Terra no equinócio. e) o verão setentrional, estando a Terra no solstício. 8) (UFRS) Um geógrafo, ao explorar o Continente Antártico, fixa uma estaca no Pólo Sul geográfico, dias antes do solstício de verão para o Hemisfério Sul. Exatamente no dia do solstício de verão para o Hemisfério Sul, observa e marca as sucessivas posições ocupadas pela sombra projetada pela estaca, concluindo que: a) a sombra de uma estaca colocada verticalmente no Pólo Sul geográfico, ao longo do dia de solstício de verão, descreve uma elíptica. b) uma estaca colocada verticalmente no Pólo Sul geográfico produz, com sua sombra, ao longo do dia de solstício de verão, um semicírculo. c) uma estaca colocada na vertical exatamente no Pólo Sul geográfico projeta sucessivas posições do extremo da sombra, formando um círculo ao longo do dia de solstício de verão. d) as sucessivas posições do extremo da sombra de uma estaca colocada verticalmente no Pólo Sul geográfico não têm o mesmo comprimento durante o dia de solstício de verão. e) somente no dia do solstício de inverno é que a sombra de uma estaca colocada verticalmente no Pólo Sul geográfico forma um círculo com a projeção de suas sucessivas posições. 9) (UFRS) Considere as afirmações a seguir. I. Quando a Terra está no afélio, maior distância Terra – Sol, é verão para o Hemisfério Sul e inverno para o Hemisfério Norte. Neste ponto, a velocidade de translação da Terra é maior do que em qualquer outro ponto da órbita. II. No solstício de inverno para o Hemisfério Sul, a Terra está no afélio. Neste ponto da órbita, a velocidade de translação é a menor, o que também contribui para que o inverno no Hemisfério Sul seja mais longo. III. Como o plano do equador e o da eclíptica não coincidem, temos como resultado uma inclinação de 230 27', o que também permite dizer
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a) b) c) d) e)
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que o eixo imaginário terrestre está inclinado em 230 27'. Durante a translação, a Terra ocupa distintas posições no espaço; isto implica um aporte de radiação solar diferenciado ao longo de um ano. Quais estão corretas em relação aos movimentos executados pela Terra e suas conseqüências? apenas I. apenas II. apenas I e II. apenas II e III. I, II e III.
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Capítulo 2 O planeta Terra Os seus movimentos A Terra é o planeta habitado pelos seres humanos. Faz parte do Sistema Solar como um planeta de média dimensão e sua órbita é a terceira em afastamento do Sol. Isso significa que, girando ao redor do astro rei, executa um movimento de Movimento de Translação translação com características próprias e diferente dos demais planetas. Quanto maior for o afastamento de um planeta da família do Sol, maior será sua órbita e maior o caminho a ser percorrido. Considerando-se, entretanto, que o Sol não está parado no espaço, mas, ao contrário, desloca-se em direção a um ponto chamado solstício, ele leva consigo todos os planetas e satélites do Sistema Solar. Indiretamente, a Terra ao acompanhar o Sol, desloca-se para esse ponto realizando um movimento indireto, chamado movimento de translação. Pólo Norte A Terra é dotada de outro movimento próprio, além do de translação, é o movimento que faz em torno de si mesma, como se estivesse atravessada por um eixo de pólo a pólo e girasse em torno Sentido da dele: o movimento de rotação. Rotação 0 - L Por este movimento a Terra vai Pólo Sul mudando constantemente a face que está voltada para o Sol, faMovimento de Rotação zendo com que permanentemen-
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te uma receba iluminação e outra esteja mergulhada na sombra. Essa sucessão de luz e sombra recebe o nome de dia e noite e serve para a marcação do tempo ocorrido. A inexistência desse movimento determinaria que a face voltada para o Sol permanentemente recebesse maior luz e calor, provocando o aparecimento de temperaturas elevadas e, inversamente, a outra face seria permanentemente fria e escura. Devese ao movimento de rotação a regularidade da distribuição de luz e calor na superfície da Terra. Quando durante o dia percebemos o Sol aparecer no nascente e, depois de percorrer um trajeto na esfera celeste, desaparecer no poente, temos a impressão que o Sol desloca-se ao redor da Terra. Trata-se na realidade de um movimento aparente do Sol, pois é a Terra que girando em torno do seu eixo provoca a impressão visual equívoca de que o Sol estaria se movimentando. Em Astronomia são descritos vários movimentos que parecem que são realizados pelos astros não somente com o Sol, mas também com outros planetas ou satélites. Esse fato provocou na Antigüidade grandes confusões entre os astrônomos. Hoje podemos distinguir nos astros dois tipos de movimentos: os movimentos reais, do qual os astros estão realmente animados, e os aparentes, aqueles que parece que são realizados. Os movimentos aparentes podem ser estudados, pois eles auxiliam na compreensão de certos fatos da esfera celeste. A trajetória aparente do Sol na esfera celeste chama-se eclíptica. De que forma a Terra gira ao redor do Sol? Supondo-se que o Sol possua na sua parte central um círculo de equador semelhante ao da Terra e, em pontos opostos, um pólo ao norte solar, e outro, no pólo sul solar, poderíamos perguntar se o movimento descrito pela Terra seria feito acompanhando o equador solar ou se faria no sentido dos pólos? O movimento descrito pela Terra em torno do Sol não se faz no sentido do equador solar nem no sentido dos pólos. Trata-se de um movimento oblíquo, com uma inclinação tal que em um determinado momento da sua trajetória 32
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Sistema Ptolomaico, representado nesta ilustração holandesa do séc. XVII, figura as órbitas da Lua, Mércurio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno, circundados pelas estrelas. O erro consistia em situar a Terra, imóvel, como centro de todos os movimentos celestes, em órbitas circulares
a Terra encontra-se acima do plano do equador solar e, posteriormente, ao ocupar uma posição oposta, fica abaixo do equador solar. O resultante dessa constatação é que a Terra enquanto permanece acima do equador solar recebe raios solares mais intensos no seu hemisfério sul e menos intensos no hemisfério norte. A intensidade se inverte quando a Terra passa a ocupar posição abaixo do equador solar.
Estrutura e camadas da Terra Geologia é a ciência que estuda a Terra, além das plantas e dos animais que nela viveram. As raízes gregas da palavra Geologia por si sós explicam o significado dessa ciência: “Geon” significa terra e “Logos”, estudo. Os dados fundamentais desses estudos obtêm-se pela análise das rochas, minerais e restos fósseis. A Geologia reconstitui a história de nosso planeta desde o seu aparecimento, o que deve ter se dado há alguns bilhões de
Nosso planeta tem a forma arredondada (mais corretamente, elipsoidal, com um diâmetro de 12.756 km e um diâmetro polar de 12.714 km. Pesa 6.588 sextilhões de toneladas
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anos. Estuda também de que maneira certas forças atuaram e atuam sobre a superfície da Terra, mudando o seu aspecto e também os agentes que atuam internamente em nosso planeta. Nosso planeta tem uma forma arredondada (mais corretamente, um elipsóide), com um diâmetro equatorial de 12.756 km e um diâmetro polar de 12.714 km. Pode-se dizer que ele é “achatado nos pólos”. Uma volta em torno dele significa a distância de 39.840 km. Pesa 6.588 sextilhões de toneladas. Sua população já ultrapassou 6 bilhões de habitantes e sua maior elevação é o monte Everest, situado no Himalaia, com cerca de 8.848 m de altitude. A maior profundidade conhecida é a fossa das Marianas, no oceano Pacífico, com 11.521 m. A grande espessura do nosso planeta não permite que sejam feitas perfurações muito profundas para se estudar o seu interior. O aumento de temperatura que ocorre quando as galerias das minas avançam para o seu interior é outro impedimento para uma pesquisa direta. Para se estudar a constituição interna da Terra utilizam-se aparelhos que registram a propagação de ondas sísmicas, ou então é possível provocar explosões artificiais para seja registrada a propagação das ondas. Esses estudos confirmaram de modo satisfatório hipóteses que os cientistas formulavam sobre a constituição interna da Terra. Medidas físicas realizadas também forneceram indicações para se conhecer o seu conteúdo. Entre elas está a sua densidade, que é de 5,52 em relação à água. Entretanto os materiais da crosta terrestre possuem uma densidade que não ultrapassa 2,7. Isso leva a conclusão que o interior da Terra possui uma densidade muito maior do que 5,52 para que essa cifra média possa ser atingida. Dessas considerações é possível apontar que a Terra compõe-se das seguintes camadas: ◆ Sial: onde predominam os silicatos de alumínio cuja densidade está entre 2,7 e 2,8. ◆ Sima: constituída por silicatos de magnésio com densidade entre 2,8 a 3,4. Essas duas camadas, relativamente finas em 34
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relação ao manto e ao núcleo, são chamadas de crosta terrestre. ◆ Manto: camada com 2.900 km de espessura, constituída por materiais básicos e sua densidade está entre 4 e 6 (silicatos de ferro e magnésio). ◆ Núcleo central: também chamado Nife, devido à sua natureza (níquel e ferro), com densidades compreendidas entre 6 e 12. Outra propriedade física da Terra é o magnetismo, proveniente do seu pesado núcleo metálico. O globo terrestre comporta-se como um gigantesco ímã que teria dois pólos, os pólos magnéticos, que coincidem aproximadamente com os pólos geográficos. Essa diferença é responsável pela chamada declinação magnética, que dá uma diferença de 6o ou 7o nas medidas da bússola.
Mineral é um composto químico (às vezes um elemento químico), com a composição química definida, que faz parte naturalmente da crosta terrestre. Geralmente está em estado sólido, exceção feita à água e ao mercúrio, que se apresentam no estado líqüido. Devem ser mencionados os mineralóides, que são compostos químicos de origem orgânica, ao contrário dos minerais, que têm origem inorgânica. A rocha é um agregado natural de um ou mais minerais. As rochas constituem a parte essencial da crosta terrestre. Rochas magmáticas ou ígneas são rochas que se originam da consolidação do magma, que é material em estado de fusão. Assim, são materiais de origem primária. Pelas características que apresenta uma rocha ígnea é possível aquilatar-se as condições de formação dessa
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rocha, se em grandes profundidades, se em profundidades menos pronunciadas ou se à superfície da Terra. Assim, respectivamente, são chamadas de rochas plutônicas, rochas hipoabissais e rochas vulcânicas.
Eras geológicas A longa história física da Terra, desde os momentos iniciais de sua formação até os dias de hoje, revela muitos episódios repletos de acontecimentos que provocaram, e provocam, grandes transformações no contorno dos continentes, nas formas de relevo, destruindo ou construindo montanhas, na vida animal e vegetal. A Geologia utiliza as rochas, os restos fósseis de plantas e animais como provas para reconstituir o passado terrestre. Puderam, assim, ser reconstituídas cinco grandes eras, que por sua vez são divididas em sistemas e períodos.
As cinco grandes eras e suas subdivisões são as seguintes: Arqueozóica ou Pré-Cambriana – 4 bilhões de anos.(1) Primária ou Paleozóica – 310 milhões de anos.(2) Secundária ou Mesozóica – 120 milhões de anos.(3) Terciária ou Cenozóica – 90 milhões de anos.(4) Quartenária ou Neozóica – 600 mil anos.(5) (1) Períodos Arqueano e Algonquiano. (2) Períodos Cambriano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. (3) Períodos Triássico, Jurássico e Cretássico. (4) Períodos Eoceno, Oligoceno, Mioceno, Plioceno. (5) Pleistoceno e Holoceno.
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A seguir, os principais acontecimentos que nelas ocorreram: ◆ Arqueozóica (que significa vida antiga ou primitiva) A mais demorada das eras e a mais remota, sendo poucos os conhecimentos que dela dispomos. As rochas dessa era são sobretudo de natureza metamórfica. Poucos fósseis foram encontrados e parece que a vida seria inteiramente marinha, com seres muito rudimentares, como as algas e os invertebrados. ◆ Paleozóica (vida antiga) Contaria a Terra com dois grandes blocos continentais, um no hemisfério norte, o continente Laurásia, e outro no hemisfério sul, o continente de Gondwana, separados por um mar “mediterrâneo”, denominado Téthis. Ocorreram grandes movimentos na crosta, com formação de montanhas. A vida animal e a vegetal estavam ainda em estágio inferior. Ao fim da era teriam aparecido os primeiros peixes e anfíbios do reino dos vertebrados. Surgiram florestas de plantas criptogâmicas, como as equisetínias, e as primeiras florestas de coníferas. Nessa era ocorreu a formação do carvão mineral. ◆ Mesozóica (vida intermediária) Os continentes estavam aproximando-se de suas formas atuais, por meio de um movimento chamado “deriva”. As forças de erosão atuaram intensa e prolongadamente, dando origem a formações sedimentares amplas, com a formação de arenitos, calcários, folhelhos, salgema etc. Erupções vulcânicas e derrames de lavas foram identificados. Climas do tipo desértico ocorRépteis pré-históricos reram em várias par-
tes da Terra. É a época de domínio dos grandes répteis, mas também do aparecimento dos primeiros mamíferos e pássaros. Entre os vegetais deu-se o aparecimento dos angiospermas (plantas com flores), das gramíneas e das palmeiras. Modificações climáticas de grande porte, causadas provavelmente por enorme impacto de um meteoro, devem ter causado o desaparecimento dos grandes répteis. ◆ Cenozóica (vida recente) Os continentes tiveram seus contornos delineados aproximando-se dos atuais limites. Grandes movimentos tectônicos foram os responsáveis pela formação das grandes massas de sedimentos depositados nos fundos marinhos, provocando a formação das gigantescas cadeias montanhosas que hoje constituem as maiores altitudes do relevo terrestre. São chamados dobramentos alpino-himalaios, e entre eles destacam-se as cordilheiras: do Himalaia, Rochosas, Andes, Alpes, Pirineus, Apeninos, Cárpatos, Atlas. Vulcanismos importantes ocorreram, bem como novas formações de rochas sedimentares. Houve o desaparecimento definitivo dos grandes répteis. No reino vegetal prosseguiu a evolução dos angiospermas e ocorreram formas mais evoluídas de mamíferos. Muitos dos animais comuns na atualidade tiveram origem em seus ancestrais que viveram na era Cenozóica. ◆ Neozóica (vida nova) Essa era é mais conhecida como quaternária e seu maior acontecimento foi registrar o aparecimento do ser humano. Importantes fenômenos de vulcanismos e movimentos lentos ou violentos da crosta foram registrados. Grandes oscilações climáticas, responsáveis por numerosas glaciações, e aumento das crostas de gelo provocaram a formação de grandes planícies e movimentos migratórios de grande expressão no mundo animal, em busca das regiões tropicais. 38
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As formas do relevo terrestre Na superfície da crosta terrestre, onde estão em contato a litosfera, a atmosfera e a hidrosfera, estão as variadas conformações rochosas que constituem o relevo terrestre. Formas planas e alongadas, elevadas ou rebaixadas, formas pontiagudas, arredondadas, de variadas dimensões, os perfis montanhosos que se avistam no horizonte, os vales profundos ou amplos, os recortes litorâneos, as praias, os deltas fluviais, os vulcões, todos constituem formas do relevo terrestre. Um dos ramos da Geografia, modernamente chamado de Geomorfologia, se encarrega de estudá-los.
Formação Neozóica
Os diversos elementos de um relevo: • Altitude, a absoluta, que é a sua altitude medida em relação ao nível do mar, e a relativa, que é tomada em relação a mais baixa altitude absoluta que ocorre na sua vizinhança. • Idade do relevo, que considera a época em que se formou ou sofreu transformações. As montanhas jovens apresentam formas agudas e elevadas e as “velhas” são amorreadas e pouco elevadas. • Natureza das rochas que a compõem e pela maneira como estão dispostas no seu interior. • Tipo de ação climática a que se acham submetidas e pela sucessão das estações secas ou chuvosas, frias ou quentes, intensidade das chuvas, da neve e das geleiras. • Formas que apresentam, pois elas são a resultante das ações múltiplas e combinadas dos agentes de erosão e pela inclinação das vertentes ou bordos laterais.
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A partir do estudo desses elementos, as formas de relevo podem ser agrupadas em quatro grandes conjuntos: ◆ Escudos e os maciços antigos, que são geralmente formas elevadas, com superfícies arredondadas ou com algumas cristas, mas que apresentam um nível geral de aplainamento decorrente dos longos períodos de erosão a que foram submetidos. São exemplos o planalto Atlântico Brasileiro, o escudo das Guianas, o Canadense, o planalto da Borborema. Por terem sido afetados por movimentos ou abalos tectônicos, eles apresentam muitas fraturas e alinhamentos de falhas e fossas de afundamento tectônico. ◆ Bacias sedimentares, formadas no interior dos escudos ou ao seu redor, em decorrência da invasão marinha que aí depositou sedimentos marinhos ou continentais. Com o peso, elas tornam-se profundas e espessas. Quando sua altitude não é elevada, constituem as planícies sedimentares; quando são elevadas, formam planaltos sedimentares. Como exemplos temos a planície Amazônica e o planalto ou chapada do Araripe, no Ceará. Os rios podem formar também planícies sedimentares fluviais, ao longo do seu curso. ◆ Cadeias montanhosas, que são formadas por antigas camadas de rochas sedimentares dos fundos marinhos, que foram soerguidas, dobradas ou enrugadas, apresentando grandes altitudes, vertentes escarpadas e abruptas, picos pontiagudos e alinhamentos de cristas. A esse tipo de relevo pertencem as montanhas Rochosas, os Andes sul-americanos, os Alpes europeus, os Apeninos, os Cárpatos, os Bálcãs e outras montanhas. São de idade recente, formadas na era Terciária. ◆ Formas vulcânicas, que são oriundas de derrames de lavas e de escória que se despejam por sobre as formas já existentes, ou então formam os chamados cones vulcânicos, que podem estar extintos, em repouso ou ativos. 40
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Os espaços naturais da Terra possuem determinadas características físicas que podem se constituir, dependendo do momento histórico e do desenvolvimento técnico das sociedades humanas, em vantagens ou obstáculos. Para otimizar seu aproveitamento é necessário saber a formação e a dinâmica do relevo, mesmo aquele resultante de terremotos e da ação de vulcões, identificar os recursos úteis e aproveitáveis. O vulcaA escala Richter mede a nismo e os abalos sísmicos commagnitude, ou seja, a energia provam a mobilidade da crosta terliberada no foco do sismo, restre. Eles afetam principalmenregistrado por sismógrafos te as áreas periféricas do oceano Pacífico, no seu contato com os continentes americano e asiático, formando um verdadeiro “círculo de fogo”. Na formação e transformação do relevo terrestre são vários os agentes criadores e modificadores. Eles podem ser classificados em dois tipos: ◆ agentes internos, os que se originam no interior da crosta terrestre; ◆ agentes externos, os que atuam sobre as formas existentes, modificando-as ou recriando-as, oriundos do exterior da crosta terrestre.
Os agentes internos são de três tipos: ◆ Movimentos tectônicos que afetam os blocos continentais e as bacias oceânicas, provocando movimentos horizontais,
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Os agentes criadores e modificadores do relevo terrestre
deslocamentos que originam dobras dos sedimentos que formam montanhas novas. ◆ Movimentos verticais, ascendentes ou descendentes que, ao afetarem um bloco continental, planalto ou planície, provocam o aparecimento de falhas, fraturas ou a quebra e afundamento de blocos rochosos, originando as fossas abissais. Por isso, o oceano Pacífico é o que apresenta as maiores profundidades (fossas abissais). ◆ Vulcanismo, que significa todas as formas de atividades vulcânicas, com o derrame de lavas e material do interior da crosta. Atualmente, já é possível se ter uma certa previsão das erupções vulcânicas. Os sismos e tremores de terra são provocados por acomodações na estrutura interna do planeta, resultando em movimentos violentos e rápidos, abalos de intensidade variada mas capazes de promover grandes catástrofes e modificar a fisionomia externa de uma determinada região. Seus resultados são trágicos quando o seu “epicentro” (ponto da superfície terrestre mais próximo do centro de um abalo sísmico) se localiza em região densamente povoada. Além das destruições terrestres, as ondas sísmicas podem provocar maremotos. A escala Richter mede a magnitude, ou seja, a energia liberada no foco do sismo, registrada por sismógrafos. Os maiores abalos sísmicos do planeta
Data
Lugar
27/7/1976
Tagshan (China)
655.237
7,9
16/12/1920 Shaanxi (China)
200.000
8,6
01/9/1923
Tóquio (Japão)
99.331
8,2
31/5/1930
Ancash (Peru)
66.794
7,8
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Número de mortos Magnitude
Os agentes de origem interna podem ser assim agrupados: ◆ Intemperismo, que resulta da ação da temperatura diurna (quente) e noturna (fria) nas rochas, provocando, a longo prazo, sua decomposição. ◆ Intemperismo químico, que decompõe ou dissolve certos componentes da rocha, atacando-a. A cristalização de sais nos interstícios rochosos, levados pela infiltração das águas, provoca também a desagregação das rochas. Alguns exemplos: a água carregada de ácidos ataca os calcários; a água congelada entre rochas cria sulcos e acaba liberando grandes blocos; a cristalização de sais nos interstícios rochosos, levados pela infiltração das águas, provoca também a desagregação das rochas. A ação de certos ácidos provenientes de raízes e restos animais, de microorganismos, provoca uma ação química destruidora das rochas. Importante também é a ação da gravidade, da qual resulta a movimentação de rios e águas correntes, de gelos nas geleiras, de desmoronamentos e escorregamentos nas vertentes. E não se deve esquecer também da ação solar na atmosfera, provocando as chuvas, o trabalho dos ventos, os movimentos das águas do mar, as correntes marítimas. A ação das águas correntes, transportando e depositando a rocha desagregada, o trabalho das águas do mar, do vento, das geleiras, erodindo, transportando ou acumulando, são todos exemplos de intemperismo. No entanto há uma outra ação modificadora e destruidora da natureza, a ação dos seres vivos ou erosão antrópica, especialmente a dos seres humanos, que modifica a superfície da terra nos seus trabalhos de ocupação do solo para agricultura, construção de cidades, vias de circulação, barragens etc. De maneira geral, pode-se dizer que os agentes de origem interna são responsáveis pelas transformações de grandes dimensões, que se efetuam lentamente, em prolongados períodos
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de tempo. São responsáveis pela disposição estrutural das rochas, isto é, pela maneira como os blocos rochosos estão assentados na superfície.
Os agentes de ordem externa São responsáveis pelo modelado do relevo num trabalho prolongado, ora mais rápido, ora mais lento, de acordo com o ritmo climático, a natureza da rocha e a sua disposição estrutural. É a ação dos agentes externos que reduz e aplaina o relevo, transformando montanhas em planaltos e os detritos retirados em planícies. As formas finais do relevo são, portanto, fruto do trabalho conjugado, concomitante e contínuo de todas as formas, ainda que uma ou outra possa ser temporariamente mais intensa ou prolongada. Mas, se a atividade humana é altamente responsável pela destruição da natureza, ela também pode reduzir a erosão natural. A construção de terraços ou de muros perpendiculares aos declives, método aplicado principalmente em determinadas regiões asiáticas, diminui a violência das enxurradas e a perda de solo fértil.
Questões de vestibular 1) (Puc-SP) Considere o texto e as afirmações apresentadas a seguir. “Na Colômbia, no Equador, no Peru e na Bolívia, os Andes dominam tudo... A influência dos Andes reflete-se na flora, na fauna, na economia e na civilização de seus habitantes...” (Cunill, Pedro. A América Andina, p. 7.) I. Como um sistema montanhoso, os Andes constituem territórios de diversas altitudes, com predomínio de vastos altiplanos que chegam a superar os 4.000 metros. Esse fator explica a baixa biodiversidade dos países andinos, pois apenas poucas espécies adaptam-se a essa diversidade de altitudes. 44
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II. A diversidade de altitudes nas regiões andinas implica contrastes climáticos significativos. Inclusive os segmentos da cordilheira situados na zona equatorial estão sob o domínio de climas temperados e frios nos seus planaltos elevados. III. A distribuição vegetal no domínio andino obedece a um zoneamento vertical: até 1.100 m, florestas tropicais; de 1.100 m a 2.200 m, mata heterogênea com diminuição de espécies tropicais; de 2.200 m a 3.300 m, mata heterogênea com diminuição do porte; superior a 3.300 m, ausência da vegetação arbórea. SOMENTE corresponde ao quadro físico da região andina o que se afirma em: a) I b) II c) III d) II e III e) I e III 2) (Puc-PR) Em 2002, mais uma vez os sicilianos assistiram atemorizados a um espetáculo da natureza: as erupções do vulcão mais ativo da Itália, o Etna. Leia atentamente as afirmativas relacionadas a esse tema: I. O vulcão Etna situa-se na extensa área de atividade vulcânica e sísmica denominada “Círculo de Fogo do Pacífico”. II. Atividade vulcânica do Etna está diretamente relacionada à dinâmica das placas da litosfera terrestre. III. Além da atividade vulcânica, a região do sul da Itália, bem como as de outras porções do Mediterrâneo, sofre, com certa freqüência, abalos sísmicos de grande intensidade. Assinale a alternativa que contém a afirmativa correta ou as afirmativas corretas: a) apenas I é correta. b) apenas II é correta. c) apenas I e II são corretas. d) apenas II e III são corretas. e) as três são corretas.
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3) (Puc-PR) “Apertado entre o Tibete e a Índia, o Nepal se estende sobre uma área de 141 mil km2, um pouco menor que nosso estado do Paraná. Mesmo assim, por conter a parte central da cordilheira do Himalaia, a morada dos deuses da mitologia indiana, possui oito das catorze maiores montanhas da Terra.” “Sua altitude decresce rapidamente de norte para sul, até encontrar a planície do Terai, a apenas 70 m sobre o nível do mar, um gigantesco contraste com os 8.848 m do Everest na outra extremidade do país, a pouco mais de 180 km.” (Niclevicz, Waldemar. Tudo pelo Everest, 1993.) O texto se refere à mais elevada cordilheira do mundo, o Himalaia, onde se situa o Nepal. Com suas contrastantes altitudes, o Himalaia teve sua origem aproximadamente na mesma época e da mesma forma que as outras grandes cordilheiras do planeta. A origem das grandes cadeias de montanhas da Terra, como o Himalaia, os Andes e as Rochosas, se deve a: a) falhamentos. b) dobramentos. c) longos processos de erosão. d) vulcanismo. e) formação de fossas tectônicas. 4) (UFRS) O planeta Marte tem alguns processos de construção e destruição das formas de relevo semelhantes aos da Terra. Em Marte existe o Monte Olympus, que é o maior vulcão conhecido do sistema solar (550 km de diâmetro e 26 km de altura), assim como grandes canais fluviais e dunas. Os processos existentes na superfície terrestre que geram formas de relevo como as de Marte, citadas acima, são os processos: a) de gelivação, hídrico e de aluvionamento. b) eólico, hídrico e de gelivação. c) tectônico, de aluvionamento e eólico. d) de aluvionamento, de gelivação e tectônico. e) magmático, hídrico e eólico. 46
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5) (UFRS) O relevo terrestre é decorrente da atuação de duas forças: as internas, que são as geradoras das grandes formas estruturais do relevo, e as externas, que são as responsáveis pelas formas esculturais do mesmo. Com relação a esse tema, considere as afirmativas a seguir. I. As forças internas ativas são chamadas de tectônicas e provocam movimentos epirogenéticos e orogenéticos. II . As macroformas estruturais do relevo terrestre são representadas por cadeias orogênicas, bacias sedimentares, depressões, escudos e planaltos. III. Intemperismo químico é mais atuante nos climas quentes e úmidos, sendo pouco significativo nos climas desérticos. Quais estão corretas? a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III. 6) (Cesgranrio) O relevo das terras emersas é extremamente diversificado. Nesse relevo, o que se denomina DOBRAMENTOS MODERNOS OU RECENTES corresponde a: a) depressões absolutas. b) depressões relativas. c) bacias sedimentares. d) cadeias montanhosas. e) dorsais submarinas. 7) (UEL-PR) As grandes cadeias de montanhas, como os Alpes ou o Himalaia, tiveram origem: a) na era Mesozóica, quando da fragmentação do antigo continente de Gondwana. b) no pré-Cambriano, em virtude dos grandes falhamentos ocorridos na crosta terrestre.
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c) no Paleozóico, quando os continentes começaram a tomar as formas atuais. d) há mais de 190 milhões de anos, em conseqüência da movimentação do NIFE, a camada mais interna da Terra. e) há mais de 60 milhões de anos, graças à movimentação das placas tectônicas. 8) (UFMG) Leia o texto. “Embora a evidência de deslocamentos laterais dos continentes fosse mais ou menos forte, a maioria dos geólogos resistiu, durante muito tempo, à idéia desses deslocamentos. Essa resistência era, em grande parte, ideológica, a julgar pela extraordinária ira da controvérsia contra o principal proponente da deriva continental, Alfred Wegener. De qualquer modo, o argumento de que esses deslocamentos não eram verdadeiros porque não se conhecia nenhum mecanismo geofísico para causar tais movimentos – não era mais convincente a priori, em vista da evidência acima referida. Contudo, desde a década de 1960, o antes impensável tornou-se a ortodoxia da geologia do dia-a-dia: um globo de placas gigantescas mudando de lugar, às vezes, rapidamente (placas tectônicas).” Adaptado de Hobsbawn, E. Era dos extremos. O breve século XX: 19141991. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. p. 530. Todas as alternativas contêm afirmações que podem ser comprovadas pelo texto, EXCETO: a) a teoria da deriva continental foi, por muito tempo, considerada inaceitável por se desconhecer o mecanismo geofísico que pudesse explicá-la. b) a teoria das placas tectônicas é considerada, atualmente, a explicação mais aceitável e defensável sobre a posição das massas continentais e a configuração da litosfera. c) as evidências de que as terras emersas se deslocavam lateralmente sugeriram a teoria segundo a qual a litosfera era formada por várias placas, em vez de uma única, imóvel sobre o manto. d) o relato sobre a aceitação de uma nova teoria sugere que observações, embora inexplicáveis pelo conhecimento científico de uma época, são prontamente aceitas pelos cientistas. 48
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9) (FEI-SP) Sobre as rochas existentes na natureza, podemos afirmar: a) as rochas ígneas ou magmáticas são resultantes da solidificação do magma no interior da Terra ou da solidificação do magma em forma de lava expelido pelos vulcões. b) o carvão mineral é um exemplo de rocha magmática intrusiva. c) as rochas metamórficas são resultantes da erosão de rochas magmáticas. d) as mudanças de pressão são responsáveis pela transformação de rochas metamórficas em rochas sedimentares. e) as rochas sedimentares se apresentam em camadas, onde as mais baixas são as mais recentes e as de cima são as mais antigas. 10) (Cesgranrio) A estrutura geológica, os tipos de rochas e de solos e a morfologia do relevo devem ser levados em conta na organização do espaço, pois estão relacionados com a(o): I. Ocorrência ou não de fenômenos como o vulcanismo e terremotos. II. Ocupação e distribuição geográfica da população. III. Traçado e implantação de rodovias e ferrovias. Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s): a) apenas I. b) apenas II e III. c) apenas I e III. d) apenas II. e) todas.
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Capítulo 3 A representação da Terra Coordenadas geográficas e fusos horários A orientação de uma pessoa que se desloca numa rua de uma cidade é facilitada pelas referências possíveis de serem identificadas, como uma casa conhecida, um letreiro, uma praça ou um monumento. Conhecendo todos os pontos de referência existentes ao longo de um caminho, torna-se fácil a qualquer pessoa, a qualquer momento, saber em que ponto do percurso está ou para onde ir. O mesmo, entretanto, não acontece com um viajante em pleno deserto de areia. Não há ponto de referência e torna-se difícil descobrir aonde deve ir ou onde está. Um navio em altomar, rodeado em todos os horizontes apenas por água, precisa de um meio seguro para orientar-se, isto é, saber a qualquer momento onde se encontra e qual o caminho deve seguir.
Fusos horários Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
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Para resolver esse problema, desde a mais remota Antigüidade, o ser humano procurou munir-se ou criar pontos de referência. Observando o movimento aparente do Sol, não foi difícil perceber que ele nasce e se põe exatamente nos mesmos lugares ou na mesma direção. Assim, o Sol foi tomado como ponto de referência, estabelecendo-se duas direções, onde nasce, ou nascente, e onde desaparece, ou poente. Sinônimos foram adotados, para nascente, oriente, e para poente, ocidente. Mas percebeu-se ser insuficiente apoiar-se exclusivamente no Sol para orientar-se. A partir da direção nascente-poente (ou oriente-ocidente) criou-se outra referência, a de uma direção que cruza, perpendicularmente, a primeira. Assim a pessoa que apontar o braço direito para o nascente, o esquerdo para o poente, terá a sua frente uma nova direção, ou seja, o norte. Às costas, o sul. Perceberam os moradores do hemisfério norte que a direção norte coincidia com uma estrela de forte brilho, a estrela Polar. No hemisfério sul, a estrela de Magalhães, no eixo maior da cruz, prolongada quatro vezes, aponta o sul. Essas quatro direções fundamentais passaram a constituir os pontos cardeais e não foi difícil estabelecer mais quatro pontos intermediários entre eles, que passaram a se chamar pontos colaterais. A descoberta de que uma agulha imantada, em equilíbrio, aponta constantemente para o norte deu origem à bússola, instrumento fundamental para orientação. Para facilitar sua leitura, a agulha oscila sobre um desenho que indica os pontos de direção, denominado rosa-dos-ventos. Assim, estabelecido o sistema de orientação, mostrou-se logo que precisaria ser completado por outros pontos, de referência, reais ou imaginários, que possibilitassem uma localização mais precisa, em relação à superfície da Terra. Foi a forma redonda do nosso planeta que determinou o aparecimento de outros métodos de localização geográfica de um ponto qualquer na superfície da Terra. Sendo a Terra uma esfera, ela pode ser dividida em duas metades ou hemisférios. A extremidade de cada hemisfério recebeu o nome de pólo. Unindo com um círculo um pólo ao outro foi possível
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estabelecer os meridianos. A partir do círculo que separa um hemisfério do outro, chamado equador, foi possível traçar outras circunferências paralelas ao equador e perpendiculares aos círculos meridianos, os paralelos. As coordenadas geográficas formam sobre o mapa do globo terrestre um quadriculado que permite obter rapidamente a localização geográfica de qualquer ponto da superfície da Terra. As linhas ou coordenadas formam um sistema de referências imaginárias, pois elas são representadas somente nas cartas ou nos mapas e não existem concretamente. Todos os pontos se cruzam em duas coordenadas: latitude e longitude. São medidas em grau, minuto e segundo. As latitudes ou paralelos são as linhas paralelas ao Equador e marcam a distância entre os pólos. Partem do Equador (0o) até 90o ao norte e ao sul. Por convenção internacional, servem para determinar as zonas quentes, temperadas e glaciais da superfície do planeta. Os paralelos mais importantes são o trópico de Câncer e o círculo polar ártico, ao norte, e o trópico de Capricórnio e o círculo polar antártico, ao sul. No Brasil, o trópico de Capricórnio passa pelos estados do Paraná e de São Paulo.
Mapa contendo meridianos: horas atrasadas/horas adiantadas Fonte: Mega Pesquisa, São Paulo, Rideel, 2001.
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As longitudes ou meridianos são as linhas que partem do meridiano de Greenwich (0o) até 180o a oeste e a leste e convergem para os pólos. A linha imaginária tem esse nome porque passa pelo antigo observatório da cidade de Greenwich, situada na periferia de Londres. Ao lado da localização das pessoas no espaço, cuidou-se também da localização do tempo. Sendo a duração do dia igual a 24 horas foi preciso localizar a hora de cada local. A hora local é estabelecida por intermédio do meridiano que passa por esse local. Assim quando o Sol passar sobre o meridiano de um lugar serão 12 horas ou meio-dia. Essa posição do Sol, no meridiano, de um lugar, chama-se zênite. A superfície da Terra foi dividida em 24 faixas no sentido dos meridianos por estar o dia dividido em 24 horas, e elas se denominaram fusos horários. Cada fuso horário corresponde a 15o da superfície terrestre. Porém, por razões político-administrativas, a linha do fuso horário não é uma “reta”. Assim, em cada uma das 24 faixas situadas entre os meridianos da Terra, a hora, por convenção, é a mesma. Conforme se passa de um fuso a outro, deve-se aumentar (a leste ou oriente) ou diminuir (a oeste ou ocidente) uma hora no relógio. Devido ao desenvolvimento no setor de transportes, acarretando o aumento da velocidade e a diminuição do tempo que se levava para se deslocar de um ponto a outro, tornou-se necessário estabelecer um sistema universal de determinação da hora legal. Na Conferência de Roma (Itália), em 1883, optou-se por dividir a circunferência da Terra (360°) em 24 fusos horários de 15°. Toda a região situada dentro de um fuso passou a ter uma única hora. No ano seguinte, na Conferência de Washington (EUA), 27 nações adotaram o meridiano de Greenwich como ponto zero, já que a maior parte das cartas geográficas da época, que eram inglesas, usava esse meridiano. No decorrer do tempo, outros países aderiram a essa divisão.
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Com base na sua localização e nas suas particularidades, cada nação institui uma (ou mais) hora legal, que nem sempre corresponde exatamente ao fuso em que está situado. Se o país for muito vasto, no sentido leste-oeste, há mais de uma hora legal. A Federação Russa, por exemplo, possui doze horas diferentes, o Canadá tem oito, os EUA, seis, e o Brasil, quatro.
A Terra e as maneiras de ser representada A forma esférica da Terra torna difícil representá-la por outra maneira que não seja o globo. O globo terrestre é pois uma representação em miniatura do nosso planeta. Além do contorno dos continentes, oceanos, mares e ilhas, aparecem os traçados dos principais rios, lagos e montanhas. São as representações físicas da Terra. A divisão política dos continentes em países e capitais, além das cidades importantes, faz parte das representações políticas. Nos globos encontramos também a representação das coordenadas terrestres que são os círculos máximos, como o equador, os meridianos e os paralelos. Essa maneira de representar o globo terrestre, copiando sua forma em miniatura, apresenta algumas dificuldades para o seu manuseio e principalmente impede que muitos detalhes da superfície dos continentes, e mesmo do seu contorno, sejam representados. Utilizam-se outras formas de representar a Terra. Em vez de representar todo o conjunto terrestre, representa-se, de cada vez, uma parcela que pode ser um país, um continente ou uma região qualquer. O que originalmente está numa superfície arredondada (superfície da Terra) é representado numa superfície plana. Utilizamos então uma projeção, que permite representar num plano o que está numa área curva. Essa transferência provoca, como é natural, algumas deformações, e por isso existem numerosos tipos de projeções cartográficas que procuram corrigir as deformações. 54
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Assim, são construídos as cartas e os mapas, seguindo um tipo de projeção. Numa folha de papel, de dimensões que podem variar, são desenhados símbolos e sinais que, convencionalmente, representam aspectos físicos, políticos, humanos e geodésicos, existentes na superfície do globo terrestre. A coleção desses sinais ou símbolos de representação é denominada convenções cartográficas. Para que um mapa ou carta possa ser lido com precisão deve-se ter uma idéia da relação que existe entre ela e as dimensões da área que está representando. Essa relação chama-se escala e nos dá uma idéia de proporção entre a carta e o tamanho da região representada. Para confeccionar um mapa na Antigüidade eram tomadas medidas das distâncias entre vários pontos conhecidos e anotados em folhas, com esboços muito simples. Nos fins da Idade Média, quando a Cartografia desenvolveu-se e passaram a ser utilizadas as coordenadas geográficas, os mapas foram melhorados com o aparecimento dos portulanos e aperfeiçoados com as cartas de navegar. Com a invenção de alguns instrumentos óticos, como o teodolito, e de aparelhos de medição de altitude, como o altímetro, o levantamento cartográfico, ou seja, a busca de dados e informações para confeccionar um mapa, passou a ser feito por um processo conhecido por triangulação. A triangulação é a aplicação de conhecimentos de geometria na elaboração de mapas. Determinando-se a distância entre dois pontos, pode-se ligá-los a um terceiro, mais distante, e, por intermédio de cálculos, determinar a área e as distâncias desses três pontos. Assim, sucessivamente, toda superfície será medida e anotada pela soma dos triângulos determinados. Na atualidade, com o emprego da aerofotogrametria, é possível fotografar-se a superfície da Terra, ao longo de faixas de vôo. Essas fotografias tiradas em seqüência são posteriormente montadas em um mosaico e, depois de reduzidas, permitem, por intermédio de um aparelho chamado restituidor, a confecção de mapas de elevada precisão.
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ESCALA 0
4753 km
Planisfério de Mercator Fonte: Mega Pesquisa, São Paulo, Rideel, 2001.
Os mapas são importantes em todas as atividades modernas do homem. Outrora seu emprego destinava-se aos navegadores e exploradores com fins geralmente militares ou de conquistas. Atualmente a confecção de mapas é básica para o desenvolvimento de programas de planejamento e administração na política, na economia, na agronomia, na segurança nacional. É fundamental para o conhecimento geográfico de um país ou região. Conforme a destinação, os mapas podem ser geológicos, geográficos, geomorfológicos, meteorológicos, pedológicos (solos), rodoviários, de navegação ou marítima etc. As projeções cartográficas podem ser de três tipos: conformes, equivalentes e eqüidistantes. ◆ Projeções conformes Mantêm os ângulos da natureza, ou seja, a forma exata dos continentes. Nesse tipo destaca-se a projeção cilíndrica de Mercator, feita pelo geógrafo holandês Gerhard Kremer, mais conhecido por Mercator. Foi elaborada em 1569, época da expansão marítima européia. 56
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◆ Projeções equivalentes Preservam a proporcionalidade de áreas e distâncias. Uma das mais recentes é a projeção cilíndrica do historiador alemão Arno Peters, criada em 1952. ◆ Projeções eqüidistantes São aquelas nas quais as distâncias estão em escala verdadeira.
Questões de vestibular 1) (Puc-RS) Se os relógios dos habitantes de uma cidade localizada a 26° Oeste de Greenwich estiverem marcando 13 horas, que hora solar ou verdadeira será? a) 13 horas. b) 13 horas e 16 minutos. c) 12 horas. d) 12 horas e 4 minutos. e) 12 horas e 44 minutos. Projeção de Peters Antártida
2) (Fatec–SP) Com relação ao mapa ao lado: Oceania América do Sul a) o erro está no fato dele ser África apresentado de modo invertiÁsia América do, pois a Antártida está codo Norte Europa locada ao norte, e a Europa e Ásia, ao sul da Terra, fato que invalida a Projeção de Peters. b) nenhum dado está correto, pois, com a Projeção de Peters, a Europa aparece proporcionalmente menor do que realmente é em relação aos demais continentes. c) a forma do traçado dos continentes está mantida, mas o erro está no fato do mapa ser apresentado de modo invertido, resultado da Projeção de Peters. d) a proporção entre as áreas dos continentes corresponde à da realidade, apesar de comprometer as suas formas, resultado da Projeção de Peters.
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e) todos os dados são fiéis à realidade: a proporção entre as áreas, as formas dos continentes e as distâncias entre todos os pontos da superfície terrestre. 3) (UFES) “Olhar os mapas pode ser esclarecedor. Olhar para eles de ângulos novos pode ser ainda mais esclarecedor.” (The Economist, 14.1.95. Apud Magnoli, 1993.) Considerando a afirmação anterior, analise o emblema oficial da ONU, que utiliza um mapa com projeção azimutal eqüidistante, e indique a alternativa que explica a representação do mundo expressa no emblema. a) a centralização do Pólo Sul reunindo os continentes em torno dele. b) a Eurásia no centro, com os outros continentes em torno dela. c) o Pólo Norte ao centro e as terras do Hemisfério Sul ao longe, distorcidas. d) os continentes reunidos, simbolizando a Pangéia. e) um aglomerado aleatório dos continentes, a partir da centralização da América. 4) (UFCE) Sobre questões cartográficas é CORRETO afirmar que: a) o sistema de coordenadas geográficas se estabelece através da rede de paralelos e meridianos que constituem, respectivamente, longitudes e latitudes. b) os mapas unitemáticos tendem a reproduzir todas as características do espaço geográfico cartografado. c) os mapas pedológicos, geológicos e de isoietas tratam, respectivamente, de solos, relevos e condições térmicas. d) o maior ou menor detalhamento sobre a superfície a ser cartografada depende da escala a ser adotada no mapeamento.
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5) (UnB) A latitude e a longitude são as grandes referências de posicionamento sobre a superfície da Terra. Com relação à natureza e ao uso das coordenadas geográficas, julgue os itens que se seguem (Certo ou Errado): ( ) compreende-se por latitude o ângulo medido entre um ponto na superfície terrestre e a linha do Equador. ( ) a região intertropical está estabelecida a partir de meridianos. ( ) os meridianos auxiliam na contagem do tempo no planeta.
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Capítulo 4 A atmosfera e os fatores climáticos A atmosfera e suas partes A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra e a acompanha em seus movimentos. Sua espessura é variável mas, em média, pode-se considerá-la como sendo de 1 mil km de altura. É constituída por uma mistura de gases comumente chamados de ar), no qual vivemos e nos deslocamos. Ela é de importância vital para os seres humanos, animais e plantas. Sua ausência ou contaminação excessiva provocariam a extinção da vida terrestre. O ar é ainda responsável pela combustão, pelo equilíbrio e pela permanência da temperatura ideal para a vida humana, pela transmissão sonora e por outros efeitos. Sua composição varia com a altitude, pois os vários gases que entram em sua formação têm pesos diferentes. Essa diferença faz com que encontremos na atmosfera três camadas: troposfera, estratosfera e ionosfera.
Troposfera Nome dado à camada inferior, justamente a que está em contato com as terras e as águas; é a mais pesada e recebe diretamente a irradiação do calor que se desprende da Terra. Sua espessura varia entre 12 km e 18 km, e o azoto (ou nitrogênio) predomina entre os gases, com 78% da sua composição. Além do oxigênio, com 21%, e dos gases raros, com 0,9%, essa camada está impregnada no anidrido carbônico, vapor d’água, resíduos vulcânicos e poeira em suspensão. Essa poeira, em contato com o solo, muitas vezes oriunda das atividades urbanas e industriais, pode atingir, em determinados locais, proporções elevadas, contaminando o ar atmosférico, tornando-se prejudicial às pessoas, aos animais e às plantas. É o que chamamos de 60
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poluição atmosférica. Em muitas cidades como São Paulo (Brasil), Tóquio (Japão), Nova York (EUA) e Cidade do México, já foram registrados elevados índices de poluição atmosférica.
Estratosfera Nessa camada ocorre curioso fenômeno com a temperatura: percebe-se um progressivo aumento, com registros de até 50 oC, entre 30 e 55 km de altura; tal aquecimento é causado pela absorção de raios solares ultravioletas pela camada estratosférica de ozone. Como o ozone absorve a maior parte dos raios solares ultravioleta, essa radiação letal não atinge a superfície, onde poderia afetar perigosamente a saúde. A temperatura decai novamente nas camadas mais elevadas da estratosfera, situadas um pouco abaixo de 80 km de altitude.
Ionosfera É a camada que se desenvolve a partir do limite de 80 km de altitude prolongando-se em média até cerca de 1 mil km. Aí os gases se tornam extremamente rarefeitos e persistem os mais leves. Predomina o hidrogênio, sendo que as partículas gasosas estão carregadas de uma carga elétrica (íon), origem do nome dessa camada.
Conhecendo a atmosfera Os primeiros elementos para se conhecer a atmosfera são:
Amplitude térmica É a diferença entre a máxima temperatura e a mínima temperatura num espaço de tempo, que pode ser de um dia (amplitude térmica diária), do mês (amplitude térmica mensal) ou de um ano (amplitude térmica anual). Nos climas tropicais é grande a amplitude térmica, pois durante o dia a temperatura pode atingir, por exemplo, 32 oC e de noite cair para 18 oC, o que corresponde a uma amplitude térmica diária de 14 oC.
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Anemômetro É um aparelho usado para medir a força e a velocidade do vento. Um eixo vertical suporta dois outros eixos horizontais, cruzados. Estes possuem em suas quatro extremidades quatro conchas metálicas que são acionadas pelos ventos. A rotação em torno do eixo vertical faz com que um registro, em forma de quadrante de relógio, assinale as medidas de força e velocidade do vento. Os ventos podem ser assim classificados quanto à velocidade:
Ventos ..................................... Velocidade moderados ....................................... 2 m/s fracos ............................................. 10 m/s fortes .............................................. 20 m/s tempestade .................................... 30 m/s furacões ......................................... 40 m/s
Pressão atmosférica É a força exercida em todas as direções sob efeito do peso do ar. Como resultado dos movimentos complexos e constantes do ar, das variações de temperatura e do seu teor de vapor d’água, o peso do ar, num determinado ponto, varia constantemente. Essas variações da pressão, constituem por si, um importante aspecto do tempo pela sua significação em relação à mudança das condições meteorológicas. Sendo uma força, a pressão atmosférica pode ser medida por intermédio de um instrumento chamado barômetro. 62
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Umidade atmosférica É a quantidade de vapor d’água contida na atmosfera, proveniente da evaporação das superfícies líquidas, da água existente no solo, da respiração das plantas etc. A quantidade de umidade que pode existir na atmosfera é variável e depende da temperatura do ar. Assim num metro cúbico de ar que esteja a 0o de temperatura são suficientes 4 gramas de vapor d’água para completa saturação. Na temperatura de 30 oC são necessários 31 gramas para atingir a saturação. No momento em que a saturação é atingida, isto é, quando o ar passa a conter o máximo de umidade que pode suportar, pode-se perceber a formação de inúmeras gotículas que permanecem suspensas no ar, formando, ao nível do solo, bruma ou cerração, e em níveis mais elevados as nuvens. É conhecida também como “umidade relativa do ar”. Há vários modos de medir a umidade do ar. A umidade absoluta é a verdadeira massa de vapor d’água contida num metro cúbico de ar. A medida é dada pelo peso em gramas. Podemos dizer que, num determinado momento, o ar contém 20 gramas de vapor d’água por metro cúbico. Isso significa que a unidade absoluta do ar é de 20 gramas. Podemos determinar também a umidade específica que é a relação entre o peso do vapor d’água e o peso do ar. Outra medida muito importante sobre a umidade, é a umidade relativa. Ela nos informa quanta umidade está faltando para que o ponto de saturação seja atingido. A umidade relativa é a razão entre a quantidade de vapor d’água presente no ar e a quantidade necessária para a saturação do ar sob condições constantes de temperatura e pressão. Exemplificando: estando o ar atmosférico a 17 o C de temperatura, a umidade absoluta a 10 gramas, e sabendo-se que a 17 o C o máximo de vapor que poderá conter será de 15 gramas por metro cúbico, temos o seguinte: Temperatura: 17 o C Umidade absoluta: 10 g Máximo de umidade à 17 o C = 15 g p/m3
➔ Umidade relativa: 66% ou 2/3
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Escalas termométricas Os termômetros, além de serem constituídos de materiais diferentes, podem variar também de acordo com os critérios de fabricação decorrentes de seus inventores. Assim o ponto de ebulição da água ocorre nos termômetros inventados por Celsius a 100o e nos termômetros inventados por Fahrenheit em 212o. Verifica-se, portanto, uma diferença de valores de um para outro. Dizemos então que os termômetros possuem escalas diferentes e facilmente poderemos encontrar a equivalência entre um e outro. Termômetro de Fahrenheit: mede a temperatura em graus Fahrenheit e foi inventado por um cientista alemão, Daniel Fahrenheit. A temperatura que representa a fusão do gelo é considerada como 32o e a da ebulição da água como 212o. É utilizado com maior freqüência nos países de língua inglesa. Usa-se a letra F como abreviatura de sua escala, nos termômetros. Termômetro de Celsius ou centígrado: foi inventado pelo astrônomo sueco Anders Celsius, em 1742. Tomou para o começo de sua escala o valor 0o correspondente ao ponto de congelamento da água e 100o para o ponto de ebulição. O espaço entre esses valores é dividido em 100 partes, e daí ser uma escala centígrada. Sua escala é representada pela letra C. Em ambas escalas usa-se o sinal negativo (–), antecedendo a cifra das temperaturas abaixo do ponto de congelamento da água. Para determinarmos a correspondência de valores de uma escala para outra são usadas fórmulas: ◆ para conversão de graus Fahrenheit em centígrados: (F – 32o) x 5 F ➔ C = —————— 9 ◆ para conversão de graus centígrados em Fahrenheit: (C + 32o) x 9 C ➔ F = ——————— 5 64
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Questões de vestibular 1) (Unirio) Para entendermos os tipos climáticos e as variações de tempo, é importante o conhecimento a respeito do mecanismo atmosférico. Assinale a opção que contém um dos aspectos da dinâmica atmosférica. a) a região do Equador recebe os raios solares com maior intensidade; logo apresenta alta temperatura e alta pressão atmosférica. b) em maiores altitudes ocorre uma queda na temperatura, o que explica as baixas temperaturas da estratosfera. c) as partes da atmosfera mais próximas da litosfera e da hidrosfera possuem temperaturas diferenciadas. d) o movimento ascensional do ar é provocado pelas baixas temperaturas, sendo comum nas regiões polares. e) as zonas de alta pressão são aquelas que proporcionam melhores condições para a formação de nuvens e, portanto, para a presença de chuvas. 2) (UFPE) A atmosfera vem a ser a camada gasosa que envolve a Terra, acompanhando-a em todos os seus movimentos. Em relação à atmosfera, podemos afirmar (assinale “F” ou “V”): ( ) em face de sua imensa espessura costuma-se dividir a atmosfera em camadas superpostas, entre as quais as que mais interessam ao es tudo do clima são a TROPOSFERA e a ESTRATOSFERA. ( ) é na MESOSFERA que encontramos o gás ozônio, responsável pela filtragem da radiação ultravioleta proveniente do Sol. ( ) o gás mais encontrado na atmosfera é o oxigênio (78,07%), seguido do nitrogênio (20,95%) e do argônio (0,03%). ( ) a camada atmosférica mais baixa, em contato direto com a superfície terrestre é a TROPOSFERA, onde a quase totalidade dos fenômenos meteorológicos se originam e evoluem. ( ) o ar atmosférico tem elasticidade, ou seja, aumenta e diminui de volume e peso devido às diferenças de temperatura, dando origem às diferenças de pressão.
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3) I. II. III. IV. V.
a) b) c) d) d)
(UEL-PR) Considere as seguintes afirmativas: A temperatura aumenta dos pólos em direção ao Equador. A temperatura diminui à medida que a altitude aumenta. A temperatura do litoral é regularizada pela proximidade das águas oceânicas. A temperatura do litoral é sempre mais alta que a do interior. Cidades localizadas em latitudes diferentes nunca apresentam temperaturas semelhantes. São corretas APENAS as afirmativas: I, II e III I, III e IV II, III e V II, IV e V III, IV e V
4) (UFSC) A atmosfera é a camada de ar que envolve o nosso planeta. Considerando essa camada importante, assinale a proposição que esteja CORRETA: 01. As partículas que compõem a atmosfera não se distribuem de forma homogênea nos diversos ambientes da superfície terrestre. 02. A atmosfera é composta de vários gases cujas proporções não variam em função da altitude. 04. A estratosfera é a camada em que ocorre a maior parte dos fenômenos meteorológicos, como as chuvas e os ventos. 08. A troposfera, primeira camada da atmosfera, apresenta ar bastante rarefeito e temperatura estável. 16. A maior quantidade de ozônio é encontrada na troposfera, e ele é importante porque reflete as ondas de rádio. 5) (UFBA) Com base no gráfico a seguir e nos conhecimentos sobre as camadas da atmosfera terrestre, é possível concluir: 01) I corresponde à tropopausa, camada que envolve diretamente a Terra e é responsável pelos fenômenos meteorológicos. 02) II corresponde à estratosfera, camada em que ocorre o fenômeno da 66
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inversão térmica e que é caracterizada pelo aumento da temperatura, em relação à camada inferior. 04) III corresponde à mesosfera, área onde a temperatura diminui, à medida que a altitude aumenta. 08) IV corresponde à estratopausa e caracteriza-se pela presença de ozônio e pelo aumento da temperatura, em relação à camada inferior. 16) V corresponde à ionosfera, parte externa da atmosfera, na qual as moléculas de gás se tornam ionizadas e têm a propriedade de refletir as ondas curtas de rádio. Soma = ( )
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Capítulo 5 Oceanos, mares e rios O globo terrestre possui uma extensa camada líquida que também é chamada de hidrosfera. Ademais, a água se encontra na atmosfera sob a forma de vapor d’água, condensada ou em forma de cristais de gelo. Na litosfera, a água se infiltra, formando as águas subterrâneas, ou flui, formando as águas superficiais (rios e lagos). Importante lembrar o papel da água nos mecanismos Planeta Terra visto da Apolo 17, a climáticos e nos processos erocaminho da Lua, em dezembro de 1972 sivos. A sua presença ou ausência condiciona a existência ou inexistência da fauna e da flora pela nossa superfície terrestre. O consumo de água potável tem crescido consideravelmente nas últimas décadas, quer devido ao crescente aumento populacional, quer devido ao processo industrial-urbano. Embora seja um recurso natural renovável, sua disponibilidade está cada vez mais dependente da própria atividade humana. A relação entre sua procura e sua oferta tende a se agravar, pois a demanda cresce muito rapidamente. Deve dobrar a cada vinte anos, mantidas as tendências atuais. A água abrange três quartas partes do total da superfície do globo terrestre, sendo o restante ocupado pelas terras emersas. Assim, corretamente o nosso planeta deveria se chamar “água”. Intercalada entre os continentes, a grande massa líquida dividese em distintas porções (oceanos, mares, lagos etc), com algumas características próprias, como, por exemplo, a temperatura 68
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O planeta Água
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que varia de um oceano para outro. Cada uma dessas partes recebeu uma denominação própria: oceano Índico, oceano Atlântico, Oceano Pacífico. Muitos cientistas consideram o oceano Glacial Ártico um mar, formado pelo oceano Atlântico. nd
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Mapa com correntes marítimas e oceanos: Índico, Atlântico e Pacífico
Os limites de cada oceano correspondem aproximadamente ao contorno das terras que os circundam. Cada oceano possui trechos em que a delimitação é precisa, nítida, mas em alguns lugares as águas se encontram e não há uma referência exata da passagem de um para outro. Por sua conformação, podem as águas oceânicas apresentarem trechos encravados no interior dos continentes ou apertados entre terras e ilhas, de tal maneira destacados, que recebem a denominação de mares. Como exemplo temos a porção do oceano Atlântico que se coloca entre a América do Norte, a Central e a do Sul, repletas de ilhas, e que se denomina mar das Antilhas ou mar Caribe. Os oceanos possuem principalmente nas suas bordas diversos trechos apertados entre ilhas e continente, em tal extensão, que também são denominados mares: é o caso do mar ou canal da Mancha, no oceano Atlântico, entre a Inglaterra e a França.
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São chamados de mares costeiros os mares localizados nas costas dos continentes, ou que ficam muito próximos das costas. Ocorre também que no interior dos continentes grandes porções de água, salgada ou não, podem ser chamadas de mar, como, por exemplo, o mar Negro. Esses tipos de mares são chamados de mares “continentais”, em virtude de estarem contidos no interior de um continente, observando-se uma pequena saída para o oceano. Há muitos mares que, na verdade, são mares, como o Cáspio, o Aral.
As águas do mar As águas do mar podem ser estudadas de acordo com as diferentes características físicas, químicas ou biológicas que apresentam. Entre as características físicas há a densidade, a temperatura, os movimentos e a coloração ou cor, que também podem ser atribuídas às características biológicas ou químicas. Entre as características químicas destacam-se a composição da água do mar e os sedimentos que estão em suspensão. Do ponto de vista biológico, interessam os microorganismos animais e vegetais, conhecidos como plânctons, indiretamente responsáveis pela vida animal nos mares.
As bacias oceânicas Os compartimentos da superfície da Terra que contêm os oceanos e mares são denominados bacias oceânicas e apresentam alguma correlação com a estrutura rochosa dos continentes. Uma parte da Oceanografia, a Oceanografia Física, ocupa-se em estudar os movimentos do mar, a natureza dos fundos oceânicos, as formações dos litorais, o relevo submarino, os depósitos marinhos, utilizando-se especialmente de sondagens submarinas.
A água no subsolo Uma parte considerável da água que cai durante a chuva infiltrase pelo solo adentro e permanece retida pelas camadas imper70
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meáveis, ou embebida em rochas porosas. São as águas subterrâneas, que, pela profundidade que atingem, podem ser de dois tipos: os lençóis freáticos, quando em pequena profundidade e que alimentam principalmente a água existente nos poços caseiros, e os lençóis profundos ou artesianos utilizados pelas indústrias ou para o abastecimento de água para as cidades. Tanto a água de origem freática como a artesiana podem aflorar livremente na superfície do solo quando as ondulações do relevo permitem. No fundo dos vales, nas encostas de montanhas, nas escarpas ou nos flancos de um morro, a água pode aflorar sob a forma de uma nascente, vertente, olho-d’água, bica ou manancial e dar origem a um pequeno curso d’água, um córrego, ribeirão, um riacho ou uma sanga (pequeno regato que seca facilmente em época de estiagem).
A formação, divisão e características dos rios A reunião das águas desses minúsculos cursos vai formar, progressivamente, rios cada vez maiores e que, finalmente, reunidos num só, acabam desembocando no oceano. Além da água das fontes que lhes deu origem, os rios recebem as águas que caem durante as chuvas e que, em vez de se infiltrarem, escoam para o seu leito. Por essa razão, na época das chuvas, os rios aumentam de volume e têm suas águas de cor barrenta. Existem rios que têm suas nascentes alimentadas pela água do derretimento das neves e gelo acumulados durante o inverno. É o que ocorre nas regiões de climas temperados ou frios. Assim sendo, podemos dividir os rios em dois tipos quanto ao seu regime, ou seja, a origem de suas águas: os de regime pluvial, com águas provenientes das chuvas, e os de regime nival, com águas provenientes das neves. Pode ocorrer que um rio, por ter afluentes procedentes de várias regiões, seja alimentado pelos dois regimes. Nesse caso terá um regime misto. O rio Amazonas nasce das águas nivais, nos Andes, embora receba uma enorme quantidade de águas pluviais.
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Num mecanismo de escoamento superficial — um rio e seus afluentes — podemos anotar uma nomenclatura que designa suas partes ou componentes principais. Assim temos: ◆ Nascentes ou cabeceiras: local ou locais onde estão situados os mananciais que dão origem aos rios. ◆ Leito: canal ou calha por onde corre o rio. Nos rios brasileiros podemos distinguir um leito menor ou permanente, e um leito maior ou de inundação, que o rio ocupa durante as enchentes. São as suas várzeas. ◆ Tolvegue: corresponde a uma linha imaginária que une os pontos mais profundos de um rio ao longo do seu leito. É o que comumente se denomina canal. ◆ Margens: direita ou esquerda, dependendo do fluxo de suas águas. A posição de um observador deve ser sempre olhando para onde as águas se dirigem ou de costas para a sua nascente (ou origem). As margens podem ser baixas, formando as praias de rio, ou altas formando as barrancas. ◆ Foz ou embocadura: local onde o rio deságua. ◆ Afluente: os cursos d’água ou rios recebidos pelo rio maior. ◆ Montante: navegar ou seguir em direção às cabeceiras de um rio. ◆ Juzante: navegar ou seguir em direção à desembocadura. ◆ Débito ou descarga: a quantidade de água do rio que passa num determinado ponto, durante um determinado tempo. Mede-se em metros cúbicos por segundo. ◆ Bacia hidrográfica: o conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes. ◆ Curso de um rio: o caminho seguido por suas águas. Distingue-se: alto curso, na região das nascentes; médio curso, na porção intermediária; baixo curso, na desembocadura e suas proximidades. Expressões comuns: alto Amazonas, baixo Amazonas. 72
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◆ Vale fluvial: a porção transversal de uma bacia fluvial. Visto de perfil, um vale pode se apresentar de diversas maneiras: em garganta, quando o leito fluvial encontra-se profundamente encravado no relevo, resultando margens e encostas abruptas e elevadas; dissimétrico, quando as margens e as vertentes de um lado são diferentes do outro; vale normal, quando as margens e vertentes formam um perfil em V aberto; vale em calha, quando o perfil tem a forma de um U (vales de origem glacial).
Os tipos de foz Foz é a desembocadura fluvial marinha e o trecho do rio onde deságua no mar. As águas atingem o oceano de modo oblíquo, pois são desviadas pelas correntes litorâneas ou para um lado ou para outro. Podem ocorrer dois tipos diferentes de foz: quando a desembocadura se alarga consideravelmente, a força da correnteza fluvial é muito grande, não permitindo o acúmulo de sedimentos trazidos pelas águas, é a desembocadura em estuários; quando no momento da desembocadura o rio divide-se em vários canais estreitos por entre ilhas formados por sedimentos trazidos pelas águas e que tendem a aumentar, denominamos delta.
Os acidentes de um curso fluvial Os rios, ao longo do seu curso, são responsáveis por um trabalho tríplice: erosão, transporte e acumulação. As águas correndo fazem com que o material que estão transportando se atritem com o fundo do leito e com as margens, desgastando e encavando cada vez mais. O rio assim aprofunda o seu leito. Ao mesmo tempo, nas partes laterais, margens e vertentes dos vales, o intemperismo decompõe ou desgasta as rochas superficiais, de tal modo que as águas das chuvas, escorrendo sob a forma de enxurradas, levam o material decomposto para o leito fluvial, por onde é levado pelas águas. As vertentes laterais vão assim alargando-se lentamente, num trabalho denominado mo-
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delador das vertentes. Os detritos transportados pelo rio vão sendo levados, em suspensão ou rolando pelo fundo, sob a forma de seixos, areias ou argila em suspensão. Num determinado trecho, menos inclinado, quando a correnteza diminui, os sedimentos, não podendo mais ser transportados, porque, com a diminuição da correnteza, a força do rio diminui, depositam-se, acumulando grandes quantidades de areia ou argila. Conforme a região do seu curso, esses trabalhos podem ser mais intensos ou podem estar combinados. Nos altos cursos, onde os rios são mais encachoeirados e a velocidade das águas é maior, predomina a ação erosiva. Nos médios cursos, a erosão é menos intensa e a quantidade de sedimentos é maior: é o predomínio da fase de transporte. Nas proximidades das desembocaduras, quando os rios correm no seu baixo curso, com a diminuição da velocidade, predomina o trabalho de sedimentação. Nesses trechos, as águas têm dificuldades de escoar e são comuns o aparecimento de meandros, curvas bem arredondadas descritas pelo curso d’água. As águas, obrigadas a percorrer essas curvas, provocam um revolvimento dos sedimentos depositados, arrancando sedimentos das margens côncavas e depositando nas margens convexas e no próprio leito do rio. Com o tempo, o curso meândrico se modifica, por isso são chamados de meandros divagantes. Ao longo desse tipo de curso formam-se ilhas e lagos marginais, em forma alongada, que correspondem aos meandros que foram abandonados. No Brasil, o rio Paraíba do Sul apresenMeandros de um rio, com suas matas ta numerosos exemplos de ciliares meandros divagantes. 74
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Questões de vestibular 1) (Unesp) Um rio escava seu leito e aprofunda seu vale ao longo do tempo. Assinale a alternativa que contém fatores responsáveis pela maior intensidade deste trabalho: a) vazão elevada, pequena velocidade da água escoada e transporte de poucos sedimentos. b) baixa pluviosidade, baixa declividade do terreno e pequena velocidade da água escoada. c) vazão elevada, alta velocidade da água escoada e transporte de grande quantidade de sedimentos. d) baixa declividade do terreno, alta velocidade da água escoada e transporte de grande quantidade de sedimentos. e) vazão elevada, baixa declividade do terreno e baixa pluviosidade. 2) (UFRS) A figura ao lado representa uma bacia hidrográfica qualquer. C B Com base na figura são feitas as D Pontos seguintes afirmações: Cursos I. A área hachurada da bacia hidrofluviais A gráfica corresponde ao interflúvio da mesma. II. Os cursos fluviais onde estão localizados os pontos A e D são tributários do curso principal da bacia hidrográfica. III. O curso fluvial onde está situado o ponto B corresponde ao curso principal da bacia hidrográfica. IV. Os pontos C e E correspondem, respectivamente, ao exutório e a uma das nascentes do curso principal da bacia hidrográfica. Quais estão corretas? a) apenas I e II. b) apenas I e III. c) apenas II e III. d) apenas II e IV. e) apenas III e IV.
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3) (UFPE) Observe a figura e analise as proposições e respon2 1 da “F” (Falso) ou “V” (Verdadeiro): ( ) os vales fluviais, representados pelas ilustrações 1, 2, 3 e 4, re4 3 sultam do trabalho combinado da erosão e da acumulação de águas correntes. ( ) os vales em calha (3) originam-se quando o trabalho de erosão predomina sobre o de acumulação. ( ) em largo trecho do seu curso, o rio Colorado (Estados Unidos) construiu os famosos vales em garganta (1), onde o trabalho de acumulação predomina sobre o de erosão. ( ) os vales assimétricos (4) caracterizam-se pela desigualdade entre os declives de suas vertentes. ( ) o vale normal (2) indica uma relação equilibrada entre o entalhamento e o alargamento, sendo esculpido em material heterogêneo a apresentando vertentes dessimétricas. 4) (Puc-SP) A água é um recurso natural essencial para a vida. Estimase que, se toda a população mundial tivesse acesso à água limpa e potável, seriam salvas cerca de 4,6 milhões de crianças por ano que morrem de enfermidades diarréicas. Considerando o uso da água no planeta, assinale a alternativa INCORRETA: a) a dimensão das cidades e o tamanho da população não aumentaram as dificuldades do abastecimento de água. As tecnologias disponíveis de perfuração de poços a grandes profundidades permitiram a superação de quaisquer problemas, inclusive o de contaminação. b) a demanda de água para a indústria tem várias finalidades, entre as quais a de refrigeração de seus equipamentos. A água utilizada pode retornar à natureza, mas, se a devolução ocorrer com temperaturas muito elevadas, pode devastar a vida nos cursos d’água. c) os processos de tratamento de água têm custos muito altos, significando, para muitos povos, água perdida e ecossistemas comprometi76
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dos. Esse fato demonstra que não se pode afirmar que a água é um recurso que se renova naturalmente, pelo menos a curto prazo. d) a agricultura demanda grande quantidade de água. Quanto mais o ser humano precisa utilizar solos menos favoráveis para o cultivo, em função da perda por erosão ou desertificação, mais água terá que ser transportada para a irrigação, encarecendo a produção de alimentos. e) a remoção de matas ciliares e a ocupação das áreas de mananciais — em especial nas grandes cidades — comprometem o regime hídrico dos rios e prejudicam a estocagem e o tratamento das águas. 5) (UECE) Sobre o ciclo hidrológico ou ciclo da água, é correto afirmar que: a) o vapor d’água na atmosfera é oriundo da evaporação e da evapotranspiração, podendo cair sob a forma de chuvas. b) a infiltração da água precipitada é maior nas rochas pouco porosas e impermeáveis. c) a biosfera não tem relação com o movimento das águas do ciclo. d) as águas que atingem os lençóis subterrâneos não integram o movimento do ciclo hidrológico. 6) (Faap) Para as questões a seguir use o código: a) desde que apenas estejam corretas 1 e 2 b) desde que apenas estejam corretas 2 e 3 c) desde que apenas estejam corretas 1 e 3 d) desde que todas estejam corretas e) desde que todas estejam erradas 1. Uma das principais características do curso inferior de um rio é a excessiva velocidade das águas. 2. O curso inferior de um rio corresponde à região mais próxima a sua desembocadura. 3. À medida que um rio se aproxima da foz, a declividade do terreno diminui, e isto reduz a capacidade de transporte de sedimentos que passarão a ser acumulados. 7) (UFRS) Com relação ao ciclo hidrológico e seus efeitos sobre a poluição das águas, são feitas as seguintes afirmações:
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I.
II.
III.
a) b) c) d) e)
A mais importante entrada para o ciclo hidrológico são as precipitações, e as mais importantes saídas são a evaporação e a transpiração. O desmatamento favorece a erosão do solo e o assoreamento dos cursos fluviais, embora não influencie na ocorrência de enchentes, nem de estiagens mais prolongadas. Os agrotóxicos utilizados nas lavouras escoam por ação da chuva e penetram nos lençóis freáticos, poluindo os rios. Quais são corretas? apenas I. apenas II. apenas I e III. apenas II e III. I, II e III.
8) (Puc-MG) Responda esta questão 1 1 com base na figura ao lado: 2 2 A seqüência CORRETA de 1 a 6 é: 3 a) várzea - vertente - vale - talvegue 3 5 leito - interflúvio b) vertente - vale - leito - interflúvio PERFIL TRANSVERSAL DE UM VALE FLUVIAL várzea - talvegue c) vale - várzea - talvegue - leito - interflúvio - vertente d) interflúvio - vertente - várzea - leito - talvegue - vale e) vale - várzea - vertente - talvegue - leito - interflúvio 9) a) b) c) d)
(UFPB) Sobre o ciclo hidrológico, é certo afirmar que: as fases que compõem o ciclo hidrológico ocorrem simultaneamente. a evapotranspiração é o mesmo que evaporação das águas continentais. o processo de intercepção contribui para fortalecer a erosão pluvial. a infiltração e o escoamento superficial independem da permeabilidade do solo. e) a precipitação é um fenômeno que ocorre somente com a água em estado líquido. 78
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Capítulo 6 As grandes paisagens climato botânicas da Terra Os tipos de clima Os climas existentes nas diversas regiões da Terra são muito variados e apresentam muitas modificações locais. Eles são, por sua vez, os responsáveis pelos diferentes tipos de solos, pelo regime dos rios e, principalmente, pela cobertura vegetal do globo. A totalidade dos mais variados climas do globo terrestre podem ser agrupados em seis grandes padrões climáticos ou famílias de climas. Por se desenvolverem em faixas, a partir do equador para os pólos, podemos considerá-los como faixas climáticas. Genericamente, podemos constatar a existência de três grandes zonas climáticas:
Climas tropicais da zona quente e úmida Com temperaturas elevadas e regulares (média mensal superior a 18 oC, e pluviosidade sempre superior a 500 mm/ano). As regiões equatoriais apresentam elevadas precipitações ao longo de todo o ano, porém na medida em que se afasta do Equador, apresenta-se uma estação seca, com diminuição das chuvas, o que provoca um aumento da amplitude térmica (diferença das temperaturas médias entre o mês mais quente e o mais frio). As estações são basicamente duas: uma seca, outra úmida.
Climas polares ou frios As duas zonas polares se caracterizam pelo frio e pelo gelo. Mesmo no mês mais quente sua temperatura nunca ultrapassa 10 oC. Os invernos são longos e os verões, curtos. Nas áreas oceânicas, o clima é certamente mais úmido e a amplitude térmica, mais moderada. Já nas áreas continentais, os invernos são
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rigorosos (temperaturas de até –70 oC), ocorrendo enormes precipitações de neve. É o clima da Antártida, da Groenlândia, do Canadá, da Sibéria etc.
Zonas
intermediárias
www.centralx.com/cores
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Apresentam maior diversidade. Há as regiões desérticas onde o clima é árido (ausência ou escassez de chuva). Esse clima ocorre na área tropical e em algumas áreas subtropicais. Onde ocorre as estações térmicas bem diferenciadas, com grande variação Fonte: Almanaque Abril, São Paulo, entre as estações, o clima é Abril, 1997. temperado. É o clima que predomina nas latitudes acima dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, na Europa, na América do Norte e no sul da América do Sul.
Região polar
Região temperada Região tropical
Podem ocorrer, eventualmente nessas grandes áreas, tipos climáticos menores, como o: ◆ Clima mediterrâneo: com verões secos, como ocorre obviamente na bacia mediterrânea (daí o nome), mas também na Califórnia e no Chile, em parte. A influência dos mares e dos oceanos é moderadora da temperatura. 80
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◆ Clima continental: ocorre no centro das regiões temperadas, o clima continental, em que a ação oceânica é praticamente ausente e, conseqüentemente, a amplitude térmica é extremamente ampla. Ele se torna tanto mais frio quanto maior a latitude, particularmente nas áreas mais próximas da zona polar. O Canadá e a Rússia têm, em boa parte, seu território submetido a esse tipo climático. ◆ Climas quentes ou tropicais: possuem duas estações por ano, uma seca e outra chuvosa, de duração variada. As temperaturas são elevadas atingindo médias anuais superiores a 20 0C. Ocorrem nas regiões inter-tropicais. As estações chuvosas são abundantes na maioria dos climas quentes. ◆ Climas de monções: são semelhantes aos climas quentes, pois possuem também duas estações anuais, uma seca e outra chuvosa. Quando sopram os ventos ou monções continentais (ventos do continente para o oceano), não há chuvas. Quando sopram as monções oceânicas (ventos do oceano para o continente), ocorrem abundantes chuvas. Essas duas estações são bem marcadas, e esses climas ocorrem nas terras banhadas pelo oceano Índico e no interior da Ásia. ◆ Climas desérticos: caracterizam-se pela ausência de chuvas ou por precipitações pluviométricas muito reduzidas. As temperaturas, entretanto, podem ser elevadas ou baixas. Ocorrem tanto no hemisfério norte como no sul, entre as latitudes de 20 e 30 graus. Os desertos do Saara, da Arábia, de Gobi, de Calaari, Atacama e outros estão nessa faixa. ◆ Climas temperados: apresentam quatro estações bem marcadas: primavera, verão, outono e inverno. As médias térmicas estão abaixo de 20 oC e as chuvas, embora não abundantes, são bem distribuídas ao longo do ano. É o clima que predomina nas latitudes acima dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, na Europa, na América do Norte e no sul da América do Sul.
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◆ Climas subtropicais: são climas de transição, colocados entre os climas quentes e os climas temperados. Quase não apresentam estação fria e as médias térmicas estão em torno de 20 0C.
A cada clima correspondem tipos específicos de cobertura vegetal natural. Ademais, todas as espécies vegetais necessitam de água, luz, calor, nutrientes e solo para a sua existência. O conjunto desses fatores determinam a distribuição das florestas pelo mundo. Nas faixas climáticas ocorrem paisagens vegetais típicas e podem ser, assim, associadas:
Florestas equatoriais e tropicais
Floresta tropical
Florestas boreais ou taiga Ocorrem nas extremidades das zonas temperadas setentrionais, nas latitudes acima de 50o até bem próximas do círculo polar. Vale coberto por coníferas em São constituídas de coníferas Oregon adaptadas aos solos gelados do rigoroso inverno setentrional, com suas folhas, em forma de agulha, que regulam a transpiração vegetal. 82
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Ocorrem nos climas quentes ou tropicais, com chuvas superiores a 2.000 mm anuais e estação seca e curta. É uma vegetação luxuriante, constituída de árvores muito altas, algumas alcançando mais de 60 m de altura. Divide-se em andares ou estratos, ou seja, os vários níveis de vegetação, mais ou menos densa, conforme a energia solar que as suas folhas recebem.
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Os tipos de floresta
temperadas
Localizam-se nas regiões de climas temperados e frios, com invernos não prolongados e estações bem definidas. São chamadas de florestas de coníferas, e, entre as espécies, há a faia, a bétula, os pinheiros, os castanheiros, o olmo, o carvalho, a nogueira, as seFloresta temperada quóias, os ciprestes etc. No inverno, quando a temperatura chega abaixo do ponto de congelamento, em geral as folhas caem para reduzir a perda d’água. São as áreas florestais praticamente em desaparecimento devido à destruição provocada pelo ser humano.
Savanas São formas vegetais de pouca altura, não excedendo três ou quatro metros, ocorrem nos climas quentes ou subtropicais, com poucas chuvas. Florescem e ficam viçosas na estação chuvosa e ficam secas na ausência das chuvas. Planície do Serengeti, África. As No Brasil, as savanas são resavanas acolhem rebanhos e animais, incluindo os selvagens e zebras presentadas pelos campos cerrados, pelas caatingas, no entanto sua área de maior ocorrência é na África.
Estepes São domínios vegetais onde predominam espécies herbáceas e baixas formando campos. Ocorrem nos climas temperados
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Florestas
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secos e nos subtropicais. São as pradarias norte-americanas, os pampas sul-americanos, as estepes européias e russas.
Tundra Vegetação que cresce nos Estepes no Cazaquistão. Na foto, nômades com suas tendas chamadas Yurts solos gelados dos climas frios durante o curto verão. São espécies rasteiras de liquens, algas e musgos. Ocorre nas extremidades setentrionais dos continentes e nas bordas da Antártida, onde a temperatura média do mês mais quente não ultrapassa os 10 oC. Pouquíssimas espécies conseguem viver nos climas desérticos. Como aquelas que, por sua capacidade de armazenar água e por possuírem raízes longas, formam grupos rasteiros. Nos oásis, pela presença da água, crescem algumas palmeiras, como a tamareira.
Carlos A. Schneeberger
Desertos
Oásis com tamareiras. Ao fundo pirâmides de Gizé
A distribuição das espécies vegetais pelo nosso planeta não é homogênea. Pode haver formações vegetais diferentes em uma mesma área climática. Encontramos a explicação na história do clima e da vegetação. Na Europa, as glaciações empurraram as espécies vegetais em direção ao sul. Mas muitas delas não se adaptaram ao clima mediterrâneo e praticamente desapareceram. Restam apenas algumas formações locais chamadas de “endêmicas”. 84
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Agência Estado
A biodiversidade natural
Campos do Jordão
Há uma outra espécie de difusão das plantas, que ocorre em escala mundial, causada pela ação das pessoas, seja por motivações econômicas, seja por interesses paisagísticos. O Brasil conheceu a introdução de muitas espécies, hoje associadas à sua paisagem. Podemos citar, entre os vegetais mais conhecidos e que foram trazidos, os carvalhos, os eucaliptos e os pinheiros alpinos.
Assim, ao mesmo tempo em que destrói florestas, o ser humano cria e recria outros ambientes. Cerca de 40% da reserva mundial de florestas tropicais e equatoriais localiza-se no Brasil, no Congo e na Indonésia. Mas a sua destruição gradual tem alterado o equilíbrio do ecossistema dessas regiões. Os interesses econômicos, como a extração de madeira, minérios, a construção de estradas, a implantação de projetos agropecuários e imobiliários, o estabelecimento e expansão de cidades, são os principais fatores das mudanças no meio ambiente. Para diminuir os custos do desmatamento no Brasil, a queimada é uma prática comum. Além de lançar na atmosfera enormes quantidades de dióxido de carbono, responsável pelo efeito estufa, a queimada torna o solo incapaz de absorver a matéria orgânica, o que o leva rapidamente à exaustão. As alterações climáticas se apresentam, com o aumento progressivo da erosão, a formação de desertos e o desaparecimento de muiA República Tcheca é um dos países mais tas espécies vegetais e poluídos do mundo. A poluição vem de suas próprias indústrias, e também de fábricas alemãs animais.
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A desertificação do solo
Questões de vestibular 1) (UFSM-RS) Numere a 2a coluna (influências) de acordo com a 1a (fatores do clima). 1. Latitude 2. Altitude 3. Maritimidade 4. Corrente marinha quente e fria 5. Relevo ( ) facilita ou dificulta a penetração das massas de ar para o interior dos continentes. ( ) origina clima quente e úmido ou mais frio e seco ao longo dos litorais, em diferentes latitudes. ( ) condiciona o comportamento das temperaturas médias, fazendoas decrescerem à medida que aumenta a distância do Equador. ( ) determina redução da temperatura devido à diminuição da densidade e umidade do ar, o que prejudica a absorção do calor irradiado pela superfície. A seqüência correta é: a) 2 - 4 - 1 - 3. b) 5 - 4 - 1 - 2. c) 1 - 3 - 2 - 5. d) 4 - 2 - 3 - 1. e) 3 - 5 - 4 - 2. 2) (Unirio) A respeito da dinâmica do quadro natural, leia as afirmativas a seguir: I. A existência de desertos pode estar associada a causas diferenciadas tais como: a influência dos centros de altas pressões subtropicais, a presença de um relevo montanhoso e a influência de correntes marítimas frias. II. Nas regiões de clima úmido aparecem formas suaves e arredondadas de relevo devido ao predomínio da decomposição química das 86
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III.
a) b) c) d) e)
rochas, enquanto nas regiões áridas desenvolvem-se formas abruptas como resultado da desagregação mecânica do material rochoso. A vegetação é elemento importante do sistema natural não só por diminuir os efeitos da erosão, mas também por interferir nas condições climáticas ao funcionar como fator regulador de regime de chuvas. Assinale a opção que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s): I e II. I, II e III. II e III. apenas a II. apenas a III.
3) (UFMG) As formações vegetais, em seus aspectos fisionômicos, estruturais e sazonais, mostram nítidas relações com o solo, o substrato geológico e o clima. Todas as seguintes afirmativas referentes a essas relações estão corretas, EXCETO: a) as extensas formações florestais de coníferas, embora as condições climáticas de sua área de ocorrência sejam pouco severas, caracterizam-se fortemente pela deciduidade das folhas das espécies arbóreas. b) as regiões de acentuados contrastes térmicos e de fortes carências hídricas sazonais apresentam formações vegetais que se caracterizam por plantas que mantêm apenas suas estruturas subterrâneas durante a estação desfavorável. c) as regiões de clima tropical típico revestidas de cerrados possuem manchas maiores, ou menores, de florestas, explicadas fundamentalmente por razões geológicas e características dos solos e, mais raramente, climáticas. d) os mangues, formações vegetais arbóreas tropicais e subtropicais, embora se desenvolvam em áreas pantanosas litorâneas, possuem algumas características xeromórficas. 4) (Mackenzie) O extremo norte do Canadá, da Escandinávia e da Rússia é ocupado:
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a) b) c) d) e)
por cadeias montanhosas recentes. por florestas de coníferas. por planaltos sedimentares recentes. pela tundra. pelas pradarias.
5) (Fuvest) Considere as características a seguir: • Temperaturas médias superiores a 18 oC com diferenças sazonais marcadas pelo regime de chuvas. • Amplitude térmica anual inferior a 6 oC. • Circulação atmosférica controlada por massas equatoriais e tropicais. • Regimes fluviais dependentes, basicamente, do comportamento da precipitação. • Paisagens vegetais dominantes: florestas latifoliadas e savanas. Tais feições ocorrem, predominantemente, em regiões: a) extratropicais de média latitude e elevada altitude. b) intertropicais de baixa latitude e modesta altitude. c) temperadas com forte influência dos oceanos. d) de planícies inundáveis de alta latitude. e) litorâneas de qualquer latitude. 6) (FEI–SP) No verão, caem fortes chuvas em várias regiões asiáticas. Abrange as planícies costeiras da Índia, sudeste e leste da China e se caracteriza pela atividade dos ventos que, durante o verão, sopram do Índico e do Pacífico para o continente. Trata-se do clima: a) mediterrâneo. b) minuano. c) tropical de altitude. d) semi-árido. e) de monções. 7) (UEL–PR) Considere as seguintes afirmativas: I. A temperatura aumenta dos pólos em direção ao Equador. 88
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II. A temperatura diminui à medida que a altitude aumenta. III. A temperatura do litoral é regularizada pela proximidade das águas oceânicas. IV. A temperatura do litoral é sempre mais alta que a do interior. V. Cidades localizadas em latitudes diferentes nunca apresentam temperaturas semelhantes. São corretas APENAS as afirmativas: a) I, II e III b) I, III e IV c) II, III e V d) II, IV e V e) III, IV e V 8) (Fuvest) No mapa ao lado, sobre as formações vegetais da ex União Soviética, a taiga (floresta de coníferas) e as estepes estão representadas respectivamente pelos algarismos: a) III e VI b) I e II c) II e V d) IV e V e) II e III 9) (UFMG) Todas as alternativas apresentam conseqüências ambientais do desmatamento de regiões florestadas, EXCETO: a) diminuição na reflexão da energia solar nas áreas desmatadas. b) intensificação da erosão pluvial nas encostas. c) maior freqüência e volume das cheias nas planícies aluviais. d) significativa alteração do ciclo hidrológico. e) assoreamento dos canais fluviais. 10) (UECE) Leia o texto a seguir com atenção: Trata-se de um dos mais esplendorosos ecossistemas do planeta.
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Desenvolvendo-se na zona intertropical, pr贸ximo ao equador, apresenta elevadas e constantes taxas de umidade, sendo muito rica e variada a sua flora e a sua fauna. O texto trata do dom铆nio natural da: Mata Atl芒ntica. Savana Africana. Florestas Temperadas. Floresta Pluvial Amaz么nica.
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Capítulo 7 Geografia dos continentes O continente americano: panorama geral Enquanto a Eurásia (nome que se dá à massa de terra abrangendo Europa e Ásia) e a África são continentes cuja proximidade empresta às terras do Velho Mundo uma certa unidade, a América tem no isolamento físico, em meio às grandes massas oceânicas do Atlântico e do Pacífico, uma de suas primeiras particularidades. Essas maiores massas de água do globo a separam das terras européias e africanas, do lado oriental, e das asiáticas e australianas, do lado ocidental. Esse distanciamento e as conseqüências provocadas pelas grandes superfícies marinhas até há alguns séculos fizeram com que o continente americano, que é o segundo em extensão entre as massas emersas, com pouco mais de 42 milhões de km2, só viesse a ser conhecido pelos europeus em tempo bastante recente.
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4753 km
Mapa-múndi – Planisfério de Peters
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Apesar de os vikings terem atingido os litorais setentrionais atlânticos da América por volta do século X de nossa era, onde, inclusive, fundaram Vinlândia, no litoral canadense, foram as viagens de Colombo, no final do século XV, que se responsabilizaram pela consciência européia da existência, sobre a Terra, do chamado Novo Mundo, e que desencadearam a onda de interesses europeus pela sua conquista e exploração. A América é um continente que tem uma disposição espacial diferente dos demais. Enquanto os outros são mais compactos, Mar Glacial Ártico
Estreito de Bering
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as terras americanas se dispõem no sentido norte-sul, guardando uma distância de quase 16 mil km entre seu extremo setentrional, a 83o 30’ de latitude norte (Groenlândia), e seu ponto mais meridional a 56o de latitude sul (Terra do Fogo), fato que lhe possibilita possuir uma grande variedade de ambientes climáticos e vegetais. Sua configuração permite distinguir nitidamente dois grandes conjuntos maciços de terras, ambos apresentando-se sob a forma triangular e que se afinam em direção ao sul. A posição que ambos guardam no continente tornou-os conhecidos como América do Norte e América do Sul. Essas duas Américas estão ligadas por um istmo bastante estreito, que se desdobra na parte atlântica por um conjunto de ilhas (as Antilhas), que formam a denominada América Central.
Terras baixas Terras altas Montanhas
Mapa da América Central Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
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Nessa porção mediana e nos extremos norte e sul, o continente conhece a presença de litorais mais recortados e onde a presença de ilhas favorece a formação de mares interiores: o golfo do México e o mar das Antilhas, na região do Trópico de Câncer, a baía de Hudson e o arquipélago norte-canadense, em águas do oceano Glacial Ártico, e o conjunto intrincado de ilhas, golfos e canais do litoral sul-ocidental da América do Sul. A América do Norte e a do Sul, apesar de se assemelharem na configuração e volume de terras, guardam disposições diferentes tanto em longitude, como em latitude. A primeira é mais ocidental que a segunda, mas é a posição em latitude que as distancia no que toca às grandes qualidades de seus ambientes naturais. A América do Norte, totalmente situada no hemisfério boreal (norte), tem seus limites meridionais um pouco ao sul do Trópico de Câncer, enquanto suas terras penetram, ampliandose, em latitudes cada vez maiores, o que lhe faz familiar os ambientes naturais temperados e frios. A América do Sul, cortada ao norte pela linha do Equador, vê suas terras se estreitarem à medida que crescem as latitudes, sendo, ao contrário, o espaço de ocorrência em maior escala dos ambientes tropicais, incorporando a si nesse aspecto a porção centro-americana. Uma outra característica que distingue o continente americano é aquela derivada do tipo de ocupação e valorização levado a efeito nos seus últimos 450 anos de história. A região norte não só conheceu um tipo de colonização de qualidade global diferente da do centro-sul, como teve sua ocupação dirigida por origens culturais diferentes. Essas duas trajetórias históricas, diferenciadas, acabaram por criar nas terras americanas dois conjuntos de padrões de organização espacial bastante diferenciados. Isso torna mais objetiva, em termos globais, a proposição de divisão do território do Novo Continente em uma América AngloSaxônica, situada ao norte do rio Grande (fronteira entre os Estados Unidos e o México), e uma América Latina, ao sul, com comportamentos e problemas bastante diferenciados. 94
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Quadro
natural
A extensão de sua superfície, que corresponde a mais de 28% das terras emersas do globo, sua disposição alongada no sentido das latitudes e a presença de uma orografia, que associa terrenos de grande e pequena altitude, de formações geológicas bastante diferentes quanto à gênese e à idade, dão à América a oportunidade de oferecer um grande número de complexos naturais diferenciados e contrastantes. Eles permitem, porém, em uma ampla generalização, uma divisão bastante simples em grandes unidades físicas.
Morfologia A disposição geral do relevo americano permite distinguir três setores nítidos, orientados no sentido leste–oeste. Toda a fachada ocidental do continente (junto ao oceano Pacífico), praticamente sem descontinuidade, é caracterizada pela presença de vigorosas linhas de montanhas dobradas, de idade recente, ricas em manifestações vulcânicas, ainda ativas. As altitudes são bastante elevadas, sendo freqüentes as cotas superiores a 5 e 6 mil metros. Essas cadeias estão, em certas porções, associadas a amplas superfícies interiores menos movimentadas, que se configuram em altos planaltos. Na América do Norte esse setor montanhoso ocidental é mais largo, sendo formado por uma série de cordilheiras paralelas, desde o Alasca até o México, podendo-se nele observar dois sistemas distintos: o da costa (cadeias do Alasca, Costeira, Cascatas, Nevada, Sierra Madre Ocidental) que sustenta os picos mais elevados (McKinley, 6.178 m; Logan, 6.050 m), e o do interior formado pelas montanhas Rochosas. Na altura do território dos Estados Unidos, as duas linhas montanhosas se afastam bastante entre si, dando a oportunidade do aparecimento de um setor de planaltos e bacias interiores (Colúmbia, Grande Bacia, Colorado) que se prolonga pelo planalto mexicano, limitado a leste pelo escarpamento da Sierra Madre Oriental, já na vertente do golfo do México.
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Mapa da América do Norte: relevo Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
Na América Central, a linha montanhosa se retrai, mas é marcada por uma sucessão de cones vulcânicos ativos, de grande altitude, que marca também a estrutura dos cordões do arquipélago antilhano. Na América do Sul, a barreira de terras altas da cordilheira dos Andes forma um conjunto bem menos largo que o da América do Norte, e onde as linhas de cristas paralelas e próximas são separadas por vales bastante profundos ou por estreitos planaltos. Destes, o mais amplo é o do Peru que, passando pela Bolívia, 96
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Massa polar (inverno) Massa tropical (verão) Massa pacífica (quente e úmida) Correntes marítimas frias Correntes marítimas quentes Maiores elevações (mais de 1I000/1I500m)
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Mapa da América do Norte: massas de ar
atinge o noroeste da Argentina. Nos Andes, os dobramentos são mais vigorosos e as altitude, mais elevadas, com um grande número de picos que ultrapassam 6 mil metros, sendo o Aconcágua (6.960 m), junto à fronteira da Argentina com o Chile, o ponto culminante de todo o continente. A leste dessa faixa de relevo movimentado e altitudes elevadas justapõe-se um verdadeiro corredor de terras baixas, formadas por grandes extensões de depósitos sedimentares, na maior parte correspondendo a bacias de grandes cursos d’água. Na
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América do Norte, os depósitos de origem glacial situados na porção setentrional impedem, pela riqueza de lagos, um escoamento fluvial sem interrupções e, em certas porções, com muitas rupturas de declive. É o caso do conjunto lacustre mais importante, o do sistema dos Grandes Lagos canadense-norteamericanos. Ao sul dessa área, ora plana, ora de colinas suaves, desenvolve-se a vasta planície do Mississippi-Missouri, cuja monotonia continua pelas planícies marinhas do golfo do México e da costa leste e sudeste dos Estados Unidos. 98
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A planície do Yucatán, no México, é a mais expressiva de toda a porção mediana do continente. Na América do Sul, três grandes unidades sedimentares têm suas superfícies baixas e pouco movimentadas dispostas, praticamente sem interrupção, de norte a sul do continente: a bacia do rio Orenoco e as amplas bacias do Amazonas e a ChacoPampeana (para onde convergem as águas da bacia do Prata), todas elas abertas para o litoral atlântico.
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Mapa da América do Sul: bacias sedimentares Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
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Na fachada oriental, o continente conhece largos setores correspondentes a antigos maciços e raízes de velhas montanhas, cujas feições planálticas, de altitudes médias, são bastante variadas e estão edificadas em rochas cristalinas ou sedimentares. O extremo nordeste da América do Norte é ocupado pelas superfícies do escudo canadense, arrasadas por um longo processo erosivo, onde a ação dos glaciares, ainda presentes na Groenlândia, modelam uma superfície rica em lagos. A leste dos Estados Unidos, os Apalaches são a expressão morfológica de velhas montanhas que associam rochas de várias naturezas e de durezas diferentes e que foram várias vezes soerguidas e retrabalhadas pela erosão. Na América do Sul, três grandes blocos de planaltos separam entre si os setores mais baixos de suas grandes bacias hidrográficas: o planalto das Guianas, ao norte; o planalto brasileiro, cuja grande extensão ocupa toda a porção centro-leste, e o planalto da Patagônia, no extremo sul, aos quais se associam estreitas planícies litorâneas. As feições variadas que apresentam são fruto da heterogeneidade de combinações espaciais promovidas por uma longa história geológica. Aos trechos de topografia amorreada, diretamente esculpida sobre rochas cristalinas bastante antigas, que são limitados, às vezes, por rebordos bastante abruptos, como na costa leste-sudeste do Brasil, associam-se largas extensões de capeamentos sedimentares horizontalizados, amplas depressões, pequenas ou grandes bacias sedimentares, de idade mais ou menos recente, entre as quais a do Paraná, com suas intercalações de derrames de lavas, que é a mais grandiosa.
Clima e paisagens vegetais A extensão em latitude do continente permite a ocorrência em seu território de quase todos os grandes tipos de climas e paisagens vegetais, uma vez que às zonas térmicas, que vão do polar ao equatorial-tropical, associam-se áreas de grande umidade e extrema secura, de altitudes elevadas e baixas. 100
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PLANALTO DAS GUIANAS
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Mapa da América do Sul: relevo Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
Enquanto a América anglo-saxônica está toda ela situada nas zonas temperada e fria, a América Latina tem a maior parte de seu território na faixa tropical, já que apenas a extremidade meridional, mais estreita, penetra no mundo temperado. Na América do Norte, a disposição do relevo permite a penetração profunda, através do corredor centro-leste de terras baixas, das influências das massas de ar, tropical no verão e polar no inverno, ao mesmo tempo que se beneficiam da influência das correntes úmidas do Atlântico. Já a porção ocidental montanhosa conhece
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largos setores úmidos, ao norte, e amplas áreas secas, ao sul (oeste dos Estados Unidos e planalto mexicano), devido a maior ou menor possibilidade de penetração da umidade oceânica. É grande a variedade de tipos climáticos e de paisagens vegetais naturais. Do extremo norte, de clima polar e tendo a tundra como vegetação, às variedades tropicais e subtropicais do sul, onde as estepes áridas do planalto mexicano se contrapõem às florestas e savanas das vertentes montanhosas e dos litorais do golfo do México, o território associa as florestas de pinheiros das regiões frias canadenses às florestas temperadas mistas do leste atlântico; as pradarias das planícies centrais americano-canadenses às estepes Cactos junto à trilha apache semi-áridas e aos desertos do Oeste Helldorado Day, em dos Estados Unidos. Tombstone, EUA Na América Central e no conjunto centro-norte da América do Sul extra-andina, domina o ambiente tropical úmido, exceção feita ao Nordeste brasileiro, onde as precipitações só são superiores a 1.000 mm na costa leste. A floresta natural densa ainda se estende pela Amazônia, pelo istmo da América Central e pelas Antilhas, subsistindo ainda no litoral leste brasileiro, apesar de ter sido na maior parte derrubada pela marcha do povoamenParque Nacional de Glacier, em Montana, onde fica o Hangivg Garder Trail (trilha do to, fato que ocorreu também jardim suspenso), que percorre amplas em todo o extremo subtropradarias acima pical do Brasil.
Ocupação do território e população Vivem hoje no continente americano mais de 800 milhões de habitantes. Isso expressa o grau de rarefação da ocupação, que se torna mais aguda quando se analisa sua repartição, bastante irregular e contrastante. Ao lado de algumas áreas de relativa
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Ao norte e ao sul da floresta Amazônica, vastas áreas de savanas dominam o interior brasileiro e porções da Venezuela e da Colômbia (cerrados e lhanos), enquanto a caatinga ocorre no sertão semi-árido do nordeste do Floresta Amazônica continente. Na zona temperada atlântica, as chuvas são menos abundantes, diminuindo para o sul e para o interior, onde a estepe se mescla com ilhas de aridez. Onde a precipitação é superior a 500 mm, ocorrem as pradarias que identificam o pampa. Ao sul, a Patagônia é uma estepe fria e seca. Na América andina, a temperatura e umidade se comportam de modo diferente e a altitude provoca o aparecimento de uma estrutura vertical dos ambientes naturais, nos três grandes setores em que ela pode ser dividida. Na parte equatorial úmida do norte sucedem-se as faixas de florestas, de savanas e de pradarias de altitude. Os Andes centrais já são caracterizados pela aridez, aparecendo nos altos planaltos uma pobre vegetação de estepe, a puna. Ao sul eles voltam a ser úmidos, porém frios. Aí, a floresta de pinheiros da faixa Igreja de Moray na região andina do mais baixa cede lugar às neVale de Vilcanota ves permanentes que cobrem as linhas de cristas.
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concentração, como o centro-leste e litoral sudoeste dos Estados Unidos, o vale do São Lourenço no Canadá, setores do Planalto Mexicano, as Antilhas, zonas costeiras da ColômbiaVenezuela, Chile central, margens do Prata e litoral oriental do Brasil, destacam-se imensos vazios humanos, como quase todo o Canadá, Alasca, Groenlândia e as selvas equatoriais. A população americana, que vem crescendo num ritmo bastante grande e que é composta sobretudo por jovens, nos últimos tempos está se concentrando, cada vez mais, nas grandes cidades, como movimento de expressão Washington - DC de duas realidades econômicas diferentes: de um lado, a dos países de estrutura de produção baseada na ampla industrialização e mecanização da produção agrícola (América anglosaxônica), e de outro, a dos países latinos, que, historicamente, ainda vivem dos reflexos de uma ocupação e valorização de seu espaço, baseadas numa economia de exportação de bens primários. Aqui o inchaço das cidades é mais conseqüência de uma crise estrutural da organização da produção do que propriamente o entrosamento de mercado entre a cidade e o campo. Os focos de industrialização acabaram por exacerbar essa distorção. Isso explica por que, dentre as trinta maiores cidades do mundo, dez estejam São Paulo, a capital econômica do Brasil na América, e, des-
Os esquimós, no extremo norte, e os índios puros, que habitavam as planícies centrais dos Estados Unidos, Canadá, são hoje pouco numerosos, embora seu número esteja crescendo nas últimas décadas. Os primeiros, caçadores e pescadores do Ártico, desde o século XVI, assistem a um processo de desequilíbrio de seu sistema de subsistência com a destruição progressiva das reservas animais provocadas pelo comércio de peles. Os segundos estão hoje confinados em “reservas”, em graus diferentes de aculturação.
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tas, seis nos Estados Unidos e quatro na América Latina. Apesar disso, muitos países latinos ainda mantêm a maior parte de sua população no meio rural. A população do continente é formada por contingentes que representam os três grandes grupos étnicos da Terra, e a estrutura do processo de ocupação, historicamente recente, encarregou-se de criar áreas de fixação diferenciadas de conjuntos humanos diferenciados quanto à origem, cultura e estágios de organização social e econômica. Antes da colonização moderna, desencadeada pela Europa após a descoberta do Novo Mundo por Colombo, as três Américas eram habitadas predominantemente por populações de origem asiática, de civilizações difeEsquimós, povo tradicionalmente rentes, cujos descendentes, do Círculo Polar Ártico quando não dizimados, foram em graus maiores ou menores integrados ao processo de colonização e à edificação paulatina das divisões nacionais que formam a malha administrativa de hoje.
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Na América do Sul extra-andina, as florestas e suas margens eram áreas de ocupação de grupos culturalmente “primitivos”, cujas aldeias itinerantes viviam da caça, da pesca e de uma agricultura rudimentar. Hoje, acantonados, os poucos que restam são cada vez mais compelidos a aceitar a submissão à civilização ocidental, cedendo suas terras sem condições de reivindicação. Em certas regiões, porém, ricas civilizações, conhecedoras de organizações sociais e políticas estruturadas em um estágio cultural mais avançado, marcavam a vida de verdadeiros impérios: os astecas e maias nas terras mexicanas e da América Central, e os incas nas porções centrosetentrionais das terras andinas. Calendário dos astecas Submetidos ao colonizador espanhol, não sem oferecer resistência, tiveram suas organizações destruídas, mas seus descendentes, em grande parte mesclados com o branco, caracterizam grande parte da população dessa faixa do continente americano. A colonização européia, desencadeada a partir do século XVI, se incumbiu de povoar o continente de brancos e de provocar a imigração de grandes contingentes de negros africanos, que, como mão-de-obra escrava, foram indispensáveis à sustentação das empresas econômicas em certa fase do processo de exploração do espaço americano, como o foram mais recentemente, sob a condição de assalariados, os brancos europeus e certos contingentes asiáticos (japoneses e chineses). Os espanhóis e portugueses foram os primeiros a se apossar das terras americanas e dirigir sua valorização, imprimindo a elas uma orientação tipicamente de exploração, baseada no fornecimento aos mercados europeus de produtos nobres provenientes da extração mineral e vegetal e da prática de culturas de produtos tropicais. Sua área de interesse foi essencialmente a faixa tropical, grande fornecedora de metais preciosos, madeiras, essências e açúcar.
Território cedido pela Inglaterra em 1818
ÓREGON Cedido pela Inglaterra em 1846
LOISIANA Territórios mexicanos anexados de 1848 a 1853
Comprada da França 1808
Território adquiridos da Inglaterra em 1783
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TEXAS Anexado após tornar-se independente do México em 1845
FLÓRIDA Comprada da Espanha em 1819
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Mapa da expansão territorial dos EUA
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Nas áreas de escassez de mão-de-obra local ou de dificuldade de adaptação às necessidades da produção, precedeu-se à implantação do sistema escravocrata de relações de trabalho. As Antilhas, sul dos Estados Unidos e o Brasil foram os Mercado brasileiro de escravos. Litografia grandes focos de recepção de Deroi, segundo desenho de J, M, Rugendas, 1835 dos negros africanos na América. Edificou-se, nessas áreas, uma estrutura de posse generalizada baseada na grande propriedade senhorial branca. As terras temperadas da América do Norte e sua franja meridional subtropical atlântica foram focos de interesse de colonizadores não ibéricos. Franceses e ingleses, principalmente, desde
o final do século XVI, instalaram-se no litoral oriental e promoveram a conquista de toda a porção ao norte do rio Grande, fronteira com o atual México, utilizando-se de meios os mais diversos. A posse política das terras francesas pelos britânicos (1763) e a independência americana treze anos depois definiram, pela língua, cultura e organização da economia, uma América anglosaxônica, em oposição à América Latina. As terras anglo-saxônicas assistiram, porém, duas orientações diferentes quanto ao processo de colonização e organização do espaço econômico. As porções meridionais foram ocupadas a partir de esquemas semelhantes aos ocorridos na América da colonização latina, colonização de tipo “tropical” de exploração, baseada na mão-de-obra negra escrava e em produtos de exportação (algodão e tabaco). Já o litoral atlântico setentrional serviu de apoio a uma colonização de povoamento exclusivamente branco, cujos interesses econômicos e sociais provocaram a posse e o estabelecimento dos primeiros imigrantes, e que eram totalmente diferentes dos anteriores. Implantou-se exatamente nessa parcela do espaço – da foz do São Lourenço à foz do Hudson – o foco inicial da conquista territorial, baseado nos estabelecimentos agrícolas diversificados e na atividade artesanal que capitalizaria para si todo o desenvolvimento posterior. Foi exatamente no século XIX que a revolução industrial européia e o florescimento do capitalismo moderno em terras norteamericanas provocaram o mais formidável movimento de população que os últimos tempos conheceram em todo o mundo. A Europa, que reorganizava suas relações de produção e enfrentava crises rurais, liberou grandes excedentes de mão-de-obra que as terras ainda vazias da América passaram a receber, por constituírem-se em espaços abertos à valorização e ao trabalho a partir da produção de novos bens que o mercado europeu e interno passaram a exigir. Foi quando, tanto na América anglosaxônica, quanto na América Latina, iniciou-se a grande corrente migratória branca e processou-se a marcha das grandes frentes pioneiras agrícolas, do Atlântico em direção ao oeste, das 108
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quais as mais espetaculares eram as dos Estados Unidos, de um lado, e a do sudeste e sul brasileiros, de outro. No Pampa argentino ocorreu uma redefinição da produção, com a coexistência da criação bovina tradicional com a moderna agricultura de cereais. Imigração para a América entre 1815 e 1914. Na foto, Quase 800 milhões de pessoas imigrantes europeus entraram como imigrantes nas terras americanas até 1997, provocando um dos mais espetaculares processos de ampliação e redefinição do espaço econômico que o mundo ocidental conheceu nesse período. Isso ocorreu num momento em que as terras americanas já haviam praticamente definido sua divisão administrativa nacional, num processo amplo e generalizado de independência política. Enquanto na América Latina a libertação do domínio colonial tradicional havia edificado, de um lado, um grande Estado de raízes portuguesas e, de outro, uma soma razoável de unidades nacionais menores na porção colonial espanhola, na América anglo-saxônica a repartição nacional atual é fruto de um processo diferenciado de definição territorial e de implicações de soberania heterogêneas. O Canadá define-se como Domínio Inglês no âmbito da Comunidade Britânica de Nações, formado pela federação de uma série de províncias inglesas e pelo antigo território francês do Quebec, dominado pela Inglaterra desde o final da Guerra dos Sete Anos (1763). A Groenlândia é possessão da Dinamarca. Os Estados Unidos, de suas tradicionais treze colônias, independentes em 1776, chegaram às suas fronteiras atuais em 1848, a partir de compras, acordos e guerras que marcaram as conquistas de antigas terras inglesas, francesas, espanholas e mexicanas. O Alasca, território russo até 1867, foi comprado pelos Estados Unidos e converteu-se em estado da federação em 1959.
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Os Estados Unidos, exemplo ímpar de expansão das fronteiras políticas na América independente, tornaram-se o grande espaço útil e rico em possibilidades econômicas do continente. Pelas características dinâmicas de sua estrutura de relações de produção, neles se desencadeou a grande expansão que os converteu no maior país de imigração do mundo. A história do povoamento do continente fez dele um espaço de grande convergência de povos dentro do qual podem ser definidos setores de composições étnicas diferenciadas. Isso permite distinguir genericamente três grandes tipos de área. Aquelas que se mantêm como áreas de expressiva presença “nativa”, como o norte canaCasal no Jardim Botânico, dense e o interior amazônico; as caCanadá racterizadas pela mestiçagem e convivência entre o indígena e o branco, como ocorre com largos setores da América Latina e aquela onde a população branca é maioria ou percentualmente elevada, como a maior parte da América anglo-saxônica, Argentina, Uruguai, Chile, Cuba e porção centro meridional do Brasil. PartiIndígena, Peru cipando em graus diferentes no plano da miscigenação, há porções da América “indígena” e da América “branca” que conhecem fortes contingentes de negros, como porções dos Estados Unidos, Antilhas, Colômbia, Venezuela, Negro americano, EUA Guianas e Brasil.
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As diferenciações ocorridas na posse e no aproveitamento dos recursos, as relações de mercado, a dependência a políticas metropolitanas de empreendimentos econômicos edificaram no Novo Mundo dois grandes blocos sociais e econômicos, cujas características atuais da estrutura e relações de produção opõem as terras ricas e dinâmicas do bloco industrializado (Estados Unidos e Canadá) aos espaços pobres e cheios de problemas do bloco latino-americano. Essa oposição qualitativa apresenta, entretanto, uma complementariedade de funcionamento que é fundamental à manutenção do sistema de poder econômico e político. A interdependência de interesses entre os espaços dominadores e os espaços dominados é a base da manutenção dos esquemas de sobrevivência. O velho esquema colonial de exploraCinturão de trigo em St. ção que integrou as terras americanas ao Paul, EUA mundo europeu ainda predomina sobre o continente, hoje modificado pelos valores que regem as relações neocoloniais do mundo de pós-revolução industrial. Como um dos pólos dinâmicos do florescimento das sociedades industriais, exatamente o mais poderoso, está a América anglosaxônica. O continente americano é um dos que melhor expressa os contrastes entre a riqueza e a pobreza. Ao norte do rio Grande, as terras subtropicais e temperadas dos Estados Unidos e Canadá conhecem amplos espaços agrícolas, valorizados por uma produção diverVale do Silício, São Francisco, EUA sificada. São, ao mesmo tem-
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Economia
www.centralx.com/cores
po, uma rica província mineral e energética, cujo aproveitamento conduziu esse espaço a uma organização da produção dirigida pelas grandes associações de interesses industriais e financeiros, ligados diretamente à produção e ao consumo de todo o mundo capitalista, cuja garantia de segurança lhes é fundamental. A política de coexistência pacífica só tem ampliado o seu poder de comercialização. E isso tem sido indispensável ao seu crescimento, à superação de suas crises e à manutenção do padrão de vida elevado de sua sociedade de consumo. A América Latina, também rica em recursos minerais e em espaços favoráveis ao aproveitamento agrícola, tem se comportado como um grande mercado fornecedor de produtos. Os seus espaços tropicais e temperados ainda vivem essencialmente da produção de bens agrícolas específicos, vinculados ao controle dos mercados externos (açúcar, café, frutas, cereais, oleaginosas, fibras, carne, lã etc.), o mesmo acontecendo com os distritos mineiros (petróleo, ferro, cobre, estanho, manganês, bauxita, minerais preciosos e raros etc.). Alguns países — México, Venezuela, Brasil, Argentina, Chile — conhecem alguns focos de implantação da atividade industrial de transformação, vinculados a mercados urbanos de certa expressão. Isso tem provocado certas Plantação de café no Espírito Santo, alterações nas relações gloBrasil bais da produção dessas áreas, geralmente controladas por grandes cidades — São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Cidade do México, Caracas, Santiago —, que passam a funcionar em relação ao restante dos espaços nacionais como pólos de controle das relações internas. De qualquer forma, elas passam a constituir, no plano das relações globais, espaços de nível qualitativo superior, cujo equipamento em serviços tem controlado toda a dependência e inte112
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gração com os demais espaços internos e funciona como elos de ligação direta com os interesses internacionais. Toda a América Latina vive, hoje, um clima de compreensão cada vez maior em relação à posição que ocupa no conjunto do hemisfério e no mundo. No plano político isso tem levado a orientações diferentes, que vão desde a ruptura até as formas de aceitação e defesa dos esquemas de relações tradicionais que têm marcado toda a sua trajetória histórica.
Buenos Aires, capital da Argentina
Países americanos América do Norte Canadá Com 9.976.139 km2, é o segundo país do mundo em extensão territorial e o maior do Continente Americano. O imenso território do Canadá compreende várias províncias fisiográficas: ◆ Apalaches: é o prolongamento dos montes Apalaches no Canadá, abrange o litoral do oceano Atlântico e é antiga zona de colonização francesa. ◆ Grandes Lagos e São Lourenço: corresponde à parte canadense dos Grandes Lagos. É uma região deprimida, atravessada pelo canal de São Lourenço, que faz chegar ao oceano as águas dos Grandes Lagos. ◆ Escudo Canadense: a maior das regiões físicas do Canadá, constituída por velhas montanhas arredondadas, dispostas ao redor da baía de Hudson.
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◆ Cordilheiras: montanhas e planaltos, dispostos ao longo do litoral do Pacífico, com as maiores elevações. São as Rochosas canadenses. ◆ Planícies Centrais: entre as montanhas Rochosas do Canadá e o Escudo Canadense, uma ampla faixa de terras baixas constitui o celeiro do país com suas imensas pradarias.
Mapas do Canadá: o primeiro é de clima, o segundo é de relevo Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
O clima canadense é rigoroso, pois na maior parte das terras predominam as condições árticas que impõem invernos prolongados. Nas partes do sul e nos litorais temos climas temperados mais brandos com invernos mais curtos. 114
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Sua vegetação pode ser assim classificada: ◆ Região Norte – tundra ◆ Região Central – taiga ◆ Região Sul – pradarias A população canadense está na casa dos 31 milhões de habitantes (número de 1999), com a seguinte estrutura etária: ◆ 0 – 14 anos – 23% ◆ 15 – 60 anos – 68% ◆ acima de 60 anos – 0,9% Lago Sabee e Santa O Canadá é um dos países mais ricos do mundo em recursos minerais. É o pri- Agata, Canadá, Montreal meiro produtor mundial de níquel, urânio, zinco, além de grande produtor de ouro, prata, cobre, chumbo e metano. Rico em energia elétrica, carvão e também em energia nuclear instalada. Esta disponibilidade permitiu ao país, em pouco tempo, dispor de um grande e variado parque industrial, dispondo de atividades desde a tecelagem até as indústrias metalúrgica, siderúrgica, de alumínio e química. Das suas florestas obtém-se madeira utilizada para o fabrico de pasta de papel e papel jornal, do qual produz cerca de 50% do total mundial, com o aproveitamento racional (reflorestamento) de suas enormes florestas de coníferas. No domínio da agricultura as terras cultivadas são percentualmente pequenas em relação à disponibilidade de solos. Entretanto é considerável a produção de trigo, o segundo produto canadense de exportação, que tem na cidade de Winnipeg (província de Manitoba) o grande centro produtor. A pecuária de bovinos destina cerca de 60% da produção de carnes à exportação e é grande a produção de leite e laticínios. Na região dos Grandes Lagos é intensa a navegação que escoa os produtos agrícolas e transporta as mercadorias do inter-
câmbio comercial entre o Canadá e os Estados Unidos. Por um sistema de canais e comportas, a navegação se concentra nos meses quentes, pois no inverno, devido às baixas temperaturas, as águas congelam, impedindo a circulação das embarcações.
O grande problema para um maior desenvolvimento da economia canadense encontra-se no seu clima rigoroso, que apresenta de 6 a 8 meses de inverso intenso, daí a localização da maioria das cidades importantes e das atividades econômicas relevantes ao longo da fronteira com os EUA. Cidades principais: ◆ Ottawa: a capital, com 1.010.498 habitantes (1999), é uma cidade administrativa e residencial, muito arborizada. ◆ Montreal: com 3.326.510 habitantes, fundada pelos franceses, é, depois de Nova York, o maior porto da América do Norte. Localizada nas margens do rio São Lourenço, é importante por seu comércio de cereais e é a segunda maior cidade canadense. ◆ Toronto: fundada pelos ingleses na margem norte do lago Ontário, é grande centro industrial, comercial e cultural. Possui 4.263.757 milhões de habitantes. ◆ Vancouver: principal porto canadense no Pacífico. Cidade moderna com 1.831.665 milhões de habitantes. ◆ Winnipeg: no centro do Canadá, é um importante nó de comunicações entre o Pacífico e o Atlântico. Centro industrial de peles e produtos alimentares. ◆ Hamilton: centro de siderurgia e indústrias têxteis, às margens do lago Ontário. 116
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Mapa político do Canadá: províncias
◆ Quebec: velha cidade fundada pelos franceses, com ruas antigas e muralhas.
Estados Unidos da América Possui uma superfície de 9.372.641 km2, sendo o segundo maior país do continente em extensão territorial. Contudo devemos lembrar que a superfície mencionada inclui o Alasca, ao norte, e o arquipélago do Havaí, no Pacífico. Excluindo essas regiões, o Brasil seria o segundo maior país do continente em extensão territorial ou terras contínuas.
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Nos EUA, encontramos três grandes conjuntos de relevo: ◆ Os montes Apalaches a leste, montanhas antigas e aplainadas, ao longo da costa atlântica. ◆ O conjunto montanhoso do oeste, com as montanhas Rochosas, alinhadas pelo interior, e as cadeias da Costa, alinhadas pelo litoral do Pacífico. Entre os dois alinhamentos, grupos de planaltos às vezes cortados pelos vales fluviais. ◆ Entre o leste e o oeste, como que formando um corredor, estão as pradarias centrais. Essas planícies encerram, ao norte, a grande depressão ocupada pelos Grandes Lagos e, ao sul, os depósitos fluviais recentes da grande bacia hidrográfica do Mississippi, que deságua no golfo do México, por meio de um delta. Esse “corredor” é importante fator físico para a explicação do mecanismo climático que afeta o interior dos Estados Unidos. As massas de ar frio polar ali encontram um fácil caminho para alongar-se até as proximidades da linha do Trópico de Câncer, provocando em vários anos, invernos fortes acompanhados de tempestades de neve. Em sentido contrário, as massas quentes de baixa pressão, comuns no mar das Antilhas e no golfo do México, podem avançar profundamente para o interior do continente, levando consigo altas temperaturas, e são responsáveis, quase que anualmente, pelos tufões ou ciclones (tornados) que assolam a parte meridional dos Estados Unidos, nos meses de verão. As duas fachadas litorâneas possuem climas mais brandos, especialmente no Atlântico, onde a corrente marítima do golfo (Gulf Stream) mantém uma temperatura suficientemente elevada para impedir o efeito das águas frias setentrionais. O litoral do Pacífico é afetado por duas correntes litorâneas, uma fria, ao sul, e outra quente, ao norte. Possui um inverno frio e chuvoso e um verão quente e seco. 118
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É no interior da vasta planície central que se aloja uma das maiores bacias hidrográficas do mundo: a bacia do Mississippi-Missouri. De nascentes localizadas nas formas de relevo que a circundam, Apalaches, a leste, e Rochosas, a oeste, descem rios que vão se unir para formar o grande conjunto hidrográfico dos Estados Unidos que desemboca no golfo do México. Das Rochosas e dos planaltos interiores descem alguns rios que vão desembocar na vertente do Pacífico, como o Snake e o Colorado. Dos Apalaches para o Atlântico descem alguns pequenos rios, que são importantes pelos estuários que formam. Nesses estuários estão importantes cidades portuárias dos Estados Unidos: rio Hudson (Nova York), rio Delaware (Filadélfia), rio Chesapeake (Baltimore).
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Mapa dos EUA: relevo
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Colonização, povoamento e formação do espaço O berço da grande nação norte-americana foram as 13 colônias fundadas pelos ingleses a partir do começo do século XVII, e que se declararam independentes em 1776: Delaware, NewHampshire, Massachusetts, Nova York, Rhode Island, Connecticut, Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. O progresso econômico rapidamente registrado, tanto no Norte como no Sul, e a chegada de novos imigrantes determinou uma expansão para o oeste que se
Massachusetts (Maine)
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Geórgia
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As 13 colônias inglesas da América do Norte
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completou em cerca de 100 anos, quando foram atingidas as costas do oceano Pacífico. As atividades desenvolvidas pelos colonizadores, desde o início, provocaram a formação de uma economia industrial no norte-atlântico e uma agrícola e escravagista no sul, com o algodão e o tabaco. Para o oeste, a pecuária de bovinos e a criação de ovelhas tornou-se a atividade primordial. Indiscutivelmente a economia norte-americana é a mais poderosa do mundo (PIB em torno de 7 trilhões de dólares/ano). Para compreendê-la melhor, vamos analisá-la por setores. Muito embora possamos considerar os EUA um país industrial, não se deve desprezar o papel da agricultura na formação da renda interna. As próprias características dessa agricultura a tornam um importante fator na expansão industrial do país. A agricultura norte-americana enquadra-se dentro da moderna agricultura capitalista, onde a necessidade incessante de maior produtividade acabou gerando verdadeiros “cinturões” agrícolas chamados de belts. Nesses belts agrícolas, a unificação da produção garante aos agricultores um menor custo e, portanto, um maior lucro, com uso intensivo do solo em grandes áreas, com alto grau de mecanização das propriedades. Isso torna o país responsável por grande parte da produção mundial de alimentos.
Os belts estão assim distribuídos: A) Culturas subtropicais – fruits B) Cinturão do gado de corte – ranching C) Cinturão de laticínios – dairy D) Cinturão do trigo – wheat E) Cinturão do milho – corn F) Cinturão de algodão – cotton G) Culturas variadas – milho/trigo de outono/fumo H) Vale central da Califórnia – dry farming
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Os recursos minerais dos Estados Unidos procedem de variadas fontes de produção, além de interesses e investimentos em numerosos países que, dessa forma, asseguram suprimento farto às suas necessidades e reservas. Ao lado do carvão mineral e do petróleo, produzidos largamente, encontramos o cobre (Arizona e Utah), ferro (Michigan, Minesota e Alabama), urânio (Novo México), zinco (Tennessee). A recente descoberta de petróleo no Alasca, em quantidades apreciáveis, vem desafogar os centros tradicionais de produção na Pensilvânia e no Texas. As atividades industriais norte-americanas que se desenvolveram extraordinariamente nos dois últimos séculos, constituindo o mais importante parque industrial do mundo, tiveram o progresso graças a uma série de fatores, alguns históricos, outros tecnológicos, como: ◆ Desde os primeiros tempos da colonização, estabeleceu-se no país mão-de-obra artesanal, conhecedora do trabalho com os metais e o carvão; ◆ Jazidas de minério de ferro, carvão mineral e petróleo foram descobertas e aproveitadas na costa norte do Atlântico. ◆ A existência de mercado consumidor e capitais para o financiamento das indústrias incrementaram o desenvolvimento, nos fins do século XIX, da primeira etapa do avanço industrial. No século passado, além das duas grandes guerras mundiais que afetaram o continente e o parque industrial europeu, o setor industrial norte-americano adotou técnicas de produção em série e um sistema de vendas apoiado na pesquisa e Fabricação de tratores na publicidade, que ampliaram e criaram agrícolas, linha de novos mercados e, como conseqüência, montagem de colocação provocaram o aumento de produção. de rodas
Mais modernamente, o avanço tecnológico ampliou os índices de automação ao mesmo tempo que novos descobrimentos nos setores aeronáuticos, na química dos sintéticos, no domínio da computação e nas pesquisas em geral, têm assegurado ao parque industrial norte-americano uma posição de vanguarda mundial. O crescimento do poderoso parque industrial, por sua vez, não poderia ser explicado sem uma referência à sua estrutura básica de organização e aos esquemas financeiros. Nos Estados Unidos, a captação de capitais populares por intermédio de ações, com a participação de centenas de milhares de acionistas, deu a inúmeras firmas posições de tal solidez que não foi difícil, com o tempo, dominarem o mercado no setor de sua especialidade. Constituíram-se assim os trusts, ou grupos de domínio, com o controle de preços, de compra e venda, liquidando com toda concorrência. Para evitar, em muitos casos, guerra de preços, entre grupos fortes, foram firmados “cartéis”, acordos onde ficava previsto a divisão do mercado e os níveis de preços. O sistema bancário, que nos EUA se desenvolveu, acompanhou o crescimento do parque industrial e financiou não somente sua expansão, mas também, em consonância com a política governamental, os países clientes nas suas aquisições. Dessa forma o mercado financeiro impôs, pouco a pouco, o dólar como moeda internacional e padrão financeiro de exportação e importação. O setor básico da indústria, a siderurgia, localiza-se entre o Atlântico e o Mississippi, o Alabama e a Pensilvânia, e junto aos Grandes Lagos. A indústria automobilística está concentrada em Detroit e há outras instalações em Ohio e em Delaware. Produziu em 1970 cerca de 8,2 milhões de viaturas. O setor de indústria aeronáutica, embora com produção reduzida, atende atualmente a demanda de mísseis para os programas de defesa e espacial. Localiza-se na costa do Pacífico. A indústria química acompanha as zonas petrolíferas, e entre as suas especialida-
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des está a produção de borracha sintética para o fabrico de pneumáticos. O setor têxtil é outro gigante industrial e localizase primordialmente na Geórgia e nas Carolinas. Distribuídas pelo país, mas com maior concentração nas zonas de produção agrícola e pastoril, estão as indústrias alimentícias. O seu desenvolvimento técnico e aperfeiçoamento, situam-nas como as mais importantes do mundo. Outros setores importantes: eletrodomésticos e eletrônicos (computador, aparelhos de televisão, rádio, geladeira etc.), instrumental e equipamento óticocirúrgico, fotográfico, cigarros etc.
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EUA: sistema de transportes
O sistema de transporte dos EUA, tanto rodoferroviário, como aéreo e hidroviário, apresenta um desenvolvimento muito grande. Nas hidrovias, destacam-se o rio São Lourenço, que liga o nordeste dos EUA ao sudeste do Canadá, e o complexo Mississippi-Missouri, que interliga toda a região central americana ao sul do país, com saída para o golfo do México, interligado aos Grandes Lagos. No setor ferroviário, cerca de 350 mil km de 124
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linhas férreas garantem o escoamento da produção. No setor rodoviário, cerca de 6 milhões de km, a maior parte (cerca de 80%) asfaltadas, permitem a circulação de aproximadamente 130 milhões de veículos. A união de duas grandes companhias norte-americanas (Sprint e MCI WorldCom), uma negociação de 129 bilhões de dólares fechada em outubro de 1999, nos mostra a grandiosidade da estratégia no setor das telecomunicações no final do século passado. A empresa surgiu da maior fusão da história e tornou-se a segunda mais importante dos Estados Unidos, atrás somente da gigante AT&T. Pouco antes, em maio, depois de uma grande disputa com a alemã Deustche Telekom, a italiana Olivetti comprara a Telecom por uma suntuosa quantia de 33 bilhões de dólares, cifra essa recorde para o continente. O setor de telecomunicações, que abrange o rádio, a televisão e o sistema de telefonia, onde se operam o telefone, o fax e a internet, tem crescido acima da média nacional. Nesse mesmo ano as empresas de telecomunicações tiveram um faturamento de 1,2 bilhões de dólares em equipamentos e serviços, 50% a mais que o produto interno bruto (PIB) brasileiro. O país apresenta um sistema eficaz e barato para o funcionamento da economia globalizada. Como decorrência, existem tendências gerais de privatizações e desregulamentação no setor, e parte das empresas de telecomunicações passa gradativamente para a iniciativa privada. Cidades principais: ◆ Nova York: fundada pelos holandeses em 1626, como Nova Amsterdã, passou para os ingleses em 1664 com o nome de Nova York. A cidade possui uma população cosmopolita com estrangeiros ou descendentes de várias nacionalidades: italianos, russos, alemães, poloneses, irlandeses, latino-americanos etc. Sua urbanização é peculiar pela presença de grandes edifícios e arranha-céus, entre os quais o Empire States com 102 andares e 381 metros de altura. Além do seu porto,
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o segundo em movimento no mundo, conta com o importante aeroporto internacional de Kennedy e mais outros dois: La Guardia e Newark. A cidade possui numerosos bairros residenciais ou típicos, ruas e bairros comerciais e industriais que empregam centenas de milhares de pessoas. Nela concentram-se também os escritórios e sedes de grandes companhias e empresas industriais e comerciais do país. É o centro financeiro e bancário dos Estados Unidos. Ali funciona, na Wall Street, a bolsa de Nova York, cujo movimento de valores oscila, anualmente, entre 40 e 60 bilhões de dólares.
◆ Los Angeles: com 12,2 milhões de habitantes (incluindo a zona metropolitana), no litoral do Pacífico, no estado da Califórnia. Cidade moderna e luxuosa, deve o seu desenvolvimento à indústria cinematográfica e ao parque aeronáutico que aí se desenvolve. ◆ Chicago: com mais de 7 milhões de habitantes, incluindo a área metropolitana. Porto no lago Michigan, cidade industrial e principalmente grande centro ferroviário. O seu desenvolvimento comercial está liFoto noturna de Los Angeles gado à comercialização de grande parte da produção de bovinos e do trigo, que por aí transitam. ◆ Filadélfia: situada no estuário do Delaware, conta com mais de 1,5 milhão de habitantes. Grande centro industrial e cida126
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◆ Washington: na margem direita do Potomac, no distrito de Colúmbia. É uma cidade construída para ser a capital e foi planejada para isso. Entre seus notáveis edifícios estão o Capitólio, sede do Congresso Nacional, e a Casa Branca, residência oficial do presidente da República.
de tradicional norte-americana com ruas e edifícios ainda da época colonial. Conserva muitos monumentos e lugares históricos.
México Com uma superfície de 1.972.547 km2, grande parte do território mexicano é constituído por cadeias montanhosas, com o lado norte desértico e o sul rico em florestas tropicais. Simplificadamente, seu relevo está assim estruturado: ◆ Leste – Planície Costeira, seguida da Sierra Madre Oriental ◆ Centro – Planalto de Anahuac ◆ Oeste – Sierra Madre Ocidental
A capital, Cidade do México, é uma região metropolitana onde se concentra a maior população do mundo, com grandes problemas ambientais e de segurança pública. A origem do país está ligada às civilizações pré-colombianas dos maias e astecas, que até o século XV dominaram a região. Nos dias de hoje é grande a presença indígena na vida mexicana, principalmente na cultura e nas artes, bem como na composição da população, pois 80% dos habitantes são mestiços de índios e europeus. Muitos mexicanos vivem hoje no sul e na costa oeste dos Estados Unidos, com a esperança de encontrar melhores empregos. O México, desde a Teotihuacan (600 a.C.), a Cidade dos Deuses primeira revolução popular
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É a segunda mais populosa nação da América Latina, somente superada pelo Brasil. Mais de 80% são mestiços de espanhóis e indígenas.
– século XX, 1910 –, implantou o seu regime político que é mantido até os dias de hoje. Na área artística, destacando-se pela pintura, possui tradição de muralistas dedicados a temas sociais. Abalado por uma forte crise financeira por volta dos anos 1990, procurou equilibrar a economia, baseada na extração de petróleo e no grande número de turistas, que são atraídos pelas construções históricas e pelas praias dos oceanos Atlântico e Pacífico. O México é considerado o “primo pobre” dos países da América do Norte, embora industrializado, apresentando como principal atividade a metalurgia e a indústria petrolífera. Quando a Opep foi criada em 1960, o país não pôde fazer parte devido à má qualidade de seu petróleo (petróleo pesado, de caro refino), que é vendido sempre a preços inferiores aos praticados pela organização. Nos anos 1980, a queda nos preços e no consumo mundial de petróleo, além de grande evasão de divisas, levou o país à grande crise econômica, quando a sua dívida externa chegou a 100 bilhões de dólares. Cerca de 30% de sua população economicamente ativa (PEA) chegou a estar desempregada, enquanto cerca de 8 milhões de mexicanos abandonaram o país, entrando ilegalmente nos EUA, em especial na costa oeste, onde são conhecidos por braceros, atuando sobretudo na colheita de vários produtos agrícolas. Em 1990, México, Estados Unidos e Canadá começaram a criar uma organização de integração econômica regional – Nafta – que está trazendo para o país indústrias norte-americanas e canadenses, interessadas na abundante e barata mão-de-obra e na falta de leis de defesa ambiental e trabalhistas. Os mexicanos sonham em transformar o país, com o auxílio estrangeiro, numa espécie de “Tigre das Américas”, e assim superar seus inúmeros problemas econômicos e sociais. Nos últimos anos, o governo implantou uma reforma econômica ambiciosa que abriu o país ao capital estrangeiro, privatizou inúmeras estatais e modernizou-o. 128
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Recordes da América do Norte Ponto mais elevado: monte McKinley, 6.194 m (EUA, Alasca) Maior depressão: vale da Morte, 86 m (EUA) Maior ilha: Groenlândia, 2,2 mi km2 Maior mar: mar Glacial Ártico, 14 mi km2 Maior golfo: golfo do México, 1,5 mi km2 Maior lago: Superior, 84 mil km2 (EUA/Canadá) Maior rio: Mississippi-Missouri, 5.620 km Maior bacia hidrográfica: bacia do Mississippi, 3,3 mi km2 Temperatura máxima registrada: 56,7 °C (vale da Morte, EUA) Temperatura mínima registrada: –66 0C (Northice, Groenlândia) Cidade mais elevada: Toluca, 2.680 m (México)
Meio ambiente da América do Norte (1995) Área de floresta: ............................................. 5,4 km2 * Desmatamento: ..................... 14 mil km2 (1990-1995) * Áreas de conservação: ............... 11,7% do território ** Recursos hídricos per capita: ................. 17,9 mil m3 ** Emissão de CO2 per capita: ............................. 19,9 t ** *Dado refere-se à América Central e do Norte **Dado exclui o México
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Questões de vestibular 1) (Unaerp-SP) O Canadá e os EUA formam a chamada América anglosaxônica, a América rica. Assim como os EUA, o Canadá foi colonizado, principalmente, por ingleses, mas apresenta características diferentes. Sobre o Canadá, é CORRETO afirmar que: 1. O crescimento de sua economia industrial se fez apoiado em investimentos estrangeiros, principalmente dos EUA, que controlam amplos setores da atividade industrial. 2. A ocupação agrícola das áreas de tundra possibilitou que o Canadá se tornasse um dos celeiros agrícolas do mundo. 3. A população do país é, predominantemente, de origem inglesa e francesa. 4. 90% da população concentram-se ao longo da fronteira com os Estados Unidos. Assinale uma das alternativas: a) 1 e 2 são corretas. b) 2 e 3 são corretas. c) 2, 3 e 4 são corretas. d) 1, 2 e 3 são corretas. e) 1, 3 e 4 são corretas. 2) (Mackenzie) “Além da perda de territórios, as interferências políticas e militares e a influência econômica dos Estados Unidos motivaram um antigo dirigente deste país a exclamar: “Pobre _______, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”. O país que completa corretamente a citação é: a) México. b) Porto Rico. c) Panamá. d) Cuba. e) Canadá. 3) (Cesgranrio) O México vem atravessando momentos difíceis mesmo com os entendimentos para criação de uma zona econômica previs130
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a) b) c) d) e)
ta no Eucamex. Uma das questões mais importantes, os braceros, não tem sido objeto de negociações. Assinale a opção que indica corretamente o movimento bracero. a emigração definitiva dos trabalhadores mexicanos para o complexo turístico na Flórida. a migração dos trabalhadores rurais mexicanos sobretudo para as colheitas da Califórnia. a fixação dos camponeses mexicanos para garantir a produção de subsistência. a modernização das haciendas mexicanas. a ocupação com monocultura de exportação dos latifúndios mexicanos.
4) (Mackenzie) Nova região industrial dos Estados Unidos, tem o seu desenvolvimento baseado nos grandes lençóis petrolíferos da área. Suas principais indústrias estão ligadas ao petróleo. Trata-se: a) do Texas. b) da Califórnia. c) do Nordeste. d) da região dos Grandes Lagos. e) de Seattle. 5) (Mackenzie) “É o centro da polarização econômica dos Estados Unidos. Concentra metade da população do país e 80% do seu parque industrial. Essa população, basicamente urbana, forma o maior mercado consumidor mundial e constitui a maior concentração urbanoindustrial do mundo.” O trecho se refere: a) à região de Los Angeles. b) à grande região das Planícies Centrais. c) ao Sun-belt. d) à planície dos Grandes Lagos. e) ao nordeste do país.
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6) (Cesgranrio) Assinale a opção que NÃO identifica as características da formação geográfica das regiões do Canadá: a) no Vale do São Lourenço e nos Grandes Lagos, encontram-se as grandes metrópoles, que têm na energia elétrica abundante dos Grandes Lagos, no carvão dos Apalaches e no ferro da Península do Labrador os recursos necessários ao seu desenvolvimento. b) as Províncias Marítimas se destacam por uma policultura e por indústrias de papel; entretanto, sua mais importante atividade econômica é a indústria pesqueira, favorecida pela Corrente do Labrador. c) as Grandes Planícies Centrais são áreas de grandes propriedades, intensa mecanização e bem servidas de transporte ferroviário, que escoa a importante produção do trigo canadense. d) a Colúmbia Britânica, região de alta densidade demográfica de clima temperado continental, tem o relevo acidentado, o que permite grande produção de hidroenergia. e) o Grande Norte, região de mais reduzida densidade demográfica, de climas polar, subpolar e frio continental, apresenta atividades ligadas ao extrativismo da floresta. 7) (Puc-RJ) Sobre a admissão do México no Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) é correto afirmar que esse país: a) transformou a organização no maior bloco econômico do mundo, superando a União Européia tanto em população como em PIB. b) assumiu a liderança política e econômica do bloco latino-americano, suplantando as tradicionais lideranças do Brasil e da Argentina. c) pelo fato de pertencer à organização aumentou suas relações econômicas com os outros países latino-americanos. d) promoveu amplas reformas socioeconômicas internas, reduzindo consideravelmente os níveis de pobreza entre a população. e) atendeu aos interesses dos outros membros com seu petróleo e mãode-obra abundante e barata. 8) (UEL-PR) Observe os esboços para responder à questão. 132
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a)
b) c) d) e)
A observação dos esboços e os demais conhecimentos sobre o tema permitem concluir que: com as mudanças ocorridas nos tipos de imigrantes que se dirigem aos Estados Unidos tem decrescido percentualmente o grupo étnico branco. nestas últimas décadas os imigrantes que chegam aos EUA apresentam elevada qualificação técnica. com o elevado número de imigrantes no país, a participação percentual dos negros no conjunto da população americana tende a diminuir. a flexibilidade e as facilidades legais têm cada vez mais atraído imigrantes latinos e asiáticos para os Estados Unidos. a rápida integração sociocultural e econômica do imigrante tem representado um fator a mais para que grandes levas de imigrantes para lá se dirijam.
9) (Unesp) Observe o mapa dos Estados Unidos. Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o nome do rio assinalado com o número 1 e as atividades econômicas predominantes nos espaços assinalados com os números 2 e 3: a) Grande; pecuária intensiva de gado leiteiro e cotton belts. b) Mississippi; culturas tropicais de cana, cítricos e arroz e pecuária extensiva. c) Colúmbia; corn belts e policultura. d) Tennessee; pecuária extensiva em estâncias e grandes propriedades e agricultura irrigada de frutas e legumes. e) Colorado; agricultura irrigada de frutas e legumes e culturas tropicais de cana, cítricos e arroz.
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10) (UFES) Sobre a economia do Canadá, podemos afirmar: I. É fortemente dependente dos Estados Unidos em relação aos fluxos de capitais, tecnologia e mercadorias. II. Muito prejudicada pela Segunda Guerra Mundial e fracamente industrializada, equilibra na sua balança comercial com exportações de gêneros alimentícios. III. Dinâmica e forte, tem na produção de papel e celulose uma posiçãode destaque que coloca o Canadá como o maior produtor mundial do gênero. IV. Tem no alumínio seu grande destaque na área metalúrgica, embora a matéria-prima (a bauxita) necessite ser quase que totalmente importada da Jamaica e do Suriname. V. Não utiliza técnicas modernas na agropecuária, o que faz com que essa atividade se torne altamente improdutiva. São corretas as afirmativas: a) I, II e IV. b) I, III e IV. c) I, IV e V. d) II, IV e V. e) III, IV e V.
América
Central
A América Central é a menor porção do continente americano, um istmo que liga a América do Norte e a América do Sul. Ela pode ser dividida em duas partes: a continental (o istmo, estreita faixa de terra situada entre dois mares ou oceanos) e a insular, chamada de Caribe, Caraíbas ou Antilhas. Segundo a dimensão das ilhas, a América Insular pode ser subdividida em Grandes Antilhas (Cuba, Jamaica, Haiti, Porto Rico, Bahamas) e Pequenas Antilhas (Trinidad e Tobago, Antígua e Barbuda, Barbados etc). Nas Antilhas, ainda há ilhas sob domínio colonial da França (Martinica, Guadalupe), da Holanda (Curaçao, Aruba), do Reino Unido (Ilhas Virgens Britânicas) e dos EUA (Ilhas Virgens Americanas). 134
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Na América Central continental, todos os países hoje independentes estiveram sob domínio colonial espanhol, com exceção de Belize, que pertencia ao domínio britânico. O sistema colonial espanhol apresentava características gerais típicas do sistema mercantilista: exclusivismo monopolista, porto fechado, submissão aos interesses da metrópole etc. A Espanha dividiu suas colônias centro-americanas em duas regiões administrativas: a Capitania-Geral da Guatemala (correspondente ao istmo) e a Capitania-Geral de Cuba (abrangendo todas as ilhas caribenhas sob seu domínio).
América central: divisão política na época colonial Fonte: Minimanual Compacto de História Geral, São Paulo, Rideel, 2000.
O fim do poder político da metrópole espanhola foi fruto de intensa e longa luta, e marcou a ruptura do tradicional sistema colonial. Descontentes com a exploração colonial, membros da elite local lideraram o processo de independência política, ocorrido nas primeiras décadas do século XIX. Concluído o processo, a América Central espanhola, tanto a continental como a caribenha, fragmentou-se em várias nações, atendendo aos interesses da elite branca local (os criollos, descendentes de espanhóis nascidos na América).
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Do ponto de vista político-econômico, as novas nações assumiram características similares. São nações subdesenvolvidas de economia dependente e assentada na exportação de produtos primários, pequena renda per capita e baixo índice de desenvolvimento humano e tecnológico.
MAR DAS ANTILHAS
América central continental Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
A seguir algumas características geográficas das nações que formam a chamada América Central continental:
Belize Superfície, 23 mil km2; população, 200 mil habitantes; capital, Belmopan; governo Monarquia Parlamentarista (o chefe de Estado é a rainha da Inglaterra); moeda, dólar de Belize; língua, inglês. Ocupa uma estreita faixa na península de Yucatán, entre a Guatemala e o México, uma das menores nações da América Central continental e a única dessa região colonizada pelos in136
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gleses. Uma grande planície ocupa quase todo o país, que se eleva a oeste, nas montanhas Maias. Próximo de seu pantanoso litoral, banhado pelo mar do Caribe, encontram-se várias ilhotas e a segunda maior barreira de coral do planeta. Florestas tropicais cobrem cerca de 50% da área do país, que mantêm diversas reservas de proteção ambiental. Os crioulos (descendentes de europeus), os afroamericanos e os mestiços de indígenas e europeus são maioria entre o povo; existem ainda pequenos grupos menores de índios maias, asiáticos e europeus de várias origens. A economia de Belize se baseia principalmente no cultivo de banana, cana-de-açúcar e frutas cítricas. Nos últimos anos tem crescido a extração de madeira. O conflito com a Guatemala causado por questões fronteiriças prejudica a entrada de capital estrangeiro e o desenvolvimento do turismo.
Costa Rica Superfície, 51 mil km2; população, 3,9 milhões de habitantes; capital, San José; governo, República Presidencialista; moeda, peso colón costarriquenho; língua, espanhol. É um país que possui duas planícies costeiras, uma banhada pelo oceano Pacífico (é uma área rochosa e recortada), e outra pelo mar do Caribe, possuindo praias de areia fina. Apesar de ser uma área sujeita a furacões, a flora e a fauna tropicais nativas existentes são preservadas por parques nacionais que ocupam cerca de 13% da área do país. Além dos parques que estimulam o turismo, a outra atração natural fica por conta do vulcão Arenal, que entra em erupção muitas vezes ao dia. O país é cortado de norte a sul por uma cadeia de montanhas e vulcões. Na parte central dessa Cordilheira encontra-se a Meseta, onde se localizam as principais cidades deste país. Sua economia é baseada no turismo, ao lado da produção de café e banana. É um país de destaque, pois possui estabilidade política, inexistência das Forças Armadas, que foi substituída pela guarda civil há mais de cinquenta anos.
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El Salvador Superfície, 21 mil km2; população, 6,2 milhões de habitantes; capital, San Salvador; governo, República Presidencialista; moeda, colón salvadorenho; língua, espanhol. El Salvador, banhado pelo oceano Pacífico, é o menor país da parte continental da América Central e o único da região que não possui litoral no mar do Caribe. Devastada a nação nos anos 1980 devido a uma violenta guerra civil, deixando 75 mil mortos, sobraram ainda reflexos em sua estrutura socioeconômica. Mais da metade da população não possui serviços de saúde e quase a metade vive na pobreza, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). Refugiados salvadorenhos, que hoje vivem nos Estados Unidos, enviam dinheiro, e essa é uma das principais fontes de recursos do país; a outra é a exportação de café e cana-de-açúcar. Seu território, muito povoado por uma população principalmente de mestiços de índios e espanhóis, possui mais de 25 vulcões extintos, que se encontram em uma cadeia montanhosa que corta a nação de leste a oeste. Em razão da falta de leis que proteja o ambiente, hoje existem apenas 3% das florestas originais em El Salvador, um dos menores índices do continente americano.
Guatemala Superficie, 109 mil km2; população, 11,1 milhões de habitantes; capital, Cidade da Guatemala; governo, República Presidencialista; moeda, quetzal; língua, espanhol. A Guatemala é marcada pela oposição entre os índios de origem maia (quase metade dos habitantes), que possuem forte influência na cultura nacional, e a elite de origem espanhola, que controla as atividades econômicas e o poder político. Encontra-se a oeste da América Central e é possuidora de um território sujeito a terremotos e cortado por duas cordilheiras, a Sierra Madre e a serra dos Cuchumatanes, com picos e vulcões que ultrapassam 4 mil metros de altitude. Existe entre elas 138
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um grande altiplano, habitado por pelo menos 55% da população, a mais numerosa do continente. No litoral do Pacífico e do Atlântico existem planícies costeiras, onde é desenvolvida a agricultura, baseada nas culturas tropicais voltadas para a exportação, como café, açúcar e banana. O setor industrial guatemalteco é o maior da América Central, com destaque para os ramos alimentício, têxtil, farmacêutico e químico. O desmatamento é um grande problema ecológico, especialmente na região de Petén, no norte, onde florestas são derrubadas para dar lugar à atividade agropecuária.
Nicarágua Superfície, 131 mil km2; população, 4,9 milhões de habitantes, capital, Manágua; governo, República Presidencialista; moeda, córdoba ouro; língua, espanhol. Nicarágua é o maior país da América Central em extensão territorial. Ainda se recupera de uma prolongada guerra civil, que durou quase toda a década de 1980. A renda per capita é uma das menores do mundo. A maioria da população vive no lado ocidental, voltado para o oceano Pacífico, onde estão as três maiores cidades. Possui solo vulcânico e fértil; na região leste concentrase a produção agrícola, que emprega cerca de 30% da mão-deobra. Uma cadeia montanhosa com vulcões ativos e dois grandes lagos isolam o lado oriental, voltado para o mar do Caribe e dominado pela planície dos Miskitos. O clima tropical é amenizado em parte pela altitude, favorecendo o cultivo de algodão, café e canade-açúcar, seus principais produtos de exportação.
Panamá Superfície, 76 mil km2; população, 2,8 milhões de habitantes; capital, Cidade do Panamá; governo, República Presidencialista; moeda, balboa; língua, espanhol. O território panamenho localiza-se no sudoeste da América Central, onde o istmo se junta à América do Sul; é cortado ao meio pelo canal do Panamá, e liga os oceanos Atlântico e Pací-
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fico. Por ano, 14 mil embarcações passam pelo canal, valor que representa 4% do comércio marítimo mundial. Em 1999, o governo arrecadou mais de 600 milhões de dólares em pedágio. O Panamá pertencia à Colômbia que, em 1879, autorizou o engenheiro francês Ferdinand Lesseps, construtor do canal de Suez, a iniciar as obras de abertura de um canal ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, mas o empreendimento foi à falência dez anos depois. Em 1903, os EUA, objetivando transformar a América Central numa região sob seu domínio, estimularam uma rebelião que levou o Panamá a se separar da Colômbia. No mesmo ano, obtiveram do Panamá o direito de retomar as obras de construção do canal, inaugurado em 1914. Em troca do controle perpétuo da Zona do Canal, os EUA pagavam uma quantia anual ao Panamá. Após a Segunda Guerra Mundial, cresceu a tensão interna contra a presença norte-americana no Panamá – onde é ins-
COSTA RICA
San José
PANAMÁ
Golfo de Panamá
N
W
E
S
COLÔMBIA
ESCALA
0
196km
392km
Canal do Panamá
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Cidade do Panamá
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talada a sede do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA. Em 1977, os EUA assinaram um acordo pelo qual o canal e suas instalações passariam ao controle panamenho no ano 2000, o que efetivamente aconteceu. Mas, os EUA reserva o direito de intervenção na Zona do Canal, caso a livre navegação ameaçada. A região tem por volta de 1,5 mil ilhas, a maior parte delas concentrada no litoral do Pacífico, com quase 30% de sua área ocupada por reservas de proteção ambiental. A população é heterogênea, a grande maioria formada por mestiços de índios e europeus, que convivem com grupos negros, brancos e indígenas. A área de serviços representa 74% do PIB do país, baseado na zona de livre comércio de Colón, na exploração do canal do Panamá, nos negócios bancários e na Marinha Mercante (o governo panamenho não impõe restrições ao registro de navios). Como principal produto agrícola, a banana responde por 30% das receitas externas. O país possui provavelmente as maiores reservas de cobre do mundo, ainda pouco exploradas.
Honduras Superfície, 112 mil km2; população, 6,3 milhões de habitantes; capital, Tegucigalpa; governo, República Presidencialista; moeda, lempira; língua, espanhol. Honduras possui um território montanhoso e uma pequena planície costeira, que é banhada pelo oceano Pacífico, e um litoral longo e plano no mar do Caribe. É uma das nações mais pobres do continente americano, e a situação se agravou nos últimos tempos devido a redução da ajuda dos Estados Unidos, seu aliado histórico e principal parceiro comercial, e por muitos furacões que assolam sua costa caribenha. A agricultura, a mais importante atividade econômica, é duramente afetada pela destruição de plantações de café e de banana, os principais produtos de exportação. As condições socioeconômicas, tradicionalmente ruins, tornam mais grave a qualidade de vida da população hondurenha – formada por 90% de mestiços de espanhóis e indígenas. Quase metade dos habitantes vive com menos de
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1 dólar por dia, segundo a ONU. O turismo é uma área em desenvolvimento, e é baseado em atrações como as ruínas maias De Copán, que foi declarada patrimônio da humanidade, e as ilhas de la Bahía, no Caribe, habitadas principalmente por descendentes de africanos. Apesar de muitos aspectos geográficos distintos, por ser representado por um conjunto de ilhas, temos a América Central insular ou Caribe, ou ainda, Antilhas.
América central insular Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
Antigas colônias européias, em sua maioria espanholas, o Caribe se destaca pelo seu atraso econômico e social, pela sua dependência econômica e tecnológica das nações desenvolvidas, sobretudo dos Estados Unidos, e por seu potencial turístico largamente explorado, aliás, hoje, a principal fonte de divisas da maioria das ilhas. A seguir algumas características das ilhas principais: 142
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Haiti Superfície, 28 mil km2; população, 8,1 milhões de habitantes; capital, Port-au-Prince; governo, República com forma mista de governo; língua, francês; moeda, gourde. O Haiti ocupa o oeste da ilha Hispaniola (no leste fica a República Dominicana) no mar do Caribe. Considerada nação mais pobre e a de menor índice de desenvolvimento humano (IDH) da América. Quase a metade dos habitantes é analfabeta e só 24% têm acesso a serviços de saneamento básico. Seu território, muito montanhoso, possui duas grandes cordilheiras que se estendem de leste a oeste. O litoral é recortado pelo golfo de Gonáve e existem várias ilhas. Apesar de apenas um terço do solo ser arável, a base da economia do país é a agricultura, com destaque para o cultivo de café, o principal produto de exportação. Primeira colônia americana libertadora de escravos, possui uma população negra, que é predominante, e um pequeno grupo de mulatos, mestiços de africanos e europeus, que forma a elite do país. A cultura africana é marcante em práticas religiosas como o vodu, semelhante ao candomblé. Apesar de o francês ser um dos idiomas oficiais, ele é falado por menos de 20% dos haitianos. A maioria usa o crioulo, língua formada pela mistura de elementos do espanhol, inglês, francês e dialetos africanos.
Granada Superfície, 344 km2; população, 98 mil habitantes; capital, St. George’s; governo, Monarquia Parlamentarista; moeda, dólar do Caribe do leste; línguas, inglês e francês dialetal. Localiza-se no leste do mar do Caribe, a menos de 150 quilômetros da costa da Venezuela; 90% de sua população são negra, que vivem em uma ilha de mesmo nome. A nação ainda abrange outras pequenas ilhas do arquipélago de Barlavento, conhecidas como Granadinas, das quais se destacam Carriacou (34 km2) e Petite Martinique (2 km2). A maior parte é
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desabitada. De relevo montanhoso, Granada possui muitos lagos vulcânicos e uma grande floresta tropical. Seu litoral muito recortado, com inúmeras penínsulas e baías, principalmente no sul. Conhecido como Ilha das Especiarias do Ocidente, o país é o segundo maior produtor mundial de noz-moscada, atrás apenas da Indonésia. Também são muito importantes as culturas de cravo, canela, cacau e banana, favorecidas pelo clima quente e úmido. O turismo é a principal fonte de receitas depois da agricultura. As ilhas recebem em média 300 mil visitantes anualmente, dos quais 30% são passageiros de cruzeiros marítimos.
Jamaica Superfície, 11 mil km2; população, 2,6 milhões de habitantes; capital. Kingston; governo, Monarquia Parlamentarista; moeda, dólar jamaicano; língua, inglês. Perto de 85% de sua população é descendente de escravos negros trazidos da África no período colonial. A origem africana marca a cultura do país, em manifestações como o reggae, gênero musical resultante da fusão de ritmos afro-jamaicanos com o blues e o soul americanos, e o movimento religioso rastafári, que prega a superação da opressão contra os negros e considera a África a sua pátria. Terceira maior ilha do mar do Caribe, na América Central. A maior parte do território jamaicano é montanhosa, com vales profundos e penhascos escarpados. No oeste, abre-se um planalto coberto de florestas tropicais. Existem muitos mananciais e fontes termais, razão pela qual foi chamada Xaimaca, terra das águas, pelos índios arauaques, seus habitantes nativos. O turismo é a mais importante fonte de receitas da Jamaica, que recebe milhares de visitantes atraídos pelas paisagens e pela boa infra-estrutura hoteleira. Em segundo lugar, a exportação de bauxita, minério do qual é o terceiro maior produtor mundial. O alto índice de desemprego (15,9%) e o tráfico de drogas têm contribuído para o aumento da violência no país. 144
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República Dominicana Superfície, 48 mil km2; população, 8,4 milhões de habitantes; capital, Santo Domingo; governo, República Presidencialista; moeda, peso dominicano; língua, espanhol. Foi um dos primeiros territórios americanos conhecidos por Cristóvão Colombo. Ocupa dois terços da ilha Hispaniola, a segunda em tamanho do mar do Caribe; – o restante pertence ao Haiti. Duas cordilheiras cortam o centro do país de leste a oeste, e entre elas encontra-se o vale de Cibao, uma das principais áreas agrícolas. No leste encontramos as praias mais procuradas pelos turistas. Grande parte da população é formada por mestiços de europeus e escravos africanos. Fortemente povoada, a República Dominicana oferece baixo padrão de vida a seus habitantes: quase metade vive com menos de 2 dólares por dia, de acordo com o Banco Mundial. Em conseqüência das dificuldades econômicas, é grande a emigração, principalmente em direção aos Estados Unidos, onde estima-se que vivem 1 milhão de dominicanos.
Cuba Superfície, 111 mil km2; população, 11,2 milhões de habitantes; capital, Havana; governo, Presidencialista com regime de partido único; moeda, peso cubano; língua, espanhol. Única nação comunista da América, Cuba está localizada na entrada do golfo do México, distante 170 quilômetros dos Estados Unidos. Vivendo uma séria crise econômica desde o fim da União Soviética, da qual era dependente, a situação foi agravada devido ao embargo comercial norte-americano. Para combatêla, o governo tem aberto a economia, que se baseia na exportação de açúcar e incentiva o turismo, pois possui lindas praias de clima tropical. Cuba inclui a ilha de Cuba, a maior do arquipélago das Antilhas, a ilha da Juventude e mais 1,6 mil ilhotas. Em seu relevo predominam as planícies, com uma pequena parte monta-
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nhosa no sudeste, a serra Maestra, de onde partiu a guerrilha liderada por Fidel Castro, para tomar o poder em 1959. O modelo de educação e saúde, implantado pela Revolução Cubana, elevou o padrão de vida dos habitantes; hoje todos têm acesso a serviços de saúde, e a taxa de analfabetismo é de 4,3%, de acordo com a ONU. Devido a grande maioria da população ser de origem africana, a cultura deste país possui elementos parecidos com a brasileira, como o carnaval e a santería, religião semelhante ao candomblé. Também é grande a influência espanhola – que se vê nos edifícios coloniais de Havana, considerados patrimônios da humanidade, e a norte-americana, representada pelo beisebol, o esporte nacional cubano.
Dominica Superfície, 751 km2; população, 100 mil habitantes; capital, Roseau; governo, República Parlamentarista; moeda, dólar do Caribe do leste; língua, inglês. Situa-se em uma ilha de origem vulcânica do arquipélago das Pequenas Antilhas, no mar do Caribe. Possui uma área bastante montanhosa e mais de duzentos rios correm em seus vales cheios de cachoeiras. Grande parte de sua população é descendente de escravos negros trazidos para trabalhar na ilha a partir do século XVII. A colonização francesa, apesar de ter sido curta, exerce ainda muita influência na cultura dominique, que se representa pela religião católica – seguida por quase 80% da população – e pela língua (crioulo), uma mistura de francês com dialetos africanos. O cultivo de banana é responsável por 75% da produção agrícola do país. Até a década de 1990, quase toda a safra era exportada para o Reino Unido. Com a entrada em vigor de tratados de comércio da União Européia, Dominica foi afetada pela concorrência de outras nações da América Central. A situação se agravou nos últimos anos devido à devastação de plantações provocada por furacões. Para desenvolver a economia, o governo tem incentivado a agroindústria e a pesca. 146
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Bahamas Superfície, 14 mil km2; população, 301 mil habitantes; capital, Nassau; governo, Monarquia Parlamentarista; moeda, dólar das Bahamas; língua, inglês. Considerada paraíso fiscal internacional devido aos baixos impostos e ao reduzido controle sobre a origem do dinheiro aplicado em seus bancos. Essas facilidades atraem investidores do mundo inteiro, o que faz do setor financeiro uma das principais atividades econômicas do país. Perde em importância apenas para o turismo, favorecido por águas transparentes, propícias à prática de mergulho, pelo clima quente (o sol aparece em média 320 dias por ano) e pela diversidade da fauna marinha. O arquipélago é formado por cerca de setecentas ilhas encontradas no norte da América Central, no mar do Caribe, mas apenas trinta são habitadas. De origem calcária e rodeadas de recifes de coral e bancos de areia, abrangem uma área de aproximadamente 300 mil km2, da costa da Flórida, nos Estados Unidos, até o norte do Haiti. A falta de rios dificulta o desenvolvimento da agricultura, que se restringe a culturas de frutas e legumes. A origem africana da maioria da população reflete-se na música, em ritmos como o goombay, e nas crenças religiosas, como o obeah, semelhante ao vodu haitiano.
Trinidad e Tobago Superfície, 5 mil km2; população, 1,3 milhões de habitantes; capital, Port of Spain, governo, República Parlamentarista; moeda, dólar de Trinidad e Tobago; língua, inglês. O país é formando por duas ilhas principais e outras menores. De clima tropical e muitas montanhas, situa-se ao sul do mar do Caribe, apenas a 11 km da Venezuela. A população se compõe basicamente de descendentes de africanos e indianos, trazidos para trabalhar na lavoura da cana-de-açúcar. Possui a menor taxa de analfabetos da América Central, e está entre as nações
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com maior índice de desenvolvimento humano. Quase todos os habitantes têm serviços de saúde e água potável. O principal recurso explorado no país é o petróleo. Desenvolve a exploração de gás natural.
Questões de vestibular 1) (Puc-SP) Cuba vive atualmente uma profunda crise econômica. Esta situação tem provocado a elevação do número de “balseros”, fugitivos cubanos que tentam, com grande risco, a travessia para chegar aos EUA. O volume desses refugiados amplia-se a cada dia, tendo superado, nos últimos meses, a cifra de 50 mil. Analise as afirmações a seguir: 1 . A situação econômica de Cuba agravou-se decisivamente com a dissolução dos regimes socialistas na Europa Oriental e na URSS, pois estes países compravam o açúcar cubano, seu principal produto, a preços acima do mercado. 2. A imposição do embargo econômico e comercial pelos EUA mantém Cuba num estado de isolamento em relação ao mercado mundial. Este fato prejudica imensamente Cuba, já que na economia moderna nenhum país pode viver isolado. 3. O fato de o território cubano distribuir-se num arquipélago de pequena dimensão explica sua inviabilidade econômica, já que existe sempre uma relação direta entre tamanho do território e desenvolvimento econômico. 4. Os “balseros” são refugiados políticos, única e exclusivamente. São pessoas descontentes com o regime político e com a falta de perspectiva de abertura democrática. Nesse caso, a motivação econômico-material não tem tanta importância. 5. A escassez de recursos naturais em Cuba, em especial o petróleo, compromete o futuro cubano, caso não haja imediatamente a suspensão do embargo econômico promovido pelos EUA. Assinale a alternativa que contenha o conjunto de afirmações verdadeiras: 148
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a) b) c) d) e)
2-3-4-5 2-4-5 1-2-5 1-2-3-5 3-4-5
2) (Cesgranrio) Um dos mais marcantes acontecimentos de 1994 vem sendo o êxodo dos cidadãos cubanos que tentam alcançar a Flórida utilizando-se de improvisadas e toscas embarcações. Esse fato demonstra que o regime socialista de Fidel Castro se encontra no meio de uma grave crise, relacionada à(ao): a) redução dos preços internacionais dos dois principais produtos de exportação de Cuba: o algodão e a soja. b) manutenção do embargo comercial norte-americano que dificulta a reestruturação da economia do país. c) elevação recente das taxas de juros externas, levando o país a se retirar do Fundo Monetário Internacional. d) término dos tratados de cooperação econômica, mantidos à época da Guerra Fria, com a Comunidade Econômica Européia. e) avanço de reformas agrárias que vem obrigando antigos proprietários a fugirem para os EUA, na qualidade de refugiados de guerra. 3) (UFES) “Você está sozinho como eu? Quer alguém para conversar? Ligue 1 - 800 - CAMARADINHAS! As telefonistas o esperam. Ligue já!”. A charge do USA Today ironiza o isolamento do presidente Fidel Castro na figura ao lado. Diante da difícil situação, desde 1991, quando o governo russo resolveu suspender os compromissos assumidos embargando as importações, e diante da necessidade de adaptar o país à nova realidade mundial o governo cubano:
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a) abre suas portas para o capital internacional em vários setores, inclusive no das telecomunicações, do petróleo, da indústria automobilística, e eleva o turismo à condição de maior atividade econômica. b) ameaça o governo americano com a abertura da emigração, o que poderia levar milhões de cubanos, empobrecidos pelas condições do embargo econômico, às cidades americanas, agravando os problemas sociais dessas cidades. c) continua resistindo às pressões internacionais, utilizando como argumento sua localização geográfica estratégica, passagem obrigatória para navios vindos do Atlântico, que queiram atingir o canal do Panamá e o golfo do México. d) está diversificando suas atividades e exportações, sem prejudicar seus projetos sociais, principalmente nas áreas de saúde e educação, pelos quais Cuba se destaca na América Latina. e) já admite uma adesão ao neoliberalismo, uma abertura política, com direito a partidos políticos de oposição, à livre imprensa e à convocação para eleições democráticas, a exemplo da maioria dos países latino-americanos. 4) (Faap) Está situado na parte mais estreita da América Central e possui litoral no Pacífico e no Caribe. O clima é tropical, com pouca variação ao longo do ano. A temperatura média é de 27 °C. Possui provavelmente as maiores reservas de cobre do mundo, que permanecem praticamente inexploradas. Identifique o país de que se fala: a) Colômbia. b) Venezuela. c) Cuba. d) Panamá. e) México. 5) (Faap) Parte das cadeias de ilhas das Grandes Antilhas, no Caribe, é formada por picos emersos de uma cadeia de montanhas submarina. O país tem abundância de frutas tropicais como melão, 150
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a) b) c) d) e)
banana e goiaba. Os principais produtos são cana-de-açúcar, banana e café. É rica em bauxita, que proporciona mais da metade das receitas de divisas estrangeiras. As principais indústrias manufatureiras são de alimentos, têxteis, de máquinas agrícolas e de cimento. Identifique o país de que se fala: Colômbia. Venezuela. Jamaica. Equador. Peru.
6) (Unesp) O mapa ilustra três países da América Central que têm se destacado pelas lutas populares e guerras civis buscando a independência econômica e autodeterminação de seus povos. Identifique a alternativa que traz corretamente, na ordem 1, 2 e 3, os países que estão sendo palco das lutas mencionadas. a) Guatemala, Honduras, El Salvador. b) Panamá, Honduras, Costa Rica. c) Nicarágua, Guatemala, Belize. d) El Salvador, Costa Rica, Nicarágua. e) Panamá, Nicarágua, El Salvador. 7) (Puccamp) Considere as afirmações sobre o “canal do Panamá”. I. Para a construção do canal, os Estados Unidos estimularam e garantiram a independência do Panamá que se separou da Venezuela. II. A zona do canal polariza a economia do país, pois o comércio, os transportes e os serviços representam grande parte da renda panamenha.
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III. A utilização do canal representa uma economia de milhares de quilômetros de viagem para os navios. IV. A perda do canal do Panamá, pelos Estados Unidos, pode significar o fim de sua hegemonia sobre os países da América Central. Estão corretas SOMENTE: a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) III e IV 8) (Puc-RJ) As condições naturais do Caribe, assim como sua posição em relação à organização econômica e geopolítica, contribuíram para o desenvolvimento de uma série de atividades econômicas voltadas para os mercados consumidores externos. Com relação ao texto anterior, podemos afirmar que a região caribenha NÃO se destaca: a) pela indústria do turismo. b) como refúgio de capitais. c) por sua posição estratégica. d) pela produção de material bélico. e) pela produção primário-exportadora. 9) (Puccamp) Nos últimos 30 anos, a América Central está sempre lutando para se reconstruir depois de alguma catástrofe natural: terremotos, maremotos, furacões – tudo se abate sobre esta estreita faixa de terras que liga a América do Norte à do Sul. Do ponto de vista político-econômico caracteriza-se: a) por representar uma região pouco violenta e politicamente estável desde o início do século, quando os países se tornaram independentes. b) pelo rápido crescimento econômico, em grande parte associado aos recentes acordos bilaterais entre a região e a União Européia. 152
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c) pelo acelerado processo de industrialização, iniciado nesta década e que pode ser equiparado ao processo que ocorreu nos Tigres Asiáticos. d) por ter eliminado de forma radical os focos de conflito pela terra, em virtude das recentes políticas de reforma agrária empreendidas pelos Estados que a compõem. e) por ser habitada por pouco mais de 30 milhões de pessoas, sendo que pelo menos a metade é muito pobre e, em geral, ligada às atividades primárias. 10) (Mackenzie) El Salvador, Honduras e Nicarágua apresentam a maior parte de sua população constituída por: a) mestiços indígenas. b) negros e mulatos. c) brancos de origem européia. d) ameríndios. e) brancos e mulatos.
América do Sul Essa parte do Continente Americano se destaca por inúmeros fatores de ordem natural, ecológica, econômica e política. Do ponto de vista natural destacam-se a imponente cordilheira dos Andes, dobramento moderno, uma verdadeira continuação das montanhas Rochosas que dominam a paisagem oeste da América do Norte; a floresta Amazônica, a maior floresta tropical úmida do mundo, com sua fabulosa e diversificada flora e fauna; a notável concentração de água doce representada pelas bacias hidrográficas que recortam a região e a grande concentração mineralógica, típica de terrenos sedimentares que recobrem a maior parte do continente sul-americano. O destaque fica para o Brasil, em virtude de sua extensão territorial, a maior entre os países sul-americanos. O continente é
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América do Sul político Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
dividido entre entre países, doze independentes e um ainda colônia, cujas características principais são apresentadas abaixo.
Argentina Superfície, 2,780 milhões de km2, incluindo a Antártida argentina; população, 36 milhões de habitantes; capital, Buenos Aires; governo, República Presidencialista; moeda, peso argentino; língua, espanhol. Situa-se na parte meridional da América do Sul, banhada pelo oceano Atlântico. A diversidade de paisagens físicas possibilita a divisão da Argentina nas seguintes regiões geográficas: 154
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◆ Andes argentinos: porção argentina da cordilheira dos Andes, de norte a sul. ◆ Chaco: parte noroeste do país, de clima tropical seco e de relevo plano e deprimido. ◆ Mesopotâmia argentina: é assim chamada a parte de terras a nordeste, entre os rios Paraná e Uruguai. ◆ Pampas: desde o rio Paraná até o rio Colorado. Vastas planícies revestidas de vegetação herbácea, do tipo pradarias. ◆ Patagônia e Terra do Fogo: ao sul do rio Colorado. Velhas formas de relevo, desgastadas, onde reina clima frio com invernos rigorosos. A população argentina é na sua maioria urbana (89%). Originariamente espanhola, recebeu forte contingente de imigrantes (em 100 anos, 9,5 milhões), dos quais uma forte parcela de italianos. A distribuição dessa população é muito desigual, estando concentrada em torno de Buenos Aires. Existem trechos, como no Chaco e na Patagônia, quase desérticos. A economia do país tem passado, nos últimos anos, por crises provocadas pela instabilidade política. Tradicionalmente apoiada na criação de bovinos e ovinos e no cultivo de cereais (trigo e milho), a renda nacional passou a contar, desde a última grande guerra, com o setor industrial que se desenvolveu extraordinariamente. A criação de indústria siderúrgica possibilitou a instalação de um parque de indústria automobilística ligada a grupos italianos, franceses e norte-americanos. O crescimento industrial foi possível também graças às inversões de capital estrangeiro (EUA, Suíça, Holanda, Itália). Ainda no setor industrial são importantes as indústrias químicas, têxteis e a produção de maquinaria. A produção de vinhos e a exportação de frutas temperadas são outras atividades ao lado das tradicionais. Em agosto de 1998 a economia argentina sofreu um impacto da crise financeira da Federação Russa. Houve redução nos investimentos externos e a
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valorização do dólar prejudicou as exportações, pois o peso tinha, por imposição governamental, a mesma cotação da moeda americana; por fim, intensificou-se a recessão dos produtos agropecuários no mercado internacional. Agravou-se a situação com a desvalorização do real, moeda do Brasil, o maior parceiro econômico da Argentina, dificultando as exportações argentinas. Em 1999 o desemprego aumentou, acentuando as desigualdades sociais. Nesse momento o governo, pressionado, adotou barreiras contra as importações, inclusive de produtos brasileiros, ferindo acordos do Mercosul, e investiu na aproximação com os Estados Unidos. O Brasil ameaçou retirar o tratamento preferencial dado à importação de cerca de quatrocentos itens argentinos. Buenos Aires, a capital do país, é o centro da conurbação conhecido como Grande Buenos Aires, com 11,3 milhões de habitantes. A cidade localiza-se num sítio plano, à beira do estuário do Prata. Seu porto é um dos mais importantes do hemisfério sul, dotado de instalações apropriadas para a circulação de cereais e o comércio de carnes e derivados. A cidade apresenta um plano de ruas retilíneas que se cortam em ângulo reto. Sua vida noturna, monumentos e universidades lhe asseguram a primazia cultural do país. Córdoba, capital da província de mesmo nome, é importante centro industrial, com 1,2 mil habitantes. Rosário é uma cidade portuária no rio Paraná, podendo receber navios de alto-mar (900 mil habitantes). La Plata, Santa Fé, Tucumán, Paraná, Mendonça, Corrientes são outros centros urbanos.
Bolívia Superfície, 1,1 milhão de km2; população, 8,1 milhões de habitantes; capital, La Paz; governo, República Presidencialista; moeda, peso boliviano; língua, espanhol. É uma das nações mais pobres da América do Sul, com a taxa mais alta de analfabetos e o menor índice de desenvolvimento humano da região. Uma das principais tradições dos indígenas 156
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bolivianos é mascar a folha de coca, que também é usada em chás e medicamentos, o que explica a origem da ligação do país com o tráfico de drogas e as dificuldades do governo em proibir o cultivo da planta. Ao centro-oeste do continente, a Bolívia não tem saída para o mar. A cordilheira dos Andes avança em seu território onde atinge a máxima largura e se divide em duas partes. Entre elas encontra-se o altiplano andino, onde 70% dos habitantes vivem e também onde se localizam as principais cidades do país, como La Paz, considerada a capital mais alta do mundo. Ao norte e a leste, as montanhas dão lugar a planícies cobertas pela floresta Amazônica, e no sudeste, à pantanosa região do Chaco. Dois terços dos bolivianos são indígenas.
Brasil Superfície, 8,5 milhões de km2; população, 169,5 milhões de habitantes; capital, Brasília; governo, República Presidencialista; moeda, real; língua, português. É considerado o maior país tropical, pois metade de sua área é coberta pela floresta Amazônica, que é a principal reserva de biodiversidade do mundo. Possui grande variedade de fauna e de flora, paisagens de diversos tipos, como o cerrado, a caatinga, a mata atlântica, o pantanal mato-grossense. Seu litoral é rico e extenso, pois possui por volta de 8 mil quilômetros de extensão, onde se encontram manguesais, lagoas, coqueirais, serras e dunas. Seu relevo é de baixa altitude, seu ponto mais alto fica ao norte da Amazônia (pico da Neblina), com 3.014 metros. Seus habitantes derivam de uma mistura de raças (índios, brancos e negros) desde o século XVI. Os negros foram trazidos aos milhões na época da escravidão. As regiões Sul e Sudeste receberam fortes influências da imigração européia nos últimos cem anos. A cultura do país expressa essa mistura, em particular, a música popular brasileira, reconhecida internacionalmente.
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Sua economia baseou-se na agricultura por mais de quatrocentos anos; atualmente, é a oitava maior economia do mundo. Nos últimos decênios o país realizou um grande processo de implantação de indústrias, que respondem hoje por um terço do PIB nacional. Mas ainda existem enormes desigualdades sociais; o país registra a maior concentração de renda do mundo, de acordo com a ONU e seu Índice de Desenvolvimento Humano (0,777) o coloca, em 2001, no 65o lugar, dentre 175 países.
Chile Superfície, 757 mil km2 (2 mil de km2, incluindo a Antártida chilena); população, 15 milhões de habitantes; capital, Santiago; governo, República Presidencial; moeda, peso chileno; língua, espanhol. No sudoeste da América do Sul, o Chile passou por uma repressora ditadura militar a partir da década de 1970, ao mesmo tempo que sua economia era a primeira da América Latina a conhecer a implantação de princípios neoliberais. A economia se recuperou, mas à custa de enorme desemprego e marginalização social. Situado entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico, o país tem o território mais estreito do mundo – sua largura máxima é de 175 quilômetros, 25 vezes menor que sua extensão, de 4,3 mil quilômetros. Apresenta diferentes paisagens, como o deserto do Atacama (o lugar mais seco do planeta), no norte, os lagos, no centro-sul, geleiras e arquipélagos da Patagônia, no extremo sul, a tropical ilha de Páscoa, no oceano Pacífico. Cerca de 95% dos chilenos são mestiços de indígenas e europeus, e a maior parte vive na região central do país, sendo 39% na metrópole, Santiago. Possui a menor taxa de mortalidade infantil e o segundo mais alto índice de desenvolvimento humano da América do Sul. É uma das nações mais desenvolvidas socialmente na região, apesar do elevado desemprego. É o maior produtor mundial de cobre, cuja exportação é a principal fonte de receitas, mas destacam-se também as exportações de frutas e de produtos derivados de pescado. 158
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Colômbia Superfície, 1,1 milhão de km2; população, 41,6 milhões de habitantes; capital, Bogotá; governo, República Presidencialista; moeda, peso colombiano; língua, espanhol. Tem enfrentado nos últimos anos o aumento da violência entre grupos guerrilheiros de esquerda, esquadrões paramilitares de direita e as Forças Armadas. A situação se agravou devido ao poder do tráfico de drogas, que tem grande influência em muitos setores da sociedade colombiana, inclusive em instituições do governo. Várias foram as tentativas para se negociar a paz, mas todas têm fracassado, e o conflito continua. Situa-se à noroeste da América do Sul, sendo o único do continente banhado tanto pelo oceano Pacífico como pelo Atlântico (mar do Caribe). Dois terços do território são cobertos por florestas tropicais. O restante é ocupado pela cordilheira dos Andes e pelas regiões costeiras, no oeste, onde vivem 90% dos colombianos. No litoral caribenho encontra-se a cidade de Cartagena, cujo conjunto arquitetônico colonial é considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. O país possui a segunda maior população da América do Sul, atrás apenas do Brasil; é formada principalmente por mestiços de índios, negros e brancos. A principal atividade econômica é a agricultura, destacandose o cultivo do café, pois é o segundo produtor mundial. A exportação de minérios também é importante fonte de recursos; o país possui as maiores reservas de carvão da América Latina.
Equador Superfície, 280 mil km2; população, 12,4 milhões de habitantes; capital, Quito; governo, República Presidencialista; moeda, sucre (dolarizado); língua, espanhol. As ilhas Galápagos pertencem ao Equador, e são povoadas por espécimes animais únicos, que levaram Charles Darwin a criar a Teoria da Evolução das Espécies. É uma das principais atrações do Equador. O limite da nação, ao norte, é com a Co-
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lômbia e, no leste e no sul, com o Peru, país com qual o entrou em conflito muitas vezes por questões de fronteira, até a assinatura de um acordo em 1998. Seu território, localizado no noroeste da América do Sul e banhado pelo oceano Pacífico, é cortado por duas cadeias montanhosas da cordilheira dos Andes. Entre elas há um planalto central (altiplano), onde se encontra Quito, a capital; a maioria dos moradores é de origem indígena – que representam 80% dos equatorianos. No litoral, habitado pela minoria de negros, mulatos e europeus, desenvolve-se o plantio de café, cacau e, em especial, banana, fruta da qual o Equador é considerado maior exportador mundial. Coberta pela selva amazônica e pouco habitada, a região leste, chamada de Oriente, possui grandes reservas de petróleo, uma das principais fontes de receita do país. Ultimamente, vem enfrentando uma das piores crises de sua história, o que prejudica principalmente as condições de vida da população.
Guiana Superfície, 215 mil km2; populacão, 855 mil habitantes; capital, Georgetown; governo, República com forma mista de governo; moeda, dólar da Guiana; línguas, inglês, hindi, urdu e línguas regionais. O país localiza-se na parte norte do planalto das Guianas e apresenta uma estreita planície litorânea no Atlântico. Possui clima e florestas equatoriais. Antiga colônia inglesa (ex-Guiana Inglesa), tornou-se independente em 1966. País pobre e pouco desenvolvido, possui mais da metade da população constituída por indianos, negros e ameríndios. Sua economia é baseada na agricultura da cana-de-açúcar, arroz e produtos florestais. Possui jazidas de bauxita (minério de alumínio). Seu comércio se faz principalmente com a Grã-Bretanha e o Canadá.
Guiana Francesa Superfície, 83,5 mil km2; população, 157 mil habitantes; capital, Caiena; línguas, francês (oficial) e crioulo (mistura do francês com línguas africanas). 160
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A Guiana Francesa é um departamento de ultramar da França. Com cerca de 90% de sua área coberta por florestas, sua população concentra-se no litoral. O interior só é acessível por rios. Predominam negros, vindos das colônias caribenhas de Martinica e Guadalupe. O território faz parte da União Européia. No passado era principalmente uma “colônia presídio” para os mais perigosos criminosos da metrópole. O presídio na ilha do Diabo, no litoral da colônia, era um dos mais famosos do mundo, pela sua segurança e severidade. Atualmente destacam-se o Centro Espacial de Kourou, pertencente à Agência Espacial Européia, que opera no território desde 1968, base de lançamento de foguetes e satélites de comunicação, favorecidos devido à proximidade da linha do Equador; e a ligação rodoviária entre o estado brasileiro do Amapá e a capital da Guiana Francesa, Caiena, uma obra estratégica. Há movimentos separatistas que lutam pela “descolonização”. Sua economia é a mais pobre da região e suas exportações baseiam-se na madeira, especialmente “pau-rosa”, usado na produção de perfumes. O comércio externo é bastante deficitário, o que provoca auxílio maciço da metrópole.
Paraguai Superfície, 407 mil km2; população, 5,4 milhões de habitantes; capital, Assunção; governo, República Presidencialista; moeda, guarani; línguas, espanhol e guarani. Nos últimos anos, o Paraguai tem sobrevivido a vários fracassados golpes de Estado, provocados pelos militares, e ao assassinato de um vice-presidente. Conhecido por fazer parte de um grande centro de comércio de produtos contrabandeados, no Paraguai existe uma das muitas rotas do tráfico internacional de drogas. Situado no centro-sul da América do Sul, possuidor de uma grande planície alagada no leste, onde é desenvolvido o cultivo da soja, principal produto de exportação. A oeste encontramos o
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Gran Chaco, região de savana ocupada pela pecuária. O rio Paraguai serve de ligação entre o norte e o sul, sendo também a mais importante via de exportação, uma vez que não existe saída direta para o mar. Vive no país um grande grupo de brasileiros (os brasilguaios, ocupando as áreas mais próximas à fronteira com o Brasil, onde ocorrem conflitos e tensão com os habitantes locais. As usinas hidrelétricas, construídas em associação com o Brasil (Itaipu) e com a Argentina (Yaciretá), seus parceiros no Mercosul, fornecem energia abundante e barata.
Peru Superfície, 1,285 mil km2; população, 25,2 milhões de habitantes; capital, Lima; governo, República Presidencialista; moeda, sol novo; língua, espanhol. Terceiro país da América do Sul em extensão territorial, o Peru foi sede do Império Inca até a chegada dos espanhóis, na primeira metade do século XVI. Marcas dessa civilização estão preservadas no santuário de Machu Pichu e na cidade de Cuzco, considerados patrimônio da humanidade. O Peru é dividido em três regiões pela cordilheira dos Andes. A região do litoral é desértica e nela encontram-se as cidades mais importantes, como a capital, Lima. O altiplano andino é povoado principalmente por índios, que são a maior parte da população e que vivem de uma agricultura de subsistência. A leste da cordilheira fica a Amazônia peruana, onde nascem os rios que formam o Amazonas. O Peru é um dos dois países sul-americanos a adotar também como oficiais os idiomas de seus habitantes nativos, o quíchua e o aimará. A agricultura e a mineração são as principais fontes de receita, mas o comércio ilegal de coca (planta usada para fabricar cocaína), da qual o Peru é o maior produtor mundial, deve superar todos os recursos obtidos com as exportações legais.
Suriname Superfície, 164 mil km2; pop. 415 mil habitantes; capital, Paramaribo; governo, República com forma mista de governo; moeda, florim do Suriname; língua, holandês. 162
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Antiga colônia da Holanda (Países Baixos), sob o nome de Guiana Holandesa, o Suriname encontra-se no norte da América do Sul. Seu litoral é pantanoso e o interior encontra-se coberto por cerrados e florestas tropicais. A população é heterogênea e seus dois maiores grupos são descendentes de indianos e de paquistaneses e os crioulos. Somente 1% dos habitantes origina-se de antigos colonizadores europeus. A grande maioria de seus habitantes vive na planície litorânea do norte do país, banhada pelo oceano Atlântico. Cerca de 70% de sua receita externa provém da exportação de bauxita, minério abundante no território. A agricultura apóia-se no cultivo de arroz, a atividade mais importante. Desde a suspensão do auxílio holandês, na década de 1980, a economia enfrenta recessão. O Suriname disputa áreas fronteiriças com as vizinhas Guiana e Guiana Francesa.
Uruguai Superfície, 176 mil km2; população, 3,3 milhões de habitantes; capital, Montevidéu; governo, República Presidencialista; moeda, peso uruguaio; língua, espanhol. Localiza-se às margens do rio da Prata, no sudeste da América do Sul, e possui um território pouco ondulado, coberto por campos parecidos aos pampas da Argentina e do Brasil. Cerca de 90% da população vive em cidades, quase a metade na capital, Montevidéu. A maioria dos uruguaios descende de europeus e uma minoria é de origem indígena e africana. O padrão de vida é um dos melhores da América do Sul: possui um dos maiores índices de desenvolvimento humano, menores taxas de analfabetismo e uma das mais elevadas rendas per capita da região. A pecuária é a base da economia, destacando a produção de lã e carne. Em seguida vem a agricultura, que se concentra no cultivo de cereais. O turismo tem aumentado nos últimos anos por causa das praias de clima moderado, banhadas pelo oceano Atlântico.
Venezuela Superfície, 912 mil km2; população, 23,7 milhões de habitantes; capital, Caracas; governo, República Presidencialista; moeda, bolívar; língua, espanhol.
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A Venezuela possui 80% de sua receita provinda da exportação de petróleo, sendo a principal produtora e exportadora da América Latina, concentrada na região do lago Maracaibo, o maior da América do Sul. Com a baixa do preço do produto no mercado internacional, o governo direciona seus investimentos para a indústria, especialmente a metalúrgica, diversificando assim a economia. O país vive uma crise institucional que envolve os três poderes desde a posse do presidente coronel Hugo Chávez. O litoral venezuelano, banhado pelo mar do Caribe, é dividido por diversas penínsulas e ilhas. No oeste e no norte, encontramos duas cadeias de montanhas, com alturas que ultrapassam 2 mil metros de altitude. O centro do país é formado por uma grande planície cortada pelo rio Orinoco, coberta de floresta tropical e savanas. No centro-sul encontramos o planalto das Guianas, em que predominam as mesetas. A população concentra-se na zona costeira, onde se localizam as principais cidades venezuelanas.
Recordes da América do Sul Ponto mais elevado: monte Aconcágua, 6.960 m (Argentina/Chile) Maior depressão: Salinas Chicas, 42 m (Argentina) Maior ilha: Marajó, 48 mil km2 (Brasil) Maior lago: Maracaibo, 13 mil km2 (Venezuela) Maior rio: Amazonas, 6.868 km (Brasil) Maior bacia hidrográfica: bacia do Amazonas, 7 mi km2 Temperatura máxima registrada: 48,9 0C (Rivadavia, Argentina) Temperatura mínima registrada: –33 0C (Colônia, Argentina) Capital mais elevada: La Paz, 3.627 m (Bolívia) Altitude média: 590 m Extensão do litoral: 28.700 km
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MEIO AMBIENTE (1995) Área de floresta ................................... 8,7 mi km2 Desmatamento .............. 239 mil km2 (1990-1995) Áreas de conservação ............ 7,4 % do território Recursos hídricos per capita ................. 30 mil m3
Questões de vestibular 1) (UFRS) Leia o texto abaixo. Mergulhado em graves problemas econômicos, sem precedentes nos últimos setenta anos, o país viveu, nos anos 1990, sua pior crise devido à queda do preço do petróleo e da banana, além dos danos causados por El Niño à infra-estrutura produtiva do litoral. Em setembro de 1998, o governo lança um pacote de ajustes com medidas impopulares – a população reage com violência à alta geral dos preços e aos cortes nos subsídios. De agosto de 1999 a agosto de 2000, a inflação acumulada foi de 104%, uma das mais altas da América Latina. Numa tentativa de solucionar os problemas, em setembro de 2000, o governo toma uma atitude drástica substituindo a moeda nacional – que havia circulado durante 116 anos. Com esta atitude, o país passa a ter como moeda oficial o dólar norteamericano. A qual país refere-se o texto acima? a) Bolívia. b) Colômbia. c) Equador. d) Peru. e) Venezuela. 2) (Puc-RS) I. A área em destaque representa a fronteira do Brasil com a República do Suriname a norte e com a República da Colômbia a noroeste; fronteira viva pela presença da floresta Amazônica.
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II. A fronteira demarcada representa um grande problema Equador geopolítico para o Brasil, pois o narcotráfico na região é muito intenso. III. O Exército brasileiro tem intenTrópico de sificado o controle dessa área, Capricórnio devido à ameaça constante, por parte de grupos organizados dos países sul-americanos, que praticam a extração ilegal nos seringais e a biopirataria. IV. Hoje é a fronteira que mais preocupa as forças armadas brasileiras, pois é uma área estratégica de radiação da distribuição de drogas, principalmente onde se encontra a fronteira com a República da Colômbia. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as da alternativa: a) I e II b) I, II e III c) I, III e IV d) II e IV e) III e IV 3) (Puc-RS) Responder à questão com base na notícia abaixo, veiculada em um jornal latino-americano imaginário: Hoje o senhor Raúl Cubas renunciou à Presidência da República. Sua saída do governo evitou o processo de “impeachment” solicitado pelo Congresso Nacional. Cubas recusou-se a rever a decisão de libertar o general reformado Lino Oviedo, preso por tentativa de golpe. A decisão foi precipitada pelo assassinato do vice-presidente Luis María Agaña e pela violência que se instalou na capital. A situação preocupa o governo uruguaio, e mais particularmente, os governos brasileiro e argentino. 166
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a) b) c) d) e)
O país em que ocorreu a situação relatada pelo jornal é: Equador. México. Venezuela. Nicarágua. Paraguai.
4) (Mackenzie) O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou ontem a concentrar a atenção internacional ao tornar-se o primeiro chefe de Estado a fazer uma visita oficial ao Iraque desde o fim da Guerra do Golfo, em 1991. A viagem faz parte de seu tour pelos países membros da Opep(...) (O Estado de S. Paulo, 11/8/2000.) A visita do presidente venezuelano justifica-se: a) pela necessidade de obter apoio interno, uma vez que sua eleição é contestada por vários grupos de oposição venezuelanos. b) pelo fato de a Venezuela ser membro da Opep e o 3o maior exportador mundial de petróleo e temer um aumento da produção e conseqüente queda de preços do produto. c) pela necessidade de conseguir importar petróleo a preços subsidiados, aliviando a pressão inflacionária na Venezuela. d) para tentar reduzir os preços internacionais do petróleo, favorecendo as exportações venezuelanas do produto, principalmente para os EUA. e) para se antepor ao isolamento da Venezuela com a comunidade internacional, que questiona a lisura da eleição de Chávez. 5) (Puc-RS) Observe o mapa, que destaca seis países localizados na porção ocidental do continente sul-americano. Esses países possuem, como características comuns, a presença de: a) Cordilheira dos Andes; população com baixo a médio padrão de vida e crescimento vegetativo em declínio; predomínio de mestiços e indígenas.
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b) Grandes planícies litorâneas; população com alto padrão de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de negros e mulatos. c) Elevados planaltos centrais; população com baixo padrão de vida e baixo crescimento vegetativo; predomínio de brancos de origem européia. d) Cordilheira dos Andes; população com alto padrão de vida e alto crescimento vegetativo; predomínio de índios e brancos. e) Cordilheira dos Andes; população com alto padrão de vida e elevado crescimento vegetativo; predomínio de brancos e negros. 6) (Puc-MG) Em relação aos processos sócio-econômicos e políticos dos países da América Latina, assinale a característica INCORRETA: a) A fragilidade da vida política, com golpes militares e trocas de governos. b) O peso da dívida externa que, por vezes, tem provocado situações de tensão com os bancos internacionais. c) A tentativa de manter o saldo de exportação positivo, apoiado na mineração ou nas atividades agrícolas. d) O peso do tráfico ilegal de entorpecentes na arrecadação de dólares e na geração de empregos. e) Economia altamente diversificada, com fraca concentração em um determinado produto. 7) (UFPE) Em relação aos aspectos geográficos da América Latina, analise as proposições a seguir: 1. A formação dos países latino-americanos foi o resultado direto da expansão da civilização européia. 2. Os Apalaches, o Maciço das Guianas e a cordilheira dos Andes são as unidades de relevo que exerceram uma notável influência no povoamento da América do Sul. 3. Existe um considerável contraste entre a América Latina e a América anglo-saxônica no tocante à evolução histórica e ao nível de desenvolvimento. 4. Na América Central, a maior parte da população economicamente ativa dedica-se às atividades do setor secundário. 168
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5. Graças à grande fertilidade do solo e à mecanização, a região do Pampa argentino tornou-se uma das áreas agrícolas mais importantes da América Latina. Estão INCORRETAS: a) 1 e 3 b) 2 e 5 c) 1 e 4 d) 2 e 4 e) 1 e 2 8) (Puccamp) A formação do bloco comercial denominado Mercosul, no qual o Brasil se acha inserido, tem como objetivo primeiro constituir uma aliança: a) comercial no Cone Sul, na tentativa de diminuir as diferenças de renda e de qualidade de vida entre os países membros. b) política e estratégica, visando a criação de fundos para desenvolver a indústria atômica. c) que estabeleça relações comerciais intensas com os Estados Unidos e garanta preços compensadores para os produtos industriais do Cone Sul. d) comercial que permita a livre negociação com os países africanos e asiáticos, sem interferências das multinacionais. e) como um mercado comum, através da queda de barreiras alfandegárias e a livre circulação de mercadorias e capitais. 9) (Mackenzie) Localizado no centro da América do Sul, é um país interior que abriga uma pequena população, em sua maior parte composta por elementos indígenas e mestiços. Na sua porção oriental, concentra-se a atividade econômica, baseada na lavoura de soja e de algodão e na pecuária extensiva. O texto refere-se: a) ao Paraguai. b) ao Uruguai. c) ao Peru. d) à Argentina. e) ao Chile.
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10) (Mackenzie) A região da Argentina que concentra a maior parte da população e das atividades agropastoris e industriais é conhecida como: a) Mesopotâmia. b) Chaco. c) Patagônia. d) Andes. e) Pampa.
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O continente europeu: panorama geral Aspectos físicos O continente europeu, juntamente com a Ásia, forma um grande bloco de terras contínuas chamado de Eurásia. Nesse bloco de terras contínuas denominado Eurásia, a Europa é representada por uma península voltada para oeste, muito recortada, com aproximadamente 20% de sua área total formada por penínsulas e ilhas, daí ser considerado o mais marítimo dos continentes. Considerando os pontos cardeais, seus limites são: ◆ Ao norte: oceano Glacial Ártico. ◆ Ao sul: mares Mediterrâneo e Negro, além das montanhas do Cáucaso. ◆ Ao oeste: oceano Atlântico.
O relevo desse continente é bastante heterogêneo: ao norte e nordeste encontramos montanha antigas (arqueo-protozóicas), portanto, muito desgastadas pela erosão. Em decorrência dos avanços e recuos dos glaciares quaternários, o litoral apresenta-se muito abrupto e recortado, formando os chamados fiordes, em especial na Noruega.
Reprodução
◆ A leste: a fronteira convencional (pois os limites são mais históricos que geográficos) com a Ásia; do norte para o sul – os montes Urais, o rio Ural e o mar Cáspio.
Fiord, Noruega
A leste, na fronteira convencional com a Ásia, aparecem os montes Urais, ricos em recursos minerais; ao sul, cadeias de montanhas recentes e, portanto, com maiores altitudes, onde se destacam os Alpes, que se estendem de Nice (França) até Viena (Áustria), sendo o Mont Blanc (4.807 m) seu ponto culminan-
Geografia Geral
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te. Junto com os Alpes, outros conjuntos montanhosos que se destacam na paisagem européia são: ◆ Pirineus: separa a Espanha da França; ◆ Apeninos: localizado na península Itálica; ◆ Cárpatos: localizado na península Húngara; ◆ Bálcãs: localizado a oeste do mar Negro, forma a península Balcânica; ◆ Cáucaso: localiza-se entre o mar Negro e o mar Cáspio. Europa Área ....................................................... 10.349.915 km2 Maior país .......................................... Federação Russa (17.075.400 km2 dos quais 4.238.500 km2 na porção européia) Menor país ...................................... Vaticano (0,44 km2) Por ser uma área de estrutura geológica recente, toda essa região é sujeita a terremotos e apresenta formações vulcânicas, com destaque para os vulcões Etna, Stromboli e Vesúvio, todos na Itália. No centro existe uma grande planície sedimentar que se estende, quase sem interrupção, dos Pirineus aos montes Urais, como a Planície Russa e Húngara. No continente não existem rios extensos ou grandes bacias hidrográficas. No entanto, por serem, em geral, rios de planície, são intensamente utilizados para navegação. Como exemplo, pode-se a partir do mar Mediterrâneo chegar ao mar Báltico por vias fluviais, interligadas por canais. Os principais rios da Europa são: ◆ Rio Reno: com 1.350 km, dos quais 1.100 km são navegáveis, é o mais importante rio europeu. Nasce nos Alpes (Suí172
Geografia Geral
ça), desce para a planície, separa a França da Alemanha, penetra nesse país (onde recebe as águas do rio Ruhr) e desemboca no mar do Norte, nos Países Baixos (Holanda), num grande delta, onde se destaca o maior porto do mundo em movimento de carga, Roterdã, verdadeira porta de entrada (em termos de importação) da Europa. ◆ Rio Danúbio: considerado o “rio da integração internacional”, por cortar sete países (Alemanha, Áustria, República Checa, Hungria, Sérvia e Montenegro, Romênia e Bulgária), indo desaguar num grande delta no mar Negro. Além desses dois rios, podem ser destacados, em decorrência da importância local, os rios: ◆ Douro, Minho e Tejo, em Portugal e Espanha; ◆ Guadalquivir e Guadiana, na Espanha; ◆ Sena e Ródano, na França; Maciços antigos ou crátons
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Maciços vulcânicos
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Mapa da Europa: hidrografia e relevo
Geografia Geral
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◆ Elba, na Alemanha; ◆ Tâmisa, na Inglaterra; ◆ Pó, no norte da Itália; ◆ Vístula, na Polônia; ◆ Volga, na Federação Russa, o maior rio do continente, com 3.531 km. O litoral, bastante recortado, apresenta cinco grandes penínsulas, Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia; e várias ilhas e arquipélagos, destacando-se a Grã-Bretanha, a Islândia, Córsega, a Sicília e Creta. Em decorrência do avanço e recuo das glaciações, encontramos no norte da Europa inúmeros lagos. Na Finlândia, por exemplo, encontramos mais de 40 mil lagos, embora os maiores lagos europeus, Ládoga e Ônega, situem-se em território russo. O clima temperado predomina na Europa. Vários são os fatores que determinam essa característica: Latitude: o continente situa-se totalmente acima do Trópico de Câncer, suas latitudes vão desde 350N até 820N, o que caracteriza o domínio de climas temperados. Maritimidade: o continente sofre grande influência dos oceanos, devido aos grandes recortes do seu litoral, fazendo com que a oeste não existam pontos a mais de 1.000 km da costa. Vale destacar a presença, no oceano Atlântico, da Gulf Stream (Corrente do Golfo), originária do golfo do México e que, por ser quente, banha as costas ocidentais da Europa, amenizando os rigores do inverno e possibilitando a sua navegação em qualquer época do ano, mesmo acima do Círculo Polar Ártico. Relevo: representado pela posição da montanhas que formam uma espécie de arco ao sul, favorecendo o deslocamento das massas de ar no restante do continente e impedindo a chegada de grandes massas frias ao mar Mediterrâneo. 174
Geografia Geral
No sul, ele é mediterrâneo e a vegetação, que obedece às mudanças climáticas, é formada por arbustos. No centro e no leste, o clima é continental e torna-se mais frio à medida que se avança para o interior. É a região de domínio das florestas temperadas e de coníferas. No noroeste prevalece o clima oceânico. O extremo norte tem clima polar e a vegetação típica é a tundra. OCEANO GLACIAL ÁRTICO
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Mapa da Europa: clima
Os quatro domínios climáticos típicos do continente europeu são: ◆ Norte: polar (ártico). ◆ Sul: temperado mediterrâneo (com verões quentes e secos, devido aos ventos do sul, que vêm do Saara, na África, e
Geografia Geral
175
OCEANO GLACIAL ÁRTICO ISLÂNDIA
Murmansk
Tundra
Circulo Polar Ártico
Floresta boreal (taiga)
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Estepes e pradarias
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Mapa da Europa: vegetação Baseado em: Graça Maria Lemos Ferreira, Moderno Atlas Geográfico, São Paulo, Moderna.
invernos suaves, pelo bloqueio proporcionado pelas montanhas, e chuvoso). ◆ Centro-Oeste: temperado oceânico (em função da influência da Corrente do Golfo, apresenta verões suaves e invernos pouco rigorosos). ◆ Centro-Leste: temperado continental (a diminuição do fator maritimidade torna nessa área as estações do ano mais acentuadas, com elevadas amplitudes térmicas anuais). A distribuição da vegetação obedece aos diferentes tipos climáticos presentes no continente. Nas regiões menos povoadas do extremo norte do continente predominam as florestas de coníferas, chamadas taigas, largamente exploradas na produção de celulose e papel. A leste, o clima continental com grandes amplitudes térmicas e invernos rigorosos, temos a predominância da vegetação de estepes e pradarias. 176
Geografia Geral
Recordes europeus Ponto mais elevado: monte Elbro, 5.642 m (Federação Russa) Maior depressão: mar Cáspio, 28 m (Azerbaijão/ Federação Russa/Irã/Cazaquistão/Turcomenistão) Maior ilha: Grã-Bretanha, 229.885 km2 Maior mar: mar do Norte, 580.000 km2 Maior golfo: golfo de Bothnia, no mar Báltico, entre a Suécia e a Finlândia, 117.000 km2 Maior bacia hidrográfica: bacia do Volga, 1.360.000 km2 (Federação Russa) Capital mais elevada: Andorra la Vella, 1.070 m2 (Andorra) Altitude média: 340 m Extensão do litoral: 113.725 km (incluindo a costa da Federação Russa).
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Reprodução
Vale lembrar que a vegetação não se constitui num aspecto relevante da paisagem européia. Com a intensa ocupação humana, a vegetação natural do continente praticamente desapareceu, existindo apenas pequenas áreas vegetais de replante na Europa Central, mais densamente povoada. Taiga no extremo norte da Europa Quase 70% das florestas originais da Europa já foram desmatadas. As maiores extensões de mata nativa são de coníferas e encontram-se na Suécia e na Finlândia.
Aspectos humanos e econômicos O continente europeu possui 745,5 milhões de habitantes (em 2000). Apresenta a menor taxa de crescimento demográfico do mundo, chegando a quase zero entre 1995 e 2000. Em alguns países, ela é negativa. É o continente de povoamento mais uniforme. A concentração de povos está no centro e no oeste e a menor porção está no leste e no norte. As línguas mais faladas são: do ramo etnolingüístico latino, o espanhol, o italiano, o francês e o português; do germânico, o alemão, o inglês e os idiomas escandinavos; e do eslavo, o russo, o búlgaro, o servo-croata e o ucraniano; entre outros. A principal religião é o cristianismo, que se divide em um número significativo de adeptos tanto do catolicismo, do protestantismo e da Igreja Ortodoxa.
Mapa político da Europa Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
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Geografia Geral
Nas últimas década, as nações da Europa Ocidental receberam em média 1,2 mil imigrantes por ano, incluindo refugiados e ilegais, vindos em sua maioria do Leste Europeu, norte da África e Oriente Médio. De certa maneira, essa fantástica corrente imigratória compensa a baixa taxa de reprodução da população européia. Estudos demográficos realizados pela ONU indicam que a Europa precisará de cerca de 160 milhões de imigrantes até 2025 para compensar a estagnação, e até mesmo declínio, no crescimento demográfico. A mão-de-obra constituída de imigrantes é usada em trabalhos rejeitados pela população local, como a colheita nos campos, a construção civil, empregos domésticos e não qualificados. Por outro lado, há uma forte demanda por profissionais qualificados para atender o crescimento da indústria de alta tecnologia. A imigração tem gerado descontentamento em parte da população européia ocidental, que teme a perda de empregos e a queda do padrão de vida. Esse medo, aliado a sentimentos racistas, tem tido como conseqüência o aparecimento de grupos Skinheads em Berlim neonazistas (como os skinheads),
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Reprodução
Estatísticas populacionais País mais populoso ............. Federação Russa (147 milhões) País menos populoso .................... Vaticano (800 habitantes) Densidade ........................................... 72,03 hab./km2 (2000) População urbana ............................................... 74% (1998) Natalidade ............................................................ 10% (1998) Mortalidade .......................................................... 11% (1998) Mortalidade infantil .................................... 12% (1995-2000)* Analfabetismo ..................................................... 1,3% (2000)
o crescimento eleitoral da extrema direita em vários países, como Áustria, Noruega e Bélgica, favorável à contenção da imigração, e o crescimento de atentados contra minorias (na Alemanha, contra os turcos). Berço da Revolução Industrial, foi o primeiro continente a modernizar sua economia. Ainda hoje seu parque industrial é o mais organizado do mundo, e na última década registrou-se uma grande expansão dos serviços. No entanto, existem diferenças de desenvolvimento entre as prósperas nações capitalistas da chamada Europa Ocidental e os países do antigo bloco comunista (Leste da Europa). Grande parte desses países apresenta graves problemas sociais e subdesenvolvimento econômico, cerca de 25% dos seus habitantes estão abaixo do nível de pobreza e 32% vivem com até 4 dólares por dia, segundo dados recentes da ONU.
Países europeus Europa Ocidental: Alemanha, Andorra, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda (Países Baixos), Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega, Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia, Suíça e Vaticano. Europa Oriental: Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, parte européia da Federação Russa, Geórgia, Hungria, Iugoslávia, Letônia, Lituânia, Macedônia, Moldávia, Polônia, República Checa, Romênia, Ucrânia e parte européia da Turquia. A maior parte dos países desenvolvidos integra a União Européia ou a chamada Europa dos 15, um bloco econômico no qual foram abolidas as barreiras ao comércio e o trânsito nas fronteiras. Uma moeda única comum, o euro, começou a operar em onze dos países membros, em 1999. Embora sua cotação tenha caído em relação ao dólar em 2000, a partir do início de 2003 o euro voltou a se recuperar. E, apesar da recessão na Alemanha, a prosperidade da UE tem crescido em média a taxas de 3% ao ano. Países como Portugal, Irlanda e Espanha experimentam 180
Geografia Geral
um boom econômico depois da adesão à UE, o que levou várias nações da região Leste do continente (países ex-comunistas), como a Hungria, a Polônia e a República Checa, a pleitearem seu ingresso. Se todos os candidatos cumprirem os requisitos administrativos, financeiros e democráticos para a adesão, a estimativa é que, até 2007, a UE tenha 27 membros. Suas 48 nações costumam ser divididas em Europa Ocidental, que reúne as nações desenvolvidas, nas quais as instituições democráticas estão consolidadas, como é o caso da Finlândia, Holanda e Irlanda, e em Europa Oriental, formada predominantemente por países que saíram do regime comunista e estão com as economias arruinadas ou em recuperação, como a Romênia, a Ucrânia, a Polônia e a Albânia.
Dados estatísticos econômicos PIB: US$ 9,5 trilhões PIB per capita: US$ 12 813 Exportações: US$ 2,562 trilhões, 49% do total mundial Importações: US$ 2,609 trilhões, 48% do total mundial Máquinas agrícolas (ceifeiras, tratores e ordenhadeiras): 13,8 milhões Pesca: 19,5 milhões de t Principais minérios: cobre, ouro, fosfato, diamante, minério de ferro, bauxita, cromo, chumbo, enxofre, manganês, potássio Principal país da extração de minérios: Federação Russa Área cultivada: 1.288.160 km2 ou 12,5% da área total
Didaticamente examinaremos a seguir as cinco principais penínsulas européias e alguns de seus aspectos mais importantes:
Geografia Geral
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Península Escandinava Países ............ Capitais ......... Sup. (km2) .......... Etnias Suécia .......... Estocolmo ......... 448.661 ........... Suecos Noruega ............. Oslo .............. 323.895 ...... Noruegueses Finlândia ......... Helsinque .......... 338.145 ........ Filandeses
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Mapa da Península Escandinava Baseado em: Geografia Crítica, Vesentini, v. 3.
Destaca-se nos países da península Escandinava a produção de madeira (Finlândia) e a de ferro (Suécia) que, com o manganês importado, produz o melhor aço especial do mundo. O pescado (Noruega) também constitui importante produto de exportação da península.
Península da Jutlândia País ................ Capital ......... Sup. (km2) ........... Etnia Dinamarca ..... Copenhague ........ 43.080 ..... Dinamarqueses 182
Geografia Geral
A Dinamarca é grande exportadora de produtos farmacêuticos, motores, peixes e laticínios em geral.
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Estreito de Kattegat I. Anholt
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Mapa da Península da Dinamarca
Península Ibérica País ............... Capital .......... Sup. (km2) .......... Etnias Portugal ........... Lisboa ............. 92.072 .......... lusitanos, cartagineses, fenícios, berberes, árabes e celtas Espanha ............ Madri ............. 504.782 ........ andaluzes, galegos, catalães, bascos e castelhanos.
Geografia Geral
183
A península é grande exportadora de pescado, vinho, azeite e produtos têxteis (Portugal), calçados, tecidos, azeite, frutas, produtos de aço e ferro (Espanha). ÁSIA
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612km
1.224km
Mapa da Península Ibérica
Há duas pequenas áreas na península que não pertencem nem a Portugal nem à Espanha: ◆ Andorra: pequena região encravada nos Pirineus, na fronteira com a França. Trata-se de um pequeno principado cuja capital é Andorra-la-Vella, onde se fala catalão. ◆ Gibraltar: na verdade, não passa de um rochedo que domina o estreito de Gibraltar, entre a península e o norte da África, sendo uma possessão inglesa desde o início do século XVIII, constituindo-se na última colônia no continente europeu.
Península Itálica País ............... Capital ......... Sup. (km2) ........... Etnia Itália ............... Roma ............ 301.278 .......... italianos 184
Geografia Geral
ÁUSTRIA
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Turim
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Parma
Gênova
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IUGOSLÁVIA
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Córsega VATICANO
Roma Bari
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Messina República Italiana Ilha pertencente à França República de San Marino (50,5 km2) Estado da Cidade do Vaticano (0,44 km2)
Palermo
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161km
322km
Mapa da Península Itálica
A Itália é um dos países que formam o G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), sendo grande exportadora de veículos, produtos químicos, sapatos, frutas, vinho, têxteis etc. Na península há dois outros países independentes: o Estado do Vaticano, um encrave dentro da cidade de Roma, cujo chefe de Estado é o papa e cuja forma de governo é a monarquia, mas não hereditária; e a República de San Marino.
Península Balcânica É a mais oriental das penínsulas européias mediterrâneas, situada entre os mares Adriático (a oeste) e Negro (a leste), ao sul dos vales dos rios Sava e Danúbio. Ao sul, apresenta um enorme número de ilhas, localizadas principalmente no mar Egeu, e penínsulas menores, como a do Peloponeso. Habitada por mais de 50 milhões de pessoas, ela é dividida em Albânia, Bulgária, Grécia, Turquia européia e os países que formavam a antiga Iugoslávia (Bósnia-Herzegovina, Eslovênia, Croácia, Macedônia e
Geografia Geral
185
a República da Sérvia e Montenegro. É uma região montanhosa (Bálcãs é palavra de origem turca e significa montanha), destacando-se os montes Dináricos e os Bálcãs, e muitos vales. O clima é mediterrâneo no litoral e nas ilhas, e predominantemente continental no interior. Apesar da divisão política e rivalidades étnico-religiosas, apresenta características econômicas semelhantes: atividade agrícola concentrada nas planícies (vales), exploração de minérios (não-ferrosos), setor montanhoso despovoado, crescente industrialização e urbanização, mas com forte desemprego e imigração, para países europeus ocidentais.
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Mapa político da Península Balcânica
186
Mar Negro
Geografia Geral
Mar Egeu
A presença de turcos na Alemanha é bastante significativa. O turismo se revela como a atividade em maior expansão na região, principalmente após a pacificação. Situada no centro da montanhosa península Balcânica, a República da Sérvia e Montenegro corresponde a menos da metade da extensão da antiga Iugoslávia, devido à independência da Eslovênia, da Macedônia, da Croácia e da Bósnia-Herzegovina, nos anos 1990. A oposição sérvia aos movimentos separatistas, aliada aos antagonismos entre os grupos nacionais, provocou a pior guerra civil da Europa contemporânea. A região de Montenegro assegura o acesso do país ao mar Adriático, cuja costa bastante recortada possui praias de areia, bastante procuradas por turistas da Europa norte-ocidental. Embora os sérvios ortodoxos representem 63% da população, importantes minorias provocaram novas desintegrações do território iugoslavo recentemente. Em 1999, a província sérvia de Kosovo, habitada majoritariamente por albaneses muçulmanos, tornou-se um protetorado internacional sob administração da Organização das Nações Unidas (ONU). A ex-Iugoslávia perdeu a soberania sobre a região após a campanha de bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), lançada contra seu território para interromper o massacre de albaneses e as medidas tomadas pela ONU. O conflito em Kosovo deixou um rastro de destruição e aumentou a insatisfação popular com a crise econômica, agravada pelo isolamento internacional do país, o autoritarismo e a repressão do regime. Em outubro de 2000, uma revolução pacífica nas ruas de Belgrado depôs o último ditador comunista da Europa, Milosevic, com a anuência das Forças Armadas e da Igreja Ortodoxa sérvia. Em 2003, a antiga Iugoslávia passou a se chamar oficialmente Sérvia e Montenegro. A Iugoslávia reunia sete povos: sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedônios, os eslavos islamizados da BósniaHerzegovina (grupo chamado de bósnio-muçulmano) e os albaneses de Kosovo. Abrigava, ainda, minorias de húngaros,
Geografia Geral
187
ciganos e alemães. Sua heterogeneidade era agravada pela existência de três religiões principais (ortodoxa, católica e islâmica) e dois alfabetos (latino e cirílico). Era uma nação organizada como uma federação de seis repúblicas (Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia). Nos anos 1960, o presidente Tito deu o status de região autônoma a Kosovo e a Voivodina, que pertenciam à Sérvia. O poder era exercido por um partido único, a Liga dos Comunistas da Iugoslávia (LCI). Tito resistiu à tentativa soviética de transformar a nação num Estado-satélite. Em 1948 rompeu com a URSS e passou a receber ajuda econômica dos EUA. A reconciliação com a URSS, em 1956, não alterou a linha independente do comunismo iugoslavo, que diferia do modelo soviético pela manutenção da propriedade privada no campo e pela autogestão dos trabalhadores nas indústrias. Com a morte de Tito, em 1980, Slobodan Milosevic assumiu o comando do Partido Comunista Sérvio em 1987 e anulou a autonomia da província de Kosovo dois anos depois. A derrocada do comunismo no Leste Europeu, em 1989 e 1990, levou a Iugoslávia a abolir o regime de partido único. Agravaram-se as divergências entre a Sérvia e as demais repúblicas. As eleições na Croácia e na Eslovênia, em 1990, resultaram na vitória dos nacionalistas, que propuseram transformar a Iugoslávia numa confederação de países soberanos. Milosevic, eleito presidente da Sérvia em 1989, rejeitou a proposta de eslovenos e croatas. Sua posição foi reforçada por uma rebelião da comunidade sérvia da Croácia que representava mais de 10% da população, contrária à separação. As negociações fracassaram. Os plebiscitos realizados nas duas repúblicas aprovaram a independência, que se concretizou em 1991. O Exército iugoslavo, controlado pelos sérvios, invadiu a Eslovênia, mas recuou após a firme reação da Comunidade Européia, em particular da Alemanha. Em setembro de 1991, a Iugoslávia entrou em guerra com a Croácia, ocupando um terço de seu território, com o apoio das milícias sérvias locais. Militares iugoslavos passaram a fornecer armas para a minoria sérvia na Bósnia-Herze188
Geografia Geral
A Federação Russa, um caso especial A Federação Russa é a principal sucessora da antiga URSS. É a maior nação do mundo em extensão territorial. Mais de 10 mil km e onze fusos horários separam Sochi, no oeste, de Vladivostok, no extremo leste, na costa do oceano Pacífico. É um vasto território que se estende por dois continentes, a Europa e a Ásia. A parte européia, delimitada pelos montes Urais, reúne qua-
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Reprodução
govina, governada, desde as eleições de 1990, por uma coligação de bósnios-muçulmanos, sérvios e croatas. A seguir, a Macedônia declarou a independência, mas Montenegro decidiu permanecer na federação iugoslava, após um plebiscito. População sérvia fugindo em No ano seguinte, a Bósnia- carroças quando a Croácia invadiu a região de Krajina Herzegovina proclamou sua autonomia, após um plebiscito convocado por muçulmanos e croatas, mas boicotado pela minoria sérvia. Começou a guerra civil na Bósnia-Herzegovina, da qual a Iugoslávia não participou oficialmente, mas forneceu apoio financeiro e militar às milícias sérvias. Por isso, sofreu embargo comercial imposto pela ONU. Com o país reduzido a Sérvia e Montenegro, surgiu em abril de 1992 a República Federal da Iugoslávia. Milosevic obteve maioria parlamentar em maio e, nas eleições de dezembro, foi confirmado como presidente da Sérvia. As negociações de paz com a Croácia e a Bósnia prosseguiram por três anos. Nesse período, as sanções econômicas provocaram uma grave crise. Em novembro, representando os sérvios da Bósnia, Milosevic assinou o Acordo de Dayton, nos EUA, que pôs fim à Guerra da Bósnia. O indiciamento dos acusados de crimes de guerra começou em maio de 1996. Foi a primeira atuação de um tribunal internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial. São acusados de genocídio e crimes contra a humanidade.
tro quintos da população e as principais cidades, entre elas a atual capital, Moscou, e a antiga capital imperial, São Petersburgo. As geladas planícies da Sibéria, na porção asiática, concentram as ricas reservas minerais que fazem do país um dos líderes mundiais na produção de carvão, petróleo e gás natural. A grande extensão territorial, porém, esconde uma fragilidade geopolítica: a existência de poucas saídas para águas navegáveis. Com uma longa costa gelada nos mares Glacial Ártico e de Bering, restam portos estratégicos nos mares Negro, Báltico e de Barents.
15
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Moscou 12 11 10 9
RÚSSIA
8 7
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CASAQUISTÃO
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ESCALA
17 0
Repúblicas e regiões autônomas 1 2 3 4 5 6 7
Daguestão (Makhatchkala) Tchetcheno-Inguchétia (Grozny) Ossétia do Norte (Ordjonikidze) Kabardino-Balkária (Naltchik) Kalmíkia (lelista) Kharatchaievo-Tcherkássia (Tcherkessk) Região dos Adigueus (Maikop)
8 9 10 11 12 13 14
N regiões autônomas Bachkíria (Ufa) Tartária (Kazan) Udmúrtia (Ustinov) República dos Maris (lochakar-Ola) Tchuváchia (Tcheboksary) Mordóvia (Saransk) República dos Komis (Siktivar)
580km
1.160km
*capitais entre parênteses
15 16 17 18 19 20 21
Carélia (Petrozavodsk) Gorno-Atai (Gorno-Altaisk) Tuva (Kizyl-Orda) W Khakássia (Abakan) Buriatos (Ulan-Ude) Iacútia (Ikutsk) Região dos Judeus (Birobidjan)
N
E
S
Mapa da político da Federação Russa
A Federação Russa é uma República com forma mista de governo. Administrativamente se divide em 21 repúblicas, 1 região autônoma, 49 regiões administrativas, 6 províncias, 10 distritos autônomos e 2 cidades com status administrativo especial (Moscou e São Petersburgo). Há um chefe de Estado (o presidente) e um chefe de governo (o primeiro-ministro). O Poder Legislativo é bicameral, formado pelo Conselho da Federação, composto por 178 membros (os chefes da legislatura e do Executivo de cada 190
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Thierry/Chesnot, 1992
uma das unidades territoriais do país) e a Duma, com 450 membros eleitos por voto direto para mandato de quatro anos. A Constituição que vigora data de 1993. Em agosto de 1991, setores conservadores do Partido Comunista e das Forças Armadas deram um golpe de Estado, prenderam o ministro reformista Gorbatchov e tentaram restaurar a linha dura no governo soviético. A firme oposição de Iéltsin, presidente da República Russa, e a mobilização da população de Moscou e Leningrado causaram fracasso do golpe. Fortalecido, Iéltsin promoveu a desmontagem das principais instituições da URSS, esvaziando a autoridade de Gorbatchov, que renunciou em dezembro de 1991. A poderosa URSS simplesmente deixava de existir. Em seu lugar surgiram várias repúblicas, das quais a principal é a Federação Russa. Foi criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), um fórum de coordenação política e econômica entre doze das quinze ex-repúblicas soviéticas. Os países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia) preferiram total independência. A partir de 1992, o governo russo iniciou um programa radical de desestatização e liberalização econômica, passando de uma economia planificada, dirigida e estatal para uma economia de mercado. A transição para o capitalismo gerou Mulher na rua de Moscou tenta vender instabilidade, inflação, realguns utensílios que traz de sua casa, para conseguir algum dinheiro para a cessão, desemprego e cresalimentação cimento do crime organizado (a máfia russa). Em 1994, o governo interveio militarmente na pequena república autônoma da Chechênia, encravada em território russo e que se declarara independente em 1991. Iniciava-se um conflito com muitas mortes, bombardeios, atentados terroristas, seqües-
Dados geográficos da Federação Russa Localização: uma parte no leste da Europa e outra no norte da Ásia Hora local (Moscou): +6h Área: 17.075.400 km2 Clima: subpolar (extremo norte), temperado continental (maior parte), de montanha (centro) Área de floresta: 7,6 milhões de km2 (1995) Cidades principais: Moscou (8,4 milhões), São Petersburgo (4,2 milhões), Ninji Novgorov (1,4 milhão), Novosibirsk (1,4 milhão), Yekaterinburgo (1,3 milhão) (1996) 192
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Peter Turneley
tros. A Chechênia fica próxima a ricas jazidas petrolíferas. Os militares ocuparam todo o norte checheno e arrasaram a capital, Grozny, por meio de bombardeios aéreos. Os separatistas partem, então, para táticas de guerrilha, impondo sérias Cena de rua, durante a guerra civil na baixas aos russos. Chechênia Com a economia em sérias dificuldades, baixas reservas internacionais, queda nas exportações, atraso nos salários do funcionalismo público e das Forças Armadas, entre outros problemas, a Federação Russa torna-se o centro da crise financeira mundial em agosto de 1998, que afetou as bolsas de valores de todo o mundo, e atingiu inclusive a Argentina e o Brasil. A moeda russa (rublo) foi desvalorizada em cerca de 75%, e o FMI e outras instituições aprovaram um pacote de ajuda ao país, cuja aplicação provocou enorme desemprego (15% da população economicamente ativa) e empobrecimento (35% dos russos estavam abaixo da linha da pobreza).
A população da Federação Russa comporta 147 milhões de habitantes em 2000. É formada por russos (82%), tártaros (4%), ucranianos (3%), chuvaches (1%). Os outros grupos étnicos minoritários correspondem a 10%. O idioma oficial é o russo. O cristianismo é a religião predominante (18% do total da população), dividido em ortodoxos russos (17%), católicos (0,3%) e protestantes (0,9%); o islamismo é seguido por 10%, o judaísmo por 0,4%. As demais pessoas (72,1%) seguem outras religiões, mas a maioria se declara “ser ateu”, como resultado do longo período comunista. A densidade demográfica, apesar da grande população, é muito baixa (8,6 hab./km2). Afinal, é o maior país do mundo. Possui, portanto, enormes áreas não povoadas. Sua população urbana corresponde a 77% do total e o crescimento demográfico tem sido negativo (–0,2% ao ano entre 1995 e 2000). A taxa de fecundidade é das mais baixas do mundo (1,35 filho por mulher) e a expectativa de vida é de 61 e 73 anos, respectivamente para homem e mulher. Com a crise que afeta o país houve um aumento da mortalidade infantil (18%), mas o analfabetismo é praticamente inexistente. Em 1998, o país apresentava um IDH de 0,771, bem próximo do índice de desenvolvimento humano brasileiro.
Dados econômicos da Federação Russa (1998) PIB: US$ 276,6 bilhões (agropecuária: 7%; indústria: 35%; serviços: 58%) Crescimento do PIB: –7% ao ano (1990-1998) Renda per capita: US$ 2.260 (1998) Força de trabalho: 78 milhões (1998) Principais produtos agrícolas: batata, trigo, cevada, outros cereais Pecuária: suínos, bovinos, ovinos, aves Pesca: 4,7 milhões t Mineração: cobre, minério de ferro, níquel, turfa, alumina, carvão, gás natural, petróleo
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Indústria: alimentícia, máquinas, siderúrgica (ferro e aço), equipamentos de transporte, química Exportações: US$ 73,9 bilhões (1998) Importações: US$ 59,2 bilhões
Dados sobre o meio ambiente europeu Área de floresta: ....................................... 9.333.260 km2 Reflorestamento: ............ 25.940 km2 entre 1990 e 1995 Áreas de conservação: ....................... 4,7% do território Recursos hídricos per capita: .......................... 8,5 mil m3 Emissão de CO2 per capita: ..................................... 8,5 t
Questões de vestibular 1) (Puc-SP) O gráfico a seguir apresenta 3 curvas de variação de temperatura durante o ano, cada uma delas correspondendo a uma das seguintes cidades: Londres, Berlim e Moscou. Assinale a alternativa que, pela justificativa apresentada, identifica corretamente a cidade a uma delas: a) a cidade A é Moscou, pois, em função de sua localização, apresenta uma amplitude térmica anual mais significativa. b) a cidade A é Londres, pois apresenta uma maior variação de temperatura durante o ano, situação típica de clima temperado úmido. 194
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c) a cidade C é Berlim, que, por estar localizada em latitude menor que as outras duas cidades, registra pequena variação de temperatura durante o ano. d) a cidade B é Moscou, pois tem o verão mais quente, devido a influência da massa de ar do oceano Pacífico, que eleva as temperaturas de todo o leste europeu. e) a cidade C é Londres, pois a pequena amplitude térmica anual é decorrência direta de seu clima mediterrâneo. 2) (Unesp) O clima da Europa Ocidental é bem diferente do clima da Europa Oriental. Enquanto na primeira os invernos são suaves e os verões apresentam temperaturas não tão elevadas, na segunda as diferenças sazonais são maiores, com invernos mais rigorosos, temperaturas mais baixas e verões mais quentes. O fator determinante das condições climáticas vigentes na Europa Ocidental é a: a) latitude. b) maritimidade. c) disposição do relevo. d) atuação da corrente das Canárias. e) predominância de ventos de leste. 3) (Mackenzie) Observe o mapa da Europa e assinale a associação CORRETA. a) I - Estepes b) II - Floresta boreal c) III - Floresta caducifoliada d) IV - Floresta temperada e) V – Tundra 4) (Puc-PR) Em 2002, mais uma vez os sicilianos assistiram atemorizados a um espetáculo da natureza: as erupções do vulcão mais ativo da Itália, o Etna. Leia atentamente as afirmativas relacionadas a esse tema:
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I. II. III.
a) b) c) d) e)
O vulcão Etna situa-se na extensa área de atividade vulcânica e sísmica denominada de “Círculo de Fogo do Pacífico”. A atividade vulcânica do Etna está diretamente relacionada à dinâmica das placas da litosfera terrestre. lém da atividade vulcânica, a região do sul da Itália, bem como as de outras porções do Mediterrâneo, sofre, com certa freqüência, abalos sísmicos de grande intensidade. Assinale a alternativa que contém a afirmativa correta ou as afirmativas corretas: apenas I é correta. apenas II é correta. apenas I e II são corretas. apenas II e III são corretas. as três são corretas.
5) (UFSM) Observe o mapa do relevo da Europa: 1 ÁSIA Dentre as cadeias que se en8 contram numeradas no mapa, 6 3 4 assinale a alternativa que 5 7 2 identifica SOMENTE cadeias ÁFRICA de dobramentos modernos. a) 1 - Alpes Escandinavos, Garcia, H. C. e Garavello, T. M. Lições de 2 - Apeninos, 3 - Alpes, Geografia. São Paulo, Scipione, 1998. p. 15. 4 - Cárpatos b) 2 - Apeninos, 3 - Alpes, 4 - Cárpatos, 5 - Cáucaso c) 3 - Alpes, 4 - Cárpatos, 5 - Cáucaso, 6 - Maciço Central Francês d) 4 - Cárpatos, 5 - Cáucaso, 6 - Maciço Central Francês, 7 - Pirineus e) 5 - Cáucaso, 6 - Maciço Central Francês, 7 - Pirineus, 8 - Montes Peninos N
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E
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6) (Unesp) Assinale a alternativa que indica a região alemã que se caracteriza por possuir a maior concentração populacional e de indústrias siderúrgicas, carboquímicas, têxteis e metalúrgicas do país e o nome da bacia hidrográfica onde ela está inserida: 196
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a) b) c) d) e)
Ruhr; rio Elba. Hamburgo; rio Reno. Sttutgart; rio Mosela. Ruhr; rio Reno. Solingen; rio Danúbio.
7) (FGV-SP) Em seu percurso desde os lendários castelos da Alemanha, até chegar ao mar Negro, esse importante rio continua prejudicado pelas bombas lançadas pela Otan, em 1999. Fonte: http://www.uol.com.br/nationalgeographic/reportagens O texto faz referência ao rio: a) Sena, único canal de acesso dos países da Europa Central ao mar do Norte, que sofre os efeitos dos conflitos separatistas na Checoslováquia. b) Reno, que interliga as áreas industriais da Alemanha aos portos do mar Negro, através da conturbada região dos Bálcãs. c) Ródano, que, embora sendo navegável desde as planícies da Hungria, só tem sido utilizado em seu baixo curso, em função dos conflitos na Europa Central. d) Danúbio, principal via de transporte fluvial na Europa Central, sendo o mais afetado pelos conflitos étnicos na antiga Iugoslávia. e) Volga, importante via fluvial da Europa Oriental, afetada pela campanha da Rússia contra os separatistas chechenos. 8) (Puc-PR) Noruega, Espanha e Albânia são países que pertencem a três diferentes penínsulas européias. São elas respectivamente: a) Ibérica - Indostânica - Balcânica b) Balcânica - Kola - Jutlândia c) Jutlândia - Ibérica - Escandinava d) Escandinava - Ibérica - Balcânica e) Labrador - Escandinava - Kola 9) (UFV-MG) A prisão do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, em junho de 2001, foi mais um capítulo dos intensos conflitos separatistas e étnicos que eclodiram na Europa durante a década de 90
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a) b) c) d) e)
do século XX. Um dos elementos que contribuíram para a emergência desses conflitos foi: a intensificação do processo de repressão aos cultos religiosos por parte do governo central de Moscou. a entrada da Iugoslávia na OTAN, contrariando os interesses militares do bloco socialista na Europa. a formalização da União Européia, contrariando interesses da Iugoslávia e da Sérvia. o fim da URSS, ampliando a autonomia das antigas repúblicas soviéticas. as disputas por terra entre colonos judeus e separatistas sérvios, em território iugoslavo.
10) (Ufes) Vítima da dissolução do socialismo no Leste Europeu e palco de sangrentos conflitos, a atual Iugoslávia, localizada na península Balcânica, possui uma população bastante heterogênea e é hoje um país cujo território foi muito reduzido. Sobre o espaço geográfico e etnia desse país, podemos afirmar que: I. Montenegro e Sérvia são repúblicas da nova Iugoslávia; II. Voivodina abriga uma minoria de origem húngara; III. Kosovo é uma região autônoma, situada ao norte da Sérvia; IV. Montenegro possibilita ao país o acesso ao mar Adriático; V. Kosovo é habitado por uma minoria de origem albanesa. Assinale a opção que contém as afirmativas corretas: a) apenas I, II e V. b) apenas I, II e IV. c) apenas II, III e IV. d) apenas III, IV e V. e) I, II, III e IV.
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O continente africano: panorama geral A história da África, há várias décadas, tem se caracterizado pelo prosseguimento dos conflitos armados, pelo avanço de epidemias (como a aids) e o aprofundamento da miséria. Tal situação contribui para o isolamento econômico do continente. Algumas nações alcançaram uma relativa estabilidade política e desenvolvimento, como, por exemplo, a África do Sul. Recém-saída do regime do apartheid (segregação da população negra), ela é responsável por um quinto do PIB africano. É grande exportadora de ouro, minério de ferro, diamante e carvão, que lhe permite investir maciçamente no setor industrial. Observa-se também um certo dinamismo econômico nos países árabes localizados no norte do continente, graças à exploração de petróleo e gás natural. Porém, como contraste, a região da África Subsaariana (ou África Negra), situada ao sul do deserto do Saara, regrediu economicamente em relação à década de 1960. É caso único no mundo. O continente também tem se caracterizado marcado por conflitos étnico-religiosos, envolvendo clãs e tribos na África Negra (Libéria, Ruanda, Burundi e Uganda) e guerrilheiros muçulmanos fundamentalistas e o governo (Argélia, Egito).
Aspectos físicos O continente africano é formado por uma massa de terras contínuas compacta com cerca de 30,1 milhões de km2, o que corresponde a 22% das terras emersas do globo. Possui ainda um litoral com poucos recortes, o que dificulta a instalação de portos. Sua estrutura geológica é bastante antiga (arqueo-proterozóica), representada por um extenso planalto, com altitude média de 800 metros, estando bastante aplainado pela ação da erosão. O relevo apresenta-se mais elevado no litoral, perdendo altitude em direção ao interior do continente. As planícies são pequenas e estreitas, localizando-se ao longo do curso dos rios e nos litorais.
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Duas formações geológicas recentes se destacam na paisagem: ◆ Cordilheira Atlas: localizada a noroeste do continente, na região denominada Magreb. Trata-se de um dobramento Cenozóico Terciário, com picos acima de 4.800 m, que se situa entre a planície úmida do litoral e o deserto (Saara, o maior do mundo) que começa no lado oposto. ◆ Maciço Oriental: são representados por falhamentos que se elevam numa extensa região que vai do Sudão à República
Mapa físico da África Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
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Sul-Africana, dando origem aos maciços da Etiópia, Ruvinzori e Drakensberg. Esses falhamentos estão direcionados no sentido norte-sul, causando depressões alongadas onde se formaram lagos, como Vitória, Tanganica, Niassa e outras centenas de lagos menores. Os pontos mais elevados do continente africano são vulcões, como o Kilimanjaro, na Tanzânia, na fronteira com o Quênia, com cerca de 6.000 m. O continente africano é dividido ao meio pela linha do Equador, com latitude de até 350, tanto para o norte, como para o sul. Esse fato, aliado ao predomínio de planaltos, provocou a formação de uma paisagem original, conhecida como “Paisagem de Espelho”, por apresentar semelhanças climáticas e em vegetação, tanto para o norte como para o sul. Vale destacar que a África possui a maior porcentagem de solos desérticos do globo. Um terço da sua área territorial é ocupada pelo Saara (8,6 mi de km2). Nessa região árida, encontramos uma das áreas mais férteis do globo: a faixa de terra que abrange o vale do rio Nilo, fator fundamental para o florescimento da antiga civilização egípcia. Na área equatorial, que é úmida, encontramos as florestas tropicais, que perdem densidade e se transformam em savanas à medida que se aproximam das porções mais secas, ao norte e ao sul. A cobertura vegetal é reduzida pelo rápido desmatamento. Hoje a África conserva apenas 33,9% de seus 6,8 mi de km2 de florestas originais. O aumento das áreas desérticas desponta como um dos principais problemas ambientais do continente. Sua hidrografia é pobre. Além dos lagos acima mencionados, presentes no Maciço Oriental, há alguns rios importantes: ◆ Nilo: é o segundo mais extenso do mundo (o primeiro é o Amazonas). Ele nasce próximo à linha do Equador, na cadeia montanhosa de Ruvinzori, atravessa o lago Vitória rumo ao norte, até desaguar no mar Mediterrâneo. Responsável
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pela fertilidade das terras por onde atravessa, é o mais importante rio da África. ◆ Zaire (ou Congo): nasce no lago Bangueolo, no Maciço Oriental e ruma na direção leste do continente, atravessando a floresta equatorial, desembocando no Atlântico. É considerado o segundo rio em volume de água do mundo (o primeiro também é o Amazonas).
TLA OA D A
S
I DE CA Planalto Tademait
Mte. Ahaggar Mte. Tibesti
TAHAT 2.918 m
Fout Djlon
ÁSIA
EMI KOUSSI 3.450 m
DEPRESSÃO Planalto DO CHADE D'Erdebé Mciço e DEPRESSÃO Maciço dos DO ALTO NILO Planalto da Etiópia Camarões
RUVENZOR 5.119 m
QUÊNIA 5.201 m QUILIMANJARO 5.895 m
Planalto de Biê
Planícies ou depressões Cumes Vulcões
Mapa hidrográfico e relevo da África
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SC A
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Planaltos
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Maciços montanhosos
AR
DA RTO DESE
Cadeias de montanhas
DESERTO DE KALAHARI BO CA O DRAKENSBERG D 3.300 m IA E D A C
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◆ Suez: trata-se na verdade de um canal (canal de Suez), mas constitui-se em importante ligação hídrica que une os mares Vermelho e Mediterrâneo, no Egito, separando a África do continente asiático. Construído no século XIX, o canal evita que os navios transportando petróleo, sobretudo os originários do Golfo Pérsico em direção à Europa, sejam obrigados a fazer a circunavegação da África, o que encareceria o custo final dos produtos. Porém, os navios chamados de superpetroleiros não podem usar o canal, dado o seu grande porte e grande calado.
Aspectos demográficos e econômicos No continente africano vivem cerca de 784 milhões de habitantes e ele possui a maior taxa de crescimento demográfico do mundo, com média anual de 2,4% nos anos de 1995 e 2000, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A distribuição da população é desigual, com os desertos praticamente despovoados e, em contraste, com as áreas próximas ao rio Nilo, onde a densidade média é superior a oitocentos habitantes por quilômetro quadrado. Existem centros urbanos muito povoados, como Cairo (Egito) e Lagos (Nigéria). O deserto do Saara forma uma divisão natural entre os povos que habitam a África. Ao norte, do Mediterrâneo até o deserto, está a África Branca, ocupada desde o século VII pelos árabes. No centro e no sul, território conhecido por África Negra, a população é negra. No extremo sul, vivem minorias de brancos de origem européia (África do Sul, Zimbábue, Namíbia), chineses e indianos (África do Sul). A população africana é a mais pobre do mundo. A África Subsaariana possui, com o sul da Ásia, o maior índice de pobreza humana, com base na expectativa de vida, no analfabetismo e no acesso aos serviços públicos, conforme o Relatório de Desenvolvimento Humano (2001) da ONU. Na área da saúde são detectados os maiores problemas, como a ocorrência de doenças, especialmente da malária e da aids. A incidência de malária
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é alta na África Subsaariana, chegando a ter 90% dos casos em todo o mundo, matando cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano. Mas, é a aids que mais preocupa as autoridades africanas. Em 1998, 80% das mortes decorrentes dessa doença no mundo foram registradas no continente. Em Botsuana e Zimbábue ela é considerada pandêmica, afetando todas as classes sociais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) são 22,5 milhões de infectados no continente. Relatório do programa das Nações Unidas para a aids (Unaids) mostra que em 1999, pela primeira vez, existiam mais mulheres do que homens contaminados. Por causa desse problema, a expectativa de vida dos africanos caiu violentamente. Em 1990, era de 59 anos. Estimase que até 2005 a expectativa seja de 45 anos. Dados populacionais (2000) Total .................................................... 783,7 milhões País mais populoso ............. Nigéria (111,5 milhões) País menos populoso .................. Seicheles (79 mil) Densidade ........................................ 25,88 hab./km2 População urbana ............................................. 37% Natalidade ......................................................... 37% Mortalidade ....................................................... 13% Mortalidade infantil ....................... 87% (1995-2000) Crescimento demográfico ........... 2,4% (1995-2000) O continente é principalmente agrícola e extrativista mineral, mas cerca de 60% das terras cultivadas têm baixa produtividade. Monoculturas de exportação, como cacau, algodão e amendoim, são importantes fontes de renda. Na maioria dos países, a indústria é incipiente. A África do Sul produz sozinha quase a metade da produção industrial do continente. 204
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Dados econômicos da África (1998) PIB: US$ 517 bilhões PIB per capita: US$ 693 Exportações: US$ 107 bilhões, 2% do total mundial Importações: US$ 134 bilhões, 2,5% do total mundial Produção mineral: cobre, ouro, fosfato, diamante, minério de ferro, bauxita, cromo, chumbo, enxofre, manganês Área cultivada: 2.019.630 km2 ou 6,7% da área total Pesca: 5,8 milhões de t
A falta de uma sociedade de consumo em grande escala põe o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. Em torno de 90% da receita da exportação do continente é proveniente da mineração em países como Angola (diamante), Zâmbia (cobre e cobalto), Botsuana (diamante), Gabão (manganês e urânio), Guiné (bauxita) e Níger (urânio). Na extração de petróleo e gás natural destacam-se Líbia, Nigéria e Argélia, donos das maiores reservas continentais, mas freqüentemente prejudicados com as oscilações de preço no mercado internacional. Há na África cerca de 3,5 milhões de refugiados que vivem em países vizinhos, além de 2,1 milhões que se deslocam dentro do próprio país. Serra Leoa lidera em número de refugiados no exterior com cerca de 400 mil pessoas. Há uma grande diversidade religiosa no continente africano. Além dos cultos animistas, praticam-se o islamismo, o cristianismo (catolicismo e protestantismo) e o hinduísmo. Predominam as línguas nativas e os dialetos do tronco africano e do tronco camito-semítico (árabe). Mas é grande a influência do inglês, do francês e do português, idiomas dos principais grupos colonizadores.
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Argel Rabat
Túnis
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COSTA DO MARFIM
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Mapa político da África: norte e subsaariana
Recordes africanos Maior país: Sudão (2.505.813 km2) Menor país: Seicheles (455 km2), no oceno Índico Ponto mais elevado: monte Kilimanjaro, 5.895 m (Tanzânia) Maior depressão: lago Assal, 155 m (Djibuti) Maior ilha: Madagáscar, 587.041 km2, no oceano Índico
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Geografia Geral
Maior mar: Mediterrâneo, 2.505.000 km2, ao norte. Maior golfo: da Guiné, 1.530.000 km2, na costa ocidental Maior lago: Vitória, 68.100 km2 (Uganda/Tanzânia/ Quênia) Maior rio: Nilo, 6.671 km, no nordeste Maior bacia hidrográfica: do Congo, 3.690.000 km2 Temperatura máxima registrada: 57,7 °C (El Azizia, Líbia) Temperatura mínima registrada: – 23,9 °C (Ifrane, Marrocos) Capital mais elevada: Adis-Abeba, 2.408 m (Etiópia)
Aspectos geográficos dos principais países africanos O critério de seleção dos países africanos examinados a seguir respeita a relevância econômica (em todo seu potencial), geopolítica e cultural (em nível internacional) que o país ocupa, segundo a avaliação dos autores, sem que constitua em preconceitos ou estabelecimento de escala de valores.
Países da África setentrional (ou África muçulmana, ou, ainda, África do Norte) Argélia Capital, Argel; governo, República com forma mista de governo; línguas, árabe e francês. Está situada ao norte da África, sendo a segunda maior nação do continente, superada apenas pelo Sudão. Colônia da França, por 132 anos, conquistou a independência em 1962, depois de anos de forte repressão política. Dominada pelo deserto do Saara, que ocupa quase 90% do seu território, dele são retirados petróleo e gás natural, o que faz a Argélia ser um dos maiores produtores mundiais.
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Mapa da África setentrional
Na pequena e fértil faixa litorânea, banhada pelo mar Mediterrâneo, vivem por volta de 90% dos argelinos. A população é composta de árabes, e uma pequena parte de berbere; quase todos os habitantes seguem a religião islâmica. É forte no país o movimento fundamentalista, apesar da repressão militar governamental. Egito Capital, Cairo; governo, República Presidencialista; língua, árabe. 208
Geografia Geral
Está num ponto estratégico ao nordeste da África, encontrando-se com a Ásia. O Egito é palco de uma das mais valorizadas civilizações da Antigüidade. Dinastias de faraós deixaram monumentos riquíssimos, como as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, consideradas patrimônios da humanidade. O Egito é quase todo um deserto, sem contar com a costa do mar Mediterrâneo e as margens do rio Nilo. O Nilo atravessa o país de sul a norte, é essencial na economia, garantindo o abastecimento de água e de energia elétrica e possibilitando a agricultura em seu curso. Quase toda a população – a segunda maior da África – vive nas suas margens. Nos últimos anos o governo tem estimulado o turismo, gravemente afetado por ataques terroristas de fundamentalistas islâmicos. O pedágio, que é cobrado no canal de Suez, é parte significativa da fonte de receita para a nação (1,2 bilhão de dólares no primeiro semestre de 1999); em seguida vem a exploração do petróleo. Apesar de o islamismo ser a religião da grande maioria dos habitantes, as mulheres egípcias possuem hábitos bastante ocidentalizados para os padrões árabes. Muitas trabalham fora e a maioria não usa mais o véu para cobrir o rosto. Eritréia Capital, Asmará; governo, República Presidencialista; línguas, inglês, árabe. É a nação mais jovem da África, pois alcançou a independência em 1993, através de um plebiscito, aprovada por 99,5% dos habitantes. Anexada à Etiópia em 1962, mais de trinta anos de guerra de secessão arruinaram o país, deixando perto de 100 mil mortos e 350 mil refugiados. Desde então, os dois Estados disputam áreas fronteiriças. Posicionada na região conhecida por Chifre da África, no leste do continente, e banhada pelo mar Vermelho, a Eritréia ocupa importante posição estratégica no estreito de Bab El Mandeb, cujo acesso dá ao canal de Suez. A maior parte de seu território é desértico, com temperaturas que chegam a 40 0C na depressão de Danakil, 130 metros abaixo do nível do
Geografia Geral 209
mar, a área mais quente e árida do país. Muitas montanhas do norte ultrapassam 2 mil metros de altura, por isso o clima é bem mais ameno. Cerca de 80% da população, que é formada por muçulmanos e cristãos, vive na zona agrícola. A economia está ainda muito debilitada por conflitos políticos e pela seca. Para desenvolvê-la, o governo procura atrair investimentos externos. O turismo é promissor e um dos maiores atrativos é o arquipélago de corais Dahlak, hoje um parque nacional onde vivem inúmeros animais marinhos. Etiópia Capital, Adis-Abeba; goveno, República Parlamentar; língua, Amárico. É uma das duas únicas nações africanas (a outra é a Libéria) que não foi colonizada por europeus, pois a ocupação italiana se restringiu ao pequeno período de 1936 a 1941. Resistiu também ao domínio e à influência árabe, conservando até hoje forte tradição cristã. O país sofre as conseqüências da longa guerra civil iniciada nos anos 1960. Sua população, a terceira maior da África, vive em precárias condições, com uma das mais baixas rendas per capita do mundo. Com a independência da província da Eritréia, em 1993, a Etiópia perdeu acesso direto ao mar Vermelho. A maior parte do território etíope corresponde à área conhecida por Chifre da África, no leste do continente, acima dos 2 mil metros de altitude. Adis-Abeba localiza-se a nada menos que 2.408 metros acima do nível do mar. Longos períodos de secas assolam a nação, onde é registrada a mais alta temperatura média do mundo: 34 0C, na região de Dabol. Os rebanhos bovinos ocupam cerca de três quartos de terras que possuem campos e pastagens. A exportação de couro e pele é uma forte fonte de receita para o país. Líbia Capital, Trípoli; governo, Ditadura Militar desde 1969; língua, árabe. 210
Geografia Geral
Situada no norte da África, a Líbia é um país desértico, sem rios permanentes, com clima quente e seco. No interior, a temperatura alcança 57,7 oC, o recorde da África. Aproximadamente 90% dos líbios vivem na faixa costeira banhada pelo mar Mediterrâneo, única região que recebe chuva e pode ser cultivada. O país conserva ruínas de vários povos que o ocuparam, muitas declaradas patrimônios da humanidade, como os sítios arqueológicos de Leptis Magna e Sabratha, importantes cidades do Império romano. O petróleo, responsável por mais de 90% das receitas de exportação, é a base da economia. Antes de se descobrirem as reservas, no final dos anos 1950, a Líbia era um dos países mais pobres da África. Hoje, o povo desfruta de um dos mais altos índices de desenvolvimento humano da África. Diminuiu-se o isolamento do regime liderado pelo coronel Kadafi em 1999, com a suspensão das sanções internacionais que prejudicavam a economia há quase uma década, após ter renunciado ao apoio a terroristas. Marrocos Capital, Rabat; governo, Monarquia Parlamentar; língua, árabe. Governado pelo rei Hassan II durante pelo menos 38 anos com mão de ferro, morto em 1999. Deixou a seu filho Muhammad VI um país em meio a uma grave crise social e a uma crescente demanda popular pedindo por reformas democráticas. Está à noroeste da África, separado da Europa pelo estreito de Gibraltar, onde os dois continentes quase se tocam. Os montes Atlas servem de barreira natural para as chuvas e mantêm a costa norte fresca e úmida. O lado sul é ocupado pelo deserto do Saara e parte do Saara Ocidental, que era uma colônia espanhola, rica em jazidas de fosfato, anexada pelo governo marroquino em 1975. A exploração de fosfato, uma das principais do mundo, é monopólio do Estado. As cidades imperiais de Fez, Marrakech e Meknés possuem antigos mercados e monumentos árabes, fazendo do Marrocos o país mais visitado do Magreb. Sudão Capital, Cartum; governo, República Presidencialista; língua, árabe.
Geografia Geral
211
É o maior país da África, em guerra civil há mais de quarenta anos, confrontando-se o governo muçulmano e os guerrilheiros cristãos e animistas, com base no sul do território. A guerra e longos períodos de seca deixaram 1,5 milhão de mortos. Os desertos da Núbia e da Líbia e o clima árido ficam ao norte, enquanto o sul é coberto por savanas e florestas tropicais. A bacia do rio Nilo, que atravessa o território, é fonte de energia elétrica e de irrigação para as plantações de algodão, principal produto de exportação, ao lado da goma-arábica. Grande parte da população vive da agricultura de subsistência e da pecuária. A introdução da sharia, a lei islâmica, causou a fuga de mais de 350 mil sudaneses para países vizinhos. Uma das principais medidas impostas pela lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação. Tunísia Capital, Túnis; governo, República com forma mista de governo; língua, árabe. Está situada na costa do mar Mediterrâneo, extremo norte da África, e é uma das nações mais liberais do mundo árabe, pois as mulheres possuem os direitos civis e não precisam usar o tradicional véu (xador). Uma pequena parte de nômades berberes habitam no país. Nesse território encontramos diversas marcas de muitas civilizações. Uma das principais são as ruínas de Cartago, antiga cidade fundada pelos fenícios, perto da capital Túnis. O norte é ocupado pelos montes Atlas, onde corre o único rio perene do país, o Medjerda. Em seu vale é desenvolvida a prática agrícola, que emprega 30% da mão-de-obra. Na área central existe um grande lago (Jerid), mas que quase sempre se encontra seco. Já no deserto do Saara, ao sul, o meio típico de transporte ainda é o dromedário. Possuidora de significativas jazidas de fosfato e petróleo, o turismo também é economicamente importante para a Tunísia. 212
Geografia Geral
Países da África subsaariana (região ocidental ou atlântica) Argel Rabat
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DO SUL
Mapa da região subsaariana
Benin Capital, Porto Novo; governo, República Presidencialista; língua, francês. É uma nação pequena que está a oeste da África, banhada pelo golfo da Guiné, no oceano Atlântico. Era entre os séculos XVII e XIX um dos maiores entrepostos de escravos. A maioria
Geografia Geral
213
foi trazida para o Brasil, por isso o país possui atualmente forte vínculo cultural com a Bahia. Comidas típicas como a feijoada e o acarajé são parte da culinária beninense, e o vodu, semelhante ao candomblé, é prática religiosa de grande parte da população. Antes de ser colônia francesa, em 1892, era o centro do reinado Fon de Daomé, um dos mais importantes de toda a África ocidental. O Palácio Real de Abomey, sede da monarquia, foi declarado patrimônio da humanidade. Ao longo da costa beninense há várias lagoas e são comuns as vilas de pescadores construídas sobre palafitas, como Ganvié, um importante centro turístico. O norte, de influência islâmica, é a área mais pobre do país. No sul, onde está a maior parte dos habitantes, a pesca e a agricultura sustentam a economia. O povo é constituído de inúmeros grupos étnicos, que convivem em relativa paz. Os casamentos são tratados pelas famílias e a poligamia ainda é habitual. As mulheres têm um papel valioso na colheita dos alimentos e no comércio realizado nos mercados. Cabo Verde Capital, Cidade de Praia; governo, República Parlamentarista; língua, português. Localiza-se na zona equatorial do oceano Atlântico, a 500 quilômetros da costa da África. É um arquipélago formado por dez ilhas de origem vulcânica, das quais nove são habitadas. São Tiago, a maior, concentra cerca de 50% dos cabo-verdianos. Pela sua localização geográfica, a meio caminho da América do Sul e da Europa, o país é importante parada em rotas aéreas e marítimas. Seu território é dos mais áridos da África, pois na maior parte das ilhas chove uma ou duas vezes ao ano. A seca, que abrange longos períodos, foi a causa da morte de mais de 200 mil pessoas, quase metade da população total de hoje, desde o início do século passado. Contando com 10% de área cultivável, Cabo Verde tem uma produção agrícola pequena. Assim, uma significativa parcela dos alimentos precisa ser importada. Devido a esses problemas, muitos habitantes emigram. Atualmente 214
Geografia Geral
existem mais cabo-verdianos vivendo no exterior do que no próprio local de origem. O dinheiro enviado por eles a familiares é maior que o PIB do país. A nação ainda conserva traços da cultura portuguesa na língua, nos costumes, na culinária e na arquitetura. Costa do Marfim Capital, Abidjan; governo, República Presidencialista; língua, francês. Está localizada no oeste da África e seu nome é uma referência às presas de elefantes que existiam em grande número quando da chegada dos franceses. Ainda hoje, presas de elefantes podem ser vistas no Parque Nacional Comoé, patrimônio natural da humanidade. A capital administrativa marfinense, Yamoussoukro, é diferente da maioria das outras cidades africanas. Em razão da arquitetura moderna, é considerada uma pequena versão de Brasília. Possui uma réplica da Basílica de São Pedro (Vaticano), ainda que sua população seja principalmente animista e muçulmana. Vivem mutuamente em seu território quase setenta grupos étnicos e muitos outros contingentes de exilados de estados vizinhos, atraídos pelo potencial econômico. Somente em Abidjan, a sede do governo, conhecida como a Paris da África ocidental, vivem por volta de 25 mil franceses. Graças à agricultura, a Costa do Marfim é uma das nações mais prósperas do oeste africano. No sul, o clima tropical ajuda no cultivo de cacau (maior produtor mundial) e café, mas a oscilação dos preços internacionais de mercadorias agrícolas provoca dificuldades. Ultimamente, o governo tem investido em outras atividades econômicas, como indústrias alimentícias e têxteis e a exploração de petróleo e gás natural. Gana Capital, Acra; governo, República Presidencialista; língua, inglês. País banhado pelo golfo da Guiné, Gana foi porto de embarque da maioria dos escravos levados para a América entre os séculos XVI e XIX. Na época da colonização foi chamada de Costa do Ouro, devido às grandes reservas desse metal que ali
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existiam. Muitos fortes e castelos são testemunhas desse período, principalmente na área costeira, onde encontra-se a maioria dos habitantes. A economia é uma das mais estáveis do continente africano. O principal produto de exportação é o cacau, cultivado nas regiões centro e sul. Nos últimos anos, ele está sendo substituído por culturas destinadas ao consumo interno. Além do ouro, cuja produção está entre as dez mais importantes do mundo, o país retira uma quantidade significativa de manganês, bauxita e diamante. A indústria, uma das mais desenvolvidas da África, beneficia-se da hidrelétrica de Akosombo, cuja barragem forma o maior lago artificial do mundo, o Volta. Apresenta sérios problemas ambientais, como a poluição de rios e a desmatamento de florestas, provocados pela mineração e pela atividade agropecuária. Guiné Capital, Conacri; governo, República Presidencialista; língua, francês. É conhecida por sua forte tradição musical e é comum haver manifestações de música e dança nas ruas das cidades guineanas, principalmente na capital, Conacri. Por estar na faixa intertropical, o país possui um dos climas mais úmidos da África ocidental, principalmente na região costeira, onde a média anual de chuvas chega a 4,3 mil milímetros. Na parte central do território encontramos o maciço Fouta Djalon, com montes que chegam a mil metros de altura e proporcionam um ambiente mais fresco. No sudeste encontramos uma grande floresta tropical e na divisa com Serra Leoa está a nascente do rio Níger. A maior parte do território possui terras férteis, sendo a agropecuária a principal atividade econômica, empregando três quartos da força de trabalho. É a segunda maior produtora mundial de bauxita e também possui reservas de ouro, ferro e diamante. Formada principalmente pelas etnias fulani e mandinga, o povo guineano vive na pobreza. A expectativa de vida gira em torno de 46 anos e 65% dos habitantes são analfabetos. 216
Geografia Geral
Guiné Bissau Capital Bissau; governo, República com forma mista de governo; língua, português. Desde 1998 passa por uma guerra civil entre rebeldes militares e forças legalistas. O conflito dificulta ainda mais as condições da população local, que já eram ruins. Suas taxas de mortalidade infantil e de expectativa de vida estão entre uma das piores do mundo. A maior área de Guiné Bissau está situada em uma área baixa e pantanosa, com o litoral dominado por mangues. Há muitas ilhas, formando assim o arquipélago dos Bijagós, mas a maioria é despovoada. O ecossistema, uma das riquezas locais, está sendo devastado nos últimos anos pela atividade agrícola, principalmente pelo cultivo do arroz, feito nas terras alagadas. Cerca de 90% da força de trabalho é direcionada à agricultura, setor mais importante da economia, mas quase 50% da produção volta-se para a subsistência. Ainda assim é um dos poucos países que exportam alimentos, como peixe, amendoim e castanha de caju. É habitado por cerca de vinte etnias, e a maioria segue crenças tradicionais, com exceção de alguns grupos que se converteram ao islamismo, durante o domínio árabe no continente. Libéria Capital, Monróvia; governo, República Presidencialista; língua, inglês. Foi criada por ex-escravos dos EUA, que após a libertação preferiram voltar para a África. O nome desse país significa “país dos libertos”. É a única nação da África que não foi colonizada por europeus, além da Etiópia. Independente, tornou-se também a primeira república. Os descendentes dos escravos (3% da população) são hoje a elite do país. Grande parte dos habitantes vive em péssimas condições. Indicadores sociais, como mortalidade infantil, estão entre os piores do mundo. Essa situação agravou-se com a guerra civil, que assola o país e já deixou milhares de mortos, bem como milhares de refugiados em países vizi-
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nhos. Quase metade do território liberiano é coberta por mata nativa. A capital, Monróvia, banhada pelo oceano Atlântico, é uma das áreas mais úmidas da África. No interior, o clima fica mais seco, em parte devido aos ventos que vêm do Saara. No leste encontra-se o Parque Nacional Sapo, onde a atração são os hipopótamos anões. Os principais produtos econômicos, minério de ferro, borracha e madeira, são extraídos por empresas estrangeiras e destinados à exportação. Mauritânia Capital, Nuakchott; governo, República com forma mista de governo; línguas, árabe e francês. Está em uma área de transição entre a desértica região do Magreb, ao norte, e da África negra, ou Subsaariana, formada em sua maior parte por florestas equatoriais. Uma estreita faixa de terra ao sul, ao longo do rio Senegal, recebe chuva suficiente para a atividade agrícola. A extração de minério de ferro, produto do qual a Mauritânia tem uma das maiores reservas do mundo, e a pesca marítima são as principais fontes de divisa. O forte processo de desertificação do solo tem provocado o êxodo de nômades árabes, que viviam da criação de camelos e do comércio efetuado por caravanas, em direção ao sul. Com isso, o número de nômades no país caiu de 83% da população para 10%, nos últimos quarenta anos. Níger Capital, Niamey; govervo, República com forma mista de governo (ditadura militar desde 1999); língua, francês. O deserto do Saara ocupa dois terços dessa nação africana. O restante está em uma zona semidesértica denominada Sahel. As poucas terras cultiváveis estão sendo desertificadas, devido ao desmatamento e à agropecuária predatória nas margens do rio Níger. A economia é baseada na exploração de urânio, responsável por cerca de 80% da receita de exportação. Pouquíssimos tuaregues, povo nômade do deserto, buscam o norte 218
Geografia Geral
do país. O Níger possui uma das maiores taxas de analfabetismo do mundo (85%) e um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH). Nigéria Capital, Abuja; governo, República presidencialista; língua, inglês. Banhada pelo golfo da Guiné, é o país mais populoso da África. A bacia do rio Níger ocupa quase todo o território, onde o solo fértil atrai mais da metade da população para o campo. A extração de petróleo é responsável por 90% das exportações. A enorme quantidade de recursos minerais, como estanho, carvão, ferro e gás natural, junto à facilidade de obter energia hidrelétrica, favorece a indústria. A população é constituída por cerca de 250 grupos étnicos, sendo motivo de tensões freqüentes. O país convive com a rivalidade entre o sul, rico, e sob influência cristã, dominado pela etnia ioruba, e o norte, muçulmano, em grande parte hauçá. Freqüentes golpes militares e a corrupção generalizada marcam também a história política da Nigéria desde a independência. Senegal Capital, Dacar; governo, República com forma mista de governo; língua, francês. Ocupa uma planície semi-árida, coberta por savanas e por três grandes rios: Senegal, Gâmbia e Casamance. Possui muita influência francesa. Sua capital, Dacar, está na área mais ocidental do continente. A ilha de Gorée, nas proximidades, foi centro de tráfico de escravos. O turismo vem crescendo devido à diversidade da fauna, principalmente de pássaros. Além de existirem muitos grupos étnicos, a maioria dos senegaleses fala ou entende a língua ulof e segue uma forma diferente de islamismo. Milhares de peregrinos visitam anualmente a cidade sagrada de Touba. Em 1999, o Parlamento aboliu a circuncisão feminina. Serra Leoa Capital, Freetown; governo, República Presidencialista; línguas, inglês e crioulo, mende, limba e temne.
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É uma das nações mais pobres do mundo. Possui o menor IDH do mundo (0,254 em 2000) e o recorde de mortalidade infantil (para cada mil crianças nascidas vivas, 170 morrem). Desde início dos anos 1990, o país sofre uma guerra civil entre o governo e a guerrilha chamada Frente Revolucionária Unida (FRU). O território é dominado por planícies, e as montanhas ocupam as regiões norte e leste, onde está Koidu-Sefadu, a maior área de extração de diamante, principal meio econômico de Serra Leoa. O turismo, cujo atrativo principal são as reservas de animais selvagens, sofre os efeitos da guerra. Quase 65% da população está dividida em duas etnias: os temnes, seguidores do islamismo, e os mendes, em geral animistas.
Países da Áfrida subsaariana (região central) Camarões Capital, Iaundê; governo, República Presidencialista; línguas, francês e inglês. O país encontra-se na costa oeste africana e é banhado pelo golfo da Guiné, tendo uma das maiores diversidades culturais do continente, existindo por volta de 230 grupos étnicos que falam 250 línguas e dialetos nativos. Grande parte do território é coberta por florestas tropicais. Ao norte, dominado por savanas, o clima tropical é mais seco, mas torna-se árido perto do lago Chade. A oeste, existem formações montanhosas de origem vulcânica, como o monte Camarões (4,1 mil metros), um dos mais altos da África Central. No sul, quase inacessível aos turistas por falta de estradas, vivem pequenos grupos de pigmeus e gorilas. Possui uma das economias mais dinâmicas do continente e é auto-suficiente na produção de alimentos. Além da exportação de cacau e café, o petróleo, descoberto em 1976, também é uma importante fonte. Contudo, em meados dos anos 1980, a economia enfrentou grave crise, devido, em parte, à corrupção no setor público. Há instituições que consideram Camarões o país mais corrupto do mundo. A disputa com a Nigéria pela península de Bakassi tem provocado crises desde os anos 1980. 220
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Congo Capital, Brazzaville; governo, República Presidencialista (ditadura militar desde 1997); línguas, francês, quicongo e lingala. Está no centro-oeste da África, sob a linha do Equador, e combina heranças da colonização francesa e antigas divisões tribais. Conflitos depois da independência resultaram numa guerra civil que já deixou centenas de milhares de mortos. Mais da metade do território congolês é constituído de florestas tropicais, que abran-
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gem sobretudo a porção norte. Existem na região muitos animais de espécies nativas, como elefantes, gorilas e muitos tipos de macaco. Na parte central as savanas predominam. Constituída de diversos povos, com destaque para os congos, a população concentra-se na costa e nos arredores da capital, Brazzaville, no sul do país. Nessa área dominam as pequenas fazendas, que desenvolvem a agricultura e a pecuária. Porém, o que se produz de alimentos não chega a ser suficiente para atender à população, que assim depende de importações. O petróleo, retirado em boa parte por plataformas marítimas no litoral, principalmente na cidade de Pointe-Noire, gera 90% das receitas externas da nação. Gabão Capital, Libreville; governo, República com forma mista de governo; língua, francês. Dividido pela linha do Equador e banhado pelo oceano Atlântico, o Gabão é um país quente e úmido. Três quartos de seu território estão cobertos por florestas tropicais, grande parte ainda intocada. Há uma fauna variada, com elefantes, leões, leopardos e macacos. Uma das nações mais ricas do continente, possui uma das maiores rendas per capita africana depois de Seicheles. A capital, Libreville (cidade livre), em homenagem aos ex-escravos franceses que viviam livremente no local, é uma das cidades mais caras do mundo. Parece-se com a norte-americana Miami devido à grande oferta de hotéis luxuosos à beira-mar e de shopping centers. A extração de petróleo é a principal fonte da receita gabonesa; em seguida vem a mineração de ferro e de manganês. Com o crescimento da economia, muitos imigrantes de outras regiões são atraídos em busca de emprego. O número de franceses também é grande: cerca de 45 mil, mais do que no período do domínio colonial francês. A população, cuja maioria é cristã, constitui-se de inúmeros grupos étnicos, com destaque para os fangues. República Centro-africana Capital, Bangui; governo, República com forma mista de governo; língua, francês. 222
Geografia Geral
Localizada no coração da África, ocupa um grande planalto coberto por savanas. As regiões norte e leste, semidesérticas, abrigam reservas de animais selvagens. O país é uma importante via de trânsito regional devido aos rios que passam pelo território, como o Ubangi. A temperatura média é de 25 oC, mas há variada amplitude térmica: registra-se 40 o C de dia e 10 oC negativos à noite. Vivem em relativa harmonia os oitenta grupos étnicos, que falam uma língua comum, o sango. Auto-suficiente em alimentos, o país é exportador de café, algodão, madeira e diamante. Secas periódicas e a ausência de rodovias e ferrovias dificultam o progresso. A indústria, pouco desenvolvida, é controlada por empresas estrangeiras. República Democrática do Congo Capital, Kinshasa; governo, República Presidencialista (ditadura até 1997); língua, francês. É o principal foco de tensão na região dos Grandes Lagos africanos desde o início da rebelião que derrubou a ditadura de Mobutu Sese Seko, em 1997. Assim que o novo governo assumiu, ele enfrentou os antigos aliados que o colocaram no poder. A entrada de militares de nações vizinhas prolonga a guerra civil no país. Metade do território é coberta por florestas tropicais, sendo também irrigada por muitos rios, principalmente o Congo, segundo maior rio da África. Muitos lagos estão na fronteira leste, e o maior é o Tanganica. Montanhosa e vulcânica, a região abriga parques nacionais de Kahuzi-Biega e Virunga, santuários de gorilas. Mais da metade do povo, dividido em mais de duzentos etnias, vive no plantio e praticam caça, pesca e agricultura. É o primeiro país no mundo na produção de diamante, possuindo grandes reservas de cobre e cobalto. Sua exploração é difícil devido às péssimas condições de transporte, que isolam Lubumbashi (pólo mineral) da desenvolvida porção oeste, onde está a capital, Kinshasa.
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Burundi Capital, Bujumbura; governo, República Presidencialista (ditadura militar desde 1996); línguas, quiirundi e francês. Localiza-se no centro-leste da África, na região dos Grandes Lagos, e não possui saída para o mar. Desde a independência, na década de 1960, é berço de violentos combates envolvendo tutsis e hutus, etnias que vivem em conflito também na vizinha 224
Geografia Geral
Ruanda, ocasionando grande número de mortos e centenas de milhares de refugiados. Possuindo elevadas taxas de fecundidade e de densidade demográfica, o país está entre os cinco com menor IDH do mundo. Mais da metade da população burundinesa vive no campo, em geral analfabeta, e não possui água potável nem serviços de saneamento. A aids é um sério problema em Burundi. Importante na cultura de café e de chá, a agricultura emprega a maior parte da força de trabalho e é responsável por metade do PIB nacional. A indústria se concentra na capital, onde existe um pequeno setor de manufaturas. Contudo, a guerra civil ataca seriamente a economia, levando o país – um dos mais pobres do mundo – a depender da ajuda externa, em especial da Bélgica, da França e da Alemanha. Quênia Capital, Nairóbi; governo, República Presidencialista; línguas, inglês e suaíle. Seu território possui diversas paisagens: o deserto Chalbi ao norte, praias no sudeste e planaltos elevados no centro-oeste. Possui o segundo maior pico do continente, o monte Quênia, com aproximadamente 5.200 metros de altitude. A região é pontilhada por pequenos lagos e alguns são reservas de aves, como o Nakuru, que abriga 2 milhões de flamingos. O país também é berço do maior espetáculo de vida selvagem do planeta. Todos os anos, milhões de animais, principalmente gnus e zebras, aparecem nas savanas da Reserva Natural de Masai Mara, tornando-se uma das principais atrações quenianas. Nessa área encontra-se a tribo masai, que é uma das mais exóticas da África. Cerca de setenta povos vivem no Quênia, fazendo da nação uma mistura de culturas e etnias. O turismo é uma fonte vital para a economia, mas a agricultura emprega quase 80% da força de trabalho. O chá e o café são os principais produtos de exportação. Ruanda Capital, Kigali; governo, República com forma mista de governo; línguas, quiniaruanda, francês e inglês.
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É uma pequena nação da montanhosa região dos Grandes Lagos africanos, devastada por conflitos entre hutus e tutsis, grupos em menor proporção, como na vizinha Burundi. A violência étnica culminou com o genocídio de 1994, que deixou perto de 1 milhão de mortos e milhares de ruandeses refugiados em nações vizinhas. Os conflitos prosseguem até hoje, embora com menor intensidade. O clima ameno e a altitude favorecem o povoamento da região. Atualmente, Ruanda possui a terceira maior densidade demográfica do continente. Os ruandeses vivem da agricultura, desenvolvida em pequenas propriedades, e exportam chá e café. No noroeste fica o Parque Nacional dos Vulcões, que abriga um anel de sete vulcões, o maior deles (Karisimbi) com aproximadamente 4.500 metros de altura. A área é um dos últimos redutos dos gorilas-das-montanhas, espécie ameaçada de extinção. Somália Capital, Mogadíscio; governo, Conselho de Salvação Nacional (CSN); línguas, árabe e somali. Está na área mais oriental do continente e é uma nação sem governo. Desde o início dos anos 1990, o país está numa guerra civil entre vários clãs rivais, apesar de pertencerem a um mesmo grupo étnico e lingüístico e seguirem a mesma religião. Soldados estrangeiros entraram na Somália entre 1992 e 1995, mas fracassaram na pacificação do país, que sofre muito também pela seca e pela fome. A ONU informou, em 1999, que um décimo do povo somali passa fome. O país possui uma das mais altas taxas de analfabetismo do mundo. A maior parte dos habitantes é formada por pastores nômades de camelos, e o país têm o maior rebanho do mundo. As vilas e as cidades localizam-se principalmente nas montanhas do norte, às margens do golfo de Áden, e no litoral. O sul é formando por uma planície que acompanha o oceano Índico, coberto de savanas e uma fauna diversificada. O deserto de Ogaden, que está ao centro do território somali, foi dado à Etiópia pelos ingleses. O país busca, sem sucesso, reconquistá-lo, numa guerra que já dura mais de doze anos. 226
Geografia Geral
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Reprodução
Tanzânia Capital, Dodoma; governo, República Presidencialista; línguas, suaíle e inglês. A Tanzânia é formada pelo território de Tanganica, no continente, e pela ilha de Zanzibar no oceano Índico. Atrações naturais destacam-se nesse país, já ocupado por árabes, alemães e ingleses. Em seu território estão os três maiores lagos africanos (Vitória, Tanganica e Malauí), vários parques de animais selvagens e o ponto mais alto do continente, o monte Kilimanjaro, com aproximadamente 5.900 metros de altitude. Encontra-se na região nordeste, podendo ser visto a uma distância de até 300 quilômetros. Vivem na Tanzânia povos de diferentes etnias e religiões: muçulmanos, cristãos, hindus e adeptos de 120 crenças animistas nativas. A agricultura emprega 80% da mão-de-obra, e o turismo é, atualmente, a principal fonte de renda. Único país estável da conturbada região dos Grandes Lagos, abriga milhares de refugiados de Ruanda, de Burundi Kilimanjaro e da República Democrática do Congo. Uganda Capital, Campala; governo, República Presidencialista; língua, inglês. Está situada na montanhosa região dos Grandes Lagos africanos, sendo um dos últimos hábitats dos gorilas-das-montanhas, espécie ameaçada de extinção. No Parque Nacional Bwindi, patrimônio da humanidade, estão cerca de trezentos desses animais. As florestas da região também abrigam muitos pigmeus.
As savanas dominam a maior parte do território. A presença de muitos lagos – destacando o Vitória, o maior do continente – e cursos de água da bacia do rio Nilo ajudam na geração de energia hidrelétrica e no desenvolvimento da agricultura, base da economia. O café é responsável por 98% das exportações. A política instável nas últimas três décadas põe abaixo grande parte da infra-estrutura produtiva.
Países da África meridional (ou austral) Argel Rabat
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África do Sul (República Sul-Africana) Capital, Cidade do Cabo (legislativa), Pretória (administrativa), Bloemfontein (judiciária); governo, República Presidencialista; línguas, inglês e africâner. O país conheceu o mais duradouro e cruel regime de segregação racial (apartheid), mundialmente reprovado. Desaparecido o apartheid, subsistem enorme diferença social entre brancos e negros e altas taxas de desemprego e criminalidade. O país é dividido pelo Trópico de Capricórnio e banhado pelos oceanos Atlântico e Índico. Na junção dos dois oceanos encontramos o cabo da Boa Esperança, ponto estratégico das rotas comerciais européias para o Oriente, descoberto pelo navegante português Bartolomeu Dias, no século XV. Na economia destacam-se a agricultura de subsistência, que poucas mudanças teve desde o século XIX, e uma moderna atividade industrial, a mais importante do continente. É a maior produtora mundial de ouro, um dos países líderes na extração de diamante e tem grandes reservas de cromita, urânio, antimônio, platina e carvão. O turismo também é uma forte fonte de divisas. Entre os principais atrativos encontramos reservas de animais selvagens, no Parque Nacional Kruger, onde podem ser vistos, entre outros, os chamados “cinco grandes”: elefante, leão, leopardo, búfalo e rinoceronte. Angola Capital, Luanda; governo, República Presidencialista; língua, português. Viveu, desde a independência, uma devastadora guerra civil, em que se opunha o partido do governo, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), de orientação marxista, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), anticomunista. O conflito fez milhares de vítimas. A economia se baseia na exploração de diamante e de petróleo. Várias estradas e ferrovias foram destruídas e a terra não pode ser cultivada
Geografia Geral 229
devido às minas terrestres. O país também apresenta baixos indicadores sociais: os angolanos vivem em média 46 anos, apenas 16% têm acesso a água encanada e a rede de esgoto e mais da metade não é alfabetizada. Terra originária de escravos trazidos para o Brasil, está situada a sudoeste da África. O relevo, baixo no litoral, na região central chega a atingir em média altitudes de 1,2 mil metros. Nessa área encontram-se nascentes de vários rios que alimentam grande parte das bacias da África meridional. A vegetação que predomina é a savana, cobrindo perto de 60% do território. Botsuana Capital, Gaborone; governo, República Presidencialista; língua, inglês. Botsuana encontra-se numa região semi-árida no sul da África e não possui saída para o mar. Cerca de 85% de seu território está no deserto de Kalahari, sujeito a secas que duram até anos. Grande parte dos rios é temporária – um dos principais é o Okavango, ao norte, onde vivem vários de tipos animais, como elefantes, leões, leopardos, búfalos, zebras e crocodilos. Em tempos de chuvas abundantes, as águas do delta atingem o pântano de Makdikgadi e atraem também pelicanos e flamingos. É tão importante a chuva no país que o nome da moeda nacional é pula (chuva, em língua setsuana). Grande parte da população pertence à etnia tsuana e é encontrada na região sudeste, onde a terra permite a atividade agrícola. A boa infra-estrutura dos parques nacionais, como Chobe e Gemsbok-Mabuasehube, atrai turistas. Possui grandes jazidas de níquel, cobre e diamante, mineral do qual é um dos maiores produtores mundiais. Enfrenta grandes e graves problemas na área de saúde. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a quarta parte de sua população adulta é portadora do vírus da aids. Madágascar Capital, Antananarivo; governo, República Parlamentarista; línguas, malgaxe e francês. 230
Geografia Geral
Localiza-se no oceano Índico, a cerca de 400 quilômetros do sudeste do continente africano, sendo a quarta maior ilha do mundo. No país existem dezoito grupos étnicos, mas ainda é forte a influência de colonizadores asiáticos. A agricultura é baseada na produção de baunilha, cravo-da-índia – dos quais é líder mundial – e arroz, possuindo mais semelhanças com o continente asiático. A distância geográfica de Madágascar favoreceu o desenvolvimento de inúmeras espécies únicas de plantas e animais. Mas o acentuado crescimento populacional e as práticas predatórias de uso do solo provocam intensa destruição ambiental. Moçambique Capital, Maputo; governo, República com forma mista de governo; língua, português. Situa-se no sudeste da África, com uma costa de 2,5 mil quilômetros, com praias e recifes de coral no arquipélago Bazaruto, o parque mais conhecido do país. Possui dois rios (Zambezi e Limpopo) que percorrem o país desaguando no oceano Índico. A guerra civil entre a Frente de Libertação de Moçambique e a guerrilha anticomunista da Resistência Nacional Moçambicana, terminada em 1992, deixou quase 1 milhão de mortos e graves conseqüências sociais. Desde o término da guerra, o povo vem investindo na reconstrução da economia, desenvolvendo a pesca, a exploração de gás, a mineração e a exploração da madeira. A produção não é suficiente para absorver a mão-de-obra e quase 80% praticam a agricultura de subsistência. O país é dependente de ajuda externa, pois é um dos países mais pobres do mundo. Embora o português seja o idioma oficial, apenas 50% do povo fala essa língua. Namíbia Capital, Windhoek; governo, República com forma mista de governo; língua, inglês. Desde 1990 é independente da África do Sul. Possui a menor densidade demográfica da África (dois habitantes por quilômetro
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quadrado), e a maior área do território está em áreas desérticas. Na costa está o deserto da Namíbia e no interior, o de Kalahari. Seus parques e reservas de animais selvagens atraem muitos turistas, ainda que a caça seja rigorosamente controlada por leis nacionais de proteção ambiental. A economia namibiana é bem desenvolvida levando em consideração os padrões do continente africano, baseada na pesca, no gado e na mineração. O país é o segundo produtor mundial de chumbo e tem muitas reservas de diamante e urânio. A nação traz a herança do apartheid (regime de segregação racial), imposto durante décadas pelo governo sulafricano. A minoria branca corresponde a 7% da população. Zâmbia Capital, Lusaka; governo, República Presidencialista; língua, inglês. As suas cataratas (Victoria Falls), no rio Zambezi, constituída por uma cortina de água de cerca de 90 metros de altura, são a principal atração do país. A maior parte de sua área é coberta por savanas e seus parques nacionais possuem grande variedade de animais, principalmente próximo aos rios Luangwa e Kafue. Um grande planalto predomina na área leste atingindo o ponto mais alto no altiplano Nyika (2.650 metros aproximadamente). A população se divide em cerca de setenta etnias, concentrada nas regiões de extração de cobre, ao norte da capital, Lusaka. Zâmbia é o quinto maior produtor mundial desse minério, responsável por 80% da receita externa. Possui também importantes reservas de cobalto, zinco e chumbo. A agricultura, que ocupa 70% da força de trabalho, também é economicamente importante. Zimbábue Capital, Harare; governo, República Presidencialista; línguas, inglês, chona e sindebele. Reservas de animais selvagens ocupam 13% da área deste país à sudeste da África. As cataratas de Vitória (Victoria Falls) é outra importante atração turística do país, na divisa com a Zâmbia. Os nativos dão-lhe o nome de “fumaça que troveja”, porque as 232
Geografia Geral
águas que caem de uma altura de 90 metros formam nuvens de pequenas gotas, que são visíveis a quilômetros de distância. O país ainda possui marcas de reinos medievais, como o sofisticado conjunto de construções de pedra do Grande Zimbábue. A maior parte do território é formada por um planalto coberto de savanas. Na região leste, onde está a capital, Harare, predominam as montanhas que são numerosas. O solo fértil e o clima ameno ajudam na agricultura, que emprega cerca de 80% da força de trabalho. A industrialização se beneficia de reservas minerais de ouro, níquel, cobre, prata, ferro e esmeralda, exportados em grande escala. Apesar de representarem 2% da população, os brancos concentram a riqueza nacional. Meio ambiente (1996) Área de floresta ................................ 5.202.370 km2 Áreas de conservação ................. 5,2% do território Recursos hídricos per capita .................... 5,5 mil m3 Emissão de CO2 per capita .............................. 1,1 t Desmatamento ................ 187.410 km2 (1990-1995)
Questões de vestibular 1) (UFPR) Sobre o continente africano, é CORRETO afirmar que: 01) A “África Branca” corresponde à faixa norte do continente que tem extensa área desértica interrompida por faixas agrícolas, localizadas no vale do Nilo e no litoral mediterrâneo do Magreb. 02) Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão são os maiores produtores de petróleo da África. 04) O lago Vitória é o mais extenso da África. 08)Na produção mineral da África destacam-se as minas de diamantes do Zaire e da República Sul-Africana e as jazidas de fosfatos do Marrocos.
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16) Alguns dos maiores desertos do mundo estão localizados na África, como os do Saara e Kalahari. A soma das alternativas corretas é igual a: a) 20 b) 22 c) 28 d) 30 e) 31 2) (Unirio) Em relação ao continente africano, todas as opções a seguir estão corretas, EXCETO uma. Assinale-a. a) se, por um lado, o relevo predominantemente planáltico do continente torna seus rios pouco navegáveis, por outro, favorece seu potencial hidrelétrico, que é bastante grande. b) seu litoral bastante extenso, porém pouco recortado, dificulta seu aproveitamento para a instalação de portos. c) em toda a porção central o clima seco favorece o domínio de formações vegetais desérticas, sendo que apenas ao norte encontramos a mancha de floresta equatorial refletindo a maior umidade desta região. d) em geral apresenta uma hidrografia pobre, em decorrência da predominância de climas secos, mesmo apresentando rios como o Nilo e o Congo, que estão entre os maiores do mundo. e) apesar de apresentar um relevo com predomínio de terrenos de formação geológica antiga, aparecem alguns trechos mais elevados de origem recente, onde se encontram alguns vulcões. 3) (Fuvest) O mapa destaca o conjunto dos espaços onde vivem e predominam populações do grupo étnico negróide. A chamada “África Negra” se estende, principalmente, por áreas de climas: a) tropicais e equatoriais, com domínio dos desertos e savanas. b) temperadas e subtropicais, cobertas de savanas, desertos e estepes. 234
Geografia Geral
c) equatoriais, com domínio das savanas, florestas e desertos. d) equatoriais e tropicais, onde ocorrem florestas, savanas e estepes. e) equatoriais, cobertas de florestas e desertos. 4) (Unesp) Assinale a alternativa que explica por que a distribuição das paisagens climatobotânicas praticamente se repete ao norte e ao sul da linha do Equador no Continente Africano: a) atuação das correntes marítimas. b) posição latitudinal. c) formação geológica. c) disposição do relevo em planaltos cristalinos e sedimentares. e) distribuição pluviométrica irregular. 5) (Mackenzie) A bacia hidrográfica que aparece no mapa ao lado é a do: a) extenso Nilo, que fertiliza o território que atravessa, com as suas cheias periódicas. b) Níger, que nasce próximo ao oceano, mas percorre as regiões áridas do Saara, até chegar ao golfo da Guiné. c) Orange, que atravessa as ricas regiões auríferas do Transvaal. d) longo e caudaloso Congo, que atravessa as regiões equatoriais marcadas por exuberante floresta. e) Zambeze, que apresenta as cachoeiras de Vitória e atravessa regiões de baixo saneamento. 6) (Fuvest) O continente africano é extremamente diverso. Pesquisadores o dividem em regiões como a do Magreb, localizada: a) ao sul do Saara, formada por países que foram colônias francesas. b) no noroeste da África, constituída por países onde predomina a religião islâmica. c) no extremo sul, onde se encontram os países mais industrializados da África.
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d) na África Central, onde as fronteiras políticas estabeleceram-se antes que nas demais regiões. e) no nordeste da África, foco de conflitos tribais pela definição de fronteiras. 7) (UFF-RJ) A África é um dos continentes mais afetados pela pobreza, guerras e conflitos étnicos. Acrescenta-se, ainda, à dramática realidade africana, a proliferação de doenças, entre elas, a aids, que já atinge cerca de 25 milhões de africanos (70% do total mundial dos soropositivos, segundo as informações da OMS). Para muitos autores a África representa uma “periferia abandonada” ou, até mesmo, “desconectada” do capitalismo globalizado. Entretanto, nesse continente, observa-se a presença de “periferias exploradas” que, em função dos seus recursos naturais estratégicos, atendem aos interesses das empresas globais; esse processo mantém, no século XXI, formas históricas de exploração do colonizado pelo colonizador. Dentre os recursos estratégicos das “periferias exploradas” da África, merecem destaque: a) os diamantes na África do Sul e o petróleo na Argélia e na Nigéria. b) o urânio e o ferro em Uganda e Angola. c) a bauxita e o alumínio na Somália e no Zaire. d) o cobre na Líbia e o estanho na Tunísia e em Benin. e) o carvão no Egito e o silício na Costa do Marfim. 8) (UFES) De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a África subsaariana abriga os 20 países mais pobres do mundo. Neles, cerca de 30% da população sofre de subalimentação. Sobre a pobreza, nesses países africanos, nas últimas décadas, é correto afirmar que: a) as conjunturas climáticas e/ou políticas adversas são responsáveis pela miséria de enorme parcela da população. b) o aumento da importação de alimentos e o crescimento da receita nas exportações favoreceram o equilíbrio da balança comercial. c) o índice de pobreza na região do Sahel é menor do que em outras regiões, devido às favoráveis condições climáticas. 236
Geografia Geral
d) os instrumentos usados para o recente controle da natalidade são suficientes para atender a população. e) o tráfico de crianças para exploração de seu trabalho vem diminuindo nos últimos anos. 9) (Mackenzie) I. O crescimento populacional supera a média anual de 2,5%, enquanto a produção de cereais tem aumentado cerca de 1,0% ao ano. II. A maior parte dos países da região depende da exportação de produtos agrícolas ou minerais. III. Os investimentos estrangeiros têm sido direcionados para o desenvolvimento das indústrias de bens de consumo. Aplicam-se à África Negra, apenas: a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I. e) III. 10) (FGV-SP) A África é cada vez menos “visível”. Diríamos que “desertou” do mundo ou o mundo a esqueceu. Gostamos dela, mas viramos o rosto. Não compreendemos mais nada do que se passa nesse continente. (Adap. Gilles Lapouge. Jornal O Estado de S. Paulo. 2/4/2000. p. A-27.) Assinale a alternativa que interpreta corretamente as idéias do texto acima: a) abandonado pela União Européia e pelos EUA, o Canadá constitui hoje a maior fonte de recursos para a África, inclusive intercedendo no Bird para o perdão de sua dívida externa. b) a África desertou do mundo desde a Conferência dos Países Não-Alinhados em Bandung, ocasião em que os países de sua porção meridional posicionaram-se contra o capitalismo e o socialismo. c) a França e os Estados Unidos passaram a controlar a África Setentrional porque esta região é a mais pobre do continente e a que tem maior número de conflitos armados.
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d) após o fim da Guerra Fria, a perda de interesse político de algumas nações africanas que eram disputadas pelo bloco capitalista e socialista levou, nos anos 1990, a um abandono do continente, principalmente da chamada África Negra. e) a África é cada vez menos visível porque a fome, a miséria e as seitas religiosas contribuíram para reduzir sua taxa de crescimento demográfico, em torno de 3%, para menos de 1% ao ano.
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O continente asiático: panorama geral Aspectos físicos Maior continente do mundo, com uma área de 44.397.460 km2 (incluindo a parte asiática da Rússia e da Turquia, e o Oriente Médio), corresponde por volta de 30% das terras emersas do planeta. Seu limite ao norte é o mar Glacial Ártico, ao sul, o oceano Índico, a leste, o oceano Pacífico, e a oeste, o mar Vermelho, o mar Mediterrâneo e a Europa. A fronteira convencional entre Ásia e Europa é formada pelos montes Urais, rio Ural, mar Cáspio, montanhas do Cáucaso e mar Negro. A Ásia integra-se à África pelo istmo de Suez e é separada da América pelo estreito de Bering. Seu relevo possui a maior altitude média do mundo (960 metros), principalmente nas cordilheiras do Himalaia e do Kunlun, que circundam o planalto do Tibet, conhecido como o teto do mundo. Nas montanhas da Ásia Central, nascem os principais rios do continente: Amur, Huang He e Chang Jiang, que desembocam no oceano Pacífico; o rio Mekong, no mar da China Meridional; os rios Brahmaputra, Ganges e Indo, no oceano Índico.
Dados geográficos Área: 44.397.460 km2 Maior país: Federação Russa (17 mi km2, dos quais 12,8 mi km2 na porção asiática) Menor país: Maldivas (298 km2) Recordes – Ponto mais elevado: monte Everest, 8.848 m (Nepal/ China) Maior depressão: mar Morto, – 395 m (Israel/Jordânia) Maior ilha: Bornéu, 736.000 km2 Maior mar: mar da China Meridional, 2.316.260 km2 Maior golfo: golfo de Bengala, 2,1 mil km2
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Maior lago: mar Cáspio, 371.000 km2 (entre Azerbaijão/ Federação Russa/Cazaquistão/Irã/Turcomenistão) Maior rio: Chang Jiang, 5.800 km Maior bacia hidrográfica: bacia do Obi, 2,9 mi km2 Altitude média: 960 m
MAR DE BERING
MONTES KOLIMA
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Os climas mais extremos da terra se encontram na Ásia: o deserto quente da Arábia e o frio de Gobi (China) e, ao norte, a gelada Sibéria, rica por suas grandes reservas minerais, que começaram a ser explorada pela Rússia depois da construção da ferrovia Transiberiana, no início do século XX. As reservas de mineral também são grandes no Oriente Médio: países do golfo Pérsico (Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, entre outros) garantem a maior parte da produção mundial de petróleo. Devido à grande extensão do território, aos diversos tipos de relevo e ao regime de monções, típico do sudeste do continente e caracterizado pela existência de duas estações no ano, bem definidas. O verão (junho a agosto) é quente e extremamente chuvoso, devido aos ventos úmidos provenientes dos oceanos Índico e Pacífico em direção do interior do continente. No inverno, como os ventos são originários do continente (norte da Ásia), é mais frio e seco. É a época da estiagem. Encontramos na Ásia os climas polar, continental frio, continental árido, montanhoso, continental, mediterrâneo, equatorial, tropical e tropical árido. Em conseqüência, a vegetação também é muito variada: tundras, estepes, florestas de coníferas, floresta temperada e floresta tropical. A maior parte das florestas nativas (cerca de 70%), exceto na Federação Russa, foi desmatada. As florestas restantes são encontradas em Mianmar, no Laos, Camboja, Indonésia e na Federação Russa. Esse país abriga quase três quartos das florestas de coníferas do mundo, a maior parte localizada na Sibéria.
Aspectos populacionais e econômicos É o continente mais populoso do mundo. Dos seus 3,6 bilhões de habitantes, mais da metade vive na China (1,3 bilhão, o mais populoso país do mundo) e na Índia (1 bilhão, o segundo mais populoso). Depois do rápido crescimento populacional entre as décadas de 1950 e 1970, as taxas de crescimento demográfico estão diminuindo (0,51% anualmente, entre 1995 e 2000). A população divide-se nos continentes de forma muito desigual. Há
Geografia Geral
241
áreas praticamente despovoadas, como Sibéria, Tibet e a península Arábica, e áreas de grande concentração humana, como em Pequim, Xangai, Mumbai (ou Bombaim), Calcutá, Seul, Jacarta e Tianjin, e nas planícies aluviais de Bangladesh, da China e da Índia, e no Japão.
Dados populacionais (2000) Total: 3,678 bilhões País mais populoso: China (1,27 bilhão) País menos populoso: Maldivas (286 mil) Densidade: 82,84 hab./km2 População urbana: 36% Crescimento demográfico: 1,4% (1995-2000) Natalidade: 22% (1998) Mortalidade: 8% (1998) Mortalidade infantil: 57% (1995-2000) Analfabetismo: 24,9%
Sobre a religiosidade dos asiáticos, o continente tem seguidores de quase todas as religiões: judaísmo (Israel), islamismo (Oriente Médio, Ásia Centro-Ocidental e ilhas do sudeste), cristianismo (Filipinas e parte da Sibéria), hinduísmo (Índia), budismo (Ásia Centro-Oriental), confucionismo (China), xintoísmo (Japão) e muitas religiões tradicionais nas ilhas do sudeste. A diversidade étnica é também muito grande (mongóis, turcos, indoeuropeus, tadjiques). Também é grande a sua lingüística, com idiomas de todos os troncos, exceto o ameríndio e o africano. O mandarim, o hindi, o russo, o árabe, o bengali e o japonês, presentes no continente, estão entre as dez línguas mais faladas do mundo. 242
Geografia Geral
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Existem no continente importantes centros industriais, como o Japão e nações de modernização econômica recente, como os Tigres Asiáticos – Coréia do Sul, Cingapura, Tailândia, Malásia, Indonésia, Taiwan (Formosa) e a China continental. O modelo econômico dos Tigres é baseado em vultuosa disponibilidade de capitais externos, que aproveitam a mão-de-obra relativamente barata e disciplinada. Porém, o rápido crescimento econômico foi abalado pela crise que atingiu o Sudeste Asiático em 1997. Assim, para se recuperarem, passaram a adotar programas de estabili-
Geografia Geral
243
dade do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, adotando medidas como restrições ao crédito, elevação de impostos, arrocho salarial, privatizações, saneamento do sistema bancário e controle rígido das contas públicas. Em 1999, a Ásia recebeu perto de 40 bilhões de dólares em investimentos privados estrangeiros, mais de quatro vezes em relação ao ano anterior. Porém, há no continente asiático imensas áreas atrasadas economicamente, com graves problemas sociais. Na Ásia Meridional, em países como Índia, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Butão, perto de 40% da população vive em absoluta pobreza, conforme Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU de 2000. Contudo, apesar da forte modernização, quase 60% da força de trabalho é empregada na agricultura, cultivando quase um terço do total mundial de cereais, especialmente arroz, que corresponde a 90% da produção mundial. Mesmo assim, a região importa para poder suprir a demanda interna. Dentre os produtos exportados, estão o chá, a borracha e o açúcar de cana. A extração mineral é uma enorme fonte de divisas para os países do golfo Pérsico. Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, todos membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), detêm perto de 60% das reservas mundiais de petróleo e imensas reservas de gás natural.
Dados econômicos (1998) PIB US$ 7,1 trilhões PIB per capita: US$ 2.039 Exportações: US$ 1,360 trilhão, 25,7% do total mundial Importações: US$ 1,151 trilhão, 21,1% do total mundial Produção mineral: cobre, ouro, fosfato, diamante, minério de ferro, bauxita, chumbo, enxofre, cromo, manganês, potássio Área cultivada: 6.840.660 km2 ou 15,4% da área total 244
Geografia Geral
Países do continente asiático Ao todo, são 44 países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bangladesh, Barein, Brunei, Butão, Camboja, Catar, Cazaquistão, China, Cingapura, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, parte asiática da Federação Russa, Filipinas, Taiwan (Formosa), Iêmen, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Israel, Japão, Jordânia, Kuwait, Laos, Líbano, Malásia, Maldivas, Mianmar, Mongólia, Nepal, Omã, Paquistão, Quirguistão, Síria, Sri Lanka, Tadjiquistão, Tailândia, Turcomenistão, parte asiática da Turquia, Uzbequistão e Vietnã.
Alguns países asiáticos Arábia Saudita Superfície, 2,1 mi km2; capital, Riad; governo, Monarquia Islâmica; língua, árabe. Nação do Oriente Médio, é uma monarquia absolutista governada pela família Sa’ud, que dá nome ao país. Não existe poder legislativo e a lei islâmica é aplicada de forma severa. As mulheres recebem maior número de restrições; obrigadas a usar roupas que cobrem todo o corpo, inclusive a cabeça, não podem viajar sozinhas nem dirigir. O país recebe por ano perto de 3 milhões de muçulmanos que visitam as principais cidades sagradas do islamismo, Medina e Meca. Não-muçulmanos não podem entrar em Meca. Quase todo o território saudita é formado por desertos, entre eles o Rub’al Khali, um dos maiores do mundo. A economia se baseia na exploração da maior reserva mundial de petróleo, e a indústria, principalmente ligada ao setor petroquímico, recebe grandes incentivos. O governo investe no cultivo em grande escala de cereais em terras áridas e fornece gratuitamente atendimento médico e remédios à população.
Geografia Geral
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Geografia Geral
mercado, com o intuito de atrair investimentos estrangeiros, oferecendo mão-de-obra barata, qualificada e organizada, que resultaram nas mais altas taxas de crescimento e numa invasão de produtos chineses por todo o mundo. Na política, permanece o regime de partido único, e o governo chinês é criticado pelo Ocidente por violações constantes dos direitos humanos. País com maior número de habitantes do planeta, sendo 90% da etnia han, e um dos maiores em extensão territorial, apresenta diferentes variações climáticas. No verão a temperatura alcança 38 oC e, no inverno, mínimas de até – 45 oC. No oeste, na fronteira com o Nepal, na região do Tibet, fica a cordilheira do Himalaia, onde se encontra o pico mais alto do mundo, o Everest. No leste encontram-se as planícies, ocupadas pela agricultura. As diferenças de altitude garantem ao país grande potencial hidrelétrico. Sua cultura é milenar e a nação é berço de religiões como o confucionismo, o taoísmo e algumas vertentes do budismo. Hong Kong voltou à soberania da China em 1º de julho de 1997, com status de Região Administrativa Especial (SAR), após 156 anos de colonialismo britânico. É o quarto mercado financeiro do mundo e o porto mais movimentado da Ásia. Com essa mudança, a China ampliou enormemente seu poder econômico. Hong Kong foi cedida ao Reino Unido em 1842, após a derrota chinesa na I Guerra do Ópio. A península de Kowloon, que faz parte do território, passou a ser controlada pelos britânicos em 1860, no final da II Guerra do Ópio, enquanto os Novos Territórios foram arrendados por 99 anos em 1898. A devolução se fez segundo acordo de 1984 entre a China e o Reino Unido, sob o lema “um país, dois sistemas”. A China é a última potência comunista do planeta, e Hong Kong é vista como a economia mais liberal existente. Nessa cidade 2,3 mil multinacionais possuem escritórios, incluindo 85 dos 100 maiores bancos do mundo. Pelo acordo, Hong Kong deverá manter, pelo menos até 2047, seu sistema econômico (inclusive a moeda) e um elevado grau de autonomia administrativa. A China é responsável pela política externa e pela defesa da região.
Geografia Geral
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Geografia Geral
tes tenham um dos mais altos padrões de vida do mundo. A economia é baseada nos serviços bancários, no turismo e na indústria de alta tecnologia. É o maior produtor mundial de discos rígidos para computador. Na política, Cingapura possui um dos sistemas mais fechados da Ásia, com censura severa. Penas medievais, como chibatadas, ainda são usadas legalmente. Estreito de re ho Jo
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Coréia do Norte Superfície, 121 mil km2; capital, Pyongyang; governo, Comunista com regime de partido único; língua, coreano. Após a Segunda Guerra Mundial, a península da Coréia foi dividida em dois países: a Coréia do Norte, comunista, um dos regimes mais fechados do mundo, e a Coréia do Sul, capitalista, um dos Tigres Asiáticos. São raros os turistas que entram na Coréia do Norte, e o intercâmbio comercial com o exterior é irrisório. Sua divisa com a vizinha Coréia do Sul, no paralelo 38, é vigiada por 35 mil soldados norte-americanos. As duas nações estão em estado de guerra desde 1950.
Geografia Geral 249
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Existe ameaça regular de confronto, fazendo com que os norte-coreanos gastem com defesa o equivalente a 28,6% de seu PIB, uma das maiores taxas do mundo. Localizada a leste da Ásia, a Coréia do Norte é muito montanhosa. A maior parte do território não é habitada e nem possui condições para a agricultura, o que prejudica a produção de alimentos. Assim, seguidos anos de safras ruins acarretaram graves problemas com a falta de alimentos. A situação piorou de-
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Geografia Geral
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Mapa da Coréia do Sul
pois da extinção da União Soviética (URSS). A economia, baseada no desenvolvimento da indústria pesada e na mecanização da agricultura, entrou em colapso com o fim do auxílio soviético. O país é um dos mais ricos em minerais do continente, possuindo cerca de 50% da reserva mundial de magnesita e importantes depósitos de carvão, ferro, tungstênio e grafite. Nos últimos anos têm havido uma aproximação com a Coréia do Sul e a permissão para a visita de sul-coreanos a seus parentes do Norte. Suspeita-se que o país possua bombas atômicas.
Geografia Geral
251
Coréia do Sul Superfície, 99 mil km2; capital, Seul; governo, República com forma mista de governo; língua, coreano. É um dos Tigres Asiáticos depois de duas décadas de grande crescimento econômico. Seu PIB cresceu em torno de 10% ao ano entre 1980 e 1993, uma das mais altas taxas mundiais. É um grande exportador de produtos eletrônicos, componentes para computador e automóveis. A Coréia do Sul é coberta de montanhas e possui um litoral muito recortado. Na capital, Seul, vivem perto de 25% da população, de etnia bastante homogênea. A língua coreana é falada em todo o país. Apesar de ser gramaticalmente parecida com o japonês, não é escrita com ideogramas, mas com um alfabeto fonético de 24 letras. Emirados Árabes Unidos Superfície, 83 mil km2; capital, Abu Dhabi; governo, Federação de Monarquias Islâmicas; língua, árabe. Seu território é formado por sete emirados, situados na entrada do golfo Pérsico, no Oriente Médio, cada um governado por um xeque, possuindo toda liberdade de decisões em assuntos internos. Sua área desértica apresenta muitos oásis, regiões montanhosas e praias. Setenta e cinco por cento de seus habitantes são imigrantes, em sua maioria vindos dos países vizinhos. As regras islâmicas são tolerantes, fazendo com que a principal cidade (Dubai) tenha uma vida noturna muito agitada, a mais agitada do golfo. Permite-se o consumo de bebidas alcoólicas, as mulheres andam com o rosto descoberto e há uma relativa liberdade religiosa. Entretanto o regime político é fechado, não existem partidos e o fundamentalismo islâmico está se expandindo. Sua economia é baseada na extração de petróleo e gás natural, mas a nação tem investido em outros setores, como o turismo, que ganha impulso. Alguns emirados, em especial a capital, Dubai, já são importantes zonas de comércio. 252
Geografia Geral
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Índia Superfície 3,3 mi km2; população, 1 bilhão de habitantes; capital, Nova Délhi; governo, República Parlamentarista; língua, hindi. Terra de origem do hinduísmo e do budismo, religiões que possuem grande importância na vida diária do país e seus seguidores, que nem sempre estão em paz. Têm havido grandes conflitos entre a grande massa hinduísta e minorias muçulmana e sikh. Mas, o maior problema é a rivalidade com o Paquistão por causa da região de Caxemira, reivindicada pelos dois países.
Geografia Geral
253
A maior parte do território indiano é ocupado por uma grande planície, separada do resto da Ásia pela cordilheira do Himalaia, formando assim, o chamado Subcontinente Indiano. Nas montanhas mais altas, no norte, a temperatura é muito baixa o ano todo, e no sul o calor é constante. Desastres naturais como tufões, ciclones e intensas ondas de calor ocorrem com freqüência na região. É um país das monções. O solo é fértil e existem muitos recursos minerais e rios caudalosos, como o Ganges (sagrado para os hindus). Possuindo uma das mais fortes economias
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Portos principais Patrimônio cultural e natural
agrícolas do mundo, a Índia está entre os maiores produtores de feijão, legumes, banana, manga e castanha de caju. Grande parte dessa produção é consumida por mais de 1 bilhão de habitantes (é o segundo mais populoso país do mundo), dos quais 70% vivem da agricultura de subsistência. Ao lado das inúmeras aldeias rurais, há grandes cidades, como Mumbai (ex-Bombaim) e Calcutá. O número de habitantes contribui para a existência de imensos contrastes: mesmo com o 15º maior PIB mundial, mais de 500 milhões de indianos vivem na miséria. Segundo a ONU, em 2050 a Índia será o país mais populoso do mundo, superando a China. Indonésia Superfície,1,9 mi km2; capital, Jacarta; governo, República Presidencialista; língua, indonésio. O país é o mais extenso arquipélago do planeta, com 17,5 mil ilhas situadas ao longo de 5 mil km2 no oceano Índico, no sudeste da Ásia. O clima é quente em todo o ano e existem dois importantes ecossistemas. No oeste, a flora e a fauna possuem características idênticas às do Sudeste Asiático, com florestas tropicais onde ainda habitam elefantes, orangotangos e tigres. No leste, o meio ambiente se parece com o da Oceania. Em Irian Jaya, por exemplo, encontramos cangurus e outros marsupiais. Com 210 milhões de habitantes, é o quarto país mais populoso do mundo. A maioria dos habitantes trabalha na agricultura, e perto de 60% vivem na ilha de Java. Além de numerosa, a população é heterogênea: são quase trezentos grupos étnicos que falam mais de quinhentos idiomas e dialetos. A grande maioria é muçulmana. Porém Bali, um dos principais centros turísticos, é uma ilha hinduísta. Antes da maioria islâmica, o arquipélago teve importantes comunidades budistas. Um vestígio desse período é o Templo de Borobudur, declarado patrimônio da humanidade. A economia do país tem explorado bastante o petróleo, o estanho e o gás natural liquefeito, produto esse do qual a Indonésia é a maior exportadora mundial. Recentemente, Timor Leste, antiga colônia portuguesa ocupada pelos indonésios nos anos 1970
Geografia Geral
255
alcançou sua independência. A luta pela libertação da região ficou conhecida em todo o mundo em 1996, quando o bispo dom Carlos Ximenes Belo e o ativista exilado José Ramos-Horta receberam o Prêmio Nobel da Paz. Mar da China
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OCEANO PACÍFICO
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Patrimônio cultural ou natural
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ESCALA S
0
524km
1.048km
Mapa da Indonésia
Irã Superfície, 1,6 mi km2; capital, Teerã; governo, República Presidencialista; língua, persa. Grande parte do território, localizado entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico, no Oriente Médio, é constituído por platôs desérticos. Ao norte, na região das montanhas Elburz, estão os solos mais férteis, onde se produz pistache, tâmara e açafrão. A economia se baseia na exploração de petróleo (é o segundo maior produtor da região, atrás apenas da Arábia Saudita). Além disso, o Irã é conhecido pelo artesanato, com destaque para os famosos tapetes persas, e pelo caviar. Possui áreas arqueológicas importantes, herança da civilização persa, como as ruínas da cidade de Persépolis, declarada patrimônio da humanidade. 256
Geografia Geral
O país conheceu uma Revolução Islâmica, que derrubou a monarquia chefiada pelo xá Reza Pahlevi e colocou no poder a república autocrática dos aiatolás (líderes máximos espirituais). Na década de 1980, o Irã se envolveu numa longa guerra contra o Iraque pelo controle do canal de Chat-el-Arab, com centenas de milhares de mortos. Em 1997, o regime tornou-se mais moderado com a eleição de Mohammad Khatami para presidente. Além da diminuição das rígidas regras sociais, o país conheceu uma grande produção cultural, como mostram os filmes iranianos de qualidade apre-
AZERBAIJÃO TURCOMÊNIA A
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Patrimônio cultural
ESCALA
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219km
438km
Mapa do Irã
Geografia Geral
257
sentados nas mostras internacionais de cinema. Estudantes universitários continuam a se manifestar em favor da liberalização do regime, mas enfrentam forte repressão governamental. Iraque Superfície, 434 mil km2; capital, Bagdá; governo, República Presidencialista; língua, árabe. Devido ao longo período de conflitos que começou com a guerra contra o Irã, prosseguiu durante a Guerra do Golfo e deve ter se concluído com o ataque anglo-americano em 2003, causando a
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Golfo Pérsico
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Patrimônio cultural
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Mapa do Iraque
258
Geografia Geral
ESCALA
122km
244km
derrota e a ocupação do país, o Iraque atualmente vive em graves dificuldades econômicas. As exportações de petróleo, principal fonte de receita iraquiana, foram praticamente interrompidas em conseqüência do embargo comercial internacional decretado contra o país após a Guerra do Golfo. No plano interno, após a queda do governo de Sadam Hussein, o país enfrenta a ocupação dos aliados, conhece forte resistência aos invasores, inclusive com atentados terroristas constantes, e se vê diante de reivindicações de autonomia das minorias curdas concentradas no norte. Grande parte do território iraquiano encontra-se nos vales dos rios Tigre e Eufrates, os principais rios do Oriente Médio. Região conhecida na Antigüidade por Mesopotâmia (que significa “entre rios”, em grego antigo), abrigou algumas das mais importantes civilizações da época. No período medieval, entre os séculos VIII e IX, Bagdá foi um dos mais dinâmicos pólos culturais do mundo, especialmente na produção literária. No início do século XX, houve a descoberta de uma das maiores reservas de petróleo do Oriente Médio. Sua exploração propiciou o desenvolvimento econômico, embora não usufruído pela maioria da população. Apesar das terras férteis, a agricultura, baseada no cultivo da tâmara, é prejudicada pela alta salinidade do solo e pelo clima árido. Israel Superfície, 21 mil km2; população, 6,1 mi de habitantes, capital, Jerusalém (não reconhecida pela ONU), Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras); governo, República Parlamentarista; língua, hebraico. Palco central de conflitos no Oriente Médio, Israel nasceu de uma decisão da ONU, em 1948. Foi o fim da diáspora e a volta dos judeus ao território de onde foram expulsos pelos romanos quase 2 mil anos antes. Sua fundação criou uma das mais duras disputas territoriais da atualidade, objeto de complexas negociações envolvendo israelenses e palestinos – que habitam a região há séculos e exigem que lá seja criado seu próprio país. O processo de paz, iniciado em 1993 e praticamente paralisado durante o
Geografia Geral
259
Mte. Meron 1.208m
Haifa
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LÍBANO SÍRIA COLINAS DE GOLÃ
Mar da Galiléia
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Mar Mediterrâneo Telaviv
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Portos principais Patrimônio cultural
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Golfo de Acaba
ESCALA
0
100km
200km
Mapa de Israel
governo conservador do Likud, tem conhecido avanços e retrocessos. Um dos maiores motivos da situação complicada em que vive a nação é o status de Jerusalém, que é considerada sagrada por três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Recebendo ajuda financeira dos EUA e contando com mãode-obra altamente qualificada, em boa parte proveniente da Europa, Israel tornou-se o país mais desenvolvido economicamente do Oriente Médio. Os israelenses aplicam uma tecnologia avançada em sua agricultura moderna, aproveitando as terras áridas 260
Geografia Geral
do país. Assim, o país se tornou um grande exportador de frutas, sucos e verduras. Destaca-se também pela indústria de ponta e pelo poderoso arsenal bélico. Muito bem localizada, na divisa da Ásia com a África, a nação mostra variados contrastes geográficos em seu pequeno território (é menor que o menor estado brasileiro, Sergipe). A paisagem é extremamente variada, com praias na costa mediterrânea, picos nevados no extremo norte, planícies verdes nos arredores do mar da Galiléia, um grande deserto no sul e a maior depressão do mundo, o mar Morto, a 394 metros abaixo do nível do mar, no leste. Japão Superfície, 373 mil km2; população, 126,5 mi de habitantes; capital, Tóquio; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, japonês. Localizado no extremo leste da Ásia, o Japão é tradicionalmente conhecido como “terra do sol nascente”. Formado por quatro ilhas principais e 3 mil ilhas menores, o país é extremamente montanhoso, o que dificulta a atividade agrícola. Mais da metade do território é coberta por florestas e há uma quantidade significativa de parques nacionais. Como apenas pequena parte de solo é arável, o país aproveita o extenso e recortado litoral para desenvolver a maior indústria de pesca do mundo. É também um dos mais competitivos exportadores de produtos eletrônicos e de automóveis, fazendo com que hoje seja considerado potência econômica, atrás apenas dos EUA. Possui uma das menores taxas de mortalidade infantil mundial e uma das mais altas expectativas de vida. É muito grande o número de pessoas com mais de 99 anos de idade (cerca de 8,5 mil). Após a Segunda Guerra Mundial, o derrotado Japão reconstruiu suas instituições em modelos ocidentais. Porém, foi mantida grande parte da tradição milenar como, por exemplo, o ikebana (arranjo de flores), o bonsai (miniaturização de plantas) e a cerimônia do chá, conhecidos em todo o mundo. O xintoísmo e o budismo ainda são religiões com o maior número de adeptos. E a mulher continua com um papel mais submisso que nas nações ocidentais.
Geografia Geral
261
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OCEANO PACÍFICO
ORIENTAL
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131km
262km
Capital Cidade muito importante Cidade importante Outras cidades Rodovia Ferrovia
Mapa do Japão
A população é bastante homogênea, pois apenas 1% não descende de japoneses. Entre as minorias, destacam-se os dekasseguis (brasileiros descendentes de japoneses que trabalham no Japão). A legislação japonesa só concede visto de trabalho aos nisseis, sanseis e aos casados com descendentes de japoneses. Geralmente, esses imigrantes permanecem no país por um período médio de três anos. Os dekasseguis desempenham atividades consideradas inferiores e conhecidas como “3k”: kitanai (sujo), kitsui (penoso) e kiken (perigoso). Trabalham duro em um ritmo intenso diariamente, executam atividades braçais e têm difi262
Geografia Geral
culdades de adaptação num país de costumes muito diferentes. A maior parte trabalha em indústrias de peças automobilísticas, eletrônicas e elétricas e vive em pequenos apartamentos ou alojamentos próximos aos locais de trabalho. Mas são bem pagos e recebem salários em moeda forte. Segundo estimativas do Ministério de Relações Exteriores, em 2000, mais de 200 mil brasileiros viviam no Japão. Síria
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Portos principais Patrimônio cultural
ESCALA
0
83km
166km
Mapa da Síria
Geografia Geral
263
Superfície, 185 mil km2; capital, Damasco; governo, República Presidencialista; língua, árabe. Protagonista dos conflitos entre árabes e israelenses, a Síria reivindica a devolução das estratégicas Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967). Como forma de pressão, o governo sírio ajuda os guerrilheiros extremistas que, com base no Líbano, país onde a Síria mantém 35 mil soldados, atacam contra o território israelense. Semelhantemente às outras nações do Oriente Médio, os desertos cobrem a maior parte do território sírio. As áreas férteis encontram-se na costa do mar Mediterrâneo, nas cordilheiras do Líbano e do Antilíbano e na bacia do rio Eufrates. Desde tempos remotos, o país foi ocupado por muitos povos, que deixaram marcas do seu domínio. Existem ruínas romanas na cidade de Palmyra; castelos medievais da época das Cruzadas no litoral; e monumentos islâmicos em Damasco, a mais antiga capital do mundo. A base da economia é o petróleo. Taiwan Superfície, 36 mil km2; capital, Taipé; governo, República com forma mista de governo; língua, mandarim. Depois da tomada do poder na China continental pelos comunistas, em 1949, a ilha de Formosa (Taiwan) serviu de refúgio aos chineses nacionalistas, embora ainda hoje seja considerada uma “província rebelde” pelo governo chinês. O país é formado por um arquipélago com uma grande ilha e mais 77 ilhas menores. Está a 160 quilômetros da China continental. Possui relevo montanhoso e seu ponto mais alto está no monte Yü Shan. Depois de meio século de separação, existem ainda hoje muitas diferenças culturais entre os dois países. Os chineses de Taiwan sofreram muita influência americana. Contrária à China, Taiwan possui um governo republicano e adota o capitalismo, desde a sua instalação na década de 1950. Nos anos 1980 a economia do país ganhou forte estímulo, alcançando altas taxas de crescimento. Taiwan é um dos Tigres Asiáticos, mas em 1997 foi abalada com a crise financeira da região. 264
Geografia Geral
Mar da China Oriental
CHINA
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Estreito de Formosa
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Ilhas Pscadores
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Trópico de Câncer
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OCEANO PACÍFICO
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Mar da China Meridional
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ESCALA
0
56km
112km
Mapa de Taiwan
Dados sobre meio ambiente da Ásia (1995) Área de floresta: 5.030.010 km2 Desmatamento: 145.040 km2 (1990-1995) Áreas de conservação: 5,3% do território Recursos hídricos per capita: 3,8 mil m3 Emissão de CO2 per capita: 2,3 t
Geografia Geral
265
Questões de vestibular 1) (FEI-SP) No verão, caem fortes chuvas em várias regiões asiáticas. Abrange as planícies costeiras da Índia, sudeste e leste da China e se caracteriza pela atividade dos ventos que, durante o verão, sopram do Índico e do Pacífico para o continente. Trata-se do clima: a) mediterrâneo. b) minuano. c) tropical de altitude. d) semi-árido. e) de monções. 2) (UEL-PR) Em relação aos tipos de clima encontrados no continente asiático é correto afirmar que: a) a disposição do relevo no sentido norte–sul facilita a penetração das massas de ar polares até as proximidades do litoral Índico. b) a presença de correntes marítimas quentes e frias no litoral da Índia tornam a região muito chuvosa. c) o fato de a Ásia estender-se desde a região polar até a região equatorial permite o aparecimento de climas muito diversificados. d) a localização da China em baixas latitudes é um dos motivos da ocorrência de clima tropical no país. e) as maiores áreas de clima desértico da Ásia encontram-se situadas a leste. 3) (Cesgranrio) Que tipo de clima/vegetação ocorre entre os paralelos 550 e 700 Lat. Norte, com verões curtos e frios, além de precipitações escassas (de 300 a 600 mm), quase sempre em forma de neve? a) clima polar/tundra. b) clima temperado continental/pradaria. c) clima temperado oceânico/florestas de faias e carvalhos. d) clima subpolar/taiga. e) clima temperado continental/estepe. 266
Geografia Geral
4) (UEL-PR) “Nas vastas planícies que dominam a paisagem da Rússia Central, o inverno rigoroso cobre o solo com uma camada de neve que, ao fundir-se na primavera, permite a germinação de uma vegetação herbácea extensiva que atinge seu desenvolvimento máximo no verão chuvoso, quando intensa atividade biológica decompõe o capim morto do ano anterior, originando muito húmus e matéria orgânica, que conferem aos solos uma cor escura e muita fertilidade.” A descrição refere-se: a) ao sahel. b) às estepes. c) às savanas. d) às tundras. e) à taiga. 5) (Puc-MG) Refere-se à industrialização dos Tigres Asiáticos: I. Uma série de vantagens, ligadas a fatores como a presença de mãode-obra barata, foram consideradas pelos grupos industriais americanos e japoneses para se instalarem nos Tigres Asiáticos. II. Após o desenvolvimento industrial dos Tigres Asiáticos, os salários se elevaram a níveis superiores aos da inflação e, com isso, elevou-se o poder aquisitivo da população. III. Para facilitar a colocação da produção no mercado internacional, tomou-se como estratégia a implantação de uma produção industrial muito homogênea para esse grupo de países. a) se apenas a afirmação I estiver correta. b) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas. c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas. d) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmações estiverem corretas. 6) (UFRS) Com relação ao país em destaque identificado pelo número 1, são feitas as seguintes afirmações: I. Está entre os dez países mais populosos do mundo e a maior parte de sua população é muçulmana.
Geografia Geral
267
II. Devido ao seu baixo Índice de Mongólia Rússia Desenvolvimento Humano (IDH), o Fundo Monetário InJapão 2 ternacional (FMI) foi convidaÍndia Oceano do pelo governo local a elaboPacífico rar planos econômicos que, nos últimos quatros anos, Equador 1 proporcionaram a esse país Oceano elevados índices de crescimenAustrália Índico to econômico. III. Em 1975, através de negociações diplomáticas formais com a Organização das Nações Unidas (ONU), assumiu o comando/ posse do Timor Leste. Quais estão CORRETAS? a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) apenas II e III. N
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7) (Unirio) Nas últimas três décadas os Tigres Asiáticos apresentaram um acelerado crescimento econômico. Entretanto, a locomotiva asiática já dá sinais de falta de fôlego. Dentre as dificuldades enfrentadas pelos Tigres Asiáticos atualmente, estão: I. a diminuição das exportações e o aumento dos salários acima da produtividade; II. o surgimento de uma nova classe média pouco tolerante com a poluição e os regimes autoritários; III. um sistema financeiro que privilegia a pequena e média empresa em detrimento dos grandes conglomerados; IV. a evasão dos investimentos estrangeiros provocando a queda de várias moedas. Estão CORRETOS os itens: 268
Geografia Geral
a) b) c) d) e)
I e IV apenas. I, II e III apenas. I, II e IV apenas. II, III e IV apenas. I, II, III e IV apenas.
8) (Cesgranrio) Está assinalado, em cinza escuro, um país asiático cujo destaque no mundo contemporâneo é bastante noCoréia do tável. Isso porque esse país é: Norte a) o maior investidor do mundo e Coréia detentor de uma das maiores do Sul reservas de recursos naturais China do planeta. b) o centro da economia regional do Pacífico e apresenta um modelo socialista de desenvolvimento. c) uma potência político-militar e controla, juntamente com os EUA, a economia do Pacífico. d) uma potência tecnológica e financeira e influencia economicamente sua periferia imediata. e) uma social-democracia exemplar e compõe o grupo de países conhecidos como Tigres Asiáticos. N
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9) (UEL-PR) Analise o gráfico apresentado ao lado. A leitura do gráfico permite afirmar que o Japão: a) é o principal país exportador de automóveis do mundo. b) apresenta uma balança comercial superavitária. c) mantém a liderança no comércio mundial. d) sofre, atualmente, grande concorrência dos Tigres Asiáticos. e) tem nos produtos industriais a base de suas exportações.
Geografia Geral 269
10) (Unirio) A China comemorou recentemente os 50 anos da revolução comunista e continua adotando um modelo de crescimento marcado por uma “prática socialista de mercado”. De reconhecida importância no cenário mundial, é um país que apresenta características populacionais marcantes, tais como as apresentadas a seguir: I. Apesar de constituir a maior população do planeta, com mais de um bilhão de habitantes, apresenta uma grande homogeneidade étnica mesmo com a presença de vários grupos minoritários. II. Com uma das maiores densidades demográficas, entre os países de grande extensão, apresenta uma população maldistribuída, concentrada nas porções leste e sul do país. III. Mesmo com o grande surto de crescimento industrial, vivido nos últimos anos, apresenta cidades populosas, mas ainda é um país pouco urbanizado. IV. Embora o controle de natalidade tenha colaborado para uma redução nas taxas de crescimento demográfico, sua grande população ainda determina um grande acréscimo populacional anual em termos absolutos. É (são) verdadeira(s) a(s) afirmativa(s): a) IV, apenas. b) II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV.
270
Geografia Geral
Oceania: panorama geral É um continente formado por aproximadamente 400.000 ilhas, dos mais variados tamanhos, e por três massas de maior vulto: Austrália, Nova Zelândia e Nova Guiné.
I. Kure I. Midway
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OCEANO PACÍFICO
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1.327km
2.654km
Mapa da Oceania
A Austrália e a Nova Zelândia ostentam, há muito tempo, uma ótima qualidade de vida, de acordo com a ONU. A Austrália ocupa a quarta posição no índice de desenvolvimento humano
Geografia Geral
271
(0,939 em 2000) e sua renda per capita é uma das mais altas do mundo. A área de serviços responde por 70% do PIB. Além disso, possui um parque industrial avançado nos setores automobilístico, alimentício, têxtil, siderúrgico, metalúrgico, petroquímico e químico. A Nova Zelândia coloca-se em vigésimo lugar no índice de desenvolvimento humano (IDH) mundial (0,917, em 2000). Na Nova Zelândia, que também possui uma das rendas per capita mais altas do mundo, o destaque fica para a produção de alimentos. Detém um dos maiores rebanhos ovinos do mundo. Junto com a Austrália, a Nova Zelândia lidera a exportação mundial de lã. A mineração é intensa, e, especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o setor tomou impulso na extração da bauxita, diamante, ouro, chumbo, cobalto, ferro, níquel, prata, zinco e urânio. A Austrália possui muitos contrastes físicos. A costa do Pacífico é formada pela Grande Cadeia Divisória, responsável pelas chuvas na região, pois segura os ventos úmidos que vêm do oceano. Ao norte, o clima é quente, e a maior parte é coberta por florestas tropicais. Ao sul, o clima é temperado, e a vegetação típica é a floresta temperada. O interior é desértico e seco. No extremo sudoeste existe uma pequena área fértil. Grande parte das ilhas é de origem vulcânica. Cerca de 35% das florestas tropicais foram desmatadas. Os outros países da Oceania vivem da agricultura, da pesca, da exportação de matéria-prima. Paralelamente às culturas de subsistência, encontram-se as monoculturas de exportação, principalmente a do coco. Na última década, o setor de turismo desenvolveu-se muito na região, por ser considerada um paraíso para mergulhadores e surfistas, devido à presença de recifes de corais que circundam diversas ilhas e as grandes ondas do Pacífico. 272
Geografia Geral
Dados econômicos da Oceania (1998) PIB: US$ 421,6 bilhões PIB per capita: US$ 15.501 Exportações: US$ 69,7 bilhões, 1,3% do total mundial Importações: US$ 78,4 bilhões, 1,4% do total mundial Área cultivada: 587.560 km2, – 6,9% da área total A colonização do continente iniciou-se no século XVIII pelos europeus. Os povos que habitavam a região foram praticamente exterminados. Os aborígenes representam 1% da população da Austrália e os maoris da Nova Zelândia, 10%. As ilhas do Pacífico contam com número maior de nativos. É o continente menos populoso do mundo, com cerca de 30 milhões de habitantes em 1999. Mais da metade dos habitantes vive na Austrália. As grande cidades encontram-se ao longo da costa leste. O restante do território é despovoado devido a hostilidade ao meio ambiente. Na Nova Zelândia e em Papua Nova Guiné, o relevo montanhoso condiciona a maior parte da população a viver na faixa litorânea.
População da Oceania (2000) Total: 30 milhões País mais populoso: Austrália (18,9 milhões) País menos populoso: Nauru (10 mil) Densidade: 3,54 hab./km2 População urbana: 74% Crescimento demográfico: 1,3% ao ano (1995-2000) Natalidade: 16,5% Mortalidade: 7,5% Mortalidade infantil: 24% (1995-2000) Analfabetismo: 4,6%
Geografia Geral
273
Os descendentes europeus são a grande maioria da população na Austrália e na Nova Zelândia. Nos dois países é falado o idioma inglês e a religião predominante é o cristianismo. Nas ilhas do Pacífico prevalecem as línguas e as religiões nativas.
Recordes da Oceania Área: 8.480.354 km2 Maior país: Austrália (7.682.300 km2) Menor país: Nauru (21,2 km2) Ponto mais elevado: monte Wilhelm, 4.508 m (Papua Nova Guiné) Maior depressão: lago Eyre, – 12 m (Austrália) Maior ilha: Nova Guiné, 785.000 km2 Maior mar: mar da Tasmânia, 3.300.000 km2 Maior golfo: golfo da Carpentária, 310.000 km2 Maior lago: Eyre, 9.583 km2 (Austrália) Maior rio: Murray-Darling, 3.490 km2 Maior bacia hidrográfica: bacia do Murray-Darling, 910.000 km2 Temperatura máxima registrada: 53,1 °C (Cloncurry, Austrália) Temperatura mínima registrada: – 22,2 °C (Charlotte Pass, Austrália) Latitude média: 340 m Quantidade média de chuva: 520 mm anuais Extensão do litoral: 30.663 km
274
Geografia Geral
Países São 14 os países da Oceania: Austrália, Fiji, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Kiribati, Micronésia, Nauru, Nova Zelândia, Palau, Papua Nova Guiné, Samoa Ocidental, Tonga, Tuvalu, Vanuatu.
Dados sobre os principais países Austrália Superfície, 7.683.300 km2; capital, Canberra; governo, Monarquia Parlamentarista. Timor
Sumba
TIMOR LESTE
Mar de Arafura
Darwin G. de Carpentária
Mar dos Córais Cairns Townsville
Trópico de Capricórnio
AUSTRÁLIA
Rockhampton
Alice Springs
Brisbane
Lago Eyre Lago Torres
Kalgoolie Perth Fremantle
Murray
Adelaide
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Sydney Wollongong Canberra
Melbourne Geelong Estreito de Bass
Tasmânia
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Launceston Hobart Mar da Tasmânia
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Mapa da Austrália
Geografia Geral
275
Por ser um dos maiores países do mundo em extensão territorial, a Austrália forma a maior massa continental da Oceania. Possui diversos tipos de paisagem natural: florestas tropicais, montes nevados e praias. Ao longo da costa nordeste encontra-se a formação de corais mais importante do mundo, a Grande Barreira Coralina, tornada patrimônio da humanidade. O centro e o oeste são constituídos por desertos. O isolamento da Austrália, por dezenas de milhões de anos, totalmente cercada pelos oceanos Índico e Pacífico, fez com que nela se desenvolvesse uma fauna original e rica da qual são exemplos o canguru, o ornitorrinco e o coala. Os aborígines foram praticamente exterminados pelos colonizadores europeus, que expulsaram os sobreviventes para as regiões mais desérticas do território. Hoje eles representam apenas 1,5% da população, mas as leis protecionistas e a sua integração à sociedade australiana têm ocasionado um aumento populacional. Nas Olimpíadas de 2000, que teve como sede a cidade de Sydney, uma aborígene foi quem acendeu o fogo da pira. Os ativistas da causa aborígine utilizam as Olimpíadas de Sydney para divulgar suas reivindicações, entre elas a de um pedido formal de desculpas pelas injustiças cometidas pelos colonizadores brancos. Nas últimas décadas o país tem recebido um número expressivo de imigrantes, em particular asiáticos e europeus. Três quartos dos australianos vivem no sudeste, onde existe um parque industrial significativo. Apesar de apenas 10% das terras serem aráveis, a agricultura é de muita importância econômica, destacando-se o cultivo de cevada e trigo, principais produtos de exportação. O país cria um dos maiores rebanhos de ovelhas do mundo, é líder mundial na exploração de bauxita e um dos maiores produtores de ouro e de minério de ferro. O turismo expandese, sobretudo após as Olimpíadas. Nova Zelândia Superfície, 270.534 km2; capital, Wellington; governo, Monarquia Parlamentarista. 276
Geografia Geral
Portos Principais Patrimônio natural e cultural
Whangarei
Great Barrier l. Auckland Manuka Wa to
TONGARIRO Hastings
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Mar da Tasmânia
Taupo
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Ilha do Norte
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OCEANO PACÍFICO
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Ilha Stewart
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215km
430km
Mapa político da Nova Zelândia
Constituída de duas ilhas principais e diversas ilhas menores, a Nova Zelândia está localizada ao sul da Oceania, sudeste da Austrália. Os habitantes concentram-se na Ilha do Norte, tendo como característica a presença de vulcões e águas termais. A Ilha do Sul é cortada por uma cadeia montanhosa. Sua principal atividade econômica é a agropecuária. Com grandes áreas de pastagem, a nação produz lã, carne bovina e ovina e derivados de leite, e a exportação é a base de seu desenvolvimento. A descoberta de ouro, no século XIX, impulsionou a economia. Uma das nações
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277
que possuem o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, a população da Nova Zelândia, ex-colônia inglesa, vive com mais fidelidade à cultura e às instituições do Reino Unido, do qual se origina a maior parte da população. Ilhas Fiji Superfície, 18.376 km2; capital, Suva; governo, República com forma mista de governo; línguas, fijiano, hindi, inglês. É um arquipélago situado no centro-sul da Oceania, no oceano Pacífico, formado por nove ilhas maiores e pelo menos tre-
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OCEANO PACÍFICO
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28km
56km
Mapa da Melanésia
278
Geografia Geral
Portos principais S
zentas ilhotas e atóis de origem vulcânica, onde somente um terço é habitado. O grupo faz parte da Melanésia, ilhas com habitantes indígenas negros. O relevo é praticamente montanhoso, possuindo solos férteis que ajudam no cultivo de cana-deaçúcar e coco. O país está em uma área sujeita a tempestades tropicais e sofre devastações periódicas devido à passagem de tornados. Mais da metade dos habitantes descende de indianos que foram levados para as ilhas no século XIX, e conservam as tradições e cultura de seus antepassados. A presença desses habitantes provoca tensões com os nativos fijianos. Tradicionalmente, os indianos dominam o comércio, enquanto os fijianos possuem a maior parte das terras. A economia é basicamente agrária, principalmente com a exportação de açúcar. O turismo começou a se desenvolver nos últimos anos, devido ao clima tropical, às águas próprias para mergulho e às ondas, delícia dos surfistas. A pesca predatória e a poluição nas zonas costeiras de Fiji ameaçam o meio ambiente, já afetado pela destruição das florestas nativas, reduzidas em 15% desde a década de 1960. Ilhas Marshall Superfície, 181 km2; capital, Majuro; governo, República Parlamentarista; línguas, inglês e idiomas regionais. A partir de 1946, parte do território deste país, localizado no oceano Pacífico, foi local de testes de explosões nucleares e de mísseis realizados pelos Estados Unidos, que possuem uma importante base militar na região. As Ilhas Marshall estão situadas no norte da Oceania, que é a região do planeta de maior contaminação radioativa conhecida, com seqüelas para seus habitantes. É um arquipélago formado por mais de 1,1 mil ilhas, agrupadas em 34 atóis. A nação possui apenas 181 quilômetros quadrados de área, mas se estende por uma superfície de 1 milhão de quilômetros quadrados. Mais da metade da população encontra-se nos atóis de Majuro – onde fica a capital – e de Kuajalein. Os chefes tribais dominam a política. Apesar das praias de clima tropical, as ilhas possuem infra-estrutura turísti-
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279
Portos principais
Atol de Taongi
Testes nucleares
Atol de Bikar
Atol de Wotho Atol de Ujelang
Atol de Ailuk
Atol de Likiep
Atol de Ujae
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Atol de Kuajalein
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Atol de Lae
OCEANO PACÍFICO
Atol de Namu
Atol de Kusaie
Atol de Aur Atol de Arno
Majuro
Atol de Jaluit Atol de Namorik
Atol de Mili Ilha Kili
Atol de Ebon
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Atol de Wotje Atol de Maloelap
Atol de Majuro
Atol de Ailinglapalap Atol de Pingelap
Atol de Utirik
s Ratak Ilha
Atol de Eneuetak Atol de Rongerik Atol de Bokini Atol de Rongelap Atol de Ailinginae
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ESCALA
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138km
276km
Mapa das Ilhas Marshall
ca precária. A economia, pouco desenvolvida e dependente da ajuda norte-americana, baseia-se na produção e exportação de coco e na pesca de atum. Ilhas Salomão Superfície, 28.370 km2.; capital, Honiara; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, inglês. As ilhas Salomão fazem parte da região chamada Melanésia, é um arquipélago formado por muitas ilhas de origem vulcânica, situado no centro-oeste da Oceania, no oceano Pacífico. As prin280
Geografia Geral
Is. Shortland Is. Treasury Ranongga
OCEANO PACÍFICO
Choiseul Vella Lavella Kolombangara
Gizo Vonavona
Santa Isabel
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Buala
Rendova
Auki Ilhas Russel
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Ilhas Flórida
Mar de Salomão
Honiara
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Maramasike Mte. Popomanotseu 2.331 m
Guadalcanal San-Cristobal
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Ilhas Vanikolo Mar de Coral
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Portos principais
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0
82km
164km
Mapa das Ilhas Salomão
cipais ilhas (Choiseul, Guadalcanal, Malaita, Nova Geórgia, San Cristóbal e Santa Isabel) possuem diversas montanhas com altos picos e vulcões ativos, cobertas por densas florestas tropicais, onde se concentra a maior parte dos habitantes. A devastação descontrolada da mata provocou aumento da erosão dos solos e ameaças ao meio ambiente local. Sua economia concentra-se na agricultura de subsistência, na pesca, no cultivo do coco e na extração de madeira. Imigrantes vindos de países vizinhos proporcionam às Ilhas Salomão diversidades culturais. No
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281
país são falados mais de 80 dialetos nativos, além do inglês (língua oficial). O regime de governo é baseado no sistema parlamentar britânico, porém as mulheres não têm direito de voto. Papua Nova Guiné Superfície, 462.840 km2.; capital, Port Moresby; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, nglês. Localiza-se a oeste da Oceania e ocupa a parte leste da segunda maior ilha do mundo, a Nova Guiné; abrange o arquipélago de Bismarck e outras ilhas vizinhas no oceano Pacífico. Sua área de montanhas é coberta por florestas tropicais, que chegam a 4,5 mil metros de altitude, e muitos vulcões ativos. Possui um símbolo nacional chamado de “A ave-do-paraíso”. Mais de 750 línguas e dialetos constituem a grande população papua. Perto de um sexto dos idiomas do mundo é falado ali. Várias tribos indígenas fizeram contato com os europeus apenas no século XX. Ultimamente tem sido marcada por grandes mudanIs. Admiralty
New Ireland
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Arquipélago de Bismarck Long Island
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OCEANO PACÍFICO
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Mar das Ilhas Salomão Arq uip éla go Is. Trobriand Lo Tufi us ia
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Portos principais
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Mar dos Corais
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Mapa da Papua-Nova Guiné
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204km
408km
ças econômicas e sociais, que causam danos ao meio ambiente. Papua Nova Guiné é considerada a maior produtora mundial de palmito e possui reservas de cobre, ouro e petróleo. Tem fortes laços com a Austrália e exerce influência no Pacífico Sul. Samoa Superfície, 2.831 km2.; capital, Ápia; governo, Monarquia Parlamentarista; línguas, samoano e inglês. O arquipélago de Samoa localiza-se no centro-leste da Oceania (ex-Samoa Ocidental), composto de nove ilhas, sendo as duas maiores Upolu e Savai’i, onde vive a maioria da população. Nos últimos anos, devido à destruição das florestas tropicais, Samoa teve que desenvolver programas ecológicos para que as ilhas não chegassem à extinção. Também foi aplicado um programa de combate à pesca predatória, que se utilizava de explosivos. A exploração de coco, cacau, madeira e frutas são os principais recursos econômicos do país. Atualmente tem crescido a partici-
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OCEANO PACÍFICO
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53km
106km
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Portos principais
Mapa de Samoa ocidental
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283
pação do turismo na economia. O dinheiro enviado pelos samoanos emigrados é outra importante fonte de receita. Os habitantes de Samoa são conhecidos como “povo feliz”. A sociedade se organiza em clãs, cujos chefes compõem a maior parte do Legislativo nacional. A ilha serviu de último refúgio ao romancista Robert Louis Stevenson, autor do livro A ilha do Tesouro. Vanuatu Superfície, 12.189 km2; capital, Porto-Vila (ilha Éfaté); governo, República Parlamentarista; línguas, bislama, francês e inglês.
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Ilha Espiritu Santo Mte. Tabwemassana 1.879 m
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OCEANO PACÍFICO Ilha Malo Ilha Pentecost Ilha Ambrym
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Anelghowhat Portos principais
Mapa de Vanuatu
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Geografia Geral
Ilha Anatom ESCALA
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225km
450km
Seu território é constituído de um arquipélago com 82 ilhas, situado no oceano Pacífico, a leste da Austrália; a maior parte das ilhas é desabitada. As maiores são montanhosas e cobertas por florestas preservadas devido ao difícil acesso, o que encarece a exploração econômica. Localiza-se numa região conhecida como Círculo do Fogo, que agrupa o maior número de vulcões do planeta. Por isso, o país é sempre atingido por erupções, tremores e maremotos. Mais de cem dialetos tribais são falados no arquipélago, e a população, em sua maioria de origem melanésia, vive no campo, praticando o cultivo de frutas tropicais e a criação de porcos. A pesca é a atividade econômica tradicional e o turismo tem aumentado, impulsionado por navios de cruzeiro que atracam nas ilhas. Nos últimos anos, Vanuatu desenvolveu o setor financeiro e transformou-se em um paraíso fiscal, para atrair investimentos. Dados sobre meio ambiente da Oceania (1996) Área de floresta: ........................... 906.950 km2 (1995) Desmatamento: ...................... 4.540 km2 (1990-1995) Áreas de conservação: ........ 7,1% do território (1996) Recursos hídricos per capita: ............ 57 mil m2 (1995) Emissão de CO2 per capita: .................... 11,3 t (1995) A Oceania tem sofrido sérios problemas ambientais por causa da presença de toneladas de resíduos tóxicos (óleo, pesticida e fertilizante) nos mares da região. São mais de cinqënta locais de contaminação, em treze países, segundo o Programa Regional sobre o Meio Ambiente do Pacífico Sul. Outro problema é o efeito estufa sobre a região. Com o aumento da temperatura global ocorre o derretimento das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos, que poderão futuramente submergir muitos atóis e ilhas de corais. A Oceania também foi região de testes
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nucleares dos EUA e da França. Os americanos suspenderam seus testes, mas a França realizou algumas experiências há alguns anos, apesar da forte oposição da opinião pública mundial e dos protestos dos países da região da Oceania. Paralelamente, há um movimento no sentido de recuperar os locais contaminados pela radioatividade.
Questões de vestibular 1) (FEI-SP) A Austrália realizou (recentemente) um plebiscito para escolher entre Monarquia e República. Sobre a Austrália e sua organização política, é INCORRETO afirmar que: a) está ligada à Inglaterra pela Commonwealth Britânica; b) tem como chefe de Estado a rainha Elizabeth II; c) é uma monarquia parlamentarista; d) apesar de ser um país independente, seu Primeiro-Ministro é o mesmo que o da Inglaterra; e) foi uma colônia inglesa e tornou-se independente no século XX. 2) (UFU-MG) A Austrália no ano de 2000 esteve focalizada pela mídia em virtude de ser sede dos Jogos Olímpicos. Assinale a que identifica as principais características geográficas deste país. a) os nativos australianos foram praticamente dizimados com a ocupação européia, e os que restaram se encontram hoje totalmente assimilados à cultura dos brancos. b) possui população rural reduzida, centros urbanos concentrados no sudeste do país, com base econômica derivada dos produtos agropecuários e da mineração. c) possui 40% do seu território recoberto por florestas tropicais e importantes indústrias de produtos manufaturados. d) a maior parte do território é constituída por desertos, predominando população rural com economia baseada em recursos primários. 286
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3) (Unirio) Assinale a afirmação INCORRETA sobre a Oceania e os países que formam esse continente. a) o setor agropecuário na Austrália apresenta uma elevada participação nas exportações, e a pecuária constitui uma das principais fontes de riquezas. b) a Austrália possui uma das mais baixas densidades demográficas do mundo e sua população concentra-se no litoral e nas regiões mais úmidas. c) a agropecuária na Nova Zelândia ocupa grande parte de seu território; é uma atividade muito importante economicamente, responsável por grande parte das exportações de produtos industriais. d) ao todo, a Oceania é formada por 4 grandes ilhas; a maior que representa o território australiano, e 3 ilhas menores, que formam o arquipélago da Nova Zelândia e a ilha da Tasmânia, que constituiu um país independente. e) durante o processo de ocupação da Nova Zelândia pelos ingleses, a população nativa teve suas terras usurpadas e grande parte de sua população dizimada. Hoje a população é predominantemente branca. 4) (FGV-SP) O termo “Oceania” costuma ser usado para identificar as terras emersas localizadas entre os oceanos Índico e Pacífico. Sobre elas pode-se afirmar que: a) as ilhas da Polinésia, Melanésia e Micronésia são constituídas, predominantemente, por países que complementaram sua independência política na década de 1950. b) a Polinésia tem sido a área mais utilizada pelos EUA para a realização de testes atômicos, como os da década de 1970, que destruíram o Atol de Mururoa. c) um traço cultural comum na Oceania é a completa adaptação das comunidades nativas aos padrões europeus e norte-americanos estabelecidos com a ocupação colonial, a partir do século XVI. d) Austrália, Nova Zelândia e Papua-Nova Guiné são consideradas países independentes, apesar de terem como chefe de Estado a rainha Elisabeth II, do Reino Unido, ou alguém indicado por ela.
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e) em comparação aos outros continentes, a Oceania apresenta o maior número de possessões do tipo colonial, a exemplo do Havaí, Taiti e Tonga, controladas pelos Estados Unidos. 5) (Cesgranrio) A posição da Austrália, em relação às rotas de navegação, foi um dos motivos que retardou a incorporação de seu território ao horizonte geográfico europeu. Sua ocupação só viria a ocorrer de modo efetivo a partir do século XVIII, e seria marcada pela influência de fatores naturais, o que pode ser constatado pela: a) descoberta de jazidas de ouro que atraíram milhares de imigrantes a partir de 1850. b) existência de forte atividade madeireira, nas áreas de vastas florestas de coníferas, na porção oeste do país. c) implantação de lavouras de exportação de cana-de-açúcar e cacau, devido à abundância de água, em todo o território. d) ocorrência, no centro do país, de solos tropicais de alto potencial de aproveitamento para o cultivo de trigo. e) característica montanhosa do relevo, o que impediu a integração da rede de transportes no sentido norte–sul.
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Capítulo 8 Espaço e globalização O espaço e seus elementos Sabemos que entre dois lugares existe uma distância, um espaço que os separa. Quando nos deslocamos, em pensamento ou fisicamente, percebemos a existência do espaço. É normalmente a partir deste momento que começamos a tomar conhecimento dele, para compreendê-lo e saber dele tirar proveito. O espaço, em que vivemos e nos deslocamos, é muito diversificado, constituído por elementos muito diferentes uns dos outros. Há os que são obras da própria natureza, outros são produzidos pela ação humana, e há ainda aqueles que são criados pela nossa imaginação. Poderíamos chamá-lo de espaço subjetivo ou introspectivo. Todos esses espaços, repletos de elementos diferenciados uns dos outros, estão sempre mudando com o decorrer do tempo. Identificar esses elementos e como eles se combinam nos leva à descoberta do espaço geográfico. São elementos básicos na formação do espaço: ◆ os seres humanos ◆ o meio ambiente ◆ as infra-estruturas ◆ as formas ◆ as instituições Os ser humano é o elemento mais importante do espaço geográfico. É capaz de influenciar de modo decisivo todos os demais elementos por meio do seu trabalho. Preservando ou modificando, criando ou destruindo, ocupando ou abandonando, organizando ou desorganizando, os grupos humanos têm a capacidade de colocar todos os elementos do espaço em contato entre si. Imprimem ritmos diferentes ao espaço. Ora len-
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tos, ora acelerados, estes ritmos fazem com que a vida num determinado lugar pareça calma ou agitada, as mudanças possam ser lentas ou aceleradas.
Espaço construído: a State Highway 1 contorna o litoral
Espaço natural: em Big Sur, campos cultivados encontram o oceano
As pessoas ou grupos humanos se diferenciam de acordo com o lugar que ocupam no espaço, isto é, o local onde vivem. Por esta localização também são classificados, ou seja, são diferenciados entre si. É comum uma pessoa que vive na cidade, (portanto “pessoa urbana”) dizer “fulano é do interior”. Desta maneira, o outro está sendo identificado como alguém que vive fora da cidade, na área rural, ou seja, faz parte de um outro espaço, vive em um outro lugar. É identificado de acordo com a sua localização no espaço. Por outro lado, ao identificar a outra pessoa no espaço, o “identificador” também se define. Se o outro é “do interior”, ele se auto-identifica como “urbano”. Os seres humanos possuem a capacidade de alterar e organizar os elementos do espaço, construindo cidades, pontes e estradas, destruindo florestas ou reflorestando, deslocando-se individualmente ou em grupos, num movimento denominado migração. Portanto, eles têm a capacidade de ir definindo as características do espaço geográfico, seja em estado de natureza, seja a partir das mudanças que provocam. Porém, muitos se esquecem de que o mais importante são as pessoas e não o lugar, o que significa que as pessoas fazem o seu lugar, tornam o espaço onde vivem melhor ou pior. 290
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O meio ambiente é formado pelo conjunto de elementos criados pela natureza, sobre os quais os seres humanos atuam intensamente. Ele é a base física (planícies, planaltos, rios, litoral, lagos, planícies, vegetação etc) sobre a qual o trabalho e a existência humana se apóiam. Desta maneira, os elementos naturais vão se transformando em elementos artificiais ou sociais. Na medida em que fazem parte de sua vida, eles são elementos sociais. Atualmente, são grandes as preocupações com o meio ambiente. Tradicionalmente, o uso da natureza era realizado de qualquer maneira, sem os cuidados com a preservação da vida e dos recursos escassos. Atualmente discute-se muito sobre meio ambiente, sobre ecologia, sobre as relações das pessoas entre si e com o seu meio ambiente. Há uma crescente conscientização em relação à importância da natureza, da qual somos parte. As infra-estruturas correspondem a todos os elementos criados pela ação humana, como casas, edifícios, estradas, pontes, usinas hidrelétricas, aeroportos, praças, calçadas, estádios etc. São os próprios objetos sociais que se podem identificar no espaço. Tais elementos tomam forma e se dispõem no espaço. Há os que permanecem muito tempo no espaço construído, como as igrejas góticas medievais ou as famosas pirâmides egípcias. Outros têm vida curta. Há os que são destruídos para ceder lugar a novas formas. Certas infra-estruturas permanecem num determinado espaço mas seu uso pode mudar. Assim, a forma se mantém mas o uso dela muda, como um antigo cinema ser transformado em templo religioso. As infra-estruturas estão sempre mudando ou de forma ou de uso. Assim como as pessoas e os elementos do meio ambiente, as infra-estruturas também podem ser muito dinâmicas. As empresas e as instituições são elementos que merecem uma atenção à parte, porque não são elementos concretos e visíveis. Na realidade, existem no papel, são criadas por um acordo entre pessoas e depois registradas. Mas, para funcionar necessitam de infraestruturas, tais como um edifício, ruas de acesso, equipamentos etc.
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Assim, cada elemento do espaço cumpre o seu papel, ou seja, a sua função. Os seres humanos trabalham, organizam a produção de acordo com os seus interesses. O meio ambiente fornece as matérias-primas necessárias à produção, e as infra-estruturas formam um suporte para que as coisas funcionem. Por sua vez, as empresas geram as mercadorias e os serviços, e as instituições produzem leis e ordens, além de serviços e idéias. São exemplos de instituição: hospitais, escolas, locais de administração pública, locais de diversão e lazer. Deduzimos, assim, que o espaço geográfico é um conjunto formado por todos estes elementos de forma integrada. O espaço geográfico é um conjunto, um todo, e é justamente prestando atenção ao todo que torna possível entender melhor as suas partes. Nenhum elemento do espaço pode ser bem-entendido se for deixado de lado os demais.
O uso que se faz do espaço geográfico é o fator principal que o caracteriza. As atividades desenvolvidas pelas pessoas acabam definindo ou caracterizando os lugares. Como as atividades são muito variadas, variam enormeFoto da central técnica de St. Quen. Do outro mente os lugares. lado do rio Sena, a Citroen Os tipos de espaço se diferenciam de acordo com as atividades neles desempenhadas, ou seja, dependem do uso que deles é feito. Seu uso explica ou dá significado ao espaço geográfico. Imaginemos uma praça de uma grande cidade. É possível observar diferentes situações nesta mesma praça, em momentos 292
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A diversidade espacial
Globalização Aspectos gerais É freqüente o uso de palavras como mundialização, internacionalização, planetarização, como sinônimo de globalização. O
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diferentes. Por exemplo, pessoas vendendo mercadorias (jornais, doces, sanduíches, bilhetes da loteria etc). É o uso econômico do espaço. A mesma praça pode ser ocupada por centenas de fiéis de uma determinada religião. E o uso cultural do espaço. E Fazenda agrícola, no Brasil se trabalhadores ou estudantes nela se concentram para se manifestarem, trata-se de uma manifestação de caráter político. É o uso político do espaço. Embora haja vários usos possíveis para o mesmo espaço, existe um uso predominante, ou seja, aquele que é mais importante ou que se repete com mais freqüência — o que nos permite identificar e distinguir, por exemplo, uma região industrial de uma outra, em que a atividade predominante é a agricultura. As atividades mais evidentes ou mais importantes se sobrepõem às outras. São muitos os usos do espaço, desde o uso residencial, o uso econômico, até o uso essencialmente de gestão. O importante identificar o seu uso predominante para se saber que tipo de espaço ele é. Numa área urbana é fácil identificar os diferentes tipos de espaço, como bairros residenciais, área comercial, zona industrial, pontos turísticos, área de lazer etc. Também é possível identificar as cidades de acordo com o uso predominante, como cidade industrial (São Paulo), cidade administrativa (Brasília), cidade turística (Veneza), cidade religiosa (Fátima) etc.
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problema é que nem sempre são sinônimos entre si. Certamente, são muito próximos, mas têm também algumas diferenças, por vezes muito claras, outras vezes muito sutis. Tratemos primeiramente sobre o processo de internacionalização. As pessoas, as mercadorias e as idéias vêm se internacionalizando há muito tempo. Um exemplo claro ocorre com o comércio. As mercadorias são produzidas em determiFeira de Hamburgo, séc. XVI, nados lugares, mas, na maioria dos local onde se deu o surgimento casos, nesses mesmos locais são de vilas e cidades consumidas mercadorias que vêm de fora. Certamente porque há um intercâmbio de mercadorias. Mercadores europeus, no final da Idade Média, passaram se deslocar para lugares distantes à procura de raros produtos, genericamente chamados especiarias. Viajaram para a África, a Ásia e acabaram por chegar à América, tornando-se os descobridores e colonizadores desta última. Porém, antes do século XV, as viagens eram isoladas, inseguras e pouco freqüentes, geralmente dentro de uma mesma região. Raramente, os comerciantes se aventuravam em viajar para áreas muito distantes. Por isso mesmo, a viagem de Marco Polo (1254-1324), assombrou os europeus da época. Porém, a partir do final daquele do século XV elas se tornaram cada vez mais sistemáticas. Os deslocamentos de pessoas, mercadorias e idéias entre as localidades distantes começaram a se intensificar de tal forma que se iniciava um processo de internacionalização da economia. A Europa produzia produtos manufaturados (tecidos) e os vendia para suas colônias; em contrapartida, a América produzia produtos primários (tabaco, algodão,
açúcar) e os fornecia para as metrópoles européias; e, por fim, a África fornecia mão-de-obra escrava para a América. Portanto, internacionalização significa a intensificação das trocas comerciais, a partir do século XV, entre as diversas partes do mundo. A partir de então, essas trocas comerciais foram se tornando cada vez mais intensos e diversificados. Quando ocorreu o desencadeamento da Revolução Industrial, inicialmente na Inglaterra, a partir da metade do século XVIII, foi acelerada a internacionalização econômica. As indústrias produziam mercadorias em grande quantidade e por isso necessitavam de mais mercados fornecedores de matéria-prima e consumidores de seus produtos. Com o aumento dos fluxos, a economia acelerou sua internacionalização. A revolução nos meios de transporte (navegação a vapor, ferrovias, rodovias, veículos automotores, canais marítimos e oceânico) e nas comunicações (telégrafo, rádio-comunicação), acelerando a velocidade e encurtando distâncias, correspondeu a essas novas necessidades. As trocas obedeciam a um outro ritmo cada vez mais rápido. Assim, a internacionalização atingia, praticamente, todos os lugares do planeta, conectando as áreas produtoras às áreas consumidoras, através de modernas redes de transportes e de telecomunicações. Portanto, globalização é o nível mais elevado da internacionalização. Com a globalização, o mundo torna-se cada vez menor. Novos termos foram criados para identificar essa nova imagem, como: “nave Terra”, “aldeia global”, “sociedade global” etc. Portanto, há muito tempo o mundo vem se internacionalizando, mas só recentemente tornou-se globalizado. Nesse sentido, com a unificação dos continentes, a Terra torna-se um só e único “mundo”. Para Jean-Robert Pitte, em sua obra “A natureza humanizada”, à página, 48, “globalização é o fenômeno que se verifica atualmente e que consiste numa progressiva integração dos investimentos, mercados, meios de comunicação e transporte em nível mundial” .
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Geografia Geral
Gamma
Mundialização é um segundo termo bastante associado à questão da globalização. Mas é um vocábulo mais empregado na língua francesa ( mondialisation), enquanto que globalização é um termo mais usado Mc Donald’s em Moscou, após o fim da URSS na língua inglesa (globalization). No Brasil, é mais freqüente o uso do termo globalização. Neste sentido, os dois termos significariam a mesma coisa. Entretanto, há os que acreditam que o termo globalização seja mais adequado ao domínio da economia, ou seja, à internacionalização da produção e do consumo, enquanto que a palavra mundialização se ajusta melhor nos casos relacionados à cultura. Um exemplo dessa mundialização é a influência dos hábitos e práticas culturais americanas sobre outras partes do planeta, como o uso de calças jeans, o consumo de Coca-Cola, e de hambúrgueres em lojas de fast-food. Um outro termo ligado à idéia de globalização é planetarização. Há uma pequena diferença entre mundo e planeta. O planeta está associado a idéia da Terra como um astro do Sistema Solar. Portanto, uma realidade mais física. A palavra mundo já sugere o espaço vivido e dominado pelas pessoas, pelas transformações que elas realizam no planeta. Assim, o termo mundo abrange uma idéia não apenas física mas também simbólica, cultural. Sinteticamente, as principais características da globalização são: ◆ Domínio crescente das empresas multinacionais (transnacionais) sobre a economia mundial. ◆ Reorganização do sistema financeiro internacional, de acordo com as exigências dos grandes complexos empresariais
e dos países desenvolvidos, bem como o rápido descolamento de imensas somas de dinheiro e a interdependência de praticamente todas as bolsas de valores. ◆ Avanços da microeletrônica, uma verdadeira revolução na informática, que influencia os mais diversos setores da vida social, acelerando os transportes, os fluxos de informação, encurtando o tempo e o espaço. ◆ Expansão mundial do neoliberalismo, contrário à interferência dos governos na economia, que deve ser regida pela lei da oferta e a procura (“a mão invisível”, dos economistas clássicos liberais, como Adam Smith). ◆ Conseqüentemente, ocorre o enfraquecimento dos Estados, pois os governos estão perdendo seu controle da economia. ◆ Uso do inglês como língua universal, facilitando as trocas de informação entre diferentes pessoas, grupos e povos. ◆ Transformação dos espaços nacionais em espaços da economia internacional, o que provoca a perda da idéia de fronteiras nacionais diante dos fluxos econômicos e financeiros globais. ◆ Aceleração de todas as formas de circulação e comunicação de pessoas, mercadorias e idéias. ◆ Desenvolvimento de uma consciência ecológica planetária, a partir da identificação de problemas ambientais globais, como efeito estufa, chuva ácida, buraco na camada de ozônio etc, que afetam a todos, não obedecendo a fronteiras políticas. Por outro lado, a globalização facilita o avanço de graves epidemias, que eliminam milhões de vidas humanas, como a aids, o ebola e, mais recentemente, a gripe asiática; facilita também as atividades ilegais internacionais do crime organizado (tráfico de drogas, contrabando de armas, exploração da prostituição feminina e da pornografia infantil). Pelo exposto acima, é possível deduzir que a globalização corresponde a uma fase da história mundial extremamente dinâ-
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mica, diferenciada e, portanto, bastante complexa; confunde-se, historicamente, com a expansão do capitalismo e agrava ainda mais as grandes diferenças existentes no mundo. Revela-se, assim, a grande ambigüidade do processo de globalização. Ao mesmo tempo em que se cria a possibilidade de um mundo unificado, agravam-se as velhas desigualdades, bem como surgem novas. A globalização seria, nesse perspectiva, um processo perverso. Beneficia os países, grupos e pessoas mais ricas, em detrimento dos pobres.
O caminhar de um longo processo Se se deseja compreender melhor a globalização, é preciso conhecer as diversas etapas da internacionalização do capitalismo. Surgido na Europa Ocidental, nos últimos séculos da Idade Média (476-1453), o capitalismo se expandiu pelo mundo criando paisagens e modos de vida de acordo com os seus interesses. Essa transformação profunda, ocorrida nos lugares e nas pessoas, denomina-se ocidentalização. Ou seja, as características do Ocidente capitalista (Europa Ocidental e EUA) foram influenciando e modificando as estruturas socioeconômicas, os valores, comportamento e idéias de praticamente todo o mundo. Embora haja profundas diferenças entre culturas de distintos lugares do mundo e resistências à ocidentalização, esse processo é o mais impositivo e abrangente de toda a história da humanidade. A partir do desencadeamento da Revolução Industrial houve uma agilização crescente no processo produtivo que provocou o surgimento de uma civilização industrial, com as seguintes características: ◆ A indústria passou a ser o elemento central e dinâmico das atividades econômicas. ◆ A industrialização provocou um processo acelerado de urbanização. ◆ O ritmo vivido pela sociedade urbano-industrial foi crescentemente acelerado (metro, trens de alta velocidade, aviões a jato, comunicações via satélite, e-mail, fax etc) 298
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Outra conseqüência é a diferenciação crescente entre lugares. Algumas áreas geográficas se beneficiaram dos frutos das revoluções tecnológicas, tornando-se assim mais desenvolvidas. Como algumas regiões se desenvolveram mais acentuadamente que outras, definiram-se as áreas centrais (ricas) e periféricas (pobres) ou, como atualmente se prefere, o Norte (desenvolvido) e o Sul (subdesenvolvido). É um mundo polarizado, em que a desigualdade se amplia. Historicamente, as fases dessa polarização global são as seguintes: ◆ Período embrionário: 1500 a 1800, quando ocorria o predomínio do capital comercial (época do mercantilismo), que determinou a polarização em zonas centrais (Espanha, Portugal, Inglaterra, Holanda, França) e zonas periféricas (colônias na América) ◆ Polarização clássica: 1800 a 1945, da Revolução Industrial até o fim da Segunda Guerra Mundial, na qual o interesse industrial era o elemento condicionador das relações entre os países centrais (Europa, EUA e Japão) e as regiões periféricas (América Latina, África e Ásia, exceto o Japão). Ocorreu, então, a divisão internacional do trabalho. As zonas centrais compravam matérias-primas e forneciam produtos maquinofaturados e as zonas periféricas forneciam matériasprimas compravam produtos maquinofaturados. ◆ Etapa pós-guerra (1945 a 1990): quando ocorre a industrialização de algumas áreas periféricas (na América Latina e na Ásia) e a descolonização. Embora ocorresse a formação de um sistema mundial de produção mais integrado, houve a exclusão cruel de várias regiões do planeta. A polarização econômica, condicionada pelo capital financeiro especulativo, tomou contornos ainda mais nítidos: o Norte (países ricos) e o Sul (países pobres). Em nosso mundo globalizado, as enormes desigualdades sociais e as incertezas se ampliam constantemente.
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GROENLÂNDIA
FINLÂNDIA ISLÂNDIA
NORUEGA
RÚSSIA
CANADÁ POLÔNIA REINO UNIDO
ALEMANHA MONGÓLIA ROMÊNIA ITÁLIA ESPANHA ESTADOS UNIDOS TURQUIA JAPÃO CHINA IRAQUE IRÃ MARROCOS LÍBIA ARÁBIA ARGÉLIA EGITO SAUDITA ÍNDIA MÉXICO CUBA MAURITÂNIA NÍGER ERITRÉIA SUDÃO MALI NIGÉRIA ETIÓPIA FILIPINAS COLÔMBIA VENEZUELA QUÊNIA EQUADOR INDONÉSIA ZAIRE TANZÂNIA PERU BRASIL ANGOLA MOÇAMBIQUE BOLÍVIA NAMÍBIA CHILE PARAGUAI MADAGASCAR AUSTRÁLIA ÁFRICA URUGUAI DO SUL ARGENTINA FRANÇA
SUL
NOVA ZELÁNDIA
NORTE
Linha disória Norte/Sul
Mapa da divisão mundial entre Norte e Sul (países ricos e pobres)
Os espaços da globalização: um mundo sem fronteiras Ao se observar o mapa-múndi, é muito fácil identificar as fronteiras políticas que dividem os países e as suas dimensões bem diferentes. Porém, não é tão fácil notar que esses países possuem riquezas diferentes, bem como poderes diferentes. Muitos países (periferia) são pobres porque outros poucos (centro) são ricos. O enriquecimento e o poder de uns poucos países é uma conseqüência direta da exploração e dependência de muitos outros. Então, ao se analisar a evolução da história, deduz-se que não existem países “pobres”, mas países que foram sendo “empobrecidos. E a globalização apenas reforça essa situação. O centro são os países ricos e grandes investidores em outros países. As sedes de organismos internacionais e das empresas transnacionais neles se localizam. Tomam as decisões mais importantes pois detêm os poderes mundiais. 300
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Certos espaços em países periféricos agem como centros. Embora localizadas em países pobres, são áreas mais dinâmicas, com tecnologias relativamente modernas. No Brasil sobressai o eixo Rio–São Paulo; na Argentina, a região em torno de Buenos Aires, na Argentina; no Chile, a Grande Santiago. Também existem as periferias fortemente ligadas ao dinamismo ou ao funcionamento de outro espaço. O México, cuja economia é fortemente dependente da economia dos Estados Unidos, é um exemplo clássico. Por outro lado, há espaços que ainda não interessam muito à economia central global porque praticamente nada possuem para abastecer o mercado mundial. É o caso de muitos países africanos, normalmente os mais pobres do mundo. Existem também países semi-isolados que sofrem algum tipo de embargo ou isolamento, como são os casos de Cuba, na América Central, e da Líbia, na África. E há ainda os espaços estratégicos, que poderão adquirir algum valor no futuro. São regiões caracterizadas por algum tipo de obstáculo à ocupação humana. São exemplos disso áreas muitos frias, como boa parte da Sibéria, na Rússia, e do Alasca (EUA), e o norte do Canadá; áreas muito quentes e secas, como os desertos do Saara (África), o Grande Deserto na Austrália e áreas muito montanhosas ou com vegetação bastante densa, como o Himalaia, na Ásia e a floresta Amazônica, na América do Sul.
Os blocos econômicos Globalização e blocos regionais Globalização é o processo de constituição de uma economia mundial por meio da integração de mercados nacionais. Com ela aprofunda-se a divisão internacional do trabalho. São os fluxos de capitais, mercadorias e informações que, ao atravessar os limites nacionais, criam um espaço mundial de transações, tornando-se assim os agentes da globalização.
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Reprodução
O atual estágio da globalização exige, para sua efetivação e aprofundamento, uma generalizada e rápida diminuição das barreiras alfandegárias entre as nações. Os capitais, parte mais sensível da efetivação da globalização, Pregão de Bolsa de valores, SP, 2002 seja em forma de investimentos produtivos, seja em forma de investimentos especulativos, experimentam uma enorme expansão e notável velocidade. Diariamente, bilhões de dólares transitam pelos principais mercados financeiros mundiais. As fronteiras político-nacionais são praticamente ignoradas pelos fluxos de informações, por meio de redes públicas ou privadas, estabelecendo-se novos espaços virtuais. Paralelamente à globalização formam-se blocos econômicos regionais, supranacionais, resultados de tratados diplomáticos, mas que, na verdade, correspondem aos interesses da própria dinâmica dos fluxos econômico-financeiros. Esses novos blocos facilitam e estimulam a circulação de mercadorias e de capitais, configurando mercados regionais. Historicamente foram o antigo Mercado Europeu Comum, inspirado na união do Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), atualmente encorpado e bem-sucedido sob a denominação de União Européia, e a Comunidade Européia de Carvão e Aço (Ceca), instituída em 1952, os embriões dessa tendência. Embora haja aqueles que recuem ainda mais, especificamente para o século XIX, quando o Império Alemão iniciou sua unificação por meio do Zollverein (União Alfandegária). A tendência de regionalização é mais evidente e profunda na Europa, inclusive com a existência de uma moeda comum, o euro. Mas, ela acontece em outras áreas do planeta, ainda que com diferenças, como na América e na macrorregião da ÁsiaPacífico, onde existe o maior mercado regional mundial. As ten-
dências de globalização e regionalização poderiam ser vistas como contraditórias ou excludentes. Na verdade, elas se completam. Nos megablocos regionais, na medida em que as barreiras e as taxas alfandegárias diminuem ou desaparecem nas relações entre seus países membros, condições favoráveis às corporações transnacionais ocorrem, com a unificação de mercados. Dessa maneira, a regionalização econômica é um importante instrumento para a aceleração da globalização.
Blocos econômicos: caracterização São associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si. O primeiro bloco surgiu na Europa em 1957, com a criação da Comunidade Econômica Européia (CEE), também chamada Mercado Comum Europeu (MCE), atual União Européia (UE). Mas a tendência de regionalização da economia só se fortaleceu nos anos 1990, com o fim da Guerra Fria. Na América se destacam o Nafta, o Mercosul e, em menor grau, o Pacto Andino e o Caricom; na Europa, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI); na África há o SADC; e na Ásia, o Asean. Também está em fase de implantação o bloco transcontinental Apec, que reúne países da América e da Ásia, e continuam as negociações para a formação de um bloco abrangendo toda a América, a Alca. Os blocos econômicos classificam-se em zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária. Na zona de livre comércio, há a redução ou a eliminação das taxas alfandegárias que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco. A união aduaneira, além de abrir mercados internos, regulamenta o comércio dos países membros com nações externas ao bloco. Já o mercado comum garante a livre circulação de pessoas, serviços e capitais.
Antecedentes do Mercosul: a Alalc Criada em 1960, pelo Tratado de Montevidéu, a Aliança LatinoAmericana de Livre Comércio surgiu fortemente inspirada pelos tra-
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Reprodução
tados de Roma que deram origem a bem-sucedida Comunidade Econômica Européia. Em 1980, a Alalc se ampliava por meio da Aladi (Associação Latino-Americana de Desenvolvimento Integrado). Esses órgãos regionais surgiram como uma conseqüência das influências da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina), cujas idéias desenvolvimentistas, por meio de poupanças internas, associadas a investimentos estrangeiros, tinham como meta ampliar a política de substituição das importações dos países latino-americanos e o papel fundamental do Estado na coordenação e direcionamento dos investimentos, internos e externos. Juscelino Kubitschek durante o seu governo No Brasil, esse modelo chegou ao apogeu durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), notabilizado pelo seu plano de meta desenvolvimentista, com destaque para a instalação de hidrelétricas (energia), ampliação da malha rodoviária, criação da indústria automobilística. Assim, a integração econômica da América Latina se iniciou pela região mais importante, política, econômica e socialmente, o chamado Cone Sul, congregando a Argentina e o Brasil, com a adesão do Chile e do Paraguai. Por outro lado, a Colômbia, a Bolívia, o Equador e a Venezuela, estimulados e não pretendendo se distanciar, criaram, em 1969, o Pacto Andino. Porém, problemas inerentes à realidade sul-americana tiveram forte peso no fracasso dos dois institutos integracionistas, como a pobreza extensiva de sua população, elevado índice de analfabetismo, histórica estrutura latifundiária, gritantes desníveis sociais, instabilidade política etc. O único resultado favorável alcançado pela política de
integração dos dois organismos foi a diminuição de tarifas alfandegárias no comércio entre os países membros, mas beneficiando basicamente grandes empresas, nacionais e transnacionais.
A criação do Mercosul Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) é composto de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, nações sul-americanas que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. O Mercosul teve origem nos acordos comerciais entre Brasil
Ilhas Galápagos (Equador)
OCEANO ATLÂNTICO
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PARAGUAI Assunção
ARGENTINA Santiago Buenos Aires
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Efetivos Associados (Chile e Bolívia
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770km
1.540km
Países do Mercosul
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e Argentina, assinados em meados dos anos 1980. No início da década de 1990, o ingresso do Paraguai e do Uruguai tornou a proposta de integração mais abrangente. O Tratado de Assunção, assinado em 26 de maço de 1991, marcou o início efetivo do Mercosul, com a denominação legal de “Mercado Comum do Sul”. Pelo tratado, a partir de 31 de dezembro de 1994, ano de sua implantação, haveria a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países membros, através, entre outras providências, da eliminação dos direitos alfandegários; restrições não-tarifárias; criação de tarifa externa comum e adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamento de Estados etc. Em 1995 instalou-se uma zona de livre comércio. Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países membros podiam ser comercializadas internamente sem tarifas de importação. Alguns setores, porém, mantiveram barreiras tarifárias temporárias, que seriam reduzidas gradualmente. Além da extinção de tarifas internas, o bloco estabelecia uma união aduaneira, com a padronização das tarifas externas para diversos itens. Contando com uma população de 216 milhões de habitantes e um PIB de 1,1 trilhão de dólares, o Mercosul é o mais ativo bloco de integração econômica exclusivamente latino-americano. Chile e Bolívia, membros associados, assinaram tratados para a sua participação nessa zona de livre comércio, mas evitam ingressar integralmente, atraídos pela perspectiva de concretização da Alalc. O bloco tem enfrentado dificuldades em função dos problemas e dos antagonismos entre o Brasil e a Argentina. Para Magnoli e Araújo, na obra Para entender o Mercosul, na página 15, lemos que “o Mercosul nasce no interior do cenário mundial de acirramento de concorrência global, de regionalização através dos megablocos, de desregulamentação e liberalização dos mercados nacionais. Reunindo a maior parte dos países do Cone Sul da América Latina, representa um bloco de escala sub-regional, submetido a influências das novas políticas externas dos Estados Unidos. As relações que virão a estabelecer com o Nafta e a sua eventual participação 306
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nos desenvolvimentos futuros da Iniciativa para as Américas determinarão, finalmente, a sua substância e viabilidade”.
A Alca: um mercado americano A consolidação da União Européia e o fim da Guerra Fria levaram os Estados Unidos a uma revisão de sua estratégia econômica e política, em escala mundial, com o objetivo de satisfazer seus grandes interesses geopolíticos. O fim do sistema comunista no Leste Europeu alicerçou a União Européia, apesar dos problemas de altos custos que a Alemanha enfrentou, com a incorporação da parte oriental, correspondente à República Democrática da Alemanha. Com a ampliação dos mercados, em escalas supranacionais, parecia definir as novas regras para a competição internacional, o governo americano revisou sua estratégia tradicional de acordos separados com cada país, e passou a ter como objetivo primordial a criação de mercados regionais. Em 1990, o governo americano anunciou a sua nova política, objetivando a criação de uma “zona de livre comércio” em todo o continente americano. Em cooperação com os demais países da América, exceto Cuba, após várias conferências de cúpula, ficou acertado que o ano 2005 seria o prazo de supressão dos obstáculos ao livre fluxo de mercadorias, com a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A América Latina se apresenta como uma das grandes soluções para os investimentos e o comércio externo dos Estados Unidos. Afinal, suas relações comerciais com o Japão e a União Européia revelam um enorme déficit crônico, que não se torna mais dramático devido ao equilíbrio na balança de pagamentos. Em 1992 foi estabelecido o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), abrangendo os Estados Unidos, o Canadá e o México. É um exemplo clássico de “união aduaneira”, com a livre circulação de mercadorias e a cobrança de uma tarifa externa comum sobre mercadorias importadas de fora do bloco.
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Mar Glacial Ártico
Estreito de Bering
GROENLÂNDIA (DINAMARCA)
ALASCA (EUA)
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CANADÁ
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São Lourenço Grandes Lagos
Ottawa ESTADOS UNIDOS
Washington
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Trópico de Câncer
BAHAMAS PORTO RICO (EUA)
Golfo do México
SÃO CRISTÓVÃO
CUBA E NÉVIS ANTÍGUA E BARBUDA HAITÍ JAMAICA REPÚBLICA DOMINICA BELIZE DOMINICANA SANTA LÚCIA HONDURAS SÃO VICENTE BARBADOS GUATEMALA E GRANADINAS GRANADA EL SALVADOR NICARÁGUA TRINIDADE TOBAGO COSTO RICA Caracas Georgetown VENEZUELA PANAMÁ Paramaribo GUIANA Caiena Bogotá SURINAME GUIANA FRANCESA (França) CALÔMBIA Ilhas Galápagos (Equador) Quito OCEANO
Cidade do México
Equador
ATLÂNTICO
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OCEANO PACÍFICO BRASIL
Lima BOLÍVIA
Brasília
La Paz
Trópico de Capricórnio
CHILE
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PARAGUAI Assunção
ARGENTINA Santiago Buenos Aires
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URUGUAI Montevidéu S
ESCALA Malvinas (RU)
0 Es
1.656km
3.312km
t r it o d e D r a k e
Mapa da América - países pertencentes à Alca
Para Demétrio Magnoli e Regina Araújo, em sua obra Projeto de Ensino de Geografia, página 101, “o projeto da Alca, tal como formulado e conduzido por Washington, procura dissolver os espaços sub-regionais de integração comercial surgido na América Latina. Do ponto de vista norte-americano, o bloco continental deve seguir regras homogêneas e limitadas ao conceito de zona de livre comércio. A plena realização desse projeto implicaria a dissolução do Mercosul, do Pacto Andino e do MCCA (Mercado Comum Centro-Americano)”. 308
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Principais blocos e sub-blocos Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) ou União Aduaneira do Sul da África Estabelecida em 1992 com o objetivo de incentivar as relações comerciais entre seus 14 países membros, visando criar um mercado comum e também promover esforços para estabeArgel Rabat
Túnis
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Pretória Mbabane
ÁFRICA
Maputo SUAZILÂNDIA
Maseru LESOTO
DO SUL
Países membros da SADC.
Mapa da África com os países membros da SADC
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lecer a paz e a segurança na conturbada região. Membros: Angola, África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
Mercado Comum Centro-Americano (MCCA) Engloba Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e El Salvador.
Mapa da América central com os membros do MCCA
Comunidade do Caribe (Caricom) Abrangendo Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), é um bloco de cooperação econômica e política formado por 14 países e três territórios da região (Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, República Dominicana, Granada, Guiana, Jamaica, Montserrat, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente, Trinidad e Tobago, e outras ilhas menores das Antilhas). Além de incentivar a cooperação econômica entre os 310
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ESTADOS UNIDOS
Washington
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Golfo do México
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BAHAMAS PORTO RICO (EUA)
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS
ANTÍGUA E BARBUDA HAITÍ JAMAICA REPÚBLICA DOMINICA BELIZE DOMINICANA SANTA LÚCIA HONDURAS SÃO VICENTE BARBADOS GUATEMALA OCEANO E GRANADINAS GRANADA EL SALVADOR NICARÁGUA TRINIDADE TOBAGO ATLÂNTICO COSTO RICA Caracas Georgetown VENEZUELA PANAMÁ Paramaribo PACÍFICO GUIANA Caiena Bogotá SURINAME GUIANA FRANCESA (França) CALÔMBIA Ilhas Galápagos (Equador) Quito EQUADOR
0
998km
BRASIL
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1.996km
BOLÍVIA La Paz
Brasília
Mapa do Caribe com membros do Caricom
membros, a organização participa da coordenação da política externa e desenvolve projetos comuns nas áreas de saúde, educação e comunicação. Os países do Caricom têm no turismo uma de suas principais fontes de renda, recebendo cerca de 15 milhões de turistas por ano.
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) É um bloco econômico formado para promover a abertura de mercados entre 20 países, mais Hong Kong (China), que respondem por cerca de metade do PIB e 40% do comércio mundial. Oficializada em 1993, na Conferência de Seattle (EUA), e com sede em Cingapura, a Apec já existia desde 1989 como fórum de conversações informais entre seis países membro da Asean e seis parceiros econômicos da região do Pacífico, entre eles o Japão e os EUA. O plano de ação para a abertura econômica foi iniciado em 1997, mas a eliminação de barreiras comer-
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ALASCA RÚSSIA CANADÁ
ESTADOS UNIDOS
JAPÃO
CHINA MÉXICO FILIPINAS PERU
INDONÉSIA
CHILE AUSTRÁLIA NOVA ZELÁNDIA
Países da (Apec)
Mapa da região do Pacífico com membros da Apec
ciais deve ocorrer gradualmente. A Apec pretende estabelecer o livre comércio entre todos os países do grupo até 2020. Membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coréia do Sul, EUA, Federação Russa, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Tailândia, Taiwan, Vietnã.
Área de Livre Comércio das Américas (Alca) A carta de intenções para sua criação foi assinada em 1994 pelos 34 países americanos (exceto Cuba). O objetivo é eliminar as barreiras alfandegárias na região, o que poderá transformar a Alca num dos maiores blocos comerciais do mundo. É uma proposta de integração comercial que, se concluída, abrangerá todos os países da América (exceto Cuba). Os países membros terão, entre si, preferências tarifárias. O objetivo é que as tarifas para o comércio interblocos sejam reduzidas até que fiquem zeradas. O prazo mínimo definido em 1994 para a formação do 312
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bloco era de sete anos, mas a meta foi adiada para 2005. Sua implementação começa em 1o de janeiro de 2006. Com um PIB total de US$ 11,485 trilhões (em 2002), os países da Alca somam uma população superior a 800 milhões de habitantes, o dobro da registrada na UE. O grande incentivador da abertura dos mercados da região é o governo dos EUA. Oferecendo produtos e serviços mais competitivos, as empresas norteamericanas consideram-se preparadas para a queda das barreiras alfandegárias na região. A economia americana representa quase 78% do PIB de toda a região a ser abrangida pela Alca. Já o Brasil e seus parceiros do Mercosul prevêem grande dificuldade na adaptação de suas economias e preferem dar início ao processo da Alca em 1o de janeiro de 2006. Enquanto os EUA pressionam por acordos parciais, prevalece a posição do Mercosul em defesa da assinatura simultânea de um acordo geral, sem que nada entre em vigor até o fechamento de todas as negociações. Para participar da Alca, as nações da América Latina e do Caribe necessitarão de vultosas obras de infra-estrutura. Estima-se, no conjunto, investimentos da ordem de US$ 65 bilhões por ano na modernização de setores vitais, como transportes, telecomunicações, água e energia.
Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) Surgiu em 1967, na Tailândia, com o objetivo de assegurar a estabilidade política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região. Hoje, o bloco representa um mercado de mais de 500 milhões de pessoas e um PIB superior a US$ 550 bilhões. Com sede em Jacarta (Indonésia), a Asean desenvolve programas de cooperação nas áreas de transporte, comunicação, segurança, relações externas, indústria, finanças, agricultura, energia, transporte, tecnologia, educação, turismo e cultura. Membros: Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia, Mianma, Tailândia e Vietnã.
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11- Tailândia 19- Filipinas 20- Vietnã 21- Camboja 22- Malásia 23- Indonésia 25- Cingapura 26- Brunei Myanmar
RÚSSIA
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3.038km
Mapa da Ásia com membros da Asean
Comunidade dos Estados Independentes (CEI) É um bloco criado em 1991, integrando 12 das 15 Repúblicas que formavam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Ficaram de fora apenas os três Estados bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Sediada em Minsk, capital de Belarus, organiza-se em uma confederação de Estados, preservando a soberania de cada um. Sua estrutura abriga dois conselhos: um formado pelos chefes de Estado, que se reúnem duas vezes ao 314
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ano, e outro pelos chefes de governo, que se encontram de três em três meses. A perda de poder econômico da Federação Russa enfraquece seu domínio, mas seu poderio bélico ainda é uma importante forma de controle sobre a CEI. Membros: Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Geórgia Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. OCEANO GLACIAL ÁRTICO NORUEGA SUÉCIA FINLÂNDIA ESTÔNIA LITUÂNIA
LETÔNIA
BELARUS
OCEANO PACÍFICO
MOLDOVA UCRÂNIA
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GEÓRGIA ARMÊNIA
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AZERBAIJÃO
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MONGÓLIA
UZBEQUISTÃO
TURCOMENISTÃO QUIRGUISTÃO TADIQUISTÃO
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CHINA
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Estados Integrantes da CEI
Estados não Integrantes da CEI
957km
1.914km
Repúblicas e regiões autônomas
Mapa da CEI
Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) É um instrumento de integração entre a economia dos EUA, do Canadá e do México. O primeiro passo para a criação do bloco foi o tratado de livre comércio assinado por norte-americanos e canadenses em 1988, ao qual os mexicanos aderiram em 1993. Nesse mesmo ano, a ratificação do Nafta veio para consolidar o intenso comércio regional já existente na América do Nor-
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Mar Glacial Ártico
Estreito de Bering
GROENLÂNDIA (DINAMARCA)
ALASCA (EUA)
S H A T A N M O N
CANADÁ
Grandes Lagos
Mi
ou ss
Ottawa
ri
C H O S A S R O
São Lourenço
ESTADOS UNIDOS
Washington
Mississippi
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Cidade do México
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903km
Golfo do México
1.806km
CUBA
BAHAMAS PORTO RICO (EUA) SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS
ANTÍGUA E BARBUDA HAITÍ JAMAICA REPÚBLICA DOMINICA BELIZE DOMINICANA SANTA LÚCIA HONDURAS SÃO VICENTE BARBADOS GUATEMALA E GRANADINAS GRANADA NICARÁGUA EL SALVADOR
Mapa da América do Norte com membros da Nafta
te e para enfrentar a concorrência representada pela União Européia. Entrou em vigor em janeiro de 1994, estabelecendo o prazo de 15 anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países. Seu mais importante resultado até hoje foi a ajuda financeira prestada pelos EUA ao México durante a crise cambial de 1994, que teve grave repercussão na economia global. Apesar de a iniciativa não fazer parte do acordo, a integração das economias tornou necessário o socorro. O Chile foi convidado a participar do Nafta em dezembro de 1994, mas a resistência do Congresso norte-americano ao trata316
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do dificultou os entendimentos com os EUA. Em 1997, a negociação para sua adesão avançou com a aprovação pelo Senado chileno do acordo de livre comércio entre Chile e Canadá, com vigência imediata. Membros: Canadá, EUA e México.
Pacto Andino Bloco econômico instituído em 1969 pelo Acordo de Cartagena – seu nome oficial – com o objetivo de aumentar a integração GRANADA TRINIDADE TOBAGO Georgetown VENEZUELA Paramaribo GUIANA Caiena Bogotá SURINAME GUIANA FRANCESA (França) CALÔMBIA Caracas
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Ilhas Galápagos (Equador)
OCEANO ATLÂNTICO
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ARGENTINA Santiago Buenos Aires
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770km
1.540km
Mapa da América do Sul, com membros do Pacto Andino. O Chile se retirou e o Panamá participa com observador.
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comercial, política e econômica entre os países membros. Também é conhecido como Grupo ou Comunidade Andina. Apesar de o comércio na região ter aumentado desde o acordo, os EUA continuaram a ser o principal parceiro da maioria dos signatários. Como reação ao movimento para a criação da Alca, o Mercosul iniciou uma aproximação estratégica com o bloco andino. As negociações, porém, não evoluíram, em virtude das barreiras tarifárias do grupo andino, principalmente no setor agrícola. Como alternativa, os paísesmembros continuam assinando acordos em separado com os parceiros sulamericanos. Membros: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. O Chile se retirou e o Panamá participa como observador.
União Européia Originada da Comunidade Econômica Européia (CEE), a UE é o segundo maior bloco econômico do mundo em termos de PIB: cerca de 9 trilhões de dólares. Formado por 15 países da Europa Ocidental, conta com população de 380 milhões. Em 1992 foi consolidado o Mercado Comum Europeu, com a eliminação das barreiras alfandegárias entre os países membros. Aprovado em 1991, em Maastricht (Holanda), o Tratado da União Européia entrou em vigor em 1993. É composto de dois outros – o da União Política e o da União Monetária e Econômica – que estabelecem a criação de uma moeda única. Há cinco pré-requisitos para que os países sejam admitidos na União Monetária e Econômica: déficit público máximo de 3% do PIB; inflação baixa e controlada; dívida pública de no máximo 60% do PIB; moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de Câmbio; e taxa de juro de longo prazo controlada. No âmbito social são definidos quatro direitos básicos dos cidadãos da UE: livre circulação, assistência previdenciária, igualdade entre homens e mulheres e melhores condições de trabalho. 318
Geografia Geral
Os doze países que formaram o Mercado Comum Europeu ou Europa dos Doze até dezembro de 1994 Países que ingressaram na União Européia em janeiro de 1995 Países que deverão ingressar na União Européia Países que solicitaram seu ingresso na União Européia, cuja aceitação é incerta ou demorada ISLÂNDIA
SUÉCIA
ÁSIA
FINLÂNDIA
OCEANO ATLÂNTICO
NORUEGA
MAR DO NORTE DINAMARCA IRLANDA
N
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PAÍSES BAIXOS ALEMANHA POLÔNIA BÉLGICA LUX. REP. TCHECA ESLOVÁQUIA ÁUSTRIA FRANÇA SUÍÇA HUNGRIA
REINO UNIDO
MAR NEGRO
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PORTUGUAL ESPANHA
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697km
1.394km
Córsega ITÁLIA
Sardenha MAR MEDITERRÂNEO Sicília ÁFRICA MALTA
MAR CÁSPIO
BULGÁRIA TURQUIA
ÁSIA
GRÉCIA
Rodes Creta
CHIPRE
Mapa da Europa com membros da CEE
A cúpula da UE em dezembro de 1999, na Finlândia, decidiu ampliar de 15 para 27 o número de membros. A Turquia recebeu status de candidata à UE. A UE também decide criar até 2003 uma força de paz de 60 mil homens para intervir em conflitos no continente. Onze países participaram do lançamento do euro, em 1o de janeiro de 1999: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos) e Portugal. Inicialmente, o euro foi usado apenas em transações bancárias. Em 2002, as notas começaram a circular na Europa com poder legal para efetuar quaisquer pagamentos, e as moedas nacionais foram extintas. O euro, uma moeda européia forte lastreada em economias poderosas, passou a competir com o dólar norte-americano no mercado internacional. Porém, o elevado desemprego na Europa, a desaceleração econômica da Alemanha, a guerra em Kosovo e o aquecimento da economia norte-americana fizeram o euro despencar, de janeiro a junho, quase 12% em relação ao
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dólar. Em meados de junho, a moeda se recupera e em 2003 sua cotação é superior ao dólar. O Reino Unido, Suécia e Dinamarca não aderiram a essa primeira fase do euro, apesar de terem cumprido as exigências, por temer as conseqüências da perda de soberania que representaria o fim da emissão de sua moeda própria. A UE negociou com vários países do Leste Europeu protocolos de adesão ao bloco. Membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Portugal, Reino Unido e Suécia.
Mercosul: dados estatísticos sobre os países membros Argentina População – 37 milhões (2000); composição: europeus meridionais, 85%; eurameríndios, 7%; ameríndios, 0,4%; e outros, 7,6%. Idioma: espanhol (oficial). Religião: cristianismo, 90,9% (maioria católica); outras 9,1%. Densidade: 13,31 hab./ km2. População urbana: 89%. Crescimento demográfico: 1,3% ao ano. Fecundidade: 2,62 filhos por mulher. Expectativa de vida M/F: 70/77 anos. Mortalidade infantil: 22% Analfabetismo: 3,1%. Economia (2000) – PIB: US$ 298,1 bilhões. PIB agropecuária: 6%; PIB indústria: 29%; PIB serviços: 65%. Força de trabalho: 14 milhões. Agricultura: trigo, milho, soja, sorgo. Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, aves. Mineração: petróleo, gás natural, carvão. Indústria: alimentícia, bebidas, química, equipamentos de transporte, refino de petróleo. Exportações: US$ 25,2 bilhões. Importações: US$ 31,4 bilhões (1998). Principais parceiros comerciais: Brasil, EUA, Itália, Chile, Alemanha. 320
Geografia Geral
BOLÍVIA P
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PARAGUAI
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OCEANO ATLÂNTICO
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Rio Grande terra do fogo
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0
392km
784km
Mapa da Argentina
Brasil População – 169,5 milhões (2000); composição: brancos, 55,2%, pardos, 38,2%; negros, 6%; amarelos, 0,4%; indígenas, 0,2%. Idioma: português (oficial). Religião: cristianismo (católicos, 71%; outras, 10%), espiritismo, judaísmo, cultos afro-brasileiros. Densidade: 19,43 hab./km2. População urbana: 78%. Crescimento demográfico: 1,38% ao ano. Fecundidade: 2,2 filhos por mulher. Expectativa de vida M/F: 64,3/72,1 anos. Mortalidade infantil: 35,2% Analfabetismo: 13,8%.
Geografia Geral
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Boa Vista AMAPÁ Macapá Ilha de Belém Marajó
RORAIMA
São Luís
Manaus
Fortaleza AMAZONAS
ACRE Rio Branco
PARÁ
Porto Velho RONDÔNIA
RIO GRANDE DO NORTE Natal PARAÍBA João Pessoa PIAUÍ PERNAMBUCO Recife Maceió ALAGOAS Aracaju SERGIPE BAHIA
MARANHÃO CEARÁ Teresina
TOCANTINS Palmas
MATO GROSSO
DF BRASÍLIA Goiânia GOIÁS MINAS GERAIS
Cuiabá
MATO GROSSO DO SUL Campo Grande
Belo Horizonte SÃO PAULO
PARANÁ Curitiba
São Paulo
Salvador
ESPÍRITO SANTO Vitória
RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro
STA. CATARINA
Florianópolis RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre
Mapa do Brasil Fonte: Atlas Universal Rideel, São Paulo, Rideel, 2000.
Economia (1999) - PIB: US$ 558 bilhões. PIB agropecuária: 9,1%; PIB indústria: 31,1%; PIB serviços: 57,8%. Força de trabalho: 79,3 milhões. Agricultura: algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, laranja, soja. Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves. Mineração: bauxita, ferro, manganês, ouro. Indústria: de transformação, de bens de consumo e de bens duráveis. Exportações: US$ 48 bilhões. Importações: US$ 49,2 bilhões. Principais parceiros comerciais: EUA, Japão, países da União Européia, países do Mercosul, China. 322
Geografia Geral
Paraguai População – 5,5 milhões (2000); composição: eurameríndios, 95%; ameríndios, 3%; europeus ibéricos, 2%. Idioma: espanhol (oficial), guarani. Religião: cristianismo, 92,9% (católicos), outras, 7,1%. Densidade: 13,52 hab./km2. População urbana: 55%. Crescimento demográfico: 2,6% ao ano. Fecundidade: 4,17 filhos por mulher. Expectativa de vida M/F: 67,5/72 anos. Mortalidade infantil: 39%. Analfabetismo: 6,7%.
BOLÍVIA Fortín Galpón
Cerro León 1.000 m
BRASIL
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Assunção Lambare
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216km
432km
Mapa do Paraguai
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Economia (1998) – PIB: US$ 8,6 bilhões. PIB agropecuária: 25%; PIB indústria: 26%; PIB serviços: 49%. Força de trabalho: 2 milhões. Agricultura: soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar, mandioca. Pecuária: bovinos, suínos, aves. Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica, gráfica e editorial, metalúrgica, produtos minerais não metálicos. Exportações: US$ 1 bilhão. Importações: US$ 3 bilhões. Principais parceiros comerciais: Brasil, EUA, Argentina, Holanda, Japão.
Uruguai População – 3,3 milhões (2000); composição: europeus ibéricos e meridionais, 88%; eurameríndios, 8%; afro-americanos, 4%. Idioma oficial: espanhol (oficial). Religião: cristianismo, 81,5% (católicos, 78,5%; protestantes, 3%); judaísmo, 0,9%; outras, 17,6%. Densidade: 18,7 hab./km2. População urbana: 91%. Crescimento demográfico: 0,7% ao ano. Fecundidade: 2,4 filhos por mulher. Expectativa de vida M/F: 70,5/78 anos. Mortalidade infantil: 18% Analfabetismo: 2,2%. Economia (1998) - PIB: US$ 20,6 bilhões (1998). PIB agropecuária: 8%; PIB indústria: 27%; PIB serviços: 65%. Força de trabalho: 1 milhão (1998). Agricultura: arroz, cana-de-açúcar, trigo, cevada, milho, batata, sorgo. Pecuária: bovinos, ovinos, aves. Indústria: alimentícia, têxtil, vestuário, petroquímica, carvão, química, bebidas, equipamentos de transporte, couro. Exportações: US$ 2,8 bilhões. Importações: US$ 3,8 bilhões. Principais parceiros comerciais: Brasil, Argentina, EUA. Balança comercial brasileira com o Mercosul Em US$ milhões Anos Exportações % do Importações % do Saldo Total Total 1991 2.309 7,3 2.268 10,8 41 1992 4.097 11,4 2.229 10,8 1.869 324
Geografia Geral
Anos Exportações % do Importações % do Total Total 1993 5.387 14,0 3.378 13,3 1994 5.921 13,6 4.583 13,8 1995 6.154 13,2 6.844 13,7 1996 7.305 15,3 8.302 15,6 1997 9.047 17,1 9.517 15,5 1998 8.878 17,4 9.428 16,4 1999 6.778 14,1 6.719 13,7 Jan-Jun/2000
3.769
10,3
3.675
10,3
Saldo 2.009 1.338 –690 –996 –470 –549 59 93
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Questões de vestibular 1) (Unirio) A tendência à globalização da economia mundial pode ser exemplificada no(a): a) revogação do GATT (Acordo Geral de Tarifas de Comércio) decidida na “rodada Uruguai”. b) isolamento do FMI (Fundo Monetário Internacional) em relação aos países não ocidentais e capitalistas. c) adoção pelo G-7 (Grupo dos Sete Grandes) de programas de financiamento aos países endividados. d) incorporação na Comunidade Européia dos países do extinto Comecom. e) criação de blocos regionais de integração como o Mercosul e o Nafta. 2) (Cesgranrio) O processo de globalização característico da história contemporânea, no final do século XX, está ligado a mecanismos de integração econômica, dos quais o Brasil participa intensamente por meio da: a) proposta brasileira de integração da América com a Comunidade Européia, através da Alca.
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b) c) d) e)
consolidação da integração dos países do “Cone Sul” no Mercosul. projeção como líder da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. aliança com os Estados Unidos na liderança do Mercosul e da Alca. defesa da transformação do Nafta em mercado comum americano.
3) (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o Mercosul, EXCETO: a) a consolidação do Mercosul prevê inicialmente a zona de livre comércio entre a Argentina e o Brasil e, finalmente, a implantação da tarifa externa comum e a união aduaneira. b) a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos é permitida no novo espaço criado pelo Mercosul. c) as empresas brasileiras, influenciadas pela concorrência, adotaram processos de controle de qualidade e de produção que elevaram sua produtividade e reduziram seus custos. d) o Mercosul foi a solução encontrada para integrar uma economia fechada como a brasileira que resiste à redução das tarifas alfandegárias de importação. e) o objetivo do Mercosul é a formação de um bloco econômico totalmente integrado entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. 4) (UFCE) “É bom lembrar: o que chamamos hoje de globalização era chamado, há cerca de um século atrás, de imperialismo. Este conduziu a rupturas sociais e políticas que disseminaram regimes despóticos e, mais cedo ou mais tarde, paralisaram as economias submetidas ao poder totalitário”. (Alain Touraine. Riscos do Pensamento Único. (In: Folha de São Paulo. Caderno Mais. 18 de fev. 1996. p.7). Sobre o Imperialismo e a Globalização podemos afirmar: 01) o imperialismo foi o movimento de expansão europeu no século XIX em direção aos mercados africano e asiático. 02) a globalização econômica se caracteriza pela adoção de princípios liberais, tais como, abertura de mercado e Estado mínimo. 04) a expansão imperialista visava principalmente a exploração de metais preciosos e de produtos tropicais. 326
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08) a globalização econômica coincide com o aprimoramento de tecnologias informatizadas aplicadas ao processo de trabalho. 16) a globalização econômica se fundamenta em ideologias racistas baseadas no darwinismo social e na superioridade da raça branca. 5) (UFRS) Considerando a história como processo em constante construção, transformação e acumulação, pode-se afirmar que o fenômeno conhecido como globalização ou mundialização do capitalismo: a) corresponde exclusivamente ao contexto da desagregação do socialismo na URSS e no Leste Europeu. b) inicia somente após a desestruturação do estado de bem-estar social capitalista. c) é um fator que se manifesta pela primeira vez com a Nova Ordem Mundial da década de 1990 e com o desmantelamento dos blocos econômicos. d) faz parte de um processo que se inicia com a reconstrução do mundo europeu, logo após a 1a Guerra Mundial. e) tem antecedentes nos desdobramentos da Revolução Industrial, bem como na exportação de capitais, característica do Imperialismo a partir do final do século XIX. 6) (Puc-MG) Nas vésperas do século XXI, o mundo está passando por mudanças drásticas e dramáticas em meio a tendências conservadoras. São características do mundo neste final de século, exceto: a) fortalecimento dos movimentos sindicais, num grave acirramento do conflito de classes. b) grande expansão da economia mundial aberta, conhecida como globalização. c) abandono da concepção do grande Estado intervencionista e empresário. d) expansão do liberalismo econômico em oposição ao recuo do liberalismo político. e) crise social provocada pelo desemprego em massa nos setores urbanos.
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7) (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o Mercosul, EXCETO: a) as empresas instaladas nos países do Mercosul deverão associar-se para a troca de conhecimentos tecnológicos, a fim de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade e diminuir o custo dos produtos. b) as empresas transnacionais tendem a concentrar a produção de determinados bens em um único país, entre os integrantes do Mercosul, ou seja, naquele onde os custos forem menores. c) as taxas alfandegárias sobre os produtos comercializados entre os países integrantes estão sendo gradualmente eliminadas ou reduzidas, provocando o crescimento do comércio intramercosul. d) os indicadores econômicos e sociais – área, população, Produto Interno Bruto, renda per capita, analfabetismo etc. – dos países signatários do acordo demonstram um equilíbrio intramercosul. 8) (UFRS) O mapa ao lado mostra o atual panorama político da União Européia. Grã-Bretanha Suécia Os resultados eleitorais de Dinamarca Irlanda 1997 na Inglaterra e na França Holanda Alemanha apontam para uma tendência Luxemburgo Austria européia que os especialistas França estão denominando “onda Portugal Itália Espanha Grécia rosa”, a qual significa: a) a ascensão ao poder dos parMar Mediterrãneo tidos comunistas e a implantação de políticas marcadamente distributivas. b) a retomada de projetos reformistas preocupados com medidas sociais básicas em detrimento de algumas teses mais radicais do neoliberalismo. c) o ressurgimento de poderosas tendências nacionalistas e neonazistas. d) o esgotamento dos projetos neoliberais e a sua substituição por políticas fortemente estatizantes. Finlândia
N
Conservadores Social-Democratas Coalizões de social-democratas e liberais
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W
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S
e) o crescimento do neoliberalismo, cada vez mais identificado como único sinônimo de globalização. 9) (Fatec) Da forma como foi previsto no Tratado de Assunção, assinado em 1991 e confirmado posteriormente, o Mercosul chegou ao estágio definitivo, marcado para se iniciar em 10 de janeiro de 1995. Sobre o Mercosul pode-se afirmar: a) este passa a contar com uma estrutura administrativa própria, um governo com poderes acima dos países. b) as empresas do Bloco poderão associar-se para troca de conhecimentos sobre a tecnologia de produção mais avançada, em busca de maior produtividade, melhor qualidade e menor preço; mas não poderão voltar a concorrer no mercado internacional. c) apesar de um maior fluxo comercial entre os países do Bloco, as pessoas não poderão deslocar-se de um país a outro para trabalhar, pois, de outro modo, os trabalhadores de um país sofreriam a concorrência dos desempregados dos outros países. d) as empresas terão a possibilidade de atender a um mercado consumidor muito maior. Afinal, quatro países diversificarão sua economia, o que permitirá que os produtos cheguem aos consumidores sem o pagamento de tarifas de importação e sem burocracia. e) os países que fazem parte do Mercosul não são desenvolvidos economicamente como o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha ou o Japão, que são países do chamado Primeiro Mundo; por isso mesmo, a quantidade de recursos econômicos existentes na região pode ser desprezada. 10) (Fuvest) O aproveitamento dos rios da Bacia Platina para a produção de energia hidroelétrica interessa aos países que compõem o Mercosul. Considerando a posição geográfica dos mesmos, podemos afirmar que: a) argentina e Uruguai são privilegiados porque aí os rios têm escoamento mais regular. b) argentina e Chile obtém toda sua energia graças aos cursos de água que descem dos Andes.
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c) a Bolívia está em melhor situação por ter parte de seu território na Bacia Platina e parte na Bacia Amazônica. d) Brasil e Paraguai são favorecidos porque estão nos altos cursos onde o potencial é maior. e) Uruguai e Paraguai não podem obter energia hidroelétrica porque seus rios são de planície. 11) (Fuvest) Apesar da industrialização, os países latino-americanos não conseguiram ainda romper o elevado grau de dependência em relação aos centros da economia mundial capitalista. Esta dependência deve-se, principalmente, à: a) ausência generalizada de medidas que incentivem a integração econômica, através da criação de blocos regionais. b) necessidade de fluxos de capitais internacionais para incrementar as atividades econômicas nacionais. c) brusca redução das alternativas de exportação provocada pela crise dos países socialistas. d) ausência generalizada de dispositivos legais que privilegiem o ensino básico, facilitando a incorporação de cidadãos no mercado de trabalho. e) hipertrofia do setor secundário da economia, provocando grande desequilíbrio na balança comercial dos países. 12) (Cesgranrio) Com o objetivo de retomada de uma posição de principal centro econômico mundial, Estados da Europa Ocidental, desde os anos 1950, vêm procurando viabilizar o processo de unificação do continente, por meio da Comunidade Econômica Européia (C.E.E). São metas da C.E.E., com EXCEÇÃO de: a) permitir o direito de livre-trânsito aos cidadãos dos países membros, no interior da comunidade. b) elaborar leis que disciplinem questões e conflitos entre os países associados, através do Parlamento Europeu. c) assegurar a toda empresa de origem européia ocidental a abertura de filiais em qualquer região ou cidade da C.E.E. 330
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d) fundar as bases de um Banco Central que gerencie o EURO, isto é, a moeda emitida pela Europa Unificada. e) absorver grandes contingentes de trabalhadores e imigrantes, provenientes do antigo espaço geopolítico soviético. 13) (Unirio) A divisão internacional do trabalho foi uma das decorrências da expansão marítimo-comercial que, por volta do século XVI, passou a estimular uma verdadeira disputa colonial entre as potências européias. A respeito do contexto de evolução da divisão internacional do trabalho podemos afirmar que: I. A mesma divisão internacional do trabalho que se estruturou a partir desse processo histórico permanece até hoje intacta, já que os países pobres continuam dependentes. II. A divisão internacional do trabalho estruturou-se a partir de uma relação de trocas desiguais entre as metrópoles e as colônias e permaneceu posteriormente entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. III. Apesar de estar presente até hoje, essa realidade, que passamos a chamar de divisão internacional do trabalho, sofre atualmente algumas transformações estimuladas, entre outros fatores, pela intensificação do caráter transnacional das grandes empresas. A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são): a) apenas a I. b) apenas a II. c) apenas a I e a II. d) apenas a II e a III. e) a I, a II e a III. 14) (Fuvest) Em 1991, um tratado foi assinado na cidade holandesa de Maastricht, cujo texto apresenta significativa revisão do Tratado de Roma de 1957. Esse novo Tratado redefine os objetivos e diretrizes político-econômicas de uma comunidade de países, agora em um mundo não mais polarizado por duas grandes potências. O texto refere-se ao Tratado assinado pelos:
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a) sete países de maior importância no mundo capitalista na busca da adoção de uma política de salvaguardas de seus interesses comuns. b) estados Unidos, Alemanha, França, Japão e Canadá que redefinem estratégias econômicas globais para o planeta e formas de incorporação política da Europa Oriental. c) países ligados a OTAN que determinam ações imediatas a serem implementadas contra todos os países que, como o Iraque e a Líbia, continuam produzindo armamentos pesados. d) países do Mercado Comum Europeu e pelo Japão que reforçam às suas relações político-econômicas voltadas ao fortalecimento de seus programas de ajuda mútua. e) países da Comunidade Européia, definindo uma etapa superior de unificação econômica e política, inclusive com futura adoção de uma moeda única. 15) (Unirio) Fruto de uma aceleração capitalista, num ritmo jamais visto, a globalização está provocando a(o): a) melhor distribuição da riqueza entre os países do globo, aumentando assim o poder de compra da população mundial. b) complementaridade da produção entre fábricas e montadoras espalhadas pelo mundo, fazendo com que os sindicatos tenham maior poder de barganha frente aos empresários. c) reorganização dos Estados Nacionais, com o aumento da interferência dos poderes públicos na economia. d) domínio do mundo pelas grandes corporações, que estão decidindo o que, como, quando e onde produzir os bens e serviços utilizados pelos seres humanos. e) avanço da tecnologia e a expansão de vários postos de trabalho nos países desenvolvidos. 16) (Puccamp) “Hoje, nesse novo contexto econômico mundial, há um grande número de mulheres no Terceiro Mundo com oportunidades que não tinham antes, mas, de outro, há mulheres mal-remuneradas e exploradas no lugar de trabalho. Elas estão entre os mais malpagos 332
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a)
b)
c)
d) e)
trabalhadores.” Mary Francis Berry (Presidente da Comissão de Direitos Civis dos EUA). Assinale a alternativa que melhor se relaciona ao texto: a globalização oferece múltiplas oportunidades de emprego e possibilidades de ascensão social para as minorias pobres, incluindo as mulheres. a economia globalizada tem ampliado as condições de cidadania, principalmente, pelas novas oportunidades no mercado de trabalho, destinado às minorias, inclusive, às mulheres. neste final de século, há uma ação internacional no sentido de dar oportunidades de trabalho e igualdade de salário às mulheres e evitar que estas exerçam jornada dupla de trabalho. nos países em desenvolvimento, a globalização pode representar o fim das distorções sociais e econômicas entre homens e mulheres. a globalização é uma faca de dois gumes, pois pode significar mais oportunidades às mulheres, mas também pode significar mais exploração.
17) (Enem) Um dos fenômenos mais discutidos e polêmicos da atualidade é a “Globalização”, a qual impacta de forma negativa: a) Na mão-de-obra desqualificada, desacelerando o fluxo migratório. b) Nos países subdesenvolvidos, aumentando o crescimento populacional. c) No desenvolvimento econômico dos países industrializados desenvolvidos. d) Nos países subdesenvolvidos, provocando o fenômeno da “exclusão social”. e) Na mão-de-obra qualificada, proporcionando o crescimento de ofertas de emprego e fazendo os salários caírem vertiginosamente.
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São as variáveis quantitativas que permitem a comparação de aspectos sociais e econômicos de determinadas áreas, cidades, estados ou países. O indicador econômico reflete a situação de A taxa de escolaridade é um indicador econômico social uma economia durante um determinado período, como, por exemplo, o produto interno bruto (PIB), a renda per capita e a inflação. Já o indicador social quantifica a qualidade de vida e o desenvolvimento social de uma população. Entre os mais conhecidos indicadores sociais estão a mortalidade infantil, a perspectiva de vida, a taxa de escolaridade, o analfabetismo e a taxa de desemprego. Por se tratar de uma média, um indicador isoladamente não reflete a realidade de uma região. Por exemplo, uma região apresenta uma alta renda per capita, mas sua população pode não necessariamente viver bem devido à má distribuição dessa renda. Somente a uso e a comparação de vários indicadores fornecem um quadro mais fiel da área pesquisada. O levantamento dos dados estatísticos socioeconômicos no Brasil é feito, em geral, por órgãos governamentais (federais, estaduais ou municipais). O principal deles é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Instituições da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 334
Geografia Geral
Banco de Imagens Rideel
Indicadores econômicos e sociais
a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são as principais fontes de indicadores mundiais. É fundamental a indicação da fonte de referência da informação dos indicadores, pois diferentes metodologias e critérios de pesquisa produzem diferentes dados. Os principais indicadores usualmente utilizados são: ◆ Produto interno bruto (PIB): que é a soma do valores monetários finais de bens e serviços produzidos dentro do país. Mede sua capacidade produtiva: quanto mais alto o PIB, mais rico o país é. ◆ Produto nacional bruto (PNB): ou Renda Nacional, que compreende o PIB e o resultado da soma dos valores monetários que entram e saem do país. Incluem-se a balança comercial (relação enCirculação monetária tre importação e exportação), a soma dos valores monetários que entram no país e a soma dos valores enviados para o exterior. São várias as razões dos deslocamentos monetários: comércio externo, lucros sobre investimentos e financiamentos, juros, heranças, doações, pagamentos autorais, transferência de dinheiro, direitos autorais, excursões profissionais, turismo etc. ◆ Renda per capita: representa quanto cada habitante receberia se o valor do PNB de um país fosse distribuído igualmente entre todos, sem considerar a concentração de riquezas. É
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Banco de Imagens Rideel
Setor econômico
◆ ◆
◆
◆
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Reprodução
◆
resultado da divisão do valor total do PNB pelo número de habitantes do país. Exportações e importações: é o valor monetário de todos os bens e serviços que um país vende ou compra de outros países. É a sua balança comercial, que pode ser deficitária (negativa), superavitária (positiva) ou equilibrada. Quanto maior o valor do comércio externo, maior é a dependência do país em relação à economia internacional. Transportes: extensão da rede ferroviária e da rodoviária. Participação dos setores primário (agropecuária, extrativismo), secundário (indústria) e terciário (serviços, como comércio, transportes, administração) no produto interno bruto (PIB). Produção de energia: indica a produção total de energia de um país, incluindo companhias estatais e privadas, organizações, cooperativas e produtores locais. Esse índice leva em consideração a produção de todas as fontes de energia: petróleo, gás, usinas hidrelétricas e geotérmicas, solar, eólica (ventos) e combustíveis renováveis (como o álcool). Consumo total de energia: é o quanto um país consoFonte de energia eólica me de energia. Dividindo-a pelo número de habitantes obtém-se o consumo per capita de energia. O consumo total pode ser dividido em consumo de energia comercial, consumo de energia industrial, consumo de energia residencial etc.
◆ Cotação e paridade do poder de compra da moeda. Cotação é quanto dinheiro de um país é necessário para comprar 1 dólar norte-americano (moeda de referência). Paridade de poder de compra (PPC) é a quantidade de moeda do país que é necessária para comprar o mesmo que 1 dólar norte-americano (moeda de referência) pode comprar nos Estados Unidos. ◆ Dívida externa: é quantia que um país deve ao exterior. São empréstimos ou financiamentos contraídos por empresas públicas ou privadas nacionais com empresas, governos ou organismos estrangeiros. ◆ Reservas internacionais: disponibilidade, expressa em milhões de dólares norte-americanos, de ouro e divisas (geralmente dólar americano), sob controle das autoridades de um país. No caso do Brasil, esse controle é exercido pelo Banco Central (BACEN).
◆ Veículos e aparelhos domésticos por mil habitantes: é a média de veículos (automóveis, motos, caminhões etc) e aparelhos domésticos (fogão, telefone, geladeira, televisão, rádio etc) para cada mil habitantes de um país.
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◆ Inflação média: é a média do crescimento anual dos preços de produtos e serviços na economia de um país.
Aparelho telefônico
Setor populacional ◆ População de um país e sua distribuição, ou seja, o número de pessoas que vivem em áreas urbanas e rurais delimitadas por divisões político-administrativas locais.
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◆ Crescimento demográfico: é o aumento médio anual do número de indivíduos de uma região. Resulta do saldo do número de nascimentos e mortes (crescimento vegetativo) mais o número de imigrantes e emigrantes (crescimento migratório) dessa população. A média anual nos países mais desenvolvidos é de 0,3% e; nos menos desenvolvidos, 1,8%. ◆ Densidade: é o número de habitantes por quilômetro quadrado. Ela determina a concentração da população no espaço onde vive. ◆ Expectativa de vida: é a estimativa do tempo de vida que a criança, ao nascer, terá. Nos países mais desenvolvidos, os homens vivem em média, 71,2 anos e as mulheres, 78,6 anos. Nos menos desenvolvidos, as médias de idade caem para 62,4 e 65,3, respectivamente. ◆ Fecundidade: é a estimativa anual do número de filhos que cada mulher teria durante seu período reprodutivo. Senhora africana Considera os filhos nascidos vivos e as mulheres entre 15 e 49 anos. A média nos países mais desenvolvidos é de 1,71 filho por mulher; e nos menos desenvolvidos, 3,29. ◆ Força de trabalho: é o total da população economicamente ativa, ou seja, as pessoas que geram riquezas para o país. Inclui, além dos trabalhadores, as Forças Trabalhadores Armadas e os desem-
pregados. Exclui os trabalhadores domésticos, os voluntários não-remunerados e os empregados no setor informal. ◆ Mão-de-obra feminina: é a percentagem de mulheres na força de trabalho. ◆ População com acesso a saúde: total da população com acesso ao tratamento de doenças e de ferimentos causados por acidentes. ◆ População com saneamento básico: mostra a perAtendimento hospitalar centagem da população atendida por serviços de saneamento, como água potável corrente (tratada e não-tratada, mas comprovadamente sem contaminação), coleta adequada de esgotos e outros cuidados que impeçam a contaminação de pessoas. ◆ Investimentos em saúde: é a percentagem do PIB investida pelo governo na área da saúde. Estão incluídos nesse índice os gastos com serviços curativos e preventivos, mas não inclui saneamento e água potável. ◆ Leitos por mil habitantes: índice que indica o número de leitos disponíveis para cada grupo de mil habitantes. O número considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde é de quatro leitos por mil habitantes. ◆ População por leito: número de pessoas por leito disponível em hospitais. Esse índice é obtido com uma divisão simples, do total de pessoas pelo total de leitos.
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Setor da saúde e saneamento básico
◆ População por médico: é o número de pessoas por médico. Quanto menor o índice, maiores são as chances de um melhor atendimento. O índice considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde é de mil habitantes para cada médico. ◆ Uso de método contraceptivo: é a percentagem de mulheres, entre 15 e 49 anos, que utilizam algum método anticoncepcional. São considerados tanto os métodos usados pela mulher quanto por seu parceiro. ◆ Mortalidade: número de pessoas que morrem em relação a mil habitantes. ◆ Mortalidade infantil: número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período. A média nos países mais desenvolvidos é de nove mortes por mil nascidos vivos; e nos menos desenvolvidos, 63. ◆ Mortalidade materna: número de mães que morrem por mil que tenham dado à luz. ◆ Natalidade: número de nascimentos por mil habitantes. ◆ Oferta diária de calorias: mede o equivalente em calorias de oferta líquida de alimentos de um país, dividido pelo número de habitantes, por dia.
Setor da educação ◆ Analfabetismo: proporção de pessoas com mais de 15 anos que não entendem e/ou não sabem ler e escrever pequenas frases empregadas em sua vida cotidiana. Nos países desenvolvidos, a taxa é inferior a 5% e, nos menos desenvolvidos, a taxa média é de 29%. ◆ Analfabetismo funcional: é o número de pessoas consideradas analfabetas funcionais, ou seja, que embora tenham freqüentado quatro anos de escola, não conseguem usar a leitura ou a escrita em situações do cotidiano. 340
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◆ Crianças fora da escola: é a percentagem das crianças, até 7 anos, que não estão matriculadas em escolas. ◆ Gastos com educação: é a percentagem do PIB que o Educação pública governo investe na educação pública, incluindo os ensinos básico, médio e superior. Indicadores internacionais usam a percentagem do produto nacional bruto (PNB) que os governos investem na educação. ◆ Escolaridade: é a quantidade média de anos escolares completados pela população. Nos países desenvolvidos a escolaridade é alta; nos países pobres, ela é baixa.
Setor do meio ambiente Reprodução
◆ Emissão de CO 2 : quantidade de emissão anual no ar de gás carbônico em toneladas métricas. ◆ Poluição ambiental: inclui poluição dos rios, lagos e mar; poluição urbana; inversões térmicas; chuvas ácidas; desPoluição ambiental, neste caso, dos rios truição de mananciais; dejetos urbanos (aterros sanitários, incineração e usinas de compostagem)
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Índice de desenvolvimento humano (IDH) O primeiro Relatório do Desenvolvimento Humano foi publicado pela ONU, em 1990. Ressaltava que a verdadeira riqueza de uma nação é o seu povo. E o objetivo do desenvolvimento deve ser a criação de um ambiente que permita às pessoas usufruírem três elementos: vida longa e saudável; conhecimento; e padrão de vida decente. Os indicadores que representam essas condições são: expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e renda per capita da população. O IDH é uma média simples desses três indicadores, variando em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida. Quanto mais próximo de 0, pior ela é. Até 0,499, o índice é baixo; entre 0,500 e 0,799, médio; entre 0,800 e 0,899, alto; e, acima de 0,999, maior.
IDH de vários países (2001) Fonte: ONU
Índice maior
Índice alto
Índice médio
Índice baixo
Noruega: 0,944
Portugal: 0,896
Rússia: 0,779
Índia: 0,590
Islândia: 0,942
Grécia: 0,892
Colômbia: 0,779
Nepal: 0,499
Suécia: 0,941
Argentina: 0,849
Brasil: 0,777
Haiti: 0,467
Austrália: 0,939
Polônia: 0,841 Venezuela: 0,775
Holanda: 0,938
Hungria: 0,837
Peru: 0,752 Moçambique: 0,356
Bélgica: 0,937
Uruguai: 0,834
China: 0,721
EUA: 0,937
Chile: 0,831
Vietnã: 0,688 Burkina Fasso: 0,330
Canadá: 0,937
Cuba: 0,806
Bolívia: 0,672
Japão: 0,932
México: 0,800
342
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Angola: 0,377
Mali: 0,337
Níger: 0,292
Marrocos: 0,614 Serra Leoa: 0,275
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Todos os anos, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulga um relatório sobre o IDH. O relatório divulgado em 2001 abrangia 175 países. O IDH procura revelar a qualidade de vida nos diversos países. Considera não apenas os dados econômicos, mas também os indicadores sociais, como o grau de alfabetização, a percentagem de crianças nas escolas, a expectativa de vida e a mortalidade infantil. Os países com mais alto IDH são, em geral, os da Europa Ocidental; Vendedores de peixe no Brasil os com mais baixo, os da África subsaariana. O Haiti é o país mais pobre da América, em RPC e possui o IDH mais baixo. O Brasil ocupava, em 2001, o 65o lugar, entre 175 países. Sua RPC (Renda per capita) era de US$ 2.915 em 2001. O crescimento médio de sua renda foi de 0,8% entre 1975 e 2001, bem abaixo do crescimento médio dos países em desenvolvimento (2,3% ao ano) e dos países desenvolvidos (2,1%). A Argentina ocupa o 34o lugar. A pior situação é a de Serra Leoa. O feito mais notável foi o da China, que tirou da pobreza, entre 1975 e 2001, cerca de 150 milhões de pessoas, um número pouco abaixo de toda a população brasileira no período. Ela alcançou o mais alto desenvolvimento econômico sustentado de toda a história humana, alcançando um crescimento anual de 8% da renda per capita real na década de 1990. O Brasil tem melhorado, nos últimos decênios, em todos os indicadores. A taxa de fecundidade, que determina o tamanho das famílias, caiu de cerca de cinco filhos por mulher nos fins dos anos 1960, para dois. O número de pessoas na família redu-
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ziu-se de mais de cinco para três. No ensino fundamental, ocorre a massificação. Ela subiu de 80% na década de 1980 para cerca de 95% na década seguinte. Mas é necessário melhorar sua qualidade e ampliar aceleradamente o percentual de matrículas no ensino médio, ainda que esse percentual tenha dobrado nos últimos vinte anos (de 14 para 35%). Outras informações importantes reveladas pelas pesquisas: as mulheres representam atualmente (2001) 41% da força de trabalho contra 21% em 1975; têm escolaridade superior à dos homens, mas sua média salarial é 70% da dos homens; os brasileiros brancos que nasceram em 1974 têm oito anos e meio de estudos, enquanto que os brasileiros negros, nascidos nesse ano, têm apenas seis anos. Assim, embora seja visível a melhoria dos indicadores sociais brasileiros, nas três últimas décadas, apesar das conjunturas negativa, os grandes desafios permanecem: a desigualdade social, a desigualdade regional e a desigualdade étnica.
Indica a privação da população de um país em três elementos essenciais: longevidade, conhecimento e padrão de vida adequado. O primeiro elemento é dado pela percentagem de pessoas que não esperam sobreviver aos 40 anos, e o segundo, pela percentagem de adultos analfabetos. O terceiro elemento é formado por três variáveis: o total de pessoas sem acesso a água potável, o número de adultos sem acesso aos serviços de saúde e o total de crianças subnutri344
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Índice de pobreza humana (IPH)
Criança chinesa
Questões de vestibular 1) (Puc-MG) A partir da análise do gráfico, é CORRETO concluir que: 1. Prosperidade: período do ciclo econômico com crescimento da produção, expansão dos investimentos, aumento dos lucros e queda do desemprego.
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das, com menos de 5 anos. O IPH é dado a partir de uma média simples desses três elementos. Quanto maior a percentagem obtida, maior a pobreza do país. Nesse setor, o principal desastre da década de 1990 foi a África subsaariana que, além dos problemas tradicionais (guerras civis, guerras externas, corrupção, desertificação, Pobreza na África dependência econômica etc) enfrentou uma forte epidemia de aids. No ritmo em que se encontra, não conseguirá alcançar as metas estabelecidas pela ONU para eliminar a pobreza e diminui a mortalidade infantil. Para muitos países em desenvolvimento, a década de 1990 foi um desastre. Tiveram um retrocesso nos seus índices 21 países. Em 54 deles, a RPC em 1999 encolheu, comparando-se com 1991. Em 34, a perspectiva de vida diminuiu. Em 21, há mais gente passando fome; em 14, mais crianças morrem antes de completar cinco anos. Nessa mesma década, os países ricos diminuíram a sua ajuda aos pobres. A média de auxílio foi de 0,22% do seu PIB, contra a meta de 0,7% estabelecida pela ONU.
1992
1984
1973
1948
1960
1937
1929
1892
1913
1873
1000
1866
1845
1820
1802
1836
1782
crescimento econ mico
1… ciclo 2… ciclo 3… ciclo 4… ciclo 2. Recessão: período de declínio da economia, com queda da produção e da taxa de lucro, combinados com o aumento das falências e do desemprego. 3. Depressão: fase de crise econômica resultante de uma re1 3 4 2 cessão prolongada. 4 - Recuperação: fim do ciclo depressivo, com a retomada dos investimentos e crescimento da produção. a) os períodos de contração econômica são mais longos e freqüentes que os de expansão. b) o capitalismo caracteriza-se por flutuações periódicas de expansão e contração econômicas. c) a progressiva consolidação do capitalismo reduz a possibilidade de períodos de contração. d) o período de recessão é mais grave e profundo que o período de depressão. e) os períodos de prosperidade vêm decrescendo de ciclo para ciclo, progressivamente.
2) (Fuvest) O esboço 1 representa os continentes segundo a superfície. Os esboços 2 e 3 representam cada parte do mundo com uma dimensão proporcional a diferentes informações.
1
3
2 346
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a) b) c) d) e)
São elas, respectivamente: renda per capita e volume da produção agrícola. total da população e renda per capita. valor da produção industrial e percentagem da população alfabetizada. consumo de energia e renda per capita. total da população e volume da produção de minérios.
3) (Vunesp) A elevada dívida externa é um dos principais problemas de alguns países na atualidade. Observe o gráfico e assinale a alternativa ERRADA, isto é, a que NÃO se sustenta pelos dados do gráfico. a) antes de 72 o endiviEvolu o da d vida externa* 575,0 damento dos países 517,8 464,6 subdesenvolvidos era 406,5 353,0 baixo. 299,9 b) durante a década de 70 239,5 195,4 houve uma elevação do 161,5 135,8 endividamento devido a 109,2 90,7 1972 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 um excesso de capitais * Base para c lculo: 102 pa ses devedores e em circulação nos paí13 principais credores ** Estimativa ses avançados, os quais estabeleceram condições favoráveis de financiamentos internacionais. c) o crescimento da dívida externa mundial seguiu uma trajetória acelerada e contínua, não apresentando saltos bruscos, exceto em 1980. d) o período de endividamento de 1972 a 1982 corresponde à fase em que as importações de produtos de tecnologia avançada, e de bens de equipamento, eram muito caros, porém necessários à expansão industrial dos países subdesenvolvidos. e) a evolução da dívida externa mostra que o desenvolvimento industrial dos países do terceiro mundo ocorreu de forma concentrada a partir da década de 70. 4) (UEL-PR) O mundo desenvolvido caracteriza-se por apresentar elevada urbanização, pequeno crescimento vegetativo e crescimento da população idosa. Quanto ao setor primário apresenta:
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a) alta parcela do PNB, crescente mecanização e tendência à monocultura. b) alta participação do PNB, alta mecanização, culturas visando à industrialização e formas intensivas de ocupação. c) alta participação do PNB, crescimento no comércio mundial, tendência à monocultura e alta mecanização. d) baixa parcela do PNB, tendência à monocultura, alta mecanização e culturas visando à industrialização e ao mercado externo. e) pequena parcela do PNB, alta mecanização, forma intensiva de uso da terra e comercialização dos produtos agrícolas visando ao mercado interno. 5) (Vunesp) Considere a seguinte figura: A respeito da fiA ECONOMIA LATINO-AMERICANA (1987) gura apresentaCrescimento Dívida externa da, afirma-se: do PIB (em US$ milhões) 2% 10% México I. A dívida externa 8% 33,8% Venezuela é um problema 3,7% -3% Panamá 5% 15,7% Colômbia dos países da 15% 6% Peru América Latina 114,5% 3,6% Brasil que tem bloquea4% 5,3% Uruguai do o crescimento 5% 20,5% Chile Argentina 2,5% 49,4% econômico desses países. * dados de Nov. 87 II. A maioria das ** Agost./86 a Agost./87 populações dos países latino-americanos tem sofrido com as restrições aos mercados internos e com os arrochos salariais, como conseqüência de políticas econômicas adotadas para satisfazer as exigências do sistema financeiro internacional. III. O crescimento do PIB é diretamente proporcional ao volume da dívida externa. Assinale a alternativa correta. a) apenas I é verdadeira b) apenas II é verdadeira. 348
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c) apenas III é verdadeira. d) I e II são verdadeiras. e) II e III são verdadeiras. 6) (UFPR) Alguns indicadores são utilizados para identificar o nível socioeconômico de um país e podem servir de referência para a comparação das condições de vida entre os países. Sobre esse assunto e tendo como referência os dados da tabela a seguir, é CORRETO afirmar (Falso ou Verdadeiro): Renda per Renda per Renda per ( ) na Holanda, a discapita* da capita* capita* dos Quociente dos 10% 40% mais Países entre tribuição de renda população mais ricos pobres (B) e (C) (A) (C) (B) é melhor que nos 3,9 24120 E.U.A 60300 15100 Estados Unidos. 2,6 20890 45750 17780 ( ) o índice mais impor- Holanda 8,3 3575 México 14120 1700 tante para diferen- Colômbia 1380 8,8 5450 620 14,2 552 39 ciar os países de- Tanzânia 120 18,3 2850 Brasil 14620 798 senvolvidos dos Fonte: Banco Mundial, World Development Report, 1995. subdesenvolvidos (in VESENTINI, J.W. SOCIEDADE E ESPAÇO, 1996, p23) e/ou em desenvolvi- * em dólares mento é o quociente entre B e C. ( ) a população mais pobre, e conseqüentemente com piores condições de vida, é certamente a da Tanzânia. ( ) na Colômbia, a relação entre a renda per capita dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres é menor que no México. ( ) dentre os países da tabela acima, o Brasil é o que apresenta maior concentração de renda. ( ) dentre os países da tabela acima, nenhum dos que estão situados no hemisfério norte pode ser considerado subdesenvolvido.
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Capitulo 9 Geopolítica do mundo contemporâneo
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A expressão geopolítica foi empregada pela primeira vez, em 1905, por Rudolf Kjéllen, jurista e professor sueco radicado na Alemanha Imperial. Porém, anos antes, as linhas de pensamento que conduziriam ao surgimento da expressão geopolítica já haviam sido elaboradas por Friedrich Ratzel (18441904), geógrafo alemão, sem que ele houvesse jamais utilizado esse termo. Sua obra Geografia Política é a precursora dessa área de estudos e reflexão. Friedrich Ratzel Além disso, foi o primeiro a conceber, sob a influência do naturalista britânico Darwin (1809-1882) e do positivista francês Comte (1798-1857), a Geografia como o estudo das relações entre o ser humano e o meio, destacando a influência dos fatores naturais, especialmente nas sociedades primitivas, numa perspectiva determinista.
Charles Darwin
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Para Ratzel, a civilização seria uma utilização humana consciente da natureza, em oposição à utilização espontânea dos povos primitivos. Para ele, na medida em que a força do ser humano é ines-
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Introdução
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gotável, sua soma corresponde à energia de um povo, sendo ela o motor básico do progresso. Assim, o progresso decorre da ampliação a produção e do domínio sobre a natureza, quando então se alcança o estágio de civilização. Essas idéias são um reflexo da conjuntura em que Raztel estava inserido, pois esses requisitos só podiam ser preenchidos, em sua interpretação, pela sociedade moderna, urbana e industrial, pois ela faz do crescimento econômico seu objetivo e sua essência. A Alemanha Imperial estava em rápido processo de industrialização, rivalizando com a Inglaterra na busca da hegemonia econômica mundial. A expansão da modernização (ou industrialização), segundo Ratzel, permitia que se atribuísse às áreas modernizadas o conceito de civilização. Portanto, a Europa era, por excelência, o continente civilizado. Os povos dos demais continentes, particularmente os da África (conceituados como selvagens) e os da Ásia (bárbaros, na perspectiva européia) deveriam seguir o percurso do progresso, para alcançar a categoria de civilizados. Deveriam, conseqüentemente, aceitar a dominação européia e absorver seus valores, instituições, costumes etc. O imperialismo (ou neocolonialismo), uma decorrência da industrialização capitalista européia, então, era visto como benéfico aos povos dominados. A mesma justificativa caracterizou a ação do governo dos Estados Unidos em relação aos povos indígenas e aos latinoamericanos. Os A Europa sempre foi considerada um continente desenvolvido em relação aos outros americanos atri-
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buíam a si o “Destino Manifesto”, muito em voga em seu país durante o século XIX, como explicação para a política expansionista em direção ao sul e ao oeste, que levou à intervenção em Cuba, à aquisição de Porto Rico, ao estabelecimento na Zona do Canal e à incorporação violenta de territórios como o Novo México, o Arizona, o Utah, a Califórnia, habitados pelos ameríndios. Se a expansão imperialista traria consigo a violência, a guerra, a conquista e o domínio, Ratzel lembrava que eram componentes normais e naturais da história da humanidade. A curto ou longo prazo adviria o progresso para os povos dominados. Era a justificativa moral do imperialismo. Para alcançar seus objetivos, o Estado civilizador absorveu esse pensamento geopolítico, introduzindo-o na sua diplomacia, na suas forças armadas, na teoria, no discurso e nas práticas dos governantes. A mídia tornou-se o instrumento de difusão desse pensamento, condicionando a população metropolitana à aceitação da ideologia civilizatória. Para o pensamento geopolítico, o Estado é um organismo natural, não devendo, pois, ser contestado. Como a ambição por territórios e por riquezas são inerentes ao comportamento do ser humano, as tensões geopolíticas dela decorrentes também são naturais. Desta maneira, a guerra decorrente de um objetivo geopolítico é inevitável e aceitável. Tomando como suporte o pensaSoldados americanos na guerra mento de Nicolau Ma-
Portanto, nessa perspectiva, cada povo (ou país) deve ter um objetivo e uma estratégia geopolítica, para a defesa de seu território (e suas riquezas) e para a defesa de seus interesses nas relações com outros povos (ou paíSegunda Guerra Mundial ses). Os Estados, que são mais bem-sucedidos em sua ação, alcançam a preponderância econômica, militar, política e cultural. Até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), vários países foram bem-sucedidos, como a Inglaterra, a França, a Alemanha, os Estados Unidos, o Japão e a ex-URSS. Embora a ordem mundial tenha sofrido alterações nas últimas décadas, a estratégia geopolítica de dominação, contestação e repressão, em essência, permanece imutável. Basta acompanhar os recentes acontecimentos no âmbito das relações internacionais para constatar a exatidão dessa afirmação.
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Guerra Fria ou a “Ordem Bipolar”
Capitalismo, liderado pelo EUA
O termo Guerra Fria designou a disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a Segunda Guerra Mundial. Significou uma intensa disputa econômica, ideológica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influên-
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quiavel (1469-1527), diria um geopolítico: “Os fins justificam os meios”.
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cia. Ela dividiu o mundo em dois blocos, com sistemas econômico e político opostos: o chamado mundo capitalista (Primeiro Mundo), liderado pelos EUA, e o chamado mundo comunista (Segundo Mundo), encabeçado pela URSS. A Guerra Fria provocou uma corrida armamentista que se estendeu por 40 anos e coA foice e o martelo, símbolo da locou o mundo sob a ameaça de antiga URSS uma guerra nuclear. Essa guerra ampliou-se a partir de 1949, quando os soviéticos explodiram sua primeira bomba atômica e inauguram a corrida nuclear. As superpotências criaram blocos militares reunindo seus aliados, como a Otan, que agregou os países anticomunistas, e o Pacto de Varsóvia, os do bloco socialista. Com a descoberta da instalação de mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, os EUA ameaçaram um ataque nuclear e abordaram navios soviéticos no Caribe. A URSS recuou, retirou os mísseis e desmanMuro de Berlim telou as bases. O perigo nuclear aumentou com a entrada do Reino Unido, da França e da China no rol dos detentores de armas nucleares, e, mais recentemente, da Índia e do Paquistão. O símbolo do final da Guerra Fria foi a queda do Muro de Berlim, em 1989. A Alemanha foi reunificada e, aos poucos, dissolveramse os regimes comunistas do Leste Europeu. Com a desintegra-
ção da própria URSS, em 1991, o conflito entre capitalismo e comunismo foi substituído pelo antagonismo entre o hemisfério norte, que reúne os países desenvolvidos (e até mesmo Austrália e Nova Zelândia, embora localizados no hemisfério sul), e o hemisfério sul, onde se localiza a maioria dos países subdesenvolvidos. A Guerra Fria produziu durante longos anos a bipolarização político-ideológica do mundo. Essa bipolarização promoveu uma lógica de alianças e relações internacionais, marcadas pela influência das duas superpotências: URSS e EUA. No período de vigência da chamada Ordem Bipolar, o continente europeu espelhou, mais que qualquer outra região do planeta, o antagonismo que marcava as relações entre as duas superpotências (EUA e URSS), antagonismo materializado pelos dois sistemas de alianças: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pacto de Varsóvia. Divisão da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial
ro
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Berlim Berlim
Berlim Ocidental
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Berlim Oriental
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ALEMANHA OCIDENTAL RFA
ALEMANHA ORIENTAL RDA
Alemanha antes da queda do muro de Berlim. Em destaque, a cidade de Berlim.
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Indiscutivelmente o ano de 1989 representou um dos períodos mais significativos da história mundial. Transformações políticas profundas ocorreriam no continente europeu, alterando significativamente a geopolítica do continente. No decorrer daquele ano, um após outro, os regimes (ditos) socialistas do Leste Europeu entraram em acelerado processo de derrocada. Os regimes de partido único da Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia e Bulgária foram substituídos por regimes pluripartidários. Em novembro, o Muro de Berlim desabou a golpe de martelos desfechados pela multidão que festejava nas ruas o fim da divisão da Alemanha. O Pacto de Varsóvia iniciou um processo de extinção, completado em 1991. A Guerra Fria havia terminado. Com o fim da ordem bipolar, as cartas do jogo geopolítico mundial embaralharam-se. A princípio surgiu em seu lugar a ordem unipolar de poder: a hegemonia do império norte-americano, que teve sua capacidade O Japão é um exemplo do poder multipolar no de intervenção militar mundo aumentada pela ausência de rivais geopolíticos de porte. Seria o fim da história? Contudo, uma análise mais profunda nos revela que a realidade não é bem essa, mesmo considerando as opiniões em contrário, o mundo que emergiu com o fim da Guerra Fria apresenta contornos de uma lógica de poder multipolar. As evidências são o fortalecimento das economias européias com a criação da União Européia (EU), o crescimento econômico dos países da Ásia (Japão, China, Coréia do Sul e os Tigres Ásiaticos), sem falar nas 356
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O fim da Ordem Bipolar
articulações políticas e econômicas entre os países da América Latina que buscam fortalecer suas economias e ampliar seu papel no cenário internacional através da formação de Blocos Econômicos Regionais (Mercosul e Pacto Andino).
O mundo apresenta tendências antagônicas. Enquanto o processo de paz no Oriente Médio era paralisado em outubro de 2000, e a violência entre palestinos e o Exército israelense intensificava-se, na península coreana as duas Coréias aproximavam-se da unificação. A multiplicação dos conflitos internos foi outra característica marcante da última década do século XX. A desintegração de Estados socialistas, principalmente a da União Soviética (URSS) e a da Iugoslávia, fez renascer rivalidades étnicas e reliHelicóptero abatido na Iugoslávia giosas que haviam sido bloqueadas por regimes totalitários. O caso da Iugoslávia merece destaque pela sua complexidade: a Iugoslávia era formada por seis repúblicas (Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Macedônia) e duas regiões autônomas (Kosovo e Voivodina). Esse país surgiu em 1929, substituindo o então Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se uma República Cidade atingida na Bósnia socialista.
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Em 1980 com a morte de Tito, que era croata e o grande comandante da então República socialista, a relação entre as Repúblicas se deteriorou, fomentando a disputa nacionalista na região. Somando a esse fato a derrocada do Impérios SoGuerra na Bósnia viético e a queda do Muro de Berlim no final dos anos 1980, temos o cenário para o fim da organização original da Iugoslávia. Começou pela Eslovênia, que declarou unilateralmente sua independência em 1991. Logo depois, a Croácia também declarava sua independência. Um pouco mais tarde, foi a vez da Bósnia-Herzegovina (de maioria muçulmana), na qual o processo foi sangrento, pois as minorias representadas pelos sérvios e croatas que ali viviam protestaram. Deu-se então a sangrenta “Guerra da Bósnia”, que durou três anos (1992-1995). O que temos hoje é a República Sérvia e Montenegro, cuja capital é Belgrado. Firmou-se um acordo pelo qual a nova República tem uma administração conjunta na área econômica, na de política internacional, na de defesa e na de direitos humanos, porém nos demais setores da administração pública Sérvia e Montenegro têm políticas separadas. Uma outra realidade que se acentuou no mundo pós-Guerra Fria foram as lutas das guerrilhas que buscam novas formas de financiar a luta armada. As Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN), por exemplo, mantêm aceso o conflito na Colômbia graças aos recursos obtidos com o tráfico de cocaína e os
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seqüestros de civis; no Afeganistão, o governo da milícia fundamentalista Taliban foi acusado de sustentar-se com um imposto de guerra cobrado dos plantadores e comerciantes de ópio e heroína. Soldados do Taliban
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Em relação ao separatismo por ocupação estrangeira, merecem destaques a reivindicação e luta (Intifada) dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel em 1967 (Faixa de Gaza e Cisjordânia) e a independência de Timor Leste, com o reconhecimento da independência desta ex-colônia portuguesa pela Indonésia.
Há o separatismo no interior de um Estado, pelo choque entre forFaixa de Gaza e Cisjordãnia ças oficiais e movimentos internos em geral ligados a minorias étnicas ou religiosas e que têm como objetivo a formação de Estados independentes, como é o caso da guerrilha separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade), partidária da soberania do País Basco, região encravada entre a Espanha e a França. Há também o caso dos conflitos oriundos do fundamentalismo religioso, que busca nos ideais religiosos a base para a organização da vida social e política, como uma reação à incapacidade dos governos de solucionar o aumento da miséria. Em regiões de forte tradição religiosa, facções fundamentalistas assumiram
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a vanguarda do combate ao modelo econômico vigente. É o caso do mundo árabe — que inclui nações como Argélia e Egito. Mais recentemente, ocorreu a instalação de tribunais internacionais. A falha ou a omissão dos sistemas judiciários de cada país em punir acusados de crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade levou à formação, na década de 1990, de tribunais em Haia, na Holanda (Países Baixos), para julgar os culpados pela limpeza étnica na ex-Iugoslávia (19911995); e em Arusha, na Tanzânia, encarregado de punir os responsáveis pelo genocídio de mais de 1 milhão de pessoas em Ruanda (1994). Em 1998, representantes de 120 países aprovam o projeto de criação de um Tribunal Penal Internacional Permanente, com sede em Haia, a ser instalado no prazo máximo de nove anos, após a ratificação de seu estatuto por pelo menos 60 nações. Porém sete votaram contra, entre elas os EUA, a China e Israel. O governo norte-americano teme que seus soldados em missões de paz no exterior venham a ser julgados pelo tribunal. Vale ainda destacar, dentro do cenário geopolítico internacional a triste realidade dos refugiados. Em conseqüência do aumento dos conflitos no mundo, principalmente nos países subdesenvolvidos, o número de refugiados atinge o recorde de 27 milhões em 1995. Em 1999, a Ásia era o continente com o maior número de refugiados: 4,8 milhões; sozinha, a guerra civil no Afeganistão havia então gerado o êxodo de 2,5 milhões de pessoas para o Irã, o Paquistão e a Índia; em seguida vêm os iraquianos Soldado italiano alimentando e curdos foragidos em vários países cidadãos refugiados em Kosovo
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do Oriente Médio desde o fim da Guerra do Golfo (1991). Na África, onde há 3,5 milhões de refugiados, a guerra que começa com um acerto de contas entre hutus e tutsis, na região dos Grandes Lagos, causa um dos maiores movimentos de população da história.
Helicópteros americanos usados na Guerra do Golfo
Questões de vestibular 1) (Fuvest) “...A Natureza distribuiu desigualmente no planeta os depósitos e a abundância de suas matérias-primas; enquanto localizou o gênero inventivo das raças brancas e a ciência da utilização das riquezas naturais nesta extremidade continental que é a Europa, concentrou os mais vastos depósitos dessas matériasprimas nas Áfricas, Ásias tropicais, Oceanias equatoriais, para onde as necessidades de viver e de criar lançariam o elã dos países civilizados. Estas imensas extensões incultas, de onde poderiam ser tiradas tantas riquezas, deveriam ser deixadas virgens, abandonadas à ignorância ou à incapacidade?... A Humanidade total deve poder usufruir da riqueza total espalhada pelo planeta. Esta riqueza é o tesouro comum da Humanidade...” Isarraut A. - Grandeur et Servitude Coloniales. Paris 1931. p. 18-19). A justificativa moral contida no texto acima, embora deixando entrever também suas motivações econômicas, pode ser resumida nas seguintes proposições com EXCEÇÃO de: a) a superioridade do homem branco confere-lhe o direito de dispor das riquezas que a Natureza oferece à Humanidade.
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b) o colonizador é um agente daquela Humanidade total quando procura dispor das matérias-primas distribuídas pelos quatro cantos do mundo. c) os povos civilizados têm, pelo fato mesmo de sua Civilização, o direito e o dever de revelar as riquezas das áreas colonizadas, aproveitando-as no interesse de todos. d) o protetorado pretendido pelos franceses e ingleses sobre os povos africanos é legítimo. e) o Colonialismo é por natureza racista, pois o homem branco é civilizado, dotado de gênio inventivo, e o colonizado é ignorante e incapaz. 2) (UFV) A prisão do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, em junho de 2001, foi mais um capítulo dos intensos conflitos separatistas e étnicos que eclodiram na Europa durante a década de 90 do século XX. Um dos elementos que contribuíram para a emergência desses conflitos foi: a) a intensificação do processo de repressão aos cultos religiosos por parte do governo central de Moscou. b) a entrada da Iugoslávia na OTAN, contrariando os interesses militares do bloco socialista na Europa. c) a formalização da União Européia, contrariando interesses da Iugoslávia e da Sérvia. d) o fim da URSS, ampliando a autonomia das antigas repúblicas soviéticas. e) as disputas por terra entre colonos judeus e separatistas sérvios, em território iugoslavo. 3) (Puc-SP) Derrotada nas duas guerras mundiais, a Alemanha esteve dividida por quarenta anos. A respeito das mudanças nas fronteiras alemãs, é correto afirmar que: a) os acordos de Potsdam, no final da Segunda Guerra Mundial, dividiram o território alemão em três zonas de ocupação: norte-americana, germânica e russa. b) a cidade de Berlim, localizada na ex-República Democrática Alemã – de regime socialista – foi dividida em dois setores: ocidental capitalista, de economia de mercado, e o oriental socialista, de economia estatal. 362
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c) a queda do muro de Berlim em 1989 possibilitou a reunificação da Alemanha, mas, ao contrário do que se previa, tal fato enfraqueceu sua condição de potência mundial, devido à xenofobia e à ação de grupos neonazistas. d) a Alemanha Ocidental comandou o processo de reunificação do território germânico no final da década de 1980, sem altos custos, pois a Alemanha Oriental figurava entre os países europeus mais industrializados e de elevada renda per capita. e) a ex-República Federal Alemã e a ex-República Democrática Alemã constituíram o centro do conflito entre EUA e ex-URSS durante a Guerra Fria, sendo a primeira ligada ao Pacto de Varsóvia e a segunda, à OTAN. 4) (Vunesp) Vítima da dissolução do socialismo no leste Europeu e palco de sangrentos conflitos, a atual Iugoslávia, localizada na península Balcânica, possui uma população bastante heterogênea e é hoje um país cujo território foi muito reduzido. Sobre o espaço geográfico e etnia desse país, podemos afirmar que: I. Montenegro e Sérvia são repúblicas da nova Iugoslávia; II. Voivodina abriga uma minoria de origem húngara; III. Kosovo é uma região autônoma, situada ao norte da Sérvia; IV. Montenegro possibilita ao país o acesso ao Mar Adriático; V. Kosovo é habitado por uma minoria de origem albanesa. Assinale a opção que contém as afirmativas corretas. a) apenas I, II e V. b) apenas I, II e IV. c) apenas II, III e IV. d) apenas III, IV e V. e) I, II, III e IV.
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Capítulo 1 1) A 2)Soma = 43 3)V, F, V, V, F 6) Todos os itens estão corretos 7) E 8) C 9) D
4) B
5) B
Capítulo 2 1) D 6) D
2) D 7) E
3) B 8) D
4) E 9) A
5) C 10)E
Capítulo 3 1) B
2) D
3) C
4) D
5)C,E,C
Capítulo 4 1) C 2) V, F, F, V, V 3) A 5) 1 + 2 + 16 = 19
4) 1
Capítulo 5 1) C 6) B
2) C 7) C
3)V, F, F, V, F 8) D
4) A 9) A
5) A
Capítulo 6 1) B 6) E
2) B 7) A
3) A 8) D
4) D 9) A
5) B 10)D
Capítulo 7 – Continente americano: panorama geral 1) E 2) A 3) B 4) A 6) D 7) A 8) A 9) E
5) E 10)B
Capítulo 7 – América Central 1) C 2) B 3) A 6) E 7) D 8) D
5) C 10)A
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4) D 9) E
Capítulo 7 – A América do Sul 1) C 2) D 3) E 6) E 7) D 8) E Capítulo 7 – Continente europeu 1) A 2) B 3) E 6) A 7) D 8) A
4) B 9) A
5) A 10)E
4) D 9) D
5) B 10)A
Capítulo 7 – Continente africano 1) E 2) C 3) D 6) B 7) A 8) A
4) B 9) A
5) D 10) D
Capítulo 7 – Continente asiático 1) E 2) C 3) D 6) A 7) C 8) D
4) B 9) E
5) B 10) E
Capítulo 7 – Oceania 1) D 2) B
4) D
5) A
4)1+2+8=11 9) E 14) E
5) E 10)D 15) D
3) D
Capítulo 8 – Espaço Globalizado 1) E 2) B 3) D 6) A 7) D 8) B 11) B 12) E 13) E 16) E 17) D
Capítulo 8 – Indicadores econômicos e sociais 1) B 2) B 3) D 4) E 6)V,V,V,V,V,F
5) D
Capítulo 9 – Geopolítica do mundo contemporâneo 1) D 2) D 3) B 4) A
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