Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 205 Junho de 2015
PIRATARIA
NAS RUAS
Ousadia dos camelôs e fiscalização tímida impõem desordem e perdas ao comércio. Contrabando de produtos falsificados dá prejuízo de R$ 700 milhões por ano à economia local
Entrevista // Pág. 8 Paulo Salles Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF Revista Fecomércio DF
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registradora redacao@fecomerciodf.com.br
Raphael Carmona
Laços estreitados com a Áustria O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, recebeu no dia 19 de maio, na sede da FecomércioDF, a visita de cortesia da embaixadora da Áustria no Brasil, Marianne Feldmann. No encontro, a diplomata propôs uma parceria com o Sesc para divulgar a cultura austríaca nas unidades do Sesc no DF. “Sempre gostamos de estimular a difusão da cultura internacional sem fins lucrativos e será um prazer receber essa rica experiência aqui na capital”, comentou Adelmir.
Nova regulamentação do Pró-DF O setor produtivo do DF está apreensivo com relação às mudanças no Pró-DF, por meio do decreto nº 36.494. Em reunião na sede na sede da Fecomércio-DF na última semana de maio, os empresários afirmaram que há vários pontos contrários aos anseios do setor. Entre as questões vistas como negativas está o artigo 28, que suspende as resoluções registradas pelo Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Copep-DF). O artigo 24 também foi motivo de debate – segundo ele, as empresas que têm contrato de concessão de direito real de uso com opção de compra, assinados até 31/12/2010 com a Terracap, deverão se implantar definitivamente no prazo de 12 meses, improrrogáveis, sob pena de terem os ajustes rescindidos e os benefícios cancelados. Eles decidiram solicitar ao Executivo a revogação do decreto ou aperfeiçoamento com ampla discussão.
Governo eleva CSLL Errata Ao contrário do que foi publicado na última edição, a foto que ilustra a coluna Direito no Trabalho não é da colunista Raquel Corazza, mas de Cely Soares.
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Revista Fecomércio DF
A partir de setembro, os bancos terão de pagar mais imposto sobre lucros. Uma Medida Provisória (MP) publicada no Diário Oficial da União em maio eleva a Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20%. Por se tratar de MP, a decisão terá de ser aprovada pelo Congresso para não perder a validade. Além dos bancos, serão afetados corretoras, distribuidores, seguradoras, empresas de capitalização e cartão de crédito.
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revista
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Editor Sesc: Marcus César Alencar Fotógrafo: Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico Gustavo Pinto e Anderson Ribeiro Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Gustavo Pinto Revisora: Fátima Loppi Impressão: Coronário Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046 barroncas@sucessototal.com.br
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Abaixo a pirataria Comércio ilegal de produtos invade as ruas do DF e traz prejuízos para empresários e para a sociedade
Entrevista Paulo Salles
Artigos
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Economia Raul Velloso
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Doses Econômicas César Augusto Moreira Bergo
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Agenda Fiscal Adriano Marrocos
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Direito no Trabalho Raquel Corazza
Raphael Carmona
Colunas
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Financiamento salgado Compra de imóveis tem novas regras e afeta setor imobiliário de forma negativa
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Trabalho é lugar para ginástica Cada vez mais empresas aderem a programas de laboral para os funcionários
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Gastronomix Rodrigo Caetano
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Gente Sílvia Melo, José do Egito e Gabriela Vieira
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Vitrine Taís Rocha
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Tecnologia Renato Carvalho e Jens Schriver
Seções
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Indicadores do Comércio Caso de Sucesso Empresário do Mês Pesquisa Conjuntural Pesquisa Relâmpago
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CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida José Geraldo Dias Pimentel Glauco Oliveira Santana Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES-TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sérgio Lúcio Silva Andrade Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATO ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
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Revista Fecomércio DF
editorial
O que os olhos não veem... tes ilegais vendem, é porque existem compradores. De janeiro a abril deste ano, a delegacia que combate os Crimes contra a Propriedade Imaterial no DF (DCPIM), da Polícia Civil, já apreendeu 90,8 mil DVDs; 35,6 mil peças de vestuário; 25,9 mil CDs; 24,6 mil programas e jogos. Também estão na lista produtos que podem afetar diretamente a saúde de crianças e adultos, como: brinquedos (2,9 mil); bebidas (2,6 mil); medicamentos (2,5 mil); e cigarros (2,5 mil). Apesar de parecer inofensivo para alguns, o comércio ilegal diminui a arrecadação do Estado, corrói empregos e incentiva a prática de outros crimes. A pirataria é uma concorrência predatória. O DF perde por ano com o contrabando de produtos falsificados cerca de R$ 700 milhões. Na sua quase totalidade, são vendidos produtos falsificados, produzidos em fábricas clandestinas ao redor do mundo a partir do uso de mão de obra escrava. Não podemos fechar os olhos para isso.
“Com uma fiscalização tímida e pontual, muito raramente os ambulantes irregulares são contidos”
Cristiano Costa
O ditado aponta que “o que os olhos não veem, o coração não sente”. Ao trazer o dito popular para o cenário econômico do comércio do DF, nos deparamos com um grande problema. O que a fiscalização não pune, a economia sente. A pirataria, os camelôs, o abuso que deteriora o comércio instituído estão a olhos vistos, crescendo na capital federal e nada tem sido feito a respeito. Com uma fiscalização tímida e pontual, muito raramente os ambulantes irregulares são contidos. Com efetivo pequeno dos órgãos fiscalizadores, em pouco tempo, as calçadas voltam a ser tomadas pela irregularidade. Aumentar a repressão e punir os envolvidos de maneira exemplar podem ser duas saídas. De acordo com uma delegada ouvida por nossa reportagem, o processo de eliminar de vez a pirataria é mais difícil quando ainda não existe uma pena fixa ou uma legislação específica para esse tipo de crime no Brasil. O consumidor pode achar que está levando vantagem ao comprar um produto pirateado, mas se engana. O argumento de que o produto pirata é mais barato cai por terra quando pensamos nos riscos que o comprador está assumindo ao consumir algo sem qualidade. É o barato que sai caro. Sem regulamentação e teste de qualidade feito por órgãos responsáveis fica difícil saber os riscos que um calçado ou um brinquedo podem oferecer. Por isso, é preciso romper o elo que une essa cadeia de compra-venda. Se os ambulan-
Adelmir Santana
Presidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio
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entrevista
Estímulo à
tecnologia //Por Taís Rocha
Fotos: Raphael Carmona
Paulo Salles, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, tem passagem pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), Finatec, pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, mas foi no meio acadêmico que fez sua carreira mais duradoura. Lecionou por 42 anos, tem doutorado em ecologia pela Universidade de Edimburgo, pós-doutorado na Universidade de Amsterdam e aposentou-se como professor Associado da UnB. Nesta entrevista fala de que modo sua pasta pode impulsionar o desenvolvimento tecnológico no DF.
O senhor tem um perfil bem acadêmico. Como é participar de um governo, como secretário? Digo que eu fui, sou e serei professor. Foi como eu comecei minha vida profissional. Aposenteime depois de 42 anos de magistério. Sou um cientista, com pós-doutorado. Representei a UnB na gestão de recursos hídricos, como presidente das bacias hidrográficas dos rios Paranoá e Paranaíba. Outra passagem que tive na área de gestão foi na Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP), como presidente. Fui ainda diretor da Finatec, da Universidade de Brasília (UnB). Com relação à minha participação política, tenho afinidade com o governador e tenho uma visão consolidada do que essa secretaria deve fazer. Farei o que o governador nos passou como missão, que a ciência e a tecnologia sejam transversais, com interface com todas as áreas do governo e que venham se tornar um dos pilares de uma nova economia, que mudará o perfil de Brasília. Temos uma condição ímpar no País, pois em uma população relativamente pequena, a base de pessoas com formação científico-tecnológica com doutorado, mestrado, pós-graduação é grande. Temos condições de dar à economia do DF uma cara mais moderna. Claro que isso não se faz em quatro anos, mas é importante que lancemos a base dessa nova economia dotar os sistemas econômicos de comércio, indústria, agricultura, serviços de modo geral, de uma base tecnológica. Fazer com que eles fiquem mais fortes, possam ser beneficiados das inovações que aumentarão a competitividade, a eficiência.
secretaria – ciência, tecnologia e inovação? Ciência é a produção de novos conhecimentos, com métodos, regras definidas, apoio de uma bibliografia acumulada ao longo dos séculos, uma comunidade científica que fiscaliza o que está sendo feito e novos conhecimentos sendo gerados. Às vezes esses novos conhecimentos não têm aplicação imediata, e não podemos cobrar do cientista a aplicação imediata desses conhecimentos, porque muitas vezes, essa aplicação só ocorre em anos. Alguns são aplicados naturalmente no cotidiano das pessoas. Quando você consegue realizar essa aplicação, esse conhecimento passa a ser do campo tecnológico. Tecnologia é a aplicação da ciência. No código de barras, em que números e funções matemáticas formam códigos - isso é do século 17. Por 300 anos elas ficaram guardadas. Até que em um ambiente em que a tecnologia já tinha produzido outras coisas, foi possível que esse conhecimento tivesse outras utilidades, como o leitor de código e o computador. A tecnologia é usada na aplicação da ciência resolvendo problemas. As empresas tinham um estoque e não conseguiam controlar entrada e saída dos produtos. O código de barras foi uma forma de automatizar estoques, compras, vendas, enfim. Foi um salto que a tecnologia proporcionou ao comércio, serviços, a partir de conhecimentos científicos. E continuamos a fazer novos usos do código de barras a cada dia. O QR code já é uma evolução do código de barras. Quem conseguiu colocá-lo na praça teve um grande ganho de produtividade.
Nesse cenário que o senhor está desenhando, existe no DF hoje um grande movimento de startups. Como o senhor vê isso? Vejo com bons olhos. Mas vamos olhar a base disso tudo. O que significa o nome da nossa
São conhecimentos muito amplos, certo? Como resumir o papel da secretaria em poucas palavras? O papel da secretaria é ciência (lidamos com a geração de novos conhecimentos), tecnologia (lidamos com a aplicação de novos
“Temos condições de dar à economia do DF uma cara mais moderna dotar os sistemas econômicos de comércio, indústria, agricultura, serviços de modo geral, de uma base tecnológica”
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conhecimentos científicos para novos produtos e processos) e inovação (o estímulo para que essas tecnologias que já estão aí gerem novos produtos e processos que vão se tornar novos produtos para serem consumidos, que vão gerar novos produtos em escala industrial, que podem melhorar a vida das empresas e da população, que vão gerar mais empregos, impostos, enfim, mais riquezas). Nossa secretaria olha para tudo o que o governo está fazendo e pensa em ciência, o que está sendo feito em conhecimentos científicos que pode melhorar a mobilidade, saúde, educação. As startups já são, digamos, um requinte desse processo de inovação. Tenho uma boa ideia e quero criar uma empresa para pegar essa boa ideia e transformar em um produto ou um processo. Ou seja, é uma empresa nova. Falamos em empreendedorismo, novas empresas pequenas, feitas por jovens, que estão tendo ideias. Mas há outras áreas por meio das quais se faz inovação e as empresas empreendedoras não são chamadas de startups. A cadeira na qual sentamos certamente é produto de estudos que têm uma interface científica. Tem inovações na cadeira, nas roupas, na agricultura. É conhecimento científico que vai além das startups. Nosso trabalho é propiciar e disseminar novas tecnologias, criar meios para os setores produtivos adquirirem essas novidades, incorporarem à sua linha de produção, à cadeia produtiva, enquanto estamos incentivando jovens e empresas que se dedicam à inovação, incentivando universidades e institutos de pesquisas, para que continuem gerando conhecimento e ciência. Produzir conhecimento sem aplicação imediata não é um problema. Senão daqui a um tempo, onde estará o estoque de conhecimento? Nosso futuro está no conhecimento. 10 Revista Fecomércio DF
Como está o novo projeto do Parque Tecnológico? O que fazer para ele sair do papel de uma vez? O nosso parque nasceu com uma confusão conceitual. Na justificativa da legislação de criação há indústrias que irão construir mobiliário, relógio, instrumentos, enfim. Há muita gente que pensa que ele é um novo polo industrial de alta tecnologia. Não é um novo Pró-DF para empresas. Por definição, ele é um ambiente de inovação, com gente que faz inovação. Tem que ter ligação com as universidades, com a Embrapa, com os ministérios. Nosso primeiro investimento tem que ser em gente, daqui e de fora. Uma de nossas funções é oferecer bolsas para que possam trazer conhecimento novo, trocar experiências. O que funciona dentro de um parque como esse? Temos usado o exemplo do parque tecnológico de São José dos Campos. Alguns anos atrás, foi criado o Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA). Depois o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que até hoje é uma referência em Engenharia. Mais adiante, esse ambiente criou uma empresa inovadora, a Embraer, que foi capaz de entrar em um ambiente competitivo e ter sucesso nele, porque inovou e investiu em tecnologia. Esse parque tecnológico tem uma âncora, que é a Embraer. O avião não é fabricado lá. O que tem lá? Salas com pessoas trabalhando, no máximo com laboratórios de testes, outras empresas, enfim. Nesse ambiente de inovação as pessoas estão resolvendo problemas, buscando soluções. Muitas vezes a empresa nem está lá, tem somente um escritório com pessoas que fazem negócios no parque, com outro escritório que está longe. Ericsson e Boeing, por exemplo, têm escritório lá. O prédio que fabrica está em outro
país, a parte de pesquisa em outro lugar, em uma universidade talvez. Isso tudo dá muita dinâmica para o parque, para a economia, para as indústrias. Queremos aqui um parque com essas características, com um ambiente de inovação e desenvolvimento tecnológico, apoiado por indústrias também. Será que existe espaço para novos polos de desenvolvimento tecnológico, para novos distritos industriais? Às vezes, esses distritos podem ficar no Entorno e desenvolver essa região. O parque tem um valor simbólico, um valor agregado muito maior. Não é um conjunto de prédios, mas um conjunto de pessoas pensando. A Fundação de Apoio à Pesquisa terá neste ano uma verba de R$ 23 milhões. Como serão divididos os projetos, para que áreas, como será? A FAP segue o modelo da FAPESP, que é maior e principal, com orçamento para lá de R$ 5 bilhões. Investiram em ciência e desenvolvimento tecnológico, reforçaram a USP. Colocavam dinheiro pois sabiam que iam obter resultado. Tornou-se necessário um ator que fosse capaz de pegar o dinheiro, colocá-lo nas mãos de quem faz ciência, com seriedade, com foco e com resultados. O CNPQ é outro desses agentes de financiamento e atende o Brasil inteiro. Nosso trabalho é este, o de distribuir dinheiro para quem faz ciência e desenvolvimento tecnológico e inovação. De acordo com a Lei Orgânica do DF, a FAP tem direito a 0,8% da Receita Líquida do DF. Neste ano, já recebeu R$ 23 milhões, mas ainda virá muito mais por aí. E como será a distribuição desse montante? O dinheiro é distribuído por editais públicos para quem tem competência para fazer o que se propõe. São instituições sérias que têm como fazer pesquisa científica, com estrutura montada.
Os projetos são recebidos e para cada edital é formado um corpo de especialistas com gabarito que irão julgar os projetos apresentados. Atualmente, esses R$ 23 milhões serão distribuídos em três editais. Um deles é de Participação em Eventos Científicos. Outra é a Realização de Eventos. O terceiro edital é o Universal: é preciso que o interessado apresente bons projetos em qualquer área que apoiaremos. Para essa modalidade, é preciso de vários comitês de avaliação. Esses projetos atenderão a diversas áreas. Nesse tipo de edital, eu não induzo a demanda. Na verdade, a comunidade acadêmica traz o que considera importante dentro do que estão fazendo. Há editais para o comércio? Temos mais que esses R$ 23 milhões, pois há vários convênios com o CNPQ, por exemplo. Já começamos a preparar editais que serão lançados em breve, em parceria com o Sebrae, que tem ideia do que é crucial no empreendedorismo. Para isso, dispomos de outro instrumento que é o edital feito por demanda induzida. Existem problemas que precisamos resolver com o governo ou com o setor econômico. Esse edital pode convocar interessados em participar de pesquisas científicas ou de desenvolvimento tecnológico. Uma pesquisa sobre avaliação de programas de políticas públicas de comércio, de incentivo fiscal, de doação de lotes, avaliação do Pró-DF, por exemplo. Com o aparecimento dos interessados, realizamos o julgamento, da mesma forma como já expliquei. A partir daí, o governo coloca dinheiro em um produto que será benéfico para o que ele está fazendo, fortalecendo os vários setores da economia local. O comércio é um exemplo emblemático
“Queremos aqui um parque tecnológico com um ambiente de inovação e desenvolvimento tecnológico, apoiado por indústrias também”
disso. Faremos editais voltados para a solução de problemas tecnológicos. Precisamos identificar os problemas relevantes que possuem um desdobramento, como controlar o estoque com eficiência, refrigeração, ventilação, embalagem, conservação, controle da distribuição, atendimento rápido, comunicação, softwares, problemas que levantamos. Outra maneira relevante do ponto de vista das empresas é uma linha de financiamentos de projetos da Finep, chamado TecInova, que é para apoio a micro e pequena empresa que tenham um problema tecnológico tratado por quem entende de tecnologia. O sujeito ou empresa terá apoio de uma universidade, de um instituto de pesquisa. Revista Fecomércio DF 11
mercado
Eles fazem a diferença //Por Luciana Corrêa
Fotos: Raphael Carmona
Cinco profissionais do comércio que se destacam pela atenção e bom atendimento contam quais as dicas para conquistar os clientes
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er um profissional que faz um excelente trabalho é o sonho de todo empresário, no ramo do comércio ou na prestação de um serviço. O reflexo é uma clientela cativa e satisfeita. Em Brasília, alguns desses profissionais, como garçons, vendedores, professores, entre outros, vêm se destacando. O que eles têm em comum: fazem seu trabalho com carinho, atenção e profissionalismo. Para a professora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Senac, Aline Branquinho, normalmente quem se destaca em uma área é um profissional apaixonado pelo que faz. “É preciso identificar e reconhecer quando se tem um profissional diferente dos demais. Eles nem sempre precisam de valorização salarial. Basta se sentirem em um bom clima no ambiente de trabalho, se sentirem acolhidos, que terão um reflexo automático com o público. O investimento em uma pessoa que está mostrando resultado trará um ótimo retorno financeiro e de imagem para o empresário”, explicou.
12 Revista Fecomércio DF
Dicas do Ricardo: - O profissional tem que saber tudo sobre o ambiente em que trabalha, não só o seu trabalho. - Não trazer seus problemas pessoais para o local de trabalho. - Ter diálogo entre os profissionais e os proprietários também faz diferença.
TER CARISMA O cabeleireiro Ricardo Brito tem 32 anos e uma experiência com público infantil que já vem de mais de 15 anos. Já trabalhou como palhaço, animador de eventos, decorador, modelo, mas seu destaque profissional surgiu depois que fez o curso de Cabeleireiro do Senac. “Quando
comecei, fazia cortes para adultos, mas sempre conquistava as crianças que iam lá. Meu chefe me indicou para um salão infantil e já estou no ramo há 10 anos”, conta. Hoje, Ricardo trabalha no Little Star, na 407 Sul. Para ele, o diferencial está em conquistar e fazer o seu trabalho sem estressar a criança. “É um cliente delicado e difícil de lidar”, explica. O carisma e a segurança no atendimento são pontos que o profissional diz fazer parte do dia-a-dia. “A criança é muito sensitiva. É preciso ser divertido, atencioso, mas a paciência é um dos principais pontos que precisamos ter, além da agilidade. Os pequenos têm um limite de tempo e os barulhos da tesoura e máquina de cabelo incomodam”, destaca. Para lidar com reclamações, ele conta que é preciso saber ouvir, analisar bem tudo que vai fazer e pensar antes de falar. “Tudo se resolve com conversa. E é preciso buscar a maturidade, mas ela só vem com o tempo”, conclui.
SER EXEMPLO Cícero já é bem conhecido na cidade. Garçom há 38 anos no restaurante Beirute, Cícero Rodrigues Santos, de 65 anos, fala de seu segredo para o sucesso: o sorriso. “O garçom precisa ter um sorriso que uma criança dá para um pai ou uma mãe: encantador. Com isso, ele conquista o cliente e então pode atendê-lo melhor”, conta. Com tantos anos de trabalho, o garçom fez diversas amizades e conquistou o respeito de muitos. Trabalhava no restaurante da Asa Sul e foi chamado para a unidade da Asa Norte para treinar os garçons. Ele conta que gosta de ensinar fazendo, e, em vez de aplicar um treinamento, pegou sua bandeja e foi servir. “Comecei a servir, mostrei como se faz e eles aprendem me olhando. Eu gosto de ensinar dando o exemplo. Quando vejo algo errado, seja na montagem ou no jeito de servir, eu dou dicas, ajudo”, explicou. Na hora de falar de reclamações que já ouviu, Cícero se mostra experiente. “O garçom tem que saber que em uma mesa, sempre vai ter um cliente que não será agradado. Agradeça e saiba se desculpar com a pessoa, e garanta que de uma próxima vez poderá fazer melhor”, conclui.
Dicas do Cícero: - Primeiro tem que conquistar o cliente com boas maneiras. - Ser muito atento não só aos clientes que atendeu, mas ter uma visão geral. - Conviver bem com os colegas e ser parceiro. - Ser sempre comunicativo. Revista Fecomércio DF 13
mercado
Dicas da Leilah - Ter sinceridade, clareza, estar à disposição para ouvir e falar. - É preciso escolher a área pela qual mais tem paixão. - Estudar sempre, não achar que sabe tudo pela experiência que tem. - A vida ensina coisas novas todos os dias.
TER AMOR Leilah Gondim tem 41 anos e é professora de natação e psicomotricidade de bebês e crianças a partir das seis semanas de vida. Seu encantamento pelo público com que trabalha surgiu quando estava no ensino médio e sua irmã e uma sobrinha nasceram na mesma época. “Eu ajudei a cuidar das duas. Decidi então que iria fazer Educação Física, para trabalhar com crianças e bebês”. A profissional destaca que em primeiro lugar é preciso amar, gostar do público escolhido. Entender a necessidade de cada criança naquele momento, colocar-se no lugar dela e da família. “É preciso criar uma relação emocional e afetiva. O resultado vindo dessa relação é o diferencial”, explica. A professora se mostra orgulhosa de seu trabalho e diz que cada dia de aula é como se fosse o primeiro dia de trabalho. “É excelente ver no dia a dia o crescimento, o desenvolvimento das crianças. Leilah destaca que reclamações são sempre bem-vindas, que tira delas a motivação para ser cada vez melhor. “Tanto as críticas quanto as sugestões vêm por ter alguma falha a ser sanada. Devemos saber lidar com cada uma delas”, conclui. 14 Revista Fecomércio DF
SER EDUCADA Com o sonho de trabalhar na capital, Luzia Ribeiro Bezerra, de 35 anos, veio de Tocantins e começou há sete anos como atendente de lanchonete. Há cinco anos, está no restaurante Koni Store, no Guará II, e com pouco tempo, se destaca por sua forma de atender. “Procuro me colocar no lugar do cliente. Quem paga meu salário é o cliente, então tem que tratar bem para ter retorno certo”, conta. Para a primeira abordagem às pessoas, Luzia destaca que a base é a educação. “É o principal de tudo. Sou muito comunicativa e para mim tem que ter dom. Se não tiver, não adianta”, explica. Além de servir, a funcionária é também supervisora de atendimento do restaurante e está sempre em busca de uma equipe entrosada. “Tudo depende do carinho. Não adianta você escolher uma profissão e não ter dedicação naquilo que está fazendo. É preciso gostar e ter dedicação ao cliente”. Luzia conta que, quando surgem reclamações, procura pedir desculpas, ser educada e acalmar o cliente da melhor forma possível. “Fico muito chateada quando acontece algum desgaste. Com o tempo que possuo aqui, já conheço a maioria das pessoas, algumas me chamam e falam da forma que foram atendidos. Chamo o funcionário e tento ajudar, ensinar”, diz.
Dicas da Luzia: - Ter carinho e amor pelo que faz. - Se dedicar. Não adianta colocar uniforme e não se entregar. - Nunca faça nada com dúvida. A melhor opção é sempre perguntar.
SER DEDICADO Para Laurindo Feitosa de Alencar, de 42 anos, ser vendedor não é uma profissão difícil. É preciso gostar, mas para se destacar tem que ter o dom. “Eu faço aquilo com que eu me identifico. Ao longo do tempo que venho trabalhando no comércio, há 20 anos, percebo que há muita gente que não tem muita afinidade. Eu faço com prazer”, conta. Quem passa pela Drogaria Rosário, no Conjunto Nacional, se depara com vendedor animado e sempre bem disposto. Ricardo diz que o segredo do atendimento em qualquer ramo é ter cordialidade e gentileza. “Eu estou sempre preparado para qualquer pergunta do cliente, consigo orientar melhor assim. Em qualquer profissão tem que estar antenado e, quando se gosta do que faz, tudo fica mais fácil”, explica. Quanto a reclamações, Laurindo já aprendeu a lidar. “Procuro sempre meu melhor, procuro me policiar, ver onde estou falhando e tento consertar o quanto antes”, conclui.
Dicas do Laurindo: - Ter rapidez e saber orientar. - Ser verdadeiro e humilde. - Procurar dar o melhor de si. - Ter coleguismo e colaborar. Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
http://bloggastronomix.blogspot.com
Rodrigo Caetano
rodcaetano@hotmail.com
Jornalista e blogueiro
www.facebook.com/sitegastronomix
Daniel Bitar
Ernesto abre padaria artesanal Historiadora, empresária, barista... e agora, padeira. Juliana Pedro, dona do Ernesto Café, começou a fazer pães em casa, de brincadeira, para “competir” com o marido – um cozinheiro de mão cheia. ”Queria impressioná-lo de alguma forma”, diz Juliana. O que era hobby virou negócio depois de mais de dois anos de qualificação e investimento. Nesse período, ela fez cursos em São Paulo com Rogério Shimura, uma das maiores autoridades de panificação do País, proprietário de uma escola na capital paulista e autor de livros sobre o assunto, e fez estágio na Miolo Padaria Orgânica, próxima à Serra da Cantareira (SP). Voltou com a ideia de fabricar pães para o Ernesto Café – que já tem produção de bolos e doces e torra grande parte de seus grãos
Pílulas
servidos nos mais variados tipos de café. Para a empreitada, contratou dois padeiros com bom currículo, comprou máquinas, investiu na qualidade da matéria-prima (farinha bagatelle) e teve consultoria do especialista Jacques Paulin, da France Panificação. Algumas noites de sono investidas, Juliana anuncia seu cardápio.
vendendo cervejas artesanais, doce de leite, goiabada cascão. Entraram sanduíches, omeletes, tapiocas, tortas e quiches, sucos e opções de café da manhã como o Combinado (cesta de pães da casa, manteiga, geleia, mexido de ovos, fatia de bacon, salada de fruta com granola caseira, iogurte, suco de laranja), por R$ 30.
A banquinha de pães fica nos fundos do Ernesto Café. Além dos produtos da panificação, o café também está
Ernesto Café 115 Sul, bloco C, Loja 14 (61) 3345-4182
gastronômicas
Wbeer A marca Wine, especializada em venda e distribuição de vinhos selecionados pelo Brasil, lança nova aposta. É a Wbeer.com, focada nos amantes das cervejas especiais. São mais de 300 rótulos diferentes. “Os rótulos, das mais diferentes origens, estarão disponíveis para qualquer 16 Revista Fecomércio DF
consumidor que as aprecie e que contará sempre com uma equipe de profissionais para auxiliar nas escolhas, harmonizações e quaisquer dúvidas”, afirma Rogerio Salume, CEO da Wine.com.br e da WBeer.com.br. Acesse e confira: www.wbeer.com
Rogério Gomes
Pratos de família O Rubaiyat Brasília lança criações em seu menu para servir famílias ou grupos de três a quatro pessoas. A criação dos pratos foi do espanhol Carlos Valentí, chef executivo do Grupo Rubaiyat, radicado em Madri, na Espanha.
Mixed Grill (Bife de chorizo, baby pork, frango caipira da fazenda Rubaiyat, linguiça de lombo, costela suína e legumes na grelha), com arroz ou farofa - R$ 190 Paella Valenciana (camarão, lula, frango e lombo suíno) - R$ 210 Bacalhau ao forno com cebolas, brócolis, batata, tomate-cereja confitado e azeitonas, servido com arroz com passas - R$ 190
Viagens gastronômicas
Carne da Fazenda Rubaiyat lentamente guisada com vinho do porto, macia e suculenta com polenta cremosa ou arroz branco R$ 160 Festival de Sobremesas (doces sortidos e frutas) - R$ 35
SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A (61) 3443-5000
Tiradentes
Estalagem do Sabor Na chegada à cidade, você já encontra as boas-vindas: o restaurante Estalagem do Sabor. O chef Vicente Teixeira trabalha com produtos regionais e gosta de dar nomes divertidos aos pratos como o Mané sem Jaleco (mexido de arroz, feijão, ovo, couve, banana e lombo de porco). Rua Ministro Gabriel Passos, 280
Baby Beef Rubaiyat - Brasília
(32) 3355-1144
Angatu A cidade também vive de modernidades sem perder o pé nas origens. A proposta desse restaurante - que significa “bem-estar, felicidade e alma boa”, em Tupi Guarani, é valorizar os ingredientes brasileiros. Com a cozinha exposta para a rua e para o salão, o chef Rodolfo Mayer desenvolve
uma culinária criativa autoral e cria pratos como filé suíno, molho de cachaça, farofinha de milho, alho assado, ora-pronobis e ovos de codorna tostados. Rua Santíssima Trindade, 81 (32) 3355-1391
angatutiradentes.com
Virada’s do Largo Comida mineira de raiz com todo o sabor a que você tem direito. A chefproprietária Beth Brandão tem um dos restaurantes mais tradicionais e premiados de Tiradentes. Sua comida tem propriedade. O virado da cozinheira e o tutu com lombo e costelinha estão entre os preferidos. Beth tem muito orgulho de sua horta, onde colhe os ingredientes. Rua do Moinho 11
(32) 3355-1111
viradasdolargo.com.br Revista Fecomércio DF 17
artigo economia
Retomada do crescimento e ajuste fiscal
18 Revista Fecomércio DF
A tarefa à frente das autoridades econômicas se mostra muito árdua, pois, mesmo tendo o governo decidido apoiar a implementação de um importante programa de ajuste fiscal, e mesmo sendo possível demonstrar que, sob certas condições, o programa é factível no seu primeiro ano de execução, a alta rigidez do gasto impede que se faça um ajuste efetivo, duradouro e expressivo das despesas públicas. Isso mostra que a solução que acalmará os ânimos dos investidores em títulos públicos brasileiros só tenderá a se materializar, se for possível promover uma expressiva recuperação dos investimentos privados e, portanto, da taxa de crescimento do PIB potencial e, na sequência, da arrecadação de impostos, em tempo hábil para contrabalançar o desrepresamento de gastos que tenderá a ocorrer em seguida aos momentos iniciais críticos do período de ajuste. Isso conduz à necessidade de uma mudança de atitude do governo, que deveria tomar todas as providências capazes de estimular o crescimento do investimento privado, especialmente em infraestrutura, em que a prioridade é mais do que óbvia.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília
“Foi esse desempenho desfavorável da economia brasileira que motivou avaliações pessimistas tanto interna como externamente”
Cristiano Costa
O Brasil vive uma complicada situação em sua economia, ao se deparar, na passagem do primeiro para o segundo mandato do atual governo, com uma nova crise fiscal de grandes proporções. Não há mais a auditoria do FMI, mas existe o risco de o País perder a classificação de “grau de investimento”, ou de “bom pagador”, nas agências de risco internacionais mais conhecidas. Isso provocaria uma fuga de capitais do País em larga escala, e um desarranjo da economia brasileira mais intenso ainda do que está ocorrendo no momento atual, a exemplo de crises já ocorridas e cuja repetição esperávamos não mais presenciar. Por isso, é fundamental ter o diagnóstico correto dos fatores que levaram à crise e das soluções cabíveis. O fato é que, em face da queda da taxa de investimento nos últimos anos, o Brasil se vê hoje diante da queda do potencial de crescimento de sua economia, e, portanto, da redução de sua capacidade de gerar impostos. Com gastos públicos muito rígidos, e diante de um programa de desonerações expressivas de tributos, a tendência à queda da taxa de crescimento da arrecadação tem levado à diminuição progressiva dos resultados fiscais primários e à subida tanto da dívida bruta como, mais recentemente, da própria dívida pública líquida de ativos financeiros. Foi esse desempenho desfavorável da economia brasileira que motivou avaliações pessimistas tanto interna como externamente.
BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA
S Í N T E S E
SINDICATO DA HABITAÇÃO
Abril
Com o cenário econômico dando sinais inequívocos de continuidade de inflação e instabilidade cambial os indicadores principais medidos pelo sindicato da habitação e apresentados no mês de abril são negativos. Cabe salientar a queda nos índices imobiliários de locação e de comercialização. Índices que apresentaram resistência ao longo de vários meses sofreram com o desgaste da economia. Outro viés que deve ser contemplado é a limitação de crédito oferecido pelas instituições públicas. Um sinal preocupante em relação ao movimento do PIB do Distrito Federal. Avalie com mais detalhes os resultados de todos os índices que afetam o setor imobiliário no boletim disponível em nosso site ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA
Comercial
Sala comercial Águas Claras Brasília Setor de indústrias Taguatinga
0,60 0,46 0,45 0,44
ÍNDICE DE PREÇOS
Variação Mensal
0,90%
0,00%
IGP - M Março Abril
0,98 1,21 1,17 0,92 %
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IPCA
INCC
0,70 1,32 1,10 0,71 %
%
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0,62 0,46
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A região de Águas Claras apresenta a melhor relação de rentabilidade em salas comerciais, comparado com as demais regiões.
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Veja mais no Boletim Completo em nosso site.
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF
Locação
Comercialização
113,409
110,000
IPC
A economia não sofreu alterações significativas desde o último mês. Os indicadores de forma geral refletem o alto impacto inflacionário do início do ano, em referência aos preços administrados.
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF 116,000
IGP - DI
126,387
127,000
124,370
110,320
124,000
122,000 abril14
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O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o comportamento geral dos preços de aluguel e de venda dos imóveis ofertados no DF. Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão.
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VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE: www.secovidf.com.br Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444
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artigo doses econômicas
Estratégia como ferramenta de investimento
Parceria:
fases que são necessárias para a elaboração de uma estratégia capaz de eliminar a subjetividade e estabelecer objetivos concretos, a saber: a) cenário (levantamento de situações capazes de antecipar os riscos); b) estratégia (caminho a ser seguido); e c) implementação (consistência, acompanhamento e controle). Esses conceitos são relativamente simples, mas a fase de implementação é a que apresenta maior grau de dificuldade. Não raro o investidor descuida-se de compreender a natureza e as características básicas dos investimentos. A disciplina e a paciência são atributos fundamentais para atingir o sucesso no mercado financeiro. É importante evitar modismos e não mudar de estratégia a cada instante. O investidor deve assumir consigo mesmo o firme compromisso de buscar conhecimento para pensar por si mesmo. A precisão na alocação de ativos em uma carteira de investimento é, também, fator importante e não permite improvisos, que invariavelmente são punidos com perdas que atingem parcela significativa do capital investido. Portanto, não é razoável depender exclusivamente da intuição ou da sorte na elaboração de uma estratégia de alocação de ativos. Nesse sentido ecoa no mercado a emblemática frase de Max Gunther, autor do livro Axiomas de Zurique: “se astrologia funcionasse, todos os astrólogos seriam ricos”. Um investidor para elaborar sua estratégia precisa desenvolver uma boa visão de longo prazo, pois a pro-
César Augusto Moreira Bergo, economista 20 Revista Fecomércio DF
babilidade é inerente ao ato de investir que envolve, ainda, outros fatores, como: liquidez, rentabilidade, horizonte de investimento e diversificação. Todos eles servem para diluir risco e maximizar ganhos. Lembre-se de que maior o risco maior o retorno, e o objetivo de retorno tem de ser maior ou pelo menos igual à possível perda. Sabemos que a psicologia do mercado também desempenha um importante papel na criação de momentos econômicos positivos e negativos e que a “crise”, longe de ser um flagelo nocivo, é uma oportunidade de colocar em prática uma estratégia que deve ser rigorosamente observada nos bons e maus momentos do mercado. Caso os pontos aqui mencionados sejam observados com afinco, tenho a certeza de que esta atitude fará o mercado financeiro ter mais um investidor bem-sucedido: VOCÊ.
Raphael Carmona
Com certeza você já ouviu falar que toda crise representa uma oportunidade. Mas não é simples enxergar as oportunidades quando o improviso e a emoção interferem em nossas decisões de investimento, que deveriam ser tomadas com base em análises e informações devidamente checadas e fundamentadas, para não cairmos na situação descrita por Kant: “quem não sabe o que procura, não percebe o que encontra”. O uso de uma boa estratégia (como conjunto de operações intelectuais e físicas requeridas para que se conceba, prepare e conduza uma atividade com objetivo bem determinado) além de propiciar o aproveitamento das oportunidades é uma vigorosa ferramenta para vencer a crise e auxiliar no estabelecimento das prioridades presentes no binômio urgência e importância. Devemos considerar que não nascemos com ideias e conceitos prontos e toda ideia ou teoria pode ser desafiada. Mas, no que diz respeito ao superávit doméstico, existem apenas duas maneiras de aumentá-lo: ganhar mais e gastar menos. Mas, na hora de pensar em poupar ou investir, muitas vezes nos cercamos de objetivos vagos, como: “ter uma aposentadoria tranquila” e desconhecemos o valor do esforço financeiro para alcançar tal objetivo. Por esse motivo, vale expor as três
Dona Alice cozinhou o milho e o trem tá bonito.
A Família Sesc já está pronta para receber a sua. Datas e unidades:
Taguatinga Sul - 30 de maio 913 Sul - 12 de junho Gama - 12 e 13 de junho Taguatinga Norte - 3 e 4 de julho Guará - 11 de julho Samambaia - 11 de julho Ceilândia - 7 e 8 de agosto
Entrada:
R$ 5,00 Comerciário / Dependente / Convênio / Gerontologia R$ 7,00 Usuário (Exceto Sesc Ler Samambaia: Entrada Franca)
PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE NOSSO SITE, REDES SOCIAIS OU LIGUE PARA NOSSA CENTRAL:
Programação:
Comidas típicas; Apresentação de quadrilhas; Brinquedos infláveis; Jogos típicos; Música ao vivo e Djs.
Horário: 18h
www.sescdf.com.br
facebook.com / sescdistritofederal
@ sescdf
0800 617 617
gente
Duas décadas de sucesso //Por José do Egito
Luta diária na agricultura //Por Sílvia Melo
Foto: Daniella Bizerra
Força de vontade para superar as dificuldades, dedicação e incentivo foram fatores decisivos que levaram Noilde Maria de Jesus, de 45 anos, a ganhar o Troféu Ouro, na categoria Produtora Rural, do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Única do DF a ser premiada, a mineira de Montalvânia veio para Brasília quando tinha 18 anos para acompanhar os pais, agricultores que conseguiram trabalho em uma chácara em Brazlândia. Há 16 anos, adquiriu uma propriedade no assentamento Betinho, onde passou a morar com a família. Separada e mãe de nove filhos, com idades que variam entre cinco e 25 anos, ela passou a sustentar a família trabalhando em chácaras e recebendo por diárias em lavouras. “Recebia pouco e percebi que tinha que mudar. Saía de casa às 6h e voltava às 18h. Passava muito tempo longe dos meus filhos”. Há seis anos, ela conseguiu um empréstimo pelo Pronaf e começou a plantar morango na própria chácara. “Passei a vender o que produzia, mas sentia que podia fazer mais”. Com apoio da Emater e consultoria do Sebrae, Noilde passou dos 5 mil pés de morangos para 40 mil. Planta também vagem, beterraba e abóbora. Toda a produção é vendida na Ceasa e para o governo. Além disso, comercializa na Festa do Morango. “Meu sonho agora é ter uma agroindústria para produzir polpa da fruta e vender”, destaca. 22 Revista Fecomércio DF
Foto: Divulgação
Nascido em Brasília, Ricardo Pipo, 42 anos, é ator, humorista e um dos integrantes da Companhia Os Melhores do Mundo, que segue há 20 anos arrancando risadas da plateia no Brasil e exterior. Pipo se destacou no cenário cultural da cidade como apresentador do Jogo de Cena, ao lado de Welder Rodrigues durante 14 anos. Casado e pai de três filhos, revela que o sucesso da companhia se deve à perseverança e autenticidade dos integrantes. “Não existia uma cena antes em Brasília. O que ficamos felizes é de criar esse momento e depois aparecerem diversos grupos com o nosso estilo, como é o caso da companhia teatral Setebelos. A persistência e a dedicação é o que nos faz continuar”, destaca. Pipo interpreta “Hermanoteu” no teatro e também é o narrador da saga do imbatível Joseph Climber. Para comemorar os 20 anos de carreira, a Cia de Comédia Os Melhores do Mundo cumpre o ano de 2015 apresentando seu repertório por todo o Brasil. Entre as comemorações, 20 artistas gráficos de Brasília estão transformando a saga de Hermanoteu na Terra de Godah em histórias em quadrinhos. O humorista explica que a companhia também planeja gravar um DVD em julho deste ano sobre Misticismo, um dos espetáculos de grande sucesso apresentados em Brasília. “Vamos reproduzir um pouco de cada religião”, conta.
Cinco perguntas para Jurema Sousa Sócia-proprietária do Martinica Café (303 Norte), que em 2015 comemora 25 anos, a jornalista Jurema Sousa foi a idealizadora do empreendimento considerado o primeiro café noturno da cidade. //Por Silvia Melo Como surgiu a ideia de abrir o Martinica? Eu exercia a profissão de jornalista há dez anos, mas sonhava em ter o próprio negócio. Começou bem familiar. Hoje somos quatro sócios.
//Por Gabriela Vieira Foto: Celso Júnior Nascida e criada em Brasília, Ana Siqueira, de 28 anos, se formou em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB), mas ao atuar na profissão percebeu que faltava algo que a impulsionasse. Nesse mesmo período, entrou em contato com o mundo da maquiagem e desde então se viu apaixonada pelo trabalho de maquiadores como Alex Box, Kabuki, Topolino e o brasileiro Daniel Hernandez. Aos 24 anos, mudou-se para Nova Iorque com o objetivo de explorar seu lado artístico de forma profissional. “Achei que o trabalho de maquiadora equilibrava bem o escape criativo e potencial de ganho financeiro. Fiz cursos e me joguei na indústria da moda e publicidade. Comecei autodidata e depois cursei a Escola Make-up Designory”, conta. Com a ideia de incorporar o corpo e a maquiagem em suas criações, a Body Paiting, arte que consiste na pintura corporal, chamou atenção de Ana. Em uma de suas vindas a Brasília, seu fotógrafo lhe apresentou a “Living Art”, arte que esconde o corpo ao fundo por meio da pintura. Dessa iniciativa nasceu o projeto Habitathos, inspirado no trabalho de Athos Bulcão. “O trabalho dele é perfeito para o projeto por ser geométrico, colorido e por refletir um dos pilares que sustentam minha identidade artística: a influência da experiência urbana chamada Brasília”, explica.
Qual o diferencial do Martinica? O bom atendimento. Conhecemos o cliente pelo nome, conversamos, temos uma relação amistosa. É importante fazer ele se sentir em casa. O que diria para quem está começando o próprio negócio? Ter persistência e organização. Não dar um passo maior que as pernas.
Raphael Carmona
Arte inspirada em Brasília
Por que decidiu por uma cafeteria? Em Paris vi muitos cafés charmosos, com cadeiras nas ruas e percebi que em Brasília, naquela época, não tinha nada parecido.
O que uma empresa precisa ter para ser bem-sucedida hoje em dia? Uma das coisas principais é a honestidade com o cliente, ou seja, ter um produto em que ele pode confiar.
Revista Fecomércio DF 23
setor imobiliário
Sonho adiado //Por Andrea Ventura Fotos: Raphael Carmona
Mudanças nas regras de financiamento de imóveis freou o mercado. Categoria pretende pressionar governo para rever medida
O
sonho de comprar a casa própria está agora mais distante. A Caixa, principal financiador bancário, alterou as regras para quem quer comprar imóveis novos, com alteração de cotas de financiamento e de juros. O motivo, segundo a Caixa, é que o banco sofreu impacto da redução da captação da poupança e da elevação da taxa Selic. Para imóveis novos, nas operações do chamado Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a cota de financiamento foi reduzida de 90% para 80%, e nas operações do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a cota foi reduzida de 80% para 70%, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Para os imóveis usados, a cota de financiamento passou, desde o dia 4 de maio, de 80% para 50%, nas operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 70% para 40% para imóveis no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Já em relação aos juros, a Caixa fez um ajuste de 0,3% nas taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais, novos ou usados, contratados com recursos da poupança, com operação dentro do Sistema Financeiro de Habitação. Em 2014, a Caixa liberou R$ 128,8 bilhões em empréstimos para a casa
24 Revista Fecomércio DF
COTA DE FINANCIAMENTO
IMÓVEIS NOVOS
IMÓVEIS USADOS
90%
80%
80%
50%
Assim ficou o Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
Assim ficou o Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
própria. Para este ano a principal fonte de recurso para crédito imobiliário será o FGTS e as operações do Programa Minha Casa Minha Vida, que não tiveram alterações nas condições de financiamento. “Hoje há uma visão global de que o crédito está mais caro. Aliado a isso há a expectativa da alta de juros e a captação de crédito no mundo está mais cara. A tendência é ter mais restrição a crédito. E o crédito ficar mais caro”, explica o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Victor Gomes. Para o professor é preciso cautela na hora de contrair novos empréstimos. “Tem que ter cuidado com as condições antes de contrair um empréstimo – a nossa perspectiva é pior do que em outros países. Restringir para imóveis é o começo de um quadro mais negativo. Mas depende também do mercado inter-
nacional - o Brasil é um País em que falta crédito – não temos um mecanismo forte, a poupança interna é fraca. Hoje estamos em uma situação de incerteza da política econômica”, avalia. E quem já sente com as medidas é o consumidor que pretende comprar ou vender um imóvel. A turismóloga Débora Paes colocou sua casa à venda há cerca de cinco meses. Localizado no Guará, Débora conta que o imóvel teve muita procura, mas com a mudança do financiamento da Caixa, os interessados sumiram. “Tinha uma pessoa interessada, que eu já estava praticamente com a venda fechada. Mas com a mudança, o valor do sinal ficou muito maior e a pessoa acabou desistindo”, conta. Para Débora, a alteração da Caixa deve beneficiar as construtoras já que estão com muitos imóveis novos prontos que
não conseguem vender. O presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Secovi/DF), Carlos Hiram Bentes David, afirma que recebeu negativamente a notícia. “A Caixa corresponde a 70% dos financiamentos bancários no Brasil. É um desestímulo a novos investimentos”, aponta. Hiram acredita que Brasília tem diferenças em relação a outras cidades, já que possui renda maior e cresce pelo menos o dobro em relação a outras regiões. “Brasília sente menos, porque a maioria dos trabalhadores é formada por funcionários públicos. Mesmo assim, o mercado vai sentir. E repudiamos essa atitude, pois acredito que a equipe econômica deveria, antes de tomar essa atitude, fomentar a poupança, diminuir o compulsório dos bancos, Revista Fecomércio DF 25
entre outras medidas”, explica. Para ele, a cidade tem ainda outra peculiaridade. “Em 2012, chegamos com 17 mil imóveis novos. Os anos de 2013 e 2014 foram ruins para lançamentos, já que o Governo do Distrito Federal à época concedeu poucos alvarás, o que acabou equilibrando o estoque, e em 2015 estamos com oferta de 10 mil imóveis”, explicou. Mas a categoria não vai ficar de braços cruzados. “Estamos nos mobilizando com outros segmentos para que seja produzido um manifesto buscando sensibilizar a equipe econômica para que a medida seja reconsiderada”, adianta. Já para o empresário Arcênio Santos o mercado imobiliário está com muita oferta, com muitos imóveis à venda. “O mercado estava bom e crescendo. Subindo o valor dessa entrada, quem está comprando não tem esse valor, atinge também para
construtoras e o mercado começa a parar. É uma reação em cadeia e o dinheiro para de circular”, conta Arcênio, que é proprietário da ACT empreendimentos imobiliários. Para ele, as pessoas recuam na compra e reaplicam o dinheiro em outras coisas, como a quitação de dívidas. “Mas o mercado deve voltar atrás. O problema é que estava tendo muito financiamento e muita inadimplência. Aí os bancos têm que segurar novos financiamentos, barrar a compra”, acredita. Ele conta que os últimos três meses o mercado já estava em queda. “A compra de imóveis caiu 80%. As construtoras podem falir também. Mas acredito que daqui a dois meses a Caixa deve mudar as regras. O mercado toma medidas para frear a compra. A inadimplência está muito alta, é geral. Já o preço dos imóveis deve cair de 15% a 20%”, afirma o empresário.
Carlos Hiram Bentes David, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Secovi/DF) 26 Revista Fecomércio DF
Cristiano Costa
“A Caixa corresponde a 70% dos financiamentos bancários no Brasil. É um desestímulo a novos investimentos”
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tendência Funcionários do Hospital Santa Luzia se exercitam no horário de trabalho
Ginástica é coisa séria //Por Fabíola Souza
Fotos: Raphael Carmona
Além de diminuir o número de funcionários afastados, a laboral promove socialização e entrosamento da equipe
N
o mundo atual, onde os equipamentos eletrônicos são os principais meios de trabalho, as doenças relacionadas com o uso contínuo de computadores estão cada vez mais presentes nos escritórios. São problemas de posturas inadequadas, estresse e Lesões por Esforços Repetitivos (LER), comuns em tendões, músculos e articulações, principalmente dos membros superiores, ombros e pescoço. Para minimizar esses efeitos maléficos, a técnica da ginástica laboral (atividade realizada no am-
28 Revista Fecomércio DF
biente de trabalho) é a mais indicada por especialistas, pois se baseia em alongamentos de diversas partes do corpo, passando pelo tronco, cabeça, membros superiores e inferiores. Além de diminuir a porcentagem de lesionados e consequentemente afastados, a laboral ainda promove a socialização dos funcionários. O Hospital Santa Luzia é uma das empresas no DF que aderiram a essa prática. De acordo com a analista sênior do departamento de Recursos Humanos do hospital, Nephertity Prateat Pe-
reira, faz mais de dois anos que a empresa utiliza o recurso da ginástica laboral. “Aqui na empresa nós fazemos três dias por semana e é um momento agradável, pois o professor deixa a gente à vontade. Além do alongamento também tem o momento de lazer”, comenta Nephertity. Segundo ela, o hospital contratou este serviço porque sentiu a necessidade de inserir esse programa dentro da empresa por causa da rotina de trabalho dos funcionários. “Trabalhamos sentados durante oito horas e muitas vezes sentimos algumas dores em decorrência da atividade. A ginástica laboral ajuda muito nesse processo. Eu, por exemplo, sentia muita dor no pescoço e depois que o professor de Educação Física chegou, ele me explicou sobre como me acomodar melhor na cadeira e me ensinou alguns alongamentos rápidos que aliviam a dor na hora. Acredito que a ginástica realmente traz benefícios”, diz a analista. Para atender a todos os setores, os horários são adaptados pela demanda do departamento. A atividade dura em média de oito a 15 minutos. A educadora física Verônica Coutinho Ribeiro trabalha no programa de Ginástica Laboral no Hospital Santa Luzia desde o começo do projeto e alerta sobre a importância da atividade física no ambiente de trabalho. “Ela provoca o aumento da circulação sanguínea em nível da estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo do ácido lático, além da melhora da mobilidade e flexibilidade músculo-articular, dessa forma, diminui o esforço na execução das tarefas diárias dos funcionários”, afirma Ribeiro. Outro ponto que a especialista cita é a questão da socialização entre os companheiros de trabalho, pois na hora do treino há uma integração entre eles, o que auxilia em algumas atividades em equipe que o trabalho necessita.
“Ela provoca o aumento da circulação sanguínea em nível da estrutura muscular, diminuindo o acúmulo do ácido lático” Verônica Ribeiro educadora física Revista Fecomércio DF 29
INÍCIO DA PRÁTICA A conselheira do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Márcia Carneiro, conta que a primeira notícia que se sabe sobre ginástica laboral é uma pequena brochura editada na Polônia em 1925, onde foi chamada também de Ginástica de Pausa, e era destinada a operários. Alguns anos depois também surgiu na Holanda e Rússia. Na década de 1960, o Japão instituiu a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória. No Brasil, o esforço pioneiro residiu em uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas, pela Escola de Educação de Feevale em 1973, quando se elaborou o projeto de Educação Física compensatória e recreação. Márcia explica que não existe um horário definido para se praticar a ginástica laboral. “Para envolver todos os grupos musculares do corpo, o programa pode ser desenvolvido em três fases”, diz. A primeira fase é a preparatória: realizada antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivo principal preparar o funcionário para sua tarefa aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho. A segunda é a compensatória, que é realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional aproveitando pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos, e as posturas inadequadas nos postos operacionais. A última fase é a do relaxamento, que é a ginástica baseada em exercícios de alongamento realizada após o expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as lesões. “Em geral, nos programas de ginástica laboral é cobrado em média um valor entre R$ 80 e R$ 110 a hora/aula”, declara Carneiro.
“Trabalhamos sentados durante oito horas e muitas vezes sentimos algumas dores em decorrência da atividade” Nephertity Prateat Analista de Recursos Humanos
Por dentro do Sistema O Serviço Social do Comércio do Distrito Federal (Sesc-DF) aderiu à ginástica laboral em 2012 para preservar a saúde dos funcionários. A chefe do núcleo de bem-estar no trabalho, a psicóloga Amanda Rabelo, diz que as aulas nas unidades ocorrem duas vezes por semana e os horários ficam a critério de cada unidade. “Todos os nossos colaboradores adoram as aulas e todos fazem questão de comparecer”, ressalta.
sesc sinfonia
República Tcheca nos palcos //Por Sacha Bourdette
Projeto traz para Brasília renomados artistas para atrações de música e teatro
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o centro da Europa para o centro do Brasil. Uma das principais cantoras da República Tcheca, Edita Randová, aterrissa na capital federal para apresentação de música clássica no projeto Sesc Sinfonia. O concerto faz parte da parceria firmada entre o Sesc-DF e a Embaixada da República Tcheca no Brasil. O objetivo é mostrar a cultura do país europeu por meio da música. O evento irá ocorrer no dia 13 de junho, às 20h30, no Teatro Sesc Garagem (913 Sul). Ao final do recital será oferecida ao público uma degustação de vinhos tchecos. A entrada é franca e a classificação indicativa é livre. De acordo com a coordenadora de Ações Culturais do Sesc-DF, Juliana Valadares, a proposta é integrar e difundir a arte do país da Europa Central. “O Sesc-DF já realiza parcerias com outras embaixadas, e esta é a primeira vez que contamos com a parceria da Embaixada da República Tcheca. Será uma grande oportunidade para o público apreciar o melhor da música tcheca. Nossa ideia é difundir cada vez mais a música clássica, mostrando toda a capilaridade que o Sesc possui dentro da cultura”, explicou.
Para o primeiro-secretário e cônsul da Embaixada da República Tcheca no Brasil, Viktor Dolista, é o início de uma grande parceria. “O Sesc possui prestígio em diversas áreas e é conhecido nacionalmente por prestar serviços para a comunidade. Por isso, nos identificamos muito com o trabalho e escolhemos a instituição para sediar apresentações artísticas. Visitamos a unidade de Ceilândia e ficamos impressionados com a infraestrutura. Esperamos realizar mais eventos e que o público possa conhecer cada vez mais sobre a cultura do país que passou pela redemocratização, de Tchecoslováquia para República Tcheca”, contou. No mês de maio, o Sesc recebeu a violista tcheca Jitka Hosprová no projeto Sesc Sinfonia. No fim do mesmo mês, o Sesc Festclown Via Satélite foi palco das apresentações do artista Pavel Vangeli, com o espetáculo Teatro de Marionetes. Todos os eventos são fruto da parceria iniciada entre o Sesc e a Embaixada Tcheca.
no e uma das principais cantoras de música clássica da República Tcheca. Ela frequentou cursos vocais internacionais. Ao longo de sua carreira se apresentou em importantes salas de concerto na Europa, no México, nos Estados Unidos, no Canadá, na China e na Austrália. Participou de festivais internacionais sob a regência de importantes maestros. Edita Randová possui amplo repertório de ópera e de concerto, incluindo oratórios, cantatas, missas e ciclos de canções dos principais compositores do mundo. Atualmente, atua principalmente em concertos e festivais.
Mais informações @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br
SOBRE A ARTISTA Edita Randová é mezzo-sopraRevista Fecomércio DF 31
exposição
Arte urbana em destaque //Por Por Liliam Rezende
Foto: Raphael Carmona
Sesc da 504 Sul promove a primeira exposição sobre grafite das unidades, com obras do grafiteiro POMB
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o dia 8 de junho, a partir das 19 horas, o Sesc 504 Sul será palco para o lançamento da exposição “Sobre o infinito e outras coisas”, do jovem talento brasiliense Thales Fernando, 26 anos, conhecido como POMB. Ilustrador autodidata, ele teve sua primeira incursão no grafite em 2002 e segue sendo seu principal meio de expressão, com intervenções espalhadas por cidades brasileiras, além de Buenos Aires e Barcelona. O artista trabalha, também, com as técnicas de murais, aquarela, gravuras e esculturas. Estudante de Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB), morou um ano em Barcelona, por meio de graduação sanduíche e em 2014 realizou sua primeira exposição internacional, com pinturas em tela, naquela cidade. A partir daí ficou mais conhecido e quando retornou para Brasília seu trabalho despontou. “Meu objetivo é espalhar minha visão do mundo com formas e cores pelas ruas por onde passo, tendo o grafite como essência”. A expectativa, de acordo com o técnico de cultura da unidade, Marco Nogueira, é aproximar o público das artes visuais. “Queremos contribuir para o cenário das exposições do DF. Assim, valorizamos a cultura, a cidadania, a produção dos artistas e a criatividade”, destaca. Para Pomb, a ideia é a mesma levar a arte da rua para as pessoas conhecerem. “Em um País como o Brasil, muito rico em música, teatro
32 Revista Fecomércio DF
e todos os tipos de arte, as pessoas deveriam olhar mais para a produção artística que existe na própria cidade e valorizar esse tipo de ação, já que ainda falta muito incentivo do governo para esse setor”. A mostra apresentada no Sesc reúne 20 obras em técnicas que misturam acrílica, pastel, marcador e o grafite – gênero que introduziu o artista no universo da arte urbana. “Para a exposição vou trabalhar com o grafite aplicado em madeira, mas no dia a dia continuo com manifestações artísticas nas ruas, que é a essência desse movimento”. Das músicas que escuta, até os filmes que assiste, o artista acredita que sua arte não é algo pontual e sim uma corrente de acontecimentos e experiências. Suas inspirações englobam, basicamente, tudo que está à sua volta. “Desde pequeno sentia necessidade de me expressar por meio de rabiscos e desenhos e nunca me permiti parar com esse processo criativo e ilimitado de criança. A arte pra mim tem esse lado lúdico e utópico”, conclui.
EXPOSIÇÃO “SOBRE O INFINITO E OUTRAS COISAS” Abertura: 8 de junho, às 19 horas Visitação: 9 a 30 de junho, de segunda à sexta, das 8h às 18h Local: Sesc 504 Sul Classificação indicativa: livre Informações: (61) 3217-9119 Todas as obras expostas estarão à venda.
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Taís Rocha Jornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio
taisrocha@fecomerciodf.com.br (61) 3038 - 7525
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Revista Fecomércio DF 33
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RISCO IMINENTE
//Por Daniel Alcântara e Sacha Bourdette Fotos: Raphael Carmona
Ousadia e fiscalização falha abrem espaço para o contrabando e a venda de produtos pirateados nos centros comerciais do DF 34 Revista Fecomércio DF
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relógio marca 7h da manhã e, muitas vezes, antes mesmo de o sol sair, os camelôs já começam a se instalar nas ruas e calçadas dos centros comerciais do Distrito Federal. Na hora do almoço, os pedestres encontram dificuldade em passar pelas calçadas e têm que disputar espaço com os vendedores irregulares. Com uma fiscalização fraca e muitas vezes inexistente, os vendedores não se intimidam. Chegam com sacos de produtos e ocupam os espaços, montam bancas ao lado das lojas já estabelecidas ou estendem lonas no chão para vender artigos falsificados. Os dados são alarmantes. De janeiro a abril deste ano, a delegacia que combate os Crimes contra a Propriedade Imaterial no DF (DCPIM), da Polícia Civil, já apreendeu 90,8 mil DVDs; 35,6 mil peças de vestuário; 25,9 mil CDs; 24,6 mil programas e jogos. Também estão na lista produtos que podem afetar diretamente a saúde de crianças e adultos, como: brinquedos (2,9 mil); bebidas (2,6 mil); medicamentos (2,5 mil); e cigarros (2,5 mil). Na opinião do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, os mais prejudicados pela pirataria são os empresários do setor produtivo que precisam se preocupar em pagar taxas, encargos e os mais variados impostos. “A pirataria é uma concorrência predatória. A cena se repete em frente aos shoppings populares, nas principais paradas de ônibus e estações de metrô e nos centros das regiões administrativas do DF. No Setor Comercial Sul, o comércio ilegal ocorre na frente de um posto da Polícia Militar e ao lado de centenas de empresas estabelecidas regularmente”, ressalta. “Em sua quase totalidade, eles vendem um produto falsificado, produzido em fábricas clandestinas ao redor do mundo com o uso de mão de obra escrava. Essas mercadorias entram nos países de forma ilegal, acompanhadas do tráfico de drogas, armas e seres humanos”, completa Adelmir. De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsi-
ficação (ABCF), Rodolpho Ramazzini, estima-se que o DF perde R$ 700 milhões por ano com o contrabando de produtos falsificados. “Um dos fatores crescentes da pirataria na capital do País é que a cidade do interior de Goiás, Jaguará, a 120 quilômetros de Goiânia, é um dos grandes polos de falsificação de roupas, o que facilita a entrada no Distrito Federal. Além disso, falta fiscalização. O policiamento nas fronteiras e nas ruas é muito pouco”, afirmou. O coordenador de operações da Subsecretaria de Estado da Ordem Pública e Social do Distrito Federal, Luciano Teixeira, rebate essa crítica. De acordo com ele, a vigilância nas divisas do DF tem sido fortificada. Estão sendo realizados trabalhos em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal para interceptar a entrada dos produtos pirateados nas fronteiras do DF. “Estamos atuando para impedir que os produtos entrem aqui. Contamos também com o Disque-Denúncia (181) e realizamos levantamentos para descobrir onde as vendas estão ocorrendo. Por exemplo, a Feira do Gama lidera a comercialização de CDs. Já na Feira do SIA, encontramos de tudo, mui-
ta roupa e tênis de grandes marcas como a Nike, Adidas, Tommy Hilfiger, Lacoste e Dudalina”, citou. VÁRIAS BARREIRAS O advogado tributarista Rooswelt dos Santos aponta que para o empresário conseguir ser competitivo com o mercado pirata ele tem que enfrentar várias barreiras em seu ambiente de trabalho, como reduzir o lucro e o faturamento, além de comercializar menos. Segundo Rooswelt, o comerciante legalizado paga em média 50% de impostos em cima de sua mercadoria, ao contrário do comércio pirata, que não arca com nada. Entre os principais tributos estão: Imposto de Renda (IR), Programa Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). O empresário ainda tem que se preocupar com lucro e o pagamento dos funcionários, uma conta que afeta diretamente o bolso das empresas e reflete no bolso do consumidor. Para ilustrar a concorrência desleal, basta comparar os preços no quadro abaixo:
ORIGINAL
PIRATEADO/FALSIFICADO
DVD Cinquenta Tons de Cinza
DVD Cinquenta Tons de Cinza
R$ 44,90
R$ 5
Carga tributária: 44,20%
Carga tributária: 0%
Camisa polo Tommy Hilfiger
Camisa polo Tommy Hilfiger
R$ 199
R$ 40
Carga tributária: 34,67%
Carga tributária: 0%
Tênis Osklen
Tênis Osklen
R$ 397
R$ 130
Carga tributária: 44%
Carga tributária: 0%
Boneca Frozen
Boneca Frozen
R$ 83,51
Carga tributária: 39,70%
R$ 20
Carga tributária: 0%
Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
Revista Fecomércio DF 35
capa
O comércio local fica prejudicado, pois não tem condições de concorrer com a pirataria e a sociedade opta por conta do baixo custo. O professor e doutor em Administração e especialista em Marketing, Gilberto Clovis Josemin, aponta que o empresário, apesar de arcar com os impostos, não consegue visualizar a aplicação correta dessa tributação. “Os ambulantes que vendem produtos pirateados não têm os ônus que o empresário legal possui. É preciso coibir, mas dar oportunidade, isso porque, poderá gerar problemas sociais como o desemprego”, explicou. Josemin admite que essa é uma realidade que traz desafios para o comércio. “O empresário tem que buscar, em seu modelo de negócio, mostrar sua proposta de valor, que pode trocar com garantia, qualidade atestada e que segue a lei do consumidor. Mostrar cada 36 Revista Fecomércio DF
vez mais seu diferencial e que vale a pena pagar mais ao comprar em uma loja física, pois o camelô um dia está aqui e outro dia está em outro lugar. Outro detalhe é que o produto pirateado entra de forma obscura e não se sabe a procedência, se veio de um trabalho escravo, por exemplo”, finalizou Josemin. COMBATE E FISCALIZAÇÃO Pirataria é crime. De acordo com o Artigo 184 do Código Penal Brasileiro (CPB), o cidadão que é pego vendendo produtos pirateados é autuado, perde a mercadoria e responde criminalmente. Contrabando é a prática da importação e/ou exportação clandestina de mercadorias e bens de consumo que dependem de registro, análise ou autorização de órgão público competente. Já a entrada/saída de produtos permitidos, sem passar pelos trâmites burocrático-tribu-
R$ 700 milhões ano é o valor que o DF perde com o contrabando de produtos falsificados
tários, é chamado de descaminho. Ou seja, descaminho tem características tributárias e pode ser sanado com o pagamento ou recolhimento do imposto. Já o contrabando é crime de ordem penal e tributária inafiançável de produtos proibidos. No DF, os produtos falsos recolhidos ficam depositados em local próprio na sede da Polícia Civil do DF. Após os exames periciais, são encaminhados ao Depósito do Tribunal de Justiça do DF para serem destruídos, mediante ordem judicial. No caso de roupas, elas são descaracterizadas e doadas. As apreensões são coordenadas pela Polícia Civil, responsável pela investigação e armazenamento dos produtos apreendidos, e pela Secretaria da Ordem Pública e Social (SEOPS), que combate o comércio irregular. A Polícia Militar fornece apoio para garantir a segurança durante as ações. De acordo com a delegada Mônica Chmielewski Ferreira Loureiro, da DCPIM, por se tratar de um comércio altamente lucrativo, a tendência dessa prática em todas as capitais do País é o crescimento. Por isso, de acordo com ela, “a fiscalização nas ruas de Brasília está se intensificando”. Contudo, o processo de eliminar de vez a pirataria é mais difícil quando ainda não existe uma pena fixa ou uma legislação específica para esse tipo de crime no Brasil. Atualmente, as penas previstas para o crime de pirataria são variadas. Por exemplo: a venda e depósito de medicamentos pirateados gera pena de 10 a 15 anos de reclusão, pois se trata de um crime contra a saúde pública, previsto no art. 273 do Código Penal. Já a venda de DVDs e brinquedos falsificados viola o Direito do Autor, daquele que criou filmes, músicas e personagens infantis; esse tipo de crime tem penas previstas de dois a quatro anos de reclusão, tipificada no art. 184, do CPB. Por sua vez, a pena para violação do Direito de Marcas é de um mês a três meses
de detenção. “A legislação precisa ser aperfeiçoada por nossos parlamentares no Congresso Nacional urgentemente. Assim, teríamos mais celeridade contra a prática ilegal”, explica Mônica. Em março deste ano, a DCPIM deflagrou um laboratório de gravação de CDs e DVDs pirateados, localizado na BR-070, em Ceilândia. Segundo a delegada, essa foi a maior apreensão do tipo nos últimos dois anos. No local havia 15 torres, totalizando 156 gravadoras de mídias, 11 controladoras de gravação, milhares de capas de encarte, uma impressora, galões de tinta e 10 mil CDs e DVDs piratas. BARATO QUE SAI CARO Com o passar dos anos, a prática e o jeito de vender produtos falsificados e réplicas evoluíram. Atualmente, alguns produtos pirateados têm até o selo do Inmetro forjado ou da Anatel, no caso de celulares. “Esses produtos podem causar sérios riscos. A falsificação de selo ou sinal público e sua utilização são crimes previstos no Art. 296, seus incisos e parágrafos do CPB, estando o autor sujeito à pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa”, explica a delegada Mônica. O consumidor pode achar que está levando vantagem ao comprar um produto pirateados, mas se engana. Sem regulamentação e teste de qualidade feito por órgãos responsáveis fica difícil saber os riscos que um calçado ou um brinquedo podem oferecer, por exemplo. Para o médico pediatra, Roberto Carlos de Abreu, são diversos os riscos para a criança. “O brinquedo pode conter materiais tóxicos e soltar tinta que até para um adulto é perigoso. A criança ainda pode deglutir e inalar peças que se soltem, acidentes que podem levar para a mesa de cirurgia e até a óbito. Por isso, é importante que tenham certificado de garantia e faixa etária para uso”, explicou. No caso de um calçado falsifi-
De acordo com a Polícia Civil, de janeiro a abril deste ano, foram apreendidos no DF:
90,8 mil DVDs
35,6 mil peças de vestuário
25,9 mil CDs
24,6 mil programas e jogos
2,9 mil brinquedos
2,6 mil garrafas de bebidas
2,5 mil medicamentos
2,5 mil cigarros Revista Fecomércio DF 37
capa cado, os riscos também podem ser grandes. De acordo com o professor e coordenador do curso de Educação Física do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Marcelo Boia, tênis falsificados podem afetar até a musculatura de quem usa. “Não sabemos qual o amortecimento de um calçado pirateado pode proporcionar. É um produto duvidoso que pode prejudicar o sistema músculo-esquelético e as articulações. As pessoas não pensam no custo-benefício envolvido durante a compra e só mais tarde sentem o efeito da decisão”, apontou.
Flagrante no estacionamento da Feira dos Importados: oferta de acessórios para carros sem garantias para o consumidor
38 Revista Fecomércio DF
FLAGRANTES DA ILEGALIDADE O comércio de produtos pirateados é diverso na parte de dentro e de fora das feiras no DF. São camisetas de times, sapatos, bolsas e brinquedos. Ao chegar ao estacionamento, o consumidor já se depara com dezenas de ambulantes oferecendo acessórios de carros. Vendedores que comercializam CDs, DVDs e Blu-Ray conseguem faturar de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês. São filmes e séries nem lançados nos cinemas. Um vendedor de tênis falsos de marcas conhecidas diz que dá desconto à vista no dinheiro e parcela em até cinco vezes no crédito, somente em compras acima de R$ 300 - outra prática que infringe o Código de Defesa do Consumidor, no qual é vedada a distinção de preços entre transações realizadas com cartão de crédito ou com dinheiro e cheque. A menos de 100 metros da Feira dos Importados do SIA existem comerciantes legalizados. Entretanto, com medo de represálias, não quiseram conceder entrevista. Segundo um dos comerciantes que não quis se identificar, no mês passado foram apreendidos mais de R$ 2 milhões em mercadorias pirateadas. “Temos medo de denunciar e preferimos conviver com eles apesar da concorrência desleal”, contou o empresário. O presidente do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (Sindifeira-DF), Francisco Valdenir, afirma que a entidade é totalmente contrária à prática de pirataria no interior das
feiras do DF. Na opinião dele, esses comerciantes denigrem a imagem das feiras da região. “O sindicato está atento a isso. Em todas as reuniões com administrações e associações orientamos que se tome cuidado com essa questão. O advogado que faz assessoria jurídica ao nosso sindicato não defende a causa dos que trabalham na ilegalidade, mesmo sendo feirante. Nunca vamos compactuar com essa prática ilícita”, ressalta Valdenir. Ele também lembra que, com
a falsificação de selos e de etiquetas, alguns vendedores não têm conhecimento se o produto realmente é falso. “É importante ficar alerta com o produto que vem do fornecedor. Pesquisar e estudar a fonte do produto é de extrema importância”, pondera o presidente do Sindifeira. Para o presidente do Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF, Bartolomeu Gonçalves, há uma discriminação com quem vende produtos nas feiras. “Existe
um preconceito com relação aos ambulantes. Somos regularizados e pagamos impostos. Os ambulantes e feirantes estão amparados pela Lei nº 2.510/1999. O que vemos é que as grandes produtoras de mercadoria pirateada tentam ludibriar as pessoas a venderem. Elas são usadas como intermédio. O sindicato repudia a prática de venda e defende a redução da carga tributária para que os ambulantes possam ter condições de se manter”, afirmou.
O que vocês acham da pirataria?
“Não compro produtos piratas e sei que é crime. As pessoas compram porque é mais acessível e barato. Não concordo com o comércio irregular. Acredito que traz efeitos negativos para todos”.
“Hoje no Brasil é difícil você não comprar produtos piratas. O poder aquisitivo não coopera para comprar original. Quem compra está cometendo um crime em decorrência do crime que o governo comete com todos nós”.
“Eu compro porque é mais barato e o que a nossa condição dá. Na minha concepção não sabia que quem compra comete crime, para mim era só quem vende. É difícil não comprar algo, muita coisa é pirata e a gente nem sabe”.
Cícero Verçosa, 48 anos, instrutor
Wemerson Santos, 27 anos, autônomo
Larissa Costa, 24 anos, vendedora
“Eu não vou mentir. Eu compro às vezes produtos piratas. É mais barato, a gente acha mais fácil. Eu sei que é crime, mas não tem jeito, em qualquer lugar a gente acha, está bem do nosso lado”.
Clesio Pereira, 19 anos, operador de máquina Revista Fecomércio DF 39
laboratórios
Mais modernos e eficazes
//Por Sílvia Melo
Fotos: Raphael Carmona
Exames mais rápidos e precisos são resultado dos investimentos em equipamentos modernos nos laboratórios de análises clínicas do DF
R
eduzir o tempo para sair o resultado de exames, o risco de contaminação e o período de jejum para fazer os exames, além da precisão do diagnóstico, no qual a margem de erro é praticamente nula, são os principais benefícios que os clientes de laboratórios de análises clínicas ganharam nos últimos anos com a modernização do setor. Grandes e pequenos laboratórios têm investido em equipamentos de alta tecnologia para manter o padrão de qualidade e a competitividade. Na luta para se firmar no mercado, os empresários do setor estão apostando também em preços mais acessíveis para manter e conquistar clientes. Com a disputa, quem sai ganhando é o consumidor, que tem à disposição serviços de ótima qualidade, modernos e eficazes. De acordo com o Sindicato dos Laboratórios do Distrito Federal (Sindlab), existem atualmente 287 laboratórios registrados em sua base. O setor emprega mais de três mil profissionais, como farmacêuticos, bioquímicos, médicos, biomédicos, enfermeiros, além dos técnicos e das atendentes. Mesmo com a modernização, que trouxe redução no quadro de pessoal, a mão de obra especializada ainda é fundamental. “A tendência dos laboratórios é a automação e isso leva à redução no quadro de funcionários. Em contrapartida, você tem que ter um profissional mais qualificado para poder utilizar as novas máquinas”, afirma Alexandre Bittencourt, presidente do sindicato. Exames que antes levavam uma hora para ficarem prontos, hoje demoram 30 segundos. “Antigamente, a metodologia de realização de exame era bem complexa. Por exemplo, para fazer um hemograma completo, há vários parâmetros para soltar, como hemoglobina, contagem de hemácias, contagem de
“A tendência dos laboratórios é a automação. Em contrapartida, você tem que ter um profissional mais qualificado para poder utilizar as novas máquinas” Alexandre Bittencourt presidente do Sindlab
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plaquetas, contagem de leucócitos, entre outros, e fazer isso manualmente, demorava em torno de uma hora por paciente. Por isso, os laboratórios tinham dezenas de pessoas contratadas para ler as lâminas de hemograma, fazer todos esses diferenciais manualmente para poder liberar. Hoje um aparelho faz tudo em 30 segundos”, explica Bittencourt. APOSTA EM DIFERENCIAIS Além de ter deixado os exames mais rápidos e precisos, a modernização passou a exigir menos material coletado, como sangue por exemplo, e menos tempo de jejum. “Não há necessidade de coletar quantidades absurdas e, hoje em dia, poucos exames têm obrigatoriedade de jejum, como o perfil lipídico, que necessita de 12h, e a glicose e insulina, que exigem jejum de 8h”, explica Eloiza Helena Ferreira da Silva, gestora clínica do Laboratório GE Diagnósticos. Ela destaca ainda que a grande maioria de exames hormonais pode ser realizada à tarde. “Temos instruído nossos pacientes sobre essas possibilidades, pois eles podem recorrer a horários em que o fluxo do laboratório é menor para realizar seus exames com maior tranquilidade”, diz. Mesmo investindo em preços populares, o laboratório apostou também na realização de exames raros e específicos que não são realizados pelos grandes laboratórios porque a demanda é pequena. “Nosso maior diferencial é ter assessoria técnica exclusiva pelo proprietário do laboratório e uma maior quantidade de exames mais raros como o exame para detectar erros inatos de metabolismo. Além disso, fomos os pioneiros no exame toxicológico capilar particular e para concursos públicos e fazemos teste de paternidade com preço popular”, afirma Eloiza. “Nossa política é ser popular, mesmo em áreas com poder aquisitivo elevado”, completa. O GE Diagnósticos está presente em Ceilândia, Vicente Pires, São Sebastião, Taguatinga, Guará e Padre Bernardo. De acordo com o presidente do Sindilab, Alexandre Bitencourt, o
“Para se destacar nesse nicho temos que fazer um serviço diferenciado. A ideia é essa, pegar um segmento e fazer o melhor possível” Heinrich Seidler presidente de laboratório
principal problema enfrentado pelos pequenos laboratórios no DF refere-se ao credenciamento dos planos de saúde. “Os grandes laboratórios focam seu público nos planos de saúde. Já os pequenos não têm conseguido credenciamento, pois as empresas alegam estar com sua rede coberta”, afirma. Por isso, o sindicato tem como proposta, no Conselho Nacional de Saúde, que os laboratórios que tiverem com todas as licenças de funcionamento em dia e que cumprem com o controle de qualidade exigido (RDC 302) sejam automaticamente credenciados para atender a todos os planos de saúde. SETOR SEGMENTADO O laboratório Brasiliense, que atua no DF desde 1968, decidiu apostar no segmento de anatomia patológica em 2005. O laboratório ainda faz análises clínicas, mas em proporção bem menor em comparação com as biópsias. “Mudamos nosso perfil e com isso diminuímos a parte de análises clínicas. A parte de biópsia, de anatomia patológica, cresceu bastante. A particularidade é que só trabalhamos com patologia do trato digestivo: esôfago, estômago, intestino. Doenças gastrointestinais”, destaca Heinrich Seidler, pre-
sidente do laboratório. Hoje, a empresa é considerada referência absoluta nesse segmento em Brasília. No primeiro ano em que ocorreu a mudança, foram realizadas 300 biópsias. Em 2014 esse número cresceu para 40 mil. O público-alvo desse segmento são os médicos e as clínicas. “Normalmente fazemos a captação do material nas próprias clínicas. Claro que no final das contas o objetivo é resolver o problema do paciente, mas o cliente imediato é o médico, porque quando ele faz a consulta, é ele quem tem a dúvida clínica. Então ele faz a biópsia para resolver essa dúvida”, explica Heinrich. Segundo ele, por ser uma empresa pequena, a forma que o laboratório Brasiliense encontrou para competir com os grandes laboratórios da cidade, como Sabin e Dasa, foi encontrando um nicho. “E para se destacar nesse nicho temos que fazer um serviço diferenciado. A ideia é essa, pegar um segmento e fazer o melhor possível”, diz. “A nossa ideia de crescimento futuro é continuar nessa área e expandir para outras regiões. Talvez mais regiões administrativas, cidades do entorno e Goiás, porque chegará um momento que vai saturar o mercado daqui de Brasília”, conclui. Revista Fecomércio DF 41
festa junina
Clima frio, comércio aquecido //Por Liliam Rezende
Foto: Raphael Carmona
Setores como atacadista, supermercados, lojas de fantasias e decoração esperam aumento nas vendas de produtos típicos
C
hegou aquela época do ano de comidas fartas e danças animadas, para combinar o tempinho frio com as fogueiras. Várias festas juninas agitam a cidade nas próximas semanas. As festividades, no entanto, não representam simplesmente diversão. O período também aquece a economia. No Distrito Federal, que tem uma parcela grande de população com raízes nordestinas, consumidora de produtos típicos, o otimismo com a época é ainda maior. A animação das festas juninas está presente também na rede supermercadista. O presidente do Sindicato dos Supermercados do
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DF (Sindsuper), Tadeu Peron, prevê que o faturamento para essa linha de produtos deve variar entre 10% e 15%. Por causa das festas juninas, a procura pela canjiquinha aumenta 100% e por amendoim, por exemplo, a busca chega a ser quatro vezes maior do que em qualquer outro período do ano. Para a indústria de alimentos típicos de festas juninas, as vendas nos meses de junho e julho representam uma parcela significativa na comercialização anual dos produtos. Por isso, os representantes comerciais investem em decoração e exposição nos supermercados para atraírem os
consumidores. “Este período é uma boa oportunidade para o lançamento de produtos, ações promocionais e degustações, o que alavanca as vendas”, diz Peron. O clima alegre, resultado de ações realizadas por várias redes de supermercado, é o primeiro passo para fidelizar clientes e, claro, aumentar as vendas na data, considerada a quarta mais importante para o varejo de autosserviço. “É um momento em que a sociedade está em festa, e a loja tem a chance de reproduzir isso com decoração, ambientação e música”, afirma. “No interior ou na capital, o Brasil todo comemora as festas juninas, cada região à sua maneira”, completa Tadeu. MERCADOS ENFEITADOS O resultado, além do clima festivo, aparece em forma de boas oportunidades de venda. Em alguns supermercados há espaços dedicados somente aos produtos comuns da época e o cenário fica caracterizado. Nessas seções, as vendas crescem até 50% no período. Os doces e enfeites são os mais procurados, bem como os produtos descartáveis como copos, potes e talheres. A seleção de bebidas completa as opções dos supermercados para o período, com variedade em vinhos, destilados e cervejas. Alguns ingredientes especiais para o preparo do tradicional quentão são destaques nas prateleiras: canela em pó, cravo-da-índia, maçã e gengibre, indispensáveis para refinar o sabor das bebidas típicas. O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista), Roberto Gomide, confirma o aquecimento nas vendas do comércio com os produtos juninos. “É um período expressivo para o atacado, assim como nas outras datas festivas que aumentam as vendas do comércio, em geral.” O Sindiatacadista projeta uma alta de 2% em relação ao ano passado, na comercialização de artigos típicos, como milho de canjica, milho de pipoca, farofa, pé de moleque, aguardente, vinho, catuaba, entre outros.
TRAJES E PRODUTOS DECORATIVOS O aluguel e a venda de roupas para quem participa das quadrilhas e de festas também são segmentos bastante procurados nesta época do ano. A loja Camarim Fantasias, que tem três unidades no Plano Piloto, aluga em torno de 200 trajes “caipiras” por mês, no período. A demanda aumenta cerca de 50% e os preços variam entre R$ 25 e R$ 180, dependendo da roupa e do número de acessórios. Muita gente faz reserva das roupas com quase um mês de antecedência. “Quem aluga a fantasia quer escolher o modelo mais bonito, e se deixar para última hora não consegue”, explica a gerente da loja, Alcileide Farias. Já para Branca Rodrigues, gerente da loja Casa e Festa, no Taguacenter, a expectativa para o período é a melhor possível. “Com essa crise, as vendas no carnaval foram aquém do esperado. Por isso, estamos apostando todas nossas fichas nas festas juninas.” Branca conta que a loja investiu bastante em produtos diferenciados como espantalhos de 1,5m de altura, balões gigantes, bandeirinhas supercoloridas, chapéus, vestidos e vários outros artigos utilizados para enfeitar as festas e vestir os participantes a caráter. “A procura já começou. Este é um período excelente para vendas, porque, além das festas, muitas pessoas fazem o aniversário temático em casa e investem na decoração.”
2% é a projeção de alta na comercialização de artigos típicos para este ano, em relação a 2014
FESTAS TÍPICAS Apesar de “junina”, muitos clubes, igrejas e escolas começam as festividades em maio, assim como tem aqueles que estendem a data até julho. O pontapé inicial, este ano, ocorreu nos dias 15 e 16 de maio, na Paróquia Nossa Senhora do Lago. Mas a programação é variada, e todas as regiões administrativas do DF preparam festas. O presidente do Sindeventos, Chico Maia, confirma que essas festas são bairristas e geralmente produzidas pela própria comunidade. “Essa é uma festa que ainda não consideramos profissional. Revista Fecomércio DF 43
Geralmente, as igrejas e escolas da cidade organizam o evento com contribuição direta das famílias, desde a decoração até a produção de comidas.” Apesar do “bairrismo”, alguns eventos recebem um número grande de visitantes e geram lucro para os organizadores. “Nosso mercado é voltado para festas corporativas, mas essa data movimenta sim o mercado, principalmente de fornecedores, como bufês, bandas, infraestrutura e montagem”, destaca Maia. De acordo com o presidente do Sindicato de Clubes e Entidades de Classe, Promotora de Lazer, e de Esportes do Distrito Federal (Sinlazer), Claudionor Santos, metade dos 33 clubes afiliados à entidade estão organizando festas. Um evento de grande porte, como os realizados pelo Iate Clube e Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), atrai cerca de 10 mil pessoas e pode custar até R$ 800 mil para ser organizado. Santos garante que o investimento compensa. “O retorno é de aproximadamente 20% sobre o valor gasto. É satisfatório, levando em conta que, em muitos casos, sócios não pagam. Toda a receita é revertida para melhorias nos clubes”, diz. Claudionor conta que as festas juninas e o réveillon são as melhores datas do ano para clubes que tradicionalmente organizam festas. “Celebramos também o carnaval, mas ele anda em baixa, já que muitos viajam nessa época com amigos ou com a família”, conclui.
“Este é um período excelente para vendas, porque, além das festas, muitas pessoas fazem o aniversário temático em casa e investem na decoração” Branca Rodrigues gerente da loja Casa e Festa
De acordo com o chefe de Divisão do Sesc-DF, Guilherme Reinecken, algumas unidades, como Ceilândia, recebem cerca de 10 mil pessoas nos dois dias de evento, por ser uma festa voltada para o público que estuda na unidade. “Toda a família prestigia, inclusive este ano ela será realizada em agosto, quando esperamos receber desde alunos da educação infantil até os idosos do projeto Mais Vividos. É uma festa segura, lúdica e organizada para a família e toda a comunidade”.
44 Revista Fecomércio DF
Confira a programação:
O Sesc-DF não poderia ficar de fora e preparou uma programação especial em sete unidades, com festas sempre a partir das 18 horas. A entrada custa R$ 5 para comerciário/dependentes, e R$ 7 para usuário (com exceção da unidade de Samambaia, que tem entrada franca).
30 de maio - Tag. Sul 12 de junho - 913 Sul 12 e 13 de junho - Gama 3 e 4 de julho - Tag. Norte 11 de julho - Guará 11 de julho - Samambaia 7 e 8 de agosto - Ceilândia
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Revista Fecomércio DF 45
agenda fiscal
Distribuição de lucros e lucro presumido O artigo 10 da Lei nº 9.249/1995 define que a distribuição de lucros não está sujeita à incidência do Imposto de Renda na fonte pelas empresas tributadas com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado e nem integrará a base de cálculo do imposto do beneficiário. No entanto, o governo federal identificou (ou criou) uma “brecha” na legislação para acompanhar, “bem de perto”, a movimentação das empresas. Assim, definiu no artigo 5º da Instrução Normativa nº 1.420/2013, expedida
Calendário
pela Receita Federal, que o módulo denominado Escrituração Contábil Digital (ECD) deve ser transmitido até o dia 30/6/2015 pelas “II – as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita; …”. Por enquanto, estão dispensadas dessa
obrigação as sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. Não estão obrigadas à entrega as empresas que não apresentaram movimento no período e, por falar nisso, movimento não significa faturamento e sim total ausência de fato contábil. Mais ainda, os empresários devem providenciar, com máxima urgência, o certificado digital, pois não é possível transmitir o arquivo sem esse. Fiquem atentos às novas regras.
5 a 30/6/2015 O QUÊ e QUANDO pagar? 5/6 6/6 15/6 19/6 22/6 25/6
30/6
• FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 5/2015 • Data-limite para pagamento dos Salários referente a 5/2015 • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/5/2015 • Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 5/2015 • Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 5/2015 • Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 5/2015 • SIMPLES NACIONAL referente a 5/2015 • ISS e ICMS referente a 5/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações) • PIS e COFINS referente a 5/2015 • Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 5/2015 • 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado • Carnê Leão referente a 5/2015 • IRPJ e CSLL referentes a 5/2015, por estimativa • COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/6/2015 • Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUÊ e QUANDO entregar? 5/6 15/6 22/6 30/6
Cristiano Costa
Várias
• Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 5/2015 • Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 4/2015 • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente a 4/2015 • Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 5/2015 • Escrituração Contábil Digital (ECD) a SRF/MF referente ao ano calendário 2014 • Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 5/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009)
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
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prêmio
Mérito Mercador Candango //Por Daniel Alcântara
Foto: Cristiano Costa
Desde sua criação em 2003, premiação já homenageou 96 personalidades do DF O Mérito Mercador Candango, realizado pela Fecomércio-DF, chega à sua oitava edição em 2015 e está marcado para ocorrer em 15 de julho, às 20h, em homenagem ao Dia do Comerciante. A expectativa é de que 700 pessoas compareçam ao evento, que será realizado na Hípica Hall, para prestigiar o prêmio, que é um reconhecimento ao trabalho dos empresários que acreditaram no desenvolvimento do capital da República. O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, ressalta que o Mercador Candango valoriza os empresários que ajudam a gerar emprego e renda na capital do País. “O mérito é uma homenagem aos nossos bravos e nobres empresários brasilienses. Em um País onde ter o próprio negócio significa superar uma avalanche de dificuldades, como a elevada carga tributária e a extrema burocracia, é preciso valorizar histórias de suces-
so e exemplos daqueles que ajudam a transformar positivamente a realidade do Brasil”, destaca o presidente Adelmir Santana. Desde sua criação em 2003, o Mercador Candango já homenageou 96 personalidades. Na edição passada, que ocorreu no ano de 2013, foram 15 empreendedores condecorados: Adão Gomes Pereira, Adriana Muniz, Antônio do Valle, Eunício de Oliveira, Geraldo Tadeu Siqueira, Hilton Carvalho “in memoriam”, Jaira Coca, Jonas da Costa Freire, José do Patrocínio Leal, Laudenor Limeira, Luiz Maria de Ávila Duarte, Paulo de Mendonça Maia, Ronaldo Junqueira, Ruben Parrilla e Sandra Costa. O senador Eunício de Oliveira, um dos homenageados na última edição do prêmio, ressalta que o empresário sempre está em uma constante luta para superar as adversidades impostas pela elevada carga tributária brasileira. “Quem tem espírito empre-
endedor sempre busca o desenvolvimento, gerando emprego e renda. A homenagem é mais do que justa para quem trabalha duro para transformar a cidade no que ela é hoje.” Neste ano, a comissão julgadora ainda está avaliando os nomes que foram sugeridos pelos sindicatos da base da Fecomércio-DF. “A escolha desses homenageados inicia-se nas bases sindicais da Federação. Foram várias as indicações, tornando uma tarefa difícil escolher apenas alguns. Porém, tenho certeza que o prêmio estará nas mãos dos empresários que são exemplos a serem seguidos por jovens empreendedores da capital do País”, afirma Adelmir. “Os séculos passaram, mas a profissão de comerciante, talvez uma das mais antigas da história, continua a ditar o modo de vida da sociedade. O Estado precisa dar mais atenção aos interesses legítimos dos empresários do comércio”, conclui. Revista Fecomércio DF 47
economia
Indicadores do comércio //Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
E
m abril, a desconfiança quanto aos ajustes na economia, bem como a falta de clareza no conteúdo e no alcance das políticas de governo, continuou influenciando negativamente o desempenho das atividades do comércio. Ainda pairam sobre a cabeça do empresário do comércio do Distrito Federal, dúvidas quanto à extensão das medidas de contenção de gastos, aumentos de impostos e a nãoconcessão de aumentos salariais aos servidores públicos, tanto na esfera local quanto na federal. Uma certeza todos têm: o poder de compra do consumidor de Brasília já está reduzido e será bastante afetado por qualquer dessas medidas. Reflexos negativos estão presentes em todos os indicadores. O
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Abril
Março
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Abril 2015
Fevereiro 89,7 90,7 90,2
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
endividamento e a inadimplência continuam crescendo, a intenção de consumo, especialmente de bens duráveis, está reduzindo e a confiança dos empresários quanto a investimento e expectativas dos negócios também teve queda. O nível de endividamento das famílias em Brasília (83,8%), como vem ocorrendo há algum tempo, superou, em abril, o nível nacional (62,3%) em mais de 21%. A taxa de inadimplência (dívidas não pagas há mais de 90 dias) atingiu 9,2%, representando uma alta de 1,4 ponto percentual em ralação a março. Houve redução de 1 ponto percentual nas dívidas parceladas no cartão de crédito. Abaixo o quadro de desempenho dos principais índices da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).
0,3 0,0 0,1 9,2 7,8 7,6 83,8 82,2 81,4
Fonte: CNC
Apesar ter sido menor em abril, a tendência de queda continua no Índice de Intenção de Consumo das Famílias. Em relação a março o indicador caiu 2,8 pontos percentuais, influenciado pela queda nas famílias de renda até 10 salários mínimos (3,1 pontos percentuais). ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal Abril
Março
Abril 2015
Fevereiro 112,9 115,1 122,1
Mais de 10 SM
96 99,1 109,9
Até 10 SM
Outros fatores de grande influência são as taxas de juros praticadas no País. Os valores nominais continuam em constante crescimento, mais fortemente nos últimos seis meses. Na comparação de abril em relação a março, os destaques ficam paras as taxas cobradas da Pessoa Jurídica, com a Conta Garantida, subindo de 116,29% em março para 120,71% em abril, ou seja, 4,42 pontos percentuais. No crédito à Pessoa Física continuam campeãs as taxas do Cheque Especial (205,06% em abril, contra 201,74% em março) e do Cartão de Crédito (295,48% em abril, contra 290,43% em março).
Taxax de Juros Pessoa Jurídica
Conta garantida
101,3 104,1 113,8
38,64% 31,68%
SM: Salário Mínimo Fonte: CNC
Março
38,32% 31,37%
O ICEC em abril apresentou queda (7 pontos) no índice geral, em relação ao mês de março. Isoladamente, destaca-se a queda de 8,6 pontos na confiança nas condições atuais do comércio e de 8,3 pontos em relação às expectativas do setor e da economia nacional.
Fevereiro
ICEC - Índice de Confiança Empresário do Comércio DF Abril Indicadores investimento
Março
37,51% 29,08%
Fonte: CNC
116,29%
109,10%
Fonte: ANEFAC Taxas de Juros Pessoa Física
Abril 2015
Março Fevereiro
Empréstimo pessoal bancos 119,9 118,2 131,2
CDC Financiamentos automóveis
Janeiro 139,24% 138,71% 138,18%
Empréstimo pessoal financeiras
88,5 92,7 96,9
54,7 63,3 70,5
Fevereiro
60,10% 59,00% 58,27% 27,27% 26,97% 26,68% 205,06% 201,74% 195,20%
Cheque Especial
295,48% 290,43% 276,04%
Cartão de Crédito ICEC - Geral
120,71%
Abril 2015
Indicadores das expectativas
Indicadores das condições atuais
Capital de Giro
Desconto de duplicatas
Abril
Geral
Abril 2015
87,7 94,7 99,5
Juros do Comércio
82,90% 82,48% 81,65%
Fonte: ANEFAC Revista Fecomércio DF 49
alimentação
Mesa farta //Por Andrea Ventura
Foto: Cristiano Costa
Programa Mesa Brasil completa 12 anos neste ano, com ações que visam reduzir a desigualdade social de pessoas em estado de vulnerabilidade social
O
Programa Mesa Brasil, do Sesc, completa 12 anos de atuação no Distrito Federal. É um programa nacional no âmbito da segurança alimentar e nutricional, de combate ao desperdício de alimentos e redução da fome, uma rede de banco de alimentos que tem a finalidade de intensificar o acesso aos alimentos em reconhecimento ao direito humano à alimentação, contribuindo dessa forma, para minimizar a desigualdade social no País, em uma perspectiva de inclusão social. Além da arrecadação e distribuição dos alimentos, o programa promove ações educativas nas áreas de nutrição e serviço social, que ocorrem por meio de palestras, cursos e oficinas, objetivando, pela nutrição, a melhoria da qualidade das refeições oferecidas, o aproveitamento integral dos alimentos e a educação alimentar, e pelo serviço social, a organização da gestão, a sustentabilidade e fortalecimento institucional. No ano passado, 190 entidades foram beneficiadas. O programa em 2014 doou mais de um milhão de quilos de alimentos, complementando
7.607.873 milhões de refeições de indivíduos em situação de vulnerabilidade social. Em 2015 o programa Mesa Brasil no Distrito Federal vai oferecer palestras, oficinas e treinamento sobre temas de interesse do segmento de alimentação, como desperdício de alimentos, aproveitamento integral dos alimentos e alimentação saudável. Todos os anos o programa promove encontros com os parceiros do programa, visando dar total transparência aos resultados obtidos. Atualmente, o programa atende 186 instituições do DF cadastradas. Desde sua implantação no DF, em 2003, arrecadou e doou 8.679.829,55 milhões de quilos de alimentos, complementou mais de 68 milhões de refeições e atendeu 122 mil pessoas/ano, abrigadas em 338 instituições sociais. Uma dessas instituições é a creche Assistência de Amigos Missão Infantil Soldadinho de Jesus, no Recanto das Emas. A
creche atende cerca de 60 crianças com idade entre cinco meses e quatro anos. Para a presidente da instituição, Isamar Pereira dos Santos, sem a ajuda do Mesa Brasil, a creche já teria fechado. “É uma bênção que veio do céu, são verdadeiros anjos. É um sofrimento com alimentação dessas crianças. Mas depois que comecei a receber as doações, não falta leite nem fruta”, conta Isamar. A creche recebe mães que muitas vezes não têm condições de oferecer alimentação para os filhos em casa. “Há mães que trabalham como empregadas domésticas e muitas não têm o que comer em casa, e para essas eu também entrego alimentos”, revela. As doações à creche são feitas a cada 15 dias.
@sescdf /sescdistritofederal
1,049 milhão de quilos de alimentos foram arrecadados e doados 7,6 milhões de atendimentos somente em 2014 186 entidades cadastradas em 2014 50 Revista Fecomércio DF
www.sescdf.com.br
caso de sucesso
Mudança na área de atuação //Por Sílvia Melo
Foto: Raphael Carmona
Ao trocar o trabalho no comércio pela logística, Danúbia sente-se realizada profissionalmente
D
anúbia Dias Pereira, de 30 anos, começou a trabalhar no comércio aos 15 anos, no Mato Grosso do Sul. Em 2007, decidida a arrumar um emprego melhor e passar em um concurso público, mudou-se para Brasília. Sem experiência em outras áreas, voltou a trabalhar no comércio, como gerente de uma loja no Shopping de Sobradinho, cidade que escolheu para morar e estudar. Cansada da rotina do comércio, aproveitou a oportunidade que surgiu de uma bolsa de estudo no Senac e fez o curso Técnico em Logística. Pediu demissão, passou quatro meses desempregada e atualmente trabalha na área de logística de uma grande rede de supermercados. Ao escolher o curso, Danúbia não tinha noção do que se tratava a logística. “Escolhi porque achei interessante a descrição do curso por trabalhar em área de transporte, estoque e armazenamento”, explica. “Também queria aproveitar a oportunidade de ter ganhado a bolsa pelo Programa Senac de Gratuidade para sair da área do comércio, pois já estava saturada”, afirma. A estudante fez o curso na unidade de Sobradinho,
52 Revista Fecomércio DF
entre 2012 e 2014 e comemora por ter acertado na escolha. “A principal mudança foi entrar para uma grande empresa. Nunca tive os benefícios que hoje essa empresa proporciona. Consegui graças a Deus e também ao Senac. Foi esse curso que me abriu as portas”, conclui. SOBRE O CURSO O curso Técnico em Logística tem carga horária de 990h e prepara profissionais para atuar em pequenas, médias e grandes empresas, industriais, comerciais, de serviços e do agronegócio, em qualquer ponto da cadeia logística. As próximas turmas serão oferecidas a partir de julho, nas unidades do Senac em Ceilândia e Taguatinga.
Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br
EMPRES
A IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
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0800 605 2020 parcerias@unicef.org
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
Contribuição previdenciária e aviso prévio
54 Revista Fecomércio DF
titui ganho habitual, razão pela qual sobre ela não é possível a incidência de contribuição previdenciária, conforme entendimento do STJ. Quanto ao aviso prévio indenizado, esse não integrava o salário de contribuição por expressa previsão legal e em Decreto, o que foi suprimido pela Lei 9.528/97 e Decreto 3.048/99. A Fazenda Nacional, amparando-se nessa alteração, passou a sustentar que é legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de aviso prévio indenizado. Posicionamento consolidado no STJ é de que sobre as importâncias pagas em indenização, que não de serviços prestados nem de tempo à disposição do empregador, não incide contribuição previdenciária. Assim, não concedido o aviso prévio pelo empregador, nasce para o empregado o direito, previsto no art. 487, § 1º, da CLT, ao aviso prévio indenizado, que visa a reparar o dano causado ao trabalhador que não fora alertado sobre rescisão contratual com a antecedência estipulada na CF. Portanto, segundo o STJ, não incide contribuição previdenciária sobre aviso prévio indenizado, tampouco sobre terço adicional de férias, sejam essas indenizadas ou usufruídas.
Raquel Corazza consultora jurídica Ope Legis Consultoria Empresarial
Posicionamento consolidado no STJ é de que sobre as importâncias pagas em indenização não incide contribuição previdenciária
Cristiano Costa
A Constituição Federal (CF) estabelece que “os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária na forma da lei” (art. 201, § 11). O art. 22, I, da Lei 8.212/91, dispõe que: “A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social é de: I – 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas durante o mês, aos segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma”. Por outro lado, o conceito de salário de contribuição do empregado é previsto no art. 28, I, da Lei 8.212/91, segundo o qual “entende-se por salário de contribuição a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja sua forma, inclusive gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo ou sentença normativa”. No que se refere ao adicional de férias relativo às férias indenizadas, a não-incidência de contribuição decorre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, “d”, da Lei 8.212/91 - redação da Lei 9.528/97). Já em relação ao adicional de férias sobre às férias gozadas, tem natureza indenizatória e/ou compensatória, pois não cons-
empresário do mês
Diversão levada a sério //Por Andrea Ventura
Foto: Raphael Carmona
Parque Nicolândia vive seus dias de glória com investimento em novas atrações e o filho do patriarca da família, Marcelo Márcio Gomes de Souza, à frente dos negócios
Q
uem é de Brasília ou mesmo mora na cidade há alguns anos conhece o parque de diversões Nicolândia. Localizado no Parque da Cidade, o centro de diversões recebe de quinta a domingo cerca de 5 mil pessoas, que se divertem nas 28 atrações. Uma delas é a roda gigante Ferri Whell, instalada em março do ano passado. Quem utiliza o parque da cidade à noite consegue vê-la de qualquer lugar. Mas nem sempre foi assim, para chegar a esse patamar, foi preciso muito esforço de uma família. A história do Nicolândia funde-se com a história da cidade e do seu criador, Antônio Hilário de Souza, conhecido como “Seu Nico” que chegou a Brasília em 1968. Ele trabalhava no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas depois do fechamento do local foi gerenciar uma rede de parques de diversões. Quando saiu, o acerto trabalhista era uma roda gigante. O empresário começou uma atividade com parque itinerante. Passou por Minas Gerais, Goiás e chegou à capital. “O Nicolândia faz parte da história de Brasília, uma das epopeias da cidade”, conta o empresário e filho do fundador, Marcelo Márcio Gomes de Souza. Até a morte do Seu Nico, em setembro de 2001, o parque era administrado pelo fundador e por sua esposa, Dona Maria Gomes. “Eu e o meu irmão, Marco Antônio Gomes de Souza, ficávamos nos bastidores, só observando”, revela Marcelo. Uma das maiores dificuldades da família foi a regularização do espaço. “Não por culpa nossa, mas pela inoperância do poder público. Hoje nós estamos regularizados – temos apoio do GDF, que vê com bons olhos o Nicolândia. É uma parceria de gerar mais empregos e surpreender cada vez mais a sociedade”, afirma. O parque emprega hoje 110 funcionários. A morte do patriarca foi um momento de reflexão para a família. “Pensamos que era preciso manter a tradição, continuar com esse legado. Eu cresci no parque. A gente via as famílias, muitas gerações, pais que vinham quando eram jovens e depois trazendo seus filhos. É um local que marcou, era uma referência para as famílias”, conta. A reflexão resultou em determinação. “Tivemos o
ímpeto de colocar o Nicolândia no rol de melhores parques do Brasil. E hoje tenho orgulho de dizer que o Nicolândia já não é mais promessa, e o sucesso da marca é resultado de diversos fatores, como a veia empreendedora que temos, que herdamos do nosso pai, a dedicação e o conhecimento de mercado”, define. Para crescer investiram em atrações novas, fizeram viagens a feiras de entretenimento, conheceram parques. “Meu pai era muito seguro na hora de investir, não gostava de fazer dívidas, não arriscava. Mas a gente arriscou muito e acreditamos que o crescimento só vem se investirmos. Foi o que fizemos. Nos dedicamos e levamos o Nicolândia para a frente”, revela. “O Nicolândia hoje é o cartão-postal da cidade, um empreendimento à altura de Brasília. Nós nos orgulhamos de falar que crescemos e fomos criados aqui. É uma empresa da cidade, que cresce com ela”, explica. Apesar de não apontar sua receita anual, o empresário revela que o investimento é alto. A famosa roda gigante custou R$ 3,5 milhões e aumentou a frequência no parque em 50%. “Vamos continuar investindo também no público infantil – há muitas novidades para o ano que vem”, adianta o empresário. Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Renato Carvalho Gerente de Mídias Sociais & Conteúdo da ClickLab
Jens Schriver Diretor-Executivo da ClickLab
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Agora é oficial: o Mobile está em primeiro lugar Há muito tempo já estamos batendo nessa tecla em nossa coluna sobre tecnologia. A navegação móvel crescia e nós alertávamos aos empreendedores, grandes ou pequenos, que estava passando da hora de se adaptar a essa nova realidade. Falávamos de a necessidade das empresas terem sites que fossem fáceis de serem navegados por smartphones e tablets e que, com o tempo, essa necessidade só aumentaria. Pois bem, chegou a hora. Só que desta vez, quem não se adaptar, não só perderá oportunidades como também será prejudicado por isso. O Google, que atualmente domina 90% de todas as pesquisas online feitas no Brasil, anunciou recentemente que, desde 21 de abril, seu novo algoritmo irá começar a verificar os sites e a testar aqueles que são compatíveis com o acesso mobile. Sites que forem reprovados nesse teste começarão a perder posições no ranking de buscas, indo, cada vez mais, para as últimas páginas dos resultados das pesquisas. Segundo a própria empresa, “conforme mais pessoas usam dispositivos móveis para acessar a internet, nossos algoritmos têm de se adaptar a essa camada de uso.” E adiciona: “agora, o Google vai priorizar páginas de serviços que são bons para o meio que a pessoa está usando.” Atualmente, mais de 60% das pesquisas realizadas pela ferramenta ocorrem por meio de dispositivos móveis, e, como já alertamos diversas vezes, esse número só tende a aumentar.
A porta para um novo mundo Depois de muitos testes e aprimoramentos, o Oculus Rift chegou a sua versão final. O aparelho, uma espécie de capacete que, quando ligado ao computador, imerge o usuário em um ambiente 3D de realidade virtual, exibe 400 milhões de pixels por segundo e possui duas telas com resolução combinada de 2160 x 1200 pixels a 90Hz. Para usar essa beleza, no entanto, o investimento será grande. As especificações para ter a melhor experiência com o Oculus pedem uma placa NVIDIA GTX 970 / AMD290 ou superior, Intel i5-4590 ou superior, 8gb+ de RAM, Saída compatível com HDMI 1.3, 2 portas USB 3.0 e Windows 7 SP1 ou superior. Data de lançamento e preço ainda não foram divulgados. 56 Revista Fecomércio DF
60% dos acessos ao Google são feitos por dispositivos móveis
COMO SE PREPARAR PARA ESSA NOVA REALIDADE? O principal a se fazer agora é testar se seu site é considerado compatível pelo novo algoritmo do Google. Para isso, a empresa lançou o Mobile-Friendly Test, ferramenta que irá analisar sua página, aprovando-a ou não. Caso seja reprovado, recomendamos fortemente contratar uma empresa especializada para fazer a reformulação. Lembramos que, mesmo que seu site pareça bonito quando acessado, o algoritmo irá ver muito mais a estrutura do que a beleza, por isso, mesmo sites lindos podem ser prejudicados. Não há mais tempo a perder. Ou o empreendedor se adapta à nova realidade de navegação móvel, ou ele irá ver, cada vez mais, seu negócio sumindo da internet.
Uma simpática acompanhante Está chegando ao mercado um drone que, apesar de não ser o mais poderoso, com certeza é o mais simpático de todos. O projeto batizado de Lily, consiste em um pequeno quadricóptero (popularmente chamado de Drone), que possui a capacidade de voar autonomamente, isto é, sem alguém o controlando diretamente. Para realizar tal façanha, Lily conta com um dispositivo remoto que sinaliza sua posição e o orienta no espaço. Para ativá-lo basta lançá-lo ao ar. Lily entra em funcionamento automaticamente e ainda pode filmar e bater fotos de seu dono, utilizando uma câmera de 12 megapixels e 1080p de resolução a 60 quadros por segundo. E se tudo isso não fosse incrível o bastante, ainda existe a possibilidade de você controlá-lo por meio de um aplicativo para o celular.
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Para as mamães Aplicativos para celular como o Mãe Coruja e o Baby Log permitem aos papais e mamães manterem um registro sobre tudo o que acontece com seu bebê no dia-a-dia, incluindo horários de amamentação e trocas de fraldas. Uma excelente opção para quem precisa de uma agenda sempre organizada.
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(com opções pagas) Revista Fecomércio DF 57
ensino
Oportunidade de crescimento //Por Luciana Corrêa
Foto: Raphael Carmona
Curso de Marketing é um dos destaques para o próximo semestre Com um amplo mercado, o curso de Tecnologia em Marketing, oferecido pela Faculdade de Tecnologia Senac do Distrito Federal, é um dos destaques da instituição para o próximo semestre. Segundo a coordenadora do curso, Graciere Barroso, as opções para quem quer conquistar sua vaga no mercado de trabalho são diversas. “Marketing é um iceberg. Aqui na instituição, ele tem um viés na gestão. Ensinamos parâmetros operacionais de pesquisa, publicidade e merchandising. Com isso, o aluno vai aprender a gerenciar e poderá atuar em diversas áreas”, explica. Algumas opções de carreiras que os alunos podem seguir, citadas pela coordenadora são: atuar em gráficas, eventos, cinema, divulgação, montar empresas prestadoras de serviços para eventos, mídias digitais, entre outras. O curso também forma profissionais aptos a atuar na gerência de empresas e em seus empreendimentos. O ex-aluno, Welington Silva, de 35 anos, conta que sua visão profissional antes do curso era limitada e, após sua formação pela Faculdade Senac, cresceu e hoje se destaca no mercado. “Sempre gostei de Marketing, e como eu trabalho com organização de eventos, percebi que seria um ótimo curso para alavancar meus conhecimentos práticos em eventos. Percebi competências em mim que eu desco-
nhecia. Inclusive, a vontade de me tornar professor no futuro”, conta. Welington pretende ainda fazer especializações na área. “Já tenho duas que estão no meu cronograma. Sou empreendedor, meu projeto de futuro é atuar como consultor em empresas e voltar para a sala de aula como professor”, concluiu. Na Faculdade Senac, a duração média do curso de Marketing é de dois anos e é oferecido no turno noturno, na unidade 903 Sul. A aluna Aryane de Jonas Godinho, de 32 anos, está no 3º semestre e sempre esteve envolvida na área cultural, com economia criativa, e sentiu a necessidade de se apropriar de alguns conceitos do Marketing para crescer na área. “Estou adorando o curso. Temos professores que são seres humanos inspiradores acima de tudo e isso faz toda a diferença. Como comecei a trabalhar muito cedo, na área de produção cultural, tive a oportunidade de transitar entre as diferentes atividades e responsabilidades dessa cadeia produtiva. Hoje sou diretora de Programas e Diversidade Cultural da Subsecretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Estado de Cultura do DF”, contou. NOTA ALTA A Faculdade Senac-DF passou pelo processo de avaliação do Ministério da Educação (MEC) para renovação do reconhecimento do curso de Tecnologia em Marketing, em abril. A nota alcançada foi 4, na escala de 0 a 5. A visita dos agentes do MEC consiste em avaliar toda a organização didático-pedagógica, o corpo docente e a infraestrutura. Os principais destaques da avaliação foram: projeto do curso estruturado, com objetivos claros e perfil do egresso definido de forma a atender o mercado de trabalho; apoio ao aluno e uso de tecnologias da informação; nota 5 para a coordenação do curso, pela sua experiência profissional, bem como sua carga horária dedicada ao curso; professores com experiência profissional também receberam nota 5; salas de aula bem equipadas com recursos multimídias, tela de projeção e ar condicionado; e o fato de atender aos quesitos de acessibilidade. VESTIBULAR O segundo processo seletivo 2015 da Faculdade de Tecnologia Senac do Distrito Federal está com as inscrições abertas, presencialmente, na unidade 903 Sul e pela internet por meio do portal (www.facsenac.edu.br). O candidato pode se inscrever de segunda à sexta-feira, das 9h às 21h30. A taxa de inscrição está no valor de R$ 20. A prova será aplicada no dia 24 de maio, às 10h. Mais informações pelo portal
instituto fecomércio
Troca produtiva de ideias //Por Fabíola Souza
Foto: Raphael Carmona
Brasília é sede do Fórum Nacional de Dirigentes dos IFs de todo o País
B
rasília foi a cidade escolhida para sediar o 7º Fórum Nacional de Dirigentes dos Institutos Fecomércio, que ocorreu nos dias 14 e 15 de Elizabet Garcia, diretora, e Adelmir Santana, presidente do IF maio, na sede da Fecomércio. Além dos convidados de 12 estados, também participaram da reunião o vice-presidente-fnanceiro, Paolo Orlando Piacesi, diretores, assesCONVIDADOS sores da Fecomércio e representantes da Confederação O presidente do Sebrae-DF, Luís Afonso Bermúdez, Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). ministrou a palestra “A Lei Geral da Pequena Empresa: O próximo encontro está marcado para os dias 15 e 16 de Oportunidades para Jovens Empreendedores”. Para ele, é outubro em Aracaju, Sergipe. um desafio inserir todos os jovens estudantes no mercaO presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, redo de trabalho, por isso os setores de comércio e serviço alizou a abertura do encontro e ressaltou que a iniciativa são ótimas alternativas para a realização profissional. De é uma ótima oportunidade para conhecer a realidade dos acordo com uma pesquisa do Sebrae sobre o Perfil do Emoutros estados, verificar as dificuldades enfrentadas e compreendedor Brasileiro, o segmento de negócio que mais partilhar os casos de sucesso. “Também precisamos criar atrai o potencial jovem empreendedor é o de serviços. “O uma cultura de inovação, muitas vezes esquecida”, apontou empreendedorismo, principalmente com foco no jovem Adelmir no discurso de abertura do evento. empreendedor, tem que ser entendido pelos líderes como Santana explicou que o Sistema Fecomércio conta com uma saída e um tema relevante para o desenvolvimento soum braço da formação educacional, o Senac, outro braço cioeconômico brasileiro”, apontou Bermúdez. A consultora da assistência aos trabalhadores, o Sesc, e o Instituto Fede pesquisas do IF-DF, Andréa Antinoro, terminou as aprecomércio complementa a assistência às empresas de cosentações do dia com a palestra “Pesquisa de Mercado: mércio e serviços, oferecendo pesquisas de mercado, como Saber e Poder!”. a Conjuntural, que destrincha mensalmente a realidade das micros e pequenas empresas (maioria no DF), além de realizar pesquisas de expectativa de vendas nas principais datas comerciais, estudos encomendados por empresários para orientar sobre a realidade do mercado. “Oferecemos cursos in company e somos um agente de integração para o estágio, entre empresas e estudantes”, apontou Adelmir. A diretora-executiva do IF-DF e presidente do Fórum, Mais informações Elizabet Garcia Campos, afirmou que o objetivo do encon@if_df tro é discutir e compartilhar ações, visando a uma melhor /institutofecomerciodf gestão das instituições. “É um momento de discussão para alcançar uma integração cada vez maior, com foco no forinstitutofecomerciodf.com.br talecimento e no desenvolvimento institucional, em uma perspectiva de potencializar a competitividade e a efetividade do sistema”, disse. Revista Fecomércio DF 59
sindicatos
As feiras do DF pedem socorro //Por Fabíola Souza
Foto: Raphael Carmona
Sindifeiras luta pela criação de uma secretaria específica para tratar dos feirantes
A
vocação do Distrito Federal é para comércio e serviços, porém o descaso com as feiras da cidade demonstra total falta de organização em preservar o patrimônio comercial por parte do governo. A situação é tão crítica que, pela primeira vez na história da cidade, foi realizada uma audiência pública para tratar das Feiras do DF. De acordo com o presidente do Sindicato dos Feirantes do Distrito Federal (Sindifeira-DF), Francisco Valdenir Elias, problemas dentro das feiras do DF é o que não falta. “Na história do sindicato, foi a primeira vez que conseguimos uma audiência pública, o que foi de grande importância, pois estavam representadas todas as feiras do DF”, ressalta. O autor da iniciativa foi o deputado Renato Andrade (PR). No encontro, realizado
60 Revista Fecomércio DF
no dia 27 de abril de 2015, foram levantadas propostas como recadastramento e regularização das feiras. O Sindifeira foi fundado em 1977 e atualmente abriga 84 feiras, entre feiras livres, permanentes e shoppings populares. Representa aproximadamente 30 mil feirantes, que proporcionam 100 mil empregos diretos e indiretos. REIVINDICAÇÕES Valdenir acredita que a principal iniciativa que o Governo deveria ter é a criação de uma secretaria específica para tratar dos feirantes, ambulantes, banca de jornal e revista, quiosques, trailers e similares. “Talvez assim nós acertássemos em todos os erros que foram cometidos no passado”, aponta o presidente. Outra questão apresentada pela categoria é
a inclusão das feiras do DF no Plano de Turismo da cidade, assim como o cadastro único e a revitalização das feiras. “O turista vem para Brasília e ele só conta com duas feiras: a Feira da Torre e a Feira dos Importados. Gostaríamos que incluíssem nos roteiros turísticos todas as feiras, que elas tivessem no calendário turístico de visitação do GDF”, afirma. Francisco diz que atualmente existem muitos boxes abandonados na maioria das feiras por causa da falta de políticas públicas para o setor. O feirante se vê obrigado a voltar a vender na rua, o que prejudica o comércio estabelecido no local e coloca em risco a sua mercadoria. “Ele veio da rua como ambulante, o Estado foi e concedeu cidadania para ele virar feirante e ter o local apropriado para vender. Mas depois o feirante se vê forçado a voltar à ilegalidade porque não existe uma política pública para as feiras”, lamenta Valdenir. Segundo ele, se o governo oferecesse emprego para os feirantes com uma média salarial de R$ 1,5 mil, cerca de 80% a 90% dos feirantes deixariam os boxes. Outro ponto levantado pelo presidente do sindicato foi a falta de linha de crédito. “Ninguém consegue linha de crédito para feirante. Quando chega até o gerente e fala que trabalha em feira, ele diz que te dá R$ 5 mil de crédito. O que se faz com esse dinheiro?”, questiona. Para ele, o que sustenta a maioria das feiras do DF atualmente são as vendas de frutas, verduras e comidas típicas de outras regiões. PROBLEMAS ESTRUTURAIS A distribuição dos boxes nos shoppings populares é outro problema que prejudica o setor. “O Estado faz uma feira onde há 60 feirantes. Daí, constrói 300 boxes, mas apenas 60 pessoas querem trabalhar no local. Então, os outros repassam o ponto para quem não é comerciante, mas eles não ficam no espaço, ao contrário, deixam os boxes fechados e os clientes param de ir porque tem muito box fechado”, critica Valdenir. A situação é tão séria que Francisco explica que se o trabalhador não levar comida de casa, alguns passam o dia
sem fazer nenhuma refeição, porque não conseguem vender nada. Atualmente, não existe nenhuma feira modelo, que o funcionamento sirva de inspiração para as outras. Apesar disso, o presidente elogia a estrutura do Shopping Popular localizado perto da Rodoferroviária, que conta com um grande estacionamento. Além dela, existem mais dois Shoppings Populares, um na Ceilândia e outro no Gama. “O shopping do Gama, por exemplo, era para 460 boxes, mas fizeram 1.012 boxes e um estacionamento que se dá 20 carros é muito. Aumentaram a estrutura, mas conclusão: existe um monte de boxes fechados, porque não são comerciantes. Agora se você passar no centro do Gama vai ver vários feirantes. O governo precisa chamar a categoria para conversar sobre uma solução para esses problemas”, aponta Valdenir. No Distrito Federal existe a Lei nº
“Ninguém consegue linha de crédito para feirante” Francisco Valdenir presidente do Sindifeira-DF
4.748, de 2 de fevereiro de 2012, que dispõe sobre a regularização, a organização e o funcionamento das feiras livres e permanentes no DF. Valdenir defende que a lei ainda não é o ideal para o setor, mas certamente ajuda. “O problema é quando você vai cumprir a lei. Cada Administração Regional tem uma interpretação. Costumo comparar as leis à Bíblia, pois cada um interpreta de uma maneira”, lamenta. Para ele, seria melhor a criação de um órgão e dentro dessa estrutura houvesse câmaras temáticas divididas por assuntos, e as decisões
fossem tomadas em conjunto com algum representante do governo e outro das feiras. “Em época de campanha, os candidatos ao Executivo disseram que a criação de uma Secretaria exclusiva para este assunto era totalmente viável. Só que depois de eleito, ninguém consegue mais falar com o governador. As feiras estão pedindo socorro. É preciso que sejam feitas revitalizações. Se não for feito nada, é muito provável que todos voltem para as ruas. Porque não tem como você ficar em um local que o feirante não consegue vender”, afirma Francisco. A questão das instalações de água e luz individualizadas, por exemplo, está na lei, mas não é a realidade das feiras. Segundo o presidente do Sindifeira-DF, existem feiras que estão com a luz cortada há dois anos e está há mais de seis meses sem água. Outro exemplo triste é em relação à feira que funciona na Praça do Bicalho, em Taguatinga. A feira nasceu com a cidade, que vai completar 57 anos em 2015, e funciona aos domingos das 6h às 13h, porém não tem banheiro. “Como fazem esses trabalhadores? Temos um projeto pronto para a construção de um banheiro no local há 12 anos, mas nunca saiu do papel”, aponta. Para completar o cenário difícil, há ainda as feiras itinerantes na cidade. Elas funcionam apenas nos finais de semana e os colaboradores não são de Brasília. Ou seja, não pagam impostos locais e não geram emprego e renda para a cidade. A Câmara Legislativa aprovou o Projeto de Lei (PL) 2.072/2014, que regulamenta o funcionamento das feiras itinerantes. De acordo com o PL, as feiras terão que ter no mínimo 60% de aprovação dos lojistas para funcionar perto de centros comerciais. O governador Rodrigo Rollemberg vetou o PL, que agora está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa. Os membros da comissão irão preparar um relatório para analisar o veto do governador. Depois disso, o texto volta ao plenário da casa, ainda sem data para ser votado. Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Novamente
em queda
//Por Fabíola Souza
As vendas do setor de serviços também tiveram um declínio de 4,83%
Desempenho de vendas Autopeças e Acessórios
-5,58%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-1,94%
Calçados
1,99%
-1,75%
Fev x Jan
Marx Fev Abril x Mar
-9,78%
-22,68%
4,91%
5,44%
4,09%
-6,90%
-6,85%
4,22%
-2,67%
45,71%
-46,12%
5,76%
5,17%
-1,31%
Farmácia e Perfumaria
-2,18%
6,70%
-11,20%
-6,55%
5,69%
0,20%
Floricultura
17,45%
5,86%
-23,60%
-7,06%
12,57%
-5,70%
Informática
-2,38%
23,61%
-12,79%
-10,28%
7,41%
-4,89%
Livraria e Papelaria
-0,99%
60,97%
-9,04%
15,73%
-6,37%
-29,72%
Lojas de Utilidades Domésticas
5,45%
20,22%
-24,04%
-10,46%
9,73%
-7,72%
Material de Construção
5,46%
-1,92%
-11,37%
-1,77%
-3,11%
-5,63%
Mercado e Mercearia
-0,02%
-2,17%
-9,05%
-2,98%
12,58%
-11,30%
Móveis e Decoração
8,10%
-7,18%
-0,02%
-15,33%
2,80%
-1,22%
Óticas
0,79%
-7,84%
-10,90%
-2,08%
1,56%
9,46%
Tecidos
31,65%
12,45%
-17,67%
-13,66%
-1,30%
-5,13%
Vestuário
6,75%
43,67%
-38,52%
-10,40%
9,32%
-8,61%
Total
0,59%
9,73%
-15,68%
-6,34%
5,44%
-5,18%
Academia
5,58%
-8,55%
15,22%
-17,96%
5,79%
0,84%
Agências de Viagem
12,96%
6,94%
9,00%
-9,87%
-2,01%
-3,88%
Aluguel de Artigos para Festa
3,54%
1,16%
-23,78%
5,62%
14,76%
-21,88%
Autoescola
7,98%
-15,02%
5,94%
17,05%
17,80%
14,98%
Casa de Eventos
-0,48%
1,75%
-46,12%
14,97%
4,51%
-6,72%
Clínica de Estética
0,19%
3,06%
-18,68%
-13,18%
-14,93%
7,40%
Ensino de Idiomas
2,27%
3,06%
-6,23%
1,71%
9,89%
-5,95%
Pet Shop
7,13%
6,39%
-15,58%
-11,76%
2,52%
0,18%
Reparação de Eletroeletrônicos
2,82%
-6,60%
-2,45%
-5,09%
6,64%
-13,20%
Salão de Beleza
2,37%
17,61%
-12,46%
-15,04%
5,90%
-0,60%
Total
4,22%
1,38%
-8,92%
-7,03%
5,48%
-4,83%
Total
1,35%
7,94%
-14,34%
-6,49%
5,45%
-5,11%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio brasiliense voltaram a registrar queda em abril. A redução foi de 5,18% na comparação com março. As vendas do setor de serviços também tiveram um declínio de 4,83%. No acumulado dos últimos 12 meses (abril 2014 X abril 2015) a variação ficou em -15,48%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio. Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, a alta da inflação aliada à desaceleração do crédito, a alta nas taxas de juros e a queda na renda dos brasilienses com a iminente situação de desemprego formam esse cenário de declínio nas vendas. E esse quadro não atinge somente os setores de comércio e serviços, mas também o setor produtivo todo. “Em abril tivemos dois feriados prolongados, o que também impacta diretamente nas vendas”, aponta. Adelmir explica que as oscilações impedem ainda a construção de um cenário definitivo de recuperação ou queda das vendas
5,18% foi a queda das vendas do comércio em abril
para o ano de 2015, portanto é fundamental o monitoramento nos próximos meses com comparações imediatas e acumuladas para uma melhor avaliação prospectiva. Os únicos segmentos do comércio que registraram alta em abril foram: Óticas (9,46%); Autopeças e Acessórios (5,44%); Farmácia e Perfumaria (0,20%). Os segmentos que apresentaram queda forma: Livraria e Papelaria (-29,72%); Mercado e Mercearia (-11,30%); Vestuário (-8,61%); Lojas de Utilidades Domésticas (-7,72%); Floricultura (-5,70%); Material de Construção (-5,63%); Tecidos (-5,13%); Informática (-4,89%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-2,67%); Calçados (-1,31%) e Móveis e De-
Formas de pagamento // Abril
Serviçco
100%
Comércio
100%
46,04%
28,93%
26,77%
20,28%
0,42%
0% À vista
Cheque
Cartão de Crédito
Débito
39,27%
2,78%
1,55%
A prazo
Boleto
13,90%
9,21%
Débito
A prazo
11,14%
1,70%
0% À vista
Cheque
Cartão de Crédito
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural coração (-1,22%). No setor de serviços, o destaque em abril ficou para o segmento de Autoescola (14,98%); seguido pela Clínica de Estética (7,40%); Academia (0,84%) e Petshop (0,18%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas no mês de abril foram: Aluguel de Artigos para Festa (-21,88%); Reparação de Eletroeletrônicos (-13,20%); Casa de Eventos (-6,72%); Ensino de Idiomas (-5,95%); Agência de Viagem
Nível de emprego Autopeças e Acessórios
Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan MarxFev AbrilxMar -2,15%
-2,99%
-6,83%
13,33%
-2,94%
3,01%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
0,91%
-4,12%
0,20%
-4,37%
3,99%
1,69%
Calçados
-4,69%
10,08%
-16,79%
8,65%
-3,42%
2,65%
Farmácia e Perfumaria
-1,01%
0,34%
-5,96%
-0,37%
5,99%
-1,77%
Floricultura
4,76%
9,09%
0,00%
12,50%
-3,70%
0,00%
Informática
0,00%
16,46%
-6,52%
-9,30%
0,00%
7,69%
Livraria e Papelaria
37,14%
-2,94%
2,86%
1,90%
-8,18%
-5,50%
Lojas de Utilidades Domésticas
6,45%
-7,58%
-1,67%
1,69%
0,00%
-10,17%
Material de Construção
6,78%
-3,50%
-4,19%
-5,46%
-8,67%
9,49%
Mercado e Mercearia
0,53%
-2,93%
1,59%
-0,45%
-0,45%
0,00%
Móveis e Decoração
0,00%
-26,09%
21,57%
-1,54%
1,52%
0,00%
Óticas
6,67%
0,00%
3,45%
0,00%
0,00%
10,00%
Tecidos
-7,69%
-12,50%
9,52%
8,70%
32,00%
-27,27%
Vestuário
8,49%
-4,01%
-3,73%
3,50%
-1,13%
-1,10%
Total
2,28%
-2,70%
-1,73%
-0,68%
0,86%
0,70%
Academia
4,26%
-6,69%
7,63%
-7,45%
5,36%
-2,91%
Agências de Viagem
18,00%
-8,33%
-8,16%
17,78%
-7,55%
-1,96%
Aluguel de Artigos para Festa
2,72%
1,32%
10,46%
-3,55%
-3,05%
-5,43%
Autoescola
3,33%
-4,84%
0,00%
9,43%
-7,14%
12,82%
Casa de Eventos
2,70%
0,00%
2,27%
-4,44%
2,33%
0,00%
Clínica de Estética
2,50%
-11,84%
17,39%
-16,05%
12,31%
1,37%
Ensino de Idiomas
1,66%
-1,71%
-8,18%
3,03%
2,21%
7,91%
Pet Shop
6,96%
-10,66%
2,68%
1,74%
0,85%
-1,69%
Reparação de Eletroeletrônicos
0,00%
-0,93%
-0,93%
0,00%
2,83%
-0,92%
Salão de Beleza
5,77%
5,22%
-16,81%
2,13%
-1,05%
1,06%
Total
4,04%
-3,68%
1,34%
-1,87%
1,57%
-0,09%
2,79%
-2,99%
-0,86%
-1,02%
1,06%
0,49%
Total
Comércio 64 Revista Fecomércio DF
(-3,88%) e Salão de Beleza (-0,60%). Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais utilizado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por 46,04% das vendas. No setor de serviços, foi responsável por 39,27% das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio e tem o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 595 do comércio e 305 de serviços.
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev AbrilxMar
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,44%
10,34%
-13,32%
-7,59%
10,47%
-7,23%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-5,10%
12,93%
-32,21%
4,05%
4,69%
0,97%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras
-1,04%
16,27%
-17,46%
-4,33%
-0,97%
-5,79%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-0,87%
0,80%
-18,07%
-4,25%
1,68%
-5,40%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
1,99%
10,49%
-19,49%
-4,77%
1,36%
0,56%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
7,33%
0,91%
-6,61%
-12,40%
7,61%
-4,92%
Total
0,59%
9,73%
-15,68%
-6,34%
5,44%
-5,18%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
2,74%
2,66%
-6,58%
-3,04%
7,12%
-1,38%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-1,51%
-1,74%
-19,86%
-17,27%
-7,93%
7,52%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras
0,84%
-1,40%
-15,32%
-9,12%
3,36%
-3,71%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
4,17%
6,34%
-12,62%
-0,80%
4,27%
-16,66%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
7,58%
3,04%
-12,36%
-4,15%
-8,40%
5,14%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
14,55%
-1,59%
5,27%
-16,84%
15,78%
-9,10%
Total
4,22%
1,38%
-8,92%
-7,03%
5,48%
-4,83%
Total
1,35%
7,94%
-14,34%
-6,49%
5,45%
-5,11%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,36%
-2,11%
-1,54%
-2,35%
10,47%
0,00%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
4,02%
1,22%
-14,47%
13,18%
4,69%
5,88%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras
-1,30%
0,66%
0,33%
0,83%
-0,97%
2,32%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
8,43%
-8,59%
1,50%
-4,64%
1,68%
-3,02%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,71%
0,35%
-7,52%
4,24%
1,36%
-2,62%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
13,11%
-9,41%
2,37%
-3,86%
7,61%
4,18%
2,28%
-2,70%
-1,73%
-0,68%
5,44%
0,70%
Total Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
4,64%
-3,72%
-3,75%
8,44%
7,12%
1,46%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-1,92%
-3,92%
6,00%
-5,77%
-7,93%
-3,70%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras
4,95%
-0,58%
4,46%
-5,11%
3,36%
-0,91%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
3,15%
-6,02%
14,17%
-4,58%
4,27%
-1,67%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,41%
-5,71%
-1,49%
1,52%
-8,40%
-5,80%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
5,33%
-6,02%
-3,62%
-9,86%
15,78%
2,67%
4,04%
-3,68%
1,34%
-1,87%
5,48%
-0,09%
2,79%
-2,99%
-0,86%
-1,02%
5,45%
0,49%
Total
Total Comércio
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
Raphael Carmona
pesquisa relâmpago
Nova sinalização do Parque para ciclistas
Antonia Rodrigues, diretora da Faculdade de Tecnologia Senac-DF
BOM
BOM
É necessário preparar os motoristas para uma convivência harmônica entre os diversos meios de transporte que utilizam as vias de circulação.
Sinal analógico de TV será desligado em abril de 2016
Sinal analógico de TV será desligado em abril de 2016.
Casos de injúria racial na internet
R
É inadmissível, deve ser repudiado. Tais crimes precisam ser denunciados pelas vítimas por meio de registro de ocorrência e seus autores punidos.
Contratos do Fies não são renovados
RUIM Excluiu muitos estudantes do processo educacional que tinham na Educação Superior a única oportunidade de melhoria de vida.
1 66Untitled-4 Revista Fecomércio DF
Parabéns ao governo e aos administradores do parque. Incentivo ao esporte e lazer de baixo custo é sempre bem-vindo.
RUIM
BOM
RUIM
Alexandre Hoff, presidente da Asprecon
Estamos vivendo um período de dificuldades econômicas. O que as famílias menos precisam agora é de gasto extra com sinal de TV digital.
RUIM Devem ser punidos com o máximo rigor. Infelizmente, em pleno 2015, ainda nos depararmos com tão triste realidade.
RUIM O futuro de muitos dependem da educação financiada pelo governo. Como ser uma pátria educadora se estão podando o sagrado direito à educação? Uma pena!
Pedro Vasco empresário e massoterapeuta
BOM O motorista tem que ser educado para respeitar os ciclistas. Uma solução é rever o modelo de mobilidade urbana no DF.
REGULAR Será uma evolução positiva se o governo garantir a transição dos modelos. É preciso que seja melhorado para que todos tenham acesso ao sinal.
RUIM Com tanto avanço nas leis não há mais espaço para o racismo em qualquer esfera. É preciso que as pessoas sejam punidas.
RUIM A educação é a base para construirmos um país melhor. Suspender os contratos do FIES só nos coloca em uma situação de retrocesso.
Belayne Vasconcelos, coordenadora de Marketing do Shopping Sul
BOM A nova sinalização do parque reflete o que não se vê nas ruas, ciclistas circulando em segurança e cada vez mais pessoas aderindo à bicicleta.
RUIM A qualidade da imagem na TV Digital é muito superior. Sinal de respeito com o telespectador, em relação à qualidade do serviço.
RUIM As pessoas acreditam estar impunes e também expõem o que sentem. Me leva a crer que ainda temos muito a evoluir.
RUIM Para um país que tem como slogan “Pátria Educadora”, é contraditória qualquer medida que gera impacto na educação.
Marconi Ribeiro, educador físico
BOM Uso essa pista quase todos os dias e acho bom porque os motoristas começam a respeitar mais o espaço da bicicleta, que é o meio de transporte do futuro.
BOM Se vai ficar tudo digital e isso melhorar a qualidade do sinal, acho bom.
RUIM Acho isso uma falta de respeito. Somos todos iguais. É importante respeitar a todos e não julgar ninguém pela aparência física.
RUIM É uma forma de incentivar os estudos, uma vez que há gente com dificuldade de pagar uma faculdade.
18/11/10 11:29
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GESTÃO FINANCEIRA 2 – DA DECISÃO AOS RESULTADOS MÓDULO II – Este produto é uma iniciativa pioneira de fortalecer o relacionamento e a fidelização dos clientes do Programa SEBRAE MAIS através de uma estratégia de intensificação de uso de uma solução e de seus subprodutos.
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